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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O Supervisor Escolar e a avaliação do TDAH Olanethe Neves Ribeiro ORIENTADOR: Profª. Elda Trocoli Niterói 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO … · coração, para que não desistisse de me portar como exemplo, para que ... avaliar e levar este aluno a ser bem sucedido

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O Supervisor Escolar e a avaliação do TDAH

Olanethe Neves Ribeiro

ORIENTADOR:

Profª. Elda Trocoli

Niterói

2018

DOCUMENTO P

ROTEGID

O PELA

LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O Supervisor Escolar e a avaliação do TDAH

Olanethe Neves Ribeiro

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração e Supervisão Escolar. Por: Olanethe Neves Ribeiro

Niterói

2018

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Maurício de Souza Ribeiro, meu marido, por

seu apoio, incentivo e por nunca ter sido obstáculo na

progressão da minha vida acadêmica.

Agradeço a meus filhos, Maurício de Souza Ribeiro Júnior

e Tamyres Neves Ribeiro, por sempre inquietarem meu

coração, para que não desistisse de me portar como

exemplo, para que eles cheguem ainda mais longe, que eu

mesma pude chegar.

Agradeço a Octamyra Maria Neves, minha mãe, a Olenice

da Silva Neves, minha irmã, por sempre deixarem seu

apoio a minha disposição.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha filha, Tamyres Neves

Ribeiro. Sua resiliência me deu força, foi exemplo e

a certeza que juntas sempre fomos mais fortes.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 05

CAPÍTULO I 08

- O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - (TDAH)

1.1 - Sintomas do TDAH

1.2 - O Tratamento do TDAH

CAPÍTULO II 18

O Supervisor Pedagógico o universo escolar e o aluno com TDAH

CAPÍTULO III 26

A avaliação do aluno com TDAH

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA 36

5

INTRODUÇÃO

Segundo o Projeto de Lei 7081/10, que dispõe sobre diagnóstico e o

tratamento do TDAH e Dislexia na educação básica, já aprovado em três

Comissões no Senado Federal e, agora faltando muito pouco para que seja

reconhecida como Lei. Assim como a Lei Nº 7.354 de 14 de julho de 2016,

oriunda do Projeto de Lei N° 418-A de 2015. Que institui no Rio de Janeiro o

Programa de Diagnóstico e Tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade. As escolas deverão assegurar aos alunos com TDAH e Dislexia

acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua

aprendizagem, e que os sistemas de ensino garantam aos professores

formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.

Este estudo se justifica pela intenção de colaborar com o fazer diário de

professores do primeiro segmento, que em contato com crianças portadoras do

TDAH, não conseguem adotar um esquema de trabalho que permita de

maneira eficiente observar, acompanhar, avaliar e levar este aluno a ser bem

sucedido em sua vida escolar.

Por entender que o Supervisor Escolar é o profissional que poderá

munir este professor de instrumentos, recursos e materiais para reconhecer as

potencialidades e tornar as experiências do aluno com TDAH no universo

escolar positivas, construídas com avanços e sucesso.

Assim esse trabalho se propõe primeiro a explicar o que é o TDAH de

maneira clara e objetiva, pois os alunos com este transtorno estão em todas as

escolas, e no primeiro segmento, os alunos e as famílias encontram-se ainda

muito vulneráveis e, não conseguiram ainda estabelecer com a escola e o

professor um esquema satisfatório de trabalho sendo por seu comportamento,

vistos como muito inoportunos e bastante desinteressados.

Os sintomas, que são evidentes, podem muito facilmente serem

observados, uma vez identificados pelo professor regente, relatados aos

responsáveis poderão modificar a história e a trajetória deste aluno no universo

escolar, amenizando os sintomas, facilitando o trato com o professor e demais

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profissionais da escola, que terão olhar na direção destas crianças

transformado.

No ponto alto deste estudo estará o trabalho do Supervisor Escolar,

como sujeito que fará toda a articulação para que este aluno no espaço escolar

possa ser feliz. Ele que integra a equipe técnico-pedagógica, trabalhará para

desmistificar este transtorno, fazer com que este professor não se sinta só

neste processo, encontre suporte e deseje em um trabalho integrado com a

família, ver o sucesso deste aluno afiançado. Então abordaremos o Projeto de

Lei 7081/10 e a Lei N° 7.354/16 que estabelecem avanços para a inclusão do

aluno com TDAH, que reconhece primeiro a existência de tal transtorno e

valida várias vertentes de tratamento além de localizar a escola como espaço

de convivência e de aprendizagem que oportunizará crescimento.

A avaliação norteará o trabalho do professor em sala de aula, pois

estabelecerá os moldes do planejamento, e de que forma este aluno estará

dando conta do conteúdo estabelecido pela grade curricular, que não deverá

ser modificado, mas os critérios para a realização da avaliação sim, portanto,

saber qual a função da avaliação e o lugar dela no processo de ensino

aprendizagem do aluno com TDAH, e estabelecer o que vem atrapalhando um

bom desempenho, facilitará o trabalho do professor na construção de um

planejamento, que favoreça o aluno.

A escola tem papel fundamental na vida do aluno com TDAH, isto faz

com que cada vez mais este tema seja trazido, estudos a este respeito

realizados, para que os professores tenham a sua disposição novas formas,

através de estudos, para respeitar e melhor trabalhar com esses alunos,

avaliá-los ao longo do processo e também construir no interior da sala de aula

com os estudantes, suas possibilidades de entendimentos dos conteúdos que

estão sendo trabalhados.

Pontuar o que deverá ser levado em consideração na elaboração de um

instrumento de avaliação, uma vez que um instrumento mal elaborado pode

causar distorções na avaliação que o professor realiza e seus resultados

podem ter consequências graves, uma vez que todo ato avaliativo envolve um

7

julgamento que, no caso da educação escolar, significa em última instancia,

aprovar ou reprovar.

A escola e a família podem aprender a lidar com este transtorno e evitar,

que a criança seja marginalizada na escola, por suas diferenças. Seus

professores podem rever suas ações e utilizar a avaliação para coroar um

trabalho e não simplesmente para reforçar diferenças.

8

Capítulo I

O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM

HIPERETIVIDADE – TDAH

TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Este

transtorno acomete aproximadamente de 3 a 5% de crianças em idade escolar,

sendo diagnosticado muito mais frequentemente em meninos do que em

meninas.

