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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING SOCIAL E O CASO McDIA FELIZ Por: Lívia Oliveira dos Santos Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING SOCIAL E O CASO McDIA FELIZ

Por: Lívia Oliveira dos Santos

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING SOCIAL E O CASO McDIA FELIZ

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Comunicação

Empresarial

Por: Lívia Oliveira dos Santos

3

AGRADECIMENTOS

Acima de tudo à Deus, ao meu pai pelo

amor sem limites, à minha família e

amigos, e ao André, pelo apoio diário.

4

DEDICATÓRIA

Dedico o trabalho à minha avó Amalia (in

memorian) por me mostrar o que é a fé.

5

RESUMO

O trabalho apresentado tem por objetivo diferenciar as diversas ações

sociais realizadas pelas corporações, bem como seus objetivos finais e

impactos ambientais. Para tanto, serão abordados conceitos de marketing

social, responsabilidade social, marketing relacionado a causa e filantropia.

Para realizar o trabalho, foi necessário iniciar uma introdução sobre os

conceitos de marketing social, com o objetivo de posteriormente transpô-los ao

marketing social.

Para melhor ilustrar a aplicação desses conceitos pelas empresas, o

caso do McDia Feliz, uma ação de marketing relacionado a causa realizada

pelo McDonald’s, foi abordado, tendo em vista sua definição, objetivo, metas e

resultados.

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METODOLOGIA

O crescimento de publicações relacionadas à responsabilidade social e

marketing social foi fundamental para a escolha do tema. Além disso, a

aproximação dos 20 anos do McDia Feliz contribuiu na escolha do caso de

estudo. A execução deste trabalho teve como base a pesquisa, que foi

realizada com base na leitura dos livros apresentados na bibliografia, visita aos

sites relacionados ao assunto, como a página do Instituto Ethos e o site do

Instituto Ronald McDonald.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Conceitos de Marketing 09

CAPÍTULO II - Marketing Social 14

CAPÍTULO III – Responsabilidade Social 20

CAPÍTULO IV – O Caso McDia Feliz 24

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31

ÍNDICE 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO 33

8

INTRODUÇÃO

Ao longo da história da humanidade, grandes foram as conquistas

tecnológicas, políticas e econômicas. Hoje, o que se questiona é o preço de

todo esse avanço. O meio ambiente, a saúde e a educação foram os setores

mais negligenciados neste cenário de capitalismo voraz. O que se vê é o

aumento de epidemias, analfabetismo e um desenvolvimento nada

sustentável. A dívida é grande, e conceitos como responsabilidade social e

marketing social são focos de discussões internacionais. Porém, mesmo em

evidência, esses conceitos ainda são confundidos.

O objetivo deste trabalho é mostrar a diferença dessas duas novas

fórmulas de gestão social. Para tanto, o conteúdo desta monografia está

dividido em cinco partes. Ao longo do trabalho serão abordados conceitos de

marketing, marketing social, marketing relacionado à causa, responsabilidade

social e interesse empresarial na questão social. O último capítulo traz, em

destaque, o estudo do caso McDia Feliz, uma campanha conhecida

mundialmente de marketing relacionado à causa.

Como já vimos, é muito comum que as pessoas entendam marketing

social, filantropia e responsabilidade social como a mesma coisa. Ao longo

deste trabalho tais questões serão apresentadas, discutidas e diferenciadas.

Para ilustrar como tais conceitos são presentes e fundamentais para as

corporações, o caso do McDia Feliz será analisado.

9

CAPÍTULO I

CONCEITOS DE MARKETING

A palavra marketing, apesar de muito utilizada, não tem tradução para

o português. Talvez por isso algumas pessoas encontrem dificuldade em

definir este conceito. Em Inglês, market significa mercado, e o sufixo ing,

define uma ação contínua, que define o tempo gerúndio. Portanto, marketing

pode ser entendido como atuando no mercado. Uma das definições do termo,

de Kotler & Armstrong (2004), é a seguinte: “Marketing é um processo

administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessita e

desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com os outros”

(p.03). Outra, mais simples e que mostra como o trabalho relacionado aos

interesses individuais dos consumidores é a de Peter Drucker, que afirma:

“Marketing é todo o empreendimento do ponto de vista

do consumidor” (DRUCKER, 1994, p.47).

A Associação Americana de Marketing (AMA) redefiniu seu conceito de

marketing, dando ênfase no poder de relacionamentos duradouros com os

clientes. Na definição anterior da AMA (1985), marketing era “o processo de

planejamento e execução de conceitos, precificação, promoção e distribuição

de bens, idéias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos dos

indivíduos e das empresas”. A definição atual é:

“Marketing é uma função organizacional e uma série de

processos para a criação, comunicação e entrega de

valor para clientes, e para gerência de relacionamentos

com eles de forma que beneficie a organização e seus

stakeholders” (AMA, 2004).

