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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE MESTAS COMPARTILHADAS PARA MAXIMIZAÇÃO DOS RESULTADOS NO ÂMBITO EMPRESARIAL POR: EDUARDO DE OLIVEIRA RIBEIRO ORIENTADORA: ANA CLAUDIA MORRISSY RIO DE JANEIRO 2010

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · COMPARTILHADAS PARA MAXIMIZAÇÃO DOS ... 5 RESUMO A presente ... é possível fazer com que a estrutura monumental de uma grande

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE MESTAS

COMPARTILHADAS PARA MAXIMIZAÇÃO DOS

RESULTADOS NO ÂMBITO EMPRESARIAL

POR: EDUARDO DE OLIVEIRA RIBEIRO

ORIENTADORA: ANA CLAUDIA MORRISSY

RIO DE JANEIRO

2010

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE MESTAS

COMPARTILHADAS PARA MAXIMIZAÇÃO DOS

RESULTADOS NO ÂMBITO EMPRESARIAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em finanças e

gestão corporativa.

Por: Eduardo de Oliveira Ribeiro

3

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a meus pais,

irmãs e a todos que me ajudaram a

conquistar mais este passo em minha

formação profissional.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha

esposa Virginia, principalmente pelo

incentivo e também pela paciência

nos momentos de estresse e

“abandono” gerados para conseguir

chegar até aqui.

5

RESUMO

A presente monografia visa entender como através da gestão de metas

é possível fazer com que a estrutura monumental de uma grande empresa

(bancos, empresas de telefonia, grandes petrolíferas) possa ser direcionada

para objetivos comuns como maximização do lucro, redução de despesas e

posicionamento de mercado.

Grandes corporações costumam ter setores específicos apenas para

criar e gerir suas metas de curto e longo prazo, traçando cenários e projetando

os possíveis resultados de sua implementação.

A cada dia, o mercado tem visto a formação de um novo tipo de

funcionário, especializado em análise de dados massificados e formação de

cenários específicos para estabelecer metas nas mais diversas áreas das

grandes empresas.

É neste cenário, que pretendo analisar e demonstrar que a simples

análise de dados e imposição de metas separadas para cada área da empresa

pode trazer além de um resultado pouco substancial, conflitos entre os diversos

segmentos corporativos.

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para elaborar este trabalho acadêmico foi a

revisão bibliográfica sobre o tema, tendo como principais autores Arantes,

Chiavenato e Kotler, como também a observação do objeto de estudo, visto

que ao longo de minha carreira profissional tive a oportunidade de vivenciar a

realidade na qual se insere o tema proposto.

7

SÚMARIO

Introdução ...................................................................... 8

Capítulo 1 - A Revolução Industrial ............................... 10

Capítulo 2 - A Globalização e sua relação com a gestão

empresarial ................................................................... 15

Capítulo 3 - A gestão empresarial ................................. 22

Capítulo 4 – Sistema de metas compartilhadas ............ 30

Conclusão ...................................................................... 33

Bibliografia ...................................................................... 34

Índice .............................................................................. 36

8

Introdução

Desde a Revolução Industrial até a atualidade, as empresas têm sua

área de atuação cada vez mais expandida. Muitos empreendimentos familiares

locais se transformaram ao longo da história em verdadeiros conglomerados

empresariais globais, atuando praticamente em todas as regiões do planeta.

Com estas mudanças, introduziram-se no cotidiano das empresas novos

desafios, visto que o nível de concorrência foi extremamente elevado. Neste

novo mercado globalizado, não só o nível de competitividade é elevado como

também o consumidor se torna cada vez mais exigente em relação a suas

escolhas.

Neste cenário, grandes empresas que desejem permanecer atuantes e

em posição de destaque em seus mercados devem se estruturar para serem

cada vez mais eficientes e inovadoras em seus ramos de atuação.

A gestão de metas é a grande ferramenta nesta verdadeira batalha

cotidiana para ampliar resultados, reduzir custos operacionais e, também,

conseguir colocar em funcionamento as diretrizes que conduziram a empresa

em sua jornada para manter-se viva.

Entretanto, para que as grandes corporações possam dar um “salto

evolutivo”, é necessário implementar melhorias no sistema de gestão de metas

atual. Hoje, não basta apenas ter um resultado bom, é necessário que o

resultado seja ótimo, além das expectativas e, se possível, muito superior aos

resultados das empresas concorrentes no mercado.

A gestão de metas transforma toda a empresa em um único organismo,

cujo objetivo é alcançar os resultados definidos pelos acionistas e negociado

junto ao Conselho Diretor. Em grandes empresas as metas são distribuídas a

cada Diretoria e assim, redirecionadas a todos os setores que a compõe.

Entretanto, em empresas muito grandes, algumas destas metas podem

vir a concorrer entre si, tornando o resultado menor do que o esperado. Uma

9das propostas mais atuais para a solução destes conflitos e assim a

maximização dos resultados é a utilização do sistema de metas

compartilhadas, onde dois ou mais setores ou até mesmo Diretorias são

responsáveis pelo mesmo resultado.

10

Capítulo 1 – A Revolução Industrial

Segundo Elias Celso Gálveas (1999)1: “A Revolução Industrial foi um

fenômeno internacional, tendo acontecido de maneira gradativa, a partir de

meados do século XVIII, provocando mudanças profundas nos meios de

produção humanos até então conhecidos e afetando diretamente os modelos

econômicos e sociais de sobrevivência humana em toda a Europa. Com o

advento da Revolução Industrial, o modelo feudal, anterior, de natureza

essencialmente agrária - e que caracterizou todo o período medieval - começa

a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao novo modelo

industrial”.

Primeiramente, observamos transformações significativas em nível local

e regional, para em seguida, dar início à Revolução Industrial em nível

internacional de larga escala que, inclusive, acabará por acarretar a Primeira

Grande Guerra Mundial (1914-1918), no início do século XX - e, indiretamente,

também a Segunda Grande Guerra (1939-1945), como um movimento de

revanchismo por parte dos perdedores da 1ª Guerra Mundial.

