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CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 Informativo mensal - Ano X N o 248 - Campo Grande - MS - Maio-Junho/2010

UCDB - Edição Junho/Julho

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Informativo mensal - Ano X No 248 - Campo Grande - MS - Maio-Junho/2010

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Page 1: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010

Informativo mensal - Ano X No 248 - Campo Grande - MS - Maio-Junho/2010

Page 2: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/201002 e d i t o r i a l JORNAL UCDB

ÍNDICE

03 GRADUAÇÃOEstão abertas até o dia 21 de junho as inscrições para o Vestibularde Inverno da Universidade Católica Dom Bosco, melhor instituição deensino superior de Mato Grosso do Sul segundo Índice Geral de Cur-sos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnísioTeixeira do Ministério da Educação (INEP/MEC). Os cursos oferecidosno Processo Seletivo são para modalidades presenciais e a distância.A prova será no dia 27 de junho.

04 ENTREVISTAA entrevista do Jornal da UCDB é com Ge-neral de Exército Renato JoaquimFerrarezi, do Comando Militar do Oeste,de 62 anos. Natural de Americana (SP), omilitar assumiu o CMO em abril de 2009.Nesta entrevista, fala sobre as parceriascom a UCDB na produção de programase na formação de oficiais, o papel desem-penhado pelo Exército na defesa nacio-nal e o trabalho no Haiti.

11 AGENDA UNIVERSITÁRIAEventos, dicas de sites e livros.

05 EVENTONeste mês, a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) realiza asua Festa Junina, evento que já se tornou tradição entre a comuni-dade acadêmica. Realizada há quatro anos, a festa é considera-da o maior arraial universitário de Mato Grosso do Sul.

06 e 07 EXTENSÃONa Fazenda-Escola da Universidade Católica Dom Bosco(UCDB), as tardes são dedicadas ao aprendizado, à pesquisa,à reabilitação e à esperança. São as sessões de Equoterapia,nas quais cavalos são utilizados no tratamento de pessoas comnecessidades especiais.

08 MECÂNICA/MECATRÔNICA

Vinte acadêmicos dos cursos de Engenharia Mecânica e Enge-nharia Mecatrônica participam do desenvolvimento de um carrode corrida que participa do Campeonato Brasileiro FórmulaUniversitária (CBFU) - categoria recém-criada no automobilismonacional - que tem como objetivo incentivar a formação de no-vos profissionais para trabalhar na área.

09 ESPORTEA Universidade Católica Dom Bosco conquistou, no mês passa-do, o tricampeonato da Copa Morena de Futsal. Na decisão docampeonato, o time da Católica goleou o Douradina por 7 a 1e levantou o troféu. A partida foi no Ginásio Guanandizão, querecebeu mais de seis mil pessoas na decisão.

12 VOCAÇÃO

Frei Lúcio Dupont, de 86 anos,

comemora, em agosto, 60 anos

como sacerdote

FRASE DE DOM BOSCO

“Amem o que

agrada aos

jovens, e os jovens

amarão o que

agrada aos

superiores”.

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FRASE DE DOM BOSCO

Universidade Católica Dom Bosco

Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinorara

Reitor: Pe. José Marinoni

Pró-Reitor de Administração: Ir. Raffaele Lochi

Pró-Reitor de Pastoral: Pe. Pedro Pereira Borges

Pró-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceição Aparecida Butera

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Hemerson Pistori

Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Luciane Pinho de Almeida

JORNAL UCDB: elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. Periodicidade mensal. E-mail:

[email protected]. Telefones: (67) 3312-3355 e 3312-3359. Fax: (67) 3312-3353. Site: www.ucdb.br. Jornalistas: Jakson Pereira (DRT:

467/MS), Silvia Tada (DRT:33/17/13). Revisão: Edilza Goulart. Diagramação e Capa: Designer - Maria Helena Benites. Tiragem:

15.000 exemplares. Impressão: Gráfica UCDB.

Instituições ou pessoas interessadas em receber esta publicação, entrar em contato pelo e-mail: [email protected].

A Universidade Católica Dom Bosco - UCDB - não se responsabiliza pelos artigos assinados ou de origem definida. Os textos, mesmo

quando não publicados, não serão devolvidos aos autores.

Entidade filiada à ABRUC - Associação Brasileira das Universidades Comunitárias

10 ARTIGO

Luciane Pinho de Almeida

“EDUCAR É IMPREGNAR DESENTIDO CADA ATO COTIDIANO”:

a importância daformação integral

Luciane Pinho de Almeida

Pró-Reitora de Extensão e

Assuntos Comunitários da UCDB

Foto: Jakson Pereira

Inicio este editorial lem-brando um grande educador doqual temos orgulho de que sejabrasileiro: Paulo Freire. PauloFreire define educação em ape-nas uma frase de grande pro-fundidade que nos diz muito:"Educar-se é impregnar de sen-tido cada ato cotidiano." A fra-se nos lembra um dos projetosapresentados nesta edição doJornal UCDB, o PROEQUO -Programa de Extensão Univer-sitária "Equoterapia".

Reportando-nos a esse Pro-grama, podemos dizer que, seeducar é impregnar de sentidocada ato cotidiano, os alunos daUCDB têm grandes possibili-dades de viver o seu dia-a-diacom experiências significativasque contribuam para dar senti-do à sua formação integral.

Assim, é possível que o sabercientífico estudado na sala deaula possa ser vivenciado con-cretamente por meio da pesqui-sa e/ou da extensão.

A UCDB oferece ao seu aca-dêmico espaços privilegiadospara que o conhecimento façaSENTIDO para ele, ou seja,como diria Paulo Freire, "sóaprendemos quando aquilo quese está aprendendo nos é signi-ficativo. Coisa que se aprendepor obrigação se esquece tam-bém facilmente." Dessa forma,o PROEQUO, assim como to-das as experiências de extensão,oferece espaço de formaçãosignificativa, pois ao mesmotempo em que o acadêmicobusca e apreende conhecimen-to técnico inerente a sua pro-fissão, também entra em con-tato com um determinado seg-mento da comunidade. Nessecaso, crianças e jovens defici-entes. Certamente, os acadêmi-cos que vivenciam tais ativida-des nunca mais vão se esque-cer de determinada história de

vida, de determinada experiên-cia vivenciada no projeto deque participou. Isso propiciaráuma diferenciação no seuaprendizado e contribuirá paraque esse acadêmico seja um ci-dadão melhor e com olhar vol-tado às questões de seu tempoe de sua realidade social.

Assim, defendemos, comonos diz Paulo Freire, queEDUCAR É IMPREGNARDE SENTIDO CADO ATOCOTIDIANO e, como Uni-versidade que se preocupa comas questões que permeiam asociedade e o tempo presentesem esquecer o passado nemprojetar-se ao futuro, procura-mos propiciar experiências deaprendizado que possam sersignificativas aos nossos alunose também colaborar para quepossam ser pessoas de carátere sensibilidade para as questõessociais.

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CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 03g r a d u a ç ã oJORNAL UCDB

Inscrições para oVestibular de Invernoterminam dia 21Provas serão realizadas no campus da UCDB no dia 27 de junho

PROCESSO SELETIVO

JAKSON PEREIRA

Estão abertas até o dia 21 dejunho as inscrições para o Vesti-bular de Inverno da Universida-de Católica Dom Bosco, melhorinstituição de ensino superior deMato Grosso do Sul, segundoÍndice Geral de Cursos do Insti-tuto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Tei-xeira, do Ministério da Educação(INEP/MEC). Serão oferecidasvagas para as modalidadespresencial e a distância. A provaserá realizada no dia 27 de junho.

Na modalidade presencial,são oferecidas vagas para Admi-nistração, Publicidade e Propa-ganda, Direito, Educação Físi-ca (bacharelado e licenciatura),Engenharia de Computação,Engenharia Mecânica, Enge-nharia Mecatrônica, MedicinaVeterinária, Serviço Social, Psi-cologia e Zootecnia. Também hávagas em cursos tecnológicosnas áreas de Produção Multimí-dia, Análise e Desenvolvimen-to de Sistemas e Rede de Com-putadores, além do curso de Psi-cologia em formação de psicó-logo (ver vagas no box ao lado).

Na modalidade de cursos adistância, a UCDB Virtual abreinscrição para as seguintes áreas:formação de bacharéis em Admi-nistração e Ciências Contábeis etecnólogos em Gestão Pública,Gestão Ambiental, NegóciosImobiliários, Gestão Financeira,

Gestão de Recursos Humanos,Marketing, Logística e ProcessosGerenciais.

De acordo com o edital, dototal das vagas oferecidas, 20%são reservadas aos candidatos queoptarem por utilizar os resultadosdo Exame Nacional do EnsinoMédio (ENEM) e 20% para oscandidatos que participaram doDesafio UCDB 2009 e optarempor utilizar os resultados.

CAMPUS

Os novos alunos vão encon-trar na Católica tudo de que pre-cisam para facilitar sua vida de es-tudante. A UCDB conta comagência do Banco Real e caixa ele-trônico do Banco do Brasil. Orestaurante localizado na entradaprincipal da Instituição ofereceaos estudantes o prato universi-tário com preço acessível, alémdas cantinas em todos os blocos.

A infraestrutura da UCDBconta com a maior biblioteca doCentro-Oeste, com mais de 124mil títulos e mais de 278 mil exem-plares, e com o Complexo de La-boratórios Biossaúde, aparelhadocom o que há de mais modernoem equipamentos para auxiliar aformação do estudante.

A UCDB também conta comum moderno laboratório de co-municação, o Labcom, que rece-be os alunos nas agências experi-mentais e sedia a FM UCDB(91,5) e a TV UCDB (canal 14 daNet).

