121
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA DE SÃO CARLOS Ressonância Magnética Nucl ear em FelfZnl-ItF2 Tese apresentada ao I nst i tuto de Fisica e Química de São Carlos, da Universidade obt.enção do Fisica Básica. de São titulo Orientador: Prof. Dr. Claudio J. Magon SERViÇO DE BIBLIOTECA E INFàRMAÇÃO - IFaSe I FISICA Deoartamento de Fisica ~ Ciência dos Materiais São Carlos - 1989

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE FíSICA E QutMICA DE SÃO CARLOS

Ressonância MagnéticaNucl ear em FelfZnl-ItF2

Tese apresentada ao Inst i tuto deFisica e Química de São Carlos, daUniversidadeobt.enção doFisica Básica.

de São

titulo

Orientador:Prof. Dr. Claudio J. Magon

SERViÇO DE BIBLIOTECA E INFàRMAÇÃO - IFaSe IFISICA

Deoartamento de Fisica ~ Ciência dos MateriaisSão Carlos - 1989

Page 2: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

---------~--_.-._----

MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE

LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

AO INSTITUTO DE F!SICA E QU!MICA DE SAo CARLOS, DA UNIVERSI.

DADE DE SAO PAULO, EM 14 DE dezembro DE 198 9 .

COMISSAO JULGADORA:

Dr. Claudio José Magon Orientador

\

Dr. Luiz Nunes de Oliveira

Page 3: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

\

.AGRADECIMEMTOS

A realização desta tese não deve-se exclusivamente a. um esforço

solitário de minha parte, mas sim ao trabalho e a cooperação de diversas pessoas. A

todos os que de alguma forma contribuiram e participaram deste trabalho, quero

expressar meu reconhecimentot-- minha gratidão, pelo enriquecimento profissional e

humano que me proporcionaram.

Dentre todos aqueles que me auxiliaram devo destacar algumas

pessoas cujas contribuições foram essenciais ao desenvolvimento da tese. Sem o

profissionalismo e a generosidade destas pessoas este trabalho não seria possível.

Agradeço:

Ao prof. Cláudio J. Magon por ter me proporCionado um trabalho e uma orientação

tão estimulantes. Foi de fato um privilégio ter colaborado com um profissional e uma

. fisura humana pelo qual desenvolvi o maior respeito ~ amizade.

Ao prof. Geraldo Lombardi por sua generosidade em nos ceder a ponte "GUILOLINE"

e os capilares.

Ao prof. Máximo S. Li pelos capilares e por sua disponibilidade e interesse emcolaborar.

Ao prof. SérgiO M. Resende pelo empréstimo das amostras que utilizamos.

Ao prof. J. Sartorelli pelas idéias e discussões que nos levaram a medir {3.

Ao losé L. Menegazzo, João C. dos Santos e Carlos N. Gonçalves pelas idéias e pelo

empenho na construção do criostato e dos demais serviços que necessitamos daOficina Mecânica.

Não posso deixar de agradecer também: aos profs. A. Tannús e Tito

Bonasamba pela disponibilidade em auxiliar e trocar idéias; ao prof. H. Panepucci

pelo interesse e o incentivo dado ao nosso trabalho; ao Vitor e à Angélica que ao

nos receber no grupo logo se dispuseram a interagir e passar sua experiência; à

Gorette e à Yara pela colaboração e camaradagem que se1t!pre mantivemos no

laboratório; e, finalmente, ao SérgiO e à Marisa pelo extremo interesse e pela

disponibilidade em ajudar de todas as formas.

Asradeço ao CNPq, que me financiou durante a relização da tese.

,

Page 4: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

C) o ESPECTRÔMETRQ DE RMN PULSADA 60

D) O PROCESSAMENTO DO ESPECTRO DE RESSONANCIA 64

....•.E.l) A Relação SinallRuido 69

, - ,CAPITULO I I I : CONSIDERAÇOES TEORICAS 74

A) O MODELO DE CAMPO MEDia 74

B) O CAMPO LOCAL NO F1S 80

, ,CAPITULO IV : ANALISE E RESULTADOS 90

A) FASE PARAMAGNÉTICA 90

B) REGLÃ.OCRÍTICA: A DETERMINAÇÃO DE 13 103

CAPÍTULO V : CONCLUSÕES E CONTINUIDADE 108

Page 5: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

.AGRADECIMENTOS

A realização desta tese nao deve-se exclusivamente a um esforço

solitário de minha parte, mas sim ao trabalho e a cooperação de diversas pessoas. A

todos os que de alguma forma contribuiram e participaram deste trabalho, quero

expressar meu reconhecimento~ minha gratidão, pelo enriquecimento profissional e

humano que me proporcionaram.

Dentre todos aqueles que me auxiliaram devo destacar algumas

pessoas cujas contribuições foram essenciais ao desenvolvimento da tese. Sem o

profissionalismo e a generosidade destas pessoas este trabalho não seria possivel.Agradeço:

Ao prof. Cláudio J. Magon por ter me proporcionado um trabalho e uma orientação

tão estimulantes. Foi de fato um privilégio ter colaborado com um profissional e uma

. figura h umana pelo qual desen vaI vi o maior respeito e amizade.

Ao prof. Geraldo Lombardi por sua generosidade em nos ceder a ponte "GUILDLINE"

e os capilares.

Ao prof. Máximo S. Li pelos capilares e por sua disponibilidade e interesse em

colaborar.

Ao prof. Sérgio M. Resende pelo empréstimo das amostras que utilizamos.

Ao prof. J. Sartorelli pelas idéias e dIscussões que nos levaram a meàir 13.Ao José L. Menegazzo, João C. dos Santos e Carlos N. Goncalves pelas idéias e pelo

empenho na construção do criostato e dos demais serviços que necessitamos da

Oficina Mecânica.

Não posso deixar de agradecer também: aos profs. A. Tannús e Tito

Bonagamba pela disponibilidade em auxiliar e trocar idéias; ao prof. H. Panepucci

pelo interesse e o incentivo dado ao nosso trabalho; ao Vitor e à Angélica que ao

nos receber no grupo logo se dispuseram a interagir e passar sua expenência; àGorette e à Yara pela colaboração e camaradagem que sett'!pre mantivemos no

laboratório; e, finalmente, ao Sérgio e à Marisa pelo extremo interesse e pela

disponibilidade em ajudar de toàas as formas.

Agradeço ao CNPq, que me financiou durante a relização da tese.

Page 6: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

"O mistério da vida me causa a mais forte emoçao. É osentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e aciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode maisexperimentar espanto ou surpresa, já é um morto vivo e seus

olhos se cegaram"

Albert Einstein

Este trabalho é dedicado àq uelas pessoas que, se

não participaram do tra balho no Iabora tório,

estiveram sempre ao meu lado me incetivando e me

prestigiando : meus pais, Teimo e Adelaide, mInha

companheira Valéria e meu ex-orientador de

Iniciação Cientifica prof. EugenIO Lerner.

Page 7: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

AB5TRACT

Page 8: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

RESUMO

,TITULO: Ressonância Magnética Nuclear em Fe~Znl_~F2

,.obtido 13 -0.36 ±0.01 concorda com o valor esperado 13 - 0.35.

Page 9: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

·CAPITULO I

INTRODUÇAO

"A natureza é, só uma super!icie

Na sua superjicie ela é profunda

E tudo contém muitoSe os olhos bem olharem"

Page 10: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Shulman [5] no FeF:, investigaram o acoplamento hiperfino do núcleo Fl'3 com os,

elétrons dos ions magnéticos e a anisotropia da linha de RMN com relação ao campo

- 1.0"4J:~-

~ 0.5z

Page 11: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Na fase antiferromagnética do MnF2 Jaccarino e Walker [7] estudaram

a dependência da magnetização das sub-redes com a temperatura, e seus resultados

foram bem explicados por uma teoria de ondas de spins [8]. A região critica em torno

,diminuição das flutuações criticas do sistema eletrônico à medida em que Q

, ,i.e., onde parte dos ions magnéticos são substituidos por ions nao magnéticos,

Page 12: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,tendo sitias com vizinhanças magnéticas diferentes, sentiriam campos locais

diferentes e com a dinâmica próprla da configuração magnética na qual ele está

ligado. Baseados nesta idéia diversos trabalhos seguIram-se estudando a relaxação

diluídos [24,25,26].

\ 'Um novo impulso a investigação dos sistemas diluidos veio quando.

Aharony e Fishman [27] mostraram que um AF do tipo Ising, diluido, submetido a um

Page 13: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

c) Os AF diluídos com campo uniforme aplicado sao realmente equivalentes aos

A questão da equivalência entre o RFIM e os AF diluídos com campo

("bond dlsorder") em seu artigo, quando nos sistemas reais o que ocorre de fato é

desordem de sitias ("substltutlonaJ s/te dlsorder"). Anos mais tarde Cardy [39).

levando em conta desordem de sitias, estabeleceu definitivamente que os AF diluidos

dv - 2 - a. (onde 1/ e a. são os expoentes criticos do comprimento de correlação

e do cal~r especifico) é violada, a menos que d seja substituido por d - d - 2 .

SERViÇO DE BIBLIOTECA E INFORMAÇAo _FlSICA .. . IFQSC

Page 14: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

mainetização 13 é necessária [36].

d - 3 através dos sistemas Fe~Znl_~F2 e Mn~Znl_J:F2' as primeiras investigações

experimentais foram no sentido de determinar se havia ou não transição para uma,

polêmica teórica quanto a menor dfmensionalidade critica, se d~ - 2 ou dz - 3 .

na região critica. Um dos efeitos está iuslrsdo nll flKun ~ onde está graficada a

taxa de relaxação spin-rede ( l/Tl ) do F., em fun,io da temperatura para tres

Page 15: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

°0•• O ° HO.22.9 KOe••• • O °• •• 00 O

• • • "O 00t".. 00Q) •••• ~. .

000°0 • o~.O ° o.O O

40' 41TEMPERATURA (K)

figura 2 - Dependencia de lIT I, com a temperatura para ° campo externo H" = 14.5,18.5 e 2'2.9 KGauss. Figura extraida da ref. (48)

~~ .~

• • i

! ~ o ol2!-

• ! a ~i

o.:l •• ~i i

t.o;- "" .0,;°0 •••

'rJ."'\o oJ o ••-co - •'!? oo~OO'"' •~ :# •

'!J • • • Ho·IC.•.. o.a~ a • -:! I o o HolC (e-0°! ,•• i

~ I o •••..• 3 •• i~o.&~ (: .J

<Z I.•..

I~

'80.4 i F. oS. Z~42 Fz'

0.2 ) ,o 50 55 60 65 ro 75 80 85\ 45

T(Jf,.)

figura 3 - Dependencia com a temperatura do inverso da Ia r~ura .de linha do F, emFe<;~Zn-l:F:,para HII-Lc e H,.IIC e f,=84MH:z Figura extraida da rer. 14"71.

