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UMA ABORDAGEM PRELIMINAR PARA

MINIMIZAR ACIDENTES DOMÉSTICOS COM

PESSOAS IDOSAS USANDO A METODOLOGIA

TRIZ

Ana Carolina do Nascimento Gomes (UEZO)

[email protected]

Priscilla Reis da Costa (UEZO)

[email protected]

Aylla Roberta da Silva Victer Ferreira (UEZO)

[email protected]

Sergio Baltar Fandino (UEZO)

[email protected]

Neste trabalho disponibiliza-se parte de uma pesquisa que usa a metodologia

da solução inventiva de problemas, conhecida como TRIZ, para minimizar os

acidentes

domésticos com idosos. O artigo parte de um levantamento que mostra que

a maior

incidência de riscos físicos em ambientes domiciliares é o piso escorregadio,

a partir daí é feita a abordagem com a metodologia TRIZ relacionando os

parâmetros de engenharia, e levantando as soluções inventivas destas

relações. Foram realizadas apenas as relações do parâmetro “efeitos

colaterais da ação do objeto” com os parâmetros da engenharia. O estudo

termina com as propostas iniciais de melhoria das condições das residências

para os idosos.

Palavras-chave: Acidentes; Idosos; TRIZ.

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.




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1. Introdução

Diversos ambientes e situações podem conter riscos de acidentes domésticos, tais como o

contato com altas temperaturas na cozinha ou, até mesmo, o caminhar do quarto para o

banheiro durante a noite. E quando esses acidentes acometem os idosos a recuperação, na

maior parte das vezes, é mais lenta, complicada e pode levá-los a incapacidade ou a própria

morte (FABRICIO et al, 2004).

Dentre os acidentes que causam algum tipo de lesão ou até a morte nos idosos, o mais comum

é a queda. As quedas em idosos produzem importante perda de autonomia, lesões graves,

prejuízo à qualidade de vida e trazem custos para o sistema de saúde pública, devido

principalmente às internações para tratamento de consequência desses acidentes (OLIVEIRA,

2014).

A queda pode ser definida como “um evento não intencional que tem como resultado a

mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial”

ou, simplesmente, como um episódio de desequilíbrio que leva o idoso ao chão (ALMEIDA,

2012).

As causas das quedas são multifatoriais, ou seja, restringir um evento de queda a um único

fator de risco ou a um agente causal é, muitas vezes, impossível. Além disso, a maioria das

quedas é resultado de uma interação complexa entre vários fatores de risco, sendo

caracterizados por fatores intrínsecos e extrínsecos (GANANCA, 2006).

Os fatores intrínsecos estão relacionados aos próprios idosos, o que interfere no equilíbrio e

na mobilidade do mesmo. Por exemplo, doenças crônicas, tonteiras, condições neurológicas e

o uso de medicações podem alterar a estabilidade do individuo e acarretar a queda (LUZ et al,

2006).

Por outro lado, os fatores extrínsecos são associados aos perigos ambientais como: superfícies

escorregadias e/ou irregulares, presença de obstáculos no caminho, ausência de corrimãos,

degraus altos ou estreitos, tapetes soltos e iluminação inadequada (ALMEIDA, 2012).

Geralmente, os ambientes domésticos são repletos de perigos para pessoas idosas. Tais como:




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presença de muitos móveis atrapalhando a passagem; pisos encerados ou escorregadios;

escadas inclinadas, mal iluminadas e/ou sem corrimão; e objetos espalhados pelo chão.

Portanto, cuidados simples como tirar objetos que obstruam o caminho pela casa e ter a

residência adaptada com corrimões podem ser a diferença para evitar um transtorno deste

tipo.

2. Objetivos

Muitas metodologias surgiram para a resolução de problemas, e no caso das pessoas idosas,

ainda não existe no Brasil um estudo com uma metodologia específica para a resolução dos

problemas de acidentes com estas pessoas.

Neste sentido esta pesquisa sugere a utilização da metodologia TRIZ para a solução destes

problemas. A TRIZ é uma abreviatura russa de Teorija Resenija Isobretatelskih Zadac, que

pode ser traduzida como a Teoria de Resolução de Problemas Inventivos. Esta teoria foi

desenvolvida entre 1960 e 1980 pelo cientista russo Genrich Altshuller (1926-1998) e sua

equipe. Para desenvolver tais princípios inventivos ele estudou ao longo de décadas milhares

de patentes onde identificou centenas de tipos (padrões) de contradições técnicas.

