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UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA Endereço: Rodovia MS 306 - km 6,4 - CEP: 79540-000 Telefones: (67) 3596-7600, 3596-7601 e
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SIMPÓSIO DE ESTUDOS EM LETRAS
CADERNO DE RESUMOS DO VI SIEL: LETRAS, CULTURA E SOCIEDADE
Unidade Universitária de Cassilândia
De 23 a 25 de Setembro de 2015
REITOR
Fábio Edir dos Santos Costa
VICE-REITORA
Eleuza Ferreira Lima
GERENTE DA UUC
Gustavo Haralampidou Costa Vieira
COORDENADORA DO CURSO DE LETRAS
Telma de Souza Garcia Grande
COORDENADORES DO VI SIEL
Telma de Souza Garcia Grande
Adriano Mendes dos Santos
COMISSÃO ORGANIZADORA
Docentes
Adriano Mendes dos Santos
Ana Alice dos Passos Gargioni
Ana Paula Tribesse Patrício Dargel
Camila André do Nascimento da Silva
Cátia Soares Madaleno Menezes
Édila de Cássia Souza Santana
Eloene Rosa Peres
Gilson Vedoin
Kelly Beatriz do Prado
Maria Ozoria Roberta Pereira
Telma de Souza Garcia
Discentes
Alexandre Dronov Alves
Ana Angelica Silva Rodrigues de
Oliveira
Andreia Ferreira Marcondes de Souza
Andreliza Cristina Silva
Bruno Aguinaldo Feitosa
Cassio Silva Dosso
Daniela Cândida de Almeida
Deilhamar Rodrigues da Silva
Eloine Machado de Castro
Francieli Aparecida Nunes de Souza
Gabriel Henrique Pinheiro Gois
Igor Nathan Camargo Santos
Ingrid Oliveira Martins
Jéssica Ponciano Silva
Jorge Augusto Leite
Kely Fernanda Nogueira
Laudiene Ferreira de Freitas
Lazara Narcizo de Oliveira Moura
Letícia de Paula Silva
Luiz Felipe dos Santos Henrique
Patrícia Adriana Miranda
Patricia Silva Pereira
Paulo Ricardo Nunes Paulino Freitas
Rayane Aparecida da Silva
Roberto Soares Ferreira
Stefânia Caroline Oviedo de Lima
Thais Loreyne Rozza Garbelin
Vitor Batista Januário
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m continuidade ao I SIEL, realizado em de 2007, o Curso de
Letras da Unidade de Cassilândia propõe a realização do VI
SIEL: LETRAS, CULTURA E SOCIEDADE, evento cujo
principal objetivo é possibilitar a apresentação de resultados de
projetos desenvolvidos tanto pelo corpo docente, quanto pelos
discentes do Curso. Além disso, com a participação de
acadêmicos e professores de outras instituições, o evento visa ao intercâmbio
de experiências que contribuam para o fortalecimento do Ensino, da
Pesquisa e da Extensão Universitária. O evento oportuniza, ainda, a
integração da universidade com a comunidade externa, posto que contou
com a participação de professores, tanto da rede pública quanto particular
de ensino, incluindo egressos da UEMS.
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul tem o propósito de
consolidar e divulgar suas pesquisas na área de Ensino, Pesquisa e Extensão,
a fim de que essas possam retratar o trabalho acadêmico desenvolvido por
docentes, discentes na comunidade local. Para que essas áreas de Ensino,
Pesquisa e Extensão se encontrem no sentido de compartilhar
conhecimentos é que o I, II, III, IV e V SIEL foram realizados em
Cassilândia. No intuito de dar continuidade à experiência que permitiu que
acadêmicos e docentes do curso de Letras da unidade universitária de
Cassilândia divulgassem suas pesquisas para a comunidade local, além de
permitir que discentes, docentes de outras instituições acadêmicas
contribuíssem com sugestões e experiências para nossa realidade acadêmica,
pretendemos realizar no período de 23, 24 e 25 de Setembro o VI SIEL,
que almeja ratificar os propósitos e resultados dos eventos anteriores.
Comissão Organizadora.
E
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Caderno de Resumos
Do
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PROGRAMAÇÃO GERAL
DIA MATUTINO UEMS/UUC
VESPERTINO UEMS/UUC
NOTURNO Câmara Municipal
23/09 (Quarta-
Feira)
8:00/09:00
Entrega de material e realização
das últimas inscrições.
09:00/12:00
Ciclo de Cinema:
Shakespeare na
Contemporaneidade
Exibição de Sonho de Uma
Noite de Verão, seguida de
debate.
Prof. Dr.ª Telma de Souza
Garcia Grande (Auditório da
UEMS)
13:00/14:30
Oficina de Língua Portuguesa
“Gêneros textuais no ensino de
língua portuguesa: da teoria à
prática”
Prof. Me. Renato Rodrigues
Pereira (PG-UNESP/CNPq)
(UEMS/UUC)
15:00/16:30
Oficina de Poesia
“Poesia e Performance”
Prof. Me. Kelly Beatriz do Prado
Delgado (UEMS/UUC-
PG/UFG/CAPES
19:00/19:30
Abertura oficial
19:30/22:00
Mesa–redonda de Linguística
“Perspectivas Atuais de Estudos Lexicais:
Geolinguística, Lexicografia E
Toponímia”
Prof. Dr.ª Ana Paula Tribesse Patrício
Dargel (UEMS/UUC/CNPq/CAPES)
Prof. Me. Camila André do Nascimento
da Silva (UEMS/UUC)
Prof. Me. Renato Rodrigues Pereira
((PG-UNESP/CNPq)
22:00
Coffee Break
24/09 (Quinta-
Feira)
09:00/12:00
Ciclo de Cinema:
Shakespeare na
Contemporaneidade
Exibição de 10 Coisas que Eu
Odeio em Você, seguida de
debate.
Prof. Me. Édila de Cassia Souza
Santana (Auditório da UEMS)
13:00/14:30
Oficina de Língua Inglesa
“Exames TOEFL”
Prof. Mestranda Ivy Gobeti
(PG/UFG/CAPES)
15:00/16:30
Oficina de Literatura
“Literatura e Cinema”
Prof. Mestranda Analice de Sousa
Gomes (PG/UFG/CAPES)
19:00/22:00
Mesa–redonda de Literatura
“Uma Visada acerca da Literatura
Contemporânea: Forma, Representação e
Reconfiguração Subjetiva”
Prof. Me. Kelly Beatriz do Prado
Delgado (UEMS/UUC-
PG/UFG/CAPES)
Prof. Mestrando Cloves da Silva Júnior
(PG/UFG/CAPES)
Prof. Me. Gilson Vedoin (UEMS/UUJ-
PG/UFG/Fapeg)
22:00
Coffee Break
25/09 (Sexta-Feira)
09:00/12:00
Ciclo de Cinema:
Shakespeare na
Contemporaneidade
Exibição de Hamlet, seguida de
debate.
