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Artigos Originais Geoturismo na APA Carste Lagoa Santa/MG: breve reflexão sobre a identidade do espaço Tiago Silva Alves de Brito, Renata Ferreira Campos & Fernanda Carla Wasner Vasconcelos Protocolo de avaliação e inventariação de lugares de interesse geológico e mineiro Suzana Fernandes de Paula & Paulo de Tarso Amorim Castro Avaliação multicritério da vulnerabilidade ambiental e natural na identificação de áreas prioritárias para conservação do patrimônio espeleológico Darcy José Santos, Úrsula Ruchkys & Mauro Gomes Carste, história, geografia e cultura na Cracóvia: séculos de interação humana na paisagem polonesa Luiz Eduardo Panisset Travassos Resumos de teses e dissertações Estudo microclimático do ambiente de cavernas, Parque Estadual Intervales, SP Bárbara Nazaré Rocha Parque Estadual do Ibitipoca/MG: potencial geoturístico e proposta de leitura do seu geopatrimônio por meio da interpretação ambiental Lilian Carla Moreira Bento R www.cavernas.org.br/turismo.asp ISSN 1983-473X Vol. 7 Nº1/2 2014 Mapas de vulnerabilidade da região de Lagoa Santa e Monjolos, MG - vide artigo páginas: 29 a 42.

Turismo e Paisagem Cárstica

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Revista sobre Carste

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  • Artigos Originais

    Geoturismo na APA Carste Lagoa Santa/MG: breve reflexo sobre a identidade do espaoTiago Silva Alves de Brito, Renata Ferreira Campos & Fernanda Carla Wasner Vasconcelos

    Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse geolgico e mineiroSuzana Fernandes de Paula & Paulo de Tarso Amorim Castro

    Avaliao multicritrio da vulnerabilidade ambiental e natural na identificao de reas prioritrias para conservao do

    patrimnio espeleolgicoDarcy Jos Santos, rsula Ruchkys & Mauro Gomes

    Carste, histria, geografia e cultura na Cracvia: sculos de interao humana na paisagem polonesaLuiz Eduardo Panisset Travassos

    Resumos de teses e dissertaes

    Estudo microclimtico do ambiente de cavernas, Parque Estadual Intervales, SPBrbara Nazar Rocha

    Parque Estadual do Ibitipoca/MG: potencial geoturstico e proposta de leitura do seu

    geopatrimnio por meio da interpretao ambientalLilian Carla Moreira Bento

    R

    www.cavernas.org.br/turismo.asp

    ISSN 1983-473X Vol. 7 N1/2 2014

    Mapas de vulnerabilidade da regio de Lagoa Santa e Monjolos, MG - vide artigo pginas: 29 a 42.

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    EXPEDIENTE

    Sociedade Brasileira de Espeleologia

    (Brazilian Speleological Society)

    Endereo (Address) Caixa Postal 7031 Parque Taquaral

    CEP: 13076-970 Campinas SP Brasil

    Contatos (Contacts) +55 (19) 3296-5421

    [email protected]

    Gesto 2013-2015 (Management Board 2013-2015)

    Diretoria (Direction)

    Presidente: Marcelo Augusto Rasteiro

    Vice-presidente: Pavel Carrijo Rodrigues

    Tesoureiro: Fernanda Cristina Loureno Bergo

    1 Secretrio: Teresa Maria da Franca Moniz de Arago

    2 Secretrio: Luciano Emerich Faria

    Conselho Fiscal (Supervisory Board)

    Delci Kimie Ishida

    Leonardo Morato Duarte

    Jefferson Esteves Xavier

    Alexandre Jos Felizardo suplente (alternate) Flavio Scalabrini Sena suplente (alternate)

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas

    (Tourism and Karst Areas)

    Editor-Chefe (Editor-in-Chief)

    Dr. Heros Augusto Santos Lobo

    Sociedade Brasileira de Espeleologia, Brasil

    Editors Convidados (Guest Editors)

    Dra. Jasmine Cardozo Moreira

    Universidade Estadual de Ponta Grossa, Brasil

    Esp. Carlos Neto de Carvalho

    Geopark Naturtejo, Portugal

    Editor Associado (Associated Editor)

    Dr. Cesar Ulisses Vieira Verssimo

    Universidade Federal do Cear UFC, Brasil

    Editor Executivo (Executive Editor)

    Esp. Marcelo Augusto Rasteiro

    Sociedade Brasileira de Espeleologia SBE, Brasil

    Conselho Editorial (Editorial Board)

    Dr. Andrej Aleksej Kranjc Karst Research Institute, Eslovnia

    Dr. Angel Fernndes Corts

    Universidad de Alicante, UA, Espanha

    Dr. Arrigo A. Cigna

    Interntional Union of Speleology / Interntional Show

    Caves Association, Itlia

    Dr. Edvaldo Cesar Moretti

    Universidade Federal da Grande Dourados UFGD, Brasil

    Dr. Jos Alexandre de Jesus Perinotto

    Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho IGCE/UNESP, Brasil

    MSc. Jos Antonio Basso Scaleante

    Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE, Brasil

    MSc. Jos Ayrton Labegalini

    Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE, Brasil

    Dra. Linda Gentry El-Dash

    Universidade Estadual de Campinas UNICAMP, Brasil

    MSc. Lvia Medeiros Cordeiro-Borghezan

    Universidade de So Paulo USP, Brasil

    Dr. Luiz Afonso Vaz de Figueiredo

    Centro Universitrio Fundao Santo Andr FSA, Brasil

    Dr. Luiz Eduardo Panisset Travassos

    Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais PUC/MG, Brasil

    Dr. Marconi Souza-Silva

    Faculdade Presbiteriana Gammon Fagammon/Centro Universitrio de Lavras UNILAVRAS, Brasil

    Dr. Marcos Antonio Leite do Nascimento

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte -

    DG/UFRN, Brasil

    Dra. Natasa Ravbar

    Karst Research Institute, Eslovnia

    Dr. Paolo Forti

    Universit di Bologna, Itlia

    Dr. Paulo Cesar Boggiani

    Universidade de So Paulo IGc/USP, Brasil

    Dr. Paulo dos Santos Pires

    Universidade Vale do Itaja UNIVALI, Brasil

    Dr. Ricardo Jos Calembo Marra

    Centro Nacional de Estudo, Proteo e Manejo de

    Cavernas ICMBio/CECAV, Brasil

    Dr. Ricardo Ricci Uvinha

    Universidade de So Paulo EACH/USP, Brasil

    Dr. Srgio Domingos de Oliveira

    Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP/Rosana, Brasil

    Dr. Tadej Slabe

    Karst Research Institute, Eslovnia

    Dra. rsula Ruchkys de Azevedo

    CREA-MG, Brasil

    Dr. William Sallun Filho

    Instituto Geolgico do Estado de So Paulo IG, Brasil

    Dr. Zysman Neiman

    Universidade Federal de So Carlos UFSCAR, Brasil

    Comisso de Traduo (Translation Committee)

    Dra. Linda Gentry El-Dash Ingls

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    SUMRIO

    (CONTENTS)

    Editorial 04

    ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES

    Geoturismo na APA Carste Lagoa Santa/MG: breve reflexo sobre a identidade do espao

    Geotourism in the Lagoa Santa Karst / MG: a brief reflection on the identity of the space

    Tiago Silva Alves de Brito, Renata Ferreira Campos & Fernanda Carla Wasner Vasconcelos 07

    Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse geolgico e mineiro

    Inventory and evaluation protocols used in geological and mining heritage sites

    Suzana Fernandes de Paula & Paulo de Tarso Amorim Castro 19

    Avaliao multicritrio da vulnerabilidade ambiental e natural na identificao de reas

    prioritrias para conservao do patrimnio espeleolgico

    Multicriteria assessment of the environmental and natural vulnerability in identify priority areas for

    geoconservation of speleological herigage

    Darcy Jos Santos, rsula Ruchkys & Mauro Gomes 29

    Carste, histria, geografia e cultura na Cracvia: sculos de interao humana na paisagem

    polonesa

    Karst, history, geography and culture in Krakow: centuries of human interaction in the polish

    landscape

    Luiz Eduardo Panisset Travassos 43

    RESUMOS DE TESES E DISSERTAES / MASTER AND DOCTORAL THESIS: ABSTRACTS

    Estudo microclimtico do ambiente de cavernas, Parque Estadual Intervales, SP

    Microclimate study of caves environment, Parque Estadual Intervales, SP

    Brbara Nazar Rocha 59

    Parque Estadual do Ibitipoca/MG: potencial geoturstico e proposta de leitura do seu

    geopatrimnio por meio da interpretao ambiental

    The state park of Ibitipoca (PEI)/MG: geotouristic potential and proposal for your reading

    geopatrimony through the environmental interpretation

    Lilian Carla Moreira Bento 61

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    EDITORIAL

    A revista Turismo e Paisagens Crsticas completa, com esta edio, seu stimo ano de existncia.

    Desde 2008, com o apoio da Sociedade Brasileira de Espeleologia, j forma publicados 51 artigos, 9 resumos

    de teses e dissertaes e 1 resenha de livro at o Volume 7, com autores de diversos pases, como Brasil,

    Eslovnia, Itlia, Estados Unidos, Malsia, Indonsia e Costa Rica. Sem sombra de dvidas, um amplo

    acervo de textos de qualidade, que versam sobre diversos aspectos que relacionam o Turismo com as

    cavernas, as paisagens crsticas ou mesmo o Geoturismo e o Espeleoturismo em reas no crsticas.

