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UFO 88 - Rumo a Nova Humanidade€¦ · das com UFOs. Creio que sejam resultado do interesse obsessivo das vítimas por experiências misteriosas. Gos-taria de acrescentar que não

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Junho 20034

UFO 87

Gosto muito da seção Encontros Cós-micos. Ler os relatos de contatos e avista-mentos protagonizados por pessoas co-muns fez com que eu percebesse que oFenômeno UFO não é uma coisa distantee rara, mas que pode acontecer com qual-quer um, a qualquer momento.

Maria Aparecida Prado,Campinas (SP)

O pesquisador Marcos Malvezzi Lealtem realizado um excelente trabalho naseção Memórias da Ufologia. Resgatarcasos antigos é uma forma de preservar aUfologia e promover seu crescimento.Parabéns pela iniciativa.

Patrícia Barros,por e-mail

Extremamente interessante os traba-lhos mostrados na seção Imprensa Ufoló-gica, de UFO 87. É bom saber que a Ufo-logia não só inspirou como continua ins-pirando uma nova geração de artistas. Fe-licito a revista por divul-gar obras tão bonitas.

Clara Longoni Ortiz,São Paulo (SP)

A seção Mundo Ufoló-gico está cada vez melhor.As notícias e ocorrênciasselecionadas estão ótimas.Em especial, as últimasedições têm apresentadoum texto mais agradável edinâmico. As antigas edi-ções de UFO tinham muitotexto e poucas imagensnesta seção, o que desesti-mulava sua leitura.Gabriel Nunes da Silva,

Anápolis (GO)

RICARDO VARELA

As declarações de Ri-cardo Corrêa Varela – se-ção Ponto de Encontro deUFO 87 – são as maisconscientes que li nos úl-timos anos sobre a feno-

menologia ufológica. Ele fez uma críti-ca bem feita, razoavelmente embasadae interessante sobre um assunto de na-tureza tão polêmica e delicada. Precisa-mos de mais “ufólogos céticos”, comoo próprio Varela se define.

José Luiz da Silva Faustino,Belo Horizonte (MG)

A entrevista com Ricardo Corrêa Va-rela foi muito útil para pessoas que, comoeu, gostam do assunto mas ainda nutremuma certa dúvida diante dos fatos apre-sentados. Leio muita besteira sobre otema em todos os tipos de veículos. Va-rela e, de forma idêntica, o ombudsmanCarlos Reis têm feito um bom trabalhopara a Ufologia Brasileira.

Raul Manaru,Cochabamba, Bolívia

MÁSCARAS DE CHUMBO

Mais uma vez os ufólogos Claudeir ePaola Covo mostram seu talento investiga-tivo profundo e consistente no artigo O

Caso Máscaras de Chum-bo, de UFO 87. Parabeni-zo os pesquisadores porsua seriedade e, principal-mente, por trazer à tonamais um caso clássico daUfologia Brasileira.Ana Cristina Oliveira,

por e-mail

Há muito tempo atrásli algo sobre o Caso Más-caras de Chumbo, masnão tão detalhado e bemescrito como o artigo deClaudeir e Paola Covo.Embora esse seja maisum caso inexplicável denossa Ufologia, a maté-ria elucidou algumas deminhas dúvidas.

Rita C. dos Santos,Foz do Iguaçu (PR)

Não acredito que asmortes relatadas na maté-ria O Caso Máscaras deChumbo sejam relaciona-das com UFOs. Creio que

sejam resultado do interesse obsessivo dasvítimas por experiências misteriosas. Gos-taria de acrescentar que não entendo porque UFO está dedicando tantas páginaspara abordar casos antigos, quando novasocorrências surgem a cada dia...

Eduardo Brito,por e-mail

FRONTEIRAS DA UFOLOGIA

A matéria Fronteiras da Ufologia,publicada em UFO 87, é muito pertinenteao questionar coisas tão importantes comoa curiosidade humana diante dos discosvoadores. O que mais gostei foi que a au-tora, Elaine Villela, pôs de forma simplese sensata algo que parece muito comple-xo, quando na verdade não é.

Luís Henrique Sobreira,Recife (PE)

Fronteiras da Ufologia, de Elaine Vil-lela, me fez refletir sobre um futuro conta-to com ETs. Depois de ler o artigo, já nãoposso ter certeza de algumas convicçõesque tive durante muito tempo. Muito me-nos se estou preparado para tal contato...

Jorge Luís Cardoso,por e-mail

MISTÉRIOS DE MARTE

As novas descobertas descritas na re-portagem de Roberto Pintucci, Novo RostoMisterioso na Superfície de Marte, sãoincríveis. Parabenizo a REVISTA UFO porpublicar artigos sempre tão completos einteressantes. Até quando a NASA vainegar essas informações?

Bethania Muñoz Arce,Assunción, Paraguai

Novo Rosto Misterioso na Superfí-cie de Marte foi bem escrito e é repletode informações, mas o assunto está des-gastado. Há pouco tempo, em UFO 85,a revista publicou uma matéria sobre otema [Marte: Novos Mistérios, NovasPolêmicas]. Agora questiono: se o novorosto é tão relevante, por que nenhumoutro meio o noticiou?

Euler Magalhães Rodrigues,Ceres (GO)

“ A matéria ‘Novo RostoMisterioso na Superfície deMarte’, de Roberto Pintucci,é uma das melhores que já lisobre o tema. Completa, defácil leitura e informativa. O

que mais gostei é que otexto foi curto e objetivo,

ao contrário de outros quea revista publica ”— EDGARD DEODORO,

Teresina (PI)

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5Junho 2003

GIORGIO BONGIOVANNI

Fiquei impressionada com a religiosi-dade e dedicação do italiano cuja vida estáretratada na matéria Giorgio Bongiovan-ni Perde Seus Estigmas, de UFO 87. Quan-to aos fenômenos que ocorrem em suavida, sempre os considerei misteriosos,mas o sumiço do estigma da testa superatudo. O autor Daniel Muñoz soube contara história de maneira primorosa.

Júlio César Camarin,Porto, Portugal

Aceito o fato de que o contatado e es-tigmatizado Giorgio Bongiovanni possarealmente ter vivido tudo o que foi notici-ado na matéria, mas tornar pública umaconversa que teve com Nossa Senhora estáalém do aceitável. O diálogo reproduzidono box A Visão de Giorgio em Medjugor-je é sem dúvida um exagero.

Euclídes Roberto Cruz Pereira,Redenção (PA)

UFO É SUCESSO

Gostaria de mais uma vez parabeni-zar toda a EQUIPE UFO pelas ótimas edi-ções apresentadas nos últimos meses. Vo-cês estão chegando à perfeição. Em se tra-tando de qualidade estética e editorialmerecem nota mil.

Gleison Rodrigues,por e-mail

Acompanho a REVISTA UFO desde onúmero 26 e vejo que seu crescimentodeve-se à dedicação e à seriedade comovocês encaram o assunto. Um grande tra-

balho, que enriquece a todos, é fruto degrandes profissionais. Desde o editor aoombudsman, passando pelo conselho edi-torial e os correspondentes, agradeço porme proporcionarem essa enxurrada de in-formações todos os meses.

Valter Silva,por e-mail

Gostaria de sugerir uma matéria sobreo Chupacabras. Acredito que com esses no-vos acontecimentos no Chile, um texto so-bre o assunto seja bem apropriado.

Alexandre Vicente Timponi,Paranaguá (PR)

BOB PRATT

O pesquisador Bob Pratt me surpre-endeu. Não há dúvidas de que ele fezmuito pela Ufologia Brasileira. Se a en-trevista em UFO 86 já estava excelente,ler seu livro Perigo Alienígena no Brasil[Código LV-14 no encarte Suprimentosde Ufologia] foi ainda mais gostoso. Achoque é a obra de Ufologia mais completaque já conheci. Parabéns pela escolha deseu nome para a entrevista e de seu livropara a BIBLIOTECA UFO.

Telma Marcondes,Arroio Chuí (RS)

Que coisa espantosa é a casuística ufo-lógica nordestina? Onde está o governo,que não age no sentido de deter as agres-sões que ETs impõem àquela gente mise-rável. Acabei de ler Perigo Alienígena noBrasil e fiquei absolutamente perplexocom o que Bob Pratt relata.

Silas Mantovani Silva,Palmital (SP)

A Redação de UFO é inundada di-ariamente com um volume assombro-so de informações. São cartas, faxes,livros, boletins, manuscritos, teses eoutras publicações que recebemosconstantemente. Sem falar nos e-mails, que passam de 300. Dessematerial selecionamos os textos queentram em cada edição, que não che-gam a somar 10% do total recebidoa cada mês. Os artigos consideradoscomo mais interessantes e relevan-tes, atuais e consistentes, são esco-lhidos. Em certas ocasiões, recebe-mos para publicação textos que seassemelham a outros que a própriaUFO já veiculou ou, em casos maisraros, a matérias publicadas noutrasrevistas. Evitar publicar algo que já te-nho sido noutra revista é quase im-possível, em vista da quantidade deinformações que circulam em tan-tas publicações. Mesmo assim, man-temos rigorosa vigilância para queisso não aconteça – e nunca acon-teceu em 19 anos de UFO.

Infelizmente, no entanto, tivemosnosso controle burlado na edição pas-sada, ao aceitarmos para publicaçãoum texto que nos foi enviado por Dan-te Labate, como sendo de sua auto-ria. Viemos a saber depois, alertadospor leitores atentos, que a matéria AIntrínseca Relação entre Ufologia e Es-piritismo, da edição 87, foi plagiadapor Labate a partir do texto Espiritis-mo e Ufologia: Existe Vida Extraterre-na, de Elsie Dubugras, publicado narevista Planeta (100-A). Apesar denão termos culpa pelo plágio, assu-mido por e-mail pelopróprio Labate, quere-mos pedir desculpas pu-blicamente à Elsie, edi-tora especial da referidarevista e uma das maisnotáveis parapsicólogasdo mundo [Foto].

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“ Tenho adquiridoregularmente todos os títulos

da VIDEOTECA UFO, desde oprimeiro. Mas nenhum deles

se compara aos últimoslançamentos, que trazem

informações impressionantes.Apenas lamento que não

estejam em DVD ”— JULIANO F. PIRES,

Uberaba (MG)

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6 Junho 2003

LUZES VISTAS POR ASTRONAUTAS...

Enquanto os astronautas continuamvendo luzes coloridas e misteriosas duran-te as missões espaciais, os cientistas em ter-ra firme permanessem tentando explicaresses fenômenos. Os casos mais recentessão flashes de luz que podem estar relacio-nados às partículas de alta ener-gia e a raios cósmicos que bom-bardeiam a retina dos astronau-tas. Entretanto, a explicaçãonão foi aceita apenas por serpouco plausível. O fato é quedescobrindo as razões dessesfenômenos, o planejador dasmissões pode ter a noção exatados riscos aos quais as tripula-ções serão expostas. Segundoo pesquisador Marco Casolino, do Institu-to Nacional Italiano para Física Nuclear,que está estudando essas ocorrências, taiscasos poderiam se dar numa viagem alémdo campo magnético da Terra, que bloqueiaa maioria dos raios cósmicos.

Esses fatos se tornaram comuns des-de as missões Apollo, onde foram relata-dos flashes, manchas e nuvens. Num pri-meiro momento, os cientistas cogitaram apossibilidade de que fossem partículas pe-sadas, como as de moléculas de hélio elítio. Entretanto, Casolino percebeu que asituação é ainda mais complicada. Ele pe-diu aos astronautas das últimas missõesdo Space Shuttle que registrassem quan-tas vezes viram estranhas luzes.

... E FENÔMENOS NATURAIS

Fotografar a aurora boreal e océu durante a noite se tornou a maisnova atividade dos astronautas abordo da Estação Espacial Interna-cional, segundo o site da NASA. En-tre as imagens mais impressionan-tes estão as chuvas de meteoro,as auroras boreais no Canadá e asluzes das grandes cidades. “Sem-pre há algo bom pra se ver”, disseo astronauta Don Petit. As aurorassão causadas por elétrons e pró-tons que caem na atmosfera ter-restre, provenientes do Sol.

NOVA TESTEMUNHA DE ROSWELL

O jornal inglês The Observer [www.ob-server.co.uk] publicou matéria com decla-rações sobre uma nova testemunha do CasoRoswell, desconhecida até então. AnneRobbins acompanhou de forma indireta to-das as ocorrências do mais famoso dos in-

cidentes ufológi-cos, ocorrido hámais de 50 anos.Ela era esposa doentão sargento Er-nest Robert Rob-bins, falecido em2000, que ajudoua resgatar três ex-traterrestres de-pois que o disco

voador em que estavam se acidentou. Umdeles ainda estava vivo. Aos 84 anos, Anneconta que nunca desejou que sua históriase tornasse pública. Segundo ela, o maridomorreu jurando que os destroços encon-trados naquela noite não eram de um merobalão, como alega aForça Aérea Norte-Americana (USAF) .Ela conta ainda que nanoite do incidente, Rob-bins recebeu ordenspara que comparecessena base militar, de ondesó sairia 18 horas de-pois, contando uma“história confusa so-bre um disco voador”.Quando voltou,estava com ouniforme enru-gado e molhadoporque teve quemergulhar numtanque de desin-fecção na base.

R o b b i n snunca falou de-talhadamente sobre oassunto, e a cada novainvestida da família,alegava sigilo militar.Das poucas informa-ções que deu, comen-tou apenas que a naveera semelhante a dois

pratos juntos, tinha diversas janelas e trêstripulantes. Anos depois, chegou a desenhá-los. Tinham cabeça protuberante, olhosgrandes e negros, sem nariz ou boca, a peleera marrom. “Ele me contou essas coisascom muita frieza e franqueza. Não teriamentido para mim por 56 longos anos”.Entretanto, Anne só se convenceu da vera-cidade dos fatos quando visitou o local exa-to da queda e viu uma mancha no chão,muito parecida com vidro preto, como se ochão tivesse sido queimado. A última vezque Robbins tocou no assunto com a espo-sa foi há vários anos, quando assistiam aum documentário sobre o tema.

CHUPACABRAS CAPTURADO?

Periodicamente, o Chile é notícia nomeio ufológico pelos constantes ataquesaos animais, que sempre são atribuídosao Chupacabras. A ausência de soluçãopara esse mistério é uma constante, mas,dessa vez, a suposta prisão de uma des-sas criaturas agitou a comunidade ufoló-

O leitor Milton Silva Jardim nos enviou essa fotografia, que teriasido feita em 27 de fevereiro de 2001, em um assentamento admi-nistrado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, no municípiode Hulha Negra. A imagem foi obtida pelo biólogo Henrique Salasar,que na época era servidor do Gabinete de Reforma Agrária daqueleEstado. Salasar estaria fotografando as emas que vivem no local enão observou nada de estranho no céu.

Fotos de discos voadores?

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7Junho 2003

gica mundial. De acordo com um laudopolicial, o animal é negro e parecido comum gato, mas com notáveis diferenças nasorelhas e patas traseiras. Foi capturadopor moradores de Pinchulao, na comu-nidade de Lautaro, 690 km ao sul da ca-pital, Santiago. O jornal A Imprensa Aus-tral de Temuco, cidade vizinha a Lauta-ro, explica que ele foi pego enquanto su-gava o sangue de uma galinha. O animalserá examinado por veterinários da re-gião e submetido a análises para deter-minar de que espécie pertence e se estárelacionado às mortes de outros animais.No final de maio do ano 2000, os habitan-tes da cidade de Calama, à 1.584 km deSantiago, e de localidades próximas cul-param a Agência Espacial Norte-Ameri-cana (NASA) pela aparição e os ataquesdo Chupacabras. Nessa ocasião, ele teriavitimado até animais domésticos. Segun-do denúncias da época, cientistas dos Es-tados Unidos teriam deixado escapar pelomenos três dessas criaturas, geradas emseus experimentos genéticos, e só con-seguiram capturar dois deles. Ao tercei-

ro foi atri-buída a mai-or parte dosestragos.

URANDIR DESAFIADO NOVAMENTE...

Urandir Fernandes de Oliveira, po-lêmico líder do Projeto Portal, foi desa-fiado publicamente a provar seus alega-dos poderes paranormais pelo Núcleo deEstudos e Pesquisas (NEP) do Centro La-tino-Americano de Parapsi-cologia (CLAP). O convitefoi publicado no número 86da REVISTA UFO e até o fe-chamento desta edição ain-da não havia aceitado o con-fronto. O NEP fica em SãoPaulo e é ligado ao parapsi-cólogo Jayme Roitman, co-nhecido em todo o país pordesvendar fenômenos tidoscomo sobrenaturais. Roit-man também pesquisa a fun-do supostos paranormais eseus alegados poderes, comoThomas Green Morton, ex-posto como charlatão peloprograma Fantástico.

Os alegados poderes de Urandir seri-am provenientes de seus sucessivos en-contros com extraterrestres, segundo afir-ma. Ele garante entortar metais, materia-

lizar objetos, quebrarcopos a distância, mu-dar coloração de moe-das e realizar outros fe-nômenos parapsicoló-gicos de forma contro-lada, mas sem compro-vação científica. E aoque tudo indica, nãoserá desta vez que opaís e os milhares deseguidores do supostoparanormal saberão averdade. Aparente-mente, Urandir nãotem pretensões de acei-tar o desafio do NEP,tal como ocorreu anosatrás, ao rejeitar umconvite semelhanteproposto pela própriaUFO. Depois disso,tem tentado resolversuas diferenças com osufólogos através deprocessos judiciais.

MUTILAÇÃO SUSPEITA NOS EUA

Ufólogos norte-americanos acompa-nham atentos a um caso de mutilação hu-mana causada, segundo se especula, porextraterrestres. O corpo de um homem ne-gro com a idade calculada em 40 anos foiencontrado com cortes precisos e órgãosvitais retirados, numa casa abandonada naFiladélfia, em 28 de fevereiro. A informa-ção veio a público apenas recentemente,assim como a possibilidade de envolvimen-to alienígena, ainda não comprovada. Sus-

O ufólogo paulista Marco Aurélio Leal, diretor do Grupo de Estudos ePesquisas Ufológicas de Sorocaba (GEPUS), encaminhou para análi-ses esta curiosa imagem de um suposto UFO com cúpula, mas estan-do a mesma em posição invertida. A fotografia foi feita por um militarque não quer ser identificado, na cidade de Tatuí (SP), em marçodeste ano. O militar observou o estranho corpo no céu, sobre suacasa, por volta das 16h40 de uma tarde ligeiramente nublada.

...E PERDE NOVOS PROCESSOS

O alvo principal dos processos ju-diciais que Urandir move contra ufó-logos é o editor da REVISTA UFO, A. J.Gevaerd. São nove até hoje. Desses,vários foram abandonados, alguns

sequer foram acolhi-dos pela Justiça e osdemais foram gan-hos por Gevaerd. Oúltimo intento paracalar o ufólogo foiuma ação no mínimobizarra, que o desa-creditado paranor-mal lançou no Jui-zado de PequenasCausas em CampoGrande (MS). No pro-cesso, alegava queo editor, por não serjornalista, não pode-ria publicar matéri-as que o denuncias-

sem. Alegou que teve prejuízos ma-teriais que somam R$ 2 milhões, des-de que Gevaerd passou a publicardenúncias de que tudo que realizana área ufológica são fraudes. “Issosó de danos materiais, porque osdanos morais são muito maiores”,esclareceu ao juiz. Urandir acaba deperder também mais essa ação e oeditor teve sancionado seu traba-lho de quase 20 anos, sendo reco-nhecido como jornalista profissional,com base em uma liminar concedi-da pela Justiça Federal.

URANDIR simulacontato com ETs:pura enganação

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8 Junho 2003

peitas de assassinato, overdose ou mortepor hipotermia foram descartadas assim queos policiais notaram a ausência dos órgãos,retirados com uma técnica desconhecida eassustadora. O corpo foi cortado do fundoda garganta até a base do estômago, comose fosse o procedimento de algum exa-me. A polícia evita qualquer comentáriosobre ao assunto, principalmente, no quediz respeito aos instrumentos usados namutilação. O que fez os ufólogos associ-arem o caso a ETs é que em ataques aanimais por estes seres, seus órgãos fo-ram retirados de forma idêntica.

SUPOSTO CRÂNIO ALIENÍGENA

Um crânio descoberto há mais de 70anos numa caverna no México, que supos-tamente teria pertencido a um alienígena,teve sua réplica exposta na cidade de Glou-cester, EUA. Os proprietários acreditamque se trate de uma prova da presençaextraterrestre na Terra e visam lucrar comessa possibilidade. A peça verdadeira en-contra-se num laboratório secreto, ondeestá sendo analisada. As diferenças entreo suposto crânio alienígena e um huma-no são surpreendentes. A área ocupadapelo cérebro é maior que a de qualquer

adulto normale as órbitas dosolhos são dife-rentes e maio-res. Tem so-mente 40% dadensidade ós-sea de um crâ-nio comum,mas é duas ve-zes mais resis-tente. Cientis-tas acreditamque tenha per-tencido a umacriança defor-mada, com cer-ca de cincoanos de idade,e esperam pro-var e conven-cer os donos deque não existenada de aliení-gena nele.

MORRE TESTEMUNHA DE CONTATOS

O clássico de Steven Spielberg Con-tatos Imediatos de Terceiro Grau [1977]teve sua seqüência inicial inspirada naexperiência de Norman J. Muscarello,que na noite de 03 de setembro de 1965,enquanto caminhava por uma estrada, 5km ao sul de Exeter, New Hampshire,teve um contato com UFOs. Eram apro-ximadamente 02h00 quando notou luzesvermelhas sobre uma casa, a uns 30 mdo local onde estava. O episódio ficouconhecido como Incidente de Exeter efoi um dos que integraram o Projeto Li-vro Azul, que tinha por finalidade ridi-cularizar avistamentos e contatos, bemcomo seus envolvidos. Depois de pes-quisar esse caso em especial, duas ex-plicações foram oferecidas: ou se trata-va de um avião militar B-47 ou de umaaeronave de publicidade. Nada disso foicomprovado. O fato é que Muscarelloestava acompanhado pelo policial Ber-trand, que havia servido na Força Aé-rea Norte-Americana (USAF) e estavamais do que familiarizado com aviões.Foi graças à experiência de Muscarel-lo que Steven Spielberg sentiu-se ins-pirado a fazer Contatos, que, anos de-pois, seria seguido por vários outrosfilmes com temas ufológicos, entre elesET, o Extraterrestre [1972].

‘LEVADOS’ É SUCESSO

Nesse instante, nos EstadosUnidos e Inglaterra, a grande fe-bre é pelo seriado de tevê que odiretor Spielberg lançou no co-meço desse ano, mostrando deforma aberta, ousada e inédita ocomplexo e gravíssimo problemadas abduções. Taken é o nomeda série, que significa, muitoapropriadamente, levados. Se-gundo pesquisas de opinião, opúblico norte-americano temmostrado excepcional receptivi-dade à temática, e grandes seg-mentos da sociedade passarama encarar as abduções como umfato inquestionável.

SATÉLITE CAI NO PACÍFICO

Depois de muita ansiedade e prepara-tivos de dezenas de países ao redor da li-nha do Equador, um satélite italiano caiuno Oceano Pacífico sem causar danos. Se-gundo o porta-voz do Departamento daProteção Civil italiana, o satélite Beppo-SAX, de 1.400 kg, caiu no dia 30 de abril,aproximadamente às 09h06, horário deBrasília, a cerca de 400 km das ilhas Galá-pagos. Entre os 39 países na faixa do Equa-dor que foram alertados pela Itália sobre apossibilidade de serem atingidos por peda-ços do satélite, no momento de sua reen-trada na Terra, após quase oito anos no es-paço, estava o Brasil. Sete estados brasilei-ros estavam na faixa potencial de impacto.O satélite foi lançado em 1996.

A NASA não só pretende explorar o PlanetaVermelho como já escolheu dois pontos de ater-rissagem para suas futuras missões, que deverãoocorrer no início de 2004. Os locais selecionadosforam a cratera gigante Gusev, onde supostamen-te existiu um lago, e, do lado oposto a ela, umdepósito natural de minérios de ferro oxidados,que evidencia a existência de água no passado. Aprimeira das duas sondas foi lançada e está sen-do levada por um foguete Delta 2, devendo che-gar em Marte em 04 de janeiro. A segunda sondadeverá decolar em 25 de junho e tem a chegadaprevista para 15 de janeiro. Ambas também sãomovidas a energia solar e calcula-se que levarão

Comboio de sondas chegarã

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A japonesa Nozomi, a européia Beagle 2 e A japonesa Nozomi, a européia Beagle 2 e

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9Junho 2003

BOLA DE FOGO EM SÃO PAULO

Uma bola de fogo foi vista cor-tando ou o céu de Taquaritinga (SP),na noite de 22 de abril. Em váriosbairros o fenômeno foi notado, dei-xando os moradores impressiona-dos. Em todos os locais, foi descritoda mesma forma: uma bola verme-lha cruzando o céu, causando umgrande reflexo e zunido, para depoisdesaparecer no horizonte. Algunsmoradores acreditam se tratar de re-lâmpagos ou explosões. Outros queera um UFO. Entretanto, o diretor doObservatório de Astronomia da Uni-versidade de São Paulo (USP) afir-ma que era um meteoro.

FORMAÇÃO DE LUZES NOS EUA

Um grupo de amigos observou,no dia 23 de março, as evoluçõesde pelo menos seis estranhas luzesvermelhas sobre o povoado de Ma-dison, no estado norte-americanode Wisconsin. Segundo informaçõesdivulgadas pelos investigadoresJohn Hoppe e Joseph Trainor, as es-tranhas luzes se afastaram em com-pleto silêncio rumo ao sul, em for-mação delta, desaparecendo repen-tinamente. Os objetos eram váriose de bom tamanho.

TRIÂNGULOS VOADORES

Testemunhas observaram, entre23 e 24 de março, em ocasiões dis-tintas, UFOs discóides extremamentebrilhantes e outros de forma trian-gular sobre a localidade de Terrace,na Columbia Britânica, Canadá. Se-gundo o investigador Brian Vike, osobjetos se afastaram velozmente nocéu. Localizada no sudoeste do país,a Columbia tem registrado cresci-mento em sua casuística.

ão em Marte em 2004cerca de seis meses para completar suas missões.A corrida espacial a Marte estará acirrada em2004. No total, serão cinco missões terrestres queMarte receberá a partir do começo de 2004. Alémdas duas norte-americanas há também a sondajaponesa Nozomi, do Instituto de Ciências Espaci-ais e Astronáuticas (ISAS), e a Agência EspacialEuropéia (ESA) levará ao planeta o que chama de“Expresso Marciano”, um conjunto de duas son-das do tipo Beagle 2. A Nozomi já está no espaçodesde 1998. Nunca se viu uma corrida espacial aum planeta com tanta sanha como essa. Japone-ses, europeus e norte-americanos certamente sa-bem o que procuram em nosso vizinho.

SADDAM FUGIU NUM UFO?