O objetivo deste estudo é avaliar os acidentes domésticos mais frequentes com os idosos na

sociedade, relacionados às quedas oriundas dos fatores extrínsecos, e propor as soluções

inventivas para estes acidentes.

3. Metodologia

O primeiro método escolhido foi o de Pesquisa-Ação (Thiollent, 1997), uma vez que a equipe

do projeto participará dos ciclos de desenvolvimento da pesquisa (levantando os acidentes

mais comuns com os idosos). Serão adotados ainda procedimentos secundários, porém não

menos importantes (Pádua, 1997), a saber: Pesquisa Bibliográfica: desenvolvida a partir de

material já publicado, na forma e livros, artigos científicos e conteúdo na web, visando

levantar o estado da arte do assunto, e; Pesquisa Documental: elaborada a partir de materiais

que ainda não receberam tratamento analítico.

Desta forma, seguindo a pesquisa bibliográfica, utilizou-se o artigo “Fatores ambientais e

risco de quedas em idosas: revisão sistemática” (Oliveira et al, 2014) onde é realizada uma




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análise de artigos encontrados em bancos de dados eletrônicos SciELO (ScientificElectronic

Library Online) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde),

as quais foram selecionados apenas textos disponíveis na íntegra e no idioma português. As

palavras chaves utilizadas na pesquisa destes artigos foram: acidentes; idosos; TRIZ.

Como critério de inclusão, foram avaliados por (Oliveira et al, 2014) os artigos que relataram

sobre as quedas dos idosos e os fatores físicos ambientais domésticos (extrínsecos). Foram

descartados os artigos: com idioma diferente determinado nos critérios de inclusão; os que

tratavam somente dos acidentes ocasionados pelos fatores intrínsecos; e os que não relaram

dados quantitativos ou percentuais.

Posteriormente a pesquisa dos artigos necessários para chegar a um resultado comum, foi

analisada as soluções e/ou materiais comercializados no Brasil que amenizem ou eliminem os

riscos dos acidentes domésticos mais frequentes com as pessoas idosas.

Com base nos conhecimentos adquiridos sobre as soluções existentes, houve uma avaliação

destas soluções, e a aplicação de uma metodologia estruturada para inovação, neste caso a

TRIZ. Ela não requer “gênios criativos” ou nem depende de processos intuitivos para

solucionar os problemas. O principal motivo para usar a TRIZ é realmente criar coisas novas,

utilizando menos tempo e recursos. Ou seja, sai cada vez mais caro não utilizá-la.

As principais descobertas da pesquisa de inovação sistemática são:

Que há apenas um pequeno número de tipos, fundamentalmente, diferentes de

problemas;

De que alguém, em algum lugar, já resolveu um problema similar ao que você deseja

resolver;

Que há apenas um pequeno número de possíveis estratégias para a geração de soluções

inventivas;

Que o sistema de tendências de evolução é altamente previsível;

Que as soluções fortes transformam os elementos indesejáveis ou nocivos de um

sistema em recursos úteis;




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Que as soluções mais fortes também ativamente procuram e destroem os conflitos e

dilemas que a maioria das práticas de design assume ser fundamentais.

4. Resultados

Nos estudos analisados, a pesquisa revelou que a queda é a maior causa dos acidentes que

envolvem os idosos na sociedade. Diversos fatores são responsáveis por essas quedas, porém

a não prevenção desses episódios podem gerar inúmeros transtornos pessoais para os idosos.

As ocorrências das quedas podem acontecer em diversos lugares ou no próprio ambiente

doméstico. Por exemplo, escadas, cozinhas, banheiros apresentam riscos aos idosos desde que

não haja nenhum tipo de prevenção. Um estudo, realizado com 64 idosos em São Paulo,

relatou que a grande parte dos acidentes ocorreu no próprio domicilio e, dentre os que

ocorreram na parte interna, o banheiro foi o lugar da casa que mais apresentou relatos de

quedas (38,1%). Ampliando este quadro, outra pesquisa realizada em Fortaleza relatou a

cozinha (15,4%) como o cômodo da casa mais propenso a quedas do que o banheiro (7,7%),

este ficou em segundo lugar do ambiente interno (COSTA, 2011).

As causas extrínsecas estão sempre relacionadas exatamente a esse ambiente que o idoso

costuma frequentar. Num estudo realizado no Piauí, os agentes físicos responsáveis pelas

quedas mais comuns foram as superfícies escorregadias (28,4%) e, em seguida, a ausência de

corrimãos (28,4%). Já em outra pesquisa, pode-se perceber que os maiores fatores extrínsecos

são relacionados a pisos escorregadios (82%) e presença de tapetes (58%) (MESSIAS, 2009).