O TDAH é um problema de desatenção, hiperatividade, impulsividade ou

combinação destes. Um diagnóstico preciso torna-se imperativo para que haja

um tratamento adequado. Esta não é uma doença nova, já foi descrita em

meados do século XIX e sua freqüência é igual em todo mundo. De acordo

com DMS-IV, o manual de classificação das doenças mentais, a síndrome

O transtorno pode ser herdado geneticamente, no entanto, sua causa não

é clara. Importa esclarecer que independente da causa ele parece estabelecer-

se cedo na vida da criança, enquanto o cérebro está se desenvolvendo.

Estudos de imagem sugerem que o cérebro de uma criança com TDAH é

diferente de uma criança que não apresente o transtorno.

Stanley Turiki, (2003) contribui a cerca do TDAH

Realmente não se sabe muito. A única coisa que se pode dizer é que

nestas siglas se unem diversos comportamentos difíceis, geralmente

evidentes desde a primeira infância, e que estes comportamentos

interferem no bom funcionamento e nas relações destas cri anças.

Também sabemos que esses comportamentos aparecem mais em

determinadas famílias, mais ainda ninguém descobriu um gene de

TDAH (...)

9

O diagnóstico é baseado em sintomas muito específicos, que devem estar

presentes em mais de um ambiente. Estes sintomas devem ser graves o

suficiente para ressaltar em dificuldades significativas em muitos ambientes,

inclusive em casa na escola e no relacionamento com os demais.

Sabe-se que até o presente, não existe nenhuma prova ou análise de

laboratório específica nem bioquímica, eletrofisiológica, anatômica,

genética etc. que permita diagnosticar de maneira eficiente a síndrome

de TDA/ TDAH. O diagnóstico continua sendo eminentemente clínico e

por isso impregnado de subjetividade. (apud PUNDIK, 2005).

Como o diagnóstico do TDAH é clínico, baseia-se fundamentalmente no

Questionário DSM-IV para pais e professores, de um médico especialista bem

informado e comprometido com o bem estar da criança. Esta não é uma

doença nova, já foi descrita em meados do século XIX e sua freqüência é igual

em todo mundo.

Em todas as faixas etárias, portadores do transtorno estão sujeitos a

desenvolver comorbidades, isto é, a desenvolver simultaneamente distúrbios

psiquiátricos como ansiedade e depressão. Na adolescência o risco maior está

no uso do álcool e de (outras drogas)

A pessoa portadora doTDAH pode ter três diferentes graus:

Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para

fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que

pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional

Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão

presentes

Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o

diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves

estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado

no funcionamento social ou profissional.

10

1.1 SINTOMAS DE TDAH

Dividem-se em três grupos os sintomas de TDAH e verificaremos a seguir:

Falta de atenção;

Hiperatividade;

Comportamento impulsivo.

As crianças com TDAH que sofrem do tipo de desatenção tendem a

incomodar menos e muitas vezes não recebem o diagnóstico. Outras podem

ter uma combinação de tipos.

Sintomas de desatentos

Não consegue prestar atenção em detalhes ou comete erros resultantes de

descuidos no trabalho escolar.

Tem dificuldade de manter a atenção nas tarefas ou jogos

Parece não escutar quando falamos diretamente com ela.

Não segue as instruções completamente e não consegue terminar trabalhos

escolares, tarefas ou deveres.

Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades.

Evita ou não gosta de tarefas que demandam manter esforço mental (como

trabalhos escolares)

Seguidamente perde brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas

necessárias para tarefas ou atividades.

Distrai-se facilmente.

Frequentemente, tem problemas de memória em atividades cotidianas.

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Sintomas de Hiperatividade

Mexer as mãos e os pés o tempo todo e se retorce na cadeira.

Levantar-se quando deve permanecer sentado.

Corre ou sobe em móveis em situações inapropriadas.

Tem dificuldade de brincar em silêncio.

Parece frequentemente estar ligada na tomada e fala excessivamente.

Sintomas de Impulsividade

Fala ante que as perguntas sejam completadas.

Tem dificuldade de aguardar a vez.

Interrompe ou se intromete entre os outros.

1.2 TRATAMENTO DO TDAH

O tratamento para TDAH é importante. É uma parceria entre médico, pais

ou responsáveis e a criança. Na escola o auxílio do profissional competente e

habilitado representado pela figura do Supervisor Escolar, estabelecendo

estratégias e mantendo um plano de ação para atender criteriosamente as

necessidades destas crianças traduz-se num ganho que garantirá a criança

sucesso em sua vida escolar.

Com relação a medicação existem vários motivos para não medicar uma

criança com TDAH quais sejam, diagnóstico incerto, efeitos colaterais etc. e

outros tantos motivos para medicá-la, pois os medicamentos podem ajudá-la a

melhorar sua capacidade de concentração, o controle de impulsos etc.

Importante mesmo é compreender que mesmo medicada esta criança

pode ter problemas emocionais, sociais e desajustes. Assim é importante

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também fazer mudanças no estilo de vida que incluem exercícios físicos

regularmente, uma dieta saudável, dormir suficientemente e associar apoio

psicológico, já que um fenômeno estudado pela psicologia se manifesta com

frequencia nestes casos, a “resiliência” que se desenvolve favoravelmente em

sujeitos jovens, mesmo que tenham experimentado uma forma de estresse que

lhe tenha marcado muito e com conseqüências desfavoráveis. A resiliência

diante da pressão do meio o organismo trata de reparar ou compensar os

danos desenvolvendo estratégias de sobrevivência que dão bons resultados, A

plasticidade da mente infantil permite reorganizar seu sistema para manter um

grau de adaptabilidade adequada. As crianças com alta resiliência superam a

adversidade graças as suas competências pessoais: autoestima, aptidões

empatia humor, criatividade.

A psicologia é unânime em afirmar que as mensagens recebidas pelo de

zero a sete anos de idade formam a base da personalidade. Atualmente já há

investigações que defende a idade até mesmo quando se está no ventre

materno.

A exploração psicológica nos permite conhecer dados concretos do

estado cognitivo-intelectual do paciente. Graças a esses dados podem-se

elaborar programas de apoio psicopedagógico personalizados. Os problemas

de rendimento escolar e as dificuldades de aprendizagem estão claramente

associadas ao TDAH. Por exemplo: 30% das crianças com este transtorno são

também disléxicas. (CASTELLS, 2008)

Para Troconis (2008), toda criança com TDAH deve ser avaliada por um

psicólogo com a finalidade de se obter um diagnóstico e posteriormente, deve

receber atenção psicológica e psicopedagoga ou ambas. A intervenção

psicopedagógica deve dirigir-se, por um lado, a compensar, na medida do

possível, as dificuldades e, por outro, a potenciar as habilidades, Devem-se

incluir objetivos dirigidos a melhorar aspectos das áreas social, motriz,

emocional e acadêmica (FITÓ, 2008).