Prof. Me. Gilson Vedoin e
Acadêmico Gabriel Henrique
Pinheiro Góis
(Auditório da UEMS)
13:00/16:00
Comunicações individuais
Coordenação:
Prof. Msc. Eloene Rosa Peres
(UEMS/UUC)
16:00/17:00
Banners
19:00/22:00
Mesa–redonda de Língua Inglesa
“Drama/Teatro, ensino, cultura e
sociedade”
Prof. Dr.ª Telma de Souza Garcia
Grande (UEMS/UUC)
Prof. Dr. Peter James Harris (IBILCE/
UNESP)
22:00
Coffee Break
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MESAS REDONDAS
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Mesa–redonda de Linguística ““Perspectivas Atuais de Estudos Lexicais: Geolinguística, Lexicografia E
Toponímia”
TENDÊNCIAS DA TOPONÍMIA HUMANA RURAL DO MATO GROSSO DO
SUL: ENTRELAÇAMENTOS LINGUÍSTICOS, HISTÓRICOS E SOCIAIS
Ana Paula Tribesse Patrício DARGEL (UEMS/UUC/CNPq/CAPES)
VARIANTES LEXICAIS PARA “BICHO DA GOIABA”: UM ESTUDO
GEOLINGUÍSTICO
Camila André do Nascimento da SILVA (UEMS/UUC)
O DICIONÁRIO MONOLÍNGUE E A INFERÊNCIA: UMA APLICAÇÃO NAS
LÍNGUAS ESPANHOLA E INGLESA
Renato Rodrigues PEREIRA (PG-UNESP/CNPq)
Diversas são as possibilidades de estudos do léxico em suas diferentes vertentes teórico-
metodológicas. O acervo lexical de uma língua resulta em um verdadeiro representante
da sociedade de que é pertencente. Em suas distintas funções, uma unidade léxica pode
ora imprimir as características da cosmologia circundante de um espaço geográfico,
como acontece com os topônimos, objeto de estudo da Toponímia; ora adquire e/ou
revela valores semânticos em decorrência do contexto sócio-linguístico-cultural,
assunto esse abordado em estudos dialetológicos e geolinguísticos. No âmbito da
lexicografia, os dicionários, como representantes de sincronias e diacronias vocabulares,
nos possibilitam conhecer diferentes nuances significativas de uma palavra, assim como
aprender ou evidenciar características linguísticas e extralinguísticas de um povo. Por
isso, as obras lexicográficas resultam em instrumentos de consulta que podem e devem
ser utilizados nas diferentes didáticas direcionadas ao ensino de línguas. Com essa
mesa-redonda, apresentamos resultados de três de algumas pesquisas que temos
realizado sobre léxico, como forma de demonstrar aos congressistas algumas das
múltiplas possibilidades de estudos lexicais possíveis no âmbito do ensino e da
pesquisa. Nessa perspectiva, Dargel abordará algumas tendências da Toponímia humana
rural do estado de Mato Grosso do Sul, demonstrando, assim, entrelaçamentos
linguísticos, históricos e sociais do Estado; Silva, por sua vez, apresentará um estudo
geolinguístico sobre variantes lexicais para “bicho da goiaba”; e Pereira exporá a
respeito do tratamento da inferência lexical por aprendizes de língua estrangeira que se
encontram nos níveis intermediário e avançado, e o uso do dicionário monolíngue na
realização de exercícios dirigidos que visam garantir inferências coerentes com os
contextos em questão.
Palavras-chave: Léxico. Lexicografia Pedagógica. Toponímia. Etnolinguística.
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Mesa–redonda de Literatura “UMA VISADA ACERCA DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA: FORMA, REPRESENTAÇÃO E
RECONFIGURAÇÃO SUBJETIVA
AGRESTES: A POESIA COM COISAS E OS MEANDROS
DA RECONFIGURAÇÃO DA SUBJETIVIDADE
Kelly Beatriz do Prado DELGADO (UEMS-UUC/PG-UFG/CAPES)
Este artigo propõe a leitura de Agrestes de João Cabral de Melo Neto. Introdutoriamente
traça-se um percurso de desmistificação da retórica do emocionalizado na poesia
tradicional em favor de outra forma de subjetividade, voltada à despersonalização. Em
Cabral, observa-se não apenas uma poética que nega a tradição hegeliana, mas a
instituição de um novo parâmetro de subjetividade, que se volta à retórica do objeto de
Francis Ponge. Ao centrar-se no objeto e não na figura do sujeito lírico, Cabral encontra
métodos de decantação da subjetividade que a torna visível apenas na epiderme do
texto. Esses procedimentos que se apresentam de forma frequente em sua produção
poética desde Pedra do Sono em que foi possível observar marcas linguísticas da
presença do sujeito lírico com uma poesia ainda marcada pelo abstrato e pelo onírico e
mais tarde já se consolidando em O Engenheiro e Psicologia da Composição quando é
possível identificar a afirmação da poesia como processo de construção, encontrará
em Agrestes, terreno bastante propício às formas de reconfiguração da subjetividade, já
que o poeta depara-se com a instauração de um surto memorialista e a necessidade de
falar-se pela alteridade, numa poesia com coisas, que permite o olhar enviesado da
reflexão e da crítica.
Palavras-Chave: João Cabral de Melo Neto. Memória. Poesia com Coisas.
TRATADO SOBRE O USO DAS MULHERES: REPRESENTAÇÕES DE
PODER E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA EM CONTOS DE RUBEM FONSECA
Cloves da SILVA JUNIOR (SEDUCE-GO/PG-UFG/CAPES)
Esta apresentação propõe a análise dos contos “A Confraria dos Espadas”, da coletânea
homônima (1998) e “Tratado do uso das mulheres”, que compõe a coletânea Pequenas
Criaturas (2002), ambos do escritor mineiro Rubem Fonseca. O foco da análise gira em
torno das representações de violência – que nestes contos se apresenta de forma
simbólica por meio da dominação masculina, mas que produzem efeitos concretos,
como poderá ser percebido – e das relações de poder que se constituem entre o
dominante (gênero masculino) e o dominado (gênero feminino), a partir da linguagem
do texto literário e das categorias “personagem” e “espaço”. Ao falar de gênero, numa
perspectiva pós-estruturalista, utiliza-se as concepções de Joan Scott (1995), a qual
percebe o gênero como organização social da diferença sexual, a partir do argumento de
que não são as diferenças biológicas que determinam, diretamente, os papeis sociais de
homens e mulheres. Com isso, defende que o gênero é uma construção social, em
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processo contínuo, que se efetiva a partir de determinadas instituições por meio da
legitimação de certas representações. Depreende-se, então, que os discursos de
dominação masculina foram forjados e continuam sendo reabastecidos ao longo do
tempo com o auxílio das instituições e dos indivíduos que captam determinadas
representações para si e reproduzem-nas. Tais discursos se inscrevem no interior das
trocas sociais e no próprio corpo dos indivíduos. Para as reflexões são utilizados os
pressupostos teóricos de Bourdieu (2012), Dalcastagnè (2005), Hall (2014), Scott
(1995), Silva (2014), dentre outros.
Palavras-chave: Dominação masculina. Relações de poder. Rubem Fonseca.
REPRESENTAÇÃO E DÉCOUPAGE DO REAL: LÓGICA CORAL E
ESTÉTICA DE ALMANAQUE NA FICÇÃO DE VALÊNCIO XAVIER
Gilson VEDOIN (UEMS-UUJ/PG-UFG/FAPEG)
Conforme atestam Mikhail Bakhtin (1988) e Marthe Robert (2007), se o gênero
romanesco nunca atinge seu limite, pode-se vislumbrar novas formas de representação
na contemporaneidade, uma época em que a cultura perdeu seu caráter elevado e
monolítico, sendo atravessada pelo pluralismo das formas massivas, populares,
inerentes ao universo do consumo, outrora relegadas pelo alto modernismo. Desse
modo, certa modalidade de narrativas contemporâneas, e aqui se insere a produção do
curitibano Valêncio Xavier – mais especificamente a narração Mulheres em Amores –
ao invés de representar a materialidade do real, acaba por absorver alguns modos
discursivos da cultura massiva, produzindo uma prosa pautada por uma “lógica coral”,
para usar uma designação de Flora Sussekind, espécie de découpage do real, ancorando-
se no que Angela Maria Dias define como “estética de almanaque”, e que coloca em
xeque os paradigmas analíticos utilizados pela modernidade no tocante a forma
romanesca e o sentido hermenêutico suscitado pela obra no receptor.
Palavras-chave: Representação. Forma romanesca. Valêncio Xavier.
Mesa–redonda de Língua Inglesa “Drama/Teatro, ensino, cultura e sociedade”
DRAMA COMO PRÁTICA PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DA
LÍNGUA INGLESA
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)
Segundo Via (1972), o drama quando usado como um veículo para a aprendizagem de
línguas procura ajudar os alunos a descobrir sua individualidade particular e colocá-la
em uso enquanto praticam o idioma e permite que os alunos expressem seus
sentimentos, crenças, cultura, desejos e preocupações na língua alvo, além de auxiliá-los
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na aprendizagem das quatro habilidades. Wilkins (1976) argumenta que ensinar uma
língua estrangeira somente por meio de léxicos, frases prontas e isoladas de contextos é
muito artificial e não permite que a comunicação se estabeleça de maneira real. Henry
Widdowson (1978), Almeida Filho (1993) defendem a teoria de que para dominarmos
uma língua estrangeira necessitamos de conhecimentos sobre o use e usage da língua
estudada, em que o use refere-se à estrutura da língua, léxicos e gramática, enquanto
usage refere-se às formas e contextos em que a língua alvo é utilizada, o autor também
afirma que por meio do usage é possível o aprendiz alcançar o use, porém o contrário
não ocorre. Desta maneira nesta comunicação pretendo ressaltar a importância de
práticas motivacionais no ensino de língua estrangeira, neste caso, o drama, de forma
que o aluno diante de um contexto de usage consiga dominar o use e consiga se
comunicar na língua estrangeira.
