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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXII Nº 240 2015
Um ano de desafios
Agravamento da crise econômica,política e social vai exigir mais dosetor produtivo baiano em 2016
ediToRiaL
O impacto da crise no social
D esajustes de natureza fiscal, acumulados nos últimos anos,
deram origem à crise que, reforçada por problemas como in-
flação muito acima da meta, câmbio volátil e juros estratosfé-
ricos, tomou de assalto a economia brasileira. Sozinhos, os proble-
mas econômicos seriam suficientes para conturbar completamente
o ambiente de negócios, mas, potencializados pela crise de nature-
za política, criaram um buraco negro que consome todo o esforço
produtivo e ameaça colapsar a economia, com forte impacto social.
Os números falam por si mesmos: as economias emergentes
fecharam 2015 com crescimento médio de 4%, enquanto o Bra-
sil estima uma queda de 3,6% no seu PIB. Segundo projeções do
FMI, em 2016 a economia brasileira deve cair 2,7%, enquanto o
México prevê alta de 2,8%, China, 6,3% e Índia, 7,5%.
A indústria tem sido o setor que mais se ressente na crise. As
últimas estimativas dão conta de que fechou o ano passado com
queda de 7,5%. Poucos de seus segmentos, os voltados para o co-
mércio internacional, conseguem escapar ilesos, por conta do Real
desvalorizado. Mas em áreas como automotiva, construção civil,
alimentos e metalurgia, as vendas despencam. A consequência
imediata disso é a queda nos índices de emprego, que tende a se
agravar, o pode vir a ser o principal problema nacional em 2016.
Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o
lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro
que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo. Essa in-
definição, fruto da paralisia do setor público e de sua incapacida-
de em enfrentar a crise com remédios apropriados e na dosagem
acertada, turva o horizonte com incertezas. Como sabemos, crises
se alimentam de incertezas.
Os efeitos da crise afetam muito o Sistema Indústria. O fecha-
mento de empresas, a redução das vendas e, por conseguinte, o
aumento do desemprego, reduziu receitas do SESI e do SENAI.
Apesar disso, o Sistema FIEB pretende manter os investimentos
projetados, tanto em Salvador quanto no interior do estado, bem
como garantir o mesmo patamar na oferta de produtos e serviços
para o setor industrial em 2016.
O SENAI, por exemplo, investirá R$ 61,4 milhões em obras na
capital e interior e R$ 2,3 milhões com reposição de equipamentos
e material didático. O SESI investirá R$ 43,8 milhões em cons-
trução, requalificação e aparelhamento de unidades em vários
municípios. Remando contra a maré da crise, o Sistema FIEB con-
tinuará apoiando as indústrias locais e colaborando na atração
de novos investimentos.
Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo
Ricardo Alban garante a manutenção dos investimentos do Sistema FIEB em todo o estado
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4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
Filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE antonio ricardo alvarez alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE carlos henrique Jorge gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; mário augusto
rocha pithon; edison Virginio nogueira correia;
alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES
TITULARES eduardo catharino gordilho; alberto
cánovas ruiz; eduardo meirelles Valente; renata
lomanto carneiro müller; leovegildo oliveira de
Sousa; Fernando luiz Fernandes; Juan Jose rosario
lorenzo; theofilo de menezes neto; José carlos
telles Soares; angelo calmon de Sa Junior; Jeffer-
son noya costa lima; Fernando alberto Fraga; luiz
Fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-
TORES SUPLENTES mauricio toledo de Freitas; gui-
lherme moura costa e costa; gladston José dantas
campêlo Waldomiro Vidal de araújo Filho; cléber
guimarães Bastos; Jorge catharino gordilho; marce-
lo passos de araújo; antonio geraldo moraes pires;
roberto mário dantas de Farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-
TRIAL carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE
ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS mário augusto
rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR
angelo calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-
MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Ser-
gio alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos
galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO
E TECNOLOgIA José luis gonçalves de almeida;
CONSELhO DE MEIO AMBIENTE Jorge emanuel reis
cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS
homero ruben rocha arandas; CONSELhO DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi
andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS
INDUSTRIAIS eduardo Faria daltro; COMITê DE PE-
TRóLEO E gáS humberto campos rangel; COMITê
DE PORTOS Sérgio Fraga Santos Faria
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Jorge emanuel r. cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE car-
los antonio B. cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE
roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene
aparecida Vilpert; Benedito almeida carneiro Filho;
cleber guimarães Bastos; luiz da costa neto; luis
Fernando galvão de almeida; marcelo passos de
araújo; mauricio lassmann; paula cristina cánovas
amorim; hilton moraes lima; thomas campagna
Kunrath; Walter José papi; Wesley Kelly Felix carva-
lho. DIRETORES SUPLENTES antonio Fernando Suzart
almeida; carlos antônio Unterberger cerentini; dé-
cio alves Barreto Junior; Jorge robledo de oliveira
chiachio; Fernando elias Salamoni cassis; José luiz
poças leitão Filho; mauricio carvalho campos; Su-
dário martins da costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS
luiz augusto gantois de carvalho; rafael c. Valen-
te; roberto ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-
PLENTES Felipe pôrto dos anjos; rodolpho caribé de
araújo pinho neto; thiago motta da costa
SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
antonio ricardo alvarez alban.
SUPERINTENDENTE armando da costa neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO antonio ricardo a. alban.
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antonio ricardo alvarez alban.
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sistema fieb nas mídias sociais
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as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.
Estudantes de
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médio
apresentaram
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ExpoInd BahIa
V Encontro de Compradores e
Fornecedores do IEL reuniu 75
empresas em rodada que encerrou
com perspectiva de fechar R$ 11
milhões em negócios futuros
IEL promovE rodada dE nEgócIos com EmprEsas
Robô de inspeção visual em 3D de
alta resolução é resultado de projeto
estratégico para atuar em águas
profundas, que envolve SENAI,
indústria e governo federal
sEnaI aprEsEnta o suBmarIno FLat FIsh
sUmáRio
14
Foto de Rafael Martinsnº 240 Nov/Dez.15
12
Presidente da FIEB analisa cenário e sinaliza perspectivas para o segmento em 2016
BAlAnço e projeções pArA A indústriA
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angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
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raFael martinS/SiStema FieB/arqUiVo
6 Bahia Indústria
enTRevisTa Bel Pesce
por Marta Erhardt
A importância do autoconhecimento e do com-
partilhamento para a realização de projetos
e sonhos foi o tema da palestra que a empre-
endedora e escritora Bel Pesce ministrou em
Salvador no dia 05.11, no SENAI Cimatec. A iniciativa
fez parte da rodada de encontros promovida em to-
das as capitais brasileiras pelo Instituto Euvaldo Lodi
(IEL) para fomentar o empreendedorismo e ressaltar a
importância do desenvolvimento de carreiras.
Durante o evento, que marcou o lançamento do
quarto livro da empreendedora A sua melhor versão
te leva além, que faz parte da coleção Meu Código
Aberto, da Editora Enkla, a fundadora da FazINOVA,
escola de desenvolvimento de talentos e inovação,
deu dicas para que as pessoas encontrem sua me-
lhor versão. Nesta entrevista, a escritora fala sobre
autoconhecimento, empreendedorismo e a necessi-
dade de se estabelecer parâmetros claros para a to-
mada de decisão.
Em seu novo livro, você propõe a criação de um movi-
mento de compartilhamento. Poderia explicar melhor?
Cada um de nós tem como se fosse um manual de ins-
truções que é muito único e, muitas vezes, na correria
do dia a dia, a gente não para para entender que ma-
nual é esse. A gente não para para se observar, para
entender o que tira a gente do sério, o que faz a gente
feliz. E se, em um momento, a gente não só parar para
se observar, mas também compartilhar aprendizados,
a gente pode ajudar um ao outro a se entender melhor.
Esse é o movimento que criei, que
se chama Meu Código Aberto. O
primeiro livro deste movimento, A
sua melhor versão te leva além, e o
aplicativo Meu Código Aberto estão
na internet (www.meucodigoaber-
to.com.br). A ideia é que as pessoas
possam ir em busca de sua melhor
versão, em busca deste código e
abrir algumas partes que podem
ajudar também outras pessoas a
encontrarem seus códigos.
qual a importância do autoconhe-
cimento na realização de projetos?
É imensa. É raríssimo alguém ter
alta produtividade se não for em
algo que faça sentido e esteja ali-
nhado com seu propósito. É raro al-
guém conseguir fazer bastante coi-
sas se não conseguir entender qual
o melhor momento para produzir e
o melhor momento para descansar.
Então, o autoconhecimento acaba
sendo uma ferramenta poderosís-
sima, não só para descobrir o que
você quer de verdade, que é algo
incrivelmente importante na sua
vida, mas também para alinhar
propósito, aumentar produtivida-
“A definição de sucesso é única para cada pessoa”
de, para realizar mais, dentro da-
quilo que faz sentido para você.
De que forma o autoconhecimento
colabora na tomada de decisões?
Para você conseguir encontrar sua
melhor versão, você precisa en-
contrar quais são seus reais parâ-
metros de decisão. Em um mundo
em que você tem muitas decisões
a tomar, muita gente acaba se ar-
rependendo, porque quando vo-
cê está diante de muitas opções
diferentes, é fácil ficar confuso.
Agora, se você consegue usar do
autoconhecimento para decidir
quais são os melhores parâmetros
numa decisão, você se arrepende
muito menos, porque neste mo-
mento você consegue tomar uma
decisão mais focada naquilo que
faz sentido para você. Por exem-
plo, quando entro em um projeto
tento entender qual o potencial
de impacto positivo para o outro
e qual o potencial de crescimento
para mim. Quando peso isso na
balança na hora da decisão, não
me arrependo, porque estava den-
tro dos meus maiores parâmetros.
considerada pela revista Forbes um dos 30 jovens mais promissores do Brasil, escritora e empreendedora lançou novo livro em Salvador
Bahia Indústria 7
João alVarez/SiStema FieB/arqUiVo
diV
Ulg
ação
Às vezes as pessoas mistificam muito o empreendedorismo. Parece algo glamoroso, mas é diferente disso. É uma responsabilidade muito grande
Em sua trajetória, quais fatores você acredita que fo-
ram essenciais para o sucesso?
A definição de sucesso é única para cada pessoa. Pa-
ra alguns, o sucesso é ser feliz; para outros, pode ser
algo com componente financeiro forte; para outras
pessoas, pode ser crescimento na carreira, então é
difícil chegar a uma só definição. Para mim, suces-
so é conseguir criar produtos e serviços que podem
tocar a vida de forma positiva, é conseguir criar con-
teúdos que fazem as pessoas darem mais passos em
direção aos seus sonhos. E o que me ajudou a con-
seguir crescer em direção a esses parâmetros que,
para mim, são o sucesso, tem a ver com habilidades
comportamentais, como autoconhecimento, produ-
tividade, iniciativa, determinação, dedicação, se re-
lacionar bem com as pessoas. Tudo isso me ajudou
muito.
Como você define empreendedorismo?
Empreendedorismo é criar produtos, serviços ou so-
luções que podem tocar a vida positivamente.
que conselho você dá para os jovens que pensam em
seguir por este caminho?
