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UC3.Comunicação_Oral_e_Escrita

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Curso Técnico em Informática

Comunicação Oral e Escrita

Armando de Queiroz Monteiro NetoPresidente da Confederação Nacional da Indústria

José Manuel de Aguiar MartinsDiretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Fátima TorresDiretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro CorrêaPresidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Sérgio Roberto ArrudaDiretor Regional do SENAI/SC

Antônio José CarradoreDiretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio DociattiDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC

Confederação Nacional das Indústrias

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico em Informática

Comunicação Oral e Escrita

Lilian Elci Claas

Florianópolis/SC2010

É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenação de Educação a DistânciaBeth Schirmer

Revisão Ortográfica e NormatizaçãoContextual Serviços Editoriais

Coordenação Projetos EaDMaristela de Lourdes Alves

Design Instrucional, Ilustração, Projeto Gráfico Editorial, Diagramação Equipe de Recursos Didáticos SENAI/SC em Florianópolis

AutoraLilian Elci Claasl

66 p. : il.

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis C613c

Class, Lilian Elci Comunicação oral e escrita / Lilian Elci Class. – Florianópolis : SENAI/SC,

2010. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias e anexos. Acompanha caderno de atividades.

1. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 2. Gramática. 3. Redação. 4. Fala

em público. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.

CDU 811.134.3

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialRodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SCCEP: 88034-001Fone: (48) 0800 48 12 12www.sc.senai.br

Prefácio

Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado. Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria do Conhecimento.

Sumário

Conteúdo Formativo 9

Apresentação 11

Sobre o autor 11

12 Unidade de estudo 1

A Linguagem como Expressão Histórica e Cultural

Seção 1 - A linguagem

Seção 2 - Leitura e realidade

Seção 3 - Língua escrita e falada

Seção 4 - Estrangeirismo, neologismo, gíria e regiona-lismo

18 Unidade de estudo 2

Sentido e Contexto

Seção 1 - O ato de ler

Seção 2 - Funções da lingua-gem

Seção 3 - Figuras de lingua-gem

22 Unidade de estudo 3

Elementos da Textualidade

Seção 1 - Coerência e coesão textual

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14

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26 Unidade de estudo 4

Tipos de Texto

Seção 1 - Narração, descri-ção e dissertação

30 Unidade de estudo 5

Produção de Textos

Seção 1 - Dissertação

Seção 2 - Resumo

Seção 3 - Relatório

Seção 4 - Parecer

34 Unidade de estudo 6

Compreender e Interpretar Textos

Seção 1 - Análise textual

Seção 2 - Interpretação de textos

36 Unidade de estudo 7

Gramática Aplicada

Seção 1 - Ortografia

Seção 2 - Acentuação

Seção 3 - Pontuação

Seção 4 - Verbos

Seção 5 - Regência verbal e nominal

Seção 6 - Tira-dúvidas

46 Unidade de estudo 8

Reforma Ortográfica

Seção 1 - Acordo ortográfico

Finalizado 51

Referências 53

Anexo 1 55

Mapa Conceitual

Anexo 2 57

Como fazer Apresenta-ções em 10 Minutos

Anexo 3 59

Gestos e Postura do Apresentador

Anexo 4 61

Tabela de Verbos Regulares

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8 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Conteúdo Formativo

9COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Carga horária da dedicação

Carga horária: 30 horas

Competências

Desenvolver e ampliar a competência linguística de modo a saber usar adequa-damente as linguagens oral e escrita em diferentes situações ou contextos. Ler, compreender e produzir textos de modo proficiente.

Conhecimentos

▪ Linguagem como expressão histórica e cultural.

▪ Língua escrita e língua falada e as especificidades da situação comunicativa.

▪ Texto como unidade de sentido e, consequentemente, como concretização das várias linguagens.

▪ Leitura como construção de sentidos.

▪ Escrita como prática social.

▪ Variação linguística: conhecer e entender a variação como característica ineren-te às línguas.

▪ Norma-padrão e gêneros textuais técnicos.

Habilidades

▪ Utilizar adequadamente as especificidades da língua oral e da língua escrita.

▪ Interpretar diferentes gêneros textuais (literários, opinativos, publicitários, téc-nicos, entre outros).

▪ Interpretar normas técnicas e especificações de catálogos, manuais e tabelas.

▪ Utilizar procedimentos de análise textual.

▪ Produzir textos dissertativos.

▪ Produzir textos técnicos tais como resumos, relatórios, pareceres técnicos, entre outros.

▪ Reconhecer e aplicar recursos linguístico-formais em compatibilidade com a norma-padrão da língua.

Atitudes

▪ Responsabilidade socioambiental.

▪ Adoção de normas de saúde e segurança do trabalho.

▪ Proatividade.

▪ Trabalho em equipe.

Apresentação

COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Caro estudante!

Ao elaborar este material tive a preocupação de apresentar de forma simples e objetiva os principais aspectos que se relacionam à aplicação correta da Língua Portuguesa no nosso dia a dia.Sei que escrever de forma correta não é uma tarefa fácil para quem não usa a escrita no seu dia a dia, mas você, como futuro técnico, precisa aprender e saber aplicar as principais regras da nossa Língua para comu-nicar de forma eficiente e eficaz o que deseja e o que pensa.Um colega certa vez escreveu que “Duas pessoas na mesma janela têm percepções diferentes” (MOTTA, 2009, p. 4) e é nesse sentido que apre-sento aqui esta proposta de estudo. Este material não tem a pretensão de ser uma gramática aplicada ou somente um caderno de exercício. Preten-do que você reveja o que já estudou, mas de maneira diferente. Portanto, o objetivo deste material é levar você, estudante, a olhar para a Língua Portuguesa com um novo olhar, apresentando as regras de forma sim-ples e como você poderá aplicá-las, sem que isso se torne cansativo.Neste material você encontrará, além das explicações básicas, uma série de exercícios que permitirão fixar o que cada unidade apresenta. Desejo que este material seja fonte de inspiração para a continuação no mundo maravilhoso das letras. Lembre-se de tirar suas dúvidas com o seu pro-fessor em sala de aula.

Faça bom uso deste material.Lilian Elci Claas

Professora Lilian Elci Claas

Lilian Elci Claas é graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar e pós-gradu-ada em Administração de Recur-sos Humanos (FAE/UNERJ) e em Consultoria Empresarial (UFSC/SENAI). Participou de mais de 1.100 h/aula de capacitações e treinamentos empresariais em diversas áreas de formação técnica profissional e de rela-cionamento interpessoal. Atua desde 1988 com a formação e o desenvolvimento de lideranças, melhoria das relações humanas, resolução de conflitos, melho-ria nos métodos de trabalho e no ensino correto de um tra-balho. Atualmente, é instruto-ra no SENAIsc, em Jaraguá do Sul, ministrando as disciplinas de Comunicação Oral e Escrita, Metodologia Científica, Meto-dologia da Pesquisa e Gestão de Processos. Desenvolve traba-lhos de Consultoria Empresarial na área de gestão de pessoas e treinamento, também orienta TCCs em cursos Técnicos e Tec-nológicos.

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Unidade de estudo 1

Seções de estudo

Seção 1 - A linguagem Seção 2 - Leitura e realidade Seção 3 - Língua escrita e falada Seção 4 - Estrangeirismo, neologismo, gíria e regionalismo

13COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1A linguagem

Nesta unidade você conhecerá a origem da língua e sua influência sobre o homem e a sua cultura.A transmissão do conhecimento ocorre porque o homem tem a ca-pacidade de criar formas de lin-guagem. É a linguagem falada e escrita que possibilita a comunica-ção e “[...] o homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem” (PAZ, 1982, p. 53). Os primeiros sinais de comunicação são encon-trados nas cavernas: as pinturas rupestres. Essas pinturas queriam reforçar as histórias contadas pe-los homens pré-históricos.

A Linguagem como Expressão Histórica e Cultural

A escrita passou por uma série de transformações até chegar ao nosso sistema atual. Saímos dos desenhos nas cavernas, passamos para a junção de elementos e para o sistema de sinais até chegar-mos à escrita, como a encontra-mos hoje. Enfim, a escrita tem a função de relatar fatos históricos e culturais ao longo da nossa his-tória. Ao relatarmos, por meio da linguagem, os fatos históricos e as manifestações culturais ao lon-go dos anos, criamos e produzi-mos a nossa cultura. Portanto, a linguagem é a base da cultura. Vamos adiante!

Figura 1 - Pintura rupestre

Fonte: Pistoni (1980)

Forma de linguagem: o uso da palavra articula-

da ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. (FERREIRA, 1986, p. 1035).

Manifestações cultu-rais: são as formas en-

contradas pelo homem para expressar o que ele pensa, deseja fazer ou modificar. Ex.: pinturas, esculturas, mú-sica, teatro, dança, literatura, etc.

Cultura: o complexo dos padrões de com-

portamento, das crenças, das instituições e doutros va-lores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma so-ciedade (FERREIRA, 1986, p. 508).

14 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Normalmente os textos escritos são mais valorizados que os co-nhecimentos transmitidos oral-mente. Porém ao observarmos as duas formas de expressão perce-bemos que ambas são carregadas de cultura e tradições e, apesar de não estar baseado num método científico, o conhecimento oral sobrevive por gerações. Na próxima seção você conhece-rá a importância da língua escrita e falada.Participe ativamente do processo de aprendizagem.

SEÇÃO 3Língua escrita e falada

Para comunicarmos uma ideia usamos uma língua que é um sis-tema de signos usado por um grupo de pessoas. As pessoas ex-pressam seus pensamentos por meio da palavra falada e escrita. A língua é dinâmica e está sem-pre se modificando, pois algumas palavras são inseridas, outras en-tram em desuso e outras, ainda, mudam de significado conforme sua utilização.

SEÇÃO 2Leitura e realidade

O mundo é complexo porque está baseado nas diferentes formas de compreender e interpretar a rea-lidade, e nos valores e costumes de cada região. Como cada região é distinta, as diferenças são ine-vitáveis e, portanto, determinam a maneira pela qual a realidade é compreendida.

Compreender a realidade signifi-ca concretizar o pensamento por meio da escrita inferindo sobre vários aspectos e confrontando com a realidade. Quando lemos um texto imaginamos as cenas segundo as nossas experiências e vivências e, a partir delas, inter-pretamos a realidade.

Neste sentido, observamos que um texto científico é o apoio para a verificação de uma rea-lidade própria a cada indivíduo, constituída a partir de observa-ções e sensações presentes em um mundo subjetivo, mas que se concretiza a partir do mo-mento em que nos dedicamos à compreensão do espaço em que vivemos. (BELO; ANTONIO FILHO, 2008, p. 640).

Signo: é o elemento uti-lizado para representar

o objeto. “É composto de duas partes: o significante (parte material ou objeto) e o significado (ideia que dese-jamos representar)” (GRIFFI, 1991, p. 9).

15COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

A Língua Portuguesa tem sua ori-gem no Latim, que era a língua falada no Estado Lácio, região onde atualmente fica a cidade de Roma na Itália. Em função da ex-pansão do Império Romano, o la-tim se espalhou por grande parte da Europa, dando origem ao Por-tuguês, ao Espanhol, ao Catalão, ao Francês, ao Italiano e ao Ro-meno.

Naquela época havia dois níveis de expressão do latim: o latim clássico, que era falado pela elite dominante e por escritores; e o latim vulgar, que era usado pelo povo. Da mesma forma hoje en-contramos em nossa língua duas formas de expressão: a linguagem culta e a coloquial.Fique atento às características das formas de expressão!

Latim: língua indo-eu-ropeia do grupo itálico,

primitivamente falada pelo Lácio, antiga região da Itália.