10

Essa mudança nos conceitos traz o reconhecimento do valor do

cliente-consumidor no comando do mercado. É nesse terreno que o marketing

social caminha, como veremos posteriormente. Aos poucos, a falsa idéia de

que marketing é apenas venda dá lugar a visão da satisfação dos desejos do

consumidor e posterior bem estar.

1.1 - O Composto de Marketing (Marketing Mix)

Marketing Mix se refere às quatro áreas primárias de processo de

decisão associado ao marketing. Trata-se de decisões de produto, decisões de

preço, decisões de comunicação e decisões de distribuição. Apesar de

existirem muitas definições para o termo, de um modo geral podemos dizer

que é o conjunto de ferramentas que proporcionarão ao produto aceitação,

posicionamento e sustentação do produto.

O conceito baseia-se nos estudos de Neil Borden que usou esse

termo, pela primeira vez, em 1949. Borden afirma que o termo surgiu ao ler os

estudos de um autor contemporâneo, James Culliton, que chamava os

executivos de liquidificadores (mixers, em Inglês), Pois tinham como função

materializarem receitas, fosse misturando ingredientes, mudando suas

quantidades ou inventando novos elementos. Desde então, a expressão

Marketing Mix passou a ser a teoria mais aceita para efetivar as atividades de

Marketing. Segundo Kotler (1998), o composto de marketing é “o conjunto de

ferramentas que aempresa usa para atingir seus objetivos de marketing no

mercado alvo” (p.97).

Existem variações na nomenclatura desses conceitos. McCarthy

desenvolveu os 4 P’s, Richers, um professor brasileiro, os 4 A’s, e Lauterborn

os 4 C’s. Dependendo do cenário observado, cada um é se torna o mais

apropriado, mas os 4 P’s são reconhecidos internacionalmente.

11

1.1. 1 – Produto

O produto trata com especificações do bem ou serviço e as formas

como ele se relaciona com as necessidades que o consumidor tem. O

responsável por essa área deve pensar sobre quais elementos do produto

podem ser fundamentais para seu sucesso. Design, embalagem, peso, marca

e garantia ajudam a criar valor na visão do cliente em relação ao produto.

Portanto, produto é algo criado com a finalidade de satisfazer as necessidades

e desejos dos consumidores. Um produto que não atende às necessidades do

cliente tende a permanecer por pouco tempo no mercado.

1.1. 2 - Preço

A definição do preço de um produto vai além do repasse dos custos

de produção. Por tanto, sua definição deve ser baseada em fatores

econômicos como também em fatores psicológicos. Economicamente, o preço

deve ser competitivo em relação à concorrência. Para o cliente, o que vale é a

melhor relação entre custo e benefício. Muitas vezes o cliente associa preço

alto à qualidade, ou exclusividade e luxo. Isso diz respeito a valor. Nesse caso,

o valor do produto relaciona-se à seu preço.

1.1. 3 - Promoção

Promoção pode ser vista como a estratégia de comunicação e

divulgação do produto, marca ou empresa. Nela são definidas as mensagens e

ferramentas para divulgação, que podem ser: anúncios, publicidade, relações

públicas, marketing direto, brindes, força de vendas e até mesmo o boca-a-

boca. O consumidor deve perceber a promoção como algo presente, marcante

e agradável, para que assim se lembre dos benefícios que foram sugeridos.

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1.1. 4 - Praça

Trata-se de estratégias de distribuição de um produto ou serviço para

seu consumidor, ou como muitas vezes observado, dos meios como as

mercadorias serão transportadas do local onde são fabricadas até o ponto de

distribuição final, ou ponto de venda. O profissional dessa área deve estar

atento aos canais de distribuição que utilizará, e a área que logisticamente

abrangerá. Para o consumidor, a forma de distribuição está diretamente ligada

à sensação de comodidade.

1. 2 – Marketing no Brasil e no mundo

No Brasil, o marketing deu seus primeiros passos nos anos 50, com a

vinda das grandes multinacionais para o país. De maneira pouco elaborada, as

estratégias aplicadas por essas empresas aqui no Brasil tinham o único intuito

de vender, pois o mercado não oferecia grande concorrência. É a partir dos

anos 60 que a idéia de marketing como processo de fidelização passou a ser

aplicada. Os métodos de vendas e distribuição também sofreram modificações,

devido ao crescimento das redes de supermercados e ao surgimento dos

shopping centers. Nesse momento, a publicidade se torna grande aliada do

marketing como forma de divulgação.

Já os anos 70, marcado pelo deslumbre do “Milagre econômico

brasileiro”, foi palco de massivos investimentos em estratégias de marketing. A

década de 80 foi uma época de grandes crises financeiras. O período ficou

conhecido como a “Década perdida”, devido à devastadora crise econômica

que assolou o país. Os cofres esvaziaram, a dívida externa aumentou e a

inflação atingiu altíssimos índices. Com este cenário, os investimentos em

marketing caíram pela metade.