A grande Revolução Industrial se desenvolveu a partir de 1760, na

Inglaterra, no setor têxtil, por uma razão de fácil entendimento: aliadas às

inovações tecnológicas, o rápido crescimento da população e a sua constante

migração - do campo para as grandes cidades - acabaram por provocar um

excesso de mão-de-obra nas cidades. Este processo gerou um excesso de

mão-de-obra disponível e barata nos centro urbanos, o que permitiria a

exploração e a expansão dos negócios que proporcionariam a acumulação de

capital (Capitalismo) pela então burguesia emergente. Isto, aliado ao avanço do

desenvolvimento científico e tecnológico - principalmente com a invenção da

máquina à vapor e de inúmeras outras inovações tecnológicas - proporcionou o

1 GALVEAS, Elias Celso. A Revolução Industrial: Uma visão crítica. Rio de Janeiro:

Atlas 1999.

11início do fenômeno da industrialização mundial – ocorrido, primeiramente, na

Inglaterra.

Em 1600, a população da Inglaterra passou de 4 para cerca de 6

milhões de habitantes; no século seguinte, a população já beirava os 9 milhões

de habitantes. Na Europa Continental, esse crescimento foi ainda mais

exponencial: na França, por exemplo, a população passou de 17 para 26

milhões de habitantes em apenas 100 anos entre 1700 e 1800. O crescimento

demográfico em tal escala proporcionou uma forte expansão dos mercados

consumidores de bens manufaturados, especialmente vestuários. As péssimas

condições de vida no campo, devido ao aumento repentino da população, levou

o homem do campo a migrar para as cidades.

Estes foram os principais fatores que determinaram a Revolução

Industrial em escala mundial que se expandiu nos séculos seguintes. Outro

fator importante no acontecimento revolucionário industrial foi que, na

Inglaterra, o consumo de tecidos de lã era muito maior que os de algodão. Os

tecidos de algodão eram importados da índia, de modo que, para proteger a

indústria local de lã, o Parlamento inglês criou tarifas pesadas sobre as

importações dos tecidos de algodão estrangeiros e, dessa forma, acabou por

incentivar a industrialização dos tecidos de algodão na própria Inglaterra – que,

com a medida, ficavam sem concorrentes. Até meados do século XVIII (1760),

a fiação - tanto de lã como de algodão - eram feitas manualmente, em

equipamentos toscos chamados roças, roçadoras, de baixíssimo rendimento. A

partir de 1764, James Hargreaves inventou e introduziu no mercado a sua

famosa máquina “Spinning Jenny”, que consistia numa máquina de fiar que

multiplicou a produção em 24 vezes em relação ao rendimento das antigas

roças, uma verdadeira inovação tecnológica. Logo em seguida, o mesmo

inventor colocou à disposição do mercado uma nova invenção: a lançadeira

volante “Fly-Schepel”. A combinação desse processo de tecelagem com a

fiação das “Spinning Jenny” produziu uma verdadeira revolução, que seria

completada com a invenção do Bastidor Hidráulico de Richard Arkwright, que

tornou possível a produção intensiva das tramas longitudinais e latitudinais –

invento que foi otimizado com a chamada Mula Fiadora (Spinning Mule),

12inventada por Samuel Cropton, em 1789, uma combinação da "Spinning

Jenny", de James Hargreaves, com o "Bastidor", de Richard Arkwright. Com

esses novos processos mecânicos, a produção aumentou de 200 a 300 vezes

em comparação com o que era produzido antes - pelas manufaturas

convencionais -, no mesmo período de tempo. Ademais, melhorou

substancialmente a qualidade do fio. As inovações introduzidas na indústria

têxtil deram à Inglaterra uma extraordinária vantagem no comércio mundial dos

tecidos de algodão, principalmente a partir de 1780. O tecido era barato e podia

ser comprado por milhões de pessoas que jamais haviam desfrutado o conforto

de usar roupas leves e de qualidade. Ao lado das grandes invenções e

inovações no campo da indústria têxtil, surgiu uma outra grande invenção: a

máquina a vapor, de James Watts, em 1763. Segundo alguns historiadores, foi

essa combinação de invenções no campo da indústria têxtil e a máquina a

vapor, principalmente na indústria de mineração, dos transportes ferroviários e

marítimos, que, num período de 100 anos (1770 a 1870), caracterizaram e

promoveram a grande Revolução Industrial - primeiramente na Inglaterra, para,

posteriormente, se espalhar por todo continente europeu. O rápido crescimento

da população no continente europeu (metrópolis) e nas colônias,

principalmente entre 1800 e 1850, fizeram com que, também, em outros países

da Europa, se construísse um clima favorável à proliferação industrial. Um

elemento importante no contexto da Revolução Industrial foi a melhoria

generalizada dos sistemas de transportes, nas mais variadas partes da Europa.

Por volta de 1840, os países da Europa Continental e também os

Estados Unidos, seguiam mais ou menos lentamente o rumo da

industrialização inglesa. Nos 10 anos seguintes, porém, o advento das estradas

de ferro alterou inteiramente essa situação. A explosão das ferrovias provocou

um surto de expansão em todas as áreas industriais. Não só aumentou em

enormes proporções a demanda de carvão e matérias-primas, como também

de grande variedade de bens pesados, como: trilhos, locomotivas, vagões,

sinais, chaves de desvio, como também possibilitou um transporte mais rápido

das mercadorias da fábrica para o ponto de venda, reduzindo o tempo de

distribuição e o custo das mercadorias. Entre 1850 e 1870, a Grã-Bretanha -

13berço da Revolução Industrial - continuou a ser o gigante industrial do

Ocidente. Entretanto, pouco a pouco, a França, a Alemanha, a Bélgica e os

Estados Unidos viriam a assumir posições cada vez mais importantes. A

sustentação de uma posição privilegiada no campo industrial levou os países

europeus a uma política agressiva na área comércio internacional, procurando

impedir que outros países, principalmente fora da Europa, desenvolvessem

satisfatoriamente as suas indústrias. A Europa usava seu poderio econômico e,

quando necessário, sua força militar, para garantir que o mundo permanecesse

dividido entre os produtores de manufaturas e os fornecedores das matérias

primas, localizadas principalmente nos países colonizados. Este foi um aspecto

da divisão do trabalho que, em nível mundial, mais caracterizou a Revolução

Industrial. Enfim, sob o ponto de vista ideológico, o acelerado processo de

urbanização e a gradual formação da consciência de classe – da nova classe

dos trabalhadores, que passarão a se organizar em sindicatos – podem ser

considerados os aspectos mais importantes e relevantes no tocante às

conseqüências dos processos que levaram à Revolução Industrial.

