33
1 UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2 aDMINISTRAÇÃO PSICOLOGIA 2011.2 Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

1

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

aDMINISTRAÇÃO PSICOLOGIA

2011.2

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

“As pessoas não são nobres desde o nascimento, mas se enobrecem através de suas ações. As pessoas não são medíocres desde o seu nascimento, mas tornam-se assim através de suas ações. Se existe alguma diferença entre as pessoas, então essa diferença está

Page 2: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

2

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

UNIDADE I HISTÓRICO DA PSICOLOGIA SOCIAL

A Psicologia Social se detém no estudo do comportamento social, isto significa estudar o comportamento de indivíduos, tendo como referência as influências sociais.

De acordo com Freud, o homem, desde sempre, é um ser social, atravessado todo tempo por questões que estão incluídas em uma cultura com seus representantes, que assumem a posição de cuidadores ou exercem funções que contribuem para a formação do psiquismo.

Assim, os psicólogos sociais buscam conhecer a natureza e as causas dos nossos comportamentos/ pensamentos/ sentimentos, enfim, a nossa subjetividade que se revela nas situações sociais.

No momento em que a pessoa nasce, ou mesmo antes, ela sofre influências das condições históricas que deram origem a uma família, a qual, por sua vez, convive com outras pessoas, cuja sobrevivência se dá através do trabalho em certas atividades e que afetam e determinam o modo de encarar e cuidar da gravidez e no que significa ter um filho.

Desde o nascimento até a morte, o ser humano está marcado e marca uma sociedade, e essa influência histórico-social tem como um de seus principais determinantes o processo de aquisição da linguagem.

Temos aí a evolução histórica da Psicologia Social, que pode ser dividida em dois momentos: PSICOLOGIA SOCIAL TRADICIONAL e PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA

A chamada Psicologia Social Tradicional representa o primeiro momento e se restringe ao estudo da relação entre pessoas – a interação pessoal. De cunho pragmático, tem origem nos Estados Unidos, preocupando-se com a formação das atitudes, com o desenvolvimento de técnicas que ao interferir nas relações grupais busquem harmonizá-las e assim garantir a produtividade dos grupos.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

O indivíduo deve ser pensado como um ser cuja existência é social desde o primeiro dia de sua vida: seu ambiente não é um ambiente natural, mas social; seu intercâmbio com este vai estruturando a realidade como uma realidade psíquica, realidade simbólica na qual toda experiência é experiência ‘objetal"

(“Questionamos a Psicanálise e suas Instituições” – Gilberta Royer de Garcia Reinoso – “Violência e Agressão ou Violência e Repressão)

A Psicologia Social busca responder questões, tais como:

A maneira como nos comportamos; Como mudamos e formamos as nossas opiniões/ atitudes/ crenças; O que pensamos sobre os outros; Interação com o meio e como somos determinados a agir de acordo com o

julgamento dos outros; A inserção nos grupos e a formação da identidade social; A mediação do pensamento e o desenvolvimento da consciência social

1.EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA SOCIAL E SUAS APLICAÇÕES

Page 3: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

3

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

A PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA

A chamada Psicologia Social Crítica representa o segundo momento e, em seus estudos, procura aprofundar o conhecimento da natureza social do fenômeno psíquico ao estudar a relação essencial entre o indivíduo e a sociedade. Esta relação é entendida historicamente, isto é, desde como seus membros se organizam para garantir sua sobrevivência até seus costumes, valores e instituições necessários para a continuidade da sociedade. Define-se como um conjunto de produções humanas capazes de, ao mesmo tempo em que vão construindo a realidade social, construir também o indivíduo.

Como já vimos, o objeto de estudo da Psicologia é compreender como ocorre a construção da subjetividade do ser humano, a partir das relações sociais por ele vivenciadas. O comportamento é, portanto, uma das expressões desse mundo subjetivo.

A Psicologia Social tem como pressuposto que o homem é um ser social por natureza e, através das trocas que efetua em seu meio, ele se humaniza, isto é, torna-se capaz de assenhorar-se da realidade que lhe foi legada pelas gerações anteriores, apropriar-se da cultura, das formas usuais de manuseio de instrumentos, ferramentas e do conjunto de tecnologias disponível, o que lhe permite desenvolver outras inovações e novas descobertas.

As Ciências Sociais agregam diferentes áreas de conhecimento como a Sociologia, Antropologia , Economia e a Psicologia Social entre outras.

As contribuições desses saberes dotam esses profissionais de conhecimentos de natureza inter e transdisciplinar, desenvolvendo a sua capacidade de analisar criticamente a realidade social e de efetuar propostas de intervenções criativas no âmbito de sua competência em prol do desenvolvimento social. Ao identificarem situações críticas de caráter social , ou ainda, ao buscarem respostas para as demandas da sociedade, esses profissionais se distinguem pela preocupação com as transformações que primem pelo cunho qualitativo, em seu sentido mais amplo: favorecer o bem-estar biopsiossocial do ser humano.

A Psicologia Social pretende conhecer o homem, entender os mecanismos que o levam a se tornar agente da história, ou seja, como ele pode transformar a sociedade em que vive. Para tal, a Psicologia Social dispõe de conhecimentos que permitem compreender, entre outros temas, os processos de interação social, as relações interpessoais, intergrupais e intragrupais, as representações mentais do conhecimento social. Fundamenta ainda o debate contemporâneo das relações indivíduo-sociedade, bem como, a importância da construção da subjetividade no processo de produção e reprodução da vida social.

Deste modo, a relação entre as Ciências Sociais e a Psicologia Social permite compreender a importância de conceber a pessoa como um ser social, assim como a importância histórica e política que os grupos representam em nossa sociedade. Fornece conhecimentos sobre os distintos tipos de grupos e processos grupais e desenvolve conceitos que permitam fazer uma interpretação psicossocial do nível grupal da sociedade, conhecer as principais investigações sobre grupos, assim como prática de técnicas e estratégias para trabalhar em grupo.

UNIDADE I I INDIVÍDUO E SOCIEDADE

Tanto as sociedades mais primitivas quanto as mais desenvolvidas se constituem de diferentes grupos e organizações. Os seres humanos vivem em grupos e sociedades. O homem é introduzido na vida social, adquire experiências e aprendizagens nos grupos familiares, escolares, de trabalho, amigos ou de crenças políticas, religiosas etc.

Entende-se por grupo uma pluralidade de indivíduos os quais estabelecem uma interdependência para desempenharem funções distintas, na busca de

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

1.3 -PSICOLOGIA SOCIAL E aS ciências humanas e sociais

Page 4: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

4

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

interesses ou finalidades comuns. A interdependência entre as pessoas pressupõe que o comportamento de cada membro influi no comportamento de todos os outros. Isso ocorre pelo fato das interações grupais propiciarem oportunidades para que as pessoas desenvolvam expectativas sobre como cada um deve se comportar, em especial, quando estão trabalhando para fins comuns.

Por estarem vinculadas entre si, essas pessoas interagem, se relacionam. A interação tem lugar  toda vez que os componentes do grupo atuam uns sobre os outros de forma recíproca. Essa atuação conjunta se dá de forma mais ou menos uniforme, já que os membros do grupo aceitam e compartilham uma ideologia.As organizações sociais são formadas por um conjunto de grupos ligados funcionalmente entre si, e pela existência de objetivos específicos. A sociedade se apoia em grupos e organizações, uma vez que as organizações produzem resultados mais eficientes do que uma ação individual, isolada.

Na sociedade moderna, as organizações se destacam não só pelo fato de que a elas cabe assumir grande parte do processo produtivo, como também, pela dependência que o homem moderno mantém em relação às organizações para nascer, aprender, trabalhar para seu sustento e de sua família, para cuidar de sua saúde, ter acesso a produtos e serviços que lhe são necessários. A maioria das empresas se enquadra se constitui em exemplo de organizações, pois, a sua criação teve a finalidade específica de desenvolver os meios mais adequados e eficientes para cumprir uma tarefa ou realizar objetivos .