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Com a criação do Plano Real nos anos 90, a economia começou a se

equilibrar, e essa estabilidade aumentou a concorrência interna e a abertura do

mercado para os produtos importados. As indústrias tiveram que adequar seus

padrões de qualidade para se tornarem competitivos, Além disso, novas

ferramentas de marketing passaram a ser utilizadas, como o telemarketing e

outros sistemas de comunicação dirigida.

Atualmente, o marketing não é mais um terreno desconhecido, ou uma

atividade experimental, realizada através de tentativas de erros e acertos. O

marketing no Brasil é uma realidade estabelecida, e o foco principal

desenvolvido pelas empresas é o atendimento das necessidades e desejos

dos clientes, e esses, por sua vez, se tornaram cada vez mais exigentes.

O cenário mundial atual é de globalização. A Revolução Industrial

cedeu lugar à Revolução Tecnológica, e o ponto-chave do mundo

contemporâneo é a informação. Sistemas integrados, em rede e em tempo

real, aceleraram os processos de comunicação. As informações chegam em

grande quantidade e em rápida velocidade. Com tudo, a obsolescência

também se tornou mais rápida. O desafio atual é adequar as técnicas de

propaganda e marketing a esse ambiente. Para tanto, utiliza-se soluções

digitais dirigidas a cada tipo de consumidor, no lugar dos antigos meios de

comunicação de massa. E-mails, canais de TV por assinatura, e compras on

line, são exemplos desses novos agentes de mudança nos processos de

comunicação e vendas.

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CAPÍTULO II

MARKETING SOCIAL

Antes de mostrar a transposição dos conceitos do marketing para o

setor social, é necessário fazer algumas observações sobre termos

comumente confundidos. Responsabilidade social, balanço social, terceiro

setor e filantropia são assuntos relativamente novos, muito discutidos, mas que

ainda não podem ser considerados conceitos.

O marketing social atua sob fundamentações práticas e teóricas. No

entanto, o termo muitas vezes é usado para definir ações empresariais que

têm como objetivo fazer promoção de sua imagem ou produto, sem nada

acrescentar à sociedade, sem gerar mudança de comportamento. Na verdade,

esse tipo de comportamento nada tem a ver com marketing social, são apenas

ações de promoção social e, portanto, de marketing comercial.

2.1 – Mercado assistencialista

Marketing social nada tem a ver com mercado assistencialista. Esse

tipo de mercado atua sob a sensação de bem-estar momentâneo de se livrar

de uma situação incômoda. Trata-se de ações como caixinhas de natal,

esmolas, campanha do agasalho e tantas outras que usam o estereótipo da

miséria para gerar ofertas de recompensa de consciência. O mercado caritário,

como também é conhecido, aparece principalmente em regiões onde há

desigualdades na distribuição da renda, e as funções do Estado são

esvaziadas.

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Esse tipo de relação de troca passa por todos os níveis sociais. De um

lado a população de baixa renda, detentor de necessidades básicas e do outro

os demais níveis sociais, os benemerentes, que atuam em um já estabelecido

padrão de troca. Depois que a esmola, ou “ajuda” é dada, o prêmio é não ser

mais incomodado. Até o mercado comercial lucra com o assistencialismo, pois

o processo de doação pode fazer com que o doador adquira um novo produto,

mais atual, e assim o mercado comercial se movimenta.

Atualmente, algumas entidades estão organizadas de forma a

fomentar o mercado assistencialista. Trata-se de iniciativas como o

telemarketing social, que nada mais são do que a adoção de estratégias

originalmente de troca de produtos no mercado comercial. Essa cultura

assistencialista nada tem em comum com as reais estratégias de marketing

social.

Não se deve confundir também marketing social com marketing

relacionado a uma causa. Nesse caso, uma organização agrega seu produto

ou imagem institucional a uma causa que pode ser social ou não. A diferença

entre as duas ações está, principalmente, nos resultados alcançados. No

marketing associado a uma causa social, o retorno, seja de imagem ou

financeiro, virá diretamente ligado à empresa. Já no marketing social, o

principal impacto será a transformação social.

2.2 – Histórico do marketing social

As primeiras atividades em marketing social surgiram para auxiliar os

programas de saúde pública, no final dos anos 60. Apesar da resistência inicial

(muitos achavam que o marketing social levaria a atividade médica à

banalização, e que se tratava de mais um modismo cujo objetivo era apenas o

lucro), a utilização de técnicas do marketing comercial na área da saúde

causou efeitos positivos para a sociedade. A ampla divulgação nos meios de

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comunicação em massa de iniciativas sobre sanitarismo e prevenção, mudou

os paradigmas da saúde pública no mundo.

