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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CULTURA ORGANIZACIONAL: O Elemento Básico para o desenvolvimento dos processos
de qualidade
Por: Ilze Antonia Margarida
Orientador: Profª. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CULTURA ORGANIZACIONAL
O Elemento básico para o desenvolvimento dos processos de qualidade
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão de Recursos Humanos.
Por: . Ilze Antonia Margarida
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha mãe , Marlene Antonia Margarida, e toda a minha família pelo
imensurável e incessante apoio durante esta jornada.
Ao meu grande influenciador o Sr. Jose Carlos Silva, pelo apoio incondicional
para o alcance e realização desse sonho.
A todos os meus colegas, em especial : Arnaldo Moreira da Silva, Marlene
Conceição, Susana Vieira, Viviane Gomes, Rosângela Monteiro.
Por fim, meu pequenino afilhado Guilherme, pelo carinho e paciência de sempre
esperar a dindinha estudar.
4
DEDICATÓRIA
A Deus primeiramente por ter me dado saúde , paz e conhecimento para a realização de mais uma conquista A minha zelosa mãe que eu não tenho palavras para expressar o meu amor.
5
Resumo
O objetivo principal deste trabalho é encontrar uma forma de desenvolver os
processos de qualidade em todos os departamentos e níveis de serviço de uma
organização entre todos os colaboradores obtendo um bom rendimento de seus
serviços. Aproveitando melhor os atributos dos funcionários, atribuindo metas nos seus
serviços, criar métodos de gratificações, melhorar as condições de trabalho, oferecer
um melhor treinamento, criar um ambiente mais agradável e familiar na organização. A
globalização e a acirrada concorrência faz com que a qualidade nos produtos e
serviços se tornem um diferencial de suma importância , agregando o seu valor e
diferencial no mercado. O medo do novo causa desconforto em todos os níveis da
organização, pois o ser humano cria resistências em tudo que fuja do seu cotidiano,
pois a mudança é o ato de variar ou alterar modos já padronizados,causando assim
transtornos dentro de uma organização fazendo com que o seu desenvolvimento tanto
no âmbito interno e externo seja influenciado pelo simples fato de temer o novo, assim
ao invés de progredir, cria uma estagnação. É preciso informar para todos a
necessidade de ver o novo não como vilão e sim como uma mola mestra que
impulsiona a organização para outros patamares. A aplicação de idéias inovadoras e
bem planejadas levam a redução das reclamações, erros e falhas e a melhora da
satisfação dos colaboradores, proprietários, clientes e a empresa terá um ganho
considerável de produtividade e crescimento. A importância do projeto atinge
diretamente aos colaboradores, pois com a aplicação da reestruturação organizacional
com foco na gestão da qualidade, proporcionará um ótimo relacionamento entre os
colaboradores do setor, ressaltando o respeito mútuo de cada indivíduo da empresa.
Palavras Chaves: Cultura Organizacional, Programa de Qualidade.
6
METODOLOGIA
O método utilizado para a construção do trabalho foi o da pesquisa
bibliográfica. Essa pesquisa tem por fim reciclar e atualizar conceitos estudados em
sala de aula. A pesquisa bibliográfica traz informações de fontes e diversos autores que
nos permite ter o conhecimento maior sobre o assunto.
Segundo PALADINI (2008) “A gestão da Qualidade Total é um processo que
envolve o monitoramento e a avaliação do alcance de objetivos, utilizando métodos de
medição da melhoria e da avaliação do funcionamento das ações de processo” (p.20).
O processo de qualidade é um processo contínuo que busca alcançar a satisfação de
todos os clientes (externos e internos) ,e que sempre precisa ser revisado, a fim de
alcançar os propósitos já anteriormente estabelecidos.
Muitos autores definem o que é Cultura Organizacional, porém JOHN (2004),
defini como “A Cultura de uma organização, portanto é uma maneira informal e
compartilhada de perceber a vida e a participação na organização, que mantêm os seus
membros unidos e influencia o que pensam sobre si mesmo e seu trabalho “(p. 367) .
7
SUMÁRIO
Dedicatória 2
Agradecimentos 3
Dedicatória 4
Resumo 5
Metodologia 6
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação 9
1.2 Origem e contexto histórico 10
1.3 O que é Cultura Organizacional 10
1.4 Sua percepção e entendimento 12
1.5 Cultura Nacional X Cultura Organizacional 14
1.6 Aprendizagem, Aculturação e Transmissão de valores 14
CAPÍTULO 2 - Processo de implantação
2.1 - O método Benchmarking 20
2.2 - Ferramentas para o desenvolvimento da qualidade 22
2.2.1 Brainstorming 24
2.2.2 GUT Método para priorização de problemas 25
2.2.3 Diagrama de Causa e Efeito (Diagrama de Ishikawa) 27
2.2.4 Gráfico de Pareto 28
2.2.5 Histograma 30
2.2.6 Gráfico de Controle Estatístico de Processo – CPE 31
2.2.7 Ciclo PDCA de Controle de Processo 32
2.2.8 5W2H 37
8
3. CAPTÍTULO - Consideração Finais
3.1- Gestão do Conhecimento como fator impactante 39
3.2- O impacto do programa de qualidade 44
CONCLUSÃO 47
REFERÊNCIAS
Bibliográficas 49
Outras Referencias 50
9
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1 - Apresentação
O presente trabalho analisa como a cultura organizacional é um
instrumento importante dentro das organizações, pois através dela que os
membros das empresas se adaptam as para criar sua forma de trabalho e de
desenvolvimento. Com estudo bem profundo de sua origem, valores e crenças, a
empresa consegue verificar os pontos a serem mudados ou aprimorados para
que o ciclo seja melhorado continuamente, sempre buscando o objetivo que é
atender as necessidades dos clientes internos e externos. A busca de cada
empresa em se manter no mercado, faz com que a todo momento aprenda com
os seus métodos assim desenvolve técnicas para aumento de receitas e
diminuição dos custos, mais sem perda de qualidade. Como conseqüência a sua
saúde financeira e organizacional melhora ao passar do tempo. Mais uma
mudança dentro de uma organização sempre é muito difícil , quando não é
controlada causa um grande impacto perante aos membros em todos os níveis
hierárquicos. O comprometimento por parte da gerência e demais áreas da
organização torna o processo de implantação mais fácil de ser aplicado. A
mudança de hábitos, crenças e costume precisam ser dilapidados como um
diamante bruto aos poucos, assim torna o processo mais fácil de ser absorvido e
consequentemente bem entendido.
Nos próximos capítulos serão abordados a origem da palavra cultura e
conceitos, logo a influência da cultura organizacional no processo de implantação
e adaptação para o desenvolvimento das ferramentas de qualidade.
A Cultura Organizacional serve como diretrizes, parâmetros da
identidade da empresa para que todos (concorrentes e funcionários), tenham uma
visão macro de toda a empresa.
10
1.2 -Origem e Contexto Histórico
A Palavra Cultura, vem do Latim cultura que significa cultivar o solo e
cuidar. Pode se identificar uma organização através de seu comportamento,
crenças, valores, hábitos e instituições e regras.
1.3 – O que é Cultura Organizacional
O interesse sobre cultura organizacional nasceu nos anos 70, devido
ao fenômeno japonês. Por volta de 1930 quando se iniciou a guerra o Japão
estava com a sua capacidade máxima da sua economia. Com o término da guerra
em 1944, o Japão se viu devastado. Mesmo após duas de suas cidades Nagasaki
e Hiroshima terem sido bombardeadas e destruídas, o Japão pós guerra
conseguiu se reerguer graças a sua disciplina que é tradição milenar. Masaaki
Imai nasceu em 1930 e se graduou em Bacharel em Relações Internacionais e
em 1986 criou o método de melhoria contínua (Kaizen) que significa mudar para
melhor.