Enquanto todo mundo – principalmenteGeorge W. Bush e Tony Blair – se pergun-tam por onde andará Saddam Hussein, eisque surge uma explicação pouco ortodoxapara seu desaparecimento.De acordo com alguns de-poimentos, ele teria fugidonum disco voador. Segun-do a declaração de Moham-med Daud al-Hayayat, osaliens teriam levado Sad-dam e seus filhos. “Elesapareceram enquanto obombardeio norte-americano estava emandamento. Projetaram um raio misterio-so na parede e, mais uma vez, um círculode luz surgiu. Saddam e seus filhos entra-

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ÁREA 51 INSPIRA BAR

Depois de buscar referênciasem vários cantos do mundo, osdonos de um bar em São Paulodecidiram ir além do convencionalpara o planeta Terra. Foi inaugura-do no dia 30 de abril o bar e res-taurante Área 51, evidentementeinspirado no local mais polêmicodos Estados Unidos. Os proprietá-rios garantem que tanto humanosquanto extraterrestres são bem-vindos. A casa funciona de quartaa domingo, e no ambiente estãoincluídos dois bares, pista, lounge,mesas e espaço para exposições.Os pratos e drinks são inspiradosem temas ufológicos, como Nave-Mãe, Princesa Lea e Darth Vader.Só resta saber se aos alienígenaseles soam tão interessantes quan-to aos humanos. O fone do esta-belecimento é: (11) 3331-6362.

ram naquilo e fugiram”, diz al-Hayayat.Esse teria sido o segundo escape milagro-so do ditador iraquiano, que sobreviveu aum bombardeio similar durante as primei-ras horas da manhã de quinta-feira, 20 demarço de 2003, quando a guerra começou.

Uma parte da rara comunidade ufo-lógica do país atribuiuambas as fugas a um ale-gado grupo de aliens es-condidos no Iraque. Deacordo com a lenda, umUFO acidentou-se próxi-mo a Bagdá durante aGuerra do Golfo, em1991, ou durante a Ope-

ração Raposa do Deserto, em 1998. Sad-dam teria garantido um santuário aos ex-traterrestres no Iraque em troca de infor-mações tecnológicas que manteriam suasforças armadas em equilíbrio com seusinimigos. Um detalhe não menos interes-sante, que circula na internet, é que osalienígenas teriam dito ao ex-líder ira-quiano que não poderiam salvar seu go-verno, mas o protegeria dos norte-ame-ricanos. Resta saber quem está traindoquem: os extraterrestres de Saddam ouos alienígenas de Bush...

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“Dois estranhos objetosavançavam sobre seusexércitos, causando pâni-co nos soldados, elefantese cavalos que se recusa-

vam a cruzar o Rio Jaxartes”. Este trechofoi escrito em 329 a.C., durante uma dascampanhas militares de Alexandre O Gran-de, segundo o estudioso Raymond Drake,autor de Deuses e Astronautas na Gréciae Roma Antigas [Editora Record]. “Os ob-jetos descritos eram grandes e prateados,como escudos brilhantes que cuspiam fogode suas extremidades”.

Durante quase todos os conflitos mili-tares do planeta, desde os tempos mais re-motos até os mais recentes, estranhos obje-tos têm sido observados no cenário dos en-traves. Agora, a notícia de que um UFO te-ria sido visto sobre o Iraque durante a ofen-siva anglo-americana despertou mais umavez a atenção da comunidade ufológicamundial. Afinal, por que os alienígenas ob-servam nossos conflitos e guerras? Eles es-tão presentes onde quer que haja ação mili-tar. É assim desde a Antiguidade, em perío-dos anteriores a Cristo, durante a IdadeMédia, nas Primeira e Segunda GuerrasMundiais, na Guerra das Malvinas, duran-te os conflitos Vietnã e na Coréia, e, maisrecentemente, nas duas Guerras do Golfo.Lá estavam eles observando o que se pas-sava e, em determinadas ocasiões, até inte-ragindo com as forças combatentes.

Nos episódios mais recentes, a partirda Guerra do Golfo, em 1991, armamen-tos de alta tecnologia empregados nos

campos de batalha têm confundido mui-tos dos comandos engajados nos confli-tos. Mas o mesmo arsenal tecnológico temsido usado para detectar com mais preci-são intrusos não identificados. Sempreque há um entrave militar de grandes pro-porções, ou que atraia a atenção do restodo mundo, surgem em abundância rela-tos de avistamentos de enigmáticos obje-tos nos céus. Claro, muitas vezes são aero-naves militares ou mísseis. Mas em ou-tras ocasiões, não. Nem o lado mais pre-parado desses conflitos – como as forçasanglo-americanas na Guerra do Iraque –tem tido condições de determinar a ori-gem desses fenômenos.

Os indícios do surgimento de objetosvoadores não identificados estão presen-tes até mesmo em guerras bastante anti-gas. Há milhares de anos atrás, no antigoEgito, aparições de UFOs já eram regis-tradas com regularidade. O escritor inglêsBrinsley Le Pour Trench, o conde de Clan-carty, cita em suas obras o fragmento deum hieróglifo do tempo do faraó Thutmo-se III, que governou entre os anos de 1468e 1436 a.C. Durante uma guerra de con-quistas às margens do Rio Eufrates, os es-cribas relataram o avistamento de um cír-culo de fogo vindo do norte. Eles o des-creveram ao faraó da seguinte maneira:“Hoje, esses círculos de fogo são cada vezmais numerosos no céu. Eles brilham maisdo que o Sol. As tropas estão com medo.Tempos depois, os círculos ascenderam aocéu e desapareceram”. Esse trecho temquase 4,5 mil anos de idade.

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Outro exemplo ocorreu no ano 70 d.C.,durante a chamada Guerra Judaica. “No dia21 de maio, um fantasma demoníaco deincrível tamanho surgiu no céu sobre to-das as carroças e tropas que se prepara-vam para a batalha”. Constantino O Gran-de e sua armada, em 312 d.C., também ob-servaram uma cruz luminosa no céu, queficou em frente ao Sol. Para Constantino,esse foi o derradeiro aviso de sua vitóriasobre Maxentius, meses depois. Da mesmaforma, durante o reinado de Carlos Magnotambém foram registrados muitos relatos deencontros com “tiranos do ar e suas navesaéreas”, conforme eram descritos. Estesrelatos preocupavam tanto o rei que as pes-soas que relatavam tais fenômenos eram su-jeitos à tortura e à morte. Ainda assim, asnarrativas continuavam surgindo e impor-tunando Carlos Magno.

O monarca também esteve às voltascom UFOs durante outra importante oca-sião, quando foram registradas manifesta-ções desses objetos em plena campanhamilitar que empreendeu contra os saxõespagãos, entre 800 e 814 d.C. O mongeLorenzo, em suas cartas Annales Lauris-senses, escreveu que as tropas de CarlosMagno avançavam em direção ao Castelode Salzburg. Segundo os escritos medie-vais, “...a oposição dos saxões foi dura e,quando tudo parecia perdido, Deus en-viou dois grandes escudos vermelhos ebrilhantes para cima dos saxões”. Nãoseria a primeira vez que um governanteteria a impressão de que fora ajudado porforças divinas, quando, na verdade, o que

se via nos campos de batalhas eram UFOsclaros e de formatos semelhantes aos queconhecemos hoje. O contrário também eracomum, atribuir uma derrota aos mesmosenigmáticos objetos, só que, nesses casos,vinham do inferno.

Se Carlos Magno foi ajudado pelos deu-ses em seu confronto com os saxões, sécu-los mais tarde, na sangrenta conquista doMéxico, alguma inteligência alienígena atudo acompanhava, sobrevoando os com-batentes em terras norte-americanas. Segun-do Bernal Del Castillo, cronista do conquis-tador espanhol Hérnan Cortez, que massa-crou os astecas, numa das batalhas os nati-vos disseram que uma bola de cor verde evermelha fora vista no céu. “E que logoatrás dela uma outra luz, que acompanha-va a primeira, surgiu disparando relâmpa-gos em direção ao solo e sobre as cidadesde Panuco e Tezeuco”. Não se sabe se foipor causa das cores desses objetos – ver-melho e verde – que a bandeira mexicanarecebeu as mesmas tonalidades.

No Japão, durante a Guerra dos Sho-guns, no ano de 1235, o quarto KamakuraShogun, Fujiwara Yoritsune, e sua tropaestavam acampados quando misteriosasluzes apareceram no céu. Os objetos fo-ram vistos por horas fazendo círculos eloopings que impressionavam os militares.O shogun [Título de senhor de um clã noJapão medieval] pediu uma investigaçãoa fundo sobre o evento, cujos resultadosnão são conhecidos. Talvez essa tenha sidoa primeira investigação oficial sobre osUFOs de que se tem notícia. De fato, era

Thiago Luiz Ticchetti,coordenador internacional da Revista UFO

Thiago Luiz Ticchetti,coordenador internacional da Revista UFO

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relativamente comum queos governantes envolvidosem conflitos em que obje-tos não identificados eramvistos, pedissem a seus co-

mandantes que averiguassem sua natu-reza. A Guerra dos Cem Anos, que naverdade durou 116, foi travada entre aInglaterra e a França pelo poder do tro-no francês, entre 1337 e 1453.

Em diversas ocasiões durante seutranscurso, discos voadores resplandecen-tes foram observados. As batalhas eramtravadas nas planícies da Europa e os ob-jetos mais comumente registrados eram“esferas de fogo”. O ufólogo inglês Ti-mothy Dodd pesquisou a fundo essa guer-ra à procura de relatos de UFOs e conse-guiu algumas evidências que sugerem for-temente a presença de visitantes. “Tenhocerteza absoluta de que estamos sendovisitados há milhares de anos por extra-terrestres e eles não deixariam de nosobservar em nossa atitude mais selvagem,durante as guerras”, disse Dodd.

DEZENAS DE BOLAS PRATEADAS — Um dosrelatos coletados pelo ufólogo inglês re-monta ao ano de 1410 e foi feito numa cartade um soldado inglês aos seus pais, mora-dores de Weybridge County. “Eram qua-se 05h30 de 15 de abril, quando fomosacordados pelo general McFulky. Quan-do nos levantamos, vimos, para o nossoassombro, duas dezenas de bolas pratea-das cruzarem a planície onde estávamosacampados. Elas ficaram sobre uma la-goa e depois sumiram”. Segundo Dodd,o próprio general McFulky teria escritouma carta ao rei Henrique V relatando osestranhos fatos: “Nossas tropas não po-dem enfrentar os demônios franceses. Elesestão utilizando bruxaria contra vossastropas”. Em maio de 1986, entre o Rio deJaneiro e São Paulo, tivemos uma dasmaiores ondas ufológicas do país, em quemais de 20 UFOs foram re-gistrados e detectados porradar na área. Seria maisbruxaria francesa?

Ainda na Inglaterra, emBristol, no ano de 1343,uma guarnição inteira viuum “...navio baixar umaescada reluzente e seus tri-pulantes descerem porela”, segundo escritos daépoca. Mas os estranhos fo-ram atacados pelos soldados ingleses eretornaram para bordo do curioso navio,para depois desaparecer. “Desde aquelaépoca, os reis tinham medo dos círculosvoadores, das bolas de fogo e seres ala-dos. Os foo-fighters da Primeira e Segun-

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in-tensobrilho

enorme bola de luz indo em direção ao céu.O governo inglês considerou os homens quedesapareceram como capturados pelos tur-cos, mas quando a guerra acabou e a Ingla-terra pediu formalmente à Turquia sua li-bertação, o governo de Ankara surpreen-deu-se com o fato e negou ter conhecimen-to de tal regimento. Aqueles militares nun-ca mais foram encontrados.

ZEPELIM MISTERIOSO — O repertório decasos durante a Primeira Guerra Mundialé imenso. Em 1916, por exemplo, o solda-do inglês Maurice Phillip Tuteur relatoucom clareza um UFO. “Um objeto em for-ma de zepelim surgiu por detrás das nu-vens, mas não como uma aeronave nor-mal. Ele disparou verticalmente e depoisficou em posição horizontal, acelerandoa mais de 320 km/h. Então, virou-se, deumarcha ré e desapareceu nas nuvens”.Dois sargentos também teriam visto o ob-

jeto. Casos assim foram setornando rotina durante oconflito. Ao seu final, os re-gistros de ambos os ladosenvolvidos no entrave con-tinham centenas de ocor-rências ricamente descritas.E não somente soldados ra-sos ou sargentos eram tes-temunhas dos fenômenos.Muitos oficiais graduadostambém os observaram.

Um dos maiores ases da aviação, o ba-rão Manfred von Richthofen, mais conhe-cido como Barão Vermelho, é um deles.“Ele não derrubou somente 80 aviões ini-migos para a Alemanha, durante a Pri-meira Guerra Mundial. Ele foi também o

da Grandes Guerras são os descendentesde tais fenômenos”, acrescentou TimothyDodd. Ele sabe o que diz. Dodd, um polici-al aposentado, é considerado um dos maismeticulosos ufólogos da Inglaterra, tendosido uns dos fundadores da revista UFOMagazine [www.ufomag.co.uk].

O primeiro grande conflito do séculoXX foi a Primeira Guerra Mundial, quedurou de 1914 a 1918. A tecnologia dasnações envolvidas no conflito, naquelaépoca, nem em sonho se igualava ao quevários pilotos e tropas viram durante suasmissões. Em 1914, no primeiro ano daguerra, vários avistamentos assombraramos generais de ambos os lados do conflito,que ficaram sem saber o que poderiam seraquelas “máquinas voadoras” que surgi-am sobre os campos de batalha. Em Mid-landet, Noruega, no dia 21 de novembrodaquele ano, uma fantástica aeronave foivista perto do Farol de Skjaervaer. Na ci-dade de Morgenbladet, no mesmo país,outra aeronave não identificada foi vistana manhã do dia 20 de dezembro, e váriossoldados aliados testemunharam o ocorri-do. O objeto de Midlandet foi observadoinicialmente a cerca de 700 m de altitude,mas desceu até 400 m e ficou parado poruma hora sobre a área, para espanto dosmilitares. Dezenas de soldados da guardareal norueguesa viram o fenômeno e, naépoca, o general Irwin Solskajer levantoua possibilidade de ser uma aeronave ale-mã, hipótese logo descartada.

Outro fato inexplicado marcou o anode 1915. Em Gallipoli, na Turquia, o 1ºRegimento de Norfolk simplesmente de-sapareceu quando tentava tomar umamontanha na Baía de Suvla. Diante dosolhos de 22 testemunhas, mais de 800homens marcharam em direção a uma es-tranha formação de nuvens lenticulares,que estava sobre a montanha, e nuncamais foram vistos. Os soldados que fica-ram na área disseram ter enxergado uma

MANFRED VON RICHTHOFEN, o Barão Ver-melho, e seu avião. Ele derrubou 80aviões inimigos durante a PrimeiraGuerra Mundial e também atirou con-tra uma espaçonave alienígena, segun-do o também aviador Peter Waitzrik

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primeiro a atirar contra uma espaçonavealienígena”. Quem afirma isso é o ex-pi-loto alemão Peter Waitzrik, que afirma terficado abismado ao ver o Barão Vermelhodisparar contra um UFO com luzes laran-jas quando se encontravam numa missãomatinal sobre a Bélgica, em 1917. Segun-do Waitzrik, quando atingido, o UFOabriu-se como se fosse uma ostra e caiunuma floresta. “Os Estados Unidos tinhamacabado de entrar na guerra e, então, pen-samos que poderia ser alguma arma se-creta deles”, disse o ex-piloto, hoje com105 anos de idade. “Já se passaram maisde 80 anos. Ordenaram-me que não con-tasse nada, mas já estou no fim da vida equero que meus filhos, netos e bisnetossaibam a verdade”, declarou. Ainda se-gundo seu relato, o objeto tinha cerca de40 m de diâmetro, formato de dois pratossobrepostos e era prateado.

Em 1918, dois soldados britânicos quevoltavam de uma campanha militar viramvários objetos voadores alaranjados sobre-voarem a planície de Salisbury. Em plenofuror que varria a Europa durante a guer-ra, as observações eram tidas como pre-núncios de fatos a acontecer. Já próximodo final do conflito, o marechal-do-ar daReal Força Aérea Britânica (RAF), lordeDowding, fez uma afirmação surpreenden-te. “Estou convencido de que estes obje-tos existem e de que não são fabricadospor qualquer nação da Terra. Não vejo,portanto, qualquer alternativa senão a deaceitar que provenham de fontes extrater-restres. A existência dessas máquinas é evi-dente, e eu já as aceitei totalmente”. Suapalavra conta muito. Foi lorde Dowdingum dos responsáveis pelo sucesso da In-

glaterra no entrave. Ele garantiu à impren-sa, na época, que mais de 10 mil avista-mentos de naves não identificadas haviamsido comunicados às forças aliadas.

Tais fatos se repetiram também duran-te a Segunda Guerra Mundial, e novamenteo acúmulo de avistamentos de misteriososobjetos celestes chamou a atenção das au-toridades militares. Nos diversos lados doconflito, oficiais da inteligência começa-ram a estudar os casos mais graves e co-mitês secretos de investigação do assunto,compostos por militares e cientistas, fo-ram criados em vários países. Eles tinhamdois propósitos: primeiramente, determi-nar a natureza dos objetos e, depois, exa-minar se constituíam alguma ameaça a se-gurança nacional dos países envolvidos.Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha ti-nham os estudos mais avançados na área.No caso alemão, Hitler era informado pes-soalmente dos fatos mais graves registra-dos por seus comandos em toda a Europa.

Mas tanto os aliados quanto os alemãestiveram em inúmeras ocasiões a presençadesses enigmáticos objetos sobre suas ba-ses secretas. Com o início dos avistamen-tos, a primeira reação que cada lado daguerra teve foi imaginar que os UFOs se-riam armas de espionagem de forças ini-migas. Mas como osobjetos não atacavamqualquer dos países en-volvidos, a hipótese deque fossem inimigospassou aos poucos adar lugar a outra, deque seriam armas se-cretas dos aliados, masainda não informadasou conhecidas publica-mente. A confusão du-rou os primeiros anosda guerra, até que su-cessivas reuniões entreos comandantes milita-res resultassem na des-coberta de que a nin-guém pertenciam taisartefatos. De quem se-riam, então?

Em 1943, os ingle-ses criaram um grupoespecial para investigarUFOs, chefiado pelotenente-general WarrenMassey. Ele foi infor-mado por espiões queos objetos não identifi-cados não eram de ori-gem alemã, e que osalemães achavam quefossem armas secretasdos aliados. Massey

evidentemente sabia que tais artefatos nãoeram ingleses nem norte-americanos, e de-duziu a gravidade do assunto. Pouco de-pois, em 1944, a 8ª Esquadrilha norte-ame-ricana baseada na Inglaterra também cria-ria um grupo de estudos do assunto. Nestaocasião, instruções amplamente dissemi-nadas entre as tropas aliadas davam aossoldados instruções sobre como registrare relatar avistamentos de UFOs. Não seassumia ainda, de maneira aberta, que se-riam de procedência extraterrestre. Mas ocrescente interesse que os governos desen-volveram quanto às observações e o au-mento no grau de sigilo com que o assuntofoi sendo tratado, deixou claro que algode muito sério se passava.

SMOKEY STOVER — Lembremos que aindaera a década de 40, que não tinham sidoregistrados os casos de Kenneth Arnold oumesmo de Roswell, que fizeram com o queo assunto passasse a uma alçada ainda maiscomplexa e confidencial. Durante a Segun-da Grande Guerra os UFOs receberam onome provisório de foo-fighters ou krautballs, respectivamente lutadores tolos ouesferas germanas. O nome inglês foi ado-tado a partir de um personagem dos qua-drinhos chamado Smokey Stoover, que di-

zia sempre que “whe-re there is foo, there isfire” [Onde há tolos,há fogo]. Quando osmarinheiros e aviado-res aliados começarama ver estranhas bolas defogo ou esferas pratea-das, que podiam circu-lar seus aviões e seguirseus navios no mar,passaram a chamá-losde foo-fighters, e onome pegou.

Definitivamente, aSegunda Guerra Mun-dial foi aquela em quemais se registrou rela-tos desses UFOs. Masembora tenham sidovistos durante todo oconflito, os registrosse acumularam pesa-damente a partir de1944, ao mesmo tem-po que os aliados in-vadiram a França e osalemães começaram adisparar os mísseis V-1 contra Londres.Eram tratados como“inexplicáveis bolasmetálicas, transparen-tes e brilhantes” pelos

FOO-FIGHTERS eram observadoscom regularidade durante aSegunda Guerra Mundial. Suaatuação se concentrava na Eu-ropa, mas também eram vistosem combates na Ásia

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jornais. E os relatos se in-tensificaram ainda maisem novembro daqueleano, não muito depois quea Alemanha passou a dis-

parar também os modernos foguetes V-2 contra Londres e Paris. De alguma for-ma, pareceu haver uma escalada nas ob-servações conforme se agravava o con-flito. O mesmo fato se repetiu noutrasguerras. Quanto maior a hostilidade e osrecursos bélicos lançados em batalhas,maior é o número de registros de UFOsacompanhando o processo.

OBJETOS DE METAL POLIDO — Os casos daSegunda Grande Guerra são inúmeros enão se restringiram à Europa, palco cen-tral de operações. Em setembro de 1941,no Oceano Índico, dois marinheiros a bor-do do navio USS Pulaski alertaram o restoda tripulação para o fato de que um estra-nho globo verde brilhante seguia a embar-cação por uma longa hora. No dia 12 deagosto de 1942, em Tulagi, Ilhas Salomão,o sargento Stephen Brickner, da 1ª Briga-da Pára-quedista Norte-Americana relatouque as sirenas de sua base tocaram e elepôde observar cerca de 150 objetos voan-do em linhas de 10 e 12, um atrás do ou-tro. “Eles pareciam ser de metal polido eextremamente brilhante”, registrou no li-vro de ocorrência da base.

No final de 1943, o sargento Luis Kissera o artilheiro da cauda do avião B-17 Phyl-lis Marie, em missão de bombardeio. Elesestavam sobre o centro da Alemanha quan-do se observou a aproximação de uma es-tranha esfera dourada do tamanho de umabola de basquete. O objeto aproximou-sedo B-17 e ficou sobre a asa direita do avião.Logo depois, ficou acima da cabine dos pi-lotos, para então baixar até a asa esquerda.Kiss chegou a pensar em atirar naquela coi-

sa, quando ela ficou próxima aos motoresdo bombardeio, mas desistiu da idéia. Mui-tos aviadores relataram que os objetos re-agiam a seus pensamentos. Quando a idéiaque lhes passava pela mente era de atirarem sua direção, quase que instantanea-mente os foo-fighters se afastavam. O sau-doso general brasileiro Alfredo MoacyrUchôa, um de nossos maiores pioneirose notáveis ufólogos, definiu estes objetoscomo sondas com capacidade de obter in-formações do estado psicológico dos pi-lotos durante suas missões.

Em 22 de dezembro de 1944, sobreHagenau, Alemanha, o piloto e o opera-dor de radar de um avião norte-americanoencontraram duas enormes “...bolas laran-

também. Estávamos a 420 km/h e as bo-las o tempo todo ao nosso lado. Penseique fossem armas alemãs”, disse o pi-loto. Manobras evasivas não surtiammuito efeito, visto que as sondas conti-nuavam coladas aos aviões.

Em meio aos milhares de relatos e in-formes sobre foo-fighters, o jornal NewYork Herald Tribune, de 02 de janeiro de1945, publicou em suas páginas uma ma-téria sobre o assunto que chamou a aten-ção dos norte-americanos que estavam dis-tantes e alheios à guerra. “Agora pareceque os nazistas estão usando algo novonos céus alemães. São estranhas esferaschamadas foo-fighters, que perseguemnossos aviões. Pilotos têm observado es-

Guerra Civil espanhola, que durou de1936 a 1939, foi o acontecimentomilitar mais traumático que ocorreu

antes da Segunda Guerra Mundial. Nelaestiveram presentes todos os elementosmilitares e ideológicos que marcaram oséculo XX. E os avistamentos de UFOs naEspanha não foram exceção. Vários sãoos casos relatados pelo pesquisador es-panhol Javier Garcia Blanco.

No dia 05 de fevereiro de 1938, ossoldados do batalhão que defendia aposição de Peñon de La Mata, em Gra-

nada, guardavam sua posição brava-mente. Localizados numa altitude de200 m, observaram um objeto parecidocom um sombreiro mexicano prateado.Os raios de Sol eram refletidos em suasuperfície metálica. O UFO deslocou-selentamente, dando aos soldados a opor-tunidade de relatarem detalhadamenteo objeto. “Visto por baixo, sua formaera exatamente como a de uma roda decarroça. Seu centro, de onde saíam es-tranhas vozes, parecia com a lente deuma câmera fotográfica e dava a sen-

sação de profundidade”, disse um de-les. Quando o objeto aproximou-se ain-da mais, puderam observar também ja-nelas em sua lateral.

Cinco meses depois, outro destaca-mento militar também foi testemunhade um encontro insólito, desta vez comhumanóides. O fato deu-se em Guada-jalara. Eram 23h30 de 25 de julho de

UFOs vistos na Guerra Civil EspanholaThiago Luiz Ticchetti

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O BOMBARDEIROB-17, a Fortaleza

Voadora, foimuitas vezes

perseguido porUFOs durante

a guerra

jas que rapidamentedesceram e ficaramao lado de sua aero-nave”, segundo adescrição de um de-les. Quando o pilotofez uma manobraevasiva, os objetos oseguiram. No final de 1945, o tenente-co-ronel Donald Meiers estava voando sobreo Vale do Reno, também na Alemanha,quando globos flamejantes apareceram re-pentinamente em direção ao seu avião. “Euvirei para a esquerda e as bolas de fogovieram comigo. Fui para a direita e eles

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1938, quando um tenente e seu ajudan-te desciam uma montanha em direçãoà cidade de La Alcarria. De repente, umapoderosa luz branca chamou sua aten-ção. Logo depois que desapareceu, umobjeto discóide de 11 m de comprimen-to e 5 m de largura apareceu diante deseus olhos. O UFO estava à 60 m dedistância e parecia estar suspenso a

poucos metros do chão. O tenente des-creveu-o assim: “Eram como dois pra-tos juntos, separados por uma linha es-cura. Da parte de baixo do objeto pare-cia descer uma coluna onde havia doisseres parecidos com humanos”.

Após isso, o objeto começou a proje-tar um círculo de luz azul no solo. Quandoo raio de luz atingiu os militares, senti-ram uma sensação de frio. Rapidamen-te, a luz apagou-se e a coluna subiu si-lenciosamente. O pesquisador e autor J.J. Benítez também relata em seu livro APonta do Iceberg um caso envolvendo al-guns moradores da cidade de Horcajada,que em maio de 1939 foram surpreendi-dos pelo aparecimento de um humanói-de com pernas de metal. Uma das teste-munhas, Adelaida Rubio, afirmou que a

entidade aparecia sempre depois de umpoderoso flash de luz azul e tinha o as-pecto de um “estranho soldado”.