Palavras Chave: Drama. Ensino. Aprendizagem. Língua Estrangeira.
SHAKESPEARE: A MESTRIA DO TEATRO
Peter James HARRIS (UNESP/IBILCE)
Esta apresentação procura demonstrar que a importância do dramaturgo inglês William
Shakespeare (1564-1616) não se deve apenas ao seu domínio absoluto da língua inglesa,
mas também à sua compreensão das oportunidades e potencial dos avanços na
tecnologia e arquitetura do teatro que coincidiram com a sua própria vida. O primeiro
teatro público, conhecido simplesmente como “O Teatro”, foi inaugurado em Londres
em 1576, quando Shakespeare tinha apenas 12 anos. Mesmo assim, entre 1589 e 1613,
Shakespeare escreveu 38 peças de teatro, incluindo clássicos encenados até hoje no
mundo inteiro. Este relato começa com uma breve história do teatro precário que existia
na Idade Média nos 500 anos antes do nascimento de Shakespeare – incluindo peças
encenadas em igrejas e palcos improvisados em feiras e estalagens. A maioria das peças
de Shakespeare recebeu a sua estreia no “Teatro Globo”, inaugurado em 1599. Através
de trechos de diálogo de peças como Rei Lear, Henrique V, Hamlet e A Tempestade, a
palestra mostra que o gênio de Shakespeare pode ser enxergado no seu conhecimento
das possibilidades e das limitações da mais nova forma de entretenimento da sua época.
Palavras-chave: William Shakespeare. Teatro. “Teatro Globo”.
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OFICINAs
GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DA TEORIA
À PRÁTICA
Renato Rodrigues PEREIRA (PG-UNESP/CNPq)
Os gêneros textuais (GT) têm sido objeto de estudo em diferentes âmbitos educacionais,
principalmente naqueles voltados para sua utilização como ponto de partida para
atividades de ensino-aprendizagem de língua portuguesa. No Plano Nacional do Livro
Didático e nos Parâmetros Curriculares Nacionais encontramos objetivos e incisivos
posicionamentos relacionados à introdução e à divulgação da linguagem por meio dos
GT que, por sua funcionalidade, composição e estilos variados precisam ser agentes
constantes nas aulas de língua portuguesa. Nesse contexto, os diferentes gêneros
resultam em valiosos recursos didáticos imprescindíveis às aulas de língua, pois são
textos encontrados na vida diária. Os GT são, pois, tipos e/ou formas como os
enunciados escritos e orais são utilizados. Em um contexto de produção acadêmico-
científica, por exemplo, em que devemos escrever um artigo para um periódico,
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devemos seguir algumas normas estruturais de forma e linguagem; ao escrevermos uma
carta aberta, o mesmo acontece, pois precisamos imprimir nesse gênero suas
características que foram convencionadas pela sociedade ao longo dos tempos e de
forma natural, de acordo com as necessidades comunicativas; da mesma forma, quando
proferimos uma palestra ou conferência em um evento ou mesa redonda, há todo um
protocolo que costuma ser seguido. Esta oficina visa apresentar algumas epistemologias
inerentes aos estudos dos gêneros textuais (GT) e sua importância no ensino de língua
portuguesa nas escolas, uma vez que eles estão nas diferentes esferas da atividade
humana e refletem os objetivos comunicativos do povo de que é representante. Para
tanto, orientamo-nos pelos princípios teóricos e práticos dos gêneros textuais, em
especial na teorias proposta por Bakhtin (2000) sobre gêneros discursivos na interação;
Dolz e Schneuwly (2004) e Marcuschi (2005, 2008) que acreditam numa proposta de
ensino-aprendizagem organizada a partir de gêneros textuais.
Palavras-chave: Gêneros textuais. Ensino. Língua Portuguesa.
POESIA EM PERFORMANCE
Kelly Beatriz do Prado DELGADO (UEMS/UUC-PG-UFG/CAPES)
A oficina tem como objetivo elucidar os processos performáticos do poema a fim de
evidenciar a estreita relação que existe entre o aspecto formal do texto e seu conteúdo.
O controle reflexivo da elaboração poética possibilita que o trabalho com a
materialidade sonora da palavra, pela qual a voz viva ganha corpo promova a suspensão
provisória do semântico, para garantir ao leitor por meio do efeito estético uma vivência
do que ainda será dito pela performance, já que a partir da sonoridade o poeta suspende
a decodificação e prorroga a construção do sentido. Esse processo que anuncia a
existência de uma voz latente, deixa marcas linguísticas no texto que podem ser
entrevistas por meio da métrica, do ritmo, de figuras de linguagem e do enjambement.
Esses recursos pré anunciam o conteúdo que será reforçado anteriormente a construção
do sentido pelas imagens. Assim a ideia da forma no poema torna-se um correlato do
sentido, já que da palavra à imagem o poema encaminha-se para o significado, só
aparentemente desconectado já que a função poética da linguagem garante uma
distância entre o signo, o significado e o referente, tornando aparentemente arbitrária a
escolha dos símiles com os quais o poema constrói seu sentido.
Palavras-chave: Poesia. Poema. Performance.
EXAMES TOEFL
Ivy GOBETI (PG-UFG/CAPES)
Os certificados internacionais passam a ser mais relevantes ao passo em que alunos do
ensino superior recebem mais amplas oportunidades de estudar em outros países. O
TOEFL é uma das mais comuns certificações exigidas nesse contexto, e muitos
candidatos a essas vagas acabam por desistir das possibilidade de aperfeiçoarem seus
conhecimentos em outro país por não conhecerem melhor os processos de preparação,
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realização e avaliação envolvidos na prova. É neste sentido que o objetivo desta oficina
é esclarecer os pontos mais pertinentes para que os alunos possam prestar a certificação
mais cientes de sua conjuntura. Serão abordados de forma dinâmica os seguintes
tópicos: tipos de TOEFL, período de validade, cobertura de aceitação, estrutura da
prova a partir das habilidades listening, speaking, reading, writing e estratégias para a
administração do tempo no momento da avaliação. Os alunos contarão com a
apresentação prática dos tipos de exercícios e conhecerão em que aspectos estarão
realmente sendo avaliados no momento da prova, com a oportunidade de participarem
ativamente na resolução dos exercícios para que os esclarecimentos sejam mais
eficazes.
Palavras-chave: TOEFL. Ensino. Língua inglesa.
LITERATURA E CINEMA
Analice de Sousa GOMES (PG-UFG/CAPES)
Entender o roteiro cinematográfico além das questões restritivas da produção literária é
estabelecer relações que saem do texto e são extrapoladas para a projeção de uma
leitura. Aquele processo de leitura que acontece na mente do leitor, em que as palavras,
no plano das ideias, saem do papel e tomam as formas de personagens e cenários com
cores, sensações, temperaturas e cheiros, essa experiência, que sem a atuação do leitor
não caberia, é o que acontece em um filme, a partir de seu roteiro. O filme, o produto
final do roteiro, seria a imagem de uma leitura. As contribuições de Roland Barthes
acerca da análise da narrativa podem agregar ao roteirista seu engajamento social para
exprimir e expressar realidades na transposição para a linguagem. Barthes considera que
a forma da escrita é o fator que gerará uma significação que extrapole o conteúdo
narrativo em si, o que para o cinema, seria o próprio roteiro, a forma particular com que
se escreve um filme, e é justamente o fato de que essa forma de escrita cinematográfica
é a disposição das palavras para que gerem efeitos imagéticos que faz do roteiro uma
espécie de gênero. O objetivo desta oficina é mostrar como a obra-prima da literatura e
do cinema é a mesma: a imaginação, sendo que, diversas vezes, o que imaginamos para
as telas vem exatamente da nossa experiência literária. Mais especificamente, a prática
abordará a construção de corpos monstruosos, produto cinematográfico tão intimamente
inspirado em arquétipos da literatura clássica de horror. Além de nos situar quanto o
contexto de criação e produção literária segundo Bakhtin (2011), Todorov (1980),
Staiger (1987), dentre outros autores que concebem a construção do gênero a partir dos
atos de fala, do discurso e sua necessidade comunicativa. Isto permite a evolução e a
transgressão genérica, pois a literatura contemporânea não se posiciona como rigída
temática e formalmente, expandindo as possibilidades no processo criativo e na
apreciação do leitor-receptor.
Palavras-chave: Narrativa ficcional. Cinema. Literatura.
