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UNIVERCIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DE PESSOAS NAS PEQUENAS EMPRESAS Maria Rodrigues Gomes Orientador: Prof. Marcelo Saldanha Niterói Fevereiro/2010

UNIVERCIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS … Recursos Humanos. Niterói Fevereiro/2010 3 AGRADECIMENTOS Ao meu filho e ao meu marido pelo apoio e dedicação. Obrigada! 4 DEDICATÓRIA Dedico

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UNIVERCIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DE PESSOAS NAS PEQUENAS EMPRESAS

Maria Rodrigues Gomes

Orientador: Prof. Marcelo Saldanha

Niterói Fevereiro/2010

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UNIVERCIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DE PESSOAS NAS PEQUENAS EMPRESAS

Maria Rodrigues Gomes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Cândido Mendes – Instituto a vez do mestre como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Gestão de Recursos Humanos.

Niterói Fevereiro/2010

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AGRADECIMENTOS

Ao meu filho e ao meu marido pelo

apoio e dedicação.

Obrigada!

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus

grandes amores: meu filho Victor e

meu marido Walace.

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RESUMO

As pequenas empresas representam um segmento de 86% dos 5,6 milhões de

estabelecimentos registrados na economia brasileira. Geram a maior parte dos

empregos, e muitas vezes em função da espontaneidade de seu segmento,

têm uma grande carência de melhor formação organizacional. Muito se tem

feito pela gestão de pessoas nas empresas de grande porte, entretanto,

quando se trata de pequenas empresas, as prioridades são quase

imperceptíveis. Este trabalho monográfico pretende pesquisar sobre a gestão

de pessoas, destacando a necessidade da implantação de uma estrutura de

Recursos Humanos numa empresa de pequeno porte, além do propósito do

estudo de caso da Associação Médica Fluminense, uma pequena empresa,

situada em Niterói.

Palavras-chave: gestão de pessoas, pequenas empresas, recursos humanos.

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METODOLOGIA

Considerando-se o critério de classificação de pesquisa proposto por

VERGARA, (1990), que a apresenta quanto aos fins e quanto aos meios, a

pesquisa será, quanto aos fins, descritiva visto que apresentará as

características de um determinado tipo de instituição e Explicativa porque

buscará apresentar os fatores que contribuem para a ocorrência da

investigação, suas razões e seus impactos nos resultados de uma empresa de

pequeno porte. Quanto aos meios, a pesquisa será Bibliográfica, utilizando-se

de material, como livros, revistas e redes eletrônicas.

A pesquisa pretende, ainda, realizar um estudo de caso, analisando o

funcionamento na Instituição Associação Médica Fluminense, situada na

cidade de Niteroi, Estado do Rio de Janeiro.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

Capítulo I – Gestão de Pessoas 10

Capítulo II – Empresas de Pequeno Porte 20

Capítulo III – Implantação de um RH nas pequenas empresas

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Estudo de Caso 30

Conclusão 38

Bibliografia 40

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INTRODUÇÃO

Estudar a administração é perceber um vasto universo de informações e

o seu reflexo sobre o desempenho das organizações. A administração é a ação

coordenada de pessoas, orientadas no sentido de se atingir objetivos. É com

esse pensamento, que se pretende, por meio deste estudo, identificar os

principais mecanismos que possibilitam a eficiência, gerando o

desenvolvimento organizacional e pessoal.

Este trabalho monográfico pretende pesquisar sobre a gestão de

pessoas, destacando a necessidade da implantação de uma estrutura de

Recursos Humanos numa instituição de pequeno porte.

Nesta linha de pensamento e como assunto central, se questiona a não

viabilidade de se ter eficiência e eficácia na gestão de pessoas das pequenas

empresas, sem a estrutura da área de recursos humanos.

O presente estudo justifica-se pela necessidade de se chamar a atenção

dos empresários para o fato de que, no cenário atual, caracterizado por

mudanças constantes, de natureza econômica, social e tecnológica, o grande

diferencial é o talento humano.

Falar da gestão de pessoas ainda é um assunto muito distante das

prioridades do empresário de pequenas empresas. As pessoas são percebidas

apenas como um meio de produção, quando, na verdade, representam ativos

da empresa, faz-se necessário, portanto, a conscientização da importância do

capital humano para essas empresas.

É fundamental, independente do seu tamanho ou configuração, que a

empresa se posicione de forma ética e socialmente responsável; um grande

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passo para tal é ter uma área com competências para gerir um dos seus

principais recursos, o humano. Acredita-se que, por meio de uma mudança de

abordagem e com a formação de uma estrutura interna capacitada, os

resultados, tanto para a empresa quando para seu funcionário, trarão um

impacto muito positivo.

São, portanto objetivos deste estudo o esclarecimento sobre a

possibilidade de resultados positivos, na gestão de pessoas de uma pequena

empresa que não disponha da estrutura de recursos humanos, a apresentação

da relevância dos processos e práticas administrativas na gestão de pessoas, a

discussão sobre o conhecimento, por parte da direção das pequenas

empresas, em relação à área de recursos humanos, o conceito dos vários

subsistemas de recursos humanos, como também a discussão sobre os

métodos mais eficazes para a comunicação interna das pequenas empresas.

Com vistas a um embasamento teórico serão estudados autores como

Gil, Marras e Chiavenato, dando assim, suporte ao tema central deste trabalho.

Num segundo momento, se falará sobre as definições de empresas de

pequeno porte e sobre o papel dos recursos humanos neste tipo de empresas.

Pretende-se analisar a relevância da área de recursos humanos na

Associação Médica Fluminense, instituição observada neste estudo de caso, à

teoria dos autores.