Além disso, o conceito de qualidade de vida surgiu, numa época de

questionamento em relação ao crescimento econômico acelerado. A

preocupação passou a ser o entendimento dos fatores sociais que levam um

indivíduo a tomar certa atitude. Os consumidores das classes mais elevadas

passaram rejeitar produtos que causassem danos à coletividade ou

considerados nocivos à saúde e a apoiar empresas e indústrias que

apoiassem ações de interesse público.

2.3 – Marketing social e suas definições

Primeiro, deve-se entender o marketing social como uma união de

princípios e técnicas que promovem a aceitação de uma idéia ou causa. Seu

objetivo é transformar a percepção de determinado público em relação a uma

questão social de maneira a promover a qualidade de vida da população.

Marketing social é, antes de tudo, uma ferramenta de mudança social.

Suas técnicas e metodologias são utilizadas para analisar valores e

comportamentos, disseminar informações para, assim, contribuir a adoção de

práticas que promovam mudanças comportamentais.

Os conceitos de capital mudaram ao longo da história. O capital físico

sempre foi ligado ao trabalhador e o quanto ele conseguia produzir. Já o

capital humano dizia respeito à informação que cada indivíduo possuía. Já o

capital intelectual é a utilização do capital humano na geração de

conhecimento. Finalmente, surge o conceito de capital social, que diferente

dos demais que emergiram da necessidade do mercado comercial, tem como

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ponto principal as relações do indivíduo com a sociedade em que vive. Com

base no conceito de capital social seu mercado, Miguel Fontes define:

“Marketing social é a gestão estratégica do processo de

introdução de inovações sociais a partir da adoção de

conhecimentos, atitudes e práticas individuais e coletivas

orientadas por meios éticos, fundamentados nos direitos

humanos e na eqüidade social”. (2008, p.80)

Para atuar, o marketing social utiliza ferramentas, técnicas e

conhecimentos do marketing comercial. Portanto, trata-se de uma atividade

que trabalha com metas cabíveis, objetivos bem definidos, aplicação de

pesquisas e desenvolvimento de tecnologia para o setor social. Como o

marketing comercial, o marketing social busca a implementação de estratégias,

planejamento e execução de campanhas de comunicação para suprir as

carências do setor social. Segundo Kotler, o conceito de marketing social:

“Sustenta que a organização deve determinar as

necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo, e

então proporcionar aos clientes um valor superior de

forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da

sociedade”.(2004, p.14)

2.4 – Os 4 P’s do marketing social

Como veremos a seguir, os conceitos do composto de marketing serão

transpostos para o mercado social a fim de produzir transformações sociais.

Essas ferramentas são fundamentais para definição dos fatores que

influenciam o comportamento dos indivíduos, assim como no marketing

tradicional. A diferença é que como resultado espera-se mudanças de valores

e inovações sociais.

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2.4. 1 – Produto

É primordial definir com precisão o produto, pois esse é o principal

fator da ação social. Assim como no mercado comercial o produto é o objeto

ou serviço que queremos que o consumidor adquira, no mercado social o

produto é a atitude, o conceito a ser adotado pela comunidade-alvo. Para

Kotler, trata-se da idéias a ser “vendida”. Não podemos confundir tecnologia

social com produto social. Enquanto o produto é a prática que se quer

promover, a tecnologia social é um objeto tangível que torna possível a adoção

do comportamento desejado.

2.4. 2 – Preço

O preço é o fator que pode manter uma ação social ou levá-la ao fim.

Isso porque ele estabelece uma relação entre o custo da adoção do produto

social e o benefício social dessa adoção. Para tanto, leva-se em consideração

valores tangíveis intangíveis, e esse torna-se o principal desafio na

identificação do preço. Muito antes de se planejar qualquer atividade

promocional, é necessário definir os preços tangíveis e intangíveis da

incorporação da mudança comportamental pretendida. Depois, analisar se os

benefícios da ação são compatíveis com seus custos.

2.4. 3 – Praça (Ponto-de-distribuição)

O ponto pode ser definido basicamente como “a aproximação da oferta

dos produtos sociais às demandas específicas” (Fontes, 2008, p.69). Portanto,

o ponto-de-distribuição pode ser físico, como o lugar onde a ação será

implementada ou os próprios adotantes atuam como multiplicadores da ação.

Contudo, algumas instituições recorrem a vários canais de distribuição, no

mesmo programa social, até chegar ao público adotante. A conseqüência é a

19

absorção dos recursos para ação por cada um desses canais. Quando os

recursos se aproximam do público-adotante, já se encontra com orçamento

esvaziado. Para que isso não ocorra, muitas empresas já estão adotando um

canal direto para distribuição desses produtos.

