Upload
phamkhue
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DO RH NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DAS ORGANIZAÇÕES.
Por: Camila Soares Giannini
Orientador
Prof. Vinicius Galegari
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INFLUÊNCIA DO RH NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DAS ORGANIZAÇÕES.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Recursos
Humanos
Por: Camila Soares Giannini
3
AGRADECIMENTOS
....aos meus parentes, namorado e
colegas de trabalho que contribuíram
para o meu crescimento profissional.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe, pelo legado de amor ao trabalho e à vida.
5
RESUMO
A presente monografia basea-se na compreensão de como a área de
Recursos Humanos contribui para o sucesso do planejamento estratégico de
uma organização. A participação da área de Recursos Humanos é
indispensável, pois será através das pessoas que a organização obterá
sucesso e alcançará os objetivos traçados no planejamento.
A elaboração de uma estratégia organizacional com o suporte da área
de Recursos Humanos é de suma importância, pois irá trabalhar com aspectos
voltados para a gestão de pessoas, objetivando a ampliação contínua da
capacidade de produzir resultados e comprometer todos os empregados com a
estratégia. Através dessa ação a organização poderá estabelecer um caminho
que será seguido pelos colaboradores durante a execução deste projeto.
Serão abordados assuntos como: etapas da implantação do
planejamento estratégico de RH, análise da importância da monitoração e
controle das estratégias e por quais motivos o planejamento estratégico deve
considerar não só o ambiente interno da empresa, mas também o mercado e a
concorrência. A área de Recursos Humanos deve sensibilizar os empregados
em relação ao processo corporativo, gerando assim o comprometimento de
todos.
Palavras chave: Planejamento, Recursos Humanos, Estratégia, Gestão
de Pessoas.
6
METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto são pesquisas realizadas
através da análise de livros, artigos, sites e documentos voltados para a área
de Recursos Humanos.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Planejamento e a área Recursos Humanos 10
1.1 – Definição de estratégia 10
1.2 – Conceito de planejamento 12 1.3 – Planejamento e recursos humanos 14
CAPÍTULO II - Planejamento estratégico de Recursos Humanos 17
2.1 – Missão, visão e objetivos organizacionais. 17
2.2 – Tipos de planejamento 19 2.3 – Etapas do planejamento 21 CAPÍTULO III – O Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica 28
3.1 – Conceito 28
3.2 – Componentes do BSC 33 3.3 – A comunicação da estratégia 35
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42
8
INTRODUÇÃO
O objetivo desta monografia é estudar a influência da área de Recursos
Humanos no planejamento estratégico das organizações, além de
compreender seus objetivos, etapas e funções.
O planejamento é um importante instrumento de gestão da atualidade.
Por trás de toda organização de sucesso, existe uma estratégia eficaz. Por
esse motivo que o planejamento estratégico é hoje a ferramenta de gestão
mais utilizada por grandes empresas. É um método pelo qual a empresa define
a mobilização de seus recursos para alcançar os objetivos propostos. É um
planejamento global a curto, médio e longo prazo. O que determina o sucesso
de uma organização é a capacidade de se adaptar às mudanças de seu
ambiente, antecipando-se aos seus concorrentes. Saber utilizar os
instrumentos do planejamento de forma coerente, adaptando-os à realidade da
empresa e às suas necessidades, é um grande diferencial. É essencial que os
gestores conheçam cada um dos elementos do planejamento e suas funções,
assim como as mudanças que estão ocorrendo no ambiente externo.
O planejamento trata da formulação de estratégias que determinam
rumos ou formas de atingir objetivos. Atualmente se tornou cada vez mais
importante a flexibilidade, as habilidades, competências e atitudes para se
posicionar em determinadas situações e, encontrar soluções eficazes e
criativas é uma das preocupações da área de Recursos Humanos.
As organizações devem identificar suas necessidades de mão de obra.
O setor de Recursos Humanos pode planejar sua forma de acompanhar o
desenvolvimento organizacional, através das técnicas de recrutamento,
seleção, capacitação, treinamento, metodologias de avaliação dos
colaboradores, políticas de remuneração e benefícios, entre outros. Vale
lembrar, que as necessidades de recursos humanos dependem dos objetivos,
estratégias da organização, demanda dos produtos ou serviços e de seus
níveis de produtividade, pois ajuda a identificar e destacar áreas para as quais
terá de alocar mais pessoal. E para se antecipar às necessidades e às
mudanças impostas pelo mercado, as organizações estão procurando
9
profissionais que entendam essa dinâmica empresarial, para alcançar
melhores resultados e continuar na disputa pela liderança em seu segmento.
Para que o RH consiga se estabelecer nas organizações como uma
área estratégica, ele deve se unir as outras áreas e identificar a real
necessidade da empresa, para depois planejar as ações essenciais quanto ao
capital humano. Os processos devem colaborar com a organização para que a
mesma possa garantir a sua posição, em uma época onde o homem é visto
como capital da empresa e não mais como uma máquina.
O planejamento estratégico de recursos humanos é uma das
ferramentas mais importantes das organizações, pois as pessoas é que fazem
a diferença, ou seja, é impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos
sem pessoas eficazes, a cada dia que passa o fator humano é mais valorizado,
os profissionais desta área estão em constante atualização.
No contexto organizacional, a estratégia corresponde à capacidade de
se trabalhar no ajustamento da organização às condições ambientais que se
encontram em constante mudança, tendo sempre em mente a visão de futuro.
Diante deste cenário o planejamento estratégico surge como uma
valiosa ferramenta de auxílio, pois permite definir as ações gerenciais da
empresa dentro de um plano previamente determinado de metas e estratégias,
diminuindo assim a possibilidade de tomada de decisões equivocadas em um
mercado altamente competitivo.
10
CAPÍTULO I
O PLANEJAMENTO E A ÁREA DE RECURSOS
HUMANOS
1.1 – Definição de estratégia
O termo estratégia tem sido abordado pelos diversos segmentos da
sociedade e apresenta diferentes definições. É um processo de adaptação das
organizações ao ambiente interno e externo. Historicamente, a origem do
conceito de estratégia encontra-se no campo militar. A palavra tem origem no
grego “strategos”, arte de um general do exército, ação de comandar ou de
conduzir exércitos em tempo de guerra, um meio de vencer o inimigo. No
campo da administração, está associada às decisões tomadas a nível
organizacional, para estabelecerem as condições presentes e futuras da
empresa em relação ao ambiente. Segundo, Chiavenato (2000), “Em termos
empresariais, podemos definir a estratégia como a mobilização de todos os
recursos da empresa no âmbito global visando atingir objetivos a longo prazo.”
(p.280). No significado em geral sobre estratégia observa-se que a mesma diz
respeito a posicionar-se corretamente frente às situações, principalmente
quando se está diante de incertezas. Segundo Mintzberg e Quinn, segue uma
das definições de estratégia:
“É o padrão ou plano que integra as principais
metas, políticas e sequência de ações de uma
organização em um todo coerente. Uma estratégia bem
formulada ajuda a ordenar e alocar os recursos de uma
organização para uma postura singular e viável, com base
em suas competências internas e relativas, mudanças
nos ambientes antecipadas e providências contingentes
realizadas por oponentes inteligentes. (MINTZBERG E
QUINN, 2001, p. 20).”
11
A estratégia não dá certeza, mas apenas a probabilidade com relação
ao futuro. De acordo com Maximiano (2006), “estratégia é a seleção dos meios
para realizar objetivos” (p. 329). A estratégia não é um fim, mas apenas um
meio. Deve ser reavaliada e reformulada constantemente em função das
mudanças. No processo de definição de estratégia, é importante dizer que a
mesma ressalta a obsessão da organização por uma posição de liderança,
estabelecendo os critérios a serem utilizados para projetar este progresso.