Page 16: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

8

qu.,é'dacla '..p. temperatura correspondente ao máximo de·( 1fTt), na orientação

Hollc ( T~ ) desloca-se enquanto que na orientação Ho.l.c isto não ocorre, o que é

conseqüência da presença de campos aleatórios. Uma vez que estes campos aleatórios

aumentam a desordem do sistema a transição deve ocorrer a uma temperatura mais

baixa, e se a desordem introduzida for suficientemente grande ela nem sequer

ocorrerá. Já a figura 3 mostra o outro efeito, que é a divergência precoce do·

ÍIIverso da raiz do segundo momento da linha de ressonância do Fo na orientação

RoDc, não obedecendo à Lei de Curie. Isto acontece porque a presença dos campos

•••• tórios começa a se fazer sentir quando as correlações entre os spins aumenta, ou

_ja, estes campos modificam as funções de correlação dos spins, pois eles tendem a

ünhar-se com os campos aleatórios locais. O aumento das flutuações faz então com

que tanto susceptibilidade magnética quanto a meia largura do espectro de

ressonância, que é uma medida direta destas flutuações, também divergem.

Mais recentemente, Resende, Montenegro e Cou tinho-Filho [49,50]

"terminaram uma fase de vidro de spin [51,52] ( SG - ·Spln glass· ) no sistema

Fe4ilZnt_.:eFzpara concentrações baixas de Fe ( x ~ 0.3 ), através de medidas de

suscepti bilidade ac [53] e dc [54]. Na fase vttrea os spins

encontram-se congelados em direções aleatórias, não havendo

por ta n to ordenamen t o de longo a I ca nce • O compo r t ame n t o de um

vidro de spin é evidenciado experimentalmente por um pico na

suscept i b i I idade ac, que determina a temperatura de congelamento T f ( ver

riaura 5 ) • Abaixo desta temperatura T" há fortes efeitos de remanencia e

irreversibilidade , além de enormes tempos de relaxação associados a uma

•• taestabilidade. Outra forma de caracterização é através da susceptibilidade dc não

liaear, que diverge se há uma temperatura de congelamento ( ver figura 4 ).

A principal caractertstica do ordenamenta' do tipo vidro de spin é que

\ .e não ,e único, ou seja existem diversas contigurações microscópicas

Page 17: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

9

correspondentes às mesmas propriedades macroscópicas • A existência de múlti pIos

•• tados de minima energia torna o problema teoricamente desafiador, e questões

como qual é o parâmetro de ordem de um SG absolutamente não triviais. No entanto,

já é consensual que para que isto ocor.ra um modelo de vidro de spin deve ter

desordem e frustração, que embora essenciais não são ingredientes suficientes para

assegurar um comportamento de SG. A frustração Significa que diferentes termos do

Hamiltoniano não podem ser minimizados simultaneamente por uma configuração de

spins, pois há uma competição entre requisitos diferentes.

í - -----~-----.-----.-

10

T (I()

-t7'

; ~G•'Q-:r: 3.2"::E

\ Fe.zs Z~7'Fz10.0 ••••

-a. ,ê···.-a ••••••,e '••• '1

~ ....~'1"\ 7.S Ii -~"•• X •••\ - . '.• :c ,I •

\ " , •••• f\ ~ ~ ." "tIIII: ••••••

4. , ." zre'4:'. 5.0

:•••• Q) ...o. "" eI) •~ ,~ •• '" '1'> .. ,.~

•.. 6.: .•.•"'_ o'a ' ...,~"""'~

1.2O,~- 40 T(K) 60

figura 4 - Dependência com a temperatura da susceptibilidade dc M/H para ZFC e

FC no Fe2SZn.7SF2 com campos aplicados H - 10 kOe(+), 20 kOe(Â), 40 KOe(o) e

60 KOe(x). Figura extraída da ref. [54].

No caso do sistema Fe;rrZnl_zF2 é importante observar as diferenças,do comportamento na fase SG daquele de RFIM [55] • Na figura 4, onde está

graficada a susceptibilidade dc para diversos campos em função da temperatura,

Page 18: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

coollng- ) é reverstvel ao contrário do que ocorre quando há campos aleatórios [55].

H•• ~

:JkO.'.: ••••• a.' ..'.. ". : .ckO. '.',. .• ••..' •..•....••

•• •••• • • •.' 10kO. ".• ••• -'!

" '.-e~;4--~3--)(

• D•

, o , /• o /

•• o ••• o"

• 00 ••••• o• o".0 o ••

o ••• ••00 _

-.-

-o...••~ 4E•.•.•-

+ 17143a 1~~• 1~~8a 6970

• ~ 1~ 2~I

T(K)

I••••Ii • • • • I

2.5 15

TEMPERATURE T (K)

figura 5 - Parte real da susceptibilidade ac X'(w) vs. T do Fe.2SZn.7SF: para

diversas freqüências com campo HI) = O. A figura menor mostra X' vs. T para

w/2'7f -155 Hz e diversos valores de HI)' Figura extratda da rer. [53].

Isto indica que o estado de equilibrio com campos aleatórios é alcançado quando

nenhum campo externo é aplicado, enquanto que no vidro de spin o equiItbrio é

Page 19: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

campo aplicado para um w fixo, e observamos que há uma suavizacão do pico

como das anisotropias macroscópicas presentes a temperaturas abaixo de T/" . Não

devemos deixar de ressaltar que os sistemas AF diluídos, embora já muito estudados,

SERViÇO DE BIBLIOTECA E INFORMAÇAO _ 'FaSeFISICA

Page 20: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,

CAPITULO I I

ASPECTOS EXPERIMENTAIS

"Para o desenvolvimento harmonioso da ciência é necessário Que ateoria não se aUge da experiência, e isto pode acontecer somentequando a teoria sustenta-se sobre uma base experimental suficien-temente sólida"

dos tópicos aqui abordados nos textos clássicos de Slichter [56] ( de nivel

intermediário), Abragam [57] ( de nivel mais avançado) e Poole e Farach [58] (

N{L ;;',}+ jG 1 + jG2

onde ;;., = ti"Yn i é o momento magnético nuclear, que é da ordem de 10-3 magnetons de

Page 21: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

somatório é sobre todos os núcleos da amostra. O termo %1 representa as interações

bem mais forte que as demais interações s~ntidas pelos núcleos.

,relaxação spin-rede ocorram, o-sistema de spins atinge uma situação de equilíbrio

com a rede. Nesta situação os níveis Zeeman de energia estão diferentemente

,E importante ressaltar que ao tratarmos o magnetismo nuclear , so

Ntveis Zeeman, "YnnHo , serão induzidas transições

fenômeno, que está ilustrado na figura 1, é chamado de Re'ssonância Mainética

Nuclear. O campo alternado é usualmente denominado fIl e sua freqüênciat~O ,•• 71:

loa 'órmula I Z I vemos Que o magnetISmo nuclear, po~ depender do Quadrado do moment? magnétiCO nuclear. é-ia o)r'(lem de 10''; vezes menor Que o e,etrõn,co.

Page 22: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

--H-O fóton

lwo~

figura 1 . O fenômeno de Ressonância Nuclear para o caso de um núcleo de spm[=112 . Os ntveis Zeeman são abertos pelo campo Ho e as transições são Induzidaspor fótons de freqüência "YnHQ.

spins sao degenerados com relação ao número quântico de spm ( mI· ) e todos os

estados são igualmente populados, não havendo magnetização resultante. Como

transições simultâneas da rede e dos spins, que devem satisfazer a principios báSICOS

.( onde N1,2 e Nu são as populações dos niveis nucleares e da rede, respectivamente,

Page 23: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

15

e Wl1lo2a = W2a•1b são as probabilidades de traonsição ), chegamos a uma expressão

para o decaimento da magnetização longitudinal , i.e, na direção do campo aplicado,

dada por:

( 4 )

onde Mz(t= o) é a magnetização de equÚbrio e Tt é o tempo característico do

processo, chamado de tempo de relaxação spin-rede •

núcleo

ridenúcleorede

1

, aQ 1• .a•

1 b-L21-b-L2

O

a)

b)

figura 2 - Transicões permitidas ( a ) e não permitidas ( b ) entre os núcleos e arede pela conservação de energia

Classicamente, um momento magnético na presenca de um campo-

externo sofre um torque t= M X fIo igual a variação do momento angular dd~I~ N

O movimento da magnetização M = L -n."'tn I é então dado pela equação

d M ==dt 1n M X fIo ( 5 )

\

Sabemos que quanticamente a aplicação de um campo alternado H!

promoverá transições entre os ntveis Zeeman. Para vermos o que acontece,classicamente com a magnetização, procedemos a uma mudança do referencial estático

( o do laboratório) para um girante. Fazemos isto porque um campo linearmente

Page 24: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

4

polarizado ( na prática H1= 2H1 cos wt x ), pode sempre ser considerado como

velocidada angular w" = -wo % em torno. da direção do campo aplicado Ho = Ho %.

igual a 2w, ela produz um efeito secundário que na maioria dos casos pode ser

.•polarizado H1 pode ser escrita como :

dMdt

.•~~ aderi vada de M com relação ao tempo nas

.•dMdt

.•ôM- ãt+WXM

.•dM "Yn M X [ ( Ho- w'J. -;- H: -, ( 8 )dt -) x"Yn

Como equação 8 acima, não .H: estático neste sistemavemos na so e

.•descrever o movimento de M. Neste caso, se H! for nulo, M sera estático no

,em torno de ;' com velocidade angular w1 = '"YnH1 no referencial girante. enquanto

Page 25: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

4

da combinação do movimento no sistema girante com a rotação deste em torno de H(,.

Se o campo H1 for aplicado por um tempo í, tal que "YnH1í = 7':/2 , a magnetização

será deslocada para o plano tranversal e dizemos que foi aplicado um pulso de ií/2.

-MU.o)..•. .•. .•.",

\

figura 3 O referencial girante (a) e o efeito do campo H1 sobre a magnetização Mvisto deste referencial (b).

