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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O USO DA CONTABILIDADE NA GESTÃO
EMPRESARIAL
Por: José Marcio de Lima
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O USO DA CONTABILIDADE NA GESTÃO
EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Empresarial.
Por: José Marcio de Lima
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS e
JESUS, pois eles são à minha força e o
meu escudo; neles confio o meu coração
e a minha alma.
DEDICATÓRIA
Dedico está monografia à minha amada
mãe Maria Freire de Souza Lima a mulher
mais sensacional e corajosa que já
conheci em toda minha vida.
RESUMO
A contabilidade gerencial é o ramo das Ciências Contábeis que se
ocupa das necessidades de informação dos gestores ou, genericamente, dos
usuários internos das organizações. Ela é uma ferramenta indispensável para
a gestão de negócios, ou seja, é o processo de produzir informações
financeiras e operacionais para os empregados e gerentes das organizações.
Tal processo deve ser dirigido pelas necessidades de informações de
indivíduos internos à organização, e deve guiar suas decisões operacionais e
de investimentos. De longa data, contadores, administradores e responsáveis
pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações
contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de
legislações comerciais, previdenciárias e legais. Nesse contexto analisou-se a
contabilidade gerencial como um instrumento de informações necessárias para
tomada de decisão.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada destina-se a gestores e empresários totalmente
preocupados com a área econômico-finaceira de sua empresa.
Hoje em dia a economia se faz presente e as empresas necessitam
mais do que uma boa administração. Pois aos poucos os empresários e
gestores estão percebendo que sem controle, não tem verificar a saúde
financeira de sua organização como um todo e que os relatórios necessários
ao processo decisórios, são fornecidos pela contabilidade.
Sem ela, não há dados, sem dados não se pode elaborar
relatórios e sem eles a interpretação da situação da empresa não é possível o
que impede uma tomada de decisão coerente e sustentada.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 07
CAPITULO I
DEFINIÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES ...................... 08
CAPITULO II
FINANÇAS E CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................................ 12
CAPITULO III
INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO AMBIENTE INTERNO DA
EMPRESA ....................................................................................................................... 16
CAPITULO IV
A CONTABILIDADE E A ADMINISTRAÇÃO ................................................................... 19
CAPITULO V
O PAPEL E AS CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS ................ 23
CAPITULO VI
EXPECTATIVAS DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS ............................................ 31
CAPITULO VII
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 34
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS .................................................................................. 36
ÍNDICE ............................................................................................................................ 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................................. 38
7
INTRODUÇÃO
As empresas estão em constantes mudanças, cada vez mais
necessitam de controles precisos e de informações oportunas sobre seu
negócio para adequar as suas operações às novas situações. Observa-se que
durante anos, a contabilidade foi vista apenas como um sistema de
informações tributárias; na atualidade ela passa a ser vista também como um
instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informações para
registrar as operações da organização, para elaborar e interpretar relatórios
que mensurem os resultados e forneçam informações necessárias para
tomadas de decisões e para o processo de gestão: planejamento, execução e
controle.
Na gestão de negócios, observa-se que vários fatores contribuem para
as constantes mudanças, tanto a escassez de recursos disponíveis quanto o
aumento da concorrência. As mudanças ocorridas nas organizações,
aumentando a complexidade das atividades, passam a exigir das empresas
maior volume de informações para controlar seu processo produtivo e tomar
decisões em nível estratégico e operacional.
O Contador Gerencial, pela própria natureza das funções que lhe são
solicitadas a desempenhar, necessitará de formação bem diferente daquela
exigida para o profissional que atua na contabilidade formal, precisando assim
de bons conhecimentos matemáticos e estatísticos, pesquisa operacional e
técnicas de planejamento. O primeiro passo, para uma contabilidade
verdadeiramente gerencial, é que esta seja atualizada e conciliada e
conseqüentemente mantida com respeito às boas técnicas contábeis.
8
CAPÍTULO I
DEFINIÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS
ORGANIZAÇÕES
A Contabilidade Gerencial foi definida como o processo de identificação,
mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação
de informações financeiras usadas pela administração para planejar, avaliar e
controlar dentro de uma empresa e assegurar uso apropriado e responsável de
seus recursos.
Identificação, reconhecimento e avaliação de transações empresariais
e outros eventos econômicos para ação contábil apropriada. Mensuração,
quantificação, incluindo estimativas, transações empresariais ou outros
eventos econômicos que têm ocorrido ou previsões do que podem acontecer;
Acumulação, delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para
registrar e classificar transações empresariais apropriadas e outros eventos
econômicos; Análise, determinação das razões para reportar a atividade e sua
relação com outros eventos econômicos e circunstanciais; Preparação e
interpretação coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo
informações apresentadas logicamente, o que inclui se apropriado, as
conclusões referentes a esses dados; Comunicação e informação pertinente
para a administração e outros para usos internos e externos.
Planejamento e interpretação dos efeitos de transações planejadas e
outros eventos econômicos na empresa, inclui aspectos estratégicos, táticos e
operacionais e requer que o contador forneça informações quantitativas,
históricas e prospectivas para facilitá-la isso inclui, também, participação no
desenvolvimento do sistema de planejamento, estabelecendo metas
alcançáveis e escolhendo meios apropriados de monitorar o progresso em
direção às metas.