Com a Revolução Industrial, ocorreu um enorme aumento da

produtividade, em função da utilização dos equipamentos mecânicos, da

energia a vapor e, posteriormente, da eletricidade, que passaram a substituir a

força animal e, ainda mais agravante, dispensava o trabalho humano. Esse

aumento de produtividade aliado ao excesso de mão-de-obra acabaram por

provocar, inevitavelmente, uma onda de desemprego em massa. Novas levas

de milhares e milhares de trabalhadores desempregados vão se incorporar à

grande e crescente massa de mendigos. Essa situação foi muito mais

dramática na Europa Continental do que na Inglaterra por uma questão de

emigração dos ingleses que deixaram as ilhas britânicas em direção a outras

partes do mundo, principalmente Estadas Unidos, Austrália, Nova Zelândia e

algumas regiões da África. Essa emigração foi acentuada a partir de 1850, em

cuja década alcançou mais de 2,5 milhões de pessoas contra apenas 200 mil

ingleses que emigraram na década de 1820.

A situação só não foi mais catastrófica por que, ao lado da Revolução

Industrial, ocorreu também uma Revolução Agrícola. A utilização de novos

14métodos agrícolas, rotação de safras, sementes selecionadas e o surgimento

de novos equipamentos agrícolas, produziram um extraordinário aumento na

produção de alimentos. Isso tornou o preço da alimentação mais barato e

ajudou enormemente a sobrevivência dos trabalhadores. É bem verdade que,

aí também, há um aspecto perverso: na medida em que melhoraram os preços

e as condições de alimentação, o número de filhos por família aumentava

assustadoramente. Como vimos anteriormente, ocorreu com a Revolução

Industrial um extraordinário desenvolvimento da indústria têxtil, que veio

acompanhada de forte expansão na produção agrícola de algodão -

principalmente nas colônias - e da pecuária de carneiros para a produção de lã.

Na Inglaterra, essa alteração na estrutura da produção agrícola representou

uma transferência profunda da agricultura de alimentação para subsistência por

uma nova atividade: a criação de carneiros, que ocupava enormes extensões

de terra. Essa profunda mudança na estrutura da produção acarretou

simplesmente a expulsão de milhares e milhares de camponeses de suas

terras, para que os grandes proprietários expandissem a produção da lã. Esses

camponeses expulsos de suas terras foram parar nas grandes cidades, onde

muitos encontravam empregos na indústria, mas a maioria perambulava

desempregada. O excesso de mão-de-obra nas cidades industriais fez com

que baixassem tremendamente os salários dos trabalhadores. É verdade que

alguns trabalhadores especializados, nas novas fábricas, melhoravam seus

padrões de vida. Mas a maioria ganhava o suficiente apenas para se alimentar

e sobreviver. Segundo a "História da Civilização Ocidental", de Edward Burns e

outros, na cidade industrial de Bolton, na Inglaterra, no ano de 1842, um

tecelão manual não conseguia ganhar mais do que cerca de três xelins,

enquanto, nessa época, estimava-se necessário um salário de pelo menos 20

xelins semanais para manter uma família de cinco pessoas um pouco acima do

limite da miséria.

15

Capítulo 2 – A Globalização e sua relação com a gestão

empresarial

A globalização não se resume apenas em negociações entre outros

países, ela pode provocar a abertura do mercado assim facilitando os negócios

entre empresas nacionais e internacionais, resultando em aumento de

produtividade e lucratividade. Para demonstrar o cenário imposto pelo processo

da Globalização na gestão de pessoas e empresarial, fundamentado nas

atitudes das pessoas e mudanças do mundo necessárias, tomamos por

referência autores como Arantes (1998)2, Senge (2003)3, entre outros.

Podemos explicar melhor esse estudo de processo globalizador, enfatizando a

relação entra a moderna gestão de pessoas e gestão empresarial, sendo que a

ultima denominaremos neste trabalho como empresarial. Para o crescimento

da organização é necessário investir nos funcionários, oportunizando estudo,

plano de saúde, recompensas por trabalho, entre outros.

Investir em pessoas, não somente para o crescimento pessoal é também

um investimento para a organização, trazendo benefícios como obtenção de

tecnologias de ponta, novas idéias para dentro da equipe gerando assim

benefícios a todos.

A gestão de pessoas envolve varias atividades nas organizações, como:

treinamento e desenvolvimento de pessoal para novos cargos, programas

motivacionais, remuneração, promoção de programas sobre saúde e bem-

estar, entre outros.

2 ARANTES, Nélio. Sistemas de gestão empresarial: conceitos permanentes na

administração de empresas válidas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

3 SENGE, Peter. Arte e prática da organização que aprende. 15. ed. São Paulo: Best

Seller, 2003.

16Chiavenato4 relata um conceito de gestão de pessoas que contempla a

nossa idéia:

“A gestão de pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina

nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de vários

aspectos como a cultura que existe em cada organização, a estrutura

organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negocio da

organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de

outras variáveis importantes”.

O conceito acima é constituído por organizações e pessoas, onde essas

pessoas se passam por colaboradores, ou seja, são funcionários dentro das

organizações.