Língua: é “[...] o conjun-to de palavras e expres-

sões usadas por um povo.” (FERREIRA, 1986, p. 1034) ou “[...] é um conjunto de signos e de regras de combinação desses signos, que consti-tuem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade.” (MAIA, 2005, p. 22).

Outras culturas também exercem influência sobre a nossa e podem ser percebidas tanto no vestuário quanto na culinária, na música, no comportamento e na própria língua.

Mas não para por aí, vamos em frente!

A linguagem culta A linguagem coloquial

É usada em situações formais. É empregada no cotidiano.

Há a seleção cuidadosa das palavras.Não obedece, necessariamente, à norma culta.

Segue a norma culta.É solta, com construções mais simples.

É polida.É solta, com construções mais simples.

É ensinada nas escolas.Permite abreviaturas, diminuti-vos, gírias, etc.

Quadro 1 - Diferenças entre a linguagem culta e a coloquial

Etc: “abreviação de et cetera (latim) e é em-

pregado para evitar uma lon-ga enumeração.” (FERREIRA, 1986, p. 732).

Figura 1 - Lácio – Itália

Fonte: Wikipedia (2009).

16 CURSOS TÉCNICOS SENAI

SEÇÃO 4Estrangeirismo, neolo-gismo, gíria e regionalis-mo

A língua sofre influência de ou-tras línguas, de grupos sociais e de regionalismos, como é o caso da criação de novas palavras (neolo-gismos).

Estrangeirismo

Existem palavras que foram in-corporadas à nossa língua sem modificar a forma original ou a pronúncia da palavra e outros vo-cábulos foram aportuguesados.

▪ Do Francês: omelete, vitrine, toalete. ▪ Do Inglês: lance e futebol

(launch e football), design, case, job, show, feedback. ▪ Do Árabe: álgebra, arroz,

alecrim. ▪ Do Japonês: quimono, samu-

rai, gueixa. ▪ Do Italiano: lasanha, piano,

maestro.

Neologismo

Os neologismos são usados quan-do aquele que emite a mensagem não encontra uma palavra com significado similar na língua ou quando utiliza uma palavra com sentido novo, diferente do origi-nal e, após algum tempo, é incor-porado ao dicionário.

Exemplos

▪ Laranja = fruta cítrica ou falso proprietário. ▪ Gato = animal felino ou liga-

ção clandestina.

Já a informática está repleta de exemplos de novas palavras que estão sendo inseridas na nossa língua.

Exemplos

▪ Deletar = eliminar, apagar. ▪ Logar = fornece nome do

usuário e senha permitido acesso ao computador.

Gíria

As gírias nascem em um determi-nado grupo social e passam a fa-zer parte da linguagem revelando, inclusive, a idade do falante.

Exemplos

▪ Anos 50: cafona, joia, prafren-tex. ▪ Atualmente: parada sinistra,

responsa, tá ligado.

Regionalismo

A influência de várias culturas dei-xou no Brasil muitas marcas que acentuaram a riqueza do nosso vocabulário. O regionalismo lin-guístico também apresenta dife-renças no sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamen-te constituir um erro. Um obje-to pode receber um nome numa região e, em outra, um completa-mente diferente.

Exemplos

▪ Pipa, papagaio, pandorga. ▪ Semáforo, farol, sinaleiro. ▪ Mandioca, aipim, macaxera.

17COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Vamos fazer uma pausa agora para ler um texto e exercitar um pouco o raciocínio. Faremos a leitura e depois a interpretação do texto. Você deve estar se perguntando o porquê disso! Explico: quando propomos a realização de exercícios de interpretação de texto é porque queremos exercitar o seu raciocínio, acompanhar o seu processo de aprendizagem, fazer você perceber as armadilhas de uma leitura superficial e também perceber as qualidades, os problemas, a riqueza e as sutilezas que o texto apresenta.Vamos aos exercícios. Aproveite este momento de aprendizado e tire suas dúvidas com o seu professor!

Mas não paramos por aqui, na Unidade 2 tem muito mais.

Unidade de estudo 2

Seções de estudo

Seção 1 - O ato de ler Seção 2 - Funções da linguagem Seção 3 - Figuras de linguagem

19COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1O ato de ler

Se não compreendemos o que le-mos, não conseguimos aprender o que está sendo transmitido. Se quisermos aprender novas tec-nologias, novos conteúdos ou novas culturas, teremos que en-tender aquilo que está sendo dito no texto. Portanto, nesta unidade você perceberá que a leitura e a compreensão do texto são cru-ciais para uma boa aprendizagem. Antes de partirmos para o estudo da escrita, estudaremos a leitura. É mais fácil escrever depois que aprendemos a ler e a compreen-der o significado daquilo que se lê e, [...] a leitura é o meio que dis-pomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade.” (INFANTE, 2000, p. 46).

Atualmente, temos encontrado cada vez menos leitores assíduos e que se deleitam com o que as palavras transmitem. Percebemos que os meios de comunicação em massa estão tirando cada vez mais

Sentido e Contexto

o espaço que antes era destinado à leitura. Em vez de ser um pra-zer, a leitura tem se tornado um momento de tortura e de insatis-fação. Essa situação tem contri-buído significativamente para que muitas pessoas não se dediquem a compreender a nossa língua e, por isso, fazem mau uso dela.

Além de ler muito, o jovem preci-sa ampliar seu vocabulário. Hoje, a imagem sobrepõe à palavra. Esta geração, que domina tão bem o computador, precisa buscar a palavra. Também é importante raciocinar sobre o que foi lido, desconfiar daquilo e tentar novas conclusões. (MONTELLO, 1991, p. 37).

Ler e compreender o que se lê é uma competência indispensável para quem deseja aprender e, por isso, não podemos apenas identi-ficar as letras e construir palavras. É preciso compreender, refletir sobre a informação e formar uma opinião sobre o que foi lido.

DICA Para compreender o que se lê é preciso saber que textos são discursos nos quais o au-tor diz alguma coisa a seus leitores.

A primeira leitura que fazemos de um texto é sensorial, pois ao pe-garmos uma publicação em nos-sas mãos observamos os atrati-

vos que ela possui (cores, figuras, formas, etc.). A segunda leitura é descompromissada e superficial e, portanto, emocional. Nessa fase, tomamos conhecimento do con-teúdo que nos provoca emoções, que podem ser de satisfação ou insatisfação, nos faz rir ou cho-rar, achamos complicado ou sim-plório, etc. Já o terceiro tipo de leitura que fazemos é intelectual. Neste tipo de leitura procuramos identificar o propósito do autor, a informação transmitida e a estru-turação do texto.

Mas não é difícil não! Ler e inter-pretar é uma questão de prática, então vamos lá! Na Seção 2 você estudará as funções da linguagem.

SEÇÃO 2Funções da linguagem

Conhecer o significado das pa-lavras é requisito básico para quem quer escrever com quali-dade e compreender o que está lendo. Não há a necessidade de se ter um vocabulário rebuscado. É preciso conhecer o significado das palavras e o contexto em que serão inseridas. Ao elaborarmos uma comunicação devemos levar em conta o tema a ser tratado, o objetivo que se pretende atingir, o canal que será utilizado e quem serão os leitores.

20 CURSOS TÉCNICOS SENAI

DICA Lembre-se de consultar o dicionário sempre que for escrever um texto.

Não existe só uma maneira de ler um texto e, por isso, não pode-mos apenas decodificar os sinais de forma simplista. Uma palavra pode ter um significado em uma frase e em outra, um completa-mente diferente. O significado real da expressão menina dos olhos é “pupila”. Observe as duas frases a seguir e tente identificar a diferença.

Ao usarmos a linguagem deno-tativa permitimos apenas uma interpretação e na linguagem co-notativa permitimos várias inter-pretações, o que sugere subjeti-vidade. Ainda existem textos em que nem tudo o que importa para a interpretação está registrado.Para entendermos um texto, mui-tas vezes, é necessário considerar e identificar aquilo que não está escrito e compreendê-lo. Esse processo de compreensão e deco-dificação dos sinais e a identifica-ção do que não está dito permitem ao leitor interpretar a mensagem.Compreender a informação im-plícita é importante para que te-nhamos um bom nível de leitura e a informação lida deve ser con-frontada com a nossa realidade para, só então, tirarmos as nossas conclusões.

Por isso é tão importante enten-der o que estamos lendo. Na Se-ção 3 você irá estudar sobre as figuras de linguagem.

As meninas dos olhos estavam dilatadas.

ou

A menina dos olhos do empresário era a sua fábrica

de sorvete.

Na primeira frase a expressão menina dos olhos está empre-gada com seu sentido real e na segunda, em sentido figurado. Ao escrevermos um texto podemos usar tanto o significado real da palavra (denotação) quanto o sen-tido figurado (conotação).

21COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 3Figuras de linguagem

Muitos textos apresentam uma série de recursos para chamar a atenção do leitor e para realçar e dar expressividade às palavras. Esses recursos são conhecidos como figuras de linguagem. Há uma série de figuras de linguagem e as mais conhecidas e emprega-das são: comparação, metáfora, eufemismo, paradoxo, ironia e hi-pérbole.

Vamos ver cadauma delas?

▪ Comparação: estabelece uma relação de comparação entre dois elementos – o comparante e o comparado. Ex.: A tua mão está tão fria quanto um gelo. ▪ Metáfora: é uma comparação

implícita baseada na associação de ideias subjetivas. Ex: Homem, deixa de ser um parasita e vá procurar um emprego! ▪ Eufemismo: é a substituição

de expressões e/ou palavras desagradáveis usando outras mais suaves a fim de amenizar seu impacto. Ex.: Esta manhã João deu seu último suspiro.

▪ Paradoxo: “é a apresentação de ideias aparentemente contrá-rias, mas que, no contexto, não constituem contrassenso. Ex.: Curto minha solidão no meio da multidão.” (GRIFFI, 1991, p. 48). ▪ Ironia: consiste em empre-

gar palavras ou expressões que pretendem dizer exatamente o contrário. Ex.: Com um amigo desses, quem precisa ter inimigos. ▪ Hipérbole: é o emprego de

palavras exageradas para dar mais ênfase à frase. Ex.: No mês de novembro de 2008 choveu cani-vetes em Santa Catarina.

Como você viu nesta unidade, é muito importante ler e compreen-der aquilo que se lê. Dessa forma, faremos uma pausa agora para ler e interpretar um texto procuran-do compreender o que o autor quis transmitir com sua comuni-cação. Não se limite a apenas ler e responder às questões indivi-dualmente, procure trocar ideias e impressões com seus colegas e professor.Bom trabalho!

Implícito: “é algo que está envolvido naquele

contexto, mas não está cla-ro, é deixado subentendido.” (FERREIRA, 1986, p. 923).

Unidade de estudo 3

Seções de estudo

Seção 1 - Coerência e coesão textual

23COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Coerência e coesão textual

Nesta unidade você compreen-derá que um texto precisa ter co-erência e coesão textual para ter qualidade. Você também terá a oportunidade de identificar as ar-madilhas do texto e saber como evitá-las.

O texto não é a soma ou sequên-cia de frases isoladas, é uma men-sagem construída que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: trata-se de um particípio, o mesmo que te-cido. Assim, um texto é um tecido de palavras.” (CAMPEDELLI; SOUZA, 1999, p. 13).

Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e em-prego excessivo da voz passiva. Muitas vezes encontramos tex-tos que são confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocorre porque tanto a coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas. Observe a frase a seguir. Fazendo sucesso com seu novo restaurante que oferece pratos tí-picos, o empresário José da Silva, localizado na Rua dos Andradas, 265.