9
Contribuir para o uso efetivo de recursos e medidas de desempenho da
administração, transmitir os objetivos e as metas da administração ao longo da
empresa na forma de responsabilidades nomeadas, que são base para
identificar responsabilidades; sistema que fornece, contabiliza, reporta e que
acumulará e informar receitas apropriadas, despesas, ativos, obrigações e
informação quantitativa relacionada para gerentes que terão, então, melhor
controle sobre estes elementos.
Relatório externo onde a preparação de relatórios financeiros baseados
em princípios de contabilidade geralmente aceitos, ou em outras bases
apropriadas, para grupos não administrativos, como acionistas, credores,
agências regulamentadoras e autoridades tributárias; participação no processo
de desenvolver os princípios de contabilidade que estão subjacentes ao
relatório externo.
A contabilidade tem sido, nos últimos anos, questionada a respeito das
informações prestadas para a gestão de longo prazo das empresas.
Freqüentemente, a informação contábil é reduzida aos aspectos
financeiros e fiscais, sendo estes procedimentos parametrizados por normas e
legislações tributárias, as quais fazem com que os relatórios sejam passíveis
de comparação entre uma e outra empresa. Em que pese à importância
inconteste das normas para o relacionamento da empresa com o mercado,
estas, por vezes, fazem com que as informações geradas não sejam
adequadas para o gerenciamento interno da entidade.
Para atender a administração da empresa, foi tomando corpo ao longo
do tempo, um conjunto de técnicas de contabilidade voltadas para o
fornecimento de informações, tanto em nível corporativo, quanto em suas
divisões organizacionais, o que se convencionou chamar de contabilidade
gerencial. Nesse campo da contabilidade, têm se realizado pesquisas
10
relacionando-a as temáticas organizacionais e comportamentais, abrangendo a
estrutura, o controle gerencial e a estratégia empresarial.
A primeira alusão a este campo de pesquisa foi feita por Anthony
(1972), em sua obra de 1965, traduzida para o português. Johnson e Kaplan
(1987) criticaram a predominância de modelos matemáticos aplicados à
contabilidade pela falta de aplicabilidade dos resultados das pesquisas e
ressaltam a necessidade da contabilidade repensar as informações para uma
gestão estratégica.
Desse momento em diante, um artigo de Dent (1990), ganhou
relevância no contexto acadêmico, do abordar as possibilidades de pesquisas
envolvendo a estrutura organizacional, o controle gerencial e a estratégia.
Nessa década, o tema contabilidade gerencial estratégica foi abordado
em inúmeros artigos de revistas no exterior, principalmente na Europa.
Segundo Oliveira (2002), independente do estado da economia do país
desenvolvido, em desenvolvimento ou subdesenvolvida, a análise e o
acompanhamento do ambiente empresarial são necessários para a
sobrevivência da empresa.
Nesse contexto, a gestão das empresas necessita de instrumentos que
lhes possibilite sobreviver e crescer, sob pena de sucumbir às dificuldades
enfrentadas, ganhando destaque na administração de empresas a estratégia
empresarial. A origem do termo estratégia provém da língua grega, cujo termo
original é strategos que quer dizer a arte do general, ou seja, as concepções,
planos, ações engendradas por este com intuito de vencer o inimigo. A
competitividade estabelecida nos mercados, nos quais se deve ter por meta
conquistar e manter clientes, sob pena de não o fazendo, sucumbir à conquista
dos concorrentes, fez com que o termo estratégia fosse usado na atividade
empresarial.
11
A contabilidade pode ser definida de várias formas segundo as
correntes do pensamento contábil, notadamente as escolas italianas ou
européias e a americana. Esta escola associa a contabilidade mais a um
sistema de informação econômico-financeira, destacando o lado prático
enquanto que aquela a enfatiza como ciência e destaca mais o lado filosófico.
Como representantes, no Brasil, da escola americana podem-se citar
IUDÍCIBUS, Martins, que entendem contabilidade como “um sistema de
informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações
e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com
relação à entidade objeto de contabilização” (1990, p. 66). Compreendem
sistema de informação como “um conjunto articulado de dados, técnicas de
acumulação, ajustes e editagens de relatórios.” O sistema de informação
contábil deve ser capaz de propiciar relatórios diversos além dos exigidos pela
legislação societária e fiscal.
A contabilidade como uma “ciência que estuda os fenômenos
patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos
dos mesmos em relação à eficácia funcional das células sociais” (1999, p. 42).
O conceito que mais destaca o caráter utilitário da contabilidade é o da
escola americana, o qual será considerado como principal para fins deste
trabalho. Logo, a contabilidade não só olha o passado da gestão, mas também
procura contribuir com o futuro da empresa por meio de análises situacionais e
projeções que auxiliem a tomada de decisões.
Para Iudícibus (1994), o objetivo da contabilidade é manter um banco
de dados cujas informações possam servir de alguma forma a todos os
usuários (externos e internos).
12
CAPÍTULO II
FINANÇAS E CONTABILIDADE GERENCIAL
Uma empresa existe, entre outros objetivos, para aumentar a riqueza de
seus proprietários. A administração cuida em determinar que produtos e
serviços sejam necessários e em colocá-los nas mãos dos consumidores.
A administração financeira lida com decisões sobre planejamento a fim
de atingir o objetivo de maximizar a riqueza dos proprietários. Como as
finanças estão envolvidas em todos os aspectos operacionais da empresa, os
gerentes não financeiros, como os gerentes financeiros, não podem efetivar
suas obrigações sem informações financeiras. O conhecimento financeiro
auxilia no planejamento, na solução de problemas e nas tomadas de decisões.
