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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
VICTOR SILVA STRINGARI
PORTAIS GOVERNAMENTAIS ACESSÍVEIS:
UM ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE NO PORTAL DE SAÚDE
Florianópolis
2021
VICTOR SILVA STRINGARI
PORTAIS GOVERNAMENTAIS ACESSIVEIS:
UM ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE NO PORTAL DE SAÚDE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Graduação em Sistemas de informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de
informação.
Orientador: Prof. Richard Henrique de Souza, Abreviatura da títulação.
Florianópolis
2021
VICTOR SILVA STRINGARI
PORTAIS GOVERNAMENTAIS ACESSIVEIS:
UM ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE NO PORTAL DE SAÚDE
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado
adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemas
de informação e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação em Sistemas de informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina.
Florianópolis, 23 de Junho de 2021.
______________________________________________________
Professor e orientador Richard Henrique de Souza, MsC.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Flávio Ceci, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Aran Bey Tcholakian, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico este trabalho à meus pais por sempre
me incentivarem independentemente da
situação.
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer aos meus pais Nara e Edson por sempre me apoiarem e por
fazerem de tudo para me providenciar as melhores oportunidades.
Quero agradecer também aos meus colegas da faculdade por me ajudarem tanto
em assuntos da faculdade como outros.
Aos professores do curso pelos bons momentos durante o andamento do curso,
especialmente o professor Richard por me auxiliar no desenvolvimento deste trabalho.
A todos meus outros amigos e conhecidos que deixaram um marco positivo na
minha vida.
“A deformidade do corpo não afeia uma bela alma, mas a formosura da alma reflete-se no
corpo.” (Seneca).
RESUMO
O governo federal tem como dever promover a inclusão social, com diversas iniciativas, entre
elas a inclusão digital. Com a evolução da tecnologia cada vez mais serviços governamentais
estão sendo disponibilizados na Web, então para não excluir uma grande parte da população
brasileira, o governo deve tornar os seus serviços acessíveis para os deficientes. Este trabalho
tem como objetivo avaliar a acessibilidade de sites governamentais para a população
deficiente, utilizando como critério as normas definidas pelo World Wide Web Consortium
(W3C), as recomendações do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) e
apresentar as barreiras de acesso ao grupo de usuários que possuem alguma forma de
deficiência. Também busca servir de exemplo para outras organizações que desejam tornar
suas aplicações mais acessíveis, através de uma pesquisa bibliográfica e aplicada utilizada
com o objetivo de fazer a análise de critérios de acessibilidade em sistemas. Através da
análise dos critérios foi possível propor soluções para o portal que tornariam o sistema mais
acessível à usuários com deficiências.
Palavras-chave: Acessibilidade. Web. Governamentais.
ABSTRACT
The federal government has the obligation to promote social inclusion, with several
iniciatives, among them the digital inclusion. With the Evolution of technology more and
more governmental services are being avaliable on the Web, so to not exclude a big portion of
the brazilian population, the government must render their services acessible to the disabled.
This monography has the objective of avaliating the acessibility of governamental sites for the
disabled population, utilizing the norms defined by the World Wide Web Consortium (W3C),
the recommendations of the Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) as
criteria and show the access barriers presented to the group of users that have a form of
deficiency. Also aims to serve as na example to other organizations that wish to make their
applications more accessible, basing of the contextualization presented and the guidelines that
make a system accessible.
Keywords: Acessibility. Web. Governmental.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Página inicial do portal. ........................................................................................... 36
Figura 2 - interface sem foco visível. ....................................................................................... 40
Figura 3 - Exemplo de foco visível no site. .............................................................................. 40
Figura 4 - Falta de foco visível. ................................................................................................ 41
Figura 5 - Utilização de apenas cores para representar links. .................................................. 42
Figura 6 - Comparação entre o modo normal e o modo alto contraste do site. ........................ 43
Figura 7 - Menu com agrupamento por tópicos. ...................................................................... 45
Figura 8 - Menu com ações mínimas. ...................................................................................... 46
Figura 9 - Menu por tópicos para usuários menos experientes. ............................................... 47
Figura 10 - Menu com menos etapas. ....................................................................................... 48
Figura 11 - Interface da página sem a opção de redimensionar o texto. .................................. 50
Figura 12 - Interface com botões para redimensionamento da fonte. ...................................... 50
Figura 13 - Interface do site atual (sem foco visível). .............................................................. 51
Figura 14 - Foco visível no elemento que não possuía............................................................. 51
Figura 15 - Links antes da implementação da melhoria. .......................................................... 52
Figura 16 - Demonstração de sublinhado para identificar links. .............................................. 52
Figura 17 - Falta de transcrição de conteúdo não textual na interface do site atual. ................ 53
Figura 18 - Exemplo de transcrição para conteúdo não textual. .............................................. 53
Figura 19 - Site atual com o modo alto contraste ativo. ........................................................... 54
Figura 20 - Modo alto contraste mantendo o conteúdo legível. ............................................... 54
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12
1.1 PROBLEMÁTICA .......................................................................................................................14 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................................14 1.2.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................................14 1.2.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................................15 1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................15 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................................................17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 18
2.1 ENGENHARIA DE SOFTWARE E O PLANEJAMENTO ........................................................18 2.2 ERGONOMIA ..............................................................................................................................19 2.2.1 Critérios Ergonômicos .............................................................................................................20 2.3 LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO ..........................................................................................24 2.4 ACESSIBILIDADE E NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO ....................................................25 2.4.1 Metodologias para acessibilidade ...........................................................................................25 2.4.1.1 World wide web consortium (w3c) ........................................................................................... 25 2.4.1.2 A11yProject checklist ............................................................................................................... 28
3 MÉTODO....................................................................................................................................... 33
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .......................................................................33 3.1.1 Caracterização quanto à natureza..........................................................................................33 3.1.2 Caracterização quanto à abordagem .....................................................................................34 3.1.3 Caracterização quanto aos objetivos ......................................................................................34 3.1.4 Caracterização quanto aos procedimentos técnicos..............................................................34 3.2 ATIVIDADES METODOLÓGICAS ...........................................................................................35 3.3 DELIMITAÇÕES .........................................................................................................................35
4 AVALIAÇÃO DO PORTAL ........................................................................................................ 36
4.1 ANÁLISE POR CRITÉRIOS DA W3C .......................................................................................37 4.2 AVALIAÇÃO POR CRITÉRIOS ERGONÔMICOS ..................................................................44
5 SUGESTÕES DE MUDANÇAS .................................................................................................. 50
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS ...................................................... 55
6.1 TRABALHOS FUTUROS ...........................................................................................................55
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 56
ANEXO A – CHECKLIST A11YPROJECT ................................................................................... 59
12
1 INTRODUÇÃO
O uso dos serviços governamentais é de extrema importância para a população,
tendo parte da população que até depende dos serviços para manter a normalidade de suas
vidas, visto que existem pessoas que são fortemente dependentes dos programas de auxílio
governamentais. Como o Brasil tem uma população muito grande, estimada em 213 milhões
de pessoas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no ano de 2021,
o país também possui uma grande parcela de pessoas com deficiências ou barreiras de
comunicação, consistindo de pelo menos 45 milhões de pessoas representando quase 25% da
população segundo o último levantamento feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatísticas (IBGE), com a presença deste grupo de pessoas é necessário que estes
sistemas de uso populacional sejam acessíveis a estas pessoas, sendo dever do governo,
segundo a Lei Nº 10.098 que menciona a promoção de acessibilidade das pessoas com
deficiências ou mobilidade reduzida nos meios de comunicação suprimindo barreiras na
comunicação e na informação (BRASIL, 2010), disponibilizar essa acessibilidade e de órgãos
regulamentadores a garantia de que estes sejam de fato acessíveis. Disponibilizar sistemas
acessíveis para a população é um dever do fornecedor do sistema ou serviço, dependendo de
órgãos reguladores para dar a garantia de que estes sistemas cumpram e ofereçam as
especificações normatizadas que definem o sistema como acessível, Conforme Valin (2009, p.
28):
A plena participação social, constante reivindicação das pessoas com deficiência,
depende do entendimento da inclusão social como um dever ético e moral coletivo,
capaz de promover a equiparação de oportunidades, isto é, adaptar os diversos
sistemas da sociedade, o meio físico, a comunicação, o transporte público, os locais
de cultura e turismo, os ambientes desportivos, entre outros, para uma ampla
utilização por todos os cidadãos.