As instituições podem ser entendidas como organizações que, através de um mecanismo de imposição de regras, de sanções externas ou mesmo informais, governam o comportamento de um grupo bem definido de pessoas.

Pressupõe-se, dessa maneira, que as instituições se guiem pelo senso de missão, assistindo à sociedade na realização de suas atividades essenciais. Há um alto nível de comprometimento social que integra, ordena e estabiliza áreas maiores da vida em sociedade, funcionando como autênticos modeladores do comportamento das pessoas. Como exemplos de instituições, temos as grandes corporações, órgãos públicos, hospitais e universidades. A psicologia é o ramo de estudo que se detém no estudo do indivíduo e de como se dá o seu desenvolvimento em todo os seus aspectos.

A Psicologia focaliza o estudo dos comportamentos que individualizam o ser humano, buscando estabelecer leis gerais que possam prever esses comportamentos, tendo em vista as características da espécie e as condições ambientais específicas para o seu desenvolvimento.

A Psicologia estuda o homem no que se refere ao seu comportamento e seus sentimentos, ou seja, sua maneira de ser, de sentir e de agir, o que denominamos de subjetividade.

A subjetividade se constitui em ideias, significados e emoções que vão formando o mundo interno da pessoa através de suas vivências. A subjetividade tem origem no mundo social e cultural, sobre o qual também atua, modificando-o. Dessa forma, o homem vai formando seu mundo interno e, ao mesmo tempo, o mundo subjetivo vai transformando o mundo externo.

Dessa constante interação entre estes dois mundos, a nossa subjetividade vai sendo construída

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA: O CONCEITO DE SUBJETIVIDADE A

subjetividade é o nosso mundo interior e expressa a singularidade de cada um

de nós.

Page 5: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

5

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Podemos afirmar que praticamente todo comportamento humano é aprendido, exceto aqueles que decorrem do crescimento ou da maturação do organismo. O homem começa a aprender antes mesmo de nascer e continua a fazê-lo até a morte, precisando aprender praticamente tudo. Embora, todas as formas mais organizadas de vida animal também realizem aprendizagens, quanto mais evoluída a espécie maior a importância da aprendizagem para assegurar a própria sobrevivência. O homem é a espécie mais evoluída, sendo que sua característica essencial é ser dependente das aprendizagens para sobreviver.

Cada indivíduo nasce hereditariamente dotado de seu suporte biológico que se constitui em um conjunto de traços herdados. À medida que os estímulos do meio vão atuando sobre esses traços, o homem vai se tornando um ser único e diferenciado dos demais da sua espécie.

O homem nasce com capacidade para aprender, inclusive a ser humano, o que acontece na relação com os demais seres humanos. Através das relações sociais, o homem aprende a se vestir, comer, andar, hábitos higiênicos, valores sociais, , falar, gostar de estudar, ser solidário, a possuir ideais de vida e, entre muitas outras coisas, a tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores, acrescentar a sua própria contribuição e, assim, promover o progresso.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

A subjetividade engloba :

A consciência e a compreensão – capacidade de estabelecer relações e conceitos – que o homem tem sobre o que ocorre na sua realidade.

A consciência, tanto do mundo externo como a consciência de si mesmo.

O conjunto de sentimentos e emoções que compõem a sua vida afetiva. Tudo que está relacionado ao seu inconsciente.

Exemplos:

Ter sua própria escola, clínica, academia, agência, empresa, consultório, Escritório etc.

Ser um profissional competente e respeitado em sua área. Prezar valores como honestidade, solidariedade e generosidade. Praticar esportes. Ser vegetariano. Gostar de trabalhar em equipe. Realizar trabalho voluntário. Ter preocupação com o aquecimento global. Estar envolvido em projetos que, além de criativos, tenham repercussão social. Desejar estudar em renomada instituição estrangeira. Ser membro de uma família harmoniosa e feliz. Realizar a viagem de seus sonhos nas próximas férias.

-DESENVOLVIMENTO HUMANO

O HOMEM É O PRODUTO DE FATORES HEREDITÁRIOS E

Page 6: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

6

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

SÓCRATES faz a distinção entre a racionalidade do ser humano e os instintos dos animais na determinação de seus comportamentos

Os animais são dotados de uma programação genética que permite a sua adaptação ao meio

Praticamente todo comportamento humano é aprendido, exceto aqueles que decorrem do crescimento ou da maturação do organismo.

O homem é a espécie mais evoluída, sendo que sua característica essencial é ser dependente das aprendizagens para sobreviver

No desenvolvimento humano, é de extrema importância o estabelecimento de relações sociais, que permitem:

Aprendizagens de costumes, hábitos e valores sociais. Aproveitamento das experiências e descobertas das gerações

anteriores, acréscimo da sua própria contribuição e promoção do progresso.

CONCLUSÃO♦ O homem é um ser social

Vive em grupos e depende de seus pares de diversas formas durante toda a

sua vida.

A vida humana é organizada em sociedades, das quais sofre influencias. Uma parcela de sua personalidade é formada e é desenvolvida através do

convívio social.

PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO : Concomitante com o nosso desenv0lvimento Coerente com as nossas aprendizagens Estabelecimento de nossas maneiras de agir, pensar, sentir e avaliar o mundo que nos cerca: pessoas, objetos, experiências etc.

Possibilita a aquisição dos padrões de comportamentos habituais e aceitáveis nos diversos grupos sociais. O indivíduo aprende primeiramente as características típicas dor seres

humanos; Posteriormente, aprende a ser um membro de uma família, de uma

comunidade. Esse processo ocorre desde a infância e ao longo de toda a sua vida.

Forma o conjunto de crenças, valores e significações. O indivíduo aprende os códigos, as normas e as regras básicas de

relacionamento já existentes em um determinado conjunto social· Exerce pressão sobre o desenvolvimento da personalidade

Ajustamento, aprendizagem, linguagem, estilos pessoais de expressão etc.

DESENVOLVIMENTO HUMANO – Ocorre de forma integrada, em função da atuação dos seguintes fatores:

HEREDITARIEDADE , todos os fatores existentes no indivíduo, desde os primeiros instantes de sua vida uterina, isto é, desde o momento da concepção. A

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

O homem se humaniza na medida em que se socializa. Através do processo de socialização, o homem aprende os comportamentos

que são característicos de sua espécie. É a chamada aprendizagem por imitação que se constitui no primeiro tipo de aprendizagem do apresentado pelo homem.

Page 7: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

7

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

carga genética estabelece o potencial da pessoa,o qual pode ou não desenvolver-se. AMBIENTE todos os fatores externos que influem sobre o indivíduo desde a sua concepção. Esse conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do indivíduo.

TEMPO é o terceiro fator que atua no desenvolvimento humano: o comportamento é resultante da hereditariedade interagindo com o ambiente e com o tempo. Outro fator que caracteriza o desenvolvimento humano é a maturação

Quando dizemos que o indivíduo atingiu a maturidade, isso significa que ele está pronto para realizar determinada atividade.

Aspecto Físico-Motor

Engloba o desenvolvimento das características físicas: estatura, peso etc. Refere-se: ao crescimento orgânico, á maturação neurofisiológica, à capacidade crescente de manusear objetos e de exercício e coordenação do próprio corpo.

Esse aspecto do desenvolvimento pressupõe a compreensão e o respeito pelas diferenças físicas naturais, implicando na existência de padrões diferenciados de:

♦ estatura, compleição física, diversidades étnicas, lateralidade ( destro/canhoto), limitações sensoriais etc.

Aspecto Intelectual

Refere-se ao desenvolvimento da inteligência, ou seja, do conhecimento que a pessoa tem de si mesma e do mundo que a cerca. Diz respeito à capacidade de pensar, de raciocinar, planejar e decidir. Destaca a importância das escolhas que são feitas e da responsabilidade

individual por todos os atos cometidos.Permite a aquisição e a ampliação dos conhecimentos nas dimensões temporal e

espacial:

Dimensão temporal – ser capaz de conhecer o passado e de lidar com o futuro, a partir do momento presente, inclusive, aprender a prever as consequências de seus atos para si mesmo, para as pessoas de seu relacionamento e para o seu próprio meio.