Às vezes as pessoas mistificam muito o empreende-
dorismo. Parece algo glamoroso, as pessoas pensam:
“que legal, não vou ter chefe”, “que legal, vou fazer
um dinheirão”, “que legal, não tem horário para tra-
balhar”, mas é muito diferente disso, na verdade. É
uma responsabilidade muito grande. No meu livro A
Menina do Vale 2, falo muito sobre isso, sobre empre-
endedorismo ser muito perto de um sinônimo para
responsabilidade. Um conselho que dou é: se você for
entrar nesse mundo, entra com uma cabeça de querer
agarrar o difícil, a responsabilidade, de querer cair e
levantar, porque senão você não vai aguentar, vai ser
mais difícil do que você imagina. Não entre achando
que é glamour.
Na sua concepção, como as pessoas que empreen-
dem devem agir quando algo não dá certo?
Se você quer criar algo grande, se você quer crescer,
não tem como só acertar, ainda mais se você quiser
criar algo inovador. Então é preciso se acostumar a
tropeçar e cair, mas de forma menor, para aprender
e poder crescer. O erro faz parte do aprendizado. Se
você vê dessa maneira, você vai cair e depois se le-
vantar e, assim, o erro será um parâmetro maior para
você continuar na direção certa. [bi]
Escritora faz
selfie com o
público no
Tour da Bel,
promovido
pelo IEL
8 Bahia Indústria
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Em meio à crise, é preciso en-
xergar oportunidades e bus-
car soluções. Esta foi a tônica
das palestras e debates durante
o 3° Fórum de Oportunidades de
Investimentos da Bahia, realizado
no dia 5 de novembro, na FIEB, em
Salvador. O evento foi promovido
pelo Grupo de Líderes Empresa-
riais (Lide), em parceria com a Fe-
deração das Indústrias do Estado
da Bahia (FIEB).
“Faz parte da nossa missão
apoiar os investimentos e mostrar
às empresas os vetores prováveis
de crescimento para a Bahia”,
disse o diretor da FIEB, Eduardo
Gordilho, na abertura do even-
to. O coordenador do Conselho
de Economia e Desenvolvimento
Industrial (Cedin) da Federação,
Antonio Sérgio Alípio ressaltou
que o Fórum tem como objetivo
fomentar o ambiente de negócios
e projetos, uma ação importante
neste momento de desafios para o
setor produtivo.
De acordo com o empresário
Mário Dantas, presidente do Lide
Bahia, “é hora de enfrentarmos os
medos com coragem, sem esperar-
mos soluções do governo. O DNA
do Fórum nasceu da iniciativa pri-
vada e é deste grupo de empreen-
dedores que também podem vir as
soluções”, pontuou.
O painel Perspectivas de Cres-
cimento Econômico contou com a
perspectivas e oportunidadesFórum do lide debateu o cenário econômico e de negócios no país face a um cenário de crise
Sérgio Alípio
e Eduardo
gordilho
ressaltaram
o papel das
entidades
empresariais
no fomento da
economia
participação de dois economistas
reconhecidos pelo mercado: o es-
trategista chefe do BTG Pactual
Assent Management, João Scan-
diuzzi, e o head da área de Inves-
timentos do Citibank, Mauro Mo-
relli. Ambos falaram do cenário
atual e destacaram as oportunida-
des para os empresários.
Scandiuzzi ponderou que o au-
mento de gastos do governo não
começou nas gestões do PT, mas
em 1997, quando a administração
pública passou a ampliar os pro-
gramas que contemplam direitos
sociais. Ele explicou que, em fun-
ção disso, foi-se aumentando a
carga tributária, a um ponto hoje
considerado inaceitável por boa
parte da população brasileira.
“Esta compensação também vem
sufocando a atividade industrial”,
acrescentou.
Para o estrategista do BTG, um
dos fatores de aumento desses
gastos governamentais é o sistema
previdenciário, que terá que sofrer
mudanças, pois já compromete
8% do PIB do país. Ele acredita
que o país sairá da crise até 2017,
desde que o governo continue
fazendo os ajustes fiscais, o que
também depende das articulações
políticas no Planalto.
Uma das oportunidades que
voltam a aparecer em meio ao ce-
nário atual – em que o Real está
desvalorizado e assim deve se
manter – é a de comércio de produ-
tos para o exterior. Com este tema,
foi realizado o painel Perspectivas
de Relações Internacionais e Co-
mércio Exterior.
O painel reuniu o embaixador e
consultor de empresas Jorio Daus-
ter e a gerente de investimentos
da Apex Brasil, Maria Luiza Cravo
Wittenberg.
No evento, os empresários
também puderam participar de
workshops setoriais, com base
nas principais cadeias produtivas
(Agronegócios; Energia; óleo, Gás
e Naval; Portos; Mineração) em
que o Estado oferece vantagem
competitiva para o fomento de no-
vos investimentos. [bi]
circuito
Bahia Indústria 9
Empresas baianas no Edital SENAI SESI de Inovação A segunda fase do Edital SENAI-SESI de Inovação contemplou 32 projetos de
empresas de todo o país. Os vencedores foram anunciados em Brasília. Com isso, o
Edital bate a marca de 500 projetos contemplados desde que foi criado, em 2004.
Boa parte dos projetos selecionados nesta fase veio de startups. Três empresas da
Bahia tiveram trabalhos escolhidos. Whirlpool, com o projeto Ambiente de
Desenvolvimento Virtual; MH2 Soluções em Projetos Ltda, com o GPS – GeoProfit
Strategy; e a Luiz Guilherme Aun Fonseca, com o EXO 1, produto que transfere o
peso do braço para a cintura do operador de máquinas.
por cLEBEr BorgEs
Indústria brasileira encolherá 4,5% em 2016A economia brasileira continuará
encolhendo no ano que vem. O PIB
terá uma queda de 2,6%, puxado
pela retração de 4,5% na indústria.
O desemprego alcançará 11%, o
consumo das famílias diminuirá
3,3% e os investimentos cairão
12,3%. As estimativas são do
Informe Conjuntural, divulgado
pela CNI. "Pouco se avançou na
construção de um ajuste fiscal
crível e permanente, aliado a
mudanças estruturais capazes de
impulsionar a recuperação da
atividade econômica. Por isso, o
cenário para 2016 não difere do
observado em 2015", diz o estudo. A
CNI estima que a participação da
indústria no PIB ficará abaixo de
20%, a menor desde os anos 50. A
participação da indústria de
transformação será de 9,3%.
Dólar estimula exportações da indústriaA desvalorização do real frente ao
dólar leva indústrias brasileiras a
buscarem mercados no exterior. O
coeficiente de exportação, que
mostra a importância do mercado
estrangeiro para as empresas
brasileiras, aumentou 0,6 ponto
percentual no terceiro trimestre de
2015 em relação ao período
imediatamente anterior e alcançou
19,8%. Foi o terceiro aumento
consecutivo do indicador, informa
a CNI. Na indústria de
transformação, o coeficiente de
exportações subiu para 16,8% e
está 0,8 ponto percentual maior do
que o registrado no segundo
trimestre. Já o dólar alto inibiu as
importações, cuja participação no
consumo nacional ficou em 22,1%
no terceiro trimestre.
Brasileiros fecham 2015 pessimistas
O Índice Nacional de Expectativa
do Consumidor (INEC) voltou a
cair e alcançou 96,3 pontos em
dezembro. O indicador é 1,3
ponto percentual menor do que o
de novembro e 11,8 p.p. inferior
ao de dezembro de 2014, mostra
pesquisa da CNI. Desde
janeiro de 2015, o INEC está
abaixo da média histórica,
que é de 109,6 pontos. A queda
na confiança do consumidor
decorre do pessimismo quanto ao
emprego. O índice de expectativa
em relação ao emprego caiu 8,2%
e o da renda pessoal recuou 1,7%
na comparação com novembro. O
INEC ouviu 2.002 pessoas em 143
municípios do país.
“Estamos vivEndo aquElE momEnto mais difícil Em quE as mEdidas duras foram tomadas E a gEntE ainda não tEm nEnhum
bEnEfício dElas.”Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, refletindo sobre a atual conjuntura brasileira
10 Bahia Indústria
sindicatos marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB
A competitividade na indústria automotiva foi tema do seminário
promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para
Veículos Automotores (Sindipeças), dia 01.12. O evento, realizado em
parceria com a SAE Seção Bahia, com o apoio da FIEB, reuniu
representantes de empresas do setor e estudantes no SENAI Cimatec.
“Nosso objetivo é trazer informações a respeito de técnicas de gestão e
ferramentas que possam tornar as empresas mais produtivas, de forma
que possam atender às expectativas do mercado automotivo”, explicou
o diretor regional do Sindipeças, Roberto Rezende.
O evento também contou com a presença dos diretores do Sindipeças
Marcelo Sena, Alexandre Gandra e Renato Rossi.
Público no
seminário
promovido
pelo
Sindipeças
sindipeças debate competitividade
A diretoria do Sindicato da Indústria de
Calcário (Sindical-BA), reeleita para o
período 2015/2018, tomou posse dia 06.11, na
sede da FIEB. O ato de posse contou com a
presença do presidente, Antônio Ricardo
Alban, e do primeiro vice-presidente da
instituição, Carlos Gantois. Presidente do
Sindical, o empresário Sérgio Pedreira
acredita que a reeleição demonstra a união
entre os associados em busca de melhorias
para o setor. Também em novembro,
diretores do sindicato participaram do
Encontro Nacional dos Produtores de Calcário
Agrícola do Brasil, em Cuiabá.
Sincafé participa de encontro nacionalA Bahia sediou o 23º Encontro
Nacional das Indústrias de Café
(Encafé), promovido pela
Associação Brasileira da Indústria
de Café (Abic), de 11 a 15 de
novembro. O encontro, que
ocorreu na Ilha de Comandatuba,
reuniu empresários e dirigentes
sindicais do setor de todo o país,
que tiveram acesso a tendências
de mercado e de consumo. A
participação dos diretores do
Sincafé no evento contou com o
apoio da Federação.
Sindileite leva laticinistas em missão à AlemanhaMissão internacional promovida
pelo Sindileite-BA, em outubro,
teve a Alemanha como destino.
Além de visitas técnicas, a
programação incluiu a
participação na Feira Anuga, um
dos eventos mais importantes do
setor de alimentos e bebidas. A
ação faz parte da agenda de
Missões Técnicas do Sindileite,
com foco no acesso a novos
mercados e inovações
tecnológicas.
diretoria reeleita do sindical toma posse na FIEB
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Bahia Indústria 11
FotoS marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB
A indústria gráfica da Bahia encerrou a programação de eventos de
2015 com a realização do XIV Seminário da Indústria Gráfica do
Nordeste, dia 19.11, na FIEB. Promovido pelo Sigeb, em parceria com o
SENAI, o evento contou com palestras que abordaram as novas
tecnologias em Cura UV e atendimento ao cliente. “Esta é uma
oportunidade de atualização, visando melhorar a produção e o
relacionamento com o cliente”, destacou o vice-presidente da FIEB e
presidente do Sigeb, Josair Bastos.
gestão de processos em cosméticos é tema de workshopComo a gestão de processos e resultados pode ajudar
as empresas de cosméticos a alavancar a
produtividade. Esta foi a proposta do workshop
Gestão de Processos e Resultados na Indústria de
Cosméticos, promovido pelo Sindicato da Indústria
de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia
(Sindcosmetic-BA), dia 04.11, no SENAI Cetind. A
programação incluiu boas práticas de fabricação
para o setor, pesquisa e desenvolvimento de novas
formulações, otimização e automação de processos e
elaboração de padrões operacionais em atendimento
ao mercado internacional. Em outubro, outro evento
promovido pelo sindicato no Gran Hotel Stella Maris
debateu o cenário do setor de cosméticos.