Para CHIAVENATO (2005), “Cultura Organizacional é um termo
genérico utilizado para significar duas acepções diferentes. De um lado, o
conjunto de costumes e realizações de uma época ou de um povo, e de outro
lado, artes, erudição e demais manifestações mais sofisticadas do intelecto e da
sensibilidade humana consideradas coletivamente” (p.164). Abaixo segue
algumas definições de cultura organizacional:
• Cultura Organizacional é uma maneira costumeira ou
tradicional de pensar e fazer as coisas, que são
compartilhadas por todos os membros da organização e que
novos membros devem aprender e aceitar para serem
aceitos no serviço da organização; (p.165)
• Cultura Organizacional refere-se a um sistema de
significados compartilhados pelos membros e que
distinguem a organização das demais organizações; (p.165)
11
• A essência da cultura de uma organização provém da
maneira como a organização faz negócios, a maneira como
ela trata clientes e empregados e o grau de autonomia ou
liberdade que existe nos departamentos ou escritórios, de
lealdade expressado pelos empregados a respeito da
organização; (p.165)
Figura 01 - Iceberg da cultura Organizacional
Fonte: CHIAVENATO; Idalberto, Gestão de Pessoas (2005, p. 168)
Cultura usualmente é tida como o padrão de desenvolvimento refletido
nos sistemas sociais de conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais cotidianos.
Também é vista como o grau de refinamento e evidente em tais sistemas de
crenças e práticas.
“A cultura organizacional exprime a identidade da organização. Ela é construída ao longo do tempo e passa a impregnar todas as práticas, constituindo um complexo de representações mentais e um sistema coerente de
Componentes visíveis e
publicamente observáveis,
orientados para aspectos
operacionais e de tarefas.
Componentes invisíveis e cobertos, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos.
Aspectos formais e abertos
Aspectos informais e ocultos
• Estrutura organizacional • Títulos e descrições de cargos • Objetivos e estratégias • Tecnologia e práticas operacionais • Políticas e diretrizes de pessoal • Métodos e procedimentos
• Medidas de produtividade física e financeira
• Padrões de influenciação e de poder • Percepções e atitudes das pessoas • Sentimentos e normas de grupos • Valores e expectativas • Padrões de interações informais • Normas grupais • Relações afetivas
12
significados que une todos os membros em torno dos mesmos objetivos e do mesmo modo de agir. Ela serve de elo entre o presente e o passado para a permanência e a coesão da organização”. (CHIAVENATO,2005 p.165)
1.4 - Sua percepção e entendimento.
Ao conceituar o termo cultura organizacional, Schein (1999), elaborou
uma definição ligada a um modelo ativo e diligente, que pode ser aprendido,
propagado e alterado. Na mesma obra descreve, que a cultura de uma
organização, pode ser percebida e entendida em três níveis, conforme redação
abaixo e ilustração (figura 1).
• Nível dos artefatos visíveis: os padrões
comportamentais visíveis, a forma de vestir das pessoas, a
arquitetura e layout da empresa e sua documentação. O
autor afirma que embora haja facilidade na percepção dos
dados, a análise pode tornar-se trabalhosa devido a
dificuldade na interpretação daquilo que foi observado.
Consegue-se expor a forma que um conjunto de pessoas
elabora seu ambiente, e bem como seus tipos de
comportamentos observáveis, mas comumente não se
consegue entender a forma de raciocínio subentendido que
os levou a assumir aquele comportamento grupal;
• Nível dos valores que dirigem o comportamento das
pessoas: neste tópico o referido autor detecta a dificuldade
existente, nas diferenças entre, valores aparentes e valores
de uso. Devido a dificuldade de observação direta destes
últimos, torna-se indispensável conversar com pessoas-
chaves da organização ou proceder um exame detalhado da
documentação formal da organização. No entanto,
representam somente valores expostos desta cultura, as
pessoas revelam serem estas, as razões de ser de seus
comportamentos, sendo na maior parte das vezes a
explicação que elas entendem ser ideal ou mais próximo da
13
racionalidade. Os verdadeiros motivadores de tais
comportamentos continuam ocultos ou desconhecidos;
• Nível dos pressupostos básicos: crenças inconscientes,
sentimentos, pensamentos e percepção dos membros do
grupo. Quando tais comportamentos são identificados pelo
grupo, e estes se enquadram adequadamente na resolução
de problemas, este novo valor é gradativamente convertido
em um pressuposto não consciente, de como as coisas são
resolvidas na realidade.
Barret (2000), relata que: “Valores são regras para a vida. São crenças
profundamente arraigadas de que um certo modo de ser ou um certo resultado é
preferível a outro. Os valores são demonstrados externamente por meio de
comportamentos.”. Observa-se desta forma, que os valores de uma cultura
organizacional exercem influência sobre os padrões éticos desta organização,
desta forma concluímos que o procedimento gerencial sofre influência da cultura
organizacional, o somatório de valores, costumes, tradições e significados
capazes de tornar única uma empresa, na maior parte das vezes chamada
característica ou caráter de uma organização.
14
1.5 - Cultura Nacional x Cultura Organizacional.
A cultura nacional impacta mais os colaboradores de uma organização
do que a própria cultura desta organização, esta, ainda que tenha grande
influência e ajude na compreensão comportamental dos colaboradores, é menor
que a influência exercida pela cultura nacional. Motta & Caldas (1997) evidenciam
que as culturas das organizações, sempre apresentarão diferenças, sendo mais
salientes nas empresas sediadas em países diferentes ou empresas
administradas por pessoas de nacionalidades diferentes. Isto porque, as crenças
ou convicções, os valores, os pressupostos básicos, os costumes e os artefatos
que identificam a cultura de uma organização, carregam consigo, de algum jeito,
traços da cultura nacional. Exemplificando, citamos hipoteticamente um gestor
que atue em uma organização brasileira, que alcance o sucesso através de ações
individuais e destemidas, que imponha sua própria vontade aos funcionários
relutantes; este gestor não logrará o mesmo êxito no Japão, onde as empresas
sofrem influência da cultura nacional que prioriza o trabalhar em equipe, estas
entendem que a soma de todos é mais importante que o individualismo, nestes
tipos de organização busca-se o consenso da equipe, diferentemente do que
acontece no Brasil.
1.6 - Aprendizagem, aculturação e transmissão de valores.
Para Chiavenato (2004), a transmissão, mudança e assimilação da
cultura organizacional se dá, à medida que as pessoas internalizam os valores
transmitidos pela organização através das práticas formais de socialização,
considerando-os como pressupostos básicos. Esta conscientização pode
acontecer de três diferentes formas: aceitação dos valores proclamados pelos
elementos da cultura organizacional, aceitação através dos processos de
socialização organizacional ou ainda na etapa de seleção dos futuros
colaboradores. Quantos mais colaboradores da organização, internalizarem e
comungarem dos valores tidos como essenciais à organização, mais fortalecida
será sua cultura organizacional.
15
è A transmissão de valores através dos seus elementos.