    Durante este perodo, a revista passou por diversas mudanas, como em seu quadro de editores e no

    processo de seleo de manuscritos. Tentativas de internacionalizao foram e continuam sendo feitas, no

    somente em benefcio da Turismo e Paisagens Crsticas, mas sobretudo em funo da internacionalizao e

    integrao do conhecimento, em um mundo que passa por constantes mudanas e onde as atualizaes

    desenvolvidas em um contexto podem ajudar no desenvolvimento sustentvel do turismo tambm em outras

    realidades.

    Nesse sentido, as mudanas continuam. Temos orgulho em anunciar a mais nova alterao no escopo

    da Turismo e Paisagens Crsticas: o peridico, desde o Volume 7, passa a ser tambm um canal oficial da

    Associao de Cavernas Tursticas Ibero-Americanas, a ACTIBA, fundada em 2011 durante o 31

    Congresso Brasileiro de Espeleologia, em Ponta Grossa, Paran, Brasil. A honraria foi proposta e aceita

    durante o I Congreso Iberoamericano y V Espaol sobre Cuevas Turisticas (CUEVATUR), realizado em

    Aracena, Huelva, Espanha, em outubro de 2014. Novidades sero percebidas nas novas edies, como novas

    alteraes no Conselho Editorial, maior participao de pesquisadores de lngua espanhola e ampliao do

    fluxo de trocas de conhecimento e experincias, privilegiando aspectos cientficos e gerenciais para o

    desenvolvimento adequado do turismo subterrneo e do geoturismo.

    Na atual edio algumas das alteraes j podem ser percebidas: a insero do logo da ACTIBA na

    capa e artigos, o retorno do nome do peridico para o portugus e o acrscimo da verso do nome em

    espanhol. J na prxima edio, teremos tambm artigos selecionados do CUEVATUR, em uma edio

    especial. Tudo isso para melhorar ainda mais o carter tcnico e cientfico da Turismo e Paisagens Crsticas,

    privilegiando pesquisadores, gestores e demais interessados nos temas publicados.

    O Volume 7 composto por 4 artigos originais e 2 resumos. Abrindo a edio, Brito, Campos e

    Vasconcelos apresentam uma abordagem de caracterizao das potencialidades tursticas da rea de

    Proteo Ambiental (APA) do Carste de Lagoa Santa, Brasil, com enfoque no Geoturismo. O segundo artigo,

    assinado por de Paula e Castro, traz uma metodologia de avaliao e inventariao de lugares de interesse

    geolgico e mineiro, com anlise de geosstios. Na sequncia, Santos, Ruchkys e Gomes trazem novamente a

    APA do Carste de Lagoa Santa em evidncia, apresentando uma anlise multicritrios de sua vulnerabilidade

    ambiental e natural. O ltimo artigo, de Travassos, traz um relato sobre o carste e seus aspectos geogrficos,

    histricos e culturais da Polnia, derivado da participao do autor em um evento neste pas. Fecham a

    edio o resumo da dissertao de mestrado de Rocha, sobre o microclima de cavernas no Parque Estadual

    Intervales, Brasil; bem como da tese de doutorado de Bento, sobre a interpretao ambiental e o potencial

    geoturstico do Parque Estadual de Ibitipoca, Brasil.

    Desejamos excelentes leituras e reflexes aos colegas, bem como os convidamos para submeterem

    vossas futuras produes para a publicao na Turismo e Paisagens Crsticas.

    Heros Lobo

    Editor-Chefe

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    EDITORIAL

    La revista Turismo e Paisagens Crsticas (Turismo y Paisajes Krsticos) completa, con esta edicin,

    su sptimo ao de existencia. Desde el ao 2008, se han publicado, incluyendo este sptimo volumen, con el

    apoyo de la Sociedad Brasileira de Espeleologa, 51 artculos, 9 resmenes de tesis y disertaciones y la

    resea de un libro, firmados por autores de pases tan diversos como Brasil, Eslovenia, Italia, Estados

    Unidos, Malasia, Indonesia y Costa Rica. Constituyen, sin duda alguna, un amplio conjunto de textos de

    gran calidad, que tratan de diversos aspectos que relacionan el turismo con las cavidades, los paisajes

    krsticos o incluso el Geoturismo y el Espeleoturismo en regiones no krsticas.

    Durante este perodo, la revista ha pasado por diversos cambios, tanto relativos a su equipo editorial

    como al proceso de seleccin de originales. Las iniciativas de internacionalizacin han sido continuas, no

    solamente en beneficio de la propia revista, sino sobre todo en funcin de la internacionalizacin e

    interpretacin del conocimiento, en un mundo que se caracteriza por los continuos cambios y en el que las

    actualizaciones que se desarrollan en un contexto determinado pueden ayudar tambin al desarrollo

    sostenible del turismo en otras realidades muy diferentes.

    En este sentido, los cambios an continan. Estamos orgullosos de iniciar un nuevo cambio de rumbo

    en Turismo e Paisagens Crsticas: la revista, desde el volumen 7, pasa a ser tambin un canal oficial de la

    Asociacin de Cuevas Tursticas Iberoamericanas, ACTIBA, fundada en 2011 durante el 31 Congreso

    Brasileo de Espeleologa, en la ciudad de Ponta Grossa (Paran, Brasil). Este honor fue propuesto y

    aceptado durante el I Congreso Iberoamericano y V Espaol sobre Cuevas Tursticas (CUEVATUR-2014),

    que tuvo lugar en Aracena (Huelva, Espaa) durante el pasado mes de octubre de 2014. Las novedades

    sern percibidas en las sucesivas ediciones en distintos mbitos, como algunos cambios en el Consejo

    Editorial, una mayor participacin de investigadores de lengua espaola y en la ampliacin del flujo de

    intercambio de conocimiento y experiencias, impulsando aspectos cientficos y de gestin para el desarrollo

    adecuado del turismo subterrneo y del geoturismo.

    En este volumen ya se pueden observar algunos de estos nuevos cambios: la insercin del logotipo de

    ACTIBA en la cubierta de la revista y en los artculos, el regreso de la denominacin portuguesa de la

    revista y la adicin de la versin del nombre en espaol. Ya en el prximo volumen se publicarn artculos

    seleccionados del Congreso CUEVATUR-2014, en una edicin especial. Todo ello con el objetivo de

    mejorar el carcter tcnico y cientfico de Turismo e Paisagens Crsticas, ofreciendo as un mejor producto

    a investigadores, gestores y otros interesados en los temas publicados.

    El volumen 7 est compuesto por 4 artculos originales y 2 resmenes. Abriendo la edicin, Brito,

    Campos y Vasconcelos presentan un ensayo de la caracterizacin de las potencialidades tursticas del rea

    de Proteccin Ambiental (APA) del karst de Lagoa Santa, Brasil, con un enfoque hacia el Geoturismo. El

    segundo artculo, firmado por de Paula y Castro, traza una metodologa de clasificacin e inventariado de

    lugares de inters geolgico y minero, con un anlisis de los principales geositios. Posteriormente, Santos,

    Ruchkys y Gomes realizan nuevamente en el APA del karst de Lagoa Santa un anlisis multicriterio de su

    vulnerabilidad ambiental y natural. El ltimo artculo, de Travassos, versa sobre el karst de Polonia y sus

    aspectos geolgicos, histricos y culturales, derivados de la participacin del autor en un evento en dicho

    pas. Cierran la edicin un resumen de la disertacin de Roche, sobre el microclima de Las Cuevas del

    Parque Estadual Intervales, en Brasil; y otro de la tesis doctoral de Bento, sobre la interpretacin ambiental

    y el potencial geoturstico del Parque Estadual de Ibitipoca, tambin en Brasil.

    Deseamos a nuestros lectores unas excelentes lecturas y reflexiones, as como les invitamos a someter

    sus futuros trabajos para su publicacin en Turismo e Paisagens Crsticas.

    Heros Lobo Editor em jefe

    Traduo Dr. Juan Jos Durn Valsero - Instituto Geolgico y Minero de Espaa (IGME)

    PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CRSTICAS

    Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)

    www.cavernas.org.br/turismo.asp

    Refrendada por la Associacin de Cuevas Tursticas Iberoamericanas

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

  • Brito, Campos & Vasconcelos. Geoturismo na APA Carste de Lagoa Santa/MG.

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    GEOTURISMO NA APA CARSTE LAGOA SANTA/MG:

    BREVE REFLEXO SOBRE A IDENTIDADE DO ESPAO

    GEOTOURISM IN THE LAGOA SANTA KARST / MG: A BRIEF REFLECTION ON THE IDENTITY

    OF THE SPACE

    Tiago Silva Alves de Brito (1,2); Renata Ferreira Campos (1,3) &

    Fernanda Carla Wasner Vasconcelos (1)

    (1) Centro Universitrio UNA Belo Horizonte, MG. (2) Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais - (FEAD) - Belo Horizonte, MG.

    (3) Universidade Federal de Lavras (UFLA) - Lavras, MG.

    E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected].

