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UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJAI ADERLEI BORGES DA ROSA PROPOSTA DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS SOB A ÓTICA DA LOGÍSTICA NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS POSTAIS DA AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC SÃO JOSÉ 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJAI

ADERLEI BORGES DA ROSA

PROPOSTA DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS SOB A ÓTICA DA

LOGÍSTICA NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS POSTAIS DA

AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC

SÃO JOSÉ

2007

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ADERLEI BORGES DA ROSA

PROPOSTA DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS, SOB A ÓTICA DA

LOGÍSTICA NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS POSTAIS DA

AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC

Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de estágio supervisionado lll, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em administração da Universidade do Vale do Itajaí, Campus, São José Santa Catarina. Prof° Orientador: Jairo Vieira

SÃO JOSÉ

2007

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ADERLEI BORGES DA ROSA

PROPOSTA DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS, SOB A ÓTICA DA

LOGÍSTICA NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS POSTAIS DA

AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC

A presente monografia de conclusão do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, elaborada pelo aluno Aderlei Borges da Rosa, sob o título

Proposta de racionalização dos custos, sobre a ótica da logística na cadeia de distribuição dos objetos postais da agência dos correios de biguaçu/SC, foi

submetida em __ de _________ de 2007 à avaliação pelo Professor Orientador e pela Banca Examinadora, e aprovada com a nota_____

Área de Concentração: Administração

São José, ________ de 2007

Professor Orientador Jairo Vieira

UNIVALI – CE de São José

Professor

UNIVALI – CE de São José

Professor

UNIVALI – CE de São José

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar por ter me dado muita força para alcançar

este objetivo.

Aos meus pais que sempre estiveram do meu lado e sem eles não alcançaria

este objetivo.

A empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que disponibilizou os dados

necessários para realização deste trabalho.

A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização

deste trabalho

A minha família pela compreensão e dedicação nos momentos mais difíceis,

durante toda caminhada neste longo tempo em busca desta realização.

Ao professor orientador, Jairo Vieira, que com profissionalismo e dedicação

soube conduzir em todos os momentos de dificuldades, e com muita paciência,

mostrando vários caminhos para conclusão deste trabalho.

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RESUMO

O presente trabalho levantou os custos que fazem parte da cadeia logística, da

Agência dos Correios de Biguaçu/SC, com objetivo de buscar melhorias em seus

processos. Como fundamento o autor procurou fazer um breve relato sobre a

empresa, e na parte da fundamentação teórica, preocupou-se relatar os principais

itens que compõe toda estrutura do trabalho, no campo da logística. Os dados

necessários para a concretização do trabalho. A pesquisa teve como resultado

soluções simples e viáveis, como a redução dos custos de combustíveis e

manutenção, para a cadeia logística de distribuição, que justificaram a viabilidade da

proposta para a organização, em termos de retornos financeiros. Outro fator a ser

analisado, seria comparar os custos e verificar a viabilidade de terceirização, como

solução para baratear ainda mais os custos, e tornar as atividades logísticas mais

atraente e eficiente para a organização em termos de racionalização dos custos, em

toda cadeia de distribuição. Como a idéia central é buscar alternativas viáveis para a

redução dos custos, os fatores que tiveram maiores destaques em termos de

contribuição foram os gastos com combustíveis e manutenção, para a proposta

apresentada.

Palavras-chave: Logística. Distribuição. Transporte. Custos.

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ABSTRACT

The present work lifted the costs that are part of the chain logistics, of the Agency of

the mail of Biguaçu/SC, with objective of looking for improvements in your processes.

As foundation the author tried to do an abbreviation report on the company, and in

the part theoretical fundamentação, it was worried to tell the principal items that it

composes every structure of the work, in the field of the logistics. The necessary

data for the materialization of the work. The research had as resulted simple and

viable solutions, as the reduction of the costs of fuels and maintenance, for the chain

distribution logistics , that you they justified the viability of the proposal for the

organization, in terms of financial returns. Another factor to be analyzed, would be to

compare the costs and to verify the outsourcing viability, as solution to reduce still

more the costs, and to turn the activities more attractive and efficient logisticses for

the organization in terms of maximização of the costs, in every distribution chain. As

the central idea is to lo look for viable alternatives for the reduction of costs, the

factors that you they had larger prominence in contribution terms they were the

expenses of fuels and maintenance, for the presented proposal.

Key word: Logistics, Distribution, Transport, Costs.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Cadeia de suprimento típica................................................................ 18

Figura 02: Gestão estoques e cadeia de logística Integrada ............................... 20

Figura 03: Logística integrada.............................................................................. 21

Figura 04: Estrutura da cadeia de distribuição integrada ..................................... 28

Figura 05: Distribuição física dos produtos em uma cadeia de distribuição ......... 30

Figura 06: Gerenciamento do fluxo logístico ........................................................ 31

Figura 07: Objetivos para o gerenciamento estratégico ....................................... 32

Figura 08: Curva de custos de distribuição, e custos de transporte ..................... 48

Figura 09: Equilíbrio na logística de distribuição .................................................. 49

Figura 10: Custos totais de uma rede de distribuição .......................................... 51

Figura 11: Contabilização de custos por clientes ................................................. 53

Figura 12: Organograma da Agência dos Correios de. Biguaçu/SC .................... 61

Gráfico 01: dados primários - despesas com combustíveis ................................. 66

Gráfico 02: dados primários - percentual dos gastos por veiculo ......................... 67

Gráfico 03: dados primários: despesas com manutenção.................................... 68

Gráfico 04: dados primários: percentuais dos gastos com manutenção .............. 69

Gráfico 05: dados primários - variações das despesas de combustíveis e

manutenção.......................................................................................................... 70

Gráfico 06: dados primários - novos valores de combustíveis e manutenção...... 72

Gráfico 07: dados primários - ilustração dos gastos com combustíveis com a

proposta ............................................................................................................... 74

Gráfico 08: dados primários - variações nos percentuais de combustíveis após

proposta ............................................................................................................... 75

Gráfico 09: dados primários - despesas com manutenção após modelo

proposto ............................................................................................................... 76

Gráfico 10: dados primários - variações dos percentuais após modelo proposto 77

Gráfico 11: dados primários - valores dos gastos de manutenção e

combustíveis após proposta................................................................................. 78

Gráfico 12: dados primários - consumo de combustíveis atual e proposto .......... 79

Gráfico 13: dados primários - despesa com manutenção atual e proposto.......... 79

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Índices dos custos de manutenção .................................................... 64

Tabela 02: cálculos consumo de combustíveis para moto 01 .............................. 65

Tabela 03: cálculos consumo de combustíveis para moto 02 .............................. 65

Tabela 04: cálculos consumo de combustíveis para moto 03 .............................. 65

Tabela 05: cálculo consumo de combustíveis para Ducato ................................. 66

Tabela 06: gasto com manutenção para moto 01 ................................................ 67

Tabela 07: gasto com manutenção para moto 02 ................................................ 67

Tabela 08: gasto com manutenção para moto 03 ................................................ 68

Tabela 09: gasto com manutenção - veiculo ducato ............................................ 68

Tabela 10: valores com gastos de combustíveis e manutenção .......................... 69

Tabela 11: gasto com combustível para moto 01................................................. 73

Tabela 12: gasto com combustíveis para moto 02............................................... 73

Tabela 13: gasto com combustíveis para moto 03............................................... 73

Tabela 14: gasto com combustíveis para Ducato................................................. 74

Tabela 15: gasto com manutenção para moto 01 ................................................ 75

Tabela 16: gasto com manutenção para moto 02 ................................................ 75

Tabela 17: gasto com manutenção para moto 03 ................................................ 76

Tabela 18: gasto com manutenção para Ducato.................................................. 76

Tabela 19: valores agrupados com gasto de combustíveis e manutenção .......... 77

Tabela 20: Custos mensal viatura Ducato ECT/Correios ..................................... 80

Tabela 21: gastos logísticos com a terceirizada................................................... 81

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 09

1.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA.......................................................................... 10

1.2 OBJETIVO DO TRABALHO........................................................................... 13

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 13

1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 13

2 FUNDAMENTOS DE LOGÍSTICA SOBRE A ÓTICA DOS CUSTOS NA

CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO............................................................................... 14

2.1 FUNDAMENTOS DE LOGÍSTICA.................................................................. 14

2.1.1 A Cadeia de Abastecimento ..................................................................... 17

2.1.2 Elos da Cadeia de Abastecimento Integrada .......................................... 22

2.1.3 Processo Característico da Cadeia de Abastecimento.......................... 23

2.1.4 Planejamento da Cadeia de Abastecimento ........................................... 25

2.1.5 O Processo de Distribuição Física........................................................... 26

2.1.6 A Infra Estrutura de Transporte e a Cadeia de Abastecimento ............. 34

2.1.7 Administração dos Meios de Transporte ................................................ 36

2.1.8 Utilização dos Meios modais de Transportes ......................................... 39

Ferroviário.................................................................................................... 42

Rodovias ...................................................................................................... 43

Hidroviário ................................................................................................... 44

Dutoviário..................................................................................................... 44

Aéreo ............................................................................................................. 45

2.1.9 Análise de Custos na Cadeia Logística de Distribuição ........................ 46

2.1.10 Terceirização uma Estratégia Viável na Redução dos Custos

Logísticos ........................................................................................................... 54

3 METODOLOGIA ............................................................................................... 56

3.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA...................................................................... 56

3.1.1 População .................................................................................................. 59

3.1.2 Plano de Coleta de Dados ........................................................................ 60

3.1.3 Análise dos Dados .................................................................................... 60

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4 RACIONALIZAÇÃO DE CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS

POSTAIS NA AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC............................ 61

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO........................................ 61

4.2 O SISTEMA LOGÍSTICO ATUAL DA AGÊNCIA DOS CORREIOS DE

BIGUAÇU/SC....................................................................................................... 62

4.3 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A RACIONALIZAÇÃO DOS

CUSTOS .............................................................................................................. 63

4.4 MODELO PROPOSTO DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS DO

SISTEMA LOGÍSTICO ......................................................................................... 64

4.5 SOLUÇÃO DO MODELO PROPOSTO DE RACIONALIZAÇÃO DE CUSTO 71

4.6 PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DOS CUSATOS.... 80

5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 82

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 85

Apêndice A – Planilha de Calculo..................................................................... 88

Apêndice B – Cálculo de Custos ...................................................................... 89

ANEXOS .............................................................................................................. 92

Anexo A – Modelo Ficha de serviço diário de veículos .................................. 93

Anexo B – Ficha de serviço diário dos veículos ............................................. 95

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1 INTRODUÇÃO

A partir do momento em que estão surgindo diversas modificações e

transformações, em todo sistema econômico, e que forçam a expansão e a

necessidade de métodos científicos, fica cada vez mais clara a necessidade de

novas conquistas nas áreas tecnológicas, como alavanca para o desempenho das

organizações e para o bem estar da própria sociedade, que seria a principal

beneficiária dentro desse contexto.

Como o mercado está em constante mudança, e em ritmo muito acelerado,

fica cada vez mais difícil a sobrevivência das organizações. Por isso, há

necessidade urgente de muito mais investimentos, principalmente nas áreas de

tecnologia como as de logísticas, que ajudaram as organizações a sobreviverem e

superarem os concorrentes.

Em meio a estas novas necessidades que estão surgindo a todo momento,

faz-se necessário que o acadêmico desenvolva um trabalho que tenha como

objetivo um diagnóstico voltado ao bem estar da organização como mecanismo de

desenvolvimento organizacional, detectando os verdadeiros pontos positivos e

negativos, na área de logística e criando mecanismos que irão ajudar no

crescimento da organização.

O grande diferencial pretendido na atualidade está na melhoria contínua dos

serviços e por isso que o estudo da logística ganhou grande importância dentro da

administração de um serviço. Em um sistema de distribuição percebe-se mais

facilmente a eficácia que a logística pode gerar, principalmente pela integração da

atividade que compõe a distribuição física de produtos.

As empresas, para sobreviverem nesta realidade econômica, precisam buscar

constantemente um diferencial competitivo para seus produtos e serviços.

Com o surgimento da Internet como instrumento de compra, buscar um

diferencial competitivo baseado na qualidade dos bens ofertados por uma empresa

deixou de ser de uma maneira geral a estratégia utilizada pelas empresas modernas,

tendo em vista que a qualidade hoje é um pressuposto para qualquer produção ou

serviço.

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Analisando a visão sistêmica que engloba a organização, e o mercado e sua

perspectiva de crescimento, será abordada a estrutura logística da Agência dos

Correios de Biguaçu/SC, na área de coleta transporte e distribuição,

Diante do exposto serão apresentadas algumas alternativas e sugestões no

campo da logística de distribuição, com melhorias contínuas e soluções para o

desenvolvimento e aplicabilidade dos fatores de custos logísticos para os Correios

de Biguaçu, como fatores essenciais na solução de problemas e reduções de custos.

