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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Reciclagem de papel
Por: Washington k. Mendonça Barcy
Orientador
Prof. Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Reciclagem de papel
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em gestão
ambiental
Por: Washington k. Mendonça Barcy
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, meus pais e
todos que me ajudaram no
desempenho desta pesquisa.
4
DEDICATÓRIA
Evandro da silva Barcy, Ana Fernandes
da silva Barcy, Evandro Fernandes da
silva Barcy, Cristiane Fernandes da silva
Barcy e a todos que sofreram com os
deslizamentos em abril de 2010.
5
RESUMO
Essa pesquisa foi elaborada através de uma idéia que surgiu devido a
um trágico acidente que ocasionou a morte de muitas famílias em um antigo
aterro sanitário que virou área de moradia em um bairro da cidade de Niterói
no rio de janeiro causado por imprudência e material orgânico descartado de
forma incorreta.
Se uma simples medida como reciclagem fosse adotada todo o
transtorno e sofrimentos seriam evitados alem de poupar muitas vidas, assim
essa pesquisa aborda como nosso consumo e descarte de dejetos precisam e
tem soluções positivas no impacto ambiental.
6
METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em livros, jornais,
revistas entre outros veículos de informação relacionados ao assunto em
questão.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Origem do papel 10
CAPÍTULO II - Reciclagem 13
CAPÍTULO III – Reciclagem de papel 22
CONCLUSÃO 37
ANEXOS 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47
ÍNDICE 48
FOLHA DE AVALIAÇÃO 49
8
INTRODUÇÃO
O papel é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do cotidiano.
Quando não está sendo mais utilizado, pode passar por um processo de
reciclagem que garante seu reaproveitamento na produção do papel reciclado.
O papel reciclado tem praticamente todas as características do papel comum,
porém sua cor pode variar de acordo com o papel utilizado no processo de
reciclagem.
Desde sua invenção ate os dias de hoje o papel vem originando - se da
natureza sendo ela sua principal fonte de matéria prima começando com as
vespas ate o surgimento de experimentos com plantas ocasionando então um
serio problema ambiental causando danos a natureza com a produção de
papel, hoje, em dia os ambientalistas tentam minimizar este dano com a
conscientização de comunidades e empresas para a reciclagem do papel.
Um grande ponto negativo é que toneladas de papeis são perdidas nos aterros
Sanitários diminuindo o tempo de vida do aterro. Outro problema é que nem
todos os papeis são recicláveis e algum tem sua quantidade de fibras baixa
sendo necessário acrescentar mais celulose gerando um desperdício e não
economia para o meio ambiente, ou seja, gasta - se mais com o emprego de
pouca matéria prima retornável e fibras virgens para fabricar o produto final o
papel.
Uma das alternativas da economia para a natureza na produção de papel é a
coleta para reciclagem desta matéria-prima como um bom exemplo de uma
empresa de comunicação que recicla as listas telefônicas distribuídas aos
seus clientes que não servem mais, gerando uma serie de benefícios
poupando o meio ambiente, dando destino ao lixo acumulado na casa do
cliente e tornado a organização uma entidade socialmente responsável.
Tal iniciativa pode ser efetuada não só usando-se as listas telefônicas,
rebarbas usadas geradas durante os processos de fabricação destes
9
materiais, ou de sua conversão em artefatos, ou ainda geradas em gráficas;
artefatos destes materiais pré ou pós-consumo.
Hoje, a força que proporciona a reciclagem de papel ainda é econômica, mas o
fator ambiental tem servido também como alavanca.
A preocupação com o meio ambiente criou uma demanda por “produtos e
processos amigos do meio ambiente” e reciclar papel é uma forma de
responder a esta demanda.
O material gerado para a fabricação do papel com pré ou pós-consumo é
transformado em uma pasta celulósica com o material coletado para este fim
através da coleta seletiva.
10
CAPÍTULO I
A origem do papel
O primeiro fabricante de papel no mundo foi a VESPA. Esta corta pedaços de
crostas e folhas esmaga-as com suas maxilas e forma uma massa com sua
saliva.
Com este material constrói o seu ninho. O material obtido é como o papelão,
duro e muito resistente.
O nome PAPEL deriva da palavra PAPYRUS (o papyrus) com que foi
designado o primeiro material para escrever feito pelo homem. A 6000 anos no
Egipto, usavam-se para escritura folhas que se obtinham esmagando os talhos
de junco.
Estes eram cortados longitudinalmente, em tiras, umas colocadas ao lado das
outras, e sobre elas outras tiras colocadas em secção transversal. As duas
capas colavam-se com a água e lama do Nilo ou então com uma massa de
amido.
Antes da criação do papel, em alguns paises ou grupos humanos existiram
maneiras curiosas do homem se expressar através da escrita. Na Índia,
usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e
dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de
tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Entre outros povos era comum o
uso da pedra, barro e até mesmo a casca das árvores. Posteriormente fazia-se
pressão sobre estas folhas com um rolo e eram secadas ao sol.
O papel era visto como um milagre tratava-se de um material muito mais
barato do que a seda e altamente valorizado por suas qualidades estéticas e
espirituais, por ser depositário de informações e utilizado como meio de
comunicação.