Para enfatizar a necessidade de os sistemas governamentais serem acessíveis a
toda a população, segundo Dias (2001, apud ESPINDOLA, NETO; MARTINS, PAULO,
2014, p. 21) “o portal corporativo estende sua aplicação à intranet e se constitui em um único
ponto de acesso a todos os recursos de informação e conhecimento em uma instituição.”, ou
seja, os portais governamentais contém todas as informações centralizadas para a população
utilizar, se o portal não for acessível e não quebrar as barreiras de comunicação para a
população deficiente, estes usuários não poderão utilizar dessa massa de informações as quais
necessitam.
13
Segundo Magalhães (2003), os principais meios para a implementação da
acessibilidade no Brasil são com o uso de normas e legislações, as quais muitas vezes de
forma interligada indicam claramente as características necessárias para um ambiente ser
acessível. No Brasil já são presentes as normas e legislações, como a Lei Nº 10.098, de 19 de
dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios para a promoção da acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, entre outros meios, o de
comunicação (BRASIL, 2000).
Outra medida nacional é o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico
(eMAG), que foi desenvolvido em 2004, tendo sua segunda versão lançada em 2008 baseada
no estudo de 14 normas que são presentes em outros países no contexto de acessibilidade
digital, dentre elas estavam a Section 508 do governo dos Estados Unidos, os padrões CLF do
Canadá, as diretrizes irlandesas de acessibilidade e documentos de outros países como
Portugal e Espanha, com o documento sendo atualizado conforme novas pesquisas na área de
acessibilidade à web e na revisão de suas versões anteriores e em 2011 sendo lançada a atual
versão 3.0 que foi desenvolvida e pensada para atender as necessidades locais, visando
atender as prioridades brasileiras.
A acessibilidade já se tornou um assunto de discussão internacional, segundo
Lima (2013) “No cenário do pós-Segunda Grande Guerra, a ideia de liberdade de informação
tornou-se o ponto principal de discussão dos países.”, incluindo a acessibilidade como uma
forma de liberdade de informação, os países em geral tentam deixar suas informações mais
acessíveis, dentre as maneiras de se realizar isso, existe o World Wide Web Consortium
(W3C), um consórcio com organizações filiadas, equipe em tempo integral e o público juntos
trabalham para o desenvolvimento de padrões de acessibilidade para a web, tendo publicado
mais de cem padrões todos gratuitos e abertos com o objetivo da evolução da web para se
adaptar a todos os usuários. O consórcio possui a unidade W3C Brasil que promovo o uso dos
padrões desenvolvidos internacionalmente no Brasil, além de coordenar ações locais nesse
tema, como o Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web – Todos na Web, que reconhece
trabalhos, iniciativas e agentes que promovem a eliminação das barreiras de comunicação que
impedem o acesso de muitas pessoas. O grupo em conjunto com colaboradores desenvolveu
uma Cartilha de Acessibilidade na Web1, que orienta gestores, auditores, desenvolvedores,
procuradores, entre outros, sobre a importância dos investimentos em acessibilidade web.
1 Disponível em: < https://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-
fasciculo-I.html>. Acesso em: 11 jun. 2021.
14
1.1 PROBLEMÁTICA
Os portais governamentais não se apresentam acessíveis para maioria da
população deficiente, segundo o grupo W3C, a pesquisa "Dimensões e características da Web
brasileira: um estudo do .gov.br" realizada pelo W3C.br/NIC.br, mostra que somente 2% das
páginas web governamentais são acessíveis.
Com portais não acessíveis, a informação importante se torna dificilmente
acessível para esta parcela da população, pois os usuários deficientes necessitam que o portal
permita a navegação com tecnologias assistivas e alternativas para a compreensão do
conteúdo para aqueles que o acessá-lo das maneiras convencionais.
A acessibilidade no conteúdo Web é algo que necessita de constante revisão e
aprimoramento devido a enorme quantidade de tipos de deficiência e diferentes tipos de
tecnologias e padrões para serem tratadas como deficientes visuais que necessitam de leitores
de tela para poderem navegar pelos sites.
Com estes pontos em mente é necessário procurar diferentes maneiras de analisar
a acessibilidade destes portais com o objetivo de deixá-los cada vez mais acessíveis.
1.2 OBJETIVOS
A seguir serão apresentados os objetivos deste trabalho.
1.2.1 Objetivo Geral
Fazer uma análise seguindo normas e diretrizes nos sites governamentais para
identificar possíveis melhorias no critério de acessibilidade para que a maior parte possível da
população brasileira possa ter acesso às informações disponíveis através da quebra de
15
barreiras de comunicação com as soluções propostas para os pontos de melhoria encontrados
na análise do portal seguindo as normas e diretrizes de acessibilidade em sistemas.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para o trabalho chegar a uma conclusão com credibilidade e que sirva de possível
exemplo para ser aplicado em outros contextos deve seguir os seguintes passos:
• Fazer uma pesquisa sobre o que realmente consiste a acessibilidade, a
importância e como deve ser aplicada;
• Analisar as barreiras de comunicação apresentadas para o usuário deficiente;
• Fazer um estudo das diretrizes apresentadas por instituições renomadas
sobre acessibilidade e apontar medidas que podem ser implementadas ou
melhoradas no sistema escolhido para a análise embasando-se no estudo
realizado.
1.3 JUSTIFICATIVA
Tornar a informação acessível independente da condição de um indivíduo é um
dever moral e ético, pois a informação é algo de valor imensurável, segundo Lima et al.
(2012, p. 2) “a informação tem sido referida por muitos autores como primordial para a
inserção/configuração do ser humano como cidadão na fruição das oportunidades que lhe dá a
cidade e o Estado em que vive”, devido ao quanto ela pode ajudar a população tanto
individual como no coletivo, isto se torna evidente quando se refere ao contexto
governamental onde o cidadão necessita da informação para conhecer os seus direitos para
poder exerce-los e necessita o acesso a informações confiáveis a respeito de temas
importantes, por exemplo as informações disponíveis no Tribunal Regional Eleitoral durante a
época de eleição.
16
A necessidade da transformação dos sistemas para sistemas acessíveis se torna
fundamental devido a importância das informações contidas nestes portais para a população
como um todo, por exemplo maneiras de se prevenir de uma pandemia para a proteção da
população e evitar problemas de saúde pública, por isso deve-se analisar os portais do
governo para garantir o acesso à informação para a população deficiente.
Este trabalho procura maneiras de como amenizar o problema de informações que
não se mostram acessíveis à população deficiente devido a barreiras de comunicação e
consequentemente servir de exemplo para outros sistemas que tem o interesse de efetuar o
processo de tornar suas informações acessíveis para o maior número de pessoas possível.
17
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
No primeiro capítulo encontra-se a introdução, apresentando o tema do trabalho; a
problemática, descrevendo o problema que se pretende resolver; os objetivos almejados tanto
no contexto geral como específico; a justificativa apresentando o porquê o tema foi escolhido
e porque ele é um problema; e a estrutura do trabalho.
O segundo capítulo aborda teorias já existentes sobre o assunto, metodologias já
utilizadas, como foram aplicadas e maneiras as quais podem possivelmente aprimorar a forma
como foram aplicadas.
O terceiro capítulo apresenta uma análise do sistema embasada em normas e
modelos de acessibilidade definidas pela organização W3C, apontando possíveis falhas
identificadas.
No quarto capítulo são apresentados os problemas que foram identificadas de
acordo com critérios ergonômicos e definições do W3C para tornar o sistema acessível para o
maior número de pessoas possível, identificadas a partir do capítulo anterior.
O quinto capítulo apresenta propostas melhorias para os pontos avaliados que não
atenderam os critérios ou que atenderam de forma parcial.
O sexto capítulo apresenta as conclusões tiradas com o desenvolvimento do
trabalho e possíveis trabalhos futuros.
18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para embasar a teoria do trabalho e garantir um resultado propriamente
fundamentado foi feito uma análise dos princípios de engenharia de software, principalmente
no que diz respeito ao planejamento do sistema e a consideração dos usuários que utilizá-lo-
ão, acessibilidade e o acesso à informação como previsto em lei.
2.1 ENGENHARIA DE SOFTWARE E O PLANEJAMENTO
A engenharia de software auxilia na criação de softwares mais “refinados”, que
englobam no processo do desenvolvimento do software, segundo Wazlawick (2019), estudar,
criar e otimizar os processos de trabalho para os desenvolvedores de software, incluindo
tarefas que podem ser classificadas como não típicas de um engenheiro de software.
Dentro dos processos da engenharia de software, temos a identificação dos
envolvidos, ou stakeholders, segundo Sommerville (2011), stakeholders são as pessoas que se
beneficiam diretamente ou indiretamente do sistema que está sendo desenvolvido. Como os
portais governamentais têm o objetivo de atender a população Brasileira, as pessoas com
deficiências se encaixam no título de stakeholders, pois farão uso do sistema, visto isso, os
portais deveriam ser desenvolvidos de forma que seriam totalmente acessíveis ao grupo de
envolvidos que possui deficiência.