2.4. 4 – Promoção

A promoção é um processo abrangente, que ultrapassa as estratégias

tradicionais de comunicação, como rádio, TV e propagandas, e pode

incorporar até mesmo estratégias de boca-a-boca. Uma idéia ou

comportamento podem ser disseminados a partir desse tipo de divulgação, que

promove credibilidade à ação social pretendida. Para Fontes (2008),

“promoção é qualquer estratégia utilizada para aproximar a demanda à oferta

dos produtos sociais” (p.71), e continua, afirmando que “essa aproximação

pode ser feita com o aumento dos incentivos para adoção do produto social,

como também no favorecimento de mensagens, na linguagem e realidades

mais próximas do público-adotante” (p.71).

Vale ressaltar que público-adotante neste caso, tem o sentido de

segmentação de público, uma ferramenta que auxilia a definição das

estratégias da ação social. Ou seja, qualquer um dos quatro “P’s” só poderá

ser definido após a definição da segmentação do público. O único erro que não

pode ser cometido é o excesso de segmentação, pois isso pode gerar a

limitação das ações sociais.

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CAPÍTULO III

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Nos últimos 20 anos, foram inúmeras as transformações sócio-

econômicas vividas pela sociedade. O que podemos observar agora é um

gradual processo de conscientização social. O lucro continua como o principal

objetivo das empresas, porém, teve que ceder espaço para novas

preocupações, como preservação ambiental, sustentabilidade e transparência.

Com todo poder gerado pelo lucro alcançado pelas empresas, é de se esperar

que as mesmas atuem de forma responsável.

3.1 – Interesse empresarial na responsabilidade social

É fundamental que lucratividade e ética caminhem juntas. As

empresas que já adotaram atitudes socialmente responsáveis em sua conduta

começam a sentir os resultados positivos de seus investimentos. Esse tipo de

gestão responsável agrega valor aos negócios, pois cria uma imagem positiva

da empresa e conseqüentemente conquista novos clientes. A imagem

corporativa é construída a partir de todo o tipo de divulgação passada pelos

veículos e pelo boca-a-boca de seus consumidores. Portanto, a empresa

socialmente responsável deve adotar práticas que protejam sua imagem.

Cria-se então um forte diferencial competitivo a partir da união do

compromisso das empresas com a sociedade. Uma visão que vai além do

simples aproveitamento de oportunidades de mercado. A empresa que investe

no social contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, ganha o

status de empresa cidadã, aumenta seu espaço na mídia e tem o

21

reconhecimento do público. É o tipo de ação na qual todos os lados da moeda

saem ganhando.

Muitas empresas já perceberam que questões relacionadas à saúde e

educação geram um impacto direto em suas atividades. Um profissional que

trabalhe num ambiente insalubre certamente apresentará algum tipo de

enfermidade, o que gera gastos para a empresa, assim como se uma

população possui baixa escolaridade, haverá dificuldade para a empresa

encontrar profissionais capacitados. Com isso, cada vez mais, as empresas

adotam iniciativas de ajuda ao governo a fim de melhorar os serviços em

saúde e educação no local em que estão instaladas. Tal fator gera maior

discussão sobre o papel da iniciativa privada na sociedade. Se a administração

pública não consegue suprir as carências da população, as empresas

assumem um papel de liderança e responsabilidade sobre tais questões.

3.2 – Definição de responsabilidade social

A população, em geral, se tornou mais consciente e passou a cobrar

atitudes mais responsáveis das empresas, e estas, por conseqüência, têm

dedicados seus esforços na construção de uma imagem corporativa positiva.

As pessoas hoje têm noção de que, como consumidoras finais, possuem o

poder de pressionar as instituições. Uma poderosa ferramenta na manutenção

da responsabilidade empresarial é o Código de Defesa do Consumidor. Em

vigor desde 1991, o código representa um novo padrão de relacionamento e

conduta entre empresa e consumidor. Para Ferrell e Fraedrich:

“Responsabilidade social no mundo dos negócios

consiste na obrigação da empresa de maximizar seu

impacto positivo sobre os stakeholders (clientes,

proprietários, empregados, comunidade, fornecedores e

governo) e em minimizar o negativo” (2000, p.68)

22

Por este aspecto, uma empresa socialmente responsável deve prestar

contas não apenas aos seus acionistas, como também a todos os seus

públicos de interesse. Além disso, deve manter uma conduta transparente,

com relatórios de desempenho e impacto sócio-ambiental cada vez mais

divulgados. Contudo, o balanço social não deve demonstrar apenas os custos,

os “gastos” com a área social, mas principalmente os ganhos sociais das

ações geradas pela corporação.

O Instituto Ethos, associação criada para ajudar as empresas a gerir

seus negócios de forma socialmente responsável, define, em seu portal, o

conceito:

“Responsabilidade social é a forma de gestão que se

define pela relação ética e transparente da empresa com

todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo

estabelecimento de metas empresariais compatíveis com

o desenvolvimento sustentável da sociedade,

preservando recursos ambientais e culturais para as

gerações futuras, respeitando a diversidade e

promovendo a redução das desigualdades sociais”

(2008).