Os chineses foram detentores desta inovação até o ano de 751 D.C., quando
os árabes aprisionaram dois artesãos chineses que trocaram sua liberdade
pela técnica de fabricação do papel. Ao assimilarem a técnica, os árabes,
11
espalharam pela na Península Ibérica, quando a conquistaram (isto se iniciou
lá por 1300) e também pelo mundo fora.
A fabricação mecânica começou por volta do séc. XVII e até meados do séc.
XIX a matéria prima fundamental era o panos. Quando estes começaram a
escassear pelo uso de procedimentos mais rápidos, apareceu a utilização da
polpa de madeira.
Graças ao trabalho de copiar manuscritos, na Idade Média, em formas
artesanais de papel, foi possível conservar os mais importantes registros da
história da humanidade até então.
Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos em papel,
a disseminação da informação passou a ser muito mais veloz e acessível a
todos, e a Revolução Industrial impulsionou ainda mais essas mudanças; hoje
o papel talvez seja o produto mais utilizado e corriqueiro.
Alguns historiadores concordam em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte
Imperial Chinesa (150 d.C.) a primazia de ter feito papel e esta técnica foi
mantida em Segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel
estendeu-se até os confins do Império Chinês, acompanhando as rotas
comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel
foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (D.C) quando os árabes,
instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas provenientes da
China, aprisionaram 2 chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram
pela sua liberdade. Dai então foi possível a quebra do monopólio chinês com o
início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.). A partir daquele momento a
difusão do conhecimento sobre a produção do papel artesanal acompanhou a
expansão muçulmana ao longo da costa norte da África ate a Península
Ibérica.
12
1.1 - História do Papel no Brasil
A primeira fábrica de papel foi instalada no Brasil entre 1809 e 1810 no
Andaraí Pequeno, no Rio de Janeiro, por iniciativa dos industriais portugueses
Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva. Outra fábrica apareceu no
Rio de Janeiro montada por André Gaillard, em 1837, e, logo em seguida, em
1841, teve início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do Engenho
Velho.
Depois de muita pesquisa em seu laboratório, o português Moreira de Sá
anunciou a descoberta do papel de pasta de madeira. O primeiro produto
impresso com esse método em sua fábrica foi um soneto de sua autoria,
dedicado a D. João VI e Dona Carlota Joaquina.
Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um grande problema: o Brasil não
podia contar com as importações da celulose que vinham todas do exterior.
Esse fato acabou por dar um novo impulso à fabricação nacional, que foi
obrigada a procurar alternativas para substituir a celulose.
Hoje em dia, praticamente qualquer árvore pode servir como matéria-prima,
mas as mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto, o bordo e,
principalmente, o eucalipto. Entretanto, dentre todas as espécies de árvores
utilizadas no mundo para a produção de celulose, o eucalipto brasileiro é a que
tem o menor ciclo de crescimento - somente sete anos.
13
CAPÍTULO II
Reciclagem
A palavra reciclagem teve origem a partir do final da década de 1980, quando
foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não
renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço
para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão
vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
A reciclagem é o processo de reaproveitamento de metais, plásticos, papéis,
vidros, ou qualquer outro material, orgânico ou inorgânico, recuperando-o ou
retransformando-o para aproveitamento ou novo uso. O processo pode ser
industrial ou artesanal. Caso não sejam reaproveitados, esses materiais,
normalmente tratados como lixo ou dejetos, tendem a causar sérios problemas
ambientais.
a reciclagem é o reaproveitamento dos resíduos como matéria-prima de um
novo produto ou, de uma outra forma, como está escrito acima, "é o
reprocessamento dos materiais em novos produtos". Assim, existe uma leve
diferença entre reciclar e “reutilizar”. quando um material é retransformado para
aproveitamento ou novo uso" seria reutilizar.
A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento
de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos
materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o
vidro, o metal e o plástico.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao
estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas
14
as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de
reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado
material já beneficiado em um outro produto. Um exemplo claro da diferença
entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel.
O papel chamado de reciclado não fica parecido com aquele que foi
beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura
diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de
retornar o material utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma
massa que ao final do processo resulta em um novo material de características
diferentes.
Como disposto acima sobre a diferença entre os conceitos de reciclagem e
reaproveitamento,em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o
material. Isso acontece, por exemplo, com o papel, que tem algumas de suas
propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao
inevitável encurtamento das fibras de celulose.
Reciclar significa repetir um ciclo. E para compreendermos a importância da
reciclagem, temos de transformar o conceito de lixo.
Cerca de 35% do lixo coletado poderia ser reciclado ou reutilizado e outros
35% poderiam virar adubo. Ou seja, 70% da poluição do meio ambiente iria se
transformar em algo útil e limpo para todo mundo.
15
2.1- Lixo
O lixo, quando descartado de forma correta, se transforma em matéria-prima.
A reciclagem surgiu como uma maneira de inserir no sistema uma parte da
matéria que se tornaria lixo e, consequentemente, contribuiria para a poluição
do planeta. Quando coletados, são separados e processados para serem
utilizados como matéria-prima na manufatura de outros materiais, os quais
eram feitos anteriormente com matéria prima virgem.
