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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O IMPACTO AMBIENTAL DA IMPLANTAÇÃO DO COMPERJ NA
APA DO ENGENHO PEQUENO, SÃO GONÇALO, RJ
Por: Fernanda Costa Barbosa
Orientador
Prof. Francisco Carrera
Niterói, Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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O IMPACTO AMBIENTAL DA IMPLANTAÇÃO DO COMPERJ NA
APA DO ENGENHO PEQUENO, SÃO GONÇALO, RJ
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Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental.
Por: . Fernanda Costa Barbosa
3
AGRADECIMENTOS
Aos amigos Fernanda, Luis, e por
último, mas não menos importante a
Silvia Balthazar pelo fornecimento de
dados para a minha monografia.
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia aos meus pais
Ewaldo e Rosangela, a minha irmã
Marcelle e ao Guilherme por sempre
acreditarem em mim.
5
RESUMO
O presente trabalho se propõe a analisar potenciais impactos
ambientais da implantação do empreendimento, o Complexo Petroquímico do
Rio de Janeiro (Comperj), no município de São Gonçalo. Discutindo o potencial
impactante da atividade petrolífera para os ecossistemas e populações e
populações na área do entorno.
Esta monografia foi desenvolvida com base em pesquisa descritiva
e explicativa, aliada a um estudo de caso que utilizou como diretriz
metodológica leituras específicas e análise de documentos legais. Foi baseada
em ampla revisão da literatura, informações coletadas junto às partes
envolvidas com o empreendimento. Como conclusão da pesquisa, é visto que
a implementação do Comperj é importante para o desenvolvimento do estado
do Rio de Janeiro e do país.
6
METODOLOGIA
O presente trabalho teve como base revisão da literatura de caráter
técnico-científico, informações coletadas junto a órgãos oficiais e diversas
fontes informativas no processo, consultas a sites relacionados ao tema na
internet.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho trata-se de
uma pesquisa descritiva e explicativa, aliada a um estudo de caso analisando-
se empreendimentos similares implantados e o EIA/RIMA do COMPERJ.
A escolha do município de São Gonçalo e da Área de Preservação
Ambiental do Engenho Pequeno para a realização do estudo, se deu pelo
interesse e curiosidade pessoal em ampliar os conhecimentos nesta área.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O município de São Gonçalo 11
1.1 – Descrição das bacias hidrográficas
1.2 – Clima
1.3 – Impacto Ambiental
CAPÍTULO II - Área de Proteção Ambiental 18
2.1 – Caracterização da APA do Engenho Pequeno
CAPÍTULO III – O Comperj 23
3.1 – Caracterização da APA do Engenho Pequeno
3.2 – O relatório de impacto ambiental
3.3 – O projeto Macau
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
8
INTRODUÇÃO
No estudo de Albagli (2003) foi mostrado que durante bilhões de anos, a
extinção de espécies ocorreu devido a processos dinâmicos e naturais, dando
lugar ao surgimento de novas espécies. Mas nos últimos 65 milhões de anos, a
destruição da biodiversidade pode ser considerada a mais drástica já ocorrida,
e é causada principalmente por práticas humanas predatórias ao meio
ambiente. Dentre os principais impactos ambientais antrópicos, as práticas
industriais são as mais devastadoras, e acentuaram-se e multiplicaram-se
desde o estabelecimento das modernas sociedades industriais, graças a
Revolução Industrial.
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da
máquina a vapor, por James Watt, em 1776. A utilização da máquina a vapor
no processo de produção provocou um grande avanço industrialização, que se
estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos.
A Revolução Industrial ocorreu em duas fases distintas, segundo
estudiosos: a primeira fase de 1780 a 1860. É a revolução do carvão, como
principal fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima. A segunda
fase de 1860 a 1914. É a revolução da eletricidade e derivados do petróleo,
como as novas fontes de energia, e do aço, como a nova matéria-prima.
Em 2005 foi divulgado um estudo IEA (International Energy Agency),
onde cerca de 81% das fontes de energia comercias são derivadas de
combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). Assim sendo, com base
nos dados de 2008 do “Escritório de Referência de População” a população
global tem crescido, subiu para 6,7 bilhões de habitantes, sendo que 1,2 bilhão
vivia nas regiões mais desenvolvidas e os 5,5 bilhões restantes, nas zonas
mais pobres, conseqüentemente a demanda por energia também cresce.