Page 26: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

operador momento angular, 1;.1 , fica então :..•n d I r" .• .• .•T dt == l :Jt, I ] == [ - "'tnF.Ho· I, I ],

.•e dela tiramos que as componentes I == x, y, z de I obedecem a equaçao:

quântka significa. q1le é possível tratar classicamente llma amostra com um numero

ao crescimento da magnetização longitudinal ( M li ), e portanto inclue também uma

contribuição da relaxação longitudinal. Este processo de perda da ~agnetização

transversal ( M.l. ) se dá porque os núcleos sentem campos locais diferentes, que se

adicionam ao campo estático Ho, fazendo com que exista uma distribuição de

freqüências de Larmor f(w) , onde w = [ "YnHü + ( Ho' Hloeal ) / Ho J. Dessa forma,

logo após a criação de M.l. ' as densidades de magnetização locais estão em rase, mas

conforme o tempo passa elas não preceSSlOnam coerentemente em torno da direcão de

HQ, levando a uma diminuição de M.l.' A origem destes campos locaIs pode ser

'" . , " , 'atribuido tanto as interações spln-spin, como a inomogeneldade do campo estatICO no

volume da amostra. O tempo característico associado com a relaxação transversal e

Page 27: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

responsáveis pelos processos da rela~ção longitudinal, associado a T 1 e,

transversal, associado a T2' Chega-se a estes termos por simples raciocinio

heuristico, e o conjunto é conhecido como equações de Bloch

.•dM1. =

dt..

dMII0(it -

,E importante destacarmos agora alguns aspectos contidos nesta equaçao. Em primeiro

lugar, o termo em T 1 tem como solução a equação 4, ou seja, Mil tende a um valor de

equilíbrio Mil para tempos longos. Já o termo em T 2 para M..L tende a zero no

mesmo limite. Em suma, estes termos descrevem fenomenologicamente os processos de

Page 28: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

devido ao campo dipolar de outro núcleo; por difusão de spins, devido a presenca de

São então as flutuações do campo no núcleo que determinam a,

probabilidade de que hajam transições, e para cada origem fisica diferente estas

cara~teriza o tempo após o qual o campo perdeu a correlação com seu valor anterior,

ou seja, quando a sua função de autocorrelação for nula. A expressão que dá a

probabilidade de transição entre os niveis nem é dada por:

001 I -/(m-n)-r- - Gnmli) e di

112 -00

00( I G I' -tw-rdJnm w) = nm,i) e T-00

,W - Jnm(m-n) ( lS )

nm - 112

2Como %1 $ uma função aleot~na de t . no CÁlculOc:l' Gnm(i) toma'~e o Seu valor méd'o, como .ndlca a

narra em 12, ,oDre um .n,emb •• Qe ,.,tem:!., 'dent,co, no qual %1 .ana de ,.,tem para ,.,tema

SERViÇODE BiBLlm7cA E"i"N'Fâ'R'M'A'ÇÃ-O _ IfQSCFlSICA

Page 29: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

· -B) o METaDO PARA MEDI R A L I NHA DE RESSONANCI A

investigá-io e explicá-io. No nosso caso investigaremos o comportamento da

magnetização do magneto aleatório Fe.7:Znl_.rF2 desde a região de T ~ T'l' para a qual

temos uma teoria de Campo Médio, até a região crÍtica de T """TN' dominada por

efeitos de campos aleatórios. para a qual não há ainda uma teoria. Temos portanto os

para que seja medido aquilo que de fato ajude a entender o problema. Como veremos

no próximo capitulo a medida da magnetização é feita através da meia largura do

RMN. De um modo geral existem dois métodos clássicos de deteccão, um que utiliza

um sinal baixo de RF continua para excitação, juntamente com uma modulação do

Page 30: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,CW são portanto feitas nos dominios do tempo e da freqüência, respectivamente, e

,de manipular, através da TF, as informações tanto no dominio do tempo como da

_ •• 1'»

T 2 curto significa que o espectro de ressonâcia e muito largo, e nestes casos o

método CW torna-se imprescindível. No nosso caso especifico, embora o FIO não seja

acessível experimentalmente, podemos obter um eco de spins, através da aplicação de

, ,Roeder [59) e Shaw (60J ), mas será muito dificil encontrar algo sobre o método misto

Page 31: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,No item B.l explicamos que o objetivo deste trabalho foi estudar o

uma amostra submetida a um campo estático Ho' ela responderá com o surgimento de

M" = Re [ 2H1 eiwt . X(w) J x = 2H1 [ X'(w)coswt - x"(w)sen wt ] x

de zero somente em Wo ="YnHo. A presença de outras interações pode ter dois tipos

de efeitos sobre os ntveis Zeeman, que provocam um alargamento do espectro de

Page 32: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,relaxação caracteristica 1/T:. As origens deste efeito sao as perturbações

,onde lento significa com um periodo 'T» ( "tnHo ) -I ). Perturbações independentes do

,tempo modificam a separação dos niveis Zeeman, uma vez que equivalem a um campo

campos locais, devidos, por exemplo, à inomogeneidades do campo Ho ou à interações

,um buraco no espectro. Estes efeitos da irradiação seletiva intensa estão ilustrados

Page 33: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

I_IfiI

figura 4 Ilustração de uma linha composta de quatro componentes: (a) odistribuição normalizada h(w -w'), (b) as componentes g(w-w!) e (c) ascomponentesdepois de reduzidas pelo fator h(w -wo).

figura 5 Linhas (a) não saturada, (b)homogeneamente saturada.

inomogeneamente saturada e (c),

Page 34: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

~campo estát ico HQ, que chamaremos de di reção %. Como sabemos, o

figura 6 - (a) A magnetização precessiona em torno dá eixo z (a direção do campo

estático Ho) e induz um sinal na bobina de recepção (b).

Page 35: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

·equilíbrio sob a açao de um campo estático HOJ quando um pulso de duração 7' e

ressonanCla (6'):( Hl )\ .•."" I

que1-.,.

,amostra. Sendo assim, a magnetização será deslocada de sua posição de equilíbrio e

00

M~ = Mo sene exp l(w6 -w)t J jCW6+u) eiut du-00

Page 36: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

·magnetizacão transversal induzirá um sinal S(t) cx: M(t)cos(W6t). Sua deteccão e feIta

com relação ao FID. Se esta fase fJ for zero obtemos um sinal E~E(t)de freqüência

Page 37: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

figura 7 - O efeito da fase no referencial girante os sinais de absorção e dedispersão são misturados.

Integrando o FID no tempo, que pelas equações (26) e (22) é

proporcional a Mo sen9 exp(i.ã.wt + rIJ' - -f2

) I temos novamente uma TF :

S(.ã.w) =j Mo senl1 e i.ã.wt +<6' e -tlT:: dt

O

r(~w) M sen9 { cos<6', (l/T~)2 . -r sen<b' ~w } ( 28.a )- o (l /T 2)" + (~w)~ C1/T 2)2 -r (.ã.W)2

tt1(~w) { cos<b' ~W -sen<6' (1/T ::).2 } ( 28.b )-Mo sen9 ; ~(1fT .:Y + (~w)~(l/T;:t T (~w)"

\

Page 38: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

curto é melhor integrar o eco de spins, .obtido pela aplicação de um segundo pulso

eco é a de dois FIOs unidos, mas com sentidos opostos, e a integração equivalente à

(27) será portanto de -00 à +00. Em suma a integração do eco, ou do FID, equivale

Page 39: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

2 . A Amostra

A) ESTRtITURA E I NTERAÇÕES DE TROCA E AN I SaTRAP I A NOS SISTEMAS

magnético, todos ordenam-se antiferromagnetlcamente abaIXO da temperatura de Néel l

aproximadamente igual a 2/3, e que na fase de ordenamento Af formam duas

sub-rêdes de magnetização oposta. É justamente esta estrutura tetragona 1 que dá

F-, existem duas posIções inequivalentes nos planos (110) e (110), mas que na fase

paramagnética, para um campo aplicado nos planos (100) e (010) são indistiguivels. Os

Page 40: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

32-- -- -

EIXO C

,I

0....--------

,1

\

[001]e.,I,\

figura 8 _ Estrutura cristalina dos compostos FeF.., e MnF~. Os circulas clarosrepresentam os tons de flúor e os escuros de ferro ou -Manganê~.

,

Page 41: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

FeF2 MnF2 ZnF2.oa. (A) 4.70 ( I) 1~.87 ( I) 4.70 ( I)

•.b (A) 3.31 (1) 3.31 ( 1 ) 3. 13 ( 1)

u .300 (1) .305 ( I ) .303 ( I)

J, (K) -0.069 (2) -O.hS (1)

Z, 2 2

J2 (K) 5.24 (2) 3.53 (3)'Z 8 82

J3 (K) 0.28 (2) 0.093 ( J)

Z3 4 4

K (K) 9.29 (2) 0.27 (I.) fl.95 (5)

S 2 5/2 O

N (K) 78.2 67.3

1) W. H. Baur, A~ta Cry~t. l! 4RR (1985)

2)3)4)5)

fet. T. IIl1tt"iliIIg';, fL D. 1~.lÍlI[llrcl, 11. J. r.lIggl'nlll~iltl• .1. "hys. C 1307 (1970)

O. Nikotin, P. A. Lingard, O. W. Dietrich, J. Phys. r. 2 1168 (1969),J. Barak, V• .1:lcc'lrino, S. H. RC'?ende, J. Magn. M:lgn. Hat. 9323 (1978)

SERViÇO DE BIBLIOTECA E INFORMAÇAO - IFQSeFISICA

Page 42: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

excitação das ondas de spins em função do vetor de onda.

%dill. = -k L (Si= Sf )iJ

Page 43: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,antíferromagnético e é denominado de 1: . O sub-índíce 2 visa ressaltar que a

,Interação ocorre entre segundos vizinhos, que sao oito para cada ion magnético. A

ferromagnética e a chamamos de 11• Quanto ao acoplamento nas direcões J.~ e y com

o seu comportamento crÍtico é característico de um sistema Af do tipo Ising [70].

INTERAÇÕES ELETRON-NÚCLEO

Page 44: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

{, .

J }(4 r ( 4

<S,»%õ = 1n li i {3

r·9 L r:3 <S, > - 3 I

I (32)"'D. r"I ,

somatório, 4 .

Onde o e sobre todos os spins eletrônicos S, . <S,> é a média temporal de

S,l, r, é o vetor que liga o núcleo iao spin Si ( Ir,1= r i )e g é o tensor g eletrônico

dos elétrons dos orbitais 28 do F- ( que têm os spins emparelhados = $= O ) e 3d

do Mn++ ou Fe++ ( que têm os spins desemparelhados = $ == O ). Pelo princÍpio da

(v.p.)

%hft = 2: I A

Page 45: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

muito próximas das do FeF~ e MnF2• Sendo assim o sistema diluído, onde uma fração

(l·x) dos' íons magnéticos é substituída aleatoriamente por íons de Zn++, terá uma

,comportamento critico do Mn~Znl_xF2 e obtiveram que seu comportamento critico e

~-;::-o·~"~·'·'·~'"" '')',,. ,,'; "ER\I~ LI'" L .. __ " ,,_ .,_,i _,,,_o,.L,_-~~_._-.,,~__,,~_=~",_._~~,~~__~~~:~,,~_

-:J'""I • " ~"h' (.! se,-'~-''-'-~--'-'--~.:-._~~, "~, '

Page 46: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

diluição nao é exatamente uniforme, ocorrendo um gradiente de concentracáo na

,interpretação das medidas do comportamento critico . Um estudo detalhado desta

efeitos destes gradientes nas medidas de calor especifico magnético e espalhamento

AxXõ

Page 47: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Ora, variações na concentração da ordem de 1%, i.e., ~ T ",/T N ~ 10-:' produzem uma

,absurda, portanto o estudo dos fenômenos criticos nestes materiais só pode ser

principio, uma diferença em x da ordem de uma parte em 106 ) permite, através da

Page 48: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

-(/)a.w••••(/)-c: 5-<l

Z .• SCAN D1RtCTJON J"•

-"'0_ (0-

oO

I10 (mm)

figura 9 - Variação de ~n com a distância paralela a direção de crescimento (z) nocristal de Fe."6Zns"F2.