Os psicoestimulantes são o padrão-ouro no tratamento do TDAH até os

dias atuais. Eles apresentam um alto poder de eficácia e melhoram o

funcionamento das áreas cerebrais responsáveis pelos sintomas do transtorno.

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Portadores do TDAH e familiares devem frequentar Grupos de Apoio

Psicoeducativos sobre o TDAH, nos quais os profissionais de saúde falam tudo

sobre o transtorno com informações claras e objetivas, para que eles aprendam

a lidar com os sintomas e também possam trocar vivências e experiências com

outros portadores e familiares. A orientação aos pais é fundamental, pois os

instrui sobre a doença, facilita o convívio em família, os ensinam a lidar com a

criança e como prevenir futuras recaídas. Esta família ciente deste transtorno,

muitas das vezes precisa se sentir apoiada para apoiar. Esse núcleo familiar

precisa se fortalecer para que haja condições favoráveis para o crescimento e

assim esta criança tenha a oportunidade de conquistar seu primeiro espaço de

liberdade,

Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior

evidência científica de eficácia para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia

Cognitivo

Comportamental (TCC). Crianças com TDAH muito desadaptativas

demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito. Nem toda a

criança com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige

orientação familiar e exige esta orientação para que esta criança não seja

negligenciada em suas particularidades.

Nos casos mais complexos, com prejuízo funcional em várias áreas,

presença de comorbidades e pais de opiniões discordantes, deverão iniciar o

tratamento pela psicoeducação familiar e suporte educacional.

Nas famílias em que o TDAH for frequente, deve-se ter muito cuidado

com as variáveis ambientais que possam servir de gatilho para aqueles que

tiverem predisposição ao transtorno.

O tratamento de primeira linha do TDAH é psicofarmacológico e feito

com drogas psicoestimulantes aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA), que são o Metilfenidato (MPH) e o Dimesilato de

Lisdexanfetamina, ambos com alto poder de eficácia (78%) no tratamento de

crianças acima dos seis anos, adolescentes e adultos com TDAH.

14

Apesar do nome, essas drogas na verdade têm um efeito “calmante” em

pessoas com TDAH, e os resultados positivos do tratamento não tardam a

serem percebidos pelo paciente, escola e pelos que convivem com eles.

O MPH é encontrado na forma de liberação imediata (curta ação, 4h) e

na forma de liberação prolongada (8h e 12h de ação). O Dimesilato de

Lisdexanfetamina é um psicoestimulante derivado da anfetamina e de ação

prolongada de 13 horas.

No Brasil temos três medicamentos à base de Metilfenidato e um,

derivado de anfetamina.

As medicações à base de MPF devem ser feitas de acordo com o peso

da pessoa. Já os derivados anfetamínicos não dependem do peso. As doses

devem ser feitas nas doses indicadas, sob risco de fazermos subdoses e com

isso não obtermos os resultados esperados.

Outras drogas são consideradas de 2ª escolha e não têm efeito na

desatenção: Imipramina, Nortriptilina e Bupropiona (Antidepressivos). E a

Clonidina (Anti-hipertensivo).

No entanto é preciso estar atento aos principais efeitos colaterais:

Perda de peso

Sintomas gastrointestinais (náusea, dor abdominal)

Insônia

Tonturas

Irritabilidade, labilidade afetiva

Tiques.

Uma das primeiras técnicas ensinadas à família é a suspensão das

repreensões e dos castigos. É importante que pessoas com TDAH sejam

elogiadas, reconhecidas e valorizadas pelo que elas têm de bom, sempre que

fizerem algo corretamente. Este reforço positivo aumenta a autoestima da

criança e evita sérios problemas futuros. É muito prejudicial ficar repreendendo

ou castigando a criança todo o tempo.

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Intervenções no âmbito escolar são importantes e muitas vezes é preciso

um acompanhamento psicopedagógico e reforço escolar. A intervenção escolar

facilita o convívio dessas crianças com os colegas e tenta impedir que elas se

desinteressem pela escola, o que é muito comum no TDAH.

Muitas escolas não apenas ainda desconhecem o TDAH, como não têm

a possibilidade de participar do tratamento dessas crianças, pelas mais

variadas razões. É fundamental que a escola receba todo o suporte informativo

pertinente ao TDAH, seus mecanismos e suas manifestações nas diferentes

idades.

É preciso que a escola saiba de sua importância como uma das

principais fontes encaminhadoras de alunos para avaliação médica. Cada vez

mais, é maior o número de crianças e adolescentes que chegam aos

consultórios médicos por indicação da escola.

Saber lidar com os sintomas é uma das partes mais difíceis do processo

de tratamento do TDAH. Algumas medidas, no entanto, podem facili tar a

convivência, tanto por parte da criança quanto por parte da família. Veja quais

são as dicas que você deve aplicar ao seu filho com TDAH:

Estabeleça limites e regras

Seja paciente, demonstre afeição e amor

Faça elogios a seu filho, incentive-o e cumprimente-o sempre que ele

conseguir cumprir uma atividade. Quando precisar repreendê-lo, tome

cuidado com a forma com que vai fazer isso. O excesso de críticas

prejudica a auto estima da criança

Procure passar mais tempo na companhia de seu filho

Busque formas de aumentar a autoestima de seu filho e coloque

disciplina em sua rotina

Ensine seu filho a adquirir formas de organização adequadas, como

calendário de atividades diárias

16

Seja claro e objetivo. Evite usar palavras de difícil entendimento ao se

comunicar com seu filho, procure usar palavras mais fáceis e frases

curtas

Ao falar com seu filho, fique à sua frente, olho no olho e fale com calma

até ter certeza de que ele o compreendeu

Jamais exponha a criança ou crie constrangimentos a ela

Tente usar criatividade e usar técnicas de motivação e recompensa com

ele

Não grite, use menos o “não” em detrimento de diálogos que o motivem

a pensar e refletir

Seja um “expert” em TDAH, assim você certamente otimizará o

tratamento do seu filho.

O TDAH não tratado ou mesmo não diagnosticado pode trazer diversas

consequência no dia a dia da criança, adolescente ou adulto com o quadro.

Pessoas não diagnosticadas não receberão tratamento e certamente

continuarão sendo rotuladas de preguiçosas e malcriadas, quando na verdade

o que elas apresentam é um comportamento biologicamente determinado, com

um amadurecimento em regiões do cérebro que é diferente daquele

apresentado por indivíduos sem o transtorno.

Ainda, os estudos mostram que pessoas não tratadas precocemente

terão mais “prejuízos” ao longo dos anos e maior comprometimento da

qualidade de vida em todos os setores.