    Resumo

    O presente artigo tem por objetivo caracterizar as potencialidades tursticas apresentadas pela rea de

    Proteo Ambiental - APA Carste Lagoa Santa e analisar os impactos, relatados na literatura cientfica, sobre

    as reas de Carste. A rea de estudo est localizada na regio metropolitana de Belo Horizonte/MG e conta

    com diversos stios arqueo-paleontolgicos, cavernas e demais formaes crsticas, que vm sofrendo

    interferncias das atividades antrpicas. Devido sua importncia cientfica, seu relevante patrimnio

    geolgico e suas belezas cnicas, a regio possui grande potencial para o turismo, em especial para o

    geoturismo. Para dar base pesquisa foi utilizada, como metodologia, a reviso de literatura sobre o

    geoturismo, impactos ambientais e as potencialidades e fragilidades da APA Carste Lagoa Santa. Os

    resultados apontam que os impactos ambientais so propiciados pela expanso urbana, crescimento

    demogrfico e desenvolvimento econmico das regies limtrofes, potencializados pela falta de fiscalizao

    e polticas pblicas exequveis.

    Palavras-Chave: Carste; Geoturismo; Impactos Ambientais; rea de Proteo Ambiental; Patrimnio

    Geolgico.

    Abstract

    This paper aims to characterize the tourism potential presented by the Environmental Protection Area - APA

    Lagoa Santa Karst and analyze the impacts reported in the scientific literature on the areas of karst. The

    study area is located in the metropolitan region of Belo Horizonte / MG and has many archaeological -

    paleontological sites, caves and other karst formations, which have suffered interference of human activities.

    Due to its scientific importance, its important geological heritage and its scenic beauty, the region has great

    potential for tourism, especially for geotourism. To underpin the research was used as a methodology,

    review of literature on geotourism, environmental impacts and the strengths and weaknesses of the Lagoa

    Santa Karst APA. The results indicate that environmental impacts are enabled by the urban sprawl,

    population growth and economic development in neighboring areas, exacerbated by the lack of oversight

    and enforceable policies.

    Key-Words: Karst; Geotourism; Environmental Impacts; Environmental Protection Area; Geological

    Heritage.

    1. INTRODUCO

    A rea de proteo ambiental (APA) Carste

    est localizada no municpio de Lagoa Santa,

    Confins, Funilndia, Matozinhos, Pedro Leopoldo e

    Prudente de Morais, a Norte de Belo Horizonte.

    Criada no ano de 1990, como Unidade de

    Conservao da natureza, a regio destaca-se como

    o bero da paleontologia e espeleologia do Brasil

    com stios arqueolgicos de extrema relevncia

    cientfica, alm de representar uma importante rea

    natural de transio de Cerrado e Floresta estacional

    semidecidual (BERBERT-BORN, 2002; IBGE,

    1993).

    A cidade de Lagoa Santa est inserida na

    Regio Metropolitana de Belo Horizonte e recebe

    um contingente elevado de pessoas, provindas das

    regies limtrofes. As rodovias que interligam o

    municpio e seus arredores servem de suporte ao

    Aeroporto Internacional Tancredo Neves, ao Parque

  • Brito, Campos & Vasconcelos. Geoturismo na APA Carste de Lagoa Santa/MG.

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    Nacional da Serra do Cip e a regio norte do

    Estado de Minas Gerais (BRITO, 2012).

    Em decorrncia do intenso fluxo de veculos e

    pessoas, a regio entrou em processo de degradao

    ambiental e cultural. As reas prximas a APA

    foram tomadas por condomnios fechados, atividade

    mineradoras, principalmente no que diz respeito a

    extrao de areia, movimentao turstica para

    visitao das reas de carste e atividades agrcolas.

    Pereira e Caldeira (2011) enfatizam que a falta de

    fiscalizao do ordenamento pblico colocou em

    risco o patrimnio cultural, ambiental e cientfico da

    APA Carste. Os impactos ambientais como

    degradao do solo, supresso da vegetao,

    assoreamento de rios e loteamentos tornaram-se

    recorrentes na APA Carste.

    Diante dos fatos apresentados, o objetivo

    deste trabalho caracterizar as potencialidades

    apresentadas pela APA Carste, ressaltando a

    importncia da preservao enquanto Unidade de

    Conservao que abriga recursos do patrimnio

    natural e cultural do Brasil. Ainda como objetivo,

    configura-se analisar os impactos ambientais

    relatados na literatura cientfica sobre a regio de

    Carste e os geostios.

    Na perspectiva de conformar arcabouo

    terico-conceitual consistente, foi adotado como

    metodologia rigorosa reviso e incurso

    bibliogrfica acerca das temticas centrais desta

    pesquisa, tais como, patrimnio cultural, natural,

    impactos ambientais e turismo.

    2. OBJETO DE ESTUDO

    A cidade de Lagoa Santa est localizada na

    regio sudeste do Brasil, no estado de Minas Gerais,

    a cerca de 40km da capital Belo Horizonte. Suas

    principais atividades econmicas baseiam-se na

    extrao mineral, indstrias de cimento para

    construo civil e agricultura (FLEISCHER, 2006).

    O municpio apresenta uma populao estimada em

    mais de 50 mil habitantes, divididos em reas rurais,

    onde ocorre a produo da agricultura, e em reas

    urbanas, em que h a especulao imobiliria das

    terras (IBGE, 2010).

    Lagoa Santa faz parte do Circuito Turstico

    das Grutas, que inclui, ainda, os municpios de

    Baldim, Caetanpolis, Capim Branco, Cordisburgo,

    Juquitib, Matozinhos, Paraopeba, Sete Lagoas e

    Vespasiano. A Secretaria de Estado de Turismo de

    Minas Gerais (SETUR) ressalta que existem

    inmeras grutas para visitao na regio, entretanto,

    algumas delas necessitam de autorizao expressa

    do IBAMA, IEPHA-MG e IPHAN.

    O municpio tambm possui outros atrativos,

    como o Museu Arqueolgico de Lagoa Santa,

    tambm conhecido como Museu da Lapinha; O

    Parque de Material Aeronutico de Lagoa Santa; o

    Parque Estadual do Sumidouro, alm de ser rota do

    Parque Nacional da Serra do Cip, que se situa no

    municpio de Santana do Riacho e est circundado

    por outra rea de proteo ambiental, a APA Morro da Pedreira, adjacente APA Carste de Lagoa Santa.

    A cidade est inserida em uma regio com a

    fitofissionomia de Cerrado e Floresta Estacional

    semidecidual (IBGE, 1993). Gillieson (1996) apud

    Hardt (2008, p. 1296) expe que geomorfologia do

    relevo, h predominncia das regies crsticas,

    definidas como terrenos caracterizados por depresses fechadas, drenagens subterrneas e

    cavernas. O IEF (2013) define o relevo como formaes rochosas carbonticas com propenso a

    processos de dissoluo em contato com a gua.

    Estas formaes ocorreram a milhares de anos e

    propiciaram o surgimento de cavernas com seus

    espeleotemas, as surgncias e o sumidouro.

    Figura 1 Circuito Turstico das Grutas. Fonte: SETUR, 2014.

  • Brito, Campos & Vasconcelos. Geoturismo na APA Carste de Lagoa Santa/MG.

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

    9

    Para a Fundao Biodiversitas (1998) o

    resultado da predominncia de calcrio na formao

    das rochas que compem o grupo carbontico

    originando um grande nmero de grutas que abrigam

    uma variedade de stios arqueolgicos e

    paleontolgicos.

    Pereira et al. (1985) expem que a Regio

    Metropolitana de Belo Horizonte apresenta trs

    complexos ambientais: Quadriltero Ferrfero,

    Depresso Perifrica ou Embasamento Cristalino e

    Bacia Sedimentar, sendo a ltima o compartimento

    ambiental do objeto de estudo em questo, sendo

    conhecida como Regio Crstica de Lagoa Santa que apresenta:

    uma originalidade em termos de forma

    e processos, emprestando paisagem

    caractersticas totalmente diversas dos

    padres normais. A morfologia oriunda da

    dissoluo de calcrio caracterizada por

    grandes macios, dolinas, grutas, cavernas,

    ptons e paredes rochosos com o

    aparecimento de estalactites, estalagmites e

    diversas outras microformas (PEREIRA et

    al., 1985, p.434).

    Pelo fato de possuir paisagens com raras e

    diferentes formaes, Becheline e Medeiros (2010)

    avaliam que o carste apresenta uma grande vocao

    para a prtica das atividades tursticas. tambm

    uma regio bastante explorada cientificamente,

    apresenta pesquisas no campo da arqueologia,

    paleontologia, espeleologia e geomorfologia,

    formando um extenso laboratrio natural (PEREIRA

    et al., 1985).

    Guedes (2009) lembra que a rea tambm

    abriga componentes da megafauna pleistocnica

    extinta e vestgios da ocupao humana pr-histrica

    no Brasil, encontrados nos stios paleontolgicos e

    arqueolgicos de suas diversas grutas. Berbert-Born

    (2002) relata que a regio possui stios com ossadas,

    artefatos indgenas em pedra e cermica, alm de

    vestgios de fogueiras, gravuras e pinturas rupestres,

    a maioria deles protegidos nas cavernas (abrigos sob

    rochas).

    O local foi ainda, palco de uma importante

    descoberta o esqueleto de Luzia, que viveu h cerca de 12.000 anos atrs, sendo uma legtima

    representante do Homem de Lagoa Santa. Fato que ganhou destaque internacional porque modificou

    as teorias de ocupao do continente Americano e

    corroborou significativamente para as pesquisas do

    naturalista dinamarqus Peter W. Lund, considerado

    pai da paleontologia brasileira (BERBERT-BORN,

    2002; NEVES e HUBBE, 2005).