Dois meses depois, no dia 01 de ju-lho, vários soldados sitiados em Cádiztestemunharam um objeto voador nãoidentificado de 18 m de diâmetro. Quan-do o UFO passou lentamente sobre suascabeças, sentiram uma sensação de ex-tremo calor. O objeto posou à 30 m deonde estavam e de dentro dele saíramdois seres, um alto e outro baixo. Estesegurava uma espécie de lanterna capazde iluminar o ambiente, apesar de serapenas meio-dia! Depois de se afasta-rem do UFO, os seres se viraram e entra-ram novamente na nave. O incomum en-contro durou 15 minutos, um tempo enor-me em termos ufológicos.

sas armas há mais de um ano, mas apa-rentemente ninguém sabe o que são. Asbolas de fogo aparecem de repente e acom-panham os aviões por quilômetros”.

Era evidente e crescente a preocupaçãodos governos envolvidos no conflito, prin-cipalmente o norte-americano. Os avista-mentos continuaram até 1945, quandoUFOs começaram a ser vistos também nou-tras partes do mundo. Em 1952, o tenente-coronel W. W. Ottinger, da Divisão de Inte-ligência da Força Aérea Norte-Americana(USAF), declarou que uma avaliação dosrelatos sobre os foo-fighters foi feita no fi-nal da Segunda Guerra Mundial. Tal estu-do concluiu que não se tratava de algo quepudesse ameaçar a segurança nacional. Esta

posição ambígua, sem assumir a preocupa-ção que os EUA tinham quanto ao assuntonem definir qual era a origem dos objetos,incomodou a opinião pública. Para inquietá-la ainda mais, os jornais da Califórnia trou-xeram à tona um fato acontecido em 1942,que até então era pouco associado com osobjetos registrados na guerra.

ARTILHARIA CONTRA UFOS — Naquele ano,no dia 25 de fevereiro, às 02h25, num dosperíodos mais crítico da guerra e apenastrês meses após o ataque japonês a PearlHarbor, as sirenas de alerta contra ataquesaéreos soaram em alto e bom som em LosAngeles. Os radares norte-americanos ti-nham detectado a aproximação de uma ae-

tos. Holofotes nas ruas iluminaram a mis-teriosa formação enquanto era atingidapelas armas terrestres. Mas ela permane-cia imóvel, alheia aos disparos. Do relató-rio a Roosevelt constava que “...nenhumaaeronave foi derrubada. Os objetos sim-plesmente desapareceram no ar”. Se issonão é perigo à segurança nacional norte-americana, o que seria então?

“A preocupação dos governos dos pa-íses aliados, e principalmente dos EUA,era evidente. Afinal, seus pilotos estavamsendo perseguidos por esferas prateadasque pareciam ser controladas por inteli-gências superiores. Seu país tinha sido in-vadido por uma esquadrilha que ficou so-bre Los Angeles e não foi derrubada”, ava-

liou a situação o ufólogoe físico canadense Stan-ton Friedman, em e-mailpara este autor. Até hojeo incidente de Los An-geles é solenemente ig-norado pelas autorida-des. É importante lem-brar que, logo após aguerra, em 1947, tería-mos o Caso Roswell e,

com ele, a implantação de uma severa po-lítica de sigilo ao assunto UFO.

Mas os casos envolvendo objetos vo-adores não identificados durante conflitosarmados não pararam com o término daSegunda Guerra Mundial. Logo após ela,os EUA se viram envolvidos em mais umconflito, a Guerra da Coréia. E novamenteos UFOs surgiam para preocupar os co-mandos militares engajados nas sangren-tas disputas. No palco dos bombardeirosdessa guerra tivemos muitos casos de in-trusos misteriosos, todos cuidadosamenteregistrados. Documentos liberados por for-ça da Lei de Liberdade de Informações nor-te-americana [Freedom of Information Act

ronave à 200 km de distância da costa doPacífico. Era uma esquadrilha de objetosnão identificados, esféricos e brilhantes.Segundo um relatório enviado ao entãopresidente Franklin Roosevelt no dia se-guinte, foram feitos mais de 1.340 dispa-ros de artilharia antiaérea contra os obje-

MISTÉRIO emLos Angeles,em 1942.Os radarescaptaram ea artilhariadisparou contrauma formaçãode UFOs

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ou FOIA], e estudados peloufólogo e escritor inglêsNick Redfern, contêm pelomenos 10 casos extraordi-nários de avistamentos de

naves por pilotos e marinheiros dos EUA.Em seu livro The FBI UFO Files [Arqui-vos ufológicos do FBI], Redfern descre-ve que, na madrugada de 05 de março de1951, pilotos norte-americanos faziamataques-surpresa à cidade de Fuxin quan-do surgiram nada mais do que 20 esferasluminosas no céu.

O combate tornou-se o que alguns dospilotos descreveram como uma “brincadei-ra de pega-pega” entre caças dos EUA, nor-te-coreanos e os próprios UFOs. Os avia-dores conseguiam ver os objetos, mas osradares de seus aviões não os detectavam.Eles tentavam disparar suas armas, mas nãoconseguiam. Até hoje, mesmo com os do-cumentos liberados, o governo nega que taisfatos tenham ocorrido. No dia 22 de abrilde 1953, o piloto Michael S. Brown foi per-seguido por esferas metálicas quando esta-va sobre a cidade de Pungsan. A exemplode como aconteceu durante a guerra ante-rior, sobre a Europa. Tais fatos começarama parecer repetitivos, mas os objetos nãomais receberam o nome foo-fighters. Não

foram somente as tropas norte-americanasque os viram durante o conflito. Segundo ojornal coreano Dagin Daily, de 18 de de-zembro de 1952, o 5º Regimento de In-fantaria Norte-Coreano observou um ob-jeto discóide com três metros de diâme-tro sobre um vale. Todos os soldados te-riam permanecido no local até a chegadade dois oficias que relataram o caso ao ge-neral Xin-Li Po, comandante daquele re-gimento. Noutras ocasiões, há indícios deque os norte-coreanos atiraram contraUFOs, mas o governo do país jamais libe-rou informações concretas a respeito.

NAVES VISTAS NO VIETNÃ — A Guerra doVietnã também foi palco de avistamentosufológicos. Ela se deu entre 1959 e 1975 e,segundo os norte-americanos, foi de natu-reza ideológica. Mas foi, na verdade, o maispolêmico e violento conflito armado da se-gunda metade do século XX, em virtude dadeterminação das guerrilhas comunistas doVietnã do Sul, o chamado Vietcong, com oapoio do governo do Vietnã do Norte, paraderrotar seu rival sulista. “Como não pode-ria deixar de ser, avistamentos de UFOstambém aconteceram durante essa guerrae deixaram o governo norte-americano in-quieto a ponto de um general declarar

numa reunião no Pentágono que não man-daria seus pilotos decolarem se fossem fei-tos de tolos por estranhos objetos”, decla-rou o escritor e pesquisador Jerome Clark,dirigente do J. Allen Hynek Center for UFOStudies (CUFOS), dos EUA.

Um dos casos mais interessantes destesangrento conflito foi relatado pelo tenenteHaines Bishop, da 5ª Esquadrilha Fox deArtilharia, em julho de 1967. Ele pilotavaseu caça sobre a cidade de Hoi Na quandofoi avisado por rádio, pelos seus compa-nheiros, que uma gigantesca bola luminosaestava em sua cauda. Segundo os outrospilotos, o objeto tinha mais de 10 m de diâ-metro. Haines tentou escapar pensando quefosse alguma arma inimiga, mas não con-seguia despistá-la. A perseguição durou cin-

pesar do pesado bombardeio que acoalizão anglo-americana executouna localidade iraquiana de As-Zab As-

Saghir [Pequeno Rio Zab em árabe], em02 de abril passado, UFOs apareceramdurante a noite e demonstraram não seimportar com os acontecimentos. Ape-nas se interessavam em observá-los.Logo nas primeiras horas do dia, avi-ões bombardeiros B-52 abateram alvosfora de Kirkuk durante o mais pesado emaciço ataque ao estratégico centro pe-trolífero desde que a guerra começou.Bombas de fragmentação pesando qua-se 900 kg cada foram lançadas sobreZarzi e outros locais do pequeno Valede Zab, que fica no norte do Iraque. Olocal é conhecido pela comunidade ufo-lógica por abrigar uma instalação mili-tar secretíssima, conhecida como “aÁrea 51 de Saddam”, devido à fama dapresença de aliens por ali.

“Os bombardeiros voaram tão alto quenão puderam ser vistos pela população”,disse Ayesha al-Khatabi, uma das corres-pondentes do boletim eletrônico canaden-se UFO Roundup no Oriente Médio [http://

www.virtuallystrange.net/ufo/updates]. Suafonte iraquiana afirmou que muitas pes-soas no vale ouviram o som das bombascaindo, depois uma série de explosões.Foram bombardeadas Zarzi e Qala Dizeh,mas não a fortaleza de Qalaat-e-Julundi,que fica à 7 km ao sul do Rio Zab. A tumbade um famoso imam [Líder religioso] nasproximidades de Ishkut-i-Kurh tambémescapou ilesa, assim como a pirâmidedo popular feiticeiro iraquiano Gimil-ishbi, em Altun Kopru.

De acordo com os comentários quecirculam há anos pela comunidade ufoló-gica do Oriente Médio, um disco voadorteria sido abatido no Iraque durante a pri-meira Guerra do Golfo, em 1991, ou du-rante a operação Raposa do Deserto, em1998. Saddam Hussein teria inclusive afir-mado que concedeu um refúgio aos alienscapturados, permitindo a eles permane-cer no país se ajudassem a neutralizar asvantagens militares tecnológicas desfruta-das por seus inimigos, os Estados Unidos,Inglaterra e Israel. Os aliens teriam sido ins-talados na base subterrânea de Zarzi ou naantiga fortaleza de Qalaat-e-Julundi. Mas

estas informações nunca foram confirma-das oficialmente e nenhum dos ufólogosdo Oriente Médio tem qualquer evidênciade que sejam legítimas.

Zarzi fica a aproximadamente 70 km aoeste de Kirkuk, que era o objetivo princi-pal da milícia curda, a chamada Peshmir-ga. Foi lá que 2.200 pára-quedistas da 173ªBrigada do Exército norte-americano ata-caram e tentaram controlar a região, o queaconteceu com êxito. Depois da tomada deChamchamal, a Peshmirga forçou as tro-pas iraquianas de duas divisões armadaspara fora de Taqtaq, em 31 de março, eentão, em 02 de abril, as empurrou paraKalak. Foi num ambiente de intenso bom-bardeio e fortes tensões entre a coalizãoanglo-americana, iraquianos e curdos queos estranhos objetos voadores foram ob-

UFOs surgem durante a Guerra do IraqueEquipe UFO

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co minutos, até que outros aviões se apro-ximaram e a esfera acelerou desaparecen-do. Outro caso ocorreu com militares nor-te-americanos que faziam vigília num acam-pamento na mata, no Vietnã ocupado. “Ou-víamos explosões distantes e nossos aviõespassando sobre nossas cabeças. De repen-te, três objetos luminosos em forma de pi-res apareceram do nada e ficaram sobreuma colina próxima ao acampamento”,disse um dos soldados.

Clark enviou a este autor um interes-sante relato que informa que, na manhã dodia 25 de março de 1971, três aviões dosEUA foram abordados por dois objetos dis-cóides enquanto bombardeavam uma flo-resta vietnamita. Seus pilotos tentaram dis-parar contra os UFOs, mas seus instrumen-

tos não respondiam aocomando. Esse é umfato relativamente co-mum durante guerras.Quando os pilotos, no ar,ou artilharias terrestrestentam disparar ou lan-çar mísseis contra obje-tos voadores não identi-ficados, notam que seusequipamentos travammisteriosamente. Em al-guns casos, projéteis lan-çados contra UFOs desviam-se inexplica-velmente do alvo ou simplesmente explo-dem antes de atingi-los.

Um ano após o fim da Guerra do Viet-nã, o brigadeiro Joseph Lawrence Prest,deu uma entrevista à rede de tevê norte-americana ABC e respondeu ao repórterque havia lhe perguntado se os pilotos ti-nham observado UFOs durante o conflito.“Não só vimos, como fomos perseguidospor eles e também os perseguimos. UFOspodem ser muitas coisas, menos objetosde fabricação terrestre”. A declaração teveo efeito de uma bomba de artilharia pesa-da sobre os militares do Pentágono, queesforçavam-se para conter a curiosidadeda imprensa quanto ao assunto. Noutra en-

trevista, desta vez aojornal The New York Ti-mes, o piloto da reser-va da USAF TheodoreWinfred, que lutou naNormandia, declarouque todos os relatos deavistamentos eram pas-sados aos seus superio-res. Disse ainda que acúpula militar dos EUAestava mesmo interessa-da nesses avistamentos,

“não importa que neguem”. Desta forma,os conflitos globais continuavam. E comeles os UFOs iam e vinham. Na década de80, tivemos duas guerras que, apesar de nãoserem mundiais, também atraíram a aten-ção de todo o planeta, e, mais uma vez, denossos curiosos visitantes.

FORTE DITADURA — “A guerra entre Irã eIraque foi de 1980 a 1988 e vitimou milha-res de pessoas. Esses dois países sempretiveram governos muitos fechados e vivi-am sob forte ditadura. Portanto, informa-ções sobre UFOs em seus territórios eraalgo quase impossível”, disse Paul Stone-hill sobre a guerra entre aquelas nações. Sto-nehill é um dos maiores nomes da Ufologia

pulação de 560 mil pessoas, localizadaaproximadamente a 100 km ao sul de Bag-dá. Uma fotografia que mostra o objetodesconhecido, com soldados da 3ª Bri-gada e da 101ª Divisão norte-america-nas apontando para ele, foi publicada nojornal Euronews, de acordo com ufólogofrancês Thierry Garnier.

“O jornalista do Euronews não mencio-na nada sobre o objeto e atribui a destrui-ção de um tanque aliado a uma implosãoacidental”, informou Thierry. Outro ufólogofrancês, Franck Marie, disse que a imagemfoi veiculada primeiramente na site do Euro-news à 01h30 de 28 demarço, “mas foi imedia-tamente retirada do arapós apenas meia hora”.O também corresponden-te do UFO Roundup na re-gião, Mohammed Hajj al-Amdar, declarou que oaparecimento do UFOcausou grande excitaçãoentre os xiitas que o vi-ram. “Eles disseram queo objeto teria sido envia-do por Alah, diretamentedos Jardins da Felicidadepara proteger a Tumba deAli”. Ali é o genro do pro-feta Mohammed, que temseu sepulcro numa mes-

quita de cúpula dourada em Najaf, a cidadesanta dos muçulmanos xiitas. A mesquitae o sepulcro escaparam ilesos dos bom-bardeios aéreos da coalizão.

Às 11h57 de 03 de abril, horário deBagdá, minúsculos UFOs tubulares comuma espiral giratória ao redor sobrevoa-ram a capital iraquiana. As pequenas son-das teriam surgido sobre o subúrbio entrea Via Abu Ghrab e a Rua Qadisiya, ao re-dor de Parque Zawra. O ufólogo norte-ame-ricano Grady Croy afirmou que foi possívelavistar os objetos durante uma transmis-são ao vivo da rede de tevê Fox News, di-

reto de Bagdá. “Enquan-to assistia ao noticiário,vi muito claramente al-guns destes UFOs. Entreiem contato com a Foxpara saber mais a res-peito, mas não falaramcomigo”, disse Croy. Eletambém calculou que osobjetos pairaram duran-te cinco minutos sobrea capital, antes de de-saparecerem.

Este texto foi elaborado apartir de notícias traduzi-das por ANDRÉA ZORZETO,da EQUIPE UFO.

servados e acompanhados em suas ativi-dades pelos militares aliados. Em 05 deabril, as forças da coalizão tomaram umaponte acima do Rio Khazer e permanece-ram em Bahra, 40 km a leste de Mosul. Umpesado duelo de artilharia aconteceu na ci-dade de Mankubah, na mesma área.

Segundo Ayesha, “o Peshmirga e osboinas-verdes norte-americanos formaramuma ferradura ao redor do vale, mas nãoo tomaram. Os iraquianos estavam a oes-te de Bahra e recebendo as forças da co-alizão com forte artilharia”. Apesar da pres-são aliada, UFOs fizeram o que pareceuser sua primeira incursão durante a guer-ra uma semana antes das forças da coali-zão tomarem a ponte do Rio Khazer, em27 de março. Um objeto luminoso pairouacima da cidade santa de Najaf, com po-

SADDAM HUSSEIN foi derrubadopela coalizão anglo-america-na. Durante o conflito, UFOsforam observados sobre vá-rias regiões do Iraque

“ Não só vimos comofomos perseguidos por elese também os perseguimos.

UFOs podem ser muitascoisas, menos objetos defabricação terrestre ”— JOSEPH LAWRENCE PREST,

oficial norte-americanono conflito do Vietnã

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soviética, apesar de viver naCalifórnia. Ele se dedicou apesquisar o assunto porquea extinta URSS teve partici-pação decisiva no conflito.

Segundo apurou, um dos casos mais conhe-cidos que se tem notícia no Irã está em do-cumentos oficiais do FBI, e descrevem aperseguição de um UFO em 1976 por doiscaças Phanton II, da Real Força Aérea Ira-niana, sobre a capital, Teerã. Stonehill for-neceu relatos interessantes de discos voa-dores durante a guerra entre Irã e Iraque.

OPERAÇÃO NO DESERTO — Num deles,ocorrido em maio de 1983, acreditando-setratar de uma aeronave inimiga, patrulhasiranianas dispararam contra um objeto es-férico com mais de 20 m de diâmetro, quecruzou a fronteira de seu país. No mesmomês, vários aviões iranianos teriam sidoperseguidos por UFOs, o que levou o co-mando militar local a abrir investigações.Forças iraquianas também registraram en-contros com UFOs. Durante uma opera-ção no deserto, baterias antiaére-as abriram fogo contra um miste-rioso anel luminoso.

Também durante a década de80 tivemos discos voadores agitan-do o cenário de uma guerra relâm-pago, entre Argentina e Inglaterra,pelo controle das Ilhas Malvinas[Para os argentinos] ou Falklands[Para os ingleses]. Apesar de cur-tíssima, ela também entrou no roldas que tiveram avistamentos deUFOs em plena luz do dia e duran-te sessões de bombardeio. Algunscasos são relatados por Redfern, emseu livro The FBI UFO Files. Umdeles dá conta de que, em meio àsincursões inglesas na ilha, PaulBrigtsson, piloto de um caça Tor-nado da RAF, foi perseguido por es-feras de cor alaranjada. No dia 28de maio de 1982, em pleno confli-to, dois aviões ingleses foram sur-preendidos por um grande objetodiscóide. Ao tentar alcançá-lo, os in-gleses somente conseguiam se apro-ximar um pouco para, segundos de-pois, ver a nave acelerar de formaincrível e sumir no horizonte.

Documentos da CIA relatavamque o governo inglês abriu váriasinvestigações para tentar esclareceresses fatos, e que em todos os casos os pilo-tos que relatassem algo incomum eram in-terrogados e submetidos a exames médicos.Do lado argentino, os incidentes ganharamas páginas dos jornais. Na época, o coronelCharles Greffet, ministro da Defesa, citoualguns casos ao público. Em 26 de abril,

quando cinco soldados que estavam nasMalvinas dispararam contra um objeto queestava pousado num penhasco da ilha, pen-sando ser algo dos ingleses. No dia seguin-te, outro avistamento se deu sobre o ocea-no. Nessa ocasião, a tripulação de um aviãoMirage não conseguiu disparar suas armascontra 10 esferas que acompanhavam a suarota. Em Buenos Aires, o jornal La Razón,do dia 08 de junho de 1982, descreveu comodois pilotos viram uma grande nave enquan-to faziam o patrulhamento na ilha.

Os jornais tiveram grande participaçãono conhecimento desses fatos pela popula-ção. O Diário do Povo da cidade de Tandil,do dia 13 de maio de 1982, por exemplo,descreveu o pouso de um UFO na base mi-litar da cidade. Parecia que os militares ar-gentinos estavam tão concentrados na estú-pida guerra que desencadearam, numa ten-tativa desesperada e suicida de ganharemprestígio da população, que esqueceram-sede censurar os meios de comunicação. Ufó-logos argentinos relatam inúmeros aconte-cimentos que eram descritos pela tevê e

emissoras de rádio do país. Os governantesingleses foram mais prudentes e, atenden-do à sua histórica tradição de combatentes,mantiveram a imprensa em silêncio.

A década de 90 teve início com maisuma guerra. Em 1990, o Iraque invadiu oKuwait e eclodiu, então, a Guerra do Gol-

fo. Pela primeira vez num combate eramutilizados equipamentos de alta tecnologia,mísseis teleguiados com precisão cirúrgicae instrumentos impensáveis em conflitos an-teriores. A cobertura que a tevê faz da guer-ra também foi inédita. Redes de todo o mun-do, principalmente a CNN, mostravam osacontecimentos praticamente ao vivo – equando se têm imagens ao vivo, não se podecensurá-las. Foi o que aconteceu no dia 30de janeiro de 1991, quando o jornalista Wil-lian Blystone, da CNN, disse com todas asletras que um objeto voador não identifica-do estava sobre Tel Aviv, capital de Israel.“Essa coisa vai cair na minha cabeça”,gritou. O Jornal Nacional chegou a notici-ar que “...um objeto sem identificação sur-giu nos céus de Israel”.

Durante as guerras, cada lado dos con-flitos tentam derrubar tudo que não seja doseu time – algumas vezes, até mesmo issoacontece, o que é chamado de “fogo ami-go”. Mas o que mais chamou a atenção dosufólogos foram dois episódios nos quaisUFOs teriam sido derrubados por tropas em

combate. No dia 24 de janeiro de1991, um objeto foi detectado pe-los radares dos norte-americanossobre o Golfo Pérsico. A ordempara abatê-lo foi dada pelo coman-do na região e vários navios a aten-deram, incluindo o USS Wiscon-sin, o USS England e o USSO’Brien, além das fragatas Bat-tieaxe e Jupiter.

PRATO CROMADO — Todas as em-barcações dispararam contra amisteriosa aeronave, que foi des-crita pelos oficias como tendo oformato de um prato cromado eparecido com alumínio. O objetoemitia um som muito agudo e di-ferente dos aviões convencionais.Aquilo caiu no oceano. Não hámuitos detalhes sobre a ocorrên-cia, infelizmente, que foi bemocultada com o auxílio de diretri-zes que regem momentos de guer-ra. Nestas ocasiões, alem da tra-dicional política de sigilo há ain-da uma complementar e fortíssi-ma determinação de que a revela-ção de fatos como esse por mili-tares pode levar o infrator à cortemarcial. Mas o segundo casotranspirou na lista de discussão in-

terna da Mutual UFO Network (MUFON)na internet, a Mufonet, e causou excitaçãoem toda a comunidade ufológica mundial.Segundo um e-mail que circulou na lista,uma fonte do alto escalão das forças arma-das norte-americanas teria revelado que umcaça F-16 derrubara um UFO sobre a Ará-

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bia Saudita, durante a opera-ção Tempestade no Deserto. Odocumento informava aindaque cinco nações tentavam en-cobrir o fato. Ainda segundoesta fonte, o objeto era circu-lar e feito de um material mui-to resistente.

A nave teria entrado no es-paço aéreo saudita e o pilotodo F-16 teria começado umaperseguição imediata. Quan-do o avião estava a cerca de5 km de distância do objeto,este disparou alguma coisacontra o F-16, que se desviou e disparoudois de seus mísseis. O UFO foi atingidoem sua lateral, espatifando-se no deserto esendo rapidamente alcançado por outrosveículos. Todos os destroços foram reco-lhidos pelos EUA e enviados para análi-ses. O fato foi insistentemente examinadoe as autoridades questionadas sobre sua ve-racidade. Evidentemente, negaram.

As notícias de aparecimentos de UFOsdurante a Guerra do Golfo foram reveladosapenas parcialmente através de relatóriosdo Pentágono, liberados com muitas restri-ções por Washington. Mas os rumores deincidentes envolvendo discos voadores fo-ram investigados por muitos ufólogos e jor-nalistas, entre eles o repórter inglês Antho-ny Edens. “A tecnologia de guerra dos EUAnão foi superior somente a Saddam Hus-sein, mas também a alguns UFOs”, disseEdens. E ele vai ainda mais longe ao afir-mar que, quando George Bush ordenou queos avistamentos fossem investigados, a CIAinformou que desde a Segunda Guerra Mun-dial radares e, posteriormente, satélites ope-ravam ao redor do mundo para detectar erastrear UFOs. O ex-presidente dos EUAnão tinha conhecimento disso.

Agora, em 2003, durante a Guerra doIraque, a mais completa cobertura jornalís-tica já montada durante uma guerra estevepresente no front de batalha, junto às tropasanglo-americanas e cobrindo seus avançospasso-a-passo, ao vivo para a tevê mundial.Como era de se esperar, também nesse mo-derníssimo conflito, UFOs foram registra-dos. As informações ainda estão chegandoe sendo analisadas, já que a guerra acabarahá poucos dias, mas já há fatos sólidos aserem narrados. Um deles aconteceu duran-te os bombardeios sobre a cidade de As-Zab As-Saghir [Que significa pequeno RioZab, em árabe], quando vários objetos vo-adores não identificados foram vistos e per-manecem não esclarecidos.

Essa notícia reacendeu a hipótese, mui-to propalada através da internet no ano pas-sado, de que Saddam Hussein tivesse umaespécie de base secreta num dos desertos

iraquianos. Mesmo cientistas dissidentes doregime de Bagdá, ainda que sob risco demorte, já afirmaram que Saddam tem am-plo conhecimento sobre a presença aliení-gena na Terra e chegou a construir um localtão secreto quanto a Área 51, no Iraque. Di-nheiro para isso nunca faltou ao ditador, econdições tecnológicas idem, a julgar pelamaneira como seus bunkers foram construí-dos para dar-lhe proteção.

Segundo os primeiros relatórios quechegam do Iraque, após a guerra, algunscasos parecem impressionantes. Como sesabe, os céus do país foram ocupados poraviões norte-americanos e ingleses, e todaa alta tecnologia disponível no momento foiutilizada neste conflito, incluindo avança-díssimos sistemas de detecção de movimen-tos aéreos. O uso de instrumentos inéditospara rastrear o céu era necessário para seproteger, e nisso muitas coisas estranhasforam registradas. Mas como a coalizãoanglo-americana usou dispositivos aindatotalmente secretos sobre o Iraque, é possí-vel que os ufólogos tenham ainda muito tra-balho para identificar os casos de UFOs le-gítimos daqueles de armas voadoras secre-tas – até porque, talvez a tecnologia de am-bos não seja muito distinta.

AÇÃO GOVERNAMENTAL — Como os gover-nos envolvidos nas guerras encararam es-ses casos de possíveis e verdadeiros UFOs?Da única forma que sempre procederam:investigando tudo para seu próprio conhe-cimento e acobertando os fatos do público.Desde o imperador Carlos Magno, que pu-nia inclusive com a morte aqueles que rela-tavam tais eventos, até os fatos ocorridosdurante a Primeira Guerra Mundial, todosos lados das batalhas tinham uma visão dosacontecimentos. Podiam não saber, a prin-

cípio, do que se tratavam aque-les objetos. Mas isso mudariaradicalmente na SegundaGuerra Mundial, quando osgovernos engajados chegarama criar grupos de investigaçãodo assunto. Já estava ficandoclaro que nossos problemas

terrenos interessa-vam a nossos vizi-nhos cósmicos.