Dentro de um contexto competitivo, a estratégia desempenha atividades
similares de maneira diferente da concorrência, criando valor para os clientes.
O “valor” é o resultado da diferença entre as vantagens obtidas pelo cliente
com o consumo de um produto ou serviço e os diversos custos envolvidos na
sua compra (preço, tempo de espera, deslocamento, etc.). Sua boa formulação
é vista como uma forma de ganhar vantagem sobre um adversário ou
competidor, é a competência exclusiva da empresa, que não pode ser copiada
pelos concorrentes e gera uma posição de mercado superior e duradoura. O
termo "estratégia competitiva" se refere a como uma empresa decide competir
em um mercado em resposta às estratégias e posições de seus competidores.
A estratégia e os objetivos da organização estão interligados, tanto em
momentos diferentes quanto em níveis diversos de uma organização. Uma
estratégia é válida sob um conjunto de objetivos e pode perder sua validade
quando os objetivos da organização são alterados.
Não existe um conceito único e definitivo de estratégia, ela tem vários
significados e evoluiu de um conjunto de ações e manobras militares, para o
conhecimento administrativo que é dotado de conceitos e razões práticas e
vem conquistando espaços tanto no segmento acadêmico como no
empresarial. Seguem algumas palavras-chave que se relacionam com a
estratégia:
• Mudança
• Competitividade
• Objetivos
12
1.2 – Conceito de Planejamento
Desde os tempos antigos, o ser humano utiliza, mesmo por intuição,
alguma forma de planejamento para sobreviver e mais, para antecipar-se a
eventos, tomando decisões que lhe pareçam as mais acertadas O autor
Hindle, diz que:
“Os primeiros conceitos de planejamento embora nem
reconhecidos como tais surgiram ainda na pré-história,
entre as primitivas “donas-de-casa”, que tinham que de
certa forma ter certos conhecimentos de planejamento”.
Ao não ter espaço e nem tecnologia para conservar
alimento, era necessário programar o término do preparo
da refeição para um momento que o companheiro
estivesse presente, saber o momento de enviar um dos
filhos para buscar gravetos ou tirar leite de cabras, e
assim eram desenvolvidos conceitos muito semelhantes
ao que hoje se chama cientificamente de planejamento,
controle de orçamento, estoque, produção, logística etc”
(HINDLE, 2002, p.142)
Por meio do Planejamento, será possível prever os recursos
necessários para alcançar os objetivos traçados e se preparar para problemas
que possam aparecer. Há muitas conceituações para planejamento
estratégico. Segundo Kotler (1992), “planejamento estratégico é definido como
o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre
os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de
mercado” (p.63).
De acordo com Maximiano (2000), “o processo de planejamento é a
ferramenta que as pessoas e organizações usam para administrar suas
relações com o futuro.” (p.175). Planejar é cada vez mais importante na
medida em que as atividades e os processos das organizações vão ficando
mais complexos. A velocidade em que os ambientes se alteram e o mundo
13
globalização se renova, os administradores precisam estar cada vez mais
atentos ao que está ocorrendo, as mudanças dentro de seu segmento. Isto é
válido para a indústria, para o comércio, para as empresas prestadoras de
serviço e até mesmo para o profissional autônomo. É preciso saber como está
a situação atual, onde se pretende chegar, como e quando chegar.
Planejar significa a formulação de objetivos, ações e alternativas, que
ao final, a escolha se dará sobre a melhor ação. O planejamento não é uma
previsão, ele se faz necessário por não se ter a capacidade de prever. Não
opera com decisões futuras. Ele opera com o que há de futuro nas decisões
atuais, não é uma tentativa de eliminar o risco. É fundamental que os riscos
assumidos sejam os riscos corretos. No mundo dos negócios, a maior parte do
estabelecimento de metas e a formulação de planos para atingi-las, é mal
conduzida. Muitas organizações perdem tempo e energia intelectual tentando
planejar e fazer uma previsão de seu futuro. Criam planos estratégicos
grandiosos, orçamentos detalhados, planos e cronogramas extensos, mas a
maioria desses esforços tem pouca ligação com o sucesso dos negócios. É
preciso tanto planejar quanto projetar o futuro para tornar uma empresa bem-
sucedida. São necessários indivíduos capacitados nas duas tarefas e líderes
que dominem ambas as práticas. Dentro deste contexto, os autores Matos e
Chiavenato destacam:
“O planejamento estratégico é um processo de
construção de consenso. Devido à diversidade dos
interesses e necessidades dos parceiros envolvidos, o
planejamento deve oferecer um meio de atender a todos
na direção futura que melhor convenha para que a
organização possa alcançar seus objetivos. Para isso, é
preciso aceitação ampla e irrestrita para que o
planejamento estratégico possa ser realizado através
dessas pessoas em todos os níveis da organização.”
(MATOS; CHIAVENATO, 1999, p.30)
14
O Planejamento Estratégico deve ser visto como um instrumento
dinâmico de gestão, que contém decisões antecipadas que serão seguidas
pela organização no cumprimento de sua missão. A capacidade das empresas
de ter hoje um desempenho eficaz depende de decisões que foram tomadas
no passado e as decisões que tomam hoje modelam suas opções no futuro.
1.3 – Planejamento e Recursos Humanos
Gerenciar pessoas se tornou uma atividade estratégica dentro das
empresas. Sendo assim, a cada momento fica mais importante selecionar
novos funcionários que demonstrem capacidade de absorção de novas
habilidades. A seleção de profissionais com esse perfil poderá levar as
organizações a se destacarem no mercado. A tarefa de contratar pessoal
começa com uma previsão sobre quantas pessoas e de que tipo serão
necessárias para realizar o trabalho na empresa, ou seja, um planejamento.
Saber aonde a empresa quer chegar e traçar os objetivos a serem
alcançados é o papel do profissional da área de RH, pois é ele quem irá traçar
o melhor caminho a ser seguido pelos colaboradores. No entanto, para que
isso seja possível, é fundamental que o mesmo tenha um bom conhecimento
do negócio da organização, do segmento onde atua, para que aproveite as
oportunidades que possam surgir no cenário. O RH não é apenas mais um
órgão ou área, que trabalha isoladamente na empresa, ele faz diferença e é
parte integrante do negócio das organizações, pois precisa estar atento às
estratégias e gerenciar o capital humano. Essa excelência só é possível
através de uma gestão que se comprometa com o desenvolvimento de
pessoas na organização. Uma empresa sempre precisa de trabalhadores
experientes e competentes e esta etapa, envolve as providências para
programas de treinamento e de desenvolvimento que assegurem o suprimento
contínuo de pessoas com habilidades e competências adequadas. Diante
disso, pode-se afirmar que essa área da organização trata do recrutamento, da
15
seleção, do treinamento, do desenvolvimento, da manutenção, do controle e
da avaliação dos funcionários de uma empresa.
Toda a empresa pensa estrategicamente, mas a maioria delas elabora
seu planejamento estratégico voltado para a área de marketing, finanças,
vendas, produção, atendimento ao cliente, entre outros, e os recursos
humanos normalmente ficam esquecidos. As empresas precisam adequar-se
às necessidades humanas, de certa forma integrada, sejam elas clientes,
proprietários, fornecedores, colaboradores, dirigentes etc.