Um dos grandes problemas da atualidade é o lixo. O homem colocando o lixo
para o lixeiro, ou jogando-o em terrenos baldios, resolve o seu problema
individual, não se dando conta que as áreas de lixo nas cidades estão cada
vez mais escassas e que o lixo jogado nos terrenos baldios favorece o
desenvolvimento de animais transmissores de doenças.
Para a prevenção do meio ambiente, o lixo deve ser considerado como uma
questão de toda a sociedade e não um problema individual.
Cada um de nós, brasileiros, produz mais ou menos 500 gramas de lixo todos
os dias. Parece pouco, mas é só fazer as contas. Todos os dias, milhões de
habitantes produzindo essa quantidade de lixo resultando em milhões de
toneladas. Só na cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo, é
produzida 12 mil toneladas por dia.
Para resolver esse problema, a reciclagem é uma boa ferramenta para
combater os grandes acúmulos de lixo em cidades com muitos habitantes e
para reciclar é preciso separar os tipos de lixo adotando um sistema chamado
coleta seletiva de lixo.
16
2.1.1 - Tipos de lixo
Plástico
Entre os plásticos, destacam-se as embalagens Pet. Reciclável, essa
embalagem é considerada um dos melhores materiais para a fabricação de
garrafas e embalagens para refrigerantes, cervejas, águas, sucos, óleos
comestíveis, medicamentos e cosméticos, entre outros produtos. O Pet
também pode ser utilizado na fabricação de roupas, móveis, bolsas, etc.
Papel
O papel e o papelão são os materiais mais coletados e reciclados, graças aos
catadores. No Brasil, 71% do papelão é reciclado, índice superior ao dos
Estados Unidos.
Vidro
O vidro é 100% reciclável.
Latas de alumínio
Segundo o compromisso Empresarial para reciclagem - CEMPRE, em 2002 o
Brasil recuperou mais de 9 bilhões de latas de alumínio, equivalente a 87% da
produção nacional. O pais ocupa o primeiro lugar nesse tipo de reciclagem,
superando a Europa (41%), os Estados Unidos (55%) e até o Japão, que
recupera 83% de suas latinhas.
Embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
2.1.2 - Tempo de decomposição do lixo
Anexo 1 pagina: 40
17
2.1.3 – Destino do lixo
Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado,
comprimido e depois espalhado por tratores em camadas separadas por terra.
As extensas áreas que ocupam, bem como os problemas ambientais que
podem ser causados pelo seu manejo inadequado, tornam problemática a
localização dos aterros sanitários nos centros urbanos maiores, apesar de
serem a alternativa mais econômica a curto prazo.Os incineradores, indicados
sobretudo para materiais de alto risco, podem ser utilizados para a queima de
outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam menos espaço nos
aterros e reduz-se o risco de poluição do solo. Entretanto, podem liberar gases
nocivos à saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos
municípios.
As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes no
lixo em adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros. É difícil cobrir o alto
custo do processo com a receita auferida pela venda do produto. Além disso,
não se resolve o problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja
possibilidade de depuração natural é menor.
2.2 - coleta seletiva
é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são passíveis de
serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes
materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos,
metais e vidros.
A separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis,
aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem.
Para iniciar um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quantitativamente
e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados em determinado
município ou localidade, a fim de estruturar melhor o processo de coleta.
18
A coleta seletiva serve para organizar, de forma diferenciada, os resíduos
sólidos que podem ser reciclados. Esta coleta pode ser feita por caminhões
que passam semanalmente nas residências ou nos Postos de entrega
Voluntária (PEV) espalhados pela cidade. Nesses pontos existem coletores
com diferentes divisões, ou tambores coloridos para cada tipo de material de
embalagem. É importante ressaltar que os materiais de embalagens devem ser
limpos antes de colocados nos coletores ou tambores.
2.2.1 – principais tipos de coleta
Porta a Porta
Veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos
que não coincidam com a coleta normal de lixo. Os moradores colocam os
recicláveis nas calçadas, acondicionados em contêineres distintos;
PEV (Postos de Entrega Voluntária)
Utiliza contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos físicos no
município, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis;
Postos de Troca
Troca do material a ser reciclado por algum bem.
PICs
Outra modalidade de coleta é a PICs, Programa Interno de Coleta Seletiva,
que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com
associações de catadores. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o PICs é
realizado em diversas empresas, fruto do trabalho da Companhia de Serviços
Urbanos de Natal (URBANA), que realiza trabalhos de educação ambiental
com crianças e adolescentes.
19
2.2.2 – Implantando um sistema de coleta seletiva
A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto,
que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma
campanha informativa junto à população, convencendo-a da importância da
reciclagem e orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo
de material.
É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes
adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas
residências (normalmente sacos de papel ou plástico).
A instalação de postos de entrega voluntária (PEV) em locais estratégicos
melhora a operação da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da
sociedade, a partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos
habitacionais, shopping centers e edifícios comerciais e públicos.
Deve-se buscar elaborar um plano de coleta, definindo equipamentos e
periodicidade de coleta dos resíduos. A regularidade e eficácia no recolhimento
dos materiais são importantes para que a população tenha confiança e se
disponha a participar. Não vale a pena iniciar um processo de coleta seletiva
se há o risco de interrompê-lo, pois a perda de credibilidade dificulta a
retomada.