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CAPÍTULO 1

GESTÃO DE PESSOAS

Gestão de pessoas são ações coordenadas no sentido de administrar o

capital intelectual das organizações. No cenário atual, marcado pela

concorrência acirrada é fundamental que esse capital seja guiado por

caminhos que levem aos objetivos da organização. Para CHIAVENATO

(2008), o conceito de gestão de pessoas está relacionado com a cultura

organizacional, o autor a define como uma área extremamente contingencial e

situacional, muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações,

considerando características do conceito ambiental, do negócio da

organização, da tecnologia utilizada e de inúmeras outras variáveis.

GIL (2006), comenta que a gestão de pessoas vem ganhando adeptos,

uma vez que cresce o número de empresas que se declaram dispostas a tratar

o funcionário como parceiro, incentivando sua participação nas decisões e

investindo no talento para o desenvolvimento da organização. Constata-se que

a gestão de pessoas pode ser vista como um pilar para o crescimento das

organizações.

O Departamento de Recursos Humanos surgiu no século XIX, com

necessidade de “contabilizar” os registros dos trabalhadores, as faltas e os

atrasos. Os “chefes de pessoal”, naquela época, tinham como características a

inflexibilidade, o estrito seguimento das leis e eram conhecidos por serem

donos de uma frieza incalculável, principalmente na hora de demitir

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funcionários. Ao ser comunicado que deveria ir ao departamento de pessoal, o

funcionário já imaginava a demissão.

As grandes organizações foram as responsáveis pelas primeiras

mudanças. Elas começaram a investirem em estudos e pesquisas (psicologia

organizacional e sociologia do trabalho, por exemplo), para que os “chefes de

pessoal olhassem para os funcionários de outra forma, não como simples

objetos da empresa, mas como seres humanos.

MARRAS (2003) classificou a evolução da gestão de pessoas em cinco

fases:

CONTÁBIL: (antes de 1930) – o RH trabalha apenas a questão contábil

da relação com o funcionário, contando o número de faltas, atrasos, etc. O

funcionário é visto como mão de obra, ou seja, não tem direitos, é substituível

a qualquer tempo.

LEGAL (1930 a 1950) – Surgimento das leis trabalhistas (CLT), o

funcionário começa a ter direitos a serem seguidos pelas organizações.

Começa a haver um respeito maior pelo trabalho, mas ainda não é um RH

humano. A época do chefe de pessoal.

TECNICISTA (1950 A 1965) – o RH enche-se de especialistas nos

diversos assuntos (subsistemas de RH): treinamento, recrutamento e seleção,

cargos e salários, higiene e segurança do trabalho, benefícios. Não existe

visão do todo (sistêmica) e o RH é considerado apenas de staff sem qualquer

força dentro da organização. A época do gerente médio.

ADMINISTRATIVA (1965 A 1985) – marco histórico, onde as funções do

RH passaram a ser vistas de maneira menos burocrática e mais relacional.

Perde-se o foco nos processos e passa-se a se preocupar mais com as

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relações empresa x funcionários. Foco: indivíduos e suas relações (sindicatos,

sociedade). Esta etapa ainda perdura na maioria das organizações e se reflete,

principalmente na união da visão tecnicista com a visão administrativa.

ESTRATÉGICA (após 1985 - foco estratégico, longo prazo, negócio.

Presente em algumas empresas, a visão Estratégica eleva o RH do nível tático

para a diretoria, garantindo participação nas decisões da empresa. Tem como

foco aumentar o envolvimento dos funcionários na consecução dos objetivos

da organização e integrar as diferentes áreas da empresa, formando uma

unidade de trabalho coesa e voltada para o bem comum.

Ao observarmos a evolução das organizações ocorridas durante o

século XX e inicio do século XXI, podemos identificar que o RH tornou-se de

fundamental importância no processo organizacional.

Em seu livro “A Administração de Recursos Humanos” (2003),

Bohlander, Snell e Sherman relatam que atualmente muito se tem exigido do

profissional de gestão de pessoas e o que as empresas querem são pessoas

capazes de aplicar praticas de RH com intuito de executar estratégias, operar

oficialmente, envolver e comprometer funcionários e gerenciar a mudança

gerando valor para a organização, garantindo bons resultados em um mercado

cada dia mais acirrado, afirmando que “nunca as pessoas foram tão

importantes nas empresas quanto hoje’’. (BOHLANDER, SNELL, SHERMAN,

2003, P. 02), eles demonstram a importância de ter líderes bem preparados e

conscientes do seu papel. Portanto, nota-se que este é um modelo de gestão

participativa, onde todos os níveis da empresa estão envolvidos no alcance

dos objetivos e no crescimento coletivo. O gestor não é mais aquele que

assume responsabilidade sozinho.

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CHIAVENATO (2008) discorre sobre a escolha de se tratar pessoas

como parceiras ou como recursos produtivos da organização. Como recursos,

as pessoas seguem padrões, são uniformes, se fazendo necessária a

administração de suas atividades, envolvendo planejamento, organização,

direção e controle, de modo que se obtenha delas, o máximo de rendimento

possível, já que são considerados sujeitos passivos da organização. Assim,

percebem-se as pessoas como coisas componentes do patrimônio físico na

contabilidade organizacional.

São as pessoas os detentores do conhecimento, habilidades e

competências e por este motivo devem ser considerados parceiros da

organização. É a sua inteligência que propicia a tomada de decisões que

contribuem para a consecução dos objetivos organizacionais. Assim,

constituem parte do capital intelectual da organização. Conforme

CHIAVENATO (2008 p. 10), “As organizações bem sucedidas se deram conta

disso e tratam seus funcionários como parceiros do negócio e fornecedores de

competências e não mais como simples empregados contratados”.

De acordo com esta moderna Gestão de pessoas, o autor comenta

alguns aspectos fundamentais, entre os quais se destacam:

As pessoas como seres humanos: são seres dotados de

conhecimentos, habilidades e competências fundamentais à organização,

“pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização”.