Sindibrita diScute deSafioS do Setor • O
Sindibrita reuniu empresários do segmento para
discutir os avanços e desafios do setor de
mineração no Brasil, dia 25.11, no auditório da
FIEB. A Lei da Balança, o atual cenário para
mineração de agregados para construção e as
perspectivas para os próximos anos foram temas
debatidos no encontro.
Encontro promovido pela FIEB reuniu, dia 18.11,
empresários e contadores para discutir as mudanças
do controle de produção e estoque das empresas com
a implantação do Bloco K do Sped Fiscal – Sistema
Público de Escrituração Digital Fiscal, a partir de
janeiro de 2016. O consultor da CNI, Deusmar
Rodrigues, orientou sobre as mudanças. O evento
contou com o apoio do Conselho Regional de
Contabilidade da Bahia (CRC-BA).
O consultor da
CNI, Deusmar
Rodrigues, no
encontro
FIEB orienta sobre sped Fiscal
seminário apresenta novidades da indústria gráfica
Sindicato de Cerâmica mobiliza empresário no interiorO Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindicer)
reuniu, dia 08.10, ceramistas de Barreiros, no
município de Riachão do Jacuípe. A localidade
concentra mais de 20 cerâmicas, todas de pequeno
porte. Além de conhecer melhor o sindicato e os
serviços prestados pelo Sistema FIEB, os empresários
da região tiraram dúvidas trabalhistas com um
advogado especialista em relações sindicais. Já no dia
15.10, o presidente do Sindicer-BA, Manuel Ventin,
participou do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais
da Indústria Cerâmica, em Cuiabá.
Josair Bastos e Sérgio Ollandezos na abertura do evento
12 Bahia Indústria
por Marta Erhardt
realizada em ilhéus, em novembro, i expoind Bahia reuniu projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por estudantes de nível técnico e médio
Mais de 200 projetos de
inovação tecnológica
desenvolvidos por es-
tudantes de nível técni-
co e médio de diversas instituições
de ensino foram apresentados du-
rante a I ExpoIND Bahia. Uma ini-
ciativa do Sindicato das Indústrias
de Aparelhos Eletroeletrônicos e
Computadores de Ilhéus/Itabuna
(Sinec) e do Sindicato da Constru-
ção Civil de Itabuna/Ilhéus (SICC),
em parceria com a Federação das
Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), a feira foi realizada entre
os dias 18 e 21 de novembro, no
Centro de Convenções de Ilhéus.
Entre os projetos apresentados,
estava uma bancada de testes de
componentes eletrônicos (fusí-
veis, transístores, led e cabos de
rede) usados em aulas práticas do
Presidente da
FIEB, Ricardo
Alban, na abertura
do evento
Integração entre setor produtivo e academia
SENAI. Denominado Giga de Teste de Eletroeletrôni-
ca, o projeto foi desenvolvido por alunos do curso de
eletroeletrônica do SENAI na região sul, que tinham
a necessidade de testar, de forma prática e simples, os
componentes eletrônicos utilizados, reduzindo a pro-
babilidade de erro nas atividades por falha de algum
desses materiais. “É gratificante poder desenvolver
um projeto como este. Além de facilitar as aulas, é de
fácil manuseio, baixo custo e sustentável, pois rea-
proveitamos materiais”, explicou a estudante Agatha
Carlos, do grupo que desenvolveu o equipamento.
A apresentação de soluções tecnológicas como a
Giga de Teste de Eletroeletrônica está alinhada com
o objetivo do evento, que buscou integrar o setor pro-
dutivo e a comunidade acadêmica. “A expectativa é
que a integração entre setor produtivo e academia
traga frutos para melhorar nossos processos produ-
tivos”, destacou o presidente do SICC, Leovegildo
Souza. A ideia é que essa aproximação também possa
contribuir para o desenvolvimento de produtos ino-
vadores. “Queremos buscar, por meio da inovação
e do conhecimento científico, o desenvolvimento de
clodoaldo riBeiro/coperphoto/SiStema FieB
Bahia Indústria 13
Estudantes
do curso de
eletroeletrônica
do SENAI
apresentam
projeto
soluções aplicáveis para a indústria, que gerem pro-
dutos diferenciados”, reforçou o presidente do Sinec,
William de Araújo.
Acompanhado por dirigentes e executivos do
Sistema FIEB, o presidente da instituição, Ricardo
Alban, participou da abertura da I ExpoIND Bahia.
“Esperamos que esta seja a semente para a realiza-
ção de outras feiras itinerantes no interior do estado.
Iniciativas como esta contribuem para disseminar o
conceito de industrialização e para mostrar a impor-
tância da indústria para a economia”, pontuou.
A cerimônia de abertura contou com palestra da
jornalista Salette Lemos, que falou sobre desafios e
oportunidades da economia em tempos de crise. A es-
pecialista em economia, gestão e produtividade pro-
vocou o público a mudar de atitude diante do atual
momento econômico do país. “Precisamos ter o olhar
crítico e observar a realidade, pois a crise traz opor-
tunidades também, mas é necessário perseverança e
disciplina”, disse.
Também participaram da mesa de abertura o vice-
-prefeito de Ilhéus, Carlos Machado, o presidente do
Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo
Rossi, e representantes de instituições parceiras, co-
mo o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-
logia Baiano (IF Baiano), Sebrae, Câmara de Dirigen-
tes Lojistas (CDL) e Associação de Turismo de Ilhéus.
progrAmAçãoMais de cinco mil pessoas circularam no Centro de
Convenções de Ilhéus durante os quatro dias de fei-
ra, de acordo com a organização do evento. O público
pode conferir uma programação diversificada, que
englobou a 4ª Mostra de Iniciação Científica (MIC) do
IF Baiano, o I Encontro de Inovação e o I Salão Baiano
da Indústria.
A I ExpoIND Bahia contou, ainda, com mais de 50
minicursos, palestras, mesas redondas e oficinas,
oferecidos gratuitamente. Outras instituições do Sis-
tema FIEB também participam do evento. O SESI pro-
moveu palestras sobre o impacto das normas regula-
mentadoras na competitividade da indústria e sobre
o Edital SESI/SENAI de Inovação. Já o IEL ministrou
palestra sobre Desenvolvimento de Carreiras. [bi]
clodoaldo riBeiro/coperphoto/SiStema FieB
14 Bahia Indústria
Intercâmbio de negócios
Mesa de
abertura
do evento,
que reuniu
empresários
na FIEB
por Marta Erhardt
iel realiza rodada de negociação e certificação de empresas no V encontro de compradores e Fornecedores
Um encontro de negócios
promissor. Assim foi a ro-
dada realizada durante o
V Encontro de Comprado-
res e Fornecedores da Bahia, dia
03.12, na Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (FIEB). Setenta
e cinco empresas, entre fornecedo-
res e compradores, participaram
da iniciativa e a expectativa delas
é movimentar cerca de R$ 11 mi-
lhões em negócios futuros.
O evento foi promovido pelo
Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pe-
lo Ministério do Desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), em parceria com o Servi-
ço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas da Bahia (Sebrae-BA)
e teve como objetivo estimular a
geração de negócios e fomentar o
networking entre empresas. “Este
é um momento de troca de infor-
mações, para criar um movimento
positivo para os negócios e para
o desenvolvimento das empresas
baianas. É uma oportunidade pa-
ra promover e avançar nas trocas
comerciais feitas em nosso esta-
do”, pontuou o superintendente
do IEL-BA, Evandro Mazo.
No encontro, empresas baianas
participantes do Programa de De-
senvolvimento de Fornecedores
para a cadeia Automotiva e do Pro-
grama de Qualificação de Fornece-
dores (PQF) foram certificadas. “É
muito bom ver que as empresas
estão trabalhando seus gaps para
atingir a excelência. Com este pro-
grama, ganha a grande empresa,
que precisa qualificar seus forne-
cedores, e as empresas de peque-
no porte, que se qualificam em
gestão, observam as necessidades
do mercado e têm oportunidades
de negócios”, ressaltou a coorde-
nadora adjunta da indústria do Se-
brae, Maria Helena Souza Garcia.
O evento marcou o encerra-
mento das ações do Programa de
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Bahia Indústria 15
A gerente do IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o PqF durante encontro
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
O programa qualificou 29 empresas, com capaci-
tações e consultorias nas áreas de gestão financeira
e gestão da produção. Aquelas que atenderam aos
requisitos relacionados à gestão empresarial, gestão
financeira, lean manufacturing, gestão da qualidade,
gestão ambiental, saúde e segurança do trabalho e
responsabilidade social foram certificadas.
pQFEmpresas participantes do Programa de Qualifi-
cação de Fornecedores, também foram certificadas
durante o encontro. Uma delas foi a MEC-Q Indus-
trial, inserida no programa há três anos. Na época,
a empresa precisou implementar melhorias de gestão
e desenvolver áreas como Meio Ambiente e Saúde e
Segurança do Trabalho. “Conseguimos aumentar
o faturamento a partir das oportunidades trazidas
pelo programa, tanto pela qualificação, quanto nos
encontros de aproximação comercial”, explicou o co-
ordenador comercial, Leonardo Cerqueira.
A gerente de Desenvolvimento Empresarial do
IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o programa, que
há 10 anos prepara micro, pequenas e médias em-
presas fornecedoras para melhorar a qualidade de
gestão, reduzir custos de capacitação, aumentar as
oportunidades de negócios e promover o networking
entre empresas.
Nesse período, mais de 450 empresas fornecedo-
ras de todo o estado foram atendidas pelo PQF, que
tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e pro-
mover o desenvolvimento local, com a capacitação de
empresas de menor porte para atender às exigências
de grandes empreendimentos implantados na Bahia.
O programa é dividido em cinco etapas: definição dos
critérios e requisitos técnicos de aquisição (junto à
empresa âncora); identificação, sensibilização e sele-
ção de fornecedores locais; desenvolvimento e certi-
ficação de fornecedores selecionados; ações de apro-
ximação comercial e de acesso a mercados; e gestão e
monitoramento de ações e resultados.
tAlK sHoWA programação do V Encontro de Compradores e
Fornecedores da Bahia também incluiu o talk show
“Desenvolvimento do mercado fornecedor local”, que
contou com a participação do diretor de suprimentos
para integração de energias renováveis da General
Eletric do Brasil, Antônio Paulo Bianchi, e da gerente
de compra da Ford, Malvina Rebouças. [bi]
“Este é um momento de criar um movimento positivo para os negócios e para o desenvolvimento das empresas baianas. É uma oportunidade para promover e avançar nas trocas comerciais em nosso estadoEvandro Mazo, superintendente do IEL-BA
Desenvolvimento de Fornecedores
para a cadeia Automotiva, reali-
zado em parceria com o MDIC, a
Ford e o Sindicato Nacional da In-
dústria de Componentes para Ve-
ículos Automotores (Sindipeças).