1.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

O estudo foi realizado na Agência de Correios de Biguaçú/SC, localizada à

Rua Getúlio Vargas 98, centro de Biguaçú/SC, com CEP 88160-000 e telefone nº

(48) 32433111. É uma Empresa Jurídica de direito Público, uma das unidades

prestadoras de serviço dos Correios, cuja natureza Jurídica é da administração

direta, regida pelo decreto lei nº -509 de 20 de março de 1969, que dispõe sobre a

transformação do Departamento de Correios e Telégrafos em empresa pública.

É uma agência de categoria “três” em uma escala classificada pela

organização, que vai de um a seis, conforme arrecadação e número de funcionários.

Sua estrutura organizacional está adequada à estratégia da organização e

suas atividades estão relacionadas ao atendimento da população no recebimento, e

distribuição e coleta de objetos postais, como também na prestação de alguns tipos

de serviços bancários.

Sua missão é facilitar as relações pessoais e empresariais mediante a oferta

de serviços de correios e bancários com ética competitividade e lucratividade. Tem

como visão ser reconhecida pela excelência e inovação na prestação de serviços de

correios com qualidade.

Seu objetivo é prestar serviços de correios com qualidade, visando o bem

estar da sociedade. Seus funcionários são treinados para melhor atender os clientes

dentro de um padrão definido pela organização que atenda as necessidades do

mercado.

As atividades desempenhadas pelos colaboradores em suas rotinas diárias

de trabalho estão bem definidas e controladas pelo gerenciamento de controle e

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resultado (GCR), onde o colaborador é avaliado semestralmente conforme

desempenho de suas atividades dentro de uma escala que mede o nível de

competência.

Seu ponto fraco é a rigidez de ser uma organização governamental, em que

toda suas decisões e procedimentos dependem do poder central (Brasília), que

acarreta uma série de dependências dos ditames legais, contrário as empresas

privadas que desempenham o que a lei não lhes proíbe, e se adaptando conforme a

necessidade do mercado sem muitas burocracias.

Todo planejamento da organização é centralizado em Brasília, e qualquer

política a ser adotada na unidade precisa ter o aval da administração central. Toda e

qualquer aquisição de bens para a organização é feita mediante aplicação da lei

8666 de 21 de junho de 1993, que tem como objetivo controlar e regular a aquisição

de qualquer bem adquirido pela organização.

No contexto financeiro da organização sua política fica a cargo de Brasília. A

estratégia de política financeira é definida pelo ministério das Comunicações, cabe,

portanto à Agência de Biguaçú/SC o simples cumprimento das determinações

aplicadas pelas políticas econômicas implantadas pelo governo federal, controladas

pelos auditores da empresa que periodicamente são fiscalizadas pelo Tribunal de

conta da União.

No aspecto mercadológico sua política é de responsabilidade do

Departamento de Marketing, também localizado em Brasília, que dita as normas que

devem ser seguidas conforme atividades desenvolvidas pela empresa. É importante

ressaltar que a empresa vem se adequando às necessidades e satisfação de seu

público, inovando com produtos e serviços, mesmo sendo uma empresa

monopolista, em alguns segmentos como cartas e cartões postais e telegramas, há

fortes concorrentes no segmento de encomendas onde a lei não protege.

E os principais concorrentes, no segmentos de encomendas, em todo

território nacional, são Vaspex, Varilog, Catarinense, Reunidas, Tam, DHL e FEDEX,

é por isso que a empresa investe muito em tecnologia como (logística,), transporte e

treinamento dos colaboradores para atender seus clientes com maior rapidez, preço

mais acessível e qualidade superando seus concorrentes.

Sua estrutura logística está definida conforme critérios aprovados pelo

departamento logística localizado em Brasília, que dita todas as regras que deverão

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seguir, conforme sua estrutura implantada de acordo com estudos preliminares,

efetuados pelo departamento de Operações Postais de cada Regional.

A seguir serão apresentados os aspectos estratégicos e logísticos que

contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.

A empresa possui um dos melhores sistemas logísticos a nível nacional. Todo

seu segmento está estruturado sobre a ótica da logística de transporte e distribuição.

Este trabalho tem como objetivo propor e aplicar algumas técnicas no campo

da logística, que venham a trazer melhorias em todo o segmento da empresa, desde

a postagem dos objetos postais, ao encaminhamento e a distribuição aos clientes,

propondo mudanças que facilitem maior rapidez e segurança, com objetivo de ganho

real e maior competitividade e menor custo, visando superar a concorrência.

Agência dos Correios de Biguaçu/SC tem suas atividades logísticas definidas

e implantadas pela Gerencia de Operações Postais, que está situada no prédio sede

dos Correios, localizado as margens da Br 101, km 208, em São Jose.

A Agência está operando seu sistema logístico atualmente com dez carteiros

que utilizam bicicletas, três motos e uma viatura de médio porte, com capacidade

máxima de uma tonelada.

O veículo tem como função transportar a carga do centro de triagem, que fica

em São José, no prédio sede, para a Agência de Biguaçu. E distribuir todas as

encomendas de médio e grande porte dentro do município de de Biguaçú/SC. Além

coletar todos os malotes para encaminhamento aos destinatários.

As motos têm como função a distribuição de objetos simples e registrados de

menor porte, com roteiros definidos em locais de difícil acesso para as bicicletas,

(acidentados) aos clientes de Biguaçu.

Os dez carteiros têm como missão distribuir todas ás correspondências

diárias de médio e pequeno porte dentro do município, definidos por roteiros fixos.

Mas estudos já demonstraram que com o crescimento acelerado do

município, há necessidade urgente de rever todo o sistema logístico, com

implantação de novas rotas, novos veículos de menor porte, para atender a

demanda com maior eficácia. Por isso este trabalho tem como objetivo propor e

implantar alternativas que visem contribuir para melhorias contínuas no campo da

logística, aumentando a eficiência e a rapidez na distribuição dos objetos postais

com menor custo e rapidez.

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1.2 OBJETIVO DO TRABALHO

1.2.1 Objetivo Geral

• Propor alternativas que visem melhorias no campo da logística, e da

cadeia de distribuição dos objetos postais, para racionalização dos custos

operacionais da Agência dos correios de Biguaçu/SC.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Verificar a situação atual da cadeia de distribuição logística dos objetos

postais da Ag. dos Correios de Biguaçu/SC

• Levantar os principais fatores de custos que integram a cadeia de

distribuição para o estudo proposto.

• Estudar a viabilidade na aplicação de modelos de transporte visando

racionalizar custos.

• Propor alternativas que demonstrem resultados concretos na redução dos

custos de transportes na cadeia logística.

• Estudar a viabilidade de um modelo alternativo, de transporte, visando a

redução dos custos na cadeia logística de distribuição.

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2 FUNDAMENTOS DE LOGÍSTICA SOBRE A ÓTICA DOS CUSTOS NA CADEIA

DE DISTRIBUIÇÃO

A seguir serão relacionados os fundamentos de logística tais

como:Planejamento da cadeia de abastecimento, o processo de distribuição física,

infra estrutura e administração dois meios de transporte e modelos alternativos de

análise dos custos de transporte logísticos na cadeia de distribuição.

2.1 FUNDAMENTOS DE LOGÍSTICA

Desde os tempos primitivos, a logística sempre esteve presente, mas no

decorrer dos tempos foi se tornando fundamental para as necessidades dos homens

e sua utilidade foi cada vez mais expressiva, fazendo com que se tornasse

fundamental para as necessidades das organizações.

No entanto, foi durante a segunda guerra mundial que a palavra logística

adquiriu amplitude, em decorrência das operações militares realizadas neste

período. Nessa ocasião sua principal função era manter os suprimentos dos

soldados, nas quantidades adequadas e garantir que quando esses fossem

repostos, chegassem no tempo determinado.

Mas foi a partir da década de 70, que se iniciou o período que marcou a

importância da logística no mundo empresarial, pois suas atividades passaram a ter

maior interesse.

Com o crescimento das atividades econômicas e a abertura do mercado

(globalização) e a competição mundial, as empresas procuraram meios mais

flexíveis e mais baratos, como alternativas de sobrevivência entre os competidores.

Áreas como controle de custos, nível de produtividade e controle de qualidade

passaram a ser as principais diretrizes de melhorias, tendo como foco o cliente final.

Mas foi a partir da década de 90, com o surgimento da era da

competitividade, baseada na economia globalizada, onde o principal objetivo das

empresas era a sobrevivência, que se abriu espaço para a logística como meio de

transformação. A partir disso, a logística passa a ser o centro das atenções dos

administradores, visando redução de custos dos produtos aos consumidores finais.

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Atualmente os negócios estão sendo definidos em um ambiente global que

está forçando as organizações, independente de sua localização ou base de

mercado, a considerar o restante do mundo em sua análise estratégica competitiva.

Segundo Dornier (2000, p. 27) “as empresas não podem isolar ou ignorar fatores

externos, tais como tendências econômicas, situações competitivas ou inovações

tecnológicas”.

Sabe-se que muitas empresas focam suas funções de venda no marketing,

nas finanças e na produção.

Essas atitudes podem ser justificadas até certo ponto, porque se sabe que

uma empresa não é capaz de produzir e vender seus produtos, conforme afirma

Dornier (2000, p. 27), “essas abordagens são falhas se não reconhecer a

importância das atividades que devem ocorrer entre pontos e momentos de

produção (suprimento) e pontos e momentos de compra de produtos (demanda)”.

Essas são atividades de operações logísticas que se não forem bem

sucedidas afetam a eficiência e eficácia tanto de marketing quanto de produção, e

finalmente a lucratividade da empresa.

Para muitos empresários a logística vem sendo o diferencial em todo

segmento produtivo.

Sua visão tem se alterado nos últimos anos, pois até pouco tempo era vista

como um instrumento que tratava apenas de fluxo de matéria até o produto

acabado, sem integrar as várias funções ao longo de toda cadeia, e que atualmente

está sendo considerada como uma abordagem gerencial que considera de forma

sistêmica e integrada todas as atividades que fazem parte de toda cadeia de

produção. Segundo Dias (1996, p. 370):

[...] a visão dos empresários sobre a logística tem se alterado nos últimos anos, pois pouco tempo, era vista como um instrumento que tratava do fluxo de materiais, da matéria-prima até o produto acabado, sem integrar ás várias funções ao longo da cadeia.

No mundo competitivo em que vivemos as empresas estão cada vez mais

focadas em seus negócios, com maior competência, nas atividades em que estão

envolvidas no campo de seus negócios. Segundo Bertaglia (2003, p. 108) “no

mundo competitivo atual as empresas cada vez mais focalizam as suas

competências dando maior importância às necessidades que estão relacionadas ao

seu negócio”.

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No meio empresarial nunca se falou tanto em logística como agora; muitos

fatores explicam essa tendência. De um lado, a maior preocupação com os custos

nas empresas. De outro, como decorrência da maior competição pelo mercado

consumidor, a necessidade de garantir prazos de distribuição e oferecer um melhor

nível de serviço, com menor custo possível.

Assim percebe-se que a logística tem desempenhado papel fundamental no

desenvolvimento das organizações, encurtando a distância entre produtores,

fornecedores e clientes, ajudando na rentabilidade nos serviços na distribuição aos

clientes e consumidores.

Segundo Ballou (1993, p. 17) “diminui o hiato entre a produção e a demanda

de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e

na condição física que desejarem”.

No entender de Ballou (2001, p. 36) Logística é o processo de planejar,

implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos,

bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem

até o ponto de consumo, com objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

Ainda segundo, Harmon (1994, p. 36) “os consumidores serão os principais

beneficiários de seus esforços em virtude da velocidade com que produtos de alto

valor e baixo custo poderão ser entregues”.

E afirma Christopher (1997, p. 132) “os clientes em todos os mercados, estão

mais sensíveis ao tempo e procuram comprar de fornecedores que ofereçam

menores prazos de entrega e que atendam seus requisitos para a qualidade”.

A globalização foi o marco principal para expansão e desenvolvimento da

logística, que teve função primordial em agrupar conjuntamente as atividades

relacionadas ao fluxo de produtos e serviços de forma integrada. Conforme Afirma

Azevedo (2002, p. 18), “A logística ao longo dos anos, tem sido conhecida por vários

nomes tais como: Administração de transportes, distribuição física, suprimentos,

administração de materiais, operações e logísticas empresarial” e dentre alguns

conceitos o mais completo seria.

Trata-se de todas as atividades de movimentação armazenagem, que facilitem o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável (BALLOU, 1993, p. 24).

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17

A tecnologia da informação tem sido a alavanca primordial para o

desenvolvimento das organizações. Com ela surgiu a necessidade de maior

eficiência para atender as necessidades de escoação da crescente produtividade.

E como aliada da tecnologia, a logística surgiu como diferencial nos modelos

de negócios e de elaboração de estratégicas logísticas com finalidade de unir a

produção ao consumidor num menor tempo possível, com redução de custo para o

consumidor, conforme afirma Ballou (1993, p. 283) “O sistema de informação deve

ser capaz de movimentar a informação desde os pontos onde é obtida até os pontos

onde é necessária”.

2.1.1 A Cadeia de Abastecimento

Muitas mudanças de caráter organizacional aconteceram nas últimas

décadas, tais como: globalização, rápida renovação de famílias de produtos,

crescimento de comércio eletrônico, acelerado desenvolvimento das tecnologias de

informação, evolução nos meios de transporte, etc.