Além disso, a Católica inves-te na educação continuada, ofe-recendo dezenas de cursos depós-graduação lato sensu (espe-cialização) e stricto sensu, mestra-do e doutorado na área de Edu-cação e mestrado em Biotecno-logia, Desenvolvimento Local ePsicologia.

A Associação Nacional deEducação Católica do Brasil(ANEC), presidida pelo Rei-tor da Universidade CatólicaDom Bosco (UCDB), Pe. JoséMarinoni, realiza, nos próxi-mos dias 21, 22 e 23 de julho,o "Congresso Nacional deEducação Catól ica 2010 -

Educação, Inovação eEmpreendedorismo Global",no Centro de ConvençõesUlysses Guimarães, em Brasí-lia (DF).

Assuntos como a formaçãode cidadãos para o mundo regi-do pela tecnologia, ética, os no-vos perfis profissionais do Bra-sil, inovações tecnológicas eempreendedorismo global nomercado serão algumas das di-

retrizes do encontro.O Congresso Nacional de

Educação Católica contará coma participação de especialistascomo o presidente do Conse-lho Superior da ANEC e Rei-tor da Universidade Católica deMinas Gerais (PUC-MG), pro-fessor Dom Joaquim GiovaniMoll Guimarães; o secretáriode Ciências e Tecnologias deSanta Catarina, Dr. DiomárioQueiroz; o representante daFundação de Centros de Refe-rência em Tecnologias Inova-doras (CERTI), Dr. José Carlos

Azevedo Fiates; a coordenado-ra de pesquisa no Laboratóriode Estudos Cognitivos (LEC/UFRGS) e assessora do Minis-tério de Educação, Dra. LéaFagundes, entre outros.

PROGRAMAÇÃO

Haverá palestras, peças tea-trais, orações e shows. Entre ospalestrantes, destaque para omembro da Academia Paulista deLetras e vereador de São Paulo,Gabriel Chalita. No dia 21 dejulho, as atividades serão realiza-das das 10h às 21h30; no dia 28

de julho, das 8h30 às 21h, e, nodia 23 de julho, das 8h30 às 17h.

As inscrições podem serfeitas até o dia 15 de julho,online, no site www.anec.org.br/congresso anec. Ospreços estipulados são de R$205,00 para mantenedoras as-sociadas à ANEC e R$ 310,00para não associadas.

Mais informações sobre ocongresso nacional da ANECe sobre condições de pagamen-to podem ser obtidas pelo te-lefone (61) 3533-5050 ou peloemail [email protected].

Processo seletivo oferece vagas em cursos presenciais e a distância

Foto: Arquivo

ANEC

Educação Católica será debatida

ASSESSORIA ANEC

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CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/201004 e n t r e v i s t a JORNAL UCDB

“Parceria entre Exército e UCDB

tem se mostrado vitoriosa”

General de Exército Renato Joaquim Ferrarezi

JORNAL UCDB: A UCDB,

por meio do Labcom, e o

Exército mantêm há muitos

anos parceria para a produ-

ção de programas de TV. O

que o senhor pensa sobre o

uso da comunicação para

aproximação do Exército

com a comunidade?

GAL. FERRAREZI: A Comu-nicação Social está presente noExército desde o ano de 1951,quando foi criada a 6ª Divisãodo Gabinete do Ministério daGuerra (Divisão de Relações Pú-blicas), que deu origem ao atualCentro de Comunicação Socialdo Exército. Quando o CMO e aUCDB estabeleceram os primei-ros contatos visando à implanta-ção de um convênio, assinado em21 de fevereiro de 2006, haviauma expectativa muito grandepor parte de ambas as institui-ções, afinal, era uma iniciativa pi-oneira que alcançaria os públicosinterno e externo de modo ime-diato, resultando em uma ampladivulgação das atividades milita-res. Hoje, passados quatro anos,esta parceria tem se mostrado vi-toriosa. Este relacionamentocontribuiu para que o Exército di-vulgasse e fortalecesse sua ima-gem institucional perante a soci-edade sul-mato-grossense, utili-zando os recursos humanos emateriais do Laboratório de Co-municação Social da UCDB. Aparceria também permite quetanto os profissionais como osestagiários do LABCOM tenhamum contato maior com as ativi-dades e ações militares,vivenciando experiências bastan-te enriquecedoras.

JORNAL UCDB: Ativida-

des desenvolvidas por al-

guns cursos da Católica

têm relação com o Exérci-

to. Como o Sr. vê essa apro-

ximação?

GAL. FERRAREZI: A par-ceria com os acadêmicos daUCDB, particularmente doscursos de Educação Física queapoiam as atividades esporti-vas desenvolvidas pelo Colé-gio Militar de Campo Grandee da Academia de Musculação

do CMO; do curso de Veteri-nária, que vigorou até o ano de2009, e que proporcionava umexcelente a tendimento aosequinos e cães de guerra, alémde, mais recentemente, a par-ceria com os estudantes de Jor-nalismo, Publicidade e Propa-ganda, têm permitido que es-ses profissionais conheçammais a Instituição Exército Bra-sileiro e, desta forma, possamvir a compor seus quadros, porintermédio dos cursos de for-mação de Oficiais Temporári-os, ou realizando concurso parao Quadro Complementar deOficiais. Hoje, as Forças Arma-das, como instituições estraté-gicas e de fomento tecnológi-co e cultural de abrangêncianacional, não podem prescin-dir da melhor qualificação nasdiversas áreas do conhecimen-to. Toda e qualquer iniciativaque promova o preparo e oaperfeiçoamento dos seus inte-grantes deve ser estimulada.

JORNAL UCDB: Em recente

visita ao Estado, o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva anun-

ciou o reforço das ações nas

fronteiras do País para o com-

bate a diversos crimes. Como o

Exército atuará nessa área?

GAL. FERRAREZI: A LeiComplementar n. 97, de 9 de ju-nho de 1999, modificada pela LeiComplementar nº 117, de 2 de se-tembro de 2004, dispõe sobre aorganização, o preparo e o em-prego das Forças Armadas nocombate a ilícitos transfronteiri-ços e transnacionais, além de ou-tras atribuições subsidiárias. Ba-seado nessas leis, o Exército pla-neja sua atuação na proteção denosso território, tanto na defesade nossa soberania quanto nocombate àqueles delitossupracitados, em conjunto comos demais órgãos de segurançafederais e estaduais, prestando,ainda, apoio logístico e de inteli-gência às ações desenvolvidas poressas instituições.

JORNAL UCDB: A carreira

militar atrai muitos jovens,

atualmente, no Brasil?

Quantos jovens são seleciona-

dos anualmente para integrar

o Comando Militar do Oeste?

Quais as vantagens e quais os

valores aprendidos por esses

brasileiros?

GAL. FERRAREZI: Sim, osjovens brasileiros ainda estão in-teressados na carreira militar. Pro-va disso é o expressivo númerode inscrições em todos os con-cursos promovidos pelas ForçasArmadas. Ao ingressar no Exér-cito, o jovem busca oportunida-des que podem ser alcançadas pormeio do estudo e de seus méritospessoais, galgando os postos dacarreira e conseguindo um cres-cimento intelectual, profissionale econômico. Mas é bom deixarclaro que a profissão militar exi-ge uma série de atributos físicos,intelectuais e morais. No últimoano, alistaram-se para o ServiçoMilitar um milhão e trezentos miljovens. Como o número de mili-tares das Forças Armadas é defi-nido em legislação específica, aquantidade de jovens incorpora-dos a cada ano está ligada direta-mente ao que estabelece o textoda lei. Em toda a área de respon-sabilidade do CMO foram cercade 52 mil alistados resultando emuma incorporação em torno de 5mil novos militares. Orgulhamo-nos de proporcionar a todos es-ses jovens uma formação técni-

ca, física e moral, capacitando-os,ao deixarem as fileiras do Exérci-to, a desempenharem diversas ati-vidades profissionais e a seremcidadãos ainda mais conscientesde seus direitos e deveres.

JORNAL UCDB: Qual o con-

tingente atual do CMO? Há

planos de criação de novos ba-

talhões? Em quais locais?

GAL. FERRAREZI: O Co-mando Militar do Oeste está pre-sente nos Estados de Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul e nomunicípio de Aragarças, no Es-tado de Goiás. Atualmente, oCMO é composto por cerca detreze mil militares dispostos emquatro Grandes Comandos, 40Organizações Militares, quatorzeDelegacias do Serviço Militar,quatro Tiros de Guerra e 21 Des-tacamentos de Fronteira.Com a Estratégia Nacional deDefesa, documento aprovado em2008 e que regula o papel dasForças Armadas, foi estabelecidoum plano de ampliação, moder-nização e otimização da presençamilitar em toda a região Centro-Oeste, o que proporcionará aimplantação de novas organiza-ções militares, a utilização de no-vos equipamentos de uso militare a transformação de algumasunidades. Tudo isso acarretaráuma ampliação do número de

militares em toda a nossa áreade responsabilidade. Como esteprocesso está em fase de estudoe implantação, já foramefetuados contatos com prefei-turas visando à cessão de espa-ços para a implantação dessasnovas unidades. Em CampoGrande, o processo começoucom a implantação do 3º Bata-lhão de Aviação do Exército.

JORNAL UCDB: Qual a si-

tuação do contingente sul-

matogrossense na Missão de

Paz no Haiti, após o terremo-

to do início do ano?