19
2.2 ERGONOMIA
Segundo Iida e Guimarães (2016) a ergonomia, também chamada de fatores
humanos, é definida como o estudo da adaptação do trabalho ao ser humano, com a definição
de “trabalho” sendo bastante ampla, no contexto deste trabalho pode-se entender que o
trabalho é a utilização do sistema disponibilizado, e o ser humano o usuário com alguma
deficiência ou barreira de comunicação.
O conceito de ergonomia abrange o planejamento do projeto para que possa ser
utilizado pela maioria da população, ao contrário de quando se tem uma preocupação focada
nos aspectos técnicos do projeto e apenas “encaixam” o usuário no final, conforme Vidal
(2016, p. 7):
Em seu sentido clássico, a Ergonomia buscou primeiramente entender os fatores
humanos pertinentes ao projeto de instrumentos de trabalho, ferramentas e outros
apetrechos típicos da atividade humana em ambiente profissional. [...] No seu
sentido mais contemporâneo se busca entender os determinantes de uma atividade
de trabalho através de contribuições num sentido ainda mais amplo, que incluem a
organização do trabalho e os softwares, procedimentos e estratégias operatórias.
Adaptando os objetivos da ergonomia para o contexto deste trabalho, tem-se a
redução das consequências consideradas nocivas sobre o usuário durante a utilização do
sistema, sendo estas a falta de implementação de métodos que provem a acessibilidade para a
população deficiente ou com barreiras de comunicação, que consequentemente impactariam
negativamente na utilização do sistema por parte dos usuários deficientes.
Para aplicações Web utiliza-se os princípios ergonômicos para enriquecer a
experiencia do usuário com o sistema, segundo Cybis et al (2010) uma interface deve
apresentar um conjunto de qualidades que marcam a experiência do usuário de forma positiva,
devendo ser adaptada aos usuários e às atividades as quais realizarão no sistema para alcançar
este objetivo.
A ergonomia é avaliada baseando-se nos três domínios de especialização que
possui, a ergonomia física, que aborda as características da anatomia e fisiologia humana,
biomecânica, entre outras em relação à atividade física, geralmente incluindo tópicos como
postura e movimentos em relação ao trabalho realizado; a ergonomia cognitiva, levando em
consideração os processos mentais, como percepção, memória e raciocínio em relação às
interações com elementos de um sistema, estudando o desempenho, a tomada de decisão,
20
interação homem computador, entre outros; a ergonomia organizacional, focada nos sistemas
sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais (IEA, 2000).
2.2.1 Critérios Ergonômicos
A partir do entendimento dos domínios de especialização, pode-se deduzir que
critérios ergonômicos se derivam dos princípios dos domínios de especialização para tornar
uma interface Web ergonômica. Bastien e Scapin (1993) definiram tais critérios para serem
utilizados como avaliadores de ergonomia em sistemas.
Foi desenvolvido por dois pesquisadores de língua francesa, Dominique Scapin e
Christian Bastien, ligados ao INRIA (Instituto Nacional de Pesquisa e Automação e
Informática da França). Eles propuseram, em 1993, um conjunto de oito critérios
ergonômicos principais que se subdividem em 18 subcritérios e critérios
elementares. O objetivo de tal sistema é o de minimizar a ambiguidade na
identificação e classificação das qualidades e problemas ergonômicos do software
interativo (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2010, p. 25).
Estes critérios sendo: Manual do Usuário; Carga de Trabalho; Controle Explícito;
Adaptabilidade; Gerenciamento de Erro; Consistência; Significados de Código e
Compatibilidade:
• Manual do Usuário: Segundo Bastien e Scapin (1993) manual do usuário diz
respeito a maneiras que se pode guiar, informar ou instruir o usuário nas suas
interações com o sistema, com o uso de alertas, mensagens etc. Tornando a
utilização do sistema mais fácil e mais instrutivo, o manual deve ser claro e
rápido, uma boa condução através do manual do usuário além de facilitar o
aprendizado e utilização do sistema resultando em menos erros também permite
que ele saiba onde ele se encontra em uma sequencia de interações ou na
execução de uma tarefa, conheça as ações permitidas no sistema e suas
consequencias e que obtenha informações suplementares por sua demanda,
exemplos de manual do usuário incluem: fornecer ajuda on-line e orientação,
21
fornecer um rótulo para cada campo de dados, organizar itens em listas
hierárquicas, manter uma organização lógica quando existem varias opções
apresentadas, entre outros;
• Carga de Trabalho: Segundo Bastien e Scapin (1993) a carga de trabalho se
refere à carga cognitiva do usuário enquanto utiliza o sistema, procurando
diminuir esta carga com menos elementos da interface porém com mais eficiência,
minimizando o número de passos necessários para a seleção em um menu,
possibilitando o usuário de acessar diretamente uma página sem precisar passar
por páginas intermediárias, diminuindo a chance do usuário ficar confuso com a
sobrecarga de informações, o usuário que não é destraido por informações
desnecessárias será mais capacitado para efetuar suas tarefas de forma efetiva e
consequentemente menos erros na utilização e uma maior eficiência em realizar a
tarefa à qual está interessado, exemplos de uma baixa carga de trabalho sobre o
usuário incluem: minimizar o número de passos necessários para uma seleção em
menu, dar a opção do usuário ir diretamente para uma página sem ter que passar
por página intermediárias, entre outros;
• Controle Explícito: Segundo Bastien e Scapin (1993) controle explícito aborda o
processamento do sistema sobre as ações explicitas do usuário e o controle que o
usuário possui sobre o processamento das suas ações pelo sistema, trazendo
benefícios como a redução de ambiguidades sobre os comandos executados pelo
usuário e menos erros na utilização do sistema através de entradas explicitamente
definidas pelos próprios usuários, consequentemente uma maior satisfação do
usuário ao utilizar o sistema, recomendações do controle explícito incluem
ativação em dois passos, onde o usuário necessita de duas ações destintas para
realizar a entrada de um comando, também a necessidade de o usuário apertar
ENTER depois de editar a entrada de um comando, exemplos de controle
explícito incluem: fazer com que usuários devam dar um ENTER depois de editar
entradas de comandos, não mover o cursor automaticamente sem o controle do
usuário, fornecer uma opção de cancelar que apaga qualquer mudança feita e traz
a tela ao seu estado anterior;
22
• Adaptabilidade: Segundo Bastien e Scapin (1993) a adaptabilidade do sistema
significa a possibilidade que o sistema apresenta de se adaptar as necessidades do
usuário, como uma única interface não pode ser adequada para todos os usuários,
apresentando diversas maneiras das quais o usuário pode realizar a sua tarefa faz
com que ele ache a maneira mais adequada para os seus objetivos pessoais,
através da adaptação da interface dando uma flexibilidade para os usuários
realizarem tarefas de acordo com suas experiências com o sistema, onde um
usuário mais experiente possa concluir a mesma tarefa de maneira mais eficiente
através de atalhos e um usuário menos experiente tem um auxílio do sistema para
guiá-lo à realização da tarefa, através de tutoriais ou um passo a passo, exemplos
de adaptabilidade são: prever atalhos para usuários experientes, permitir a
digitação de vários comandos antes de uma confirmação do usuário experiente,
prever a escolha de entradas simples ou múlitplas conforme a experiência do
usuário;
• Gerenciamento de Erro: Segundo Bastien e Scapin (1993) gerenciamento de
erros procura prevenir, diminuir e tratar erros que podem ocorrer enquanto o
usuário utiliza o sistema, como entrada de dados incorretos, formatos inadequados
e sintaxes incorretas, erros dificultam a realização da tarefa que o usuário procura
concluir e aumenta o número de ações necessárias do usuário, proporcionando um
impacto negativo na experiência do usuário. As recomendações para o
gerenciamento e tratamento de erros inclui dar ao usuário a possibilidade de
corrigir apenas as partes dos dados que estão errados no caso de um erro de
digitação ou de comando, um aviso e confirmação quando a ação do usuário possa
resultar em um risco de perda de dados, utilizar mensagens de erro breves e com
termos específicos e fornecer mensagens de erro orientadas a tarefas. Mensagens
de erro de alta qualidade favorecem o aprendizado do usuário sobre o sistema e
previnem erros futuros quando o usuário entende a natureza do problema e o que
ele deveria ter feito;
• Consistência: Segundo Bastien e Scapin (1993) consistência diz respeito a
maneira que a interface é apresentada para o usuário em diferentes contextos e
telas, manter o padrão de design da interface em contextos similares ajuda o
usuário a navegar pelo sistema com maior facilidade, pois já está acostumado com
23
o design, mantendo a consistência da sintaxe, localização, formato das janelas,
menus, etc diminui o tempo gasto pelo usuário na navegação do sistema
resultando em uma maior aceitação do sistema;
• Significados do Código: Segundo Bastien e Scapin (1993) significados do
código procura trazer códigos e abreviações que sejam claros e com uma forte
ligação a ação que o usuário procura realizar, termos pouco expressivos podem
conduzir o usuário a selecionar uma opção errada, com a clareza dos códigos e
codificação significativa se torna mais fácil a memorização e as ações ligadas a
estes, diminuindo a chance de confundir o usuário e resultar em ações não
desejadas e erros através de regras de abreviação explicitas, códigos e
denominações familiares para o usuário como M para masculino e F para
feminino e títulos distintos e que trasmitem o que eles representam, exemplos
disso são: formatos dos campos de entrada sempre serem os mesmos,
procedimentos similares de acesso às opções dos menus e utilizar as mesmas
pontuações e construções de frases na condução do usuário;
• Compatibilidade: Segundo Bastien e Scapin (1993) compatibilidade se baseia em
relacionar as características do usuário como memória, idade, expectativas,
percepções e características da ação que procura realizar com as características do
sistema, como as entradas e saídas de dados, aumentando a eficiência do sistema
quando os procedimentos para a realização de uma tarefa estão alinhadas com as
praticas do usuário e minimizando o uso de referências, documentações e manuais
para a recodificação das informações permitindo uma transferência de
informações mais rápida e eficaz, exemplos de compatibilidade são unidades de
medidas normalmente utilizadas, formato das datas respeitando o formato do país
e utilização de termos que são familiares aos usuários;
24
2.3 LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO
A partir de 2011 com a Lei Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que assegura
ao cidadão brasileiro o direito de acesso às informações produzidas ou armazenadas por
órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (Brasil, 2011), entende-se
que é dever do poder público de adotar medidas para tornar o conteúdo dos portais
governamentais, que sejam de interesse particular, coletivo ou geral do cidadão, acessíveis
para que a população deficiente, independente da barreira de comunicação, possa exercer seu
direito previsto na lei citada e para que possam ter uma participação ativa na sociedade.