As pessoas como ativadores de recursos organizacionais: são

impulsionadores da organização, doam seu talento para o crescimento da

organização, tornando-a competitiva. Neste caso as pessoas são percebidas

como ativos da organização.

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As pessoas como parceiras da organização: na expectativa de ter

retorno que atenda aos seus objetivos, os funcionários investem seus esforços,

responsabilidades, comprometimento na organização. Todo este investimento

é recompensado por meio de incentivos financeiros, crescimento profissional,

carreira, satisfação, etc.

As pessoas como talentos fornecedores de competências: pessoas

como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso

organizacional.

As pessoas como capital humano: principal ativo organizacional, que

agrega inteligência ao negócio da organização.

Estudando todo o exposto, percebe-se que as instituições estão

voltando os olhos para uma das áreas mais importantes de toda a sua

estrutura. As competências humanas estão sendo enxergadas como realmente

devem ser, ou seja, são percebidas como o capital fundamental para o

desenvolvimento das organizações, nesta visão as pessoas tornam-se parte

das grandes estratégias do negócio.

Atualmente, o gestor de uma grande empresa já tem bem definido suas

estratégias de negócios, com a participação do RH. Mas, e as estratégias das

pequenas empresas? Nota-se uma grande resistência por parte dos gestores

deste tipo de empresa em perceber o papel fundamental das pessoas nos

processos geradores de resultados que propiciem o desenvolvimento

organizacional, tornando-a competitiva para o mercado.

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Processos e Práticas Administrativas na gestão de pessoas

As organizações vivem uma constante busca para o atendimento dos

seus objetivos. Independente do tipo de atividade ou tamanho são

pressionadas a atingir resultados em decorrência das expectativas dos seus

clientes, pelo fornecimento de produtos e serviços de boa qualidade. Contrário

a isso estão os altos custos gerados por diversos fatores como ingerência do

governo, legislação, novas tecnologias que precisam ser implementadas,

concorrentes tomando espaço com produtos altamente competitivos, por

responsabilidade social, por impactos ambientais, dentre outros.

Diante de tudo isso, a organização deve estar pautada num modelo de

gestão que torne possível superar todos os obstáculos. Os processos e

praticas de gestão permitem o alinhamento das atividades, gerir por processos

permite a organização estabelecer indicadores de desempenho para os

processos, de forma que estes fiquem alinhados com a estratégia definida,

conseguindo mais agilidade e tornando eficazes mudanças que se façam

necessárias para a organização.

Cabe à gestão de pessoas as políticas e praticas necessárias a

administração do trabalho das pessoas. Conforme CHIAVENATO (2008)

destacam-se práticas tais como:

- Agregar talentos à organização.

- Interagir e orientar talentos em uma cultura participativa, acolhedora e

empreendedora.

- Modelar o trabalho, seja individual ou em equipe, de maneira a torná-lo

significativo, agradável e motivador.

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- Recompensar os talentos pelo excelente desempenho e pelo alcance

de resultados como reforço positivo.

- Avaliar o desempenho humano e melhorá-lo continuamente.

- Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar retroação intensiva.

- Treinar e desenvolver talentos para criar uma organização de

aprendizagem.

- Proporcionar excelentes condições de trabalho e melhorar a qualidade

de vida no trabalho.

- Manter excelentes relações com talentos, sindicatos e comunidade em

geral.

- Aumentar a competitividade dos talentos para incrementar o capital

humano da organização e, consequentemente, o capital intelectual.

- Incentivar o desenvolvimento organizacional.

Todas essas práticas levam ao fortalecimento do capital intelectual e

como resultado a evolução institucional.

Ainda de acordo com CHIAVENATO (2008), alguns processos básicos

resumem as políticas e práticas administrativas.

- Processos de agregar pessoas – Esses processos são utilizados na

inclusão de novas pessoas na empresa, são denominados também como

processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e

seleção de pessoas.

- Processos de aplicar pessoas – são os processos utilizados para

desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientar e

acompanhar seu desempenho.

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- Processos de recompensar pessoas – são processos utilizados para

incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais

elevadas.

- Processos de desenvolver pessoas – são os processos utilizados para

capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas.

- Processos de manter pessoas – são os processos utilizados para criar

condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das

pessoas.

- Processos de monitorar pessoas – são utilizados para acompanhar e

controlar as atividades das pessoas e verificar resultados.

Nota-se que existe uma relação entre todos os processos, funcionando

como um complemento entre eles. É necessário haver sinergia entre os

processos, evitando que uma falha de um possa comprometer os outros.

Os Subsistemas de RH

Todos os processos de RH estão diretamente relacionados com os

subsistemas de RH. Os subsistemas são áreas intimamente inter-relacionadas

e interdependentes.

Com base em PALMEIRA (2009), pode-se detalhar os subsistemas,

para melhor compreensão, da seguinte forma:

SUPRIMENTO APLICAÇÃO MANUTENÇÃO DESENVOLVIMENTO Recrutamento Descrição e análise

de cargos Salários T&D – Treinamento e

Desenvolvimento Seleção Avaliação de

Desempenho Remuneração estratégica

DO – Desenvolvimento Organizacional

Integração Plano de carreira Benefícios

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O subsistema de suprimentos engloba as atividades de recrutamento, os

critérios utilizados para definir as fontes do recrutamento, os instrumentos

necessários à seleção dos candidatos, elaboração e aplicação de testes,

entrevistas e uma vez contratado, realiza o processo de integração pessoal,

envolvendo o trabalho de socialização organizacional, que é “o conjunto de

processos pelos quais um novo membro aprende o sistema de valores, as

normas e os padrões de comportamento requeridos pela organização na qual

ingressa”. (CHIAVENATO, 1995, p. 224). Diante das grandes exigências do

mercado, o gestor de pessoas busca sempre utilizar-se, de forma eficiente de

instrumentos que o permitam atrair profissionais que façam a diferença para a

organização.