GAL. FERRAREZI: No mo-mento, o Comando Militar doOeste está empenhado no pre-paro de cerca de 800 militaresque integrarão o 2º Batalhão do13º Contingente das Forças dePaz da ONU no Haiti. Essesmilitares são oriundos de diver-sas organizações de todo o MT,MS, do município goiano deAragarças e do DF. Eles desem-penharão atividades de seguran-ça e apoio, nas mais diversasáreas, além de serviços de re-construção de toda a infraestru-tura destruída com o terremo-to de 12 de janeiro, por meiodas Unidades de Engenharia doExército Brasileiro.

JORNAL UCDB: O Exérci-

to participa de atividades

como combate à dengue,

atua em situações críticas e

está sempre disposto a pres-

tar serviço à comunidade.

Como o senhor avalia essa

pré-disponibilidade?

GAL. FERRAREZI: É impor-tante destacar que, além de pre-parar a Força Terrestre para de-fender a Pátria, o Exército tam-bém tem a importante missão decooperar com o desenvolvimen-to nacional. Mediante contatoentre o Ministério da Defesa eoutros órgãos da AdministraçãoPública, utilizamos nossos recur-sos humanos e materiais paraapoiar a população em diversasações subsidiárias. Como exem-plo disso, podemos citar a cola-boração dos militares da 18ª Bri-gada de Infantaria de Fronteiracom a Campanha de Esclareci-mento e Combate à GripeH1N1, o apoio às atividades decombate à proliferação do mos-quito da dengue, a pavimentação,recuperação e construção de ro-dovias e a construção de pontesde concreto no Mato Grosso eno Pará, além de outros serviços.

JAKSON PEREIRA SILVIA TADA

A entrevista do Jornal da

UCDB é com General de

Exército Renato Joaquim

Ferrarezi, do Comando Militar do

Oeste, de 62 anos. Natural de Ame-

O genenral de Exército está no comando do CMO desde abril de 2009

Foto: Divulgação

ricana (SP), o militar assumiu oCMO em abril de 2009. Nesta en-trevista, fala sobre as parcerias coma UCDB na produção de progra-mas e na formação de oficiais, o pa-pel desempenhado pelo Exército nadefesa nacional e o trabalho no Haiti.Veja os principais trechos:

Page 5: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 05e v e n t oJORNAL UCDB

Neste mês, a Universidade Ca-tólica Dom Bosco (UCDB) reali-za a sua Festa Junina, evento quejá se tornou tradição entre a co-munidade acadêmica. Realizadahá quatro anos, a festa é conside-rada o maior arraial universitáriode Mato Grosso do Sul. No anopassado, atraiu um público recor-de de mais de 18 mil pessoas parao campus da Católica. O arraialconta com diversas atrações mu-sicais, barracas de comidas e be-bidas típicas, como quentão, mi-lho verde, arroz carreteiro e do-ces. Há prêmios para o caipiraUCDB, para a barraca mais ani-mada e para a barraca mais bemcaracterizada. Nos últimos anos,

Festa junina da UCDB reúneuniversitários no dia 19Jads e Jadson, João Lucas e Walter Filho e Vitor e Vinícius, além do goiano Gusttavo Lima são as atrações

ARRAIAL UNIVERSITÁRIO

a festa teve três atrações e a novi-dade deste ano será o acréscimode mais um show: Jads e Jadson,Gusttavo Lima, João Lucas eWalter Filho e Vitor e Vinícius.

A música é a principal atraçãodo evento. A confraternizaçãodos acadêmicos e a presença dacomunidade completam a festa.No início da noite, os presentestêm o costume de se deliciar nasbarracas montadas pelas comis-sões de formatura que servem omelhor da comida regional paraangariar dinheiro para o baile degala. "A festa junina da UCDBaparece como uma oportunidadepara as comissões de formatura.É uma chance a mais de arreca-dar dinheiro e conseguir a sonha-da festa de formatura dos acadê-micos", comentou a acadêmica

do 7º semestre de Rádio e Televi-são, Thaís Campos. É a segundavez que a futura radialista partici-pa da festa: no ano passado, ven-deu doces, neste ano, arrecadarámais dinheiro com a barraca debebidas. "Trabalhamos muito,mas vale a pena. É cansativo, mastambém nos divertimos durantea festa", completou. Uma atraçãoà parte são os concursos de bar-racas e trajes típicos. Acadêmicose acadêmicas abusam da criativi-dade para criar figurinos e enfei-tes para as barracas.

Desde 2007, quando a FestaJunina da UCDB passou a ser rea-lizada em parceria com os empre-sários Eduardo Maluf e LeandroLima, o evento passou a dar opor-tunidades a revelações da músicasertaneja. "O público universitárioé muito antenado em novidades, eisso é legal, porque além de sem-pre buscarem coisas novas, é umaoportunidade de apresentarmospara a cidade mais possibilidades deshow", explicou Lima. Pretende-mos consolidar a Festa JuninaUCDB no calendário anual dosmelhores eventos de Campo Gran-de. "O evento funciona como umFestival: todos se apresentam nomesmo palco, com o mesmo cená-rio, som e mesma luz. Fazemossempre uma composição entre asproduções dos artistas para quepossamos atender a todos. A gran-de atração deste evento é a confra-ternização dos cursos universitári-os, pois a festa é feita para eles",

concluiu o empresário.Em três anos, a Universidade

recebeu diversas atrações musicaisregionais e nacionais, entre elas,Jorge e Mateus, Hugo Pena e Ga-briel, Jeann e Júlio, do Paraná, Pa-trícia e Adriana, Marco Aurélio ePaulo Sérgio, Munhoz e Mariano.Já tradicional, o evento reúne mi-lhares de pessoas e é aprovado pelapopulação. "Nossas expectativaspara este ano são muito boas, masficaremos muito felizes se conse-guirmos atingir o mesmo públicode 2009, pois para a realidade deeventos é ótimo. É uma festa mui-to bonita e muito bem organizadapor todos. Temos certeza de queserá, mais uma vez, sucesso abso-luto", almejou Leandro Lima.

Será a primeira vez que Jads eJadson participam da Festa Juninada Católica. "Já tocamos muito emeventos universitários por todo oBrasil; na UCDB, será a primeiravez, pois nos outros anos houve ocontato, mas não foi possível con-ciliar agenda", contou Jads."Estamos preparando um showbacana, diferente, com músicas donosso novo CD que está pra che-gar", completou Jadson. Batizadode sertanejo universitário, o novoestilo musical ganhou força por sertocado principalmente nos cursosde agrárias das Universidades detodo o país; porém, a dupla temum estilo romântico e de raiz, pre-servou o padrão da viola e con-quistou espaço entre acadêmicosde todo o país. "O sertanejo uni-versitário é bacana, tem uma novaroupagem, músicas que a galeraquer ouvir. Campo Grande estámuito bem servido nos dois esti-los. Mas os universitários tambémestão abraçando cada vez mais oestilo da viola e isso é muito grati-ficante pra nós", avaliou Jadson.Na estrada desde 2003, os irmãosjá fizeram shows em cidades doParaná, São Paulo, Mato Grosso,Goiás, Minas Gerais e Mato Gros-so do Sul.

A dupla João Lucas e WalterFilho faz parte deste novo movi-mento. Tocando juntos desde2007, a dupla já tem um CD gra-vado e lota shows no circuito ser-tanejo nos Estados do Paraná, SãoPaulo e Mato Grosso do Sul. Adupla também se apresentou emum dos mais importantes eventosdo segmento, a Festa do Peão deBarretos, no interior de São Pau-lo. Victor e Vinícius estarão pre-sentes na Festa Junina da UCDBpela quarta vez consecutiva. Osirmãos têm um estilo mais român-tico e dançante, pretendem fazera alegria dos casais apaixonadoscom os sucessos "Aconteceu denovo", "Campo Grande é longe"e a nova "Cada segundo comvocê". A principal novidade daedição 2010 será o jovem GusttavoLima, de apenas 20 anos, cujo su-cesso vem crescendo a cada dia,tendo cantado com Guilherme eSantiago e com o cantor Edson,que fazia dupla com Hudson. Seuprincipal sucesso é a música "Casoconsumado".

LEONARDO AMORIM

Em 2009, a Festa Junina da UCDB reuniu cerca de 18 mil pessoas; o evento é considerado o maior arraial universitário de Mato Grosso do Sul

O público pode se divertir e aproveitar as atrações das barracas

Foto: Arquivo

Jads e Jadson prometem grande show na edição da festa junina UCDB

Foto: www.jadsejadson.com.br

Foto: Arquivo

Page 6: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/201006 e x t e n s ã o JORNAL UCDB

Foto: Divulgação

O atendimento dos pacientes é feito por acadêmicos de diversos cursos como Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, entre outros, co

Na Fazenda-Escola da Uni-versidade Católica Dom Bosco(UCDB), as tardes são dedicadasao aprendizado, à pesquisa, à rea-bilitação e à esperança. São as ses-sões de Equoterapia, nas quaiscavalos são utilizados no trata-mento de pessoas com necessi-dades especiais. O projeto existehá onze anos e é responsável pelarecuperação e reintegração socialde diversos pacientes, em suamaioria crianças com paralisiacerebral ou alguma deficiênciamotora, além de hiperativos eadultos que sofreram acidentevascular cerebral (AVC). Mais de5,9 mil pessoas já foram atendi-das no Programa de Equoterapiada UCDB (Proequo/UCDB).

O trabalho é desenvolvido soba coordenação da professora Dra.Heloísa Bruna Grubits Freire,com o auxílio de duas colabora-doras, a terapeuta ocupacionalMa. Glauce Sandim Motti e a fi-sioterapeuta Kellen ChristienKamiya. Dezenas de acadêmicosdos cursos de Psicologia, Fisio-terapia, Fonoaudiologia, Medici-na Veterinária, Zootecnia, Edu-cação Física, Enfermagem, Servi-ço Social e Pedagogia participamda Equoterapia como extensio-nistas. O programa é ligado à Pró-Reitoria de Extensão e AssuntosComunitários (Proex) e é uma daslinhas de pesquisa do Programade Pós-Graduação - Mestrado emPsicologia da UCDB.