Apesar de não ser o completo foco da lei, ela foi importante para a população deficiente pois
agora se tem como direito que as informações estejam disponíveis para este grupo como
consta no artigo 8 da lei, “adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de
conteúdo para pessoas com deficiência[...]” (Brasil, 2011).
Segundo o inciso III do artigo 3º, o direito do acesso à informação é assegurado
através dos meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação, devido ao fácil
acesso à internet e a possibilidade de se contornar barreiras territoriais e temporais, embora a
internet como meio de propagação de informações quebra estas barreiras, ela também
apresenta suas próprias possíveis barreiras, assim como em locais físicos, existe uma
dificuldade de acesso de pessoas deficientes caso não se implementem padrões de
acessibilidade web que possibilitam a apresentação das informações contidas na plataforma
para todos os usuários, resultando em uma exclusão social da população deficiente. Conforme
Lima et al. (2012):
“Quantitativamente, pelo menos, o direito à informação vem ganhando terreno nas
legislações nacionais uma tendência global muito expressiva na intenção de adotar
legislação sobre direito à informação. O imperativo crescente de se aprovar
legislação sobre direito à informação seria um indício de fortalecimento da ideia de
democracia, imposto como política da ONU via exigências para novos
financiamentos.”
Por mais que o direito à informação esteja ganhando espaço na legislação
brasileira, é necessário um esforço operacional para que este direito seja devidamente
exercido e que a informação se torne realmente acessível à população deficiente, pois a
simples adição de leis ou legislações não torna os portais automaticamente acessíveis.
25
2.4 ACESSIBILIDADE E NECESSIDADE DA INFORMAÇÃO
Devido à acessibilidade de computadores pessoais hoje em dia e a necessidade de
se transmitir informações a uma enorme quantidade de pessoas, tornou-se claro a necessidade
da utilização de páginas na Web para distribuir tais informações à população, segundo Araújo
(1999), consideramos que a informação deve ser vista como um bem social e um direito
coletivo como qualquer outro, sendo tão importante como o direito à educação, à saúde, à
moradia, à justiça e tantos outros direitos do cidadão. Para o maior número possível de
pessoas ter a habilidade de usar devidamente as informações dispostas, é necessário a quebra
das barreiras de comunicação provenientes de deficiências, apenas disponibilizar a
informação de maneira acessível ao portador de deficiência não é o suficiente para tornar-se
um sistema acessível, “[...] a acessibilidade digital não se refere apenas ao acesso à
informação por meio das TIC, mas também à eliminação de barreiras de comunicação.”
(SCHMITZ, PAVÃO, 2018, p. 5).
2.4.1 Metodologias para acessibilidade
Para um sistema ser classificado como realmente acessível ele deve seguir normas
e sugestões estabelecidas por instituições de referência com foco na inclusão digital, tais
como W3C ou eMAG, previamente mencionadas.
2.4.1.1 World wide web consortium (w3c)
Mundialmente reconhecido, o World Wide Web Consortium (W3C), um
consórcio internacional composto por organizações filiadas, equipe em tempo integral e o
próprio público que coordenam o desenvolvimento de tecnologias e gerenciam as operações
26
do consórcio, com o objetivo de tornar a internet funcional para todos os grupos de pessoas,
disponibiliza diversos padrões que possibilitam a acessibilidade de um sistema para a
população deficiente, como padrões HMTL, CSS, áudio e vídeo, entre outros, que propõem
que a mesma informação seja disponibilizada para o usuário de maneiras diferentes, podendo
ser sonora ou visual e garantem que o usuário possa navegar e chegar à informação
independente do dispositivo utilizado ou qualquer barreira de comunicação que possua, além
de realizar e promover eventos locais onde divulgam o treinamento W3C e a importância do
objetivo do consórcio.
O valor social da Web está nas novas possibilidades de comunicação humana,
comércio e compartilhamento de conhecimentos. Um dos principais objetivos do
W3C é tornar esses benefícios disponíveis para todas as pessoas, independente do
hardware que utilizam, software, infraestrutura de rede, idioma, cultura, localização
geográfica ou capacidade física e mental (W3C BRASIL, 2011).
Dentro das diretrizes que o consórcio produz, destaca-se para o trabalho a WCAG
(Web Content Acessibility Guidelines), um documento voltado para desenvolvedores de
conteúdo web, desenvolvedores de ferramentas de avaliação de acessibilidade e outros
interessados ou que necessitam de um padrão de acessibilidade para web, constantemente
atualizado incluindo melhorias comparadas a sua versão anterior, o documento é uma fonte
estável e referenciável de padrões técnicos de acessibilidade seguindo quatro fundamentos,
perceptível, operável, compreensível e robusto, contendo 12-13 diretrizes com seus próprios
critérios, sendo estas, alternativas em texto, mídias com base em tempo, adaptável,
discernível, acessível por teclado, tempo suficiente, convulsões e reações físicas, navegável,
modalidades de entrada, legível, previsível, assistência de entra e compatível.
O WCAG trata de uma gama de deficiências em geral, envolvendo deficiências
auditivas, visuais, físicas e cognitivas. Por ser tão abrangente, este documento procura
estabelecer padrões que permitam que essas pessoas possam acessar os conteúdos da web e
entender suas informações sem a necessidade de um design especializado (Flor; Vanzin;
Ulbricht, 2013).
O documento WCAG explica como fazer com que conteúdo web seja mais
acessível para usuários com deficiências, “conteúdo” geralmente se refere a informações nas
páginas ou aplicações web, incluindo informações em texto, imagens e sons (W3C, 2013,
tradução nossa).
O consórcio W3C define os critérios da seguinte forma:
27
O critério de alternativas em texto se refere a fornecer alternativas textuais para
qualquer conteúdo não textual para que possa ser transformado em outras formas de acordo
com as necessidades do usuário, como braile ou símbolos.
O critério de mídias com base em tempo se refere a fornecer alternativas para
mídias baseadas em tempo, apresentando informações equivalentes para o conteúdo composto
apenas por áudio ou vídeo pré-gravado.
O critério adaptável se refere a criar conteúdo que pode ser apresentado de
diferentes maneiras como em um layout simplificado sem perder informação ou estrutura, por
exemplo informações fornecidas para compreender e utilizar o conteúdo não devem depender
somente das características sensórias dos componentes.
O critério discernível facilita a audição e visualização de conteúdo aos usuários,
incluindo uma separação entre o primeiro plano e o plano de fundo da página, um exemplo é a
utilização de meios visuais diferentes de cores para transmitir informações.