O Subsistema de aplicação engloba a descrição e análise de cargos,

onde se estabelece qual é a estrutura e agrupamento das funções dos

ocupantes dos vários cargos existentes na organização, além das qualificações

e responsabilidades inerentes a cada cargo; procedimentos e elaboração da

avaliação de desempenho e do potencial humano, englobando critérios de

como será feita, quem será avaliado e a elaboração das fichas de avaliação.

Conforme CHIAVENATO (1995), os planos de carreira também são incluídos

no subsistema de aplicação, envolvendo as estruturas e os tipos de carreira

existentes, que possam ser melhor utilizados pelo pequeno empresário.

O Subsistema de manutenção é constituído por todas as questões

relacionadas à remuneração direta e indireta; aos benefícios sociais (planos

assistenciais, gratificações, vale refeição, etc.); à higiene e segurança no

trabalho.

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O Subsistema de desenvolvimento reúne as atividades que permitam o

aperfeiçoamento e crescimento humano, com enfoque de curto e médio prazo

(treinamento e desenvolvimento pessoal) e de longo prazo (desenvolvimento

organizacional). De acordo com CHIAVENATO (1995), as pessoas possuem

uma incrível aptidão para o desenvolvimento, gerando resultados positivos,

tanto pessoais, quanto organizacionais.

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CAPÍTULO 2

EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Teorias diversas atestam que um dos principais critérios para definir o

tamanho de uma empresa é o faturamento ou receita anual bruta. Segundo o

SEBRAE (2006), “existem duas esferas para definição do porte: a federal e a

estadual”. No âmbito federal, são consideradas empresas de pequeno porte as

que têm faturamento superior a R$ 240 mil ou inferior a 2 milhões. Cada

Estado pode, por critérios próprios flexibilizar esses valores como forma de

beneficiar as empresas para fins de recolhimento de tributos estaduais.

Segundo o IBGE (2001), não há unanimidade sobre a delimitação do segmento

das pequenas empresas. Observa-se, na prática, uma variedade de critérios

para a sua definição tanto por parte da legislação específica, como por parte de

instituições financeiras oficiais e órgãos representativos do setor, ora

baseando-se no valor do faturamento, ora no número de pessoas ocupadas,

ora em ambos. A utilização de conceitos heterogêneos decorre do fato de que

a finalidade e os objetivos das instituições que promovem seu enquadramento

são distintos (regulamentação, crédito, estudos, etc.).

O critério de classificação das pequenas empresas por número de

pessoas ocupadas não levam em conta as diferenças entre atividades com

processos produtivos distintos, uso intensivo da tecnologia da informação

(Internet, e-commerce, etc.) e/ou forte presença de mão de obra qualificada,

podendo ocorrer em algumas atividades a realização de alto volume de

negócios com utilização de mão de obra pouco numerosa, como é o caso do

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comercio atacadista, das atividades de informática e dos serviços técnico-

profissionais prestados às empresas (atividades jurídicas, de contabilidade,

consultoria empresarial, etc.).

Características gerais das pequenas empresas

De acordo com o estudo realizado pelo IBGE (2001), são características

das pequenas empresas:

- Baixa intensidade de capital.

- Altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada.

- Forte presença de proprietários, sócios e membros da família como

mão de obra ocupada nos negócios.

- Poder decisório centralizado.

- Pouco investimento em capacitação profissional.

É fácil perceber que devido às limitações próprias de seu porte, não é

possível produzir mecanicamente os modelos de gestão e de boas praticas

realizadas pelas empresas de maior porte. O empreendedor é uma espécie de

“faz tudo”, precisa assumir múltiplas funções. Praticamente não existe a

hierarquização ou departamentalização, o que predomina nas relações é a

informalidade.

O Papel das Pequenas Empresas no Desenvolvimento do País

Uma importante contribuição das pequenas empresas no crescimento e

desenvolvimento do país é a de servirem como “protetor” amortecedor do

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desemprego. Constituem uma alternativa de ocupação para uma pequena

parcela da população que tem condições de desenvolver seu próprio negócio,

e em uma alternativa de emprego formal ou informal para uma grande parcela

da força de trabalho excedente, em geral com pouca qualificação, que não

conseguem uma oportunidade nas empresas de maior porte.

De acordo com o IBGE (2001), na década de 1980, com a redução do

ritmo de crescimento da economia, resultando em maior nível de desemprego,

os pequenos negócios passaram a ser considerados uma alternativa para a

ocupação da mão de obra excedente, fazendo surgir ao final da década as

primeiras iniciativas mais concretas para incentivar a abertura de micro e

pequenas empresas na economia, dentre as quais caberia mencionar:

- a implantação do primeiro Estatuto da Microempresa (Lei n ◌۫ 7.256 de

27 de novembro de 1984) e a inclusão das micro e pequenas empresas na

Constituição Federal de 1988, que passou a garantir-lhes tratamento

diferenciado (Artigo 179 do Capítulo da Ordem Econômica;

- a transformação em 1990 do Centro Brasileiro de Assistência Gerencial

às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE, com funções mais amplas;

- a criação de linhas especiais de crédito no BNDS, na Caixa Econômica

Federal e Banco do Brasil;

- o Estabelecimento de um Fórum Permanente das Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte, demonstrando a dimensão e a importância das

micro e pequenas empresas para o crescimento e desenvolvimento da

economia nacional.