    Alm disso, feies geomorfolgicas

    desenvolvidas sobre rochas calcrias aliadas a uma

    vegetao bastante peculiar conferem regio uma

    beleza nica (SAMPAIO, 2010). Por conseguinte,

    vrias de suas associaes de formas, vegetao e

    corpos dgua esto tombados pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional IPHAN e pelo Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e

    Artstico IEPHA, pois alm de sua notvel beleza cnica, possuem ainda, importncia histrica e

    cultural (GUEDES, 2009). Stios como o da Cerca

    Grande e o da Lapa do Ba so tombados pelos

    rgos mesmo sendo de propriedade privada, com

    diferena de que devem realizar limitaes acerca

    das atividades praticadas no local (BECHELENI e

    MEDEIROS, 2010).

    Com o intuito de garantir uma relao

    harmoniosa entre as intervenes humanas e a

    preservao do patrimnio crstico de Lagoa Santa,

    foi criada a rea de Proteo Ambiental (APA)

    Carste Lagoa Santa (DEUS et al., 1997).

    Criada atravs do Decreto n 98.881, de 25 de

    janeiro de 1990, a rea de Proteo Ambiental de

    Lagoa Santa, alm de garantir a conservao do

    conjunto paisagstico e da cultura regional, tem por

    objetivo proteger e preservar as cavernas e demais formaes crsticas, stios arqueo-paleontolgicos, a

    cobertura vegetal e a fauna silvestre, cuja

    preservao de fundamental importncia para o

    ecossistema da regio (BRASIL, 1990).

    A APA Carste de Lagoa Santa abrange os

    municpios de Confins, Funilndia, Lagoa Santa,

    Matozinhos, Pedro Leopoldo e Prudente de Morais,

    tendo rea estima de 39.269ha (Figura 2).

    Esta Unidade de Conservao , tambm,

    resguardada por um complexo cdigo de

    Zoneamento Ambiental, que dividiu a APA em

    diferentes zonas com usos. O Zoneamento

    Ambiental teve como objetivo regularizar as normas

    de uso e ocupao do solo, planos de manejo dos

    recursos naturais, a expanso urbana, alm de

    realizar um controle do estabelecimento das

    atividades industriais (FLEISCHER, 2006).

  • Brito, Campos & Vasconcelos. Geoturismo na APA Carste de Lagoa Santa/MG.

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    Figura 2 rea de abrangncia da APA Carste de Lagoa Santa. Fonte: BERBERT-BORN, 2002.

    A APA Carste constitui-se, ainda, em uma

    regio com condies naturais e culturais propcias

    realizao do turismo. A Fundao Biodiversitas

    (1998, p.1) destaca que:

    Seus macios calcrios, paredes,

    torres, dolinas, sumidouros e ressurgncias

    fazem desta rea de proteo um dos mais

    importantes stios espeleolgicos do pas,

    contendo uma riqueza cientfica e cultural

    de valor imensurvel, alm de grandes

    belezas cnicas. As suas grutas constituem

    uma especial atrao para o turismo

    (FUNDAO BIODIVERSITAS, 1998,

    p.1).

    3. TURISMO

    A partir da dcada de 50 houve um aumento

    significativo nos deslocamentos tursticos para todas

    as regies do mundo. Isso se deve ao fator do

    aumento do poder de consumo, o que permitiu a

    intensificao dos fluxos de pessoas se locomovendo

    e consumindo o espao. Tal premissa possibilitou

    degradao de inmeros recursos tursticos em todo

    o mundo, causando impactos de ordem ambiental e

    sociocultural (FREITAS, 2010).

    A existncia de diferentes enfoques da prtica

    do turismo e os diversos interesses dos viajantes

    abre oportunidade, segundo Becheleni e Medeiros

    (2010) para o uso do patrimnio cultural

    arqueolgico com fins tursticos. Insere-se a uma

    nova modalidade, conhecida como geoturismo.

    O Geoturismo compreende um novo

    segmento do turismo de natureza que surge com a

    inteno de divulgar o patrimnio geolgico e

    incentivar sua conservao (NASCIMENTO et al.,

    2007). Os autores o menciona como uma ferramenta

    til para promover a associao com as atividades de

    ecoturismo, unindo, assim, a bio e a geodiversidade.

  • Brito, Campos & Vasconcelos. Geoturismo na APA Carste de Lagoa Santa/MG.

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    A primeira definio de geoturismo foi

    realizada, em 1995, pelo pesquisador ingls Thomas

    Hose. Na poca, o autor considerou geoturismo

    como sendo:

    A proviso de servios e facilidades

    interpretativas que permitam aos turistas

    adquirirem conhecimento e entendimento da

    geologia e geomorfologia de um stio

    (incluindo sua contribuio para o

    desenvolvimento das cincias da terra),

    alm de mera apreciao esttica (Hose,

    1995 apud Nascimento et al., 2007, p.1).

    Posteriormente, o termo novamente definido

    por Ruchkys (2007). Para a autora, geoturismo

    um segmento da atividade turstica

    que tem o patrimnio geolgico como seu

    principal atrativo e busca sua proteo por

    meio da conservao de seus recursos e da

    sensibilizao do turista, utilizando para

    isto, a interpretao deste patrimnio

    tornado-o acessvel ao pblico leigo, alm

    de promover a sua divulgao e o

    desenvolvimento das cincias da Terra

    (RUCHKYS, 2007, p. 22).

    Ambos os autores citam a interpretao do

    patrimnio como estratgia para aquisio de

    conhecimento e de sensibilizao dos turistas, o que,

    consequentemente, acarretar na divulgao,

    proteo e conservao de tais reas, alm de

    incentivar o desenvolvimento cientfico.

    Para Ruchkys (2007, p. 28), o geoturismo um novo produto de turismo direcionado a pessoas

    motivadas por conhecimento intelectual e por

    atividades que envolvam aprendizado, explorao,

    descoberta e imaginao. Assim, a interpretao aparece como meio eficiente para a promoo da

    informao em uma linguagem que seja acessvel a

    todos, o que acaba por gerar o aumento do interesse

    na geologia e na conservao de seu patrimnio.

    A National Geographic Society (NGS)

    acrescenta ainda ao conceito de geoturismo a

    preocupao com os impactos culturais e ambientais

    sofridos pelas comunidades de locais tursticos,

    aproximando o geoturismo do conceito de turismo

    sustentvel. No relatrio elaborado em 2011, a NGS

    define geoturismo como um tipo de turismo que se

    preocupa com a manuteno das caractersticas

    ambientais, culturais, estticas e do patrimnio do

    local a ser visitado, sem esquecer o bem-estar de

    seus residentes (BRILHA, 2005).

    Lobo et al. (2007) acreditam que o geoturismo

    possui ligao direta com o ecoturismo no que diz

    respeito aos aspectos filosficos, ao planejamento,

    gesto e conservao ambiental. A diferena est

    apenas no foco de ateno e na proposta de uso, pois

    enquanto o geoturismo enfoca o meio fsico, o

    ecoturismo j trabalha com a natureza como um

    todo.

    Segundo Bento e Rodrigues (2010), o

    geoturismo despertou um novo conceito de visitao

    turstica baseada no somente na contemplao,

    mas, principalmente, no entendimento dos locais

    visitados, surgindo, assim, como uma possibilidade

    de conservao do patrimnio geolgico.

    O Brasil, devido sua histria geolgica e

    grande extenso territorial, possui diversos tipos de

    stios geolgicos, geomorfolgicos, mineralgicos,

    paleontolgicos, arqueolgicos e espeleolgicos, que

    so locais propcios prtica da atividade

    geoturstica (GUIMARES et al., 2009).

    Para Ruchkys (2007), o turismo nestas reas,

    alm da contemplao da beleza cnica, pode ser

    uma opo de lazer, educao, recreao e ainda

    promover a divulgao, a proteo e a conservao

    de uma maneira eficiente e interessante. Dessa

    forma, a autora v no geoturismo, um grande

    potencial para a conservao do patrimnio

    geolgico e destaca o estado de Minas Gerais, em

    especial a rea de Proteo Ambiental Carste de

    Lagoa Santa, como um dos principais locais para a

    prtica desse novo tipo de turismo.

    Dessa forma, Becheleni e Medeiros (2010)

    acreditam que para se desenvolver o turismo na

    regio, seria necessrio, primeiramente, motivar os

    proprietrios para a incluso do patrimnio que est

    localizado em suas terras em um roteiro ou projeto

    turstico. Entretanto, devido falta, tanto de

    informao, como de conhecimento a respeito da

    relevncia destes patrimnios e dos possveis

    benefcios do turismo, os proprietrios de tais terras,

    no se interessam pelo desenvolvimento e

    planejamento de atividades tursticas e acabam

    utilizando o espao para agricultura ou pecuria.

    Outro fator relevante que para execuo de

    atividades tursticas em cavernas, implica-se os

    estudos em acordo com os termos de referncia e

    planos de manejo espeleolgico, documentao

    obrigatria para implantao das atividades de

    visitao em cavernas e que geram despesas ao

    proprietrio (ICMBIO/CECAV, 2014).