A maioria das organizações buscam melhores posicionamento no mercado,

visando estratégia de melhores negócios e habilidades em superar os concorrentes.

Mas para isto faz-se necessário desenvolver um alto nível de relacionamento

cooperativo entre seus membros (fornecedores, empresas e consumidores), onde a

troca de informações entre agentes torna a relação entre empresas mutuamente

benéficas e garante que o produto final possa ser orientado pela demanda real, e

não por meras especulações baseadas em previsões.

Em síntese, conforme afirma Azevedo (2002, p. 25):

O cenário mundial de negócios, nos dias de hoje, é caracterizado pela competitividade entre cadeias e não mais entre empresas concorrentes que trabalham isoladamente, em que o objetivo central é a satisfação das necessidades e expectativas dos clientes.

Na cadeia de abastecimento todos os elementos do processo logístico devem

ser focados com objetivo fundamental de atender os clientes.

Que segundo Novaes (2001, p. 36) “satisfazer as necessidades e

preferências dos consumidores finais. E conhecer as necessidades de cada um dos

componentes do processo, buscando sua satisfação”.

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A figura abaixo ilustra um modelo típico de cadeia de suprimento.

Figura 01: Cadeia de suprimento típica. Fonte: NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2001, p. 39.

O conceito moderno da cadeia de abastecimento está associado à vantagem

competitiva para as organizações que buscam seu papel como ponto estratégico na

cadeia de abastecimento integrado, com vantagem inovadora sobre as demais

organizações.

O mercado se movimenta em uma velocidade cada vez mais acelerada, por

isso a administração da cadeia de abastecimento integrada exige bons

entendimentos entre as organizações e o mercado, Segundo Bertaglia (2003, p. 03)

“está vinculada a variáveis internas e externas que afetam a organização e aos

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19

diferentes modelos de negócio estabelecidos para os segmentos industriais ou para

as empresas de serviços”.

Os impactos não se limitam apenas às organizações, mas atingem a

sociedade e para melhor prepará-la há necessidade de bons profissionais na

preservação do meio ambiente e também na infra-estrutura de transporte, permitindo

que haja competição em uma esfera global.

Na cadeia de abastecimento, para que sofra maior impacto em suas

melhorias, é preciso profissionais que entendam como a empresa está organizada e

como se comporta no processo de abastecimento, em relação aos consumidores,

clientes e fornecedores e também as informações como movimentar, manejar e

armazenar os produtos.

E por serem um processo bastante extenso a cadeia apresenta modelos que variam de acordo com as características do negócio, dos produtos e também das estratégias utilizadas, pela maioria das empresas, para fazer com que o bem chegue as mãos dos clientes e consumidores no menor tempo possível. (BERTAGLIA, 2003, p. 04).

Para que a cadeia de abastecimento, não sofra nenhum impacto, é

necessário que haja integração entre todos os elementos, e para que isto ocorra é

fundamental uma boa administração, ou seja um sistema de operações logísticos

integrada, moderna denominada de Supplay Chaim managemente (SCM).

Que no entender de Novaes (2001, P. 41), SCM é a integração dos processos

industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores

iniciais, gerando produtos serviços e informações que agreguem, valor para o

cliente.

E ainda afirma Novaes (2001, P. 41) que o SCM, focaliza o consumidor com

um destaque excepcional, pois todo processo deve partir dele, e atendê-lo na forma

por ele desejada.

No entender de Ching (2001, p. 66) o supply chain, é todo esforço envolvido

nos diferentes processos e atividades empresariais que criam valor de produtos e

serviços para o consumidor final.

Ainda para Ching (2001, P. 66) supply chain, é uma forma integrada de

planejar e controlar o fluxo de mercadorias, informações e recursos, desde os

fornecedores até o cliente final.

A figura abaixo ilustra um modelo típico de logística integrada.

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Figura 02: Gestão estoques e cadeia de logística Integrada. Fonte: CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2001, p. 67.

Percebe-se ainda que a gestão supply Cain, é um conceito mais amplo e mais

importante que segundo Ching (2001, P. 68) se inicia na saída das matérias primas

dos fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos

produtos acabados aos clientes finais.

Ainda no entender de Ching (2001, P.68) que o desempenho so supply chain

depende principalmente de quatro fatores a saber.

• Capacidade de resposta as demandas dos clientes.

• Qualidade de produtos e serviços.

• Velocidade, qualidade e timing de inovações nos produtos

• Efetividade dos custos de produção e entrega e utilização de capital.

Na maioria das organizações líderes utilizam a integração da cadeia logística,

visando alcançar vantagens competitivas entre seus concorrentes. A figura abaixo

representa um modelo de integração logística.

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Figura 03: Logística integrada. Fonte: CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2001, p. 68.

Com o avanço da tecnologia a cadeia de abastecimento evoluiu muito, tornou-

se mais ampla e mais rápida, fazendo com que os produtos e serviços chegassem

mais rapidamente aos consumidores.

E todo esse gerenciamento deve considerar todos os aspectos relevantes e

as peças fundamentais do processo, de tal forma que seja o mais ágil possível e que

não comprometa a qualidade e a satisfação do cliente.

Toda estrutura da cadeia de abastecimento exige bons conhecimentos dos processos e de suas variáveis, tais como conhecimento dos padrões de mercado e suas respectivas demandas, modelos de distribuição, nível de serviço e sua relativa importância, distancia, modos de transporte, elemento de custos, características dos produtos e dos canais de distribuição. (BERTAGLIA, 2003, p. 05).

E que todas as decisões sejam orientadas tanto para curto e longo prazo, e

envolvam as políticas corporativas da empresa participante do processo.

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2.1.2 Elos da Cadeia de Abastecimento Integrada

Como as atividades logísticas sempre foram essenciais para as empresas,

torna-se necessário que vários segmentos se unam para formar conjuntamente toda

estrutura da cadeia de abastecimento.

Em síntese, poderia destacar como parte integrante da cadeia de

abastecimento o transporte, processamento de produtos, as compras,

armazenagem, manuseio de materiais, os serviços aos clientes, e a distribuição.

O transporte é, sem dúvida, um dos elos mais importantes dentro da cadeia

de abastecimento, e o profissional de logística precisa ter bons conhecimentos na

área de transporte.

Como objetivo deste trabalho é propor alternativas que visem bons resultados

no campo da distribuição, em termos de redução de custos, e, considera-se este

item (transporte) o mais adequado para o estudo a que se pretende realizar.

Atualmente, o processo de distribuição tem sido foco central das

organizações, uma vez que os custos nele existentes são elevados e as

oportunidades são muitas.

Outro fator importante como elo da cadeia de abastecimento é o

planejamento e deve estar integrada como um todo. Porém, ainda se percebe que

muitas organizações administram seus negócios de maneira não integrada, e que

segundo Bertaglia (2003, p. 26), “as empresas precisam ter um processo de

planejamento que possa cobrir toda a cadeia de abastecimento, avaliando

perspectivas estratégicas de demanda e abastecimento” e que deve ir além das

fronteiras da organização envolvendo os clientes e fornecedores.

Outro fator que está envolvido como elo da cadeia de abastecimento são as

compras, que tem como finalidade obter materiais componentes, acessórios ou

serviços.

Com relação aos elos da cadeia de abastecimento, e que segundo Bertaglia

(2003, p. 27), “é o processo de aquisição que inclui a seleção dos fornecedores, os

contratos de negociação e as decisões que envolvem compra locais ou centrais”.

Contudo, a gestão de compras não se limita ao ato de comprar, envolve muito

mais do que imaginamos, é um processo estratégico que exige muito das

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organizações. Para Bertaglia (2003, p. 27), “os profissionais de compras devem ter

um entendimento global de negócios e tecnologia”.

É muito mais do que um analista de suprimentos e um negociador do que

propriamente um operador de transações que faz pedidos e monitora-os.

As compras podem ser classificadas em centralizadas e descentralizadas,

assim dependendo do tipo de compras pode-se obter algumas vantagens no

processo.

Nas compras centralizadas pode-se conseguir melhores preços e vantagens

em função do volume praticado com os fornecedores; já as compras

descentralizadas podem oferecer uma velocidade maior de atendimento se

praticadas localmente, conforme afirma Bertaglia (2003, p. 27) “algumas

organizações optam por utilizar os dois modelos, comprando itens mais estratégicos

e de maior volume de forma centralizada, enquanto compram os de menor

quantidade localmente”.

Algumas organizações fazem estudos de viabilidade econômica e levam em

conta variáveis como preço, disponibilidade local e global, disponibilidade e modo de

transporte, volume e freqüência de compra e também os lotes econômicos.

Outro fator muito importante relacionado a compras é a boa relação com os

fornecedores, as organizações modernas estão cada vez mais conscientes da

necessidade de manter bons vínculos com os fornecedores, em vez de manter

simplesmente uma relação puramente de compra e venda.

Estão também reduzindo a quantidade de fornecedores, tendo somente

aqueles que lhes interessam e por longo prazo, com maiores volumes e mais

flexibilidade, permitindo maior troca de informações sobre todos os aspectos ligados

ao ato de compra como prazo de entrega, descontos, prazo de pagamento.

2.1.3 Processo Característico da Cadeia de Abastecimento

O foco principal da cadeia de abastecimento é o planejamento nos seus

diversos níveis, com a finalidade de obter integração dos negócios da organização e

destacar a sua importância.

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O principal objetivo do planejamento é propiciar uma visão clara do processo

como um todo, avaliando metas e restrições em compras, produção e distribuição

num horizonte de tempo predeterminado.

Naturalmente que nenhuma organização deseja produzir planos abaixo do

seu padrão ou sem qualidade necessária, conforme afirma Christopher (2003, p.

192) “a organização ágil não somente procura colocar o cliente no centro do

negócio, mas projeta todos os seus sistemas e procedimentos, com o objetivo

principal de melhorar a velocidade e a confiabilidade da respostas”.

Com a evolução da tecnologia da informação a cadeia de abastecimento tem

apresentado resultado bastante significativo, possibilitando que planos bastante

ricos sejam elaborados e aplicados como fatores de melhorias contínuas em toda

cadeia. Segundo Dornier (2000, p. 390), “quanto mais complexa a tecnologia, maior

o nível necessário de controle sobre os processos produtivos, para garantir níveis de

qualidade consistente”.

E que a cadeia de abastecimento é orientada pelas previsões de vendas. Um

dos problemas das estimativas é que elas são criadas para atender as várias

necessidades da organização.

Ainda que obrigatoriamente deva existir um planejamento estratégico com

visão total da cadeia de abastecimento e esta visão está dividida em três sub-

processos a fim de obter planos operacionais e táticos mais detalhados e focalizados

em processos relevantes, que são: Planejamento de suprimentos, de produção, e de

distribuição.

O planejamento de suprimento tem como objetivo definir as ações para

obtenção de materiais necessários à satisfação da demanda requerida pela cadeia

de abastecimento.

Planejamento de produção corresponde ao desenvolvimento das ações que

orientarão os recursos da produção em relação às necessidades da produção

especificada pela demanda.

Planejamento da distribuição consiste em implementar ações que orientarão

os recursos da distribuição em relação às necessidades de distribuição

especificadas pela demanda. Segundo Bertaglia (2003, 9. 39) suas principais

diretrizes podem ser utilizadas no seu contexto são: tempo de ciclo empregado na

distribuição, flexibilidade, custo de estoque de produto terminado, custo de

administração dos pedidos, custos logísticos totais, precisão das estimativas de

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vendas e nível de atendimentos dos pedidos, considerando data, produto,

quantidade e qualidade.

2.1.4 Planejamento da Cadeia de Abastecimento

Como em qualquer atividade, há necessidade de se analisar os processos

que fazem parte de sua estrutura, a cadeia de abastecimento também necessita de

um bom planejamento como fator primordial para o bom desempenho deste

segmento da logística, segundo Bertaglia (2003, p. 148), “a elaboração de um

planejamento integrado da cadeia de abastecimento proporciona os benefícios com

a redução de custos e dos estoques, aumento da lucratividade, melhor uso da

capacidade produtiva e dois ativos”.

Para Ballou (1993, p. 330) o planejamento da cadeia de abastecimento, deve

estar solidamente baseada nos custos logísticos diretos, e em considerações de

nível de serviço.

O principal objetivo da cadeia de abastecimento está associado a previsões

de vendas.

As organizações planejam suas cadeias de abastecimento através das

necessidades provenientes do plano de negócios ou plano empresarial. Segundo

Bertaglia (2003, p. 148), “o planejamento propicia uma visão clara de todo o

processo, permitindo que se entenda as limitações e restrições dos diferentes

recursos que compõe a cadeia”.

É natural que nenhuma organização pense em produzir plano abaixo do seu

padrão, ou seja sem qualidade necessária que atenda suas necessidades.

A tecnologia da informação tem sido o estopim para possibilitar o avanço

significativo de muitos planos, com bons resultados e retornos satisfatórios. Mas não

é a única ferramenta que tem facilitado os processos de planejamento, o

conhecimento do mercado e a boa empregabilidade dos recursos internos e

externos.