As finanças fornecem um mapa com números e análises que o ajudam
a desempenhar bem suas funções. Além disso, é preciso conhecer
contabilidade e finanças para entender os relatórios financeiros preparados por
outros segmentos da organização. É preciso saber o que significam os
números, ainda que não tenha como gerá-los.
As finanças fornecem um meio de ligação que facilita a comunicação
entre os diferentes departamentos. Por exemplo, o orçamento comunica os
objetivos globais aos gerentes de departamento, de modo que eles saibam o
que se espera deles; ele também fornece indicações de como cada
departamento pode conduzir suas atividades.
O mais importante é que você, como gerente de departamento, tem que
apresentar fortes justificativas à administração superior, para fazer dotações
orçamentárias. As finanças usam informações contábeis para tomar decisões
relativas à receita e ao uso de fundos para atingir os objetivos da empresa.
13
A contabilidade geralmente divide-se em duas categorias: a
contabilidade financeira e a contabilidade administrativa. A contabilidade
financeira registra a história financeira da empresa e lida com a criação de
relatórios para usuários externos tais como acionistas e credores.
A contabilidade administrativa trabalha com informações financeiras
úteis para se tomar melhores decisões relativas ao futuro.
Contabilidade Financeira é o campo da contabilidade que realiza a
preparação de demonstrações financeiras, para os tomadores de decisão, tais
como acionistas, fornecedores, bancos, funcionários, órgãos do governo,
proprietários e outras partes interessadas. Manutenção do capital financeiro
pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de
poder aquisitivo constantes.
A necessidade fundamental para a contabilidade financeira é reduzir o
problema do agente-principal através da medição e monitoramento do
desempenho dos agentes e comunicação dos resultados aos usuários
interessados. É utilizada também para preparar as informações contábeis para
as pessoas fora da organização ou não envolvidas no dia-a-dia de
funcionamento da empresa. Contabilidade de Gestão fornece informações
para ajudar os gestores a tomar decisões para gerenciar o negócio.
Mas onde começa a Contabilidade Gerencial e termina a financeira, ou
seja, conforme Iudícibus (1998, p.22), onde é o ponto de ruptura?
Os relatórios mais utilizados pela contabilidade financeira são: o Balanço
Patrimonial, a Demonstração de Resultados, a Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido, Demonstrativo de Fluxo de Caixa, Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos.
A gerencial utiliza: orçamentos, relatórios de custos, relatórios de
desempenho e outros facilitadores da tomada de decisão. Enquanto os
14
primeiros possuem uma freqüência regulamentada, anual, mensal, os últimos
são elaborados de acordo com a necessidade da administração da entidade
Padoveze (2000, p.31).
Os usuários das informações geradas são, no caso da Contabilidade
Gerencial, os internos como funcionários e administradores. Já a financeira
visa os usuários externos, como os acionistas, os credores e outros
interessados, podendo também atender os usuários internos.
Portanto a Contabilidade Gerencial é também direcionada as partes
externas, onde os administradores cada vez mais compartilham a informação
contábil com os fornecedores.
Segundo Padoveze (2000, p.31), existem algumas características que
diferenciam os métodos das duas contabilidades.
A contabilidade financeira fornece informações objetivas, precisas e
direcionadas por regras e princípios fundamentais da contabilidade e
autoridades governamentais, em contraste com a gerencial que não é
regulamentada, onde as informações sofrem apenas as restrições
determinadas pela administração, sendo subjetivas e menos precisas.
Enquanto a Financeira fornece informações para mensuração
financeira, estruturadas na Ciência Contábil, a Contabilidade Gerencial utiliza
outras disciplinas nas áreas de economia, finanças, administração de forma
integrada, utilizando a informação contábil como instrumento gerencial da
administração. Além do que, uma de suas características principais é a ênfase
dos relatórios atuais orientados para o futuro, enquanto a contabilidade
financeira, não é dada a mesma importância, apresentado uma orientação
histórica e atrasada.
O contador gerencial, também conhecido como controller da empresa,
tem como principal função na moderna Contabilidade Gerencial, a função de
15
assessoria, é o seu departamento que tem a incumbência de prestar serviços
especializados aos outros administradores e à presidência da empresa.
É pelo departamento de contabilidade que passa o aconselhamento e a
ajuda na elaboração do orçamento da empresa, a análise de variações,
determinação de preços, tomadas de decisões especiais, uniformização da
contabilização dos departamentos para que os relatórios sejam uniformes, afim
de que possa facilitar o manuseio da informação gerada.
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CAPÍTULO III
A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO
AMBIENTE INTERNO DA EMPRESA
No plano interno de operações de uma empresa, as informações
contábeis devem ser obtidas e registradas, tendo em vista as múltiplas
utilizações que podem oferecer.
Além daqueles aspectos resultantes de exigências legais, as finalidades
das informações contábeis gerenciais podem ser classificadas em duas
grandes vertentes, o planejamento e o controle, as quais devem ser atividades
integradas, pois o processo de planejar também deve prever os procedimentos
subseqüentes de controlar.
A contabilidade gerencial, para ser utilizada como instrumento no
processo de tomada de decisões necessita de integração com a contabilidade
de custos, e por sua vez, com todos os procedimentos contábeis e financeiros
ligados a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimento
de informações contábeis e financeiras para decisão entre cursos de ação
alternativos, sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial que
querem informações contábeis que não são facilmente encontradas nos
registros da contabilidade financeira, conforme
Na melhor das hipóteses, requerem um esforço extra de classificação,
agregação e refinamento para poderem ser utilizadas em tais decisões.