De acordo com Balanço Energético Nacional de 2009 (Ben 2009), o
petróleo é matéria-prima para diversos mais de 6.000 produtos, tais como:
gasolina, borrachas, nafta, lubrificantes, plásticos, diesel, tecidos sintéticos,
9
tintas, querosene de aviação, gás de cozinha e energia elétrica. Só no Brasil, é
responsável por aproximadamente 36,7% no ano de 2008.
Pandeff 2009 et al afirmam que este crescimento pode ser um
problema, pois se a taxa de utilização de combustíveis fósseis continuar
crescente as reservas atuais acabarão, havendo assim a necessidade de
novas explorações a procura destes combustíveis em novos campos e a
grandes profundidades, abaixo da camada chamada pré-sal.
Por isso é bastante expressiva a pressão sobre os recursos naturais e
fontes de energia de matriz não renováveis.
Nesse contexto, a etapa de refino é a base da indústria de petróleo,
pois sem a separação em seus diversos componentes, o petróleo em si, possui
pouco ou nenhum valor prático e comercial. A importância do refino dentro de
toda a cadeia produtiva do petróleo não se resume apenas ao ponto de vista
estratégico. Do ponto de vista ambiental, as refinarias são potenciais
poluidores. Elas consomem grandes quantidades de água e de energia,
produzem grandes quantidades de dejetos líquidos, liberam diversos gases
nocivos para a atmosfera e produzem resíduos sólidos de difícil tratamento e
disposição.
Em decorrência de tais fatos, a indústria de refino de petróleo, pode
ser, e muitas vezes, é causadora de grandes impactos ambientais, pois tem
potencial para afetá-lo em todos os níveis: ar, água, solo e, os seres vivos.
Apesar dos avanços tecnológicos que ocorreram neste último século,
Infelizmente, os equipamentos e técnicas de refino utilizados pelas refinarias
ao redor do mundo são relativamente primários, não tendo mudado muito ao
longo das últimas décadas.
A questão da poluição, não apenas aquela provocada pelas refinarias
de petróleo, mas a produzida pela indústria de um modo geral, constitui não
apenas um problema, mas também em um desafio para a gestão das
empresas, que precisam se adaptar de maneira efetiva e eficaz diante a
situação.
Assim sendo, é necessária a integração da variável ambiental no
10
planejamento, na concepção, e, acima de tudo, na operação das refinarias. A
solução para o problema da poluição certamente não é fechar as refinarias ou
reduzir os níveis de produção, um pensamento totalmente inviável do ponto de
vista prático. Pois a indústria do petróleo também desempenha um papel
social, por ser grande geradora de empregos, de receita para União, Estados e
Municípios.
O estudo está focado na análise dos impactos potenciais ambientais
que poderão advir pela implantação do Comperj na APA do Engenho Pequeno,
no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, enfatizando o potencial poluidor
do mesmo. Além de identificar os impactos potenciais ambientais da
implantação do Comperj na APA do Engenho Pequeno.
11
CAPÍTULO I
O MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO
O estudo tomou como referência o município de São Gonçalo, situado
na região metropolitana do Estado do Rio, no lado oriental da Baía de
Guanabara, tem uma área de 251 quilômetros quadrados atravessada pelas
duas principais vias de acesso ao Norte do Estado: a Rodovia Amaral Peixoto
que se dividem nas RJ-104 e RJ-106 e a Niterói-Manilha integradas ao sistema
BR-101, o que garante o acesso fácil às demais regiões do país.
O município de São Gonçalo limita-se, ao Norte, com Itaboraí e a Baía
de Guanabara. Ao Sul, com Maricá e Niterói. a Leste, com Itaboraí e Maricá a
Oeste, com a Baía de Guanabara e Niterói.
Durante as décadas de 1940 e 50, o parque industrial de São Gonçalo
chegou a ser um dos mais importantes do antigo Estado do Rio, atuando nos
campos da metalurgia, transformação de materiais não metálicos (cimento,
cerâmica e outros), químico, farmacêutico, papel e produtos alimentares sendo
chamada de Manchester Fluminense.
Atualmente São Gonçalo luta para retomar seu espaço, com um parque
industrial variado, que inclui industriais alimentícias, eletrônicas, têxteis,
laboratórios farmacêuticos.