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COMUNICAÇÕES ORAIS e BANNERS
A INTERTEXTUALIDADE: ASPECTOS ARGUMENTATIVOS PRESENTES
NO GÊNERO TEXTUAL “TIRINHA”
Adriano Mendes dos SANTOS (UEMS/UUC)
Partimos do pressuposto de que a intertextualidade é vista como um "diálogo" entre
textos, conforme Bakhtin, e esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e
complexo, pois implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras ou a
trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem
funções diferentes que dependem dos textos/ contextos em que ela é inserida.
Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento de
mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de
textos. Assim, compreendendo que esse diálogo se dá a partir de propósitos
comunicativos pré-estabelecidos, isto é, a partir de determinadas intenções como no
caso das tirinhas. A tirinha e a HQ são textos dialógicos de natureza sincrética (utiliza
mais de um recurso de expressão) que avalia o verbal e o visual em um mesmo
enunciado. Diferem-se na quantidade de quadrinhos, geralmente as Tirinhas são
compostas de três ou quatro quadros e, as Histórias em Quadrinhos, acima de cinco
quadros. Circulam em jornais e revistas em uma faixa horizontal, em geral, na seção
“Quadrinhos” do caderno de diversões e entretenimento. Assim, nossa proposta e a de a
analisar as condições de intertextualidade ou polifonia discursiva, os aspectos
argumentativos contidos nelas e o efeito de humor sugerido por esse diálogo com textos
e autores.
Palavras-chave: Intertextualidade. Polifonia. Argumentação.
VOZ LITERÁRIA, FRONTEIRA E IDENTIDADE: A CONSTRUÇÃO DO
DISCURSO ROMANESCO
Analice de Sousa GOMES (PG-UFG)
Renata Rocha RIBEIRO (UFG)
Tratar do termo “fronteiras” no discurso literário é também pensar na construção de
uma identidade social. Bakthin (2002, p. 135), ao tratar do sujeito que fala no romance,
afirma que ele “é sempre em certo grau, um ideólogo e suas palavras são sempre um
ideologema. Uma linguagem particular no romance representa sempre um ponto de
vista particular sobre o mundo, que aspira a uma significação social.” Observa-se a
partir daí, que o narrador literário é submetido a uma espécie de fronteira, não territorial
propriamente dita, mas principalmente social. Nesse sentido, a presente pesquisa se
propõe a compreender, por meio de estudo bibliográfico, se o contexto em que se situa o
discurso funciona como uma delimitação para o pensamento e para a produção
ideológica refletida na construção da identidade cultural e de suas mais variadas
expressões, em nosso estudo, a manifestação literária. Segundo James Clifford (apud
CHAUL, 2005, p. 165), é preciso considerar a literatura como uma “alegoria
etnográfica”, ou seja, ver no texto literário algo além do que ele expressa, ver a ficção
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como sequências de metáforas e imagens úteis para a compreensão da cultura. A
exemplo disto, pode-se observar, no romance Faúlhas, do autor goiano Dionísio
Machado, uma evidente manifestação da fronteira ufanista criada no pensamento da
sociedade do estado de Goiás na década de 1930, quando ocorreu o processo da
transferência da capital para Goiânia. Neste período, foi disseminada uma concepção de
modernidade e desenvolvimento para o estado, visto que a “fronteira-discurso” de seus
provedores e idealizadores, inseridos numa vertente otimista, foi apropriada por
diversos outros discursos sobre a cidade, como o da academia, o da imprensa, o da
literatura (ELIEZER, 2005, p.138). Tal concepção de modernidade, formadora direta da
identidade histórica e cultural deste período, foi desconstruída por narrativas como a
que apresentamos, formada por um discurso plurilinguístico, que apresenta um sujeito-
narrador envolto no fenômeno polifônico apropriado pelo caráter estilístico do gênero
romance.
Palavras-chaves: Fronteira. Ideologia. Identidade. Discurso. Literatura.
ENSINO DE LITERATURA: DÚVIDAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Camila Gonçalves da COSTA (PG-UEMS/UUP)
Tendo em vista a real importância da disciplina Literatura no currículo escolar, este
trabalho objetiva ressaltar os sentidos que a norteiam e que devem ser levados em
consideração dentro da sua abordagem de ensino. Uma vez que a literatura tem papel de
formar personalidades, pois possui um processo criativo, que por meio de seus sentidos,
tem a capacidade de tornar os seus leitores pessoas capazes e sensíveis. Portanto, a
literatura é um instrumento que faz o irreal se tornar real tornando algo da imaginação
uma realidade capaz de transformar vidas, habilitando-as plenamente para uma leitura
mais abrangente do mundo. Para tal propósito, optou-se em resgatar brevemente o
percurso histórico da literatura, a institucionalização de seu ensino e dos modelos de
herança cultural perpassado na literatura brasileira. Na análise foram primordiais o
estudo do papel da literatura e da leitura na sociedade, no qual se procurou esclarecer
alguns pontos que podem contribuir ou não para o modo como a disciplina tem sido
concebida pelos alunos do ensino médio e professores. Dessa maneira, propomos
trabalhar com autores, bem como pesquisadores que também se dedicaram aos estudos
de tal temática, tais como: Chartier (1988), Magnani (1989), Candido (1995), Coutinho
(2005), Zilberman e Silva (2008), Barbosa (2010), Lois (2010), Santos (2010), Silva
(2010) e Neves (2013). A metodologia deste trabalho enquadra-se como uma pesquisa
qualitativa no campo da História da Educação, por caracterizar-se de uma extração da
dissertação ainda em fase de execução da autora deste trabalho. Sendo assim, os dados a
serem apresentados serão exclusivamente teóricos, uma vez que a pesquisa dessa
dissertação ainda não foi executada.
Palavras-chave: Literatura. Ensino de Literatura. Leitura.
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TESTEMUNHOS DA CRUELDADE E DA VIOLÊNCIA EM SELVA TRÁGICA,
DE HERNÂNI DONATO
Carolini Cristina Santos ALPE (PG – UEMS/UCG)
Nos últimos anos a obra de Hernani Donato tem sido objeto de uma grande quantidade
de estudos. O romance A selva trágica, de Hernani Donato vem atraindo a atenção de
pesquisadores por diferentes motivos - estéticos-literários, linguísticos, históricos e
econômicos. Assim, interessa-nos saber quais foram as condições de produção de um
discurso literário na década 1950 que possibilitaram que uma história de exploração de
trabalhadores no Mato Grosso pudesse ocupar espaço no imaginário social brasileiro,
uma vez que o romance apresenta no nível do enunciado um testemunho de violência e
crueldade vinculado a um fato supostamente real, passado nas primeiras décadas do
século XX. O objetivo principal da referida pesquisa é refletir em que medida o
testemunho literário das condições de exploração no centro-sul do antigo estado do
Mato Grosso, contribuiu para o debate instaurado na década de 1950 envolvendo duas
frações da classe dominante. A metodologia utilizada será baseada na análise
bakhtiniana do discurso, pois a maneira pela qual o narrador instalado cita os
testemunhos da crueldade e da violência é de grande relevância para o estudo dos
elementos discursivos intrínsecos ao romance. Os resultados esperados com relação a
essa pesquisa apontam para a abertura de uma frente de estudos que tem por objetivo
fornecer subsídios instrumentais para a compreensão da cultura regional a partir do
diálogo com a cultura nacional.
Palavras-chave: Crueldade. Violência. Discurso.
UMA PROPOSTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LITERATURA NO
CONTEXTO DO PROJETO DE EXTENSÃO DESAFIO EXTRACLASSE: UMA
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR: INGLÊS, LITERATURA E LÍNGUA
PORTUGUESA
Cinthya Kera BATOLOMEI (G-UEMS/UUC)
Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados parciais obtidos no projeto de
extensão em andamento, Desafio extraclasse: Uma proposta interdisciplinar: Inglês,
literatura e língua portuguesa, com ênfase nos trabalhos desenvolvidos na disciplina de
Literatura. O projeto em sua totalidade tem por objetivo atender as necessidades da
comunidade estudantil do ensino público, Ensino Médio do município de
Cassilândia/MS, e dos futuros licenciados no curso de Letras, que atendendo às
questões de ordem educativa e acadêmica, no que diz respeito ao ensino e extensão,
propõe a monitoria, o ensino e reforço escolar nas disciplinas de Língua Portuguesa,
Língua Inglesa, Literaturas e áreas afins. Em sua abrangência, o projeto é desenvolvido
via parceria entre o curso de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,
Unidade Universitária de Cassilândia e a Biblioteca da Indústria do Conhecimento
SESI, unidade Cassilândia. O projeto é ancorado na abordagem interdisciplinar,
partindo dos fundamentos que visa a linguagem e suas construções, em uma perspectiva
social, ideológica, subjetiva, discursiva e pragmática. O mesmo é sustentado nos
princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs Ensino Fundamental e Médio)
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e aliado às Leis de Diretrizes e Bases (LDB) e os direitos da criança e do adolescente
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esta comunicação tem o intuito de
apresentar trabalhos desenvolvidos e resultados obtidos relacionados à disciplina de
Literatura, o foco primordial dessa proposta é apresentar/compartilhar os desafios, a
metodologia, os resultados parciais e relevantes nesse contexto, que reforça e enfatiza a
valorização do ensino e aprendizagem na construção da capacidade crítica e
democrática frente aos desafios educativos e sociais.