O contador gerencial necessita entender a origem e o escopo dos
objetivos e do controle operacional de uma empresa para avaliar seu
desempenho por meio destes objetivos. É necessário ultrapassar as
informações contábeis para o fornecimento oportuno e pertinente de
informações de apoio aos gestores nas tomadas de decisões.
17
O processo de tomada de decisão termina com a escolha da melhor
ação a ser implementado. Para se alcançar esse ponto é necessário que se
passe pelas fases de definição do problema, obtenção dos fatos, formulação
de alternativas, ponderação e decisão. Em todas essas etapas a informação
contábil é de grande importância.
Alguns problemas existem somente quando os relatórios contábeis são
analisados regularmente e, com o orçamento elaborado com base nas
informações históricas e projeções contábeis, podem-se formular e testar as
alternativas para se chegar à decisão mais acertada.
Uma das importantes responsabilidades do contador gerencial é avaliar
o impacto das decisões e ações administrativas que afetam as atividades e os
processos da empresa.
Para apoiar a tomada de decisão, é necessário identificar alternativas
diferentes disponíveis para os gerentes, como também, avaliar como os custos
e receitas diferem por meio de ações alternativas.
Os contadores gerenciais também devem ser capazes de avaliar o
impacto financeiro de recentes decisões sobre atividades e processos, tais
como layouts das fábricas melhorados, que dinamizam as operações de
produção.
Os ambientes de uma empresa são:
O ambiente Interno: Que são formados pelos recursos físicos: qual é a
estrutura existente na empresa (espaço físico, máquinas, as peças são
desenvolvidas na própria empresa, etc).
Recursos humanos: Quantos e quem são os colaboradores; Recebem
treinamento? Na empresa ou fora dela? Há estímulo à diversidade, por
18
exemplo, são contratados e desenvolvidos funcionários pertencentes a
minorias? Há plano de carreira?
Recursos financeiros: como são obtidos os recursos para investir na
atividade?São próprios?
Recursos tecnológicos: Há aplicação de algum recurso tecnológico
na empresa, seja na produção, na venda ou nos controles?
Ambiente externo: Quem são os concorrentes, clientes, agências
governamentais, associações, grupos de interesse como sindicatos, etc., que
têm alguma influência dentro da empresa (ambiente de tarefas).
Quais são as variáveis do microambiente que têm influência na
empresa e de que forma elas influem em seu funcionamento? Ex.: Variação
cambial, políticas do governo, tecnologia existente, cultura, sociedade, meio
ambiente e macroambiente.
19
CAPÍTULO IV
A CONTABILIDADE E A ADMINISTRAÇÃO
A Contabilidade surgiu para que os gestores e empresários fiquem a par
da saúde financeira de sua empresa. Mas o contexto atual exige dos
profissionais um maior comprometimento em relação ao desempenho de seus
clientes. Com o uso das informações contábeis para fins gerenciais, de modo a
analisar e monitorar os resultados obtidos no período, houve uma otimização
nas tomadas de decisões nos diferentes níveis hierárquicos.
No entanto, para isso acontecer, o sistema utilizado deve responder de
maneira eficaz ao controle administrativo e informacional aplicados. Cada
empresa tem seus produtos, sua tecnologia de produção, aperfeiçoando-a de
acordo com os parâmetros institucionais mais adequados para mantê-la
atualizada. Em função disso, os muitos relatórios e demonstrações contábeis,
juntamente com uma análise da situação econômica interna e externa,
constituem peças - chave à competitividade e rentabilidade de uma empresa.
A ênfase na transmissão de informações com finalidades genéricas está
baseada na presunção de que usuários significativamente numerosos
necessitam de dados semelhantes, isso ocorre principalmente com os
acionistas, investidores e credores, que dependem de relatórios que dêem
respostas claras e objetivas.
Já no que concerne às necessidades individuais de usuários
especializados, as informações são dependentes, devido a sua complexidade
e abrangência, de um estudo aprofundado por parte dos administradores.
Estes devem estar cientes de sua responsabilidade na obtenção de um
pleno desenvolvimento empresarial, como explica Tasso, (2005, p.1): ”Se
20
existe um lugar onde estão centralizados todos os atos de gestão ele encontra-
se na Contabilidade”.
Ainda para o mesmo autor (p.2): “A Contabilidade ainda hoje é vista
como um mal necessário dentro da empresa”, isso porque para alguns
gerenciadores ela é mero instrumento de controle dos assuntos fiscais. Além
disso, a complexidade de alguns relatórios faz com que usuários
despreparados considerem-nos verdadeiros hieróglifos.
A principal função do contador é executar a contabilidade geral,
financeira e gerencial, na área específica, além de outras atividades
pertinentes, bem como disponibilizar informações referentes aos atos relativos
à gestão econômica - financeira da organização.
O administrador também deve possuir visão ampla, geral, a respeito de
todas as atividades e informações que circulam dentro da empresa, pois o
contador fornece dados consistentes e de fácil interpretação sobre as
operações passadas, presentes ou futuras da empresa, o administrador deve
possuir capacidade para utilizar e analisar esses dados, afim de que, baseado
em suas avaliações, ele possa desenvolver estratégias e tomar decisões a
respeito dos riscos e retornos inerentes ao negócio.
Tanto o profissional da contabilidade como o profissional da
administração, além de conhecimentos técnicos, deve conhecer o ambiente
externo e interno da organização e suas relações de comportamento humano,
social e econômico. Devem ser conscientes e responsáveis pelas informações
prestadas, pois elas são fundamentais ao processo decisório e estratégico da
empresa.