Segundo Lacombe (2005), “o planejamento de recursos humanos tem
de ser elaborado como parte do planejamento estratégico da empresa” (p.28).
Sendo assim, o RH antes de planejar suas ações terá como base as ações do
planejamento estratégico de sua organização.
O grande desafio será preparar os profissionais de RH para fazer parte
das estratégias da organização, assumindo um papel estratégico em relação
aos interesses das empresas por meio de ações integradas que possam
atender às expectativas dos seus recursos humanos e do negócio, e
construindo competências que possam suportar. A área de recursos humanos
desenvolve novos programas, processos e atividades de RH, buscando, com
isto, melhorar o desempenho de seus colaboradores. Todos os gerentes
devem estar seguros de que os cargos sob sua responsabilidade estão sendo
ocupados por pessoas capazes de desempenhá-los de forma adequada. Fica,
assim, evidente o papel desempenhado pela área de Recursos Humanos, cuja
preocupação também é a de orientar os gerentes na gestão das suas equipes,
pois o desempenho também depende da forma como é feito o gerenciamento
dos funcionários. Cabe assim, ao RH preparar e desenvolver as habilidades
dos líderes para que estes possam gerir sua equipe de modo eficaz, devendo
aplicar os recursos e as metodologias para gestão de pessoas, mas também é
necessário que estes conheçam as suas forças e fraquezas relacionadas à
equipe.
Segundo Lacombe:
16
“É por meio do diálogo baseado no conhecimento
do negócio que se torna possível orientar e “educar” os
chefes de linha responsáveis pelos resultados finais e
mostrar-lhes a melhor maneira de administrar os recursos
humanos de forma a agregar valor para os clientes.”
(LACOMBE, 2005, p. 20)
Embora a área Recursos Humanos não lide "diretamente" com a
receita, ela poderá trazer lucros à empresa e benefícios as pessoas. Criar valor
é saber lidar com as pessoas e obter delas o máximo de eficiência, tanto para
o desenvolvimento organizacional quanto para o pessoal.
17
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS
HUMANOS
2.1 - Missão, visão e objetivos organizacionais.
Na década de 1950, o planejamento estratégico surge como técnica
estruturada, quando as empresas passaram a se preocupar com o ambiente
externo. Segundo Ansoff:
“O primeiro passo na evolução da administração
estratégica foi dado no final da década de 50, quando as
empresas inventaram uma abordagem sistemática para
decidir onde e como operariam no futuro” (ANSOFF,
1993, p.15)
O mercado atual está evoluindo com rapidez em todos os ramos do
conhecimento humano, isso provoca a busca de novas técnicas e métodos
diferenciados. A capacidade de aprender deve estar em sintonia com a
velocidade das constantes transformações tecnológicas. Para
compreendermos o planejamento estratégico de RH é necessário ter definido a
missão, a visão e os objetivos organizacionais. Segundo Chiavenato (2002),
“são as pessoas que ingressam, permanecem e participam da organização,
qualquer que seja o seu nível hierárquico ou sua tarefa. Os recursos humanos
estão distribuídos no nível institucional da organização”. (p. 129). A missão de
uma empresa deve responder a duas questões básicas: O que é? Para que ela
serve? Respondendo tais questionamentos é possível a elaboração da missão,
que é um alicerce para a empresa. A missão é razão de ser da empresa, é o
porquê dela existir. É fundamental saber a missão da empresa porque se os
funcionários não sabem por que ela existe não irão contribuir para o seu
18
sucesso. A missão da empresa define o que a mesma deseja em longo prazo
e o que ela deve evitar nesse meio tempo. Segundo Chiavenato (2005):
“A missão funciona como o propósito orientador para as
atividades da organização e para aglutinar os esforços
dos seus membros. Serve para clarificar e comunicar os
objetivos da organização, seus valores básicos e a
estratégia organizacional. Cada organização tem a sua
missão própria e específica. A missão pode ser definida
em uma declaração formal e escrita, o chamado credo da
organização, para que funcione como um lembrete
periódico a fim de que os funcionários saibam para onde
e como conduzir o negócio. (CHIAVENATO, 2005, p.63).
Além da missão a empresa deve ter definida sua visão, que indica os
propósitos da organização para o futuro e define a direção que a empresa
pretende seguir. Se as pessoas têm conhecimento da visão, elas sabem
exatamente para onde ir. Chiavenato (1999) diz que: “a visão é a imagem que
a organização tem a respeito de si e do seu futuro. Representa o sonho de
realidade futura de uma organização, o qual lhe serve de guia” (p.51). A visão
de futuro é aquela que detecta os sinais de mudança, identificando
oportunidades e ameaças, direciona os esforços, transformando um propósito
em ação, em um fato concreto.
A cada dia que passa fica mais difícil controlar pessoas por regras
burocráticas, o controle acaba sendo pela visão e valores compartilhados. A
missão e a visão juntas contribuem para a definição dos objetivos da empresa
e construção da estratégia organizacional. Para trabalhar as características
pessoais do colaborador no desempenho organizacional, é preciso reconhecer
que são as pessoas que geram tanto os bens como os serviços. O ser humano
passa a ser reconhecido como o patrimônio mais importante da organização.
Então, é necessário conceituar o termo Gestão com Pessoas que segundo
19
Chiavenato (2005): “é uma área muito sensível à mentalidade que predomina
nas organizações” (pg. 6).
Os valores organizacionais representam os princípios éticos, as ações
e a conduta da organização. Fazem parte de um conjunto de crenças e
princípios que orienta as atividades da instituição. Quando claramente
estabelecidos, ajudam a organização a reagir rápida e decisivamente nas
situações inesperadas que se apresentam.
2.2 - Tipos de planejamento.
No planejamento estratégico de RH são definidos antecipadamente os
talentos humanos e a força de trabalho que serão necessários para alcançar
os objetivos organizacionais.
Existem dois tipos de planejamento: o planejamento adaptativo, quando
é feito após a elaboração do planejamento organizacional e tem a função de
adaptar-se ao planejamento já feito e o planejamento autônomo que é
elaborado de forma isolada sem nenhuma relação com o planejamento
organizacional. Nenhum dos dois funciona de forma satisfatória, pois não estão
integrados com a estratégia da empresa. O planejamento estratégico de RH
deve estar totalmente integrado com as estratégias da organização. Existem
diversos modelos de planejamento de RH. Seguem alguns tipos definidos por
Chiavenato (2004 p.79-85):
Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço.
Este modelo se baseia na idéia de que a necessidade de pessoal é uma
variável que depende da procura por um produto ou serviço. Essa relação é
influenciada por vários fatores: tecnologia, produtividade, disponibilidade
interna e externa de recursos financeiros, etc. O presente modelo é muito
limitado, pois se reduz à aspectos quantitativos, desconsiderando aspectos
importantíssimos, como: greves, estratégias do concorrentes, fatos
imprevistos.
20
Modelo baseado em segmentos de cargos
Modelo restrito a nível operacional, utilizado por empresas de grande
porte e que consiste em: escolher um fator estratégico cuja variação afeta
proporcionalmente a necessidade de pessoal, em seguida estabelecer o nível
histórico e futuro para cada fator. Depois determinar os níveis históricos da
força de trabalho para cada unidade, e finalmente projetar os níveis futuros de
força de trabalho para cada unidade. Este modelo possui as mesmas
limitações do modelo anterior.