3.3 – Tipos de responsabilidade social

Alguns autores, como Ferrell, definem as ações de responsabilidade

social com base em quatro perspectivas de utilização destas estratégias pelas

empresas. São elas: de dimensão filantrópica, econômica, ética e legal.

As ações de dimensão filantrópica estão relacionadas às contribuições

da empresa à sociedade, numa espécie de retribuição ao que dela foi

23

recebido. Exemplos de atitudes filantrópicas são as doações à obras

beneficentes e contribuição financeira à projetos comunitários. Essas atitudes

resultam numa imagem positiva para a corporação, mas não efetivam uma

mudança de comportamento. Muitas vezes é sazonal.

A responsabilidade econômica busca minimizar as pressões

competitivas, objetivando equilíbrio econômico, considerando os padrões

éticos entre rentabilidade e responsabilidade social. Nela, as empresas se

preocupam em produzir bens ou serviços necessários à sociedade, o que gera

lucro e retorno para os investidores.

Já a dimensão ética, trata daquilo que a sociedade espera da

empresa, como padrões de conduta e comportamento, que vão além do que é

obrigatório por lei. Trata-se das expectativas de consumidores, acionistas,

funcionários, fornecedores e sociedade em relação ao comportamento ético da

empresa.

As responsabilidades legais referem-se ao cumprimento efetivo de leis

e regulamentos do governo, isso para estabelecer padrões básicos de

conduta. O cumprimento das leis perpassa por um comportamento idôneo com

seus consumidores e com seus funcionários. Os códigos corporativos de

conduta interna também fazem parte deste tipo de responsabilidade.

24

CAPÍTULO IV

O CASO MCDIA FELIZ

Em primeiro lugar, o McDia Feliz é uma iniciativa que visa arrecadar

fundos para o combate ao câncer infanto-juvenil, e é coordenado pelo Instituto

Ronald MacDonald. No Brasil, é a maior campanha relacionada à causa e o

principal evento de marketing social do Sistema McDonald’s. A campanha está

inserida em uma demanda social e mobiliza funcionários, fornecedores,

franqueados e voluntários. O McDia se consolidou como uma das mais

relevantes ações de saúde pública realizada por empresa privada.

No McDia Feliz, toda renda arrecadada com a venda dos sanduíches

Big Mac, além da venda de objetos promocionais é revertida para instituições

de apoio ao combate ao câncer infanto-juvenil de todo o país. Outra forma de

arrecadação é a venda antecipada de tíquetes para o McDia. O tíquete tem o

valor correspondente a um Big Mac e pode ser trocado em qualquer

restaurante da rede no dia do evento. Os vales são produzidos gratuitamente

pela Ticket Serviços.

A escolha de um padrinho nacional é uma importante ferramenta de

divulgação do evento. Convida-se sempre um formador de opinião que

participa voluntariamente. Para 2008, ano de Olimpíadas, os padrinhos

escolhidos foram o ex-medalhista olímpico Gustavo Borges e a dupla de nado

sincronizado que representará o Brasil em Pequim, Lara Teixeira e Nayara

Figueira.

O McDia Feliz foi criado em 1997 pelo McDonald’s no Canadá. O

primeiro evento no Brasil ocorreu em São Paulo, em 1988, no ano seguinte

chegou ao Rio de Janeiro. Já em 1990 passou a ser realizado em nível

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nacional, envolvendo todos os restaurantes da rede. Tendo em vista que o

sábado é o dia de maior circulação nos restaurantes da rede, a data oficial do

evento é sempre marcada para o último sábado de agosto.

Com os resultados obtidos em todos esses anos de campanha, o

McDia já reverteu cerca de R$ 80 milhões a mais de 100 instituições

espalhadas pelos 20 estados do país. Ao longo desse tempo, a arrecadação

contribuiu para o grande crescimento do índice de cura da doença no país. No

fim da década de 80, o índice era de 35%, atualmente a média atual é de 70%.

Os recursos possibilitaram a implantação de ambulatórios, salas de

quimioterapia, unidades de transplante de medula, unidades de internação,

além de casas de apoio.

Em 2008, a campanha completa 20 anos de existência e tem como

tema “20 anos pela vida”. A meta para este ano é superar a arrecadação de

2007, que ficou em R$ 10 milhões, aproximadamente. Além disso, para 2008,

o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) autorizou a isenção do

ICMS na comercialização de sanduíches Big Mac durante o McDia em 19

estados mais o Distrito Federal. Com isso, as doações podem aumentar em

até 18%. No Rio, os recursos deste ano serão revertidos para a estruturação

da emergência pediátrica do INCA e ao prosseguimento do projeto de

ampliação da Casa Ronald.