Outros fatores também estão relacionados à insegurança dos idosos no domicilio: obstáculos

no caminho, como móveis ou fios no caminho; degrau alto e/ou desnível no piso; ambiente

pouco iluminado; problemas com calçados e presenças de animais (PINHO, 2012).

Após analisar todos os artigos na íntegra, verificou-se que a queda mais comum entre os

idosos acontece em superfícies escorregadias. Mediante este quadro, procuraram-se as

soluções existentes no comércio brasileiro que minimizam esses grandes percentuais de riscos

nos ambientes domésticos.

As soluções existentes encontradas, para este tipo de acidente, foram:




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Fitas antiderrapantes: pode ser aplicada tanto em ambientes internos quanto externos,

com alto tráfego de pessoas. Fáceis de aplicar são indicadas para utilização em

superfícies planas como forma de sinalização visual. Oferecem ainda grande

resistência e durabilidade;

Tratamento antiderrapante - Consiste num reagente químico que modifica a estrutura

molecular dos pisos minerais, criando micro ventoso invisível a olho nu e

proporcionando uma superfície resistente a escorregões;

Tapetes para áreas úmidas: Tapete de vinil sem costado indicado para áreas úmidas;

Pisos antiderrapantes.

5. Aplicação da metodologia TRIZ

A abordagem da metodologia TRIZ, para resolver os problemas de queda com os idosos, foi

adotada pela forma com que as características dos produtos utilizados pelos idosos, e que

causam a maioria das quedas, possam ser tratadas.

A possibilidade da identificação destas características, conhecidas na TRIZ como parâmetros

de engenharia (ANEXO A), fornece ao pesquisador a visão de como estes parâmetros podem

se relacionar e de como melhorar os produtos através destas relações.

A partir da relação dos parâmetros, obtêm-se uma matriz, chamada matriz de contradição,

onde são encontradas as soluções inventivas (ANEXO B) para que fossem elaborados novos

produtos ou melhoria dos produtos já existentes a fim de que minimizem os acidentes

domésticos com idosos.

Foi eleito o parâmetro 31 (fator indesejável gerado pelo objeto), pois o maior motivo de

acidentes é a queda. Desta forma, a relação do fator indesejável com os outros 39 parâmetros

irá fornecer as soluções inventivas necessárias para dar suporte aos novos produtos.

Foi estudado o parâmetro 31 com os parâmetros de engenharia da metodologia TRIZ, de

acordo com a tabela 1:




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Das relações dos parâmetros com o parâmetro 31, foram indicadas as soluções inventivas, e a

partir daí os autores propõem novos produtos ou melhoria dos já existentes. Estas propostas

ainda se encontram em fase de revisão, ou seja, cada solução inventiva selecionada carece de

melhorias.

Relação (31x1): efeitos colaterais da ação do objeto x peso do objeto móvel. Para esta relação

tem: (15)Dinamicidade, (19)Ação periódica, (22)Converter dano em benefício e

(39)Ambiente inerte. A solução inventiva utilizada foi a dinamicidade para ajustar os objetos

utilizados ao piso ao ambiente, neste sentido seria indicado o uso de muletas, andadores ou




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chinelos pelos idosos com um peso maior.

Relação (31x2): ação do objeto x peso do objeto estático. Para esta relação tem:

(01)Segmentação, (22)Converter dano em benefício, (35)Transformação dos estados físicos e

químicos de um objeto e (39)Ambiente inerte. A solução inventiva utilizada foi a

segmentação, desta forma os pisos teriam mais divisões para a água escorrer e não deixar o

chão escorregadio.

Relação (31x3): ação do objeto x comprimento do objeto móvel. Para esta relação tem:

(15)Dinamicidade, (16)Ação parcial ou exagerada, (17)Movendo para uma nova direção e

(22)Converter dano em benefício. A solução inventiva relacionada aqui foi converter dano em

benefício, pois o comprimento do objeto móvel seria utilizado para que a pessoa idosa

pudesse se apoiar. Por exemplo, um corrimão que, interligado a um sensor de movimento,

acompanhasse o movimento do idoso e que servisse para seu apoio.

Relação (31x4): ação do objeto x comprimento do objeto estático. Para esta relação não há

solução inventiva.

