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UNIDADE I Teoria Geral do Direito Ambiental

Unidade 1 Teoria Geral Do Direito Ambiental

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Aula de Direito Ambiental, Introdução e Teoria Geral do Direito Ambiental.

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  • UNIDADE I

    Teoria Geral do Direito Ambiental

  • Definio de meio ambiente.

    Lei 6938/81: conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.O meio ambiente o conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas Jos Afonso da Silva

  • Desenvolvimento sustentvel o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da gerao atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras geraes. o desenvolvimento que no esgota os recursos para o futuro. Consiste na tentativa de conciliar o desenvolvimento econmico, a preservao do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida

  • 1.2- Natureza jurdica do direito ambiental. Direitos fundamentais: - de primeira gerao: contemplam os direitos individuais, os direitos civis e polticos. - de segunda gerao: albergam as liberdades positivas, os direitos sociais, econmicos. - de terceira gerao:poderes de titularidade da coletividade.

  • Decises do STJ e STF que reconhecem o Direito Ambiental como integrante da terceira gerao: - RESP 588.022 voto do Ministro Jos DelgadoO Direito Ambiental integra a terceira gerao de direitos fundamentais, ao lado do direito paz, autodeterminao dos povos, ao desenvolvimento, conservao e utilizao do patrimnio histrico e cultural e do direito de comunicao.- RE 134.297 , relator Ministro Celso Melo.

  • Classificao de meio ambiente: natural, artificial, cultural, do trabalhoMeio ambiente como macrobem;Meio ambiente natural: constitudo pelo solo, gua, ar, flora e fauna e tambm denominado fsico. Art. 3. Lei 6938/81Meio ambiente artificial: Composto pelo espao urbano construdo e pelos equipamentos pblicos. Arts 182, 183, 21,XX, 5,XXIII CF. Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade)

  • Meio ambiente cultural: integrado pelo patrimnio histrico, artstico, paisagstico, turstico. Arts 215, 216 CFMeio ambiente do trabalho: entendido como o local onde se desenvolvem as atividades do trabalho humano. O complexo de bens mveis e imveis de uma empresa. Arts. 7, XXII e 200, VIII CF

  • a) Os princpios permitem compreender a autonomia do Direito Ambiental;b) Auxiliam no entendimento e na identificao da unidade e coerncia existentes entre as normas jurdicas que compem o sistema legislativo ambiental;c) Permitem compreender a forma pela qual a proteo do meio ambiente vista na sociedade;d) Servem de critrio bsico para interpretao de todas as normas que compem o sistema jurdico ambiental.

    Princpios estruturantes do Direito Ambiental.

  • Princpio do Desenvolvimento SustentvelBusca a compatibilizao do crescimento econmico, preservao do meio ambiente e da equidade social. Embasamento: Arts. 170, VI e 225 caput CF 88

  • Princpio da preveno

    aquele que determina a adoo de polticas pblicas de defesa dos recursos ambientais como uma forma de cautela em relao degradao ambiental.O princpio da preveno aplicado em relao aos impactos ambientais conhecidos e dos quais se possa estabelecer as medidas necessrias para prever e evitar os danos ambientais.

  • Princpio da precauo

    O princpio da precauo estabelece a vedao de intervenes no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alteraes no causaram reaes adversas, j que nem sempre a cincia pode oferecer sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos.O princpio da precauo diz respeito ausncia de certezas cientficas, j o da preveno deve ser aplicado para o impedimento de danos cuja ocorrncia ou poderia ser sabida

  • Princpio do poluidor-pagador

    Esse princpio estabelece que quem explora o recurso ambiental deve suportar seus custos, sem que essa cobrana resulte na imposio taxas abusivas. O objetivo do princpio do poluidor-pagador forar a iniciativa privada a internalizar os custos ambientais gerados pela explorao, que acarreta degradao e escasseamento dos recursos ambientais.

  • Princpio do poluidor pagador ou responsabilidadeCarter repressivo do direito ambientalOs responsveis pela degradao ao meio ambiente devem a arcar com a reparao ou compensao pelo dano causado.Esse princpio est previsto no 3 do art. 225 da Constituio Federal, que dispe que As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados.

  • Princpio do usurio pagadorAqueles que utilizam recursos naturais devem pagar por sua utilizao, mesmo que no haja poluio. Este princpio revela tendncia mundial de cobrana pelo uso de recursos, a fim de racionalizar a sua utilizao.

  • Princpio da gesto democrtica / participao

    Assegura ao cidado o direito informao e a participao na elaborao das polticas pblicas ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princpio.O art. 2 da Resoluo n 9/87 do CONAMA e o art. 3 da Resoluo n 237/97 do CONAMA preveem a realizao de audincia pblica nos processos administrativos de licenciamento ambiental

  • Princpio do Limite

    Tambm voltado para a Administrao Pblica, cujo dever editar parmetros a serem observados, editando limites em casos como emisses de partculas, rudos, sons, destinao final de resduos slidos, hospitalares e lquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentvel.