4.1 – Instituto Ronald McDonald

O Instituto Ronald McDonald (IRM) é uma sociedade civil sem fins

lucrativos, cuja finalidade é captar e repassar recursos a mais de 90

instituições cadastradas e espalhadas pelo país, que atendem crianças e

adolescentes com câncer. Fundado em 1999, o Instituto segue os padrões da

Ronald McDonald House Charities existente em outros 49 países, possui

autonomia administrativa e já movimentou mais de R$ 50 milhões em prol do

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combate ao câncer infanto-juvenil. O Instituto é mantido através de

contribuições regulares de empresas – incluindo o McDonald’s – e de pessoas

físicas, através de doações mensais e depósito em dinheiro nos cofres

espalhados pelos restaurantes da rede.

O IRM atua em quatro diferentes linhas: incentivo a ações do

voluntariado em instituições que cuidam de crianças e adolescentes com

câncer, aporte de recursos para melhoria da infra-estrutura hospitalar em

oncologia, promoção e divulgação de conhecimentos relativos à causa e

incentivo à pesquisa e intercâmbio técnico-científico.

Para receber as doações, as instituições devem preencher alguns

requisitos. Dentre eles, a apresentação de um projeto demonstrando as reais

necessidades e a finalidade do uso dos recursos que forem doados. Além

disso, é necessário que as instituições realizem um cadastro e o mantenha

atualizado no Instituto Ronald McDonald e também que sigam os critérios

definidos pelo Instituto. Tais critérios se baseiam em três fundamentos:

benefício social e científico, metodologia e boa relação entre custo e benefício.

Composto por uma equipe de renomados oncologistas, o Conselho Científico

do Instituto Ronald McDonald analisa as propostas e seleciona aquelas que

considera as mais adequadas dentro dos critérios estabelecidos.

4.2 – Casa Ronald McDonald

A Casa Ronald McDonald do Rio de Janeiro é a primeira de toda

América Latina. Foi inaugurada em outubro de 1994 com o intuito de oferecer

uma “casa dentro da casa”, pois acolhe crianças e jovens com câncer e seus

acompanhantes, de outros estados e municípios, que estejam em tratamento

no Rio. Desde sua inauguração a casa já recebeu cerca de 1.400 pacientes. A

Casa possui mais de 350 voluntários, que se dividem em tarefas

27

administrativas, operacionais e de atendimento direto aos pacientes e seus

acompanhantes.

A Casa oferece programas voltados à área social, como distribuição de

cestas com mantimentos para famílias carentes de crianças e adolescentes

com câncer, hospedados ou não na Casa. Mensalmente são entregues 400

bolsas. Os acompanhantes contam com cursos profissionalizantes e os

pacientes, aulas de informática. Além disso, as crianças e adolescentes

hospedados podem manter suas atividades escolares, pois contam com duas

professoras capacitadas, devido à parceria com o Ministério da Educação.

A Casa Ronald se mantém através de doações, realizações de eventos

beneficentes e associação com membros contribuintes. Outras iniciativas

garantem a manutenção da casa, como o recebimento de doações de latas de

alumínio que são vendidas para empresas de reciclagem. Com essa iniciativa

já foram comprados equipamentos de lavanderia, eletrônicos e computadores.

4.3 – A causa

O câncer infanto-juvenil ocupa o segundo maior índice de mortalidade

entre crianças e adolescentes, em idades que vão de 0 a 18 anos (em primeiro

lugar estão as doenças cardíacas). Pesquisas do Instituto Nacional do Câncer

(INCA) registram no Brasil, por ano, 7,1 mil novos casos da doença em

crianças e adolescentes nesta faixa etária, sendo que desses, apenas 4,6 mil

são registrados e tratados. Os 2,5 mil restantes sequer chegam a ser

diagnosticados. A única forma de diminuir a esse índice é o diagnóstico

precoce. Quando o câncer é diagnosticado, o tratamento deve ser realizado

em centros especializados e com base em três procedimentos: quimioterapia,

radioterapia e cirurgia. Com tratamento adequado, as chances de cura chegam

a 70%. Outro fator que fomenta a recuperação dos pacientes é a atenção e

presença de seus familiares.

28

4.4 – Resultados

A escolha do combate ao câncer infantil pelo McDonald’s trouxe bons

resultados. A fim de agregar valor social à sua marca, o McDonald’s escolheu

o apoio ao combate ao câncer infanto-juvenil, causa de grande número de

mortes no país. Isso acontece através de uma bem projetada estratégia de

marketing: a venda do sanduíche mais famoso da rede agregado a uma causa

social. Como resultado, o McDonald’s aumenta as vendas do sanduíche,

aumenta a visibilidade da marca e beneficia a sociedade.