1.1 – Descrição das bacias hidrográficas
De acordo com Ecologus-Agrar (2003), a região hidrográfica da Baía de
Guanabara possui uma superfície continental de 4.027 km2, seu formato é
alongado na direção Leste-Oeste e seu maior eixo possui aproximadamente
115 km. As contribuições mais efetivas, quanto ao seu escoamento, vêm dos
rios que nascem ao Norte e Nordeste, nas escarpas da Serra do Mar, e
deságuam no fundo da baía. As nascentes, na maioria dos casos, se localizam
em áreas de proteção ambiental e apresentam altitude média de 1.000 m. As
12
Bacias hidrográficas dos rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu (Figura
1) representam cerca de 50% do total da área drenada à Baía de Guanabara e
podem ser considerados como as mais relevantes.
Figura 1 – Mapa da hidrografia das bacias dos rios Guapi-Macau e
Guapi-Caceribu
O abastecimento de água dos municípios de Niterói, São Gonçalo,
Paquetá e parte de Itaboraí, envolvendo uma população de cerca de 2,5
milhões de habitantes, é feito pela CEDAE, em ponto de captação a jusante do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no canal de Imunama. A
ligação entre a captação e as bombas da CEDAE é feita por um canal com 3
km de comprimento.
13
Figura 2 – A região da captação de água da CEDAE
Para efeito de represamento da água doce e contenção de uma possível
contaminação de água salgada vinda da Baía de Guanabara, foi construída
uma barragem submersa, que provoca desnível. Como parte integrante da
barragem existe também um canal lateral de desvio controlado por uma
comporta.
1.2 – Clima
Seu clima é ameno e seco, o ponto culminante é o Alto do Gaia, com
500 m de altitude, na serra de Itaitindiba.
1.3 – Impacto ambiental
De acordo com a Resolução CONAMA no 001/86, art. 1o, o termo
"impacto ambiental" tem como definição: toda alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente afetam a saúde, o bem estar da população e a qualidade do
meio ambiente.
14
Segundo Medeiros (1995), a avaliação de impacto ambiental (AIA) deve
ser obtida antes de tudo como um instrumento preventivo de política pública e
só se torna eficiente quando possa se constituir num elemento de auxílio à
decisão, uma ferramenta de planejamento e concepção de projetos para que
se efetive um desenvolvimento sustentável como forma de se sobrepor ao viés
economicista do processo de desenvolvimento, que aparecendo como
sinônimo de crescimento econômico, ignora os aspectos ambientais, culturais,
políticos e sociais.
Assim sendo, os grandes empreendimentos, sejam eles econômicos,
turísticos, industriais ou imobiliários, que em maior ou menor escala foram ou
irão ser implantados na área de análise desse estudo, podem ser avaliados,
ainda que qualitativamente, através dos danos causados ou dos benefícios
auferidos pela implantação dos mesmos. Além dos impactos ao ambiente
natural, não há como implantar empreendimentos sem promover a
desorganização da vida social e cultural da localidade, traduzida especialmente
por novos hábitos de consumo e necessidades monetárias e o abandono das
atividades produtivas tradicionais.
Isto posto, apresenta-se a seguir as condições sócio-ambientais da área
em estudo, procurando-se fazer uma análise quanto aos impactos ambientais
antes e depois da expansão urbana ali ocorrida.
A dinâmica ambiental do município de São Gonçalo é muito complexa e
vulnerável. Como foi visto por Gonçalo Gonçalves, o colonizador que fundou o
município, existia uma rica vegetação de Mata Atlântica e manguezais, que
eram cortados por diversos rios navegáveis de águas transparentes e que
contribuíam diretamente para a Baía de Guanabara. Hoje, São Gonçalo sofre
com o crescimento desordenado, e como conseqüência o agravamento da
dinâmica ambiental, com isso tem-se uma baixa qualidade de vida e auto
estima da população.
A Mata Atlântica sofreu seu primeiro impacto com a “rapinagem do pau-
brasil” e com os sucessivos ciclos econômicos. Mais tarde houve culturas de
frutas e criação de gado. Hoje restam poucas manchas de matas secundárias
15
terciárias na Ilha de Itaoca e na região do bairro do Engenho Pequeno (APA do
Engenho Pequeno). Os manguezais foram destruídos ao longo do tempo para
virarem loteamentos irregulares e continuam a serem impactados por
construções ilegais, principalmente nas margens da Rodovia Niterói - Manilha.
Os diversos rios, importantes para o equilíbrio da Baía de Guanabara,
viraram depósitos de esgoto “in natura”. Segundo dados da Fundação Estadual
de Engenharia e Meio Ambiente- FEEMA, 2000, para o rio Alcântara, a
concentração média de Oxigênio Dissolvido (%OD) baixou de 6.5mg/l para
3.9mg/l, no período de 1987 a 1993 e a demanda bioquímica de oxigênio
(DBO) aumentou de 5.8mg/l para 614mg/l no mesmo período. O que pode
ocasionar o surgimento de doenças de veiculação hídrica (diarréias e
hepatites).