Rumores che-garam a circularapós a SegundaGrande Guerra, deque Hitler teriaabatido UFOs parausá-los em projetos

bélicos e que estaria desenvolvendo seuspróprios protótipos de discos voadores. Suaintenção, garantem alguns historiadores, eradispor de uma tecnologia imbatível contraseus inimigos. E essa é uma idéia que jápassou também pela cabeça de russos enorte-americanos. Quem não gostaria de teruma arma com as capacidades de um UFO?Afinal, sua tecnologia ainda transcende oimaginável por nossa espécie. Para o tenen-te-coronel Meiers, dos EUA, “...existem trêstipos de foo-fighters. As bolas de fogo ver-melhas que aparecem sobre asas de avi-ões. O segundo voa à frente de nossas ae-ronaves e, o terceiro tipo, são grupos de 15luzes que aparecem à distância, como umaárvore de Natal”. De qualquer forma, de-têm uma tecnologia formidável.

Desde a última guerra mundial já pas-samos por outros 280 conflitos armados.Será que fomos observados por civilizaçõesalienígenas em todas elas? Provavelmente,sim. Mas por que nos acompanham e queimpressão esses nossos vizinhos têm a nos-so respeito? Somos uma espécie evidente-mente belicosa, e ajudaria bastante a me-lhorar nossa condição se os governos re-velassem o que escondem sobre nossos vi-sitantes. Mas isso não parece estar prestesa acontecer. Em 1963, o ex-presidente JohnKennedy, quando perguntado pelo repór-ter Bill Holden, a bordo do Força AéreaUm, sobre o que pensava a respeito dosUFOs, respondeu: “Eu gostaria de con-tar ao público o que existe sobre a situa-ção alienígena, mas minhas mãos estãoatadas”. As nossas também.

THIAGO LUIZ TICCHETTI é administrador, vice-presidente da Entidade Brasileira de Estu-dos Extraterrestres (EBE-ET) e coordena-dor internacional da REVISTA UFO. Seu en-dereço é: SCRN 716, Bloco G, Entrada08, Apto. 101, 70770-670 Brasília (DF).E-mail: [email protected].

UFOS JÁ FORAM detectadossobre bases de mísseisbalísticos intercontinen-tais (ICBMs), e caças a jato já forammuitas vezes enviados para interceptá-los [Detalhe], sem qualquer sucesso

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a Teoria da Relatividade Geralde Einstein, o tempo num de-terminado local se acelera e de-sacelera quando se passa porcorpos de grande massa, como

estrelas e galáxias. Ao se aproximar doSol, por exemplo, uma nave extraplane-tária teria deformado o tempo medido emeventual relógio em seu interior. Destamesma forma, um segundo na Terra nãoé o mesmo que um segundo em Marte.Se pudéssemos espalhar relógios pelo uni-verso, notaríamos que eles se moveriama velocidades diferentes, nos diversospontos onde se encontram. E ao praticarnavegações por distintos pontos do cos-mos, um veículo estaria sujeito a inúme-ras variações no transcorrer de seu tem-po, conforme se aproxima ou distanciade corpos de grande massa.

A pergunta que fica no ar, então, é:seres pertencentes a uma tecnologia maisavançada teriam como tirar proveito dis-so para fazer viagens espaciais? Aparen-temente, sim. Boa parte dos ufólogos daatualidade acredita que nossos visitan-tes extraterrestres têm capacidade devencer grandes distâncias através do usocalculado de conceitos que envolvem amanipulação do tempo. Os elementos es-senciais para isso estão espalhados pelouniverso e são justamente as estrelas, osburacos negros e, mais recentemente des-cobertos, os buracos de minhoca [Do in-glês wormholes]. Estes seriam, a grossomodo, a ligação de dois ou mais bura-cos negros, interligando distintas e asvezes longínquas posições do universo– ou de vários universos.

Em 1935, Einstein e o cientista Na-than Rosen deduziram que a solução dasequações da relatividade geral permitiaa existência de “pontes temporais” nocosmos, originalmente chamadas dePontes de Einstein-Rosen. Correntemen-

te, são os conhecidos buracos de minho-ca, que receberam esse nome em virtu-de de terem imaginariamente formas ir-regulares, tais como canais. Estas pon-tes uniriam distantes regiões do espaço-tempo e, viajando-se através de umadelas, poder-se-ia mover mais rápido doque a luz viajando pelo espaço-temponormal. Os buracos de minhoca seriampoderosos atalhos que encurtariam dis-tâncias astronômicas.

Antes da morte de Einstein, o mate-mático Kurt Gödel, que também traba-lhava na Universidade de Princeton, te-ria encontrado uma solução para as equa-ções da relatividade geral que, em tese,permitiriam a viagem através do tempoproposta por seus antecessores. Esta so-lução mostrava que o tempo poderia serdistorcido pela rotação do universo, ge-rando “redemoinhos” que possibilitari-am a alguém,movendo-se nadireção de tal ro-tação, chegar aomesmo ponto noespaço, mas atrásno tempo. Antesde Gödel, no en-tanto, Einsteinhavia concluídoque, como o uni-verso não está emrotação, a solu-ção de Gödel nãose aplicava. Esta-va criado um im-passe, até que,em 1955, o físiconorte-americanoJohn ArchibaldWheeler cunhouo termo buraconegro. Ele escre-veu um artigo so-

Sheyllah Salles Pires

Nbre geometrodinâmica mostrando que aspontes de Einstein-Rosen poderiam li-gar não somente distintas regiões do uni-verso, formando um túnel de espaço-tempo, mas também universos paralelos.

Em 1963, o matemático Roy PatrickKerr, da Nova Zelândia, encontrou ou-tra solução nas equações de Einsteinpara um buraco negro em rotação. Nes-ta solução, tecnicamente, tal buraco ne-gro não colapsa para um ponto, ou para

o que os cientis-tas chamam de“singularidade”,como previstonos estudos ante-riores. Ele con-centraria sua açãonum gigantescoanel de nêutronsem rotação. Emtermos mais sim-ples, um anel des-se gênero teria umequilíbrio gravita-cional, através deforça centrífuga,que impediria umcolapso que o en-cerraria em simesmo. É muitodifícil conceberde forma mentalcomo isso se da-ria, mas cientistas

UMA NAVE QUE VIAJASSE a distintos pon-tos do universo estaria sujeita a varia-ções no transcorrer de seu tempo, con-forme se aproximasse ou distancias-se de corpos de grande massa

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chegaram a equações matemáticas degrande complexidade que garantiriam,em tese, que o anel formado seria umredemoinho que conectaria não somen-te regiões do espaço, mas também regi-ões do tempo, como um buraco de mi-nhoca. Apropriadamente empregado, talredemoinho poderia ser usado como umamáquina do tempo.

Nossa ciência tem conhecimentodisso apenas teoricamente, com algumrespaldo em observações astronômicasatravés de telescópios óticos e radiote-lescópios. Outras civilizações maisavançadas poderiam ter maiores e maiscompletas informações a respeito, usan-do-as de uma forma prática que, entreoutras coisas, as permitiriam usar aspróprias forças naturais do universo emseu favor. Segundo nossos conhecimen-tos a respeito dessa novíssima área daastronomia – já apelidada de opináuti-ca [De opi, que significa buraco + náu-tica, que se usa para navegação] –, amaior dificuldade para o uso dos bura-cos de minhoca como máquina do tem-po é a energia necessária para sua ope-ração, que teria que ser de uma quan-tidade fabulosa. Seria preciso usar aenergia nuclear de uma estrela, ou aproveniente da operação com antima-téria, para se lograr êxito na empreita-da. E essas são apenas conjecturas te-óricas sobre as quais temos pouco ounenhum conhecimento.

O segundo problema que se enfren-taria é falta de estabilidade do sistema.Um buraco negro em rotação pode serinstável, se excreta massa. Efeitos quân-ticos também podem acumular-se e des-truir o redemoinho. Na verdade, a teo-ria prevê que os redemoinhos ou bura-cos de minhoca sobrevivam somenteuma fração de tempo tão curta que nema luz conseguiria atravessá-lo. O outrogrande problema para se usar um bura-co negro ou de minhoca como ponteentre dois locais é que a força dessesobjetos estelares seria tão grande quedespedaçaria qualquer corpo que seaproximasse de suas redondezas, pri-meiro sugando-o ao seu interior e, umavez lá, exercendo sobre ele uma pres-são descomunal. Portanto, embora te-oricamente possível, uma viagem notempo não é praticável.

AUMENTO DE MASSA — O postulado fun-damental da Teoria da Relatividade deEinstein, que até os dias de hoje se man-tém como padrão de entendimento naárea, é de que o limite universal de velo-cidade é a que a luz atingiria em sua pro-pagação no vácuo, algo pouco menor doque 300 mil km por segundo. Para se teridéia dessa grandeza e das distâncias queenvolvem os corpos estelares, se o Solse extinguisse neste instante, sua luz ain-da brilharia sobre a Terra por pouco maisde oito minutos, que é o tempo necessá-

rio para que viaje da posição onde estánossa estrela-mãe até nosso planeta. Aoextinguir-se, os últimos raios do Sol pre-cisariam dos tais minutos para atingir aTerra. Isso equivale a dizer que cada ins-tante em que recebemos a luz e o calorsolares, eles já têm oito minutos de du-ração viajando pelo espaço.

A estrela mais próxima da Terra, forado Sistema Solar, é Alfa da Constelaçãodo Centauro, que está a pouco mais de4,4 anos-luz da Terra. Seu brilho, por-tanto, precisa de quatro anos e algunsmeses para atingir nosso planeta. Se numdeterminado instante a estrela deixar deexistir, talvez por uma explosão, porexemplo, só perceberemos o fato quasemeia década depois, porque a luz queela emitiu antes de extinguir-se aindaestaria chegando à Terra. Isso à fantásti-ca velocidade de 300 mil km por segun-do. Em sua trajetória, ao passar por cor-pos de grande massa, poderia sofrer al-terações, cujos impactos estão sendoestimados por astrônomos.

Qualquer corpo do universo, quan-do acelerado, tem sua massa inercial au-mentada em função da velocidade atin-gida. Assim, quanto maior a velocidadedo corpo, maior a massa inercial, o queimplica que será necessário muito maisenergia para fazê-lo acelerar e, conse-qüentemente, desacelerar. Em outraspalavras, para fazer a velocidade de umcorpo aumentar até 100 km/h, por exem-plo, gasta-se muito mais energia do quepara acelerar um corpo a 10 km/h, oumais ainda para outro que esteja a 1 km/h. Assim, para corpos que estejam pró-ximos à velocidade da luz, a quantidadede energia necessária para aumentar suavelocidade é absurdamente alta, algoquase inimaginável.

Já a relação da velocidade com otempo é inversa. Quanto maior a velo-cidade de um determinado corpo emmovimento, mais lentamente o tempopassa para ele. Daí o exemplo clássicoda astronáutica: um pai que viaja numaespaçonave, próximo à velocidade daluz, quando volta ao ponto de partidaestará mais novo do que o filho queficou na Terra. Assim, a velocidade dofluxo de tempo é tanto mais lenta quan-to maior a velocidade do corpo, de for-ma que, à velocidade da luz, esse flu-xo de tempo seria nulo. Mas, ainda as-sim, por mais que isso fosse um bene-fício imenso para quem gostaria de vi-ajar a velocidades supralumínicas[Acima da luz], ainda haveria o im-passe da fabulosa quantidade de ener-

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gia necessária para acelerar o corpo atal velocidade, para que se pudesseusufruir de um retardamento no enve-lhecimento de quem estivesse dentroda nave espacial. Pode-se chamar develocidade de fluxo de tempo a rela-ção entre o fluxo de tempo propria-mente dito no corpo em movimento eo fluxo de tempo no referencial que setoma por base – aquele que fica para-do com relação ao qual medimos nos-sa velocidade. Assim, se relativamenteao fluxo de tempo no referencial, paracada segundo transcorrido, o tempo de-corrido no corpo em movimento fossede 0,5 segundo, a velocidade de fluxode tempo seria de 0,5 - 0,5 segundo parao corpo em movimento, dividido por umsegundo no referencial.

VELOCIDADE DA LUZ — A constatação quese pode fazer a partir daí é bastante inte-ressante: quando o corpo está em repou-so, sua velocidade no espaço é mínimaou nula, e sua velocidade de fluxo detempo é máxima. Ou seja, para cada se-gundo que se passa no referencial, pas-sa-se um segundo para o corpo. Dessaforma, quando o corpo está à velocida-de da luz, algo apenas imaginário para oser humano, sua velocidade no espaço émáxima e sua velocidade de fluxo detempo é mínima. Portanto, poder-se-iadizer que o deslocamento de um segun-

do no tempo equivale a um deslocamen-to no espaço de 300 mil km. A viagempara o futuro, em tese, é perfeitamentepossível segundo a já citada Teoria daRelatividade. Fazendo-se aumentar avelocidade de um corpo, o tempo pas-sará mais vagarosamente para ele emrelação ao referencial de partida. As-sim, para cada segundo que se passapara o corpo, passará um segundo emais alguma coisa para o referencialparado. Esse “mais alguma coisa” podeser uma fração do valor total. A veloci-dade do corpo, nessa interpretação dateoria de Einstein, determinará a “ve-locidade” da viagem no tempo.

E se chegar a dois-terços da veloci-dade da luz, para cada segundo que pas-sar para o corpo, passará 1,34 segundopara o referencial. Assim, ao final de10 anos de viagem, o corpo em viagempelo universo terá se “adiantado” notempo em mais de três anos. Embora

idéia de que espaçonaves podem na-vegar rapidamente através do univer-so usando buracos negros como por-

tais de alta velocidade é um antigo clichêda ficção científica. Mas, ultimamente, oconsenso entre cientistas é de que bura-cos negros são tão destrutíveis que es-paçonaves seriam transformadas em mi-galhas subatômicas se seus pilotos ten-tassem usá-los. Então, novamente, tal-vez não seja a hora de se falar no assun-to. Mas, de qualquer maneira, um novoestudo da Universidade de Utah, dirigidopelo físico Lior Burko, um israelense de34 anos, levanta a possibilidade de queesses corpos celestes não destruiriamas coisas que a ele se acercariam. As-sim, o potencial de viagem pelo hiperes-paço permanece em aberto.

“É uma possibilidade real que os bu-racos negros possam ajudar-nos a viajara locais remotos do universo, ou aoutros universos”, disse Burko. Para ele,

complexas para o leitor, estas constata-ções são matemáticas e precisas. Infe-lizmente, nada podemos fazer paratestá-las na prática...

De qualquer forma, seguindo a mes-ma analogia, para fazer o corpo ganharvelocidade é preciso a ação de uma for-ça descomunal para acelerá-lo. E quan-to maior a velocidade que se deseja atin-

isso dependeria da topologia do univer-so, algo que não conhecemos bem. “Nãoestou discutindo se é uma coisa práticaou não, mas, talvez daqui a mil anos, comcerteza será mais simples”. No esquemade Burko, buracos negros podem ser por-tais para outros buracos, os de minhoca.Estes seriam construções teóricas equi-valentes a túneis ou atalhos entre pon-tos distantes no universo, que se distin-guiriam em diferentes tempos ou mesmoem diferentes universos paralelos.

As idéias de Burko não são novas.Buracos de minhoca foram popularizadospelo físico Kip Thorne, nos anos 80. Eramo meio de transporte interestelar da sé-rie Contato, de Carl Sagan. Mas estudossubseqüentes sobre eles sugeriram queseria impossível utilizá-los como portais.O interior dos buracos negros são infini-tamente densos, de maneira que elesexerceriam destruição maciça a corposque nele adentrem. “Seriam como marés

distorcendo objetos que se aproximem,rasgando-os em suas partículas subatô-micas”, disse ainda Burko.

Curiosamente, é o interior infinitamen-te denso destes misteriosos corpos ce-lestes que dá a eles seu potencial parafacilitar viagem no tempo e espaço. Den-tro de um buraco negro, o tecido do uni-verso entra em colapso num ponto decurvatura infinita, conhecido como singu-laridade tempo-espaço, onde as leis dafísica não se aplicam mais. É o equiva-lente a dizer que um buraco negro alteraa estrutura do universo de forma irrever-sível. E há muitos por aí. Quando se in-terligam, formam canais que são os taisburacos de minhoca [Do inglêswormholes]. É através desses canais que,teoricamente, uma nave interplanetáriasuficientemente resistente à gigantescapressão viajaria de um ponto a outro douniverso. Um atalho e tanto.

Foi o mesmo Burko quem recente-mente sugeriu que alguns buracos ne-gros podem não ser tão destrutivos comooutros. “Sob certas circunstâncias, po-dem até agir como aberturas para bura-cos de minhocas”. Seus trabalhos ante-riores comprovaram que singularidades

Viagens através de buracos negrosEquipe UFO

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SE A TEORIA DE Einsteinfosse explorada até seus

limites mais radicais,poderia ficar provado

que certas civilizaçõestecnológicas manipulamo tempo para viajar pelo

universo. Elas viriam àTerra em qualquer época

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gir, maior terá que ser a força a ser em-pregada, devido ao aumento da massainercial, como foi já colocado anterior-mente. Isso significa que mais e maisenergia será necessária para continuar aaceleração ou manter a velocidade atin-gida. Segundo a conhecidíssima fórmu-la de Einstein, a energia que o corpoabsorve, com o aumento da massa iner-

que hipóteses como essas abrem possi-bilidades interessantes. “Uma singulari-dade fraca pode ser um atalho do atalho.Acertá-lo representa pular para uma novaregião no tempo, algum lugar muito dis-tante ou talvez outro universo”. Burkoacrescenta que sua teoria se baseia em

mais fracas estão presen-tes em buracos negros deuma espécie peculiar, osrotativos. Num artigo pu-blicado na revista Physi-cal Review Letters, o cien-tista alega que, sob cer-tas circunstâncias, podemexistir singularidades hí-bridas, compostas de umsetor forte, que é destru-tivo, e um setor fraco, quenão é. Qualquer astrona-ve que entrasse no setorfraco poderia, em tese,passar através dele semser danificada. Par issoseria necessário um grande equilíbrio econtrole por parte de seus eventuais pi-lotos. Tudo é teórico, é claro, mas a pos-sibilidade de uma singularidade fraca, seconfirmada, aumenta o potencial para seusar buracos negros para viagem inte-restelares. “No momento, este tipo deviagem pelo hiperespaço não está des-cartada”, disse Burko.

Já o físico Richard Gott, autor de TimeTravel in Einstein’s Universe [Viagem notempo num universo de Einstein], disse

presunções não provadas,e que mais trabalho deveser feito. Ele diz que pou-co é sabido sobre a gravi-dade quântica – casamen-to da física quântica coma teoria clássica da gravi-dade – e que leis físicasainda não conhecidas po-dem tornar viagens hipe-respaciais impossíveis.

“E mesmo a idéia de vi-agens como essas sejampossíveis, fazê-lo aindaestá longe de nossas ca-pacidades”. Para exempli-ficar isso, Burko disse que

um buraco negro no centro da Via Lácteapode ser um candidato a portal interes-telar, mas está a 26 mil anos-luz de dis-tância de nós. Mesmo viajando a veloci-dade próxima à da luz, o que é impensá-vel, levaria ainda 30 mil anos para che-garmos até este portal.

Este texto foi elaborado a partir de notíciase informações traduzidas por Pedro PauloLuz Cunha, da EQUIPE UFO.

cial, é definida por sua clássica fórmula,E = m.C2, onde E é a energia necessária,m é a massa considerada e C2 é a veloci-dade da luz elevada ao quadrado. Mate-maticamente falando, a energia necessá-ria para acelerar um corpo até certa ve-locidade é sempre a mesma. Entretanto,a força produzida pela energia é que de-termina a aceleração, e assim, se a ener-gia for aplicada lentamente, o corpo de-morará bastante até chegar à velocidadedesejada. Desta forma, o fluxo de ener-gia também pode influir no tempo gastona hipotética viagem ao futuro.

VIAGEM AO PASSADO — E para o passa-do, é possível viajarmos? Será um dia,mas certamente não tão “simplesmen-te” quanto viajar ao futuro. O raciocí-nio que geralmente se faz, relativamenteaos efeitos do aumento de velocidadequando se atinge velocidades supralu-mínicas, é incorreto. Ainda que se ig-nore a impossibilidade de se ultrapas-sar a velocidade da luz para viajar aofuturo, não podemos usar a mesma ló-gica para viajar ao passado. Uma ima-ginária jornada à Antiguidade, porexemplo, seria uma impossibilidademesmo segundo o avançado postuladode Einstein ou aqueles dele derivados.Mesmo que a velocidade de um veícu-lo fosse maior do que a da luz, ele nãoseria levado ao passado. Na realidade,

o corpo teria seu tempo retrocedido euma pessoa em seu interior, por exem-plo, ficaria mais nova. Mas não have-ria o retrocesso do próprio tempo.

A menos, é claro, que se descubrano futuro alguma condição que permitarever aquilo que Einstein tão brilhante-mente descobriu, uma teoria sobre a qualcientistas das mais diversas áreas, há dé-cadas, se debruçam para ampliar ou mo-dificar. No entanto, a julgar pelo fato deque, num dado momento de nossa histó-ria, surgiu um Albert Einstein para criarum “regulamento” que permita ao ho-mem sonhar com viagens no tempo, tal-vez possamos soltar nossa imaginação eesperar que essa mesma história nos pre-senteie com outro ser com seu brilhan-tismo e intuição, que nos dê mais res-postas às perguntas que tanto nos inqui-etam. Essa nossa trajetória histórica, quecontemplamos neste instante, por já seralgo concreto para outras civilizaçõesmais avançadas, que estiveram e resol-veram os problemas que hoje nos retémao nosso próprio tempo.

SHEYLLAH SALLES PIRES é terapeuta ho-lística, escritora e consultora da REVISTA

UFO. Seu endereço é Rua Desembarga-dor Augusto Botelho 461/303, Praia daCosta, 29101-110 Vila Velha (ES). E-mail:[email protected]

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A IDÉIA DE QUE UFOS possam ser via-jantes do tempo não é nova, mas es-barra em muitos obstáculos. Entreeles, a falta de evidências físicas

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revista eletrônica Space.com publi-cou uma lista com os 10 maioresmistérios do espaço descobertos em

2002, que vão ocupar os astrônomos nes-te e nos próximos anos. “O engraçadosobre novas descobertas é que elas pro-duzem, com freqüência, novos mistéri-os para a humanidade”, disse RobertRoy Britt, um dos editores da publica-ção. Para ele, 2002 não foi exceção, jáque muitas descobertas importantes daciência espacial criaram problemas in-compreensíveis para os astrônomos. Brittainda crê que precisaremos de muitosanos para decifrar os enigmas surgidosno ano passado. Veja abaixo quais sãoos 10 maiores deles.

ENERGIA ESCURA

Ninguém sabe exatamente o que é,mas oficialmente é uma forma de ener-gia repelente e mais poderosa do que agravidade, que é atraente. Enquanto agravidade mantém galáxias unidas, al-guma força desconhecida estaria traba-lhando nos bastidores para separá-las. Oscientistas só tomaram conhecimento daexistência dessa forma de energia – queocuparia 30% do espaço – quando des-cobriram que o universo está em acele-rada expansão.

ÁGUA EM MARTE

Apesar das duas descobertas de águacongelada em Marte no ano passado -uma perto do Pólo Sul e outra na super-fície da calota polar norte do planeta –,ninguém pôde averiguar ainda se há águaem estado líquido em nosso vizinho. Essaseria uma condição essencial para exis-tência de vida como a conhecemos. AAgência Espacial Norte-Americana(NASA) continua procurando indícios devida no Planeta Vermelho.

CENTRO ESCURO DA VIA LÁCTEA

Parece haver alguma coisa arrefecen-do o apetite destruidor de um buraco ne-gro que se acredita existir no centro danossa galáxia. Em outubro de 2002, as-trônomos observaram uma estrela orbi-tando tal buraco negro, que ancoraria aVia Láctea. Essa descoberta prova mui-to do que se pensava sobre a galáxia, masjustamente menos que o buraco negrorealmente está lá. A região em torno des-tes corpos estelares costuma ser altamen-

te ativa. Equipamentos como os do Ob-servatório Chandra de Raios X são ca-pazes de captar os enormes raios libera-dos pelos buracos negros quando devo-ram matéria pela frente. Já o nosso bura-co negro parece ser medíocre, pois nãotem apetite suficiente para tal. Em no-vembro de 2002, outro estudo mostroudois buracos negros em fusão iminenteno centro da galáxia.

A ORIGEM DA VIDA

Tentar entender a origem da vida nãoé muito fácil. Por mais que avancemos,sempre acabamos no mesmo lugar. Nãohá muitos dados com que trabalhar parase encontrar a resposta, e a Terra não temregistro do que aconteceu bilhões de anosatrás, quando a vida estava sendo for-mada. Cientistas concordam, no entan-to, que a vida pôde sobreviver a uma vi-agem de Marte à Terra dentro de umarocha expelida pelo impacto de um aste-róide naquele planeta. A comunidade ci-entífica internacional, no entanto, acre-dita que vida na Terra foi cozida em umasopa de substâncias químicas pré-bióticas aqui mesmo no planeta. Os in-gredientes – água e moléculas orgânicas– podem ter vindo do espaço, mas a Ter-ra provavelmente atuou como incubado-ra. A resposta ao enigma irá resultar emquão provavelmente a vida pode ter co-meçado em algum outro lugar, em Mar-te ou em torno de outra estrela.

SEGREDOS LUNARES

Um estudo publicado em julho de2002 mostrou que há cerca de cincotoneladas de pedras terrestres em todaa superfície da Lua. Essas pedras con-têm informações sobre a composiçãoda Terra e sua atmosfera quando aindajovem, e possivelmente sobre a origemda vida. A questão é que ninguém podeafirmar que essas pedras estão lá oupodem ser resgatadas, mas os cientis-tas estão otimistas. “Esse estudo nosdá uma razão para voltar à Lua eolhar para ela como uma janela paraa jovem Terra”, diz John Armstrong,da Universidade de Michigan.

ESTAMOS SOZINHOS?

Astrofísicos, astrônomos e cosmólo-gos sempre olharam para o espaço pro-curando outros planetas que poderiam

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abrigar vida. Quando foram descober-tos gigantes corpos gasosos, em 2001,girando em outro sistema estelar, os ci-entistas começaram a questionar se o nos-so sistema seria padrão para tudo isso.Em junho do ano passado, novos plane-tas do tamanho de Júpiter foram encon-trados em órbitas similares à desse pla-neta. Desde então, os estudiosos vêmolhando para o céu à procura explicaçãopara tais fenômenos. Um estudo estimouque há bilhões destes corpos no espaço,e pouca gente duvida da presença de pla-netas rochosos girando em órbitas iguaisà da Terra. Nenhuma prova disso, con-tudo, deve surgir em 2003. Este é ummistério que provavelmente não será so-lucionado até que uma nova geração detelescópios espaciais seja lançada. Ou-tro estudo publicado no ano passado dizque as chances de existência de vida ex-traterrestre em planetas semelhantes aonosso são de um em 3. A maioria doscientistas procura vida na forma de mi-cróbios, mas um grupo de cosmólogosbusca sinais de vida inteligente. Nin-guém sequer cogita a existência deUFOs visitando a Terra...