Dimensão espacial – adquirir a noção de que o mundo extrapola a sua própria pessoa e seu núcleo familiar. Essa aprendizagem implica a ampliação do círculo de interações sociais, exigindo que a criança

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

A maturação torna possível determinado padrão de comportamento.

A maturação é, portanto, uma condição basicamente biológica e diz respeito aos processos internos que se manifestam na criança, na medida em que ela vai passando pelas diversas etapas de seu processo de desenvolvimento global.

O desenvolvimento humano, apesar de global, permite apontar quatro aspectos básicos:

físico-motor, intelectual, afetivo-emocional, social.

Page 8: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

8

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

comece a sair de si mesma, passando a abranger outras pessoas e fazendo outros círculos de amizades e de relacionamentos.

Aspecto Afetivo-Emocional

Refere-se à maneira peculiar de cada pessoa de sentir, de vivenciar suas próprias experiências e integrá-las.Diz respeito à expressão e ao controle das emoções nas diversas idades, contribuindo para o desenvolvimento dos sentimentos de amor, ódio, raiva, dedicação, generosidade, medo, prazer.. . Possibilita o desenvolvimento do autoconhecimento emocional, pois, ao reconhecer as suas emoções, a pessoa passa a aceitá-las e a evitar que elas prejudiquem a si mesma e aos outros. Esse aspecto do desenvolvimento está ligado à necessidade de se aprender a lidar, compreender e respeitar o ponto de vista e opiniões de outras pessoas. Outra importante aprendizagem é a descoberta de meios socialmente aceitáveis de manifestar as emoções, principalmente, através de atividades artísticas livres, atividades recreativas, trabalhos em grupo, expressão corporal, dança, teatro, canto, escrever poemas, contos, compor músicas, cuidar de animais e plantas e outras tantas atividades ligadas ao potencial criativo e empreendedor de cada um. Esse aspecto inclui, ainda, as questões ligadas à vida afetiva de um modo geral e, ainda, às que dizem respeito ao desenvolvimento da sexualidade.

Aspecto Social

Refere-se à evolução da sociabilidade que se apoia no modo pelo qual a pessoa se comporta frente às situações que envolvam outras pessoas. Esse aspecto do desenvolvimento é decisivo para que a criança supere a fase

do egocentrismo, quando a criança está preocupada consigo mesma.Com o crescimento das interações sociais, torna-se possível desenvolver o

respeito mútuo, isto é, aceitar os outros e tornar-se aceita, interessar-se por atividades sociais e por participar de atividades grupais e comunitárias.

CONCEPÇÕES A RESPEITO DO HOMEM

INATISMO, AMBIENTALISMO E INTERACIONISMO

As capacidades básicas do ser humano são inatas O ser humano já nasce pronto e com seu destino já determinado. O meio tem apenas a função de proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento das potencialidades e de tudo que já está previamente determinado.

Conclusões: As origens do inatismo são provenientes da Teologia, no

pressuposto de que Deus ao criar o homem o fez em sua forma definitiva.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

concepção inatista

A NATUREZA HUMANA É DADA E IMUTÁVEL; NO MÁXIMO CONSEGUIRÁ SE ATUALIZAR OU AMADURECER FRENTE ÀS PRESSÕES DO MEIO.

PRINCIPAIS CONCEPÇÕES A RESPEITO DO HOMEM

Page 9: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

9

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Assim, o bebê ao nascer já traria em si tudo que poderia vir a ser, pela graça divina.

Como consequência desse enfoque, arraigou-se o ponto de vista de que o homem “já nasce pronto”, restando ao processo de desenvolvimento apenas a tarefa de aprimorar um pouco do que ele é, ou, que está fadado a vir a ser.

Essas influências são enfatizadas nas abordagens de aspectos ligados às aptidões, prontidão, coeficiente de inteligência etc.

São gerados dessa forma preconceitos e posturas rígidas e autoritárias que, por seu viés de arbitrariedade, propiciam o surgimento de atitudes preconceituosas e excludentes extremamente perniciosas no processo de desenvolvimento e de aprendizagem social.

O meio é o único responsável pela constituição da singularidade do ser humano.Valorização da experiência estímulos recebidos do meio os quais são desencadeadores de determinadas reações e respostas no indivíduo.

Através das relações que o homem estabelece de forma espontânea e livre com o meio que ocorre a construção do conhecimento.

O comportamento humano é moldado, manipulado, controlado e determinado pelo meio.

Nessa concepção, o ser humano é extremamente plástico, isto é, reage de forma intensa às ações do meio.

O homem é um ser passivo, que reproduz as características do seu meio, sendo incapaz de se modificar ou de interferir no contexto social e político.

Conclusões:

As origens do ambientalismo são provenientes do empirismo, corrente filosófica que destaca a experiência sensorial com fonte de conhecimento.

Pressupõe que o ser humano desenvolve suas características em função das condições existentes no meio em que se encontra.

Destaca-se nessa concepção o fato de que o papel do ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica, pois, são os estímulos presentes em uma dada situação que levam ao aparecimento de um determinado comportamento.

Assim, as mudanças de comportamento podem ser provocadas pela análise das consequências ou resultados que ele produz no meio.

Consequências positivas são chamadas de reforçamento e provocam a repetição daquele comportamento: se ao tirar boas notas a criança é elogiada pelos pais, ela procurará repetir esse comportamento, pois, estabeleceu uma associação entre o seu comportamento e o de seus pais.

Consequências negativas são chamadas de punição e provocam a diminuição daquele comportamento: se ao jogar bola a criança quebrar uma vidraça e, se com a sua mesada tiver que pagar a compra de um vidro novo, ela passará a ser mais cuidadosa ao jogar bola.

No enfoque ambientalista, a aprendizagem é um processo pelo qual o comportamento é modificado como resultado da experiência. No entanto, é preciso atentar também para o estado fisiológico e psicológico do organismo: crianças com fome tornam-se apáticas, não conseguindo prestar atenção aos estímulos, não conseguem

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

CONCEPÇÃO AMBIENTALISTA

O SER HUMANO É PRODUTO DA AÇÃO MODELADORA DO MEIO AMBIENTE.

Page 10: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

10

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

discriminá-los e nem percebem as associações que eles provocam, o que explica a sua dificuldade em aprender.

Pressupõe a ocorrência de uma ação recíproca entre o organismo e o meio.

A construção do conhecimento se dá de forma contínua, apoiada nas relações estabelecidas entre o homem e o seu meio em uma dada situação

O homem se desenvolve através de um processo de apropriação da experiência histórica e cultural.

O homem transforma e é transformado nas relações produzidas em determinada cultura.

É na relação dialética com o mundo que o homem se constitui e se desenvolve.

Conclusões:

O ser humano não pode ser visto como equivalente ao conjunto de seus atos, nem como mero reflexo de seu ambiente.

Ele é ao mesmo tempo o organizador e a fonte de todos os seus atos.

Cada ser humano tem o seu estilo pessoal, resultante de sua personalidade, o que lhe confere um modo singular de lidar com o mundo e reflete a totalidade do que ele é

o que foi ontem, o que é no momento presente e o espera ser no futuro.

O contato e a convivência com outras pessoas são fundamentais para os seres humanos, pois desde seu primeiro momento de vida, o homem inclui-se em um contexto histórico, no qual um determinado padrão de valores, hábitos, costumes e de outras práticas consideradas essenciais nesse grupo, se faz presente nas relações entre os adultos e a criança. . A vida em grupos pressupõe o confronto entre as pessoas. Esse processo de interação possibilita que sejam percebidas semelhanças e diferenças entre “nós” e “os outros” e assim cada um vai construindo o seu “EU”, desenvolvendo a sua individualidade, a sua identidade social e a consciência de si mesmo.

O interacionismo mostra que a criança é capaz de procurar de forma ativa compreender aquilo que vivencia e explicar aquilo que lhe parece estranho, elaborando hipóteses que para ela é razoável. Em outras palavras: a criança vai construindo os seus conhecimentos por meio de sua interação com o meio.