O critério de acessível por teclado impõem que toda funcionalidade da página
fique disponível a partir de um teclado, por exemplo permitindo que o usuário navegue pela
página utilizando somente o teclado.
O critério de tempo suficiente se refere a fornecer aos usuários tempo suficiente
para ler e utilizar o conteúdo, por exemplo o usuário deve poder desligar, ajustar ou prolongar
o limite de tempo antes de atingi-lo.
O critério de convulsões e reações físicas se refere a não criar conteúdo de uma
forma conhecida por causar convulsões e reações físicas, deve-se permitir que o usuário possa
desativar animações de movimento que não sejam essências ou a página não deve conter
nenhum conteúdo que pisque mais de três vezes.
O critério de navegável se refere a fornecer maneiras de ajudar ao usuário a
navegar, localizar conteúdos e determinar onde se encontram durante a utilização do sistema,
podendo alcançar esse objetivo através de uma navegação sequencial da página com os
elementos recebendo o foco em uma ordem que preserve o significado e operabilidade.
O critério de modalidades de entrada procurar tornar mais fácil para os usuários
operar funcionalidades por meios de entradas além do teclado, a funcionalidade que pode ser
operada pelo movimento do dispositivo ou do usuário deve poder também ser operada por
componentes de interface de usuário.
O critério legível tem como objetivo tornar o conteúdo do texto legível e
compreensível, podendo chegar a este objetivo através de idioma pré-definido da página
28
através do código de programação ou disponibilizar um mecanismo que identifique a forma
expandida de abreviaturas por exemplo.
O critério previsível procura fazer com que as páginas web apareçam e funcionem
de maneira previsível, pode-se alcançar esse objetivo através de mecanismos que tem a
mesma funcionalidade em um conjunto de páginas que possam ser identificados
consistentemente.
O critério de assistência de entrada ajuda os usuários a evitar e corrigir erros,
através de identificações de erros de entrada de dados automaticamente detectados e a
descrição do erro para o usuário.
O critério compatível refere-se a maximizar a compatibilidade entre os atuais e
futuros agentes de usuários como tecnologias assistivas.
2.4.1.2 A11yProject checklist
O A11yProject é uma comunidade de desenvolvedores web pela acessibilidade,
essa comunidade se baseia no Web Content Accessibility Guidelines(WCAG), um padrão
compartilhado para acessibilidade do conteúdo web para indivíduos, organizações e governos,
para criar uma checklist contendo itens que correspondem à um critério de sucesso do
WCAG, foram identificados os critérios de sucessos mais relevantes para cada item do
checklist visto que algumas questões de acessibilidade podem apresentar uma serie de
critérios de sucesso.
Websites e aplicativos podem ser desenvolvidos de maneira que possam ser
interpretados por tecnologias assistivas como leitores de tela e displays de braile. Muitos
usuários deficientes dependem destes dispositivos para realizar tarefas como pedir comida,
pagar seus impostos e se candidatar a vagas de emprego (a11y Project, 2013, tradução nossa).
Apesar dos critérios abordados na checklist não garantirem a acessibilidade total
do site, ela aborda uma ampla variedade de possíveis deficiências ou barreiras de
comunicação tornando a navegação do site (caso aprovados os itens da checklist) uma
experiencia mais fácil para todos os usuários que o utilizem (a11y Project, 2013, tradução
nossa).
Dos critérios da checklist os que se mostram relevantes para este trabalho são:
29
• Conteúdo – Nível de leitura: Utilização de linguagem simples e evitar figuras de
linguagem, expressões e metáforas complicadas, uma maneira de garantir isso é
escrevendo o conteúdo no nível de leitura da 8ª série, seguindo o padrão mundial
de classificação de educação definido pela Organização das Nações Unidas para
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO);
• Conteúdo – Informação e Relacionamentos: Certifique-se de que os elementos
“button”, “a” e “label” possuem conteúdo único e descritivo, termos como
“clique aqui” e “leia mais” não fornecem contexto para o usuário, diferente de
botões que sinalizam “nova guia” ou “pesquisar” por exemplo. Termos descritivos
possibilitam que usuários que navegam usando uma lista de todos os botões ou
links da página saibam o que acontecerá se for ativado ou navegado até o
elemento;
• Conteúdo – Representação Visual: Usar o texto alinhado à esquerda para
idiomas da esquerda para direta e texto alinhado à direita para idiomas da direita
para a esquerda, pois o texto alinhado ao centro ou justificado é difícil de ler.
• Código – Título da Página: Fornecer um título exclusivo para cada página ou
visualização, pois o elemento “title” no elemento “head” da página costuma ser a
primeira informação anunciada para o usuário por tecnologias assistivas, títulos
exclusivos ajuda a informar o usuário que depende desta tecnologia em qual
pagina ou exibição eles começarão a navegar;
• Código – Redimensionar texto: Certifique-se de que o zoom da janela de
visualização não esteja desativado, alguns usuários devido a idade ou alguma
deficiência visual precisam aumentar o tamanho do texto para poder ler, não se
deve impedi-los de fazer isso;
• Teclado – Foco visível: Certifique-se de que haja um estilo de foco visível para
os elementos interativos que são navegados através de entradas do teclado, para
pessoas que navegam com teclados, controle de voz ou leitor de tela possam
identificar onde eles se encontram atualmente na página;
30
• Teclado – Sequência significativa: Verifique se a ordem do foco do teclado
corresponde ao layout visual da página, um usuário que navega com o teclado ou
leitor de tela deve poder se mover pela página de maneira previsível;
• Teclado – Ordem do Foco: Remova elementos invisíveis que possam receber o
foco do teclado, elementos como menus suspensos ou inativos e navegações fora
da tela não devem receber o foco do teclado pois pode atrapalhar o usuário
dependente de leitor de tela ou de navegação pelo teclado em se localizar na
página;
• Imagens – Conteúdo não Textual: Certifique-se de que todos os elementos
“img” possuam um atributo “alt”, o atributo “alt” fornece uma descrição da
imagem para pessoas que não possam visualizá-la, sem a presença do elemento,
um leitor de tela pode anunciar o nome e o caminho do arquivo da imagem, não
transmitindo o conteúdo da imagem para o usuário. Imagens decorativas devem
ter o atributo “alt” vazio, pois não transmitem informações necessárias para
compreender o significado do site;
• Cabeçalhos – Cabeçalhos e Rótulos: Elementos de título devem ser utilizados
para criar um esboço de documento e não devem ser utilizados para design visual.
Deve-se utilizar apenas um elemento “h1” por página ou visualização para
comunicar o propósito de alto nível da página. Os elementos de cabeçalho devem
ser escritos em uma sequência lógica, descendo com base na “profundidade” do
conteúdo, por exemplo elementos de cabeçalho “h4” não devem aparecer na
página antes do primeiro cabeçalho “h3”. Não se deve também pular níveis de
cabeçalho, como pular de um cabeçalho “h2” para um cabeçalho “h4”, se os
cabeçalhos estão sendo pulados para um motivo de design visual, deve-se utilizar
classes CSS;
• Listas – Informação e Relacionamento: Utilizar elementos “ol”, “ul”, e “dl” para
o conteúdo da lista, incluindo em seções de conteúdo relacionado, itens exibidos
visualmente em um layout de grade ou elementos irmãos, por exemplo utilizar o
elemento “ol” para enumerar os passos de uma lista de instruções;
31
• Controle – Informação e Relacionamento: Links sempre devem ter um atributo
“href”, sem o atributo o link não é exposto de maneira adequada à tecnologia
assistiva, por exemplo se um link contém o elemento “onclick” ao invés de um
“href”. Deve-se utilizar o elemento “button” para botões, botões são utilizados
para enviar dados ou executar ações que não mudam o foco do teclado, o
elemento “button” evita que o navegador tente enviar informações do formulário
quando ativado;
• Controle – Uso de Cores: Certifique-se de que links são reconhecíveis como
links. A utilização de apenas cores para identificar a presença de links não é o
suficiente devido a usuários que possuem algum problema de vista, sublinhados
são uma forma popular e comum de comunicar a presença de um link;
• Mídia – Controle de Áudio: Vídeo e áudios inesperados podem distrair e ser
disruptivos, especialmente para usuários com deficiências cognitivas como
transtorno de déficit de atenção, mídias não devem ser reproduzidas
automaticamente;
• Mídia – Teclado: Verifique se todas as mídias podem ser pausadas, elementos
de mídias presentes na página devem ser pausadas se o usuário apertar a tecla
“espaço”;
• Vídeo – Legendas: Confirme a presença de legendas nos vídeos, usuários que
não conseguem ouvir o conteúdo de áudio de vídeos necessitam de legendas para
poder compreender o conteúdo;
• Vídeo – Gatilhos de Convulsão: Remova gatilhos de convulsão, certos tipos de
animações podem causar convulsões em usuários com deficiências, é
recomendado três flashes ou menos nas animações para evitar as convulsões;
• Áudio – Conteúdo não Textual: Forneça transcrições para conteúdos em áudio, a
presença de transcrições permite que usuários que não conseguem ouvir o áudio
possam entender o conteúdo e possibilita que eles possam digerir o conteúdo em
um ritmo confortável;
32
• Aparência – Uso de cores: Com o modo de alto contraste ativado o conteúdo
deve permanecer legível, ícones, bordas, links, campos de formulários e outros
conteúdos devem permanecer presentes e legíveis e o usuário deve conseguir
distinguir o conteúdo do primeiro plano do plano de fundo;
• Aparência – Consistência: Utilize uma interface simples, direta e consistente,
interfaces complicadas e inconsistentes podem ser confusas de entender e usar;
• Animações – Gatilhos de convulsão: Certifique-se de que as animações são sutis
e não piscam muito, animações com muitos flashes podem distrair ou perturbar
usuários que sofrem de deficiências cognitivas e causar convulsões, é
recomendado que animações não contenham mais de três flashes;
• Contraste de Cores – Contraste: Os textos presentes na página devem ter uma
proporção adequada de contraste de cores, sendo de 4.5:1 para textos em tamanho
normal e de 3:1 para textos grandes.