Tem repercutido nas atividades de venda que há necessidade de fatores

determinantes à elaboração de um bom plano.

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O planejamento de qualquer organização precisa está alinhado com o plano comercial, dessa maneira, promoções propagandas, premiações, projeções, finanças e análise de capacidade acabam gerando resultados muitas vezes insatisfatório. (BERTAGLIA, 2003, p. 140).

Por isso, são necessários bons conhecimentos de gestão da demanda, boa

visão no campo das vendas, nas áreas de marketing, operações e finanças.

Contudo também é obrigatória a existência de um planejamento estratégico com

visão total da cadeia de abastecimento e dividi-los em três sub processos, como

plano de suprimento, plano de produção e planos de distribuição.

O planejamento da cadeia de abastecimento para muitas organizações é

direcionado pelo planejamento da demanda.

O fluxo logístico será muito mais eficiente se houver uma integração entre esse plano de tal forma que um plano consciente possa ser gerado para toda a cadeia de abastecimento e que muitas empresas ainda trabalham de forma departamentalizada e fragmentada, sem seguir a orientação do processo, o que provoca diferentes enfoques de serviços. (BERTAGLIA, 2003, p. 149).

E que todo planejamento estratégico deva estar voltado a atender as

necessidades de negócio da empresa.

2.1.5 O Processo de Distribuição Física

Este é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação,

estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma.

A distribuição física preocupa-se principalmente com bens acabados ou semi-

acabados, ou seja, com mercadorias que a companhia oferece para vender e que

não planeja executar processamentos posteriores. Segundo Ballou (1993, p. 40), “o

profissional de logística deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos

produtos requeridos pelos clientes a medida que eles desejam” e ainda afirma Ballou

(1993, p. 41) “há três formas básicas de distribuição dos produtos, como entrega

direta a partir de estoques da fábrica, entrega direta a partir de vendedores ou linha

de produção, entrega feita utilizando um sistema de depósito”.

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Se a quantidade adquirida for suficiente para lotar um veículo, as entregas

podem ser feitas diretamente a partir do vendedor, isto facilita na ocorrência de

menor custo de transporte.

Para as organizações a distribuição física é uma tarefa que pode ser

desenvolvida em três níveis: o estratégico, tático e o operacional; segundo Ballou

(1993, p. 43), “administrar a distribuição no nível tático é utilizar seus recursos de

maneira eficiente”.

Para as organizações a distribuição corresponde a um processo de ações a

serem tomadas que orientarão os recursos da distribuição com base nas

necessidades de distribuição, conforme a demanda especificada. Para Bertaglia

(2003, p. 155), “as necessidades por distribuição demanda analisar recursos de

distribuição, analisar plano de distribuição, produto de um determinado ponto a

outro”.

Na prática a distribuição de produtos é analisada sob diferentes perspectivas

funcionais pelas técnicas de logísticas.

Os especialistas em logística denominam de distribuição física de produtos, os processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor, que em geral esse ponto final da distribuição física é a loja de varejo. (NOVAES, 2001, p. 107).

E para muitas empresas que conseguiram reduzir seus tempos de entrega

poderão comandar preços mais altos, e ao mesmo tempo assegurar a lealdade dos

melhores e mais cobiçados clientes do mercado.

Estas vantagens que o tempo proporciona aos consumidores são claras, elas passam a necessitar, planejar suas compras com antecedência menor e, portanto, podem postergar suas decisões até uma data mais próxima na qual eles necessitam receber os bens adquiridos (CORREA, 1996, p. 46).

Para muitos clientes a certeza e a confiabilidade de entrega tem sido

considerada como um critério competitivo de grande importância no mercado atual e

futuro.

Com a tendência de se reduzir estoques, as empresas passam a necessitar de entregas mais freqüentes e confiáveis por parte dos fornecedores, já que com baixos níveis de estoques de segurança o atraso de um fornecimento pode reproduzir em parada na produção, com custos decorrentes, muitas vezes elevados (CORREA, 1996, p. 49).

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Ainda Segundo Alvarenga (2002, p. 47), “a logística de distribuição física

opera de dentro para fora da manufatura, envolve as transferência de produtos entre

a fábrica e os armazéns próprios ou terceiros, seus estoques os subsistemas de

entrega urbana e interurbana de mercadorias”.

Para Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, P. 89) é o meio através do qual

um sistema de livre mercado realiza a transferência de propriedade de produtos e

serviços. É o campo de batalha onde é determinado o sucesso ou fracasso final da

empresa.

Ainda cita Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, P. 94), a distribuição física

é atividade essencial, que consiste em tornar disponíveis os produtos certos em

lugar certo e no momento certo.

No entender de Ching (2001, P. 90) é um sincronismo entre demanda

fabricação, distribuição e transporte, em que os estoques são gerenciados

globalmente e sua disponibilidade é checada on-line e em tempo real.

A estrutura da cadeia de distribuição pode ser vista conforme ilustração a

seguir.

Figura 04: Estrutura da cadeia de distribuição integrada. Fonte: CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2001, p. 91.

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Ainda no entender de Ching (2001, p. 91, 93) a integração da cadeia de

distribuição acontece em três níveis:

Nível um: Nele ocorrem as transações da cadeia e busca-se a eficiência

dessas transações.

Nível dois: Nele ocorrem os processos da cadeia e busca-se a integração dos

processos.

Nível três: Nele ocorrem as estratégias da cadeia logística e buscam-se os

elos estratégicos, na busca de um modelo de cadeia logística vencedora.

Finalizando, Ching (2001, p. 93), afirma que a integração da cadeia logística

concentra-se em alinhar todos os processos chave do negócio.

Para muitas organizações o setor de marketing da empresa reflete as

aspirações do mercado consumidor, conforme Alvarenga (2002, p. 51).

Essas aspirações precisam ser tornadas concretas, de forma que o setor de logística possa executá-la dentre dos limites aceitáveis de prazo e de custo, e que deve haver então um processo interativo entre os dois setores, de forma a atender na prática os anseios do setor de marketing.

Assim, os responsáveis pela distribuição física operam elementos específicos

que podem ser predominantemente material, como depósitos, veículos de

transporte, estoques equipamentos de carga e descarga entre outros.

Para muitas organizações os canais de distribuição precisam de análise

criteriosa para evitar transtornos sobre as operações logísticas.

Algumas vezes estas soluções precisam ser imaginadas e relacionadas para

evitar oneração muito alta, conforme afirma Novaes (2001, p. 108), “quase tudo em

logística é necessário adotar um enfoque sistêmico na definição dos canais de

distribuição e na estruturação física decorrente”. O que se pode detectar é que para

muitas empresas os canais de distribuição selecionados são de difícil alteração,

mantendo-se fixos por muito tempo, porque envolvem outras empresas.

A seguir a Figura 05 representa a distribuição física dos produtos em uma

cadeia de distribuição.

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Figura 05: Distribuição física dos produtos em uma cadeia de distribuição. Fonte: BALLOU, Ronaldo H. Logística empresarial, transporte administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993, p. 109.

Outro fator importante no processo de distribuição é o gerenciamento do fluxo

logístico. Esta pode ser a chave do sucesso para qualquer organização: vencer as

barreiras e procurar vencer os desafios competitivos, aumentado a velocidade de

respostas, conforme afirma Christopher (2003, p. 143) seus objetivos são: “menores

custos, alta qualidade, maior variedade, mais flexibilidade, e tempo de respostas

menores”.

A Figura a seguir representa o gerenciamento do fluxo logístico.

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Figura 06: Gerenciamento do fluxo logístico Fonte. CHRISTOPHER, Martins. A Logística do marketing, otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 1997, p. 143.

Objetivo do gerenciamento do fluxo logístico é descobrir meios com os quais

se possa melhorar a relação entre tempo consumido em atividade que adicione valor

e aquele consumido com atividade que não adiciona valor. A Figura 07, abaixo

mostra esses objetivos para o gerenciamento estratégico.

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Figura 07: Objetivos para o gerenciamento estratégico. Fonte: CHRISTOPHER, Martins. A Logística do marketing, otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 1997, p. 144.

Sabe-se que o fator principal para conseguir melhorias contínuas no processo

logístico é enxergar o prazo como fator essencial, em vez de focalizar

individualmente seus componentes. A melhor utilização das informações sobre a

demanda, conforme afirma Christopher (2003, p. 145) “Os dados da demanda são

ocultados porque o ponto de penetração do pedido está muito distante da cadeia”.

Ou melhor, quando um pedido atinge o sistema, ele passa seqüencialmente

de um nó para outro da rede e sua existência fica encoberta pela presença de

estoques intermediários. Ainda segundo Christopher (2003, p. 145) “num sistema

tradicional, o estoque mantido por um distribuidor ocultará a demanda, até que seja

atingido o ponto de reabastecimento”.

Dentro do contexto da distribuição física pode-se considerar três elementos

fundamentais como: recebimento, armazenagem e expedição,

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A função “recebimento” dá início quando o veículo é aceito para descarregar

um produto ou material que está destinado ao armazém, ou centro de distribuição.

Já a “armazenagem” será iniciada após a aceitação do produto e

permanecem em locais específicos, em prateleiras, estantes, tanques e outros.

A “expedição” ou “despacho” tem como finalidade o remanejamento para

outro lugar com objetivo de atender a uma demanda especifica, ou o envio do

produto a um cliente ou a um terceiro com objetivo de agregar valor.

O sistema de transporte mais usado no Brasil é o rodoviário, ele atinge

praticamente todos os pontos do território nacional, ainda segundo Alvarenga (2002,

p. 82), “é o meio de transporte mais expressivo no Brasil, atinge praticamente todos

os pontos do território nacional”.

Com a implantação da indústria automobilística na década de 50 e com a

pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma

que hoje domina amplamente o transporte de mercadoria no país.

Os modais ferroviário e marítimo apresentam custos menores comparando-se

com o rodoviário, mas as ferrovias precisam ser especializadas e aumentadas,

enquanto que o transporte de cabotagem está fortemente atado.

Infelizmente a operação portuária no Brasil deixa muito a desejar, apesar da

costa Brasileira ser dotada de número apreciável de portos marítimos além de portos

fluviais, que atendem navios costeiros ocorrem restrições diversos tais como

congestionamento, excesso de burocracia, atraso na chegada e saídas, greves

freqüentes, etc,.

Já o transporte aéreo apresenta um custo muito alto, inviabilizando muitas

alternativas de transporte. Por estas razões o transporte rodoviário é o mais utilizado

com mais ou menos 70% de participação.

Em síntese, o sistema de transporte mais utilizado no Brasil é o rodoviário e

sua participação vem crescendo dia-a-dia, conforme a necessidade das

organizações.

Mas há fatores que devem ser verificados, neste tipo de transporte, como

atraso nas viagens, oscilações no prazo de entrega, políticas de estoques, avarias

na carga e na descarga, necessidade de equipamentos especiais para carga e

descarga, existe até uma medida de rendimento para se saber o desempenho do

sistema com um todo.

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2.1.6 A Infra Estrutura de Transporte e a Cadeia de Abastecimento

A logística tem seu papel atrelado a movimentação de bens e serviços de seu

ponto de origem aos pontos de consumo.

Esta atividade de transporte corresponde à distribuição de serviços e produtos

ao longo dos canais e é responsável por ligar as atividade físicas de produção aos

armazéns e ao ponto de compras ou consumo.

Podemos citar dois parâmetros fundamentais que influenciam as atividades

de transporte que são: distância e tempo.

A distância é vista como o trajeto percorrido entre os pontos de produção e de

consumo e tempo referem-se para percorrer uma distância e disponibilizar o produto

para consumo, segundo Bertaglia (2003, p. 278):

O parâmetro tempo é totalmente dependente da distância, é muito importante em logística, uma vez que é determinante para a formação dos estoques, para o nível de serviço e por conseqüência para os custos derivados desses fatores.

A análise logística de transporte tem demonstrado que a velocidade aliada ao

preço tem sido a tendência na área de movimentação e que os transportes

marítimos e aéreos apresentam maior agilidade e que estão ocupando espaço de

destaque, já a ferrovia vem apresentando uma ligeira melhoria, o rodoviário tem

apresentado grande crescimento.

As mudanças no setor industrial vêm apresentando grande transformação. O

enfoque principal é a produtividade para modelo de competitividade muito acirrada e

isto vem exigindo das organizações modelos diferenciados, com foco voltado para o

serviço e ao cliente.

Isto afeta diretamente as empresas de transporte que precisam se ajustar

com o crescimento das indústrias em atender o cliente com maior rapidez possível,

segundo Bertaglia (2003, p. 279):

A mudança no contexto industrial, passando de um modelo que enfocava a produtividade para um modelo de competitividade, exige que as organizações adotem formas diferentes de administração empresarial com foco voltado para serviços ao cliente.

O processo logístico é um dos fatores que poderá alavancar todo

crescimento, trazer oportunidades para aquelas companhias capazes não só de

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movimentar cargas, mas de armazenar, consolidar e distribuir no momento que for

necessário.