Elementos da Textualidade

Quem está localizado? O em-presário ou o restaurante?

A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a construção das frases de maneira bem elaborada. “A maneira como são articuladas as ideias por meio das palavras e das frases é que de-termina se há uma unidade de sen-tido ou apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 371).

Segundo Cegalla (2000, p. 590), um bom texto deve:

▪ ter correção gramatical – respeito às normas linguís-ticas;

▪ ser conciso – dizer muito em poucas palavras;

▪ ser claro;

▪ ser preciso – empregar o termo adequado e de forma acertada;

▪ ser natural – evitar em-pregar termos rebuscados e desconhecidos ao leitor;

▪ ser original – evitar a vul-garidade e a imitação;

▪ ser nobre – evitar o uso de termos chulos;

▪ ter harmonia;

▪ ser colorido e elegante – uso criterioso de figuras de linguagem.

Verbo: “é uma palavra que exprime ação, esta-

do, fato ou fenômeno.” (CE-GALLA, 2000, p. 182).

Particípio: forma nomi-nal do verbo, que enun-

cia um fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal.

Voz passiva: quando o verbo estiver na voz

passiva o sujeito sofre, rece-be ou desfruta da ação ex-pressa pelo verbo.

24 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Coesão Textual

A coesão textual exige que empre-guemos vários elementos de for-ma adequada.

a. Emprego adequado de tempos e modos verbais.

b. Emprego adequado de prono-mes, conjunções, preposições e artigos.

c. Emprego adequado de cons-truções por coordenação e subordinação.

d. Emprego adequado dos dis-cursos direto, indireto e indire-to livre.

Há também vários fatores que po-dem contribuir para que um texto perca a sua coesão textual:

▪ regências incorretas; ▪ concordâncias incorretas; ▪ frases inacabadas; ▪ inadequação ou ambiguidade

no emprego de pronomes.

Além desses fatores, também de-vemos evitar os períodos muito longos, um vocabulário rebusca-do, uma pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para que o nosso texto tenha coesão e clareza textual.

Para um texto ter unidade textu-al faz-se necessário lançar mão de vários recursos linguísticos para unir orações e parágrafos. Os mais conhecidos são:

▪ conjunção – e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, portanto, pois, como, em-bora, desde que, se, conforme, de modo que, etc.;

Modos verbais: indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar (indicativo, imperativo e subjuntivo) (CE-

GALLA, 2000, p. 183).

Conjunções: “é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da mesma oração e se dividem em coordenati-

vas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (causais, comparativas, concessivas, condicionais, consecutivas, finais, proporcionais, temporais e integrantes).” (CE-GALLA, 2000, p. 268).

Artigo: “é uma palavra que antepomos aos substantivos para dar aos seres um sentido determinado ou indetermi-

nado (o, a, um, etc.)” (CEGALLA, 2000, p. 153).

Período composto por coordenação: “é constituído de orações independentes.” (CEGALLA, 2000, p. 339).

Período composto por subordinação: “consta de uma ou mais de uma oração principal e de uma ou mais orações

dependentes ou subordinadas.” (CEGALLA, 2000, p. 339).

Período: “é a frase formada por uma ou mais orações.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 266).

Conjunção: “é a palavra que liga orações ou palavras de função semelhante numa mesma oração.” (SARMENTO;

TUFANO, 2004, p. 266).

25COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

▪ preposições – a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo, etc. ▪ pronomes – eu, nós, me,

mim, comigo, consigo, te, lhe, etc. ▪ advérbios – sim, certamente,

realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além, não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal, etc.

Coerência Textual

A coerência textual ocorre quan-do há uma relação harmoniosa entre as ideias apresentadas no texto. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de for-ma ordenada e lógica, com início, meio e fim. Seus fatos também devem ser apresentados de forma coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto.

DICA Coerência: refere-se à uni-dade do tema.

Coesão: é a conexão entre os elementos ou as partes do texto.

Se esses recursos forem mal-em-pregados o texto se tornará ambí-guo e incoerente.

Ambiguidade e Redun-dância

A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o emprego de palavras de duplo sentido, e por problemas de cons-trução das frases. A redundância é o emprego de palavras ou ideias de maneira re-petida ou desnecessária.

Como você deve ter percebido, a compreensão desta unidade é fun-damental para quem quer escrever um texto com qualidade. Para que essas informações não se percam, sugiro uma pausa para exercitar a coerência e a coesão textual. A seguir você encontrará uma série de exercícios que lhe auxiliarão no desenvolvimento da capacidade de redigir com coesão e de forma co-erente.

Vamos lá! Aproveite este momen-to de aprendizado e tire suas dúvi-das com o seu professor!

Na próxima unidade você estuda-rá os tipos de textos. Vamos em frente!

Advérbio: “é a palavra que modifica um verbo,

um outro adjetivo e, às ve-zes, um substantivo, expres-sando a circunstância em que determinado fato ocor-re.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 253).

Frase: “é toda a palavra ou o conjunto de pala-

vras que constitui um enun-ciado de sentido completo.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 266).

Preposição: “é a pala-vra invariável que liga dois termos, de forma que o senti-do do primeiro é completado pelo segundo.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 257).

Pronome: “são palavras que acompanham ou

substituem o nome, desig-nando-o como a pessoa do discurso.” (SARMENTO; TUFA-NO, 2004, p. 217).

Unidade de estudo 4

Seções de estudo

Seção 1 - Narração, descrição e disser-tação

27COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Narração, descrição e dissertação

Nesta unidade você compreen-derá que existem alguns tipos de textos e que cada um possui ca-racterísticas distintas, descobrirá como aplicá-los corretamente, conforme cada caso.

Há três formas básicas de se orga-nizar um texto: narrativa, descriti-va e dissertativa. Cada uma dessas formas possui um emissor, um conteúdo e um objetivo diferente, conforme quadro abaixo.

Tipos de Texto

Quadro 2 - Organização do texto

Narração Descrição Dissertação

Quem fala? Narrador Observador Argumentador

ConteúdoAções, aconteci-

mentos

Seres, objetos, cenas,

processos

Opiniões, argu-mentos

Objetivo RelatarIdentificar, loca-

lizar, qualificar

Discutir, informar, expor

Fonte: adaptado de Sarmento e Tufano (2004).

DICA Lembre-se: um texto não possui apenas uma forma de ser organiza-do, porém, uma delas sempre se sobressai.

28 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Abaixo encontramos outro quadro que auxilia na identificação das ca-racterísticas de cada formatação. Quadro 3 - Características dos textos

Narração

Relato de fatos.

Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo.

Apresentação de um conflito.

Uso de verbos de ação.

Geralmente, é mesclada de descrições.

O diálogo direto e o indireto são frequentes.

Descrição

Relato de pessoas, ambientes, objetos.

Predomínio de atributos.

Uso de verbos de ligação.

Frequente emprego de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem.

Tem como resultado a imagem física ou psicológica.

Dissertação

Defesa de um argumento.

Apresentação de uma tese que será defendida.

Desenvolvimento ou argumentação.

Fechamento.

Predomínio da linguagem objetiva.

Prevalece a denotação.Fonte: Campelli e Souza (2000, p. 89).

Na narração o narrador con-ta uma história vivida por algum personagem, organizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o principal elemento é a história que deve ter começo, meio e fim. Observe! Quem conta a história é alguém de fora que apenas narra os fatos, sem

emitir opiniões. Na descrição são expostas ca-racterísticas de pessoas, objetos, situações, lugares, etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dissertati-vo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local. No texto descri-tivo não tem um narrador, somente um observador. A descrição é uti-lizada, principalmente, em rela-tórios de experimentos que você realiza nos laboratórios.

29COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Na dissertação o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto que ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista. Na dissertação o autor tenta convencer o leitor sobre

o seu ponto de vista. Você acabou de conhecer as principais diferenças entre as três formas de se organizar um texto. Segue abaixo uma série de exercícios que lhe auxiliarão na identificação dessas características, bem como na sua correta aplicação.

Vamos lá, você é capaz de escrever qualquer tipo de texto, desde que se dedique. Caso tenha alguma dúvida, consulte o seu professor.

Na próxima unidade você estudará a produção de textos. Vamos lá!

Não é difícil não! É precisoidenti�car o tipo de texto

que o autor escreve.

Unidade de estudo 5

Seções de estudo

Seção 1 - Dissertação Seção 2 - Resumo Seção 3 - Relatório Seção 4 - Parecer

31COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Dissertação

Nesta unidade você compreende-rá como tecer um texto dissertati-vo, um resumo, um relatório e um parecer.

Como você já deve ter estudado, a dissertação é um dos tipos de texto mais utilizados nos meios acadêmico e empresarial, pois exi-ge do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. Veja agora algumas dicas que lhe auxi-liarão na elaboração de um texto dissertativo.

Segundo Campedelli e Souza (1999, p. 187), um texto disserta-tivo possui as seguintes caracterís-ticas:

▪ é um texto temático – tudo nele evolui a partir de um racio-cínio; ▪ é um texto que analisa e inter-

preta; ▪ aposta para relações lógicas de

ideias – faz comparações, mostra correspondências, analisa conse-quências.

Uma dissertação se divide em três partes.

▪ Introdução

▪ Definir a questão, situando o problema descrevendo a tese que será defendida no desen-volvimento.

▪ Indicar o caminho a seguir.

Produção de Textos

▪ Desenvolvimento

▪ Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou a ideia proposta na introdução, apontando seme-lhanças de opiniões, divergên-cias, comparações e ligações a fim de comprovar a tese.

▪ Conclusão

▪ Deve ser breve e marcante.

▪ Retomar a tese.

▪ Recapitular as ideias apresen-tadas no desenvolvimento dando um fechamento ao texto.

Como você pôde perceber, o texto dissertativo apresenta ar-gumentos, ou seja, defende uma ideia. No nosso dia a dia preci-samos defender seguidamente nosso ponto de vista e para isso é fundamental saber argumentar.Segundo Sarmento e Tufano (2004, p. 412), existem quatro ti-pos de argumentos, que são:

▪ argumento com base em citação;

▪ argumento com base no senso comum;

▪ argumento com base em evidências;

▪ argumento com base no raciocínio lógico.

Na argumentação com base em citação usamos uma frase de alguém conceituado no assunto para amparar a nossa argumenta-ção. Ou seja, usamos uma citação de outro autor para fundamentar a nossa argumentação e dar cre-dibilidade e prestígio ao nosso texto.

Na argumentação com base no senso comum apoiamos a nossa argumentação nos conceitos re-conhecidos pela sociedade como um todo.

Na argumentação com base em evidências usamos dados ou estatísticas que comprovem a nossa tese, dando credibilidade ao nosso texto.

Na argumentação com base no raciocínio lógico estabelecemos uma sequência lógica na apresen-tação dos fatos: primeiro as cau-sas e depois os efeitos.

Conforme Serafini (1985), para elaborar um texto devemos seguir algumas regras. Veja a seguir quais são.

Primeira regra: tenha um plano

▪ Distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas. ▪ Identifique as características

da redação que são:

32 CURSOS TÉCNICOS SENAI

▪ destinatário;

▪ objetivo do texto;

▪ gênero do texto (conto, diálo-go, poesia, narrativo, descriti-vo, de opinião, etc.);

▪ extensão do texto;

▪ critérios de avaliação.

Segunda regra: ordene as ideias

▪ Selecione as informações. ▪ Registre os seus pensamentos. ▪ Não se preocupe inicialmente

se as ideias não têm ligação entre si. ▪ Faça a associação de ideias. ▪ Organize as ideias em mapas

conceituais (veja modelo no Anexo 1). ▪ Faça um roteiro. ▪ Defina a sua tese ou pontos

de vista a serem apresentados no texto.