Page 49: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

:=. !(Sx -1 )

Os resultados a que eles chegaram foram importantes pois mostraram a Importância

da anisotropia na determinação de T'J nestes materiais. No sistema com Fe [19] o

resultado dos cálculos teóricos com c pa.indistinguivel daquele de

já no caso do Mn [20] ele é bem

0.201.00

0.20I.CO

figura 10representandorepresentando[8ol.

Dependência de TN(x)/TN(l) em : (a) Fe.rZnl_~F2 • com (-)as previsões de campo médio e de cpa; (b) Mn",Zn,_ .•.F" , com (---)a previsão de campo m~dio e (-) a de· cpa. Figura' ext;aida da ref.,

Page 50: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

O) PROCESSOS DE RELAXAÇÃO NOS AF DILUíDOS

,Os sistemas AF diluidos possuem urna dinâmica bastante complexa e

tons magnéticos, sendo chamados de Fo' FI' F2 e F 3 respectivamente. Estes íons

magnéticos por sua vez podem estar ligados, VIa interação de troca, a um aglomerado

magnético finito ou infinito ( naturalmente se x < J;Derc( = 0.24

aglomerado infinito ), ou simplesmente isolados se estiverem ligados somente a tons

de Zn ++ . Esta diferença na vizinhança magnética levará a que se tenha dinâmicas

spin-rede do F~ é especialmente influenciada pelos íons magnéticos isolados [21], com- .

Page 51: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

.,5Ao

..,-uC.,-••~::Icn

o <(,,)u Icn o~ a:

o 'ÚJ 1< I-z I~(,,) o LL.I

t= < Q

"" == o oZ t< t<C) o (,)o (,)o

< I< < <~ z a: a: a:

O' L.U LL.IZ Z ':J I- I-o o -' z z~ ••••• LI. ~ .~o~o 11 !

,

figura 11 - Olaltrama cSQuemátlco com os prinCipais processos de relaxacão nuclearem' (FeZn)F: e (~nZn)f ..·~. Os sub-Indices n e e significam nuclear e eletromco,respectivamente.

Page 52: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

temperaturas baixas, apresenta um aumento de 1fT! para x <0.5. mas que é menor do

que o esperado devido aos tons isolados. Em temperaturas altas o comportamento de

3d6 e portanto um estado fundamental 50, quando isolado, além de relaxar via,

ínteração dipolar e de troca com os outros ions, também relaxa diretamente para a,

rêde. De fato esta interação com a rêde domina a relaxação dos íons isolados em

Page 53: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

I.1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 0.1.3 .4 .5

X XF i 9 u r a t~ - Oe pe n dê n c i a d e I / T I c o m a c o n c e n t r a ç ã o em Mn Z n I F2 (A) e FeZ n 1 F 2 ( B )

x -x x-xa 300K(o.Â) e 77K (o.L1). Os pontos experimentais ass i na I ados por o e e fo

ram reproduzidos da referência (9). As curvas em linha cheia (-) representam

cálculo teórico de l/TI a 300K através da expressão (120). com os coeficien-

tes A. 8. C e O dados na tabela 2. O significado das curvas tracejadas em (B) está no texto.

Page 54: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

concentrações como o é no limite de altas concentrações. Eles obtiveram que,

conforme x diminui, existe um tempo característico a partir do qual o decaimento

passa de exp( -O'.t ) para exp( -O'.t1/Z) . Este decaimento seria devido aos Fo com

vizinhos' magnéticos malS distantes, já que configurações magnéticas diferentes

Page 55: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

3 - O Aparato Experimental

,L e as caractetisticas gerais da

externa, de Nitrogênio e de Hélio também foram refeitas em função do espaço,

Page 56: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

vl\LVULADE

AGULHA

figura 13 - Esquema dü -':r1ostalo moJlfll,;uJu para variar a temperatura I.:UIl1 fiu:,;ude Hélio.

Page 57: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

i, ..;..1:,-: __ -----~---- ..• ,-.--- ••••. ••••..•... ~~

ij

.. . ..~: .. ..·. .. ..'. ' .. .·.·

,.-,.--'.sct.!lA OE~A.JN I O

- - --.'"'-" ••••• 6& lHO"

I

~

II

-+l1+o.smm, ,I I

10nm

Page 58: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

com a flange é de inox com inox, e a sede é de material menos rígido ( cobre) que a

.~-•••

CAPILARMAGNÉTICO

~int: O.9rml~ext:l.3mm

• CAPILAR ••.NAO MAGNETICO '

-&int : 1.65 mm-&ftt: 1.85 mrn

Page 59: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Na figura 1S está ilustrado a colocação do capilar, que consiste de

dois trechos. O primeiro, conectado a partir da válvU"la de agulha, foi enrolado em

espiral ao redor do tubo interno. Ele é um capilar para fazer agulha de seringa de

um diâmetro interno bem pequeno, que forneceu a impedância apropriada para

permitir o fluxo de Hélio desejado mas que, infelizmente, é feito de aço magnético.

Sendo magnético ele poderia distorcer o campo no volume da amostra. Por esta razão

foi feita a espiral, colocada distante da amostra e fora da região na qual existe o

campo criado pelo eletroimã. O trecho final do capilar é constituído então por um

capilar, não magnético, de seção reta maior que termina a comunicação com o tubo

interno.

o esque:na do porta-amostra construido está na figura 16. Na flange

superior estão os conectores BNC, para a RF, e um outro com dez pinos para as

ligações do termômetro e do aquecedor. Os tubos que sustentam o porta-amostra são

de aço-inox, enquanto que o próprio porta-amostra e o ancoradouro térmIco à

Nitrogênio liquido são de cobre. Utilizamos o cabo coaxial especial para baixas

temperaturas do tipo "C" da "Lake Shore Cryotronics lnc." com impedância nominal

enrolado duplamente para minimizar os efeitos de indução magnética. O cabo coaxial

passa por dentro do tubo de inox e vai diretamente ao porta-amostra, já os fios do

aquecedor e do termômetro são conduzidos dentro de um· espagueti de teflon pelo

lado externo do tubo dentro do qual passa o cabo coaxial. No porta-amostra

ancoramos termicamente os fios do termômetro como pode ser visto no esquema

detalhado da figura 16b. Para fazemos o contato térmico do poste de safira e do

termômetro com o bloco de cobre usamos a graxa "thermalcote".

Page 60: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

CONterOR Rf

-... CONECTOR'TERMOMET !to

Page 61: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

absolutamente necessário para a investig'ação de fenômenos criticos. Para isto são

, . 'necessarl0S um termômetro muito sensivel ( Le., se ele for resistivo então dR/dT

Page 62: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

54

com quatro terminais na faixa de 1O-2n a 10sn com uma precisão de -0.2 ppm ( em

condições ideais ).

o principio de funcionamento da ponte é a comparação de correntes

continuas através da medida de fluxo magnético dc. O sistema usado para comparação

de correntes consiste de um transformador toroidal com quatro enrolamentos : um

chamado primário, cUJa corrente passa pela resistência R", que desejamos medir; outro

chamado secundário, cuja corrente passa por uma resistência padrão Rp; e outros

dois chamados de modulação e de detecção que detectam o fI uxo dc. Os enrolamentos

primário e secundário geram fluxos dc contrários e o fluxo residual é então

detectado através da voltagem induzida no enrolamento de deteccão, enquanto a

permeabilidade do núcleo é modulada pelo enrolamento de modulação.

--- - --- - -- -- -------------

Ip

controlemanual

~

--._.-----~--.--~-

'-

figura 17 - Esquema da ponte de resistências da GUILDLINE.

Podemos entender melhor as vantagens do método de comparacão de

correntes dc para medir resistências, acompanhando o esquema ilustrado na figura 17.

Page 63: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

cujo balanço é indicado pelo detector de fluxo. Das equações 1 e 2 aCIma tiramos o

o ajuste de fluxo nulo é feito automaticamente pelo cIrcuito "slave", que está ligado

à satda do circuito de detecção, enquanto que o balanço de voltagem é feito

Nor- ~.

medem-se as tensões com as correntes em sentidos opostos e toma-se a diferenca,

Page 64: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

56

assim tanto a questão dos potenciais termoelétricos como o de qualquer "offset".

B.2) Controlador de Temperatura

Um sistema dpico de controle de temperatura é constituido de três

partes principais :

1- Aquecedor, sensor térmico e massa térmica, todos em contato térmico entre si. O

objetivo do experimento é controlar a temperatura da massa térmica, que é aferida

pelo sensor térmico ( no nosso caso o CGR-1-1000 ). Em principio., a temperatura

da amostra se estabilizará próxima da temperatura da maSSa térmica

2- Um amplificador condicionador do sinal produZido pela sensor, que converte o

sinal induzido pelas mudanças da temperatura em voltagem DC. Este amplificador

usualmente possue internamente uma resistência variável padrão OU um

\

transformador variável calibrado com relação de espiras 1:n, n<1, ou qualquer

dispositivo similar ) que determina a temperatura de equilibrio de forma que a

voltagem De na saida será proporcional à diferença entre a resistência do sensor e a

referência estabelecida pelo padrão. A ponte da "GUILDLINE" que descrevemos aCima

realiza esta função.

3- Um controlador de temperatura, que acionado pelo sinal DC da saida do

amplificador completa o circuito de realimentação alimentando o aquecedor, como

ilustra a figura 18. Este controlador processa o sinal do amplificador no domínio

ganho vs. freqüênCia, seleciona uma de suas porções positiva ou negativa

(controle de polaridade) e através de um estágio de amplificação de potência produz

uma saida que alimentará o aquecedor.

Em um experimento ideal o controlador entrega uma qua'ntidade de,potência instantânea que é exatamente a necessária para estabilizar o sensor, e

portanto a massa térmica, na temperatura escolhida.

Page 65: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

57

A equação de tranferência para a parte central do sistema

aquecedor - massa térmica sensor é governada por uma equação de fluxo de

calor, conhecida como equação de difusão. Esta equação diferencial parcial relaciona

a voltagem na entrada do aquecedor (V,") com a voltagem no sensor (V out). Este

sistema não se comporta como um simples circuito RC, cuja equação de transferência

prevê uma constante de tempo igual à constante de tempo da massa térmica. Um

circuito RC promove uma defasagem fixa de 90° e um "roll-of f" em freqüências

acima do ·inverso da constante de tempo de 20 dB/década. Se o sistema térmico se

comportasse desta maneira, seria suficiente conectar a saída da ponte/amplificador

diretamente ao aquecedor, através de um simples amplificador de potência de banda

laria, e o sistema de realimentação se estabilizaria automs.ticamente.