Os grupos sociais são pequenas organizações de indivíduos que apresentam as seguintes características:

► existência de objetivos comuns► adoção de normas sociais para garantir a organização ► utilização de um sistema de sanções como forma de pressionar seus

membros para os comportamentos de conformidade às normas

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

. 2.1- GRUPOS SOCIAIS

CONCEPÇAO INTERACIONISTA

O SER HUMANO NÃO SÓ É UM PRODUTO DE SEU CONTEXTO SOCIAL, MAS TAMBÉM UM AGENTE ATIVO NA CRIAÇÃO DESTE CONTEXTO

Page 11: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

11

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

► funcionamento calcado na distribuição de tarefas e funções entre seus membros

► apresentação de formas de cooperação e de competição , bem como , de atração grupal que impede os indivíduos de abandonar o grupo .

► exercício da liderança por parte de seus membros

   

Os grupos se formam pelo estabelecimento de interesses comuns e por certo grau de compatibilidade mútua, seja para o lazer, trabalho, estudo ou qualquer outro objetivo.

Os membros do grupo se reúnem tanto por necessidades interpessoais quanto pela preocupação com a tarefa.

O comprometimento dos membros do grupo com os objetivos comuns é fortalecido na medida em que, direcionados pelo líder, participam do estabelecimento desses objetivos.

Visam garantir o cumprimento das tarefas, a consecução dos objetivos propostos e a satisfação de necessidades interpessoais.

Facilitam os comportamentos cooperativos, uma vez que as normas de comportamento são criadas particularmente em relação às questões que são importantes para a tarefa, representando desse modo soluções em comum para os problemas.

A existência de regras facilita a vida em grupo, pois,torna dispensável a tomada de decisões em muitos casos, pois, há uma previsibilidade sobre o comportamento das pessoas.

Algumas normas têm a função de identificar os membros do grupo por seu vestuário e outros aspectos da aparência física e do seu comportamento.

Essa conduta compartilhada indica aos componentes do grupo e às outras pessoas quem são os seus. Membros

Funciona, também, como parte da apresentação pessoal..

Tem a função de pressionar os membros para apresentarem comportamentos de conformidade às normas grupais.As normas e sanções sociais são as formas dos grupos sociais orientarem

e controlarem as atitudes dos indivíduos. As normas ditam aos participantes, o que é permitido e o que é proibido

naquele contexto. As sanções sociais são as formas que os grupos sociais recompensam ou

punem os indivíduos. As recompensas são aplicadas sob a forma de aceitação, aplausos, honrarias, etc. As punições variam de vaias e insultos a prisão da pessoa.

Corresponde ao nível global de atração dos componentes em direção ao grupo. Refere-se ao sentimento de lealdade que impede os indivíduos de abandonar o grupo. O maior ou menor grau de coesão grupal é desenvolvido por essas estruturas afetivas determinadas pela frequência das interações ou comunicações entre os membros. As fontes de coesão podem ser definidas em termos de satisfação de necessidades interpessoais e satisfação de necessidades relacionadas à tarefa.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

Existência de objetivos comuns

ADOÇÃO DE NORMAS SOCIAIS

UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE SANÇÕES SOCIAIS

COESÃO GRUPAL

Page 12: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

12

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Satisfação de necessidades interpessoais - é a atração recíproca existente entre os membros,.os quais se inclinarão para o grupo se forem valorizados, populares e tiverem prestígio dentro dele. Satisfação de necessidades relacionadas à tarefa – a tarefa do grupo pode ser determinante na coesão grupal. Um exemplo é o sucesso compartilhado em tarefas de grupo, especialmente,se isso leva a um aumento de status ou outras recompensas. Outra fonte é o prestígio de pertencer a um determinado grupo, em termos dos benefícios econômicos envolvidos, ou da oferta de oportunidades de trabalho.

.

A cooperação se estabelece quando os membros estão empenhados em atingir os objetivos aceitos pelo grupo. As formas de cooperação mostram-se mais satisfatórias quando os

objetivos do grupo são estreitamente compatíveis com as necessidades individuais.

Grupos cooperativos: Os membros percebem com mais clareza a

interdependência, coordenando seus esforços, mostrando-se mais fortemente motivados, comunicam-se mais facilmente entre si, mostram-se mais produtivos e amáveis uns com os outros. De forma semelhante, a cooperação possibilita

completar a tarefa de maneira mais efetiva e rápida, principalmente quando exige do grupo a coordenação de esforços individuais.

Grupos competitivos , Em geral, as pessoas trabalham de forma

independente. Há uma tendência para inibição das trocas de

informação , a qual é ocultada ou não recebida. Em termos de interação social, as relações são mais hostis e cheias de suspeitas entre os membros.

.

O funcionamento calcado na distribuição de tarefas e funções induz os membros a aceitar os objetivos do grupo. A divisão de trabalhos propicia uma maior coesão, um maior

esforço, mais trabalho e mais sentimento de responsabilidade.

Alguns tipos de comportamento de grupo satisfazem mais e produzem coesão, tais como:

Liderança democrática - Um líder hábil pode ajudar a produzir o entrosamento, propiciando a integração de recém-chegados e de isolados, suavizando e resolvendo conflitos e, de certa forma,contribuindo para maximizar as satisfações interpessoais

Cooperação - A ação cooperativa é a melhor forma de lidar com ameaças, principalmente em se tratando de ameaças externas.

Compatibilidade mútua entre os membros

ıı – EXERCÍCIO DA LIDERANÇA

      A liderança refere-se à influência que certos membros de um grupo exercem sobre os demais. O líder é o membro que mais exerce influência no grupo, na direção de seus objetivos, numa determinada situação, portanto, liderança e

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

APRESENTAÇÃO DE FORMAS DE COOPERAÇÃO E DE COMPETIÇÃO

DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS E FUNÇÕES

ESTRUTURA HIERÁRQUICA DE LIDERANÇA, PODER E INFLUÊNCIA SOCIAL

Page 13: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

13

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

realização de grupo estão intimamente vinculadas. Assim podemos entender a liderança como um mecanismo de sustentação de um grupo, em função da capacidade que o líder deve demonstrar de chefiar, comandar ou orientar os demais membros do grupo.

Existem dois tipos de liderança:

Institucional : deriva da autoridade e sua promulgação. Desta forma, um líder institucional pode não ter nenhuma habilidade ou característica de líder, mas ele está ali designado para exercer esse poder de influência.

Pessoal : originada pelas habilidades próprias do líder. Pode ser de duas formas: emergencial e situacional.

LIDERANÇA EMERGENCIAL : O LÍDER SURGE DE DENTRO DO PRÓPRIO GRUPO.

LIDERANÇA SITUACIONAL: O MEMBRO É ESCOLHIDO PARA UM DETERMINADO TIPO DE TAREFA E NÃO NECESSARIAMENTE PARA OUTRAS EXISTENTES NO GRUPO,.

  O exercício da liderança se apoia em três pontos:      a figura do líder      os membros liderados      a situação em que a liderança é exercida

      Esse tipo de liderança situacional se caracteriza pelos seguintes pressupostos:

    a situação cria o líder.   ninguém é líder, apenas atua como líder.

as qualidades, as características e as habilidades exigidas de um líder são determinadas pela situação em que ele deve agir. 

Entende-se por estilo a maneira pela qual o líder exerce o seu poder de influência sobre os demais membros.

►Centralizador, aspira ao poder total, completo, absoluto, sobre os demais  membros.

►Não delega funções, abraça tudo, não distribui   responsabilidades.

►Estabelece sozinho as normas de seu grupo, determina sua atividade e até quem deve trabalhar com quem.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

ESTILOS DE LIDERANÇA

TIPOS DE LIDERANÇA

A LÍDER   AUTOCRÁTICO -     EU SOU O PODER  

Page 14: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

14

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

►Cobra obediência, pois, está certo de que ela lhe é devida por estar investido de autoridade.

►Considera que o acatamento às suas determinações independe do acerto, da justiça, da viabilidade ou não das mesmas.