Terceira regra: organi-ze o texto e redija

▪ O parágrafo é composto por vários períodos explorando uma única ideia do roteiro. ▪ Faça a conexão dos parágra-

fos. ▪ Observe a pontuação. ▪ Elabore a introdução e a

conclusão.

Quarta regra: revisão

▪ Faça a revisão do conteúdo. ▪ Reveja a ortografia e a pontu-

ação. ▪ Redija o texto sem erros e sem

rasuras.Na próxima seção você verá como fazer um resumo.

SEÇÃO 2Resumo

Muitas pessoas acreditam que resumir significa fazer um recor-te das frases principais do texto original, fazendo uma “colagem”. Porém resumir não é nada disso. Resumir é apresentar os pontos principais do texto original com suas próprias palavras.Portanto, resumir significa criar um texto mais curto mantendo a ideia original. Para isso é necessá-rio selecionar apenas o conteúdo mais interessante e fundamental a fim de manter a ideia original do autor. Um resumo normalmente não tem introdução e deve seguir a ordem do texto original. Ao re-sumir devemos tomar o cuidado para não inserirmos exemplos ou citações que não constam na obra original, muito menos as opiniões pessoais ou conclusões de quem está elaborando o resumo. Ex-pressões como “O autor supõe... O autor afirma...” não devem ser usadas, pois o resumo é um texto que é redigido como se o próprio autor o tivesse escrito.

Para conseguir fazer isso você deve seguir algumas etapas:

▪ conhecer as regras do resumo (quantidade de palavras e sua finalidade); ▪ ler o texto atentamente; ▪ destacar com marcadores

luminosos as partes essenciais do texto; ▪ compreender o texto (ser

capaz de responder perguntas como: Qual é o tema? Qual é a intenção do autor? Qual é a tese defendida pelo autor? Quem? O quê? Onde? Quando? Como? Por quê?);

▪ redigir o texto; ▪ revisar o texto fazendo as

correções e adaptações que se fizerem necessárias.

Segundo Serafini (1985, p. 188), devemos utilizar quatro regras para elaborarmos bons resumos:

▪ cancelamento – é possível cancelar as palavras que se refe-rem a detalhes desnecessários à compreensão do texto; ▪ generalização – é possível

substituir alguns elementos por outros mais gerais que os in-cluem; ▪ seleção – é possível eliminar

elementos que exprimem deta-lhes óbvios e normais no con-texto; ▪ construção – é possível subs-

tituir um conjunto de orações por uma nova que inclua todas as demais informações.

SEÇÃO 3Relatório

Um relatório é a exposição dos resultados de uma atividade e permite a quem lê acompanhar o desempenho e como ela ocorreu. O relatório deve ser objetivo e in-formativo apresentando as situa-ções e os problemas encontrados na execução da atividade relatada. Sempre que possível, devemos evitar relatórios muito extensos e sua linguagem deve ser objetiva, precisa, clara e concisa, sem omi-tir dados importantes. A redação deve ser simples, com ortografia correta e com a pontuação ade-quada.

33COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Antes de começar a escrever um relatório, é preciso estabelecer um plano ordenando as ideias para que fiquem numa sequência lógi-ca, procurando responder às per-guntas: O quê? Por quê? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto? E daí?

Normalmente iniciamos o relato pela descrição dos elementos (si-tuação encontrada, ou, num expe-rimento de laboratório, esses ele-mentos podem ser os materiais, as máquinas, os produtos químicos e o objetivo da atividade), em se-guida descrevemos as causas, de-pois seus efeitos, as providências tomadas e, por último, as conclu-sões ou resultados alcançados.

SEÇÃO 4Parecer

Um parecer fornece os fatos ana-lisando um caso e apontando uma solução favorável ou contrária, mediante justificativa.

Segundo Martins e Zilberknop (2003, p. 238), o parecer possui a seguinte estrutura:

Nesta unidade você estudou como tecer um texto dissertativo, um resu-mo, um relatório e um parecer.

Agora você deverá fazer uma pausa para resolver alguns exercícios e fixar o conteúdo apresentado nesta unidade. Apesar de parecer difícil, com dedicação e esforço você é capaz de vencer e superar qualquer obs-táculo. Lembre-se que um dos requisitos básicos de um profissional de sucesso é saber apresentar seu ponto de vista com qualidade, e isto é o que os exercícios a seguir propõem. Toda meta alcançada teve sua base alicerçada no primeiro passo. Acre-dite, quanto mais você produzir e criar textos, mas fácil isso se tornará. Os primeiros não serão os melhores, mas com o tempo você perceberá como seus textos evoluirão. Vamos lá! Aproveite este momento de aprendizado e tire suas dúvidas com o seu professor!

▪ timbre;

▪ número do parecer e ano;

▪ assunto;

▪ contexto (exposição e apre-ciação do assunto);

▪ conclusão (parecer do rela-tor ou comissão);

▪ data e assinatura.

Unidade de estudo 6

Seções de estudo

Seção 1 - Análise textualSeção 2 - Interpretação de textos

35COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Análise textual

Nesta unidade você descobrirá preciosas regras para ler, compre-ender e interpretar textos adequa-damente.

O objetivo da análise textual é pos-sibilitar ao leitor fazer um levanta-mento dos elementos do texto que permitem a sua compreensão para depois ser feito o julgamento crítico do mesmo.

Existe uma grande diferença en-tre compreender e interpretar um texto.Para compreender um texto o leitor deve identificar qual foi a regência verbal empregada, com-preendendo o significado exato das palavras, identificar as refe-rências históricas, políticas, ou geográficas, etc. usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é con-cluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo.

Compreender e Interpretar Textos

SEÇÃO 2Interpretação de textos

A grande maioria dos jovens acredita que é muito difícil ler e interpretar um texto, pois cada um interpreta o que lê segundo as suas crenças, va-lores e filtros. Porém cabe destacar que isso não é bem verdade porque o que está dito está dito e não pode ser modificado.Para interpretarmos adequadamente um texto devemos seguir algumas regras que são:

▪ fazer uma leitura prévia procurando ter uma visão geral do assunto;

▪ identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado;

▪ reler o texto várias vezes procurando compreender o que o autor está tentando transmitir;

▪ identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as suti-lezas e eventuais malícias;

▪ não criticar as ideias do autor;

▪ ler cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central;

▪ quando o autor apresentar suas ideias, procurar fundamentos lógicos.

Unidade de estudo 7

Seções de estudo

Seção 1 - Ortografia Seção 2 - Acentuação Seção 3 - Pontuação Seção 4 - Verbos Seção 5 - Regência verbal e nominal Seção 6 - Tira-dúvidas

37COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Ortografia

Nesta unidade você conhecerá as principais regras que se rela-cionam à correta ortografia das palavras, como aplicar a regência verbal e nominal, e ainda pontuar adequadamente. Como já men-cionado anteriormente, conhecer, dominar e aplicar corretamente a língua materna auxilia os profis-sionais a se destacarem no merca-do de trabalho e é esse o objetivo desta unidade.

A ortografia é a parte da gramáti-ca que determina a maneira corre-ta de escrever as palavras baseada nos padrões cultos do idioma.

Emprego da Letra Z

▪ Usa-se o Z em palavras que derivam de outras grafadas com Z: juiz /ajuizado e fuzil/fuzila-mento. ▪ Usa-se o Z em substantivos

abstratos femininos, que derivam de adjetivos: áspero/aspereza e rude/rudez. ▪ Usa-se o Z nas terminações

izar (verbos) e ização (substanti-vos): legal/legalização e racional/racionalizar/racionalização.

Emprego do S

▪ Usa-se o S nos sufixos ês, esa, isa, osa, oso e ense: japonês/japone-sa, poeta/poetisa, calor/caloroso e Paraná/paranaense.

Gramática Aplicada

▪ Usa-se o S nas palavras de-rivadas de outras que têm S no radical: paralisar/paralisação e improvisar/improvisação. ▪ Usa-se o S em todas as formas

do verbo querer e pôr que tem S: quis/quiseram e pus/puseram. ▪ Usa-se o S em substantivos

derivados de verbos terminados e nder ou ndir: pretender/pretensão e expandir/expansão.

Emprego do SS

▪ Usa-se o SS em palavras corre-latas com o radical ced: conceder/concessão e acender/acessível. ▪ Usa-se o SS em palavras cor-

relatas com o radical gred: progre-dir/progresso e agredir/agressão. ▪ Usa-se o SS em palavras corre-

latas com o radical prim: impri-mir/impressão e reprimir/repressão. ▪ Usa-se o SS em palavras corre-

latas a itir/utir: permitir/permis-são e repercutir/repercussão. ▪ Usa-se o SS em palavras corre-

latas a met: remeter/remessa e prometer/promessa. ▪ Usa-se o SS em palavras cor-

relatas a rs: personalidade/pessoa e aversão/avesso. ▪ Usa-se o SS em palavras corre-

latas a x com som de cs: sexage-nário/sessenta. ▪ Usa-se o SS quando o S passa

a ficar entre vogais: sílaba/assilá-bico e sossego/assossegar.

Substantivos: são pa-lavras que designam

e dão nome aos seres. Di-videm-se em próprios, co-muns, concretos, abstratos, simples, compostos, primiti-vos, derivados e coletivos.

Adjetivos: “são palavras que expressam as ca-

racterísticas ou qualidades dos seres.” (CEGALLA, 2000, p. 154).

Sufixos: são elementos (isoladamente insignifi-

cativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. (CEGALLA, 2000, p. 102).

Radical: é o elemento básico e significativo

das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da língua portuguesa atual. (CEGALLA, 2000, p. 91).

38 CURSOS TÉCNICOS SENAI

SEÇÃO 2Acentuação

Assim como é imprescindível conhecer a grafia correta das pa-lavras, também é importante co-nhecer a sua acentuação. Todas as palavras possuem uma sono-rização ao serem pronunciadas e empregar adequadamente o tom delas na fala indica o domínio de uma língua. A tonicidade de uma palavra indica qual a sílaba que de-ver ter som aberto ou fechado ou qual será a entonação que se deve dar a cada sílaba.

Algumas de nossas palavras têm um som mais fraco que outras, são os elementos átonos e todos os outros que possuem som mais forte são conhecidos como tôni-cos. Os elementos átonos não são acentuados, mas os elementos tônicos podem ou não ser acen-tuados. Dessa forma, as palavras podem ser classificadas de acordo com a posição da sílaba tônica.

▪ Oxítonas: tonicidade na últi-ma sílaba. ▪ Paroxítonas: tonicidade na

penúltima sílaba. ▪ Proparoxítonas: tonicidade

na antepenúltima sílaba.

DICA De acordo com o novo acor-do ortográfico, as palavras paroxítonas sofreram alte-ração na sua acentuação. Esse assunto será estudado detalhadamente na próxima unidade de estudo.

Vejamos as regras!

Emprego do X

▪ Usa-se o X após os ditongos: ameixa/trouxa. ▪ Usa-se o X depois da sílaba

inicial en: enxame/enxaqueca.

Exceções: palavras que derivam de outras que tenham ch: enchen-te (de cheio).

▪ Usa-se o X depois da sílaba me: mexer/mexerico e exceção/ mecha.

Emprego do G

▪ Usa-se o G em palavras for-madas pelo sufixo gem: ferrugem/coragem.Exceção: pajem/lajem/lambu-jem.

▪ Usa-se o G em palavras termi-nadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: pedágio/colégio/relógio/refúgio. ▪ Usa-se o G em palavras deri-

vadas de outras já escritas com g: ungir/ungido e fingir/fingimen-to.