O administrador é o responsável pela execução do planejamento, que é
uma das funções administrativas essenciais para o sucesso da empresa.
21
Planejar significa pensar antecipadamente as ações que se
desenvolverão futuramente. O planejamento possui basicamente duas
funções: estratégica e operacional. A função estratégica é desenvolvida
mediante a avaliação das oportunidades e ameaças que vêm de fora da
empresa, para que se possa ter uma visão e um alto nível de envolvimento e
conhecimento da estrutura do negócio da empresa.
O contador é responsável pela informação contábil, ela é o objetivo de
sua profissão.
Segundo Nasi (1994, p. 5), para não perder espaço para outros
profissionais:
O contador deve estar no centro, na liderança do processo, pois do
contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve
saber comunicar-se com outras áreas da empresa.
Para tanto não pode ficar com os conhecimentos restritos aos temas
contábeis e fiscais, inteirando-se do que aconteça ao seu redor, na sua
comunidade, no seu Estado, no seu país, no mundo.
O contador deve ter um comportamento ético - profissional
inquestionável. O contador deve participar de eventos destinados à sua
permanente atualização profissional
O administrador é quem se comunica com todas as áreas da empresa, é
aquele que deve estar inteirado sobre tudo que ocorre na organização.
O contador, diante das inovações tecnológicas, da globalização, não
deve isolar-se somente em seu campo de atuação, pois a empresa é um
complexo organizacional que desempenha inúmeras atividades, sendo assim,
deve também o contador possuir conhecimentos de todas as áreas que o
rodeiam dentro da empresa.
22
Pode-se dizer que ambos, contador e administrador, fazem parte de um
trabalho em conjunto, onde, principalmente, o trabalho do administrador
depende do trabalho do contador, pois o contador gera todas as informações
necessárias para o planejamento da empresa, visando à melhoria continua de
seus resultados e negócios, como um todo.
23
CAPÍTULO V
O PAPEL E AS CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE
NA EMPRESA
O empresário ou o gestor de uma organização econômica especializada
deve dispor de uma capacidade de mensurar e atenuar riscos devido a todos
os fatores que ameaçam o bom desenvolvimento de uma atividade.
O trabalho dos contadores sofre séria desvalorização, principalmente
por parte das micro e pequenas empresas, que, com objetivo de minimizar
custos deixam de investir na contabilidade gerencial, cumprindo estritamente
as obrigações fiscais e legais, acarretando a deficiência de instrumentos
auxiliares à tomada de decisões.
Por meio de inúmeros relatórios e demonstrativos da situação
patrimonial fornecida pelo setor contábil, às áreas gestoras passam a tomar
suas decisões, levando-se em conta fatos cujos acertos estão comprovados
em seu passado, ou alterar rumos de suas ações baseadas em desacertos
anteriores.
Apesar da aparente eficácia plena da transmissão, recepção e
assimilação dos dados contábeis pela administração, o que realmente ocorre é
uma flexibilidade por parte destas quanto às medidas corretas a serem
tomadas frente às intempestividades econômicas
As informações apuradas não se restringem aos limites da empresa,
devem ser analisadas em conjunto com todo o meio que a cerca, evidenciando
uma visão de sistema aberta, ou seja, depende de informações externas à
organização.
24
Analisados esses fatores, que fazem a empresa crescer de maneira
que, a importância da tomada de decisões, onde sempre é necessária uma
escolha, terá como base às informações obtidas pela da contabilidade.
A contabilidade como um instrumento para organizar e apresentar
informações representa uma fonte de indicadores da atividade econômica. Um
administrador deve estar preparado no sentido de interpretar estas
informações, a fim de tirar conclusões úteis para auxiliar as tomadas de
decisões.
Das informações fornecidas pela contabilidade destacam-se as
formalidades de escrituração, as demonstrações contábeis, a auditoria e a
análise de balanços, que são registros e organização dos fatos que refletem
seu estado patrimonial, financeiro e de resultado.
Para uma interpretação eficaz da contabilidade, em função da
administração da empresa, é necessário saber analisar os relatórios contábeis,
traçar um planejamento e efetuar o controle da organização. O planejamento é
uma maneira de determinar a direção que a empresa seguirá de acordo com
as decisões tomadas. É importante saber o rumo certo a seguir, aplicar os
recursos disponíveis com a máxima eficiência, constituindo isso um fator
decisivo para o crescimento da organização.
Mesmo em caso de decisões isoladas sobre várias alternativas
possíveis, normalmente utiliza-se grande quantidade de informação contábil.
Direcionar a visão administrativa - financeira apenas para encargos sociais,
carga tributária, juros altos, não usufruindo dessas informações perante as
situações financeiras é como caminhar em direção à falência.
A contabilidade se posiciona através de um caráter conservador, ou
seja, perante uma situação alternativa, o contador evidencia uma imagem
pessimista, evitando transtornos não previstos. Esta é uma forma de prevenir
25
um otimismo ilusório, uma empresa deve sempre seguir rumo à evolução de
sua riqueza.
Ocorre que as informações contábeis são fundamentais tanto para
auxílio de desempenho da administração, como para o controle das ações
tomadas. Estas devem estar de acordo com os planos e políticas traçados
pelos detentores de capital e pela própria administração. Sob o ponto de vista
clássico, a contabilidade visa à solução de problemas financeiros da empresa,
com ela os administradores podem analisar relatórios, criar um planejamento e
efetuar o controle da organização.