Entretanto, nunca houve um olhar atento e capaz de perceber que a
qualidade dos ecossistemas está interligada à qualidade de vida do homem
até então, por parte das autoridades responsáveis. A conservação de Áreas de
Proteção Ambiental dentro e fora do município, e tão importante quanto às
populações tradicionais que vivem dentro ou no entorno de seus limites,
dependendo de sua dinâmica ambiental para o sustento de suas famílias.
Como, por exemplo, a comunidade de Itaoca, localizada em áreas de
manguezais, (Área de Proteção Ambiental de Guapimirim) e sendo os mesmos
protegidos pela legislação, durante os meses de novembro a dezembro (época
de defeso) o IBAMA proíbe a captura de caranguejos e siris por estarem no
período de reprodução. Assim, a população local que vive diretamente destas
práticas artesanais de sustento, fica vulnerável, perdida e sem expectativas
quanto à sustentabilidade de suas famílias.
Os desafios colocados por tais questões são grandes, a qualidade dos
ecossistemas, influi diretamente na qualidade de vida do meio antrópico e vice
e versa. Tudo que ocorre hoje com a Baía de Guanabara e com município de
São Gonçalo, é resultante de anos de políticas públicas mal administradas que
quase nunca levaram em conta a diversidade cultural da população e a
diversidade biológica, que caracterizavam os povos e os ecossistemas
16
complexos, que sempre fizeram parte da história da bacia contribuinte da Baía
de Guanabara.
17
CAPÍTULO II
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma categoria de Unidade de
conservação (têm o objetivo de manter a diversidade biológica regional aliando
o desenvolvimento de pesquisas com uso racional dos recursos naturais)
voltada para a proteção de riquezas naturais que estejam inseridas dentro de
um contexto de ocupação humana. O principal objetivo é a conservação de
sítios de beleza cênica e a utilização racional dos recursos naturais, colocando
em segundo plano, a manutenção da diversidade biológica e a preservação
dos ecossistemas em seu estado original. Esta categoria de área protegida,
estabelecida pela Lei no 6.902, de 27 de abril de 1981 A visitação e a pesquisa
são permitidas, sob autorização do governo ou nas áreas sob propriedade
privada, cabendo ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e
visitação pelo público (MINISTÉRIO PÚBLICO, 2007).
A APA é um tipo de Unidade de Conservação e está bem definida
através do Artigo 8° da Lei n° 6.902, de 27 de abril de 1981, e dispõe sobre a
criação de Áreas de Proteção Ambiental. A primeira APA do Brasil foi a da
Serra do Mar, criada pelo 28 Decreto nº 22.717, de 21 de setembro de 1984,
no Estado de São Paulo (MOTTA,2005).
As APAs também, no geral, têm atributos bióticos e abióticos, estéticos
ou culturais importantes para a qualidade de vida, no que se diz respeito a
natureza pitoresca e incomum das peculiaridades ambientais geradas pelos
endemismos, no caso da Floresta Atlântica. As Áreas de Proteção Ambiental,
mesmo de domínio privado, estão sujeitas a restrições de uso de seus
recursos naturais, de acordo com os objetivos propostos através do
planejamento e gestão ambiental, integrantes da Lei n° 9.985/00. Pode-se
dizer que estas áreas são “instrumentos de planejamento e gestão” e podem
vir a se consolidar como agências de desenvolvimento sócio-ambiental (IAP,
2006).
18
É importante destacar que independe dos atributos existentes para cada
região, a APA encaixa-se como ferramenta prática à utilização sustentável, e
acaba por se tornar o meio para a manutenção de sua integridade. Essas
restrições de direitos de uso devem estar apoiadas em outros dispositivos
legais de acordo com suas matérias, sejam elas: recursos hídricos, florestas,
fauna, solo, atmosfera, patrimônio arqueológico, paleontológico, espeleológico
e cultural. Essa evolução pode ser salientada pelo Código Florestal Lei n°
4.771/65, estabelecendo normas de ordenamento e restrições em áreas
públicas e privadas. No entanto, o fato de criar uma Unidade de Conservação
não garante a sua proteção; há que considerar os impactos ambientais
provocados pelos diferentes grupos sociais que têm relação a região em
questão. A gestão ambiental deve considerar os contextos econômico, social e
político, global e local, de maneira integrada, o que exige a formulação de
políticas públicas apropriadas a esses contextos (IAP, 2006).