Os fabricantes sabem concentrar seus esforços, e atividades no que sabem

fazer, como produzir bons produtos e conquistar os clientes, e que procedimentos

como os de just-in-time e de abastecimento contínuo, estão obrigando empresas a

serem mais eficientes e a possuírem funcionários treinados com perfil diferenciados.

Com a variação da demanda e a diversificação nos segmentos da economia

as organizações estão se obrigando a fornecer uma variedade cada vez maior de

produtos.

Os clientes, como principais elementos desta cadeia, estão cada vez mais

exigentes na rapidez das entregas. Isto força as organizações a serem mais velozes,

apresentando um alto grau de qualidade na entrega dos produtos.

Entregar a carga intacta e com as embalagens sem deformações.

Entrega no local de destino e de maneira cômoda, para que possa se descarregada com facilidade pelo cliente. Entregar as mercadorias dentro do prazo contratado. Aprimorar continuamente a organização para encurtar cada vez mais estes prazos. Aprimorar o sistema para oferecer os serviços de transporte e um competitivo (GURGEL, 1996, p. 111).

Outro fator de fundamental importância foi a globalização da economia, que

além de unir vários setores do transporte criou vários segmentos de gerenciamento

por diversas partes do mundo, gerando várias necessidades por parte dos clientes e

do ambiente de negócio, conforme afirma Bertaglia (2003, p. 280)

A criação dos blocos econômicos e a globalização exigem movimentação em larga escala de mercadorias, e o transporte vem tendo um papel relevante no processo, uma vez que possibilita o movimento da carga no espaço geográfico e na velocidade desejada.

Isto mostra que a globalização gerou muitas exigências e o nível de

competição tornou-se muito acirrado. Para atender os clientes de forma eficiente e

em tempo hábil, estas exigências no setor de transporte desencadearam alguns

objetivos tais como:

a) Velocidade - Este fator proporciona para as empresas maior velocidade na

entrega das mercadorias, reduzem os níveis de estoques e da

manutenção da qualidade do produto a serem entregues;

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b) Confiabilidade - Para as organizações esta é uma das tarefas de grande

importância, ter certeza de receber o produto no memento certo, na

quantidade certa e no local certo;

c) Flexibilidade - Para as organizações o transporte deve adequar-se às

exigências do cliente, adaptando o tipo de carga ao conceito da logística e

ao modelo de negócio em que a atividade de transporte de carga está

direcionada.

A multi modalidade é um fator que as empresas de movimentação de carga

devem adaptar-se ás exigências do modelo combinado, modos diferentes de

transporte, segundo Bertaglia (2003, p. 310), “Esta atividade possibilita também o

aumento da velocidade de deslocamento da carga com sua unitização”.

Outro fator de grande importância para a cadeia de abastecimento é

tecnologia, tem afetado todas as atividades de transporte agilizando os processos,

eliminando o excesso de papéis, melhorando a comunicação e dando maior

segurança ao deslocamento das cargas transportadas. E sua finalidade pode ser de

várias formas como:

1º Rastreamento dos veículos por satélite, informando sua posição e local on de se encontra no deslocamento. 2º Controle de Rotas. Permite traçar as rotas para o deslocamento com maior rapidez e economia, levando em conta as características dos produtos e das áreas geográficas. 3º Checagem da carga. A contagem pode ser feita por leitura ótica, dando maior confiabilidade ao estoque a ser transportado. 4º Informação imediata. Fornece dados de entregas e de outros problemas de rota. 5º Viabilidade. Controle da frota por meio de sistemas de rastreameto de veículos.(BERTAGLIA, 2003, p. 311)

Estes fatores são fundamentais para segurança e confiabilidade do setor de

transporte.

2.1.7 Administração dos Meios de Transporte

Na atual conjuntura econômica, o setor de transporte, é um dos elementos de

maior importância, em relação aos custos logísticos, para a maioria das

organizações.

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Com o advento da globalização o setor de transporte tornou-se ponto

fundamental em toda cadeia de transporte, possibilitando o trânsito com maior

eficiência e qualidade, de todos produtos, entre países e continentes com maior

facilidade, e maior rapidez e baixo custo.

Para Ballou (1993, p. 115) o transporte é um dos componentes de custos que

mais influenciam no preço final do produto. A medida que o transporte se torna mais

eficiente, a sociedade beneficia-se de melhor padrão de vida.

A logística tem como objetivo a movimentação de bens e serviços, do seu

ponto de origem aos pontos de consumo final.

Por esta razão as atividades de transportes são responsáveis pela

transferência dos fluxos físicos desses bens ou serviços ao longo dos canais de

distribuição, e é responsável pelos movimentos dos produtos utilizando modeladores

de transporte que ligam as unidades físicas de produção ou armazenagem, até os

pontos finais de compra que são os consumidores.

Conforme afirma Novaes (2001, p. 145) “levar os produtos certos, para os

lugares certos, no momento certo, e com o nível de serviços desejado, pelo menor

custo possível”.

Para muitas empresas o fator “distância” é um elemento fundamental para

análise de custo, exige a escolha do tipo de veículo, o valor a ser cobrado do

usuário, e o tempo de carga e descarga propriamente ditas, ainda segundo Novaes

(2001, p. 151) “O tempo de carga e descarga afeta bastante as características

operacionais e econômicas da distribuição”.

A quantidade transportada é de grande importância na distribuição física de

produtos, quando os volumes transportados são elevados, a empresa pode optar por

um serviço próprio de distribuição e operar com frota própria ou terceirizada.

Administrar as frotas em toda cadeia de abastecimento é atividade nada fácil,

principalmente se esta frota está destinada à prestação de serviços e transporte.

Estas organizações que prestam serviços precisam conhecer e controlar

efetivamente os seus ativos, visando reduzir custos e viabilizar contratos com

empresas que demandam tal tipo de serviço.

Para as organizações um bom controle das frotas é um mecanismo muito

importante em todo processo de administração dos transportes, já que toda

movimentação de carga tem peso significativo na formação dos custos logísticos e

na qualidade do serviço, uma vez que é atividade final da cadeia de abastecimento.

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Conforme afirma Bertaglia (2003 p. 291) “O gerenciamento de frotas é um

componente importante no processo de administração dos transportes, já que a

movimentação de carga tem peso significativo na formação dos custos logísticos e

na qualidade do serviço”.

Muitas vezes aumentar o transporte da frota não significa que suas operações

estão sendo realizadas de maneiras eficientes. Pode ser que a empresa esteja

incorrendo em custos excessivos e muitas vezes desnecessários, ou mesmo

apresentando baixa qualidade de serviço.

Outro fator fundamental no contexto logístico é a roterização dos veículos.

Como os custos de transporte variam tipicamente entre um e dois terços do

total dos custos logísticos, melhorar a eficiência com a utilização máxima do

equipamento e do pessoal do transporte é de grande interesse, conforme afirma

Ballou (1993, p. 159) “reduzir o custo dos transportes e também melhorar o serviço

ao cliente, encontrando os melhores trajetos que um veículo deve fazer através de

malha rodoviária”.

Mas no contexto geral das organizações, está inserida uma série de fatores

importantes que podem ajudar na definição de muitos processos e das estratégias

da empresa.

Analisar a atual situação da organização, com a finalidade de identificar potencial redução de custos e eventuais oportunidades de melhoria na prestação de serviços. E identificar custos muitas vezes não visíveis, denominados custos escondidos (BERTAGLIA, 2003, p. 291).

Efetivamente os custos de manutenção, devem ter indicadores que meçam a

eficiência da frota, utilizar aplicações em computadores para auxiliar nas diversas

tarefas da área de transportes, determinar a frota ótima dentro de conjuntura de

trabalho e serviço prestado.

Toda e qualquer organização sente a necessidade de administrar sua frota, a

fim de aumentar sua produtividade e controlar seus gastos de manutenção.

A movimentação de carga efetuada é bastante representativa na

administração dos transportes e a mão-de-obra utilizada é fator fundamental para se

obter os principais objetivos operacionais e estratégicos da empresa, Segundo

Bertaglia (2003, p. 292) a qualidade da mão-de-obra diretamente empregada é

fundamental para obter os principais objetivos operacionais fator significativo no

campo da distribuição é o consumo de combustíveis, pois é um dos componentes de

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grande importância na estrutura de custos e deve ser rigorosamente monitorado.

Conforme afirma Bertaglia (2003, p. 292) “Deve ser monitorado e acompanhado

rigorosamente, e estratégicos da empresa”.

Outro é que todo abastecimento deve ser registrado considerando data,

número de litros e quilometragem do veículo.

Outro fator de grande destaque na escala dos custos é a manutenção da

frota, que representa uma fração muito significativa em toda despesa da cadeia de

abastecimento.

A contratação de mecânicos ou utilização de terceiros é uma decisão

importante em todo processo de redução dos custos de manutenção.

Há outra sugestão importante como a redução dos custos de manutenção como: Dimensionar o quadro de mecânicos em termos de quantidade e qualidade, determinar quais são os conhecimentos necessários para manter a frota e o perfil ideal dos mecânicos, medir o desempenho dos mecânicos. Investir em treinamentos, a fim de reciclar o conhecimento e entendimento. Possuir um local adequado para efetuar os reparos de manutenção, com oficinas e equipamentos específicos, definir quais reparos deveriam ser efetuados internamente, controlar atividades de suporte à manutenção, como veículos para buscar peças, manter controle de gastos por veículos com seu histórico de manutenção e não apenas os gastos globais (BERTAGLIA, 2003, p. 292).

As despesas com manutenção representam uma fração significativa dos

custos dos meios de transportes.

2.1.8 Métodos de Racionalização na Utilização dos Meios de Transportes

O serviço de transporte é uma área chave para o composto logístico e a

racionalização dos meios de transporte é o centro de todo processo com fins de

tornar os produtos mais baratos ao consumidor final.

Por isso há necessidades de métodos aplicados que ofereçam maior

vantagem competitiva, com menor custo e maior confiabilidade.

Segundo Bertaglia (2003, p. 294) “os custos de transporte variam tipicamente

em percentuais elevados para as organizações, melhor seria aumentar a eficiência

com a utilização máxima dos equipamentos e do pessoal do transporte”.

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A eficiência e o desempenho da frota precisam ser avaliados e vários são os

fatores que direta ou indiretamente influenciam neste método.

Atualmente as empresas estão recorrendo a métodos que visem auxiliar na

determinação de alternativas com finalidade de racionalizar custo.

• A definição de programas e roteiros, que tem como objetivo avaliar a quantidade a ser entregue, e o tipo de veículos a ser usado, e o tempo de serviço do condutor e a combinação de produtos diferentes entre outros;

• A utilização dos leitores de código de barras que tem como objetivo eliminar erros de entrega, e agilizará o processo de descarga;

• A comunicação é outro fator importante, como uso de telefones celulares, rádio e outros meios que facilitaram as operações em todo processo de entrega;

• Também o uso dos ativos disponíveis quando bem utilizados, apresentam bons retornos;

• Para muitas organizações os custos de viagens são os principais indicadores de desempenho e esses custos devem ser considerados de duas formas: � Por ativo, incluindo o histórico mês a mês e ano a ano. � Por área, devem ser incluídos itens como manutenção,

pneus, combustíveis e -outros. (BERTAGLIA, 2003, p. 294).

Com o avanço da tecnologia, ferramentas importantes foram desenvolvidas

com objetivos de dar suporte a algumas tarefas, visando racionalizar os custos de

transporte.

Um dos sistemas mais utilizados pelas empresas é o de otimização de rotas,

pois além de reduzir custo, aumenta o desempenho das entregas, e segundo

Bertaglia (2003, p. 306) “a utilização dessas tecnologias é fundamental para que os

custos possam ser reduzidos e as organizações sejam mais competitivas”.

Outro fator bastante usado é o rastreamento da frota, que tem como resultado

a melhoria no serviço prestado aos clientes, maior segurança da carga e dos

condutores, e definindo os pontos de parada e o tempo necessário para realização

dos percursos, e dos tempos de carga e descarga.

Dependendo do tipo de carga a ser transportado é essencial estudar qual

sistema deve ser usado. Para Bertaglia (2003, p. 283) “o rodoviário é o mais

independente dos transportes, uma vez que possibilita movimentar uma grande

variedade de materiais para qualquer destino devido sua flexibilidade”.

Para muitas empresas as modalidades estão vinculadas ao desempenho de

cada tipo de transporte, no que se relaciona a preços, volume de cargas, capacidade

e flexibilidade.

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No entender de Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 303) a economia e

a formação de preços de transporte dependem dos fatores e das características que

influenciam custos e taxas.

Ainda na visão de Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 303) a

economia do setor de transporte é afetada por sete fatores, que são:

• Distancia: É um dos principais fatores no custo de transporte, porque afeta

diretamente os custos variáveis, como combustíveis e manutenção e,

algumas vezes a mão de obra.

• Volume: Este segundo fator mostra que o custo de transporte por unidade

de peso diminui a medida que o volume de carga aumente.

• Densidade: Este segmento é importante porque o custo de transporte é

normalmente cotado por unidade de peso, por toneladas ou por

kilogramas.