Relação (31x5): ação do objeto x área do objeto móvel. Para esta relação tem:

(01)Segmentação, (17)Movendo para uma nova direção, (18)Vibração mecânica e

(39)Ambiente inerte. A solução inventiva selecionada seria a vibração mecânica de forma a

vibrar o objeto quando o mesmo entrar em contato com um piso molhado ou escorregadio.

Este objeto poderia ser um sapato ou uma muleta e a vibração funcionaria como alerta para o

idoso.

Relação (31x6): ação do objeto x área do objeto estático. Para esta relação tem:

(01)Segmentação, (22)Converter dano em benefício e (40)Materiais compostos. A solução

inventiva utilizada foi a segmentação, desta forma os pisos teriam mais divisões para a água

escorrer e não deixar o chão escorregadio.

Relação (31x7): ação do objeto x volume do objeto móvel. Para esta relação tem: (2)Extração,

(17)Movendo para uma nova direção e (40)Materiais compostos. A solução inventiva seria a

de materiais compostos com uma nova composição dos produtos que pudessem diminuir o

volume dos objetos.




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Relação (31x8): ação do objeto x volume do objeto estático. Para esta relação tem:

(2)Extração, (18)Vibração mecânica, (30)Membrana flexível ou filmes finos e

(35)Transformação dos estados físicos e químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada

foi a extração, retirar dos ambientes os grandes volumes.

Relação (31x9): ação do objeto x velocidade. Para esta relação tem: (03)Qualidade local,

(23)Realimentação, (28)Substituição de um sistema mecânico e (35)Transformação dos

estados físicos e químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada foi a qualidade local,

onde se poderia ter diferentes partes do objeto desempenhando várias funções. Por exemplo,

um calçado que poderia ser usado para pisos secos e mudando o solado ser utilizado em pisos

molhados.

Relação (31x10): ação do objeto x força. Para esta relação tem: (01)Segmentação,

(28)Substituição de um sistema mecânico, (35)Transformação dos estados físicos e químicos

de um objeto e (40)Materiais compostos. A solução inventiva utilizada foi a substituição de

um sistema mecânico com a elaboração de um chinelo com maior pressão sobre o solo.

Relação (31x11): ação do objeto x tensão ou pressão. Para esta relação tem: (02)Extração,

(18)Vibração Mecânica, (27)Objetos parados e de vida curta e (33)Homogeneidade. A

solução inventiva utilizada foi a objetos baratos e de vida curta, no qual um determinado

chinelo viria com refis de solas que seriam trocadas periodicamente devido à pressão que o

corpo do idoso exerce sobre o solado.

Relação (31x12): ação do objeto x forma. Para esta relação tem: (01)Segmentação e

(35)Transformação dos estados físicos e químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada

foi a segmentação, desta forma os pisos teriam mais divisões para a água escorrer e não deixar

o chão escorregadio.

Relação (31x13): ação do objeto x estabilidade dos componentes de um objeto. Para esta

relação tem: (27)Objetos baratos e de vida curta, (35)Transformação dos estados físicos e

químicos de um objeto, (39)Atmosfera inerte e (40)Materiais compostos. A solução inventiva

utilizada foi a objetos baratos e de vida curta, no qual um determinado chinelo viria com refis

de solas que seriam trocadas periodicamente para que a mesma não perca a resistência com o

piso.




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Relação (31x14): ação do objeto x resistência. Para esta relação tem: (02)Extração,

(15)Dinamização, (22)Converter dano em benefício e (35)Transformação dos estados físicos e

químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada foi a transformação dos estados físico e

químicos de um objeto, onde seria aplicado um líquido antiderrapante no piso.

Relação (31x15): ação do objeto x duração da ação por um objeto em movimento. Para esta

relação tem: (15)Dinamização, (22)Converter dano em benefício, (31)Materiais porosos e

(33)Homogeneidade. A solução inventiva utilizada foi a de materiais porosos no qual a

superfície de contato do objeto (sapato/muletas) tenha maior aderência com o piso, ou seja,

ser antiderrapante.

Relação (31x16): ação do objeto x duração da ação por um objeto estático. Para esta relação

tem: (16)Ação parcial ou excessiva, (21)Ação rápida, (22)Converter dano em benefício e

(39)Atmosfera inerte. A solução inventiva utilizada foi a atmosfera inerte que seria aplicada

na substituição das lâmpadas normais nas moradias dos idosos por lâmpadas com uma

potência maior, que iluminem melhor o ambiente.