SOL ENIGMÁTICO

No ano passado, uma série de de-talhadas fotografias do Sol revelou es-truturas em forma de canal saindo deregiões brilhantes e indo para pontosescuros da estrela. As estranhas estru-turas são compostas de energia mag-nética e são extremamente quentes,mas isso é tudo o que se sabe sobreelas. O que as gera ainda é um misté-rio. “O que acontece exatamente e porque esse tipo de estrutura é formado,ainda não sabemos”, disse Dan Kisel-man, que participa do estudo.

IDADE DO UNIVERSO

Os cientistas estão de comum acor-do sobre como o universo primordial foiformado, mas começam a questionarquando a atual era do cosmos teve iní-cio. Dados apontavam para algo entre12 e 15 bilhões de anos atrás, até queimagens feitas pelo telescópio Hubble,em abril de 2002, balançaram essa cren-ça e estimou a idade entre 13 e 14 bi-lhões de anos. Não dá pra dizer quandouma resposta precisa será apresentada,mas pode-se prever a possibilidade deque outra estimativa surja em 2003.

PLANETAS DESAPARECIDOS

No ano passado, o teórico Alan Boss,da Instituição Carnegie, de Washington,desenvolveu uma idéia radical sobre omecanismo de formação dos dois gigan-tes gelados mais distantes do nosso Sis-tema Solar: Urano e Netuno. Boss sus-tenta que quatro grandes planetas de nos-so sistema tenham sido formados a par-tir de nuvens gigantescas de gás e poei-ra, e não de objetos rochosos, como sus-tentava o modelo anterior. Para apoiarsua teoria, e também a origem de Ura-no e Netuno, que pelo modelo padrãonem existiriam mais na órbita do Sol, oteórico colocou o Sistema Solar em umaoutra parte do espaço.

Ele escolheu uma região de intensaformação de estrelas, de modo que suaradiação ultravioleta daquelas mais pró-ximas pudesse colocar Urano e Netunode volta aos seus devidos lugares emnosso sistema. Deu certo, por enquan-to. Os astrônomos estão muito céticosporque agora há uma velha teoria quenão funciona e uma nova que é, naspalavras de seu criador, uma idéia semsentido, mas que funciona. Talvez em2003, enquanto alguns cientistas esti-verem ocupados procurando planetasem volta de outras estrelas, alguém vaidescobrir como os de nosso próprio Sis-tema Solar foram criados.

VAMOS SOBREVIVER A 2003

Nenhuma notícia sobre o espaço fezmais alarde do que a do iminente impac-to de um asteróide com a Terra, em 2019.Como se viu mais tarde, as chances dissoocorrer são mínimas. Não há no espaçonenhuma pedra em rota de colisão com onosso planeta. Portanto, as chances desobrevivermos em 2003 ao impacto derochas espaciais são boas. E seriam boastambém se uma pedra gigantesca, ca-paz de causar grande estrago no plane-ta, estivesse a caminho daqui. Os astrô-nomos garantem que saberemos do pe-rigo com anos de antecedência, senãodécadas. O desafio para os cientistas,contudo, será começar um esforço cen-tralizado para encontrar pequenos as-teróides e revelar seus mistérios antesque eles caiam em nosso planeta.

Este texto foi elaborado a partir de notíciastraduzidas por integrantes da EQUIPE UFO.

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intenção desse texto é examinar,com base nos relatos coletados,opções e explicações diferentesdas comumente utilizadas paradescrever como são os aliení-

genas mais conhecidos na casuística ufo-lógica. Pretende-se, ao longo desse tra-balho, mostrar uma visão alternativa decomo são os alienígenas conhecidos comograys ou cinzas, de acordo com a ciênciae a tecnologia. Tal visão é composta deespeculações, deduções e conclusões ti-radas de relatos de observações de cin-zas registrados em todo o globo.

Antes, no entanto, é necessário esta-belecer alguns parâmetros que possamsituar o leitor dentro do contexto que seirá abordar. O primeiro deles diz respeitoà tecnologia destes alienígenas. Para essaanálise, admite-se a priori que os seresem questão são tecnologicamente avan-çados, pois chegam até nosso planeta atra-vés de soluções tecnológicas que lhespermitem efetuar viagens complexas, sejade uma outra dimensão, de outro sistemaestelar ou mesmo de outraépoca no tempo. O segun-do parâmetro a se conside-rar é que, apesar de teremuma tecnologia superior ànossa em alguns aspectos,os grays não necessariamen-te têm um conhecimentomais avançado do que onosso em todos os sentidosda existência. Ou seja, nãosão deuses absolutos, dota-dos de todas as respostas ede conhecimento supremosobre o universo. Mesmoestando à nossa frente, tam-bém estão em processoevolutivo. Tendo essas con-siderações em mente, va-mos ao trabalho.

Já há alguns anos uma raça de alieníge-nas vem sendo descrita pelas pessoas queafirmam ter tido contatos imediatos de grauselevados, especialmente, em grande maio-ria, as que alegam ter sofrido uma abdução.Os seres que essas pessoas descrevem teri-am baixa estatura, 1,5 m em média, cabe-ças desproporcionais ao corpo, olhos mui-to grandes e totalmente negros, apenas pe-quenos buracos aonde deveriam ser o narize a boca. Alem disso, seus braços são maislongos que o normal e teriam apenas qua-tro dedos nos membros.

SERES SEM SENTIMENTOS — Sua pele, ain-da segundo esses relatos, seria lisa e sempêlo algum, fria ao toque e totalmente cin-za – vindo daí o nome que foi dado pelosufólogos a esses alienígenas, grays, queem inglês significa cinzas. Uma outra ca-racterística importante a se mencionar éque é quase unânime a informação de quetais seres parecem não ter sentimentos,não esboçando nenhuma forma visível deemoção em seus rostos, segundo contam

Paulo Rogério Álves

A suas “vítimas”. A comunicação entre elesé quase sempre descrita como telepática,sem que emitam som algum quando tro-cam informações. Os mesmos relatos daspessoas que os contataram dão conta deque a comunicação que se estabelece en-tre elas e os alienígenas também são te-lepáticos. De acordo com descrições, taisETs não mexem a boca, mas são capa-zes de saber o que pensamos e respon-dem às perguntas que formulamos dire-tamente em nosso cérebro.

Deve-se levar em consideração, é cla-ro, que o principal problema que enfrenta-mos quando tentamos entender como sãonossos visitantes alienígenas – cinzas ououtros –, é termos como base de informa-ções única e exclusivamente as descriçõesfornecidas pelas testemunhas. E estas, vin-das de situações traumáticas, como é umaabdução, podem narrar fatos distorcidosou equivocados. Não podemos afirmar que100% do que nos é relatado por pessoasem tais condições sejam reflexo da reali-dade. Existe uma enorme possibilidade de

que sua narrativa contenhauma deformação da situaçãoque viveram nas mãos ou emcompanhia dos cinzas. Issose pode dar por uma varie-dade de fatores, entre eles, eem grande parte, o estresseda situação vivida e o fatode a testemunha não ser ca-paz de reconhecer tudo oque viu durante a experiên-cia, acabando por interpre-tar da forma como melhor seencaixar em seus conheci-mentos aquilo que ficou fal-tando compreender.

Assim como no caso dochamado “culto ao cargo”,descrito por sociólogos e an-tropólogos como a situaçãoAr

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de se imitar um ente imaginado superior,uma testemunha pode fornecer informa-ções distorcidas da ação de um gray, den-tro ou fora de sua nave. O culto em ques-tão pode ser bem exemplificado em situa-ções clássicas, como aquela em que indí-genas imitavam mecanicamente as opera-ções realizadas em postos de comando deforças invasoras em suas terras, acreditan-do que os ocupantes de seu território secomunicavam diretamente com os deuses,e que, agindo igual a eles, também conse-guiriam que cargas de comida caíssem docéu. Isso os faziam, em épocas passadas,repetir seus atos, na esperança de gozardas mesmas benesses.

O ser humano também pode forne-cer uma informação deformada sobre umalienígena do tipo cinza, pois quando sedepara com um ser diferente de sua es-pécie, o homem tenta encaixá-lo eclassificá-lo dentro de parâmetros quelhes são mais conhecidos. Isso é um atoinconsciente. Assim, o que é descritoregularmente pelas testemunhas comoorifícios na altura do nariz viram auto-maticamente um nariz, e as formas arre-dondadas no local onde deveriam estarseus olhos, tornam-se olhos propriamen-te ditos. E assim por diante.

REFLEXO DA REALIDADE — Mesmo aque-les relatos que são obtidos através de hip-nose podem ainda não refletir toda a re-alidade da experiência vivida pelo hip-notizado, porque esta pessoa vai narraros fatos assim como se lembra deles. Ese ela interpretar mal uma imagem ouinformação, assim também a passará aohipnotizador. A hipnose não é uma téc-nica mágica, em que o paciente gravaum filme e reproduz em uma tela. Naverdade, ela apenas traz para o consci-ente memórias gravadas em nossa men-te. Ocorre, entretanto, que, no momento

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em que foram gravadas, tais memóriasjá passaram pelo nosso filtro pessoal epodem ter sofrido a mesma distorção aque estão sujeitas descrições de fatoslembrados de forma consciente.

Considerando-se estas questões, vê-se que possuímos apenas a descrição bá-sica do que poderia ser um alienígenado tipo cinza. A partir de uma idéia ge-ral, cada um tenta encaixar as peças des-se quebra-cabeças com seu conhecimen-to pessoal, para chegar a uma conclusãoindividual. Os ufólogos que analisam atipologia de um cinza estão, na verdade,tentando entender o que uma testemu-nha viu e buscando explicar o que eraaquele ser. Os que consideram que osrelatos representam, sim, 100% da rea-lidade vivida procuram uma interpreta-ção dentro das possibilidades da teste-munha, mesmo não sendo ela capaz decompreender tudo o que viu. Vejamosalgumas das correntes mais comuns depensamento quanto a este tema.

ROBÔS SONDAS — Alguns estudiosos acre-ditam que os alienígenas do tipo cinza se-jam apenas “ferramentas” utilizadas paranos estudar. Eles não seriam verdadeirosintegrantes da civilização que os enviou àTerra. Os verdadeiros integrantes, por al-gum motivo, tecnológico ou não, estariamimpossibilitados de viajar até aqui, man-dando os cinzas fazerem o trabalho poreles. É possível que, apesar de tecnologi-camente superior, essa cultura não tenhaconseguido desvendar o segredo de selocomover a velocidades mais rápidas quea luz e, sendo assim, a viagem de seu pla-neta ao nosso levaria anos. Então, tal ci-vilização inventou seres comas características dos cinzas,que poderiam percorrer o ca-minho em seu lugar e levar osdados coletados aqui de voltaao seu planeta, mesmo que de-morem vários anos.

Há uma variação para afunção de tais seres, segundoalguns autores, que conside-ram que os cinzas poderiamser as duas coisas ao mesmotempo, mandatários e cumpri-dores da missão. O mais ób-vio, no entanto, é que sejammáquinas autômatas, progra-madas para pesquisar outrasformas de vida pela galáxia,ficando adormecidos duranteos longos percursos e despertassem ape-nas nas horas que fosse necessário. Ecom frieza de máquinas, fariam experi-ências e coletariam dados para, quandopossível, entregar aos seus criadores.

Outra variação na forma de encararestes seres é a idéia de que seriam umasub-raça concebida por engenharia ge-nética, com a tarefa única de explorarambientes hostis para seus criadores.Seriam, assim, cuidadosamente manipu-lados para não ter sentimentos, apenasexecutar ordens. Seriam algo como um“robô biológico”, um animal vivo, masainda assim um robô.

Existem também os estudiosos queacreditam que os cinzas são, na verdade,uma espécie de cetáceo, resultado da evo-lução natural, em um mundo distante, deum ser parecido com nosso golfinho. Ar-gumentam que, assim como nós evoluí-mos de um ser parecido com o macaco,existiria uma raça que evoluiu a partir deum ser parecido com o golfinho. Esta raçaestaria agora com capacidade de viajarpela galáxia, estudando as formas de vidaque encontrar pela frente. Algumas pes-soas que estiveram em suas naves rela-tam que realmente conseguiram distinguirum buraco no topo da cabeça dos cinzas,tal qual têm os golfinhos, que seria umaherança de seu passado cetáceo.

Outra teoria muito difundida no meioufológico é a dos “escravos galácticos”.Segundo ela, os cinzas seriam uma raçaescravizada, utilizada por outras raças parafazerem um tipo de serviço sujo em seulugar. Seriam uma mão-de-obra barata edescartável, que teria, entre outras, a tare-fa de abduzir os terrestres para serem usa-dos em experiências das mais diversas nasmãos dos verdadeiros vilões, que se es-conderiam atrás dos seus escravos. Podeparecer absurdo, mas não para alguns es-tudiosos. De qualquer forma, essas e ou-

tras tantas teorias são divulgadas há muitotempo. Sua exposição aqui tem o objetivode interpretar as diversas faces da questãode tais seres, sempre partindo do princípiode que estamos estudando uma civiliza-ção tecnologicamente superior.

Ainda segundo a grande maioria dosrelatos que temos registrados sobre os cin-zas, aqueles que descrevem a nave quetripulam deixam claro que ela é materiale física, assim como são também as fer-ramentas que utilizam para perfurar ecolher tecidos humanos, implantar obje-tos em nossos corpos ou remover outrosimplantes. Isso leva a concluir que taisseres usam soluções tecnológicas parasuas tarefas diárias. Sendo assim, talveza descrição que muitas pessoas fazem doscinzas seja, na verdade, o resultado da máinterpretação que têm de uma tecnologiasuperior à nossa. Esses seres podem sertotalmente diferentes do que já foi imagi-nado até hoje, podendo muito bem sermais parecidos conosco do que estamospreparados para aceitar.

IMPRUDÊNCIA ESPACIAL — Parece um tan-to imprudente para um viajante das es-trelas chegar a um planeta desconheci-do, onde haja uma forma de vida estra-nha, e descer de sua nave totalmente nu.Mesmo assim, grande parte dos relatosde quem esteve nas mãos ou em contatocom esses seres os descrevem como es-tando nus. Apenas ocasionalmente os re-latos dão conta de que, por cima da peledescrita como acinzentada, exista umavestimenta de qualquer tipo. Ora, essesseres não são mágicos, e se usam coisasmateriais e dependem de tecnologia, en-

tão devem ser susceptíveis aferimentos, doenças e coisasassim. Mas esse não parece

ser o caso.Em vista dis-

so, é razoável quese interprete oque é descritocomo pele, naverdade, comosendo uma espé-cie de vestimen-ta, algo que pro-teja tais explora-dores do ambien-te e seja uma fer-ramenta tecnoló-

gica para suas atividades. Con-siderando que uma civilização

de cinzas tenha tecnologia para viajar pelagaláxia, será que ela não estaria usandouma roupa-computador, semelhante a des-crita acima e que, dentro de pouco tem-po, estará à disposição até mesmos de hu-

A ROBÓTICA já faz parte de nossas vidase, certamente, deverá ser bem conhe-cida pelos grays. Seus olhos grandes eos instrumentos que utilizam podem serparte de seu traje para pesquisa

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mildes mortais terrestres, como nós [Vejabox]? E será que, além de proteção, essetraje não seria também um equipamentopadrão para pesquisa e exploração?

As conclusões quanto a isso ficam acritério do leitor. De qualquer forma, de-vemos ter em mente que, apesar de tantonós como eles somos raças que utilizamtecnologia para soluções do dia a dia, nãoexiste necessariamente uma relação entrenossos avanços e conquistas tecnológicase as deles. Noutras palavras, a tecnologiados cinzas não precisa ser um espelho doque será a nossa no futuro. Mas, novamen-te, levando-se em conta os relatos das tes-temunhas, essa hipótese tecnológica emgrande parte se explica. Assim, a pele es-tranha e a aparente falta de roupas já esta-ria compreendida à luz de uma nova inter-pretação, mas não é só isso.

Como temos também em nosso cotidi-ano terrestre, de nada adianta desenvolverum computador totalmente móvel se ele ti-vesse que ficar conectado a um monitor otempo todo. Um computador que não pos-sa devolver a informação para o usuário tam-bém não é de grande valia. Sendo assim, énecessário desenvolver uma maneira de seintegrar os periféricos dessa máquina à rou-pa-computador que descrevemos. Em nos-so caso, periféricos de um computadormais habitualmente usados pelas pessoassão, por exemplo, as impressoras, que re-gistram os dados, os gravadores de CD,que os armazenam para fácil consulta, osauto falantes, que apresentam fatos de for-ma sonora, as câmeras digitais ou web-cams, que permitem uma maneira maisdinâmica de comunicação pela internet, osscanners, que transformam informaçõesem linguagem de computador etc.

A pesquisa mais avançada e recentenesta área é a de um pequeno projetor noformato de óculos que, em vez de lentes,projetaria diretamente na retina do usuá-rio as informações que seriam projetadasna tela do computador. Pronto, está dis-pensado o monitor. E outra linha dessapesquisa é o desenvolvimento de óculosde telas de cristal liquido transparentes,que mesclariam as informações do com-putador com a visão real da pessoa. As-sim, o usuário poderia fazer sua caminha-da diária ao mesmo tempo em que lê eresponde seus e-mails. Excelente, estádispensado o teclado também.

E como se já não fosse suficiente, re-centemente outra pesquisa mostrou que épossível criar-se telas de computador emsuperfícies extremamente finas e maleá-veis, que podem até ser dobradas, permi-tindo com facilidade a substituição doscristais líquidos dos óculos descritos aci-ma. Numa analogia com o tema de nossos

s cinzas descritos em tantos relatosseriam mesmo humanóides? E o queas testemunhas observam são de

fato equipamentos utilizados por eles? Paratentarmos entender a questão, façamos umparalelo com o que há de semelhante emnossa civilização e com nossos avançostecnológicos atuais. Assim se verá que um“pulo tecnológico” em nosso futuro poderianos tornar muito parecidos com um aliení-gena do tipo cinza. Comecemos, então, peloque dá a esses seres seu nome, sua pele.Será ela mesmo uma pele? Ora, mesmoaqui, em nosso mundo relativamente atra-sado sob o ponto de vista tecnológico, sa-bemos que a exploração de determinadosambientes requer certos cuidados.

Usamos roupas especiais para lidar commateriais radioativos, super-aquecidos, bio-logicamente ativos e mesmo tóxicos. Mes-mo um mergulho de recreação, para ser se-guro, requer o uso de ma-cacões de neoprene, umaespécie de polímero se-melhante à borracha. Es-tudiosos de atividadesvulcânicas usam unifor-mes que têm em suacomposição o amianto,uma substância que iso-la calor. Cientistas quetrabalham com materialbiológico de alta pericu-losidade também preci-sam da proteção de te-cidos especiais. E atédesportistas têm hoje,ao seu dispor, roupascom fibras especiais esuperventiladas.

Assim, numa dedu-ção simples, é possívelque justamente aquiloque dá nome para esta espécie de visitanteespacial, sua pele de cor cinza, possa serapenas uma vestimenta. Some-se a isso ofato de que hoje, para quase tudo que preci-samos fazer, necessitamos de um computa-dor por perto. Ele é nossa ferramenta bási-ca, que mais que cálculos e operações ma-temáticas, nos ajuda a medir o ambiente anossa volta, a analisar o ar, a tomar deci-sões, a estabelecer comunicação etc.

O computador tem atualmente os maisvariados formatos e empregos, e não émais aquela simples caixa ao lado de umatela semelhante a uma tevê. O uniformedos astronautas, chamado de traje extra-

veicular (EVA), é um exemplo perfeito doemprego de um determinado conjunto detecidos especiais com computadores deformatos e funções variadas. Esse trajepermite aos astronautas fazerem passeiosno espaço em total conforto e segurança.Os tecidos que o compõem os mantêm asalvo de temperaturas extremamente altasou baixas, e os computadores neles embu-tidos lhes fornecem informações e soluçõespara as mais diversas situações.

Está certo que este traje ainda é dema-siadamente pesado, extremamente desajei-tado, muito limitado e de uso complicado.Mas ele está sendo cada dia mais aperfei-çoado. Os trajes do passado eram ainda maisproblemáticos, e certamente os do futuroserão inimaginavelmente mais práticos, aoserem desenvolvidos com novas pesquisas.Aliás, pesquisas avançadas já estão sendocapazes de produzir chips de computador que

podem ser inseridos dire-tamente no tecido do tra-je, estando em contatocom a pele ou órgãos dosastronautas. Por exem-plo, foi desenvolvida umatécnica que permite a im-pressão de circuitos ele-trônicos em pano, queserá inicialmente aplica-da para criar tecladospara computadores debolso. No futuro tambémserá possível construirtodo o circuito de umcomputador em uma rou-pa, bastando conectar osperiféricos a ela.

Aliado a isso, temosoutras pesquisas que es-tão transformando os co-letes à prova de balas po-

liciais em peças cada vez mais leves e re-sistentes. E novas fibras sintéticas permi-tem confeccionarmos tecidos capazes denos proteger da radiação e do calor, quepassariam tranqüilamente por uma vesti-menta do dia a dia. Junte-se esses dois con-ceitos – uma roupa resistente e protetora,fina como a seda e integrada a um compu-tador com todas as características de nos-sos atuais PCs, inclusive com a possibilida-de de ligação em rede – e imagine isso da-qui algumas décadas, no ritmo frenéticocom que temos alcançado sucessivos avan-ços tecnológicos. E agora voltemos aosnossos cinzentos visitantes.

Pele, roupa ou computador?Paulo Rogério Alves

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O TRAJE EXTRAVEICULAR de umastronauta emprega um con-junto de tecidos especiaiscom computadores de forma-tos e funções variadas, em-butidos no sistema

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visitantes cinzas, podemos ter aí uma ex-plicação plausível para os grandes olhosnegros que esses seres invariavelmenteapresentam, sem expressão e sem pálpe-bra, sem íris e apenas como uma grandee côncava lente negra. Será que essa des-crição é mesmo de um olho? Ou será queaquilo que as testemunhas viram e quefica exatamente onde deveriam estar osolhos de um cinza não seriam, na verda-de, um sistema semelhante a um perifé-rico de computador, muito mais comple-xo e reunindo funções de câmera, scan-ner, monitor etc – além de outras quesequer imaginamos.

OLHOS NEGROS — Novamente aplicandoesse conceito ao da já descrita roupa-com-putador, temos uma ampliação das capa-cidades de ação dos nossos visitantes. Osolhos negros dos cinzas poderiam ser len-tes seguras que servissem também de telapara seu traje. Elas forneceriam ainda aproteção necessária aos verdadeiros olhos,se eles existirem, talvez por trás da másca-ra preta, que permaneceria filtrando radia-ções nocivas ou mesmo protegendo-oscontra impactos. Ao mesmo tempo, mes-claria o visual do ambiente às informa-ções de seus próprios computadores ouda nave. Em algumas ocasiões, poderiamatuar como uma fonte de iluminação pró-pria, infravermelha ou não, o que causa-ria uma certa luminosidade, também jádescrita em muitos relatos.

Até mesmo as descrições de grandesmembros, braços e pernas com dedos dediferentes tamanhos, podem ser aplicadasà hipótese que desenvolvemos aqui. As-sim como todo o resto do corpo dos cin-zas, seriam eles também ferramentas parasua ação. Sim, talvez luvas adaptadas paratrabalho em ambientes hostis ou mesmoum reforço mecânico tecnológico para au-mentar a capacidade de seu organismo. Es-tes membros poderiam ainda possuir sen-sores e uma infinidade de equipamentos,o que, para as testemu-nhas, os tornaria tão di-ferente de membros co-muns, a cujos aspectosestão habituados. Talvezseus verdadeiros mem-bros estejam dentro daroupa-computador, oque os abduzidos vêemsoa uma aberração.

Enfim, as especula-ções em torno damorfologia e das ativi-dades dessa raça tãoaparentemente definidade ETs são muitas. Masas que procuramos fazer

aqui são baseadas em realidades tec-nológicas recentes, relativamente àdisposição de qualquer pessoa. Afi-nal, se o que especulamos estivercorreto, poderíamos então assumirque a descrição que uma testemu-nha faz da fisiologia externa de umcinza é, em realidade, a interpreta-ção pessoal que faz da visualizaçãode um equipamento, de uma roupaexterna que o ser está vestindo. Paraisso, entende-se que a pessoa nãotenha visto o ser realmente, masapenas sua indumentária de prote-ção. E por não ter noção disso eacreditar estar vendo o ser comorealmente é, interpreta as informa-ções visuais segundo os parâmetrosde seu consciente.

Dessa forma, uma roupa vira pele,viseiras viram olhos, orifícios viramnarizes e bocas, luvas viram mãos eassim por diante [Veja box nesta matéria].Porém, ainda falta tentar novas hipótesespara explicar um ponto que é comentadoem muitos relatos de contatos com seresdesse tipo: a comunicação que se estabele-ce com eles. Poderia uma teoria tecnológi-ca fornecer explicação para a suposta co-municação telepática que os cinzas têm en-tre si e para com suas vítimas?

Para essa análise, admitamos por uminstante que, de fato, o que tem sido des-crito pelas testemunhas seja mesmo o vi-sual externo de uma roupa ou equipamen-to utilizado pelos seres dessa categoria, eque esse equipamento seja um computa-dor sofisticado. Isso em mente abre possi-bilidades para explicar a aparente telepa-tia que eles demonstram. Examinando osrelatos de quem esteve frente a frente comcinzas, muitos registram que tais seres nãoemitem sons e que apenas se olham rapi-damente, demonstrando saber exatamen-te o que têm que fazer. Deduz-se, assim,que existe uma espécie de comunicaçãotelepática entre eles. E mesmo quando se

dirigem às testemunhasou vítimas, não o fazematravés de sons. Segun-do tais pessoas, é comose a voz de seus capto-res fosse diretamentepara seu cérebro, talcomo as respostas que“recebem” a perguntasque formulam, mental-mente ou não.

Como a hipóteseapresentada nesse textopode resolver essa ques-tão? Ora, entendendocom clareza que tais se-res são tecnológicos que

utilizam soluções tecnológicas para seusproblemas, e tendo em vista que cada umcarrega em suas roupas um computadordotado de interface com o usuário, é sim-ples conceber que estão interligados en-tre si. Talvez tal conexão se dê através dealgum tipo de onda, como as nossas atu-ais redes sem fio, o que permitiria queum indivíduo se comunicasse com ou-tro com a maior facilidade. A mais sim-ples forma de comunicação seria via tex-to, mas digitar uma conversa complexaleva mais tempo que falar. Para pessoasdistantes, poderia ser uma solução. Po-rém, quando as pessoas estão próximas,esse meio já não é tão produtivo.