Emprego do J

▪ Usa-se o J em palavras deri-vadas de outras já grafadas com J: granja/granjeiro e laranja/laranjeira. ▪ Usa-se o J nas formas dos

verbos terminado em jar e jea: esbanjar/gorjear. ▪ Usa-se o J em palavras deriva-

das do tupi ou africano: maraca-já/pajé.

Escrever é como ler! É uma ques-tão de prática! Na seção 2 você estudará acentuação.

Ditongos: “é a combina-ção de uma vogal mais

uma semivogal, ou vice-ver-sa, na mesma sílaba.” (CE-GALLA, 2000, p. 26).

39COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Proparoxítonas

▪ Todas as palavras proparoxíto-nas serão acentuadas: polígono/pêndulo.

Oxítonas

▪ Todas as palavras oxítonas terminadas em O(S), A (S), E(S), EM ou ENS são acentuadas:ninguém/gambá. ▪ Todos os monossílabos tôni-

cos terminados em A(S), E(S) e O(S) são acentuados:pé/há.

Paroxítonas

▪ Coloca-se o acento gráfico sobre a sílaba tônica das palavras terminadas em ÃO(S), Â(s), OM, ON(ONS), I e U(S), OS, L, N, R, X: elétrons/ímãs.

Crase

“A crase é a fusão da preposição a com o artigo feminino a ou com determinados pronomes fe-mininos iniciados pela vogal a.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 333).

A crase pode ser aplicada com fa-cilidade observando-se as seguin-tes dicas:

▪ se trocar o feminino por um masculino e aparecer a combina-ção ao, use o sinal indicativo da crase; ▪ se trocar a preposição a por

para, de, ou em e der para a, da ou na, use o sinal indicativo da crase (se der simplesmente para, de ou em, não se usa o sinal indicativo da crase).

DICA Para nomes de lugar use o verso do folclore didático abaixo:

“Quem vai a e volta da, crase há.

Quem vai a e volta de, crase para quê? (KASPARY, 1994, p. 188).

Não se usa crase:

▪ antes de palavras mascu-linas;

▪ quando a preposição estiver no singular seguida de um substantivo no plural;

▪ antes de verbos;

▪ antes de nomes de lugar que não admitem artigo a;

▪ quando a palavra casa e terra não vierem determina-das;

▪ antes de pronomes que repelem o artigo;

▪ diante de artigos indefi-nidos;

▪ diante de palavras repeti-das ligadas por preposição;

▪ na locução a distância, quando a noção de distância não tiver determinada.

A escrita correta não depende somente da grafia correta das palavras e da acentuação, ela se complementa com o uso da pon-tuação... É o que você verá a se-guir.

SEÇÃO 3Pontuação

Um texto, para ter qualidade, precisa de uma pontuação ade-quada, pois indica ao leitor onde este deverá efetuar as pausas, que entonação deve dar e qual será o ritmo da fala. Segundo Martins e Zilberknop (2003, p. 340), “a pontuação é o conjunto de sinais que representam na língua escrita as pausas e a entonação da língua falada”.

▪ em locuções adverbiais formadas por preposições e palavra feminina;

▪ em locuções prepositivas;

▪ em locuções conjuntivas;

▪ quando os pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo vierem precedidos de verbos regidos pela preposição a;

▪ quando se submetem as expressões: à moda, à maneira, etc.;

▪ quando houver numerais indicando horas;

▪ antes de nomes de lugares que admitem o artigo a;

▪ antes das palavras casa e terra, se vierem determinadas.

40 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Os sinais de pontuação emprega-dos na nossa língua são:

▪ vírgula ( , ) ▪ ponto e vírgula ( ; ) ▪ ponto ( . ) ▪ ponto de interrogação ( ? ) ▪ ponto de exclamação ( ! ) ▪ dois-pontos ( : ) ▪ reticências ( ... ) ▪ aspas ( “ ” ) ▪ travessão ( – ) ▪ parênteses ( ( ) )

Emprego da Vírgula

A vírgula é empregada para indi-car uma breve pausa na leitura, porém nem sempre uma pausa respiratória na leitura correspon-de a uma vírgula. Vejamos as re-gras.

Regra geral

▪ Não se usa vírgula para sepa-rar o sujeito do aposto, nem o verbo e seus complementos.

Emprega-se a vírgula:

▪ para separar os termos da mesma função sintática, para isolar o aposto; ▪ para isolar o vocativo; ▪ para isolar o adjunto adver-

bial deslocado; ▪ para separar a localidade da

data e nos endereços; ▪ para marcar a supressão do

verbo; ▪ para isolar o predicado des-

locado; ▪ para separar as conjunções

coordenativas adversativas e con-clusivas deslocadas;

Sujeito: “é uma palavra ou expressão que explica ou esclare-ce, desenvolve ou resume outro termo da oração.” (CEGALLA,

2000, p. 335).

Vocativo: “é o termo usado para chamar, ou interpelar a pes-soa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos.”

(CEGALLA, 2000, p. 336).

Adjunto adverbial: “é o termo que exprime uma circunstância (tempo, lugar, modo) que modifica o sentido de um verbo, ad-

jetivo ou advérbio.” (CEGALLA, 2000, p. 334).

Predicado: “é aquilo que se declara do sujeito.” (CEGALLA, 2000, p. 297).

Orações coordenadas: “é a que está ligada a outra da mes-ma natureza sintática [...] e se dividem em assindéticas (não

ligadas) e sindéticas (ligadas). As orações coordenadas sindéticas se dividem em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e expli-cativas. [...] As orações coordenadas assindéticas são separadas por pausas, que na escrita se marcam por vírgula, ponto e vírgula ou dois-pontos.” (CEGALLA, 2000, p. 342-344).

Orações subordinadas adjetivas explicativas: “explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atri-

buindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação.” (CEGALLA, 2000, faltou a página).

41COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Emprego do Ponto Final

O ponto final indica a pausa má-xima. Ocorre no final de uma oração ou de um período com-posto.

Emprego do Ponto de Interrogação

O ponto de interrogação ocorre nas frases interrogativas diretas.

Emprego do Ponto de Exclamação

O ponto de exclamação ocorre em uma frase exclamativa indi-cando emoções ou ordens.

Emprega-se o ponto de ex-clamação:

▪ nas frases exclamativas; ▪ após interjeições.

Emprego dos Dois-Pontos

Os dois pontos são empregados em frases ainda não terminadas.

Empregam-se os dois-pon-tos:

▪ antes de uma fala;

▪ antes de uma enumera-ção;

▪ antes de uma explicação;

▪ antes de uma comple-mentação;

▪ antes de uma conclusão.

▪ para isolar elementos repeti-dos; ▪ para separar orações coorde-

nadas (assindéticas, adversativas e explicativas); ▪ para separar o complemento

do verbo (quando vier antes des-se ou existir um complemento); ▪ antes de etc.; ▪ para separar orações adjetivas

explicativas; ▪ para separar orações adver-

biais; ▪ deslocadas, com exceção da

comparativa e conformativa (quando o verbo estiver explíci-to).

Emprego do Ponto e Vírgula

O ponto e vírgula é empregado para indicar uma pausa um pouco maior do que a vírgula. Vejamos as regras.

Emprega-se o ponto e vírgula:

▪ para separar um período de certa extensão; ▪ para separar as partes de um

período que já tenha vírgulas em seu interior; ▪ para separar orações coor-

denadas assindéticas de sentido contrário; ▪ para separar orações coorde-

nadas adversativas e conclusivas com conectivos deslocados; ▪ parar separar diversos itens de

uma lei; ▪ para separar itens em uma

enumeração.

Orações coordenadas: “é a que está ligada a

outra da mesma natureza sin-tática [...] e se dividem em as-sindéticas (não ligadas) e sin-déticas (ligadas). As orações coordenadas sindéticas se dividem em aditivas, adversa-tivas, alternativas, conclusivas e explicativas. [...] As orações coordenadas assindéticas são separadas por pausas, que na escrita se marcam por vír-gula, ponto e vírgula ou dois-pontos.” (CEGALLA, 2000, p. 342-344).

Orações subordinadas adjetivas explicativas:

“explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é ine-rente ou acrescentando-lhe uma informação.” (CEGALLA, 2000, faltou a página).

Conectivos: “ligam as pa-lavras ou orações.” (CE-

GALLA, 2000, p. 280).

Oração: “é a frase cons-truída com um verbo ou

uma locução verbal.” (SAR-MENTO; TUFANO, 2004, p. 266).

Período composto: é constituído de duas ou

mais orações que podem ser por coordenação ou subordi-nação.

Interjeições: “é uma pa-lavra ou locução que ex-

prime um estado emotivo.” (CEGALLA, 2000, p. 277).

42 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Emprego dos Parênteses

Empregam-se os parênteses:

▪ para intercalar uma expli-cação acessória;

▪ para intercalar uma mani-festação emocional;

▪ nas referências bibliográ-ficas.

SEÇÃO 4Verbos

Não existe uma oração sem ver-bo. O verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fe-nômeno. Os verbos se agrupam em três conjugações, conforme a sua ter-minação no infinitivo, e cada con-jugação se caracteriza por uma vogal temática.

▪ 1ª conjugação: os verbos terminam em ar. ▪ 2ª conjugação: os verbos

terminam em er. ▪ 3ª conjugação: os verbos

terminam em ir.

Os verbos são flexionados de acordo com:

▪ a pessoa do discurso e o número; ▪ o tempo; ▪ o modo; ▪ a voz.

Emprego das Reticências

As reticências indicam uma sus-pensão na frase.

Empregam-se as reticências:

▪ em citações não comple-tas;

▪ para indicar ao leitor que o término da frase deve ser imaginado por ele;

▪ para indicar ironia.

Emprego das Aspas

Empregam-se as aspas:

▪ no início e término de uma citação;

▪ para destacar uma palavra ou expressão vulgar;

▪ para destacar expressões estrangeiras;

▪ para destacar a ironia;

▪ para assinalar uma palavra que precisa ser destacada.

Emprego do Travessão

Emprega-se o travessão:

▪ nos diálogos;

▪ para isolar termos ou orações intercaladas.

Tempos verbais: “si-tuam o fato ou a ação

verbal dentro de determina-do momento (presente, pre-térito e futuro).” (CEGALLA, 2000, p. 182).

43COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

se complementam numa relação de dependência direta ou indireta. Alguns pedem um complemento “são os termos regentes; outros complementam o sentido do ter-mo regente “são os termos regi-dos.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 329).

Regência Nominal

Alguns substantivos, adjetivos ou advérbios precisam de comple-mento para transmitir uma ideia completa. A esse complemento damos o nome de complemento nominal. “Regência nominal é a ralação de dependência que se es-tabelece entre o nome e o termo por ele regido.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 329). Alguns substantivos e adjetivos aceitam mais de uma regência.

Quando escrevemos: João tem medo, logo nos perguntamos de que ele tem medo, certo? Isso indica que essa frase precisa de complemento. Então, a frase cor-reta deve ser: João tem medo de cobra.

Exemplos de regência nominal:

▪ acessível – a, ao; ▪ afável – com, para com; ▪ antipatia – a, contra, por; ▪ devoto – a, de; ▪ solidário – com; ▪ acostumado – a, com; ▪ apto – a, para; ▪ dúvida – em, sobre.

Pessoa do Discurso e Número

Os verbos variam para indicar o número (singular e plural) e a pes-soa do discurso (eu, tu, ele, nós, vós e eles).

Pessoa Singular Plural

1ª pessoa Eu Nós

2ª pessoa Tu Vós

3ª pessoa Ele Eles

Tempo

Os tempos verbais situam o fato ou a ação no tempo. Existem três tempos verbais:

Tempo

Presente agora

Pretérito passado

Futuro

Modos

Os modos indicam as diferentes formas de um fato se realizar.