As pessoas praticamente passam suas vidas trabalhando para alcançar

os objetivos da organização e, também para conseguir um modo para que as

mesmas possam sobreviver.

Em Chiavenato5, obtivemos a informação de que as pessoas necessitam

das organizações onde estão trabalhando para assim conseguir alcançar seus

objetivos pessoais e profissionais, assim gerando bastante esforço e vários

conflitos, tais como: disputa de melhores cargos, melhorias salariais entre

outros, o que provoca também a “explosão” de novas idéias.

Para o crescimento da organização é necessária a implantação de idéias

geradas pelos colaboradores como reclamações ou propostas, envolvendo

todas as habilidades competitivas pelo grupo da empresa.

Neste sentido podemos observar algumas melhorias, por assim dizer,

nas organizações neste inicio do séc. XXI como velocidade e responsabilidade

dentro de cargos de confiança, empowerment (maior autonomia) controle por

4 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos

nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

5 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos

nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

17meio relativo a setores, contenção construtiva geradas pelo colaborador, entre

outros gerando para os funcionários maior conhecimento.

De acordo com Robbins6 a globalização na esfera econômica implica no

estabelecimento de novos critérios de concorrência, assim como uma

articulação da produtividade e flexibilidade considerada estratégica para

garantir a sobrevivência das economias no mercado mundial, envolvendo

conflitos e conseqüentemente vencedores e vencidos, e intensificando as

hierarquias e as desigualdades do mercado de trabalho.

Sendo assim, a globalização não se refere apenas em fazer

negociações entre vários países e fronteiras, ela também pode provocar

abertura no mercado, facilitando as negociações entre as organizações

internas e externas, gerando vantagens competitivas que, em parceria,

permitem maior produtividade e lucratividade, pela possibilidade de melhor

aplicação de recursos.

Como exemplos destas parcerias pode-se observar o exposto por

Robbins7 ao tratar da origem das empresas e aonde mantêm suas fabricas e

seus mercados:

“A Fiat supostamente é uma empresa italiana, mas constrói carros em

Minas Gerais. A Ford, sediada em Detroit, monta seus Mercury Tracers no

México. Companhias como Exxon, Gillette, Coca-Cola e IBM hoje realizam

mais de 60% de suas vendas fora do seu país de origem. Centenas de

corporações multibilionárias, como a Mitsubishi do Japão, a Siemens da

Alemanha, a Nestlé da Suíça e a Royal Dutch/Shell da Holanda, operam em

dezenas de paises pelo mundo afora”.

6 ROBBINS, Stephen. Administração: mudanças e perspectives. 1. ed. São Paulo:

Saraiva, 2003.

7 ROBBINS, Stephen. Administração: mudanças e perspectives. 1. ed. São Paulo:

Saraiva, 2003.

18Referendando Robbins8 este cenário leva muitos gerentes nos dias de

hoje, a preocuparem-se mais com os concorrentes do mundo afora, pois os

mesmo estão fornecendo vários serviços com preços diferenciados, devido às

taxas de juro praticadas e especialmente pela diferenciação no custo da mão-

de-obra encontrada entre os países. Muitas organizações estão obtendo a idéia

de expandir-se para fora, além de suas fronteiras nacionais, assim essas

empresas estão tendo uma motivação para conseguir obter várias vantagens

de custo, ou seja, obter menores custos de mão-de-obra e elevada qualificação

sobre todos os seus concorrentes.

A organização só cresce e aprende através de pessoas. Neste sentido

podemos dizer que o crescimento, o desenvolvimento empresarial está

intimamente relacionado ao conhecimento das pessoas e as oportunidades

para que as mesmas possam aprender. Para tanto é necessário o investimento

das empresas em seus funcionários, no sentido de obter tecnologia de ponta,

abrir espaços para novas idéias, porque cada funcionário tem um pensamento

diferente, inovador.

Senge9 ressalta como um exemplo da organização que evolui, as

palavras de Kazuo Inamore, presidente e fundador da Kyocera sobre seu

crescimento empresarial:

“Seja em pesquisa e desenvolvimento na gerencia da empresa ou em

qualquer outro aspecto do negocio, a força ativa é pessoas. E pessoas têm

vontade própria, mente própria e uma forma de pensar própria. Se os próprios

funcionários, suficientemente motivados a questionar as metas de crescimento

e o desenvolvimento tecnológico... simplesmente não haverá crescimento,

ganho de produtividade ou desenvolvimento tecnológico”.

8 ROBBINS, Stephan. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: Editora LTC,

1999.

9 SENGE, Peter. Arte e prática da organização que aprende. 15. ed. São Paulo: Best

Seller, 2003.

19Em Senge10 a aprendizagem na equipe é a capacidade que as pessoas

possuem de criar resultados que todos da organização desejam. A organização

aposta nas pessoas, uma a uma, ou seja, domínio pessoal. Hoje em dia a

necessidade de obter o raciocínio da aprendizagem organizacional, que nada

mais é que a empresa perceber que para seu crescimento é necessário investir

em pessoas certas com capacidade de dominar a função, inovando tecnologia

entre outros, é tão grande, que empresas investem pesado nisso. Estão

adotando o desenvolvimento global, adquirindo tecnologia de ponta, sem

receios em contratar pessoas com novas idéias ou transmitir aos funcionários

técnicas que são necessárias para a empresa crescer.

O processo de evolução da empresa leva a revisões e ajustes do

Sistema de Gestão Empresarial, pois está diretamente ligado a sobrevivência,

crescimento e continuidade da mesma. De acordo com a evolução da empresa

o Sistema de Gestão Empresarial empregado anteriormente deverá ser

atualizado para o próximo estágio.

Ao falar de sistemas de gestão empresarial, Arantes11 ressalta um

exemplo do processo de evolução e de mudanças nas empresas. Buscando

preservar os aspectos importantes expostos pelo autor, e para fazer jus a seu

conceito, transcrevemos abaixo, na íntegra, a sua teoria sobre o processo de

evolução e de mudanças nas empresas.