De acordo com a coordenado-ra, o objetivo é proporcionar be-nefícios físicos e psíquicos a pes-soas portadoras de deficiências oucom necessidades especiais, prin-cipalmente àqueles que não têmacesso a esse tipo de terapia devi-do ao alto custo das sessões. "AEquoterapia é um tratamento dereeducação e reabilitação motorae mental por meio da prática deatividades equestres e técnicas deequitação. Pode-se dizer tambémque é um método terapêutico queutiliza o cavalo como motivadorpara proporcionar aos praticantesganhos físicos e psicológicos",detalhou Heloísa Grubits.

Crianças, adolescentes e adul-tos - todos pacientes encaminha-dos pela Clínica-Escola da UCDBou por instituições parceiras,como Associação de Pais e Ami-gos dos Excepcionais (APAE),

Proequo/UCDB completa 11 anosbenefícios sociais de saúde e de ed

FAZENDA-ESCOLA

Projeto de extensão beneficiou cerca de 5,9 mil pessoas com dificuldades motoras, encaminhadas pelas Clínicas-Escola e por parceiros

SILVIA TADA

Associação de Pais e Amigos dosAutistas (AMA) e Centro deAtendimento ao Deficiente Au-ditivo (CEADA) - podem parti-cipar das sessões.

HISTÓRICO

O Proequo/UCDB foi insti-tuído no dia 13 de março de 1999,idealizado pela psicóloga e profes-sora Heloisa Bruna Grubits Freire,pelo psicólogo Carlos HenriqueSilva e pelo fisioterapeuta PauloRenato de Andrade, quando per-ceberam os resultados positivos datese de doutorado da psicóloga, quetinha como tema "Equoterapiacom crianças autistas".

A UCDB apoiou a ideia e foipioneira em instituir o Proequo,sempre procurando aliar o ensi-

no, a pesquisa e a extensão, coma participação de docentes e aca-dêmicos das áreas de saúde, edu-cação e ciências agrárias. Todo otrabalho é feito gratuitamente, demaneira multidisciplinar.

"Quando a criança ou o adul-to monta, tem de manter o cor-po ereto, o que fortalece a mus-culatura e lhe dá mais equilíbrio.Para fazer o cavalo andar, estimu-lamos o paciente a fazer barulhocom a língua, a mexer a boca.Pedimos para alcançar determina-do objeto ou mesmo o incentiva-mos a contar, seguir umasequência numérica. Além disso,há a questão da afetividade, já quedesenvolvem um sentimento deamizade com os animais e comos instrutores", contou Heloísa.

Os benefícios são físicos e psíqui-cos em pessoas com lesãoneuromotora (cerebral ou medu-lar), deficiências sensoriais (áudio-fono-visual), distúrbios evoluti-vos ou comportamentais e pato-logias ortopédicas (congênitas ouacidentais).

Para os acadêmicos, participardo Proequo é uma oportunidadede ter contato com pacientes,mesmo nos primeiros semestresdos cursos, o que pode render tra-balhos de conclusão de curso(TCCs) e outros projetos de pes-quisa, incluindo o Programa deIniciação Científica (PIBIC) e oMestrado em Psicologia. Além dese familiarizar a lidar com os pa-cientes, os alunos aprendem a vê-lo de maneira ampla, graças à

equipe multidisciplinar."Fui extensionista, bolsista e

me formei. Depois, fui convida-da a trabalhar na UCDB", afir-mou Glauce Motti. Este mesmocaminho foi seguido por KellenKamiya e ambas auxiliam os aca-dêmicos a desenvolverem as ati-vidades com os pacientes. Atual-mente, a mestranda em Psicolo-gia da UCDB, Camila SpenglerEscobar, desenvolve dissertaçãotendo como tema a equoterapiacom crianças e adolescenteshiperativos.

Os resultados obtidos já alcan-çaram repercussão nacional e in-ternacional e, hoje, o Mestradoem Psicologia em parceria com oPrograma de Equoterapia daUCDB são referências em pesqui-

Page 7: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 07e x t e n s ã oJORNAL UCDB

om a supervisão de profissionais

Foto: Silvia Tada

s comducação

como APAE, AMA e CEADA

sas sobre o referido recursoterapêutico.

O Programa engloba trêsáreas de pesquisa e intervenção(Psicologia, Neurofisiologia eEducação) inseridas no eixotemático "Qualidade de Vida:Saúde Integral e Ambiente", noqual atuam as três linhas de pes-quisa: saúde mental, reabilitaçãoe habilitação funcional e preser-vação e reintegração psicofísica.

ATENDIMENTOS

O Proequo/UCDB tem capa-cidade de atender 70 pessoas por-tadoras de necessidades especiaise oferece vagas para estágio a 60extensionistas. O atendimento acada paciente ocorre uma vez porsemana, em sessões de 30 minu-

tos. O Proequo é conveniadocom e filiado à Associação Naci-onal de Equoterapia (ANDE-Brasil). O convênio permite a di-vulgação nacional do modelo deatendimento realizado na UCDBe incentiva a implantação de vári-os serviços com características se-melhantes, beneficiando cada vezmais pessoas.

"Como projeto de extensão, oProequo oferece um serviço àcomunidade, principalmente àspessoas carentes de recursos fi-nanceiros, possibilitando o aces-so a um tipo de atendimento decusto alto e que envolve muitosprofissionais para alcançar resul-tados adequados. Em 2009, oPrograma beneficiou 60 pessoase contou com 55 acadêmicos,além da participação de alunos domestrado em Psicologia. Nesteano, ampliamos para 70 vagas",destacou Heloísa Grubits.

Durante os 11 anos de funcio-

namento do Proequo, já foramapresentados mais de 40 trabalhosem congressos nacionais e inter-nacionais, com publicações de re-sumos, resumos expandidos e tra-

BENEFÍCIOS COMPROVADOS

Em 2007, o aposentadoAlcides Martins dos Santos, de52 anos, sofreu dois acidentesvasculares cerebrais (AVCs) edois enfartos. Teve parte do cor-po paralisada e grande parte dosmovimentos de pernas e braçosficou comprometida. Começouentão, na Clínica-Escola UCDB,uma longa luta para recuperar amobilidade, com sessões de fi-sioterapia, fonoaudiologia, tera-

pia ocupacional, psicologia e hi-droginástica. "Não conseguia se-gurar os talheres para comer",relembra Alcides. No mês de maiodeste ano, ele foi à primeira sessãode equoterapia. "Estou muito con-tente com o resultado. Já noto quemeu equilíbrio melhorou. Há oitoanos não montava a cavalo - só fizisso na época em que trabalhavano campo e meu pai tinha fazen-da. O passo do animal nos ajuda arelembrar o nosso próprio cami-nhar", explicou. Atualmente, o

paciente anda com auxílio de ben-gala.

Ele é um dos exemplos de pa-cientes que todas as semanas sedirigem à Fazenda-Escola daUCDB, assim como muitas mãesque levam seus filhos para as ati-vidades do Proequo/UCDB. Todaterça-feira, Giovanna Silva dosSantos, de 7 anos, aguarda ansiosapelo momento de reencontrar osextensionistas e os cavalos. Elaparticipa das sessões há cerca detrês anos e, segundo sua mãe,

Sirlene Silva dos Santos, de 38anos, ganhou mais firmeza notronco e consegue caminhar so-zinha. "Toda semana ela fica an-siosa para vir para a UCDB. Nãotem medo de cair e se divertemuito", comentou a mãe.

Marta Mendes de Souza, de28 anos, é mãe de Leonardo, de12 anos, que é outro paciente doProequo. "Uma das melhorasque notei foi na fala. Hoje eleconsegue falar frases inteiras",afirmou Marta.

balhos completos, um livro sobreEquoterapia, participação em pa-lestras e mesas-redondas, mono-grafias, trabalhos de iniciação ci-entífica e convites para participa-

ção em comitês científicos de con-gressos nacionais e internacionais,além de ter sido criado o grupo depesquisa "Equoterapia - Teoria eTécnica", ligado ao CNPq.

Acadêmicos extensionistas passam por treinamento sob a orientação da professora Dra. Heloisa Bruna Grubits

Foto: Silvia Tada

Foto: Divulgação/Proex

Adultos também são atendidos na Fazenda-Escola UCDB e fazem exercícios de fortalecimento muscular, que refletem na autoestima

Page 8: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/201008 m e c â n i c a e m e c a t r ô n i c a JORNAL UCDB

COMPETIÇÃO

Engenharias desenvolvem carropara a Fórmula UniversitáriaCarro desenvolvido pela Católica teve bons resultados na primeira competição e volta às pistas no mês que vem, na Capital

Foto: Silvia Tada

Vinte acadêmicos dos

cursos de Engenharia

Mecânica e Engenharia

Mecatrônica participam do de-

senvolvimento de um carro de

corrida que participa do Cam-

peonato Brasileiro Fórmula

Universitária (CBFU) - catego-

ria recém-criada no automobi-

lismo nacional - que tem como

objetivo incentivar a formação

de novos profissionais para tra-

balhar na área.

O carro foi aprovado em

seu primeiro teste, nos dias 15

e 16 de maio, no autódromo in-

ternacional Nelson Piquet, em

Brasília (DF). O veículo da

UCDB, que foi montado em

menos de três semanas, fez o

melhor tempo do dia na cate-

goria (2'29''003). Outro carro,

da Universidade de Brasília

(UnB), que vem sendo prepa-

rado há cerca de quatro meses,

foi sete segundos mais lento e

alcançou a marca de 2'36''7.