Estão divididos em: ▪ indicativo – indica um fato

certo, positivo ou real; ▪ imperativo – indica ordem,

proibição, conselho, súplica ou pedido; ▪ subjuntivo – indica um de-

sejo, um fato hipotético, possível ou duvidoso.

Além desses modos verbais, ain-da existem as formais nominais dos verbos que enunciam o fato de maneira vaga, imprecisa e im-pessoal:

▪ infinitivo – pessoal e impes-soal; ▪ gerúndio; ▪ particípio.

Voz

Voz é a forma como o verbo se apresenta indicando a relação que há entre o sujeito e ele. E se clas-sifica em:

▪ voz ativa; ▪ voz passiva; ▪ voz reflexiva.

DICA No Anexo 4 você encontrará uma tabela completa com verbos da primeira, segun-da e terceira conjugação. Para facilitar a resolução de alguns exercícios sugeridos, você pode consultar esse documento.

SEÇÃO 5Regência verbal e nominal

Regência é o modo pelo qual uma palavra rege outra que a comple-menta e pode ser verbal ou nomi-nal, “[...] os termos de uma frase

44 CURSOS TÉCNICOS SENAI

▪ Eu – usa-se antes de verbo no infinitivo. Ex.: O colega de tra-balho falou aquelas barbaridades para eu me irritar. ▪ Mim – usa-se após preposi-

ção. Ex.: Empresta este vestido para mim? ▪ Onde – usa-se com qualquer

verbo, exceto com os que indi-cam movimento. Ex.: Onde fica a sua casa? ▪ Aonde – usa-se com verbos

que dão ideia de movimento. Ex.: Aonde você pensa que vai? ▪ Senão – quando equivale a

do contrário, a não ser, mas sim. Ex.: Acho melhor você sair daqui se-não você vai sofrer um acidente. ▪ Se não – quando correspon-

de a caso não. Ex.: Se não sair daqui imediatamente, chamarei a polícia. ▪ Mal (advérbio) – indica o

antônimo de bem, prejudicial, nocivo. Ex.: Ele está se sentindo mal. ▪ Mau (adjetivo) – indica o

antônimo de bom, ruim. Ex.: José sempre teve um mau comporta-mento. ▪ Este/esta/isto – usa-se para

perto de quem fala; faz referência ao que se vai anunciar; referência àquilo de que estamos tratando. Ex.: Este caderno é meu (o livro está perto de mim).

Estas máquinas acabaram de che-gar na empresa. Isto já foi discutido na reunião anterior.

Regência Verbal

Alguns verbos exprimem uma ideia completa e, por isso, não exigem complemento (verbos in-transitivos). Outros, porém, exi-gem um complemento para trans-mitir uma ideia completa (verbos transitivos). “Regência verbal é a relação de dependência que se es-tabelece entre o verbo e o termo por ele regido.” (SARMENTO; TUFANO, 2004, p. 331). Alguns verbos também podem ter seu sentido modificado em função da regência.

Exemplos de regência verbal.

Aspirar Ex.: A máquina aspirou a fuligem da chaminé (transitivo direto: sor-ver, inalar, absorver).Ex.: Ele aspirava ao cargo de di-retor presidente da empresa (tran-sitivo indireto: desejar, almejar, ambicionar).

SEÇÃO 6Tira-dúvidas

Além do que vimos até aqui, ain-da existem algumas palavras que deixam dúvidas na hora em que formos escrever. Segue abaixo uma lista de palavras ou expres-sões que oferecem algumas dúvi-das quanto à sua aplicação.

▪ Acerca de – significa sobre, a respeito de. Ex.: Acerca desse as-sunto, devemos consultar o chefe da seção. ▪ A cerca de – significa a uma

distância de. Ex.: Ele estava a cerca de um metro do eletrodo. ▪ Há cerca de – significa faz

ou existe aproximadamente. Ex.: Há cerca de um mês ocorreu uma tragédia em Santa Catarina. ▪ Afim – indica semelhança.

Ex.: Os amigos tinham tempera-mentos afins. ▪ A fim – indica finalidade. Ex.:

Ele estava a fim de sair naquele dia. ▪ Há – indica tempo. Ex.: Há

vinte anos o Brasil não exportava tanto minério de ferro. ▪ A – indica tempo futuro. Ex.:

Daqui a cinquenta anos não teremos mais água portável no planeta. ▪ Ao encontro – indica favorável

a, para junto de. Ex.: Vamos ao en-contro dos professores no outro prédio. ▪ De encontro a – indica que se

vai contra. Ex.: A atitude daquele estudante vai de encontro às suas aspirações. ▪ Concerto – indica acordo,

harmonia (musical). Ex.: Os estudantes foram ao concerto de piano no teatro da cidade. ▪ Conserto – indica emenda,

reparo, remendo. Ex.: O conserto do torno CNC custou caro.

45COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

▪ Esse/essa/isso – usa-se para perto do ouvinte e longe do falante; faz referência aquilo em que já foi mencionado.Ex.: Essa estante de livros está caindo.O que você pretende com isso?

▪ Aquele/aquilo – usa-se para longe do falante e do ouvinte.Ex.: Aquele aparelho eletrônico precisa ser consertado imediata-mente.

▪ Traz – verbo trazer. Ex.: Você traz aquela pilha de livros para mim? ▪ Trás – preposição e pode apa-

recer em locução atrás, detrás. Ex.: João percebeu que o menino vinha logo atrás dele.

▪ Mais –Advérbio – intensidadeSubstantivo – o restantePreposição – em companhia de Conjunção aditiva – eEx.: Esta turma foi a que rendeu mais na sexta-feira à noite.

▪ Mas – conjunção adversativa, ou seja, oposição. Ex.: O dia foi quente, mas à noite esfriou.

▪ Más – adjetivo feminino plural do adjetivo mau. Ex.: Aquelas meninas eram más.

▪ Por quê – usa-se no final de perguntas. Ex.: Você quer trocar de emprego, por quê?

▪ Por que – usa-se no início de perguntas e quando se pode substituir por pelo qual e suas variações. Ex.: Por que você quer trocar de emprego?

▪ Porque – usa-se em respostas ou explicações.Ex.: Porque quero aprender outro ofício.

▪ Porquê – como substantivo, antecedido de artigo/pronome. É sinô-nimo de motivo, razão. Ex.: Não consigo entender o porquê de tanta discórdia.Como você deve ter percebido, esta unidade possui uma série de dicas preciosas e para que elas não se percam no tempo, faremos alguns exer-cícios que permitem a fixação do conteúdo. Além das dicas, lembre-se de consultar o dicionário sempre que tiver alguma dúvida, pois além de você aprender a ortografia correta da mesma, também ampliará seu vocabulário.

Vamos lá, aproveite este momento para fixar aquilo que foi apresentado nesta unidade.

Unidade de estudo 8

Seções de estudo

Seção 1 - Acordo ortográfico

47COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

SEÇÃO 1Acordo ortográfico

Nesta unidade você conhecerá as principais alterações que ocorre-ram na Língua Portuguesa a partir do novo acordo ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009.Fique atento!

A princípio, pode parecer um contrassenso que, ao simples raiar de mais um janeiro, pa-lavras que aprendemos ainda na infância comecem a saltar diante de nossos olhos de cara e roupa novas. Nem todos veem a ideia com simpatia. Afinal, de que valeu todo o es-forço para entender que infra-estrutura se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele, se agora é justamente o contrário? Qualquer plateia, atônita, sairia por aí a reclamar seu acento agudo, principalmente diante da injustiça de ver concedida a um ou outro herói a honra de man-tê-lo. Já quanto ao pobre trema, não chega a ser imprudente apostar que poucos ousariam o voo solitário de defendê-lo. A maioria escreverá, tranquila, pinguim e linguiça, sem maiores consequências.Pró-acordo ou contrário a ele, não há quem escape ileso de uma revisão ortográfica. E não há autoajuda que resolva. Em vez de ser pego de surpresa, o melhor é sentar e avaliar as mudanças com atenção. Desde 1º de janeiro, estão em vigor no Brasil as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portu-guesa, firmado em 1990 com o objetivo de unificar a ortografia utilizada nos países que têm o português como língua oficial. (ELETROBRÁS, 2009).

Reforma Ortográfica

A princípio, pode parecer um contrassenso que, ao simples raiar de mais um janeiro, palavras que aprendemos ainda na infância comecem a saltar diante de nossos olhos de cara e roupa novas. Nem todos veem a ideia com simpatia. Afinal, de que valeu todo o esfor-ço para entender que infraestru-tura se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele, se agora é justamente o contrário? Qualquer plateia, atônita, sairia por aí a reclamar seu acento agudo, prin-cipalmente diante da injustiça de ver concedida a um ou outro he-rói a honra de mantê-lo. Já quanto ao pobre trema, não chega a ser imprudente apostar que poucos ousariam o voo solitário de defen-dê-lo. A maioria escreverá, tran-quila, pinguim e linguiça, sem maiores consequências.Pró-acordo ou contrário a ele, não há quem escape ileso de uma revisão ortográfica. E não há au-toajuda que resolva. Em vez de ser pego de surpresa, o melhor é sentar e avaliar as mudanças com atenção. Desde 1º de janeiro, es-tão em vigor no Brasil as regras do Acordo Ortográfico da Lín-gua Portuguesa, firmado em 1990 com o objetivo de unificar a orto-grafia utilizada nos países que têm o português como língua oficial. (ELETROBRÁS, 2009). Como você pôde ler na citação acima, existe uma série de altera-ções na Língua Portuguesa que entraram em vigor em janeiro de 2009 e precisam ser incorporadas

na nossa comunicação escrita. Apesar de resistirmos a essa ideia, teremos até 2011 para assimilar as novas regras e aplicá-las cor-retamente na nossa comunicação diária. Pode parecer muito tempo, mas não é quando se trata de mu-danças de conceitos já arraigados em nossa memória.

Acompanhe e procure assimilar as novas regras do acordo orto-gráfico estão descritas a seguir.

1ª regra: o alfabeto da Língua Portuguesa agora conta com 26 letras. O K, o W e o Y foram in-corporados ao nosso alfabeto.

2ª regra: o trema foi eliminado de todas as palavras da Língua Portuguesa. Somente as palavras estrangeiras e em suas derivadas devem ser tremadas.

3ª regra: não se usa mais o acento diferencial em pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/pólo(s), péra/pêra.

Notas

▪ É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma e fôrma. ▪ Permanece o acento que

diferencia por (preposição) de pôr (verbo).

48 CURSOS TÉCNICOS SENAI

▪ Permanece o acento que diferencia pode (verbo poder, 3ª pessoa do presente do indicativo) de pôde (verbo poder, 3ª pessoa do pretérito perfeito do indica-tivo). ▪ Permanecem os acentos que

diferenciam o singular do plural na 3ª pessoa do presente do indi-cativo dos verbos ter e vir e seus derivados.

4ª regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em “ôo(s)” e “êem”. Ex.: leem/vôo.

DICA Somente algumas palavras paroxítonas sofreram alte-ração quanto à sua acentu-ação.

5ª regra: não se usa mais o acen-to agudo no u tônico precedido de “g” e “q” na conjugação dos verbos arguir, apaziguar, averiguar, obliquar e dedarguir.

6ª regra: não se usa mais o acento no “i” e no “u” tônicos quando vierem depois de ditongos, nas palavras paroxítonas. Ex. Feiura/baiuca.

Nota

▪ Nas paroxítonas em que o “i” e o “u” não vierem depois de ditongo o acento permanece.