Relação (31x17): ação do objeto x temperatura. Para esta relação tem: (02)Extração,

(22)Converter dano em benefício, (24)Intermediação e (35)Transformação dos estados físicos

e químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada foi a extração. Neste caso, seria

instalado na residência um sistema de aquecimento subterrâneo embaixo do piso da casa, o

qual extrairia parte do calor para aquecê-lo e facilitar o processo de evaporação da água.

Relação (31x18): ação do objeto x intensidade de iluminação. Para esta relação tem: (19)Ação

periódica, (24)Intermediação, (32)Alteração da cor e (39)Atmosfera inerte. A solução

inventiva utilizada foi a alteração de cor. O piso, quando em contato com a água, misturaria a

água com um material que alteraria a cor da mesma. Essa alteração só seria visível com a

iluminação adequada.

Relação (31x19): ação do objeto x uso da energia por objeto em movimento. Para esta relação

tem: (02)Extração, (06)Universalização e (35)Transformação dos estados físicos e químicos

de um objeto. A solução inventiva utilizada foi a universalização. No caso de limpeza,

utilizaria um equipamento que possa esfregar e secar o piso ao mesmo tempo, assim evitaria

acidentes no momento.




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Relação (31x20): ação do objeto x uso da energia por objeto estático. Para esta relação tem:

(18)Vibração mecânica, (19)Ação periódica e (22)Converter dano em benefício. A solução

inventiva utilizada foi a ação periódica. Em casos de pisos molhados, Em lugares com pisos

molhados, colocar um sensor de movimento que emita som de alerta para o idoso ficar atento

ao usar ou passar pelo local.

Relação (31x21): ação do objeto x potência. Para esta relação tem: (02)Extração,

(18)Vibração mecânica e (35)Transformação dos estados físicos e químicos de um objeto. A

solução inventiva utilizada foi a extração. Local onde se necessita de luz constantemente,

utilizar lâmpadas de LED com menor potência, porém com a mesma luminosidade para a

visibilidade do idoso. Além disso, não se torna uma fonte de calor para o ambiente conforme

as outras.

Relação (31x22): ação do objeto x perda de energia. Para esta relação tem: (02)Extração,

(21)Ação rápida, (22)Converter dano em benefício e (35)Transformação dos estados físicos e

químicos de um objeto. A solução inventiva utilizada foi a transformação dos estados físico e

químicos de um objeto, onde seria aplicado um líquido antiderrapante no piso.

Relação (31x23): ação do objeto x perda de substância. Para esta relação tem:

(01)Segmentação, (10)Ação prévia e (34)Descarte e recuperação. A solução inventiva

utilizada foi a segmentação, onde o piso seria dividido para que a água escoe mais facilmente

e o piso não fique muito molhado.

Relação (31x24): ação do objeto x perda de informação. Para esta relação tem: (10)Ação

prévia, (21)Ação rápida e (29)Pneumática e hidráulica. A solução inventiva utilizada foi a

ação prévia onde seria aplicado um líquido antiderrapante no piso a fim de evitar possíveis

quedas do idoso. Essa solução, no entanto, acarretaria uma possível perda de informação da

cor e/ou brilho original do piso.

Relação (31x25): ação do objeto x perda de tempo. Para esta relação tem: (01)Segmentação e

(22)Converter dano em benefício. A solução inventiva utilizada foi a segmentação, desta

forma os pisos teriam mais divisões para a água escorrer e não deixar o chão molhado e

economizaria tempo de secagem.




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Relação (31x26): ação do objeto x qualidade da substância. Para esta relação tem:

(01)Segmentação, (03)Qualidade local, (24)Intermediação e (39)Atmosfera inerte. A solução

inventiva utilizada foi a qualidade local. Neste caso, o solado de um determinado tipo de

sapato será modificado para que o mesmo seja menos escorregadio e ofereça mais segurança

ao idoso em pisos molhados.

Relação (31x27): ação do objeto x confiabilidade. Para esta relação tem: (02)Extração,

(24)Intermediação, (39)Atmosfera inerte e (40)Materiais compostos. A solução inventiva

utilizada foi a de materiais compostos, onde as muletas ou andadores sejam mais leves e mais

fáceis de serem manobrados, atraindo a confiança do idoso no objeto.

Relação (31x28): ação do objeto x precisão da medição. Para esta relação tem: (03)Qualidade

local, (26)Cópia e (33)Homogeneidade. A solução inventiva utilizada foi a qualidade local,

onde se poderia ter diferentes partes do objeto desempenhando várias funções. Por exemplo,

um calçado que poderia ser usado para pisos secos e mudando o solado ser utilizado em pisos

molhados.