O TDAH em crianças e adolescentes, em relação a seus pares e ou

controles, se associa a:

Maiores taxas de sentimento precoce de fracasso

Menores índices de desempenho escolar e menos sucesso acadêmico

Maiores chances de sentimentos de autoestima, autoconfiança e

autoimagem baixos

Maiores taxas de rejeição social e bullying

Chances significativamente maiores para desenvolverem Transtorno de

conduta na adolescência.

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O TDAH em adultos se associa a:

Pior desempenho, sucesso, assiduidade e pontualidade no campo

profissional

Maiores taxas de desemprego

Altos níveis de conflito interpessoal

Maiores índices de problemas e de assédio moral no trabalho

Chance significativamente maior para desenvolver Transtorno de

Personalidade Antissocial

Taxas maiores de Transtorno de Conduta, Transtornos por uso de

substâncias e de problemas com a Lei, prisão, crimes, morte precoce

Maior probabilidade de sofrerem lesões, fraturas e hospitalizações além

de acidentes com ou sem vítimas, violações de trânsito, multas

Maior probabilidade de obesidade ou outras compulsões.

A Neurociência ainda não sabe dizer ao certo de que forma é possível

prevenir a ocorrência de TDAH. O que se conhece hoje são formas que ajudam

a reduzir o risco de seu filho desenvolver o distúrbio.

Confira alguns exemplos:

Durante a gravidez, evite fazer uso de substâncias que possam

prejudicar o desenvolvimento fetal. Não beba bebidas alcoólicas, evite

cigarros e outras drogas. Evite, também, a exposição a toxinas

ambientais

Proteja seu filho da exposição a poluentes e toxinas, incluindo a fumaça

de cigarro, produtos químicos agrícolas ou industriais e chumbo.

18

Capítulo II

O SUPERVISOR PEDAGÓGICO, O UNIVERSO ESCOLAR

E O ALUNO COM TDAH

A função supervisora historicamente, surge no Brasil como resultado de

um modelo econômico baseado no desenvolvimentismo e na injeção do capital

estrangeiro no país. Esse modelo trazia consigo não só os padrões

econômicos americanos, mas também o modelo educacional americano.

Neste contexto, o Supervisor Pedagógico é o especialista em educação

cuja função caracterizava-se por controlar o processo de produção, assumindo

características de coordenação e direção do trabalho, ou seja, atuando como

elemento mediador (função técnica que está a “serviço de”). Exercia sua

função através de treinamento de professores para difundir os fundamentos

ideológicos de organização dos processos de trabalho e do controle sobre ele,

buscando a aplicação do conceito de racionalidade à administração, com o

objetivo de aumentar a produtividade da mão-de-obra e a melhoria de seu

desempenho.

Nestas circunstâncias, a função do Supervisor pedagógico reflete o

contexto histórico do período, marcado pelo desenvolvimento nacional e de

controle político-social, altamente mecanicista, utilitarista, burocrático e

pragmático.

Entretanto, como resultado histórico das lutas dos educadores, a

educação vem reservando outros desafios para os supervisores,

acompanhando movimentos mundiais de transformação nas relações sociais e,

especificamente, nas relações nos ambientes educacionais, de formação

humana.

Os movimentos mundiais por processos democráticos, relações

humanizadas e participação coletiva, confere à Supervisão Pedagógica, hoje,

o papel de agente social. Agente social sob a perspectiva crítica, que reivindica

uma nova escola e um novo mundo igual e livre.

19

Nesta perspectiva, o Supervisor Pedagógico abandona o modelo

fiscalizador para exercer funções que se caracterizam como comprometidas,

explicitas. Assume, portanto, sua condição crítica da realidade, sua função

política, reflexiva, inovadora, transformadora, libertadora, criativa em todas as

direções.

O Supervisor Pedagógico, a luz de um novo projeto de escola, se dá

conta de sua função política, articuladora, mediadora, promotora de espaços de

discussão e decisões coletivas. É um educador consciente de seu papel e dos

processos históricos, comprometido com uma concepção de educação e de

escola que atenda aos anseios da sociedade brasileira numa perspectiva

democrática e democratizadora.

O Supervisor Pedagógico, portanto, não aceita mais ser apenas o

elemento executor e reforçador de um sistema instituído, mas sim, deseja ser

ator participante, construtor de sua própria história, agente estimulador de

experiências vivenciadas na escola, campo potencialmente formador de

cidadãos autônomos e livres. Sobretudo, com a ação supervisora, construir

diálogos, estimular atividades participativas, reinventar processos democráticos

e reafirmar ações dos atores da educação que viabilizem o acesso e a

permanência na escola, a qualidade na educação, definida sob condições reais

para estudantes e profissionais, e a conseqüente transformação da sociedade.

Sistematizando, o Supervisor Pedagógico deve coordenar e viabilizar

trocas de experiências e informações entre os professores bem como ser

aquele que dinamiza a relação entre direção, pais, alunos e comunidade

escolar, com vistas ao bom êxito do processo ensino aprendizagem.

Assim deverá o Supervisor pedagógico:

Participar da elaboração do projeto político-pedagógico, orientar e

responsabilizar-se por sua organização e reformulação constante;

Participar ativamente com professores e equipe técnico-pedagógica da

elaboração dos projetos pedagógicos desenvolvidos pela escola;

20

Garantir tempo e espaço para reflexão e discussão sobre a prática pedagógica

e a relação com os alunos;

Orientar e acompanhar os professores, oferecendo sugestões para o

desenvolvimento e melhoria do seu trabalho pedagógico;

Atualizar-se constantemente, estimulando a realização de projetos

conjuntos entre professores para diagnosticar problemas de ensino

aprendizagem e adotar medidas pedagógicas preventivas;

Atuar junto aos professores no processo de avaliação para classificação

e reclassificação dos alunos;

Planejar e coordenar as reuniões de pais, o Conselho de Classe e as

reuniões de natureza pedagógica;

Verificar e conferir diários de classe e fichas de registro individual,

orientando quanto ao preenchimento;

Participar de capacitações para melhoria do processo ensino-

aprendizagem;

Trabalhar em integração com o Orientador Educacional no atendimento

aos professores, alunos e responsáveis, acompanhando as dificildades de

aprendizagem, buscando soluções satisfatórias, observando e respeitando as

atribuições específicas de cada profissional.

Todas estas atribuições que são pertinentes ao Supervisor Pedagógico

a elas, e para além delas, deve-se manter fiel. Objetivando disponibilizar

recursos, apresentar estratégias.

Na infância, se há um lugar onde é possível medir êxito ou fracasso é a

escola. O que imputa a este ambiente uma responsabilidade fundamental

sobre o destino das crianças portadoras do TDAH.