"Foi um resultado excelen-

te e premia a dedicação dos

acadêmicos da UCDB que se

empenharam em arrumar o car-

ro e deixá-lo preparado para a

SILVIA TADA competição", avaliou o coorde-nador dos cursos de Engenha-ria Mecânica e Mecatrônica,Mauro Conti Pereira. Os uni-versitários trabalharam sob asuper visão do professorVinicius de Souza Morais. Aideia agora é formar uma equi-pe multidisciplinar, com repre-sentantes também dos cursosde Educação Física, Nutrição,Psicologia , Administração,Design, Direito, entre outros,servindo de laboratório aos vá-rios cursos e abrindo novasoportunidades de trabalho paraos acadêmicos depois de for-mados.

O piloto de testes foi Leo-nardo da Cruz Parzianello, de15 anos. "Fui convidado pelaUCDB para competir. Há cer-ca de quatro anos corro de karte essa foi uma experiência nova,com resultado muito bom",avaliou o jovem. "Procuramossempre incentivá-lo e apoiá-lo,já que é uma coisa de que elegosta muito", disse o pai, El-ton Parzianello.

Durante a Expo-MS Indus-trial, que aconteceu de 18 a 22de maio, no pavilhão AlbanoFranco, em Campo Grande, oveículo foi exposto para a po-

pulação. Na abertura do even-to, o Reitor da UCDB, Pe. JoséMarinoni , e o governadorAndré Puccinelli conheceram ocarro preparado pela Católica.O piloto Leonardo chegou a li-gar o motor para mostrar seufuncionamento. Uma das eta-pas do circuito será na Capital,nos próximos dias 17 e 18 dejulho, junto com a temporadada Fórmula 3.

PROJETOS

Não foi apenas o carro daFórmula Universitária que aUCDB mostrou durante aExpo-MS. Além de Mecânica eMecatrônica, o curso de Enge-nharia de Computação tambémapresentou trabalhos. Entre osprojetos de inovação estão aautomação inteligente de pro-cessos industriais, que faz par-te do doutorado do professorEdson Antônio Batista, e infor-mações sobre o projeto BioGN,que tem como objetivo filtrarbiogás para adequá-lo aos pa-drões de gás natural da Agên-cia Nacional de Petróleo (ANP)e disponibilizar técnicas quepermitam seu uso também emmotores a diesel.

O objetivo da feira foi divul-

O modelo foi apresentado ao público durante a Expo MS, em maio

gar os cursos e as pesquisas emostrar que a Católica tem capa-cidade de fornecer soluções tec-nológicas para as indústrias doEstado. Para as Engenharias, par-ticipar da Expo-MS Industrial éuma forma de demonstrar aos

visitantes a capacidade tecnológi-ca da UCDB e apresentar os en-genheiros já formados em Com-putação e Mecatrônica há váriosanos. A primeira turma de Mecâ-nica graduou-se no fim do anopassado.

A comunidade acadêmica daUniversidade Católica Dom Bos-co (UCDB) tem opção para almo-çar, todos os dias, no campus Ta-mandaré. Desde março deste anofunciona, na entrada da Instituição,o Risa Refeições, que oferece o pra-to universitário. O local é adminis-trado por Dulce Mary OshiroMatida, nutricionista graduada pelaCatólica. A direção do estabeleci-mento fica em Araucária (PR) etambém é responsável por restau-rantes em várias instituições do País.

O prato universitário é compos-to por arroz, feijão, quatro tipos desalada, duas guarnições e dois tiposde carne, mais um copo de suco de300 ml. A composição das refeiçõesé aprovada pelos colaboradores daUCDB, que têm parte do valor doprato subsidiado pela Instituição.“Almoço todos os dias no restau-rante e gosto bastante. Há varieda-de nos pratos oferecidos, além de

qualidade e bom atendimento”,afirmou o colaborador da Manu-tenção, Francisco Moreira da Silva.

Em média, 350 pessoas, entreacadêmicos, funcionários e profes-sores, além de visitantes, almoçamno Risa diariamente. “Na hora deelaborar o cardápio, semanalmen-te, procuro sempre ter a opção deuma carne vermelha e uma carnebranca, em um total de 120 gramas.Somente as carnes são porcionadas;os outros pratos podem ser servi-

Prato universitário é oferecido na CatólicaSILVIA TADA

dos à vontade”, explicou Dulce.O trabalho dos funcionários

(nove, no total) começa bem cedo,às 6h. O almoço é servido até as14h. “Nesses meses, já pudemosperceber os pratos de que as pes-soas gostam mais. Temos um qua-dro de sugestões para que os clien-tes façam críticas e elogios e vamosnos adaptando para atender bem àcomunidade acadêmica”, disse aegressa da UCDB, que se formouno fim de 2007.

Diariamente, colaboradores, acadêmicos e visitantes almoçam no restaurante

Foto: Karla Machado

Page 9: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 09e s p o r t eJORNAL UCDB

Foto: Jakson Pereira

Campanha da equipe da UCDB foi quase perfeita, com apenas uma derrota; na final, o time marcou sete gols

A Universidade Católica

Dom Bosco conquistou,

no mês passado, o

tricampeonato da Copa More-

na de Futsal. Na decisão do

campeonato, o time da Católi-

ca goleou o Douradina por 7 a

1 e levantou o troféu. A parti-

da foi no Ginásio Guanandi-

zão, que recebeu mais de seis

LEANDRO ABREU

Final da competição foi contra o time de Douradina e reuniu grande público

CONQUISTA

Salesianos vence aCopa Morena deFutsal pela 3a vez

O Ginásio Guanandizão, em Campo Grande, recebeu seis mil pessoas

mil pessoas na decisão.Após uma campanha quase

perfeita, com sete vitórias, trêsempates e apenas uma derrota,quando perdeu a etapa metropo-litana da competição, o time daUCDB chegou à final. Assimcomo em 2008, a equipe da Ca-tólica enfrentou Douradina. Po-rém, se naquele ano o título foipara o time do interior, nesta tem-porada a conquista da Católica foiindiscutível.

FINAL

A partida começou eletrizan-te. Com apenas dois minutos dejogo, Diego Henrique, do Sale-sianos, marcou o primeiro gol eabriu o caminho para os muitosoutros que viriam. Logo em se-guida, o time do interior conse-guiu o empate, deixando a par-tida mais tensa ainda. Mas otime da Católica conseguiu fa-zer 2x1, com um gol que con-tou com a sorte. Após uma ar-

rancada pela direita, Alexsanderchutou cruzado, a bola desviouno defensor do time adversárioe entrou, fechando o placar doprimeiro tempo.

No retorno para a segundaetapa, o Salesianos voltou maisligado na partida e marcou oterceiro gol, novamente comDiego Henrique, um dos des-taques do time. Logo em segui-da, após rápida cobrança de es-canteio, Arthur abriu caminhopara a goleada, marcando oquarto gol.

A partir daí, a equipe doDouradina buscou a recupera-ção e acabou colocando em qua-dra o goleiro linha para ter maisuma opção de ataque. Porém,por duas vezes seguidas, o go-leiro linha perdeu a bola e o Sa-lesianos marcou: 5x1 com Allane 6x1 com Lineker. O mesmoLineker marcou o sétimo e se-lou a goleada com um belo gol.Depois de roubar a bola, oHerison tocou para o Linekerque driblou o goleiro e só teveo trabalho de empurrar a bolapara as redes.

COMEMORAÇÃO

Após a confirmação do títu-lo, os torcedores fizeram umagrande festa com os jogadores,que avaliaram a importância daconquista. "Esperávamos umapartida mais equilibrada, até

porque Douradina é uma ótimaequipe que tirou vários timesfortes da competição. Nós per-demos a fase metropolitana,mas voltamos a nos focar e con-seguimos esse título, que é omeu terceiro estadual", afirmouEdy Wilton (Bolão), que está naequipe da UCDB desde o pri-meiro título, em 1999.

Já o técnico Paulo Sérgio, de-pois da partida, afirmou que aconversa no intervalo motivouo time para a conquista do títu-lo. "Voltamos para o segundotempo mais motivados porqueestávamos na frente (2x1), con-seguimos corrigir as falhas dotime e, além de criarmos maisoportunidades que a equipeadversária, nós as aproveitamos.Douradina estava invicto nacompetição, é uma equipe mui-to bem entrosada e sabíamosque ia ser uma partida difícil. Oplacar foi consequência das nos-sas oportunidades bem aprovei-tadas", comentou o técnico, quetambém é tricampeão com aUCDB, duas vezes como auxi-liar do ex-treinador HerculanoBorges Daniel, e agora comotécnico.

Além das medalhas e da Taçade Campeão, a equipe Salesianoslevou também o Troféu Transitó-rio que fica com a equipe que ven-cer o torneio por três vezes con-secutivas, ou cinco alternadas.

TALENTO

O incentivo ao esporte ofe-recido aos acadêmicos da Uni-versidade Católica Dom Bos-co (UCDB) foi comprovadocom a pré-convocação da aca-dêmica de Direito NadiellePereira Leonardo para a sele-ção brasileira juvenil de vôlei.Atleta da equipe da Católica, aacadêmica foi chamada pelotreinador Luizomar de Moura

Acadêmica participa de treinos

com a seleção juvenil de vôlei

para compor a seleção brasileirajuvenil de vôlei que se preparapara a Copa Pan-Americana, noMéxico, de 16 a 27 de junho epara o Campeonato Sul-Ameri-cano, na Colômbia, de 9 a 16 deoutubro.