Do ponto de vista institucional, também foram registrados avanços no

segmento das MPE`s, que passou a ver o associativismo como um elemento

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de fortalecimento e um eficiente canal de interlocução junto aos governos e

instituições, formando um alicerce para o seu crescimento. Assim, este

segmento passou a contar a partir de 1988 com entidades representativas

como o Sindicato das micro e Pequenas Empresas da Indústria – SIMPI, o

Sindicato das Micro e Pequenas Empresas do Comércio – SIMPEC -, ambos

com representações em várias Unidades da Federação, a Associação Nacional

dos Sindicatos das Micro e Pequenas Empresas da Indústria – ASSIMP – e a

Associação Nacional dos Sindicatos das Micro e Pequenas Empresas do

Comercio – ASSIMPEC.

O RH nas Pequenas Empresas

A gestão de pessoas não é prerrogativa ou necessidade somente de

empresa grande. Também aquelas com até quatro empregados, que

representam 86% das 5,6 milhões das pequenas empresas brasileiras,

precisam ter essa preocupação se quiserem ser competitivas, se apostam na

sobrevivência a longo prazo.

Normalmente, em empresas de pequeno porte, o RH, quando existe, se

limita a atividades burocráticas e legais, como administração de pessoal e folha

de pagamento; o que se conhece normalmente como atividades de DP

(Departamento Pessoal).

Mas se a empresa está inserida em setores da economia ligados a

serviços ou produção intelectual, como bancos, consultorias ou empresas

software, independente do seu porte, o RH costuma ganhar uma relevância um

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pouco maior, cuidando também de benefícios, gestão de carreira e salários e

modelos de avaliação de desempenho e competências.

Conforme analisa SILVESTRE (2007), na medida em que a empresa

cresce, se desenvolve, sofistica seu modelo de gestão e se insere em

ambientes mais competitivos, é natural que o RH evolua junto e desenvolva

outras características. A preocupação com o clima organizacional, a oferta de

benefícios cada vez mais atrativos, salários tentadores e perspectivas de

crescimento e desenvolvimento se juntam a outros artifícios para aumentar sua

capacidade de atrair talentos.

Mas como chamar a tenção do pequeno empresário para a adoção das

boas práticas de gestão? Segundo o SEBRAE (2006), o primeiro passo é a

sensibilização do líder. Quando se percebe que as boas práticas repercutem

nos resultados do negócio, que essas práticas terão impacto direto e positivo

em seu desempenho empresarial, o empresário, certamente, adotará os

fundamentos da excelência em gestão, valorizando a gestão de pessoas.

Nota-se que as empresas de pequeno porte não possuem um

orçamento flexível que englobe ações de RH, geralmente o foco está

direcionado para a sua área comercial, precisam vender bem e se manter no

mercado, porém não é considerado o fato de que as pessoas são os

responsáveis por esta manutenção. De acordo com STOCK (2009), a gestão

de pessoas deve estar presente nos mais diversos tipos de organização,

independente do seu tamanho. No cenário atual ela é fundamental para a

sobrevivência de qualquer negócio. É visível a velocidade do crescimento do

mercardo e também dos competidores, novos entrantes. O principal fator de

competitividade é a capacidade de inovar, de pensar diferente, de agregar

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valor, não é o capital financeiro ou tecnológico que vão gerar isso, e sim as

pessoas. Assim, as empresas precisam de um RH que os prepare para ocupar

uma posição estratégica ao lado da sua administração.

A gestão de pessoas pode atuar em quatro níveis distintos. Em cada um

dos níveis, a gestão de pessoas assume diferentes responsabilidades e papeis.

No nível operacional, ela se torna burocrática, rotineira e executora de praticas

e atividades especializadas ao lidar direta e exclusivamente com pessoas. No

nível tático ou intermediário ela se transforma em consultoria interna para

apoiar os gerentes como gestores de pessoas. No nível institucional ou

estratégico ela se torna facilitadora e apoiadora dos negócios da organização.

Em resumo, pode-se mencionar a definição de CHIAVENATO (2008),

com relação aos níveis de atuação da gestão de pessoas, por meio do quadro

ilustrativo, a seguir.

Quadro 1 – Os níveis de atuação da Gestão de Pessoas. P. 94.

GP como parceiro do negócio

Conselheiro do negócio Foco nos negócios da empresa

GP Estratégico Consultoria

organizacional Foco na empresa como todo

GP Tático Consultoria interna Foco nos gerentes como

gestores de pessoas

Comunicação nas pequenas empresas

Toda empresa, independente do seu porte, deve ser guiada por uma

sólida base de informação e de comunicação e não apenas sobre uma

GP operacional Gestão de processos de GP

Foco nos processos de GP

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hierarquia de autoridade. Todas as pessoas devem assumir suas

responsabilidades por meio da disseminação da informação. Na atual era da

informação é fundamental que as empresas tenham uma boa comunicação,

facilitando o entendimento das complexidades ambientais, transformando seus

colaboradores em parceiros e agentes ativos de mudanças e inovações.

Conforme cita CHIAVENATO (2008), uma das mais importantes

estratégias para a gestão de pessoas, é encontrada na comunicação com os

funcionários. Um sistema de informação eficiente proporciona visibilidade

adequada para que gerentes de linha e colaboradores entendam as metas e

objetivos mutáveis e complexos.

As necessidades de RH mudam de acordo com as estratégias

organizacionais, diante disso é imperativo haver uma eficiente comunicação

para conduzir as atividades aos objetivos.

Analisando as características das empresas de pequeno porte,

principalmente as que ainda não dispõem de uma estrutura de RH, a

comunicação pode ser entendida como uma condição “sine qua non” para o

desenvolvimento de qualquer processo produtivo.

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CAPÍTULO 3

IMPLANTAÇÃO DO RH

A maioria das empresas de pequeno porte, não possuem um

departamento de recursos humanos estruturado, ou algum profissional

específico para isso. A importância do planejamento, controle e condução do

processo de gestão de pessoas é de extrema importância também em

pequenas organizações, pois elas também são compostas de pessoas,

pessoas com necessidades, com anseios e expectativas de crescimento e

desenvolvimento profissional. Alguns empresários resumem a gestão de

pessoas no seu negócio apenas a questões burocráticas de departamento

pessoal tais como: recrutamento e seleção, admissão, demissão e controle de

benefícios e folha de pagamento.