Uma vez identificado o transtorno, medicado e submetido a tratamento. A

criança portadora do TDAH deve receber da escola apoio para superar limites

que lhe são impostos e obter sucesso.

21

A repetição é uma estratégia que deverá ser vista como uma poderosa

ferramenta educativa, como reforço positivo. “os pensamentos transformando-

se em coisas”. Reuven feuerstein (1980) afirma que o rendimento baixo na

escolaridade é produto do uso ineficaz daquelas funções que são os pré-

requisitos para um funcionamento cognitivo adequado, conjunto de ações

interiorizadas, organizadas e coordenadas, pelas quais se elabora a

informação procedente das fontes internas e externas de estimulação.

A repetição estabelece as conexões cerebrais – lei da repetição.

Memorizamos mediante a repetição, atletas profissionais – memória muscular –

uma habilidade – primeira automática, segunda subconsciente, terceira

incosciente – tal qual como conduzir um carro. A Lei de Repetição tem uma

importância crucial na criação de redes neutrais estruturadas. A recordação

mental prepara a mente, tal qual a prática física prepar o corpo. (DISPENZA,

2008)

Feuerstein entende que os processos de pensamento ocorrem em três

momentos: a consideração inicial dos dados apresentados ao individuo, os

processos de análise e a elaboração de respostas. Algumas das funções

cognitivas deficientes são:

- Fase da assimilação

Exploração impulsiva e desordenada de um dado problema;

Pouca necessidade de exatidão na consideração dos dados do

problema;

Dificuldade para a consideração simultânea de duas ou mais fontes de

informação

- Fase da análise:

Dificuldade para distinguir entre informações relevantes e irrelevantes;

Compreensão episódica ou desconexa das dimensões espaço-

temporais;

Precariedade de trabalho lógico (conexão de pensamento numa linha

indutiva “se-então”);

22

Reflexão deficitária dos próprios processos de pensamento (habilidades

metacognitivas tênues).

- Fase resposta:

Forma egocêntrica de se comunicar;

Conduta do tipo”ensaio e erro”;

Impulsividade.

A preocupação de Feuerstein, além das questões de natureza teórica (e

de fato ele desenvolve um amplo campo de formulação e críticas conceituais),

concentra-se fundamentalmente no lidar – tanto no plano diagnóstico como no

terapêutico – com a criança cognitivamente debilitada. O indivíduo-alvo do

trabalho de Feuerstein é a criança, o adolescente e o adulto que evidenciam

dificuldades consideráveis no que tange as operações cognitivas. Por isso, sua

contribuição maior no campo da Educação Especial reside na construção de

uma gama considerável de instrumentos psicopedagógicos, com a finalidade

precípua de diminuir e se possível dirimir as funções deficientes.

O professor então depois da criança, do aluno é o segundo personagem

principal, no processo da aprendizagem. Uma pessoa que trabalha interagindo

com o aprendiz, estimulando suas funções cognitivas, organizando o

pensamento e melhorando os processos de aprendizagem – um autêntico

professor mediador (Feuerstein 1980), o que supõe a importância de sua

formação de educador, alguém que faz o caminho para o autoconhecimento,

para que não seja “cegos conduzindo cegos”. (ESPÍRITO SANTO, 2007)

Alguns teóricos dão conta de sinalizar que o universo escolar pode vir a

ser o grande vilão na construção da identidade deste aluno. Demonstrando

incapacidade ou incompetência. “Todos nós nascemos príncipes e princesas,

mas o sistema educativo (pais e professores) pode transformar-nos em sapos.”

(TEZOLIN, 2003)

Gardner (2007), em sua teoria das Inteligências múltiplas (lingüística,

lógico-matemática, espacial, cenestésico-corporal, musical, interpessoal,

23

intrapessoal e naturalista), mostra que são linguagens que todos falamos,

influenciadas pela cultura de cada um, São ferramentas para a aprendizagem,

na resolução de problemas e para a criatividade que todo o ser humano pode

dispor. Golleman (2001), com sua teoria da Inteligência emocional, está de

acordo que precisamos desenvolver todas as inteligências das crianças e não

privá-las em supervalorar somente a leitura, a escrita e a matemática.

Outro teórico importante como Feuerstein, (1980) crê que o indivíduo é

modificável e pode melhorar suas realizações intelectuais, seu rendimento

intelectual. A troca que fazem as crianças constantemente, é uma capacidade

natural de transformação de todo ser humano.

Para tanto podemos ilustrar com um conto: “Um dia, Nasruddin viu

chegar a sua janela um pássaro extraordinário que ninguém nunca havia

descrito em livro algum. Nasruddin se incomodou que o animal fosse tão

diferente da idéia que ele tinha dos pássaros. Ele pegou cortou as asas e o

rabo, mudou o bico, limou as garras e, contemplando sua obra, exclamou: Ah,

por fim! Agora é um pássaro!”

Assim nos remetemos ao nosso sistema educacional com este conto.

Por acaso, não temos uma tendência de transformar estes “pássaros raros”

(alunos / crianças / adolescentes TDAH, por exemplo) em cópias dentro de

uma idéia preconcebida? (FLAK, 1997)

Gladys Troconis (2008) sugere as seguintes estratégias para o aluno

com TDAH:

- Não permita jamais que os outros alunos zombem de um aluno com

TDAH.

- Nunca castigue um aluno com TDAH deixando-o sem recreio.

- Insista em que as crianças tomem algo no meio da manhã evitando

açúcar, chocolates e corantes.

- Os professores devem ser muito cuidadosos com o que dizem ao aluno

diante de situações onde o aluno se comportou muito mal.

24

- Ajude os alunos a se auto-observarem melhor.

- Repita a pergunta e motive-os para que respondam.

- O colégio ideal seria aquele que tem poucos alunos na sala de aula (12

a 15 crianças no máximo).

Para 1º e 2º ano do ensino fundamental o número de alunos adequado

está em até sete alunos; para 3º, 4º e 5º ano até 10 alunos; para 6º ano e 2º

ano do ensino médio: máximo de 15 alunos.(MORENO, 2001)

- E as perguntas que os pais devem fazer a si mesmos em relação ao

seu filho, sua aprendizagem e a escolha do colégio são:

1. Satisfaz a nível escolar?

2. Satisfaz a nível intelectual?

3. É feliz?

- Ter atenção positiva do colégio. (diretor, orientador, professores,

trabalhadores que tenham contato com a criança)

As estratégias sugeridas por Gladys Troconis não serão as únicas

apresentadas. Existem outras tantas que poderão facilitar a vida dos alunos

portadores do TDAH, seus pais e professores que passo a relacionar:

Normas combinadas há de se cumpri-las, sem discussão.