Relação (31x29): ação do objeto x precisão da manufatura. Para esta relação tem:

(04)Assimetria, (17)Mudança para outra dimensão, (26)Cópia e (34)Descarte e recuperação.

A solução inventiva utilizada foi a assimetria onde o soldado do sapato é mais rígido na parte

externa que fica em contato direto com o piso e a parte interna mais macia, garantindo a

segurança e conforto do idoso.

Relação (31x30): ação do objeto x dano externo ao objeto. Para esta relação não há solução

inventiva.

Relação (31x31): ação do objeto x fator indesejável gerado pelo objeto. Para esta relação não

há solução inventiva.

Relação (31x32): ação do objeto x facilidade de manufatura. Para esta relação não há solução

inventiva.

Relação (31x33): ação do objeto x facilidade de operação. Para esta relação não há solução

inventiva.

Relação (31x34): ação do objeto x facilidade de reparo. Para esta relação não há solução




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inventiva.

Relação (31x35): ação do objeto x adaptabilidade/versatilidade. Para esta relação não há

solução inventiva.

Relação (31x36): ação do objeto x complexidade do dispositivo. Para esta relação tem:

(01)Segmentação e (19)Ação Periódica. A solução inventiva utilizada foi a ação periódica.

Instalação de um sensor de presença que emita um som de alerta para o idoso todas as vezes

que o piso estiver molhado.

Relação (31x37): ação do objeto x dificuldade na detenção e/ou medição. Para esta relação

tem: (02)Extração e (21)Ação Rápida. A solução inventiva utilizada foi a extração onde

objetos, principalmente os de pequeno porte, que possam estar no meio do caminho ou até

mesmo espalhados pelo chão do determinado ambiente doméstico sejam extraídos,

proporcionando passe livre ao idoso. A dificuldade estaria justamente presente na questão do

monitoramento destes objetos que, devido ao tamanho, muitas vezes são difíceis de serem

notados pelo olho humano.

Relação (31x38): ação do objeto x amplitude de automação. Para esta relação tem:

(02)Extração. A solução inventiva utilizada foi a extração através da utilização de câmeras de

segurança onde um familiar do idoso pode ter ver como o mesmo se encontra e que, através

do uso de um sensor de movimento, seja possível detectar quando o mesmo sofre uma queda.

Relação (31x39): ação do objeto x Produtividade. Para esta relação tem: (18)Vibração

Mecânica, (22)Converter dano em benefício, (35)Transformação de Parâmetros e

Propriedades e (39)Atmosfera Inerte. A solução inventiva utilizada foi a transformação de

parâmetros e propriedades. Alterar as propriedades dos soldados dos sapatos, tornando-os

mais flexíveis e duradouros. Por exemplo, utilizando a borracha vulcanizada para garantir a

resistência.

6. Considerações finais

A longevidade é uma realidade no mundo atual. No Brasil, em algumas cidades, as pessoas já

conseguem viver, em média, 74 anos. O aumento do número de pessoas idosas deve alertar

para um melhor planejamento sobre as condições de infraestrutura e de utensílios utilizados




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em residências. Esta pesquisa ainda se encontra em fase de revisão, e em sua continuidade

serão revisadas todas as soluções propostas e as características para os produtos.

As relações já identificadas neste trabalho mostram algumas modificações propostas para

produtos utilizados pelos idosos. A continuidade da pesquisa vai dar os subsídios necessários

para que as soluções inventivas possam ser adaptadas aos produtos.

Os resultados mostram que o uso intensivo da metodologia TRIZ é uma das soluções para a

diminuição de acidentes com idosos, principalmente na melhoria dos produtos e da

infraestrutura em residências.

REFERÊNCIAS

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GANANCA, Fernando Freitas et al . Circunstâncias e conseqüências de quedas em idosos com vestibulopatia

crônica. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo , v. 72, n. 3, June 2006 .

LUZ WAM, Marques MB, Moura NS, Souza EC, Machado ALG. Análise dos fatores de risco associados a

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MESSIAS, Manuela Gomes, and R. F. Neves. "A influência de fatores comportamentais e ambientais

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OLIVEIRA, Adriana Sarmento de et al . Fatores ambientais e risco de quedas em idosos: revisão sistemática.

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THIOLLENT, M. (1997). Pesquisa-ação nas Organizações. São Paulo-SP: Ed. Atlas.




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