  • Princpio do protetor recebedor Tem como fundamento remunerar todo aquele que deixa de explorar um recurso natural que lhe pertence, em benefcio do meio ambiente e da coletividade, ou adota alguma prtica com esta finalidade.

  • Princpio da vedao ao retrocesso ecolgicoAs garantias de proteo ambiental, uma vez conquistadas, no podem retroagir. Os poderes pblicos devem atuar , estabelecendo medidas cada vez mais efetivas de proteo ambiental.

  • tica ambiental: Antropocentrismo X biocentrismo

    Antropocentrismo utilitarista: a natureza vista como principal fonte de recurso para prover as necessidades humanas;Antropocentrismo protecionista: a natureza deve ser preservada para garantir a sobrevivncia do homem.

  • Ecocentrismo (ou biocentrismo): a preocupao com o meio ambiente decorre da necessidade de se proteger a vida como um todo e no em funo do homem.

  • Fontes do Direito AmbientalPara Luiz Antnio Rizzatto Nunes "fonte do direito o local de origem do Direito; , na verdade, j o prprio Direito, mas sado do oculto e revelado ao mundo".

  • Fontes materiais a)Movimentos populares b)Descobertas cientficas c) Doutrina Fontes formais a)Constituio, b)leis, c) atos,normas administrativas,resolues, d)jurisprudncia.

  • Bem ambiental: aquele definido constitucionalmente no art. 225, caput, como sendo de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida. No bem pblico, nem bem privado, mas sim bem difuso. Todos podem utiliz-lo, mas ningum pode dispor dele ou ento transacion-lo. Edis Milar

  • OBJETO DA PROTEO:

    o meio ambiente qualificado ( Jos Afonso da Silva) um bem de interesse pblico, dotado de regime jurdico especial, enquanto que essencial sadia qualidade de vida.

  • Interligaes do Direito Ambiental com outros ramosMultidisciplinariedadeRecorre s cincias que estudam o meio ambiente como Biologia, Geografia, Agronomia, Engenharia Florestal, Biotecnologia, Ecologia, etc.

  • A proteo jurdica do meio ambiente no Brasil Pode ser dividida em trs perodos: Primeiro perodo: descobrimento (1500) at a vinda da famlia real ( Ordenaes Afonsinas, Manoelinas e Filipinas);Segundo perodo: inicia-se com a vinda da famlia real ( 1808) e vai at a criao da Lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente (6938/81);Terceiro perodo: a partir da criao da poltica nacional do meio ambiente, iniciando-se a fase holstica. Lei 6938/81, CF 88

  • Grandes marcos mundiais: conferncias ambientaisDeclarao de Estocolmo: 1972. Denota preocupao em nvel internacional. Ponto de partida Brasil adota posio conservadora de produo.Relatrio Brundtland (Nosso Futuro Comum) (1987) : nesse relatrio que se empregou com maior rigor o conceito desenvolvimento sustentado.

  • A ECO-92, Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), Como produto dessa Conferncia foram assinados:1) Declarao do Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.2) Agenda 21.3) Princpios para Administrao sustentvel das florestas.4) Conveno da Biodiversidade.5) Conveno sobre Mudana Climtica.

  • O aprofundamento da Conveno sobre Mudanas Climticas resultou na elaborao do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a reduo da emisso de gases causadores do efeito estufa.

  • Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentvel, Rio+10, Johannesburgo, frica do Sul, Agosto/2002 - Tinha como objetivo principal rever as metas propostas pela Agenda 21 e direcionar as realizaes s reas que requerem um esforo . Observou-se neste ltimo evento, uma diversidade de opinies e posturas muitas vezes conflitantes. Em 2012, foi realizado no rio de Janeiro/BR, a RIO+20, onde foram reavaliados os modelos propostos em 1992 e assinalados novos compromissos.

  • Marcos legislativos antes da Constituio Federal de 1988Cdigo Florestal 1934Cdigo Florestal 1965Cdigo de Caa e Pesca 1967Cdigo de Minerao 1967Lei de Poltica Nacional do Meio Ambiente 6938/81Lei de Ao Civil Pblica: 7347/85

  • Marcos legislativos aps a Constituio Federal de 1988Lei 7.802/ 89, posteriormente alterada pela Lei 9.974/ 2000 (Lei de Agrotxicos);Lei 8.746/ 93 (Cria o Ministrio do Meio Ambiente); Lei 9.433/ 97 (Lei da Poltica Nacional de Recursos Hdricos);

  • Lei de Crimes Ambientais em 1998 (lei 9.605/98);Lei sobre a Educao Ambiental (lei 9.795/99); Criao do Sistema Nacional de Unidades de Conservao Ambiental (SNUC) em 2000 (lei 9.885/00); Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01)Lei da Poltica Nacional dos Resduos Slidos em 2010 (lei 12.305/10) Novo Cdigo Florestal Lei 12 651/12

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