A supervisora de assuntos
corporativos da Ford, Magnólia
Borges, ressaltou a satisfação da
empresa em poder contribuir com
suporte técnico para o programa.
“As empresas locais precisam
buscar o aprimoramento de sua
gestão, de seus processos, não só
para se tornar fornecedor da ca-
deia automotiva, mas para outros
segmentos”, pontuou.
Já o presidente do Sindipeças,
Roberto Rezende, lembrou que a
participação das empresas forne-
cedoras no programa vai levar a
um ganho de qualidade e produ-
tividade, e ressaltou que a busca
pela excelência é contínua. “Es-
tamos passando por um momento
de crise e isso requer que a gente
se qualifique cada vez mais. Este
é o primeiro degrau para atingir
o nível de excelência exigido pelo
mercado”, disse.
16 Bahia Indústria
por clEbEr borgEs
CENáRIO DESAFIADOR
para o presidente da FieB, o aumento do desemprego será o maior problema a ser enfrentado pelo país em 2016
s economias emergentes de-
vem fechar 2015 com cresci-
mento médio de 4%. Enquan-
to isso, o Brasil encerrará o
ano com queda de 3,6% no
PIB segundo projeções do
FMI, ou de 3,2% segundo o
Relatório Focus, do Banco
Central. Ainda segundo o
FMI, em 2016, a economia
brasileira enfrentará redução de 2,7%, enquanto o
México crescerá 2,8%, Índia 7,5% e China 6,3%. A
partir de números como esses, a Federação das In-
dústrias do Estado da Bahia (FIEB) prevê que 2016
será, para o setor industrial, um ano também com-
prometido pela crise econômica, potencializada pela
crise de natureza política.
“Essa é uma crise com várias facetas. Por essa ra-
zão, não podemos arriscar uma previsão sobre seu
ciclo. Sua origem está nos desajustes fiscais dos dois
últimos anos. Estes se agravaram em uma crise eco-
nômica, que desaguou em uma crise de natureza po-
lítica. Agora, a maior preocupação para 2016 é com a
iminência de uma crise social, na qual os empregos
estarão em risco, afetando a renda da sociedade”,
afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Alban, em ba-
lanço de final de ano, no dia 16 de dezembro.
Segundo ele, no Brasil, a crise econômica, acres-
cida da crise política, tem forte impacto na indús-
tria, cuja produção física deve cair 7,5% em 2015. Na
Bahia, onde o PIB deverá retroceder este ano 3,1%, a
indústria de transformação recuará ainda mais (-4%).
Uma das consequências desse mau desempenho será
a queda no emprego: de janeiro a outubro, o setor fe-
chou quase 33 mil postos de trabalho no Estado. “A
pior coisa para o ser humano é a perda abrupta do po-
der aquisitivo, que gera frustração e revolta. A queda
do emprego será o principal problema de 2016”, ava-
lia Ricardo Alban.
Esse número tende a crescer nos próximos meses,
caso não haja um ponto de inflexão com mudança
nas expectativas negativas. “Março é o período li-
mite para que haja uma solução para a crise política.
A economia se comporta, também, em função das
expectativas. O país não pode viver com expectati-
vas cada vez mais negativas”, afirmou o presidente
da FIEB.
ConstrUção em QUedASegmentos como a construção civil e a metalurgia
básica devem enfrentar problemas em 2016. A cons-
trução sofre com a paralisia em obras de infraestru-
tura demandadas pelo setor público e com a baixa
demanda no setor imobiliário. Há uma superoferta
de imóveis prontos e os preços estão em baixa. Além
disso, ainda na área imobiliária, o setor ressente-se
das mudanças na política operacional da Caixa, seu
principal agente financeiro.
Na Bahia, um alento na área da construção é a
aprovação, pelo BNDES, de R$ 2 bilhões para finan-
Bahia Indústria 17
raFael martinS/SiStema FieB/arqUiVo
marce
lo g
andra/c
oo
per
pho
to/S
iSte
ma F
ieB
Indústria da construção será
uma das principais afetadas
em 2016, diante da superoferta
de imóveis e da retração dos
investimentos públicos
18 Bahia Indústria
-2,3%
Queda da economia da Bahia
Queda da indústria brasileira
Queda da indústria baiana
Crescimento médio das economias avançadas
Crescimento médio das economias emergentes
Queda da economia brasileira
Investimentos doSistema FIEB em 2016***
Em R$
SENAI63,8 milhões
IEL2,1 milhões
* Fonte: Banco Santander
** Fonte: FMI - World Economic Outlook
*** Investimentos em construção, requalificação e equipamentos de unidades
SESI43,8 milhões
Total 109,7
milhões
Como ficarão, em 2016,os segmentos industriais na BA
Em altaQuímico petroquímico,
Celulose e papel
Em quedaConstrução civil eMetalurgia básica
Em estabilidadeRefino de petróleo e produção de álcool,
Automotivo,Alimentos e bebidas
Desempenho econômico em 2015* Projeção econômica para 2016**
-7,5%
-3,1%
2,2%
4,5%
-2,7%
PeRsPecTivasIndicadores apontam as tendências para 2016
ciar a construção do Metrô de Sal-
vador. Durante a obra devem ser
criados 5,8 mil postos de trabalho
diretos e 14,7 mil indiretos. Quan-
do estiver operando, o metrô deve
empregar 1.400 pessoas e criar 4,2
mil empregos indiretos, de acordo
com números do BNDES.
Outros segmentos, como os de
refino de petróleo e automotivo,
devem permanecer estagnados
em 2016. No primeiro, a venda
de ativos pela Petrobras deve ter
impactos importantes na Bahia.
Está em discussão, por exemplo,
a venda de ativos nas áreas de
biodiesel, campos maduros, bem
como uma reestruturação na área
corporativa da estatal. Na área
de refino, espera-se uma produ-
ção estável em 2016, em relação
a 2015, na casa de 100 milhões de
barris. No segmento automotivo,
o mercado continuará deprimi-
do em 2016, pois o setor depende
muito da oferta de crédito.
Poucos segmentos, notada-
mente os que exportam, devem
passar incólumes na crise. São
Bahia Indústria 19
João alVarez/SiStema FieB/arqUiVo
O segmento
de celulose é
um dos que
escapam dos
efeitos da crise
A queda no emprego e no fatura-
mento da indústria impactou no
Sistema FIEB, atingido por queda
nas receitas. Mesmo com menos
recursos, pretende manter os in-
vestimentos em Salvador e no
interior do estado, bem como a
oferta de produtos e serviços para
o setor industrial em 2016.
O SENAI, por exemplo, planeja
investir R$ 61,4 milhões em obras,
incluindo construções, equipa-
mentos e mobiliário, em unidades
na Capital, região metropolitana e
no interior. E outros R$ 2,3 milhões
em reposição de equipamentos e
material didático. Já o SESI deve
investir R$ 43,8 milhões em cons-
trução, requalificação e aparelha-
mento de unidades na capital e in-
terior. “Vamos manter todos estes
investimentos previstos”, garante
Ricardo Alban.
O projeto mais vistoso será, cer-
tamente, o Cimatec Industrial, pro-
jeto desenvolvido pelo SENAI em
parceria com o governo do estado.
Este cedeu, no Distrito Industrial
de Camaçari, um terreno com 4 mi-
lhões de metros quadrados, onde
o SENAI construirá uma unidade
para dar suporte às empresas que
queiram se instalar na Bahia e às
que já atuam no polo, em áreas
como química/petroquímica, au-
tomotiva, metalurgia e de ener-
gias alternativas, como a eólica e
solar. Para a área automotiva, um
diferencial será uma pista em linha
reta com dois quilômetros para uso
em testes de veículos. Outra linha
de atuação do Cimatec Industrial
será no segmento farmacêutico. [bi]
FIEB vai manter investimentos
exemplos: químico/petroquímico
e celulose e papel, que aproveitam
o câmbio favorável e os exceden-
tes exportáveis. Este último vive
“em céu de brigadeiro”, conforme
avalia Ricardo Alban, pois além
do dólar favorável convive com
preços internacionais em alta. No
entanto, exportar exige muitas
adequações no produto e nas es-
tratégias empresariais. “É neces-
sário, que as empresas estejam
preparadas para o comércio exte-
rior”, afirma o presidente da FIEB.
“O momento é extremamente
desafiador e não há nada que apon-
te para uma melhoria significativa
em 2016. O setor industrial tem si-
do um dos mais prejudicados pela
crise”, avalia o presidente Ricardo
Alban. No seu entendimento, é im-
portante apoiar o desenvolvimen-
to de segmentos como o de energia
eólica, solar, mineração e naval.
Além disso, defende que haja um
esforço para adensar as cadeias
industriais já tradicionais, como
a têxtil-algodão, alimentos-laticí-
nios e petroquímica.
20 Bahia Indústria
marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB
O Sistema FIEB, por meio do
seu Conselho de Respon-
sabilidade Empresarial
(CORES) lançou, no dia 11.12, o Re-
latório de Sustentabilidade do Sis-
tema FIEB (Edição 2014) durante o
Seminário Relação e Comunicação
Socioempresarial, realizado na se-
de da instituição. O evento contou
com a participação do presidente
da FIEB, Ricardo Alban, a presi-
dente do Sindicato da Indústria do
Vestuário de Salvador e Lauro de
Freitas (Sindvest), Eunice Habibe,
e a presidente da ONG Fábrica Cul-
tural, Margareth Menezes.
“As ações dos Conselhos Te-
máticos são de extrema impor-
tância, pois acabam norteando
compromisso sustentávelFederação das indústrias do estado da Bahia lança relatório de Sustentabilidade (edição 2014)
Relatório
está
disponível
para
download
na internet
o trabalho da Federação. Nossa
expectativa é que este Relatório
se torne referência para outras fe-
derações”, disse Alban.
O coordenador do CORES,
Marconi Andraos, destacou que a
gestão da Sustentabilidade é uma
ação que reflete a maturidade de
uma organização. “Neste sentido,
o Relatório é uma ferramenta que
contribui para a melhoria contí-
nua da gestão da sustentabilidade
e fortalece a comunicação com as
partes interessadas.”
O documento, elaborado com
base na metodologia internacional
GRI 4 – Global Reporting Initiative,
envolveu a coleta/informações e de
ações desenvolvidas por todas as
entidades que integram o Sistema
FIEB. Os indicadores estão rela-
cionados com os pilares sociais,
ambientais e econômicos da sus-
tentabilidade, sinalizando o nível
da gestão da organização, a partir
da identificação dos pontos fortes e
oportunidades de melhoria.