Finalmente, é necessária a instalação de um centro de triagem para a limpeza
e separação dos resíduos e o acondicionamento para a venda do material a
ser reciclado.
20
2.2.3 – cor padrão dos cestos de coleta
Azul: papel / papelão
Vermelho: plástico
Verde: vidro
Amarelo: metal
Preto: madeira
Laranja: resíduos perigosos
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioativos
Marrom: resíduos orgânicos
Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não
sendo possível de separação.
2.2.4 – Resultados do sistema de coleta
Ambientais
Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da
população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que
representam em torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos
aterros sanitários, prolongando sua vida útil. Se o programa de reciclagem
contar, também, com uma usina de compostagem, os benefícios são ainda
21
maiores. Além disso, a reciclagem implica uma redução significativa dos níveis
de poluição ambiental e do desperdício de recursos naturais, através da
economia de energia e matérias-primas.
Econômicos
A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresenta, normalmente, um
custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias
ou empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e
mesmo produzir benefícios para as entidades ou empresas. De qualquer
forma, é importante notar que o objetivo da coleta seletiva não é gerar
recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando ganhos ambientais. É um
investimento no meio ambiente e na qualidade de vida. Não cabe, portanto,
uma avaliação baseada unicamente na equação financeira dos gastos da
prefeitura com o lixo, que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais e
econômicos da coletividade. A curto prazo, a reciclagem permite a aplicação
dos recursos obtidos com a venda dos materiais em benefícios sociais e
melhorias de infra-estrutura na comunidade que participa do programa.
Também pode gerar empregos e integrar na economia formal trabalhadores
antes marginalizados.
Políticos
Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, a
coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem
um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades
de aproximação entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode
estimular a organização da sociedade civil
22
CAPÍTULO III
Reciclagem de papel
A reciclagem de papel é o reaproveitamento do papel não-funcional para
produzir papel reciclado.
Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as para pré-consumo
(recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado
consumidor) e as para pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de
ruas). De um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua
composição, e tem a cor creme.
A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras
celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é
um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas
virgens também não é, e assim sempre se minimizam os problemas
relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel
velho.
É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente
sem que haja perda de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das
suas propriedades e só podem ser reciclado para uso distinto, e um pouco
menos nobre, do que o original.
Se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber
que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão
resistência.
Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho,
eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter
fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente.
E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco
mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se
colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência.
Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca
também alcança maior valor no mercado.
23
Um outro problema são os pigmentos presentes no papel.
Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve
passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais
pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um
papel branco.
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com
pouca umidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar
de 3 meses a 100 anos para se decompor.
O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de
seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O
papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série
de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca.
Para evitar desperdícios e perda indesejada de matéria prima é importante
sabermos o que pode ser reciclado e o que não serve para a produção como
exposto no anexo 2 pagina : 41
3.1 – formação das aparas
Atualmente, a matéria-prima vegetal mais utilizada na fabricação do papel é a
madeira, embora outras também possam ser empregadas. Estas matérias-
primas são hoje processadas química ou mecanicamente, ou por uma
combinação dos dois modos, gerando como produto o que se denomina de
pasta celulósica, que pode ainda ser branqueado, caso se deseje uma pasta
de cor branca. A pasta celulósica, branqueada ou não, nada mais é do que as
24
fibras celulósicas liberadas, prontas para serem empregadas na fabricação do
papel.
A pasta celulósica também pode prover do processamento do papel, ou seja,
da reciclagem do papel. Neste caso, os papéis coletados para esse fim
recebem o nome de aparas. O termo apara surgiu para designar as rebarbas
do processamento do papel em fábricas e em gráficas e passou a ter uma
abrangência maior, designando todos os papéis coletados para serem
reciclados.
As aparas provêm de atividades comerciais, e em menor quantidade de
residências e de outras fontes, como instituições e escolas.
As aparas de papel podem ser recolhidas por um sistema de coleta seletiva, ou
por um sistema comercial, utilizado há anos, que envolve o catador de papel e
o aparista.
3.2 – Prejuízos ao meio ambiente
O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes
impactos negativos sobre o meio ambiente ao nível da produção.
Embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira,
proveniente das árvores - a sua produção conduz normalmente a extensas
monoculturas de espécies exóticas - como o eucalipto em Portugal, e diversas
resinosas na maior parte da Europa - que têm como conseqüência o
desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito
está relacionado não apenas com as espécies utilizadas mas também com o
regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos
de montanha débeis.
As plantações de árvores para pasta de papel são, no Distrito de Aveiro, um
pouco por todo o Litoral Norte e Centro de Portugal e mais recentemente, e
com conseqüências mais graves, também no interior, a principal causa de
desaparecimento do cobertor vegetal natural, e com ele, de animais de todas
as espécies.
25
Igualmente é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda
do seu caráter e da sua especificidade (biodiversidade).
É um drama em larga escala, que os interesses econômicos encobrem, e que
a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a
ignorar esse desmatamento em massa.