Palavras-chave: Projeto Interdisciplinar. Literatura. Ensino. Aprendizagem.
PODER X RESISTÊNCIA: O DRAMA SOCIAL E A LUTA PELA
SOBREVIVÊNCIA NO ROMANCE O FIEL E A PEDRA DE OSMAN LINS
Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise do romance O fiel e a pedra (1967)
de Osman Lins, analisando a tensão representada pelo drama social e a verdadeira luta
pela sobrevivência diante de situações como latifúndio, exploração de classes e
imposição de valores. O romance narra a história de Bernardo na zona rural nordestina,
tendo por núcleo, as relações conflituosas entre o despótico senhor de terras, Nestor, e
Bernardo, um forasteiro íntegro e altivo. A narrativa contempla aspectos notórios tanto
no contexto de produção da obra, como também, da nossa atual realidade. Aspectos de
um modelo de vigência social formado pelos opressores e pelos oprimidos, gerando
conflitos de ordem social, com alta carga de sondagem humana, visto que o dilema em
que o homem se encontra, vai além dos conflitos externos, contemplando o mal-estar da
modernidade. Assim, o romance em questão aborda a significante recusa da submissão,
violação de valores e honra, diante da força coerciva que o cerca e o tende a manipular.
Para analisar tais questões, utilizaremos como referencial teórico os textos de: José
Paulo Paes, sobre aspectos relevantes da obras de Osman Lins, Leyla Perrone-Moyses
(2002), no texto Modernidade em ruínas, Anatol Rosenfeld (1996), Reflexões sobre o
romance moderno, Theodor W. Adorno (1973) estudos sobre ideologia, Sandra Nitrini
(2001), Poéticas de tensões, Vladimir Ilitch Lenin (1977), estudos das luta de classes, e
Sigmund Freud (2011), O Mal-estar na civilização. Consideramos por fim, que a
narrativa em questão, por meio da luta travada entre opressores e oprimidos, traz à tona
conflitos representados por forças antagônicas que coloca em evidência a luta entre o
bem e o mal. Tal luta, permite a nós leitores um estudo do homem, no que diz respeito a
sua inserção no meio social, nesse caso coercivo, e nos seus princípios éticos e morais.
Palavras-chave: Força coerciva. Opressor. Oprimido. Osman Lins. Modernidade.
O USO DO DICIONÁRIO BILÍNGUE NA SALA DE AULA
Franciele Rodovalho FERREIRA (CAPES/PIBID/G-UEMS/UUC)
Luiz Felipe dos Santos HENRIQUE (CAPES/PIBID/G-UEMS/UUC)
Alessandra Leme VEZZALI (CAPES/PIBID/SED)
Ana Paula Tribesse Patrício DARGEL (CAPES/PIBID/UEMS/UUC)
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Este trabalho apresenta os resultados alcançados por meio das atividades desenvolvidas
durante as aulas de Língua Inglesa na Escola Estadual São José, no segundo semestre de
2015, com a turma do 8º. ano do período matutino.A intervenção teve como supervisora
a professora Alessandra Leme Vezzali e as estratégias de ensino-aprendizagem foram
elaboradas pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência/CAPES do subprojeto de Letras). Baseado nas observações do cotidiano
escolar verificou-se que o aluno tem dificuldade em manusear o dicionário escolar
bilíngue em sala de aula. Dessa forma, procuraram-se algumas soluções para superar
esse problema, a fim de elucidar a funcionalidade do dicionário para o aluno.Para tanto,
foram utilizados os subsídios teóricos e metodológicos de DARGEL (2011). Para poder
realizar essas atividades didáticas, solicitou-se que o aluno trouxesse o dicionário
bilíngue escolar. Como a professora titular da turma estava trabalhando o meio
ambiente como tema transversal, produziram-se algumas atividades que agregassem
tanto a explicação sobre a estrutura (macro e micro) do dicionário como a tentativa de
conscientizar o aluno sobre a necessidade de preservaçãodo meio ambiente e, assim,
modificar atitudes perante o mundo que o cerceia. Por fim, o aluno, ao conhecer os
diversos recursos didáticos do dicionário, teve em mãos um importante auxílio na
compreensão do sentido global do texto e, consequentemente, a ampliação do seu
conhecimento lexical.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de língua. Dicionário. Meio ambiente.
Ampliação lexical.
O BEIJO NO ASFALTO E O DRAMA DAS RELAÇÕES PRECÁRIAS NO
PALCO DA VIDA CARIOCA
Gilson VEDOIN (UEMS/UUJ/PG-UFG/Fapeg)
Durante sua trajetória artística, Nelson Rodrigues ultrapassou barreiras como tragédias
familiares e preconceitos variados, enfrentando de forma crítica e direta a todas elas,
para, com sua produção artística, se tornar uma das mais expressivas vozes da
dramaturgia contra a falsa moral, a hipocrisia e as mazelas propagadas pelas instituições
de sua época. O anjo pornográfico, sua auto intitulação, transcendeu os limites da
supervalorização humana e construiu seu próprio conjunto de regras, colecionando
desafetos e arrebatando admiradores ao longo de sua carreira. Este trabalho tem como
foco, analisar a obra O beijo no asfalto, publicada nos anos 60, a partir de algumas
concepções estéticas que norteiam o drama moderno, sobretudo no que se refere ao
tratamento do diálogo e a composição das personagens. Para tanto, autores como Peter
Szondy, Iná Camargo Costa, Ângela Maria Dias, Max Horkheimer, Zygmunt Bauman,
Susan Sontag, Ruy Castro, dentre outros, servirão de relevante aporte teórico.
Palavras-chave: Drama moderno. Nelson Rodrigues. O beijo no asfalto.
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A FITOTOPONÍMIA EM MUNICIPIOS DA MICROREGIÃO DE NOVA
ANDRADINA-MS: ALGUMAS REFLEXÕES
Gleberson Pires do NASCIMENTO (G-UEMS)
Renato Rodrigues PEREIRA (PG/UNESP/CNPq)
Os nomes de lugares revelam características do universo físico e humano de que
pertencem. Por isso, ao estudar os topônimos de uma região, o pesquisador pode
descobrir diferentes motivos que levaram o designador a nomear uma localidade. Nesse
trabalho, apresentamos uma análise preliminar sobre os fitotopônimos dos acidentes
humanos da toponímia rural da microrregião de Nova Andradina/MS. Este estudo
resulta em um recorte da pesquisa que estamos realizando para a monografia de
conclusão do curso em Letras Habilitação Português/Inglês, na UEMS – Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul/Unidade Universitária de Cassilândia. Para tanto,
tivemos como objetivos inventariar, classificar e descrever os topônimos do universo
pesquisado, extraído de cartas topográficas do IBGE – escala 1:100.000. Ademais,
orientamo-nos pelos princípios teórico-metodológicos da Toponímia, e pela
metodologia do Projeto ATEMS – Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul.
Dos 346 topônimos inventariados para o trabalho de conclusão de curso, 26 – 7,50%
são de origem vegetal, ou seja, o estudo dos topônimos do universo pesquisado
evidenciou que a fitotoponímia (nomes de índole vegetal) foi a quarta categoria mais
produtiva da área investigada. Consideramos significativa tal produtividade, mesmo se
tratando de uma quarta colocação, pois, geralmente, as designações de acidentes
humanos costumam possuir mais motivações antroponímicas. Em face da análise dos
dados, a pesquisa revelou a influência de elementos de natureza vegetal na vida das
pessoas e, por consequência, seu reflexo na toponímia, ao evidenciar a relação entre o
homem e o meio em que vive.