• Facilidade de acondicionamento: dependem das dimensões das unidades

da carga e da forma como elas afetam a utilização de espaços no veículo,

bem como o peso ou comprimento excessivos, geralmente causam

desperdícios de espaço.

• Facilidade de manuseio: São necessários equipamentos adequados para

carregar e descarregar os veículos. A maneira pela qual as mercadorias

são agrupadas fisicamente para transporte e armazenagem, também afeta

o custo de manuseio.

• Responsabilidade: Este segmento inclui seis características relacionadas

com a carga que afetam principalmente o risco de danos e a incidência de

reclamações, que são:

a) Suscetibilidade de dano;

b) Dano ocasionado pelo veículo;

c) Possibilidade de deterioração;

d) Suscetibilidade de roubo;

e) Suscetibilidade de combustão espontânea ou de explosão;

f) Valor por unidade de peso.

Ainda no entender de Bowersox (2001, P. 306), o executivo de logística tem o

dever de compreender essas influências e tratar produtos e cargas,. Segundo suas

características, de maneira a ser minimizado o custo de transporte.

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Outro fator importante na redução dos custo de transporte é selecionar o

modal de acordo com a roterização do transportador, a programação do veículo e a

consolidação do embarque.

A seguir serão mencionados os cincos modais de transporte básico, que

compõe toda estrutura de transporte, Bowersox (2001, p. 285:289)

- Ferroviário.

Este modelo já ocupou lugar de destaque entre todos os modais em termos

de qualidade e de quilômetros, mas nos últimos tempos as ferrovias perderam

espaços no meio de transporte, e mesmo com custo operacionais variáveis e

relativamente baixo. Mas as operações ferroviárias incorrem em custos fixos, em

virtude do equipamento caro, dos pátio de manobra e dos terminais.

Apesar de problemas históricos em termos de serviço, a estrutura de custo

fixo variável das ferrovias ainda é o melhor para movimentação a longa distancia.

Vantagens

• Capacidade de transportar grandes volumes

• Frete econômico

• Menor possibilidade de acidentes e roubos

• Menor poluição.

Desvantagens

• Normalmente depende de outro modal

• Maior tempo de trânsito

• Falta de infra-estrutura nos terminais (plataformas de carregamento,

armazéns, etc).

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- Rodovias.

Este tipo de transporte que mais expandiu nos últimos tempos, devido a

facilidade de flexibilidade operacional alcançada com o serviço porta a porta e a

velocidade de movimentação intermunicipal, e são capazes de operar em todos os

tipos de estradas. E é o mais utilizado no Brasil, ou seja, setenta por cento de toda

carga é transportada por este meio de transporte.

Em relação ao ferroviário, necessitam de investimentos fixos relativamente

pequenos em terminais, mas os custos com taxas de licença imposta ao usuário e

pedágio é grande, essas despesas estão diretamente relacionadas com a

quantidade de quilômetros.

Este meio de transporte resulta em uma estrutura de baixo custo fixo, e altos

custos variáveis, comparados ao sistema ferroviário. Conclui-se que o transporte

rodoviário é mais adequado para movimentar pequenas cargas a curta distância.

Apesar de vários problemas existentes, é quase evidente que o transporte rodoviário

continuará sendo o elemento mais importante das operações logísticas nos próximos

anos.

Vantagens

• Não dependem de outro modal

• É mais rápido

• É mais flexível

• Evita excesso de manuseio de carga

• Mais econômico a curta distância.

Desvantagens

• Volume baixo de carga por veículo.

• Congestionamento nos locais de carga e descarga

• Grande poluição

• Pouca segurança (acidente e roubos)

• Precariedade da malha rodoviária brasileira

• Veículos velhos e má conservados

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- Hidroviário.

É o meio de transporte mais antigo, e envolve os grandes lagos e canais e

rios navegáveis, nas últimas décadas sua participação foi algo em torno de quinze a

dezesseis por cento em toneladas, quilômetros, sua principal vantagem é a

capacidade de movimentar cargas muito grande.

Este tipo dce transporte está situado entre as transportadoras rodoviárias e a

ferroviária em termos de custo fixo.

Sua capacidade em transportar grandes volumes, a um custo variável baixo,

faz com que esse modal de transporte seja requisitado quando se deseja obter

baixas taxas de frete, e quando a rapidez é questão secundária.

Vantagens

• Economiciade do frete.

Desvantagens

• Tempo de transito grande.

• Precariedade das embarcações.

• Depende de outro modal

- Dutoviário.

Representa uma parte significativa do sistema de transporte, dirigido a

petróleo, gás natural, produtos químicos, manufaturados, materiais secos e

pulverizados a granel, como cimento e farinha, além de esgoto e água em cidades e

municípios.

A natureza de uma dutovia é singular, se comparada a todos os outros tipos

de transporte, os dutos operam vinte e quatro horas, com restrições de

funcionamento apenas durante mudanças do produto transportado e manutenção.

Os dutos apresentam maior custo fixo e menor custo variável entre todos os

tipos de transporte. O alto custo fixo resulta do direito de acesso da construção e da

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necessidade de controle das estações, além de não necessitarem de mão de obra

intensiva, o custo operacional variável é extremamente baixo.

Vantagens

• Alta confiabilidade.

• Baixas perdas e danos.

• Grandes volumes de produto.

Desvantagens

* Limitação de produtos a serem transportados

* Investimento inicial alto

- Aéreo.

Pode ser considerado o mais novo tipo de transporte, porém menos utilizado.

Sua principal vantagem é a rapidez de entrega das cargas.

Seu alto custo, porém torna-se um meio de transporte extremamente caro,

mais pode ser compensado pela grande rapidez, que permite que o custo de outros

elementos do projeto logístico como armazenagens ou estocagem sejam reduzidos

ou eliminados.

O custo fixo do transporte aéreo é baixo se comparado ao dos transportes

ferroviários, aquáticos e dutoviário, ocupa o segundo lugar no que diz respeito a

baixo custo fixo, perdendo apenas para o transporte rodoviário.

As vias aéreas e os aeroportos são normalmente mantidos por fundos

públicos. Os custos fixos de transporte aéreos são representados pela compra de

aeronaves e pela necessidade de sistemas de manutenção especializadas.

Por outro lado o custo variável do frete aéreo é extremamente alto em

decorrência de custos com combustíveis, manutenção e mão de obra intensa,

representada pelo pessoal de bordo e terra.

Os produtos que mais usam o transporte aéreo regular são aqueles de grande

valor ou altamente perecíveis

Vantagens

• Confiabilidade.

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• Rapidez.

• Freqüência.

Desvantagens

• Frete maior.

• Limitação do peso da carga.

• Depende de outro modal

Muitas empresas estão adotando o sistema de terceirização do serviço

logístico, visando a racionalização dos custos de transporte, com objetivo de atingir

melhores níveis de preços. Para Novaes (2001, p. 321) “é a necessidade de reduzir

custos e aportes de capital, juntamente com a busca da melhoria do nível de serviço

e do aumento da flexibilidade”.

Essas tendências na estratégia dos transportes estimulam a demanda por

serviços logísticos, tanto quanto físicos e operacionais, visando maior redução dos

custos, com maior eficiência e rapidez.

2.1.9 Análise de Custos na Cadeia Logística de Distribuição

Para que possam sobreviver na atual economia globalizada, é necessário que

as organizações saibam utilizar de maneira racional e inteligente as diversas formas

de flexibilização das atividades, visando racionalizar custo.

No entender de Ching (2001, p. 152) todos os distribuidores necessitarão,

continuamente reavaliar a evolução do mercado, e devem reduzir custos de seu

negócio constantemente, e procurar formas de agregar valor á cadeia logística.

Para Leone (2000, P. 347), os custos de distribuição são relacionados aos

diversos segmentos da atividade comercial e que os instrumentos de controle são

análogos aos instrumentos empregados no tratamento dos respectivos custos.

Ainda no entender de Leone (2000, p. 348)

As técnicas de controle e apuração dos custos de distribuição (denominadas ainda de custos comerciais), já estão muito avançada nos países mais desenvolvidos, porque ali começam a influir na batalha da concorrência na luta pela expansão e sobrevivência por parte das empresas.

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A logística de distribuição é um segmento que trata das relações empresa

clientes, e no entender de Ching (2001, p. 141) é responsável pela distribuição física

do produto acabado até os pontos de venda ao consumidor, e deve assegurar que

os pedidos sejam pontualmente entregues, ao menor custo.

Para muitas empresas os custos continuam sendo fatores decisivos na cadeia

de distribuição.

Redução dos custos e do tempo para o processo de pedido do cliente é um dos requisitos essenciais para a excelência no atendimento ao cliente. Isto significa melhorar significativamente o tempo total entre a obtenção do pedido junto ao cliente e a entrega completa do pedido. Para tanto a empresa precisa redesenhar todo o seu processo de modo que sejam eliminadas as atividades que não agregam valor, e seja ressaltada a eficiência das atividades que agregam valor ao cliente. CHING (2001, p. 148).

Ainda na interpretação de Leone (2000, P. 379), os custos de distribuição

podem ser analisados e controlados de vários modos, dependendo das

necessidades da gerência e dos recursos que dispõe. Entre estes modos, podemos

destacar os seguintes.

1º Análise dos custos por função.

2º Análise dos custos por produtos.

3º análise dos custos por território

4º Análise dos custos por canal de distribuição

5º Análise dos custos por tamanho de pedido.

Como a logística é uma ferramenta que visa baratear o preço dos produtos ao

consumidor final, os custos na cadeia logística visam refletir melhorias de

desempenho das empresas em termos de resultados econômicos (Kaplan 1987).

Para Porter (1997, p. 49), uma empresa pode desenvolver uma vantagem

competitiva sustentável com base no custo, ou na diferenciação, ou em ambos. O

principal enfoque das estratégia de baixo custo é obter um custo baixo em relação

aos concorrentes.

Ainda para Porter (1997, 49), a liderança de custos pode ser obtida através de

abordagens tais como:

• Economias de escala de produção.

• Efeitos da curva de experiência.

• Rígido controle de custos.

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• Minimização de custos em áreas como pesquisa e desenvolvimento.

No entender de Ballou (1993, p. 323), o conceito de balancear custos com

comportamentos conflitantes está no âmago da administração logística, sendo

essencial para seu planejamento estratégico.

A compreensão de que os principais elementos de custo têm comportamentos opostos ou conflitantes como transporte versus estoques, produção versus distribuição ou nível de serviço versus custos logísticos, auxilia a definir o escopo do plano logístico. Caso não se considere alguns dos principais elementos de custos, corre-se o risco de obter planos sub ótimos. (BALLOU, 1993, p. 311).

Ballou (1993, p. 315) ainda defini que o planejamento do sistema é sensível

ao fluxo, pois os custos de transporte, armazenagem e manuseio de materiais são

bastante afetados pelo volume deslocado. E ainda cita Ballou (1993, p. 315) que os

sistemas de pequenos fluxos terão naturalmente custos unitários maiores do que o

sistema com grande fluxo de movimentação.

A figura 08 abaixo representa um modelo de curva de custos de distribuição,

e reflete os custos de transporte.

Figura 08: Curva de custos de distribuição, e custos de transporte.

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49

Fonte: ALLOU, Ronaldo H. Logística empresarial, transporte administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993, p. 317.

E ainda no entender de Ballou (1993, p.323) Definir o modo de transporte

envolve o balanceamento entre os efeitos do desempenho nos custos de estoque e

o custo direto do serviço.

Como a meta de qualquer empresa é ter lucro, observa-se que nunca haverá

plena satisfação, e sempre se procurará aumentar os lucros reduzindo ao máximo os

custos. (Ballou, 1993).

Para Porter (1997, p. 50) uma posição de baixo custo produz para a empresa

retornos acima da média, e da a empresa uma defesa contra a rivalidade dos

concorrentes.

Os custos estão diretamente relacionados com o nível de produtividade que

as organizações precisam alcançar na sua cadeia de distribuição, para Ching (2001,

p. 149), a minimização dos custos na cadeia logística de distribuição tem que

encontrar o equilíbrio entre qualidade, custo e capital investido.

A figura abaixo representa o equilíbrio na logística de distribuição.

Figura 09: Equilíbrio na logística de distribuição. Fonte: Ching(2001, p.149 Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2001, p. 149.

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50

Para Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 306) os custos de transporte

são os principais fatores nos preços finais dos produtos, e classificam-se em várias

categorias conforme descrição abaixo:

a) Custos variáveis: Segundo Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.

306) São todos os custos que se alteram de maneira direta e previsível em

relação a determinado nível de atividade. Estes custos só podem ser

evitados não operando o veículo. Essas despesas são geralmente

referidas como custo por quilômetros ou por unidade de peso. Os

componentes desta categoria incluem o combustível a manutenção e

algumas vezes a mão de obra;

b) Custos fixos: No entender de Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.

306), estes são custos que não se alteram a curto prazo mesmo que a

empresa deixe de operar. Estes custos fixos incluem custos de terminais

diretos de acesso, sistema de informações e depreciações de veículos. A

curto prazo os custos decorrentes do uso do ativo imobilizado devem ser

cobertos pela margem de contribuição após dedução dos custos variáveis

por carga transportada. A longo prazo o ônus dos custos fixos pode ser

um pouco reduzido com a venda do ativo imobilizado;

c) Custos Conjuntos: Segundo Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.