“As empresas válidas, como sistemas abertos, são entidades dinâmicas

em constante estado de movimento, promovendo e/ou respondendo a

diferentes estímulos internos e externos. Com a finalidade de prover utilidades

para satisfazer continuamente as necessidades e desejos de seus

empreendedores e colaboradores. Esses estímulos podem ser caracterizados

10 SENGE, Peter. Arte e prática da organização que aprende. 15. ed. São Paulo: Best

Seller, 2003.

11 ARANTES, Nélio. Sistemas de gestão empresarial: conceitos permanentes na

administração de empresas válidas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

20por oportunidades ou ameaças que requerem ações e respostas, e isto implica

a necessidade de mudanças. Nas empresas válidas estes estímulos são

convertidos em visões do futuro que orientam a fixação de objetivos e estágios

de desenvolvimento. Os processos de mudança são normalmente complexos

por envolverem um conjunto de aspectos e fatores, de natureza diferente,

localizados nos ambientes interno e/ou externo, que exigem diferentes

horizontes de tempo e que devem ser tratados de forma integrada. Eles

envolvem, por exemplo, a absorção de novas tecnologias, a formulação e

implementação de novas estratégias de mercado, a inclusão de novos produtos

na linha. Estas mudanças podem estar relacionadas à expansão/retração do

volume de operações, diversificação de produtos/serviços e/ou mercados,

associações/compra de outras empresas dispersão ou concentração

geográfica/física das operações. Os objetivos, por sua vez, podem ser os mais

diversos, tais como o aumento da competitividade, as melhorias de

rentabilidade e/ou liquidez, a eficiência operacional. Isto quer dizer que nessas

mudanças intervêm variáveis de natureza técnica e humana. As mudanças

técnicas irão afetar de alguma forma o comportamento das pessoas e dos

grupos de pessoas que integram a organização, por implicarem admissões,

promoções, demissões, exigências de novos conhecimentos e/ou habilidades,

transferências de pessoas para novas funções/locais, novos critérios de

avaliação de desempenho e outras. Há, portanto, a necessidade, de que as

pessoas e grupos mudem seus padrões de comportamento e se ajustem às

mudanças técnicas, praticando um comportamento adaptado aos novos

objetivos e requisitos de cada estágio do processo de desenvolvimento

empresarial.

“A mudança só será completa se as mudanças técnicas forem

acompanhadas das respectivas mudanças nas variáveis humano-

comportamentais, ou seja, para que o processo de mudança possa ser

efetivado, deve haver a integração entre os sistemas técnico e humano.”

O texto acima fundamenta o Sistema de Gestão Empresarial nos dando

uma noção sobre o processo evolutivo e seus efeitos geradores de mudanças

nas empresas, e que neste processo devem ocorrer de forma que haja

21integração entre os sistemas técnico e humano, para que possa ser efetivado,

de acordo com o cenário do processo de Globalização.

22

Capítulo 3 – A gestão empresarial

A partir da década de 1990 o ambiente de negócios se tornou mais

complexo. Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão

reestruturando o ambiente empresarial. A globalização da economia,

alavancada pela tecnologia da informação e da comunicação, é uma realidade

inescapável.

As chamadas novas tecnologias, bem como as novas formas de

organização do trabalho, têm colocado os métodos tradicionais de gestão das

empresas no banco dos réus.

A evolução das organizações em termos de modelos estruturais e

tecnológicos, tendo as mudanças e o conhecimento como novos paradigmas,

têm exigido uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para

uma realidade diferenciada e emergente.

Além disso, temos plena convicção de que o grande desafio desta última

década vem sendo a capacidade e a competência diária que as organizações

enfrentam para se adaptarem e levarem a todos os seus níveis hierárquicos e

funcionais, da alta gerência ao piso de fábrica, a incorporação de novos

modelos, métodos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos

necessários a mudanças, inovações e à sobrevivência sadia e competitiva no

mercado.

No ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, as

pessoas estão sentindo o reflexo dessas transformações. Seja pelas mudanças

introduzidas internamente pela reengenharia, como a descentralização, o

empowerment ou a terceirização, seja pelas transformações no cenário

externo, como o declínio de antigas empresas multinacionais e o surgimento de

novos competidores, o administrador de empresas enfrenta desafios totalmente

novos.

Essa realidade tem sido amplificada por inovações tecnológicas,

transformações nas bases da concorrência, surgimento de novos modelos de

23gestão e mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com

as empresas fornecedoras de produtos e serviços. Este enfoque tem gerado

reflexos diretos sobre a gestão das empresas.

É necessário desenvolver a sensibilidade para perceber que as

mudanças na gestão empresarial são um imperativo e não uma simples opção.

Gerir hoje envolve uma gama muito mais abrangente e diversificada de

atividades do que no passado. Conseqüentemente o gestor hoje precisa estar

apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes das

de antes.

O dia-a-dia de um gestor envolve atualmente diferentes entradas em

uma realidade complexa:

- Interdisciplinaridade - os processos de negócio envolvem equipes de

diferentes áreas, perfis profissionais e linguagens;

- Complexidade - as situações carregam cada vez um número maior de

variáveis;

- Exigüidade - o processo decisório está cada vez mais espremido em

janelas curtas de tempo, e os prazos de ação/reação são cada vez mais

exíguos;

- Multiculturalidade - o gestor está exposto a situações de trabalho com

elementos externos ao seu ambiente nativo, e, por conseguinte comoutras

culturas: clientes, fornecedores, parceiros, terceiros, equipes de outras

unidades organizacionais, inclusive do estrangeiro;

24- Inovação - tanto as formas de gestão, quanto a tecnologia da

informação e da comunicação, estão a oferecer constantemente novas

oportunidades e ameaças;

- Competitividade - o ambiente de mercado é cada vez mais

competitivo, não só em relação aos competidores tradicionais, mas

principalmente pelos novos entrantes e produtos substitutos.