    Na APA Carste de Lagoa Santa, de acordo

    com Pereira e Caldeira (2011), as atividades

    tursticas aliadas a expanso do Vetor Norte da

    Regio Metropolitana Belo Horizonte, tem

    impactado negativamente os stios geolgicos.

    Apesar de a rea ser legalmente protegida, muitas

    das atividades ali praticadas podem abalar e

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    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    comprometer as pesquisas cientficas e a qualidade

    ambiental da regio (Deus et al., 1997).

    Portanto, nota-se que as atividades

    geotursticas na APA Carste ocorrem com pouco

    (em alguns casos sem) planejamento ou anlise aos

    termos de referncia e planos de manejo

    espeleolgico, comprometendo toda diversidade

    estrutural apresentada pelos stios geolgicos.

    4. IMPACTOS AMBIENTAIS

    A APA Carste possui expressiva ocupao

    antrpica, o que implica em risco sua integridade.

    A expanso urbana torna-se fator determinante no

    entendimento dos impactos na regio de Lagoa

    Santa. A construo do Aeroporto Internacional

    Tancredo Neves em Confins, a abertura e

    restaurao das rodovias BR040, MG424, MG010, MG238, com a consequente expanso do Vetor Norte da Regio Metropolitana de Belo

    Horizonte potencializou a movimentao de turistas

    pela regio do carste, despertando a curiosidade para

    esta fisionomia que nos liga ao passado

    (BIODIVERSITAS, 1998; SHINZATO, 1998;

    BRITO, 2012).

    Segundo Fleischer (2006), em Lagoa Santa, os

    stios arqueolgicos a cu aberto esto vulnerveis

    degradao ambiental e at mesmo, ao vandalismo e

    ao saque. Para Caldeira e Pereira (2011) e Brito

    (2012) a minerao, as atividades agropecurias e a

    expanso urbana so as atividades que mais colocam

    em risco os stios arqueolgicos da regio.

    Berbert-Born (2002) relata os agentes

    impactantes da minerao como o trnsito de

    maquinrio pesado, as detonaes, as emisses de

    poluentes atmosfricos e os prprios abalos

    provenientes das detonaes. Eles resultam em

    impactos negativos como compactao do solo,

    suspenso de particulados, instabilizao do solo

    com possibilidade de atuao dos processos

    geomorfolgicos.

    A autora tambm aponta as atividades

    agrcolas como uma das mais impactantes na regio,

    pois facilita no processo de compactao do solo e

    carreamento dos nutrientes para o ambiente

    caverncola. Alm disso, a supresso vegetal deixa

    as entradas das cavernas mais expostas, modificando

    as condies atmosfricas do ambiente caverncola.

    Assim, sem a proteo natural da vegetao, os

    elementos de dentro das cavernas tornam-se mais

    sujeitos ao do intemperismo.

    Cigna e Burri (2000) mencionam algumas

    consequncias das atividades humanas prximo a

    ambiente caverncolas: supresso da vegetao

    permitindo entrada de luz nas cavernas, disperso de

    poeiras dentro do ambiente e aumento da

    temperatura nas entradas.

    Pereira e Caldeira (2011) mencionam a

    expanso urbana/industrial como fator determinante

    para exausto das reas da Cartse na APA Lagoa

    Santa. Entre os empreendimentos construdos esto a

    Cidade Administrativa de Minas Gerais, o Aeroporto

    de Confins, o Parque Tecnolgico PRECON park e

    BH-Tec. As consequncias aos ambientes

    caverncolas esto relacionadas a contaminao dos

    cursos dgua por despejo do esgoto urbano/industrial e a mudana de temperatura da

    gua que compromete a estrutura dos stios

    geolgicos.

    Brito (2012) menciona a restruturao das

    rodovias MG010 e MG424 como obras virias que contribuem para degradao ambiental da APA

    Carste uma vez que aumenta o fluxo de veculos

    circulando pela regio. As consequncias so

    processos erosivos como a formao de ravinas e

    voorocas, alm da supresso da vegetao local.

    Entretanto, os impactos ambientais

    ocasionados pelas atividades de minerao, indstria

    e agricultura so passveis de fiscalizao, avaliao

    e monitoramento, o que permite a ampliao e

    destruio das reas prximas e at mesmo na APA

    Carste Lagoa Santa, demonstrando todo a fragilidade

    deste tipo de ambiente.

    Existem leis que auxiliam nesta fiscalizao,

    como Deliberao Normativa n04/74 do Conselho

    de Poltica Ambiental (COPAM) que apresenta a

    classificao dos impactos originados por estas

    atividades nas listagens: A (Atividades Minerarias),

    B (Atividades Industriais Metalrgicas e outras) e G

    (Atividades Agrossilvipastoris). J as prticas de

    geoturismo no so contempladas e nem

    classificadas quanto ao seu potencial de degradao

    do ambiente, colocando assim, o patrimnio cultural

    em risco (COPAM, 2004).

    importante salientar no que diz respeito ao

    patrimnio arqueolgico existem leis que ajudam a

    preservar as caractersticas histrico-culturais como

    o Decreto n025/1937 que dispe sobre a proteo

    do patrimnio histrico e artstico do Brasil

    (BRASIL, 1937).

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    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    Figura 3 Extrao de areia s margens do ribeiro da Mata Fonte: PEREIRA e CALDEIRA, 2011.

    Figura 4 Ocupao urbana prximo a lagoa do Sumidouro. Fonte: PADOAN e SOUZA, 2013.

    Figura 5 Formao de vooroca na MG-010.

    Fonte: BRITO, 2012.

    Alm disso, os planos de manejo

    espeleolgicos so utilizados para manuteno e

    controle dos stios arqueolgicos, o que de fato

    minimiza os impactos adversos no ambiente e traa

    diretrizes para o zoneamento das cavidades. Marra

    (2000) e Fundao Florestal (2010) apresentam a

    eficincia dos planos de manejo espeleolgico

    ressaltando a eficincia e aplicabilidade deste

    instrumento na busca pela conservao dos

    ambientes caverncolas.

    Algumas regies no Brasil comearam a

    pontuar os impactos ambientais e estabelecer limites

    de visita por meio da capacidade de carga, que

    segundo Oliveira (2003), a capacidade que o meio

    ambiente consegue tolerar perante as atividades

    humanas sem sofrer danos irreversveis. Nesta

    perspectiva, merecem destaque os trabalhos de

    Boggiani et al. (2007) e Melo et. al (2008) que

    retratam, respectivamente, o caso do municpio de

    Bonito, no estado do Mato Grosso do Sul e o do

    arquiplago de Fernando de Noronha, no estado de

    Pernambuco.

    Para Figueiredo (2009) o planejamento para o

    uso do geoturismo e a abertura para visitao de uma

    determinada rea, deve enfatizar critrios de

    minimizao de impactos, para que a conservao

    dos patrimnios geolgicos, arqueolgicos,

    biolgicos e de todo o patrimnio natural ali

    existente realmente ocorra. Nesse sentido, Deus et

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    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    al. (1997) acreditam que a partir da valorizao do

    patrimnio possvel alcanar uma proteo maior

    do mesmo.

    Assim, IBAMA (1998) e Guedes (2009)

    concluem que a APA Carste Lagoa Santa apresenta

    uma fragilidade ambiental peculiar dos terrenos

    crsticos, e merece, portanto, a ateno de rgos de

    proteo ambiental (IBAMA, WWF e CPRM), do

    poder pblico e da sociedade como um todo, a fim

    de promover a conservao e o manejo sustentvel

    da regio.

    5. CONCLUSO

    O estudo do carste torna-se imprescindvel no

    Brasil e no mundo. As riquezas encontradas nos

    stios arqueolgicos contam a histria de nossos

    antepassados e nos ajudam a entender os tipos de

    interaes ambientais e humanas existentes. Pelas

    caractersticas que o so prprias (formas originadas

    da dissoluo de calcrio caracterizada por grandes

    macios, dolinas, grutas, cavernas, ptons e paredes

    rochosos e outras microformas), as reas de Carste

    apresentam-se como um sistema frgil, de fcil

    degradao devido aos materiais de que composto

    e os processos erosivos que sofre.

    A interao entre homem e natureza na APA

    possibilitou a explorao econmica dos recursos

    naturais e assumiu um novo contexto dentro das

    relaes de produo da vida humana que, acelerado

    pelo processo de urbanizao, minerao e

    industrializao, refora ainda mais a necessidade da

    APA.

    A APA Carste de Lagoa Santa possui um

    expressivo potencial turstico, pois alm de contar

    com stios arqueolgicos, riquezas histrico-

    culturais, formaes geomorfolgicas nicas e

    beleza mpar, est localizada prximo capital de

    Minas Gerais, dispondo de fcil acesso. Dessa

    forma, a regio uma das reas que deveria valer-se

    do geoturismo como forma de proteo de seu

    patrimnio.

    Portanto, torna-se explcito que os constantes

    impactos ambientais nas reas de Carste so obra da

    ordem de produo capitalista, que se apropria do

    espao-paisagem para obteno de lucro. Na APA

    Carste Lagoa Santa explicitado pelas atividades

    urbanas, industriais e da agricultura que ao

    expandiram pelas RMBH adentram os limites da

    APA, comprometendo o patrimnio geolgico local.

    As atividades tursticas no geostios tambm

    contribuem em parcela menor para a degradao dos

    ambientes caverncolas.