ONDAS CEREBRAIS — Mesmo utilizando-se uma técnica que permitiria ao aliení-gena “escrever” o texto sem um teclado –usando os olhos, por exemplo, conformeuma técnica que já existe atualmente –,ainda sim seria menos produtiva que odiálogo tradicional pelo som. No entan-to, existem pesquisas em outra área doconhecimento humano que têm explica-ções para isso. O mapeamento das ondascerebrais é uma delas. Esse mapeamentopermite que possamos identificar qualonda cerebral é responsável por uma açãoque devemos tomar. Já existem projetosque demonstram que um indivíduo é ca-paz de movimentar um jogo de compu-tador apenas com o pensamento. Pen-sando-se numa ação, o jogo obedece àsondas cerebrais e a ação é executada. Oque antes era domínio exclusivo daparapsicologia, hoje é ciência.

Juntando-se a isso o fato de que umcinza poderia apenas pensar o que iriadizer, como se isso não fosse algo tam-bém tecnologicamente resolvido para

“ Seres tecnológicos,como nossos visitantes

extraterrestres, certamenteutilizam soluções

tecnológicas para seusproblemas. Isso envolve

o desenvolvimento eaprimoramento de métodos

de interação com oser humano em suasincursões na Terra ”

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sua civilização, sua onda cerebral é en-viada a um computador, que a interpretae envia diretamente ao cérebro do recep-tor a frase desejada. Isso seria basica-mente o que se acredita ser a telepatia,mas utilizando meios tecnológicos paraconsegui-la. Nesse cenário, a comunica-ção entre os seres dentro de uma nave,que por muitos é considerada paranor-mal ou transmissão de pensamento, podemuito bem ser uma evolução tecnológi-ca do que temos hoje e usamos quasetodos os dias, um “e-mail neuronal”. Éclaro que seria um e-mail muitíssimoavançado, ainda inconcebível para nós.Mas lembremos que o e-mail como te-mos hoje, escrito através de programascomo muitos que existem no mercado,também era algo absolutamente inima-ginável para nós há poucos anos...

Essa interpretação dos fatos “resolve”grande parte do problema que envolve osalienígenas do tipo cinza e sua curiosa ati-vidade junto à raça humana. Podemos atéentender como um desses seres se comuni-ca com outro, e mesmo como consegue lernossos pensamentos. Afinal, a sala para ondeé levado um abduzido, ou mesmo a navetoda, também é um computador que podemapear nossas ondas cerebrais e traduzi-las, para que nossos captores as entendamsem problemas. Mas, o que pensar sobrequando o abduzido ouve a comunicaçãodiretamente em seu cérebro? Se ele não estávestindo uma roupa-computador, como essainformação chega até sua mente?

A solução tecnológica para explicaresse fato pode ser um pouco diferenteda apresentada anteriormente. Mas tam-bém é derivada ou similar a algo que hojenós mesmos possuímos, apesar de serbem recente e ainda estarmos engati-

nhando em sua inter-pretação e desenvolvi-mento: a transmissãode som dirigido. Essaforma de transmissãode áudio se dá em umafaixa de onda extrema-mente estreita, dirigidadiretamente para a pes-

soa que deve ouvi-la. Não havendo pro-pagação da onda de áudio para os lados,apenas em linha reta, ninguém mais é ca-paz de ouvir o que se deseja transmitir,a não ser a pessoa que é o alvo.

Apesar de pouco conhecida e só re-centemente divulgada nos meios cientí-ficos, o filme Minority Report [2002],estrelado por Tom Cruise, demonstraexatamente como se acredita que será talforma de comunicação no futuro. Elemostra que, quando o personagem prin-cipal está nas ruas, ele percebe que to-das as manifestações ao seu redor – in-clusive propagandas em outdoor – sãodirigidas exclusivamente a ele. Issoacontece da mesma forma a todas as de-mais pessoas da rua, no mesmo instante.Ficção científica? Nem tanto. No filmese apresenta uma avançadíssima tecno-logia que pode estar ao nosso dispor den-tro de alguns anos ou décadas.

No mundo real, a Coca-Cola está ex-perimentando algo similar com suas má-quinas de venda espalhadas pelos qua-tro cantos do mundo. Só quem estiverpassando perto de uma, em determinadaárea, será capaz de ouvir a propaganda.Porém, o som emitido por esse métodoainda carece de qualidade, embora jáseja suficientemente funcional para umacomunicação vocal. E assim como nocaso do e-mail neuronal, lembremo-nostambém aqui que todos os nossos maisfantásticos recursos tecnológicos de hojeeram fantasia ou ficção científica pou-cos anos ou décadas atrás.

Voltando aos cinzas, estes poderiammuito bem estar usando métodos seme-lhantes para se comunicar conosco. Elesapenas pensariam em algum diálogo e este,em vez se manifestar através de onda ce-

rebral e ser enviado a outro ponto da rede– outra roupa-computador – seria interpre-tado em forma de som e enviado por talmétodo diretamente ao ouvido da testemu-nha. Esta, por sua vez, sem ter conheci-mento dessa possibilidade, poderia facil-mente convencer-se de que está passandopor um processo de telepatia. Tal formade comunicação não tem limite de distân-cia, bastando-se aumentar a potência dotransmissor para atingir locais mais remo-tos. E ela também explicaria o problemado idioma, pois como um cinza dificilmen-te poderia se comunicar com diversas ra-ças terrestres em seus próprios idiomas,com esse método ele usaria ondas cere-brais e não sua vocalização. Eis aqui umaforma avançada de se conceber o funcio-namento de um tradutor universal.

NEM DEUSES, NEM DEMÔNIOS — Se con-siderarmos tudo o que foi exposto comoplausível, ou pelo menos parte, vislum-bramos uma forma muito diferente de in-terpretarmos os tão polêmicos grays.Não tão maus e não tão bons quanto sãopintados na casuística ufológica. Mas, naverdade, muito mais parecidos conoscodo que gostaríamos que fossem. Talvezum reflexo do que podemos ser um dia,nem deuses, nem demônios. Apenas se-res em seu processo de evolução, que,assim como nós, buscam conhecimentoe respostas, utilizando seus métodos depesquisa. Em seu caminho, por sorte oupor azar, encontraram nosso pequenomundinho e, constatando seu ritmo deaprendizado, até aqui vêm para aumen-tar o conhecimento de sua espécie. Aquestão que surge com tais especula-ções é: poderemos nós, se continuarmosem nosso processo de evolução tecno-lógica, sermos no futuro os grays de umplanetinha afastado?

PAULO ROGÉRIO ALVES é analista de su-porte e consultor da REVISTA UFO. Seu en-dereço é: Rua São Virgílio 102, JardimTaboão, 05741-240 São Paulo (SP). E-mail: [email protected].

O cinema imita a vidaCENAS DE FILMES RECENTES tratam deavanços tecnológicos ainda impensá-veis, mas que brevemente estarão emnosso cotidiano. A partir da esquerda,Minority Report, Inteligência Artificiale Contato. É inegável que estes traba-lhos tenham recebido influência da pre-sença alienígena entre nós, cada vezmais impossível de ser negada

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uitas pessoas têm vivido ex-periências de abdução e con-tatos com UFOs nos últimostempos. Hoje, tais ocorrênci-as estão espalhadas pelo mun-

do inteiro e atraem a atenção de ufólogose também de profissionais de diversas áreasda saúde. Muitos autores no campo da psi-cologia, por exemplo, têm citado com re-gularidade a incidência deste fenômeno en-tre seus pacientes, chamando a atençãopara a importância do assunto. Alguns de-les destacam o significado da psicologiano sentido de construir e transformar, comoé o caso de algumas das maiores autorida-des em psicologia transpessoal da atuali-dade, o doutor Stanislav Grof e sua espo-sa, a também doutora Cristina Grof.

Outros nomes de grande prestígio sãoo doutor Joshua D. Stone, atuante na áreada chamada psicologia da alma, o próprioCarl Jung, que fazia parte de uma associa-ção de estudos de objetos voadores nãoidentificados, e Wilhelm Reich, criador dapsicologia corporal. Reich testemunhouavistamentos de naves alienígenas atravésda janela de seu consultório, em seu insti-tuto de pesquisas, e enviou relatório paraa Agência Espacial Norte-Americana(NASA), pormenorizando sua experiên-cia. Foi um dos pioneiros da psico-logia a escrever artigos sobre osUFOs, inclusive relacionando comointerferiam em suas pesquisas.

Para acrescentar mais notáveis es-pecialistas a essa relação, é importantetambém mencionar alguns expoentesda psicologia que têm profunda inti-midade com o Fenômeno UFO. En-tre eles está o doutor Leo Sprinkle,professor aposentado da Universida-de do Wyoming, que após seu avista-mento de um disco voador começoua fazer pesquisas com abduzidos e édono de um vasto repertório de tex-

tos publicados sobre o tema, relacionan-do-o, inclusive, à reencarnação, e o dou-tor John E. Mack com seu pioneirismo napsiquiatria. Mack deu grande auxílio àquestão das abduções, revelando casosacontecidos entre seus pacientes. Ele é oresponsável pela Ufologia ter atingidomaior respeitabilidade no meio acadêmi-co, ao revelar publicamente, como profes-sor da Universidade de Harvard, o resul-tado de suas pesquisas na área.

ABDUÇÕES NO BRASIL — Em nosso paístambém está surgindo um movimento quevisa esclarecer os mecanismos da abdu-ção e ajudar no tratamento de pessoas quepossam ter sido afetadas por tais experi-ências. Está em andamento, na cidade deAtibaia (SP), sob coordenação do OmegaInstituto, uma iniciativa pioneira na Amé-rica do Sul a transmitir conhecimentosavançados sobre o tema. Trata-se de umcurso de especialização sobre abduções,revolucionário e aberto a realidades mui-tas vezes não visíveis à razão, área em quese situam as possíveis visitas extraterres-tres. O conteúdo programático desta espe-cialização será apresentado durante doisanos. No primeiro, o curso estará acessí-vel a todos os interessados na temática, e,

Monica Borine, convidada especial

M no segundo, apenas a profissionais da áreada saúde, pois as informações serão apro-fundadas e visam tratamentos terapêuticos.O corpo docente que ministrará as aulas écomposto por profissionais renomados, na-cionais e internacionais.

Estou à frente de tal iniciativa, ampa-rada por minhas atividades na área e moti-vada pelo crescente número de ocorrênci-as de abduções no Brasil, que precisam detratamento adequado. Em pesquisas pes-soais e clínicas dos seqüestros por aliení-genas, venho me interessando por muitosde seus aspectos mais visíveis. Um deles éo chamado estresse pós-traumático, mui-to comum em pessoas que se dizem abdu-zidas, que alegam ter tido experiências deobservação de UFOs à curta distância oucontato mentais com seres extraterrestres.Essas podem ser situações reais, emboradiscriminadas e não reconhecidas nos mei-os científicos, e representam problemas degravidade para quem as vive.

É importante notar que, hoje, muitaspessoas em todo o mundo sofrem distúrbi-os psíquicos após passarem pelas situaçõesdescritas, simplesmente pela escassez ou to-tal inexistência de tratamento especializa-do. Uma pessoa que passe por esse tipo deexperiência, se tiver modificada qualquer

parte de sua vida, muitas vezes nãosabe a quem recorrer. Alguns paísesavançados na área da saúde, como osEstados Unidos, já se preocupam comisso e oferecem ajuda especializada aesse tipo de paciente. Mas, no Brasil,ainda estamos muito longe disso e pre-cisamos de profissionais qualificadospara lidar com o problema, principal-mente porque em nosso país a incidên-cia das abduções é intensa e suas pers-pectivas futuras são imprevisíveis.

Na verdade, a maioria das pessoasque possam ter estado na presença denossos visitantes alienígenas sequer se

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AS ABDUÇÕES não acontecemapenas abordo de UFOs. Hácasos de pessoas abduzidasem seus próprios quartos

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dá conta do que ocorreu ou está ocorrendo.Muitas carregam traumas de variados grause intensidades para o resto de suas vidas,por não terem alguém que compreenda ossintomas e seja capaz de aplicar-lhes umtratamento adequado. O Fenômeno UFO éverdadeiramente um elemento perturbador,e qualquer pessoa que tenha um contatomais próximo ou duradouro com suas for-mas de manifestação, com certeza, em qua-se unanimidade dos casos, poderá ter mu-danças em sua vida. Isso nem sempre sig-nifica que tais alterações sejam prejudici-ais, mas mesmo se benéficas devem serapropriadamente compreendidas. E quan-do prejudiciais, tratadas.

Antes de qualquer coisa, para umamaior compreensão do fenômeno precisa-mos ter nossas mentes abertas. Principal-mente os profissionais da área da saúde,pois este é um terreno a ser desbravado enele tudo ainda é novidade. Em primeirolugar, precisamos nos informar continua-mente sobre os novos estudos a respeitoda consciência humana, que são desenvol-vidos a todo instante. Felizmente, hoje exis-tem pesquisas e trabalhos dentro da psico-logia de ponta – especialmente nas áreascorporais, energéticas e psíquicas –, resul-tando numa forma de praticar esta disci-plina de maneira mais completa e integra-da, como no caso da psicologia da consci-ência e da psicologia integral. Isto signifi-ca perceber o ser humano correlacionando-o com tudo o que existe ao seu redor, enão somente como um organismo indepen-dente, uma individualidade. Estas especi-alizações da psicologia se preocupam emintegrar conhecimentos orientais com oci-dentais, e surgiram para ajudar a pôr fimna fragmentação do conhecimento.

A psicologia integral, por exemplo, vemsendo considerada hoje a quinta força daciência psicológica – a primeira foi a psica-nálise, a segunda o behaviorismo, a tercei-

ra a humanista e, a quarta, a transpessoal.Estudos profundos dentro das chamadasneurociências, em especial a neuropsicolo-gia, vêm comprovando cada vez mais queo ser humano é afetado por tudo ao seu re-dor, assim como afeta tudo e todos o tempointeiro. Tais trabalhos nos mostram tambémque o homem é composto por vários níveisde consciência que se inter-relacionam – ofísico, mental, energético e o sutil. E cadaum deles conta com várias subdivisões.Tanto que podemos falar hoje em nove ní-veis de consciência, enquanto a psicologiaoriental, em 19. Estes níveis afetam e sãoafetados pelos demais, simultaneamente namedida que o ser humano se desenvolveem seu processo evolutivo.

ENERGIAS DESCONHECIDAS — Na experi-ência da abdução isso tem importânciafundamental. Pessoas que passam por elasrelatam que foram expostas a energias denatureza desconhecida, recebendo irradi-ações diferenciadas das de seu habitat natu-

ral, sobre as quais ainda não temos conhe-cimento algum. São sons estranhos, odoresdesconhecidos e visões nunca registradasou concebidas pelos abduzidos, e, portan-to, de difícil assimilação por sua percepçãomental. Em resumo, os fatores que compõeuma abdução são como elementos invaso-res em diversos níveis de consciência paraquem passa por tais experiências, gerandoinformações e mensagens complexas. Issosem levar em conta os relatos sobre hip-nose têm grande intensidade emocional,quando são descritos exames físicos reali-zados por seres extraterrestres em suas“vítimas”, a bordo de UFOs.

Estas situações provocam traumas dediversas ordens e naturezas, em diversosníveis da consciência humana. Paraentendê-los, precisamos analisar e diferen-ciar o que é trauma e o que é estresse, ecomo eles são causados. Primeiramente, otrauma é um estado da pessoa, por isso nosreferimos a ela como traumatizada. É algoque está fora da amplitude da experiência

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humana usual, que é marcadamente per-turbadora para quase qualquer ser huma-no. É o que ocorre ante a uma grave ame-aça à sua integridade física, psíquica eemocional, como, por exemplo, situa-ções de risco de vida. Dependendo dasensibilidade da pessoa, o trauma pode-rá ir do leve ao agudo.

Já o estresse pós-traumático, quadrode que padecem muitas das pessoas queforam abduzidas, é criado a partir da si-tuação do trauma. O estresse exige dapessoa algo além da sua capacidade na-tural de assimilação. Abduzidos por se-res extraterrestres ou contatados porUFOs ficarão traumatizados ou não, deacordo com a natureza e a intensidade dofenômeno a que foram submetidos, além,é claro, da maturidade psíquica e emoci-onal de quem passa pela experiência.

OBSESSÕES INEXPLICADAS — O trauma étão impressionante que uma pessoa que otenha muitas vezes se fixa compulsivamen-te nele. Isto é, tudo a levará para o pontoonde está sua raiz, seja ele um fato consci-ente ou inconsciente. Como exemplo temoso filme Contatos Imediatos do TerceiroGrau [1977], em que um dos personagensdesenvolve uma obsessão por um determi-nado local. Vivido pelo ator Richard Drey-fuss, ele visualiza inconscientemente tal lo-cal, chegando a ponto de esculpi-lo numprato de purê de batatas ou mesmo comespuma de barbear. O diretor do filme insi-nua que o personagem já tenha sido abdu-zido ou que tenha estado e visto aquele lo-cal, onde há uma curiosa montanha. Suaobsessão é tamanha que ele acaba condu-zindo outros personagens para aquele pon-to, onde, de fato, há algo de ufológico.

Na hipotética situação apresentada porSteven Spielberg, diretor do filme, tudoindica que havia uma mensagem no incons-ciente daquele personagem, que era com-partilhada por outros, sem que eles sequerse conhecessem. Fica claro que os ETs danave espacial que iria posteriormente aolocal, anunciado no in-consciente dos envolvi-dos, tinham lhes incuti-do a imagem da monta-nha em sua cabeça. E oprocesso foi tão inten-so que nenhum deles seaquietou até que encon-trassem de fato o local.No entanto, o filme tam-bém mostra a diferençade intensidade que háentre as memórias queum e outro personagemtinha, inconscientemen-te, do local. É como se

os alienígenas tivessem tido maior sucesso,ou maior vontade, de incuti-las num perso-nagem, e não noutro. Outro exemplo inte-ressante está na interpretação das atrizes dofilme Intruders [1992], quando projeta osolhos negros dos ETs que a abduziram numquadro artístico, ou nas gemas de dois ovosque estavam sendo fritos na frigideira.Quem assistiu ao filme entenderá...

O trauma é, na realidade, um congela-mento em alguma parte da consciência. Nosseres humanos, ele ocorre como resultadodo início de um ciclo instintivo que não con-segue chegar ao final. Para entender isso épreciso saber que o córtex cerebral está di-vidido em mais de 40 áreas funcionalmentedistintas, cada qual controlando uma ativi-dade específica, sendo que a maioria delaspertence ao chamado neocórtex. Este se so-brepõe as nossas respostas instintivas, e porser mais complexo nos humanos do quenos animais, temos a capacidade elabora-da de raciocínio. Os traumatismos surgeme permanecem quando o neocórtex superaas respostas instintivas que teriam inicia-do a finalização de um ciclo.

Já sua cura dependerá do reconheci-mento de seus sintomas, que muitas vezesnão é algo fácil, pois são geralmente res-postas primitivas do cérebro reptiliano,como a defesa, o ataque, a paralisação,emoções de medo e raiva etc. É bom notarque existem quatro componentes que es-tão sempre presentes em algum grau emqualquer pessoa traumatizada: a hiperati-vação, constrição, dissociação, congela-mento ou impotência. Na medida que apessoa que foi abduzida não tem maturi-dade mental, psíquica, emocional ou ener-gética suficiente para lidar com o ocorrido– que lhe é desconhecido e de difícil assi-milação –, ela não conseguirá processar aexperiência vivida de maneira plena.

Isso cria sintomas decorrentes de seutrauma, que podem afetar alguns níveis desua consciência. E isso ocorre na maioriados casos em que são registradas abduções.Dentro dos relatos colhidos, muitas vezes

constatamos que, após aexperiência de um se-qüestro alienígena, o es-tresse aparece de imedi-ato. Noutras, demora se-manas, meses e até anospara que surjam os sin-tomas que o indiquem.Entre eles, alguns dosque têm característica fí-sica são as coceiras, en-xaqueca, tontura, diar-réia leve ou crônica, en-jôo, pressão na cabeça,zunido no ouvido, tre-mor interno, febres con-

tínuas etc. Quando intensificados e não sa-nados, tais sintomas podem levar a somati-zação desses males e gerar doenças graves,podendo acarretar a morte. Entre sintomaspsíquicos do estresse estão insônia, depres-são, irritabilidade, medos contínuos, sensa-ção de estranhamento, angústias etc. Tam-bém nesses casos podem dar origem a psi-copatologias diversas, como a síndrome dopânico, paranóia, psicoses e esquizofrenias,ausências etc. Se os indivíduos abduzidosque desenvolvem estes sintomas tiverem,para agravar, alguma pré-disposição paradoenças, o estresse provocado pelo traumapode acelerar sua manifestação.

PSICOPATOLOGIA — Quando instalado, oquadro clínico que caracteriza tal estadosurge em variações comportamentais napessoa, tais como dificuldade de relacio-namento com a família ou cônjuge, mu-dança de casa, de trabalho ou de profis-são, surgimento de agressividade ou pas-sividade etc. Também já foram registra-das alterações no humor, falta de vontadesespecíficas ou excesso delas, desejo deingerir drogas ou álcool, fobia social, medode determinados locais ou objetos etc.

O grau do trauma de um abduzido, ouqualquer outro paciente, será sempre pro-porcional à intensidade da experiência vi-vida, com interferência direta dos mecanis-mos de adaptabilidade e capacidade de pro-cessar o que a pessoa tenha. Em meus estu-dos clínicos, constato que grande maioriados meus pacientes tem alguma espécie detrauma, e a eles ministro então tratamentopara recuperar sua integridade e saúde, deforma que possam levar uma vida equili-

“ Um abduzido geralmentenão tem maturidade mental,

psíquica, emocional ouenergética suficiente paralidar com o ocorrido, que éde difícil assimilação. Por

isso, não conseguiráprocessar a experiência

vivida de maneira plena, oque afetará alguns níveis

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brada e saudável – mesmo tendo passadopor traumáticas experiências e vivenciadoestranhos “conteúdos”. O sucesso de umtratamento não consiste em focalizar oobjetivo pura e simplesmente, para com-provar se o que foi vivido é real ou umafantasia. O importante é tirar a pessoado quadro angustiante e integrá-la no-vamente em sua vida cotidiana.

O que vemos em geral é que essas pes-soas afetadas estão sendo tratadas com me-dicina ou psicologia tradicionais, sem quese leve em consideração a existência do fe-nômeno de abdução e suas conseqüências.Em muitos casos, chegam a tomar medica-mentos controlados, de tarja preta, que afe-tam seu organismo e mente com efeitoscolaterais que podem ser gravíssimos. Aocontrário dessa situação, o paciente deve sertratado com integral conhecimento das cir-cunstâncias que o levaram à enfermidade, eisso significa considerar como séria umapossível interferência alienígena. Mas queprofissional da saúde aceita essa situaçãoou, pior, tem conhecimento dela?

Muitos dos meus pacientes me disse-ram que, quando relatavam aos seus médi-cos, psiquiatras e psicólogos que tiveramcontato com UFOs eram diagnosticadoscomo loucos e rotulados como paranóicosou outra coisa qualquer. Conseqüentemen-te, lhes eram prescritos medicamentos paraalucinações. Tais profissionais, por ignorân-cia ou preconceito, não demonstraram inte-resse em conhecer melhor as característi-cas do Fenômeno UFO para poderem ava-liar se o que seus pacientes reclamavam eraverdade ou fantasia. Assim, é necessário quese reformule certos conceitos e que se se-

pare bem o que é patologia e fantasia doque é uma experiência real, um fato anô-malo ou paranormal que tenha atingido umapessoa. Isto dependerá do conhecimento,da maturidade e do desenvolvimento daconsciência de quem a está tratando.

A maior dificuldade encontrada no tra-tamento do estresse pós-traumático dos ab-duzidos é que muitos procuram métodostradicionais, justamente por também nãoimaginarem que podem ter passado por umaabdução. Estas, geralmente, conforme te-nho constatado, ocorrem em nível incons-ciente, isto é, quando se está dormindo ouem estados diferenciados de consciência.As pessoas que passam por tais experiênci-as não as julgam, muitas vezes, importan-tes e significativas o suficiente para reque-rerem atenção médica ou psicológica. Ou-tra dificuldade se dá quando o abduzidopassou por lapsos de tempo, os chamadosmissing time, tão comuns em experiênciasque envolvam alienígenas.

SÍNDROME DO PÂNICO — Muitas pessoasapresentam sintomas de síndrome do pâni-co, mas quando são submetidas a tratamen-to através de anamnese profunda e direcio-nada para se checar a ocorrência, juntamentecom a aplicação de hipnose clínica, perce-be-se que passaram por alguma espécie deabuso – algo relacionado a uma abdução.Geralmente, o campo bioenergético destapessoa está alterado e muitas vezes com-pletamente cindido. São estes os sintomasque usualmente trazem uma pessoa ao con-sultório, pois geralmente são incômodos.Noutras ocasiões, o trauma é tão intenso queo paciente precisa ser submetido a váriassessões de hipnose para desancorá-lo de suasituação e fazê-lo caminhar frente à vida,resgatando seu equilíbrio.

Na medida que o tratamento avança, apessoa vai sendo gradativamente conduzi-da à compreensão e à integração de suaspróprias dificuldades, fazendo, assim, comque possa se comprometer com o ocorrido,seja ele qual for, possibilitando-o dar senti-do e significado a sua experiência. Abduzi-dos são pessoas que precisam de apoio,compreensão do terapeuta, da família e dosamigos. E, principalmente, precisam de tra-tamento especializado. Existem também

pessoas que procuramterapia com sua cons-ciência em expansão,processo esse ocasio-nado em razão da ex-periência de contato que tiveram com UFOse alienígenas. Elas vivenciam o estresse,pois coisas estranhas começam a aconte-cer em suas vidas, mas conseguem lidarcom ele. Este processo de expansão deconsciência pode gerar situações estranhas,como sincronicidades, aparecimento deobjetos, visões de luzes e sons no cotidia-no, sensações corporais de prazer intenso,de euforia ou de alegria, e de compreen-são profunda da realidade etc.

Mas embora digam que a experiênciaque tiveram com UFOs foi agradável e queencontraram um novo sentido para suas vi-das, mesmo assim estas pessoas precisamser integradas, pois um impulso pode levá-las ao fanatismo, ao abandono do lar, a ten-tar executar “missões” pré-determinadas etc.Esses casos precisam ser criteriosamenteanalisados, para evitar que estes pacientesentrem em práticas espirituais dissociati-vas, que os removam da realidade. Estaspessoas também precisam de suporte, e,de qualquer forma, uma profunda reflexãodeve ser realizada para que o equilíbriolhes seja restaurado, sua integridade pes-soal se firme e sua saúde, em todos os sen-tidos, se restabeleça. Somente assim aconsciência humana pessoal pode dar con-tinuidade ao seu processo evolutivo.

Por fim, é importante informar queuma grande parcela da população mun-dial está dentro dos quadros descritosacima, com ou sem consciência da suasituação. Um número de pessoas muitomaior do que se supõe já teve experi-ências próximas e marcantes com UFOse aliens, e todos nós estamos sujeitos atê-las a qualquer instante.

MONICA BORINE é psicóloga clínica, pedagogae hipnóloga. Coordena o Omega Instituto[www.omegainstituto.com.br] e realiza o pri-meiro curso de especialização em tratamentode abduzidos do Brasil. Seu endereço é: RuaTranqüilo Luiz Rosa 860, 12940-000 Atibaia(SP). E-mail: [email protected].