► Cooperativo, não só assume como distribui responsabilidades.

►O grupo discute, delibera e executa como um todo.

►Dirige o grupo com o apoio e colaboração espontânea e consciente dos componentes, interpretando e sintetizando o pensamento e os anseios do grupo.  

► Delega sua função.

► Não assume responsabilidades, deixando que o grupo tome as próprias decisões.

►Dá ao grupo completa liberdade de ação, não atuando realmente como líder.

►Acredita ser essa a melhor maneira do grupo se autoafirmar e desenvolver a criatividade e a espontaneidade.  

     

O líder mais eficaz é o que melhor satisfaz as necessidades dos membros do grupo. A eficácia de um líder é avaliada pela consecução dos objetivos do grupo e pelo grau de influência que exerce sobre os demais membros para que as metas sejam atingidas. 

 

  QUALIDADES DE UM LÍDER EFICAZ

    ►   Habilidade de Comunicação

Fazer uso da  comunicação como um meio de enviar mensagens e de estimular os liderados à ação, superando as barreiras à comunicação. 

    ►Sensibilidade Situacional

Possuir a habilidade de perceber uma situação, entender seus liderados e, se necessário mudar ou reformular determinada situação. 

    ►Flexibilidade de Estilo

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

  O LÍDER EFICAZ 

B  LÍDER   DEMOCRÁTICO - O GRUPO É O PODER  

 C LÍDER PERMISSIVO – O PODER SÃO OS OUTROS    

Page 15: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

15

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Demonstrar capacidade de mudar o estilo de liderança de acordo com as circunstâncias.

2.2 - RELAÇÃO INDIVÍDUO-GRUPO

2.2.1- CONCEPÇÕES A RESPEITO DAS APRENDIZAGENS SOCIAIS

TEORIA HUMANISTA Seus principais formuladores são Carl Rogers e Abraham Maslow

Enfatiza o potencial de crescimento das pessoas saudáveis, no sentido da autorrealização e da autodeterminação

A infância é vista como um período de grande importância para o desenvolvimento da personalidade

Maslow : os indivíduos são motivados por uma hierarquia de necessidades

Rogers as pessoas são basicamente boas e dotadas de tendência para a autorrealização.

o homem tem a sua natureza , é digno de confiança, pois, sempre se dirige para o seu autodesenvolvimento

o elemento central de sua teoria é o conceito de Self eu, autoconceito

Self eu, autoconceito

Refere-se às nossas percepções, sentimentos, atitudes e valores

Representa o que a pessoa pensa de si mesma

Autoconceito positivo : tendência a agir e a perceber o mundo de maneira positiva

Autoconceito negativo : a pessoa se sente insatisfeito, infeliz e incapaz

Condições importantes do crescimento e em qualquer tipo de relação:

AUTENTICIDADE ser verdadeiro, franco com seus próprios sentimentos

ACEITAÇÃO consideração positiva incondicionalaceitar o outro como ele é

EMPATIA é a capacidade de sentir-se na condição do outro

TEORIA SOCIOCOGNITIVA

Foi proposta por ALBERT BANDURA

Deriva-se dos princípios psicológicos da aprendizagem, cognição e comportamento social, destacando a importância dos seguintes aspectos: O modo de interação entre o indivíduo e o ambiente A forma pela qual cada pessoa interpreta e reage aos eventos externos

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

PROPOSIÇÃO BÁSICA

“EXCETO NO QUE SE REFERE AOS REFLEXOS ELEMENTARES, AS PESSOAS NÃO SÃO EQUIPADAS COM REPERTÓRIOS INATOS DE COMPORTAMENTO. ELAS PRECISAM APRENDÊ-LOS. OS NOVOS PADRÕES DE RESPOSTA PODEM SER ADQUIRIDOS ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA DIRETA OU PELA OBSERVAÇÃO”

Page 16: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

16

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Como nossos esquemas, lembranças e experiências influenciam nossos padrões de comportamento

As crianças aprendem comportamentos sociais observando e imitando modelos são os chamados modelos significativos (pais, professores, artistas...)

Essas aprendizagens mudarão com a idade, sendo afetadas pelo seu nível de desenvolvimento cognitivo geral.

Há uma interação entre o ambiente, o comportamento e os fatores pessoais internos, interação essa que molda a nossa personalidade

2.2.2 -Desenvolvimento de autoconceito positivo ou negativo

– Ocorre através de comportamentos, opiniões e qualquer outra informação emitida por pessoas que se constituem em modelos significativos para o indivíduo.

SOCIALIZAÇÃO

Possibilita a aquisição dos padrões de comportamentos habituais e aceitáveis nos diversos grupos sociais. Assim o indivíduo aprende primeiramente as características típicas dor seres humanos e, posteriormente, a ser um membro de uma família, de uma comunidade. Esse processo ocorre desde a infância e ao longo de toda a sua vida.

Forma o conjunto de suas crenças, valores e significações, isto é, o indivíduo aprende os códigos, as normas e as regras básicas de relacionamento já existentes em um determinado conjunto social·

Ao nascer, a criança já se acha inserida em um determinado grupo social e com isso tem início o seu processo de socialização.

O grupo familiar ou os substitutos dele são construídos de acordo com as influencias sociais, políticas, econômicas e religiosas do local em que a família vive e são determinantes de sua condição socioeconômica, regras, hábitos e padrões comportamentais.

É através do convívio familiar que acriança, aos poucos e pela repetição, assimila e internaliza os hábitos, as crenças e a cultura do seu grupo familiar.

Essas primeiras relações sociais que inicialmente ocorrem na família preparam a criança para mais tarde participar de relações sociais mais amplas. Assim, é através do convívio com outros grupos sociais dá continuidade a esse processo de assimilação de crenças e padrões comportamentais. Essa interação com o mundo externo possibilita que a criança vá construindo a sua subjetividade, ou seja, seu mundo externo.

Á medida em que a criança vai se apropriando da realidade objetiva, esta vai construindo a sua formação psíquica, responsável pela sua ação no mundo e por dota-la de condições para contribuir na construção desse cenário social que também está em permanente construção.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

O processo de condicionamento da autoimagem e do autoconceito e mais os resultados obtidos na vida podem levar o indivíduo a decepções, a bloqueios no reconhecimento de suas qualidades e de seus potencias, a criar crenças limitantes e a perpetuar o estado em que se encontra.

Page 17: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

17

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

É partir das relações que desde cedo estabelecemos com as pessoas e com o mundo que se formam o nosso autoconceito e a nossa auto-imagem.

A autoimagem se forma através de um processo cumulativo de interações, que integra experiências, comportamentos, hábitos, habilidades, valores, costumes e competência.

A vida familiar é fundamental para a construção da autoimagem, pois, as aprendizagens emocionais nela vivenciadas alicerçam as formas de enfrentamento dos nossos próprios sentimentos e, também, das reações dos outros a esses sentimentos por nós manifestados.

Aprendemos a identificar os sentimentos; a refletir sobre os mesmos; a definir quais as opções e estratégias que nós e os outros dispomos ao reagir aos sentimentos; a observar o impacto deles nas outras pessoas; a perceber como nós e os outros interpretamos e expressamos nossos afetos e emoções.

As interações pessoais são essencialmente afetivas e, através delas, desde criança se torna possível desenvolver positiva ou negativamente os sentimentos, resultando disso a construção da autoimagem.

A postura, atitude e comportamentos de pais, demais familiares, amigos, professores, em suma, de todos que estabelecem relações diretas com a criança, constituem-se em modelos para sua aprendizagem social e afetivo-emocional.

Se esses modelos emitem opiniões negativas, zombeteiras, irônicas sobre a criança e suas capacidades, propiciam que ela desenvolva uma imagem desvalorizada em relação a si mesma.

A pessoa portadora de baixa autoestima pode exibir revolta, dificuldade em enfrentar suas próprias limitações e insucessos., bem como em se relacionar com as demais pessoas.