33
3 MÉTODO
Neste capítulo é apresentado os tipos de pesquisa utilizados no desenvolvimento
do trabalho, também as atividades e delimitações.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA
Pode-se caracterizar pesquisas de diversas maneiras, porém as formas clássicas
são conforme sua natureza, sua abordagem ao problema, seus objetivos e seus procedimentos
técnicos.
3.1.1 Caracterização quanto à natureza
A caracterização quanto à natureza da pesquisa se parte de diversos critérios,
podendo dividir as pesquisas quanto à natureza entre aplicadas ou básicas.
Segundo Silva e Menezes (2005, p. 20), pesquisas aplicadas tem o objetivo de
gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas, para este
trabalho é realizada uma pesquisa aplicada visto que se faz um entendimento de uma serie de
conceitos para aplicar e solucionar o problema de acessibilidade em portais governamentais.
34
3.1.2 Caracterização quanto à abordagem
A caracterização quanto à natureza é dividida entre pesquisas quantitativas e
pesquisas qualitativas, como o trabalho procura avaliar a capacitação dos portais para o
atendimento da comunidade deficiente, algo que não se utiliza técnicas estatísticas, mas sim o
vínculo entre o objetivo do trabalho e a experiencia pessoal do usuário do sistema,
interpretando os fenômenos, é aplicada uma pesquisa qualitativa.
3.1.3 Caracterização quanto aos objetivos
Pode-se distinguir pesquisas quanto aos seus objetivos entre três possíveis
caracterizações: pesquisas exploratórias, descritivas ou explicativas.
O trabalho tem o objetivo de fazer uma análise de conceitos através de um
levantamento bibliográfico e entrevistas com usuários dos sistemas para proporcionar uma
maior familiaridade com a problemática, caracterizando uma pesquisa exploratória.
3.1.4 Caracterização quanto aos procedimentos técnicos
Levando em consideração os procedimentos técnicos de pesquisas, é possível
classificá-las em oito categorias, pesquisas bibliográficas, documentais, experimentais,
pesquisas de levantamento, estudos de caso, pesquisas expost-facto, pesquisa-ação e
participantes.
Seguindo as características de pesquisas bibliográficas de elaborar um trabalho a
partir de materiais já documentados, o trabalho utiliza diretrizes e conceitos de áreas de
engenharia de software para conduzir sua pesquisa.
35
3.2 ATIVIDADES METODOLÓGICAS
Para atingir o objetivo do trabalho de analisar a acessibilidade do portal para a
população deficiente foram organizadas atividades que compõem o processo de chegada aos
resultados:
• Levantamento de diretrizes e conceitos relacionados a disponibilização de
informações em páginas Web de forma acessível para deficientes;
• Desenvolver questionários levantando o nível acessibilidade das informações
contidas nos portais;
• Realizar pesquisas de experiencia de usuários através de questionários de
utilizadores do portal;
• Avaliar os portais baseando-se nas pesquisas feitas no trabalho sobre
acessibilidade, ergonomia, engenharia de software, usabilidade e dos resultados
obtidos através dos questionários;
• Propor possíveis melhorias que tornariam o sistema mais acessível para o grupo
de interesse do trabalho.
3.3 DELIMITAÇÕES
Listagem de assuntos não abordados ou desenvolvidos neste trabalho:
• Tratamento de acessibilidade para todas as deficiencias e como quebrar suas
barreiras de comunicação devido à grande variedade de deficiências e barreiras de
comunicações e as implicações de atender à todas as diretrizes necessárias;
• Desenvolvimento e implementação das alterações na página.
• Desenvolvimento de ferramentas de avaliação de acessibilidade.
36
4 AVALIAÇÃO DO PORTAL
Para poder atender o número maçante da população que busca informações sobre
a saúde de modo geral, utiliza-se o portal do Ministério da Saúde, centralizando e unificando
as informações que dizem respeito a saúde em um único lugar para o fácil acesso aos usuários
que desejam acessar estas informações.
O portal dispõe de diversas informações dados e notícias sobre a saúde da
população brasileira, decisões e estratégias envolvendo o Ministério da Saúde, com as
principais informações sendo apresentadas na página inicial do portal, entre diversos outros
assuntos que são agrupados em formato de menus agrupados por áreas de interesse gerais e
sendo mais específicos conforme a navegação.
A avaliação do portal do Ministério da Saúde será julgada a partir dos critérios e
metodologias previamente apresentadas neste trabalho.
Figura 1 - Página inicial do portal.
Fonte: Ministério da Saúde.
37
4.1 ANÁLISE POR CRITÉRIOS DA W3C
Para realizar a análise do portal baseando-se nos critérios da W3C (World Wide
Web Consortium) será utilizada a checklist disponibilizada pela comunidade de
desenvolvedores pela acessibilidade, The A11 Project, Conforme descrito no anexo A, que
mostra o guia da W3C de maneira mais voltada para desenvolvedores front-end, utilizando os
critérios da checklist que são relevantes para o site.
Quadro 1 - Aplicação do checklist no site.
Critério Aprovação Motivo
Conteúdo - Nível de leitura Sim Linguagem de fácil
entendimento e sem presença de
metáforas ou figuras de
linguagem.
Conteúdo - Informação e
relacionamento
Sim Informações e relacionamentos
apresentados por tags a, button e
label são únicos e descritivos.
Conteúdo - Representação
visual
Sim Texto alinhado à esquerda
conforme a língua portuguesa.
Código - Título da página Sim Elemento title no código
fornece um título único para
cada página do site.
Código - Redimensionar texto Parcial O redimensionamento do texto
não é restringido no código,
porém não apresenta botões que
aumentem ou diminuem a fonte
do texto.
Teclado - Ordem de foco Sim A navegação do site pode ser
feita através da tecla tab
mantendo uma ordem de foco
do conteúdo de forma
consistente com a navegação do
38
site e não apresenta elementos
escondidos que possam ser
focados com o teclado.
Teclado - Foco visível Parcial Apenas alguns elementos do
site possuem uma forma de
distinção quando possui o foco
visível.
Imagens - Conteúdo não
textual
Sim As imagens decorativas
apresentam o elemento alt vazio
e as imagens que apresentam
informações possuem uma
descrição da informação no
elemento alt do código.
Cabeçalhos - Cabeçalhos e
rótulos
Sim Utilização correta dos
cabeçalhos.
Listas - Informação e
relacionamento
Sim Listas apresentadas de maneiras
separadas por tópicos e
distinção visual dos tópicos e
elementos da lista.
Controle - Informação e
relacionamento
Sim O site utiliza o atributo href
para links.
Controle - Uso de cores Parcial O site utiliza um bom contraste
entre a cor do link e a cor de
fundo da página, porém não
utiliza outros metódos para
indicar a presença de um link.
Controle - Informação e
relacionamento
Sim Os botões no site que enviam
dados ou que realizam uma ação
na tela possuem a tag "button".
Mídia - Controle de aúdio Sim O site não apresenta nenhum
vídeo ou áudio reproduzido de
maneira inesperada.
Mídia - Informação e Sim Os vídeos presentes no site
39
relacionamento possuem um botão de
alternância para desativar ou
ativar o áudio.
Mídia - Teclado Sim Os vídeos presentes no site
podem ser pausados ou
resumidos apertando a tecla
espaço.
Vídeo - Legendas Sim Os vídeos presentes no site
possuem legendas.