Ensine a criança a esquematizar os conteúdos, destacar, fazer quadros,

resumos com os pontos principais, gráficos, sublinhar, colorir.

Use a agenda escolar para comunicar-se frequentemente com os pais.

O aluno deverá ficar sentado de frente para o professor.

Separe a criança dos colegas que estimulem e provoquem

comportamentos inadequados.

Trabalhos em grupo , em dupla, para evitar dispersão,distração.

Nas tarefas de casa:

Diminua as exigências.

Priorize os objetivos.

25

Facilite estratégias e instrumentos para compensar e suprir as

dificuldades.

Esteja atento para que os conceitos sejam aprendidos.

Saber que a criança portadora do TDAH precisa de profissionais

preparados para estar diariamente lidando com suas limitações e sendo o

mediador que favoreça sua aprendizagem atuando na escola e em parceria

com sua família nos remete a necessidade de investimento na formação deste

profissional prevista já no projeto de Lei 7081/10, que dispõe sobre diagnóstico

e o tratamento do TYDAH e Dislexia na educação básica, foi aprovado em três

Comissões no Senado federal e, agora só faltam mais duas para que seja

reconhecida como Lei.

O projeto foi aprovado no dia 05/06/2013, na Comissão de educação da

Câmara, segue para a comissão de Finanças e Tributação e por último, para a

Comissão de Constituição e Justiça. Na última etapa será enviado para a

Presidência da República para ser sancionada.

O projeto de LEI 7081/2010, de autoria do Senador Gerson Camata

(PMDB), cuja relatoria é da Deputada Federal Mara Gabrielli (PSDB-SP), tem

por objetivo instruir, no âmbito da educação básica, a obrigatoriedade da

manutenção de programa de diagnóstico e tratamento do TDAH e da Dislexia.

O projeto estabelece que as escolas devam assegurar aos alunos com TDAH e

Dislexia acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua

aprendizagem, e que os sistemas de ensino garantam aos professores

formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.

No Estado do Rio de Janeiro, foi publicado no D. O em 15 de julho de

2016 a Lei Nº 7354 de 14/07/2016, que institui no âmbito do Estado do Rio de

Janeiro, o Programa de Diagnóstico e Tratamento do Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade – TDAH e dá outras providências. O Projeto é de

autoria dos Deputados Waldeck Carneiro e Paulo Ramos.

26

CAPÌTULO III

A AVALIAÇÃO DO ALUNO COM TDAH

Ainda é bastante comum em nossa sociedade as pessoas entenderem

que não se pode avaliar sem que os estudantes recebam uma nota pela sua

produção. Avaliar, por tanto, parece como sinônimo de medida, de atribuição

de valor em forma de nota ou conceito. Porém em se tratando de alunos com

TDAH não se pode confundir avaliar com medir.

Avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para tentar

manter ou melhorar nossa atuação futura. Essa é a base da distinção entre

medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter

informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-

se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro.

Portanto, medir não é avaliar, ainda que o medir faça parte do processo de

avaliação.

Avaliar a aprendizagem do estudante não começa e muito menos

termina quando atribuímos uma nota à aprendizagem.

A avaliação é uma das atividades que ocorre dentro de um processo

pedagógico. Este processo inclui outras ações que implicam na própria

formulação dos objetivos da ação educativa, na definição dos conteúdos e

métodos, entre outros. A avaliação, portanto, sendo parte de um processo

maior, deve ser usada tanto no sentido de um acompanhamento do

desenvolvimento do estudante, como no sentido de uma apreciação final sobre

o que este estudante pôde obter em determinado período, sempre com vistas a

planejar ações educativas futuras.

Para que a avaliação seja possível e faça sentido, o primeiro passo é

estabelecer e ter uma ação claramente planejada e em execução, sem o

que a avaliação não tem como dimensionar-se e ser praticada, pois

que o seu mais profundo significado, a serviço da ação é oferecer-lhe

27

suporte, com o objetivo efetivamente chegar a resultados desejados.

(LUCKESI, 2011)

Assim entendemos ser tão necessária a avaliação planejada e

principalmente no caso do aluno com TDAH, o sucesso e avanços depende do

rigoroso trabalho executado pelo professor regente em acordo e

supervisionado pedagogicamente.

A avaliação precisa ser vista não sob a lógica da exclusão e sim da

inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação, da

participação, da construção da responsabilidade.

Tal perspectiva de avaliação alinha-se que com a proposta de uma

escola mais democrática, inclusiva que considera as infindáveis possibilidades

de realização de aprendizagens por parte dos estudantes Essa concepção de

avaliação parte do princípio de que todas as pessoas são capazes de aprender

e de que as ações educativas, as estratégias de ensino, os conteúdos das

disciplinas devem ser planejadas a partir dessas infinitas possibilidades de

aprender dos estudantes.

A avaliação e sendo ela formativa não tem como pressuposto a punição

ou premiação. Ela prevê que as crianças possuam ritmos e processos de

aprendizagens diferentes. PIAGET (1989), destacou entre outros o aspecto

cinético, referente a expressividade e a mobilidade próprias das crianças:

saltar, pular, correr, escorregar, rolar, dramatizar dançar, contar...Assim um

grupo disciplinado não é aquele em que os vários participantes se encontram

envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Assim, no caso das

crianças com TDAH podermos destacar o portfólio como uma alternativa para

uma avaliação formativa, numa perspectiva de progressão de aprendizagem,

que abre novas possibilidades de estímulo a reflexão e ao desenvolvimento

das habilidades dos alunos, aspecto que raramente são passíveis da avaliação

formal.

Para avaliar, é preciso ter a sensação de que as coisas valem. Eu não

poderia avaliar bem se sabe algo do qual esperasse nada. O ato de avaliar

28

implica deste modo, uma relação com o mundo, pois capaz de responder ou

não as expectativas valorizada.

Ao classificar em uma avaliação as aprendizagens em certas ou erradas,

termina-se por separar aqueles estudantes que aprenderam os conteúdos

programados para a série em que se encontram daqueles que não aprendem.

Essa perspectiva de avaliação classificatória e seletiva, muitas vezes, torna-se

um fator de exclusão escolar.

Os exames, praticados por educadores em nossas escolas,

excluem e, desse modo, traduzem o modo de excludente da

sociedade burguesa. Daí a dificuldade em mudarmos uma vez

que vivemos nessa sociedade. (LUCKESI, 2011)

Entretanto, é possível concebermos uma perspectiva de avaliação cuja

vivência seja marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da

autonomia, da mediação, da construção da responsabilidade.