Marcelo Linguitte, represen-
tante da Terra Mater, apresentou
“Relatório de Sustentabilidade
FIEB - Aplicação da Metodologia
e Indicadores de Sustentabilidade
GR4”, esclarecendo como funcio-
na a metodologia e demonstrando
os benefícios que a ferramenta
traz para fortalecer a gestão.
A gerente de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social da FIEB,
Arlinda Coelho, apresentou o Re-
latório, destacando a Federação
como agente indutor da sustenta-
bilidade para as empresas indus-
triais da Bahia e para a própria
instituição. “É muito bom poder-
mos avaliar o que fazemos, funda-
mentados numa metodologia va-
lidada internacionalmente, e per-
ceber que sustentabilidade é algo
tangível e está presente em todas
as esferas da nossa organização”.
O Seminário contou também
com a participação do vice-pre-
sidente de Meio Ambiente e Sus-
tentabilidade da Renova Energia,
Ney Maron, da diretora da Fábrica
Cultural, Teresa Carvalho, e do di-
retor presidente da Camisas Polo
Salvador, Hari Hartmann. [bi]
Bahia Indústria 21
conselhos
COMPEM promove primeira reunião itinerante Feira de Santana foi escolhida pelo Conselho da
Micro e Pequena Empresa Industrial (COMPEM)
para sua primeira reunião itinerante no interior do
estado. O encontro, realizado no dia 17 de
novembro, na sede do SENAI do município, contou
com a presença de membros do COMPEM,
dirigentes da FIEB, CIEB e CIFS, autoridades,
representantes de entidades parceiras e
universidades. “Estamos levando as discussões do
Conselho para o interior, ouvindo as demandas das
empresas industriais de pequeno porte e
perseguindo soluções. Com isso, pretendemos
contribuir para o processo de interiorização e
desconcentração industrial, a melhoria do IDH e da
renda per capta, com base no trinômio: tecnologia,
inovação e empreendedorismo”, afirmou o 1°
vice-presidente da FIEB e coordenador do
COMPEM, Carlos Gantois.
Federação discute futuro do setor de petróleo O coordenador do Comitê de Petróleo, Gás e Naval
- CPGN, Humberto Rangel, ministrou palestra
durante o seminário O Futuro da Indústria Brasileira
no Setor de Petróleo, realizado pela ONIP, na sede do
Sistema Firjan, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro.
Ele falou sobre a Agenda Mínima como
oportunidade de aperfeiçoamento da política de
conteúdo local e da situação de dependência de um
operador exclusivo, que limita o crescimento
mercado. “Se tivéssemos mais operadores, teríamos
novas oportunidades”, disse Rangel.
Boas práticas em internacionalização serão reconhecidas Sob a coordenação do diretor da FIEB, Angelo Sá
Júnior, o Conselho de Comércio Exterior (Comex) e
o Centro Internacional de Negócios (CIN),
realizarão, em 2016, o Reconhecimento de Boas
Práticas em Internacionalização. O objetivo é
destacar as experiências de sucesso de micro e
pequenas empresas no processo de
internacionalização. Poderão participar os
participantes do Programa de Competitividade para
Internacionalização do CIN. O Banco de Boas
Práticas poderá ser acessado no site da FIEB.
Com o objetivo de fomentar uma atuação
socialmente responsável do setor produtivo baiano,
incentivando ações com foco no uso de excedentes
de produção, materiais recicláveis e/ou reutilizáveis,
iniciativas de voluntariado e projetos comunitários,
a FIEB, por meio do seu Conselho de
Responsabilidade Empresarial (CORES) lançou, dia
11 de dezembro, o projeto Bancos de Articulações
Sociais, durante o Seminário Relação e Comunicação
Socioempresarial, realizado na sede da instituição.
De acordo com o coordenador do CORES, Marconi
Andraos, as ações do projeto são operacionalizadas
com o apoio de instituições parceiras do Terceiro
Setor, empresários e governo. “A ideia é envolver
todos nesta tarefa de incentivar e promover práticas
sustentáveis”, disse.
O Banco de Articulação em Vestuário é o pioneiro
dentre os bancos que farão parte dessa iniciativa.
Por meio dele, as indústrias podem fazer doações de
resíduos de vestuário, a exemplo de tecidos, que
podem ser utilizados por entidades cujo trabalho
inclui corte e costura ou artesanato.
Bancos de articulações sociais da FIEB são lançados
Na mesa,
Eunice habibe,
Alban e
Andraos
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
22 Bahia Indústria
por caRoLina mendonça
O FlatFish, veículo autônomo submarino
desenvolvido pela BG Brasil e o SENAI Ci-
matec, com apoio da Empresa Brasileira de
Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii),
foi apresentado ao público no dia 4 de dezembro, em
Salvador. O evento reuniu dirigentes do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP),
SENAI Nacional e secretaria estadual de Ciência e
Tecnologia (Secti).
Com investimento total de R$30 milhões, este é
o primeiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil
e será utilizado para inspeção visual em 3D de alta
resolução, contribuindo na exploração de petróleo e
gás em águas profundas, com redução de custos de
operação, garantindo maior segurança operacional e
ao meio ambiente.
“A tecnologia que foi desenvolvida para criação
do FlatFish irá contribuir para manter o setor offsho-
re brasileiro na vanguarda do mercado mundial. O
projeto faz parte de um programa significativo de
pesquisa, desenvolvimento e inovação que a BG Bra-
sil vem concretizando e que traz resultados duradou-
ros para o setor de óleo e gás”, afirmou Nelson Silva,
CEO da BG América do Sul.
"Temos capacidade de inovar e, tão importante
quanto isso, de compartilhar e somar esforços para
recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o
RobóTica UndeRwaTeR
Bg Brasil, Senai cimatec e embrapii lançam o veículo
autônomo submarino FlatFish
que é fundamental para a competitividade da indús-
tria nacional", avalia o presidente da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban.
Para o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI
Cimatec, Leone Andrade, o robô é um projeto estra-
tégico para o SENAI Cimatec. Além do seu elevado
porte e do desafio tecnológico, representa a consoli-
dação do BIR - Instituto Brasileiro de Robótica, parte
integrante do Campus Cimatec, que tem como foco
P&D&I em robótica autônoma. “Ressalto também a
parceria estratégica com o DFKI - Instituto alemão de
robótica e inteligência artificial, parceiro fundamen-
tal nesta consolidação, posicionando o SENAI Cima-
tec como um dos principais centros de pesquisa na
área de robótica no país”, afirmou Andrade.
“A EMBRAPII recebe com satisfação o resultado
desse projeto em parceria com a BG Brasil. Estamos
certos que esse é só o começo de muitas outras par-
cerias que desenvolveremos junto à BG Brasil e ao Ci-
matec”, destacou o diretor-presidente da EMBRAPII,
Jorge Guimarães.
O FlatFish residirá em uma estação submarina,
marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB
Demonstração
do Flat Fish;
apresentação
do equipamento
a executivos
Bahia Indústria 23
eliminando a necessidade de bar-
cos de apoio. O operador será ca-
paz de estabelecer uma missão de
inspeção remotamente da super-
fície. O veículo realizará o plane-
jamento e a execução da missão
de forma autônoma, saindo da
estação submarina, coletando os
dados de inspeção e enviando-os
para o operador na superfície.
“Os testes em offshore com
o FlatFish, realizados aqui na
Bahia, são um marco fundamen-
tal para o desenvolvimento de
uma nova tecnologia de inspe-
ção submarina”, ressaltou Adam
Hillier, CTO BG Group.
Dotado de um sistema de sona-
res, o robô pode atuar em águas
turvas, sem luminosidade. “O re-
sultado mostra que é possível de-
senvolver tecnologia de alto valor
agregado no Brasil e que, investindo em pesquisa, o
país pode encontrar soluções para aumentar a com-
petitividade da indústria nacional”, afirma Herman
Lepikson, coordenador do Instituto, que funciona no
SENAI Cimatec.
desdoBrAmentos O desenvolvimento do FlatFish contou com a atua-
ção de 18 pesquisadores do BIR e o trabalho de vários
profissionais do SENAI Cimatec, pois envolveu outras
competências além de robótica, tais como informáti-
ca, engenharias e mecânica. O projeto ainda terá uma
segunda etapa com melhorias e novos testes que se-
rão realizados no ano que vem, quando outro protóti-
po deve ser entregue.
Para o coordenador técnico do projeto, Marco Reis,
o veículo superou as expectativas e a tecnologia de-
senvolvida em função do seu funcionamento “abre
um leque muito grande de possibilidades de traba-
lho, com utilizações diversas, a exemplo de monito-
ramento de barragens”, indica. (Com informações da
Ascom da BG Brasil) [bi]
Temos capacidade de inovar, compartilhar e somar esforços para recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o que é fundamental para a competitividade da indústria nacional
Ricardo Alban,presidente da FIEB
24 Bahia Indústria
por patrícia MorEira
portFóLIo do sEsI tEm novos sErvIçosiniciativa faz parte de programa de inovação em gestão do absenteísmo e vai auxiliar as empresas na adaptação ao e-Social
Com o objetivo de oferecer
aos empresários da indús-
tria um conjunto de servi-
ços que visa apoiá-los na
gestão dos afastamentos e ates-
tados dos seus funcionários, foi
lançado no dia 9.12, em Salvador,
o portfólio de produtos do Progra-
ma de Gestão do Absenteísmo do
Serviço Social da Indústria (SESI).
O portfólio traz um conjunto de
cinco serviços: Avaliação Inicial,
Gestão dos afastamentos, Gestão
de Nexos Previdenciários, Gestão
do FAP e Gerenciamento Epide-
miológico. Com isso, o SESI provê
uma gama de soluções para gerir o
absenteísmo na empresa, visando
propor soluções para os proble-
mas gerados por acidentes ou do-
enças do trabalho.
“Com este novo portfólio, o SESI
procurou se capacitar para melhor
auxiliar os empresários no atendi-
mento das Normas Regulamenta-
doras, um item em que as empresas
precisam avançar para assegurar
sua competitividade e produtivi-
dade”, destacou o superintendente
do SESI Bahia, Armando Neto, na
abertura do evento.
Representando o presidente
Ricardo Alban, o coordenador do
Conselho de Relações Trabalhis-
tas da FIEB, Homero Arandas,
destacou a iniciativa do SESI como
de vanguarda, ao alinhar qualida-
de de vida, saúde do trabalhador
e produtividade no Programa de
Gestão do Absenteísmo. “Trata-se
de uma importante mudança na
visão em torno do trabalhador. Se
antes, o entendimento era de que
trabalhador com saúde produzia
mais, hoje se tem um olhar inte-
grado que leva em conta o indiví-
Bahia Indústria 25
FotoS Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB
duo, sua saúde e o seu entorno, e
é esta visão que o SESI Bahia nos
apresenta”, ressalta Arandas. O
Sistema Indústria tem contribu-
ído com a discussão de grande
relevância teórica e acadêmica,
contribuindo não somente com
as empresas, mas também com os
governos e a sociedade como um
todo”, acrescentou.
CArtilHADurante o lançamento do por-
tfólio de gestão do absenteísmo,
o SESI também apresentou a car-
tilha FAP-RAT-NTEP – Efeitos na
Gestão Empresarial, que será dis-
tribuída gratuitamente para os
empresários baianos.