    Cabe ressaltar, que este modelo se prevalece

    da ineficcia das polticas pblicas, fiscalizao e

    legislao, que em boa parte das localidades

    afetadas, no entram em consonncia com a

    realidade do ambiente. rgos como o CPRM,

    IBAMA, ICMBIO e WWF ressaltam

    constantemente a importncia de preservao da

    APA Casrte Lagoa Santa devido aos seus stios

    arqueolgicos e geolgicos, que demonstram

    peculiaridades da histria humana.

    Assim, deve-se pensar em polticas pblicas

    claras e exequveis, bem como na conscientizao da

    populao e dos visitantes. Leis como a do

    patrimnio (n 025/1937), dos impactos ambientais

    (n 001/1986), da Poltica Nacional do Meio

    Ambiente (n 6938/1981) e do turismo (n

    11.771/2008) devem servir de alicerce para

    conservao da APA Carste e para produo de uma

    conscincia coletiva que englobe a comunidade

    local, visitantes e empreendimentos impactantes

    (BRASIL, 1937; BRASIL, 1981; BRASIL, 1986 e

    BRASIL, 2008).

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    Editorial flow/Fluxo editorial: Received/Recebido em: Out.2011 Accepted/Aprovado em: Jul.2014

    PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CRSTICAS

    Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)

    www.cavernas.org.br/turismo.asp

    Refrendada por la Associacin de Cuevas Tursticas Iberoamericanas

  • Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

  • Paula & Castro. Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse...

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

    19

    PROTOCOLO DE AVALIAO E INVENTARIAO DE LUGARES DE

    INTERESSE GEOLGICO E MINEIRO

    INVENTORY AND EVALUATION PROTOCOLS USED IN GEOLOGICAL AND MINING

    HERITAGE SITES

    Suzana Fernandes de Paula & Paulo de Tarso Amorim Castro

    Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Ouro Preto, MG.

    E-mail: [email protected]; [email protected].

    Resumo

    A difuso de informaes sobre a realidade geolgica a qual fazemos parte ainda deficiente, dificultando

    seu entendimento pela grande maioria das pessoas. Por isso, foi elaborado, no Departamento de Geologia da

    Universidade Federal de Ouro Preto, o Protocolo de Avaliao e Inventariao de Lugares de Interesse

    Geolgico e Mineiro. Este mtodo baseia-se na descrio e quantificao de aspectos e variveis relativas

    aos geosstios selecionados possibilitando a identificao, qualificao e comparao entre determinadas

    localidades e/ou variveis.

    Palavras-Chave: Patrimnio Geolgico; Patrimnio Mineiro; Geoconservao; Protocolo; Inventrio.

    Abstract

    The dissemination of information on the geological reality to which we belong is still deficient, hindering

    their understanding by most people. In order to change this, it was prepared a protocol that can be used for

    assesment, inventory, and evaluation of geological and mining heritage places. This method is based on the

    description and quantification of aspects and variables on the selected geosites enabling the identification,

    classification and comparison between certain locations and / or variables.

    Key-Words: Geological Heritage; Mining Heritage; Geoconservation; Protocol; Inventory.

    1. INTRODUCO

    Conceitos geolgicos ainda so pouco

    entendidos e trabalhados pela grande maioria das

    pessoas, limitando a difuso das informaes sobre a

    realidade geolgica da qual fazemos parte. Porm,

    essas informaes so fundamentais no s para

    entender a evoluo da Terra e os processos que

    ocorreram at chegarmos a atual condio como

    tambm para pensarmos em aes e consequncias

    futuras. Diante disso torna-se de suma importncia a

    divulgao mais ampla da geologia e a necessidade

    de entend-la como parte do patrimnio natural de

    uma regio, pois o conhecimento pode ser uma

    medida conservacionista de sucesso de feies e

    afloramentos reconhecidos como importantes pela

    comunidade cientfica (Brilha 2005). O patrimnio

    geolgico composto por stios com relevncia

    cultural, turstica, cientfica ou didtica e, em

    regies, onde a ocupao humana se deu em funo

    da atividade extrativa mineral, h de se referir aos

    registros relevantes da minerao como patrimnio

    mineiro, englobando bem mais que os recursos

    minerais extrados, ele pode tambm incorporar as

    intervenes oriundas desta atividade como as

    minas, galerias, escavaes e construes.

    Assim, justifica-se a necessidade de

    desenvolver uma metodologia capaz de inventariar,

    qualificar e quantificar os Lugares de Interesse

    Geolgico e Mineiro (LIGEMs), que consistem em

    locais que possuam caractersticas geolgicas e/ou mineiras que possam ser utilizadas para o

    desenvolvimento de atividades geotursticas. A

    apropriao e o entendimento destas novas

    informaes, aprendizado e conceitos tanto pelo

    trade turstico quanto pela comunidade um

    desafio, que pode ser superado atravs da utilizao

    de uma linguagem mais acessvel (no simplista).

    Esse mtodo de inventariao, tem como finalidade

    valorizar e envolver as comunidades, a partir do

    conhecimento minerrio, geolgico, geoturstico e

    geoconservacionista, recorrendo atitudes

    sustentveis e corretivas, para a utilizao deste

    patrimnio a fim de diminuir a distncia do pblico

    em relao ao conhecimento das geocincias,

    esclarecer e envolver as comunidades sobre

    necessidade de valorizao da geodiversidade local

    atravs da disponibilizao de informaes e

    atividades prticas. Alm disto, o turismo geolgico

    e mineiro poder oferecer uma oportunidade de nova

    abordagem aos guias e operadores de turismo locais.

  • Paula & Castro. Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse...

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

    20

    2. METODOLOGIA

    Na literatura possvel encontrar Protocolos

    de Avaliao Rpida em diversas reas e com

    objetivos distintos, porm nenhuma metodologia que

    estabelea, de forma eficiente, mtodos de avaliao

    e quantificao de diversas variveis relacionadas

    geodiversidade. J, quando se trata de modelos de

    inventrios sobre o patrimnio geolgico, possvel

    encontrar um nmero considervel de autores, com

    propostas diferentes, mas com a mesma finalidade.

    A partir de ento, utilizando como referncia os

    Protocolos de Avaliao Rpida: Instrumentos

    Complementares no Monitoramento dos Recursos

    Hdricos (Rodrigues & Castro, 2008) e inventrios

    de Patrimnio Geolgico de autores como Brilha

    (2005), Carcavillha (2007) e Ostanello (2012), foi

    criado, no Departamento de Geologia da

    Universidade Federal de Ouro Preto, o Protocolo de

    Avaliao e Inventrio de Lugares de Interesses

    Geolgico e/ou Mineiro.

    2.1 Protocolo de Avaliao e Inventariao de

    Lugares de Interesses geolgicos e/ou Mineiro

    Com o desenvolvimento do Protocolo de

    Inventariao do Patrimnio Geolgico e Mineiro

    pretende-se demonstrar que o conhecimento deste

    tipo de patrimnio indissociado e pode ser

    apresentado, catalogado e inventariado a partir de

    uma mesma plataforma com a finalidade valorizar e

    envolver as comunidades, difundindo informaes

    minerrias, geolgicas, geotursticas e

    geoconservacionistas, utilizando de atitudes que

    diminuam a distncia do pblico em relao ao

    conhecimento das geocincias.

    Ao utilizar este inventrio possvel

    desenvolver estudos e trabalhos condizentes com a

    divulgao do patrimnio geolgico e mineiro

    atravs de uma ferramenta que proporciona um

    maior conhecimento sobre a prpria histria e

    resgate da identidade local permitindo a integridade

    desse patrimnio como forma de garantir a

    transmisso para as geraes futuras desses bens

    coletivos. Outro aspecto importante desta

    metodologia sua interface com o geoturismo,

    viabilizando a aproximao dos turistas e da

    comunidade local s Cincias da Terra. Nestas

    fichas, numa primeira etapa, foram utilizados textos

    explicativos em um nvel de compreenso acessvel

    a qualquer grupo de pessoa, justificando,

    categorizando e descrevendo a importncia do

    patrimnio de cada geosstio selecionado, alm

    disto, foram levantados diversos dados importantes

    como nome, gestor, regio turstica, localizao,

    acessos, estado de conservao, tipo de visitao,

    sinalizao, informaes, equipamentos disponveis,

    legislao, potencialidades e fotografias. Num

    segundo momento foram criados critrios que

    possibilitassem a avaliao quantitativa, numa

    pontuao de 20 (condio tima) 0 (condio

    ruim), destes geosstios. Nestas variveis so

    avaliados os seguintes aspectos:

    Localizao turstica: Nvel de qualidade turstica e espacial em que o geosstio est

    localizado. Para isto so percebidos critrios como

    outras possibilidades tursticas (em diversos

    segmentos) na regio onde o sitio se encontra,

    infraestrutura urbana, segurana, leis

    regulamentadoras aplicadas ao desenvolvimento

    destas atividades;

    Acessibilidade: Possibilidade de acesso fsico e financeiro tanto dos espaos quanto das

    informaes, transportes, equipamentos e meios

    de comunicao.

    Sinalizao: Nvel de sinalizao presente no geosstio. Para isto, avalia a presena de placas,

    smbolos, funcionrios ou guias e se a forma de

    sinalizao existente atende s necessidades de

    organizao e indicao aos usurios.