3.3 – processo de produção de papel reciclado
Etapa 1:
Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel
Passa pelo controle de qualidade e é classificado
Vai para o estoque de aparas
O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras
O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial
Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para as etapas
seguintes.
Etapa 2 :
tubo tiraplástico (retirada de plástico)
Etapa 3 :
processo de centrifugação para retirada de impurezas (areia, prego, etc)
Etapa 4 :
processo de refino da massa
Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de mandioca, etc
Etapa 5 :
Caixa de entrada da máquina de papel
Etapa 6 :
26
Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)
Etapa 7 :
Prensa acerta gramatura do papel
Etapa 8 :
O papel passa pelos rolos secadores
Etapa 9 :
Chega até a enroladeira
Etapa 10 :
Forma-se o rolo de papel
Etapa 11 :
O rolo é transportado por ponte rolante até a rebobinadeira
Etapa 12 :
O papel é rebobinado conforme formato da bobina
Etapa 13 :
A bobina de papel acabada vai para o controle de qualidade
Etapa 14 :
Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a cartonagem,
transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser industrializada como
caixas de papelão.
3.4 – ciclo de vida do papel
Anexo 3 pagina: 42
27
3.5 - Vantagens de Reciclar Papel
minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a
minimização da quantidade de resíduos solidos que necessita de tratamento
final, como aterramento, ou incineração.
Redução dos custos das matérias-primas: a pasta de aparas é mais barata que
a celulose de primeira.
Economia de Recursos Naturais como:
Madeira
Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o
tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para de 15
a 30 árvores.
Água
Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas
2.000 litros de água, ao passo que, no processo tradicional, este volume pode
chegar a 100.000 litros por tonelada.
Energia
Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de
economia quando se comparam papéis reciclados simples com papéis virgens
feitos com pasta de refinador.
Redução da Poluição
Teoricamente, as fábricas recicladoras podem funcionar sem impactos
ambientais, pois a fase crítica de produção de celulose já foi feita
anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de pequeno porte e
competindo com grandes indústrias, às vezes subsidiadas, não fazem muitos
investimentos em controle ambiental.
28
Criação de Empregos
Estima-se que, ao reciclar papéis, sejam criadas cinco vezes mais empregos
do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais empregos
do que na coleta e destinação final de lixo.
Redução da "conta do lixo"
O Brasil, no entanto, só recicla 30% do seu consumo de papéis, papelões e
cartões, não havendo qualquer política publica em favor da reciclagem, Cerca
de 1/4 do lixo das grandes cidades é composto de papel. Se todo esse volume
fosse reciclado, uma cidade como São Paulo economizaria US$ 30 milhões
por ano em limpeza pública, além de obter uma receita da ordem de US$ 15
milhões com a venda do papel.
O papel reciclado pode ser aplicado em caixas de papelão, sacolas,
embalagens para ovos, bandejas para frutas, papel higiênico, cadernos e
livros, material de escritório, envelopes, papel para impressão, entre outros
usos.
3.5.1 - Benefícios
No Brasil a aceitação do papel e crescente, especialmente no mercado
corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, em 2002 o papel
reciclado custava mais caro que o “virgem”. Em 2004 os preços se
equipararam graças às campanhas e programas de preservação e reciclagem
junto com um sistema de coleta aumentando a quantidade e qualidade do
material utilizado na produção do novo papel.
Na Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar mais barato
que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais difícil à
celulose, comparado ao do Brasil.
29
Na fabricação de uma tonelada de papel, a partir de papel usado, o consumo
de água é muitas vezes menor e o consumo de energia é cerca da metade.
Economizam-se 2,5 barris de petróleo, 98 mil litros de água, 2.500 kw/h de
energia elétrica e 1. 200 litros de óleo combustível com uma tonelada de papel
reciclado.
50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore de 7 anos.
Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2 de
monocultura de eucalipto.
A reciclagem contribui para a diminuição do volume de lixo, recolocando no
ciclo de produção um material que pode contaminar o solo, a água e o ar
dando uma destinação correta transformando o que seria descartado como lixo
em ferramenta de trabalho, beneficiando desde catadores de papel aos
empregados em empresas de intermediação e recicladoras.
O Brasil produz atualmente 240 mil toneladas de lixo por dia.
Lixo esse que poderia ser ferramenta de trabalho para muita gente,alem de
melhorar a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população oferecendo
emprego aos não qualificados, prolongando a vida útil dos aterros sanitários,
favorecendo a produção de composto orgânico gerando receita com a
comercialização dos produtos recicláveis.
Contribui também para a valorização da limpeza pública e para formar uma
consciência ecológica estimulando uma concorrência entres os produtos
reciclados e os gerados a partir de matéria prima virgem despertando a
vontade dos consumidores em usar produtos reciclados contribuindo então
com a preservação do meio ambiente.
3.5.2 - Índices de reciclagem
Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%
30
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Nas ruas
Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%
Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%
Lixões
Capitais com lixões: 25,93%
Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%
Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%
3.5.3 - Economia gerada em media
1000 kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas
1000 kg de papel reciclado = 2000l água
1000 kg de papel não reciclado = 100 000l água.
3.5.4 - Resultados
No meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de
resíduos a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que
exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás
31
carbônico; redusindo as agressões ao solo, ar e água; entre outros fatores
negativos.