Aprendemos algo sobre a cultura organizacional de uma instituição, a
partir da observação de um conjunto de elementos visíveis no dia a dia; os
valores inseridos neste conjunto de elementos perceptíveis podem ser
transmitidos aos atuais e futuros integrantes da organização. De forma genérica,
Tamayo & Gondim (1996), Freitas (1991), Hofstede (2003), dentre outros autores,
citam os elementos mais observados da cultura organizacional, conforme abaixo:
• Valores – É aquilo que a instituição entende como
básico, principal, primeiro para obtenção do sucesso
desejado. É tido como a idéia principal da filosofia da
organização, promovendo o viés comum a todos
colaboradores. A Accor Brasil esclarece sua filosofia de
valores para seus colaboradores com o seguinte slogan:
“Pessoas, Serviços, Lucros”. Em suma, o slogan traz a
seguinte mensagem embutida: oferecemos excelente
ambiente para o trabalho, em contrapartida esperamos dos
nossos colaboradores serviços de qualidade, causando a
satisfação dos clientes e consequentemente lucros;
• Estórias e Mitos – As primeiras são narrações faladas
ou escritas que os colaboradores ouvem sobre fatos
acontecidos, relacionados a organização, que reforçam o
seu desejo de alcançar determinado comportamento; já os
mitos referem-se a estórias que consistem nos valores
organizacionais desejados pela instituição, porém sem
confirmação dos fatos específicos. Exemplificando, citamos
estórias de Presidentes de organizações que começaram
sua carreira como contínuo, procurando incutir na mente de
seus colaboradores que, através do trabalho e
determinação, todos têm chances de crescer;
• Crenças e Pressupostos Básicos – Referem-se ao que
é entendido como verdadeiro pela empresa, é a percepção
que os integrantes do grupo assimilaram como verdadeira,
16
tendo sido validadas pelo atendimento da resolução de
problemas e pelo tempo. Citamos como exemplo, uma
equipe que entendeu ser, a pontualidade e o trabalhar até
mais tarde, prioridades mais importantes do que a
produtividade, passando a compartilhar este pressuposto
como os novos integrantes da organização;
• Ritos, Rituais e Cerimônias – São meios utilizados pela
organização para externar, divulgar, seus valores e crenças
através de eventos, propagando desta forma sua cultura.
Tais eventos buscam destacar um padrão e uma direção a
ser seguida dentro da organização. As organizações
utilizam-nos para alcançar objetivos de integração (festas de
final de ano), passagem (mudanças de status), degradação
(demissões), reforço (celebração pública de resultados
positivos), diminuição de conflitos;
• Heróis – São os colaboradores que construíram uma
história dentro da instituição, através de ações que
contribuíram para o crescimento e fortalecimento da mesma,
tais heróis encarnam os valores adotados pela organização.
Possuem como característica peculiar uma visão de futuro,
sendo grandes empreendedores, experimentam, criam
coisas novas sem ter medo de tentar, conquistando a
admiração e crédito dos que o cercam. Na figura de heróis
de algumas instituições, podemos citar: Antônio Ermínio de
Moraes – Grupo Votorantin, Jack Welch – Grupo GE e Lee
Lacocca – Grupo Chrysler;
• Tabus – É a idéia contrária a dos rituais e celebrações,
que visam reforçar uma idéia de fazer algo que está sendo
proposto. O tabu é a forma encontrada pela organização de
coibir determinadas práticas entendidas como nocivas à
organização, estas diretivas da organização deverão ser
assumidas como aceitas e não merecedoras de
questionamentos. Tais artifícios visam orientar os
comportamentos e disciplinar a cultura da organização.
17
Citamos como exemplo: contratação de pessoas que
tenham familiares na organização, namoro entre colegas de
trabalho e contratação de homossexuais;
• Normas – Compõe-se de regras descritas pela
organização e prescrevem o comportamento tido como
ideal, devendo ser trilhado por seus colaboradores. As
regras podem ser para toda coletividade da organização ou
limitada a alguns departamentos; podem ser divulgadas de
forma oral, ou escrita, através de manuais, memorandos,
circulares ou através dos outros elementos culturais;
• Símbolos – São as mais essenciais e pequenas
unidades de expressão cultural. São figuras convencionais
elaboradas para representar coisas relevantes, transmitindo
particularidades da organização. Podem ser identificados
desde a logomarca, o enorme espaço destinado à diretoria,
o tipo e a forma de arrumação do mobiliário utilizado na
organização, etc.;
• Comunicação – É a capacidade de trocar ou debater
idéias, de dialogar, de verbalizar os pensamentos, com vista
ao bom entendimento entre as pessoas, sendo utilizada para
transmissão e fixação de valores comportamentais
organizacionais desejados. A comunicação, dentro da
organização, acontece de duas formas: comunicação formal
e comunicação informal. Comunicação formal é a maneira
encontrada pela organização de interagir com o ambiente
externo e interno, de emitir, transmitir e receber mensagens
por meio de métodos e/ou processos convencionados e
sistematizados, visando o estabelecimento de um
comportamento organizacional almejado; já a comunicação
informal é o fruto de um relacionamento espontâneo, que
não segue nenhum sistema de regras, que normalmente se
estabelece pela mútua identificação de características
apreciáveis ou desejáveis, fazendo com que a comunicação
seja facilmente entendida pelos integrantes do grupo;
18
• Declarações de missão e metas oficiais da empresa: é
o modo de conduzir a empresa e as perspectivas de futuro,
expressas aos seus colaboradores e ao público em geral;
• Práticas empresariais: como a empresa responde aos
problemas, toma decisões e trata seus funcionários, também
como se relaciona com a sociedade, no tocante a políticas
de responsabilidade social.
è Transmissão de valores pelo processo de Socialização
Organizacional.
O momento da socialização dos recém-chegados à organização é
crucial para a reprodução do modelo simbólico corporativo. Utilizam-se meios
apropriados que integrem o novo colaborador à organização, transmitindo os
valores e comportamentos condizentes com a cultura da organização, na
esperança que sejam incorporados pelos novos membros. Dentre as estratégias
mais utilizadas, figuram os denominados programas de treinamento e integração
de novos colaboradores, que a gosto da organização adotam formas e intervalos
de tempo peculiares. Os rituais de inicialização e socialização cumprem
simultaneamente o papel de inclusão do indivíduo aos grupos de interesse da
organização e de exclusão dos demais.
Wagner III & Hollenbeck (1999) entendem que socialização é: “...um
procedimento pelo qual as pessoas adquirem o conhecimento e habilidades
sociais necessárias a assumirem corretamente seus papéis em um grupo ou
organização.”. Desta forma, o processo de socialização é também executado,
toda vez que o colaborador se movimenta por uma das três dimensões
organizacionais: funcional, hierárquica e inclusiva. Observa-se que a socialização
na dimensão funcional refere-se a adaptação das diversas tarefas propostas, já
na dimensão hierárquica busca-se a adaptação a uma nova posição hierárquica,
um novo nível de autoridade e por fim na dimensão inclusiva pretende-se adaptar
o colaborador a forma de enxergar-se a si mesmo, se no centro ou a margem das
19
coisas. A assimilação da cultura organizacional também se dá através da
percepção de seus elementos (símbolos, heróis, rituais, etc.), e de outras formas,
tais como nos ambientes de treinamento e nas salas educativas, na utilização dos
supervisores como tutores dos recém-chegados, no decorrer dos processos
seletivos, através de grupos de trabalho e programas de integração
(CHIAVENATO, 2004).
è Transmissão de valores no processo seletivo.
No entendimento de alguns especialistas, a socialização, processo de
aprendizagem e assimilação de normas da cultura organizacional, é a maneira
mais positiva de transmissão dos valores organizacionais. Chiavenato (2004)
salienta que já no processo seletivo, as organizações delineiam seus valores
organizacionais aos candidatos ao emprego, comparando as respostas
observáveis do pretendente, com os valores tidos como padrão da organização;
os resultados destas comparações servem como um dos parâmetros à efetivação
da pessoa na empresa. Todavia, esta estratégia organizacional, serve como uma
estrada de mão-dupla, já que o candidato ao identificar disparidades entre seus
valores pessoais e os da organização, poderá optar por não fazer parte deste
grupo, antevendo futuras desavenças ou conflitos com os valores organizacionais.