Vídeo - Gatilhos de convulsão Sim Os vídeos presentes no site não
possuem imagens piscantes que
possam provocar convulsões.
Aúdio - Conteúdo não textual Não O site não disponibiliza uma
transcrição para os vídeos
presentes no site.
Aparência - Uso de cores Parcial O site disponibiliza uma opção
de alto contraste porem alguns
conteúdos do site se tornam
ilegíveis.
Aparência - Consistência Sim O site mantém um layout de
fácil entendimento e consistente.
Animações - Gatilhos de
convulsão
Sim As animações presentes no site
não são piscantes a ponto de
poder causar uma convulsão.
Contraste de Cores - Contraste Sim O contraste da cor do texto com
a cor de fundo da página tem
uma proporção adequada.
Fonte: A11yproject.
A partir da análise do site feita através do checklist do projeto A11 foram
encontrados pontos do checklist que não foram cumpridos ou que foram cumpridos de forma
parcial.
O critério de redimensionamento do texto foi atendido parcialmente pois segue a
recomendação da checklist em não restringir o redimensionamento no código fonte da página
através da utilização do tamanho da fonte em porcentagem, porém para atender o critério o
40
site também deveria disponibilizar uma opção para aumentar ou diminuir o tamanho da fonte
do conteúdo da página e mantendo a informação disponível quando é aumentado o tamanho
da fonte, é necessário que os usuários possam redimensionar o texto da página pois usuários
que sofrem de algum tipo de deficiência visual tem dificuldade em ler textos pequenos e
necessitam que a fonte possa ser aumentada de tamanho para a leitura do conteúdo sem
complicações.
O foco visível (uma característica visual que destaca o elemento da página que
contém o foco do teclado, exemplificado na figura 3 em comparação com a figura 2 que não
apresenta o foco visível, com o uso de uma área pontilhada no elemento que contém o foco)
dos elementos presentes no site é parcialmente de acordo com a recomendação, pois alguns
elementos do site não possuem um diferencial visível que indique que o elemento possui o
foco, que pode ser problemático para usuários que necessitam do teclado para a navegação da
página e que precisam do foco visível para poderem identificar onde se encontram na página.
Figura 2 - interface sem foco visível.
Figura 3 - Exemplo de foco visível no site.
41
Fonte: Ministério da Saúde.
Figura 4 - Falta de foco visível.
Fonte: Ministério da Saúde.
Ainda sobre o critério de foco visível, na figura 4 a área destacada em azul mostra
a notícia que contém o foco do teclado e a falta de um elemento visual demonstrando o foco.
A área em amarelo confirma que a notícia destacada em azul contém o foco do teclado
mostrando a página para qual o usuário será redirecionado caso confirme a ação com a tecla
ENTER por exemplo.
A utilização de cores no controle da página, o site utiliza um contraste adequado
entre a cor de links e a cor de fundo da página, porém a utilização de apenas cores para
distinguir links não é o suficiente quando se leva em consideração usuários mais idosos,
usuários com alguma deficiência visual e usuários que utilizam de browsers de apenas texto,
monocromáticos ou com utilização de cores limitadas, pois todos estes usuários não poderão
identificar aquele link como um link, demonstrado na figura 5.
42
Figura 5 - Utilização de apenas cores para representar links.
Fonte: Ministério da Saúde.
A área destacada em vermelho na figura 5 demonstra o cursor em cima de um link
mostrando apenas a utilização de cores para a identificação de links e a falta de um elemento
visual além do uso de cores para a representação.
O conteúdo não textual do site em questão de áudios nos vídeos, apesar de
disponibilizar legendas para pessoas com deficiências de audição, não é disponibilizado uma
transcrição do áudio presente no vídeo, o que ajudaria usuários deficientes auditivos a poder
digerir o conteúdo do áudio do vídeo em um ritmo o qual o usuário se sinta confortável.
O uso de cores na aparência do site apresenta problemas também, quando se é
utilizado o modo de alto contraste disponibilizado pelo site, parte do conteúdo apresentado se
torna ilegível para o usuário, como mostrado na figura 6.
43
Figura 6 - Comparação entre o modo normal e o modo alto contraste do site.
Fonte: Ministério da Saúde.
Na figura 6, a parte destacada em azul mostra o site em seu estado normal (sem a
ativação do modo de alto contraste), a parte destacada em vermelho mostra a interface da
página com o modo alto contraste ativado e a parte destacada em amarelo mostra o conteúdo
que se tornou ilegível comparado com a interface sem o modo alto contraste ativado.
O portal apresentou uma boa acessibilidade quando julgado pelos critérios da
checklist do projeto A11 relevantes para o julgamento do portal, seguindo as recomendações e
atendendo em grande maioria dos critérios e tendo apenas quatro critérios atendidos
parcialmente e um critério não atendido.
44
4.2 AVALIAÇÃO POR CRITÉRIOS ERGONÔMICOS
O portal também será avaliado através dos critérios ergonômicos definidos por
Bastien e Scapin.
Critério Aprovação Motivo
Manual do Usuário Sim A página conduz bem o
usuário, organiza os itens de menus
em listas hierárquicas e fornece
rótulos para os campos.
Carga de Trabalho Sim A página apresenta uma
baixa carga de trabalho sobre o
usuário através de sua interface com
ações mínimas.
Controle Explícito Sim A página segue a
recomendação de ativação em dois
passos.
Adaptabilidade Sim A página possibilita
maneiras diferentes de se realizar
uma tarefa de acordo com a
experiência do usuário com o
sistema.
Gerenciamento de Erro x A página não dá margem
a erros para ser julgada por este
critério.
Consistência Sim As diferentes páginas
disponíveis seguem o mesmo padrão
de interface.
Significados do Código Sim São utilizados títulos
simples que transmitem o conteúdo
que representam e não apresenta
abreviações.
Compatibilidade Sim Respeita as datas do país
45
e não apresenta informações que
precisem ser recodificadas.
O critério de manual do usuário cumpre a sua função de instruir o usuário nas suas
interações com o sistema, através de do agrupamento do menu por áreas de interesse, como
mostrado na figura 7, provendo um fácil entendimento das telas da página através de uma
organização dos objetos apresentados, fazendo com que os usuários identifiquem mais
facilmente itens diferentes e deixando mais fácil para o usuário entender o relacionamento
entre os itens dos menus através do agrupamento de itens, o que resulta em uma melhor
condução do usuário no sistema.
Figura 7 - Menu com agrupamento por tópicos.
Fonte: Ministério da Saúde.
Na figura 7 a área em vermelho mostra a progressão do menu através da seleção
das áreas de interesse demonstrando o relacionamento de itens do menu.
Sobre o critério de carga de trabalho, o portal apresenta uma baixa carga sobre o
usuário, atendendo o critério, através de diversas formas, principalmente na maneira em que
se foi feito o layout da página, com o conteúdo da página distribuído e separado em blocos e
com um menu de navegação do site sendo feito através do agrupamento de conteúdo, onde é
apresentado para o usuário um menu com uma visão geral dos conteúdos e logo abaixo
opções mais específicas, como demonstrado na figura 8, está maneira de dividir as
informações reduz o número de passos que o usuário necessita para fazer a seleção em um
menu e faz com que o usuário não seja sobrecarregado com informações e uma quantidade
maçante de elementos da interface e acabe se confundindo na utilização do sistema,
46
consequentemente fazendo com que a sua utilização do sistema seja mais eficiente para
realizar a tarefa à qual está interessado.
Figura 8 - Menu com ações mínimas.
Fonte: Ministério da Saúde.
A figura 8 mostra como o usuário é capaz de escolher qualquer item no menu com
apenas uma ação, sem precisar de ações extras que causem uma maior carga de trabalho sobre
o usuário.
O controle explícito das ações do usuário sobre o sistema atende ao critério e
segue a recomendação de ativação em dois passos, onde é necessário que o usuário realize a
ação de posicionar o cursor no elemento que ele pretende interagir e depois uma segunda ação
distinta que no caso seria o click do mouse para uma entrada de controle explícita, quando o
processamento do sistema é resultante de ações explicitas do usuário é facilitado o
entendimento e o aprendizado do sistema causando menos erros, menos utilização indevida
do sistema e uma maior satisfação do usuário.
A adaptabilidade do sistema atende ao critério e permite diferentes procedimentos
de navegação do portal para os usuários dependendo da sua relação com o portal, os usuários
menos experientes com a navegação do site podem utilizar o menu dropdown presente no
topo da página, onde o conteúdo é separado por tópicos possibilitando uma navegação mais
amigável para o usuário que não sabe exatamente o que procura, em contrapartida é
disponibilizado no final da página um menu corrido que disponibiliza todas as opções do
47
menu dropdown mas sem precisar navegar pelos agrupamentos de tópicos, permitindo que o
usuário mais experiente com o portal possa contornar esta etapa e utilizar o sistema de uma
maneira mais eficiente.