Modelo de substituição de postos-chaves
Neste modelo é feito um mapeamento das possíveis substituições para
o planejamento de funcionários. O sistema é elaborado a partir de um
organograma com informações gerenciais, onde em cada retângulo será
apresentado o nome de um funcionário com informações para que a decisão
possa ser tomada. Os funcionários poderão ser classificados, como:
funcionários preparados para promoção, funcionários que precisa de uma
maior experiência no cargo que ocupa e funcionário com substituto já
preparado.
Modelo baseado no fluxo de pessoal.
Neste modelo é feito um mapeamento do fluxo de pessoas que entram
e saem da empresa, através de uma análise de entradas, saídas, promoções e
transferências internas. Este modelo é indicado para empresas que não tem
planos de extensão, pois é de natureza quantitativa e contábil. Um dos
objetivos do presente modelo é antecipar os efeitos de promoções, as
dificuldades de recrutamento e aumento da rotatividade.
Modelo de planejamento integrado
21
O modelo de planejamento integrado é um modelo mais abrangente e
amplo. Este tipo de planejamento leva em conta quatro fatores: volume de
produção planejado pela organização, mudanças tecnológicas dentro da
organização que podem alterar a produtividade das pessoas, condições de
oferta e procura no mercado e comportamento da clientela e planejamento de
carreiras dentro da organização. Permite um diagnostico razoável para tomada
de decisões.
2.3 - Etapas do planejamento.
O planejamento é um trabalho que precisa de pessoas competentes e
comprometidas com os objetivos da organização. Planejar a força de trabalho
e os talentos humanos necessários para a realização da ação organizacional
futura, não é uma das tarefas mais fáceis. Muitas são as fases de um
planejamento estratégico de Recursos Humanos. Segue o passo a passo:
Análise do Ambiente Externo de RH
Efetuar uma análise ambiental sobre os problemas que possivelmente
ocorrerão durante o ciclo de planejamento, no meio ambiente externo da
empresa é fundamental. Chiavenato (2004) ressalta que: “O novo contexto dos
negócios está impondo fortes pressões e novas demandas e desafios para as
organizações, principalmente para sua administração” (p.18). A análise do
ambiente externo é um dos pilares do planejamento estratégico. Quanto mais
competitivo, instável e complexo o ambiente, maior a necessidade de analisá-
lo. A análise do ambiente externo é a maneira como a organização faz o
mapeamento do ambiente que a cerca e a análise das forças que existem
neste ambiente. No processo de elaboração do Planejamento Estratégico este
processo é feito por meio de uma análise de tendências e, em seguida, para
cada uma destas tendências é feita uma análise do seu impacto na
organização em termos de oportunidades e ameaças para o alcance da sua
visão. É importante ressaltar que podem existir certos fatores que, por um lado,
22
podem trazer impactos positivos, sendo classificados como oportunidades; por
outro lado, podem também trazer impactos negativos sendo classificados
como ameaças.
É através do ambiente externo que as empresas obtêm os recursos e
informações necessários para seu funcionamento, e é no ambiente que
colocam os resultados de suas operações. Nenhuma empresa se situa no
vácuo; ela interage com o ambiente e seu resultado depende das influências
sofridas por este.
Análise do Ambiente Interno de RH
Apesar de todo o avanço tecnológico e de todas as transformações, os
recursos humanos ainda são a principal fonte de sustentação das
organizações, porque é a partir do conhecimento humano, que surgem as
descobertas, os recursos humanos são considerados hoje como recursos
indispensáveis na estratégia de desenvolvimento da empresa, o sucesso
empresarial está ligado aos talentos que a empresa dispõe, os quais devem
ser buscados no mercado de trabalho ou desenvolvidos internamente. No
último caso, a empresa deverá, portanto, desenvolver o talento de seus
funcionários a partir de treinamentos, aproveitando os recursos humanos já
existentes, pois evitaria desperdício de recursos humanos e financeiros.
Segundo Chiavenato:
“A análise interna da empresa permite uma
avaliação dos principais pontos fortes e fracos que a
organização possui. Os pontos fortes constituem as
forças propulsoras da organização que facilitam o alcance
dos objetivos organizacionais, enquanto os pontos fracos
constituem ou impedem o seu alcance” (CHIAVENATO,
2000, p.181)
A análise interna tem o objetivo de identificar as deficiências e
qualidades da empresa, as suas forças e fraquezas. Os seus pontos fortes ou
fracos deverão ser determinados diante da atual posição do produto no
23
mercado. A fim de avaliar cada componente do ambiente interno faz-se
necessário a avaliação destes a partir da identificação dos pontos fracos,
neutros e fortes de cada parte analisada. Segundo Chiavenato:
“As pessoas podem ampliar ou limitar as forças e
fraquezas de uma organização, dependendo da maneira
como elas são tratadas. Para que os objetivos da Gestão
de Pessoas sejam alcançados, é necessário que os
gerentes tratem as pessoas como elementos básicos para
a eficácia organizacional” (CHIAVENATO, 1999, p. 9)
O autor Oliveira (1993) destaca que: “Ponto Neutro é uma variável
identificada pela empresa, mas que no momento não existem critérios de
avaliação para a sua classificação como ponto forte ou fraco" (p.281). Devem
ser analisados no ambiente interno itens como: funções e aspectos
organizacionais deve-se considerar as atitudes da alta administração quanto
ao fator humano da empresa, quanto à rotatividade dos empregados, ao índice
de absenteísmo, à eficácia dos programas de recrutamento, seleção,
treinamento e desenvolvimento, em relação aos aspectos organizacionais
podemos salientar, por exemplo, a estrutura organizacional, sistema de
planejamento estratégico, tático e operacional, capacitação, atitudes e
comportamentos da alta administração e chefias, capacitação e habilidade dos
empregados. Além do histórico da empresa, opiniões pessoais de consultores
e executivos da empresa, documentos publicados, periódicos, livros e revistas.
Necessidades Organizacionais que Envolvem o RH
A empresa precisa analisar cada item do plano estratégico que direta ou
indiretamente envolve os recursos humanos da empresa, tais como: alterações
tecnológicas; novos empreendimentos; lançamento de novo produtos,
aquisição de novas empresas e mudanças organizacionais. É de suma
importância que o planejamento de RH seja feito de conformidade com os
objetivos organizacionais. Daí a necessidade de ser saber o que acontecerá
24
com empresa a curto, médio e em longo prazo para ser poder planejar no
campo de recursos humanos coerentes com seus objetivos.
Análise dos Cargos
É importante que a empresa defina seus “cargos-chaves”, que deverão
ser ocupados por profissionais com alto nível de qualificação. Segundo
Paschoal:
“Para poder atribuir salários adequadamente aos
empregados, o ponto de partida é o cargo e, portanto, é
necessário que a organização tenha uma idéia da
importância relativa dos cargos, isto é, a importância de
cada cargo em relação aos outros” (PASCHOAL, 2007, p.
37).
Como etapa inicial do programa de Administração de Cargos e Salários,
o gestor irá fazer a avaliação de cargos. As etapas a serem cumpridas são:
descrever todos os cargos existentes na organização; analisar e classificar os
respectivos cargos, de forma lógica; avaliar os cargos, em relação ao justo
salário. O resultado deste trabalho irá quantificar o valor de cada cargo, de
modo a obter a posição hierárquica de uma estrutura de cargos e salários da
organização.