Nesse ambiente, a diferença entre sucesso e fracasso, entre lucro e

falência, entre o bom e o mau desempenho está no melhor uso dos recursos

disponíveis para atingir os objetivos focados.

Gerir a aplicação dos recursos é crucial, sejam recursos materiais,

financeiros, de informação, humanos, de comunicação ou tecnológicos. A

ênfase na gestão vem da necessidade de aperfeiçoar continuamente os

processos de negócio, pelo aprendizado e inovação permanentes.

Novos métodos de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas

de informação, tudo isso representa o esforço por aperfeiçoar a gestão.

A utilização do modelo de gestão estratégica leva a empresa a realizar

um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como

forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas inter-

relações.

A partir desse processo de autocrítica organizacional a empresa

encontrará plenas condições de direcionar seu foco para o estabelecimento de

visão de futuro, missão organizacional, desafios estratégicos e estratégias

gerais que nortearão os rumos do negócio para o curto, médio e longo prazos.

Em síntese, o modelo de gestão estratégica atua no sentido de levar a

empresa a se adequar à realidade de mercado, descobrir oportunidades e

projetar um futuro. Dessa forma, os processos e os investimentos serão

realizados de maneira mais organizada, racional e profissional, contribuindo

para redução do grau de incerteza e para o alcance de melhores resultados.

25A Gestão Participativa é o modelo de gestão que mais se adapta ao

novo homem da sociedade do conhecimento, indivíduo este que tem como

característica marcante o inconformismo diante de respostas vagas e atitudes

sem sentido. Nesta sociedade, os indivíduos exercem sua cidadania, assumem

responsabilidades, opinam sobre decisões que afetam sua vida, pressionam

também as organizações para alterarem suas estruturas rígidas que

tradicionalmente silenciam os trabalhadores.

O gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em

condições totalmente diferentes do que antes.

As organizações ainda estão adotando uma forma de gerenciamento

pertencente a um contexto sócio-cultural que privilegia o autoritarismo e a

rigidez comportamental e que, evidentemente, se distancia cada vez mais dos

valores culturais dominantes neste final e reinício de século. Muito embora

estas organizações possam estar obtendo resultados via adoção de modelos

gerenciais obsoletos, o simples bom senso e a própria lógica parecem indicar

que o futuro pertence às empresas que souberem adequar-se a esses novos

tempos.

Vivemos um mundo onde os governos não podem mais controlar o que

as pessoas fazem, nem onde, nem como, pois não podem mais vê-las nem

contá-las. Um mundo onde os métodos antigos de controle não funcionam

mais. Isto é, as antigas fontes de autoridade não têm mais grande poder ou

influência.

A Gestão Participativa necessita de um modelo cultural extremamente

democrático e aberto, onde impere a confiança em todos os níveis. Um

conjunto de valores baseados em princípios com os quais todos concordam.

Ela é vista com um ensaio natural dos indivíduos neste final e reinício de

século, onde a democratização instala-se nas famílias, nas escolas e onde a

difusão de informações e a velocidade das mudanças desestruturam as bases

sociais estabelecidas, aí consideradas as organizações totalitárias. Assim, a

Gestão Participativa pode funcionar tão bem em nossa época histórica como as

26organizações mecanicistas funcionavam há cem anos atrás, gerando

resultados satisfatórios.

A mudança ocorrida na sociedade do início do século XX até o momento

atual, graças principalmente aos avanços tecnológicos e científicos, ampliaram

as áreas do conhecimento, tornado o homem moderno mais informado e

exigente. Este processo teve como principal conseqüência o deslocamento do

poder que antes era concentrado, tanto na sociedade como nas organizações,

e hoje é instável e dinâmico, movendo-se por todas as camadas, adquirindo

novas formas de acordo com a situação.

O ambiente no qual estão inseridas as organizações se apresenta cada

vez mais competitivo, devido a fenômenos como globalização,

desregulamentação do mercado, fusões, aquisições, privatizações, entre

outros. E todo esse movimento afeta incisivamente as grandes empresas, uma

vez que, em longo prazo, apenas as empresas que estão criando capital ou

riqueza, poderão sobreviver. Assim, as organizações se encontram num

processo de reestruturação constante, no qual se busca uma postura gerencial

eficiente e eficaz, visando resultados que sejam favoráveis para seus

proprietários, acionistas, investidores e financiadores. E a obtenção desses

resultados envolve retornos maiores, os quais implicam em decisões que

elevem o desempenho econômico de uma empresa, ou seja, a criação de

valor.

No cenário competitivo atual, empresas disputam mercados cada vez

mais seletos e exigentes. Do Fordismo até hoje, não apenas as empresas se

especializaram, como também a população se tornou cada vez mais

consciente de seus direitos e deveres como consumidores. Exemplo

expressivo desta evolução é a criação do Código de Defesa do Consumidor,

que tem como objetivo reger as relações de consumo entre empresas e

prestadores de serviço e seus públicos-alvos. No mercado atual, com o

incremento de novas tecnologias e com o nível de globalização que

vivenciamos, as empresas concorrem não mais de forma local e regional, mas

sim, de forma global.

27 Ser bom já não é o bastante para uma empresa sobreviver nesta “selva

capitalista”, é necessário ser o melhor, ou estar entre eles. Conforme

Lovelock12 novos desafios se fazem presentes no cotidiano de gerentes,

diretores e presidentes de grandes empresas. Entre eles, podemos citar, por

exemplo:

- Análises de mercado – Ainda na fase de estudo para a colocação de novos

produtos e serviços, é necessário analisar o mercado no qual a companhia se

insere, para que se possa mensurar a absorção do produto/serviço neste

mercado, calculando-se assim a viabilidade do investimento. Outra utilidade da

análise de mercado é a identificação de segmentos-alvo, que é composto por

um grupo de compradores que tem em comum características, necessidades,

comportamentos de compra ou padrões de consumo.