No aspecto econômico a reciclagem contribui para o uso mais racional dos
recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de re-
aproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida
para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem gerado
muitos postos de trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas camadas
mais pobres.
Assim, para muitas das pessoas que trabalham na reciclagem (em especial os
que têm menos educação formal), a reciclagem é uma das únicas alternativas
de ganhar o seu sustento.
No Brasil, a cidade que mais recicla seu resíduos é Curitiba: atualmente, 20%
de todo os resíduos produzidos - cerca de 450 toneladas por dia - são
reciclados na cidade.
O consumo de aparas (a matéria-prima do papel reciclado) cresceu 56% de
1997 para 2006, segundo a Associação Brasileira de Papel e Celulose
(Bracelpa), enquanto o consumo de papel cresceu 24,9% no mesmo período.
O que quer dizer que há uma produção maior de papel reciclado. Das 175
produtoras de papel instaladas no país, 75% têm mais de 50% dos seus
produtos originários da reciclagem.
Em 2006, o Brasil tinha uma taxa de recuperação de papéis para reciclagem
de 45,4%. O campeão da reciclagem é a Coréia do Sul (com uma taxa de
78,1%) e, o vice-campeão é a Alemanha, com um taxa de 73,7%.
Os papéis ondulados, aqueles usados em caixas de papelão, são os tipos de
papel mais usado para reciclagem no Brasil, com 61,8%. O mercado de papel
reciclado tem os mais diversos tipos de produtos. São desde caixas de
32
papelão até papéis higiênicos.
3.6 – Papel ecológico
A fabricação de papel, segundo alguns ambientalistas é o processo que mais
degrada o meio ambiente classificando as empresas produtoras de
responsáveis pelas alterações ambientais no planeta, motivando tamanho
desmatamento alterando a paisagem abrindo espaço para grandes área de
plantações de eucalipto, responsáveis também pela poluição de rios, lagos e
um dos principais emissores de gases do efeito estufa.
No entanto, existe uma forma de reverter este quadro e produzir papel de
forma menos impactaste.
O papel de fibra de cana de açúcar é o futuro das empresas “verdes”.
O bagaço da cana é o resíduo da moagem para retirada da garapa e
posteriormente o açúcar. Até pouco tempo o bagaço tinha apenas dois
destinos,
Servir de combustível para as próprias usinas e de adubo em algumas
culturas.
Mais recentemente estudos comprovaram que no bagaço da cana existem
fibras de excelente qualidade para fabricação de papéis dos mais diversos com
características de pureza, biodegradabilidade e reciclagem de 100%.
A abundante matéria prima proveniente das usinas de açúcar e álcool permite
a produção de papel de forma sustentável e com enorme redução de dejetos
sólidos agrícolas despejados na natureza.
Estudos comprovam que a produção de papel a partir de fibras de cana só traz
vantagens, uma delas e a menor quantidade de produtos químicos utilizados
na transformação, possibilitando que o papel obtido seja utilizado até para
contato direto com alimento devido a estas características e a pureza das
fibras virgens.
33
Estas fibras permitem a fabricação de uma gama enorme de papéis, do mais
nobre ao mais simples papel para escrita. Os papéis podem ser produzidos
para todos os fins, como por exemplo: Embalagens, escrita, impressão,
desenho, cadernos entre outros.
Outra vantagem das fibras esta na forma de branqueamento. Podemos usar o
dióxido de cloro (ou ECF) que é menos poluente e esta sendo utilizado por
muitas indústrias papeleiras do mundo.
Ao contrário da madeira de reflorestamento que precisa de muitos anos para
ser utilizada na fabricação de papel, o bagaço da cana de açúcar é abundante
praticamente o ano todo, permitindo menores gastos no manejo e retornos
mais rápidos já que o ciclo médio da cana de açúcar é de 18 meses. Falando
em ciclo, grande parte das regiões possui em média uma safra de cana por
ano, tornando assim o investimento na produção de papel a partir da cana
bastante atrativo.
A cana de açúcar é uma importante descoberta para a reciclagem e
preservação do meio ambiente, desde sua muda funciona como uma esponja
natural, pois ela absorve grandes volumes de CO2 enquanto cresce na
proporção de 650 kg CO2 para 1 tonelada de cana.
Em seu processo de fabricação é utilizado colheita mecanizada, evitando-se
assim as queimadas.
Deixando de converter o bagaço no sistema de caldeiras reduzindo a
quantidade de CO2 para gerar energia nas caldeiras, sendo substituídas por
gás natural.
As fabricas utilizam captadores de particulados, caldeiras de recuperação
onde são reaproveitados todos os resíduos do processo e a água utilizada
passa por um tratamento com grandes aeradores (oxigenando a água),
devolvendo a água com excelente grau de potabilidade, podendo ser
consumida por seres vivos (deixando claro que é possível essa integração do
homem com a natureza).
34
- o produto é ECF (elementar clorine free) isento de cloro elementar.
- o papel é reciclável, após seu consumo o mesmo poderá ser reaproveitavel.