A definição de Cargos e Salários estabelecerá uma política salarial
eficaz que permitirá o crescimento profissional dos colaboradores de acordo
com suas aptidões e desempenhos. Além disso, este estudo irá diagnosticar e
prevenir insatisfações salariais, em função de desníveis históricos dentro da
organização, e os funcionários irão se comprometer com as mudanças
organizacionais, possibilitando as promoções. De acordo com Chiavenato
(2008): “Para assegurar o equilíbrio interno dos salários, a administração
salarial utiliza a avaliação de cargos” (p. 289). Nesta avaliação também poderá
ser identificadas questões como: os cargos que mais contribuem para o
resultados da empresa; os cargos onde se verifica um grande uso de recursos
25
(humanos, financeiro e materiais); os cargos em que um mau desempenho
representa um sério risco para o negócio e um impacto negativo considerável
nos resultados ou imagem da empresa e os cargos em que um desempenho
abaixo do esperado representa perda de tempo irrecuperável em determinados
planos ou projetos. A descrição e análise do cargo proporcionam informações
a respeito dos requisitos e das características que o ocupante do cargo deverá
possuir para ocupá-lo adequadamente. Com essas informações, o processo de
seleção poderá concentrar-se na pesquisa e avaliação desses requisitos e nas
características dos candidatos que se apresentam. A Análise do cargo no
mercado quando a organização não dispõe das informações sobre os
requisitos e características essenciais ao cargo a ser preenchido. Em um
mundo em constante mudança, os cargos também mudam e é preciso saber
como as outras organizações estão atuando no mercado em relação a este
assunto. Nesses casos, utiliza-se a pesquisa de análise de cargos
comparáveis ou similares no mercado para colheita e obtenção de informações
a respeito. O cargo comparado chama-se cargo representativo ou cargo de
referência. Nos dias de hoje, as empresas estão comparando os seus cargos
com a estrutura dos cargos das empresas bem-sucedidas no mercado, no
sentido de desenhá-los melhor e adequá-los às novas demandas.
Inventário de RH
Para que possa elaborar um planejamento de recursos humanos, há
necessidade de ser conhecer os indivíduos de que a empresa se dispõe e
confrontá-los com exigências dos cargos que eles ocupam, considerando não
só o perfil atual do cargo, mas principalmente o que ele será no futuro. Nesse
inventário dos talentos da organização, alguns pontos importantes devem ser
observados, como: cadastro dos profissionais, através desse instrumento
toma-se conhecimento da escolaridade e experiência dos profissionais. É na
realidade, uma espécie de currículo do profissional. Também é importante
analisar o desempenho e o potencial dos profissionais, entrevistar os
funcionários para verificar suas expectativas individuais de carreira na
26
empresa, para que se possa projetar suas carreiras de forma a conciliar os
interesses da empresa com os dos indivíduos que nela trabalham. Também faz
parte do inventário a indicação do desenvolvimento dos funcionários, em
primeiro lugar para o cargo que ocupam atualmente e logo a seguir para os
possíveis cargos que poderão ocupar em função de seu potencial, o Rh deve
estabelecer para cada profissional suas necessidades de desenvolvimento, um
programa de treinamento e ações de acompanhamento. Com essas
informações, torna-se extremamente importante relacionar num único quadro
os “cargos chave”, seus ocupantes e os prováveis substitutos.
Plano de Ação
Os planos de ação podem ser: política de RH, planos de treinamento e
desenvolvimento; planos de recrutamento e seleção, integração, mudança
cultural da empresa, alterações estruturais, alterações no processo decisório,
definição de estilos de liderança, revisão dos benefícios, revisão das faixas
salariais, entre outros. As estratégias são os caminhos para se atingir os
objetivos organizacionais e os planos de ação são trechos desses caminhos,
que serão percorridos de acordo com a prioridade estabelecida pela
organização. Elaborada as estratégias, definidas as metas e os indicadores de
desempenho, o passo seguinte é transformá-las em ações (tarefas/atividades)
que facilitem a conquista dos objetivos organizacionais.
Todo plano de ação deve estar estruturado para permitir a identificação
dos elementos necessários à implementação do projeto. Estes elementos
básicos podem ser descritos pelo método 5W2H, que é uma ferramenta muito
utilizada nos programas de qualidade total ou de excelência gerencial para a
execução de planos de ação, que significa: o quê fazer (What), quem fará
(Who), quando fará (When), onde será realizado (Where), por que fazer (Why),
como será feito (How), quanto custará (How much). Para cada ação a realizar,
a equipe de planejamento procurará responder aos demais campos da matriz
da ferramenta 5W2H. Atenção especial deve ser dada ao prazo (When –
quando) e aos custos (How much – quanto) relacionados àquela ação. O plano
de ação serve como referência às decisões, permitindo que seja feito o
27
acompanhamento do desenvolvimento do projeto. É um documento que
apresenta de forma estruturada todos os procedimentos e recursos que serão
mobilizados para a execução daquilo que foi expresso no escopo do projeto. O
plano de ação de um projeto especifica ações, atividades, tarefas e recursos,
tendo em vista maximizar a eficiência na realização dos objetivos do projeto.
Apesar de ser considerada uma ferramenta de caráter gerencial, ela se
aplica, perfeitamente, à realidade das equipes no planejamento e condução de
suas atividades. É o conjunto de ações com respectivos prazos, pessoas
responsáveis e os recursos necessários para chegar a um resultado proposto.
O plano é composto por:
• Indicadores de resultado: meio para gerenciar o plano de ação e verificar se
o resultado está sendo atingido. São eles que quantificam e qualificam o
resultado. São fontes importantes para a avaliação.
• Ação: tudo de que é necessário fazer para atingir o resultado proposto.
• Prazo: data em que o gerenciamento será feito.
• Responsável: pessoa que será fundamental para que as ações sejam
cumpridas. O responsável pela ação tem nome e sobrenome, não pode ser o
grupo todo.
• Recursos: Recursos financeiros, recursos de conhecimento, tempo em
horas, infra-estrutura (sala e material necessário), recursos políticos, entre
outros.
28
CAPÍTULO 3
BALANCED SCORECARD E A GESTÃO ESTRATÉGICA
3.1 – Conceito
O Balanced Scorecard é uma nova ferramenta de medição de
desempenho, desenvolvida por David Norton e Robert Kaplan, que proporciona
uma gestão estratégica nos diversos setores de uma organização que busque
a realização de metas estratégicas de longo prazo. O Balanced Scorecard
traduz a missão e a estratégia das empresas num conjunto abrangente de
medidas de desempenho, servindo de base para um sistema de medição e
gestão estratégica. Permite aos executivos avaliar até que ponto suas
empresas, unidades de negócios ou filiais geram valores para os clientes
atuais e futuros, e como devem aperfeiçoar as capacidades internas e
investimentos necessários em pessoal, sistemas e procedimentos visando
melhorar o desempenho futuro. A aplicação do Balanced Scorecard para o
gerenciamento de RH permite a criação de uma linguagem comum entre a
função e os seus clientes internos, orientando a definição de prioridades de
investimentos, o controle do desempenho desejado e a compreensão, por toda
a equipe de RH, dos indicadores, metas e iniciativas necessárias.
Quando a empresa tem um bom Balanced Scorecard, os executivos têm
o mesmo modelo estratégico e conseguem explicar a todos os colaboradores
qual é a estratégia da empresa e identificar quais ações são coerentes com a
estratégia. O mesmo inclui bancos de dados e modelos matemáticos
manipuláveis, que permitem previsões e teste de cenários. Os gestores fazem
medições capazes de indicar se a estratégia está funcionando ou não. Os
executivos estão sempre testando, descartando e melhorando hipóteses. O
BSC faz da estratégia a agenda central da empresa, permitindo a otimização
do negócio, cria foco na estratégia corporativa, o que possibilita uma visão
geral tanto do que ocorre na empresa quanto nos processos que podem ser
aprimorados.