Palavras-chave: Léxico. Fitotoponímia. Microrregião de Nova Andradina/MS.
O CINEMA AMERICANO DOS ANOS 80: A IDEOLOGIA REAGANISTA
Gleicy Silva PEREIRA (UEMS/UUC) Gilson Vedoin (UEMS/UUJ/PG-UFG/Fapeg)
O presente artigo tem por finalidade apresentar as várias ideologias existentes por detrás
do cinema e como elas modificam a maneira de pensar de uma sociedade. A
ambientação cultural da sétima arte a torna irremediavelmente associada à sua época de
produção: o cinema é sempre a expressão de sua época. Toda produção cultural é uma
estrutura produtora de discursos e exerce sua atração por meio de artifícios de
subliminaridade em questões de propaganda ideológica, o que visa estabelecer um
imaginário hegemônico de certos grupos e projetos. Nos filmes uma estrutura social
marcada por um convencionalismo moral rígido é demonstrado para os espectadores.
Nesse aspecto, o discurso conservador no final dos anos 1970 aparece no governo
Reagan e posteriormente na cinematografia produzida nessa e em outras épocas a fim de
reconstituir o patriotismo que deixará de ser vigente pela população, e também
recuperar a supremacia e o prestígio perdido pela política de direita tradicionalista. O
cinema dito action movie surge como principal veículo ideológico para difundir os
preceitos do reaganismo. Cenas de ações espetaculares, explosões mirabolantes e lutas
sangrentas se tornam mais que elementos inocentes de um entretenimento
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descompromissado, são armas letais a favor dos grupos socioeconômicos dominantes, e
uma das mais eficientes fórmulas para a propaganda política.
Palavras-chave: Era Reagan. Ideologia. Cinema. Propaganda política.
A CONFIGURAÇÃO DO ESPAÇO E DOS PERSONAGENS EM EU
RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS, DE
MARÇAL AQUINO: UMA LEITURA DA VIOLÊNCIA
Ingrid Oliveira MARTINS (G-UEMS/UUC)
Thais Loreyne Rozza GARBELIN (G-UEMS/UUC)
Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)
Este trabalho tem como objetivo discutir como ocorre a representação do silêncio e da
violência no romance Eu Receberia as piores notícias de seus lindos lábios (2005), de
Marçal Aquino, com ênfase na configuração do espaço e na constituição dos
personagens no romance. A obra em questão, trata-se de um romance contemporâneo
que narra a história do relacionamento amoroso entre o fotógrafo Cauby e a ex-
prostituta Lavínia. Ele solteiro e ela casada, formando assim um triângulo amoroso, cuja
história se desenrola paralela a outras histórias de amor e também com o conflito
existente entre mineradores e garimpeiros. A história se desenrola com pontadas agudas
de violência, silêncio e melancolia, que interage com o espaço culminando em um
trágico desfecho. Para tal objetivo, faremos um estudo a respeito da ficção brasileira
contemporânea, bem com a forma em que o real é captado e transfigurado pelos autores
contemporâneos em suas obras, por meio dos estudos de Giorgio Agambem e Karl Erik
Schollhammer. Em relação a configuração do espaço e das personagens no romance,
subsidiaremos nossas análises nos estudos de Antônio Candido, Beth Brait sobre a
personagem, Antônio Dimas sobre o espaço. Sobre a representação da violência e do
silêncio, as contribuições de Ronaldo Lima Lins. Consideramos, por fim, o modo como
os personagens inseridos em um espaço cuja atmosfera é mórbida, são marcados pela
violência que consequentemente os silenciam e os fragilizam. A narrativa de Marçal de
Aquino expõe uma série de acontecimentos que não se limita apenas ao plano da ficção,
mas a representação do real e seus caos, portanto, revelador de tudo que é considerado
injusto e opressor.
Palavras-chave: Silêncio. Violência. Marçal Aquino. Ficção brasileira contemporânea.
FORMAÇÃO DE LEITORES ADOLESCENTES A PARTIR DO CINEMA:
VIAS ABERTAS NO IMAGINÁRIO DO ESTRANHO
Ivy GOBETI (PG-UFG/CAPES)
Ao observarmos a intensa evolução do cinema, percebemos que a arte culmina diversos
gêneros e expressões imagéticas. Tanto literatura quanto cinema espalham-se entre seus
públicos pela necessidade de contar e acompanhar histórias. Atualmente, a dinâmica
entre as duas artes passou a colocar o cinema em uma posição que já não se resume
mais em meros roteiros adaptados. Considerando que as relações entre literatura e
cinema não são restritas a teorias e discussões acerca de fidelidade, propomos expor
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uma dinâmica que revela uma constante troca de benefícios, sendo que, em alguns
casos, o cinema empresta à literatura uma atenção original de um público tomado pela
constante exposição a imagens. Os leitores adolescentes são responsáveis por grande
número das aquisições em literatura no Brasil, e em grande parte voltam-se para
expressões contemporâneas da arte que se manifestam em diversas obras
cinematográficas. Monstros, fantasmas, robôs, deuses, heróis, seres meio humanos,
meio mortos ou meio vivos presentes em quadrinhos, roteiros de filmes e afins
despertam o imaginário daqueles que buscam seu espaço entre crianças e adultos, ainda
carentes de um olhar definido sobre si. É crescente a busca deste público por obras
literárias que narrem as imagens e relações que lhes cativam a partir de distintas
expressões artísticas, especialmente do cinema. Em uma busca que chega ao imaginário
desses leitores, encontramos um sujeito em formação, que procura, em seu próprio
estranhamento, vozes para estabelecer um diálogo, consciente ou inconscientemente
associando personagens literários clássicos e desenvolvendo um gosto pela narrativa
que, ao precisar ser expandido, passará ao livro. Estabelecemos algumas obras
cinematográficas adaptadas a partir de séries literárias de sucesso, e outras que se
relacionam com o mundo dos quadrinhos e dialogam com antigos mitos, arquétipos e
narrativas presentes na literatura universal, para análise sob a ótica da teoria do
imaginário. Muito se discute a respeito do desinteresse de crianças e adolescentes pela
literatura, contudo, grande parte dessas discussões remetem ao gosto por cânones,
mesmo em uma esfera específica para as faixas etárias envolvidas. Porém, a
investigação nos mostra que esse público não apenas é leitor frequente, mas também
beneficia todo um segmento editorial que se alimenta dos seus gostos e começa a passar
por caminhos ainda restritamente explorados no Brasil.
Palavras-chave: Leitura. Leitores. Imaginário. Cinema.
UMA ANÁLISE DA MÚSICA UM MUNDO BEM MELHOR NA PERSPECTIVA
DOS DIREITOS HUMANOS
Jorge Augusto LEITE (G-UEMS/UUC/CAPES/PIBID)
Dádiva PAES (SED/CAPES/PIBID)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC/CAPES/PIBID)
Este trabalho tem por objetivo relatar o que foi desenvolvido acerca da temática
“direitos humanos”, com os alunos da escola Hermelina Barbosa Leal, na cidade de
Cassilândia, no subprojeto Letras/Inglês em uma das propostas de estudo do PIBID. A
proposta foi explorar os aspectos dos direitos humanos despertando a razão crítica do
aluno sobre o direito igualitário existencial para todos, expandir os aspectos referentes
ao conhecimento de mundo do aluno e apresentar as influências que a mídia impõe,
assim como, a contribuição da música para o afloramento da razão e do saber. Como
sabemos, os direitos humanos fundamentam-se numa construção histórica e filosófica
que busca, por intermédio da organização e da luta, os direitos e deveres igualitários na
sociedade, dentro de uma perspectiva mais social e seguindo os princípios da cidadania.
Por essa vertente, os recursos midiáticos vêm expandindo o conceito de igualdade entre
as etnias, em busca dos preceitos que regem a legislação. Por isso, um dos campos que
se destacam nesse assunto são as músicas que comportam princípios ideológicos em
suas letras, a fim de transmitir informação e conhecimento referentes às igualdades
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sociais existentes na sociedade. Apresentarei nesta comunicação os procedimentos
metodológicos realizados para apresentação da música “Um mundo bem melhor”.
Palavras-chave: Direitos humanos. Música. Análise.