Trata-se de uma publicação
produzida pela FIESP e cedida ao
Sistema FIEB, que está sendo re-
produzida pelo SESI Bahia. A pro-
especialista é que sempre vale a pena investir priori-
tariamente em ações preventivas a ter que arcar com
o custo da falta de ações em saúde e segurança no
trabalho, que resultam em pesadas multas e têm im-
pacto no NETEP.
Ao final da programação, foram entregues os cer-
tificados aos representantes das cinco empresas que
participaram do Projeto Metodologia Colaborativa pa-
ra Gestão da Ergonomia na Indústria. Foram certifica-
das a Fortlev, Nordeste, Novel, Bahiagás e Bem Te Vi.
pArCeriAO lançamento do portfólio integra as ações do Ins-
tituto SESI de Gestão do Absenteísmo que é gerido
nacionalmente pelo SESI Bahia. Lançado em 2014, o
projeto é realizado em parceria com o Instituto Fin-
landês de Saúde Ocupacional (Fioh). O Instituto Fin-
landês é uma instituição de pesquisa governamental,
vinculada ao Ministério de Assuntos Sociais e Saúde
da Finlândia que tem por objetivo promover a saúde
e o bem estar do trabalhador em um ambiente de tra-
balho saudável.
O SESI firmou parceria com o FIOH em junho de
2014 com o intuito de desenvolver processos e produ-
tos inovadores que impactem diretamente a produti-
vidade do trabalhador, como questões de saúde, se-
gurança, absenteísmo, doenças crônicas, dentre ou-
tras. Os especialistas finlandeses apoiam as equipes
do SESI na elaboração do plano estratégico de seus
institutos de inovação e no desenvolvimento de pro-
dutos como os que integram o novo portfólio.
O absenteísmo, ou a falta ao trabalho motivada
por problemas de saúde, é um dos grandes problemas
no dia a dia das empresas e das indústrias, com im-
pacto na produtividade empresarial e na qualidade
de vida do trabalhador. As pesquisas revelam que a
empresa que investe em prevenção no ambiente de
trabalho e mantém a saúde do trabalhador equilibra-
da, a partir da adoção de mudanças no estilo de vida
e em ações preventivas, consegue aumentar em duas
vezes a produtividade, reduzindo os custos. [bi]
Objetivo é auxiliar as empresas
a reduzir o absenteísmo
e também a se adaptar
às exigências do e-Social
posta é orientar os empresários
sobre as exigências trazidas pelo
Fator de Acidente Previdenciário
(FAP), os Riscos Ambientais do
Trabalho (RAT) e sobre como atu-
ar em caso de ocorrência do Nexo
Técnico Epidemiológico Previden-
ciário (NTEP). Homero Arandas
considerou que a cartilha é didá-
tica e vai contribuir para ampliar
o conhecimento dos empresários.
O médico do trabalho Gusta-
vo Nicolai, especialista em fator
previdenciário, foi o palestrante
convidado do evento. Ele falou
para uma plateia de empresários
e técnicos sobre o tema Segurança
e Saúde representam Custo ou In-
vestimento? Ele apresentou casos
em que medidas preventivas te-
riam contribuído para evitar que
a empresa fosse obrigada a pagar
pesadas multas. A conclusão do
26 Bahia Indústria
Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Os aplausos que ecoaram
na sala principal do Teatro
Castro Alves, no dia 03.11,
após a apresentação da Orquestra
do SESI, deram a tônica do quanto
foi especial e emocionante a pri-
meira apresentação da sinfônica
naquele espaço para os alunos,
pais e professores.
O espetáculo fechou a noite do
II Concerto da Orquestra do SESI
Itapagipe, que também incluiu
as apresentações dos educandos
de Iniciação Musical, do Grupo
Instrumental do Cais (Centro de
Apoio à Inclusão – SESI) e do Co-
ral do SESI. No repertório, canções
folclóricas e de compositores bra-
sileiros, como Villa-Lobos, Tom Jo-
bim e Chico Buarque, entre outros.
“Viemos aqui para nos emocio-
nar e participar um pouco mais
tamento e no resultado acadêmico
dos integrantes, ao ensinar valores
como atuar em equipe, respeito ao
silêncio e a vez do outro.
pArCeriAFruto da parceria do SESI com
o Neojibá, o Núcleo de Prática
Orquestral e Coral (NPO) do SESI
Itapagipe foi implantado em 2012
e hoje é formado por 289 alunos.
Desse grupo, 229 são estudantes
do 1º a 9º ano da Escola Comenda-
dor Bernardo Catharino, com ida-
des entre 6 e 16 anos. Já os outros
60 jovens são alunos do Centro de
Apoio à Inclusão SESI (CAIS), uni-
dade da instituição que atua na re-
abilitação de pessoas portadoras
de deficiência. Os três grupos já
realizaram mais de 100 apresenta-
ções para cerca de 20 mil pessoas.
O representante do Neojibá,
Eduardo Torres, observou que des-
de que foi implantada a Orquestra
do SESI, vários egressos foram
absorvidos pela Orquestra Castro
Alves, que neste final de ano sai-
rá em turnê pelo Norte e Nordeste,
apresentando-se nos principais
palcos das duas regiões. [bi]
OrqUEStra dO SESI EmOcIOna ii concerto da orquestra do SeSi - itapagipe encerrou as atividades de 2015 com concerto
daquilo que o SESI faz na vida das
pessoas, que neste caso é levar a
música para o dia a dia dos seus
estudantes, contribuindo para a
formação e a cidadania destes jo-
vens”, declarou Armando da Costa
Neto, superintendente do SESI, na
abertura do evento.
A gerente do SESI Itapagipe,
Ana Leila Tourinho, agradeceu o
empenho de todos os que partici-
param da montagem do espetáculo
e lembrou o quanto a presença da
orquestra na escola vem contri-
buindo para levar aos estudantes
novos aprendizados. Com a inicia-
ção musical, dezenas de crianças
têm a chance de conhecer o univer-
so da música clássica e ampliar sua
percepção cultural. Além disso, a
inserção na escola musical também
interfere positivamente no compor-
Orquestra dos
alunos do
SESI durante
a apresentação
no palco do
TCA
Bahia Indústria 27
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Campanha foi veiculada em
outdoor, spots de rádio e
televisão e buscou reforçar
o papel estratégico do
Sistema FIEB
Lançada no início deste mês, a nova marca do Siste-
ma FIEB busca adequar a identidade visual ao novo
momento vivido pela organização. A representação
simbólica se propõe a ser a síntese de uma instituição mo-
derna, dinâmica e integrada, traduzindo sua evolução ao
longo de mais de seis décadas, contribuindo para o cres-
cimento da indústria.
“Dinamismo, sinergia e inovação são atributos im-
portantes da nova marca, que mantém a característica
essencial de integração. Somos uma organização volta-
da à promoção de ações integradas para o crescimento,
modernização e melhoria da competitividade da indús-
tria, além da qualidade de vida dos industriários. Esse
aspecto, portanto, tinha que estar em nossa marca”, ex-
plica o presidente do Sistema FIEB, Ricardo Alban. Ele
afirma que a marca deve reforçar a identidade da orga-
nização, não apenas endossando produtos ou serviços,
mas traduzindo sua essência, valores e cultura.
Conduzida pela Gerência de Comunicação Institu-
cional da FIEB, a mudança da marca e a campanha
institucional de divulgação foram desenvolvidas pela
agência Morya, que detém a conta do Sistema FIEB.
Acompanhada do slogan “Uma indústria forte, faz a
Bahia mais forte”, a marca traduz a filosofia da orga-
nização, mantendo o alinhamento com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
Os conceitos contidos na marca – modernidade, in-
tegração e dinâmica – traduzem uma instituição que
atua pelo desenvolvimento e competitividade da in-
dústria com educação básica e continuada; formação
profissional e ensino superior de excelência; ações de
qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho; de-
senvolvimento empresarial e de carreiras; inovação e
defesa de interesses.
A nova marca também evidencia cada entidade – SE-
SI, SENAI, IEL e CIEB –, como parte do Sistema Indús-
tria. E para cada uma das entidades também foi criada
uma nova marca, a fim de fortalecer os “braços” do Sis-
tema Indústria da Bahia no mercado. [bi]
SIStEma FIEB lança nOva marcaela traz como conceito modernidade, integração e dinâmica, adequando a identidade visual ao novo momento vivido pelo Sistema
28 Bahia Indústria
indicadoRes Números da Indústria
UM ANO PARA SER ESqUECIDOa atividade industrial caiu 5,6% na Bahia, nos dez primeiros meses de 2015, segundo o iBge
A taxa anualizada da produção física da in-
dústria de transformação retrocedeu 5,6%
na Bahia, em outubro de 2015, uma queda
maior que a registrada em setembro de 2015,
de 4%. Apesar da piora, a Bahia manteve-se no 6º
lugar no ranking dos 14 estados que participam da
Pesquisa Industrial Mensal da Produção-R, do qual
apenas Mato Grosso apresentou resultado positivo
(4%) e Espírito Santo manteve-se estável.
Os demais estados registraram resultados negati-
vos: Amazonas (-15,3%), Rio Grande do Sul (-10,4%),
São Paulo (-10,4%), Rio de Janeiro (-9,4%), Minas
Gerais (-9,3%), Ceará (-8,4%), Paraná (-7,4%), Santa
Catarina (-7,2%), Bahia (-5,6%), Pernambuco (-3,7%),
Pará (-3%) e Goiás (-0,4%).
Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas
quatro apresentaram resultados positivos: Veículos
Automotores (12,5%), Couro e Calçados (2,7%), Ce-
lulose e Papel (1,7%) e Borracha e Plástico (1%). Em
sentido contrário, apresentaram retração os segmen-
tos: Equipamentos de Informática (-52%), Metalurgia
(-16%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-10,9%),
Minerais não Metálicos (-10%), Bebidas (-3,6%), Pro-
dutos Químicos (-3,3%) e Alimentos (-2,5%).
AUmento e QUedANa comparação de outubro de 2015 com igual mês
do ano anterior, a produção física da indústria de
transformação baiana apresentou queda de 9,1%.
Apenas três dos 11 segmentos industriais da Bahia
apresentaram resultados positivos: Bebidas (10,9%),
Metalurgia (4,5%, maior produção de barras, perfis e
vergalhões de cobre e de ligas de cobre) e Borracha e
Plástico (0,1%).
Apresentaram resultados negativos: Equipamen-
tos de Informática (-56,6%, queda na fabricação
computadores pessoais de mesa, laptops, notebook,
handhelds, tablets, DVD, home theater integrado
e semelhantes); Veículos Automotores (-24,1%, ex-
plicado pela menor fabricação de automóveis); Minerais não Metálicos
(-15,6%, massa de concreto preparada para construção, argamassas e
cimentos “Portland”); Produtos Químicos (-10,1%, pela menor produção
de polietileno de alta densidade, princípios ativos para herbicidas, PVC,
adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, Butadieno
não-saturado, e misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos);
Couro e Calçados (-6%); Alimentos (-2,8%); Refino de Petróleo e Biocom-
bustíveis (-6,9%, recuo na fabricação de óleos combustíveis, naftas para
petroquímica, parafina e óleo diesel) e Celulose e Papel (-16,9%).