Milhões de abduzidos em todo o mundoUM ESTUDO CONDUZIDO pelo professor David Jacobs [Direita, aci-ma] concluiu que cerca de 1% das pessoas consideradas jáhaviam sido abduzidas, como é o caso de Travis Walton [Direita,abaixo]. Se aplicado à população mundial, este índice aponta-ria mais de 570 milhões de abduzidos no planeta. Desses, 99,9%não se lembram de suas experiências conscientemente

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Caso Marcelo sempre foi umevento mal explicado da Ufolo-gia Brasileira, uma ocorrência degrande importância que não teveo devido tratamento jornalístico

e ufológico que merecia. De todas as infor-mações a seu respeito que foram veicula-das em dezenas de publicações nacionais einternacionais, datas e fatos foram mencio-nados de maneira errada, informações fo-ram distorcidas e por vezes ignoradas. OGrupo Sumaré de Estudos Ufológicos(GSEU), com a colaboração da maior au-toridade brasileira em hipnose para abdu-ções Mário Rangel, reabriram o caso e oexpõe agora à comunidade ufológica.

Este incidente aconteceu na madruga-da do dia 20 para o 21 de setembro de 1995,próximo a Santa Bárbara d´Oeste, cidadelocalizada à 160 km de São Paulo. O muni-cípio tem uma população média de 260 milhabitantes, segundo números do IBGE, esua principal fonte de renda é a cana-de-açúcar. Santa Bárbara é conhecida em todoo país pelas grandes usinas de destilação deálcool existentes em seus arredores, e, ago-ra, por abrigar um interessante caso de ab-dução. Entre 1995 a 1998, cerca de 30 avis-tamentos de UFOs foram registrados e pes-quisados por grupos ufológicos na região.As cidades de Capivari, Monte Mor, arre-dores de Piracicaba e a própria Santa Bár-bara são um palco de rica casuística.

Entre as principais ocorrências da re-gião está o ocorrido ao empresário EdsonRoberto Marcelo, 29 anos, proprietário de

uma rede de funerárias. Segundo o empre-sário, eram entre 23h00 e 23h20 da datamencionada quando deixou a casa da suaentão noiva, M. F., em Capivari. Eles ha-viam discutido na ocasião e, no trajeto devolta a Santa Bárbara, Marcelo trafegavapela Rodovia SP 306, próximo a Via Romi,que liga sua cidade a Capivari.

FORTE LUZ — Perto do local onde havia umestacionamento de ônibus, na conhecida Fa-zenda São Luiz, uma luz forte surgiu emcima de seu automóvel, uma Caravan 1982de cor azul. A temperatura dentro do carrocomeçou a aumentar gradativamente, atéque o empresário perdeu por completo aconsciência. Marcelo não se lembra de

quanto tempo ficou inconsciente, mas afir-mou aos pesquisadores que, quando a luz oatingiu, estava à 15 km de Santa Bárbara.Mas quando acordou, já estava na entradado município. Não sabe ao certo o que acon-teceu neste trajeto, caso típico de situaçõesde abdução. Recuperado, seguiu em dire-ção ao centro da cidade, onde encontroucinco amigos e lhes contou sua história. Umdos rapazes conhecia uma pessoa na cida-de que na época era colaborador do extintoCentro de Estudos e Pesquisas Exológicasde Sumaré (CEPEX), o senhor Osni Niel-sen. Tal entidade foi extremamente ativa nosanos 90, investigando casos ufológicos portoda a região, principalmente ocorrênciasde Chupacabras. Seus fundadores e diri-gentes, Eduardo e Osvaldo Mondini, hojeafastados da Ufologia, chegaram a serconsultores da REVISTA UFO.

Naquela mesma madrugada o amigo deMarcelo o levou até a casa de Osni, acor-dando-o para relatar o ocorrido. E este, nodia seguinte, apresentou o empresário aosirmãos Mondini. O CEPEX foi o primeirogrupo a realizar as investigações relativasao caso. O engenheiro e ufólogo ClaudeirCovo, co-editor UFO e presidente do Insti-tuto Nacional de Investigações Aeroespa-ciais (INFA), também foi consultado e, arespeito do acontecido, afirmou que todasas evidências “indicavam um provável casode contato de quarto grau, uma abdução”.Nesse ritmo seguiram as avaliações do quehoje é chamado de Caso Marcelo. No dia22 de setembro, uma equipe do INFA, quetem sede em São Paulo, conversou e exa-minou Marcelo, constatando duas marcascirculares de aproximadamente 4 cm em seu

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O SUPOSTO ABDUZIDO Edson Marcelo [Es-querda] com o autor, logo após a ses-são de hipnose feita pelo Grupo Suma-ré de Estudos Ufológicos (GSEU)

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pulso esquerdo. Ele também apresentavauma mancha avermelhada no rosto e olhoscompletamente inchados e sensíveis à luz.Os pesquisadores constataram que todosseus sentidos do empresário estavam deso-rientados. Marcelo tinha a impressão de ou-vir zumbidos e barulhos que, de acordo comsua descrição, eram semelhantes aos sonsque um enxame de abelhaproduz quando voa. Protu-berâncias atrás de suas ore-lhas causavam fortes dores.Eduardo Mondini, queanalisou o automóvel doempresário, concluiu que ovolante não apresentavasinais de ter sido submeti-do a uma temperatura altao suficiente para dilatá-lo.Outros exames se seguiramem Marcelo e seu carro.

TELEPATIA — Um fato bas-tante curioso neste casoocorreu dias depois do in-cidente, quando Marceloretirou seus cartões de vi-sitas que estavam no por-ta-luvas do veículo. O em-presário tinha apanhadoseus cartões recentementena gráfica e eles estavamnovos, mas percebeu quenum deles havia um tele-fone desconhecido, escri-to no verso. Ele não se re-cordava de ter anotadoaquele número e ficou sur-preso. Movido pela curio-sidade, ligou para o tal nú-mero. Para seu espanto,quem atendeu foi sua tia,que morava em Rio das Pe-dras, uma cidade à 30 kmde Santa Bárbara do Oes-te. O empresário afirmouque há sete anos não tinhacontato com ela e que nemsequer sabia do número de

seu telefone. Depois, foi confirmado atra-vés de uma entrevista anterior à hipnose aque Marcelo foi submetido, que foi mesmoele quem escreveu aquele número no versodo cartão, apesar de afirmar que não se lem-brava de tê-lo anotado.

No telefone, o empresário contou à suatia o ocorrido, inclusive as imagens que len-

tamente começavam a aparecer em suamente – de uma enigmática mulher. Ele adescreve como sendo uma moça loira, dealtura mediana, pele clara e muito meiga.“Uma das expressões desta pessoa, estam-pada em seu rosto, era de angústia”, con-tou Marcelo. Sua tia, muito impressionadacom a história, e principalmente com a de-

talhada descrição da pessoa, pe-diu para que ele viesse para suaresidência, em sua cidade. A se-nhora mencionou que conheciauma mulher com as característi-cas que o empresário descreve-ra, que se chamava Rosana.

RECEPÇÃO — Aparentemente,Marcelo, de alguma forma, con-seguia captar, descobrir e sentirfatos relacionados à vida daque-la mulher. Seus sentimentos, me-dos e anseios mais profundoseram por ele “recebidos” de for-ma involuntária, algo que a

parapsicologia chama detelepatia direcionada in-condicional. Quandopôde finalmente estarfrente a frente com a ga-rota, o empresário teve agrande e derradeira sur-presa. Naquela mesmanoite em que seu caso

ocorreu, mas em outro horário,Rosana tinha trafegado na mes-ma rodovia, embora num trechodiferente. Segundo ela, em umdeterminado ponto do trajeto, quepercorreu sozinha, começou asentir uma angústia profunda,sem origem ou motivo.

Ela declarou aos investigado-res que tal sensação só desapare-ceu no momento em que conhe-ceu Marcelo, neste encontro quetiveram. Ele, por sua vez, não tevedúvidas de que aquela mulher eraa pessoa que estava em suas vi-sões. Tempos depois, abandonou

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Entrevista com o provável abduzidoSTEIN — Hoje, o que você acha que aconteceu com você?MARCELO — Ainda não sei de verdade. O que aconteceu foi um fatoisolado. Foi a primeira e única vez. Isso muda a vida da gente porquea descrença passa a ser crença. A pessoa começa a acreditar emalgo que nem sabe o que é! Na verdade, nossa rotina é corrida. En-tão, fica difícil parar e pensar em alguma coisa.

STEIN — Mudou alguma coisa em sua vida após essa experiência?MARCELO — Não mudou muito. Para as pessoas que nunca passa-ram por uma experiência como esta, é fácil agir de forma irônica. ‘Ei,você que viu o bicho? Foi você que passeou de disco voador? Tinhamulher na nave?’, questionam. O duro é queestas pessoas não perguntam apenas comocuriosos, mas sim para gozar de mim.

STEIN — Quanto à sua saúde, houve algu-ma mudança? Você sente dores, enjôo?MARCELO — Não, mas tenho um problema noolho até hoje. Não consigo sair sem óculosescuros. Meus olhos incham, inclusive estãoum pouco avermelhados hoje [Ao lado]. Os oftalmologistas não sabemo que é isso. Não têm explicação científica. Dentro de meus olhosforma-se uma pasta branca que acabo tirando com a mão. E tambémtem uma mancha roxa que não sumiu de meu rosto [Até março de2003, Marcelo ainda apresentava diabetes e hipertensão].

STEIN — Você notou mais alguma coisa fora do comum?MARCELO — Houve alguns fatos em minha vida. Eu encontrei umapessoa que nem conhecia e me casei com ela. Foi uma coisa meiorápida. Às vezes, foi alguma coisa de telepatia, mas isso me complica-va. Ela ia me dar um presente e eu sabia o que era. Outro dia comenteicom ela que estava com um carro novo e que tinha que tomar cuidado,pois achava que ele iria ser roubado. Naquela mesma noite o carro foiroubado... Também tenho um furo nas minhas costas que Rosana en-controu. Eu nunca tomei uma injeção em minha vida e nenhum tipo deacidente que pudesse causar tal marca. Fora isso, mais nada.

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ois policiais da Guarda Municipal deAmericana (GAMA), em São Paulo,Moacir do Santos e Anerilton Neves,

e os PMs Íris Souza e Wilton Franco tes-temunharam duas impressionantes ocor-rências no interior do Estado, quase namesma época do Caso Marcelo. Em ju-lho de 1997, a REVISTA UFO publicou umamatéria, de autoria dos pesquisadoresEduardo e Osvaldo Mondini, do Centrode Estudos e Pesquisas Exobiológicas(CEPEX), sobre esses fatos. De acordocom o relatado, os policiais da GAMAteriam visto um objeto com luzes azuis,vermelhas e amarelas ao seu redor, quenão emitiu qualquer ruído.

O UFO tinha forma ovalada, tamanhode um helicóptero e estava se movimen-tando em direção às testemunhas. Num

dado momento, parou sobre um terrenobaldio próximo ao local em que estavamos policiais. Moacir ligou o sinalizador daviatura para dizer algo ao aparelho, quese afastou com as luzes acesas até umacerta distância, apagando-as logo emseguida. Mesmo assustados, decidiramseguir o objeto, avistando-o novamente.O policial Neves confessou que cogitou apossibilidade de atirar no objeto...

A segunda dupla de testemunhas nar-rou sua experiência no 19° Batalhão daPolícia Militar de Americana, onde o sar-gento Souza e o soldado Franco depuse-ram sobre os avistamentos que envolve-ram as cidades paulistas naquela inusi-tada semana. A versão deles é de que,na madrugada de 31 de março de 1997,por volta de 00h30, enquanto patrulha-

Policiais às voltas com UFOs em São PauloEquipe UFO

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a antiga namorada e casou-se com Rosana,com quem tem uma filha. Os pesquisado-res que acompanhavam o caso, numa ten-tativa de lançar mão de todos os dispositi-vos que pudessem para determinar sua com-plexidade, utilizaram variadas técnicas.

CARTAS ZENER — Entre elas estava o usodas chamadas Cartas Zener, que levam onome do pesquisador de uma universida-de norte-americana onde, no final da dé-cada de 20, trabalhou o cientista JosephRhine, que acabou tornando-se pioneiro noestudo de seus resultados. As cartas cons-tituem um método científico, baseado emprobabilidade matemática, para compro-vação de capacidades telepáticas em pes-soas. O baralho é composto por 25 cartas,cinco com cada figura, que são ondas, cír-culo, quadrado, estrela e cruz. O métodofunciona da seguinte forma: a pessoa queestá aplicando o teste olha a carta e, man-tendo-a fora do alcance visual de quem estásendo testado, lhe pergunta qual é o sím-bolo que contém. Há um índice de acertoe erro padrão, aplicável a qualquer pes-soa. Quando alguém tem um número deacertos acima desse padrão, há indícios decapacidade paranormal. O teste é feito detal forma que todas as 25 cartas são “men-talmente” apresentadas a quem está sendotestado, para se examinar sua quantidadede acertos. Para que tenha consistência ci-entífica, o teste é ministrado no mínimotrês vezes. Nestas séries, a probabilidadede acertos é de cinco por rodada. Marcelose submeteu ao teste com as Cartas Zener,mas o resultado foi negativo. Ele acertouuma média de três símbolos em cada ro-dada de 25 cartas. O empresário não apre-sentou capacidades telepáticas.

As investigações então continuaramnoutra direção. Na quarta-feira após o ocor-rido, 27 de setembro, Marcelo foi encami-nhado para Campinas (SP), onde o psica-nalista José Antônio de Oliveira, conheci-do como Tony, submeteu-o a uma sessãode hipnose regressiva. Durante o processo,já em transe hipnótico, o rapaz relatou aaproximação de uma luz forte em direçãoao seu automóvel e detalhou a sensação queteve do calor aumentando em seu interior.Foi nesse exato momento que ele teve umareação violenta, e com um sobressalto vol-tou à consciência, saindo da hipnose. Se-gundo o psicanalista, “...toda vez que umpaciente se sente ameaçado por algumacoisa, ele recobrará a consciência, comose fosse um dispositivo de segurança”.

Ainda quanto ao procedimento hipnó-tico, muitas contradições foram publica-das na época. Em matérias de jornais e nopróprio Boletim CEPEX foi afirmado quevárias sessões de hipnose foram realiza-

das, mas apenas uma realmente feita. Mar-celo alega também que foi submetido auma sessão com um médico de São Paulo,mas aparentemente o rapaz somente este-ve com tal profissional,não sendo por ele hipno-tizado. De acordo cominformações publicadasno jornal Diário de San-ta Bárbara, de 19 de ou-tubro de 1995, em umadas últimas sessões de hip-nose (sendo que aconte-ceu apenas uma) Marce-lo teria descrito a sensa-ção de estar acompanha-do de duas figuras dentrode uma câmara. Ele tam-bém teria afirmado emtranse hipnótico que nãofoi submetido a hostilida-des pelas pessoas que oacompanhavam. E que astais pessoas até tentaram se comunicar como empresário, murmurando palavras em por-tuguês semelhantes a querer e saber.

FOTOFOBIA — Outro sintoma desenvolvidopelo empresário após sua experiência foifotofobia [Aversão à luz], que foi compro-vado clinicamente. Até hoje ele não podeficar exposto à luz solar sem a proteção deóculos escuros. Além disso, uma estranhacera branca forma-se em seus olhos toda amanhã. Sobre esses fatos, o psicanalista JoséAntônio de Oliveira afirmou que “o pa-ciente realmente passara por algo in-comum”. Não restam dúvidas.

Os relatos na região se intensificam. Nanoite seguinte ao Caso Marcelo, outros fa-tos aconteceram na região. A Folha do Su-deste chegou a investigar um fato ocorrido

com dois guardas muni-cipais de Santa Bárbara,Ederaldo Klaus Martins eAntonio do Nascimento,que avistaram várias luzesvermelhas e alaranjadasno céu. Quando os poli-ciais se aproximaram dosobjetos, eles se movimen-taram agressivamente esumiram. Tal caso tam-bém teve repercussão nacidade, que já estava aler-ta para a escalada na ca-suística local. Nas sema-nas seguintes ao fato en-volvendo Marcelo, inú-meros pesquisadores e re-des de tevê chegaram a re-

alizar vigílias noturnas na região, mas ne-nhuma aparição foi registrada.

Hoje, quase uma década depois, o em-presário tem 38 anos e mora em Rios dasPedras, a cidade da tia. Casado com Rosa-na, a mulher de sua misteriosa visão, aindaé dono de uma rede de funerárias. Pesando110 kg e 1,91 m de altura, seus olhos conti-nuam sensíveis à luz. Marcelo lembra da-queles dias com um ar sincero: “Só sabecomo é isso aqueles que já passaram porsituações assim”. Agora reaberto o caso,ele foi convidado a se submeter a uma novasessão de hipnose, desta vez por MárioRangel e sob coordenação do Grupo Su-

“ Submetido à primeirasessão de hipnose após

sete anos, Marcelodemonstrava um pouco denervosismo. Sob transe,

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maré de Estudos Ufológicos (GSEU). Ten-do aceito, uma nova fase na investigação seiniciou. Em 16 de março de 2003, Rangelfoi a Sumaré e, portando sua mala de traba-lho, encontrou-se com Marcelo nas depen-dências da Câmara Municipal local, ondetambém estavam outros membros doGSEU, Laurindo Graciano da Silva, Mari-zilda e Renata Massucatto. Em uma salaisolada este autor e o hipnólogo se reuni-ram, trocaram informações sobre o caso eentrevistaram o rapaz, que corrigiu algumasinformações publicadas anteriormente. Elepareceu confuso em determinar datas en-volvendo o ocorrido. Submetido à primei-ra sessão de hipnose após sete anos, Mar-celo demonstrava um pouco de nervosis-mo. Sob transe, no entanto, foi lentamentese lembrando de fatos de sua infância, atécair em estado de hipnose profunda.

A sessão chegou finalmente à sua quin-ta etapa, após terem ocorrido catalepsia,amnésia intra e pós-hipnótica, alucinaçõesvisuais, táteis e gustativas, regressão de ida-de, sonho sugerido e forte emoção. Comoprocedimento de praxe, foi implantado sig-no-sinal na mente do hipnotizado, para serdepois utilizado como meio de se chegarrapidamente ao estágio hipnótico desejado,o que aconteceu com êxito. Quando Mar-celo foi regredido ao período de sua expe-riência, ele de imediato lembrou-se da data,20 de setembro de 1995. Recordou-se dahora exata em que deixou sua então noiva,precisamente às 23h20, e das roupas que

vam, depararam-se com uma luz muitoforte e intensa, com um formato estra-nho que eliminava qualquer possibilida-de de que fosse algo conhecido. Souzaentão pediu ao soldado que o acompa-nhava, dirigindo a viatura, que providen-ciasse uma filmadora para registrar aque-

le fenômeno. Assim como no primeirocaso, a esfera não emitia ruído e à suavolta foram observadas luzes amare-las, azuis e vermelhas que piscavamrápida e intermitentemente.

Enquanto o policial Franco saiu à pro-cura de uma filmadora, seu colega Sou-za permaneceu no local com um rádiocomunicador tipo HT portátil, através doqual manteve diálogo constante com aviatura. Minutos depois, ainda sozinho,o sargento foi surpreendido pelo obje-to, que veio em sua direção e ficou amenos de 150 m de sua cabeça.

Nesse instante, o oficial, assustado,solicitou ao companheiro que voltasse omais rápido possível, pois tinha receiodo que pudesse lhe acontecer. “Andalogo, porque essa coisa está sobre mim.Vai que ele quer me levar embora”, dis-se o sargento pelo rádio. Souza calcu-lou o tamanho do objeto em duas vezesmais do que o da viatura, ou seja, maisou menos 10 m. O sargento afirmou ain-da que, num determinado momento, avis-tou um avião aproximando-se do UFO.Este último então se apagou por com-pleto, voltando a acender somente de-pois que a aeronave foi embora.

De acordo com sua descrição, o ob-jeto “parecia duas bacias sobrepostas”.Porém, o mais interessante foi quandose aproximou da rede de alta tensão eprojetou sobre o solo um cone de luz bran-co e compacto, que iluminou todo o ter-reno sem se dissipar. Quando Franco re-tornava ao local do avistamento, já coma filmadora em mãos, ainda teve a chan-ce de ver o objeto se distanciando.

OS GUARDAS da GAMA Moacir dos San-tos e Anerilton Neves [Esquerda], eos PMs sargento Íris Souza e o sol-dado Wilton Franco, que presencia-ram manobras de discos voadores du-rante ronda policial

ela vestia. Quando reviveu hipnoticamenteo momento em que a luz o atingiu, Marcelolevantou-se com gestos bruscos, mais umavez saindo da hipnose. Levou as mãos aorosto, assustado. Rangel o acalmou e fezcom que quase imediatamente retornasse aoestado de hipnose, sob o qual disse que nãopoderia contar o que tinha ocorrido.

ASSISTINDO A UM FILME — O hipnólogo oacalmou novamente e sugeriu que ele agis-se como se estivesse assistindo a um filme,ao qual era o único espectador. Disse queele não sentiria emoções, mas mesmo sobhipnose o rapaz se negou a contar o fato.Rangel seguiu procedimentos padrões emcasos do gênero e, antes de despertar Mar-celo, pediu que esquecesse o que acontece-ra durante a sessão. Ele se lembraria de tudosó depois que o hipnólogo dissesse algu-mas palavras. Desperto, o empresário achouque tinha sonhado, e o hipnólogo explicouo que tinha acontecido e perguntou se gos-taria de saber o que realmente se passounaquela noite, pois tinha tal direito. Comen-tou palavras relacionadas ao termo substi-tuição, e disse que no lugar onde estavahavia mais pessoas, todas desconhecidas,com a exceção de Rosana. E calou-se.

O estudo do Caso Marcelo é bastanteinteressante, não só por sua fantástica his-tória, digna de um filme de Steven Spiel-berg, mas também pelo desdobramento emque ela se deu. Marcelo é um empresáriode sucesso, uma pessoa equilibrada e de fala

pausada, de caráter e de profunda honesti-dade. Em 1998, quando o entrevistei pelaprimeira vez, ele ainda não tinha certeza doque havia acontecido naquela noite. Jamaismencionou as palavras disco voador ou se-res extraterrestres, apenas afirmando que sóquem passou por uma experiência pode sa-ber como é. A imprensa local, em 1995, agiusem respeitar datas ou fatos, às vezes publi-cando matérias com títulos sensacionalis-tas e até ofensivos para a pessoa envolvida.Não houve uma investigação minuciosa porparte dos grupos ufológicos.

Mário Rangel, após realizar a hipno-se com Marcelo, chegou à conclusão deque “algo aconteceu com o empresárionaquela noite de 20 de setembro, mas nãoposso afirmar que tenha a ver com o Fe-nômeno UFO”. É possível, pois o casonão apresenta provas materiais e dadosconcretos para uma conclusão exata quepossa encaixá-lo num padrão ufológi-co. Mas devemos nos lembrar que Ufo-logia é um campo muito amplo e com-plexo, e que nos cabe, como pesquisa-dores, avaliar os fatos e informações, eapresentá-los aos leitores com a máxi-ma imparcialidade possível. E o cami-nho é a investigação de campo.

WENDELL STEIN, é publicitário, jornalista eprofessor universitário. É fundador do Gru-po Sumaré de Estudos Ufológicos (GSEU)e atualmente trabalha na elaboração doprimeiro manual de redação e estilo para ojornalismo ufológico. Seu e-mail é:[email protected].

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APANHADOR DE SONHOS

Depois do filme Sinais[2002], qualquer anúncio defilme com temática ufológi-ca seria visto com receio. Maseis que Stephen King surpre-ende e toma a todos os admi-radores do assunto de surpre-

sa, pois não houve qualquer movimenta-ção significativa para promoção do fil-me, restrita aos meios especia-lizados. O Apanhador de So-nhos [2003] conta a históriade uma conspiração alieníge-na mortal que tenta dominar amente dos moradores de umapequena cidade, quando qua-tro amigos que tentam detê-la.Esses garotos possuem uma es-pécie de ligação telepática quesurge depois que salvam umhomem, portador de síndromede Down, de ser torturado porvândalos adolescentes.

Anos mais tarde, o grupode amigos sai para acampar epresencia um estranho fenôme-no em sua cidade natal. Mor-gan Freeman interpreta o co-ronel Abraham Curtis, militardesignado para cuidar da situ-ação. Aliás, um bom assunto para a dis-cussão pós-filme é como os militares nor-te-americanos sempre sabem que conspi-ração alienígena está para acontecer? Eporque mais uma vez é usada a imagemde um alienígena mau que tenta dominaro mundo? Mesmo com alguns clichês,esse é um bom filme. Possui fortes ele-mentos sobrenaturais e de ficção científi-ca. Os efeitos especiais são razoáveis e

entrar em explicações seria estragar umabela surpresa. O longa foi rodado na Co-lumbia Britânica, Canadá. Com direçãode Lawrence Kasdan, estreou nos cine-mas brasileiros em abril e estará nas lo-cadoras a partir de julho.

Para quem acompanha a obra do mes-tre do terror, já sabe o que esperar. Afi-nal, algumas de suas criações tornaram-se clássicos do cinema [Carrie, A Estra-nha, O Iluminado, Cemitério Maldito],sem mencionar algumas das inúmeras

adaptações desuas obras paraa televisão. Aocontrário de fil-

mes que apenas circulam pela Ufologia,Apanhador de Sonhos [www.warner-bros.com.br/filmes/apanhador/] entra deforma assustadora no tema e traz de vol-ta aquele medo, quase inexplicável, deencontrar um alienígena a qualquer mo-mento. É preciso lembrar que Hollywoodnão vive apenas de sonhos, e algumas ve-zes é preciso estimular pesadelos. Ste-phen King é especialista nisso..

NOVIDADES NA REDE MUNDIAL

A quantidade de sites dedicados aos es-tudos de temas relacionados à Ufologia estácrescendo de forma positiva. O site UFONet [www.brasilufo.kit.net] é mantido porCarlos Arlindo e está no ar desde outubro de2001. Contém uma boa quantidade de in-formações sobre o Fenômeno UFO, alémde curiosidades, como as que envolvem oCaso Roswell, os círculos ingleses, o bom-

bardeiro B-2 Stealth etc. Possuium dicionário de Ufologia, ondeo visitante pode tirar suas dúvi-das quanto às siglas ou simples-mente conferir os significadosdas palavras mais usadas.