Figura 9 - Menu por tópicos para usuários menos experientes.
Fonte: Ministério da Saúde.
48
Figura 10 - Menu com menos etapas.
Fonte: Ministério da Saúde.
A figura 9 mostra o menu destinado a usuários menos experientes, auxiliando-os a
chegar no seu destino, já a figura 10 mostra um menu que possibilita que o usuário experiente
pule a etapa de abrir novas opções do menu para chegar aonde ele quer.
O gerenciamento de erros não se apresenta de forma significante no portal devido
a sua natureza de disponibilizar informações e ter uma mínima interação do usuário com o
sistema, praticamente não dando margens para erros de sistema.
A consistência do portal atende ao critério e segue as recomendações de
apresentar para o usuário diferentes páginas seguindo o mesmo design de interface, mantendo
o menu principal no topo da página e seguindo o mesmo padrão de localização de títulos e
texto, quando existe uma consistência de interfaces, o usuário reconhece e se familiariza com
novas páginas de uma maneira mais fácil e resulta em uma diminuição dos erros de utilização
e um uso eficiente do sistema.
O significado do código não apresenta nenhum uso de abreviações ou
denominações arbitrárias e são utilizados títulos que transmitem de maneira precisa e simples
o conteúdo que representa, tornando o conteúdo mais digestível para os usuários, atendendo
ao critério e melhorando a recordação e reconhecimento e minimizando erros por problemas
de condução do usuário.
A compatibilidade também atende ao critério e segue as recomendações de
respeitar os formatos de data do país, a utilização de termos familiares aos usuários
49
apresentando uma linguagem de fácil entendimento, unidades de medidas sendo as mesmas
que são normalmente utilizadas no país e também apresenta o texto na tela de uma maneira
semelhante à apresentação em papel, estas características possibilita uma melhor transferência
de informações para todos os grupos de usuários pois não necessita de nenhuma recodificação
da informação para poder ser entendida, também torna a utilização do sistema mais eficiente
pois a informação é apresentada de uma forma que é diretamente utilizável para o usuário e
familiar.
A página web do portal se mostra ergonômica atendendo aos critérios
ergonômicos que se aplicam e seguindo as recomendações relevantes para o contexto da
página.
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5 SUGESTÕES DE MUDANÇAS
Neste capítulo serão apresentadas possíveis melhorias para os pontos que não
atenderam por completo os critérios previamente vistos para uma melhor acessibilidade do
portal para os usuários que necessitem.
Para o problema de redimensionamento de texto a implementação de dois botões
juntos ao botão de alto contraste, encontrado no topo da interface da página, para aumentar e
diminuir a fonte do texto presente no portal solucionariam este problema, demonstrado na
figura 12, em comparação com a figura 11 que representa o estado atual da página.
Figura 11 - Interface da página sem a opção de redimensionar o texto.
Fonte: Ministério da Saúde.
Figura 12 - Interface com botões para redimensionamento da fonte.
Na figura 12 a área destacada em vermelho demonstra a adição de dois botões no
topo da página, um para aumentar o tamanho da fonte e outro para diminui-la, que não
estavam presentes na figura 11.
51
Para solucionar o problema de alguns elementos da página não apresentarem um
diferencial visível quando possuem o foco do teclado, demonstrado na figura 3, basta a adição
de um contorno em vermelho como é feito nos outros elementos da página, a recomendação é
demonstrada na figura 14.
Figura 13 - Interface do site atual (sem foco visível).
Fonte: Ministério da Saúde.
Figura 14 - Foco visível no elemento que não possuía.
Na figura 14, houve a adição do elemento visual do foco visível através do
contorno tracejado ao redor da notícia que possui o foco, que não é presente na interface atual
da página mostrada na figura 13.
52
Para uma melhor distinção de links contidos na página que também possa ser
identificada por usuários que sofram de algum impedimento visual pode-se adicionar um
sublinhado nos links que o cursor estiver posicionado, que é um método comum e popular de
se representar links, com a falta desta identificação visual demonstrado na figura 15 com o
cursor em cima da notícia “A prioridade é reforçar a campanha de vacinação, diz Queiroga”.
Figura 15 - Links antes da implementação da melhoria.
Fonte: Ministério da Saúde.
Figura 16 - Demonstração de sublinhado para identificar links.
53
Na figura 16 a área destacada em vermelho mostra a aplicação da solução
proposta com o sublinhado no link da notícia.
Para solucionar o problema de falta de transcrição do conteúdo não textual
presente na página, demonstrado na figura 17, pode-se implementar um link abaixo dos
vídeos que levará o usuário à uma nova página contendo o texto transcrito do conteúdo dos
vídeos.
Figura 17 - Falta de transcrição de conteúdo não textual na interface do site atual.
Fonte: Ministério da Saúde.
Figura 18 - Exemplo de transcrição para conteúdo não textual.
A figura 18 apresenta a proposta da solução com o link para a transcrição embaixo
dos vídeos.
Para o problema de parte do conteúdo da página se tornar ilegível quando se
utiliza do modo de alto contraste, é necessário fazer com que as imagens e elementos também
tenham suas cores definidas de maneira que possuam o alto contraste mas que não sejam
alteradas para o mesmo fundo da página ou elemento, como foi visto na figura 5. Com a
54
correção deste problema todo o conteúdo da página se manteria legível com o uso da opção de
alto contraste, como demonstrado na figura 20.
Figura 19 - Site atual com o modo alto contraste ativo.
Figura 20 - Modo alto contraste mantendo o conteúdo legível.
Com a implementação destas sugestões o site se tornaria mais acessível e a
informação seria disponibilizada para um maior número de usuários com deficiências e teria
total aprovação nos critérios do projeto A11 utilizados.
55
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS
O acesso à informação nos portais do governo, além de ser um direito previsto em
lei, é importante para a população poder conhecer e exercer seus direitos e utilizar programas
de auxilio, também a população bem informada pode ter impactos positivos na saúde pública,
por isto procurou-se fazer uma análise no portal de saúde e apresentar possíveis melhorias
para tornar a informação mais acessível.
Para fundamentar a teoria utilizada na análise do portal foram vistos conceitos
fundamentais de engenharia de software principalmente sobre a etapa de planejamento e
identificação das pessoas que se beneficiariam do sistema, chegando a conclusão de que os
usuários deficientes se encaixam nas pessoas que se beneficiariam do sistema o que significa
que a acessibilidade para esses usuários deveria ser levada em consideração na etapa de
planejamento do sistema, também conceitos de ergonomia que procuram adaptar o trabalho
ao ser humano, no caso o trabalho sendo a utilização do sistema, e enriquecer a experiencia do
usuário na utilização do sistema. Dentro dos princípios de ergonomia foram vistos critérios
que servem de avaliadores de ergonomia em interfaces Web.
Para a análise do portal foram vistas metodologias mundialmente reconhecidas
que abordam o tema de acessibilidade na internet e derivações destas metodologias que são
voltadas para o desenvolvimento de acessibilidade na Web, sendo baseadas nos principais
conceitos e critérios de aceitação, utilizadas por indivíduos, organizações e governos, apesar
destas metodologias não garantirem uma total acessibilidade, elas garantem uma experiencia
mais fácil para todos os usuários que utilizem o sistema.
Após a análise do portal, através dos critérios utilizados foram propostas
mudanças para que a acessibilidade do site seja aprovada nos critérios que não foram seguidos
a fim de tornar as informações disponibilizadas no portal mais acessíveis a população e tornar
o portal mais de a cordo com a lei de acesso à informação.
6.1 TRABALHOS FUTUROS
Com o desenvolvimento deste trabalho percebe-se o desafio de manter um portal
Web acessível e a necessidade de uma constante adaptação conforme novas diretrizes,
metodologias e tecnologias.
Pode-se considera como um trabalho futuro a utilização de novas metodologias ou
critérios para continuar a deixar o portal cada vez mais acessível à população.
Também é uma possibilidade se aprofundar em maneiras de deixar o conteúdo
acessível para uma deficiência em específico como deficientes visuais ou auditivos e as
tecnologias que seriam utilizadas para este objetivo.
A utilização de ferramentas automatizadas para a avaliação de critérios de
acessibilidade no portal também auxiliaria em processos futuros de análise de acessibilidade.
56
7 REFERÊNCIAS
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W3C. About W3C. Disponível em:<https://www.w3.org/Consortium/>. Acesso em: 27 out.
2020.
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ANEXOS
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ANEXO A – CHECKLIST A11YPROJECT
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