ANÁLISE DA ABORDAGEM COMUNICATIVA EM LIVROS
DIDÁTICOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA EM CASSILÂNDIA
Juliana Rodrigues GOMES (G-UEMS/UCC)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UCC)
Com o intuito de analisar se há traços da abordagem comunicativa no livro didático de
Língua Inglesa do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública, este trabalho
tem como objetivo, de uma maneira geral, apresentar a proposta de uma pesquisa sobre
os livros didáticos visando a qualidade da abordagem comunicativa em uma escola
pública de Cassilândia. Considerando que há um tempo não havia exemplares de livros
didáticos em Língua Inglesa nas escolas públicas do município de Cassilândia-MS, é
importante conhecer qual o tipo de material que está sendo disponibilizado para esses
alunos e de qual maneira está sendo trabalhado em sala de aula. Tomando como
metodologia a linguística aplicada, pretendo analisar a abordagem comunicativa e
verificar se esta aparece nos livros assim como é proposta nos PCNs, principalmente
por se tratar de ensino médio, que exige uma atenção especial e mais detalhada. Assim,
ter como foco de análise o que o livro traz em termos de leitura, escrita, oralidade bem
como a audição e a gramática, inclusive a aplicabilidade desses métodos, tendo como
referência os PCNs da Língua Inglesa e a teoria sobre a abordagem comunicativa.
Palavras-chave: Abordagem comunicativa. Escola pública. Linguística aplicada.
Livros didáticos.
O TEMPO E OS DIVERSOS EUS EM A PARTIDA E ELEGÍADA, DE OSMAN
LINS
Leila Aparecida Cardoso de FREITAS (PG-UFMS)
Embasados em pressupostos da Teoria Literária, propõe-se uma visada analítica acerca
das categorias de narrador, focalização e tempo nos contos de Osman Lins “A partida” e
“Elegíada”. Objetiva-se, assim, estabelecer uma separação entre as visões de mundo do
eu narrador e do eu narrado, em face do foco autodiegético proposto pela teoria de
Gérard Genette. Devido à presença do fluxo de consciência, bem como do conflito
interior que perpassa os narradores em questão, os estudos de Sigmund Freud também
se farão relevantes como contribuição analítica. Para tanto, os textos escolhidos são: O
Mal estar na civilização (1930) e Moisés e o Monoteísmo (1969). Além disso, autores
como Aguiar e Silva (2005); Friedman (2002); Rosenfeld (1996); Benedito Nunes
(1995) e Todorov (2012) também serão convidados à discussão em momentos
oportunos. Sendo assim, os métodos empregados serão os recursos da pesquisa
bibliográfica no âmbito da Teoria e Crítica Literária aliada ao raciocínio relacional, o
que pode resultar na percepção de que o tempo transforma ideológica e
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psicologicamente, ainda que em proporções distintas, os eus narradores dos contos
analisados, distanciando-os dos comportamentos observados nos eus do passado. Por
fim, observa-se que os contos de Osman Lins, por meio da trama arquitetada, chamam o
leitor a refletir sobre sua ambivalência, justificada pelo tempo.
Palavras-Chave: Narrador. Tempo. Osman Lins.
ANÁLISE DA PRÁTICA DAS AULAS DE DUAS PROFESSORAS DE INGLÊS
NOS CONTEXTOS PARTICULAR E PÚBLICO
Lucilene Pires da SILVA (G-UEMS)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)
Esta comunicação tem o intuito de apresentar a análise da prática de duas professoras de
inglês do ensino médio, sendo uma do contexto particular e outra do contexto público.
Em geral, temos um público diferenciado na escola pública e na escola particular, e de
acordo com esta pesquisa de campo, trabalhamos com a crença de que, na escola
pública, para muitos alunos, o segundo idioma é novidade. Grande parcela de alunos da
escola particular frequentam cursos de idiomas, chegam de certa forma mais preparados
que o aluno da escola pública, que enfrenta alguns problemas que podem ser assim
elencados: a prática da língua alvo ocorre somente dentro da escola, uma vez que
muitos não apresentam condições financeiras para frequentar um curso de idiomas; as
turmas são mais numerosas, o que faz com que o professor enfrente dificuldades de
esclarecer as dúvidas dos alunos, as aulas ocorrem num período curto e não são
suficientes, e o único método utilizado para ensino é o livro didático. Diferente da
escola particular em que os recursos das salas de aulas são adequados para ministrar as
aulas, como sala ambiente, material didático, professores com maior domínio no
idioma. O objetivo dessa comunicação é evidenciar tais problemas observados no
contexto público e particular além de discutir sobre as estratégias de ensino e
aprendizagem da língua inglesa nesses dois contextos.
Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino/Aprendizagem. Escola Particular. Escola
Pública.
O LIRISMO MODERNO DE ZECA BALEIRO
Luis Sander de FREITAS (UEMS/UUC)
A relação que a literatura estabelece com outras manifestações artísticas não é nova, no
entanto, é sempre um assunto interessante a ser trabalhado, considerando-se que temos
vários temas e possibilidades de diálogo, entre eles, literatura e música, nosso foco
nesse trabalho. O intuito dessa análise é de se estabelecer uma ligação entre esses dois
ramos da arte, partindo de pressupostos que evidenciam essa relação: literatura e
música, tendo em vista que o autor Zeca Baleiro lança mão de um título para sua obra –
o álbum denominado Líricas – que denota algo em comum com o gênero lírico, uma
vez que não consta nesta obra nenhuma canção com esse título. Portanto, líricas seriam
as próprias canções, que supostamente podem trazer em sua essência ou em sua forma o
lirismo? O presente trabalho, objetiva evidenciar o lirismo presente no material artístico
do álbum Líricas. Para tanto, em primeiro momento, discutiremos alguns pressupostos
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teóricos que nortearão nossa pesquisa para que possamos estabelecer o conceito de
lirismo que aqui será utilizado – sabemos, antecipadamente, que o conceito desse
gênero literário, com o tempo, sofreu alterações. Em seguida, passaremos à análise das
composições, sempre buscando a existência, ou não, de traços que permitam
evidenciarmos o quanto há de lirismo no material artístico do compositor maranhense
ou por ele selecionado para composição de sua obra.
Palavras-chave: Lirismo. Modernidade. Música. Zeca Baleiro.
ANÁLISE DOS ANGLICISMOS NO DICIONÁRIO GERAL DO PORTUGUÊS
BRASILEIRO: AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA 5.0
Maira de Oliveira FERREIRA (PG-UFMS)
O presente trabalho tem por objetivo principal investigar macroestrutura e a
microestrutura do Dicionário Geral do Português Brasileiro, de Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira, em sua versão eletrônica 5.0 a fim de verificar como se organizam as
informações presentes nos verbetes, a coerência na sua estruturação de acordo com o
que foi descrito em seu respectivo prefácio, bem como a clareza das definições e
abonações das entradas. Para tanto, parte do pressuposto de que o uso do dicionário
quando feito de forma adequada é útil para interagir com outras fontes de conhecimento,
já que a compreensão de uma língua vai muito além da competência lexical do leitor; é
preciso também que outras fontes de conhecimento sejam acionadas e usadas
interativamente com o conhecimento lexical. A análise dos verbetes seguirá os seguintes
procedimentos: primeiramente, faremos a exposição dos verbetes selecionados em
forma de recorte para que, assim, seja possível observar a organização no dicionário e,
em seguida, descreveremos as unidades selecionadas. Observamos que houveram
algumas incoerências do que é descrito no prefácio com o que é apresentado nos
verbetes e que a falta de sistematicidade acaba gerando problemas no ato da consulta do
aluno/consulente. As variações apresentadas dificultam o rápido acesso à informação.
Desse modo, percebe-se a falta de um procedimento lexicográfico comum ao
dicionarista. Muitas vezes, ao propor em seu prefácio a adoção de um procedimento que
oriente e facilite a consulta da obra, tal procedimento não é observado criteriosamente,
passando para o consulente uma informação que não pode ser encontrada no interior dos
verbetes.
Palavras-chave: Lexicografia. Metalexicografia. Dicionário monolíngue.
Estrangeirismos.