- Pesquisas de satisfação – É uma preocupação constante das grandes

empresas saberem se seus produtos/serviços estão satisfazendo seus clientes

mais que o de outras empresas. Outro grande objetivo vinculado as pesquisas

de satisfação é a melhoria constante dos produtos/serviços feita através de

críticas colocadas por clientes;

- Posicionamento evolutivo: Segundo Lovelock13: “Posições raramente são

estáticas, elas precisam evoluir ao longo do tempo em resposta a mudanças

12 LOVELOCK, Christopher. Marketink de serviços: pessoas, tecnologia e resultados /

Christopher Lovelock, Joshen Wirtz; tradução de Arlete Simille Marques; revisão técnica de

Edson Crescitelli – 5. ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

13 LOVELOCK, Christopher. Marketink de serviços: pessoas, tecnologia e resultados /

Christopher Lovelock, Joshen Wirtz; tradução de Arlete Simille Marques; revisão técnica de

Edson Crescitelli – 5. ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

28nas estruturas do mercado, tecnologia, atividade competitiva e a própria

evolução da empresa. Muitos tipos de empresas se dedicam ao

reposicionamento evolutivo acrescentando ou descartando serviços e

segmentos-alvo. Algumas empresas reduziram suas ofertas e se despojaram

de certas linhas de negócios para aprimorar seu foco. Outras expandiram suas

ofertas na expectativa de aumentar suas vendas a clientes existentes e atrair

novos. Assim, estações de serviços agregaram pequenas lojas de

conveniência oferecendo horários de funcionamento mais longos, enquanto

supermercados e varejistas adicionaram serviços bancários. Novos

desenvolvimentos tecnológicos ofereceram muitas oportunidades para

introduzir não somente novos serviços, mas também novos sistemas de

entrega para produtos existentes”.

- Responsabilidade sócio-ambiental – Este termo é relativamente novo, e

como o tema meio-ambiente tem se tornado muito forte no cenário político e

econômico mundial, muitas empresas vêem a necessidade de ter sua marca

relacionada à preservação do ambiente e da sociedade que a cerca, e,

- Market share – Como já abordado anteriormente, não basta ser bom, para

sobreviver é preciso ser melhor. Segundo Kotler14 grandes empresas buscam

alta lucratividade e expansão de seus mercados consumidores e, focadas

nisso, procuram “abocanhar” uma grande fatia do mercado no qual se inserem,

brigando pela liderança na venda de determinado produto ou serviço. Não é

suficientemente bom, por exemplo, para uma seguradora vender muitos

seguros, mas sim possuir a maior fatia de mercado na venda de um

determinado segmento de seguros.

14 KOTLER; Philip e ARMOSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. Nona edição, São

Paulo: Prenhall, 2003.

29 Levando em consideração todas estas características expostas acima,

para gerir uma grande empresa neste mercado, é necessário que se elaborem

verdadeiros planos diretores que ajudam a colocar em movimento constante,

ritmado e harmônico todos os setores da empresa para que, em um período

específico de tempo, os objetivos possam ser alcançados e redirecionados a

tempo, caso seja necessário. Para isso, é preciso estabelecer uma série de

metas, para todas as áreas da companhia, com o intuito de direcioná-los para

um resultado pretendido.

Em uma grande empresa como Oi ou Banco do Brasil, por exemplo, a

elaboração das metas e dos planos de negócios leva, anualmente, cerca de

três meses para serem negociados entre acionistas, elaborados pelo Conselho

Diretor, mensurados pelas áreas responsáveis, negociados e distribuídos aos

diversos órgãos internos para implementação. Os objetivos destas empresas

são tão diversificados e complexos, que a periodicidade de alguns deles variam

de meses até décadas entre a sua elaboração e colocação em prática. Alguns

visam um resultado econômico de curto prazo, outros de longo prazo, alguns

dizem respeito a posicionamento de mercado, outros versam sobre como a

empresa quer ser vista ou “sentida” pelo seu consumidor.

O objetivo principal deste conjunto de metas é sempre o lucro da

empresa e a manutenção de sua existência, fazendo com que os diversos

setores e departamentos da Companhia funcionem como membros e órgãos

de um corpo, que para funcionar bem deve trabalhar em harmonia para a

manutenção de uma vida longa e saudável.

30

Capítulo 4 – Sistema de metas compartilhadas

A principal definição utilizada por administradores de grandes empresas

para as diversas áreas que compõe suas organizações é que estas áreas

devem ser comparadas a verdadeiros órgãos que juntos formam o corpo da

empresa. A obrigação do CEO de toda grande companhia é fazer com que

estes diversos órgãos trabalhem de forma harmônica para alcançar os

objetivos comuns definidos pelo plano diretor da Companhia, que se traduz em

metas para as diversas áreas e setores da empresa.

Entretanto, em grandes grupamentos empresariais, diferentes setores

muitas vezes encontram dificuldades em se enxergarem como partícipes do

mesmo “corpo”, causando uma série de atritos entre diferentes segmentos

corporativos.

Empresas de grande porte, cada vez mais investem em profissionais

voltados exclusivamente em dar suporte para as diversas áreas da empresa na

criação e execução do plano de metas. Muitas empresas possuem uma

Diretoria especificamente para fazer a gestão das metas estabelecidas,

favorecendo assim o alcance do resultado estabelecido.

Mesmo assim, estas grandes Companhias vem percebendo dificuldades

cada vez maiores de alcançar seus objetivos estabelecidos. Um dos motivos é

o acirramento da disputa no mercado. Mas, um outro grande obstáculo

encontrado nestas empresas é a concorrência interna entre setores causada

pela criação/estabelecimento de metas divergentes entre estas áreas. Apenas

para ilustrar esta situação, podemos tomar como exemplo o Jurídico trabalhista

e o RH de uma grande empresa.