Nadielle teve sua iniciação novôlei há apenas seis anos, emAquidauana, a partir de brinca-deiras, porém tinha um perfiladequado para a disputa da mo-dalidade. Aos poucos foi se des-tacando, passou por dois times

LEONARDO AMORIM

da cidade e chegou à seleção deMato Grosso do Sul. Desde en-tão, percebeu que o vôlei não eraapenas uma brincadeira e quepoderia dar passos importantesno esporte. “Em 2007, fui cha-mada para jogar com o profes-sor Vagno Dias, da seleção doEstado e, em seguida, o GenilsonJabes me convidou para entrardo time da UCDB”, contou. Apartir da vinda para CampoGrande, a atleta teve um grandeaperfeiçoamento e as portas seabriram. “Com o passar dosanos, o vôlei foi adquirindo maisimportância na minha vida. Hojeé um esporte que eu amo. O in-centivo por parte da UCDB mepermitiu conciliar o esporte com

os estudos. Agora tenho o sonhode me manter na seleção brasi-leira juvenil e, quem sabe, jogaruma Liga Nacional”, completou.

Com apenas 16 anos, Nadiellefoi um dos destaques da seleçãosul-mato-grossense campeã bra-sileira de seleções, em 2008. Noano passado, mesmo com o maudesempenho da equipe do Esta-do, a atleta despertou o olhar dotécnico da seleção brasileira juve-nil, Luizomar de Moura. “No fimdo campeonato, ele (Luizomar)conversou com o técnico da se-leção do Estado e pediu meusdados, pois no início deste anohaveria uma convocação”, expli-cou a atacante.

O tempo passou e a convo-

cação não saiu, porém Mouraligou para a mãe de Nadielleduas vezes para tentar levá-lapara o Osasco, time campeãoda Superliga e treinado porLuizomar, mas não deu certo.No último dia 7 de maio veio asurpresa. “Um amigo me ligoupara contar, entrei no site daConfederação Brasileira de Vô-lei (CBV) e vi que era mesmo omeu nome, liguei na federaçãoe o secretário geral, Fábio Mar-ques, me confirmou”, detalhoua acadêmica.

A apresentação da atleta daCatólica aconteceu no dia 14,no Centro de Treinamento daCBV, em Saquarema, no Rio deJaneiro.

Foto: Jakson Pereira

Page 10: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/201010 a r t i g o JORNAL UCDB

MUSEU

Prof. Dirceu Mauricio van

Lonkhuijzen: curador da

coleção de arqueologia do

MCDB

Deixa o João Falar! Deixa o Pedro testemunhar!

Deixa o Antônio aconselhar!

8ª SemanaNacional deMuseus e 1º

Encontro da Redede CooperaçãoMuseológica deMato Grosso do

Sul/ RECOMUS– MS

“Museus para aHarmonia social”

No período de 17 a 23 demaio, aconteceu a 8ª SemanaNacional de Museus promovi-da pelo Instituto Brasileiro deMuseus - IBRAM. Neste ano,os eventos em todo o Brasilabordaram o tema "Museuspara a harmonia social".

A cidade de Campo Gran-de participou deste evento pormeio da Rede de CooperaçãoMuseológica de Mato Grossodo Sul/RECOMUS - MS, omais novo instrumento de ar-ticulação para o fortalecimen-to de ações na área da museo-logia mato-grossense-do-sul,atuando para proporcionar aintegração e o desenvolvimen-

to de atividades conjuntas depreservação e comunicação,promovendo encontros pararefletir sobre a práxis profis-sional, possibil itando umamaior aproximação entre osagentes envolvidos em ativi-dades específicas nos museusde Mato Grosso do Sul.

A rede nasceu recentemen-te com a necessidade de apro-ximar as instituições museaisatuantes no estado. Hoje, arede está formada pelas insti-tuições museológicas em ativi-dade em Mato Grosso do Sul:Museu da Imagem e do Somde Mato Grosso do Sul (MIS);Museu das Culturas DomBosco(MCDB), da Universida-de Católica Dom Bosco; Mu-seu de Arqueologia da Univer-sidade Federal de Mato Gros-so do Sul (Muarq); Museu deArte Contemporânea de MatoGrosso do Sul (MARCO);Museu José Antônio Pereira eo Museu de História do Pan-tanal (MUPHAN).

Outro momento importan-te da Semana Nacional dosMuseus para o MCDB foi aorganização de visitas guiadas,de atividades de educação pa-trimonial, mostras de vídeosdocumentários. O local tam-bém se transformou em espa-ço de discussão, reflexão ecompartilhamento de experi-ências na área de museologia,durante o 1º Encontro daRede de Cooperação Museo-

lógica de Mato Grosso do Sul/RECOMUS-MS, um marcopara a história da Museologiano Centro-Oeste.

As atividades tiveram iníciono dia 18 de maio, com visitasguiadas à exposição de longaduração de Arqueologia e Et-nologia, juntamente com asatividades de educação patri-monial. Grupos de alunos fo-ram recebidos e encaminhadospara o auditório do MCDB,onde assistiram palestra cominformações básicas sobre Mu-seologia, seguida de orientaçãosobre o acervo. Neste momen-to, foi dada a oportunidade demanusear inúmeros objetos di-dáticos semelhantes aos queestão na exposição, inclusiveréplicas de objetos pré-histó-ricos e etnológicos.

Ao ser iniciada a visita aoespaço expositivo, a equipe domuseu, formada por técnicosdo MCDB e acadêmicos daUCDB, buscou levar os alunosa desenvolverem novas possi-bilidades de leitura, fazendo-oscompreender a dialogia que seestabelece entre estética e His-tória, o que os torna capazesde assimilar, de forma profícuae prazerosa, o conhecimentoemanado do contexto criadopara as diversas etnias indíge-nas representadas pelo acervo.Foi possível, ainda, que esta-belecessem relações entre pa-trimônio natural e cultural paradespertar em alguns e ampliar

em outros o respeito pelo am-biente em que vivem.

As atividades de educaçãopatrimonial se encerraram coma apresentação do teatro defantoches que teve como temauma lenda indígena sobre a"origem do guaraná". Essas ati-vidades se repetiram nos dias19 e 21 de maio, nos períodosmatutino e vespertino.

No dia 20 de maio de 2010,aconteceu o 1º Encontro daRede de Cooperação Museo-lógica de Mato Grosso do Sul-RECOMUS/MS.

Na abertura, o coral daUCDB apresentou o Hino Na-cional e, em seguida, o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pes-quisa e Extensão, Dr. Hemer-son Pistori, saudou a todos edeterminou que as atividadesfossem iniciadas.

A conferência de aberturafoi ministrada pelo professorDr. Sergio Bairon, da Escolade Comunicação e Arte-ECA/USP, com o tema: A produçãopartilhada do conhecimento:Comunidade e Universidade.As atividades do período damanhã foram encerradas coma apresentação do grupo decapoeira formado por alunosespeciais da escola JulianoVarela.

No período da tarde, as ati-vidades foram retomadas comas seguintes conferências:

- Apresentação da Rede deCooperação Museológica do

MS - RECOMUS/MS, minis-trada pelo professor Me. RafaelMaldonado (MIS - MS).

- Centro de Documentaçãoe Biblioteca Digital IndígenaTEKO ARANDU, ministradapelo professor Dr. Neimar Ma-chado de Sousa (UCDB)

- Povos Indígenas de MS,os atuais conflitos fundiários eo papel dos Museus Comuni-tários para a harmonia social,ministrada pelo professor Dr.Antônio Hi lár io Agui leraUrguiza (UFMS)

- Museus comunitários paraharmonia social, ministrada pelaDiretora do MCDB: Dra.Aivone Carvalho Brandão, jun-tamente com o representantebororo do Museu Comunitáriode Meruri (MCDB) e represen-tante xavante do Museu Comu-nitário de Sangradouro (MCDB)

As atividades do encontroforam encerradas com a visitade palestrantes e convidados aoMuseu das Culturas Dom Bos-co - MCDB -, no final do dia.

No MCDB, as atividades daSemana Nacional de Museusforam finalizadas na noite dodia 22 de maio, com a Mostrade Vídeo Documentário orga-nizada e produzida pelo Pro-grama de Apoio ao RealizadorIndígena - PROARI/MCDB.