AS RELAÇÕES ENTRE LITERATURA E CINEMA NO ROMANCE MIGUEL E
OS DEMÔNIOS, DE LOURENÇO MUTARELLI
Marília Corrêa Parecis de OLIVEIRA (G-UNESP/IBILCE)
Literatura e cinema sempre estiveram em constante diálogo, entre imagens e palavras. O
cinema, ao constituir-se como detentor de uma linguagem própria e ligado a um
ambiente necessariamente urbano e moderno, dado o seu contexto de criação no final do
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século XIX, serviu como fonte de inspiração para a literatura experimental do século
XX, sobretudo pelo seu caráter de linguagem descontínua e dinâmica. Este trabalho
pretende, portanto, analisar alguns procedimentos do romance Miguel e os demônios, de
Lourenço Mutarelli, publicado em 2009, que dialogam com procedimentos da
linguagem cinematográfica. Visamos, assim, identificar e investigar, em suas funções e
efeitos de sentido, de que maneira o texto literário apropria-se de recursos da linguagem
visual para constituir-se como literatura, como, por exemplo, com a utilização do foco
narrativo que Friedman (2002) denomina câmera e de procedimentos na narrativa que
remetem ao conceito de montagem cinematográfica, introduzido por Einsenstein (2002)
no início do século XX, durante o movimento que ficou conhecido como cinema de
montagem soviético. O romance de Mutarelli, por meio da utilização desses
procedimentos, produz uma narrativa objetiva, na qual o narrador funciona como uma
câmera que, subitamente, muda sua atenção de foco e registro. No entanto, o ato de
recortar e montar não é um ato sem sujeito: sabemos que o sujeito está presente na
escolha dos elementos, selecionando da paisagem os seus traços mínimos,
fragmentando-a, assim como, fragmentado, também seleciona de si o mínimo possível
para dizer.
Palavras-chave: Cinema. Literatura. Lourenço Mutarelli.
O USO DA MÚSICA NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA
Paulo Ricardo Nunes Paulino FREITAS (G-UEMS/UUC/CAPES/PIBID)
Claudia Alquimin GONÇALVES (SED/CAPES/PIBID)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/CAPES/PIBID)
O projeto tem como objetivo trazer a língua inglesa para mais perto do aluno, fazendo
parte do seu dia-a-dia. Fazer os alunos se interessarem pela língua aumenta as chances
de termos futuros falantes dela. O despertar dessa vontade é o principal objetivo desse
projeto, que foi desenvolvido com os alunos do 1° ano do EM na Escola Estadual
Hermelina Barbosa Leal. A atividade tem como principal fundamentação teórica, os
trabalhos de Gfeller (1983) e Gainza (1998). Gfeller defende que “a música e o ritmo
ajudam o indivíduo a adquirir uma segunda língua, pois auxiliam na memorização” e
Gainza aponta que “a música auxilia o aluno à utilizar ativamente a linguagem verbal e
este representa modos próprios de assimilar o conteúdo das músicas”. Para que isso seja
possível, nós, envolvidos no projeto (aluno e professora supervisora), escolhemos
músicas com o vocabulário e/ou regras que foram ensinados em sala de aula e usamos a
música para colocar tudo isso em prática (com o auxílio do dicionário para sanar as
dúvidas das palavras desconhecidas). Sendo assim, o aluno pratica a habilidade de
listening ao ouvir a música e a habilidade de speaking ao, junto com a letra, cantar a
música. Espera-se que os alunos consigam cantar as músicas ou, ao menos, ouví-las e
conseguirem assimilar o que significa tal palavra, o sujeito e o verbo que é usado na
música, e, por fim, o que a música quer significar.
Palavras-chaves: Música. Língua inglesa. Inglês instrumental.
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UMA LEITURA DE THELMA E LOUISE, DE RIDLEY SCOTT, SOB A
PERSPECTIVA DOS ESTUDOS DE GÊNERO
Rayane SILVA (G-UEMS/UUC)
Gilson VEDOIN (UEMS/UUJ/PG-UFG-Fapeg)
O presente trabalho almeja evidenciar a visão social construída em torno da imagem
feminina por intermédio de um exame cinematográfico do filme “Thelma e Louise”
(1991) produzido e dirigido por Ridley Scott. Compreende-se que o filme apresenta no
seu conteúdo diegético críticas à sociedade de caráter patriarcal, tal afirmação pode ser
constatada a partir da análise das personagens e do espaço da narrativa. Nesse ponto, a
teoria de Henry James, sobre a natureza da personagem literária, bem como os estudos
de gênero balizados pelas teorias de Ruth Sabat e Margareth Rago, fornecerão um
valioso auxílio no estudo da obra cinematográfica em questão.
Palavras-chave: Personagem. Feminino. Gênero.
PROJETO: “HELP, ENGLISH FOR ALL”; BASIC I
Stefania Barbosa SALES (G-UEMS/UUC)
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)
O projeto BASIC I está inserido no projeto “HELP, ENGLISH FOR ALL” que tem por
objetivo possibilitar que alunos da comunidade cassilandense de baixa renda possam
estudar a língua inglesa gratuitamente. O projeto English Basic I tem como foco
motivar os alunos a se comunicar na língua inglesa, tanto de forma oral quanto escrita,
desenvolvendo as habilidades: falar, ouvir, ler e escrever, além de procurar atender as
funções sociais, intelectual e desejo dos alunos em aprender a língua alvo. Nas aulas são
abordadas as quatro habilidades, sendo assim, o material didático é elaborado de acordo
com os "needs" e "wants" dos alunos, ou seja, é elaborado pelo professor mediante o
conteúdo apropriado para a faixa etária "children" (9 aos 12 anos), porém com as
escolhas de práticas de ensino sugeridas pelos alunos. A abordagem de ensino utilizada
é a comunicativa, no intuito de motivar a língua alvo para a comunicação, desta forma
são apresentadas práticas motivadoras para o ensino do idioma como músicas
escolhidas pelos alunos, além da prática de diálogos em inglês por meio de
dramatizações em sala de aula. Esta comunicação, portanto, tem o intuito de apresentar
o desenvolvimento da prática pedagógica do projeto, assim como o seu resultado
positivo quanto ao ensino e aprendizagem da língua inglesa.
Palavras chave: Ensino/Aprendizagem. Língua Inglesa. Abordagem Comunicativa.
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ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA POR MEIO DA MÚSICA COM FOCO
NA INTERDISCIPLINARIDADE
Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)
Os termos escola, cultura e sociedade estão ligados, pois ambos são intermediados pelo
ser humano. Para Moran (2000) o ensino torna-se um “processo social mediado e
inserido em cada cultura, com suas normas, tradições e leis, mas também é um processo
profundamente pessoal. Segundo Oliveira (1997), a relação do aluno com o mundo é
mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos no interior da vida social escolar,
sendo assim, a escola deve estar integrada com o universo no qual o aluno está inserido,
“respeitando os saberes dos educandos” como aborda Freire (1986). Baseada nessas
crenças teóricas voltadas ao ensino de língua estrangeira, pretendo nesta comunicação,
apresentar uma experiência de integração do ensino da língua inglesa ao mundo musical
do aprendiz, respeitando a maneira como ele deseja aprender, suas crenças e apreciações
como proposta motivadora de ensino e aprendizagem da língua inglesa.
Palavras chave: Ensino. Aprendizagem. Música. Interdisciplinaridade.
A CATEGORIA TEMPORAL COMO ELEMENTO MODERNO EM
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, DE MACHADO DE ASSIS
Vitor Batista JANUARIO (G-UEMS)
Este trabalho tem como objetivo analisar a categoria de tempo, na obra Memórias
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, elencando as diversas técnicas de
distorção temporal empregadas no interior da narrativa. Com isso, observa-se que,
apesar de ser possível estabelecer certa continuidade na narrativa pelo enlaçamento dos
acontecimentos narrados, não se observa o mesmo com o tempo, o qual, nesse sentido, é
relativizado, fragmentado, tratado de forma subjetiva, e, em última instância,
esfacelado. E isto se dá, entre outros recursos, justamente pelo confronto entre a ordem
de disposição dos acontecimentos narrados e a ordem da narrativa, no emprego das
chamadas anacronias (analepses e prolepses), bem como pela relação de duração
temporal entre essas instâncias – história narrada e ato narrativo – no emprego das
anisocronias (aqui especificamente o resumo e a pausa), eliminando assim a sucessão
temporal e a linearidade cronológica (muito embora várias datas sejam mencionadas),
marca estrutural indispensável nos romances tradicionais. Dessa maneira, constata-se
que tais recursos de manipulação do tempo colocam a obra em questão em diálogo
direto com concepções romanescas modernas do século XX, mesmo sendo uma obra
considerada marco inaugural do Realismo no Brasil. Recorremos, nesse intuito, aos
teóricos literários Anatol Rosenfeld e Gérard Genette como sustentação teórica para a
análise da presente obra.
Palavras-chave: Tempo; Romances tradicionais. Concepções romanescas modernas.