O McDia de 2007 teve a maior arrecadação da história da campanha

no país. Foram mais de R$10 milhões com a venda de um milhão 430 mil

sanduíches, isoladamente ou na McOferta, além das doações e

comercialização dos produtos com a marca. A campanha mobilizou mais de 30

mil voluntários em todo país.

29

CONCLUSÃO

Como vimos ao longo deste trabalho, a preocupação com o social é

um assunto relativamente crescente, mas que a cada dia mobiliza mais

indivíduos, entidades e empresas. Isto acontece porque o capitalismo

desenfreado causou sérios danos sócio-ambientais, e a sociedade passou a

cobrar atitudes responsáveis das empresas. O mundo corporativo, por sua vez,

percebeu nessas causas um grande meio de promoção. Contudo, algumas

empresas perceberam que ao cuidar do social, passam a gerar benefícios

mais duradouros e com reflexos em toda sociedade.

Assim, foi possível diferenciar as diferentes ações sociais. A filantropia

lida com o bem-estar imediato, doações passageiras ou sazonais. O marketing

social utiliza ferramentas do marketing comercial para promover ações que

possam gerar mudanças sociais de conceitos e comportamentos. Já o

marketing relacionado a uma causa, que pode ser social ou não, diz respeito à

ligação da marca com uma causa, no caso do McDia social, de grande

impacto, a fim de gerar visibilidade e fomento de vendas.

A utilização do caso do McDia Feliz teve como objetivo ilustrar essas

diferenças. A iniciativa do McDonald’s se encaixa no chamado marketing

relacionado a causa social, no caso, o combate ao câncer infanto-juvenil. Isso

porque não se trata de uma contribuição pontual, para satisfação de

necessidade pessoal, nem do uso de ferramentas que possam gerar uma

mudança de comportamento. O McDia é uma forma de arrecadação de fundos

para uma causa de grande impacto social, e que gera benefícios quase que

imediatos à marca.

Esta estratégia busca atrair e fidelizar clientes a partir da adoção de

causas que os consumidores acreditam. Tem como objetivo aumentar o

número de clientes tirar resultados relacionados à venda dos produtos no dia

da ação, ou seja, se insere em metas comerciais. A associação do McDonald’s

30

ao McDia Feliz visa promover a marca com uma empresa socialmente

responsável na área de saúde, mas tudo isso através de estratégias

comerciais. A campanha arrecada anualmente fundos que são doados para

instituições que promovem o combate ao câncer infanto-juvenil.

Espera-se, com a diferenciação dos assuntos propostos e a posterior

análise de caso, que as principais diferenças teóricas de tais conceitos possam

evidenciar o marketing social como uma ferramenta mais completa e eficaz.

Isso porque apresenta claros resultados, mesmo que a longo prazo e seus

investimentos promovem um retorno efetivo não apenas para a empresa, como

também para toda a sociedade.

31

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FERRELL, O. C., FRAEDRICH, John, FERRELL, Linda. Ética Empresarial:

Dilemas, tomadas de decisões e casos. 4ª edição. São Paulo: Editora

Houghton Mifflin, 2000.

FONTES, Miguel. Marketing social: novos paradigmas. Rio de Janeiro: Editora

Elsevier, 2008.

KOTLER, Philip & ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. São Paulo:

Editora LTC, 2004.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento,

implementação e controle. 5ª edição. São Paulo: Editora Atlas S. A, 1998.

PRINGLE, Hamish e THOMPSON, Marjorie. Marketing social: Marketing para

causas sociais e a construção das marcas. São Paulo: Editora Makron Books,

2000.

www.instituto-ronald.org.br

www.casaronald.org.br

www.ethos.org.br

32

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

CONCEITOS DE MARKETING 09

1.1 – O composto de marketing (Marketing Mix) 10

1.1.1 – Produto 11

1.1.2 – Preço 11

1.1.3 – Promoção 11

1.1.4 – Praça 12

1.2 – Marketing no Brasil e no mundo 12

CAPÍTULO II

MARKETING SOCIAL 14

2.1 – Mercado assistencialista 14

2.2 – Histórico do marketing social 15

2.3 – Marketing social e suas mudanças 16

2.4 – Os 4 P’s do marketing social 17

2.4.1 – Produto 18

2.4.2 – Preço 18

2.4.3 – Praça 18

2.4.4 – Promoção 19

CAPÍTULO III

RESPONSABILIDADE SOCIAL 20

3.1 – Interesse empresarial na responsabilidade social 20

3.2 – Definição de responsabilidade social 21

33

3.3 – Tipos de responsabilidade social 22

CAPÍTULO IV

O CASO McDIA 24

4.1 – Instituto Ronald mcDonald 25

4.2 – Casa Ronald McDonald 26

4.3 – A causa 27

4.4 – Resultados 28

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31

ÍNDICE 32

34

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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