Se esses modelos emitem opiniões positivas, encorajando a criança diante de situações desafiadoras, valorizando seus esforços e sucesso em seus empreendimentos, estão lhe ensinando também que o seu desempenho pode variar de acordo com as atividades, isto é, que pode se sair bem em umas e, em outras pode ter problemas.

Dessa forma, torna-se possível desenvolver a sua autoconfiança, a crença em suas capacidades, ressaltando assim a importância de ousar, de enfrentar e de superar seus medos e receios.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

Ao nascer, a criança, como ainda não tem consciência de si como ser humano, não possui autoconceito e sim uma capacidade para o seu desenvolvimento.

À medida que o bebê se desenvolve, estrutura sua experiência de acordo com sua própria possibilidade e percepção de vida, sendo que o autoconceito emerge a partir das aprendizagens que o indivíduo realiza.

É exatamente por viver num meio social que a criança passa a se descobrir como tendo existência própria, separada dos outros, mas ainda precisa descobrir que tipo de ser humano ela é.

Este tipo de descoberta ela fará nas experiências de interação com seu meio ambiente, notadamente com as pessoas significativas. Os adultos que a cercam desde cedo começam a dizer coisas sobre ela, sobre quem ela é, a distribuir-lhe rótulos.

Como a criança pequena não tem meios para perceber a precisão ou não destes rótulos, e como dependem dos adultos que os distribuem, ela acaba aceitando-os sem questioná-los.

(Alencar, E. M. L. S., & Virgolim, A. M R. (1993). O professor e seu papel na formação do

Page 18: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

18

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Comunicar significa tornar comum, estabelecer comunhão, participar da comunidade, através do intercâmbio de informações.

Na comunicação está presente o compartilhar de ideias, sentimentos, pensamentos, desejos, mas inclui, sobretudo a questão da convivência, a noção de comunidade, a busca pelo consenso e pela concórdia, , enfim, o entendimento entre os homens.

A comunicação humana tem a finalidade de influenciar outras pessoas e o meio em que vive.

No entanto, ele mesmo é afetado por esse processo, tornando-se um agente influente, isto é, alguém que participa ativamente na condução de fatos, que tem objetivos específicos ao trocar informações com alguém, tendo consciência dos resultados que deseja conseguir.

LINGUAGEM FALADA: O Homem é o animal que fala, portanto, a linguagem é a principal forma de comunicação humana

A linguagem falada se constitui na verdadeira diferença entre o homem e os outros animais , uma vez que :

Permite ligar o presente ao passado e antecipar o futuro. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza suas

experiências, trabalha no nível de abstração, prevê, julga, planeja e idealiza. A comunicação humana não se restringe aos aspectos verbais, mas, envolve

outros tantos fenômenos não verbais que fazem parte da situação de comunicação e concorrem para que a mesma seja efetivada ou não.

A comunicação é um processo que exige entre os comunicadores empatia, sensibilidade e a adoção de códigos comuns, em especial, os linguísticos.

Podemos apontar três tipos de comunicação humana: interpessoal; intrapessoal; e de massa ou em grande escala.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

2.2.3- COMUNICAÇÃO

Não há sociedade sem linguagem, tal como não há sociedade sem comunicação. ( Kristeva)

Dar a palavra a alguém é dar poder a essa pessoa.

HOMEM SER PENSANTE ANIMAL QUE FALA A LINGUAGEM É O INSTRUMENTO DA COMUNICAÇÃO HUMANA. O HOMEM DEPENDE DA LINGUAGEM PARA COMUNICAR-SE COM OS

OUTROS E TAMBÉM PARA ENTENDER A SI MESMO.

TIPOS DE COMUNICAÇÃO HUMANA

Page 19: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

19

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

Nível de comunicação em que os papéis de emissor (fonte) e de receptor (destino) são exercidos de modo recíproco por duas ou mais pessoas. Na comunicação interpessoal, uma das chaves é ser capaz de ouvir e escutar (dar atenção e compreender) o que a outra parte está dizendo.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL BEM SUCEDIDA

Aprender a estabelecer níveis de comunicação adequados é indispensável para entender e se fazer entendido. As diferenças entre quem envia a mensagem e quem a recebe envolvem fatores individuais,sociais e culturais.

Para tal, torna-se necessário desenvolver algumas habilidades interpessoais, tais como:   conhecer e administrar as proóprias limitações;   conhecer o interlecutor e identificar as necessidades dele;   saber ouvir e comunicar idéias; criar um clima de cooperação e entendimento, de modo a gerar confiança

recíproca;   Os interlocutores precisam se preocupar em superar as barreiras á

comunicação.

Aprender a expressar seu pensamento e suas idéias com clareza, correção e de forma articulada, bem como saber ouvir com atenção e respeito os interlocutores, são fatores decisivos para a comunicação interpessoal bem sucedida.

- COMUNICAÇÃO INTRAPESSOAL :

Pode ser entendida como um diálogo interior, a comunicação que uma pessoa mantém consigo mesma.

Ocorre sempre que a pessoa entra em reflexão, debatendo suas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas.

É um tipo de comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode ou não existir um meio por onde a mensagem é transmitida.

Um exemplo do primeiro tipo é a criação de diários.

-COMUNICAÇÃO EM PEQUENA ESCALA E EM GRANDE ESCALA OU DE MASSA

O emprego da tecnologia auxilia e potencializa o processo de produção, envio e recepção das mensagens.

A tecnologia passou a fazer parte da comunicação humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas pela humanidade ao longo do seu desenvolvimento.

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Page 20: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

20

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO

Em geral, são atribuídas aos outros, pois, achamos que eles não nos entendem ou entendem errado.

A boa comunicação está entre as competências primordiais para um profissional que almeja o sucesso na carreira que escolheu, seja ela qual for.

ATRIBUTOS DO BOM COMUNICADOR

SABER PERGUNTAR SABER OUVIR PERCEBER-SE SABER FILTRAR AS CIRCUNSTÃNCIAS E OUTROS ASPECTOS

ENVOLVIDOS

A importância da linguagem Na vida pessoal e profissional

É preciso aprender a utilizar a comunicação intra e interpessoal, isto é, a essência das dificuldades reside no fato de as pessoas não saberem se comunicar consigo próprias ou com os outros.

A função da linguagem não se resume em transmitir informações, sendo de similar importância a forma pela qual a informação é repassada.

"De nada adianta ser dono da informação se não sabemos como comunicar, como repassar esta informação".

COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA EFICIENTE

Para o profissional que busca destaque e reconhecimento em um mercado cada dia mais voraz e competitivo, a boa comunicação deixa de ser pré-requisito para tornar-se essencial.

CONSTRUÇÃO DE UMA BOA IMAGEM PESSOAL E PROFISSIONAL

A comunicação é fator estratégico na carreira profissional. O medo de falar em público causa prejuízos ao desempenho de vários

profissionais competentes. Perder esse medo é condição fundamental para o reconhecimento.

Atualmente, as promoções e reconhecimento profissional são consequências de como e quanto é possível mostrar conhecimentos, capacidade e habilidades.

Obtém destaque o profissional que se expressa bem e mostra desenvoltura e comunicabilidade ao fazer uma apresentação sobre qualquer tema colocado sob sua responsabilidade.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

os meios de comunicação e os processos psicológicos

A COMUNICAÇÃO É O GRANDE DIFERENCIAL ENTRE O ÊXITO E O INSUCESSO PESSOAL, FAMILIAR E PROFISSIONAL.

QUEM QUER SE COMUNICAR QUER SER OUVIDO

Page 21: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

21

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

credibilidade

Algumas pessoas contam com mais credibilidade que outras. A tendência é atribuir mais créditos a essas pessoas e descontar as informações

recebidas de outras. a autoridade e o status têm um peso muito grande . sucesso profissional

Para se comunicar com clareza e excelência, a primeira regra é organizar o raciocínio antes de falar ou escrever. No mundo corporativo, a boa comunicação está intimamente ligada à

quantidade e qualidade do tempo que o profissional despendeu para captar uma informação.

Renato Tagiuri sugere a distinção entre dois tipos de comunicação: eficiente e boa.