7ª regra: não se usa mais o acento nos ditongos “ei” e “oi” das pala-vras paroxítonas. Ex.: ideia/geleia.

Nota

▪ Permanece o acento nos ditongos abertos de palavras oxítonas e nos monossílabas.

8ª regra: sempre se usa o hífen diante de “h”. Ex.: sobre-huma-no/anti-higiênico.

9ª regra: não se usa mais o hífen entre o prefixo e a palavra, quan-do:

▪ o prefixo terminar com vogal e a palavra iniciar com “r” ou “s”. Neste caso a consoante deverá ser dobrada. Ex.: antirracismo/antirreligioso; ▪ a palavra iniciar com uma letra

diferente do “r” ou do “s”. Ex.: anteprojeto/autopeça; ▪ o prefixo terminar com uma

vogal e a palavra iniciar com uma vogal diferente. Ex.: aeroespa-cial/anteontem; ▪ o prefixo terminar com uma

consoante e a palavra iniciar com uma consoante diferente. Ex.: intermunicipal/supersônico; ▪ o prefixo terminar em conso-

ante e a palavra iniciar com vogal. Ex.: hiperativo/interescolar.

10ª regra: usa-se o hífen entre o prefixo e a palavra, quando:

▪ o prefixo terminar em vogal e a palavra iniciar com a mesma vogal. Ex.: anti-inflacionário/anti-inflamatório/contra-ataque; ▪ o prefixo terminar em con-

soante e a palavra iniciar com a mesma consoante. Ex.: inter-racial/super-resistente.

Prefixos: os prefixos ocorrentes em pala-

vras portuguesas provieram do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, portanto, como vocábulos autônomos. Por isso, têm sig-nificação bem mais precisa que os sufixos e exprimem, geralmente, circunstâncias (lugar, modo, tempo, etc.) (CEGALLA, 2000, p. 109).

49COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

11ª regra: usa-se o hífen após o prefixo “sub”, mesmo que a outra palavra iniciar com “r”. Ex.: sub-região/sub-raça.

Nota

▪ Palavra iniciadas com “h” per-dem essa letra ao se juntar com o prefixo “sub”. Ex.: subumano.

12ª regra: usa-se o hífen após os prefixos “circum” e “pan” e as palavras iniciarem com “m” ou “n”. Ex.: pan-americano/circum-navegação.

13ª regra: usa-se o hífen após o prefixo “vice”, “ex”, “sem”, “além”, “aquém”, “recém”, “pós”, “pró” e “pré”. Ex.: Vice-rei/ex-aluno.

14ª regra: o prefixo “co” aglutina-se com a palavra mesmo quando esta iniciar com “o”. Ex.: coordenar/cooperação.

15ª regra: nas palavras que perderam a noção de composição, o hífen foi eliminado. Ex.: girassol/paraquedista.

Bem, agora que você já conhece as novas regras da ortografia, segundo o novo acordo ortográfico que entrou em vigor em 2009, resta-nos fixá-las!

Seguem exercícios que permitirão que você aponte a alternativa correta e justifique a sua resposta segundo as novas regras.

Lembre-se de tirar as dúvidas com o professor! Bom exercício!

DICA Sempre que quiser consulte o conteúdo, tenha sempre à vista um di-cionário e se precisar recorra a uma Gramática da Língua Portuguesa.

51COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Finalizando

Caro estudante,chegamos ao fim de mais uma unidade curricular. Como apresentamos no início deste livro, o ob-jetivo proposto era desenvolver e ampliar sua competência linguística de modo que você saiba usar adequadamente as linguagens oral e escrita em diferentes contextos ou situações: ler, compreender e produzir textos de modo proficiente.As unidades de estudo que foram desenvolvidas aqui visaram atingir esse objetivo, apresentando de forma simples e direta as principais regras e sugestões para você desenvolver a competência da comunicação oral e escrita.Sei que essa competência não se desenvolve do dia para a noite, mas se você continuar nessa jor-nada, com o passar do tempo e a aplicação diária dos conteúdos aqui apresentados, será capaz de ler e entender o que está lendo, escrever e ser compreendido, e se apresentar de forma brilhante.Espero ter contribuído para o seu desenvolvimento e, lembre-se: a sua jornada no mundo das letras não se encerra ao final deste livro.

Um grande abraço!Lilian

Referências

53COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

▪ BELO, Evelyn Monari; ANTONIO FILHO, Fadel David. Imagem: Geografia da re-alidade ou realidade Geográfica? 2008. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/simpgeo/635-648evelyn.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2009.

▪ CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa de. Produção de textos & usos da linguagem: curso de redação. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 288 p.

▪ CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 43. ed. São Paulo: Nacional, 2000.

▪ DIAMSCITY.COM. Lácio, Itália. Disponível em: <http://www.diamscity.com/ficha-informativa-regiao-lacio-italia,cityguide,100X100106XptX221X.html>. Acesso em: 10 ago. 2009.

▪ ELETROBRÁS. Guia rápido de redação. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <http://www.eletrobras.com.br/elb/main.asp?View={45F87EFB-6B79-4A9F-BF58-00A911F04ACA}&Team=&params=itemID=%3B&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}>. Acesso em: 02 set. 2009.

▪ FERREIRA, Aurélio, Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

▪ GRIFFI, Beth. Português: literatura, gramática e redação. São Paulo: Moderna, 1991. 3 v.

▪ INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 6. ed. São Paulo: Scipione, 2000. 312 p.

▪ KASPARY, Adalberto José. Correspondência empresarial. [Porto Alegre]: Prodil, 1994.

▪ MAIA, João Domingues. Português. 11. ed. São Paulo: Ática, 2005. 496 p.

▪ MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 24. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003. 560 p.

▪ MONTELLO, Josué. Tambores de São Luís. 1975. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.

▪ MOTTA, Reginaldo. Desafio de ensinar e aprender. SENAI-SC/UNISUL, 2009. [Artigo].

▪ PAZ, Octavio. O Arco e a lira. Tradução de Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. (Coleção Logos).

▪ SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto: volume único. São Paulo: Moderna, 2004. 447 p.

▪ SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11. ed. São Paulo: Globo, 1985. 221 p.

▪ WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Lácio. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1cio>. Acesso em: 21 out. 2009.

54 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Bibliografia Complementar

▪ BREVE história da linguagem, de babel a nossos dias. [S.l.]: Ática, 2002 – 2003. Disponível em: <http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/Especiais/hist_ling/index.htm>. Acesso em: 07 ago. 2009.

▪ CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção: a escritura do texto. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Moderna, 2002. 288 p.

▪ FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. São Paulo, SP: Ática, 2002. 431 p.

▪ FOLHA de São Paulo. Consumo humano rompe limite natural. 10 jul. 2002. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1007200201.htm>. Acesso em: 04 set. 2009.

▪ CASTRO, Ruy (Org.). Uma pulga na camisola: o máximo de Max Nunes. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.

▪ PERTI, Dino. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo: Nacional, 1974.

▪ PISTONI, Iliana Marina. Homens e civilizações fantásticas. Instituto de Pes-quisas Psíquicas Imagick. Revista Planeta, n. 89, fev. 1980. Disponível em: <http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bo08x07/image8QS.JPG&imgrefurl=http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bo08x07/BE07x05.html&usg=__u40R843krVvz-og01JevqZvw-Zk=&h=214&w=336&sz=104&hl=pt-BR&start=34&tbnid=c_4fNrduRy2diM:&tbnh=76&tbnw=119&prev=/images%3Fq%3Dpintura%2Bruprestes%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D20>. Acesso em: 06 ago. 2009.

▪ POLITO, Reinaldo. Um jeito bom de falar bem: como vencer na comunicação. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

▪ ______. Recursos audiovisuais: nas apresentações de sucesso. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

▪ SILVEIRA, Mauro. Português: que língua é essa? Você S/A, São Paulo, v. 5, n. 52, p. 60 – 64, out. 2002.

55COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Anexo 1 - Mapa Conceitual

57COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Anexo 2 - Como Fazer Apresentações em 10 Minutos

▪ mantenha um padrão em sua apresentação evitando exageros;

▪ utilize um ou dois slides para apresentar os motivos que o levaram a estudar esse as-sunto – “O quê?”;

▪ utilize um slide para apresentar o objetivo da sua pesquisa: “Por quê?”;

▪ utilize de 1 a 3 slides para apresentar os limites da sua pesquisa, os critérios escolhi-dos e os métodos emprega-dos – “Como?”;

▪ utilize de 3 a 4 slides para apre-sentar os resultados da sua pesquisa;

▪ utilize de 1 a 2 slides para a apresentar as suas conclusões, relacionando-as aos objetivos traçados no começo da sua apresentação. Lembre-se de que você não pode concluir aquilo que você não pesqui-sou.

▪ 3ª etapa: desenvolva a sua apresentação de forma lógica e sequencial

▪ Faça os slides depois que você escreveu a sua apresen-tação.

▪ Calcule 1 slide por minuto.

▪ Inclua o título no slide mestre para que o mesmo apareça em todos.

▪ Utilize letras minúsculas para o texto.

▪ Somente o título deve ser gra-fado com letras maiúsculas.

▪ Não use letras pequenas demais.

▪ Utilize no máximo 7 linhas por slide.

▪ Em cada linha escreva no máximo 7 palavras.

▪ Não polua o slide com várias cores ou com excesso de figuras.

▪ Evite as abreviações de pala-vras.

▪ Se as tabelas que você elaborou no resumo forem muito extensas, refaça-as, apresentando apenas os dados relevantes.

▪ Se utilizar dados de outros autores, não se esqueça de referenciá-los.

▪ Não apresente tabelas desne-cessárias.

▪ 4ª etapa: treine a sua apre-sentação

▪ Treine a sua apresentação sozinho, depois apresente para uma pessoa de sua confi-ança para que ela diga em que ponto você pode melhorar.

▪ Cronometre o tempo para verificar se o que foi pre-parado está condizente com o tempo disponível para fazer a sua apresentação.

▪ Ao apresentar, olhe para a plateia, seja firme e fale com motivação.

Para você ter sucesso numa apre-sentação, faz-se necessário seguir quatro etapas.

▪ 1ª etapa: elabore um bom resumo.

▪ 2ª etapa: crie slides interes-santes.

▪ 3ª etapa: desenvolva a sua apresentação de forma lógica e sequencial.

▪ 4ª etapa: treine a sua apre-sentação.

▪ 1ª etapa: elabore um bom resumo

▪ Uma boa apresentação começa com a elaboração de um bom resumo.

▪ Elabore o seu resumo com antecedência.

▪ Faça uma breve explanação sobre o seu assunto.

▪ Apresente o objetivo, a metodologia utilizada para realizar o seu experimento.

▪ Apresente os resultados e conclusões.

▪ Escreva a sua apresentação (faça pelo menos um esqueleto daquilo que você pretende apre-sentar).

▪ 2ª etapa: crie slides interes-santes

Uma boa apresentação tem sua base na elaboração de bons slides, portanto:

58 CURSOS TÉCNICOS SENAI

▪ Alterne o seu ritmo de fala durante a apresentação, mas de forma que todas as palavras sejam pronunciadas adequadamente.

▪ Não use um vocabulário diferente daquele que consta nos slides.

▪ Aponte para os slides à medida que os estiver apresentando.

▪ Não fique de costas para a plateia.

▪ Não leia o seu texto, explore-o de forma oral.

▪ Não fuja do seu tema.

▪ Conclua sua apresentação de forma objetiva.

▪ Procure responder às pergun-tas da banca ou da plateia, mas não invente. Se você não souber a resposta ou não foi objeto do seu estudo, não procure enrolar. Diga que você não possui a resposta, mas se preciso, irá buscar.

59COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Anexo 3 - Gestos e Postura do Apresentador

A posição correta (em pé e sentado)

▪ Ao ficar de pé, mantenha os pés afastados por, aproxima-damente, 20 cm um do outro. ▪ Ao sentar, coloque os dois

pés no chão. ▪ Também é correto cruzar

uma perna sobre a outra, deix-ando as coxas encostadas e o pé da perna que fica por cima sem apoio.

Dicas

▪ Seja natural. ▪ Gesticule com naturalidade. ▪ Controle seu medo. ▪ Passe uma imagem positiva. ▪ Dirija-se ao público com de-

terminação, segurança ao andar e certeza na postura. ▪ Evite se debruçar deselegante-

mente sobre a mesa ou cadeira. ▪ Mantenha uma postura ereta,

evitando a prepotência e a ar-rogância. ▪ Olhe para sua plateia. ▪ Observe o ritmo da fala, a en-

tonação, a clareza e a pronúncia. ▪ Observe o tom de voz que

deve ser adequado ao ambiente. ▪ Amplie o seu vocabulário e o

adapte de acordo com a plateia. ▪ Evite o uso exagerado de

adornos. ▪ Vista-se de maneira elegante,

evitando a exposição exagerada do corpo. ▪ Evite mexer repetidamente em

chaves, canetas, colares, pulseiras, relógios, etc.

Exemplos de posicionamen-to incorreto

▪ Evite se apoiar jogando o peso do corpo totalmente sobre apenas uma perna. ▪ Evite abrir demasiadamente

as pernas como se fosse um compasso. ▪ Evite permanecer com os pés

juntos por períodos prolongados, pois isso prejudica o equilíbrio e impede a mobilidade. ▪ Evite cruzar os pés em “X”

pois isso demonstra que está pouco à vontade. ▪ É incorreto sentar e cruzar os

pés. ▪ Evite balançar o corpo como

uma gangorra. ▪ Evite levantar as partes de

dentro dos pés apoiado apenas nas partes externas. ▪ Evite deixar as mãos atrás das

costas por longos períodos. ▪ Evite permanecer com as

mãos nos bolsos. ▪ Evite manter os braços cruza-

dos por longos períodos. ▪ Evite os gestos acima da linha

dos ombros ou abaixo da linha da cintura. ▪ Evite manter os braços cola-

dos ao corpo.

61COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Anexo 4 - Tabela de Verbos Regulares

Cantar – primeira conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO

Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto

Pres

ente

Eu canto

Tu cantas

Ele canta

Nós cantamos

Vós cantais

Eles cantam

Tempo composto Que eu cante

Que tu cantes

Que ele cante

Que nós cantemos

Que vós canteis

Que eles cantem

Tempo composto

Pret

érito

Impe

rfei

to

Eu cantava

Tu cantavas

Ele cantava

Nós cantávamos

Vós cantáveis

Eles cantavam

Se eu cantasse

Se tu cantasses

Se ele cantasse

Se nós cantássemos

Se vós cantásseis

Se eles cantassem

Pret

érito

Perf

eito

Eu cantei

Tu cantaste

Ele cantou

Nós cantamos

Vós cantastes

Eles cantaram

Eu tenho cantado

Tu tens cantado

Ele tem cantado

Nós temos cantado

Vós tendes cantado

Eles têm cantado

Que eu tenha cantado

Que tu tenhas cantado

Que ele tenha cantado

Que nós tenhamos cantado

Que vós tenhais cantado

Que eles tenham cantado

Pret

érito

mai

s

que

perf

eito

Eu cantara

Tu cantaras

Ele cantara

Nós cantáramos

Vós cantáreis

Eles cantaram

Eu tinha cantado

Tu tinhas cantado

Ele tinha cantado

Nós tínhamos cantado

Vós tínheis cantado

Eles tinham cantado

Se eu tivesse cantado

Se tu tivesses cantado

Se ele tivesse cantado

Se nós tivéssemos cantado

Se vós tivésseis cantado

Se eles tivessem cantado

Futu

ro d

o

Pres

ente

Eu cantarei

Tu cantarás

Ele cantará

Nós cantaremos

Vós cantareis

Eles cantarão

Eu terei cantado

Tu terás cantado

Ele terá cantado

Nós termos cantado

Vós tereis cantado

Eles terão cantado

Se Eu cantar

Se Tu cantares

Se Ele cantar

Se Nós cantarmos

Se Vós cantardes

Se Eles cantarem

Futu

ro d

o

Pret

érito

Eu cantaria

Tu cantarias

Ele cantaria

Nós cantaríamos

Vós cantaríeis

Eles cantariam

Eu teria cantado

Tu terias cantado

Ele teria cantado

Nós teríamos cantado

Vós teríeis cantado

Eles teriam cantado

Se eu tiver cantado

Se tu tiveres cantado

Se ele tiver cantado

Se nós tivermos cantado

Se vós tiverdes cantado

Se eles tiverem cantado

62 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Cantar – primeira conjugação

IMPERATIVO

Pessoas Presente do indicativo

Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

Tu cantas → canta tu cantes → Não cantes tu

Você -------- cante você ← Cante → Não cante você

Nós -------- cantemos nós ← cantemos → Não cantemos nós

Vós cantais → cantai vós canteis → Não canteis vós

Vocês ------- cantem vocês ← cantem → Não cantem vocês

FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal

Cantar

Presente pessoal

Se eu cantar

Se tu cantares

Se ele cantar

Se nós cantarmos

Se vós cantardes

Se eles cantarem

Pretérito impessoal

Ter cantado

Pretérito pessoal

Ter cantado

Teres cantado

Ter cantado

Termos cantado

Terdes cantado

Terem cantado

Gerúndio

Presente Pretérito

cantando Tendo cantado

63COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Comer – segunda conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO

Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto

Pres

ente

Eu como

Tu comes

Ele come

Nós comemos

Vós comeis

Eles comem

Que eu coma

Que tu comas

Que ele coma

Que nós comamos

Que vós comais

Que eles comam

Pret

érito

Impe

rfei

to

Eu comia

Tu comias

Ele comia

Nós comíamos

Vós comíeis

Eles comiam

Se eu comesse

Se tu comesses

Se ele comesse

Se nós comêssemos

Se vós comêsseis

Se eles comessem

Pret

érito

Perf

eito

Eu comi

Tu comeste

Ele comeu

Nós comemos

Vós comestes

Eles comeram

Eu tenho comido

Tu tens comido

Ele tem comido

Nós temos comido

Vós tendes comido

Eles têm comido

Pret

érito

mai

s

que

perf

eito

Eu comera

Tu comeras

Ele comera

Nós comêramos

Vós comêreis

Eles comeram

Eu tinha comido

Tu tinhas comido

Ele tinha comido

Nós tínhamos comido

Vós tínheis comido

Eles tinham comido

Se eu tivesse comido

Se tu tivesses comido

Se ele tivesse comido

Se nós tivéssemos comido

Se vós tivésseis comido

Se eles tivessem comido

Futu

ro d

o

Pres

ente

Eu comerei

Tu comerás

Ele comerá

Nós comeremos

Vós comereis

Eles comerão

Eu terei comido

Tu terás comido

Ele terá comido

Nós termos comido

Vós tereis comido

Eles terão comido

Se eu comer

Se tu comeres

Se ele comer

Se nós comermos

Se vós comerdes

Se eles comerem

Futu

ro d

o

Pret

érito

Eu comeria

Tu comerias

Ele comeria

Nós comeríamos

Vós comeríeis

Eles comeriam

Eu teria comido

Tu terias comido

Ele teria comido

Nós teríamos comido

Vós teríeis comido

Eles teriam comido

Se eu tiver comido

Se tu tiveres comido

Se ele tiver comido

Se nós tivermos comido

Se vós tiverdes comido

Se eles tiverem comido

64 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Comer – segunda conjugação

IMPERATIVO

Pessoas Presente do indicativo

Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

Tu comes → come tu comas → Não comas tu

Você -------- coma você ← coma → Não coma você

Nós -------- comamos nós ← comamos → Não comamos nós

Vós comeis → comei vós comais → Não comais vós

Vocês ------- comam vocês ← comam → Não comam vocês

FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal

Comer

Presente pessoal

Se eu comer

Se tu comeres

Se ele comer

Se nós comermos

Se vós comerdes

Se eles comerem

Pretérito impessoal

Ter comido

Pretérito pessoal

Ter comido

Teres comido

Ter comido

Termos comido

Terdes comido

Terem comido

Gerúndio

Presente Pretérito

Comendo Tendo comido

65COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Partir – terceira conjugação

INDICATIVO SUBJUNTIVO

Tempo simples Tempo composto Tempo simples Tempo composto

Pres

ente

Eu parto

Tu partes

Ele parte

Nós partimos

Vós partis

Eles partem

Que eu parta

Que tu partas

Que ele parta

Que nós partamos

Que vós partais

Que eles partam

Pret

érito

Impe

rfei

to

Eu partia

Tu partias

Ele partia

Nós partíamos

Vós partíeis

Eles partiam

Se eu partisse

Se tu partisses

Se ele partisse

Se nós partíssemos

Se vós partísseis

Se eles partissem

Pret

érito

Perf

eito

Eu parti

Tu partiste

Ele partiu

Nós partimos

Vós partistes

Eles partiram

Eu tenho partido

Tu tens partido

Ele tem partido

Nós temos partido

Vós tendes partido

Eles têm partido

Que eu tenha partido

Que tu tenhas partido

Que ele tenha partido

Que nós tenhamos partido

Que vós tenhais partido

Que eles tenham partido

Pret

érito

mai

s

que

perf

eito

Eu partira

Tu partiras

Ele partira

Nós partíramos

Vós partíreis

Eles partiram

Eu tinha partido

Tu tinhas partido

Ele tinha partido

Nós tínhamos partido

Vós tínheis partido

Eles tinham partido

Se eu tivesse partido

Se tu tivesses partido

Se ele tivesse partido

Se nós tivéssemos partido

Se vós tivésseis partido

Se eles tivessem partido

Futu

ro d

o

Pres

ente

Eu partirei

Tu partirás

Ele partirá

Nós partiremos

Vós partireis

Eles partirão

Eu terei partido

Tu terás partido

Ele terá partido

Nós termos partido

Vós tereis partido

Eles terão partido

Se eu partir

Se tu partires

Se ele partir

Se nós partirmos

Se vós partirdes

Se eles partirem

Futu

ro d

o

Pret

érito

Eu partiria

Tu partirias

Ele partiria

Nós partiríamos

Vós partiríeis

Eles partiriam

Eu teria partido

Tu terias partido

Ele teria partido

Nós teríamos partido

Vós teríeis partido

Eles teriam partido

Se eu tiver partido

Se tu tiveres partido

Se ele tiver partido

Se nós tivermos partido

Se vós tiverdes partido

Se eles tiverem partido

66 CURSOS TÉCNICOS SENAI

Partir – terceira conjugação

IMPERATIVO

Pessoas Presente do indicativo

Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

Tu Parte → Parte tu Partas → Não partas tu

Você -------- Parta você ← Parta → Não parta você

Nós -------- Partamos nós ← Partamos → Não partamos nós

Vós Parti → Parti vós Partais → Não partais vós

Vocês ------- Partam vocês ← Partam → Não partam vocês

FORMAS NOMINAIS

Presente impessoal

Partir

Presente pessoal

Se eu partir

Se tu partires

Se ele partir

Se nós partirmos

Se vós partirdes

Se eles partirem

Pretérito impessoal

Ter partido

Pretérito pessoal

Ter partido

Teres partido

Ter partido

Termos partido

Terdes partido

Terem partido

Gerúndio

Presente Pretérito

Partindo Tendo partido