- o papel tem 89graus de Alvura (brancura), ele absorve melhor a luz do que
Os papeis convencionais, facilitando a leitura, mais branco teríamos que utilizar
mais alvejante óptico tirando o foco de um produto ecologicamente correto,
a caixa é com 5 resmas e pesa 11,7kg, na Europa as leis trabalhistas não
permitem que as pessoas transportem caixas com mais de 18kgs, as caixas
com 10 unidades pesam 23,4kg.
O Brasil é um local para a produção desse papel completamente ecológico
pois dispõe de matéria prima em abundancia e a custo zero para esse
processo.O uso de fibras de cana, só traz benefício para a indústria por ser
mais barato com efeitos positivos no meio ambiente, pois a matéria prima
praticamente que só serve para incinerar nas usinas tem outros atrativos
como:
Custo muito baixo da matéria prima,
Limpamos o meio ambiente,
Usamos menos químicos,
Temos papel mais puro, pois as fibras são 100% virgens,
O material e 100% reciclável
Menor emissão de gases do efeito estufa (não tem queima do bagaço, não tem
emissão de fumaça)
Menos resíduos nas lavouras
Possibilidade de reversão e utilização (geração) de créditos de carbono.
Depois do papel pronto, podemos usar em todos os segmentos da indústria
gráfica e nos escritórios como:
Produção de livros e revistas
Papéis para escritórios como folhas para impressoras laser e inkjet (A4, Sulfite)
35
Papéis para desenho e escrita
Embalagens de alimentos (com a vantagem de ter menos químico)
Decoração
Pode ser impresso em: off-set, letterpress, flexografia, roto gravura, tampo
grafia, silk screen, impressora laser, ink jet, matricial.
Assim o trabalho de produção de papel a partir do bagaço de cana é uma
forma de combate a poluição e degradação da fauna e flora demonstrando a
preocupação com o meio ambiente gerando também economia por aproveitar
grande parte do resíduo industrial produzindo papel em um ciclo totalmente
fechado evitando descargas de resíduos nocivos à natureza tanto resíduos
aéreos provenientes de queimas e combustão, quanto líquidos, inerentes ao
processo de produção de papel.
CONCLUSÃO
A Necessidade da Reciclagem não se resume a "poupar árvores", o que se
poupa são os recursos, pois as árvores utilizadas para fabricar o papel
consomem imensos recursos tanto hídricos como do solo, deixando-o
completamente seco e estéril, além do mais o papel reciclado poupa energia e
ajuda a manter o ambiente mais limpo.
A reciclagem é uma solução para recuperaçao do meio ambiente e
sobrevivencia da humanidade, não apenas com o papel tambem com outros
residuos gerados pelas atividades humanas, se utilizarmos tecnologia junto
com consiencia sera possivel tornar viavel os investimentos em processos de
36
reciclagem e reaproveitamento de degetos, assim essa pesquisa vem
demostrar que o papel reciclado gera uma serie de beneficio abrangendo
varios aspectos.
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como
nos campos econômico e social.
No meio-ambiente a reciclagem reduz a acumulação progressiva de resíduos,
o desaparecimento do coberto vegetal natural, e com ele animais de todas as
espécies, evita a degradação da paisagem e a perda do seu caráter e da sua
especificidade (biodiversidade).
No aspecto econômico a reciclagem contribui para o uso mais racional dos
recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de re-
aproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem proporciona melhor qualidade de vida, para
muitas pessoas (em especial os que têm menos educação formal), a
reciclagem é uma das únicas alternativas de renda e ganhar o seu sustento.
ANEXOS
Anexo 1 >> tempo de decomposição do lixo;
Anexo 2 >> reciclável e não reciclável;
Anexo 3 >> ciclo de vida do papel;
Anexo 4 >> reciclagem caseira ou artesanal do papel;
Anexo 5 >> editel doa listas telefonicas antigas para reciclagem;
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ANEXO 1
Tempo de decomposição do lixo
Material Tempo de Degradação
Aço Mais de 100 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Cerâmica indeterminado
Chicletes 5 anos
Cordas de nylon 30 anos
Embalagens Longa Vida Até 100 anos (alumínio)
Embalagens PET Mais de 100 anos
Esponjas indeterminado
Filtros de cigarros 5 anos
Isopor indeterminado
Louças indeterminado
Luvas de borracha indeterminado
Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos
Papel e papelão Cerca de 6 meses
Plásticos (embalagens, equipamentos) Até 450 anos
Pneus indeterminado
Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos
Vidros indeterminado
38
ANEXO 2
Reciclável e não reciclável
PODE RECICLAR NÃO PODE RECICLAR
Caixas de papelão
Jornal
Revistas
Impressos em geral
Fotocópias
Rascunhos
Envelopes
Papéis timbrados
Cartões
Papel de fax
Papéis sanitários
Papéis plastificados
Papéis metalizados
Papéis parafinados
Copos descartáveis de papel
Papel carbono
Fotografias
Fitas adesivas
Etiquetas adesivas
Papel vegetal
39
ANEXO 3
Ciclo de vida do papel
40
ANEXO 4
Reciclagem caseira ou artesanal do papel
Materiais: - Papéis diversos - Crivo - Duas placas de feltro - Liquidificador - Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta - Prensa ou pesos (por ex. livros) - Duas placas de madeira - Tecidos de 50/60 cm
Procedimento:
1– Rasgar as folhas de papel em pequenos pedaços e coloca-los juntamente com água no Liquidificador. Bater até obter uma mistura grossa. De seguida despejar essa mistura para a tina e adicionar-lhe água até cerca de 2/3água da sua capacidade (a quantidade de água vai definir a espessura do papel).