Comunicação eficiente ocorre quando o emissor obtém os resultados que espera em relação ao receptor.

Na comunicação eficiente, o objetivo do emissor é influenciar o receptor, de modo que sejam alcançados os fins desejados. ( PODER DE INFLUÊNCIA)

Comunicação boa ocorre quando a compreensão do receptor concorda com o significado pretendido pelo emissor. ( PODER DE DISCERNIMENTO)

Na boa comunicação, a compreensão é o alvo a ser alcançado. A boa comunicação é necessária, porém, é insuficiente para

a eficácia. A comunicação eficaz depende em parte de boa

comunicação. É comum buscar atingir a comunicação eficaz, sem

preocupação com a boa comunicação, isto é, com os fatores que interferem na boa comunicação e causam desentendimento. A informação é que permite o conhecimento a respeito de algo e envolve um processo de redução de incerteza.

A informação é que permite o conhecimento a respeito de algo e envolve um processo de redução de incerteza.

A comunicação é essencialmente uma transmissão de informação, portanto, está centrada na mensagem, a qual ao ser transmitida, passa a ser compartilhada. É necessário, então, que o destinatário da informação a receba e a compreenda.

No processo de comunicação, pode ocorrer a interferência de alguns fatores que prejudicam tanto o envio como a recepção das mensagens. Esses ruídos ou barreiras podem estar presentes tanto no emissor quanto no receptor. Exemplos: egocentrismo, timidez, dificuldades de expressão, - ausência ou falhas de códigos comuns.

A mensagem representa o objeto e a finalidade da comunicação humana. Ela possui significado e propriedades perceptivas comuns ao emissor e ao receptor.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

BARREIRAS OU RUIDOS NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Page 22: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

22

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

A utilização de meios adequados para a transmissão das mensagens e a existência de um código linguístico comum aos interlocutores nem sempre se revelam suficientes para que a comunicação seja bem sucedida: a recepção correta da mensagem dependerá dos valores, do momento e dos hábitos culturais do receptor.

O processo de comunicação é social, portanto, os problemas de comunicação advêm da compreensão e das deduções, enfim, da interpretação que o receptor faz a respeito significado da mensagem.

Além de compartilhar ideias, sentimentos, pensamentos, desejos, o processo de comunicação implica compartilhar formas de comportamento, modos de vida, determinados por regras de caráter social.

Nesse sentido, na comunicação está pressuposto o entendimento de vida em comum, no qual é imperioso o consenso espontâneo, um acordo tácito, o entendimento, a compreensão entre as pessoas envolvidas.

a) Barreiras físicas: distância espacial, escuridão (comunicação visual).

b) Barreiras fisiológicas: cegueira, surdez c) Barreiras culturais: padrões culturais, graus de escolaridades diferenciados. As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das gírias, regionalismos, dificuldades de verbalização, dificuldades ao escrever, gagueira, entre outros.

d) Barreiras sociais: tradição, normas institucionais, status diferentes (relacionamento entre chefes e subalternos, entre um aluno e um diretor, por exemplo).

e) Barreiras psicológicas: atitudes negativistas ou de oposição podem bloquear a recepção. Provêm das diferenças individuais, de posturas negativistas, de agressividade e de oposição, tais como:

seletividade : o emissor só ouve o que é do seu interesse ou o que coincida com a sua opinião;

egocentrismo : o emissor ou o receptor não aceita o ponto de vista do outro ou corta a palavra do outro, demonstrando resistência para ouvir;

timidez : a inibição de uma pessoa em relação à outra pode causar gagueira ou falar em voz baixa, praticamente inaudível;

preconceito : a percepção indevida das diferenças socioculturais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras;

descaso : indiferença às necessidades do outro.

f) Barreiras tecnológicas: resultam de defeitos ou interferências dos canais de comunicação. São de natureza material, ou seja, decorrem problemas técnicos, como o do telefone com ruído, panes imprevistas etc.

1. Usar linguagem apropriada e direta

A maneira de falar, as palavras utilizadas variam de acordo com a posição que a pessoa ocupa, com seu contexto sociocultural, experiências e aprendizagens passadas e, ainda, com seu estado emocional num determinado momento ou circunstância.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

–Tipos de BARREIRAS   À COMUNICAÇÃO

COMo minimizar as barreiras à comunicação

Page 23: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

23

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

As mesmas palavras podem ter conteúdos e significados diferentes, quando se referem ao próprio profissional em sua relação com pessoas leigas, em especial, seus clientes.

2. FORNECER INFORMAÇÕES CLARAS E COMPLETAS

A boa comunicação exige conhecer as pessoas, despertar e desenvolver a confiança recíproca e buscar estratégias que reduzam o número de mensagens ameaçadoras.

A forma de transmissão de uma mensagem pode ser muito mais ameaçadora de que seu próprio conteúdo, o que desencadeia reações de defesa que podem bloquear a compreensão da essência da mensagem.

Tanto a codificação quanto a decodificação de mensagens sofrem influências dos valores do emissor e do receptor.

Dar e receber feedback possibilita checar esse aspecto, pois, através dele se assegura que a comunicação está se dando nos dois sentidos, sendo por issso mais precisa e produz confiança nos receptores.

O simples fato de a pessoa poder falar o que pensa e o que sente, ser ouvido e entendido, produz essa confiança tanto no emissor quanto no receptor.

O emissor tem a garantia de que no caso do receptor não entender a mensagem, ele verbalizará isso de forma clara, objetiva e direta.

O receptor, se não tiver condições de entender a mensagem, terá a tranquilidade e a liberdade para emitir o seu parecer.

Uma forma de amenizar a defesa por parte do receptor é solicitar informações ao invés de avaliar.

3 - Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos do receptor (visão, audição etc.)

As pessoas aprendem e progridem em resposta a um feedback preciso, porém crítico.

Os indivíduos que são capazes de fazer isso com frequência apresentam as seguintes características:

Reconhecem as suas próprias tendências defensivas. Reconhecem que seus erros não significam que sejam total e

definitivamente incompetentes e sem valor. Têm amor-próprio suficiente para tolerar os seus próprios erros. São capazes de admitir os seus erros.

4 - Comunicação face a face -

O feedback pode ser verbal ou não verbal. A ausência de palavras não significa ausência de feedback. Um simples olhar pode ser um feedback, um gesto pode ser um feedback.

5- Escuta ativa .

Os oradores devem falem para nós, mas, não por nós. Participar ativamente da comunicação implica que, em caso de dúvida, não se deve pressupor o que a outra parte quer dizer. É preciso checar que o que está sendo dito é o que foi entendido.Em um trabalho de equipe, saber ouvir é mais importante do que falar.

6-Empatia .  

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

Page 24: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

24

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

"A comunicação real se dá quando nós ouvimos a outrem com compreensão...”. (Carl Rogers)

Para que isso aconteça, é preciso saber colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço de entendê-la.

Isso significa que é importante saber ouvir o interlocutor de um modo que nos faz "ver a ideia e a atitude expressa do ponto de vista da outra pessoa, sentir como ela se sente a respeito do que está sendo exposto, alcançar o seu plano de referência em relação ao assunto por ela falado".

Para isso, eu preciso me conhecer para poder tentar compreender o outro. Esse conhecimento implica a compreensão da pessoa com seus pensamentos, sentimentos e emoções...

 

    

o A busca pela própria identidade.está relacionada ao conhecimento que a pessoa busca sobre si mesma.

o Através do processo de interação social é que se torna possível obter as respostas , que levam cada pessoa a se descobrir e a ter consciência de si mesma. ( autoconhecimento)

o Representa a identificação da própria maneira de ser em relação :

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

CONCLUSÃO:

De nada vale entender sem compreender. Nem sempre é fácil unir entendimento e compreensão.

Muitas vezes, há o entendimento, mas não há compreensão.

Entender um fato pode ser fácil.. Difícil é compreender o porquê de ele existir, surgir ou acontecer,

Compreender exige humildade para aceitar aquilo que se procurou entender, pois, nem sempre tudo é do jeito que a gente quer..Há razões que desconhecemos, mas se existem é por que temos que aprender a aceitá-las e a transformá-las.