    Informaes: Nvel de informao e entendimento destas pelos usurios. Para isto,

    percebe-se critrios como presena de placas,

    smbolos, funcionrios, guias e a forma como

    so repassadas informaes essenciais sobre as

    peculiaridades do local, funcionamento, regras,

    deveres, segurana e utilizao dos geossitios,

    modificando ou reafirmando o conhecimento

    das pessoas ao se apropriarem das informaes

    disponveis.

    Estado de Conservao: Estado de Conservao dos geosstios, analisando as

    condies de limpeza, coleta ou existncia de

    resduos, intervenes humanas que degradam

    ou descaracterizam o local.

    Legislao: Existncia, conhecimento e conformidade com leis regulamentadoras, de

    segurana, de utilizao e regulamentos

    internos.

    Visitao e Atividades Realizadas: Existncia do controle de nmero de pessoas que tem

    acesso ao geosstio, das atividades que so

    realizadas no local, do cumprimento do

    regulamento interno ou das leis

    regulamentadoras do local, esta varivel

    pretende pontuar o nvel da qualidade de

    visitao e das atividades realizadas.

  • Paula & Castro. Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse...

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    21

    Servios e Equipamentos: Presena de infraestrutura local e no entorno, a competncia

    e existncia dos servios prestados.

    Segurana: Pontos relacionados segurana, analisando o conhecimento e conformidades de

    normas de segurana s possveis prticas de

    turismo de aventura, ao regulamento interno ou

    leis regulamentadoras e presena e

    capacidades de profissionais que garantam a

    integridade dos usurios, caso seja necessrio.

    Vulnerabilidade: Grau de vulnerabilidade do geosstios. Para isto, pontua o nvel de proteo,

    o grau de vulnerabilidade de acordo com sua

    localizao, atual condio ou potenciais

    interaes e/ou intervenes.

    Caractersticas Intrnsecas: Caractersticas

    intrnsecas do geosstio valorando

    caractersticas de abundancia, utilidade como

    modelo para ilustrar processos geolgicos,

    quantidade de estudos cientficos sobre a

    localidade, associao com elementos distintos

    ou beleza local.

    Uso Potencial: Condies de observao, relao e oportunidades que podero ser

    geradas a partir da utilizao do geosstio como

    contedo didtico, pedaggico e turstico, o

    Uso Potencial das localidades.

    Necessidade de Proteo: Nvel de preservao atual e as presses que os

    geosstios sofrem em relao sua proteo.

    Assim, o inventario ficou configurado da

    seguinte maneira:

    INVENTRIO DE LUGARES DE INTERESSE GEOLGICO E MINEIRO.

    DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

    1. NOME

    2. MANTENEDOR/GESTOR/ ASSOCIAES DE BAIRRO:

    3. REGIO TURSTICA

    4. LOCALIZAO

    5. DESCRIO DO ATRATIVO

    6. SINALIZAO E INFORMAES

    7. MEIOS DE ACESSO

    8. LEGISLAES DE PROTEO AO ATRATIVO

    9. EST LOCALIZADO EM UNIDADES DE CONSERVAO?

    Sim ( ) No ( )

    10. ESTADO DE CONSERVAO/PRESERVAO DO ATRATIVO:

    ( ) Muito Preservado/Conservado ( ) Preservado/Conservado ( ) Pouco Preservado/Conservado.

    11. TIPO DE VISITAO E NECESSIDADE DE AUTORIZAO PARA O ACESSO

    12. SERVIOS E EQUIPAMENTOS

    13. ATIVIDADES REALIZADAS

    14. INTERESSES

    ( ) Geomorfolgico ( ) Sedimentolgico ( ) Estrutural ( ) Espeleolgico

    ( ) Estrtigrfico ( ) Petrolgico ( ) Mineralgico ( ) Mineiro

    ( )Arqueolgico ( ) Paleontolgico ( )Ambientes Fluviais

    15. INSCRIO NO SIGEP?

    Sim ( ) No ( )

    16. ENQUADRAMENTO E CARACTERIZAO GEOLGICA

    17. FEICOES DO RELEVO

    18. FOTOGRAFIAS

    19. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

  • Paula & Castro. Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse...

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    Descritor: Aspectos Gerais

    Pontos:

    Varivel 1: Localizao

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Localidade com diversas

    possibilidades tursticas em

    atrativos naturais, histrico-

    culturais preservados, com

    infraestrutura urbana

    eficiente, segurana, leis

    regulamentadoras aplicadas.

    Localidade com

    possibilidades tursticas em

    atrativos naturais, histrico-

    culturais preservados, com

    infraestrutura urbana bsica,

    segurana, leis

    regulamentadoras aplicadas.

    Localidade com

    possibilidades tursticas em

    atrativos naturais, histrico-

    culturais, com infraestrutura

    urbana bsica, leis

    regulamentadoras.

    Localidade sem

    possibilidades tursticas em

    atrativos naturais, histrico-

    culturais, com infraestrutura

    urbana precria, sem

    segurana, leis

    regulamentadoras no

    aplicadas.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 2: Acessibilidade

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Possibilidade e condio de

    acesso fsico e/ou

    financeiro, com segurana e

    autonomia, tanto dos

    espaos, quanto dos

    equipamentos, transportes,

    informaes e dos meios de

    comunicao, para qualquer

    pessoa.

    Possibilidade de acesso

    fsico e/ou financeiro, com

    segurana, tanto dos

    espaos, quanto dos

    equipamentos, transportes,

    das informaes e dos

    meios de comunicao, para

    qualquer pessoa.

    Possibilidade de acesso

    fsico ou financeiro, com

    segurana, tanto dos

    espaos, quanto dos

    equipamentos, transportes,

    das informaes e dos

    meios de comunicao, para

    um determinado grupo de

    pessoas.

    Impossibilidade e condio

    de acesso fsico e

    financeiro, com segurana e

    autonomia, tanto dos

    espaos, quanto dos

    equipamentos, transportes,

    informaes e dos meios de

    comunicao, para a

    maioria das pessoas.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 3: Sinalizao

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Placas ou smbolos, internos

    e externos, funcionrios ou

    guias que consigam

    orientar, numa linguagem

    universal e adaptada

    inclusive, s pessoas com

    necessidades especiais os

    aspectos de segurana,

    acesso, localizao, trnsito.

    Placas ou smbolos, internos

    ou externos, e funcionrios

    que consigam orientar,

    numa linguagem universal,

    aspectos de segurana,

    acesso, localizao, trnsito.

    Placas, smbolos internos ou

    funcionrios que consigam

    orientar sobre aspectos de

    segurana, acesso,

    localizao, trnsito para

    um determinado grupo de

    pessoas.

    Ausncia de placas ou

    smbolos que consigam

    orientar, n aspectos de

    segurana, acesso,

    localizao, trnsito.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

  • Paula & Castro. Protocolo de avaliao e inventariao de lugares de interesse...

    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

    23

    Varivel 4: Informaes

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Placas ou smbolos,

    internos, externos,

    funcionrios ou guias que

    consigam informar, de

    forma eficiente, numa

    linguagem universal e

    adaptada, inclusive s

    pessoas com necessidades

    especiais, os aspectos

    naturais, histricos e

    culturais do stio.

    Informaes sobre

    funcionamento, deveres e

    direitos dos visitantes,

    regulamento interno do

    estabelecimento ou leis

    regulamentadoras,

    utilizao de equipamentos,

    tarifas.

    Placas ou smbolos,

    internos, externos ou

    funcionrios que consigam

    informar, numa linguagem

    universal, os aspectos

    naturais, histricos e

    culturais do stio.

    Informaes sobre

    funcionamento, deveres e

    direitos dos visitantes,

    regulamento interno do

    estabelecimento ou leis

    regulamentadoras,

    utilizao de equipamentos,

    tarifas.

    Placas, smbolos internos ou

    funcionrios que consigam

    informar, os aspectos

    naturais, histricos e

    culturais do stio.

    Informaes sobre

    funcionamento, deveres e

    direitos dos visitantes,

    regulamento interno do

    estabelecimento ou leis

    regulamentadoras,

    utilizao de equipamentos,

    tarifas.

    Ausncia de placas,

    smbolos, funcionrios ou

    guias que consigam

    informar os aspectos

    naturais, histricos e

    culturais do stio,

    informaes sobre

    funcionamento, deveres e

    direitos dos visitantes,

    regulamento interno do

    estabelecimento ou leis

    regulamentadoras,

    utilizao de equipamentos,

    tarifas.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 5: Estado de Conservao

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Ausncia de vestgios de

    lixo, pichao, depredao

    ou necessidade de

    restaurao. Coleta seletiva

    de resduos. Intervenes

    antrpicas benficas que

    no ameacem a integridade

    de espcies e estrutural do

    stio.

    Ausncia de vestgios de

    lixo, pichao, depredao.

    Intervenes antrpicas

    benficas que no ameacem

    a integridade de espcies e

    estrutural do stio.

    Ausncia de vestgios de

    lixo, pichao, depredao.

    Vestgios de lixo, pichao,

    depredao ou necessidade

    de restaurao.

    Intervenes antrpicas que

    ameaam a integridade de

    espcies e estrutural do

    stio.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 6: Legislao

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Conhecimento e

    conformidade com as leis de

    utilizao pelos usurios, e

    das leis de proteo e

    segurana dos stios pelos

    administradores guias ou

    funcionrios.

    Conhecimento e

    conformidade parciais as

    leis de utilizao pelos

    usurios, e das leis de

    proteo e segurana dos

    stios pelos administradores,

    guias ou funcionrios.

    Conhecimento das leis de

    utilizao pelos usurios, e

    das leis de proteo e

    segurana dos stios pelos

    administradores, guias ou

    funcionrios.

    Desconhecimento e

    desconformidade com as

    leis de utilizao pelos

    usurios, e das leis de

    proteo e segurana dos

    stios pelos administradores,

    guias ou funcionrios.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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    24

    Varivel 7: Visitao e Atividades Realizadas

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Controle do nmero ou

    cadastro de visitantes que

    tiveram acesso ao stio,

    respeitando a capacidade de

    carga e especificidades de

    atividades que podem ser

    desenvolvidas no local.

    Cumprindo com o

    regulamento interno do

    estabelecimento ou leis

    regulamentadoras do sitio.

    Controle do nmero de

    acessos ao stio, respeitando

    a capacidade de carga e

    especificidades de

    atividades que podem ser

    desenvolvidas no local. No

    possui regulamento interno

    ou leis regulamentadoras.

    Controle das especificidades

    de atividades que podem ser

    desenvolvidas no local. No

    possui regulamento interno

    ou leis regulamentadoras.

    Nenhum controle do

    nmero, sem cadastro de

    visitantes que tiveram

    acesso ao stio,

    desrespeitando a capacidade

    de carga e as

    especificidades de

    atividades que podem ser

    desenvolvidas no local. No

    possui regulamento interno

    ou leis regulamentadoras.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 8: Servios e Equipamentos

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Infraestrutura completa para

    receptivo no local ou no

    entorno: restaurante,

    sanitrios, hospedagem,

    comrcio, bancos, hospitais.

    Funcionrios capacitados.

    Equipamentos de segurana.

    Conhecimento e

    conformidade com as

    normas da ABNT.

    Infraestrutura bsica para

    receptivo no entorno.

    Funcionrios capacitados.

    Equipamentos de segurana.

    Conhecimento e

    conformidade com as

    normas da ABNT.

    Infraestrutura bsica para

    receptivo no entorno.

    Funcionrios capacitados.

    Equipamentos de segurana.

    No possui infraestrutura

    bsica para receptivo no

    entorno. Sem funcionrios

    capacitados equipamentos

    de segurana.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 9: Segurana

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Conhecimento e

    conformidade com as

    normas da ABNT,

    regulamento interno ou leis

    regulamentadoras. Presena

    de profissionais

    Capacitados, inclusive com

    cursos de primeiros

    socorros. Equipamentos de

    segurana para visitantes,

    guias ou funcionrios.

    Intervenes antrpicas

    benficas que no ameacem

    a integridade de espcies e

    estrutural do stio.

    Conhecimento e

    conformidade com as

    normas da ABNT,

    regulamento interno ou leis

    regulamentadoras. Presena

    de profissionais

    Capacitados. Equipamentos

    de segurana para visitantes,

    guias ou funcionrios.

    Intervenes antrpicas

    benficas que no ameacem

    a integridade de espcies e

    estrutural do stio.

    Conhecimento das normas

    da ABNT, regulamento

    interno ou leis

    regulamentadoras.

    Profissionais Capacitados.

    Equipamentos de segurana

    para visitantes, guias ou

    funcionrios. Intervenes

    antrpicas.

    Desconhecimento e

    desconformidade com as

    normas da ABNT,

    regulamento interno ou leis

    regulamentadoras. Ausncia

    de profissionais capacitados

    e equipamentos de

    segurana para visitantes,

    guias ou funcionrios.

    Intervenes antrpicas que

    ameaam a integridade de

    espcies e estrutural do

    stio.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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    25

    Varivel 10: Vulnerabilidade

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Stios mineralgicos ou

    paleontolgicos

    preservados, com proteo

    fsica e indireta. Sem

    ameaas antrpicas e as

    reas recreao no causam

    agresso. Nenhum interesse

    de explorao mineraria.

    Regime de propriedade

    local.

    Feies preservadas. Stios

    paleontolgicos ou

    mineralgicos susceptveis

    de destruio. Local sem

    proteo fsica ou indireta.

    Densidades de populao

    (agresso potencial).

    Proximidades de rea

    recreativas (agresso

    potencial).

    Feies vulnerveis. Stios

    paleontolgicos ou

    mineralgicos susceptveis

    de destruio. Local sem

    algum tipo de proteo

    fsica ou indireta.

    Densidades de populao

    (agresso potencial).

    Proximidades de rea

    recreativas (agresso

    potencial). Ameaas

    antrpicas. Interesse para

    explorao mineira.

    Feies afetadas. Stios

    paleontolgicos ou

    mineralgicos destrudos.

    Local sem algum tipo de

    proteo fsica ou indireta.

    Densidades de populao

    agressora. Proximidades de

    rea recreativas agressoras.

    Intervenes antrpicas.

    Explorao mineira.

    Regime de propriedade do

    local excludente.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 11: Caractersticas Intrnsecas

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Raridade. Com grau de

    conhecimento cientfico

    produzido elevado.

    Excelente modelo para

    ilustrao de processos

    geolgicos. Possui

    diversidade de elementos de

    interesse. Associa

    elementos naturais com

    histricos culturais. Beleza

    espetacular.

    Pequeno grau de

    abundncia. Com relativo

    grau de conhecimento

    cientfico produzido.

    Utilidade como modelo para

    ilustrao de processos

    geolgicos. Associao

    com elementos naturais

    Fauna e/ou flora, histricos

    e culturais. Beleza

    espetacular.

    Abundante. Com relativo

    grau de conhecimento

    cientfico produzido.

    Utilidade como modelo para

    ilustrao de processos

    geolgicos. Associao

    com elementos naturais

    Fauna e/ou flora, histricos

    e culturais.

    Abundante. Sem expressivo

    grau de conhecimento

    cientfico produzido.

    Utilidade como modelo para

    ilustrao de processos

    geolgicos.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 12: Uso Potencial

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    Condies de observao.

    Proximidade de povoao

    que ser beneficiada com a

    utilizao/divulgao do

    geosstio. Oportunidades de

    otimizar as condies

    socioeconmicas das

    comunidades. Contedo

    didtico e pedaggico.

    Condies de observao.

    Proximidade de povoao

    que ser beneficiada com a

    utilizao/divulgao do

    geosstio. Contedo

    didtico ou pedaggico.

    Condies de observao.

    Proximidade de povoao

    que ser beneficiada com a

    utilizao/divulgao do

    geosstio. Ausncia de

    contedo didtico ou

    pedaggico.

    Condies inapropriadas

    para observao, distante de

    populaes sem fornecer

    oportunidades a estas.

    Ausncia de contedo

    didtico e pedaggico.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    Varivel 13: Necessidade de Proteo

    timo

    (Pontuao 20 a16)

    Bom

    (Pontuao 15 a 11)

    Regular

    (Pontuao 10 a 6)

    Ruim

    (Pontuao 5 a 0)

    rea preservada, sem

    explorao mineral. Regime

    de propriedade definido.

    reas recreativas e com

    densidade populacional

    distantes ou sem agresses.

    rea preservada, interesse

    em explorao mineral.

    Regime de propriedade.

    reas recreativas e com

    densidade populacional

    distantes ou sem agresses.

    Interesse para explorao

    mineral. Regime de

    propriedade Proximidade de

    reas recreativas e de

    populaes.

    Explorao mineral.

    Regime de propriedade.

    reas recreativas e de

    populaes degradantes.

    20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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    Campinas, SeTur/SBE. Pesquisas em Turismo e Paisagens Crsticas, 7(1/2), 2014

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    3. CONSIDERAES FINAIS

    Embora existam geosstios em regies

    tursticas distintas, qualquer deles pode ser

    inventariado, utilizando deste protocolo proposto

    que privilegia suas caractersticas especificas. Assim

    ser possvel catalogar localidades com

    caractersticas geomorfolgicas, sedimentolgicas,

    estruturais, estratigrficas e/ou mineiras importantes,

    com relevo, enquadramentos e caractersticas

    geolgicas que comprovam as vrias possibilidades

    que geodiversidade oferece ao desenvolvimento do

    geoturismo. Desta forma, uma das primeiras

    providncias para a serem tomadas a identificao,

    catalogao e inventariao destes aspectos

    geolgicos e mineiros nos locais aptos ao

    desenvolvimento de atividades tursticas.

    A partir de todos dados levantados possvel

    qualificar, dimensionar e comparar geosstios, alm

    de utilizar valores que quantificam suas

    caractersticas, resultando pontuaes especficas a

    cada localidade. Esses valores no pretendem avaliar

    a relevncia de cada local, visto que, cada um,

    possui caractersticas igualmente importantes no que

    tange ao seu valor geolgico e suas especificidades,

    a inteno em valorar e compar-los dimensionar

    quais so os geosstios com maior potencialidade

    para desenvolver atividades que atinjam de forma

    mais incisiva as especificidades de determinado

    projeto.

    Alm disto, o turismo geolgico e mineiro

    poder oferecer uma oportunidade de nova

    abordagem aos guias e operadores de turismo locais

    que esto direta e indiretamente ligados s atividades

    tursticas mas que no utilizam ou desconhecem tal

    abordagem.

    REFERNCIAS

    BRASIL. Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, 1, incisos I, II, III e VII da

    Constituio Federal, instit