Outra boa dica é o Enig-mídia [www.enigmas.hpg.-ig.com.br], dedicado à pesqui-sa, estudo e divulgação dos enig-mas da humanidade. Destaca-sepela forma inteligente como con-cilia entretenimento e informa-ção. Lá é possível encontrar des-de dicas de filmes, livros, docu-mentários e CDs a história emquadrinhos relacionados à Ufo-

logia, sobrenatural, ficção científica e outrasáreas. Mas a grande novidade fica por contade uma união que gerou uma excelente fon-te de pesquisa para interessados no assunto.O Centro de Investigação e Pesquisa Exo-biológica (CIPEX) e o Grupo de Estudos ePesquisas Ufológicas de Curitiba (GEPUC)se fundiram num único endereço [www.ge-puc.hpg.ig.com.br/] , projetando o siteCIPEX como um dos maiores no segmen-to. O leitor pode se informar sobre aspectoshistóricos do Fenômeno UFO, casos ufoló-gicos, evidências, provas, teorias, metodo-logias de pesquisa etc. Destaca-se a partici-

Novo olhar sobre oChupacabras

Carlos Alberto Machado integra a co-munidade ufológica há 28 anos. Profun-do conhecedor das ciências humanas eparapsicológicas é consultor da REVISTAUFO e autor de uma das mais importan-tes obras da literatura especializada notema: Olhos de Dragão, Reflexões para

uma Nova Realidade, publicada pela Edi-tora Fenômeno. O livro relata os maisdiversos casos de mutilaçãode animais que se iniciaramem Porto Rico e México e,posteriormente, se espalha-ram pelos Estados do Para-ná e São Paulo, e as regiõesNorte e Nordeste. Discorresobre as técnicas de ataqueàs vítimas e como é ação dospredadores, sejam animais

ou seres humanos, e ainda resgata in-formações sobre seitas religiosas que

mutilam ou matam animaisdurante seus rituais. O livrotenta responder a questõesque causam espanto em vete-rinários experientes e na comu-nidade científica. Para adqui-rir um exemplar, escreva para:Caixa Postal 24.555, 81570-971 Curitiba (PR). E-mail: [email protected].

STEPHEN KING, cuja obrainspirou o filme O Apa-nhador de Sonhos

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41Junho 2003

pação do pesquisador Carlos Alberto Ma-chado, autor de Olhos de Dragão – Refle-xões para uma Nova Realidade [Veja Box].

Para quem é aficcionado por mistériosespeciais, envolvendo ou não UFOs, o me-lhor site nacional é o Anomalia Espacial[www.anomalia.kit.net], do tradutor de UFORoberto Pintucci, autor da reportagem decapa da edição de maio (87). O site contacom rico acervo de textos e imagens, co-brindo mistérios até hoje inexplicados so-bre a exploração espacial. Desde fotos deUFOs na Lua ou em órbita da Terra até in-formações sobre pirâmides e monumentosmarcianos podem ser encontradas no Ano-malia, que é regularmente atualizado.

HALL DA VERGONHA UFOLÓGICA

O Hall da Fama de Hollywood inspi-rou um ufólogo norte-americano a fazer omesmo na área ufológica, mas do avesso.Assim como as celebridades do cinema nosEUA ganham espaço no Hall da Fama,Royce Myers III resolveu fazer um Hallda Vergonha Ufológica, onde charlatões detodos os tipos, que vivem às custas do fas-cínio gerado pelo Fenômeno UFO, podemser mostrados ao público e, assim, ter suasatividades execradas. Myers fez um troca-dilho entre as palavras fama e vergonha –respectivamente fame e shame, em inglês– e hoje tem um dos sites mais visitados daUfologia Norte-Americana. Nele estão des-critas as maiores tramóias já perpetradasem nome dos discos voadores.

Entre os nomes que ocupam a galeriaestá Eduard Billy Meier, Rael e JonathanReed, considerados grandes charlatões daUfologia Mundial. Ao todo, quase cincodúzias dessas figuras estão no site UFOWatchdog [www.ufowatchdog.com], apro-priadamente intitulado Cão de GuardaUfológico. E a galeria acaba de ser ampli-ada, agora recebendo os nomes de UrandirFernandes de Oliveira e Linda MoultonHowe. Para que não sabe, Linda é a jorna-lista norte-americana que o desacreditadoparanormal brasileiro conquistou parapromovê-lo nos EUA, onde busca novomercado. Os leitores podem obter detalhesnos artigos Urandir Usa Criatividade e In-tensifica Mistificação, de UFO 84, e Uran-dir e a Ufologia Brasileira, da seção Bus-ca de Respostas de UFO 86.

REVISTA UFO sem fronteirasAntes de começar meus comentári-

os para esta edição de UFO, gostaria delembrar que, por ser um ombudsman, aci-ma de tudo sou um leitor e, como tal,apreciaria ver respondidas minhas inda-gações – e nenhuma delas foi até o mo-mento. Em primeiro lugar, Aldo Novak ain-da não esclareceu se o Echelon é tão bompara localizar terroristas como para ras-trear ufólogos [Edição 85]. Eustáquio Pa-tounas também deve uma resposta so-bre se o despertar da consciência é de-vido apenas aos “entrantes” ou se o serhumano tem alguma participação nes-se processo [Edição 86]. E, finalmente,o editor ainda não se pronunciou a res-peito do índice geral, que venho cobran-do reiteradamente [Edição 83, 84,85...]. Quantas edi-ções mais terei que es-perar para ter estes es-clarecimentos?

Confesso que nãoentendi por que na ma-téria O Caso Máscarasde Chumbo, da edição87, os autores Paola eClaudeir Covo insistiramem converter cruzeirosem dólares! Não seriamais apropriado conver-ter em reais para se ter uma noção maisexata dos valores envolvidos? De qualquerforma, é interessante rever um caso quepermanece inexplicado e assinalar – denovo – as palavras de Jacques Vallée, di-tas há mais de 23 anos: “É hora de dei-xar de lado velhas teorias e procurar pornovos caminhos (e não provas)”. E aindacomo leitor, gostaria de pedir uma maté-ria sobre esse importante nome da Ufolo-gia mundial, até para que os demais lei-tores saibam de quem estamos falando.E peço licença ao leitor Aricildes de Mo-raes Motta Filho, que teve sua carta pu-

blicada em UFO 87, porque não possodeixar de comentar a ótima matéria assi-nada pela psicóloga Elaine Villela, Fron-teiras da Ufologia. Seja bem-vinda, Elai-ne! Um belo texto que resvalou no psico-loguês, como não poderia deixar de ser,mas que se manteve no rumo da propos-ta de abrir a consciência a novos valoresexistenciais a partir da Ufologia. Já quemencionei um leitor, quero comentar acarta de Maria Christina, publicada namesma edição. Ela chama de “ufólogosobtusos” ou “espíritas carolas” aquelesque não vêem ligação entre UFOs e espí-ritos. Se nada sabemos sobre ambas asáreas, como afirmar que têm ligação?

Outro bom momento da edição 87 éa entrevista com Ricardo Varela Corrêa,em Diálogo Aberto, que mostrou uma pos-tura cética, criteriosa e isenta no estudo

da questão UFO. Emais uma vez o textoclaro e cuidadoso deReinaldo Stabolito, emAlienígenas: Estudocom Base em sua Mor-fologia. Ele nos deuuma noção de comoandam os estudosacerca da morfologiaextraterrestre, principal-mente considerandoque o depoimento hu-

mano é um elemento presente na es-magadora maioria dos casos, sendo, aum só tempo, um facilitador e um com-plicador dentro da investigação.

Por fim, devo dizer que desta vez nãovi falhas de redação, diagramação ouquaisquer outras que fossem relevantes.Além da qualidade final estar sendo muitobem cuidada, há que se fazer um regis-tro sobre a competência da equipe, emtodos os níveis. Parabéns pelo empe-nho, pelo aprimoramento e pelo altograu de profissionalismo que têm de-monstrado seus integrantes.

JACQUES VALLÉE, citado peloombusdman, segurandouma antiga edição de UFO

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Junho 200342

LUZ INVADE CASA NA BAHIA

No dia 13 de abril deste ano, um do-mingo, ocorreu um fenômeno ufológicona região de Baixa Nova, à 20 km de Ria-chão do Jacuípe (BA). Eram por volta das21h00 quando o senhor César, sua esposae os dois filhos pequenos, como de costu-me, retornavam da residência de um co-nhecido fazendeiro da região onde assis-tiam televisão, já que não possuem ener-gia elétrica em sua humilde casa. Ao che-garem a uma distância de mais ou menos400 m, notaram uma fortíssima luz, en-tre vermelha e alaranjada, que saía portodas as gretas da residência, que estavafechada, clareando o ambiente em volta.Imediatamente, pararam para observar,atônitos, aquele fenômeno insó-lito que jamais tinham visto.

Retornaram parachamar os demais etodos observaram aextraordinária luzsendo projetada dointerior da casa. De-pois de 10 minutos,apesar dos apelosdesesperados de seufilho pequeno, o senhor Césaravançou em direção à luz no in-tuito de desvendar aquele mis-tério. Ao chegar a uns 250 m dacasa, todos observaram a luzmudar para o tom branco e emseguida desaparecer sem deixarvestígios. “Eu tinha enceradoa casa naquela tarde. Se fossealguém que tivesse entrado,deixaria rastros. Depois detudo, a casa estava como haví-amos deixado. Ninguém pode-ria ter provocado aquela luz,era assustador”, desabafa a es-posa do homem. Fato seme-lhante já havia ocorrido temposatrás, durante aparições deUFOs na Fazenda Volta do Rio,na mesma região, quando umaluz azulada tomou toda a casado vaqueiro Admilson Olivei-ra diante dos olhos perplexosdos moradores da região.

Daniel Carneiro,por e-mail

ESTRANHO OBJETO EM SÃO PAULO

Era quase meia-noite quando fui parafrente de casa. De repente, avistei umaluz branca, forte, que piscava rapidamen-te. Não consegui deduzir a distância exataem que estava, mas parecia acima do te-lhado do meu vizinho, a cerca de 40 mde distância. Chamei Alice, que se apro-ximou e disse que era um balão. Não acre-ditei, mas ela falou que os balões de hojetêm uma certa tecnologia, e logo entrouem casa. Fiquei observando e notei queela se movimentava da direita para a es-querda. Nisso, uma outra luz, do mesmotipo, começou a piscar embaixo da ante-rior. Depois subiu, ficando paralela à pri-meira, e logo desapareceu, piscando sem

parar para o lado norte. Em certo ponto,me distraí e quando voltei a olhar a luz, jáestava indo embora, tomando altura. De-pois virou um ponto vermelho, rumo aoleste. Voltei para casa e já era 01h00. Por-tanto, observei o céu por 45 minutos.

Zélia Ferreira Rosa,Ferraz de Vasconcelos (SP)

UFO EM SÃO BERNARDO DO CAMPO

Entre 21h00 e 22h00, três amigos eeu estávamos observando o céu nubla-do, devido à frente fria. De repente, umdeles me perguntou: “Você quer ver umdisco voador? Então, olhe aquilo!”,apontando para uma coisa que estavaatrás de mim. Na hora, não levei a sério,

mas depois que começaram agritar “olhe, olhe, olhe”, con-firmei. Até hoje, foi a melhor vi-sualização que tive de um UFO– as outras se tratavam de cincosondas. O objeto não fazia ne-nhum tipo de ruído e em sua par-te superior havia uma espécie decúpula, parecida com um cha-péu. Já na parte inferior tinha oque comparamos com a metadede um globo, por causa de seuformato arredondado e comple-tamente azul, como uma lâm-pada de néon que iluminava erodeava toda parte do UFO. Ti-nha também uma espécie deaura brilhante.

O artefato fazia um movimen-to único em linha reta, da direitapara a esquerda, lentamente e semnenhum tipo de variação de altu-ra. Após alguns segundos, perdi avisão do objeto devido às casasmuito altas do local. Então, des-cemos a rua de onde estávamose, ao chegarmos na esquina, tor-namos a ver o UFO, que conti-nuava com seu movimento. Per-maneceu no local por mais oumenos 15 segundos. Depois, co-meçou a se afastar, diminuindopouco a pouco de tamanho aténão conseguirmos maisvisualizá-lo por completo.

Adalberto T. do Nascimento,São Bernardo do Campo (SP)

ALGO INCOMUM FLAGRADO NA ARGENTINA

Há alguns dias, nossa consultora Dirlene Ribeiro nosencaminhou um e-mail com a intrigante foto de um supos-to UFO, que ela havia recebido de um conhecido. Tivemosautorização do ufólogo chileno Rodrigo Cuadra para a pu-blicação da imagem, feita em fevereiro deste ano, na Ar-gentina. Foi obtida por volta do meio-dia com uma câmeradigital Sony DSC-S75. O local é Pampa Linda, nos arredo-res do Tornador, próximo a Bariloche.

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43Junho 2003

APARELHO SEGUE CARRO EM MINAS

Tenho 72 anos e durante uma viagemque fiz há cerca de três anos, para BeloHorizonte (MG), avistei um aparelho. Eraprovavelmente um disco voador, pois ti-nha todas as características normalmenterelatadas. Ficou visível por uns 60 minu-tos. O que mais me impressionou foi queo objeto acompanhava o veículo em queeu estava por todos os ângulos da rodo-via. Só desapareceu próximo à cidade deSete Lagoas (MG). Observei nitidamenteluzes em sua parte inferior. Tenho plenaconvicção da existência de extraterrestrese de que se tratava de um disco voador.

Francisco de Assis Pacheco,Belo Horizonte (MG)

OBJETO EM NOVA FRIBURGO

Gostaria de relatar que observei no dia05 de março, às 09h25, na cidade de NovaFriburgo (RJ) um suposto UFO sobrevo-ando a praça principal da cidade. Estavaparado no sinal de trânsito, de moto, quan-do minha atenção foi despertada para umobjeto que voava a grande altura, indo nadireção leste-oeste lentamente, compará-vel a um balão de gás solto no ar. Estaci-onei a moto e permaneci observando oobjeto por uns dois minutos. Ele era cir-cular e tinha cerca de três milímetros dediâmetro quando comparado a distânciade um braço – conforme estimei maistarde – e era de cor branca.

Acreditando inicialmente que fosse umbalão, como os que são vendidos em festaspara crianças, segui meu trajeto, de vez emquando olhando para o ponto no céu ondeele estava. Dobrei uma esquina e segui numarua paralela a que estava quando o vi inicial-mente, mas ele não estava mais lá. Entre aminha primeira observação e a hora em quenovamente olhei para procurá-lo não se pas-saram mais do que três minutos. Acho difí-cil que seja um balão, apesar de seu movi-mento fazer supor que estivesse sendo leva-do pelo vento. É possível que fosse, masnesse caso ele deveria ter explodido exata-mente na hora em que prossegui meu traje-to. Seguramente, não era um avião.

Reginaldo Miranda Júnior,por e-mail

Um dos casos mais intrigantes etrágicos envolvendo UFOs foi o de Fre-derick Valentich, sobre o Estreito deBass, Tasmânia, num começo de noitede outubro de 1978. Valentich haviadecolado com seu avião Cessna 182do Aeroporto de Moorabin, na Aus-trália, e já voava sozinho há 45 minu-tos quando relatou pelo rádio à Uni-dade de Serviço de Vôo de Melbour-ne que tinha avistado uma aeronavenão identificada. A torre afirmou quenão tinha conhecimento de nenhumoutro avião na área e solicitou de Va-lentich uma descrição do aparelho. Eleconfirmou que se tratava de um obje-to muito brilhante que sobrevoara seuavião a uns 300 m, circundando a ae-ronave e reaproximando-se. Valentichcomunicou por rádio que parecia queo estranho ob-jeto estava brin-cando com ele.O serviço devôo insistiu emuma descriçãomais detalha-da, mas o pilo-to não era ca-paz de dá-la.Só o que podia dizerera que se tratava deum grande objeto me-tálico e brilhante, queemitia uma luz verde.Então, por alguns mo-mentos, o objeto nãopôde mais ser visto.

Pouco antes dotérmino da transmis-são, o piloto afirmouque a estranha nave tinha voltado,agora pairando sobre ele. O controla-dor de vôo Steve Robey disse que,nesse instante, Valentich estava mui-

to preocupado com sua segurança. Aomesmo tempo, inúmeros relatos deaparições de discos voadores foramrecebidos naquela mesma área, in-cluindo descrições de luzes verdes e,num caso, foi tirada uma foto de umdenso objeto emergindo do mar e ga-nhando altura. Pouco depois da de-claração de Valentich de que o objeto“não era um avião”, seu microfonepermaneceu ligado, mas as transmis-sões cessaram. Como o avião de Va-lentich jamais voltou à base, o grupode busca e salvamento foi acionadoe fez uma procura intensa pelo mes-mo, por cinco dias.

As equipes vasculharam ar, mar eterra, sem encontrar qualquer vestí-gio do piloto ou de sua aeronave. Ocaso permanece, até hoje, um misté-rio – um dos maiores da Ufologia. Ogoverno australiano, muitas vezespressionado por ufólogos e impren-sa, jamais admitiu que Valentich ti-vesse sido abordado por um UFO. Opai do piloto acredita que ele estejavivo, noutro planeta.

O desaparecimento de Frederick Valentich

O AVIÃO CESSNA 182 que FrederickValentich [Detalhe] voava ao serabordado por um UFO e desapa-recer sem qualquer explicação

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FILOSOFIA DA ÉTICA

Vanderlei D’Agostino e RogérioChola abordaram com excelência a ques-tão do culto aos ETs e contatismo, nasreportagens Movimento de Cultos aosExtraterrestres e Ashtar: Um Alien deOlho nos Terrestres, publicadas nas edi-ções 84, 85 e 86. A partir destes traba-lhos me senti provocada a refletir sobreética e Ufologia Científica. É preciso umexame de consciência honesto para ga-rimpar qual a mais autêntica motivaçãoque cada um pode ter ao abordar nossosirmãos de outros recantos galácticos. Nocaso de buscarmos variações de autori-dade ética para desqualifi-car o decálogo [Dez man-damentos] ou declaraçõesde Jesus, então há umagrande probabilidade de es-tarmos enveredando porum voluntarismo perigosoe destrutivo. Trata-se detentativa para adaptar a re-alidade para nossos desvi-os morais e tendências in-dividualistas. Então, a incô-moda exigência ético-mo-ral de altruísmo se perde. Ecom ela as melhores con-quistas do humanismo e dacivilização em geral.

As conseqüências inclu-em sectarismo, intolerância,aridez afetiva, presunção,delírio de superioridade, en-fim a muralha que afastanossos semelhantes e nos confina na de-pressão e solidão mais miserável. De que-bra há o risco do apego ao ritualismo va-zio em detrimento de uma postura con-creta de relacionamento cotidiano, rico einsubstituível com toda a Criação. Acre-dito que a Ufologia Científica ganha comuma reflexão ética. O espírito científicoexige desprendimento no exame das hi-póteses até o momento de sua comprova-ção. Para tanto, é preciso preservar a li-berdade de investigação da rigidez de ra-cionalismos místicos. Há entusiastas dasespeculações sobre serem os ETs anjos oudemônios. Há um clima de obsessão pornovidades de inspiração iluminista: coma habitual intolerância com todas as intui-

ética, com o objetivo de favorecer seuspróprios interesses escusos. Está claro queaqueles estão capacitados para edificaruma Ufologia merecedora de todo o res-peito e credibilidade social.

Inês de Sampaio Pacheco,Brasília (DF)

SOBRE LUZES E SOMBRAS Há tempos venho questionando uma

série de fatos que ocorrem na Ufologia.Creio que juntamos à Ufologia – às ocor-rências realmente extraterrestres – acon-tecimentos que não possuem ligação como Fenômeno UFO. Fico me perguntando

por que ETs se comunicari-am através da transcomuni-cação instrumental (TCI),por exemplo, usando meioseletrônicos como gravado-res, computadores etc, oumesmo da transcomunica-ção mediúnica (TCM), queocorre através de médiunse de formas variadas comopsicografia, psicofonia etc?Às vezes, a imaterialidadedas ocorrências me pertur-ba um pouco. Raramentetemos a oportunidade deencontrar fotografias ou fil-magens de UFOs metálicosou razoavelmente físicos,com exceção do grande nú-mero de fraudes, para umaanálise técnica. A grandemaioria dos casos apresen-

ta luzes globulares ou até mesmo irregu-lares. Crê-se, então, calcados em nossalógica, que a luz é uma espécie de efeitoeletromagnético, que encobre as aerofor-mas discóides no céu durante a noite.

Entretanto, sem desconsiderar tais hipó-teses, luzes são luzes e existe uma distânciaconsiderável entre elas e uma aeronave tri-pulada de outro planeta. Às vezes, são de-tectadas em radar, mas, na maior parte doscasos, são avistadas apenas pelos pilotos,como focos tremeluzentes ou brilhantes.Desconfio muito do comportamento quaseque totalmente “espiritual” do fenômeno.Creio que sistematicamente somos induzi-dos a crer que entidades ligadas ao mundoimaterial da Terra são, na verdade, seres ex-

ções religiosas que nossas antigas tradi-ções nos legaram. A verdade é a verdadee não necessariamente uma novidade.Uma leitura antropológica da natureza denossos irmãos não empolga.

Eles seriam solidários a nós, não nosestariam exigindo culto, estariam buscan-do companhia e diálogo, não subserviên-cia. Isto não provoca admiração, mesmoporque continuaríamos responsáveis pornós mesmos e não teríamos a quem dele-gar a solução de nossos problemas. As-sim como defendemos que não é possívelque nesse universo imenso sejamos osúnicos habitantes, a hipótese de que o Cri-ador de todas estas maravilhas possa tercriado uma variedade de seres espirituais

(anjos) e seres materiais e ao mesmo tem-po espirituais (humanos ou humanóides)não deveria ser simplesmente desvalori-zada por parecer fora de moda.

O diálogo amplificado para abraçarabordagens científicas, religiosas e filo-sóficas só pode acrescentar qualidade aodiscurso ufológico. Afinal, ufólogos sin-ceros e em honesta busca da verdade seesforçam para contrastar com mal-inten-cionados em fuga diante dos apelos da

A MATERIALIDADE do Fenômeno UFO équestionada, assim como as formassegundo as quais seus responsáveis,tripulantes ou mandatários, estabe-lecem contato conosco

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45Junho 2003

Estava assistindo ao filme Uma Histó-ria a Três [2001], com os atores CameronDiaz, Jordana Brewster e ChristopherEccleston, quando notei que depois de de-corrido 01h15 de filme,exatamente, surge umUFO no céu. Os prota-gonistas estão chegandonuma colina de uma vilaa beira-mar, em Portu-gal, quando umobjeto surge do ladodireito por entre as nu-vens e cruza toda atela por cerca de 10 se-gundos, dando uma gui-nada vertical no final.Ele era branco e pare-cia refletir a luz solar.Impressionante tambémé ele percorrer uma dis-

UFO SURGE ACIDENTALMENTE EM FILME COM CAMERON DIAZ

tância aparentemente muito grande. Vindodo limite do horizonte direito ao extremoesquerdo. Quem estivesse centrado nos per-sonagens não perceberia esse fato, mas

como eu estava encan-tado com a paisagem,me esqueci dosatores. Entretanto tenhoque confessar que, sa-bendo que a maioriadas filmagens de UFOssão ocasionais, tenho ocostume de examinarcom minúcia as ima-gens de paisagens emfilmes atrás dos mes-mos. Encaminhei umafita para ser analisadapela REVISTA UFO.

Agostinho de Lima,Fortaleza (CE)

A MEGA-ESTRELA Cameron Diazfaz filme em que um supostoUFO é flagrado acidentalmente

traterrestres que realizam ações em nossoplaneta. Faço o papel de advogado do diaboe questiono quais são as sutilezas que po-dem levar um sensitivo a discernir, com ab-soluta certeza, entre um espírito comunicantee uma canalização extraterrestre? E, ainda,se existem diferenças mensuráveis entre taisfatos? Afinal, o processo é praticamente omesmo. Ainda, uma civilização de AlfaCentauri utilizaria tais processos? Apesarde tantos anos de buscas e pesquisas, ne-nhum artefato ou fragmento inegavelmen-te extraterrestre foi constatado. Em geral,ficam apenas marcas, queimaduras, radia-ções etc. Até os implantes são questioná-veis. E olhe que certos livros falam em cen-tenas de corpos alienígenas encontrados,dezenas de naves que foram derrubadas,que explodiram ou caíram devido a falhas,em todos os continentes...

Realmente fomos invadidos pela de-sinformação sem que percebêssemos.Agências, grupos ufológicos e, inclusive,ufólogos não nos deixam raciocinar. Im-plantam milhares de informações paraesconder as verdades no caos. Isso semmencionar os contactados, charlatões efraudadores. Estou inclinado a acreditarque talvez 1% de tudo o que é dito sobreo fenômeno seja realmente verdade. E quea grande maioria dos fatos seja um gran-

de engodo. Vejam os círculos ingleses, porexemplo. A maioria dos pesquisadoresacredita que as mensagens escritas e en-viadas são de origem alienígena. Porém,se isso for real, eles seriam maus interlo-cutores. Afinal, depois de quase 20 anosde mensagens, nem as mais recentes cons-tituíram uma frase inteligível para nós,sendo somente meras conjecturas.

E aí, novamente, cabe a pergunta: se-riam extraterrestres? Ou talvez, inteligên-cias planetárias que estiveram aqui desdesempre? Ou terráqueas, que sempre semanifestam de uma forma ou outra para ohomem. Talvez, uma boa postura seja es-quecer um pouco os outros mundos e pes-quisarmos melhor o que temos aqui mes-mo: um planeta rico, cheio de mistérios,contendas espirituais, grupos diversos comobjetivos variados, onde nós somos ape-nas o peão num jogo de xadrez. E comono jogo, o peão pode alcançar a coroa eganhar força. Ainda podemos mudar orumo das coisas e separar luzes de som-bras. Há muito tempo venho dizendo paraos colegas investigadores repensarem apremissa amplamente aceita da origemextraterrestre simples.

Carlos Alberto Millan,Grupo Tau-Seti Ufologia e Espiritualidade

São Paulo (SP)

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PERGUNTA: Quais os formatos etipos conhecidos de naves espaci-ais? Regina Sobral, por e-mail.

RESPOSTA: Já foram registradosinúmeros tipos de UFOs, desdeaqueles com formato esférico ouovalado, que são os mais comunsdurante à noite, até aqueles de ca-racterísticas inusitadas, com formasde sinos, paralelepípedos, anéis eaté de âncoras. O formato maiscomum visto em plena luz do dia éo discóide, com coloração que va-ria entre o prateado em tom de alu-mínio até a cor de chumbo.

— A. J. GEVAERD, editor

PERGUNTA: A ciência tambémparticipa do acobertamento ao Fe-nômeno UFO, tal como governos emilitares? Mauro Celso FreitasBizarria, por e-mail.

RESPOSTA: Acredito que a ciên-cia não participa de tal acobertamen-to. Não há razão para um cientistaqualquer, sem ligações com organis-mos militares, manter segredos acer-ca de uma descoberta tão importan-te. Ocorre que, talvez pelo descrédi-to que o tema UFO ganhou ao longodos anos, tanto pela ação proposi-tal da desinformação quanto pelomar de teorias improváveis e absur-das que surgem no meio, desde oinício de sua manifestação a postu-ra da comunidade científica quantoà Ufologia é de distanciamento. Umaposição que se explica apenas pelopreconceito e medo da ridiculariza-ção, com risco de perda de financia-mentos e oportunidades de pesqui-sa em outros campos.

— JEFERSON MARTINHO,consultor de UFO,

editor do Portal Vigíliahttp://www.vigilia.com.br

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