Esse tipo de avaliação termina por confinar os alunos portadores do

TDAH retidos justamente pela falta da possibilidade de avaliar sem medir.

Visto que os instrumentos utilizados para que o professor faça esta mediação

não dão conta de assegurar uma avaliação

Para transmitir do modo de examinar para o modo de avaliar

em educação, temos de agir em sentido oposto ao modelo social

vigente, visto que a avaliação se caracteriza pela inclusão, o que

significa investir na aprendizagem satisfatória de todos, isto é de modo

democrático. E certamente é muito mais fácil agir segundo as normas

sociais já estabelecidas e introjetadas em nossos atos do que estar na

contramão, trabalhando pela mudança. (LUCKESI, 2011)

A necessidade de se instaurar uma cultura avaliativa, no sentido de uma

avaliação entendida como parte inerente do processo e não marcada apenas

por uma atribuição de nota, não é tarefa muito fácil. Uma pergunta, portanto,

que o coletivo escolar necessita responder diz respeito às concepções de

educação que orientam sua prática pedagógica, incluindo o processo de

avaliação. Qual o entendimento que a escola construiu sobre sua consepção

de educação e de avaliação?

29

A escola então precisa refletir e verificar que a exclusão que ela pode

realizar, caso afaste os estudantes da cultura, do conhecimento escolar e da

própria escola, pela indução da evasão por meio de reprovação.

Os alunos com TDAH são alvo deste processo excludente de avaliar

uma vez que encontram dificuldades reais de se localizar nesse processo e

ainda contam com a resistência dos professores que não desejam transpor

esse modelo ultrapassado de avaliar. E insistem em utilizar modelos de

avaliação que podem atuar para legitimar a exclusão, dando uma aparência

científica a avaliação e transferindo a responsabilidade da exclusão para o

próprio estudante. Sob esse aspecto:

1. É fundamental, transformar a prática avaliativa em prática de

aprendizagem.

2. É necessário avaliar como condição para mudança de prática e para o

rendimento do processo de ensino/ aprendizagem.

3. Avaliar faz parte do processo de ensino e de aprendizagem: não

ensinamos sem avaliar. Dessa forma, rompe-se com a falsa dicotomia

entre ensino e avaliação, como se esta fosse apenas o final de um

processo.

Outro aspecto diz respeito ao papel esperado dos estudantes na escola

e o desenvolvimento de sua autonomia e auto direção. Nesse caso, a avaliação

pode ser usada para gerar a subordinação do estudante e não para valorizar

seu papel como sujeito de direitos com capacidade de decidir.

A escola, portanto, não é apenas um local onde se aprende um

determinado conteúdo escolar, mas um espaço onde se aprende a construir

relações com as coisas e com as pessoas. Essas relações devem propiciar a

inclusão de todos e o desenvolvimento e auto direção dos estudantes, com

vistas a que participem como construtores de uma nova vida social.

A importância dessa compreensão é fundamental para que se possa, no

processo pedagógico, orientar a avaliação para essas finalidades. Entretanto,

isso não retira, nem um pouco, a importância da aprendizagem dos conteúdos

escolares mais específicos e que são igualmente importantes para a formação

30

dos estudantes de criar e expressar sua cultura, por outro, vivendo em um

mundo altamente tecnológico e exigente, as contribuições já sistematizadas

das variadas ciências e das artes não podem ser ignoradas no trabalho

escolar.

O Supervisor Pedagógico, mesmo não sendo o responsável direto pela

avaliação deverá ocupar-se dela. Precisa ter parâmetros do rendimento do seu

alunado. E para isso deve pontuar elementos a serem avaliados:

O progresso do educando;

O desempenho do professor;

A participação da equipe pedagógica como um todo;

O programa da escola;

A infra-estrutura da escola;

O sistema escolar.

Esses aspectos estão contidos em um processo mais complicado,

elaborado e doloroso, a auto-avaliação. Avaliar e auto avaliar-se para

automatizar o processo de ensino aprendizagem.

O corpo docente deverá ter na pessoa do Supervisor Pedagógico, a

referência para inspira-se pedagogicamente; apoiar-se nas questões legais; e

que na equipe diretiva seja a voz que represente a necessidade de ações que

promovam iniciativas de formação continuada.

Inspirar pedagogicamente o corpo docente a buscar novas estratégias de

avaliação, uma vez que as escolas não estão preparadas e a estrutura de

funcionamento pedagógico da maioria das instituições é bastante rígida. Por

isso, é importante que se tenha o olhar de um especialista, para orientar os

professores a estarem atentos as diferenças dos alunos e a desenvolverem

práticas que possibilitem diversas maneiras de aprender. Os professores

devem ter autonomia para promover métodos diferenciados. Se no processo de

avaliação entender que o aluno com TDAH precisa de outra abordagem, ele

tem autorização e autonomia pedagógica para isso.

A indicação de um Plano Educacional Individualizado e a valorização de

aspectos qualitativos ao invés de quantitativos, pois não serão apenas um

31

conjunto de idéias e iniciativas que poderão adequar uma escola a alunos com

TDAH. Para esta grave problemática de inclusão é que se deve preparar os

professores para lidar com os alunos em suas especificidades, assim como a

elaboração de Projeto Pedagógico que tenha eficácia e que seja validado pela

comunidade de profissionais que pesquisem o tema.

O Supervisor Pedagógico será referência para o professor apoiar-se nas

questões legais:

Entende-se por Atendimento escolar Espacializado o processo

educacional definido por proposta pedagógica, que assegure recursos

e serviços educacionais especias, visando apoiar, complementar,

suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais

comuns, em consonância a sintomatologia do distúrbio, de modo a

proporcionar educação escolar e promover o desenvolvimento das

potencialidades dos educandos que apresentem necessidades

especiais através de adequação curricular e um plano de estudos, em

todas as etapas do ensino fundamental e médio, garantindo, à pessoa

portadora do TDAH, integração no contexto socioeconômico e cultural,

conforme o disposto nos artigos 1° inciso III e 206 inciso I da

Constituição Federal e nos artigos 5° e 15 do Decreto 3.298, 20 de

dezembro de 1999, da Presidência da República, que institui as

Diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora

de Deficiência. (Lei N° 7354/16 Artigo 2°)

Na construção do Projeto Político Pedagógico das Unidades Escolares

deve-se fazer constar que recursos e serviços educacionais especiais;

promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que

apresentem tais necessidades especiais através de adequação curricular e um

plano de estudos, em todas as etapas do ensino fundamental e médio. Quando

se estabelece a adequação curricular já ressaltamos que não se trata de se

oferecer um currículo diferente do que é ministrado aos demais estudantes,

mas garantir que as estratégias atenderão as especificidades do educando

com TDAH e isto está ligado diretamente a forma de avaliar.