MASSA de COBRE

aquecedor sensor

. '.

fiaura 18 - Esquema de funcionamento do controle de temperatura.

A equação de transferência do nosso sistema térmico é tal que para,freqüências maiores que a freqüênCia equivalente da constante de tempo da massa

'. térmica. tanto a fase como a inclinação do "roll-of f" continuam a aumentar

Page 66: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

alcanca 1800 para um pequeno aumento na freqüência além do inverso da constante

um gradiente térmico e-ntre a massa térmica e a temperatura desejada, assim como

SERViÇO DE ãiãuorecA E INFORMAÇAo _ /Fasc

nS/CA

Page 67: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,d) Controle de "off-set" na entrada,' para corrigir o "oll-set" na saida da

apresentaremos aqui os detalhes técnicos de construção do controlador. Caso o leItor

o aquecimento da amostra pelos pulsos de RF pode ser facilmente'"

Page 68: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

diminue. Quando a ponte se estabiliza o eco praticamente não é mais visível,

taxa de repetição alta utilizada no inicio do teste, novamente a pont~ desestabiliza-

Page 69: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

AHPL'FI o.roltbl v(.h~De!' '-'NflA te 05C'lASc.6P'ore PcKêNCI4Fb~NciA 4TAAOO

eW6Af"JL.UAbO

.

C>.5CILAooR ocr- RI=-Der~t'OIt Ati a.i F I cAtoR.

(1-\ IxcrÀ.) € J:IL~o l>d""ArUDIO.3: 2 ~

~~ ~,

..

. INrE'6A.ADOR.

- (3DJC-CAft./JHPURtAPO!t

1>'" l.5DA. tA! I',fi -AAfJ./FltADD!t1-0-

roTJNeiAI

~~,.

I-, -4:.-\

N /{1lO -{/JH PuTA l>oIOI6irALllA~/ •

Dt!"J)iCADO" r _.-...----- -"liRF• Z·50A .lC1 .'N ':Oe S • ,I~o

Q I•V "- I . .,c2

IrnIII.Q

c:1113III

D-o111III"tJ111or+.,o.3111r+.,.oo-111,

~3:z

"tJc:-IIIIIIo-ID

Page 70: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,para cortar os ruidos de pequena amplitude e vao para o "probe" onde excitam a

A resposta da amostra, antes de chegar ao pré.amphficador

receptor e o pré-amplificador. O pré-amplificador é colocado o mais próximo possível

do "probà", e após esta primeira amplificação o sinal é novamente amplificado no

-MATEC mas sim um mixer "MINICIRCUITS ZMF-2", que nos permitiu um pequeno

Page 71: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,relação sinal/ruido do sinal captado [59]. Um detalhe importante para as nossas

medidas é a variação da sintonia e do acoplamento com a temperatura. Por uma,

questão de limitação do espaço disponi vel no porta amostra, tivemos que optar por

,temperatura das características dos elementos do circuito. Por esta razao utilizamos

,temperatura. Sendo assim, ao fazermos o acoplamento nós o fazíamos de tal forma

,que ele fosse melhor a temperatura de Nitrogênio liquido do que a temperatura

Page 72: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

10000~

ri}~ soooasu

~ SOOO••••~QJ••• 4000

=2000

Calibraçõo do imé:

H reei = 0.923 • freldlal + 14.62

-/J"/."

"/;I

//

~/

/rI./

//

//

o o 2000 4000 6000 8000 10000 12000fieldial ( gauss )

espectro seja transferido para o micro-computador ;'MONYDATA NYDA ~OO PLUS"

(compativel com o IBM PC-XT), equipado com co-procj!ssador. Este programa que

Page 73: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

completada a transferéncia dos dados, permite ainda salvá-los num arquivo para um

H~

A = I Y(H) dH ,Hl

Ho = 1AH~I H Y(H) dH ,Hf

H~I ( H - Ho )2 Y(H) dH ,

\-lI

ressonância for gaussiana, que como veremos no pró:<imo capitulo corresponde a

\ temperaturas fora da região critica, o segundo momento converge para um valor

Page 74: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

· H 11 cT= 70 K

100CAMPO

figura 21 Espectro tipicomomento calcula-se a diferença

para T::» TN e I ( H) Para calcular o segundoentre o valor médio de [ ( H ) nos intervalos A e B.

Page 75: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,Porém, quando na região critica, a linha tem uma forma que lembra a

de uma Lorentziana. Mas como o segundo momento deve convergir, já que o número

de spins da amostra é finito, certamente a forma do espectro não é esta. Como nao

g ,-,----T----_--__.---_----, _

.·l

T: 34.8KH!lc

.•.. 4""í

~...:':

~.•..'o... 2~

'"...~

JlOO(GAUSS)

,figura 2:2 - Espectro ti pico na região de T ~ T~I .

Page 76: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

A pobreza de nossa relação sinal/ruido prejudica muito as medidas na

, .na região critica. A figura 23 iustra este fenômeno mostrando que a intensidade

,relativa do sinal passa por um minimo em T ". Magon e cal. [46J atribuíram este

efeito a um decréscimo de T 2 próximo da transição.

-cn~-z::>

•mc::«--->-1~-cnzwr-z

o 8

:c<J"C\J~Nc::

CDoO OO CDO OO e~

aoo

Hllc

30 35 40figura 23 - A intensidade do eco em função da temperatura na região critica (o).Figura extraída da ref. (46].

Page 77: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,E.I) A Relação sinal/ruido

to _ Te~t·n

Page 78: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

cruzados conectados à terra, limitando a tensão na entrada do pré-amplificador em

torno de'1 V. Este procedimento evita que os pulsos de RF danifiquem o receptor

,Infelizmente, as especificações B e C são incompativeis. O transiente

,natural C'ringing") do circuito ressonante persiste durante um tempo cacteristico c:r

Qcr ==2-Wo

S/R é proporcional a ( Q )1/2 • Tipicamente é necessário um tempo da ordem de 20 '.T,

Page 79: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,ordem de dezenas de /J.S ). Este problema é dificil de ser resolvido sem comprometer

a relação S/R, embora existam técnicas especiais para este fim. A mais comum é

aplicação do pulso de RF. O circuito de '''quenchlng'' introduz, durante um curto

,tornam-se particularmente difíceis de serem

Page 80: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

--- - .... -- ------ ---

70 72

601 \ FeX Znl_XF2- fi) .fi)I \ T-:300 K::)

01(

~~ 50r \F-75 MHz- X-O.6- - :z: \.HO Ile<J I·40

t7o.

'O' o

;

20O :3 6

flT (JiS)9 12

( .)-TEMPO

••••••• 1_UT

I

JANELAS t I

DE .....--::: -I 1-~f1:; :INTEGRAÇÃ~ : :

_---JI~~-=--=--:3-5Ji-S---' i - (o l

__ I 1----

-30 •.•.5

t\T

,.figura 24 - Dependência da meia largura total em função da largura dos pulsos de

\ RF. Figura extraida da ref. [47].

Page 81: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,intensidade? Em principio não há qualquer motivo para que isto ocorra. No entanto

Yasuoka [82] relata que no sistema Fe.:t>Zn1_.:t>F2o eco tem amplitude máxima quando

os pulsos são de 1i!2-ií, exceto quando x~ 0,1 onde a condição de máximo é com

Page 82: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,CAPITULO I I I

,

CONSIDERAÇOES TEORICAS

"ver o mundo em um grão de areia

E um céu em uma Flor Silvestre

Tomar o infinito em sua mão

E a Eternidade em uma hora

\oIilliam Blake

obter a magnetização no Fe.:cZnt_3:F2 e a partir dos momentos magnéticos dos lons de

Fe++ calcular então o campo local nos núcleos de FI '3.

kd L ~1~J Sf SJ<IJ>

,~

+ 2 !J.e Hef·.L ~jSli

A origem de cada termo do Hamiltoniano ~l) é a seguinte:

12 termo É devido a intenção de troca entre os spins vizinhos, e como J!J >0 ela

Page 83: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

22 e 32 termos : São devidos às ínterações de anisotropia de origem de campo

~onde Ho é o campo aplicado, g é o tensor giromagnético e IJ.- e magneten de Bohr.

CI

"r = 1 g Hox x- +1 g HoY y- .J..l g Hoz z-J1)ef :2)( . :2 Y ':2 Z

{n-, L

Page 84: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

onde definimos a flutuação do spin Si em termos de seu valor médio m, = <S, > como

aproximação substituindo (5) em (1), e desprezando os termos em {ó s,f. Procedendo

..mais a interação com o campo efetivo hj que depende dos valores médios dos

$ - $c - lJ.a L E, S,t

$e = - L ~J'J Ej EJ m,<íJ>

mJ - Kc L E, (m,z)2. + L ! Ko E, EJ m,z m/ij

hj" " - g" Ho" - LJ rOi

hjZ = - gz HoZ - L

JrOi

EJ (Jij -Kd ) m,ZlJ.e

, Kc m;Z..•..---, /J.a

lpara uma discussão detlhada da (luestão dO IIm,te de validade da Teor.a de Campo MédIO. o L.e,tor

pode refer'''-se ao livro de Patasn'n~," e POitrOv,kll [ 1. na parte onde é.d"cut'<3a & Teo,.,a de L.andau par.

fenômenos de condensayão. A TeOria üe L.an..Jaunada m:l" é do (lue uma teoria de Campo I'o,éo,o.

Page 85: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

térmico) e fechado ( o número de particulas é constante), i.e., um sistema canônico, é

.~%~ = Tr { e }

$ = e-:Jbc Tr { exp( f3 J./.B L E, S, . hi ) }I

Tr{ exp ( 13 J./.B L '=, s,. h, )} =I

tSl::--S

t52=--5

·5~ {exp L 8 J./.a E, S,::' h,l}~ I

SN ---5

. N.~. h 8 '·11 I (S+ln)Tr { exp( 8 !..J.s L ~,S, h, ) } =(2S+l)~ n sm /.1.0:'_

I sinh I3lJ.s Ih,ll~

Page 86: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

..1 { "sinh ~~e!h,! (5+112) }- ,B%c + lC + ~ E, ln ~,B I sinh ~~e Ih,112

[sinh 8'u~!hil(S+1I1)j-à L E, ln --

I sinh 8'ua IhY1

aF O= , i-x,y,zam'k

...• hi .•mj = -~- S B'J (8 'ue Ih, I S )

Ih,l

B'J(Y) =(2~; 1) cotgh y - 2k cotgh bk y J

Page 87: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

sítios magnéticos tem sua ocupação sorteada aleatóriamente de modo a ter a

sítio e os novos valores m, obtidos substituem os antigos. Terminada uma iteração,

isto é, após toda a rede ter sido atualizada, o critério de convergência é testado

L [ (mJn - (m)n-l ]2

L [(m,)n fI

Page 88: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

10ns Fe++ somente via interação dipolar. Q núcleo n que está no sítio de posição r.,

sente um campo devido ao ion magnético em ri dado por,

3 (ili rni )

rni5

onde r"i == rj -r" . I r", I ==r,,; e ú,j é o momento magnético do íon do Fe++ , dado

Monde o somatório acima ( L:t ) é feito sobre todos os sitios magnéticos, exceto os

1.1

tres' sítios mais próximos do núcleo n.