No acumulado dos dez primeiros meses de 2015, em comparação a
igual período de 2014, verifica-se uma queda de 6,5% na produção da
indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado
pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática
(-54,8%, queda na fabricação de computadores pessoais de mesa, DVD,
Bahia Indústria 29
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2014
2013
2015
Bahia - Produção Fisica da indústria de Transformação (2012-2015)
home theather e semelhantes); Metalurgia (-14,1%,
pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões
de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas
de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono,
fio-máquina de aços ao carbono e ferrocromo); Refino
de Petróleo e Biocombustíveis (-13,7%, menor produ-
ção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina au-
tomotiva e naftas para petroquímica); Minerais não
Metálicos (-10,5%); Bebidas (-4,6%); Produtos Quí-
micos (-4,8%, menor produção de polietileno de alta
densidade, de PVC, de princípios ativos para herbici-
das e amoníaco); e Alimentos (-2,8%).
Apresentaram resultado positivo: Veículos Au-
tomotores (16,3%, maior produção de automóveis e
painéis para instrumentos de veículos automotores);
Celulose e Papel (1,7%); Couro e Calçados (1,2%) e
Borracha e Plástico (0,3%).
desAQUeCimentoO setor industrial (brasileiro e baiano) registra um
período de desaquecimento, refletindo a conjuntura
doméstica de recessão. Do ponto de vista estadual, o
desempenho negativo de outubro ainda é reflexo dos
resultados negativos dos segmentos de Refino de Pe-
tróleo e Biocombustíveis, Metalurgia e Minerais não
metálicos. Por outro lado, destacam-se os resultados
positivos dos setores de Celulose e o de Calçados,
mais voltados à exportação.
Quanto às perspectivas para 2015, há poucos ele-
mentos para uma recuperação da indústria nacional.
A estimativa de mercado é de queda da atividade
industrial de 7,6% (relatório do Banco Central) este
bahia: pim-pf de Agosto 2015
Indústria de Transformação -9,1 -6,5 -5,6
refino de petróleo e biocombustíveis -6,9 -13,7 -10,9
produtos químicos -10,1 -4,8 -3,3
veículos automotores -24,1 16,3 12,5
alimentos -2,8 -3,7 -2,5
celulose e papel -16,9 1,7 1,7
Borracha e plástico 0,1 0,3 1,0
metalurgia 4,5 -14,1 -16,0
couro e calçados -6,0 1,2 2,7
minerais não metálicos -15,6 -10,5 -10,0
Equipamentos de Informática -56,6 -54,8 -52,0
Bebidas 10,9 -4,6 -3,6
Extrativa Mineral -5,6 -4,9 -4,2
Variação (%)
SETORES OUT15/OUT14 JAN-OUT15/ NOV14-OUT15/ JAN-OUT14 NOV13-OUT14
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
ano, e em 2016 (-2,4%). Alguns indicadores ilustram
as dificuldades enfrentadas pela economia nacional:
(i) inflação elevada (o IPCA acumula alta de 9,62% no
ano até novembro e de 10,48% em 12 meses, contra
um teto de meta de inflação de 6,5% para todo o ano
de 2015); (ii) constante elevação da taxa de juros, com
a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do
desemprego – segundo a Pesquisa Mensal de Empre-
go – IBGE, em outubro de 2015, a taxa de desemprego
na Região Metropolitana de Salvador passou de 13%,
em setembro de 2015, para 12,8%, em outubro de 2015
(-0,2 pp). Por outro lado, a depreciação do Real pode
ser um alento para o setor exportador. [bi]
30 Bahia Indústria
painel
FIEB recebe visita da embaixadora da ColômbiaA embaixadora da Colômbia no Brasil, Patricia Cárdenas, esteve na
FIEB, dia 6.11, para falar sobre oportunidades de parcerias e negócios
com o setor industrial baiano. Recebida pelo presidente da casa,
Ricardo Alban, e pelo superintendente de Desenvolvimento Industrial
da FIEB, Marcus Verhine, ela mostrou interesse em ampliar a
cooperação comercial com o estado. Alban citou alguns dos segmentos
que, apesar da crise, estão em expansão no estado, a exemplo do
agronegócio e da área de energias renováveis, além de apresentar a
estrutura que o Sistema Indústria oferece como apoio ao
desenvolvimento de projetos e produtos.
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB
Embaixadora Patricia Cárdenas foi recebida pelo presidente da FIEB
Consultora do SENAI apresentou o material
Empresários baianos participam do ENAI Delegação da FIEB, composta por
presidentes de sindicatos,
empresários, gestores e
executivos, participou do
Encontro Nacional da Indústria,
dias 11 e 12.11, em Brasília. Com o
tema Brasil: Ajustes e Correções
de Rota, o evento promovido pela
CNI focou a crise econômica e os
entraves à competitividade. “O
ENAI é um momento para avaliar
os desafios impostos à
competitividade, especialmente
os elementos que compõem o
Custo Brasil. Precisamos
construir um ambiente favorável
aos negócios para que o
empresário se sinta estimulado e
seguro para investir”, disse o
presidente da FIEB, Ricardo
Alban, durante o evento.
SESI e Sinduscon discutem SSTO Sinduscon-BA realizou a
3ª edição do evento
Discutindo Segurança e
Saúde no Trabalho na
Construção. Na ocasião, o
presidente Carlos Henrique
Passos sugeriu à
Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego, a
realização de uma ação
conjunta do Ministério do
Trabalho, CREA e sindicatos,
de combate à construção
informal. Passos destacou
que o sindicato conta agora,
graças a um convênio com o
SESI-BA, com os serviços de
um engenheiro de
segurança no trabalho nas
instalações da entidade.
IEL firma parceria com Fundação Dom Cabral O IEL/BA, em parceria com a Fundação Dom Cabral,
vai oferecer curso de Gestão de Negócios para jovens
executivos. As aulas estão previstas para iniciar em
março. Proposta pelo Conselho de Jovens Lideranças
da FIEB, a capacitação tem como objetivo o
desenvolvimento das empresas por meio da
qualificação de executivos. As empresas associadas
contam com condição especial para participar do
curso. Informações: (71) 3343-1495 e (71) 3343-1226 ou
pelo e-mail [email protected].
quinto ciclo do Inova Moda é apresentado na BahiaCom o objetivo de trazer informação de futuro para o
empresário de confecção do estado, fator
determinante para a elevação da competitividade da
indústria, foi apresentado, dia 3.11, no SENAI
Cimatec, o Caderno Inova Moda Ciclo 5 - Verão
2016|17. A publicação é fruto de pesquisa
colaborativa e multidisciplinar, realizada por
colaboradores da REDE SENAI Têxtil e Confecção,
em convênio com o Sebrae.
Programa de encadeamento produtivo é lançado em Feira de Santana Cerca de 50 empresas fornecedoras de serviços
industriais serão beneficiadas com o Programa
Encadeamento Produtivo Multiâncoras de Feira de
Santana, lançado dia 13.11, no auditório do SENAI. O
programa é resultado da parceria entre o Centro das
Indústrias de Feira de Santana, o IEL e o Sebrae. IEL
e Sebrae vão coordenar ações com o objetivo de
desenvolver empresas fornecedoras de micro e
pequeno portes, de dez áreas de atuação da região.
Bahia Indústria 31
Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB
MAnhã dA InovAção • O Serviço Social da Indústria (SESI), em
parceria com o Projeto GAIA (Grupo de Apoio à Inovação e
Aprendizagem em Sistemas Organizacionais) realizaram a palestra
Inovação, Produtividade e Qualidade de Vida: Métodos de Baixo
Custo para Superação dos Desafios Atuais. O evento aconteceu no
SESI Rio Vermelho, no dia 11 de novembro.
SENAI e Fiocruz assinam acordo de cooperação técnica Com o objetivo de formalizar a cooperação técnico-
científica visando o desenvolvimento de programas,
projetos e atividades, o SENAI Bahia e a Fiocruz, por
meio do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz,
assinaram acordo dia 17.11. As instituições, que já
desenvolvem projetos em parceria, principalmente
dentro do SENAI Cimatec, poderão expandir a
parceria no campo da pesquisa, ensino,
desenvolvimento tecnológico, produção, informação
técnico-científica, assistência à saúde, qualidade e
meio-ambiente. Um deles está no campo de Big Data
aplicada à saúde, o qual tem como principal
ferramenta o supercomputador Yemoja.
Ação do SESI e Rede globo atendeu mais de 7 mil pessoas em SalvadorSalvador recebeu no dia 4.12, a última edição do
Bem Estar Global 2015, iniciativa idealizada pela
Rede Globo, com parceria do SESI e apoio da TV
Bahia. Realizado na Praça Osório Villas Boas,
antiga sede do Bahia, na Boca do Rio, o projeto,
que reuniu 11.500 pessoas e realizou 7 mil
atendimentos, misturou diversão e informação
com a presença de artistas. O SESI reuniu para
essa ação 20 parceiros, que disponibilizaram
serviços gratuitos de saúde para a comunidade.
diVUlgação SUzano
Ato reuniu autoridades e marcou o lançamento da nova unidade
Teixeira de Freitas ganhará unidade do SESI/SENAI Foi lançada, no dia 4 de novembro, a pedra fundamental do Centro de
Educação Formal do SESI/SENAI em Teixeira de Freitas, um moderno
centro de educação formal e profissional no extremo sul da Bahia. O
ato reuniu representantes da Suzano Papel e Celulose, da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e do Ministério Público do
Trabalho (MPT). Com previsão de conclusão em 2017, a expectativa é
que 1.100 jovens sejam atendidos na unidade durante os dois primeiros
anos de funcionamento. O centro de formação beneficiará moradores
de nove municípios do extremo sul da Bahia com cursos de educação
formal e profissionalizantes. A obra é fruto do acordo judicial firmado
entre a Suzano e MPT, que permitiu a destinação do terreno e dos
recursos para a realização da obra. Caberá ao SESI e ao SENAI equipar
e manter o centro de formação.
Agenda Salvador discutiu sustentabilidade A sustentabilidade foi o tema principal do Fórum
Agenda Salvador, realizado na FIEB dia 12.11, pelo
jornal Correio com apoio da Prefeitura de Salvador e
da Câmara Municipal. A iniciativa foi elogiada pelo
1° vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, que
destacou a importância de se discutir boas ideias
para superar problemas, especialmente neste
momento de crise. “É preciso investir no binômio
inovação/empreendedorismo para que a terceira
capital do país encontre caminhos para o
desenvolvimento”, afirmou. O prefeito de Salvador
ACM Neto lembrou que a capital passou muitos anos
sem planejamento, com crescimento desordenado e
muitos de seus problemas são decorrentes do baixo
desenvolvimento.