O Supervisor baseado na Lei não deverá permitir que o processo de

ensino aprendizagem do aluno portador de TDAH seja negligenciado.

32

Os sistemas educacionais da rede pública e particular devem

garantir, aos educadores do ensino fundamental e médio, capacitação

permanente orientada por profissionais de saúde, contendo aspctos

globais do TDAH, com ou sem hiperatividade, e suas implicações, que

possibilitem identificar possíveis alunos com o transtorno e

consequente auxílio no trabalho da equipe multidisciplinar, conforme o

dipositivo no disposto no Artigo 8º do Decreto 3.298, de 2 de dezembro

1999 da Presidência da República, que institui as Diretrizes da Política

Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. (Lei Nº

7.354/16 Artigo 4º)

A Formação Continuada reflete a qualidade da educação e do ensino, e

requer atenção, planejamento e perseverança. Uma prática pedagógica de

qualidade diretamente associada à contínua articulação entre a teoria e a

prática. Através deste fazer, os professores, e os gestores tornam-se mais

capacitados para refletir e atuar sobre todos os aspectos pedagógicos e para

além deles propor estratégias com a finalidade de sanar as dificuldades e

instalar mudanças significativas em toda a comunidade escolar, no fazer

pedagógico e principalmente na avaliação. Especificamente na avaliação do

aluno com TDAH.

Pais e responsáveis por alunos identificados como portadores

do Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH deverão

ser conscientizados sobre a sintomatologia do distúrbio e orientados

sobre o ensino de técnicas específicas e como proceder para um

melhor desenvolvimento global do educando, conforme o disposto no

Estatuto da Criança e do Adolescente no seu Art. 129, Inciso IV.(Lei Nº

7.354/16 Art. 5º)

O artigo remete-se a necessidade de orientar pais e responsáveis dos

alunos identificados com o Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade –

TDAH; reconhecer a responsabilidade dos profissionais da escola em estar

disponíveis para auxiliarem esses responsáveis com relação a avaliação,

explicando o formato de avaliação a ser aplicada, mostrando objetivos, critérios

claros de maneira que este momento sempre muito tenso e aflitivo para a

família do educando possa ser atenuado e vivido em igualdade de condições

com os demais responsáveis, uma vez que este aluno pode nunca ter consigo

33

informações que são comuns aos demais estudantes para suprir seus

familiares.

Observando o trabalho de todos os profissionais das instituições de

ensino, o supervisor escolar é quem estabelece o posicionamento de fazer,

agir, e entregar na comunidade dos relacionamentos na escola, em sala de

aula nas quais os alunos estão inseridos. O supervisor tem como objeto de

trabalho a produção do professor – aprender do aluno – e preocupa-se de

modo especial com a qualidade dessa produção.

É preciso usar de modo eficiente os resultados das avaliações para

melhorar a escola, a sala de aula, a formação do professor, na qual a avaliação

perde sentido para os principais protagonistas da educação: alunos e

professores. Frente esses resultados surgiu a necessidade e a importância da

valorização do supervisor escolar.

Com base nos resultados das avaliações o supervisor formula,

implementa e ajusta melhorias para que o professor ministre melhor suas aulas

atingindo padrões de qualidade compatíveis com as novas exigências pelo qual

acaba sendo um ciclo, um dependendo do outro.

O trabalho do supervisor não deve ser, por estar focado na ação do

professor, confundido com acessória ou consultoria, por ser um trabalho que

requer envolvimento e comprometimento. Nessa relação professor e supervisor

têm seu objeto próprio de trabalho. O primeiro, o que o aluno produz, e o

segundo, o que o professor produz. O supervisor deverá considerando as

características próprias do professor, desenvolver com ele as formas possíveis

de controlar o processo de aprender e ensinar. O supervisor não deverá estar

focado em exercer poder e controle sobre o trabalho do professor e assumir

uma posição de auxiliar, tornando-se um parceiro que contribui para promover

uma reflexão crítica sobre o fazer do professor e seu entendimento sobre

ensino aprendizagem e principalmente no que pretende avaliar.

34

Conclusão

O papel do Supervisor Escolar ao longo dos anos foi sofrendo

alterações.

Em um primeiro momento o supervisor apresentava-se e era visto como

alguém que estaria na escola para somente inspecionar e fiscalizar, atuando

muito mais nos aspectos administrativos, como por exemplo condições do

prédio escolar, freqüência dos alunos e professores. Em um segundo

momento, a supervisão ficou sendo entendida como orientação imposta aos

professores para se tornarem mais eficientes no exercício da profissão. Num

terceiro momento a supervisão começa a ser entendida como guia de acordo

com as necessidades.

Numa abordagem moderna a supervisão escolar passou a ser entendida

como um orientador profissional que presta assistência, dadas por pessoas

competentes em matéria de educação, que deverá desenvolver dentro do

espaço escolar uma visão crítica e construtiva do seu fazer pedagógico,

trabalhando de forma coesa e articulada com os diretores escolares,

orientadores e toda comunidade escolar. Esta articulação possibilitará a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

E quanto ao foco deste estudo, que são as contribuições que o

Supervisor Escolar deverá buscar apontar na direção do efetivo sucesso do

aluno com Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade, são possíveis a

partir desta abordagem moderna do supervisor, uma vez que seja aporte na

equipe diretiva para apontar novos caminhos e estratégias no processo ensino

aprendizagem, que na construção do Projeto Político Pedagógico traga luz a

inclusão destes alunos. Que confronte a comunidade escolar com as leis que

amparam os alunos e que principalmente acompanhem as famílias

encorajando-as a obterem um diagnóstico preciso; oportunizando aos

professores uma formação continuada para que avancem no entendimento,

acolhimento e na construção de um currículo que forneça as diferenças uma

35

avaliação segura que promova igualdade neste processo que nunca será o fim

mas o caminho para o sucesso escolar deste aluno.

36

BIBLIOGRAFIA

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9394, 2ª ed. Brasília: Atual, 1996.

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Médicas Sul, 1999.

SANT’ANNA, Elza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e

Instrumentos 5ª Ed. Petrópolis: Vozes 1999.

38

ÍNDICE

CAPA

FOLHA DE ROSTO

AGRADECIMENTOS

DEDICATÓRIA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 05

CAPÍTULO I 08

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

1.1. Sintomas do TDAH

1.2. O Trasntorno do TDAH

CAPÍTULO II 18

O Supervisor Pedagógico o Universo escolar e o aluno com TDAH

CAPÍTULO III 26

A avaliação do aluno com TDAH

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA 36

ÍNDICE 38

39