Na era atual, fazer gestão de pessoas é muito mais do que cuidar de

questões burocráticas, é fundamental o desenvolvimento de subsistemas de

RH. Ainda que sejam implantados de maneira mais simples, eles se aplicam

perfeitamente em pequenas organizações.

Conforme STOCK (2009) em seu artigo “Implantando o RH”, para que

ocorra a implantação de um departamento de RH em uma pequena

organização, inicialmente o profissional que vai conduzir este processo, deve

vender aos dirigentes a idéia do RH. Os responsáveis pela empresa devem

estar conscientes e confiantes que isso será um importante passo para o

sucesso da organização. Após realizada a primeira etapa, é necessário a

criação de um roteiro simples de ações que devem ser estruturadas e

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planejadas, para que aos poucos sejam implementadas na empresa. STOCK

(2009), sugere o seguinte roteiro básico:

a) Elaborar um planejamento estratégico de RH (analisando a situação atual do

ambiente, pontos que podem ser melhorados, estabelecer políticas e condutas,

traçar objetivos, metas e estratégias para o RH).

b) Estruturar e padronizar processos e rotinas (organizar os processos, criar

formulários, check lists, padrões para recrutamento e seleção, controle de

benefícios, etc).

c) Clima Organizacional (a partir de 10 funcionários, é possível aplicar um

questionário e fazer um pequeno levantamento entre os colaboradores para

identificar como está a motivação, relacionamento, perspectivas, entre outros.

Através dos resultados será possível obter idéias sobre quais projetos podem

ser desenvolvidos no futuro da organização).

d) Comunicação Interna (pequenas ações como um Mural, e-mails ou jornais

informativos podem melhorar bastante a troca de informações. Encontros para

comemorar aniversários também são um ótimo momento para desenvolver as

relações.).

e) Treinamento e Desenvolvimento (cursos e treinamentos podem e devem ser

oferecidos aos colaboradores: sejam de informática, português, atendimento ao

cliente ou comportamentais).

f) Avaliação de Desempenho (As pessoas sentem necessidades de serem

avaliadas, de receber feedback e de saber o que podem melhorar. Essa

ferramenta é útil para estimular a reflexão do colaborador sobre o seu

desempenho, criando uma visão de futuro dentro da empresa e motivando-o

para planejar a sua carreira).

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Entende-se que pequenas ações, como as citadas acima, podem trazer

mudanças significativas para melhorar a gestão, transformar o clima e a cultura

organizacional. Qualquer organização que não tenha um setor de recursos

humanos, pode começar a estruturar este departamento começando por este

roteiro. Gestão de pessoas vai muito além de admissão e demissão, envolve

criatividade, preocupação e inovação, mantendo assim, os talentos que

proporcionam o sucesso das empresas.

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ESTUDO DE CASO

Histórico da Associação Médica Fluminense

Niterói é uma das cidades em que a medicina tem raízes históricas.

Basta lembrar que entre os primeiros colonizadores do atual município, em

meados do século XVII, já figurava um médico, Dr. Francisco da Fonseca Diniz.

Teve, também, uma das mais antigas casas de saúde particulares do

País: a Casa de Saúde Niteroiense, fundada em 1859 pelos médicos José

Martins Rocha e João Luís Pimentel.

Em 4 de julho de 1897, fundou-se a Sociedade de Medicina e Cirurgia

de Niterói, com sede na rua São João (antigo Palácio da Presidência da

Província), iniciativa de Augusto Ferreira e Silva (depois membro da Academia

Nacional de Medicina) e de Francisco Portela, o primeiro Governador do

Estado após a república. Os demais fundadores foram Lourival Souto, Antonio

Francisco dos Santos Abreu, Manuel Afonso Viana, Manuel Corrêa Leal Junior,

Antonio de Melo Muniz Maia, Bento Maria da Costa, Antonio José da Silva

Sardinha, Luiz Tavares de Macedo Junior, Torquato Sá Pinto Magalhães,

Nereu Macário de Morais Guerra (falecido no mesmo ano) e Antônio Afonso

Faustino, que voltaria a figurar em 1929 entre os fundadores da Associação

atual.

Em 19 de julho, foram aprovados os estatutos e em 3 (três) de agosto de

1897, celebrou-se a primeira sessão ordinária, elegendo Francisco Portela a

Presidente de Honra. Na sessão seguinte, em 9 (nove) de agosto, Ferreira da

Silva inaugurou a discussão científica de temas médicos, lendo sua tese

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“Estatística de mortalidade em Niterói nos últimos 40 anos”. Criou-se um

boletim informativo e técnico, sob responsabilidade de Zeferino de Meirelles,

que não chegou a ser editado. Em dezembro de 1897, a Sociedade se

extinguiu, porque a política partidária dominante no Estado não aceitava a

presença de Francisco Portela em sua Presidência.

A atual associação Médica Fluminense foi fundada em 14 de agosto de

1929 e teve origem na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, quando foi

transformada em organização de âmbito estadual com o apoio imediato da

Sociedade de Ciências Médicas de Teresópolis, Sociedade Médica de

Petrópolis e Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (Campos). Passou,

então, a ter a atual denominação Associação Médica Fluminense-AMF,

considerada de Utilidade Pública pela Lei Estadual de nº 2.140, de 6 de maio

de 1954. Tem como sede e foro a Cidade de Niterói. Em 12/06/1952, instalada

na sede da Rua Manoel de Abreu, nº 9, participou da criação da Associação

Médica Brasileira.