32 Bahia Indústria
A desconsideração da personalidade jurídica
jurídico
Um dos aspectos mais relevan-
tes das alterações no Código de
Processo Civil diz respeito à des-
consideração da personalidade
jurídica. O instituto já era previs-
to no nosso ordenamento civil,
entretanto, a partir da vigência
do novo CPC será estabelecido o
procedimento específico para sua
configuração.
A personalidade jurídica é a
aptidão genérica para contrair
obrigações e titularizar direitos,
possibilitando à empresa, após o
registro do ato constitutivo, a sua
inserção no mundo jurídico. Con-
figura-se como um instrumento
essencial ao desenvolvimento da
atividade econômica, para o exer-
cício do direito de propriedade e
da sua função social.
A desconsideração da perso-
nalidade jurídica consiste numa
medida que autoriza a responsa-
bilização direta dos sócios por dí-
vidas contraídas pela sociedade,
quando há indícios de abusos ou
desrespeito à legislação.
O instituto visa a coibir fraudes
no exercício da atividade econô-
mica, para evitar que através da
personalidade jurídica se prati-
quem atos aparentemente lícitos,
que ocultam ato ilegal de sócio em
nome da sociedade, visando, em
geral, ao locupletamento pessoal
do mesmo.
Assim, poderá ser determinada
a desconsideração da personali-
dade jurídica pelo juízo, quando
verificada a utilização abusiva da
personalidade jurídica, em fla-
grante violação à ordem econô-
Lei institui Programa de Proteção ao EmpregoA Lei Federal nº 13.189/15,
instituiu o Programa de
Proteção ao Emprego, que
tem, dentre outros objetivos,
a preservação dos empregos
em momentos de retração e a
recuperação econômico-
financeira das empresas. De
acordo com a norma, podem
aderir ao Programa empresas
que celebrarem acordo
coletivo de trabalho
específico de redução
temporária de jornada de até
30% e de salário, não
podendo ser inferior ao valor
do salário mínimo, com
prioridade para as que
demonstrarem o
cumprimento da cota de
pessoas com deficiência.
Alterada norma sobre escrituração contábil digital A Instrução Normativa RFB nº
1.594/15 alterou a IN RFB nº
1.420/13. Dentre as principais
alterações, destacam-se a
determinação de que não
estão obrigados a adotar a
ECD optantes do Simples
Nacional, órgãos públicos,
autarquias e fundações
públicas e pessoas jurídicas
que permaneceram inativas
no ano-calendário de 2014;
bem como a obrigatoriedade
da ECD ser transmitida
anualmente ao SPED até o
último dia útil do mês de maio
do ano seguinte ao ano-
calendário a que se refira à
escrituração.
VANEIDE SOUzA integra a equipe da gerência jurídica da FieB
mica e ao direito de propriedade.
A medida somente deve incidir
quanto ao patrimônio do sócio que
tenha praticado o ilícito.
O Novo CPC inovou ao garantir
o direito ao contraditório e ao en-
quadrar o instituto como sanção,
obrigando à observância do devi-
do processo legal para sua aplica-
ção (art. 134,§4º). Sendo regra pro-
cessual, aplicar-se-á aos proces-
sos em curso no Poder Judiciário,
a partir de sua vigência.
O incidente da desconsidera-
ção será admissível em qualquer
fase do processo, podendo ser
instaurado a pedido da parte ou
do Ministério Público. O sócio será
citado para manifestar-se quanto
ao pleito, requerendo as provas
que julgar necessárias. Após a
instrução do processo, deverá ser
proferida a decisão interlocutória,
de deferimento ou não da medida,
passível de recurso quando profe-
rida pelo relator.
A nova redação do CPC apesar
de estabelecer o procedimento
legal para a desconsideração da
personalidade jurídica, apresenta
conceitos jurídicos indetermina-
dos, não especificando de forma
objetiva as hipóteses para sua
aplicação.
Todavia, a regulamentação do
instituto é um avanço no ordena-
mento pátrio, notadamente, quan-
to à previsão do direito ao contra-
ditório, pois a invasão patrimonial
sem a defesa do titular dos bens
que se almeja atingir, configura-se
como mitigação à própria ordem
jurídica.
por vaNEidE soUZa
Bahia Indústria 33
ideias
por lEila vilas boas
O momento de crise, com inflação,
dólar e inadimplência em alta,
soma-se a uma tendência brasilei-
ra: o aumento da tributação. Para
não fugir à regra, temos a nova
Lei 13.461/2015, publicada no dia
11/12/2015, que traz o novo aumen-
to da alíquota interna do ICMS de
17% para 18%. Como se não bas-
tasse o aumento da alíquota, a lei
prevê, também, cobrança de mul-
ta pela Secretaria da Fazenda do
Estado da Bahia (Sefaz) nos casos
de existência de divergências na
Escrituração Fiscal Digital (EFD)
do contribuinte.
A Escrituração Fiscal Digital é
um projeto do Sistema Público de
Escrituração Digital (Sped) e cons-
titui-se em um arquivo digital com
um conjunto de informações refe-
rentes às operações, prestações de
serviços e apuração de impostos
do contribuinte. Referida declara-
ção substitui os Livros Fiscais de
Entradas, Saídas, Registro de In-
ventário, Apuração do ICMS/IPI e
CIAP.
Ocorre que, considerando que
o número de informações ali dis-
posto é enorme, é óbvia a possibi-
lidade do envio da declaração com
erros. É nesta falha que o Estado
resolve atacar. A mesma Lei que
altera alíquotas, aumentando a
carga tributária, também insere
a possibilidade de cobrança de
multas por divergências no arqui-
vo EFD. A penalidade na forma
ali prevista, disposta no artigo
2º, será aplicada por período de
apuração mensal. Ora, os erros/
divergências de um período de apuração poderão,
em muitos casos, refletir nos meses subsequentes,
gerando divergências no período de apuração poste-
rior, ocasionando multas em cascata por todo o exer-
cício social.
Um erro ou divergência ocorrido no mês de janei-
ro, por exemplo, acometerá ao contribuinte 12 mul-
tas sucessivas, por um único engano cometido. Por
exemplo, em valores, caso o contribuinte tenha uma
única divergência, poderá pagar no ano R$ 5.520,
conforme previsto no projeto. Vale o alerta de que a
referida multa pode alcançar, inclusive, R$ 22.080 ao
ano, a depender do número de divergências apresen-
tadas.
Importa ressaltar que, na maioria das vezes, o
próprio sistema validador de transmissão do arquivo
digital (PVA) não consegue identificar as inconsis-
tências do documento digital. Ou seja, o pequeno e
médio contribuinte, que não dispõe de sistemas in-
formatizados para identificar e validar os arquivos,
serão taxados por falhas que sequer interferem no
cálculo do valor devido do ICMS mensal.
A Sefaz estadual também está autorizada a co-
brar taxa de R$ 10 do contribuinte pela emissão
do Danfe-Contingência, por documento emitido. O
Danfe em contingência foi a opção dada pela Sefaz
para suprir falhas de conexão e oferecer ao contri-
buinte a possibilidade de emitir a Nota Fiscal Eletrô-
nica, mesmo quando o software emissor não conse-
guir efetuar conexão com os webservices do estado
do contribuinte.
Agora veja que não há qualquer custo para a Se-
faz com a referida emissão, visto que o documento é
impresso pelo próprio contribuinte, em ambiente off-
-line. Ou seja, com custo ou sem custo, o contribuinte
será taxado, caso tenha a necessidade de utilizar o
documento.
É unânime a opinião de que a carga tributária bra-
sileira é alta, das maiores do mundo, e que o retorno
é imensamente baixo, muito aquém do que pagamos.
Por este motivo, não podemos deixar que os desvios
gigantescos de recursos públicos, os quais são do co-
nhecimento de todos, tornem-se agora motivos para
que a carga tributária aumente ainda mais. [bi]
a mesma Lei que altera alíquotas, aumentando a carga tributária, também insere a possibilidade de cobrança de multas por divergências no arquivo EFd. a penalidade na forma ali prevista, disposta no artigo 2º, será aplicada por período de apuração mensal
Leila Barreto N. Vilas Boas é sócia da Contasso serviços e membro do CAFt
Alterações na lei do IcMs impõem novas penalidades aos empresários
livros
leitura&entretenimento
Capitalismo revisitadoResultado de 15 anos de estudo, O capital
no século XXI é apontada como a obra que
renovou a visão sobre a dinâmica do
capitalismo ao destacar a contradição
fundamental da relação entre o
crescimento econômico e o rendimento
do capital. Para o economista, o
capitalismo sem regulamentação não
soluciona a desigualdade ampla entre
ricos e miseráveis. Ao contrário,
concentra a riqueza nas mãos dos
menores grupos.
Sociedade igualitáriaOs pesquisadores Richard Wilkinson e Kate
Pickett evidenciaram em um estudo de 30
anos que quase tudo – da expectativa de
vida às doenças mentais, da violência ao
analfabetismo – é determinado por quão
igualitária é uma sociedade, e não pela sua
riqueza. O desfecho dessa pesquisa foi um
livro que expõe contradições entre o
sucesso material e o fracasso social no
mundo desenvolvido, mostrando também
como encontrar soluções positivas e um
futuro promissor.
O capital no século xxIthomas PikettyIntrínseca672 p.R$ 39,10
O nível: Por que uma sociedade mais igualitária é melhor para todosrichard Wilkinson e Kate PickettCivilização Brasileira, 378p.R$ 45
34 Bahia Indústria
Experimentos de PortinariUm artista em pleno processo criativo, em fase de
experimento de seus traços repletos de força e vida. Esse é o
pintor Candido Portinari (1903 - 1962) que o público poderá
conferir na inédita mostra “Portinari – A Construção de Uma
Obra”. Com a curadoria Luiz Fernando Dannemann, a
exposição traz à capital mais de 50 estudos do pintor, além de
telas a óleo, esboços e desenhos que revelam a alma e a
construção da obra do artista plástico paulista. As obras de
Portinari serão exibidas em um espaço cenográfico que terá 11
esculturas produzidas pelo artista plástico Sergio Campos,
inspiradas em personagens portinarianos.
FotoS diVUlgação
Comédia no SESI No mês de janeiro, o Teatro e Varanda do SESI oferecem uma
programação especial. O projeto Verão de Comédias traz
espetáculos de comédia de diferentes estilos. Na Varanda, o
Baile na Varanda traz um aquecimento para a folia
carnavalesca. Entre os espetáculos do teatro destaca-se a
comédia afro-baiana Feministas de Muzenza, um dos
raríssimos espetáculos montados em Salvador com
inteligência, humor e crítica mordaz ao sistema de exclusão
social. A companhia, formada por atores negros, encena texto
de Haidil Linhares e Cleise Mendes, com personagens
legítimos depositários de uma cultura repleta de enigmas.
não perca Teatro SESI, sáb, 20h. Até 31.1. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia) R. Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho, (71) 3616-7064. Classificação 16 anos
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Bahia Indústria 35
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MÓDULO 1Cenários
Econômicos(08 horas)
MÓDULO 4Gestão de Processos(16 horas)
MÓDULO 3Gestão
Estratégica(16 horas)
MÓDULO 6Gestão Econômico
Financeira(16 horas)
MÓDULO 5Liderança e Gestão
de Pessoas(16 horas)
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