307) são custos inevitavelmente criados por decisões de prestar serviços

especiais, por exemplo, uma entrega de ponto A ao B, e que há nela uma

decisão implícita de assumir um custo de retorno do ponto B ao A, onde

embarcador original deve arcar com os custos, ou deve ser encontrado

uma carga de retorno afim de baratear estes custos;

d) Custos comuns: Para Bowersox (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 307) é

o tipo de custo que inclui custos da transportadora incorridos para

atendimento de todos os clientes ou de um segmento de clientes. São

freqüentemente apropriados ao preço cobrado de cada embarcador

proporcionalmente ao nível de atividade ou á quantidade de embarques.

Para Christopher (2003, p. 57) o gerenciamento logístico é um conceito

orientado para o fluxo, com objetivo de integrar recursos ao longo de todo o trajeto,

que se estende desde os fornecedores até os clientes finais. E ainda completa

(CHRISTOPHER, 2003, p. 57) é desejável que se tenha um meio de avaliar os

custos e o desempenho deste fluxo.

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51

Para Christopher (2003, p. 57) a falta de informações sobre custos é um dos

motivos mais importantes, para a dificuldade que muitas companhias tem sentido

para adoção de uma abordagem integrada, parta a logística e para o gerenciamento

da distribuição.

No entender de Bertaglia (2003, p. 495) as organizações estão utilizando

práticas de negócio orientadas á redução de custos na cadeia de abastecimento,

num equilíbrio com melhor atendimento ás exigências de clientes e consumidores.

No entender de Christopher (2003, p. 59) os custos logísticos totais podem

ser influenciados pelo acréscimo ou remoção de um depósito no sistema. E ainda

cita (CHRISTOPHER, 2003, p. 59) é que a combinação dos custos logísticos deve

ser selecionados, para que se possa desenvolver o potencial total de

aperfeiçoamento do gerenciamento logístico.

A figura 10 ilustra os custos totais de uma rede de distribuição.

Figura 10: Custos totais de uma rede de distribuição. Fonte: CHRISTOPHER, Martins. A Logística do marketing, otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. São Paulo: Pioneira, 1997, p. 60.

Ainda segundo Christopher (2003, p. 60), um dos princípios básicos de

custeio logístico deve refletir o fluxo de materiais, isto é, o fluxo deve ser capaz de

identificar os custos resultantes do fornecimento de serviço ao cliente. O segundo

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52

principio é que deve possibilitar uma análise separada de custos e receitas, por tipo

de cliente e por segmento de mercado, ou canal de distribuição.

Para Ballou (1993, p. 109) os custos de transporte são a chave para

determinar em que tamanho de lote o desconto deve ocorrer e qual valor a ser

reduzido.

Ainda acrescenta Christopher (2003, p. 70) os custos que ocorrem como

resultado pela prestação de serviços ao cliente, pode ser profunda em torno da

forma como estratégia logística devam ser desenvolvidas.

A Figura 11 caracteriza quais os custos que seriam relacionados com o

cliente que seriam evitáveis. (como exemplo se o cliente não existisse, estes custos

também não existiriam).

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Figura 11: Contabilização de custos por clientes. Fonte: Christopher,(1997, p.73). A Logística do marketing, otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. São Paulo: Pioneira, 1997, p. 73.

Na interpretação de Christopher (2003, p. 80) as companhias entendem que a

questão dos custos por produtos, mas não tem consciência sobre os custos por

clientes, o produto não gera lucro, mas o cliente gera.

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54

Ainda comenta Christopher (2003, p. 83) os requisitos básicos para análise

dos custos logístico, servem para fornecer aos gerentes uma informação confiável,

que possibilita uma alocação melhor de recursos.

2.1.10 Terceirização: Uma Estratégia Viável na Redução dos Custos Logísticos

Com a modernidade, o mundo dos negócios foi abrindo espaço, e fez com

que as organizações passassem a fazer parcerias com outras empresas, redefinindo

os métodos mais vantajosos, como os custos, e facilitando a chegada dos produtos

aos consumidores no menor tempo possível.

A atual conjuntura econômica, ou seja, a globalização está fazendo com que

as organizações se unam para somar forças com objetivo de reduzir custos e

aumentar sua competitividade no mercado. (GIOSA, 1999).

Hoje, no entanto, a terceirização vem ocupando espaço em muitas empresas,

já é considerada como uma técnica moderna de administração, e que se baseia num

processo de Gastão., visando melhorar resultados em sua atividade principal.

Para Giosa (1999, p. 14), terceirizar é um processo de gestão pelo qual se

repassam algumas atividades para terceiros, com os quais se estabelecem uma

relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas

essencialmente ligadas ao negócio em que atua.

Percebe-se que os governos a nível das esferas municipais, estaduais e

federal, tem considerado a terceirização como uma forma adequada de proceder

mudanças estratégicas, e os Correios já fazem uso desse serviço, em diversos

segmentos da logística de transporte e de distribuição dos objetos postais.

Segundo Giosa (1999, p. 40) a terceirização age como um processo gerador

de reflexão sobre o papel do estado e a necessidade de redução dos custos,

melhoria da qualidade dos serviços prestados á população, uso da tecnologia e

transferência de conhecimento entre as empresas.

Para muitas empresas a terceirização pode ser uma alternativa viável, pode

melhorar a produtividade, aumentar a qualidade e reduzir os custos, esta tendência

pode ser a solução para racionalizar os custos operacionais.

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55

Para Ballou (2001, p. 488) muitas empresas reconhecem que há vantagens

estratégicas e operacionais na associação logística. Alguns dos benefícios são:

• Custo reduzido e menor capital exigido.

• Acesso a tecnologia e às habilidades gerenciais.

• Serviço ao cliente melhorado.

• Vantagem competitiva, tal como através do aumento de penetração de

mercado.

• Aumento do acesso a informação para planejamento.

• Risco e incerteza reduzidos.

Ainda cita Ballou (2001, p. 489) para aquelas companhias nas quais a

logística não é estratégica central, e não tem suporte dentro da empresa, a

terceirização das atividades pode muito bem reduzir os custos de maneira

significativa e melhorar os serviços ao cliente.

Para Novaes (2001, p. 320) a terceirização de serviços logísticos constitui,

principalmente para as sociedades comerciais uma forma de atingir novos mercados

e oferecer um melhor nível de serviço aos clientes, sem perder o foco nas atividades

principais.

A atual conjuntura econômica, ou seja a globalização, está fazendo com que

as organizações se unam para somar forças, com objetivos de reduzir custos e

aumentar sua competitividade no mercado.

Seguindo Bertaglia (2003, p. 71) a terceirização é uma estratégia que pode

orientar a organização a reduzir tempos de ciclos, aumentar a velocidade na tomada

de decisões, reduzir custos indiretos e concentra-se na essência do negócio.

Pode-se concluir que a terceirização pode melhorar o processo de

distribuição, redefinindo métodos mais vantajosos, como os custos, e facilitando a

chegada do produto aos consumidores no menor tempo possível.

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56

3 METODOLOGIA

Para concretizar os objetivos propostos no estudo, é necessário que a

obtenção da informação ocorra de forma organizada, pois é por meio das

ferramentas unidas ao processo que se pode avaliar pontos na elaboração do

trabalho. A esta organização poderíamos chamar de metodologia.

A metodologia tem como objetivo o estudo dos métodos, da forma ou dos

instrumentos usados para a construção de uma pesquisa científica, que segundo

Vergara (2004, p. 45) é o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de

manipulação da realidade. Está, portanto, associada a caminhos, formas, maneiras,

procedimentos para atingir determinado fim.

A metodologia científica tem como objetivo conhecer os métodos de apoio a

elaboração dos trabalhos científicos.

Metodologia adquire o nível de típica discussão teórica, inquirindo criticamente sobre as maneiras de se fazer ciência. Sendo algo instrumental, dos meios, não tem propriamente utilidade direta, mas é fundamental para a utilidade da produção cientifica. A falta de preparação metodológica leva à mediocridade fatal (DEMO, 1995, p. 12).

3.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Para realização deste trabalho foi necessário descrever as diversas

características relevantes às atividades que compõem o campo da logística utilizado

por esta empresa (Correios Ag. Biguaçu/SC), o que tornou necessária a utilização de

uma pesquisa para confrontar a visão teórica do problema, com os dados da

realidade, e definir o delineamento da pesquisa e sua dimensão e interpretação dos

dados.

Para a elaboração do presente trabalho foram adotados os tipos de pesquisas

descritos a seguir.

A pesquisa exploratória teve grande importância na coleta de informações

relevantes ao estágio, pois para a realização de qualquer trabalho cientifico há

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57

necessidade de se conhecer a priori o objetivo e a problemática relacionada ao

estudo.

As pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aperfeiçoamento de idéias ou a descoberta de intuições, seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL, 1999, p. 41).

Para Andrade (2003, p. 124):

A pesquisa exploratória proporciona maiores informações sobre determinado assunto, facilita a delimitação de um tema de trabalho, define os objetivos, ou formula as hipóteses de uma pesquisa, ou descobre novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente.

O uso dessa pesquisa foi importante porque proporcionou maiores

informações e dados sobre os problemas que se pretende estudar no campo da

logística.

Já a pesquisa descritiva apontou as características relacionadas ao estudo da

logística, na Agência dos Correios de Biguaçu/SC, que segundo Gil (1999, p. 43)

“vão além, da simples identidade da existência de relações entre variáveis, e

pretendem determinar a natureza dessa relação”.

Para Cervo e Berviam (1996, p. 49):

A pesquisa descritiva observa, registra, e analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. E busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexos.

Já a pesquisa descritiva teve como objetivo levantar e apontar as principais

características relacionadas aos fatos existentes e sua natureza, no campo da

logística, porque foi por intermédio desta pesquisa que se chegou ao levantamento

das informações necessárias aos fatos e fenômenos relacionados ao tema logística,

a que este trabalho se propôs.

Na pesquisa documental foram coletados dados referentes à logística da

empresa, ou seja Agência de Correios de Biguaçu/SC como objeto de estudo para a

pesquisa. Segundo Lakatos (1999, p. 64):

A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que

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se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o fato ou fenômeno ocorreu, ou depois.

Para Fachin (2002, p. 152) pesquisa documental é toda informação de forma

oral, escrita ou visualizada. E que consiste na coleta, classificação, seleção difusa e

na utilização de toda espécie de informações, compreendendo também as técnicas

e métodos que facilitam a sua busca e sua identificação.

A pesquisa documental teve grande contribuição, porque foi por meio deste

modelo que se pôde coletar os dados necessários sobre a logística utilizada pela

empresa, como objeto de aplicabilidade sobre o estudo a que se pretende realizar.

A pesquisa bibliográfica possibilitou maior amplitude e qualidade do assunto

abordado e seu objetivo foi conhecer as diferentes formas e pensamentos em busca

de contribuições científicas sobre o assunto, conforme afirma Cervo e Berviam

(1996, p. 48), “[...] procura explicar um problema a partir de referências teóricas

publicadas em documentos”.

Após levantamentos bibliográficos, os referidos assuntos abordados foram de

vital importância para a fundamentação teórica do projeto.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 1999, p. 44).

Ainda afirma Fachin (2002, p. 125):

A pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos em obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa.

A pesquisa bibliográfica foi a que teve maior amplitude e participação porque

possibilitou informações necessárias para que fosse possível conhecer as mais

diversas formas de pensamento sobre o tema estudado, possibilitou maior amplitude

das informações sobre o campo logístico. Também contribui para o desempenho da

pesquisa, conforme afirma Vergara (2004, p. 48), é o estudo sistematizado

desenvolvido com base em material publicado, em livros, revistar, jornais etc,

acessível ao público em geral.

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Este é o tipo de pesquisa mais utilizado na formulação de um trabalho, porque

servirá de apoio e auxílio a que se pretende desenvolver no decorrer do trabalho, ou

seja, elimina insegurança sobre o tema que se pretende trabalhar.

Pesquisa aplicada.

Este é o tipo de pesquisa que tem como objetivo avaliar e comparar um

determinado problema específico de uma organização, e implantá-lo conforme

necessidade e aceitabilidade dos dirigentes. Segundo Roesch (1999, p. 74), neste

tipo de pesquisa o propósito é melhorar ou aperfeiçoar sistema ou processos e a

possibilidade de implementar as mudanças sugeridas e observar seus efeitos.

Ainda no entender de Roesch (1999, p. 74), é um dos tipos de pesquisa mais

utilizado para identificar problemas ou oportunidades de melhorias em uma

organização.

Este tipo de pesquisa requer determinadas teorias ou leis mais amplas como

ponto de partida, e no ponto de vista de Oliveira (1999, p. 123), tem por objetivo

pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos e fazer

a sua aplicação às diferentes necessidades humanas.

A pesquisa aplicada será utilizada porque possibilitará identificar e avaliar

alguns problemas específicos relacionados à logística da organização e é um dos

modelos mais utilizados para propor mudanças e observar seus efeitos, como fase

de experiência a que este trabalho propõe, visando melhorias significativas para os

processos e modelos sugeridos para a organização.