Em 1969, conquistou através do então Governador do Estado do Rio de

Janeiro, o Dr. Geremias de Mattos Fontes, ampla sede na Avenida Estácio de

Sá, atual Avenida Roberto Silveira, com entrada pelas ruas Mario Alves e

Presidente Backer, onde foi construída a Casa do Médico Fluminense, em

1970, na gestão de Waldenir de Bragança.

O Estatuto da Associação Médica Fluminense delega importantes

incumbências aos seus diretores que, além da parte administrativa, atuam nas

áreas científica, cultural e social.

A Diretoria Executiva é composta por sete diretores, além do Presidente

e Vice- Presidente, não havendo remuneração para nenhum dos cargos. São

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cargos eletivos com gestão de três anos, sendo permitida pelo estatuto apenas

uma reeleição. Através do seu Conselho Departamental, que engloba quase

todas as especialidades médicas, a Associação Médica Fluminense atua nas

áreas científica, cultural e Social, exercendo uma relação direta e contínua com

a população niteroiense e, portanto, serviços indispensáveis à melhoria das

condições de vida da cidade.

No entanto, apesar do intercâmbio Associação Médica Fluminense e

População ser um dos seus valiosos objetivos, esta associação representa um

espaço destinado à união de uma categoria com grande responsabilidade na

sociedade; no âmbito estadual, a Associação Médica Fluminense representa

hoje uma grande força juntamente com as outras filiadas da Associação

Médica Brasileira, situada em São Paulo e junto à Sociedade Médica do Estado

do Rio de Janeiro.

Porte, Funcionários e Segmento

A Associação Médica Fluminense – AMF é uma instituição de pequeno

porte, pertencente ao terceiro setor, a AMF é regida por um estatuto que,

administrativamente, a divide em Diretoria Executiva e Departamento

Científico. A Diretoria Executiva é formada pelos cargos de Presidente; Vice-

Presidente; Secretário Geral; Primeiro Secretário; Diretor Financeiro; Segundo

tesoureiro; Diretor Científico; Diretor Sócio-Cultural; e Diretor de Patrimônio.

O Departamento Científico é composto de trinta e dois departamentos:

Departamento de Neurologia, Departamento de Endocrinologia e Metabologia,

Departamento de Psiquiatria, Departamento de Geriatria, Departamento de

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Gastroenterologia, Departamento de Administração Hospitalar, Departamento

de Alergia e Imunologia, Departamento de Doenças Sexualmente

Transmissíveis, Departamento de Angiologia e Cirurgia Vascular,

Departamento de Radiologia, Departamento de Medicina Nuclear,

Departamento de Nefrologia, Departamento de Informática, Departamento de

Patologia Clínica, Departamento de Medicina Esportiva, Departamento de

Clínica Médica, Departamento de Otorrinolaringologia, Departamento de

Nutrologia, Departamento de Pneumologia, Departamento de Ginecologia e

Obstetrícia, Departamento de Proctologia, Departamento de Cirurgia Geral,

Departamento de Dermatologia, Departamento de Pediatria, Departamento de

Reumatologia, Departamento de Urologia, Departamento de Cardiologia,

Departamento de Oftalmologia, Departamento de Ortopedia, Departamento de

Cirurgia Plástica, Departamento de Medicina do Trabalho e Departamento de

Homeopatia. Todos estes departamentos são dirigidos por colaboradores

médicos, que trabalham sem remuneração, em prol da medicina e da

comunidade.

A estrutura da AMF, seguindo suas normas estatutárias, é formada pelos

Órgãos: Assembléia Geral, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Comissão

Consultiva.

A AMF tem seu quadro de pessoal formado por vinte e um funcionários,

divididos em dois setores: a Secretaria Geral, que dá sustentação ao seu

funcionamento, subordinada à Diretoria Executiva, e o setor de manutenção,

subordinado a Secretaria Geral. Na Secretaria estão alocadas todas as funções

referentes à sua atividade fim, tais como coordenação de programações

científicas, controle do quadro de associados, atividades financeiras, de

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informática, de publicidade, etc. No setor há um funcionário, com cargo de nível

gerencial, que subordinado a Diretoria Executiva, coordena todas as funções e

desenvolve as práticas e processos que englobam a gestão de pessoas.

Para a sua manutenção, a AMF tem como fontes de recursos as

contribuições dos associados, as doações eticamente válidas e as receitas

provenientes de seu patrimônio. Essas receitas, dizem respeito às locações

dos espaços físicos. Diante disso, há, na sede da instituição, diversos

funcionários de outras empresas, que embora administrados por terceiros,

acabam interferindo no comportamento dos seus funcionários.

Missão, Visão e Objetivos

A missão da Associação Médica Fluminense é desenvolver e oferecer

serviços da mais alta relevância de interesse dos profissionais da medicina,

bem como da comunidade de sua região, garantindo informações de qualidade

científica e humanizada.

Na mesma ordem dos conceitos que vão infra mencionados, a visão da

AMF refere-se à valorização e aperfeiçoamento do médico e da medicina com

marcante contribuição à saúde da comunidade, abrangendo além da ciência, a

cultura e o social.

Os objetivos da Associação Médica Fluminense estão diretamente

ligados a sua preocupação com o aprimoramento dos conhecimentos técnico-

científicos de seus associados, à educação médica continuada, à contribuição

para o esclarecimento da comunidade e à prestação de assessoria às

autoridades médicas. Por meio do artigo 3º de seu estatuto, pode-se perceber

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um maior detalhamento desses objetivos, que se encontram elencados a

seguir:

_ promover o aperfeiçoamento científico e profissional dos seus associados e

de outros profissionais de saúde;

_ divulgar os conhecimentos médicos;

_ cooperar com o Conselho Regional de Medicina do Estado do Estado do Rio

de Janeiro para a manutenção dos princípios éticos norteadores do exercício

da medicina;

_ estimular a união dos profissionais médicos;

_ lutar para a solução dos problemas médico-sociais, pela prevenção de

doenças e acidentes e pela conservação da saúde;

_ orientar a população e assessorar as autoridades médicas nos problemas de

saúde;

_ implantar e manter um sistema de previdência para os associados e seus

familiares;

_ estimular e promover atividades sócio-culturais e esportivas.