2.1 – Caracterização da APA do Engenho Pequeno
No ano de 1978, o município de São Gonçalo, no bairro do Engenho
Pequeno, a antiga Fazenda Engenho Pequeno foi desapropriada pelo Estado
do Rio de Janeiro para ser um aterro sanitário que atenderia os municípios de
Niterói e São Gonçalo. O projeto não foi concluído e esta área de
aproximadamente 1340 hectares de Mata Atlântica em regeneração, durante
muitos anos, ficou sujeita a ocupações e invasões.
19
Figura 3 - Foto de satélite mostrando o município de São Gonçalo e a
APA do Engenho Pequeno
Percebendo a necessidade de proteger as últimas reservas de matas
existentes próximas às áreas urbanas habitadas de São Gonçalo e por
pressão da sociedade civil, foi criada em 19 de julho de 1991 pelo Decreto
Municipal n.º054/91, a Área de Preservação Ambiental – APA do Engenho
Pequeno. Esta área é considerada um santuário da Mata Atlântica brasileira,
uma vez que há resquícios de floresta secundária e terciária que servem como
refúgio para a fauna silvestre remanescente. De acordo com Monteiro e Melo,
2007, existem 300 espécies de plantas, sete serpentes, oito anfíbios, cinco
lagartos, quatro morcegos, um mico, preá, gambá, 61 espécies de aves, além
de diversos invertebrados. E ainda, a região abriga algumas nascentes dos
principais rios que abastecem o município.
20
Figura 4 – Sede da APA do Engenho Pequeno e Viveiro de mudas
De acordo com dados do Instituto Baía de Guanabara, quando foi
questionado à população do entorno da APA sobre a beleza e feiúra da região
eles apontaram a questão do lixo, das águas poluídas dos rios e riachos nos
quais brincavam quando criança, o desrespeito e a falta de solidariedade entre
os moradores do bairro, que invadem espaços públicos com seus lixos
A APA do Engenho Pequeno em São Gonçalo encontra-se
continuamente pressionada por ações antrópicas. Entre os problemas
presentes na APA citada destaca-se: a implantação do Comperj.
Segundo Pandeff (2007), as refinarias são grandes geradoras de
poluição e contribuintes da degradação ambiental, consumindo grandes
quantidades de água e de energia, produzindo grandes quantidades de
despejos líquidos, liberando diversos gases nocivos para a atmosfera e
produzindo resíduos sólidos de difícil tratamento e disposição. Em decorrência
de tais processos, a indústria de refino de petróleo pode ser considerada em
muitos casos, como um empreendimento de grande impacto negativo ao meio
ambiente, pois tem potencial para afetá-lo em todos os níveis: ar, água, solo e,
conseqüentemente, a todos os ecossistemas e seres vivos que habitam não
somente as áreas próximas aos empreendimentos, mas também em escala
global. Da etapa de exploração até a comercialização de seus derivados,
vários tipos de impactos ambientais podem ser identificados.
21
Com base nas variáveis apontadas, pode-se inferir que de todas as
etapas que compõem a cadeia produtiva do petróleo, a produção em terra e o
refino são as que se apresentam como mais problemáticas, com maior
potencial para poluir solos e aqüíferos, comprometendo assim a produção de
alimentos e suprimento de água potável de uma ou mais zonas de entorno.
A Área de Proteção Ambiental do Engenho Pequeno apresenta como
objetivo central em sua criação a preservação das últimas reservas de matas
existentes nas proximidades das áreas urbanas mais densamente habitadas
de São Gonçalo. Todavia, vale destacar que, apesar da relevância deste
espaço para o município, motivo que originou a sua criação, a APA não
apresenta um ordenamento territorial, com base em um Plano de Manejo, que
estabeleça normas de uso e ocupação do solo orientado para uso sustentável
de seus recursos. A transformação de remanescentes de Mata Atlântica, na
sua grande maioria, em estágio de sucessão terciária, objetivou não só a
proteção dessas áreas florestadas como também aceitar o desafio de um novo
modelo de gestão, procurando harmonizar a conservação e a recuperação
ambiental e as necessidades humanas, pois a APA de Engenho Pequeno tem
se mostrado um ambiente de contrastes que, ao mesmo tempo em que sofre
com uma expansão urbana desordenada e sua conseqüente produção de
cargas produção de cargas poluidoras, sustenta um ecossistema complexo e
de alta biodiversidade.