Existe uma energia diferente na festajunina. Algo que vai muito além do

quentão, do milho verde, do som e dasbandeirolas. Alguma coisa de muito po-

sitivo e forte que traz magia e encanto. O cha-péu de palha, a calça rústica, a botina falam de simplici-dade. Transportamos, ainda que por alguns instantes, umjeitão matuto, que não tem compromisso com a formali-dade da linguagem, nem das etiquetas. Ali cada um temum pouco (ou um montão) de Nhá Maria, de Nhô João,que está disposto a cumprimentar damas e cavalheiroscom a maior educação. Não há problema se falta um den-te, ou se a calça está remendada. O que está em jogo éum momento muito especial no qual cada pessoa “deixa-se ser” ela mesma. O “São João” nos leva pro campo,para o mundo rural, para a natureza. Para muitos, vem

forte a lembrança da família, que se reunia ao redor dofogão, que quebrava o milho, que socava o arroz, que

arava a terra. A amizade ganha laços mais naturaise a alegria aquece qual fogueira que brilha na noi-

te. Percebemos então que, por trás de cada ele-mento das festas de São João, está um apelo àsimplicidade, à naturalidade, à verdade. Istotudo contrasta fortemente com a pressa e aagitação do cotidiano vivido no mundo mo-derno. É um convite para se humanizaremum pouco mais as relações, para se coloca-

rem algumas bandeirolas da paz e do perdãono varal da convivência. É um retorno à pureza

de si mesmo, ao re-encontro da centralidade huma-na e da própria identidade. A espiritualidade dos fes-tejos juninos passa por estes valores e sentimentos.São três as grandes figuras que alimentam essa espi-ritualidade: São João, Santo Antônio, São Pedro.Cada uma delas traz uma grande riqueza. Veja: SantoAntônio – numa época de crise de relacionamen-

tos e de muitos questionamentos éticos, de esvaziamentodo sagrado, num mundo globalizado e secularizado, elenos ajuda na forma de como situar a nossa vida cristã.Viver na simplicidade, ter clareza nas ideias para se man-ter um diálogo aberto com todos, naturalidade em nos-sas atitudes e, sobretudo, uma grande amizade comDeus. Santo Antônio é o Santo mais popular do Brasil,conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santocasamenteiro e que sempre é invocado quando se querachar objetos perdidos. A figura de São João Batistaentra como arauto e testemunha: ele se apresenta comoaquele que nos aponta o caminho para Deus através danossa conversão, do empenho da nossa vida batismal eprofética, na qual devemos nos encaminhar para Cristoa fim de podermos assumir uma vida de autenticidade etestemunho transformador num mundo carente de li-deranças e ideias que promovam a justiça e a paz. Avaidade, o orgulho, ou até mesmo a soberba, jamais es-tiveram presentes em São João Batista, como podemoscomprovar pelos relatos evangélicos. Por sua austerida-de e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprioCristo, mas, imediatamente, retruca: “Eu não sou o Cris-to” e “ não sou digno de desatar a correia de sua sandá-lia”. Da figura de São Pedro, entre outras coisas, pode-riam ser destacadas: a entrega generosa e disponibilida-de total a serviço do Reino, o caráter missionário doseu testemunho, a dimensão de liderança e pastoreiodo rebanho, o sinal de unidade e comunhão.

É necessário, enfim, que as festas juninas desper-tem em nós o desejo sincero de ‘imitar’ as atitudes deamor a Deus, de santidade, coragem e entrega de vida.

Deixemos, portanto, que as vidas de Pedro, João eAntônio falem forte ao nosso coração e tragam renova-do ânimo e entusiasmo pela vida. Vamos, portanto, alémda pipoca, do quentão e das bandeirolas: vamos a umjeito de SER, rico de simplicidade e autêntica alegria.

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CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010 11a g e n d a u n i v e r s i t á r i aJORNAL UCDB

CONECTE

II SEMINÁRIO DEESTUDOS E

PESQUISA EMEDUCAÇÃO FÍSICA

www.designbrasil.org.br

O portal DesignBrasil é uma ini-ciativa do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC) através doPrograma Brasileiro de Design(PBD), e tem como objetivo pro-mover a integração, a convergên-

cia e a cooperação entre as diver-sas ações na área do design emtodo o país. Para isso, o portalDesignBrasil incentiva a interaçãoe a troca de informações entreprofissionais, estudantes, empre-sários e todos os que vivemdesign no Brasil.

www.fisionet.com.br

O Fisionet é o local onde todo o

universo da fisioterapia se encon-tra, promovendo o relacionamen-to entre acadêmicos, profes-sores de fisioterapia, pesquisado-res e fisioterapeutas e tem comoobjetivo agregar conhecimentosa todos os segmentos da fisiote-rapia, por meio de um conteúdorico e diferenciado.Criado em 2000, o Fisionet.com.br evoluiu de um projeto de

pesquisa que visava absorver in-formações e disponibilizá-las aacadêmicos. Hoje viabilizado noformato on-line, está se consoli-dando como o maior portal bra-sileiro no campo da fisioterapia.

www.administradores.com.br

O portal administradores.com.bré o principal canal on-line voltadoà área de Administração e Negó-

cios. Trata-se de um site dinâmi-co, interativo e conectado a tudoo que acontece no ambiente em-presarial e acadêmico. O espaçoreúne administradores, professo-res e estudantes de Administra-ção de Empresas, além de em-presários, executivos e um exce-lente time de profissionais liga-dos, de alguma forma, à Admi-nistração de Empresas.

DICAS DE LIVROS

I SEMINÁRIO DOGRUPO DEPESQUISA EMGEOGRAFIA EMOVIMENTOSSOCIAIS

EVENTOS

Revista INTERAÇÕES ,v.11, n.1 (jan./jun. 2010)Autores: VVAA

[...] o Programa de Pró-gradua-ção em Desenvolvimento Local– Mestrado Acadêmico tem tra-balhando no sentido de gerar co-nhecimento científico por meiode suas atividades acadêmicas,utilizando também o periódicodo programa para a dissemina-ção do saber produzido em âm-

bito endógeno com contribuições exógenas. No presente ano, o programa apresenta como área deconcentração o desenvolvimento local em contexto deterritorialidade, tendo com linha de pesquisa 1) desenvolvi-mento local: cultura, identidade, diversidade e na linha 2) de-senvolvimento local: sistemas produtivos, inovação,governança. Assim, convidamos pesquisadores que queirampublicar artigos com os resultados de suas pesquisas volta-das para as linhas de pesquisa acima descritas. Os artigos publicados neste número ressaltam estudossobre a ruralidade brasileira, meio ambiente, políticas públi-cas e aspectos teóricos e práticos do desenvolvimento local.[...]Maria Augusta Castilho - Editora

GÊNERO E OS

SENTIDOS DO

T R A B A L H O

SOCIAL

Autor: Jacy Curado

Em suma, este livrotem múltiplos desti-natários: pesquisa-dores interessadosem metodologiasqualitativas de pes-quisa que primam

por estratégias participativas e pelo rigor dessa tradi-ção de pesquisa [...], docentes da Psicologia Social,Comunitária, da Saúde e áreas afins, que tenhamcomo compromisso a inclusão social de segmentosexcluídos, ou incluídos de maneira perversa em nos-so ordenamento histórico, social, cultural e ético-po-lítico, e as pessoas que fazem do trabalho social a suaprofissão, sejam políticos, gestores e profissionais docampo que compartilham a utopia da transforma-ção social. Desejo a vocês uma ótima leitura e umrico diálogo com as múltiplas vozes deste livro.

Dra. Vera Mincoff Menegon(pesquisadora e psicóloga social)

O curso de Educação Física daUniversidade Católica DomBosco realiza, entre os dias 21 e25 de junho, a apresentação dotrabalho final de conclusão decurso - artigo científico, dosacadêmicos do 8º semestrenoturno. As apresentações serãorealizadas no Anfiteatro DomAquino, localizado no Bloco Bda Instituição, das19h às 22h30.Mais informações podem serobtidas pelo telefone 3312-3457.

Com o tema "Associativismo,territorialidade e desenvolvimento",

acontece, entre os dias 15 e 18 de junho,na Universidade Estadual de Feira de

Santana, o 1º Seminário do Grupo dePesquisa em Geografia e Movimentos

Sociais, que é uma atividade promovidano âmbito do Departamento de Ciências

Humanas e Filosofia e se propõe arealizar um debate sobre uma temática

relevante para a consolidação da demo-cracia brasileira e para pensar as ideias

de territorialidade e desenvolvimento: oassociativismo e o cooperativismo no

contexto dos movimentos sociais.Mais informações sobre as inscrições e

a programação do evento podem serobtidas através do site www.uefs.br/

geomov/seminario.html

A Jornada Catarinense de TerapiaIntensiva promovida pela SociedadeCatarinense de Terapia Intensiva(SOCATI) terá, nos dias 2 e 3 de julho,sua oitava edição, realizada na Universi-dade do Extremo Sul Catarinense(UNESC). O evento tem como público-alvo acadêmicos e profissionais da áreada saúde ligados à terapia intensiva e visaproporcionar-lhes uma oportunidade deatualizar conhecimentos sobre as ativida-des desenvolvidas no âmbito da terapiaintensiva, permitindo umaprofundamento dos conhecimentosobtidos através da prática e da pesquisaem terapia intensiva. A jornada abordaeste ano temas como ventilação mecâni-ca, terminalidade no paciente criticamen-te enfermo e pesquisa em terapia intensi-va. Mais informações: www.unesc.net

VIII JORNADACATARINENSE DE

TERAPIAINTENSIVA

A relação entre esforço erecompensa no trabalho e abusca pelo equilíbrio será ofoco do evento "Trabalho,

stress e saúde", que acontece noCentro de Eventos Plaza SãoRafael, em Porto Alegre (RS),

de 22 a 24 de junho.Os debates envolverão experi-ências empresariais e pesquisas

na área. A ideia, segundo osorganizadores, é não apenas

discutir medidas pontuais, masum conjunto de ações para

tornar o dia a dia corporativomais produtivo e sem prejuízos

para a saúde física e mental.Mais informações:

www.ismabrasil.com.br/con-gresso/

TRABALHO, STRESSE SAÚDE:EQUILIBRANDOESFORÇO ERECOMPENSA - DATEORIA À AÇÃO

O VIII Encontro de Botânicos doCentro-Oeste, que acontece emGoiânia (GO), de 26 a 29 julho, temcomo objetivo fortalecer os grupos depesquisa existentes e promover excur-sões botânicas, envolvendo aspectoslúdicos e científicos. O tema central doevento será "Desafios para conservaçãoe manejo da flora do Cerrado", voltadopara o conhecimento da flora nativa,planejamento ambiental e desenvolvi-mento sustentável. O encontro será naUniversidade Federal de Goiás (UFG).Mais informações: www.icb.ufg.br/viiienboc/sites/.

VIII ENCONTRO DEBOTÂNICOS DOCENTRO-OESTE

O VI Simpósio de Pesquisa em Ciências daSaúde promovido pelo Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da Universi-dade do Extremo Sul Catarinense (PPGCS/

UNESC) reunirá especialistas nacionais eestrangeiros para debater temas nas áreas de

fisiopatologia, desenvolvimento de novosfármacos, fisiologia e bioquímica do exercícioe neurociências, com ênfase na fisiopatologiada inflamação. As conferências contemplam

desde a área básica até a pesquisa aplicada. Osimpósio será realizado de 17 a 18 de junhode 2010, no Auditório Ruy Hulse, da Unesc,em Criciúma, região sul do estado de Santa

Catarina.Mais informações: www.unesc.net/post/213/

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VI SIMPÓSIO DEPESQUISA EMCIÊNCIAS DASAÚDE

O curso abordará as atividades dos biólogos emtrabalhos de licenciamento ambiental em duasetapas: a teórica e a prática. Na etapa teórica seráapresentado o trabalho profissional, tópicos dalegislação ambiental vigente, o preenchimento e afinalidade de documentos como ARTs, licenças decoleta, elaboração de laudos e pareceres técnicos,entre outros assuntos. A etapa prática consistiráem uma saída a campo no campus daUNISINOS, simulando uma situação real delicenciamento de algum empreendimento, com aelaboração de um laudo técnico por licenciadorescompetentes. Podem participar estudantes deBiologia, biólogos e profissionais de áreas afins. Oevento será de 11 a 19 de junho. Mais informa-ções: www.unisinos.br/eventos

A ATUAÇÃO DOBIÓLOGO EM

LICENCIAMENTOSAMBIENTAIS

Estão abertas as inscrições para oCongresso da Sociedade Brasileirade Computação (CSBC). Com otema “Computação Verde: desafioscientíficos e tecnológicos”, o encon-tro está sendo organizado peloInstituto de Ciências Exatas eInformática da PUC Minas. Dirigidoa professores, profissionais e alunosdas diversas áreas da informática, ocongresso, composto de 17 eventosparalelos, será realizado em BeloHorizonte, no campus CoraçãoEucarístico, entre os dias 20 e 23 dejulho. O objetivo do CSBC é propi-ciar um fórum de discussões técnicase políticas que congreguem a comu-nidade científica, estudantes eprofissionais da área de computação.O encontro tem atraído, anualmente,em torno de 2.500 pessoas. Maisinformações: (31) 3319-4117 ou pelosite http://www.pucminas.br

CONGRESSO DASOCIEDADE

BRASILEIRA DECOMPUTAÇÃO

Page 12: UCDB - Edição Junho/Julho

CAMPO GRANDE, MAIO-JUNHO/2010v o c a ç ã o12

JORNAL UCDB

No próximo dia 20 de agosto,acontece na Igreja Matriz São Fran-cisco, no bairro São Francisco, mis-sa solene em ação de graças pelos60 anos de sacerdócio do Frei Lú-cio Dupont, de 86 anos. O religio-so, que vive em Campo Grandedesde 2006, é natural de SantaEmília, em Venâncio Aires (RS) ecoleciona em sua vida desafios ven-cidos, boas histórias e sabedoria.“Tenho um recado para dar, sobreo mistério da vocação divina e hu-mana. A vocação humana é sermosirmãos e a vocação divina é sermosfilhos de Deus”, ensina.

A trajetória como sacerdotecomeçou em sua terra, no RioGrande do Sul, em Minas Gerais,Mato Grosso e Mato Grosso doSul. Por onde passou, deixou ami-gos e marcas nas comunidades quesão visíveis até hoje, relembra.

Muito jovem, com dez anos, nofim de 1934, quando estava no pri-meiro ano do colégio, disse aos pais,Nicolau e Carolina Dupont, quequeria ser padre. A ideia surgiuquando conheceu um freifranciscano, de origem holandesa.“Era novidade a congregaçãofranciscana. Na região havia os je-suítas, diocesanos, redentoristas,passionistas, norbertinos. Masfranciscanos, não. Como o espíritodo jovem quer sempre o que é di-ferente, foi o caminho que esco-lhi”, contou. O pai, porém, nãodeixou que seguisse e se tornassereligioso.

No ano seguinte, a epidemia defebre tifoide chegou à famíliaDupont e o jovem Lúcio perdeuum dos irmãos. Para o patriarca,aquele teria sido um sinal de Deus,soube Lúcio anos mais tarde, e, nofim de 1936, o pai lhe perguntouse ainda gostaria de ser padre. A

resposta foi afirmativa e o adoles-cente ganhou um enxoval novo eingressou no Seminário de Taquari(RS). Outro irmão, José, e duas ir-mãs, Imelda e Isabel, também se tor-naram religiosos.

Foram sete anos de internato emTaquari, três anos de Noviciado, paraestudo de Filosofia, em Daltro Fi-lho, no município de Garibaldi (RS)e, em seguida, mais quatro anos deTeologia, em Minas Gerais. A orde-nação aconteceu em 1950, em BeloHorizonte. A primeira comunidadeassumida por Frei Lúcio, em 1951,foi no município de Santo Ângelo(RS). Sem estrutura, visitava a cava-lo toda a região — formada por qua-tro municípios: São José, Alegria,Inhacorá e Chiapetta que, atualmen-te, comportam três paróquias, comcinco padres. “Nesta cidade, em1952, construímos uma igreja emestilo gótico, que existe até hoje. Na-quele tempo, em 1952, formamosuma ordem franciscana secular, com33 casais, que se tornaram lideran-ças cristãs”, relembra.

JOVENS

Em 1954, mudou-se para PassoFundo (RS), onde permaneceu por11 anos. Foi no distrito de Ernestina,hoje município, que começou a tra-balhar com jovens, formando a pas-toral social, grupo de teatro, campe-onatos esportivos, gincanas e atésessões de cinema e bailes para asfamílias. “Um comerciante empres-tava o caminhão, com tanque cheio.O carro ia lotado de pessoas e fazí-amos as apresentações teatrais e asdançantes familiares. No cinema pa-roquial, eu era o operador do proje-tor de 16 milímetros, que passava fil-mes do Gordo e Magro, Os 10 Man-damentos e faroestes. Os filmeseram adquiridos em conjunto como Exército, que pagava metade”. Na-quela época, as missas eram rezadasem latim e não havia participação

de leigos. Porém, um dia, Frei Lúciodeixou que uma jovem da comuni-dade fizesse a primeira leitura, emportuguês. “O pai da moça me‘dedou’ ao bispo”, lembra, sorrin-do. Na comunidade, coordenou aconstrução do hospital, a coopera-tiva agrícola mista, a casa e o salãoparoquial.

Em 1965, foi para Lageado (RS)e, em 1967, para Agudo, tambémno Rio Grande do Sul. Nesta cida-de, o desafio era pacificar a convi-vência com os luteranos, que for-mavam 80% da comunidade local.“Acabei me tornando o único pa-dre que foi a um culto protestante.Fizemos um centro ecumênico, emque uma vez por mês acontecia umculto e, na outra semana, uma mis-sa. Deu certo, melhoramos a con-vivência. Essa comunidade fica emVila Rosa”.

As mudanças de Frei LúcioDupont continuaram. Em 1970,foi para Taquari e iniciou um im-portante trabalho de formaçãocatequética e de educação. “For-mamos o Conselho Municipal deEntidades Taquarenses de Assis-tência Social (Cometas). Visitáva-mos os pais e atendíamos às famí-lias. Tinha até algumas que se dis-farçavam de mais carentes, para re-ceber nossa ajuda”. Foi nesta épo-ca que deu início à Catequese Re-novada, ideia que depois foiabraçada pela Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB).A ordenação como sacerdote aconteceu em Belo Horizonte, em 1950

“Pegamos todos os livros decatequese, reunimos um grupo deprofessores para analisar o conteú-do. Depois, formamos um mate-rial próprio e o Frei BernardoCansi começou a difundir o con-ceito”.

O sacerdote continuou a cami-nhada passando por Chiapetta, em1977, Porto Alegre, em 1980, TrêsPassos, em 1982 e, por fim, chegoua Sinop, no Mato Grosso, em 1984.Ali, elaborou um roteiro para for-mação de catequistas, que resultouna qualificação de 307 pessoas. Em1985, foi para Santo Antônio doLeverger (MT) e Pedra Preta (MT).Em 1997, veio para Rio Brilhante,onde permaneceu um ano. Foi paraRondonópolis, voltou para Pedra

Preta, e depois para Itaporã.“Agora estou cuidando da mi-

nha saúde. Uma das coisas quesempre gostei de fazer foi estudar.Mesmo depois de ordenado, con-tinuei fazendo cursos e me qualifi-cando, na área da pedagogia religi-osa, renovação teológica, formaçãocristã, entre outros temas”, contou.Ele reforça que todas as experiên-cias acumuladas ajudaram-no a en-tender mais o mistério da vocação.“No Antigo Testamento, havia aescola de profetas. Na cultura mo-derna, esse papel é dos seminários,que formam os novos religiosos ecujo modelo foi copiado da vidapública de Jesus com seus apósto-los. Acredito que a formação é im-prescindível para a vida na Igreja”.

SÃO FRANCISCO

Frei Lúcio DupontFrei Lúcio DupontFrei Lúcio DupontFrei Lúcio DupontFrei Lúcio Dupontcomemora 60 anos de sacerdócioMissa em ação de graças será no dia 20 de agosto, na Igreja Matriz São Francisco, para familiares, amigos e comunidade

Frei Lúcio mora na Capital e foi pároco em cidades do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

SILVIA TADA

Foto: Arquivo

O jovem Lúcio (à direita) foi para o seminário em Taquari, em 1936

Foto: Arquivo

Foto: Silvia Tada