Os registros contábeis fornecem informações sobre o patrimônio da
empresa, as decisões são baseadas nesse conhecimento, mas escolher a
solução correta depende do raciocínio utilizado. Os números e as
classificações contábeis variam no que se refere à interpretação feita pelo
administrador.
No entanto, para um contador é uma forma de identificar o problema e
por meio de um julgamento encontrar possíveis soluções, baseando-se em
registros de problemas anteriores. Essa é uma maneira de informar ao
administrador a situação, utilizando uma unificação de transações
semelhantes.
Por fim, um administrador sabendo usufruir das informações contábeis
alcança os objetivos estratégicos de um gerenciamento, visando à melhoria
contínua dos resultados das unidades de negócio da empresa.
26
1.1. O Profissional Contábil e o Administrador
Conforme competências legais, a principal função do contador é
executar a contabilidade geral, financeira e gerencial, na área específica, além
de outras atividades pertinentes, bem como disponibilizar informações
referentes aos atos relativos à gestão econômica - financeira da organização.
O administrador também deve possuir visão ampla, geral, a respeito de
todas as atividades e informações que circulam dentro da empresa, pois o
contador fornece dados consistentes e de fácil interpretação sobre as
operações passadas, presentes ou futuras da empresa, o administrador deve
possuir capacidade para utilizar e analisar esses dados, afim de que, baseado
em suas avaliações, ele possa desenvolver estratégias e tomar decisões a
respeito dos riscos e retornos inerentes ao negócio.
De acordo com a Resolução CFC 560/83, de 28 de outubro de 1983
existem algumas atribuições que são exclusivas ao profissional de
contabilidade de nível superior (contador), como:
- Perícias contábeis, cuja função não se restringe às decisões judiciais
pertinentes somente à área contábil, mas à contábil comercial, financeira,
fiscal, e tributária.
- Revisão de balanços e de contas em geral, na qual o profissional deve
analisar e fornecer uma conclusão de todos os aspectos relativos à situação
sócia - econômica e financeira da empresa.
- Verificação de haveres, revisão permanente ou periódica da
escrituração, regulações judiciais e extrajudiciais, assistência aos Conselhos
Fiscais, e qualquer outra atribuição de natureza técnica conferida por lei aos
profissionais de contabilidade.
27
Existe também o professor e o pesquisador contábil, que se envolvem
com ensino e pesquisa, mas para exercê-las é necessário que, além do curso
de graduação, possuir especialização, mestrado ou doutorado.
Outra área que absorve um grande número desses profissionais é a
contabilidade pública, assim como os cargos executivos de finanças e de
controladoria na administração privada de empresas.
Também se pode exercer a contabilidade como sócio titular ou
empregado de empresa contábil, bastando para isso, apenas ter curso técnico
e ser registrado regularmente no CRC de seu Estado.
Tanto o profissional da contabilidade como o profissional da
administração, além de conhecimentos técnicos, deve conhecer o ambiente
externo e interno da organização e suas relações de comportamento humano,
social e econômico. Devem ser conscientes e responsáveis pelas informações
prestadas, pois elas são fundamentais ao processo decisório e estratégico da
empresa.
O administrador é o responsável pela execução do planejamento, que é
uma das funções administrativas essenciais para o sucesso da empresa.
Planejar significa pensar antecipadamente as ações que se
desenvolverão futuramente. O planejamento possui basicamente duas
funções: estratégica e operacional. A função estratégica é desenvolvida
mediante a avaliação das oportunidades e ameaças que vêm de fora da
empresa, para que se possa ter uma visão e um alto nível de envolvimento e
conhecimento da estrutura do negócio da empresa.
O contador é responsável pela informação contábil, ela é o objetivo de
sua profissão.
Segundo Nasi (1994, p. 5), para não perder espaço para outros
profissionais:
28
O contador deve estar no centro, na liderança do processo, pois do
contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve
saber comunicar-se com outras áreas da empresa. Para tanto não pode ficar
com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais, inteirando-se do
que aconteça ao seu redor, na sua comunidade, no seu Estado, no seu país,
no mundo. O contador deve ter um comportamento ético - profissional
inquestionável. “O contador deve participar de eventos destinados à sua
permanente atualização profissional (educação continuada).”
O administrador é quem se comunica com todas as áreas da empresa, é
aquele que deve estar inteirado sobre tudo que ocorre na organização. O
contador, diante das inovações tecnológicas, da globalização, não deve isolar-
se somente em seu campo de atuação, pois a empresa é um complexo
organizacional que desempenha inúmeras atividades, sendo assim, deve
também o contador possuir conhecimentos de todas as áreas que o rodeiam
dentro da empresa.
Pode-se dizer que ambos, contador e administrador, fazem parte de um
trabalho em conjunto, onde, principalmente, o trabalho do administrador
depende do trabalho do contador, pois o contador gera todas as informações
necessárias para o planejamento da empresa, visando à melhoria continua de
seus resultados e negócios.
29
1.2. Informações Contábeis Baseado no Lucro e sua
Rentabilidade
Várias são as abordagens da teoria contábil. Vários são os usuários das
informações contábeis que se utilizam tais abordagens, não necessariamente
excludentes.
De maneira geral, a contabilidade está direcionada a apuração de um
resultado no final de um determinado período, o qual indicará se a entidade
obteve sucesso ou não.