Neste estudo se propõe como objetivo geral, analisar os impactos
potenciais ambientais oriundos da implantação do Complexo Petroquímico do
Rio de Janeiro (Comperj) na APA do Engenho Pequeno, no município de São
Gonçalo, Rio de Janeiro, enfatizando o potencial poluidor do mesmo. Para
atender ao exposto acima foi definido o seguinte objetivo específico:
• Identificar os impactos potenciais ambientais da implantação do
Comperj na APA do Engenho Pequeno.
• A implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro,
• Comperj, causará grande degradação ambiental em torno e dentro da
APA do Engenho Pequeno, sendo assim contraditório o que se refere
aos objetivos de uma Área de Proteção Ambiental:
22
• Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC –
estabelecido na Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.
• Art 15. A Área de Proteção Ambiental ... tem como objetivos básicos
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
23
CAPÍTULO III
O COMPERJ
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) é um dos
principais empreendimentos da Petrobras, irá transformar o perfil
socioeconômico de sua região de influência.
A previsão de operação é no ano de 2013, onde o empreendimento
gerará uma grande economia de divisas para o Brasil, já que haverá aumento
da capacidade nacional de refino de petróleo pesado com consequente
redução da importação de derivados e de produtos petroquímicos.
O Comperj promoverá uma transformação do petróleo, fornecendo ao
mercado e à sociedade produtos de grande utilidade como plásticos e outros
produtos petroquímicos, que hoje são comumente encontrados.
A mão de obra estabelecida nas cidades impactadas diretamente pelo
Complexo também receberá cursos de capacitação e qualificação oferecidos
pelo Centro de Integração – projeto já implantado. A expectativa é preparar
cerca de 30 mil profissionais, cujos dados serão armazenados em um banco
de informações para futuros empregos, tanto no Comperj quanto nas
empresas atraídas para a região. Além disso, está sendo desenvolvido o
projeto Memória Petrobras – Comperj, onde são registradas as etapas da
construção do empreendimento por meio de depoimentos das pessoas
envolvidas com o Comperj.
3.1 – O relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA)
De acordo com as informações obtidas pela análise do Relatório de
Impactos Ambientais ao Meio Ambiente (RIMA) e do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA), o estudo tem como objetivo produzir e expor informações
para a população sobre as decisões do órgão ambiental em relação à
concessão da licença prévia.
24
Além disso, estes estudos devem ser feitos, pois apresentam,
detalhadamente, o desenvolvimento do projeto e da situação ambiental da
região onde será o empreendimento da Petrobras.
Estima-se a criação de mais de 200 mil empregos diretos, indiretos e por
“efeito de renda”, a nível regional e nacional com capacitação de mão-de-obra
e em vários níveis de escolaridade em parceria com prefeituras para qualificar
seus profissionais.
Desde o mês de junho de 2007, o COMPERJ, iniciou o projeto do
Corredor Ecológico que prevê o plantio de quatro milhões de mudas, tendo
como objetivo recompor a mata ciliar e a vegetação de transição de manguezal
para a floresta atlântica, além da valorização e proteção de áreas de
vegetação restante.
A Petrobras contará com a parceria da população local no
reflorestamento.
Com a implementação do COMPERJ, várias empresas estarão
envolvidas diretamente na sua construção, assim estudos da Fundação Getúlio
Vargas indicam que não menos que 720 empresas poderão se instalar na
região até o ano de 2015. Mas o resultado do empreendimento já será visto
antes de 2015, beneficiando economicamente de forma direta os municípios
vizinhos, e indiretamente o estado do Rio de Janeiro, e até mesmo, o país.
Após o anúncio da localização do COMPERJ foi criado o Consórcio
Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (CONLESTE)
que tem a função de fomentar o desenvolvimento local equilibrado através de
planejamento e execução de ações coordenadas.
Os municípios que participam do CONLESTE são: Itaboraí, São
Gonçalo, Cachoeira de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Niterói, Magé,
maricá, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá.
Ainda foi criado o Fórum Permanente para o Desenvolvimento da Área
da Influência do COMPERJ (Fórum COMPERJ) para ajudar a sociedade a
aumentar os benefícios e amenizar ou compensar impactos desfavoráveis do
empreendimento.
25
O conhecimento dos impactos ambientais do COMPERJ foi traçado a
partir da Resolução 001/86 do CONAMA, segundo a qual impacto ambiental é
“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a
biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema); as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais.”, como
dito anteriormente.