, St:RVIÇO DE BIBLIOTECA E INFORMACAot FISICA' - 'faSe

Page 89: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

_ "y 4 ~

f = 2- lHo +Hnlh '71'

Mas como o campo' interno é muito menos intenso do que o campo externo, a equação

Ho - 2'lf r - hn- "Y

( 3 (

Page 90: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

OS 'iJ.j

são iguais ao valor médio <'iJ. >. Na realidade iJ,. é diferente em cada sítio, mas,

a aproximação de CV deve ser boa se a distribuição dos iJ, for estreita como é o,

Na fase para magnética 1'ü.1 deve ser proporcional ao campo externo,

direções de ;;., e Ho

Ho = ( X.L H o X.L H o X11 H o )I )(' t Y' t Z

Em (29) acima usamos que X,~ =X y = X.L e XZ =X 11 [5].t I I I

coordenandas esféricas temos que,

\\'{~-

=- X.L Ho (sen9 cos q, x + sene sen q, Si' ) + XII Hf') cos 9 Z

~" (.L 11)hn==Ho~E, X.LD, (cnot9,q,)+XIID, (cnl,9,q,)1=1 ti'

Page 91: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

.1O, (r"i' B, ; ) =

3 (xnt senB cos; + y sen9 sen fP ) (r,It' Ho)nl

5rni

3 (Zni ços9 ) (r"" Ao )5

rni

I=

Page 92: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

<h,> = J h P(h) dh

probabilidade de que a contribuição do sitio i esteja entre H e H+dH como w.(H)dH.

Uma vez que estas contribuições são independentes, a densidade de probabilidadeM

P(H), onde H =2: E, H. , é dada por:

P(H) = 2~ J dK {~ g, (K) } e-' K H

gj (K) = J dH; Wi (Hj)

G(K) = TI g, (K) = J dH P(H) e' K H

Page 93: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

conforme K aumenta. Ora, [g (K)]tl , com N muito grande, deve então decrescer aindaI

basta expandir [g,(K)]tl para K pequeno. Para isto expandimos In[g: (K)t = N ln[ g,(K)]

que é dado em função do primeiro «H» e segundo « H:» momentos;:;,

1n ( gj (K) ]N - N 1n ( 1 + <H> K - + < H2> K2••• J (39)

< H" > - j dH w, (H) H'.00

Usando que ln(1+y) _ y - ~ y2 ... e (;72 - < H2> - <H>=, a

equação (39) fica

2Quando Queremos expandir uma função .,fkl QUe lIar'a mUito rap'damente com" • é -,antaJOso e"pana"

O I09ar~tmo da função. POIS,por vanar ma,s lentamente com ". I. eApansào em ,éne oJeL.n{wlkJi convergIrá mal'

raPidamente Que a e"pan,ão oJaprópna ••lkL

Page 94: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

86M

Ho == L Ho' (43),-1

com00

Hoi =J H w,(H) dH (44)

.00e

00M

Jr7M2 = L (H - H0

1)2 w,(H) dH (45)'-1

.00

,E imp o r t a n t e no t a r que a s ún i c a s r e s t r i ç õ e s d o TL C

~(T)

Page 95: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

correlação é pequena, pOiS a energia térmica é grande e impede que qualquer

permite que separemos a amostra em pequenos volumes microscópicos, cUJas

contribuições ao campo no núcleo de FI) no sitio n sao estatisticamente

Já na fase ordenada, isto é, se a temperatura for baixa ( T <Te ), a

formulação mais geral usando então as equações (43), (44) e (45). Para isto devemos,

Page 96: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

CT cx: 1T+Tn

Page 97: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

segundo momento da linha de ressonância do Fo maior que o calculado por simulação

numérica. No entanto, se a contribuicão dos sitias magnéticos que acoplam-se mais

intensamente ao Fo for calculada exatamente, e depois convoluida com a contribuição

dos sítios restantes, calculada pelo TLC, o segundo momento assim calculado

converge para o obtido pela simulação. Devemos então ressaltar que o TLC não se

aplica a concentrações fora do regime intermediário, no qual encaixa-se o caso que

estudamos ( com x =0.46 ).

Page 98: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

90.CAPITULO IV

Análise e Resultados

"Não sei que idéia o mundo faz de mim; mas, eu me sinto como setivesse sido apenas um garoto brincando à beira do mar, contenteem achar aqui uma pedrinha mais Zisa, aZi uma concha maisatraente do que de ordinário, tendo sempre diante de mim , aindapor descobrir, o grande oceano da verdade"

Isaac Newton

A) FASE PARAMAGNETICA

A.l) Lei de Curie-Weiss

o principal resultado da nossa análise teórica na fase para magnética,

feita através da aplicação do TLC, é que o segundo momento da linha de ressonâncIa

do Fo é diretamente proporCional à magnetização das sub-redes. Dessa forma, a

medida do inverso da raiz quadrada segundo momento ( a ) em função da

temperatura deveria ter um comportamento linear de acordo com a Lei de Curie­

Weiss ( C-W ), cortando o eixo das temperaturas em (- T n) :

(1)

As figuras 1 e 2 mostram nossos resultados para estas medidas no

sistema Fez-ZnJ_:rF: com x=0.46, com as orientações do campo aplicado Ho paralelo e

perpendIcular ao eixo fácil do cristal, respectivamente. Nestas figuras vemos também

as melhores retas obtidas a partir dos resultados das simulações numéncas que

mencionamos no capitulo anterior, mas que discutiremos em separado mais adiante. As

medidas experimentais, como ressaltamos anteriormente, são feitas mantendo-se a

freqüência de RF dos pulsos aplicados fixa, enquanto integra-se o eco de spins

varrendo o campo aplicado. Conforme a temperatura é variada., as caracteristicas"dos elementos do circuito ressonante mudam, tornando necessário um ajuste periódico

\ da freqüência de ressonância a cada 5 K de variação na temperatura.

Page 99: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

""'"N=:IHllc

..'

I

0.0 50.0 100.0 150.0 200.0 250.0temperatura (K)

figura 1 - (8 ln2 c:r::)1/: vs. T : (o) pontos experimentais e melhores retas a partir dasimulação numérica de CM (- ) e a partir dos pontos experImentais para T ~ Tr~ (-)

••·czcz::7~2.0taG-

-N=:eHlc

:si'-••l) 1.0N=-

~ ZA}'-::

rr0.0 ,

-50.0 0.0 50.0 100.0 150.0.... 200.0

temperatura (K)

filura2 - (8 ln~ c:r:)~': vs. T : (o) pontos experimentals e melhores retas a partlr da9ím~lação numérlca de CM (- ) e a partir dos pontos experImentaIs para T~· Tr, (---)

Page 100: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

92

Dos resultados expenmentais nas figuras 1 e ~ observamos que de

fato o inverso da raiz de (jz tem um comportamento linear, e próximo da transicão

ele decai abruptamente, indicando que o segundo momento da linha de ressonância

adquire um carácter divergente. No entanto, há uma difença fundamental nos

comportamentos com o campo aplicado paralelamente e perpendicularmente ao eixo c,

que é a divergência precoce do comportamento linear para a orIentação paralela ao

eixo c. Mesmo assim as temperaturas de transição obtidas pela extrapolação deste

comportamento linear dão valores de T n razoáveis tanto para HI)il c como para

Hl.c.

A divergência precoce do comportamento linear na orientação H:I c

foi analisada teoricamente por Heller [86] e experimentalmente por Magon [46,47]. O

fato deste fenômeno somente ocorrer com esta orientação de Ho nos faz crêr que sua

origem sejam os campos aleatórios produzidos nesta direção [39]. A explicação

sugerida por Heller é de que os efeitos de um campo aleatório num spin S(!·) seriam

transmitidos aos outros spins Ser') via função de correlação <ser) S(r') >, que ele

assumiu ser do tipo Ornstein-Zernite modificada

-r/E

<ser) ser')>-- V e1+7]r(2)

Onde 7] é um expoente critico; V é +1 ou -1 dependendo se os sitias pertencem ou

nao a mesma sub-rede; e E é o comprimento de correlacão, que próximo de T" vai

com t-lI, sendo t = (T -T ,,)/T n a temp~ratura reduzida. A análise leva então a um

segundo momento da diferença do campo local com e sem campo aleatóno no Flúor,

6h , que é dada por :

<6h> __ t-v(l- 27]) (3)

O resultado obtido por Magon [47J para P = 1I(1- 27]) concorda

Page 101: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

93

apenas razoavelmente com os valores esperados nos modelos de REIM e RFIM, como

vemos na tabela 1. Na verdade este problema foi pouco estudado e não está

completamente entendido merecendo ainda maIS trabalhos. ExperImentalmente uma

melhor medida de P é necessária, pois o r.esultado de Magon é intermediáno entre os

esperados para RFIM e REIM. Teoricamente a previsão de Heller deve ser

compatÍvel com o fato, já bem estabelecido, de que o sistema Fe~Znl_::-F: apresenta

um "CTossover" de um comportamento do tipo REIM para RFIM a temperaturas t ~

h~~1P ,onde hRF é o campo aleatório calculado por Cardy [39].

TABELA 1 RFIM REIM exp.[47]

p= 0.25 0.35 0.29

É importante ressaltar que, embora as temperaturas de transição

obtidas por extrapolação do comportamento linear nas figuras 1 e 2, sejam próximas

de T N , o mesmo não acontece para qualquer orientação com Ho..L c, como vemos na

figura 3 extraida da referência [47]. Desta figura vemos que se e = Ou ou 90G,

i.e., se Ho for paralelo aos eixos x ou y do cristal, o T ~l extrapolado é razoável,

mas para outros valores de e não o e.

A razão disto é a existência dos dois Flúors inequivalentes que

mencionamos no capÍtulo I I ao discutirmos a estrutura da amostra. Os dois Flúors

dão origem a duas linhas de ressonância que, com Ho..L.

c, 50 5uperpoem-se

\

exatamente quando e = 0° ou 90° . Quando as linhas não coincidem, superpondo-se

parcialmente, o seu segundo momento não será mais dIretamente proporcIonal a

magnetização, mas certamente o segundo momento da linha de cada Flúor em separado

o será. Voltaremos a discutir este ponto na próxima seção.

O fato de compararmos resultados de duas amostras eom

concentrações x = 0.46 e x = 0.58 não afeta a análise que fizemos, pOIS ambas estão

num mesmo regime de concentração intermediária. Em suma, a' diferenca de

concentração não deve afetar as questões que estamos discutIndo.