Em outras palavras, será medido o lucro do negócio e sua eventual
rentabilidade. Essa informação é constante em qualquer que seja a abordagem
escolhida.
Em se tratando da abordagem econômica, já enfatizada como relevante
para o processo decisório na entidade, essa informação deixa a desejar. A
contabilidade tradicional está direcionada à apuração do lucro em sua forma
original, ou seja, pela variação patrimonial em períodos distintos.
Essa forma tradicional perde em essência econômica quando o
interesse dos usuários da informação contábil extrapola o conceito de lucro e
necessita de informações voltadas para a geração de riqueza.
Em verdade, a busca do valor econômico apurado é a informação
relevante para os usuários da contabilidade (analistas, credores, investidores
etc.) ressaltando a riqueza gerada pelo capital aplicado e a viabilidade do
empreendimento.
De acordo com Catelli (1997, p.369) a contabilidade, enquanto ciência
tem uma rica base conceitual da qual devemos nos valer e, interagindo de
forma multidisciplinar com os demais ramos do conhecimento, buscar a
construção de uma via alternativa à Contabilidade tradicional, cuja base
30
conceitual é inadequada para modelar as informações destinadas ao uso dos
gestores.
Ainda segundo o mesmo autor, a contabilidade tradicional está voltada à
mensuração de eventos econômicos passados e com certo grau de
ineficiência.
31
CAPÍTULO VI
EXPECTATIVAS DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS
A contabilidade, como qualquer outra ciência oferece subsídios
necessários para a tomada de decisões, portanto devem acompanhar a
evolução, pois as informações hoje ganharam uma velocidade muito grande
com os avanços tecnológicos. A Profissão Contábil tem procurado acompanhar
as mudanças e adaptar-se à nova realidade de mercado.
Para Franco (1999, p. 86), ao se referir sobre as expectativas da
sociedade em relação à profissão contábil, afirma que:
As expectativas da sociedade crescem continuamente, uma vez que ela
vê a profissão contábil como capaz de enfrentar os desafios do futuro e de
cumprir suas responsabilidades. A profissão tem, portanto, de avaliar e
reconhecer até onde ela pode atender às expectativas da sociedade, sempre
crescentes, adaptando-se às novas situações, seu crescimento será
assegurado.
Isso exigirá constante comparação entre as expectativas da sociedade e
a capacitação dos membros da profissão para atender a essas expectativas.
Ela terá, portanto, de atualizar constantemente seus conhecimentos para
justificar sua afirmação de que pode atender às necessidades da sociedade.
Devido à formação universitária, o contador tem seu escopo voltado
para o controle, principalmente por causa de sua orientação para o passado e
do hábito de reflexão a partir de um ambiente de certezas. As universidades
têm um papel importante na formação profissional da área contábil, voltar a
educação de modo a permitir-lhes enfrentar uma sociedade em acelerada
alteração tecnológica.
32
Neste contexto Carvalho (2002, p. 10), comenta que:
O fim do curso de graduação, por si só, não garante o sucesso
profissional. Muito pelo contrário, é o início de uma longa caminhada, que tem
como pressuposto básico a educação continuada. Afinal as empresas estão
procurando profissionais cada vez mais especializados, que possuam uma
visão generalista e sejam capazes de conectar fatos, acontecimentos em
várias áreas e ajudar as empresas na consecução dos seus objetivos.
As mudanças criarão um dilema de difícil solução, a necessidade de
atualização dos conhecimentos será de vital importância para apresentar
soluções rápidas direcionadas a esses dilemas.
O aumento de intercâmbio econômico, social e cultural, fez com que
todas as profissões fossem repensadas e reformuladas, essas mudanças não
deixaram de afetar a profissão e o profissional contábil, que está deixando de
ser aquele profissional que tinha a única preocupação de manter a
escrituração das empresas e calcular seus tributos, se tornando uma peça
fundamental na geração de informações confiáveis e vitais para a
administração das entidades, bem como tomar parte do processo decisório,
tende ainda, extrapolar o campo empresarial, tornando-se também um gerador
de informações para toda sociedade, como uma peça importante para que
também a comunidade em geral entenda e se beneficie da informação
contábil, publicando balanços que não se prenda somente a números, mas que
tente mostrar que as informações prestadas pelo balanço social são saudáveis
e importantes para todos, demonstrando quais são os benefícios atuais e
futuros de uma determinada empresa para a comunidade que a acolhe.
Por muito tempo o profissional da contabilidade foi visto e ainda
continua sendo pelos microempresários como um funcionário indireto do fisco
e do governo, incumbido de cálculos e preenchimento de guias e formulários.
Dentro da nova tendência mundial de internacionalização de comércio,
33
serviços e, sobretudo, mão-de-obra e tecnologia, o contador tem a obrigação
de mostrar a sociedade como um todo, que tudo isso foi e continua sendo a
maior injustiça praticada contra a profissão e o profissional da contabilidade.
Mostrar que a contabilidade e as informações prestadas por ela são de
importância inquestionável, não apenas para as empresas, mas para a
sociedade como um todo, que tem, através dessas informações, a capacidade
e oportunidade de analisar e julgar a real importância de uma determinada
empresa ou de um determinado setor, e qual a parcela de contribuição dessa
empresa ou setor não só no que concerne ao aspecto econômico dessa
comunidade, mas também naquilo que diz respeito à sua contribuição para o
seu desenvolvimento social.