29
A área de Recursos Humanos tem a oportunidade de mostrar seu valor
como parceiro estratégico do negócio, pois se torna um dos grandes
responsáveis pelo sucesso do BSC, que prioriza os projetos, os investimentos
da empresa sempre com base no orçamento estratégico, ou seja, na realidade
da companhia. Esse sistema mobiliza todas as pessoas para agirem com
criatividade, de acordo com a orientação da estratégia da companhia. Além
disso, ocorrem mudanças positivas no desempenho, na motivação e no
comportamento dos profissionais, pois todos são envolvidos no processo.
Existe uma comunicação clara entre líderes e liderados, que é uma
prática indispensável. Ocorre o alinhamento das ações das equipes, uma vez
que todos podem acompanhar o alcance ou a superação de metas
estabelecidas. Também há Estímulo à disseminação do conhecimento. Uma
vez que o BSC convida todos a participarem do processo, é fundamental que
as informações sejam compartilhadas de forma eficaz. Fortalecimento da
visão, da missão e dos objetivos da empresa. Isso ocorre porque o BSC
sempre se centraliza na estratégia da companhia e a identidade, a cultura
organizacional passa a ser constantemente difundida. Mais que um exercício
de medição, o BSC motiva melhorias em áreas críticas, como desenvolvimento
de produtos, processos, clientes e mercado. Segundo Kaplan e Norton:
“O balanced scorecard é uma ferramenta que materializa
a visão e a estratégia da empresa por meio de um mapa
coerente com objetivos e medidas de desempenho,
organizados segundo quatro perspectivas diferentes:
financeira, do cliente, dos processos internos e do
aprendizado e crescimento. Tais medidas devem ser
interligadas para comunicar um pequeno número de
temas estratégicos amplos, como o crescimento da
empresa, a redução de riscos ou o aumento de
produtividade” (KAPLAN & NORTON, 1997, p. 44).
O Balanced Scorecard possui cinco princípios:
30
Princípio 1: Traduzir a Estratégia em Termos Operacionais: não é possível
implementar a estratégia sem descrevê-la. O uso pelo scorecard de
indicadores quantitativos, mas não-financeiros (como duração dos ciclos,
participação de mercado, inovação, satisfação e competências), possibilita a
descrição e mensuração do processo de criação de valor.
Princípio 2: Alinhar a Organização para Criar Sinergias: Este princípio
representa o desdobramento do BSC corporativo para as áreas de negócio e
de apoio das organizações, de acordo com uma visão organizacional, de
processos ou de funções.
Princípio 3: Transformar a Estratégia em Tarefa de Todos: As organizações
focalizadas na estratégia exigem que todos os empregados a compreendam e
conduzam suas tarefas cotidianas de modo a contribuir para seu êxito.
Princípio 4: Fazer da Estratégia um Processo Contínuo: As empresas
bemsucedidas na adoção do balanced scorecard implementaram um processo
de gerenciamento da estratégia, que integra o gerenciamento tático
(orçamentos financeiros e avaliações mensais) e o gerenciamento estratégico
em um único processo contínuo.
Princípio 5: Liderança Executiva para Mobilizar a Mudança: O programa de
balanced scorecard bem-sucedido começa com o reconhecimento de que não
se trata de um projeto de mensuração, mas, sim, de um programa de
mudança.
Uma contribuição significativa do balanced scorecard é o alinhamento
de indicadores de resultado. Pode-se afirmar que o BSC considera diferentes
grupos de interesse na análise e execução da estratégia. A análise dos
envueltos, proporciona elementos para comparar as várias perspectivas e
chegar a uma decisão.
O conceito de BSC está estruturado em cima de quatro perspectivas
básicas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento.
O modelo da contabilidade financeira já não consegue representar os
resultados das estratégias lançadas pelas empresas para gerar valor, portanto,
deveria incorporar a avaliação dos ativos intangíveis e intelectuais, tais como
31
produtos e serviços de qualidade, funcionários motivados, processos internos
eficientes e consistentes, clientes satisfeitos. Por isso, segundo os autores, a
necessidade de um novo modelo para agrupar todos os fatores que contribuem
para a criação de valor.
Perspectiva financeira: monitora a contribuição da estratégia da
empresa para a melhoria dos resultados financeiros. As metas financeiras se
relacionam com a rentabilidade, o crescimento e o valor para os acionistas. Os
objetivos e medidas financeiros desempenham um papel duplo: definem o
desempenho financeiro esperado da estratégia e servem de meta principal
para a definição dos objetivos e medidas das outras perspectivas do
scorecard.
Perspectiva do cliente: pressupõe definições sobre o mercado e
segmentos nos quais a organização deseja competir. A organização deverá
traduzir em medidas específicas os fatores importantes para os clientes. A
proposta é monitorar a maneira pela qual a empresa entrega real valor ao
cliente certo.
Normalmente são definidos indicadores de satisfação e de resultados
relacionados aos clientes: satisfação, retenção, captação e lucratividade.
Perspectiva dos processos internos: os indicadores de perspectiva
dos clientes e dos acionistas devem ser apoiados por processos internos.
Nesta perspectiva, as organizações identificam os processos críticos para a
realização dos objetivos das duas perspectivas anteriores. Os processos
devem criar as condições para que a organização ofereça propostas de valor
aos clientes capazes de atraí-lo e retê-lo nos seus segmentos de atuação, e,
ao mesmo tempo, criar valor para os acionistas.
Perspectiva do aprendizado e do crescimento: a capacitação da
organização se dará por meio dos investimentos em novos equipamentos, em
pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, em sistemas e procedimentos,
e nos recursos humanos da empresa. Medidas típicas para a perspectiva de
aprendizagem e crescimento incluem satisfação, retenção, treinamento e
habilidades do funcionário, e sistema de informação disponível. Kaplan e
Norton (1997) citam que: “as idéias que permitem melhorar os processos e o
32
desempenho para o cliente cada vez mais emanam dos funcionários da linha
de frente, que se encontram mais próximos dos processos internos e dos
clientes da organização” (p.133). Ao estabelecer um significado para o trabalho
a organização estará colocando as pessoas como elemento fundamental da
estrutura organizacional, ultrapassando a idéia de que os ativos tangíveis são o
patrimônio maior das organizações. Pois, na era do conhecimento a
importância da estrutura física está sendo superada pela capacidade que as
empresas têm de responder às necessidades de seus clientes, em que a
reordenação de modelos estruturais, com vistas a uma interatividade maior
entre as habilidades funcionais de produção, compras, marketing e tecnologia,
pode favorecer a construção de processos mais dinâmicos e sinérgicos,
obedecendo a edificação de um novo paradigma organizacional voltado para
atender os anseios dos públicos estratégicos. Na visão de Maynard:
“A idéia subjacente a essa redefinição de riqueza,
que substitui fábricas por seres humanos, é que os
trabalhadores trazem certo valor econômico à companhia;
seu conhecimento, sua eficiência e sua criatividade
traduzem-se diretamente em ganhos. Em outras palavras,
o investimento da corporação se dá tanto em homens e
mulheres como em máquinas” (MAYNARD, 1996, p.50)
Para que se possa desenvolver um processo de aprendizagem é
necessário promover condições internas que possibilite a organização detectar
e corrigir erros nas normas de operação para então influenciar os padrões que
guiam as suas atividades. As pessoas, sistemas e procedimentos
organizacionais formam as principais fontes da perspectiva de aprendizado e
crescimento organizacionais. O BSC não negligencia os ganhos financeiros; ao
contrário, o foco na área financeira continua. A crença de que as organizações
devem crescer e gerar riqueza aos seus acionistas continua. Mas avaliar a
empresa apenas com base em seus números financeiros não garantirá
crescimento e geração de riqueza. Segundo Morgan:
33
“Existe um problema geral, de que os enfoques
burocráticos à organização impõem estruturas
fragmentadas de pensamento aos seus membros e, na
realidade, não encorajam os empregados a pensar por si
próprios” (MORGAN, 1996, p.93).