Page 102: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

oo00

OOO

OO

OO

OO

OO8

OoOo

OO0000

o00

Cbo00

oooo% oooo

\o

\9~

\11-C•••

o\t) o.,O

oo'f

,figura 3 - Inverso da linha do F,) em (FeZn)F2 I x =0.58, versus T para H .1.c, com

G =0° e e =450). f =82.1 MHz. Figura extratda da ref. [471.

-fO:z:

N

(SSn"~1 ZH~) ZIlHVI J

Page 103: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

W para Ho perpendicular a c é devido. a existência de dois sítios de Flúor não

equivalentes na célula unitária se B;;:6 0° ou 90°, A superposição das duas linhas

correspondentes aos dois sÍtios de Flúor faz com que a linha total seja assimétric~ e

11o o

o .Lo oo o

T=70Kf =31.9MHz

31. O +-..,.....-r-~-r--,.....,~---r,--,..,---r--~,,.....,.r--t---r--r.....,..--r-,-1O 50 A 100 1 150 200angu O

Page 104: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

96

é mínimo para HI) 1- c e máximo para HolI c, sendo que a forma da linha observada é

sempre próxima de uma gaussiana. Este resultado é conseqüência do alargamento

excessivo da linha para Ho li c conforme a temperatura aproxima-se de T n, também

responsável pelo desvio do comportamentG linear que vimos na figura 1 e discutimos

na seção anterior. Acreditamos, como dissemos anteriormente, que este efeito seja

causado pela presença de campos aleatórios .

o modelo teórico que desenvolvemos no capitulo I I I previu uma

forma de linha gaussiana fora da região critica. Quando o campo médio sentldo pelos

Flúors nos si tios não equivalentes for diferente, a linha de ressonância resultante

será assimétrica. As figuras 5.a e 5.b, extraidas da rer. [47], mostram as linhas

medidas do Fo no composto com x = 0.58 a uma temperatura de 245 K para Ho -L c

com 9= 0° e 45° . Observamos que para 9= 45° a assimetria é bastante acentuada e

que ~Hl/Z é bem menor para esta orientacão do que para e = 0°.

Realizando uma simulação numérica do espectro de campos locais no

FI) nas mesmas condições em que as linhas da figura 5 foram obtidas, chegamos aos

resultados ilustrados nas figuras 6.a e 6.b . As formas das linhas obtldas mostram-se

coerentes com as linhas experimentals, tanto para e = o como para e =45 . Isto é uma

conseqüência apenas da superposição das linhas dos Flúors de sitios nao

equivalentes. Se Ho for paralelo aos elXos x ou y as linhas COInCidem, resultando

numa linha gaussiana, para a qual é valida a análise teórica que leva a um

comportamento do tipo C-W :

!T-i-TTI

,

(4 )

Page 105: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

~ e: 0°....,"-"~

~~

~

figura 5 - Linha de ressonância do Fo no Fe;r:Znl_.rFZ' com x = 0.58, em T» T N e,HoJ..c para: (a) 9= 0° e (b) 9= 45°. f-81.33 MHz. Figura extraida da rer. [47J.

Page 106: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

98

~ .....• -

.-J -~./: \,...-.. ~

...! ., ••,~ ".

~~ .~\I ••I.

-VI

~...."

'coa~a)

....

~ "::I",

'~:

.- ----- -- ..

--. -----~--e=45-

-\-. -\

­•. ,"." \!<I. \~.~ .• 7'-•• l... , \. .~....- ... ~ . -,. ) ..."

•••••. ."••••• ..4'. ~.' ;"~.,~

figura 6-Linha de ressonância simulada ( o ) do Fo no Fe.1'Zn1_.1'Fz• com x= 0.58, em

T:>TN e Ho...Lc para: (a) e = 00 e (b) 9= 45°. Ho= 20262 Gauss.(---) gUla para os

olhos.

A.3) Modelo de Campo Médio e as Simulações Numéricas

,\

Como foi dito no capitulo m. a partir do modelo de campo médio,

fizemos um programa para calcular o espectro de campos dlpolares nos Ft). Exemplos

Page 107: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,tipicos destes espectros estão ilustrados nas figuras 6.a e 6.b, que possuem as

Page 108: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,....,.~~

=':o ao.o"-'-:'~••b

C\2~-.e

.HlIcoo

o T = 100K

0.00.0,

30.05.0 10.0 15.0campo (

20.0 25.0kgauss )

figura 7 - Dependência da meia largura da linha de ressonância com o campo aplicado

para T = 100, 200 e 300 K : (o) são pontos expenmentais e (-. ) é a melhor reta a

Page 109: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Um resultado interessante que obtivemos foi a indicação de uma

distribuição de T 2 ao longo da linha de ressonância quando H1. c. A sequencla na

figura 8 mostra, para Hllc e H1.c (desconhecemos o valor de fi na situacão

perpendicular), as linhas de ressonâcia obtidas com o tempo de separaçao entre os

pulsos que geram o eco, í , de 40tls à lOOtls. Observamos que para H..L.c e T = lOO,us

existem duas linhas que superpõem-se, sendo uma delas bem mais intensa, enquanto

que para T=40,us observamos apenas uma linha. Já na orientação Hilc somente uma

linha é obsevada tanto para T =40,us como para T =100tls.

Este resultado parece indicar que à cada reglão da linha de

ressonância está associado um T1 diferente, de maneira que, ao aumentar a separaçao

entre pulsos e eco, se mostram com maior intensidade aquelas reglões da linha que

relaxam mais lentamente. Ainda nao elaboramos um modelo teónco apropnado para

interpretar estes dados, mas, se nossa primeira explica cão estiver correta, certamente

medidas similares a esta servlrão para mapear T1 através da hnha de ressonàncla.

Page 110: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

Hllc Hlc

,,: SO}lS

H ao

\

figura 8 - Linhas de ressonância do Fo em Fe.:cZnl_.:z:oF:,com x = 0.46, para diversos

tempos (í) de separação dos pulsos que geram o eco, nas orientacões H.)...LC e

Hollc. T = 110 K e f = 31.89 MHz. ,

Page 111: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

.B) REGIAO CRITICA A DETERMINAÇA DE ~

103

Na região critica o comportamento da magnetização no sistema

Fe.rZn1_.;rFz depende da hIstória. Quandà resfriado com campo aplicado ( FC ) o

sistema recai em um estado metaestável de domínios congelados [87,88], cujos tempos

de relaxação são enormes tornando a fase ordenada inacessível. A transição para uma

fase ordenada ocorre quando o sistema é esfriado sem campo aplicado ( ZFC ). O

comportamento critico destes sistemas é do tipo REIM, mas, se submetidos a um

campo uniforme ao longo de seu eixo fácil, apresentam um "crossover" para um

comportamento do tipo RFIM. Recentemente [89] este "crossover" foi mostrado

através da mudança do valor do expoente crítico de magnetização, 13 , do seu valor-

para REIM, 13 = 0.349, para o valor esperado para RFIM, 13 = 1/8 .

A técnica de RMN é especialmente indicada para a determmacão de B,

mas as medidas até hoje feitas de 13 para a região de RFIM foram baseadas em uma

interpretação da linha de ressonâcia para T ~ T N ainda não bem acelta[93J. Porém, na

região antes do "crossover" , na qual o sistema é do tipo REIM, a Unha de

\

ressonância é gaussiana e portanto a meia largura é proporCIonal à magnetIzacão.

Baseados nisto pudemos medir o expoente 13 de REIM, encontrando f3 = 0.36 ...-0.01,

que concorda com o valor esperado 0.35. A figura 9 mostra o logarttmo de ~H:: em

função do logaritmo da temperatura reduzida, e a reta traçada tem Inclinação igual a

0.35 mostrando a boa concordância obtida.

Para medirmos este expoente, de inicio determinamos a temperatura

de transição após ZFC, pois o termômetro não tem uma boa reprodutlbllidade, o que

torna necessário que se faça todas as medidas na região critica sem elevar a

temperatura à ambiente. Depois de determinado T~, , elevamos a temperatura até,acima de tSQ ,a temperatura para a qual ZFC e FC não diferem [90), e novamente

Page 112: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

OQ

N ~:z: t

~ u.N 104lt). ~U cn ~- N C- N:t: 11 C'Jco-... ~. •u.Q)

•N

I

("t"")

~ (.o) D01

Page 113: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

,esfriamos sem campo aplicado. Como as linhas obtidas eram gaussianas, faziamos um

"Iitting" para medir ~H:!:, como ilustra a figura 10 . Este método era vantajoso

com relação a medida a partir do segundo momento, pois a relação sinal/ruído ruim

do expoente crítico da magnetizaçáo no caso de RFIM, urna amostra com concetração

Page 114: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

150

H IIc

T :33.8 K

50

.•10O 2000

GAUSS

Page 115: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

107

da linha torna-se cada vez menos gaussiana. A forma da linha nesta região de

temperatura lembra a de uma linha Lorentziana, mas como dissemos anteriormente, o

assumimos que o segundo momento da linha converge. Ainda não chegamos a um

modelo para a forma da linha na região critica, que nos permitiria medir t3 e

entender o comportamen to ilustrado na figura 11.

_..-,.k_.--":-- --"-'_-----'<:.... ----.-.---- ._~. __ ..__

3.0

Fe.46Z~54 F2 o

o

oO

cP°oo

oooo

Hllcfe

f=29.5MHZ

••'2.5••

~

~

;:;....~2.0••bC\2

=-- 1.5CO

1.0

. j

0.5 .31.0 32.0 33.0 34.0 35.0 36.0

temneratura~

37.0 38.0

(K)39.0

-----_.~--_._--------------- -~ •................•••.. --- --- - .... _-~. --.-,figura 11 - Razão entre a raiz quadrada do segundo momento da linha de ressonânciado Fo no Fe.rZnl_:::-Fz, coll} x = 0.46, e a meia largura, em funcão datemperatura, na região critica. Dados obtidos com FC na orientação Hl)lIc.

SERViÇO DE BIBLj"Õ.' iiêÁiltiFõ·""Ãv.ô_ IFàscl." .. " ." FISICA--------

Page 116: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

CAPITULO V

CONCLUSÕES E CONTINUIDADE

"A realidade nao é uma exvosição a ser vistoriada velo homem como rótuLo de "não tocar". Não há apectos fotografados,ezperiências copiadas em que não tomemos parte. A ciência, talcomo a arte não é uma cópia da natureza, mas uma recriação da

mesma. Refazemos a natureza pelo ato da descoberta, no poema ouno teorema, e o grande poema e o teorema profundo são novospara todos os leitores, e , todavia constituem suas própriasexperiências, porque eles próprios as tornam a criar. São marcos

,da unidade na variedade. No instante que o espirito capta isto,quer na arte quer na ciência, o coração desfalece."