Não existem mudanças, se não tivermos disposição para criá-las.

METAMORFOSE AMBULANTE ( RAUL SEIXAS)

“ SOBRE O QUE É O AMOR SOBRE O QUE EU NEM SEI QUEM SOUSE HOJE SOU ESTRELA, AMANHÃ JÁ SE APAGOUSE HOJE EU TE ODEIO, AMANHÃ TE TENHO AMORLHE TENHO AMORLHETENHO HORROR LHE FAÇO AMOREU SOU UM ATOR

2.2 .4– IDENTIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

IDENTIDADE  - QUEM SOU EU?

Page 25: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

25

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

a si mesmo a outras pessoas ao mundo em que   cada um vive.

IDENTIDADE

Tudo que identifica uma pessoa ou um grupo Conjunto de traços, de imagens, de sentimentos que a pessoa reconhece como fazendo parte dele próprio. Cada ser humano é único e ao se defrontar com o outro essas diferenças se

destacam e ajudam-no a  construir e a reconhecer a sua própria identidade, o que inclui reconhecer igualdades e diferenças.

O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SE DÁ EM TRÊS NÍVEIS:  

  Construção da autoimagem, que sintetiza a percepção que cada um tem de si mesmo aliada à forma como a pessoa julga que os outros a percebem.

Construção do autoconceito, que corresponde ao  que cada um pensa que é.como cada um se define e se identifica. Esse saber sobre si mesmo  (autoconceito) relaciona-se à representação que a pessoa tem de si própria ( auto-imagem).

 Construção da autoestima , que está relacionada à autoconfiança, à plena consciência das próprias capacidades e limitações, ao

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

 Na construção de nossa identidade, sempre nos olhamos internamente, e, ao mesmo tempo olhamos o que está fora de nós e nos projetamos naquilo que olhamos.  O reconhecimento do eu se dá quando aprendemos a nos diferenciar do outro.

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

  A- NÍVEL PERCEPTIVO

B-   NÍVEL CONCEITUAL  

C -NÍVEL EMOCIONAL  

   A identidade pessoal abrange as questões referentes ao gênero e à sexualidade, que surgem e são afetadas e transformadas de acordo com os valores sociais que vigoram num dado momento histórico.

Page 26: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

26

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

discernimento dos limites que devem ser respeitados e dos que são passíveis de transformação. 

A identidade define e identifica quem é a pessoa. Define suas características físicas, sua personalidade, sua história, suas perspectivas, seus sonhos e outros atributos.

A formação da identidade se caracteriza por: Ocorrer dentro do processo de socialização; Ser dependente dos valores que a pessoa assimilou do

seu grupo social É possível de essa forma falar de uma identidade psicossocial, um

processo que pressupõe uma constante mudança, com base nas atividades que o indivíduo desenvolve.               Desempenhamos diferentes papéis, que algumas vezes são conflitantes, antagônicos. Dessa forma, na formação da identidade é preciso articular as nossas aparentes contradições, pois, a identidade se constitui em um ponto de referência para pensar o conceito de si mesmo e a imagem de si.       Tanto o processo de aprendizagem quanto a construção da identidade têm início no momento do nascimento, quando o bebê recebe o primeiro toque de mãos que transmitem ou não afeto.        O desenvolvimento da autoestima baseia-se na percepção dos sentimentos que a pessoa se sente capaz de despertar, em especial, o amor ou a falta dele; na forma pela qual é olhada valorizada e reconhecida em seus méritos pelos outros (pais, educadores, amigos, etc.). Assim, a identidade passa por diferentes etapas e transformações, influenciada por fatores internos e externos.        A dependência da opinião alheia, da aceitação do outro  expõe a vulnerabilidade da autoimagem, do autoconceito e da autoestima. Da mesma forma, elas se assentam em bases irreais e ilusórias quando a opinião alheia não é levada em conta.       Pode-se concluir que tanto a construção da identidade bem como  a sua manutenção se constituem em um processo cuja complexidade reside na sua dualidade: ao mesmo tempo em que ela permanece, ela também sofre rupturas e modificações, fruto das nossas mudanças internas e de suas consequências na nossa forma de perceber e de ser percebido pelos outros.

Uma das facetas dessa identidade psicossocial é a chamada identidade profissional ou ocupacional, cujo desenvolvimento se dá nas atividades que a pessoa exerce, no trabalho que executa para uma organização ou para a sociedade. Na apresentação pessoal isso sempre está incluído: “ Eu sou profissional de direito...” ou “ Eu sou Fulano, sócio do escritório de advocacia FGH Associados...”

Uma das consequências da globalização da economia iniciada na década de 1990 foi a necessidade de muitas empresas fazerem demissão em massa, o que levou muitas pessoas a trabalhar como temporárias ou como autônomas, a mudar de ocupação etc.

Outra alteração sentida está nas relações trabalhistas, o que incentivou não só a informalidade, como a oferta de empregos “por projetos”,consequentemente por prazo determinado.

Assim, depois de um longo tempo, em que para muitos, a identidade profissional muitas vezes se sobrepunha à identidade civil – o nome da empresa havia virado sobrenome e o funcionário se confundia com a sua empresa- essa nova realidade trouxe perplexidade e um doloroso processo de readaptação, envolvendo o enfrentamento da perda de estabilidade, da rotatividade dos contratos de trabalho temporário e, principalmente, a necessidade de assimilar Que não basta fazer um bom trabalho, pois, ficou claro que ninguém é insubstituível.       Essa também parece ser a grande pergunta que sustenta a existência daqueles profissionais que lidam em seu dia-a-dia com outras pessoas e, através

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

- IDENTIDADE PSICOSSOCIAL

Page 27: UNISUAM-- Psicologia Social- Apontamentos -Parte 1- 2011.2

27

UNISUAM PSICOLOGIA SOCIAL 2011.2

de seu conhecimento técnico, procuram ajudar o outro a ser, tanto a ser ele mesmo, como a ser em sua relação com outras pessoas.      Nesse tipo de atividade profissional, são comuns as situações em que alguém parece lhe perguntar insistentemente  se pode ser ajudado a saber quem realmente é. Essa pergunta é feita através de olhares de perplexidade, de sofrimento, de revolta ou rebeldia, ou simplesmente, de frieza ou de cansaço. 

 Identidade de gênero é um conceito que está relacionado ao

conhecimento que permite uma criança ou qualquer  pessoa declarar o sexo a que pertence, se masculino ou feminino.

      Nas sociedades, em geral, o gênero permite compreender como ocorre a diferenciação entre homens e mulheres. Esse conceito diz respeito à construção de uma identidade sexual a partir do sexo biológico. Essa identidade é construída social e culturalmente, como se pode observar através dos ensinamentos em que se estabelecem diferenciações de comportamentos masculinos e femininos sobre modo de andar, falar, sentar, mostrar o corpo, namorar, cuidar do outro, amar, trabalhar, dirigir carro etc. O processo de definição do masculino e feminino em uma determinada sociedade tem lugar tanto nas questões domésticas ,quanto nos espaços públicos, onde se fazem presentes também as questões relacionadas à cidadania. Portanto, esse saber sobre a diferença sexual fundamenta as relações sociais de seus membros, pelo fato de terem nascido homens ou mulheres.

Professora : Lenice Ferreira de M. da Silveira

A identidade ocupacional está relacionada, portanto, com os papéis sociais, o cargo e a hierarquia.

O SABER SOBRE A DIFERENÇA SEXUAL FUNDAMENTA AS RELAÇÕES SOCIAIS DE SEUS MEMBROS, PELO FATO DE TEREM NASCIDO HOMENS OU MULHERES.

ESSAS DESIGUALDADES SE MANIFESTAM:

na orientação sexual; nas relações de dominação, prestígio e poder; nos atos de discriminação, violência e preconceito; na  divisão sexual do trabalho, uma vez que os gêneros masculino e

feminino estão associados á divisão entre o mundo da produção (masculino) e o da reprodução social (feminino).

– IDENTIDADE DE GÊNERO