Os impactos sobre o ambiente biológico produzidos pela construção e
operação de empreendimentos têm magnitude e importância estreitamente
relacionadas com a qualidade ambiental da região a ser impactada e sua
importância ecológica.
A previsão dos impactos ambientais identifica as possíveis modificações
provocadas pelo empreendimento: nas fases de planejamento, construção,
operação e desativação.
3.2 – O Projeto Macacu
A instalação do Comperj no município de Itaboraí tem provocado
diversos questionamentos relacionados à questão ambiental, dentre os quais o
mais significativo é a disponibilidade de recursos hídricos. O fornecimento de
água necessária para o atendimento da demanda do Comperj ainda não foi
solucionado e, além disso, espera-se um crescimento industrial e a
intensificação do fluxo populacional significativo na região, também
consumidora de água, além da necessidade do recurso para diluição de
efluentes.
Os parâmetros de qualidade de água traduzem as principais
características físicas, químicas e biológicas que a água deve apresentar para
que seja utilizada para abastecimento de diversos fins e aplicações.
O Projeto Macacu analisou amostras de água dos três rios principais:
Caceribu, Macacu e Guapi-Açu que indicaram um acentuado
26
comprometimento da qualidade das águas, principalmente no rio Caceribu em
um ponto de amostragem onde os resultados dos parâmetros de pH, clorofila,
a, nitrito, nitrato e nitrogênio amoniacal não se enquadram nos valores de
referência provenientes da resolução CONAMA 357. O rio em melhor situação
de qualidade de água é o rio Guapi-Açu sendo seguido pelo rio Macacu. Mas,
todos os rios apresentaram resultados preocupantes nos parâmetros
coliformes fecais, fosfatos e fósforo total sendo eles parâmetros indicadores
principais relacionados a infraestrutura sanitária ineficiente.
27
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O estudo aqui apresentado faz parte de um conjunto de pesquisas
concluídas e em conclusão, devendo ser necessariamente complementado
com estudos posteriormente e mais aprofundados sobre questões específicas
aqui levantadas.
O estudo ressaltou que indústria petrolífera e os processos do refino do
petróleo são atualmente uma das atividades humanas de maior potencial
poluidor ou para ocasionar diversos impactos ambientais, econômicos e
sociais, uma vez que suas operações podem afetar o meio físico em todas as
suas esferas (ar, água e solo).
Destacou que devido ao modo de organização e complexidade da
sociedade moderna, durante as próximas décadas se manterá a dependência
dessa indústria e das refinarias para garantir nosso modo de vida.
Evidenciou que as atividades econômicas que a envolvem a indústria
petrolífera geram muitos benefícios, bem como outros tantos prejuízos que
provêm da emissão de poluentes diversos e da degradação ambiental, social e
econômica, sendo esses empreendimentos ainda hoje vistos como um grande
problema ambiental, em âmbito local, regional e mundial.
Em relação às questões ambientais locais o estudo destaca a
importância desse âmbito, uma vez que estas não podem e nem devem ser
negligenciadas, destacando que ecossistemas importantes e sensíveis estão
ameaçados tanto pelo projeto em sua fase de construção e mesmo depois,
com a entrada em operação do complexo.
Ao investigar outros municípios que receberam empreendimentos da
indústria do petróleo e estando na área de influência direta destes, percebeu-
se que por maiores que sejam as preocupações nos estudos em relação às
questões ambientais e sociais, o que ocorre na prática são resultados que se
mostraram muitas vezes catastróficos, uma vez que não se consegue controlar
28
efetivamente as variáveis ambientais, eventos naturais e pressões
demográficas sobre o uso e ocupação do solo.
O estudo destaca a atuação preventiva, educação ambiental, em todos
os processos e na tomada das decisões, pois é mais barata que do que a
atuação na remediação de eventos indesejáveis.
Recomenda também, que os efeitos adversos do Comperj sobre a
dinâmica ambiental, social e econômica da região, deverão ser tratados
através da implantação de políticas públicas de ordenamento territorial, uso e
ocupação do sôo, saúde, educação e infra-estrutura, entre inúmeras outras, de
responsabilidade do poder público local e regional.