Dentre as metas estabelecidas para o setor de Rh estão: redução do

custo com folha de pagamento, enquadramento de faixa salarial, campanhas

de desenvolvimento profissional, entre outras. Em relação ao Jurídico

trabalhista, podemos citar: redução de entrada de novos processos trabalhistas

31de funcionários próprios e terceirizados, redução do pagamento médio de

condenação em processos e fim da revelia em processos.

Dentre as metas destes dois setores duas são consideradas claramente

concorrentes entre si. A meta do Rh de redução de custos com a folha de

pagamento e a meta do Jurídico trabalhista de entrada de novos processos

trabalhistas de funcionários próprios.

Para acabar com essa concorrência de resultados é necessário

aproximar estas duas áreas para que se possa traçar um curso paralelo que

leve os dois setores ao resultado pretendido.

Outro exemplo que ilustra facilmente esta dificuldade esta no

estabelecimento de metas entre o setor de contratação de empresas

terceirizadas e o setor Jurídico Cível.

Dentre as metas estabelecidas para o setor de contratação de empresas

terceirizadas podemos citar: redução no custo dos contratos e prazo para início

da operação. Em relação ao Jurídico Cível, podemos citar: redução de entrada

de processos nas varas cíveis e especiais cíveis, redução do “ticket médio” de

pagamento de pagamento de processos, redução do passivo de processos

cíveis, dentre outros.

É verificado, que cada vez mais estes conflitos fazem com que o

resultado almejado pela empresa tenha cada vez mais dificuldade de ser

alcançado.

A proposta que vem revolucionando o mercado e reconhecida como a

solução para este grande conflito interno tem sido a adoção do sistema de

metas compartilhadas, onde duas ou mais áreas da Companhia são

responsáveis pelo mesmo resultado.

Com isto, tem sido verificado dentro de grandes empresas a criação de

comitês mistos para discutir assuntos que antes eram abordados apenas

dentro de áreas específicas, fazendo com que a informação circule de forma

mais livre dentro da empresa e colaborando para que o resultado global da

empresa seja alcançado com mais facilidade.

32Ilustrando os casos descritos acima, a meta de entrada de novos

processos de funcionários da empresa para a ser uma responsabilidade tanto

do setor de Rh como do setor Jurídico trabalhista, fazendo com que toda a

política de contratação e demissão da companhia passe a ser corroborada pelo

Jurídico, facilitando assim a redução de entrada de processos.

Ainda ilustrando, a meta de entrada de processos cíveis passa a ser de

responsabilidade tanto do Setor Jurídico Cível quanto de setor de contratação

de empresas terceirizadas, fazendo com que estas contratações tenham o

respaldo jurídico necessário para que os prestadores de serviços sejam

empresas idôneas.

Com este cruzamento de metas, os diversos setores da empresa se

vêem obrigados a compartilhar informações e a monitorar o trabalho

desenvolvido por outros setores da empresa, fazendo com que resultados ruins

sejam analisados de forma muito mais rápida e eficaz, tornando as respostas

da empresa mais rápidas e mais eficientes.

Com a adoção deste sistema, normalmente é criado na empresa uma

série de comitês executivos mistos, compostos de áreas com metas afins e que

antes de implementar novos projetos ou rotinas, submetem suas intenções a

estes comitês, evitando surpresas desagradáveis e ampliando a rede de

informações disponíveis dentro da Companhia. Além destes comitês,

normalmente é criado um comitê ampliado compostos pelo CEO, CFO e

demais diretores da empresa e seus gerentes, para que os novos projetos em

andamento tenham o aval dos principais setores envolvidos, para que sua

implementação seja facilitada e seus riscos mitigados.

33

Conclusão

Com a rápida evolução dos mercados e dos consumidores, a gestão

empresarial necessita cada vez mais se desenvolver para que os resultados

esperados sejam alcançados.

Com a redução da lucratividade gerada pelo acirramento da competição

global entre as grandes empresas é necessário o empreendimento de uma

quantidade cada vez maior de energia para que se possam atingir os

resultados esperados.

Para que os grandes grupos empresariais possam se desenvolver e

permanecer no mercado com uma posição de destaque, é necessário que as

empresas evoluam nas metodologias de gestão de suas metas corporativas.

A implementação do sistema de metas compartilhadas parece ser um

caminho muito útil para maximizar os resultados estabelecidos como

necessários para o crescimento das empresas, visto que este sistema reduz os

atritos entre as diversas áreas das empresas, além de gerar a disseminação do

conhecimento e contribuir para o desenvolvimento de todo o ambiente

corporativo.

34

Referências Bibliográficas

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permanentes na administração de empresas válidas. 2. ed. São Paulo: Atlas,

1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos

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GALVEAS, Elias Celso. A Revolução Industrial: Uma visão crítica. Rio de

Janeiro: Atlas 1999.

KOTLER, Philip, Marketink de A a Z: 50 conceitos que todo profissional

precisa saber. Rio de Janeiro: Campus 2003.

KOTLER, Plilip. Administração de Marketing. Décima edição, São Paulo:

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resultados / Christopher Lovelock, Joshen Wirtz; tradução de Arlete Simille

Marques; revisão técnica de Edson Crescitelli – 5. ed. – São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2006.

35MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração. Da escola

científica à competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas. 1997.

ROBBINS, Stephen. Administração: mudanças e perspectives. 1. ed.

São Paulo: Saraiva, 2003.

ROBBINS, Stephan. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro:

Editora LTC, 1999.

SENGE, Peter. Arte e prática da organização que aprende. 15. ed. São

Paulo: Best Seller, 2003.

36

ÍNDICE

Folha de rosto................................................................. 02

Introdução ...................................................................... 08

Capítulo 1 ....................................................................... 10

Capítulo 2 ....................................................................... 15

Capítulo 3 ....................................................................... 22

Capítulo 4 ....................................................................... 30

Conclusão ...................................................................... 33

Bibliografia ...................................................................... 34

Índice .............................................................................. 36