2- Mergulhar o crivo na pasta contida na tina, inclinado lentamente até ficar na horizontal
3- Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água.
41
4- Coloque sobre a placa de madeira o feltro e sobre ele o tecido, de seguida vire o crivo sobre o tecido.
5- Pressione o crivo até a pasta “saltar”.
6- Retire o crivo com cuidado, o papel fica depositado sobre o tecido.
7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.
42
8- De seguida coloque uma placa de feltro e outra placa de madeira.
9- Colocar tudo numa prensa, ou sobre uma pilha de livros até escorrer toda a água.
10- Colocar as folhas a secar, durante 24h.
11- Após a secagem, solte as folhas de papel reciclado puxando o tecido para os lados.
43
ANEXO 5
Editel doa listas telefonicas antigas para
reciclagem
02 de setembro de 2005 Editel publicar LTDA
A Edite l Publ icar fará a entrega of ic ia l de 40 toneladas de
l is tas te lefônicas ant igas para o Projeto Pi tanguinha hoje,
às 14h. Este mater ia l será encaminhado à recic lagem e a
verba arrecadada benef ic iará os projetos socia is da
ent idade.
Na distr ibuição gratu i ta da nova edição das l is tas, fe i ta
recentemente na capita l a lagoana, a Edite l sugeriu ao
usuário devolver seu ant igo exemplar ao entregador. “A
in ic iat iva faz parte do programa de responsabi l idade socia l
“Recic la Ação” da Publ icar do Brasi l , detentora das marcas
Edite l e L iste l Publ icar no segmento de l is tas te le fônicas.
Em todo o país, as pessoas têm a chance de part ic ipar de
projetos socia is com o simples gesto de devolver a l is ta da
Edite l ou L iste l do ano passado para os entregadores, no
momento da distr ibuição da nova edição. “A adesão do
usuário ao “Recic la Ação” é muito importante para contr ibuir
com a inserção socia l da população carente”, d iz o gerente
da Edite l em Alagoas, Saulo Sá.
A representante do Projeto Pi tanguinha, Hél ia Araújo,
comenta que a parcer ia com a Edite l já dura t rês anos.
“Sem esse t ipo de auxí l io , não teríamos como dar
44
cont inuidade ao nosso t rabalho. São famíl ias que dependem
diretamente da recic lagem para viver”, af i rmou.
O Projeto Pi tanguinha não t rabalha com recic lagem
direta. O mater ia l é separado, c lassi f icado, pesado e
prensado. Por f im, é vendido. É com o dinheiro desta venda
que o Pi tanguinha promove a educação de jovens e adultos
na sede do projeto, a lém de reservar parte dos recursos
para o sustento destas famíl ias assist idas, que têm essa
única fonte de renda.
45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Sabetai calderoni os bilhões perdidos no lixo cap. 12 2°edição editra
humanitas publicaçoes 1998
Everton luiznani meio ambiente e reciclagem cap2 1°edição editora jurua
Jose eli da veiga ciencia ambiental 2°edição cap2 editora annablume 1998
Rui Meira, A reciclagem do papel 2002 Luis Indriunas, Fatores sociais da reciclagem 2007 Jornal Gazeta do Povo - Segunda-Feira, 23 de Abril de 2007 - página 3
Sites:
Wikipédia, a enciclopédia livre
Ambiente Brasil S/S Ltda Sua pesquisa.com/reciclagem
fazfacial.com. BR / materiais de reciclagem
SEBRAE/SP GCE papeis ecológico LTDA
Editel publicar LTDA
www.aen.pr.gov.br
www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A origem do papel 10
1.1 – historia do papel no Brasil 12
CAPÍTULO II
Reciclagem 13
2.1 – lixo 14
2.1.1 – tipos de lixo 15
2.1.2 – tempo de decomposição do lixo 16
2.1.3 – destino do lixo 17
2.2 – coleta seletiva 17
2.2.1 – principais tipos de coleta 18
2.2.2 – implementando um sistema de coleta 19
2.2.3 – cor padrão dos cestos de coleta 20
2.2.4 – resultados dos sistemas de coleta 20
CPITULO III
Reciclagem de papel 22
3.1 - formação das aparas 24
3.2 – prejuízo ao meio ambiente 24
3.3 - processo de produção do papel reciclado 25
3.4 – ciclo de vida do papel 27
3.5 – vantagens de reciclar papel 27
3.5.1 – benefícios 29
47
3.5.2 – índice de reciclagem 30
3.5.3 – economia gerada em media 31
3.5.4 – resultados 31
3.6 – papel ecológico 32
CONCLUSÃO 36
ANEXOS 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46
ÍNDICE 47
FOLHA DE AVALIAÇAO 49
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Candido Mendes
Título da Monografia: reciclagem de papel
Autor: Washington k. Mendonça Barcy
Data da entrega: 31/07/2010
Avaliado por: Conceito: