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JULHO/2016RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA
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TURISMO
Fontes: Empresas de turismo são premiadas pelo Sebrae, Ministério do Turismo (2016); Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil, Sebrae (2014); O que é Cadastrur, Cadastrur (2016); Pequenos negócios movimentam 95% do turismo no Brasil, Abeoc (2015); SOUZA, M., Quem acredita no turismo? Exame (2015).
ECONOMIA DO TURISMOPrincipais características
O turismo engloba uma grande quantidade de serviços, tanto de forma direta quanto indireta. As pessoas consomem os mais variados tipos de produtos, por isso, características econômicas, naturais e sociais são muito importantes e interferem na demanda do setor turístico brasileiro. Outro ponto a ser enfatizado é que o Brasil conta com um território muito diversificado, com culturas, atrativos e economias regionais distintas. O Relatório de Inteligência deste mês aborda as principais características associadas à economia do setor e suas principais peculiaridades.
Atualmente, 14.812.51 milhões de pequenos negócios estão ativos no país, representando cerca de 91,9% da totalidade das empresas no Brasil.
As pequenas empresas são responsáveis por 27% do PIB brasileiro, segundo dados do Sebrae.
Segundo o Ministério do Turismo, as pequenas empresas são responsáveis atualmente por 95% da movimentação financeira do setor turístico no país.
PEQUENOS EMPREENDIMENTOS
39,2 mil é o número de micro e pequenos negócios existentes no Brasil, dentro de um universo total de 41,3 mil prestadores de serviços registrados atualmente no Cadastro Nacional dos Prestadores de Serviços Turísticos.
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SEGMENTOS TURÍSTICOSContexto geral
O turismo pode ser dividido em segmentos internos. Essa classificação ajuda no planejamento e na gestão de características mercadológicas dos destinos turísticos, além de auxiliar na oferta aos consumidores, de acordo com seus interesses:
Fontes: Segmentação do Turismo, Ministério do Turismo (2006); e Estudo da Demanda Turística Internacional 2010-2014, Ministério do Turismo (2014).
SEGMENTOS
MOTIVAÇÕES
Turismo social Ecoturismo
Turismo cultural
Turismo de pesca
Turismo de esportesTurismo de estudos
e intercâmbio
Turismo de negócios
e eventos
Turismo de saúde
Turismo rural
Turismo de sol
e praia
Turismo náuticoTurismo de aventura
A Cidade do Rio de Janeiro foi, e está sendo, palco de grandes movimen-tações turísticas nos últimos 3 anos. Eventos como os Jogos Mundiais Militares, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e atualmente as Olimpíadas são catalizadores de atração turística nacional e internacional. Nesse sentido, dando o exemplo da grande movimentação ocasionada pela Copa do Mundo de 2014, foi verificado que as principais motivações dos turistas que chegaram ao Brasil nessa época, foram:
- Lazer (54,7%);- Negócios e eventos (21,9%) e- Visitas a amigos/parentes (20,1%);
As demais motivações correspondem 3,3% do total.
EXEMPLO DE GRANDES EVENTOS
VIAGENS A LAZER
Em 2015, os visitantes estrangeiros que entraram no país buscavam os seguintes segmentos turísticos:
- Sol e praia (69,4%);- Natureza, ecoturismo ou aventura (15,7%);- Cultura (12,1%);- Outros (2,8).
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Fontes: Segmentação do Turismo, Ministério do Turismo (2006); COELHO, M., Ocupação do setor de turismo no Brasil: análise da ocupação nas principais ACTs nos estados, regiões e Brasil, Ipea (2011).
ATIVIDADES CARACTERÍSTICASQue envolvem o setor
As atividades que englobam grande parte dos gastos dos turistas em um programa são chamadas de ACTs (Atividades Características do Turismo). Elas podem ser enumeradas da seguinte maneira:
ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO - ACTS
Os números disponibilizados pelo Ipea em 2015 mostram que a alimentação é a atividade que mais colaborou com a criação de empregos formais e informais no setor, sendo a responsável por 38% e 66%, respectivamente, dessas ocupações. Na sequência estão os alojamentos (hotéis e afins). Neste caso, a atividade formal teve maior impacto, correspondendo a 26% das ocupações; a informalidade conta com apenas 7% das ocupações.
PARTICIPAÇÃO RELATIVA DAS ACTS
AlimentaçãoAlojamento Transporte Terrestre
Transporte Aquaviário
Transporte Aéreo
Aluguel de Transportes
Agências de Viagem
Cultura e Lazer
Total
Formal
Informal
16
Brasil - em %
26
52
66
38
19 20 19
0,4 0,3 0,4 36
2 2 15 6 4 2 1 30,3
7
Alojamento
Agência de viagem
Transporte
Aluguel de transportes
Auxiliar de transportes
Alimentação
Cultura e lazer
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ECONOMIA ATUALMENTEAspectos econômicosO turismo tem grande importância na economia brasileira, contudo, devido à recessão econômica que o país enfrenta nos últimos anos, o setor também observou um recuo em suas atividades.
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Em 2015 o setor movimentou um PIB de aproximadamente 190 bilhões de reais, o que representa um recuo de 0,10% comparando ao ano de 2014. A retração cessou um crescimento que ocorria desde 2008. Para 2016 é projetada uma queda de aproximadamente 0,9%, o que significa um movimento aproximado de R$ 188 bilhões para o setor, segundo o WTM (World Travel Market Latin America).
O setor de turismo foi responsável por 8,8 milhões de empregos diretos e indiretos no ano da Copa do Mundo de 2014. A entrada de turistas estrangeiros foi de 6,4 milhões, 10,5% superior ao ano an-terior (2013), quando o país recebeu 5,8 milhões de visitantes. Em 2015 o país sofreu uma retração em comparação com 2014, atingindo 6,3 milhões de visitas estrangeiras. A chegada de turistas do exterior teve bom crescimento desde 2006, alcançando uma 25% positiva. O crescimento projetado até 2018 é de cerca de 6%, com a entrada de 6,7 milhões de turistas estrangeiros.
A quantidade de desembarques domésticos no ano de 2015 foi de 112 milhões, uma retração de -0,4% em comparação com 2014. Para 2016 estima-se 120 milhões de desembarques domésticos, um aumento de aproximadamente 7%.
Em 2015 houve retração da receita cambial em 15,5%, comparando com o ano de 2014. O valor total de 2015 corresponde a US$ 5,8 bilhões.
Entre 2014 e o início de 2016 o real apresentou uma desvalorização de 46,7% frente ao dólar. Com isso, os destinos turísticos brasileiros ganharam em competitividade no preço e tornaram-se mais atrativos, oferecendo oportunidades de viagens a custos mais reduzidos do que para o exterior.
O crescimento anual deverá atingir uma taxa média de 2,9% nos próximos 10 anos (2016–2026), alcançando um montante de R$ 251,8 bilhões, ou 3,7% do PIB total do país. Contudo, esse cres-cimento é menor que o dos países latino-americanos vizinhos, como Peru e Chile, que terão crescimento de 5,8% e 3,4%, respectivamente.
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Fontes: Relatório com as estimativas de caracterização da ocupação formal e informal do turismo, com base nos dados da RAIS* e da PNAD** 2013, para Brasil e regiões, Ipea (2015); Anuário Estatístico de Turismo – 2016, Ministério do Turismo (2016); JÚNIOR, D., Empresomêtro MPE,
CNC (2016); e Estrangeiros gastaram mais no Brasil em dezembro de 2015, Portal Brasil (2016).
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ECONOMIA COMPARTILHADADados do turismo brasileiro
A economia compartilhada expõe uma forma de consumo baseada no uso, em vez de se empenhar na aqui-sição e posse de determinado bem. O senso de comunidade, pertencimento e compartilhamento ganha cada vez mais força no mundo, especialmente com a facilidade proporcionada pela internet e pelas redes sociais, originando novos opções de negócios. A interação possibilita relações de compra e venda entre usuários por meio de ferramentas online, excluindo a necessidade de contato ao vivo prévio.
Um exemplo claro de empresa que explora a economia compartilhada no turismo é o portal Rent a Local Friend. O objetivo é disponibilizar guias turísticos de maneira rápida e fácil nos mais diferentes pontos do Brasil e do mundo. Os visitantes podem, com uma simples seleção de características, escolher a língua de comunicação do guia, os pontos de visitação e o valor que estão dispostos a pagar pelo serviço.
CRESCIMENTO DA ECONOMIA COMPARTILHADA
EXEMPLO DE PROPOSTAS DE SERVIÇOS
Fontes: Pesquisa Perfil do Turista e dos Segmentos de Oferta, Sebrae e CNTur (2014); BORGES, T.; RIBEIRO, P., Com Uber e Airbnb como exemplos, economia compartilhada deve crescer no mundo, Correio 24 Horas (2015); Estudos da competitividade do turismo brasileiro – serviços de hospedagem, Ministério do
Turismo (2015); PORTO, F., A influência das redes sociais no Turismo, TecTriade Brasil (2015).
61%
dos turistas utilizam o próprio smartphone para registrar a viagem.
fazem publicações nas redes sociais, possibilitando que amigos e parentes acompanhem de perto a experiência turística.
dos turistas utilizam redes sociais para se comunicar enquanto estão realizando uma viagem e 30% estabelecem esse meio como o mais prático para fazer contatos.
dos usuários busca e lê as avaliações postadas por outros turistas na internet antes de escolher onde se hospedar.
dos turistas costuma dar dicas de hospedagem (hotéis, hostels etc.) para familiares e amigos. A recomendação é importante para aperfeiçoar o serviço e inovar constantemente no setor.
85%
72%
77%
46%
DADOS SOBRE O USO DAS
TECNOLOGIAS
RECOMENDADAS
TURISMO
JULHO/2016RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA
Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Fotos: Banco de imagens.
www.sebrae.rj.com.brwww.sebraeinteligenciasetorial.com.br
Gerência de Conhecimento e CompetitividadeGerente: Cezar KirszenblattGestor do Programa Sebrae Inteligência Setorial: Marcelo AguiarAnalista de Inteligência Setorial: Mara GodoyDisseminação Empresarial: Rafael SimãoConteudista: Rafael Gomes TravassosEspecialista: Márcia Raquel Cavalcante Guimarães
Entre em contato com o Sebrae: 0800 570 0800
O Sebrae/RJ, por meio da Coordenação de Turismo, auxilia no processo de desenvolvimento dos pequenos negócios com foco em qualidade, inovação e sustentabilidade. Ligue para 0800 570 0800 e agende atendimento na unidade mais próxima para obter orientações sobre o setor e alternativas de melhoria em seu negócio;
O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), desenvol-veu o portal Cidades Maravilhosas, que apresenta informações, dicas e eventos acerca das regiões turísticas do Estado. Além disso, no portal há um mapa interativo onde o empresário pode conhecer mais as regiões e os munícipios que as compõem;
Encare a presença online como um investimento a favor do seu negócio. O Sebrae dispo-nibiliza uma série de materiais compilados em um e-book sobre Marketing Digital. Nesse material são trabalhados os seguintes temas: e-mail marketing, mídias sociais, como criar uma página no Facebook, marketing no Facebook, Facebook Ads, loja virtual para pequenas empresas, introdução ao Google Adwords e introdução ao SEO. O acesso é gratuito;
Para ter acesso a mais informações sobre o mercado de turismo no Rio de Janeiro, acompa-nhe o portal Sebrae Inteligência Setorial – Turismo.