De acordo com Kaplan e Norton (1997): “a perspectiva de aprendizado e
crescimento “identifica a infra-estrutura que a empresa deve construir para
gerar crescimento e melhoria em longo prazo” (p.29).
3.2 – Componentes do BSC
O BSC possui quatro componentes:
Mapa e objetivo estratégico: Com a criação do BSC surgiram os
mapas estratégicos, uma ferramenta que representa os passos a serem dados
para o alcance das estratégias, o mapa estratégico ajuda as organizações a
ver suas estratégias de maneira coesiva, integrada e sistemática, ele também
demonstra o processo de transformação dos ativos intangíveis em resultados
tangíveis para os clientes, e consequentemente, em resultados financeiros.
Conforme Kaplan e Norton:
“Os mapas estratégicos baseiam-se em alguns princípios
como: a estratégia equilibra forças contraditórias, a
estratégia baseia-se em proposição de valor diferenciada
para os clientes. Cria-se valor por meio dos processos
internos, a estratégia compõe-se de temas
complementares e simultâneos. O alinhamento
estratégico determina o valor dos ativos intangíveis”
(KAPLAN E NORTON, 2004, p.10)
O mapa estratégico é a representação visual da estratégia, mostrando
numa única página como os objetivos nas quatro perspectivas se integram e
34
combinam para descrever a estratégia. Para alcançar os objetivos do mapa
estratégico, o processo começa na perspectiva financeira e termina na
perspectiva de aprendizado e crescimento. Nos mapas, as relações de causa e
efeito, são demonstradas através de setas que interligam os objetivos
considerados estratégicos pelas empresas. Os objetivos estratégicos são
acompanhados de indicadores de desempenho e suas respectivas metas, as
quais serão suportadas por iniciativas estratégicas. Cada empresa adapta o
mapa estratégico ao seu conjunto específico de objetivos estratégicos. O mapa
ilustra as relações de causa e efeito que conectam os resultados desejados.
Além disso, o mapa estratégico identifica as competências específicas dos
ativos intangíveis da organização: capital humano, capital de informação e
capital organizacional, que são fundamentais para o desempenho excepcional
nos processos internos críticos e para a obtenção dos objetivos estratégicos
que devem ser alcançados de acordo com o que é crítico para o sucesso da
organização.
Indicador: Como será medido e acompanhado o sucesso do alcance do
objetivo. Qualquer indicador deve cumprir os seguintes requisitos: transmitir a
informação clara e confiável sobre o evento a analisar; deve ser coerente com
os fins estabelecidos, com a visão e missão da organização, medindo e
controlando os resultados alcançados; deve estar adequado e oportuno,
estando disponível para a tomada de decisão; deve ter a sua unidade de
medida correctamente identificada: números absolutos, taxas de crescimento,
pesos, dias, horas e valores. Além de ter um responsável designado capaz de
atuar sobre os indicadores.
Meta: nível de desempenho ou a taxa de melhoria necessária.
Plano de ação: programas de ação-chave necessários para se alcançar
os objetivos.
Diversas empresas encontram dificuldades na implementação do BSC,
e não obtém os resultados desejados, ainda que tivessem utilizado
significativos recursos humanos e financeiros. Ao desenvolver e implementar
um sistema de gerenciamento BSC em uma empresa não é iniciativa das mais
simples. Um dos problemas mais comuns diz respeito ao envolvimento do
35
gerente nível sênior, uma vez que os executivos passam a delegar toda a
estratégia do processo de implementação ao nível hierárquico intermediário.
3.3 – A comunicação da estratégia
A empresa deve especificar e tornar públicas suas convicções sobre
como os processos geram resultados. As afirmações públicas e os
compromissos específicos para direcionar a ação e os resultados esperados
fornecem uma base para a responsabilidade. Então, eles representam um
elemento de risco para a administração, uma vez que esta pode ser
questionada com mais precisão a respeito de seus fracassos. Muitos gerentes
seniores podem achar inconveniente esse nível de risco. Os proprietários,
porém, podem considerar tais declarações públicas como inspiradoras.
A comunicação da estratégia é um benefício para a organização.
Funcionários que não compreendem aquilo que é esperado deles têm pouca
chance de alcançar os resultados desejados. As pessoas conseguem se
comprometer com aquilo que se identificam. O processo de comunicação deve
ser dinâmico para que todos os envolvidos se tornem comprometidos com os
resultados, ajudando a superar as dificuldades do mercado. Sentindo-se
valorizado, o indivíduo aumenta sua autoestima, repercutindo na sua vida
pessoal, com qualidade de vida e desenvolvimento profissional. Quando este
fator se torna coletivo numa empresa, as condições para que as metas e
objetivos sejam alcançados são muito maiores e os planos de ação se tornam
mais facilmente colocados em prática, resultando na conquista de lucratividade
e progresso. A função da estratégia da comunicação é desenvolver programas
de reflexão e debates, conversação, troca de idéias, o estreitamento entre
lideranças e liderados, confiança mútua. A comunicação deixou de ser um
meio e passou a ser utilizada como ferramenta estratégica de resultados,
ajudando na melhoria da qualidade e produtividade, através da valorização das
pessoas, a integração entre os interesses da empresa e dos seus
colaboradores, favorecendo o clima de compromisso e solidariedade no
trabalho. Uma mensagem pessoal aos funcionários que integram sua equipe é
36
muito mais eficaz que um comunicado encaminhado por e-mail ou afixado em
um quadro de avisos. Estimular a comunicação pessoa a pessoa humaniza as
relações na empresa, fortalecendo vínculos e parcerias. Segundo Kaplan e
Norton:
“O BSC descreve a visão de futuro da empresa para toda
a organização, de modo a criar aspirações
compartilhadas. Cria um modelo holístico da estratégia,
mostrando a todos os funcionários como eles podem
contribuir para o sucesso organizacional” (KAPLAN &
NORTON, 1997, p.154)
O processo de comunicação deve ser gerenciado de maneira a
assegurar a agregação de valor à organização. O primeiro ponto seria definir
os objetivos da comunicação estratégica, para então apontar que públicos vão
ser visados, que mensagens circularão em que canais e qual o nível de
recebimento, compreensão e aplicação dos conceitos. A palestrante sugere
alguns passos para construir a comunicação da estratégica, divididos em três
fases criação do plano, desenvolvimento de conteúdo e avaliação.
Basicamente, deve ser buscada a conscientização sobre o processo e sobre o
avanço de suas etapas, “vendendo” a ideia internamente. Para isso, a
identificação e o entendimento dos diversos olhares dos públicos para as
estratégias levam a um mapeamento de necessidades e expectativas de cada
um. Dentro do chamado “público interno”, estão diferentes perspectivas como
a liderança executiva, gerência de unidades de negócio, liderança de linha,
equipe de prestadores de serviços internos, funcionários de operação. A
diversidade do público externo também é significativa. Em todos os casos, a
linguagem, os signos, os comparativos e os diagramas devem ser específicos,
tendo ainda coordenadas as ondas de sedução, informação e feedback. A
escolha dos meios de difusão e relacionamento está na dependência do
patamar de interatividade possível ou desejável a cada instante.
37
Outro benefício do BSC é o direcionamento e foco nas ações. Embora
provendo a gerência com medidas adicionais, o balanced scorecard minimiza a
carga de informações a analisar, porque, ao enfocar os objetivos mais críticos,
limita o número de medições a usar. Apesar de apresentar suas limitações, o
planejamento estratégico ainda é um instrumento muito utilizado nas
organizações, particularmente poderoso se aliado ao balanced scorecard.
Embora de vital importância para o sucesso do BSC, o processo de
comunicação pode ser impactado pelo risco de informações estratégicas
chegarem a investidores externos ou competidores. É importante, assim,
organizar os dados confidenciais, para evitar impactos negativos na
comunicação e na implementação de objetivos internos. O simples
conhecimento das metas corporativas não é suficiente para mudar o
comportamento das pessoas; é necessário incentivar a aliança dos objetivos
com as medidas, associando o nível individual às metas de longo prazo da
empresa. Dessa forma, um scorecard corporativo deverá envolver a definição
de objetivos comuns e temas a serem adotados por todas as unidades de
negócios, promovendo uma sinergia que irá produzir um valor maior para a
empresa.
Com o Balanced Scorecard, a estratégia desdobrada a partir do
corporativo alcança todas as unidades, para garantir o direcionamento
estratégico representado pelos mapas estratégicos, indicadores, metas e
iniciativas. Esse alinhamento em torno da estratégia pode ser destacado como
um importante benefício resultante do projeto. Dentre os resultados derivados
da adoção do BSC, destacam-se os benefícios abaixo:
• Estratégia clara para toda a organização
• Facilita o alinhamento da organização;
• Direciona o processo de alocação de recursos e de capital;
• Integra o processo de gerenciamento estratégico à organização;
38
CONCLUSÃO
De acordo com o conteúdo exposto ao longo do desenvolvimento deste
trabalho, verifica-se que a estratégia de Recursos Humanos de uma
organização serve como guia do desenvolvimento de toda a estrutura de
atividades e serviços prestados pela empresa, desde o recrutamento e seleção
até a definição dos papéis, atribuições e funções do profissional de recursos
humanos. A área de RH deve elaborar um trabalho consistente e conhecer o
contexto da organização é primeiro passo. Outro fator relevante é manter um
vínculo das ações propostas com os valores e a missão da empresa. O RH
deve conhecer os recursos disponíveis, a equipe envolvida no processo, as
possibilidades de inovação e as possíveis mudanças no negócio em curto,
médio e longo prazo, além de observar a viabilidade de investimento do tempo
que será exigido dos profissionais na execução das atividades planejadas. Ao
quantificar os resultados de RH e ao formalizá-los documentalmente, passou-
se a falar a linguagem da empresa, agregando valor ao planejamento
estratégico. O Balanced Scorecard de RH, ao realizar a medição daquilo que
realmente interessa em uma linguagem de Gestão, poderá definitivamente
assumir o papel de RH estratégico dentro das organizações e buscar facilitar o
caminho das pessoas na empresa para que saibam e assumam o seu papel
profissional em busca dos melhores resultados e práticas administrativas e
produtivas. Ao quantificar os resultados e ao formalizá-los documentalmente,
passa-se a falar outro tipo de linguagem (a linguagem dos números) que
embora não seja do agrado de alguns profissionais de Recursos Humanos, é
mais facilmente entendida pelos outros profissionais de Gestão, aumentando,
desta forma, a aceitação das outras áreas e a inclusão do RH no planejamento
estratégico. O Balanced Scorecard foi criado para solucionar o problema de
comunicação do planejamento empresa como um todo, visando utilizar uma
visão holística da administração em beneficio do seu planejamento estratégico,
para atender às exigências impostas pelo ambiente mais competitivo para as
empresas e, consequentemente, aumenta a compreensão entre a vinculação,
39
estratégia e operação. Espera-se que o BSC venha a fazer parte das
ferramentas utilizadas pelos administradores para gerirem de maneira eficiente
e eficaz as empresas e construírem organizações de grande sucesso.
Portanto, as estratégias empresariais para obterem sucesso devem
levar em consideração os recursos humanos existentes, da mesma forma que
se planeja marketing, finanças, entre outros. Devem-se planejar as estratégias
que serão utilizadas pelo departamento de Recursos Humanos, no sentido de
viabilizar a consecução de tais objetivos planejados pela organização. A área
de Recursos Humanos possui uma particularidade em relação às outras áreas,
pois, além de cuidar das estratégias da empresa quanto ao envolvimento das
pessoas nos objetivos propostos pela organização, precisa tratar das
estratégias para o atendimento de suas próprias necessidades. Ao
mencionarem este segundo objetivo do setor de Recursos Humanos, os autores esclarecem que as organizações são criadas para servirem às
pessoas, sejam elas os proprietários, funcionários ou clientes e desta forma
estes terão de contribuir de alguma forma para a organização. Dentro deste
contexto, e para que esta contribuição seja efetiva, faz-se necessário conhecer
quais são as necessidades dos funcionários, e estes deverão ter o seu peso no
estabelecimento dos objetivos e estratégias empresariais.
Quanto à formação do planejamento estratégico pode-se notar que a
empresa agrega um valor importante para o seu negócio. O planejamento de
recursos humanos, o treinamento, os processo de recrutamento e seleção,
metodologias de avaliação dos colaboradores e políticas de remuneração e
benefícios, passam a ser as primordiais em uma organização.
Portanto, pode-se concluir que o planejamento estratégico em recursos
humanos se tornou uma necessidade nas organizações, cada dia que passa o
fator humano é mais valorizado, os profissionais desta área estão em
constante atualização para acompanhar o desenvolvimento organizacional. A
organização que adota o planejamento estratégico em recursos humanos, são
responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho, utilizam o
planejamento estratégico como vantagem competitiva no mercado.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANSOFF, Igor. Implantando a administração estratégica. São Paulo: Atlas,
1993.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas, Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
HINDLE, Tim. Tudo sobre administração. São Paulo: Nobel, 2002.
LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos humanos: princípios e
tendências. São Paulo: Saraiva, 2005.
MATOS, F. G., CHIAVENATO, I. Visão e ação estratégica. São Paulo: Makron
Books, 1999.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração. São Paulo:
Atlas, 2000.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São
Paulo: Atlas, 2006.
MAYNARD, Herman Bryant. Redefinições da prosperidade empresarial. São
Paulo: Cultrix, 1996.
MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. Porto
Alegre: Bookman, 2001.
41
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996
OLIVEIRA, Djalma. Planejamento estratégico: conceito, metodologia e
práticas. São Paulo: Atlas, 1993.
PASCHOAL, Luiz. Administração de Cargos e Salários. Rio de janeiro:
Qualitymark, 2007.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David. A estratégia em ação: balanced
scorecard. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, D.P. Mapas estratégicos. Rio de Janeiro.
Campus, 2004.
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Editora Atlas, 1992.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Planejamento e a área Recursos Humanos
1.1 – Definição de estratégia 10
1.2 – Conceito de planejamento 12
1.3 – Planejamento e recursos humanos 14
CAPÍTULO II
Planejamento estratégico de Recursos Humanos
2.1 – Missão, visão e objetivos organizacionais. 17
2.2 – Tipos de planejamento 19
2.3 – Etapas do planejamento 21
CAPÍTULO III
O Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica
3.1 – Conceito 28
3.2 – Componentes do BSC 33
3.3 – A comunicação da estratégia 35
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42