No segmento empresarial privado há sempre espaço para o profissional
contábil, pois, “onde houver empresa haverá sempre um contador”, seja na
criação, acompanhamento de desenvolvimento, na checagem da sua saúde
pelo auditor ou em atividades voltadas à contabilidade administrativa, na
gestão de materiais e equipamentos, no controle de estoques, nas atribuições
do departamento de administração de recursos humanos, na área de gestão
empresarial abrigando sistemas de informações, planejamento de sistemas e
informações, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informações e
processamento de dados.
Sua atuação não se limita apenas à área empresarial: o
profissional pode atuar na área pública, como profissional autônomo, com seu
escritório individual ou em sociedade contábil, portanto deverá estar sempre
atento as mudanças no mercado de trabalho, a sociedade em geral está
voltada para a tecnologia e globalização consumindo cada vez mais produtos
importados, não sendo diferente para o profissional da contabilidade, pois as
propostas de internacionalizar as normas contábeis convidam o profissional a
acompanhar o novo segmento mercadológico e se tornar consumidor desses
serviços.
34
CONCLUSÃO
Concluí-se que o novo milênio requisita profissionais cada vez mais
gabaritados para competir no meio profissional, constatando a riqueza da
teoria sobre as organizações de aprendizagem, num momento de mudanças.
Por mais que não queiram ver as pessoas e o mercado de trabalho está
mudando, e isso exige uma nova postura profissional.
No caso particular do profissional contábil, este deverá agregar ao seu
currículo valores como: possuir espírito investigativo, consciência crítica e
sensibilidade ética, investir em educação continuada, ter responsabilidade no
contexto social e ambiental, conhecer a cultura de outros países, possuírem
imaginação, criatividade, iniciativa de liderança, ser conhecedor profundo da
sua arte, a contabilidade, resultado de debates e estudos constantes, se
comunicar em mais de um idioma, ter habilidades na tecnologia da informação
e domínio total da informática, possuir habilidades interpessoais para
colaboração e trabalho em equipe, enfim construtor do século XXI.
O tema destacado está crescendo cada vez mais, proporcionando
inúmeras informações aos gestores, realizando um confronto entre a
contabilidade em seu início, não deixando de destacar os pontos fundamentais
de sua evolução com a contabilidade praticada na atualidade.
O papel do contador em uma empresa a cada dia que passa torna-se de
fundamental importância para a administração, onde verifica que hoje o
profissional contábil não apenas registra os dados para fins fiscais e/ou
tributários, mas sim com o objetivo de disponibilizar informações gerenciais de
grande importância para a organização.
Na busca de entender melhor como prover informações relevantes para
utilização em planejamentos, estratégias e tomadas de decisões, na qual
poderá delinear o caminho e o sucesso da empresa junto a varias mudanças
35
que ocorrem no mundo dos negócios. A contabilidade Gerencial está passando
por um processo de mudança, tem enriquecido na tomada de decisões do
processo administrativo.
O modelo organizacional que deverá fazer face à sociedade da
informação já está sendo difundido, pois está baseado na coleta e tratamento
da informação que terá maior impacto no processo decisório.
Para que se possa realizar a análise das demonstrações financeiras, é
fundamental que o analista tenha pleno conhecimento das demonstrações
contábeis, das técnicas de análise, de como elaborar e interpretar uma análise,
enfim, dos conceitos que foram especificados no presente artigo.
A Contabilidade deve servir não apenas como controle patrimonial, mas
como ferramenta gerencial nas empresas. Com a aplicação das técnicas de
análise apresentadas neste artigo, aliada a capacidade de interpretação do
analista, a qual deve ser adequada à realidade da empresa analisada, ou do
usuário que está solicitando a análise, poder-se-á, então, elaborar-se relatórios
os quais traduzam a situação econômico-financeira da empresa, podendo,
assim, a administração ter um auxílio para a tomada de decisões.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ATKINSON, Anthony A. Contabilidade Gerencial, 2000, Editora Atlas, 1ª edição
– 2ª tiragem.
CREPALDI, Silvio Aparecido Teoria e Prática da Contabilidade Gerencial,
2002, Editora Atlas, 2ª Edição.
IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores. Princípios Contábeis. 2ª edição
– São Paulo: Atlas, 1994.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da
Contabilidade. São Paulo, Atlas, 1999
BERNARDI, Luiz Antonio. Política de Formação de Preços. 2 ª ed. São Paulo :
Atlas – 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 8ª ed. São Paulo: Atlas –
1998.
PARANHOS, José Luiz B. Contabilidade Decisorial: Análise Gerencial de
Custos e Resultados. São Paulo: STS, 1992.
CATELLI, Armando (coord.). Controladoria Uma Abordagem da Gestão
Econômica. FIPECAFI, SP, Atlas, 1999.
FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15 ed. São
Paulo: Atlas, 1992
37
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 07
CAPITULO I
DEFINIÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS ORGNIZAÇÕES.............. 08
CAPITULO II
FINANANÇAS E CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................ 12
CAPITULO III
A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO AMBIENTE INTERNO
DA EMPRESA ....................................................................................................... 16
CAPITULO IV
A CONTABILIDADE E A ADMINSTRAÇÃO ......................................................... 19
CAPITULO V
O PAPEL E AS CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE NA EMPRESA .......... 23
1.1 O profissional contábil e o administrador ................................................. 26
1.2 Informações contábeis baseados no lucro e sua rentabilidade ............... 29
CAPITULO VI
EXPECTATIVAS DA CONTABILIDADE NAS EMPRESAS .................................. 31
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 34
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ....................................................................... 36
ÍNDICE .................................................................................................................. 37