20
CAPÍTULO 2 - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
Nesse capítulo será apresentado alguns métodos que servem para
determinar o nível de qualidade , que começa de acordo com que os processos
estão sendo executados.
2.1 – O método Benchmarking
“O Benchmarking consiste na procura de melhores práticas
de administração, como forma de ganhar vantagens
competitivas. Faz uso de pontos de referências que
funcionam em vez de criar algo novo. O seu propósito é
estimular e facilitar as mudanças organizacionais através de
um processo de aprendizagem” (ABRANTES, 2008, p.147)
ABRANTES (2008), destaca os diversos tipos de Benchmarking
existentes, abaixo segue esses modelos: (p.148)
• Benchmarking Competitivo: Caracteriza-se por ter
como alvo específico as práticas dos nossos concorrentes. É
a prática o menos usual uma vez que é quase impossível
que as empresas se prestem a facilitar dados que estão
ligados diretamente com a sua atividade à concorrência. Por
isso muitas vezes é necessário contratar uma consultora
externa para obter informações sobre o Benchmarking
Competitivo;
• Benchmarking Interno: A procura pelas melhores
práticas ocorre dentro da própria organização em unidades
diferentes (outros departamentos, sedes, etc. ). Tem como
vantagens a facilidade para se obter parcerias, custos mais
baixos e a valorização pessoal interna. A grande
desvantagem é que as práticas estarão sempre
impregnadas com os mesmos paradigmas. Este é o tipo
mais utilizado;
21
• Benchmarking genérico: Ocorre quando é baseado
num processo que atravessa várias funções da organização
e pode ser encontrado na maioria das empresas do mesmo
porte, como pro exemplo o processo desde a entrada de um
pedido ata a entrega do produto ao cliente. É neste tipo de
Benchmarking que encontramos a maioria dos exemplos
práticos e onde as empresas estão mais dispostas a
colaborar e a ser mais verdadeiras.
• Benchmarking funcional: Baseado numa função
específica, que pode existir ou não na própria organização e
serve para trocarmos informações acerca de uma atividade
bem definida como, por exemplo, a distribuição, o
faturamento ou embalagem. Alguns autores vinculam o
conceito de Benchmarking funcional ao Benchmarking
genérico, pela possibilidade dos mesmos serem utilizados
sem se levar em consideração a concorrência direta da
organização que prende ou patrocina o estudo e a
organização “investigada”
O Benchmarking é um método copia sem plagiar uma idéia ou prática
que está gerando um processo de melhoria e crescimento de alguma empresa.
Os administradores utilizam essa prática para coletar informações processo da
seguinte forma: coletam informações, analisam como está sendo implementado e
desenvolvido as táticas pelos seus concorrentes e assim podem verificar
possíveis falhas, modifica-las e aplicar para si de uma maneira que gere
vantagem competitiva. Hoje em dia tal procedimento ocorre muito com as
operadoras de telefonia móvel que no qual todas elas oferecem bônus tanto para
ligações, quanto para aquisição de novos planos e aparelhos, fato que algum
tempo não existia tal tipo de oferta.
22
2.2- Ferramentas para o desenvolvimento da Qualidade
“As características importantes do produto ou processo devem ser
definidas concretamente e mensuradas como tamanho e peso ou algum índice de
desempenho, ou contadas como o número de defeitos numa peça ou operação.”
( CARVALHO, 2006, p.262)
As ferramentas da qualidade melhora o que se existe e também
aperfeiçoa e inova os processos já existentes, tornando-os mais flexíveis, ou seja
que se adaptem ao perfil de cada organização.
"Parece senso comum que, dentro das organizações, a
criação ou ampliação de áreas voltadas para programas de
qualidade um grande foco nas questões comportamentais e
culturais – representa a apropriação da preocupação com o
fator humano pelas áreas produtivas. Embora não se possa,
pela ausência de dados disponíveis, estabelecerem
padrões, alguns fatores parecem estar presentes na maioria
dos casos, como:
- Valorização do fator humano como recurso vital para o
desempenho organizacional;
- Ocupação de espaços vazios pela função qualidade, no
tocante a mudanças na organização do trabalho e
interferência sobre elementos culturais;
- Disputa de espaço em alguns casos, colaboração em
outros, entre a função qualidade e a FRH. (WOOD JR.,
2004, p.275)
23
Quadro 1 - Abordagens da Qualidade ( Definições)
Abordagem Definição Frase Transcendental
Qualidade é o sinônimo de excelência inata. É absoluta e universalmente reconhecível. Dificuldade: pouca orientação prática.
“A qualidade não é nem pensamento nem matéria, mas uma terceira entidade independente das duas.. Ainda que qualidade não possa ser definida, sabe-se que ela existe.” (PIRSIG, 1974)
Baseada no produto
Qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda dos atributos do produto. Corolários: melhor qualidade só com maior custo. Dificuldade: nem sempre existe uma correspondência nítida entre os atributos e a qualidade
“Diferenças na qualidade equivalem a diferenças na quantidade de alguns elementos ou atributos desejados”(ABBOTT, 1955)
Baseada no usuário
Qualidade é uma variável subjetiva. Produtos de melhor qualidade atendem melhor aos seus desejos do consumidor. Dificuldade: agregar preferências e distinguir atributos que maximizam a satisfação.
“A qualidade consiste na capacidade de satisfazer desejos..” (EDWARDS,1968) “Qualidade é a satisfação das necessidades do consumidor..Qualidade é adequação ao uso” (JURAN, 1974)
Baseada na produção
Qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda do grau de conformidade do planejado como executado. Esta abordagem dá ênfase a ferramentas estatísticas (Controle do Processo) Ponto Fraco: foco na eficiência, não na eficácia.
“Qualidade é a conformidade às especificações” “... prevenir não-conformidade é mais barato que corrigir ou refazer o trabalho” (CROSBY, 1979)
Baseada no valor
Abordagem de difícil aplicação pois mistura dois conceitos distintos: excelência e valor, destacando os trade-off qualidade x preço. Esta abordagem dá ênfase à Engenharia/Análise de Valor- EAV
“Qualidade é o grau de excelência a um preço aceitável. “ (BROH, 1974)
Fonte: Elaborada a partir do texto de Garvin (1987) Quadro: PALADINI ,Gestão da Qualidade Total – Teoria e Caos( 2006,p. 8 e 9)
24
2.2.1 – Brainstorming
É um termo de origem britânica que pode ser traduzido como chuva de
idéias , no qual consiste em reunir um grupo de funcionários com o propósito de
“gerar “ idéias e emitir opiniões sobre diversos assuntos vivenciados na empresa
(COLENGHI 2007, p.5) .
Aplicação Prática:
Segundo COLENGHI (2007), existem 5 etapas para condução de uma
sessão para a escolha de coordenadores, abaixo segue as fases.(p. 4 e p. 5)
Fases para condução de uma sessão
1. Escolha do Coordenador
Poderá ser uma pessoa (interna ou externa) indicada pela direção da
empresa ou escolhido pelos membros do grupo entre seus próprios componentes.
Funções do Coordenador:
• Esclarecer sobre o tema e os objetivos da sessão;
• Conduzir atividades, fazendo que o grupo se sinta à vontade;
• Estimular a imaginação e a criatividade dos participantes a exporem
os problema vivenciados na empresa e as possíveis soluções;
• Orienta os participantes no sentido de que não poderá haver críticas
das idéias apresentadas durante a sessão;
• Ser o moderador e controlar o tempo de exposição de cada indivíduo.
2. Anotar as idéias apresentadas
Escrever todos os problemas de acordo com o ponto de vista de cada
participante, colocar as idéias em um local visível para todos, de forma
que na segunda etapa eles possam seleciona-las e prioriza-las;
25
3. Priorização dos problemas
Aplicar o GUT (técnica que apresentaremos a seguir);
4. Sessão de Sugestões
Deverá ser promovido uma nova sessão, com o objetivo de oferecer
sugestões para os problemas priorizados;
5. Relatórios de Resultados
Emitir relatório descrevendo os problemas identificados e a proposta de
solução para cada um deles à direção da empresa
COLENGHI (2007), mostra um outro modelo de captação de idéias
chamado: Brainswriting que é semelhante ao Brainstorming, cujas diferenças
essenciais são: idéias são apresentadas por escrito e as contribuições são mais
bem elaboradas, por que existe mais tempo para refletir sobre elas.
Essa ferramenta faz com que os funcionários se sintam parte da
empresa, agregando mais valor ao seu trabalho, pois ele não se acha mais como
uma simples mão de obra e sim alguém que pode ter o poder na tomada de
decisão dentro da organização.
2.2. 2 - GUT – Método para priorização de problemas
“É uma ferramenta que consiste, basicamente, em separar e priorizar os
problemas para fins de análise e posterior resolução. Sua base é fundamentada
no tripé” : (COLENGHI, 2007, p.9)
“ É uma das ferramentas da qualidade utilizada para definir prioridades
dentre uma determinada lista.”(ABRANTES, 2008,p.160)
26
“G” - Gravidade - Avaliar as conseqüências negativas que podem trazer
para os clientes, se pergunta: Quais as conseqüências caso a atividade não seja
realizada prioritariamente?
“U” - Urgência - Avaliar o tempo necessário ou disponível para corrigir os
problemas levantados, se pergunta: Com que urgência a atividade de ser
realizada?
“T” - Tendência – Avaliar o comportamento evolutivo (irá melhorar ou
piorar) da situação, se pergunta: Qual a situação pela execução imediata da
atividade?
Para casa um dos fatores acima deve ser atribuída uma nota de acordo
com a relevância de cada problema levantado. (1= baixo;3 = médio e 5 = alto).Em
seguida multiplicasse os três fatores por eles próprios (GXUXT= OP), onde OP é
o resultado que estabelece a Ordem de Prioridade para resolução dos problemas.
Para facilitar os cálculos e definir as prioridades, deve-se utilizar o
Quadro de Prioridades – QP , onde cada participante analisa e avalia cada fator,
atribuindo-lhes nota 1,3 ou 5, relacionadas ao problema levantado.
Quadro 1 – Exemplo de Prioridades
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( COLENGHI, 2007, p.10)
O QP acima demonstra que os problemas deverão ser resolvidos na
seguinte ordem: 2,1,4,3 r finalmente o problema 5.
Sua utilização é de extrema importância, por que empresa consegue
analisar de uma forma rápida quais os pontos que realmente são relevantes e que
merecem serem revistos, pois estão causando um gargalo junto ao seu nível de
serviço.
27
2.2. 3 - Diagrama de Causa e Efeito (Diagrama de Ishikawa)
“O DCE também conhecido como “Espinha de Peixe” é uma técnica japonesa que possui múltiplas funções, sendo utilizada para levantar e identificar as causas dos diversos problemas existentes nos processos, além de fornecer subsídios para analisá-los. Para tanto é necessário aplicar, em conjunto o “método dos porquês”. : (COLENGHI, 2007, p.11)
Normalmente os elementos mais utilizados como causas podem ser
visualizadas abaixo:
Quadro 01 – Gráfico de Causa e Efeito
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( COLENGHI, 2007, p.11)
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO
v Defina o problema (anomalia ou efeito) a ser analisado
v Levante as causas prováveis que possam estar contribuindo para
gerar o problema.
v Elabore o diagrama (Ex. processo ensino – aprendizagem)
Quadro 02 – Gráfico Diagrama de Causa e Efeito
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( COLENGHI, 2007,p.12)
28
MÉTODO DOS PORQUÊS
Com o objetivo de analisar o processo, aplica-se a técnica dos
porquês, que deve ser utilizada quantas vezes forem necessárias até chegar à
causa fundamental do problema.
Ex. com base no diagrama anterior (Recursos audiovisuais inexistentes)
v Por que não existem recursos audiovisuais na escola?
Resposta: porque nunca foram solicitados.
v Por que nunca foram solicitados?
Resposta: por que os alunos e professores julgam que a direção não irá
adquiri-los.
v Por que fazem este julgamento?
Resposta: porque tudo que é solicitado recebe um não como resposta.
Em poucas palavras esse método tem por base identificar os erros e
falhas, levantando as causas que originam o problema. Corrigindo com a técnicas
os porquês mostrando a melhor forma para solucioná-las.Investigar a relação
entre causas e efeitos.
2.2.4 - Gráfico de Pareto
“É um método que parte da premissa de que existe um n º reduzido de
causas, da ordem de 20 % , que provoca 80 % dos problemas que afetam os
processos. Se corrigidos a tempo, praticamente eliminam-se os problemas
existentes”. (COLENGHI, 2007, p.15)
Mostra a priorização dos problemas, permite uma fácil visualização das
causas e dos problemas mais importantes, permitindo direcionar esforços para
solucionar.
ROREIRO PARA APLICAÇÃO
a) Defina o processo a ser analisado (ex. entrega de mercadoria) e
inicie o levantamento dos problemas que o afetam.
b) Prepare o Mapa de Ocorrências, colocando os problemas em
ordem decrescente de acordo com o número de ocorrências.
29
Quadro 01 – Exemplo de Mapa de Ocorrências
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( COLENGHI, 2007, p.12)
c) Monte o Gráfico de Pareto a partir do Mapa de Ocorrências.
d) Analise o problema, iniciando-se pelo “A”, “B” , nesta seqüência até
”outros”, perguntando: o que?, onde?, quando?, quem?, como?, E
por que?
Observa-se que resolvidos os problemas “A” e “B”, praticamente
resolve-se o ,problema maior - Entrega de Mercadorias
Esse processo é muito útil, pois permite visualizar e identificar as causas dos
problemas mais importantes, possibilitando um esforço maior a fim de corrigi-las
no menor tempo possível.
30
2.2.5 - Histograma
Segundo ABRANTES (2008), o Histograma consiste num conjunto de
retângulos que tem(p.153)
a) As bases dobre um eixo horizontal X, com centro no ponto médio e as larguras iguais às amplitudes dos intervalos das classes;
b) AS alturas e áreas proporcionais às freqüências ou percentuais das classes, sobre o eixo vertical Y.
Se todos os intervalos tiverem a mesma amplitude, as alturas dos retângulos serão proporcionais às freqüências das classes e, então, costuma-se as alturas numericamente iguais a essas freqüências. , agora se os intervalos tiverem a mesma amplitude, essas alturas devem ser ajustadas. Se ligarmos os pontos médios dos intervalos de classe, no topo dos retângulos que os representam, obtem-se uma figura chamada polígono.
Modelo de histograma
Figura 01 - Histograma de Freqüências Acumuladas
Figura 02 – Histograma Combinado
31
Fonte: http://bertolo.pro.br/FinEst/Estatistica/HISTOGRAMA.pdf
O histograma auxilia no estudo preliminar no levantamento de
informações estatísticos, faz a análise quantitativa de acordo com os dados de
freqüências que nos permitir visualizar o ponto ao qual se quer alcançar.
2.2.6 Gráfico de Controle Estatístico de Processo - CEP
“É uma das ferramentas da qualidade propostas por Kaoru Ishikawa
em 1968 (Oliveira, 1995), atua diretamente na produção e permite através da
coleta de análise de dados, o controle estatístico dos processos produtivos “.
(ABRANTES, 2008, p.162)
Essa ferramenta é muito utilizada diretamente nos processos
produtivos pois serve para verificar se um processo está dentro dos limites
estatísticos já previamente estabelecidos para ele. Como precise fazer os ajustes
necessários.
.
32
Figura 01 - Exemplo de Gráfico Adaptativo
2.2.7 - Ciclo PDCA de Controle de Processo
É um método gerencial utilizado tanto na manutenção dos padrões como na melhoria dos padrões.
O método apresenta duas grandes vantagens:
a) Possibilita a solução de problemas de maneira cientifica / efetiva
b) Permite que cada pessoa da organização se capacite para resolver os problemas específicos de suas responsabilidade
O PDCA constitui-se em uma peça fundamental para o controle da qualidade e dever ser dominado por todas as pessoas da empresa. (COLENGHI,2007, p.23)
Resumo para utilização do PDCA
O Ciclo PDCA é um ferramenta que serve para demonstrar todo o
processo de uma produção desde o planejamento até a ação final, pois sua
característica é sempre a base da melhoria contínua.
33
Quadro 01 – Ciclo PDCA de controle de processos
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( Colenghi 2007)
34
Figura 01 - Funcionamento PDCA
Fonte: Livro: Integração das ferramentas da qualidade ao PDCA e ao programa seis sigmas
( 2006, p.25).
a) (PLAN) Planejamento: Define as metas a serem cumpridas para a solução
de um problema ou iniciar um processo. Define os métodos para atingir os
objetivos.
b) (DO) Direção: treina as pessoas que fazem partes da implementação dos
planos estabelecidos no planejamento, coletando dados, para que as
mesmas possam executar o processo de acordo com o estabelecido.
c) (CHECK) Verificar: verificar se todo o processo que foi planejado esta
correto ou não, caso esteja correto, vai definir se muda ou continua o
35
processo de qualidade, caso não esteja correto, volta a fase inicial e refaz
todo o processo
d) (ACTION) Agir: após todo o processo ter passado e aprovado, vai
determinar se padroniza ou se atingi outros objetivos sempre fazendo girar
do Ciclo PDCA para fazer a melhoria continua (Kaizen).
Figura 02 – Método de Solução de Problemas
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( Colenghi 2007)
36
Figura 02 – Resumo de utilização do PDCA
Fonte: Livro: O & M e Qualidade Total 3 edição ( Colenghi 2007)
37
2.2.8 - 5W2H
A ferramenta 5W2H pode ser utilizada para o planejamento de um
projeto ou execução de atividades. São expressas por em Siglas na língua inglês
na forma de perguntas: “ Abrantes 2009.01 what?, why?, when?, who?, Where?
how? e how much”, que traduzidas significam respectivamente “o quê”, “por que”,
“quando”, “quem”, “onde”, “como” e “quanto custará”. Cada expressão tem um
objetivo, como descrito abaixo:
A. O que?(What) Definição do quê deve ser medido, planejado,
excutado;
B. Por quê?(Why) Definição Por que devemos realizar essa tarefa,
atividade;
C. Quando?(When) Definição do prazo a ser cumprido, data , hora da
entrega;
D. Quem?(Who) Definição de quem será responsável pelo processo;
E. Como? (Where) Definição do local, espaço físico;
F. Quanto?(How) Definição dos meios necessários para a realização
das tarefas, matérias que serão necessários.
G. Quanto Custará?(How Much) Definição de custo, saber quanto
custará tal projeto.
Exemplo de Aplicação: Empresa de Telemarketing
• O quê?
Resposta: Reduzir em 80 % as reclamações de nossos clientes.
• Por que?
Resposta: Para ter bons serviços em nosso atendimento ao cliente.
• Quando?
Resposta: 30 minutos antes do início das atividades diárias
• Quem?
Resposta: Supervisão de RH
• Onde?
38
Resposta: Em toda a empresa
• Como?
Resposta: Corrigindo os problemas , com programas de treinamento,
benefícios (diretos e indiretos) de todos da empresa.
• Quanto e Quanto Custará?
Resposta: Em torno de R$ 8.000,00 todo o processo de melhoria.
39
CAPITULO 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 3.1 Gestão do Conhecimento como Fator Impactante
Gestão do conhecimento organizacional é um indicador para o
desenvolvimento de sistemas e processos que propõem a criação, interação,
identificação, compartilhamento e utilização do conhecimento dentro da
organização, investindo na inovação e organização de fluxos de informação
dentre os níveis organizacionais.
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), a criação do conhecimento
organizacional se dá através da relação entre o conhecimento tácito e explicito.
Conhecimento tácito é aquele não expresso por palavras, é o conhecimento
pessoal, específico de cada experiência, difícil de ser elaborado e transmitido, e o
conhecimento explícito, é aquele transmissível em linguagem formal, o qual o
indivíduo entende e compreende com maior facilidade, podendo ser formalizado
em texto, desenhos, diagramas, etc. Ainda segundo o autor, o conhecimento
organizacional ocorre por meio de um fluxo do conhecimento tácito para o
explicito, através de quatro modos de conversão: a socialização, que seria a
conversão de conhecimento tácito em conhecimento tácito; a externalização, que
é a conversão do conhecimento tácito em explícito; a combinação, como sendo a
conversão de conhecimento explícito em conhecimento explícito e a
internalização, que vai do conhecimento explícito para conhecimento tácito.
A Gestão do Conhecimento organizacional é um processo dinâmico,
por essa razão, não é possível medir onde começa ou acaba o conhecimento do
indivíduo que o socializou, a partir do conhecimento socializado entre o primeiro
e, assim, sucessivamente. Essa é uma dinâmica que não se faz possível saber,
quando o individuo está criando conhecimento tácito ou explicito.
Davenport & Prisak apontam (cit. in Chiavenato, 2000, p.681), que a
“gestão do conhecimento é um processo integrado destinado a criar, organizar,
disseminar e intensificar o conhecimento para melhorar o desempenho global da
organização”. As principais atividades relacionadas à gestão do conhecimento
organizacional, em geral, são compartilhar o conhecimento internamente,
atualizar o conhecimento, processar e aplicar o conhecimento para algum
benefício organizacional.
40
Entende-se que a Gestão do conhecimento organizacional não é a
extensão da tecnologia da informação, a tecnologia serve para facilitar o
processo, pois a tecnologia isoladamente sem a origem humana, não transforma
uma organização em criadora do conhecimento. E conhecimento é um fluxo feito
de práticas, valores, informações contextuais e hábeis compreensões
estruturadas que provém uma base para avaliar e incorporar novas experiências e
informações. Origina-se e é aplicado na mente de conhecedores. Nas empresas
não se encontram apenas em documentos, mas também em rotinas
organizacionais, processos, práticas e normas.
Portanto, a Cultura Organizacional consiste em gerir o conhecimento,
significa dizer que não gerenciamos as pessoas por si, mas antes os
conhecimentos que as mesmas carregam.
As organizações desenvolvem por si só sua própria cultura,
construindo assim sua identidade a qual será demonstrada através de padrões de
comportamento assumidos pelos colaboradores, dirigindo-os como conduta.
Schein (apud Freitas, 1991, p. 7) define cultura organizacional como:
"O modelo dos pressupostos básicos, que determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados aos demais membros como a maneira correta para se perceber, se pensar, e sentir-se em relação aqueles problemas"
Nota-se que a preocupação do autor vai além do comportamento
observado, mostrando que existem pressupostos que são inconscientes e que
caracterizam o sentir e o pensar dos membros de um grupo.
Segundo Fleury (1989) Cultura Organizacional habitualmente é tido
como o padrão de desenvolvimento refletido nos sistemas sociais de
conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais cotidianos. Também é vista como o
grau de distinção e aparente em tais sistemas de crenças e práticas, e pode ser
apreendida em vários níveis; nível dos artefatos visíveis que são fáceis de obter,
mas difíceis de interpretar. É o ambiente construído da organização, arquitetura,
layout, a maneira de as pessoas se vestirem, padrões de comportamento visíveis,
documentos públicos; nível dos valores que governam o comportamento das
41
pessoas, são valores manifestos na cultura, ou seja, expressam o que as pessoas
reportam ser a razão do seu comportamento, o que na maioria das vezes são
idealizações ou racionalizações; nível dos pressupostos inconscientes, aqueles
que determinam como os membros de um grupo percebem, pensam e sentem. À
medida que um pressuposto vai se tornando cada vez mais entendido como certo,
vai passando para o nível do inconsciente.
Conforme Chiavenato (2005), para se conhecer uma organização,
primeiramente deve se conhecer sua cultura e para fazer parte dela,
desempenhar atividades, trabalhar nela, crescer profissionalmente, significa
entender e vivenciar ativamente sua cultura organizacional.
A cultura é um fator importante para se compreender as sociedades
humanas e grupos sociais, já que ela pode ser entendida em seu sentido
histórico, como uma força localizada no íntimo de cada organização ou
sociedade, distinguindo a maneira de interagir, trabalhar e pensar entre os
indivíduos dela participante.
Compreende-se que a melhor maneira de pensar sobre cultura é
considerá-la como o conhecimento compartilhado e acumulado de um grupo,
envolvendo elementos cognitivos, emocionais e comportamentais da estrutura
psicológica do grupo.
A implementação bem sucedida de um sistema de Gestão do
Conhecimento organizacional, está diretamente relacionada com a análise crítica
da Cultura Organizacional existente.
Segundo Fleury (1991) O conceito da existência de uma determinada
cultura não significa aceitá-la como é, mas apenas compreendê-la antes de iniciar
as mudanças que poderão levar também as alterações culturais, se houver
necessidades de uma melhor adequação ás finalidades na sua ambientação
empresarial.
Para modificar a Cultura de uma empresa, é preciso motivar as
pessoas a buscar a aprendizagem continuada. Isto pressupõe que os indivíduos
dentro das organizações tenham liberdade para questionar e alterar suas práticas,
convicções e valores, ou seja, que a aprendizagem e inovação contínua sejam
valores básicos das organizações.
De acordo com Senger (1990), para essa motivação, é preciso
implantar o conceito de organização que aprende aquela que desenvolve uma
42
capacidade de mudar e se adaptar continuamente. Neste tipo de organização, as
pessoas desenvolvem capacidade de criar os resultados que realmente desejam,
onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a aspiração coletiva é
libertada e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo. Da
mesma forma que as pessoas, as organizações também aprendem, mesmo que
de certa forma inconsciente. O autor também defende que, para uma organização
se transformar de uma organização de controle para organização de
aprendizagem, é necessário ter: domínio pessoal, que possibilita continuamente
esclarecer e aprofundar nova visão pessoal; modelos mentais, o qual define que
muitas modificações administrativas não podem ser postas em práticas, por
serem conflitantes com modelos mentais Tácitos e poderosos; visão
compartilhada mostra que a empresa deve ter uma visão genuína para que as
pessoas dêem um melhor de si e adotem uma visão compartilhada, na qual
prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar de aceitação;
aprendizagem em equipe, onde a unidade de aprendizagem moderna é o grupo e
não o individuo e o pensamento sistêmico, é a ligação coerente entre a teoria e a
prática.
Existem diversos meios para que ocorra mudança dentro das
organizações, podendo ser: de forma gradativa, as pessoas vão adquirindo novos
conhecimentos que passam a ser distribuídos em suas atitudes, tornando seu
desempenho mais eficaz; mudança obrigatória, aquela que precisa substituir
atitudes antigas; inovadoras, aquelas que são fixadas ao comportamento através
de novos padrões adotados e dentre outros.
Conforme Chiavenato (2000) a empresa só irá ter mudança contínua,
se ela tiver: capacidade inovadora, ou seja, se ela tiver qualidade de se adaptar,
resolver e reagir aos problemas inconstantes internos ou externos da
organização; colaboradores comprometidos e compartilhamento dos objetivos da
organização; pleno conhecimento do meio ambiente a qual está inserido;
organização integrada e motivada. Para que essas mudanças ocorram e sejam
bem sucedidas, elas devem ser planejadas, a organização deve está integrada
com os seus colaboradores, devem ter um gestor preparados para dirigir seus
profissionais, ter uma gestão de pessoas de acordo com as tendências de
mercado, valorizar seus profissionais, manterem uma boa comunicação interna,
traçar metas realistas com a situação da organização, avaliar o desempenho para
43
identificar o que precisa ser melhorado e reconhecer o valor do trabalhador,
incentivar e conscientizar a importância da Gestão do Conhecimento para toda a
organização, pois a empresa não se desenvolve sozinha.
A Cultura Organizacional, conforme Angeloni (2008) precisa está
relacionada com a Gestão do Conhecimento, se tornando necessária, conhecer e
fomentar todo o processo de aprendizagem individual dentro da organização e
proporcionar às condições favoráveis a transformação da aprendizagem individual
em aprendizagem organizacional. É nessa parte que a Gestão do Conhecimento
passa a ser responsável, para garantir esse processo de aprendizagem continuo
e permanente.
A Gestão do conhecimento organizacional interfere na cultura
Organizacional a partir do momento que, se integra a gestão do conhecimento
dentro das organizações, muda a forma de pensar e de agir dos seus lideres, que
passam a ver a cultura inadequada ou não mais aplicável ao ambiente, quando se
compartilha conhecimento, as organizações passam a criar competências
exclusivas, que diferenciarão a organização no mercado em que compete,
passando a buscar um ambiente mais competitivo e cooperativo, ao mesmo
tempo, a gestão do conhecimento leva a um compartilhamento de idéias novas, a
um novo aprendizado sobre o qual se dará a absorção do conhecimento prático,
transformando a cultura da organização em conhecimento compartilhado, dividido
e multiplicado.
A mudança da cultura organizacional em busca de resultados é uma
questão de sobrevivência e desenvolvimento, necessitando de inovação e
revitalização, pois
o que faz uma empresa forte é o respeito mútuo interno, é ele que poderá gerar
respostas rápidas e eficientes. Se as diversidades forem integradas em torno de
um único compromisso, a empresa estará sempre pronta para administrar as
mudanças que forem necessárias.
44
3.2 - O IMPACTO DO PROGRAMA DE QUALIDADE
Segundo Wood Jr. 2004 embora nem sempre vistos com simpatia nos
meios acadêmicos, os programas de qualidade têm representado profundos
movimento de mudança nas organizações.
Nem sempre as implementações de programa de qualidade são bem
vindas para os colaboradores nas organizações, pois ela requer um excesso de
mudanças que são ocasionadas na determinada implementação.
Parece senso comum que, dentro das organizações, a
criação ou ampliação de áreas voltadas para programas de
qualidade-com grande foco nas questões comportamentais
e culturais – representa a apropriação da preocupação com
o fator humano pelas áreas produtivas. Embora não se
possa, pela ausência de dados disponíveis, estabelecerem
padrões, alguns fatores parecem estar presentes na
maioria dos casos, como:
- Valorização do fator humano como recurso vital para o
desempenho organizacional;
- Ocupação de espaços vazios pela função qualidade, no
tocante a mudanças na organização do trabalho e
interferência sobre elementos culturais;
- Disputa de espaço em alguns casos, colaboração em
outros, entre a função qualidade e a FRH. (Wood Jr. 2004,
p.275)
Os impactos na implementação do programa de qualidade nas
organizações podem ser positivos ou negativos às mudanças culturais, esses
impactos foram percebíveis ao longo da pesquisa. Segue alguns exemplos
abaixo:
• Positivos: melhoria continua da qualidade nas organizações,
aumento de produtividade e novos valores agregados.
45
• Negativos: resistência a mudanças, conflito entre áreas e
colaboradores e mudança comportamental das pessoas.
Quando uma empresa levanta a necessidade de implantar o programa
de qualidade ela está ciente que ocorreram mudanças no ambiente
organizacional, assim podendo acarretar conflitos entre as áreas e os
colaboradores. Tendo como conseqüência negativa da cultura organizacional de
criar barreiras às mudanças, já que a cultura brasileira mostra que os brasileiros
são cômodos e se apegam muito rápido á ociosidade.
Sabendo-se que o programa de qualidade 8S é trabalhar com a
educação do ser humano, e seu processo fundamental é a mudança de
comportamento das pessoas. Ao implantar o programa de qualidade 8S no Brasil,
o Professor José Abrantes teve uma serie de dificuldades em fazer adaptações de
forma que o programa se adequasse a alguns aspectos da cultura Brasileira.
No Brasil, existem dificuldades que se agravam cada vez mais, pois,
devido a problemas econômicos e estruturais (mão-de-obra abundante e não
qualificada, baixos níveis educacionais, etc...), uma estimável parcela de pessoas
ainda não conseguem seguir as inovações tecnológicas e os método
administrativos adotados nas organizações, tudo isso incorporado ao despreparo
de muitos executivos no gerenciamento e implementação destes programas.
Vale ressaltar que sem envolvimento dos colaboradores, sem que eles vistam a
camisa da qualidade, nenhum programa será duradouro.
"Os fatores de sucesso necessários á mudança seriam os
seguintes: reconhecimento da importância de se ter
consenso sobre a mudança; comunicação clara dos
objetivos e alterações a serem implementadas; esforço
especial no treinamento; dar tempo ao tempo e, finalmente,
encorajar a idéia da mudança como fator de adequação ao
meio". Deal e Kennedy (1982 apud Wood Jr. 2004, p. 26).
Mesmo com treinamento, os colaboradores podem resistir à
implementação ou vivenciar um longo período de aprendizado, que dificulta os
46
processos do programa para melhoria continua da empresa. Com isso os
colaboradores se tornam resistentes às mudanças.
Mudanças é o ato de variar ou de alterar modos
convencionais de pensamentos ou comportamentos. Nas
organizações, é um ímpeto importante e, ao mesmo tempo,
um produto primário dos esforços de DO, reformulando os
modos pelos quais as pessoas e grupos trabalham juntos.
Sempre que os gerentes tentam acionar alguma mudança,
podem esperar resistências, porque as pessoas tendem a
resistir àquilo que percebem como ameaça á maneira
estabelecida de fazer as coisas. Quanto mais intensa a
mudança, mais intensa tende a ser a resistência resultante.
(John p.376)
Mudar o comportamento das pessoas não é uma tarefa fácil e sim
árdua, pois requer tempo e compreensão de ambas as partes. Porém na pratica
as empresas não precisam se desesperar, tendo como solução o DO
(desenvolvimento organizacional), mesmo sendo um processo ao longo prazo.
Segundo Chiavenato 2004, p.380.
O DO muda atitudes, valores e crenças dos funcionários.
Para que eles próprios possam identificar e implementar as
mudanças sejam técnicas, procedurais, estruturais ou outras
necessárias para melhorar o funcionamento da organização.
Dentro de uma organização deve se acender, portanto um espaço para
discussão com os colaboradores e faze-los se sentirem parte funcional e
respeitável das mudanças dentro da mesma. Ou seja, transformações culturais
são complicadas e demoradas, porém tentativas de mudanças eficazes sem a
mudança da cultura, constantemente tropeçam, e demandam muito mais tempo
ou falham. Por outro lado, quando bem administradas, provém o contexto
adequado para a direção da estratégia da organização, e ajustar aos indivíduos
menor carga psíquica e conseqüentemente menor aflição.
47
CONCLUSÃO
Através da análise pude verificar que a cultura organizacional é um
fator importante na tomada de decisão e na aplicação de métodos eficazes na
busca de melhorias e na padronização dos serviços e produtos. Se tornando um
elemento fundamental do gerenciamento das organizações, sendo assim um fator
primordial para levar a qualidade dentro da empresa como liderança estratégica.
Levando a compreender que a Cultura Organizacional, juntamente com a Gestão
do Conhecimento se tornam evidente quando são visualizados no contexto da
Organização como um organismo vivo que se interagem entre si e que devem
está em harmonia para que haja o desenvolvimento amplo de todos os seus
setores.
O cliente sempre busca padrões em seus produtos e serviços, tais
como: excelência no atendimento, valor, se está em conformidade com o que foi
especificado conforme informado pelo fabricante ou fornecedor. Hoje devido o
mundo onde as informações devem percorrer com dinamismo no ambiente
corporativo, sempre se deve esta atento com que está ocorrendo ao seu redor,
mais especificamente se está satisfazendo todos os seus clientes, pois tudo o que
o cliente questiona serve de base para analisar mais detalhadamente todos os
processos de gerenciamento e se todos estão sendo aplicados da forma correta.
Uma grande ferramenta dentre as diversas que foram mostradas nos
capítulos anteriores, uma das mais utilizadas devido a sua aplicabilidade, que nos
fornece condições de desenvolver um processo de produção ou resolver, um
problema que possa ocorrer na produção de bens e serviços através de suas
etapas, mostrando passo a passo como deve ser feito, para alcançar o objetivo e
traçar melhoria contínua (Kaizen), e o PDCA que tem o intuito de fazer a
manutenção, melhorias e inovações constantemente. Essa ferramenta é utilizada
na produção de produtos e serviços, pois fornece meios para verificar seu
processo evolutivo. Na administração é essencial, pois a todo momento se pode
analisar todas as etapas do processo e se esta sendo executado de acordo com o
que foi planejado. As altas diretorias utilizam a Gestão da Qualidade Total como
um fator de competitividade junto a concorrência. Nesse estudo são mostradas as
técnicas da qualidade e suas aplicações, servindo de base para a tomada de
48
decisão. Seu ciclo com uma boa gestão de gerenciamento, nos fornece uma
vantagem competitiva pelo qual a empresa agrega valor ao produto, marca e
serviço, proporcionando um diferencial entre seu produto e os demais
concorrentes, nesse ciclo cada vez que ele girar significa que cada objetivo foi
alcançado e uma etapa foi cumprida, isso vai acontecer para cada fase do
processo. As empresas que adotam melhorias em todo o seu ambiente
organizacional como um todo, sempre conseguem atingir os seus objetivos,
agregando valor em todas as etapas do seu ciclo evolutivo.
O gerenciamento de processo deve ser aplicado de uma forma gradual,
obedecendo ao ritmo de cada seguimento seja em produtos ou serviços , o PDCA
é flexível e suscetível a mudança em qualquer um dos 4 processo do seu ciclo.
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