Para a consecução de seus objetivos, a Associação Médica

Fluminense desenvolve, estrategicamente, atividades cientificas e sócio-

culturais, tais como: o desenvolvimento de trabalhos direcionados aos médicos,

bem como à sociedade, sempre em busca do melhor atendimento naquilo a

que se propõe. Dentre esses trabalhos, podem-se destacar: a promoção de

cursos de atualização nas mais diversas áreas da medicina por meio de sua

Diretoria Científica; a realização de eventos que possibilitem o maior

congraçamento e a união da classe médica; o estabelecimento de parcerias

com organizações públicas, como a Prefeitura Municipal e a Secretaria

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Municipal de Saúde, observando os dispositivos legais e éticos, que propiciam

benefícios para a comunidade. Em resumo, pode-se acrescentar uma matéria

escrita por um de seus Diretores:

A AMF tem sido foro de importantes debates acerca da saúde em nossa região e em nosso país. Temas como ética e bioética, prevenção e controle de endemias e epidemias de nossa região, tecnologia em saúde, gestão em saúde tem sido amplamente discutidos em nosso meio. A AMF tem realizado palestras para o público leigo acerca da saúde da mulher, do idoso e das principais doenças que afligem nossa população como hipertensão arterial, enxaquecas, doenças cardiovasculares e o u t r a s . ( S A N T O S , 2 0 0 2 , d o c u m e n t o i n t e r n o ) .

Fazendo uma análise do histórico apresentado, percebem-se, no estudo

de caso, todas as características de uma pequena empresa e sem a estrutura

do RH.

Seus dirigentes têm por formação a medicina e não tem maiores

conhecimentos das áreas da administração. A Instituição não segue um

modelo único de gestão, atuando de forma bastante contingencial. As

ferramentas administrativas são utilizadas empiricamente. Percebe-se,

também, na empresa estudada uma característica eminentemente política, o

que requer uma atenção ainda maior, no seu processo produtivo, visando a

evitar transtornos para a instituição ou para as pessoas envolvidas.

De modo geral, acredita-se na possibilidade de uma instituição com

estas características, ser capaz de superar os seus desafios, porém, a

empresa objeto deste estudo de caso, poderá esbarrar em uma questão que

ainda não foi por ela percebida e à qual a maioria das organizações está cada

vez mais se adequando: a qualificação de seu pessoal. Para SARACENO

(2004), o resultado das constantes mudanças da conjuntura sobre as pequenas

empresas é a necessidade de qualificação de seus quadros. A atenção para

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com a preparação e capacitação dos seus funcionários é uma questão de

sobrevivência.

Entretanto, diante de toda a deficiência percebida e a possibilidade de

crescimento organizacional, assim como na maioria das pequenas empresas,

as atividades relacionadas à gestão de pessoas estão longe das prioridades

dos dirigentes.

Nota-se a importância da estrutura do RH para a empresa estudada.

Todas as suas práticas e processos poderiam servir como um pilar de

sustentação, levando-se em conta suas características.

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Conclusão

As mudanças no mercado de trabalho têm conduzido as

organizações a se conscientizarem de que o fator que as determina como

referência naquilo que oferecem é a maneira como o fazem. São cada vez

mais freqüentes as modificações de estruturas e modelos de processos de

trabalho. As estruturas vêm se tornando mais flexíveis com poucos níveis

hierarquicos: a tomada de decisão está sendo substituída pela delegação de

competências e a atribuição do poder decisório às equipe que realizam o

trabalho e estão mais próximas do cliente. Essa realidade se processa em

ritmo crescente e trazem as pessoas para os centros das atenções dos

gestores.

O universo organizacional, em sua enorme complexidade, requer do

gestor habilidades que possibilitem soluções imediatas para as mais diversas

questões. De acordo com a situação, o gestor é levado a agir de forma

divergente dos modelos teóricos no seu processo produtivo. O ser humano e o

seu desempenho profissional nas organizações são hoje considerados fatores

capazes de transformar a capacidade potencial da empresa em capacidade

real. Parece haver um entendimento pelas organizações quanto à contribuição

das pessoas, para promover a adaptação e a sobrevivência da empresa,

perante sucessivos desafios do mercado e, também, o reconhecimento de que

não basta dispor da mais avançada tecnologia, existindo assim a necessidade

de uma sustentação por uma gestão de pessoas competentes.

As pequenas empresas, dadas as suas caracterísitcas, têm uma

necessidade ainda maior do empenho e determinação do seu pessoal. O

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desemepenho deste segmento organizacional depende fortemente da

contribuição das pessoas, do seu estímulo e capacidades.

Diante disto, e em resposta ao questionamento (problema) pode-se

afirmar que a gestão de pessoas das pequenas empresas, para serem

atuantes de forma eficiente e com eficácia carecem da estrutura da área de

recursos humanos.

É imprescindível que hajam líderes estratégicos, que as gestores de RH

atuem na contribuição para formaçao de novas competências, propiciando

assim o crescimento organizacional e pessoal.

Concluindo, a gestão de pessoas é uma responsabilidade de todas as

lideranças organizacionais. O diferencial das pequenas empresas, assim como

nas de maior porte, está em superar a visão tradicional da administração de

recursos humanos que concebe as pessoas como meros recursos semelhantes

aos demais recuros da organização.

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Pequenas Empresas também precisam focar gestão de pessoas. <URL: http://www.administrador.com.br> data de acesso 05/11/09.