Estudos de Ecologus-Agrar (2003) mostram que o sistema de
barragem de Imunana já apresenta problemas com relação ao atendimento da
demanda de água para o abastecimento público e outros usuários. Tal
afirmação foi constatada durante o desenvolvimento do Projeto Macacu, pois
numa visita técnica (em 19/10/2007), foi observado a situação de extrema seca
que se encontrava o rio Macacu. A barragem de Imunana que é submersa,
estava totalmente descoberta (Figura 3), significando que a totalidade das
águas do rio Macacu estava sendo desviada para o canal de adução.
Observou-se também, que a água apresentava aspecto comprometido,
indicando presença de contaminantes.
A montante da barragem de Imunama está sendo construído o
Comperj, considerado o maior complexo petroquímico do estado, sendo forte
indutor de crescimento regional. Desta forma, é de se esperar que em 2012,
ano do início de sua operação, o problema agrave ainda mais.
A avaliação da qualidade da água em áreas de elevada densidade
populacional feita pelo Projeto Macacu é necessária para garantir a
sustentabilidade das áreas ocupadas.
A baixa concentração de carbono parece ser resultado da lixiviação de
solos muito pobres em matéria orgânica, típico de áreas desprovidas de
cobertura vegetal ou áreas de pasto. Uma ação que pode melhorara qualidade
da água na região seria o replantio das matas ciliares e das vegetações nos
topos dos morros. Porém, o aumento da transparência hídrica pode intensificar
29
a produção primária, a qual não deve atingir valores críticos, visto que a
concentração de nutrientes também não é muito elevada. Para o futuro é
interessante que haja controle destes nutrientes (Q7,10) existe o risco de
ocorrência de florações de algas que, além de degradar a qualidade da água,
poderá chegar a causar mortandades de peixes, como observado em diversos
corpos hídricos do estado do Rio de Janeiro.
Resultados obtidos evidenciam a importância de geração de infra-
estrutura sanitária das áreas ocupadas e principais cidades das bacias como
forma de mitigar o atual cenário de degradação dos recursos hídricos
superficiais. Nesse sentido, o processo de redução da carga de esgoto e de
matéria orgânica resultará numa sensível diminuição do aporte de nutrientes
para a baía de Guanabara, interferindo substancialmente no processo de
eutrofização de suas águas.
Além dos impactos ambientais, o aumento populacional decorrente da
instalação e do funcionamento do Comperj provocará a aceleração da
degradação da qualidade sanitária de água, aumentando a probabilidade de
doenças de veiculação hídrica e, consequentemente, um impacto substancial
na economia da região.
O cenário atual de comprometimento da qualidade de água dos rios
Caceribu, Macacu e Guapi-Açu apresenta níveis bem diferenciados. O rio
Caceribu foi caracterizado no estudo por um estado de degradação
substancial, sugerindo a necessidade de ações de maior intensidade em curto
e médio prazo. Estas ações devem possibilitar sua recuperação em um espaço
de tempo menor que os outros dois rios. O rio Macacu apresenta uma
capacidade de suporte mais elevada que o rio Caceribu caracterizando-se por
uma melhor qualidade de água. O rio Macacu, por outro lado, dada a dimensão
da sua bacia, requer investimentos e estudos de maior amplitude e
complexidade a fim de direcionar as ações mitigadoras e de conservação.
Finalmente, o rio Guapi-Açu, dadas as melhores condições da qualidade
hídrica em comparação com os outros dois rios demanda ações de caráter
conservacionista, identificando os principais fatores de comprometimento da
qualidade de suas águas.
30
Enfim, o estudo deixa como alerta a reflexão de que seria ingenuidade
pensar que com experiências adquiridas em situações parecidas anteriores, os
diversos problemas e principalmente os impactos ambientais futuros poderão
ser reduzidos ou eliminados em curtos espaços de tempo, ressaltando que as
experiências adquiridas são apenas menções dos problemas que podem
acontecer e um aprendizado do que pode ser evitado.
31
BIBLIOGRAFIA CITADA
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futuro sustentável (Porto Alegre: Laser Press Comunicação, 2008, 144 p;
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18- SHREVE, R. N.; BRINK JR, J. A. Indústrias de processos químicos. 4.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Dois. 1997.
34
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO 11
1.1 – Descrição das bacias hidrográficas 11
1.2 – Clima 13
1.3 – O impacto ambiental 13
CAPÍTULO II
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 18
2.1 – Caracterização da APA do Engenho Pequeno 18
CAPÍTULO II
O Comperj 23
3.1 – O relatório de impacto ambiental 23
3.2 – O projeto Macacu 25
CONCLUSÃO 2748
BIBLIOGRAFIA CITADA 3154
ÍNDICE 3455
35
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: