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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO EDESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UMA ANÁLISE SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA NAS PRIMEIRAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL Por: Geranilza Souza da Silva Orientador(a): Prof.ª Fabiane Muniz Borba/AM 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO EDESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

UMA ANÁLISE SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA NAS PRIMEIRAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por: Geranilza Souza da Silva

Orientador(a): Prof.ª Fabiane Muniz

Borba/AM 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

UMA ANÁLISE SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA NAS PRIMEIRAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Psicopedagogia

Por: Geranilza Souza da Silva

Borba/AM 2009

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AGRADECIMENTOS

A Deus que iluminou meus passos nesta caminhada, pois sem ele nada seria possível. A orientadora Fabiane Muniz, pois ,mesmo distante, conduziu o desenvolvimento deste trabalho acadêmico. Meus familiares que compreenderam e me incentivaram nos momentos mais difíceis desta jornada. E finalmente aos colegas pelos momentos vividos, na troca de experiências comuns.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a toda a minha família, em especial ao meu esposo que além do incentivo compartilhou comigo todos os momentos de tristezas e alegrias nesta etapa que está sendo vencida.

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RESUMO O baixo desempenho escolar dos alunos principalmente em Língua Portuguesa

e Matemática na Escola Estadual Monsenhor Coutinho no município de Borba,

abriu espaço para o seguinte questionamento: Na disciplina de Matemática, os

professores usam e articulam técnicas variadas de ensino, que levem ao aluno

a aprendizagem? Levando em consideração esta problemática houve a

necessidade em realizar esta pesquisa intitulada “Uma analise sobre o ensino

da Matemática nas primeiras series do ensino fundamental.” para verificar

como os professores trabalham o ensino da matemática. Uma vez que

acreditou-se que provavelmente as técnicas de ensino utilizadas pela maioria

dos professores na Escola Estadual Monsenhor Coutinho poderiam ainda ser

ineficientes para despertar a curiosidade e o interesse dos alunos e permitir

relacionar o conteúdo com coisas relevantes do dia-a-dia, refletindo

diretamente no desempenho escolar dos educandos. Portanto, para que se

fosse possível dar um direcionamento a este estudo traçou-se como objetivo

geral: Investigar se na disciplina de Matemática, os professores usam e

articulam técnicas variadas de ensino possibilitando ao aluno melhor

desempenho escolar. O tamanho da amostra foi de 06 (seis) professores que

trabalham com alunos das series iniciais na Escola. Nesta investigação os

dados foram coletados por meio de um instrumento totalmente estruturado e

aplicado face a face por um entrevistador, utilizando como instrumento de

coleta de dados questionários e o diário de campo do pesquisador. As técnicas

estatísticas utilizadas para o tratamento dos dados foram o qui - quadrado e a

estatística descritiva. Pôde-se verificar que são visíveis alguns problemas nas

técnicas de ensino dos professores que estão afetando diretamente na

aprendizagem dos alunos desta escola.

Palavras – chaves: Matemática. Ensino. Aprendizagem.

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METODOLOGIA

Este trabalho envolveu dois métodos de pesquisa: a exploratória e a

descritiva. Na fase conceitual se valeu conforme Mattar (1994); da pesquisa

exploratória, mais especificamente do método levantamento bibliográfico. Esta

teve como principal objetivo aumentar a compreensão da autora sobre última e

propiciar subsídios para o modelo e suas hipóteses.

Em uma segunda etapa, foi utilizada a pesquisa descritiva quantitativa

(BOYD E WESTFALL, 1987), que teve como foco principal a comprovação de

hipóteses para a amostra em questão.

Os sujeitos da pesquisa forma indivíduos adultos que sejam

professores dos alunos das primeiras series do ensino fundamental da escola

Estadual Monsenhor Coutinho

- Unidade amostral: igual aos elementos da pesquisa.

- Abrangência Geográfica: município de Borba

- Período de tempo: abril e junho de 2009(quando se realizou a

pesquisa de campo).

Em relação à seleção dos sujeitos pesquisados foram selecionados

pela técnica não probilística autogerada, uma vez que a população não estava

disponível para ser sorteada, pretende-se fazer uma pesquisa intencional com

todos os sujeitos envolvidos não probilística e não exige que se utilizem

formulas para encontrar o tamanho da amostra representativa do universo. O

tamanho da amostra foi de 06 (seis) professores que trabalham com alunos

das séries iniciais na Escola Estadual Monsenhor Coutinho.

Nesta investigação os dados foram coletados por meio de um

instrumento totalmente estruturado e aplicado face a face por um entrevistador,

utilizaremos como instrumento de coleta de dados questionários e o diário de

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campo do pesquisador. As técnicas estatísticas utilizadas para o tratamento

dos dados foram o qui - quadrado e a estatística descritiva. Os dados passaram

por um processo de seleção; codificação e de tabulação.

Uma vez feito isso; realizou-se um processo de analise, procurando se

estabelecer relações existentes entre o objeto de estudo e outros fatores, a fim

de conseguir respostas às indagações. Finalmente procurou-se realizar o

processo de interpretação e expôs o significado dos materiais apresentados do

acordo com os objetivos propostos do tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................09

CAPITULO I - Reflexões sobre o ensino da Matemática .................................11

CAPITULO II - As técnicas de ensino................................................................17

CAPITULO III - As contribuições do psicopedagogo para o ensino da

Matemática........................................................................................................28

CAPITULO IV - Apresentação da análise sobre o ensino da matemática na

escola estadual Monsenhor Coutinho................................................................32

CONCLUSÃO....................................................................................................37

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................40

ANEXOS............................................................................................................42

INDICE...............................................................................................................48

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INTRODUÇÃO

O baixo desempenho escolar dos alunos principalmente em Língua

Portuguesa e Matemática na Escola Estadual Monsenhor Coutinho no

município de Borba, abriu espaço para o seguinte questionamento: Na

disciplina de Matemática, os professores usam e articulam técnicas variadas de

ensino? Esta preocupação surgiu porque, se sabe que alguns de nossos

alunos aprendem mesmo mal ensinados. Porém outros, mesmo bem

ensinados, fracassam quando o seu professor não domina a didática.

No caso da matemática é muito claro, que as crianças têm necessidade

de assimilar aquilo que pedimos que eles façam. Então se o professor vê o

aluno errar sem entender o percurso que está sendo trilhado, todo trabalho se

perde e não funciona.

Levando em consideração esta problemática realizou-se uma pesquisa

intitulada “Uma analise sobre o ensino da Matemática nas primeiras series do

ensino fundamental.” para verificar como os professores trabalham o ensino da

matemática. Uma vez que se acreditou que provavelmente as técnicas de

ensino utilizadas pela maioria dos professores na Escola Estadual Monsenhor

Coutinho poderão ainda ser ineficientes para despertar a curiosidade e o

interesse dos alunos e permitir relacionar o conteúdo com coisas relevantes do

dia-a-dia, o que poderia está refletindo diretamente no desempenho escolar

dos educandos.

Portanto para que se fosse possível dar um direcionamento a este

estudo, traçou-se como objetivo geral: Investigar se na disciplina de

Matemática, os professores usam e articulam técnicas variadas de ensino

possibilitando ao aluno melhor desempenho escolar. Pretenderemos neste

sentido, no decorrer desta pesquisa:

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• Pesquisar como se ensina matemática no ensino fundamental,

identificando diferentes propostas de organização de atividades de

ensino.

• Verificar as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores para

trabalhar o ensino da matemática nas primeiras séries do ensino da

fundamental

• Propor alternativas quanto ao ensino da Matemática aos

educadores a partir das contribuições da psicopedagogia.

Sendo assim, o presente estudo não pretende apenas fazer um estudo

de campo sobre o tema como também possibilitar os professores refletir a sua

didática em sala de aula e permitir prever formas mais eficientes de trabalhar

os conteúdos desta disciplina.

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CAPITULO I

REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMATICA

1.1 O ensino da Matemática

Surgiram diversas propostas pedagógicas no decorrer da História para

o ensino da Matemática, com o intuito de amenizar as falhas no processo de

formação do professor, melhorar o ensino e aprendizagem dos alunos,

buscando propor a estes um ensino de Matemática diferenciado, com

significados e com utilidades. Para tanto, faz-se necessário o estudo e o

acompanhamento efetivo daquilo que vem sendo apresentado em sala de aula,

sendo, a partir daí repensado a ação educativa.

A Educação é um universo muito complexo e é preciso

enxergá-la como um grande sistema. Se o ministro comete erros de

definição das políticas se não existem objetivos claros e se não há

recursos adequados para a formação inicial e continuada, é ridículo

responsabilizar o educador individualmente . A responsabilidade pelo

fracasso é o sistema. A questão principal é que a educação das

crianças e a formação os adultos são considerados custo, e não

investimentos. (VERGNAUD,2008)

A matemática deve ser entendida como uma disciplina em que o

avanço acontece como conseqüência do processo de investigação e resolução

de problemas, motivo pelos quais os professores devem buscar maneiras de

usar, em sala de aula, o conhecimento cotidiano de seus alunos. “O problema é

que a escola valoriza demais os símbolos, pouco a realidade”

(VERGNAUD,2008, p.36)

A contextualização é e continua sendo uma excelente ferramenta para

o professor de Matemática apresentar essa disciplina de forma mais utilitária e

menos formal, oportunizando o aluno a participação no processo de construção

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do ensino da Matemática e vê-la como ciência acessível e de fácil

entendimento.

Diversas são as propostas que trabalham com a questão de como

ensinar Matemática. Porem é importante optar por propostas que coloque o

aluno como centro do processo educacional, enfatizando como ser ativo no

processo de construção do seu conhecimento. Nessas propostas o professor

passa a ter um papel de orientador e facilitador nas atividades dirigidas aos

alunos por elas realizadas. (D’AMBROSIO,1993).

Nas propostas centralizadas na figura do aluno, destaca-se o uso de

recursos que contribuem no processo de ensino e aprendizagem, tais como:

resolução de problemas, técnicas pedagógicas, historia da Matemática, jogos,

revistas, vídeos, computadores e outros materiais , que podem tornar as aulas

mais dinâmicas e interessantes.

Não basta uma boa intenção de ensinar, é preciso que se estabeleça

uma relação maior entre o professor e aluno. Para que haja uma mudança no

processo ensino da Matemática, faz-se necessário provocar mudanças

baseadas em pesquisas e informações atualizadas nas mais diversas áreas do

conhecimento.

Uma das características básicas notáveis da Matemática é sua

especificidade e sua aplicabilidade. O importante é que essas especificidades

sejam reconhecidas e valorizadas. Assim, por exemplo, a Matemática não é

apenas um conjunto de algoritmos formais e informais para resolver problemas

práticos. É necessário perguntar por que esses algoritmos funcionam, quais os

limites desse funcionamento, com se inter – relacionam, como podem ser

generalizados. Isso do ponto de vista do saber Matemático descontextualizado.

Se contextualizado seria necessário entender como se chegou o algoritmo, a

razão de sua escolha , os métodos formais e informais de sua transmissão, isto

é investigar sua ocorrência simultânea ou não em vários contextos culturais.

(CARVALHO, 1991)

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1.2 O professor e a Matemática

Uma característica muito importante na atividade do professor de

Matemática é a criatividade. Parece haver uma exigência maior de criatividade

em certas profissões que oferecem um contato freqüente com um mesmo

público. Por outro lado, não se pode inventar demais, sob pena de perda de

identidade e objetividade do que está querendo desenvolver. Saber combinar

certa dose de repetição com uma contínua arte de inovar é um dos grandes

segredos do sucesso em tarefas que lidam continuamente com um mesmo

público.

A profissão de professor supõe um contato rotineiro com um

determinado grupo de pessoas: os alunos. O professor convive com uma

classe, às vezes, mais tempo que pessoas das famílias dos alunos. É

importante descobrir a chave de ser constante e repetir continuamente certas

práticas de sucesso, ao mesmo tempo em que se inova, de vez em quando.

Quando em sala, para mais uma aula, o professor tem a atenção de

uma quantidade de pessoas diferentes, com olhares distintos. Todos os olhares

recaem sobre ele, na esperança de que apresente uma novidade.

No que se refere à percepção que os alunos tem dos professores,

pode-se dizer que, em geral, os alunos reparam em tudo o que aprendem e

até no que o professor não gostaria que transparecesse. Portanto não há o que

fazer, senão deixar-se conhecer pelos alunos.

O sujeito da educação deve deixar de ser encarado como

puramente racional. Ele é um individuo que se divide em três partes:

razão, emoção e corpo. Essa forma diferente de pensar muda

completamente à maneira de pensar, que até agora está sendo

condutivista – ou seja, baseado na idéia estimulo resposta: crença

que bastava que o professor explicasse a matéria para que todos

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aprendessem. Isso fracassou o que se observa, em geral é uma

desmotivação fenomenal nas crianças. É preciso por ênfase em

outros aspectos o principal dele a que chamo de conectividade - é a

competência que o professor tem para escutar seu aluno, aceitá-lo

sem preconceito e vê-lo como um ser humano. (CASASSUS,

2008, p.2008)

É preciso crescer por dentro para que os alunos percebam que se têm

novidades. Não adianta enganar, fazer de conta que agora é tudo diferente. A

criatividade tem que vir de dentro, e para ser criativo tem que ser diferente. É

preciso também uma grande dose de estudo e de cultura profissional.

Pode-se dizer que com maior cultura e conhecimento na área, com

mais recursos previamente armazenados o professor pode ficar mais tranqüilo

e na hora da aula essa preparação remota pode dar espaço a uma maior

criatividade. Ou seja, como o trabalho já foi antecipado e planejado, preparado

quando chegar na hora de encontrar os alunos as coisas fluem e abre-se

espaço para a espontaneidade.

Além do saber Matemático, o professor deve conhecer a historia da

Matemática, deve usar computadores de ensino, usar e criar materiais

diversos, conhecer aplicações da Matemática, problemas interessantes e não-

rotineiros, jogos e curiosidades, entre outros.

Os obstáculos encontrados, na tentativa de ensinar Matemática de

uma maneira mais prazerosa, não deve desanimar ninguém, muito pelo

contrário , poderão auxiliar na superação das dificuldades de aprendizagem e

sem duvida , auxiliar na abordagem dos temas a serem trabalhados com os

alunos.

Importante contribuição aos professores de Matemática que sejam

melhorar sua pratica de ensino são os Dez Mandamentos para Professores, de

George Polya, e alguns comentários do professor Lages Lima. Os dez

mandamentos para os professores são:

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1 Tenha interesse por sua matéria

2 Conheça a sua matéria;

3 Procure ler o semblante de seus alunos; procure enxergar as suas

expectativas e suas dificuldades; ponha-se no lugar deles; compreenda

que a melhor maneira de aprender é descobri-la você mesmo;

4 Compreenda que a melhor maneira de compreender alguma coisa é

descobri-la você mesmo.

5 Dê aos seus alunos não apenas informação, mas know-how, atitudes

mentais, o habito do trabalho metódico.

6 Faça-os aprender e dar palpites;

7 Faça-os aprender e demonstrar;

8 Busque no problema que está abordando, aspectos que podem ser úteis

nos problemas que virão, procure descobrir o modelo geral que está por

trás da presente situação concreta;

9 Não desvende o segredo de uma vez, deixem os alunos dar palpites

antes, deixe-os descobrir por si próprios , na medida do possível ;

10 Sugira, não os faça engolir a força.

Para Taffarel (1993), Silva (2002), Lacks (2004) e Santos Júnior

(2005), as saídas para um novo projeto de formação humana prevêem: a

reconceptualização da Prática e sua mediação dinâmica com a Teoria; o

trabalho pedagógico como base da formação em toda a trajetória do curso; o

redimensionamento das áreas de conhecimento a partir de categorias da

Práxis; a pesquisa como síntese entre conhecimento e trabalho pedagógico; a

definição coletiva de parâmetros teóricos metodológicos e de construção da

unidade metodológica que supere a atual divisão social do trabalho alienado

expressa no interior dos cursos de formação de professores; e a História como

matriz científica na formação de professores. O materialismo histórico aponta,

portanto, para compreender a formação como processo no qual o homem,

enquanto sujeito histórico forma-se, transforma-se e transforma o concreto.

Compreende-se que o homem se forma à medida que se apropria de

ferramentas de análise, ao passo em que apreende o movimento do real pelo

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pensamento, tornando-se “concreto pensado”, e apontando para um projeto

histórico de matiz socialista (MESZÁROS, 2005).

As evidências demonstram que o trabalho educativo é o ato de

produzir, de forma direta e intencional, em cada indivíduo, a humanidade que o

homem constrói no processo histórico de trabalho que lhe garante a própria

vida (SAVIANI, 2006).

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CAPITULO II

AS TÉCNICAS DE ENSINO

2.1Técnicas

A Matemática que levamos para a sala de aula somente “funciona” se

for significativa para os alunos. Uma maneira de mostrar o significado do que

ensinamos é apresentar algum tipo de aplicação embora não seja a única

maneira de fazê-lo.

Ter significado é muito mais do que ter aplicações imediatas na

verdade, as situações que enfrentamos, com conseqüências muito mais

complexas do que os simples e precisos exercícios de Matemática

apresentados a nossos alunos. Porém, tais exercícios constituem situações

elementares por meios das quais praticamos a capacidade de articular dados

e tirar conclusões. Nesse sentido são importantes na formação pessoal pela

instrumentalização para a vida em sociedade.

É fácil convencer os alunos obre o significado da Matemática, sobre a

sua importância como ferramenta para a ciência, a tecnologia, a engenharia, a

indústria, a economia e etc.; contudo, esbarramos em dificuldades quando

temos de explicar o significado de temas específicos: para que aprender

logaritmos, ou geométricos, ou geometria, ou qualquer outro tema? Ainda que

se possa pensar na existência de significados particulares para que cada um

dos temas relacionados, não funciona, em sala de aula, essa preocupação

tópica com cada microassunto a ser ensinado.

Devemos, sim, procurar convencer nossos alunos do

macrossignificado da matemática como instrumento. Uma faca, por exemplo, e

um instrumento que serve para cortar. O significado do cabo é possibilitar que

seguremos a faca para que ela realize a sua função, para que seja útil. Alem do

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cabo, digamos que haja um ou mais parafusos prendendo o cabo à lamina.

Eles também fazem parte do instrumento e devem ser ensinados. Os parafusos

nada cortam, mas sem eles o cabo não se fixa a lamina, e a faca não funciona.

Muito conteúdo de matemática são como laminas. Se queremos dispor do

instrumento matemático, indiscutivelmente útil, para muitas facilidades praticas,

precisamos aprender não só sobre cabos que lhe dão suporte e discretos

parafusos coadjuvantes.

A didática nada mais é do que construir provocações adequadas para

que os alunos aprendam, mas esta construção de provocações adequadas, por

sua vez, repousa no conhecimento da forma como se enraízam, alunos fazem

a respeito de um determinado conhecimento. Porem este cotidiano não é um

cotidiano superficial, explicito, Então, esta inserção no cotidiano é uma coisa

muito mais profunda do que imaginar que eu vou ao encontro dos interesses

imediatos, manifestos, se precisa ver quais são as idéias que os alunos

incorporam, a partir do cotidiano, como esquema de pensamento é o motor das

aprendizagens, e não as formulações já acabadas. Em matemática acontece à

mesma coisa: os alunos não esperam o professor na frente deles para começar

a pensar logicamente, Porque a matemática é a ciência da lógica das relações,

que tem parte grande na aritmética, nos números, mas não estabelecem

relações e as relações são a fonte das construções cognitivas/conceituais. E o

interessante é que, a parte do cotidiano, a gente descobre que a didática da

matemática não tem que partir da divisão. Porque no cotidiano o problema

matemático primeiro, que uma criança enfrenta é o da divisão. Se ela tem três

balas e ganha mais uma, não tem nenhum problema matemático a resolver.

Mas ela tem três balas e a mãe diz: “reparte com o teu irmão”, ai, sim, está o

problema. Como repartir três para dois? Nós estamos trabalhando nesta linha e

vemos realmente que encanta as crianças, mesmo de escola infantil., propor

problemas bem concretos de divisão as crianças abraçam com enorme

interesse, por que aquilo vai ao cotidiano.

Piaget aconselha que a questão das estratégias possa ser resumida

na relação entre escolhas, ganhos e perdas e zona de interesse (1974).

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Portanto as técnicas de ensino, quando bem aplicadas, podem trazer

resultados surpreendentes.

No entanto, é preciso que o professor não se condicione ao caráter

mecanicista da técnica, escolhida, mas sim, que leve em conta a objetividade e

a cientificidade que ela oferece. As técnicas são recursos didáticos utilizados

com o objetivo principal de proporcionar ao aluno uma aprendizagem eficaz.

Contribui tanto para o aperfeiçoamento geral quanto grupal. Macedo ressalta

que quando prepara a sua aula o professor deve escolher os melhores meios

ou recursos para ensinar. Para isso poder definir seus objetivos conhecimentos

e. assim poder calcular o que se ganha ou se perde ao usar esta ou aquela

metodologia ou recurso de ensino. (2008)

Segundo Celso Antunes (2002), as técnicas pedagógicas utilizam o

método heurístico, que se apóia em três princípios básicos:

• O conhecimento é obtido através de fatos e experiências;

• O conhecimento não deve contradizer experiências e fatos

comprovados;

• Um conhecimento se justifica quando parte de experiência é

evidenciada por outro conhecimento.

O autor afirma que ainda que:

Existem algumas técnicas especificas para o

conhecimento, outras para avaliação e algumas para investigação;

ainda que, na maior parte das vezes, a mesma técnica de avaliação

fixe informações cientificas e, como decorrência natural, instigue e

participe a investigar outros fatos. (ANTUNES, 2002, p. 19).

As técnicas pedagógicas devem alterna-se com aulas expositivas e

ser aplicadas sempre que houver necessidade de fixação de algum conteúdo.

Não existe limitações materiais para o emprego de qual quer técnica. As

técnicas constituem extraordinário instrumento de motivação, uma vez que se

transformam o conhecimento a ser assimilado em um recurso de ludicidade e

em sadia competitividade. (ANTUNES, 2002, p. 19)

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2.2 Jogos ludo pedagógicos

Os jogos valiosos são os que despertam o interesse e envolvem

progressos expressivos no desempenho dos participantes. O jogo em seu

sentido integral é o mais eficiente estimulador das inteligências, pois através do

espaço do jogo, a criança realiza tudo quanto deseja.

Adequação entre os adultos e a criança produz afetações

recíprocas e todos os jogos usados para estimular suas múltiplas

inteligências somente ganham validade quando centradas no próprio

individuo... (ANTUNES, 1998, p.16)

O uso de jogos, como um recurso didático, também é uma alternativa

pedagógica para contribuir com o ensino da matemática. A criança que

freqüenta uma escola tem a oportunidade de relacionar-se com as crianças da

mesma idade, conviver com os professores, até, de um contato com objetos e

materiais que promovem o desenvolvimento do raciocínio. Esta troca de

experiências entre crianças e professores as estimula a quererem a descobrir

sempre mais.

Os jogos neste contexto, ultimamente, vêm ganhando espaço dentro

de nossas escolas, numa tentativa de trazer o lúdico para dentro da sala de

aula. A pretensão da maioria dos professores com a sua utilização é tornar as

aulas mais agradáveis no intuito de fazer com que a aprendizagem torne-se

algo fascinante. Alem disso, as atividades lúcidas podem ser consideradas

como uma estratégia que estimula o raciocínio, levando o aluno a enfrentar

situações conflitantes relacionadas com seu cotidiano. (LARA, 2003, p. 21)

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PNCs):

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam

situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a

pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas

passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analógicas,

tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções,

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capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações.

(BRASIL, 1998, p.35)

Outra importância dos jogos é a de possibilitar a inter-relação dos

conteúdos matemáticos, de modo que o aluno passe a perceber uma

Matemática não fragmentada, que apresente relações também com as outras

disciplinas.

Segundo Kamii (2003a), as crianças são mais ativas enquanto jogam o

que escolhem, do que quando preenchem listas de exercícios. Apesar de

algumas gostarem de fazê-lo, que aprendem com isso é o que vem da

professora, e que matemática é um conjunto misterioso de regras que vem de

fontes extremas ao seu pensamento.

Os jogos e as novas tecnologias já foram incorporados em várias

escolas, muitas vezes, de uma forma a crítica. Os PNCs propõe que o

professor analise como esses instrumentos estão sendo usados. O ponto

central é a mudança de atitude do professor. Se este não muda, de nada

adiantam os recursos mais sofisticados.

Podem-se usar jogos para discutir a pluralidade cultural. Exemplo: os

indianos inventaram o sistema numérico, que utilizamos hoje, por meio de um

jogo. Eles jogavam pedrinhas em um quadrado até chegar ao nove na décima

pedrinha, o quadrado já estava muito lotado e eles substituíam as dez por uma

pedra numa casa ao lado, à esquerda. Assim, o dez significava uma pedrinha à

esquerda e nenhuma à direita; o onze era uma pedrinha à esquerda e uma à

direita; e assim por diante.

Os problemas em forma de jogos são muito bem-vindos. Segundo os

elaboradores dos Parâmetros Curriculares de área de Matemática, os jogos

devem ser valorizados porque com eles a criança aprende que precisa ter

agilidade, aprende a antecipar e coordenar situações, usar estratégias e

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trabalhar com a memória, utilizando sua capacidade de concentração e de

abstração.

Alguns professores acreditam que incluir jogos nos planejamentos é

perda de tempo para eles, escola é lugar de trabalho, entendendo como

trabalho o ato de preencher inúmeras folhas de exercícios sem considerar o

interesse dos alunos por esse tipo de atividade. No entanto, está na hora de

mudar e buscar alternativas que proporcionem aos alunos um aprendizado de

qualidade.

Piaget afirmou que a interação social é indispensável para que a

criança desenvolva a lógica. Por volta dos 7 ou 8 anos, as crianças têm

condições de enxergar o outro e trocar idéias com ele. Essa interação

proporciona o confronto de pontos de vista diferentes e exige que a criança use

a lógica para defender suas idéias, desenvolvendo seu poder de argumentação

e de re-elaboração de conceitos a partir da interferência do outro. E esse

caminho que leva ao desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, o jogo

representa uma estratégia de trabalho precioso.

Nos jogos, os alunos são desafiados constantemente por problemas

que lhes são significados. São estimulados a pensar rápido e a traçar inúmeras

estratégias para conseguir atingir seus objetivos. A troca de opiniões que o

jogo favorece é de extrema importância para o desenvolvimento de um

pensamento mais lógico e coerente. Os alunos testam a lógicas dos

conhecimentos adquiridos e são obrigados a organizar falas coerentes para se

fazer entender pelos outros.

Também nos jogos, os conteúdos matemáticos estão presentes e

desperta a curiosidade dos alunos, que precisam discutir e argumentar sobre

as respostas encontradas, decidir se está correto ou não, verificar os motivos

dos seus erros e corrigi-los com o apoio do grupo. Nesse momento, os alunos

têm a oportunidade de serem mais ativos e de se supervisionarem

mutuamente, desenvolvendo a sua autonomia.

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23

Logo se pode afirmar que o jogo matemático é de suma importância

para que a criança construa seus conhecimentos matemáticos, uma vez que,

estimula a criança a participar, a emitir opiniões, ao mesmo tempo, a encoraja

a usar uma variedade de habilidades, como classificação, seriação,

levantamento de hipóteses, interpretação e formulação de problemas.

2.3 Resolução de problemas

O ensino da Matemática avança apoiado em pesquisas didáticas na

área. O professor já tem disponíveis atividades cientificamente reconhecidas

em diferentes blocos de conteúdo. No centro dos estudos aparece a resolução

de problemas. Cada vez mais pesquisadores reforçam a idéia de que a

disciplina não pode ser reduzida a um conjunto de procedimentos mecânicos e

repetitivos. Hoje a base das aulas está em levar a turma a construir diversos

caminhos para chegar aos resultados. Interessante que nesse processo haja

registro, discussões e explicações sobre os caminhos encontrados.

Na década de 80, os matemáticos chegaram a conclusão de que o

essencial na matemática é a resolução de problemas. A Matemática, como

ciência, evoluiu a partir da solução de problemas reais. Por exemplo, os

egípcios desenvolveram a Geometria e as unidades de medidas porque

precisavam desses elementos para medir as cheias do rio Nilo, que foram

essenciais para a agricultura.

No ensino trágico da Matemática, parte-se das definições e exercita-se

o calculo. A proposta dos PCNs é inversa: extrair os conceitos a partir da

resolução do problema. Assim, a criança vê significado no aprendizado. Além

disso, a construção da Matemática por meio da resolução de problemas

exercita algumas estratégias de aprendizagem, como a instituição, a tentativa

de erro, e a validação. No entanto, não são quaisquer problemas, mas sim,

aqueles em que o aluno tenha de construir uma solução: e que esta solução

não esteja pronta de antemão.

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24

No Brasil, em varias diretrizes sugeridas para o ensino de Matemática

no Ensino Fundamental, aparece à resolução de problemas como metodologia

preferencial.

Nos parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a resolução de

problemas é colocado como ponto de partida da atividade matemática, que

deve atender alguns princípios, tais com:

- conceitos, idéias e métodos matemáticos devem ser desenvolvidos

através da exploração de problemas;

- só há problemas se o aluno é levado a construir conceitos

aproximativos, estabelecer relações, fazer transferências retificações;

- o aluno não constrói um conceito para resolver um problema, mas

constrói um conjunto de conceitos que tomam sentido num campo de

problemas.

Para que o aluno desenvolva a capacidade de resolver problemas em

diferentes situações, com confiança, a atuação do professor é fundamental.

Para isso ele deve assumir o papel de:

- organizador da aprendizagem – escolher problemas que possibilitem

a construção de conceitos, tendo em vista os objetivos a que se propõe;

- consultor – não expondo os conteúdos, mas fornecendo informações

necessárias;

- mediador – debatendo os resultados e métodos, ajudando a fazer

reformulações.

Para que o aluno se estimule em relação aos obstáculos que podem

ocorrer na relação de problemas, é importante que o professor tome alguns

cuidados: iniciar com problema que surjam das situações escolares e

experiências cotidianas para, aos poucos, ir tornando-os mais complexos;

estimular o trabalho em grupo; prover a sala com matérias concretas;

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25

Desenvolver a persistências; estimular o espírito de pesquisa, vendo o

erro como busca de nova alternativa; dar oportunidades a todos os alunos de

serem bem sucedidos; deixar os alunos criarem seus próprios problemas; usar

perguntas para localizar a atenção nas informações mais pertinentes;

desenvolver o espírito de cooperação e a capacidade de comunicação e dar

tempo ao aluno. Com esse cuidado, a chance de sucesso do aluno na

resolução de problemas aumenta, fazendo com que a sua auto-estima se

mantenha em alta e lhe dê suporte para enfrentar novos desafios.

A Matemática desempenha um papel muito importante na vida do

cidadão, pois os números fazem parte do cotidiano de todo o ser humano.

Presente no dia-a-dia, a Matemática ajuda resolver uma série de problemas,

calcular o numero de cartuchos de vídeo game, contar os dias para chegar às

férias, calcular as medias das notas, contarem os números de camisas, e entre

outros.

De um modo geral, embora ciente da necessidade de aprender

matemática, os alunos relutam quando o professor diz que irá passar um

problema.

Frases como estas são comuns em todas as escolas. A palavra

problema é um problema para os alunos. O que o professor pode fazer para

minimizar este problema?

Muitos professores utilizam a resolução de problemas como extensão

de um conteúdo ou para avaliar a aprendizagem dos alunos.

Entretanto, a resolução de problemas deve ser o ponto de partida,

assim como deve ser o Parâmetro Curricular Nacional, fato historicamente

observado, uma vez que a Matemática faz parte da vida diária do homem,

tendo como exemplos notáveis a divisão de terra, os problemas de navegação.

Ressalta-se, ainda, que, na atualidade, é fundamental a resolução de

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problemas no ensino da Matemática, em qualquer nível, contextualizado e

inter-relacionado com outra disciplina visando a formação do cidadão.

A resolução de problemas não e uma atividade para ser desenvolvida

em paralelo ou como aplicação de atividades, mas uma orientação para a

aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se podem se aprender

conceitos, procedimentos e problemas matemáticos.

Ao afirmar que a resolução de problemas deve ser introduzida “em

qualquer nível” surge a dúvida: Podem-se resolver problemas na educação

infantil? Não está sendo introduzida precocemente? Não será melhor encenar

a desenhar e pintar figuras, desenvolver coordenação motora e estabelecer

relação entre objetos e números? Será que não estão exigindo de mais das

crianças que ainda estão aprendendo a pegar no lápis?

Para Bruner, a motivação e a manifestação de interesse são

despertadas pelo conteúdo e pela maneira como esse conteúdo é apresentado

pelo professor. Ele pressupõe que o desejo de conhecer seja inato nos

amimais, inclusive no homem.

O professor de educação infantil não precisa necessariamente

apresentar problemas de matemática, poderá utilizar as figuras ou quadro e

comparar, aproveitar o trabalho em grupo e contar quantas pessoas há em

cada grupo, colocar as crianças em filas em ordem crescente ou decrescente,

formar rodinhas, jogar futebol, criar alguma situação em que os alunos possam

discutir para chegarem a solução.

Segundo Kamili,(2003, p.47).”as negociações em situações de conflito

são particularmente boas para desenvolver a mobilidade e coerência do

pensamento.”Explicando que, caso duas crianças briguem por causa de um

mesmo objeto, o professor pode sugerir que o guardará na prateleira e, quando

as duas chegarem a uma decisão, devolverá. As crianças envolvidas e

algumas que assistem, certamente, refletirão sobre o assunto. Portanto, ela

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considera que a criança que é encorajada a tomar decisões por si mesmas

constrói os conceitos matemáticos da mesma forma que constrói as relações

seqüenciais, na vida cotidiana..

Outra grande aliada para a aplicação da resolução de problemas é a

interdisciplinaridade, alem de enriquecer a aula, propicia situações facilitadoras

para trabalhar a resoluções de problemas. Quando as crianças ainda não

sabem ler, o professor deve ler o problema, mas fazer a leitura normal, sem

enfatizar nem uma palavra; deve fazer indagações, estimular a curiosidade e a

imaginação, induzindo a criança a pensar. A resolução de problemas nesta

fase requer um cuidado maior do professor, pois cabe a ele criar polêmica,

formular questões, incitar os questionamentos e, sempre que possível, usar as

perguntas dos alunos para verificar à possibilidade de interligar o conteúdo a

forma, a enquadrá-lo nos objetivos a serem alcançados.

Os professores devem ter claro que as idéias e os procedimentos

matemáticos que as crianças desenvolvem na infância apóiam a matemática

que elas estudarão mais tarde e os primeiros anos escolares podem

desenvolver atitudes em relação a matemática, fazendo-as acreditar em sua

capacidade de aprender. Assim é a resolução de problemas, pois o

desenvolvimento de uma atitude positiva para enfrentar e resolver situações-

problema influenciará o sucesso futuro das crianças nessa atividade.

Em síntese, os educadores matemáticos querem “descomplicar” o

ensino da disciplina, valorizando o uso social da Matemática, ou Matemática do

dia-a-dia, ou ainda, a Matemática com significado.

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CAPITULO III

AS CONTRIBUIÇÕES DO PSICOPEDAGOGO

PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA

A escola, como organismo social, tem sido reprodutora. Acreditá-la

como neutra é isentar-se da responsabilidade de sua função social. Atuar com

responsabilidade social é propiciar condições, preparando e instrumentalizando

os alunos, para que participem e atuem no processo de transformação da

sociedade.

Contribuir para a formação do cidadão implica pressupor que o homem

conforme Severino, “...é efetivamente cidadão, se pode efetivamente usufruir

dos bens materiais necessários para a sustentação de sua existência subjetiva

e dos bens políticos necessários para a sustentação de sua consciência

social”.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional consolida e amplia o

dever do poder publico como o ensino fundamental. Pelo artigo 22, a educação

básica deve assegurar a todos “ a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores”

A fim de atingir o objetivo maior, qual seja de propiciar a todos a

formação básica para a cidadania, cabe a escola de acordo com o artigo 32

da LDB, a criação de condições de aprendizagem:

I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo

como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e dos

cálculos;

II – A compreensão do ambiente natural e social, do

sistema político , da tecnologia ,das artes e dos valores em que se

fundamenta a sociedade;

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III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a

formação de atitudes e valores;

IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de

solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta

a vida social.

No âmbito escolar no que se refere à Educação Matemática, vista

como linguagem capaz de traduzir a realidade, estabelecer suas diferentes

nuanças e implicações. O desafio proposto aos psicopedagogos demanda uma

nova concepção do que seja Matemática, pois este é fator determinante nas

ações metodológicas subseqüentes. Dizem os Parâmetros Curriculares

Nacionais que, numa reflexão do ensino da Matemática é de fundamental

importância ao professor:

• Identificar as principais características dessa ciência,

de seus métodos, de suas ramificações e

aplicações;

• Conhecer a historia da vida dos alunos,sua vivencia

de aprendizagem fundamentais , seus

conhecimentos informais sobre um dado assunto,

suas condições sociológicas, psicológicas e

culturais;

• Ter clareza de suas próprias concepções sobre a

Matemática, uma vez que a pratica em sala de aula,

as escolhas pedagógicas, a definição dos objetivos e

conteúdos de ensino formas de avaliação estão

intimamente ligadas a essas concepções.

Isto por que, segundo D’ Ambrosio, a Matemática tem sido concebida

e tratada pelos professores como um conhecimento congelado, criando

barreiras entre educando e o objeto de estudo por não possuir a dinâmica do

mundo no qual o mesmo está inserido.

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Quanto a este grande problema, o criador da Etnomatemática ainda

nos dá sugestões quanto aos procedimentos a serem seguidos, quando afirma

que devemos buscar a história da Matemática o que ela sempre foi: uma

representação do ambiente em que vivemos, dos problemas que encontramos,

enfim de tudo que de algum modo provoque uma necessidade de reflexão

maior. É o homem criando símbolos, códigos, matematizando.

De acordo com esse mesmo autor:

Você não começa ensinar a criança a falar ensinando

primeiro a ler e a escrever. Matemática é a mesma coisa. Você tem

que deixar a criança falar Matemática, viver Matemática e, depois,

entrar em processo de por em ordem, de dar uma estrutura, de

formalizar.

Cabe ao docente compreender a incorporar o que é educar,

contribuindo para construção da cidadania, comprometer-se, oferecendo aos

alunos a instrumentalização necessária para que possam intervir na sua

própria realidade, transformando-a.

• Posicionar-se em relação às questões sociais e

interpretar a tarefa educativa como uma intervenção na realidade no

momento presente;

• Não tratar os valores apenas como conceitos ideais;

• Incluir uma perspectiva no ensino dos conteúdos das

áreas de conhecimentos escolar.

Por outro lado, quanto à instrumentalização do educando, os PCNs

orientam que:

O ensino da Matemática prestará sua contribuição na

medida em que foram exploradas metodologias que priorizem a

criação de estratégias, a comprovação, a justificativa à criatividade, o

trabalho coletivo, a iniciativa pessoal e a autonomia advinda do

desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e

enfrentar desafios.

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Direcionar a investigação psicopedagogica para a área institucional e

coletiva quanto ao ensino da Matemática, leva-nos a compreender melhor a

qualidade das relações que se estabelecem entre os diferentes papeis e as

diferentes pessoas que atuam na instituição e influencia sobre a

aprendizagem.. Seria neste contexto a atuação do psicopedagogo: criar,

organizar e direciona-las permanentemente de como vem sendo ministrado o

ensino da matemática em nossas salas de aula.

Assim sendo, a instituição escolar sendo um espaço de construção do

conhecimento para todos os que ali estão, fica claro que, nela, a investigação e

a ação psicopegógica terão como foco a prevenção das dificuldades, inclusive

para o ensino da Matemática. Na prevenção está inserida a construção dos

relacionamentos saudáveis da instituição para que o contexto escolar se volte

para os aspectos sadios de aprendizagem e do conhecimento.

A ação Psicopedagógica Institucional busca

fundamentalmente, auxiliar o resgate da identidade da instituição

como saber e, portanto com a possibilidade de aprender. A reflexão

sobre o individual e o coletivo traz a possibilidade da tomada de

consciência e da inovação através da criação de novos espaços de

relação com a aprendizagem. (ESCOTT, 2001)

Espera-se com este trabalho que a atuação psicopedagógica mostre

caminhos para os passos necessários ao trabalho com crianças que

apresentam barreiras quanto ao ensino da Matemática, pois à psicopedagogia

procura reconhecer as capacidades da criança com objetivo de remover do

que a impede de aprender , oferecendo aos alunos mais facilidade para

intrigarem aos contextos maiores , considerando que a vida escolar possibilita

o exercício de diferentes papeis em grupos variados. O fenômeno de estudo da

psicopedagogia é aprender e o não aprender, podendo ajudar na

“ressignificação das relações de aprendizagem na escola, através de uma ação

interdisciplinar com os demais profissionais que nela atuam.”(ESCOTT, p. 200, 2001)

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CAPITULO IV

APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE SOBRE O ENSINO DA

MATEMÁTICA NA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR

COUTINHO

Para que pudéssemos ter uma visão mais abrangente sobre o ensino

da Matemática nas series iniciais do Ensino Fundamental, realizou-se uma

pesquisa de Campo com professores na Escola Estadual Monsenhor Coutinho

situada no município de Borba no Estado do Amazonas.

A referida escola é a mais antiga do município, seu prédio é um dos

patrimônios históricos do município de Borba.

No primeiro semestre de 2007 a referida escola passou por uma

reforma em sua estrutura física. Com relação ao mobiliário, os equipamentos e

os recursos materiais da escola dispõe do necessário para desenvolver um

ensino e uma aprendizagem favorável ao aluno. (fotos da escola em anexo).

Esse estabelecimento de ensino possui atualmente um quadro

funcional composto por: 01(uma) gestora, 07 professores, 01 apoio

pedagógico, 02 merendeiros, 03 vigias , 04 auxiliares de serviços gerais e 01

secretária. (quadro funcional em anexo) para atender 243 alunos.

Percebe-se que de acordo com as dificuldades relatadas pelos

funcionários (formação adequada, baixo salário, dias letivos, e equipamentos

adequados....) os professores procuram melhorar suas praticas pedagógicas

utilizando os materiais disponíveis e a metodologia de projetos.

Esses esforços resultaram, a partir de 2007, grandes resultados na

aprendizagem. No plano de políticas educacionais, vale ressaltar que desde

2007 a escola vem trabalhando com sistema de ciclo, proposta inovadora de

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ensino que tem como objetivo atender crianças a partir do 06 anos de idade, no

sentido de reorganizar, gradativamente a estrutura pedagógica de ensino.

Em 2008 a escola recebeu do Governo do Estado do Amazonas o

premio Escola de Valor a importância de R$ 30.000,00 (trinta mil reais),

referente à nota 4.5 no IDEB de 2007, desde então a escola elaborou um

plano de metas para melhorar o ensino de Língua Portuguesa e Matemática

para alcançar a media 5.0 neste ano de 2009).

Em 2008 participou da avaliação do SADEAM (Sistema de Avaliação

do Desempenho Educacional do Amazonas), com alunos do 5º ano

objetivando diagnosticar e acompanhar o desempenho dos alunos e

avaliar a pratica do professor na disciplina de Língua Portuguesa e

Matemática , as informações obtidas com a direção da escola, os alunos

não tiveram um desempenho desejável o que preocupa a equipe escolar

devido o desempenho dos mesmos na Prova Brasil neste ano de 2009.

Verificou-se no calendário escolar (em anexo) que para o ano de 2009 a escola

planejou varias ações e realizações de projetos tais como Vida Saudável,

Praticando a Leitura, Descobrindo a Consciência em Defesa do Meio Ambiente,

Datas Comemorativas e inclusive um projeto Aprendendo Matemática

Brincando.

Para avaliar o que poderia estar interferindo diretamente no

ensino da Matemática nesta escola teve-se a preocupação de fazer uma

analise por meio de questionários abertos com os professores em sala

para verificar os problemas que estão interferindo no desempenho dos

alunos na Disciplina Matemática.

De acordo com a metodologia proposta para o ano de 2009 no

Projeto Aprendendo a matemática brincando os docentes da escola

estadual Monsenhor Coutinho planejaram como estratégias de ensino:

aulas expositivas, exercícios escritos, pesquisas, confecções de jogos,

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debates, desafios, cantinho da matemática, gincana, brincadeiras

diversas com os jogos , painel ilustrado, oficinas de Matemática e

exposição de trabalhos; o que seria desenvolvido durante o ano (anexo

o cronograma de atividades do projeto fornecido pela direção).

Percebe-se que a proposta de ensino da matemática

teoricamente desta escola está muito bem elaborado. Então para

analisarmos “o porque” do baixo desempenho dos alunos na ultima

avaliação realizada fizemos uma entrevista com os professores na qual

ressaltarei alguns trechos importantes do questionário.

Perguntados sobre o que seria necessário para um professor de

Matemática dar uma boa aula. Os sujeitos envolvidos na pesquisa

parecem saber o que um bom professor de matemática deveria fazer

para dinamizar suas aulas. Como se vê nas respostas a seguir:

A – “Propor situações que incentivem os alunos a participar das

atividades propostas e criativas”

B – “Através de Atividades Lúdicas”

C- “É saber dominar a matéria e trabalhar com o material

concreto, para que a criança tenha noção de juntar e reunir.”

D – “Planejamento e preparação, fundamental é utilizar materiais

didáticos que vai propiciar uma boa aprendizagem.”

A partir deste questionamento, perguntamos em seguida quais

são as suas dificuldades para trabalhar o ensino da Matemática em sala

de aula. Obtivemos as seguintes respostas:

A - “Ter tempo para pesquisar, planejar e procurar meios que

facilitem a transmissão do conhecimento”.

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B – “Falta de material didático e falta de tempo para planejar e

preparar o material didático”.

C – “Desinteresse dos alunos e sala superlotada”

D - “Relacionar o conteúdo de forma lúdica.”

Pedimos aos professores que listassem as dificuldades dos

alunos em sala de aula para com o ensino Matemática, na qual serão

descritas a seguir:

A – “Quando não conseguem resolver problemas”.

B – “Resolver operações com reserva”.

C – “Raciocínio lógico, criatividade e calculo mental.”

D – “Os alunos não gostam da disciplina”.

Uma das respostas dos professores foi bem significativa: “Talvez

eles não estejam com tantas dificuldades e sim precisam melhorar a

maneira que está sendo trabalhado em sala de aula a práxis do

professor”.

Com o intuito, de vivenciar a prática de ensino na sala de aula

dos professores realizou-se visitas na referida escola com a devida

autorização da gestora e dos professores em salas de aula para verificar

se as técnicas de ensino relatadas eram efetivamente postas em pratica,

pois relataram no questionários que suas técnicas de ensino são:

A –“Acho que a melhor técnica é ter compromisso e encontrar

tempo para planejar e apresentar a aula com fundamentos lógicos para

saber usar no seu cotidiano”.

B –“Projetos, trabalhos em grupo, gincana , etc.”

C-“Jogos, gincanas, atividades em grupo e pesquisas.”

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De acordo com a visita realizada durante o mês de junho do

corrente ano verificou na sala de aula dos professores que os mesmos

desenvolvem atividades lúdicas com o ensino da Matemática e propõe

situações problemas. Porém verificou-se que na grande maioria das

vezes, se prendem a exercícios escritos, a aulas expositivas onde os

alunos não percebem significado algum e não demonstram profundo

interesse.

Então de acordo com os dados obtidos dos instrumentos de

pesquisa aplicados, pode-se verificar que são visíveis alguns problemas

nas técnicas de ensino dos professores e que estão afetando

diretamente na aprendizagem dos alunos desta escola a citar: os

professores se prendem aulas expositivas diariamente não

oportunizando os alunos momentos de ensino que permitam que os

mesmos apresentem interesse pela matéria, esse problema acontece

haja vista que os professores admitem não ter tempo suficiente para

planejar uma boa aula com técnicas inovadoras de ensino

principalmente no que se refere a confecção de materiais concretos para

trabalhar de maneira lúdica em sala de aula. Outro problema que se

percebeu foram às salas de aula, são superlotadas com

aproximadamente com 30 a 40 alunos na sala; o que impede

necessariamente a atenção individualizada aos alunos e permitindo que

o professor veja seus alunos por uma ótica homogênea e não

heterogênea. E por ultimo a falta de preparo dos professores em

trabalhar na pratica técnicas inovadoras de ensino, pois os professores

demonstram ter dificuldades em mostrar para aluno a matemática de

forma prazerosa e significativa.

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CONCLUSÃO

A pesquisa realizada leva-nos a refletir que é preciso levar em conta

como o ensino da Matemática precisa necessariamente levar o nosso alunado

a pensar. O que se comprovou na pesquisa realizada que um amontoado de

conceitos listados no planejamento do professor ou da disciplina de matemática

não contribui para o pensar. É preciso ir além para garantir que o ensino da

matemática seja de fato executado. Pensar em um bom programa de

matemática é deter nas questões metodológicas que facilitem na tarefa do

pensar afim de que o aluno possa interagir no seu contexto. Para isto seria

necessário que esta escola revisse seu planejamento para que todos os

docentes pudessem planejar a sua aula de forma adequada e interessante ao

aluno, pois o que se constatou através deste trabalho é que os professores não

dinamizam suas aulas de matemática, pela falta de tempo disponível para

planejar. O que se percebeu por meio do estudo é que os professores têm

consciência do que um professor precisa para ministrar bem suas aulas de

matemática, porém falta-lhes preparo, principalmente, com técnicas inovadoras

de ensino, que possam estimular o aluno a ter o gosto pela Matemática.

Este trabalho nos aponta uma reflexão da realidade na qual se

apresenta de como fazemos educação em nossas escolas, uma vez que se

entende que a educação não pode ficar alheia a este cenário que pede novas

relações de ensino e de aprendizagem. Isto requer diversos recursos didáticos

oferecidos pela escola e, portanto suscitam novas tecnologias que explorem

todo o potencial do aluno. Acredita-se que precise não apenas em

disponibilizar de tempo para os professores planejarem, mas também se faça

necessário o investimento em curso de formação continuada aos professores,

mas que assuma um modelo de formação condizente com o perfil do

profissional que se pretende formar, refletindo os objetivos educacionais e

sobre as suas praticas pedagógicas Garcia(1995) salienta que ao definir como

deve ser um professor, curso de formação está implicitamente um modelo de

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formação que corresponda e atenda a essa concepção. “ E sem duvida

evidente que cada uma dessas diferentes concepções do que deve ser o

professor, venha influenciar de modo determinante os conteúdos, métodos e

estratégias para formar os professores (ibid, 30) .

Neste sentido, quando se está ensinando o professor precisa

entender o problema no plano experiência que as formas (invariáveis) e

conteúdos (variáveis) são indissociáveis, pois uma expressa a condição para

o outro . Repetir como condição de aprender (em situação de ensino) nesse

caso não produz efeito, por que a criança não pode copiar algo que não lhe faz

sentido, mas não pode abstrair a forma de como se repete, infelizmente,

também no mesmo conteúdo. Em outras palavras, repetir pode ser um bom

procedimento, mas nem sempre será uma boa estratégia (em situação de

ensino).

Quando o professor preparar sua aula, deve escolher os melhores

meios ou recursos para ensinar. Para isso, deve poder definir seus objetivos

(interesse de ensino) , conhecimentos e, assim poder calcular o que se ganha

ou o que perde ao usar esta ou aquela metodologia ou recurso de ensino.

Quando está ensinando ao usar estratégia prevista, ele precede bem ou mal,

ou seja, é bem sucedido ou mal sucedido. Estratégias de ensino são formas

dissociáveis de seus conteúdos de aplicação. Podem-se usar as mesmas

estratégias em diferentes situações. Procedimentos são formas de ação

indissociáveis de seus conteúdos. O mesmo procedimento em uma situação

diferente pode não resultar o mesmo. Em ato, um procedimento pode ser

expressão de uma estratégia. Em pensamento, escolher estratégias nos

termos aqui analisados implica procedimentos operatórios simples (classificar,

ordenar, identificar, etc.) ou complexos(formular hipóteses, combinar variáveis,

antecipar, etc.). Coordenar os dois, estratégias e procedimentos são pontos

fundamentais para que o professor engaje , motive, inspire e apóie os alunos

no difícil processo de desenvolver, avaliar e refinar a sua compreensão. Em

suma quando todos os membros de uma comunidade de aprendizagem

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trabalham juntos para estabelecer critérios que definem um trabalho de alta

qualidade, todos tendem e tem interesse em satisfazer este padrão.

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40

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

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Aritmética.2 ed. Trad. Cristina Monteiro. Porto Alegre: Artes Medicas, 2000.

261p

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TODOS, Machado um clássico. Revista Nova Escola. São Paulo; Abril,

setembro. 2008

VAZIO, discurso. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, Dezembro. 2008.

_______.Avaliação.Disponível:http://www.mec.gov.br/set/fundamntal/avalidid.s

htm. Acesso em 26 dez. 2004.

_______.Secretaria de Ensino Superior. Modelos cristalográficos planificados.

Brasília: Imprensa oficial, 1982. 99 p.

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ANEXOS

ANEXO 1 - Questionários para os professores da Escola Estadual Monsenhor

Coutinho

ANEXO 2 – Foto da estrutura física da escola

ANEXO 3 – Quadro funcional da escola

ANEXO 4 – Calendário de atividades da escola para o ano de 2009.

ANEXO 5 - Cronograma com as atividades do projeto de Matemática para o

ano de 2009.

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ANEXO 1 - Questionários para os professores da

Escola Estadual Monsenhor Coutinho

1 Há quantos anos você trabalha com as series iniciais do ensino fundamental?

2 Você se considera um professor preparado para trabalhar com sua

clientela?Por quê?

3 Você possui alguma formação especifica para trabalhar o ensino da

Matemática com os alunos das series iniciais?

4 Esta formação você considera eficaz para lhe ajudar no seu dia-dia em sala

aula?

5 O que você considera importante para ser realizado em sala de aula para um

professor dar uma boa aula de Matemática? Você põe isto em pratica?

6 Quais são as suas dificuldades em trabalhar o ensino da Matemática em sala

de aula?

7 Quais são as maiores dificuldades de seus alunos em sala de aula quanto ao

ensino da Matemática?

8 O que você realiza em sala de aula para melhorar o aprendizado de seus

alunos?

9 Quais são suas técnicas de ensino para com a disciplina Matemática?

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ANEXO 2 – Foto da estrutura física da escola

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ANEXO 3 – Quadro funcional da escola

QUADRO FUNCIONAL DA ESCOLA – 2009

NOME DO FUNCIONÁRIO

CARGO

SIT. FUNCIONAL

ESCOLARIDADE

Maristela Silva Motta Gestora Efetiva Pedagogia Geranilza Souza da Silva Profª-A. Pedagógico Efetiva Pedagogia Sandra Mª Graça Pontes Professora Efetiva/Integrada Pedagogia Rosana de Castro Leal Professora Integrada/Seletivo Normal Superior Ioná da Conceição P.S.Ayder Professora Integrada/Designação Normal Superior Claúdia Maria Pires Maciel Professora Integrada/Designação Normal Superior Jacira Ramos Nogueira Professora Seletivo Normal Superior Maria Goreth de A. Colares Professora Integrada Normal Superior Alcinéia de Almeida Costa Professora Processo Seletivo Normal Superior Eliomara da Fonseca Parente Professora Processo Seletivo Normal Superior Francisco Alves de Oliveira Professor Processo Seletivo Normal Superior Arienes da Costa Torres Secretária Integrada 2º Grau Completo Maria Madalena R. Castro Aux. Administ. Efetiva 2º Grau Completo Eleson Marinho Cruz Aux.Serv.Gerais Integrado 2º Grau Completo Raimunda Esmeralda Gomes Aux.Serv.Gerais Efetiva 1º Grau Completo Elisangela de Sá Dias Merendeira Efetiva 2º Grau Completo João Brasil da Silva Filho Merendeiro Efetivo Ensino Superior Efren Pinto de Sá Vigia Efetivo 2º Grau Completo Bethoven da F. Leão Vigia Efetivo 2º Grau Completo

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Anexo 4 – Calendário de Atividades - 2009

MESES DIAS

ATIVIDADES

FEVEREIRO

02/02 02/02

03/02 04/02

05 e 06/02 09 a 11/02

12/02

12 a 20/02 17/02

- - Início do Ano Letivo

- Elaboração de Projetos - Planejamento das atividades de preparação dos alunos que farão a

Prova Brasil (IDEB) e elaboração do Calendário de atividades do ano de 2009.

- Revisão e análise do Projeto Político Pedagógico (PPP). - Elaboração do Plano de Curso do 1º bimestre. - Elaboração do PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) - 2009

- --Aula Inaugural

- - Avaliação diagnóstica (Sondagem)

- -Reunião com os pais

MARÇO

02/03 02/03 02/03

02 a 06/03 09/03 16/03 22/03 27/03

- -Início dos Projetos: “Praticando a Leitura” e“Aprendendo a Matem.

Brincando” - Início das aulas de reforço Port. e Mat. - Início da confecção e brincadeiras com os jogos nas aulas de Matemática - Mutirão para coleta de livros - Cantinho da Leitura - Planejamento - Dia Mundial da água - Atividade extra-classe “Água é Vida”

ABRIL

10/04

12/04 17/04 18/04 21/04 22/04 23/04 24/04 24/04

24 a 27/04 24/04

29/04

- Sexta-feira santa - Dia da Páscoa - Planejamento e Comemoração da Páscoa - Dia do livro - Tiradentes - Termino do 1º bimestre - Planejamento Mensal - Início do 2º bimestre - Elaboração do Cantinho da Matemática - Confecção do Álbum de Leitura - Início da Oficina de Produção de Texto - Entrega do Boletins

MAIO

01/05

04/05 08/05 10/05 13/05

- Dia do trabalhador - Projeto: “Construindo a Consciência e Defesa do Meio Ambiente”

- Comemoração do Dia das Mães - Dia das Mães - Dia Nacional do Racismo

JUNHO

02/06 05/06 05/06 08/06 11/06

26 a 30/06

- Planejamento Mensal - Dia do Meio Ambiente - Culminância do projeto: “Construindo a Cosciência em Defesa do Meio

Ambiente”

- Noite da Escola no Arraial - Corpus Christi - Recesso Escolar.

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JULHO

01 a 03/07

15/07 15/07 16/07 17/07

17 a 24/07 24/07 31/07

- Recesso Escolar - Término do 2º bimestre - Término da Oficina de Produção de texto. - Planejamento - Início do 3º bimestre - Simuladão - Entrega de Boletins - 2º Festival Folclórico

AGOSTO

07/08

09/08 14/08 21/08

- Homenagem aos Pais - Dia dos Pais - Oficina de Matemática - Planejamento e Encontro Pedagógico

SETEMBRO

01 a 07/09

05/09 07/09 21/09 28/09 29/09 30/09 30/09 30/09

- Semana da Pátria - Culminância do Projeto Pátria - Dia da Independência - Atividade extra-classe ( Dia da Árvore) - Término do 3º bimestre - Planejamento - Início da Oficina de poema - Entrega de boletins - Início do 4º bimestre

OUTUBRO

02/10 09/10 12/10 15/10 28/10 30/10

- Exposição dos jogos trabalhados no bimestre - Homenagem do dia das Crianças - Dia das Crianças - Dia do Professor - Dia do funcionário - Término da oficina de poemas

NOVEMBRO

02/11 03/11 06/11

10/11 20/11 27/11

- Dia de Finados - Simuladão - Momento Cultural - Planejamento e Encontro pedagógico - Dia da Consciência Negra - Baile a Fantasia

DEZEMBRO

08/12 11/12 17/12 17/12 17/12 18,21 e 22/12 23/12

- Feriado - Confraternização da 4º série - Término do 4º bimestre - Entrega de Boletins - Término do ano letivo - Recuperação - Término do Ano Escolar

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ANEXO 5 - Cronograma com as atividades do projeto

de Matemática para o ano de 2009.

ATIVIDADES MESES

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov

Apresentação do projeto X

Avaliação diagnóstica bimestral X X X X X

Pesquisa X X X X X X

Aula expositiva X X X X X X X X X X Exercícios escritos X X X X X X X X X X Confecção dos jogos X X X X X X X X X X Debates X X X X

Desafios X X X

Cantinho da Matemática X X Gincana X X X X

Brincadeiras diversas com jogos X X X X X X X X X X Painel ilustrado X X X X

Oficinas de Matemática X X X X Exposição dos trabalhos realizados nas oficinas para os pais e comunid.

X

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INDICE

FOLHA DE ROSTO...........................................................................................02

AGRADECIMENTO...........................................................................................03 DEDICATÓRIA..................................................................................................04 RESUMO...........................................................................................................05 METODOLOGIA................................................................................................06 SUMÁRIO..........................................................................................................08 INTRODUÇÃO...................................................................................................09 CAPITULO I Reflexões sobre o ensino da Matemática ...............................11 1.2 O ensino da Matemática .............................................................................11 1.3 O professor e a Matemática .......................................................................13 CAPITULOII As técnicas de ensino................................................................17 2.1Técnicas .......................................................................................................17 2.2 Jogos ludo pedagógicos .............................................................................20 2.3 Resolução de problemas .......................................................................... 23 CAPITULO III As contribuições do Psicopedagogo para o ensino da Matemática.......................................................................................................28 CAPITULO IV Apresentação da análise sobre o ensino da Matemática na Escola Estadual Monsenhor Coutinho...........................................................................................................32 CONCLUSÃO....................................................................................................37 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................40 ANEXOS............................................................................................................42 INDICE...............................................................................................................48