Jacob Bronowski

Page 117: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

posterior processamento da linha de ressonância.

ressonância do Fo, mas não obtivemos uma boa concordância quantitativa.

sitios de Flúor que não são equivalentes conforme a direção do campo aplicado. A

forma gaussiana da linha (nas situações em q~e os Flúors são equivalentes), tanto

acima como abaixo de TN' indica que o TLC de fato se aplica e o segundo momento é

determinação do expoente critico de magnetização do REIM, e a indicação de uma

teriam a vantagem de ter uma melhor relação S/R devido a maior abundância de FQ•

b) Outra questão interessante seria investigar o comportamento critico da linha de

Page 118: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

ressonância com FC e ZFC para as orientações Holic e Ho.l.c , e estabelecer as

diferenças existentes.

c) Uma completa investigação da dependência angular da meia largura da linha do Fo,

variando a temperatura, merece ser feita ..

d) A divergência do segundo momento do comportamento da Lei de Curie- Weiss para

a orientação HoIlc, leva a um expoente critico cuja determinação precisa ainda não

foi feita.

Chegamos, portanto, no final deste trabalho com algumas respostas, e

muitas perguntas a serem respondidas. Mas este, afinal, é o caminho pelo qual

progride a ciência!

Page 119: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

55, 964

111

REFERÊNCIAS:

UJ - R.G.Shulman e V.Jaccarino; Phys. Rev. 108, 1219 (1957)

[2J - R.G.Shulman e V.Jaccarino; Phys. Rev. 103, 1126 (956)

[3] - J .M.Baker e W.Hayes; Phys. Rev. 106, 603 (1957)

[4] - V.Jaccarino, R.G.Shulman e J.W.Stout; Phys. Rev. 106,602 (1957)

[5] - J.W.Stout e R.G.Shulman; Phys. Rev. 118, 1136 (1960)

[6J - P.W.Anderson e P.R.Weiss; Revs. Mod. Phys. 25,269 (1953)

[71 - V.Jaccarino e L.R.Walker; J. Phys. Rad. 20, 341 (1959)

[8] - V.Jaccarino ; "Nuclear Manetic Resonanse in Antiferromagnets", em

"Magmetism" vol. lIA, ed. G. T .Rado e H Suhl, Acaemic Press, N.Y., (1965)

[9] - P.HeUer e G.B.Benedeck; Phys. Rev. Letters 8, 428 (1962)

[10] - P .Heller; Phys. Rev. 146, 403 (1966)

[11] - A.M.Gottlieb e P .Heller; Phys. Rev. B 3, 3615 (1971)

[12] - P.Heller ; "Critica} Phenomena", Natl. Bur. Std (U.S.) Misc. Publ. N-o 273,

ed. M.S.Green e J. V.Sengers (1966)

U31 - P .Heller; "Proceedings of the Internayional School or Physics Enrico

Fermi", curso L1X, Itália (1973)

[14] - L.Van Hove; Phys. Rev. 95, 1374 (1954)

[151 - T.Moriya; Prog. Theor. Phys. 28, 371 (962)

U6] - R.A.Tahir-Kheli e A.R.Gurn; J. Phys. C 11, 1413 (1978)

U71 - G.K. Wertheim, D.N .E.Buchanam, H.J .Guggenheim; Phys. Rev. 152, 527 (966)

[18] - J .M.Baker, J .A.J .Lourens e R. W.H.Stevenson; Proc. Phys. Soco 77, 1038

(1961)

U9] - R.A. Tahir-Kheli e A.R.Gurn; Phys. Rev. B 18, 503 (1978)

[20] - R.A.Tahir-Kheli e A.R.Gurn; J. Phys. C 11, 2845 (1978)

[21] - F .Borsa e V.Jaccarino; Solid State Com. 19, 12~9 (1976)

[22] - H.Yasuoka, V.P.Vernon e V.Jaccarino; J. App. Phys. 53, 2707 (982)

[23] - M.1toh, H.Yasuoka, A.R.King e V.Jaccarino; J. Phys. Soco lapan

(1986)

[24] - G.D' Ariano, R.L.Lacander, C.Marchetti e F .Borsa; J., Mag. Mag. Mat. 15 - 18,

681 (1980)

[251 - G.O'Ariano e F.Borsa; Phys. Rev. B 26, 6215 (1982)

[261 - M.Engelsberg, J .A.O.Aguiar, A.Franco Jr. e C.J .Magon; Phys. Rev. B 35, 1609

, (1987)

[27] - S.Fishman e A.Aharony; J. Phys. C 12, L729 (1979)

S"VIÇO DE B18LJOnCA E INfORMAÇAO _ /fQSeFlSICAr-

Page 120: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

[28] - Physics Today ,17 , July 1983[29] - V.Jaccarino e A.R.Kingj "Aspects of Magnetic disorder" in Yamada

Conference on Muon Spin Rotation and Associeted Problems, Shimada, Japan (1983)[30] - Y.IrmYi J. Stat. Phys. 34,849 (1984)

[31] - Y.Irmy e S.K.Maj Phys. Rev. Letters 35, 1399 (1975)[32] - R.l.Birgineau, Y.Shapira, G.Shirane, R.A.Cowley e H.Yoshizawa; Physica

137B, 83 (1986)

[33] - V.laccarino; "The Random Field Problem: Facts and Fiction" in Condensed

Matter Physics: The theodore D. Holstein Symposium (Springer Verlag - 1987)

[34] - A.AharonYi J. Mag. Mag. MaL S4 - 57, 27 (1986)[35] - I.Z.Imbrie; Physica 140A, 291 (1986)[36] - V.Jaearino e A.R.King; "'Randon Exehange and Randon Field Ising Systems :

Statie and Dynamieal Critical Behaviour in Statistical Physics, a ser publicado (1989)

[37} - V.Jacarino e A.R.King; J. Physique 49 , C8- 1209 (1988)

[38} - A.R. Klng e D.P. Belanger; J. Mag. Mag. Mat. 54 - 57, 19 (1986)

[39}- J.L.Cardy; Phys. Rev. B 29, 505 (1984)

[40J - A.Aharony, Y.Irmy e S.K.Ma; Phys. Rev. Letters 37, 1364 (1976)

[41}- G.Grinstein; Phys. Rev. Letters 37, 944 (1976)

[42] - D.P.Belanger, A.R.King e V.Jaccarino; Phys. Rev. B 31, 4538 (1985)

[43] - D.P.Belanger, A.R.King e V.Jaccarino; Phys. Rev. Letters 48, 1050 (1982)

[44] -. R.J.Birgineau, G.Shírane, R.A.Cowley e H.Yoshizawa, H.J.Guggenhelm e

H.1keda; Phys. Rev. Letters 48, 438 (1982)[45] _. I.Z.Imbrie; Phys. Rev. Letters 53, 1747 (1984)

[46] - . C.J.Magon, J.Sartorelli, A.R.King, V.Jaccarino, M.Itoh, H.Yasuoka e P.Heller;

J. Mag. Mag. Mat. 54 - 57, 49 (1986)

[47] - C.J.Magon, tese de doutorado, USP, 1985

[48] - H.Yasuoka, C.J.Magon e V.Jaecarino; J. Phys. Soe. Japan 51, 1039 (1982)[49] - F.C.Montenegro, M.D.Coutinho-Filho e S.M.Rezende; Europhys. Lett. S. 383(1989)

[50}- F.C.Montenegro, V.A.Leitão e M.D.Coutinho-Filho; "preprint" (1989)

[51}- A.P.Young; J. Stat. Phys. 34, 871 (1984)[52] _o. K.Binder e A.P.Young; Revs. Mod. Phys. 58, 801 (1986)

[53] - S.M.Rezende, M.D.Coutinho-Filho, F.C.Montenegro, C.C.Becerra. e A.Paduan-,

Filho; a ser publicado no J. Physique\ [54] - F.C.Montenegro, S.M.Rezende e M.D.Coutinho-Filho; J. Appl. Phys. 63,3755

(1988)

Page 121: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FíSICA E QutMICA … · 2014. 4. 2. · MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTAÇAO DE MESTRADO DE LuizTe1aoida Silva Auler APRESENTADA

[55] - F .C.Montenegro; tese de doutorado, UFPe (1985)

[56} - C.P.Slichter: "PrincipIes of Magnetic Resonance" Springer Verlag, USA (980)

[57} Abragam; "Principles of Nuclear Magnetism", Oxford Univ. Press Hong Kong

(1986)

[58] - C.P .Poole e H.A. Farach "Relaxatíon in Magnetic Resonanee" Aeademie Press,

USA (1971)

[59] - E.Fukushima e S.B.W Roeder "Experimental Pulse NMR" Addison- Wesley Pu.Co., USA (1981)[60] - D.Shaw "Fourier Transform NMR Spectroseopy", Eselvier, Holand (984)

[61] - p. Onderen, T.Sandreczkí e R.W.Kreiliek J. Mag. Res. 34, 151 (1979)

[62] - D. Onderen, T.Sandreczki e R.W.Kreiliek J. Mag. Res. 39,203 (1980)

[63}- W.B.Mims, "Electron Spin Echoes" in "Electron Paramagnetic Resonance", ed.

S.Geschwind, Plenum Press, USA (1979)

[64] - I.J.Lowe e R.E.Narberg; Phys. Rev. 107, 46 (1975)

[65] - P.W.Anderson; "Exchange in Insulators : Superexchange, Direct Exchange and

Double Exchange",em "Magnetism" voI. I, ed. G.T.Rado e H SuhI, Acaemic Press,N.Y., (1963)

[66} - J.Als-Nielsen; "Neuton Scatering and Spatial CorreIation Near the Critica I

Point", em "Phase Transition and Critical Phenomena", ed. C.Domb e M.S.Green,Academeic Press, G.B. (1976)

{67] - J.W.Stout e L.M.Matarrese; Revs. Mod. Phys. 25, 338 (1953)[68] - M.Tinkham; "Group Theory and Quantum Mechanics", capo 4, Mac Graw Hill

Book Company, U.S.A. (1964)

[69} - M.Tinkham; Proc. Royal Soe. London A235, 535 (1956)

[70} - R.D.Nelson e M.E.Fisher; Phys. Rev. B 11. 1030 (1975)

[71] - A.Abragam; "Principles or Nuclear Magnetism", capo VI, Oxford University

Press, Hong Kong (1986)[72] - C.P.Slíchter; "PrincipIes or Magnetic Resonanse", capo 4, Springer-Verlag, -',U.s.A. (1980)

[73] - A.Narath; "Nuclear Magnetic Resonanse in Magnetic and Metalic Solids", em

--!'Hiperfíne Interactions", ed. A.S.Freeman e R.B.FrankeI, Academic Press, U.S.A.(1967)

[74] - C.P.Slíchter; "Principles or Magnetic Resonanse", capo 10, Springer-Verlag,U.s.A. (980) ,

[75] - B.Bleaney; "Hiperfine Sructure in Eletron Paramag'netic Resonanse", em

"Hiperfine Interactions", ed. A.S.Freeman e R.B.Frankel, Academic Press, V.S.A.