3.1.1 População

Para que o presente trabalho pudesse ser concretizado, foi necessário

trabalhar com informações sobre a realidade atual da frota que opera na Agência de

Biguaçu/SC.

A população utilizada neste trabalho é composta por 1 (um) veículo de médio

porte (Ducato) 3 motos e 10 bicicletas, e todos os colaboradores envolvidos no

processo de distribuição logístico.

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3.1.2 Plano de Coleta de Dados

A coleta dos dados a que este trabalho se propõe, deu-se por meio das

fichas diárias de controle dos veículos, usadas pela empresa para acompanhar os

gastos diários, a distância percorrida pelos veículos diariamente, o consumo médio

diário por quilômetro rodado e os gastos de manutenção mensal. Esses dados

serviram de parâmetros para a empresa avaliar os custos diários para efetuar todo

processo de distribuição e coleta dos objetos postais. E que serão coletados das

fichas diárias do mês de julho/07.

3.1.3 Análise dos Dados

Como o presente trabalho tem como objetivo levantar, analisar e propor

melhorias em termos de racionalização de custos, no campo da distribuição

logística, dos objetos postais, da Agência dos Correios de Biguaçu/SC, fez-se

necessário estudo sobre o processo de transporte quanto a distribuição e redução

dos custos de transporte.

As técnicas utilizadas foram através de alguns métodos estatísticos, como a

média da distância percorrida para cada veículo, o custo médio de manutenção por

quilômetro percorrido para cada veículo, o custo médio de combustíveis por

quilômetro para cada veiculo. Os dados serão analisados e servirão de informações

necessárias para definição do problema de transporte que são os custos.

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4 RACIONALIZAÇÃO DE CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO DOS OBJETOS POSTAIS

NA AGÊNCIA DOS CORREIOS DE BIGUAÇU/SC

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO

A agência dos correios de Biguaçu/SC, é uma das quatro mil e quinhentas e

cinqüenta e três agência que compões a estrutura organizacional da Empresa

Brasileira de correios e telégrafos em todo país. Esta subordinada ao ministério das

comunicações, é uma empresa pública de direitos privado, com sede em Brasília.

A unidade em estudo AC/Biguaçu foi fundada em dezesseis de março de

1978 com CGC de numero 34028316/1953-62 com registro de número 19442,

situada na rua Getulio Vargas 98, em biguaçu, sua estrutura é representada

graficamente a seguir.

Figura 12: Organograma da Agência dos Correios de. Biguaçu/SC Elaboração: Acadêmico.

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A agência está estruturada por um gerente, um encarregado de valores, um

supervisor de distribuição, e por dez carteiros, que fazem uso de bicicletas, três

motos, e uma viatura de porte médio, que fazem todo processo de distribuição, dos

objetos postais dentro do município de Biguaçu/SC.

A Agência de Biguaçu/SC é a única do município, e tem como função atender

toda população, tanto na coleta, quanto na distribuição.

4.2 O SISTEMA LOGÍSTICO ATUAL DA AGÊNCIA DOS CORREIOS DE

BIGUAÇU/SC

O atual sistema logístico da Agência dos correios de Biguaçu/SC, tem suas

diretrizes definidas pela Gerência de Operações Postais da Diretoria regional de

Santa Catarina, que está subordinada diretamente ao departamento de logística dos

correios, localizado no edifício sede em Brasília, que define todas as regras a serem

seguidas pelas regionais.

A agência tem como função receber, classificar e ordenar todos os objetos

postais para entrega no município de Biguaçú/SC.

Todos os objetos postais destinados à agência para entrega, tem procedência

do centro de triagem (CT), localizado as margens da BR 101, km 207, em São

José/SC.

Após recebimento e classificação, todos os objetos postais são separados por

ruas, ou por endereço para entrega, ou por caixas postais, os que não fazem parte

da entrega domiciliar, fora dos roteiros definidos, ou seja, fora do perímetro urbano

são cadastrados, e ficam a disposição dos destinatários, num período de trinta dias,

na agência.

Os funcionários envolvidos no processo de distribuição são responsáveis

pelas atividades como, separação e ordenação por ruas e por números de ordens

para efetuar a entrega.

Seus métodos de distribuições estão definidos por meio de roteiros,

chamados distritos. Estes roteiros são planejados por meio de acompanhamento de

um supervisor, que durante três dias consecutivos faz acompanhamento, anotando,

quantos objetos postais são entregues, o tempo gasto para efetuar a entrega de

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todos objetos postais em seu poder, dentro do limite de horário. E estipulado em seu

contrato de trabalho.

Atualmente a Agência de Biguaçu, tem como estrutura logística para entrega

e coleta de todos seus objetos postais diários dez carteiros que fazem uso de

bicicletas para distribuição, três motoqueiros, e uma viatura de porte médio. (ducato).

Toda estrutura é definida pela gerência de Operações, e Já faz seis anos

que foi implantada, e nenhuma alteração foi feita desde que entrou em operação. O

que se percebe avaliando a atual estrutura, é que está muito sobrecarregada. O

município vem crescendo muito rapidamente em termos populacionais, e há

necessidade de novos ajustes para atender à demanda sem prejudicar as atividades

de entrega.

As regionais têm poder de definir sua estrutura logística, conforme aumento

da demanda. Basta apresentar ao departamento logístico suas reais necessidades

de aumento da frota ou do efetivo, que após estudos sobre a solicitação o

departamento autorizará a implantação de novos ajustes, conforme necessidades de

atendimento aos clientes.

4.3 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS

Como o objetivo deste trabalho é racionalizar custos na cadeia de distribuição

dos, objetos postais, da Agência dos correios de biguaçu/SC, há necessidade de

levantar os principais fatores que contribuirão para o sucesso do projeto, com

objetivo de reduzir os custos propostos.

Após análise do problema, o acadêmico pôde constatar que os principais

fatores que causam custo elevados na cadeia de distribuição dos objetos postais,

para efeito do estudo proposto são.

• Custos com combustíveis.

• Custos com manutenção da frota.

Outros custos como os de mão de obra, treinamento, IPVA, seguros,

benefícios, não serão considerados como fatores críticos para este estudo, tendo em

vista, que são custos que fazem parte do setor de transporte, por isso não farão

parte os itens de racionalização dos custos deste trabalho.

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4.4 MODELO PROPOSTO DE RACIONALIZAÇÃO DOS CUSTOS DO SISTEMA

LOGÍSTICO

É evidente que uma boa análise dos custos poderá identificar com precisão

os custos que causam grande impactos em toda cadeia logística e são responsável,

por grandes aumentos nos custos logísticos.

Como o objetivo deste trabalho é racionalizar custos na cadeia de distribuição

da Agência dos correios de Biguaçu/SC, foi necessário fazer levantamento sobre a

distancia percorrida pelos veículos num período de trinta dias, Com base nesses

dados, como distância percorrida, gastos de combustíveis, e gastos com

manutenção, ficou evidente que há necessidade de se propor alternativas que

resultem em soluções viáveis em termos de custos.

Os coeficientes empregados para efeito dos cálculos de manutenção por

quilometro percorrido, foi com base em informações do fabricante, conforme tabela

abaixo.

Tabela 01: Índices dos custos de manutenção

Veículos Faixa de quilometragem

(km)

Custo de Manutenção

(R$/km)

KM <= 12.0000 0,06

12.000 < KM <= 24000 0,08

Motocicletas Honda

24.0000 < KM 0,09

KM <= 40.0000 0,03

40.000 < KM <= 80.000 0,15

80.000 < KM <= 120.000 0,2

DUCATO

120.000 < KM 0,21

Fonte: Manual dos veículos para manutenção.

A seguir são apresentados os dados coletados das fichas de cada veículos,

como quilometragem percorrida, consumo de combustíveis, estes veículos são

responsáveis pela distribuição dos objetos postais, da Agência.

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O período da pesquisa dos dados refere-se ao mês de julho/07, ou seja vinte

e cinco dias úteis, com base nas fichas de controle diários dos veículos, que

serviram como itens do estudo (Ver modelo no anexo A).

As tabelas a seguir mostram os gastos de combustíveis, dos veículos durante

o mês de julho/07.

Tabela 02: cálculos consumo de combustíveis para moto 01 MOTO 01

(1) km/Mês 1298

(2) km percorrido por litro de combustíveis 30 km

(3) custo do litro do combustível R$ 2,45

(4) gasto com combustível/mês (1): (2) x (3) R$ 106,00

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 03: cálculos consumo de combustíveis para moto 02 MOTO 02

(1) km/ mês 982

(2) km percorrido por litro de combustível 30 km

(3) custo do litro do combustível: R$ 2,45

(4) gasto com combustível mês (1): (2) x (3) R$ 80,18

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 04: cálculos consumo de combustíveis para moto 03 MOTO 03

(1) km/mês 1073

(2) km percorrido por litro de combustíveis 30 km

(3) custo do litro do combustível R$ 2,45

(4) gasto com combustível (1): (2) x (3) R$ 87,61

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

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Gasto de combustíveis com a viatura Ducato

Tabela 05: cálculo consumo de combustíveis para Ducato DUCATO

(1) km/mês 3304

(2) distancia percorrida por litro de combustíveis 6 km

(3) custo do litro do combustíveis R$ 1,85

(4) gasto combustíveis mês (1): (2) x (3) R$ 1018,72

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico.

O gráfico 01 informa os valores gastos com combustíveis, no mês de

julho/07.

Conforme figura 01 a despesa dos gastos com combustíveis com a viatura

ducato é bastante expressiva, em comparação com motos às motos.

106,

00

80,1

8

87,6

1

1018

,72

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

Combustivel

Moto 01

Moto 02

Moto 03

Ducato

Gráfico 01: Despesas com combustíveis. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

O gráfico 02 representa os valores em percentuais dos gastos com

combustíveis, no mês de julho/07

Como pode-se perceber a variação dos gastos com combustíveis é bastante

expressivo, observa-se que as motos tiveram pequena participação nas despesas de

combustíveis, em relação a viatura ducato.

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Variação dois percentuais com gasto com combustíveis.

8%6%

7%

79%

Moto 01Moto 02Moto 03Ducato

Gráfico 02: Percentual dos gastos por veiculo. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

As tabelas a seguir ilustrarão os gastos com manutenção, no mês de julho/07

Tabela 06: Gasto com manutenção para moto 01 MOTO 01

(1) Km/Mês 1298

(2) gastos com km percorrido R $ 0,08

(3) gastos por mês (1) x (2) R$ 103,84

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 07: Gasto com manutenção para moto 02 MOTO 02

(1) km/mês 982

(2) gastos com km percorrido R $ 0,08

(3) gastos por mês (1) x (2) R$ 78,56

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

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68

Tabela 08: gasto com manutenção para moto 03 MOTO 03

(1) km/mês 1073

(2) gastos com km percorido R$ 0,08

(3) gastos por mês (1) x (2) R$ 85,84

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 09: Gasto com manutenção - veiculo ducato DUCATO

(1) km/mês 3304

(2) gastos com km percorrido R$ 0,2

(3) gastos por mês (1) x (2) R$ 660,80

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

O gráfico 03 ilustra as despesas com manutenção , referente ao mês de julho

de 2007.

103,

84

78,5

6

85,8

4

660,

80

0

100

200

300

400

500

600

700

Manutenção

Moto 01

Moto 02

Moto 03

Ducato

Gráfico 03: Despesas com manutenção. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

O gráfico 04 representa as variações de despesas em percentuais com

manutenção durante o mês de julho/07.

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69

11%

8%

9%

72%

Moto 01Moto 02Moto 03Ducato

Gráfico 04: Percentuais dos gastos com manutenção. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

A tabela 10 apresenta de maneira agrupada todos os valores descritos

separadamente por veículos com despesas de combustíveis e manutenção durante

o mês de julho/07.

Tabela 10: valores com gastos de combustíveis e manutenção

MOTO 01 MOTO 02 MOTO 03 VEICULO

DUCATO

Km/Mês 1298 982 1073 3304

Manut. R$ 103,84 R$ 78,56 R$ 85,84 R$ 660,80

Combustível R$ 106,00 R$ 80,18 R$ 87,61 R$ 1.018,72

Desp. Total R$ 209,84 R$158,74 R$ 173,45 R$ 1.679,52

Fonte ECT: Dados retirados da fichas diárias de serviço dos veículos da Agência dos Correios de Biguaçu/SC.

O gráfico 05 representa a variação dos gastos com combustíveis e

manutenção, atualmente na Agência dos Correios de Biguaçu/SC.

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70

103,

84

78,5

6

85,8

4

660,

8

106,

00

80,1

887

,61

1018

,72

0

200

400

600

800

1000

1200

Manutenção Combustivel

Moto 01

Moto 02

Moto 03

Ducato

Gráfico 05: Variações dos gastos com combustíveis e manutenção. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

Como pode-se observar, o consumo de combustíveis e a distância percorrida

pela viatura ducato (veiculo de porte médio), foram muito superiores as das motos,

causando gastos excessivos.

Como proposta de viabilidade econômica na redução dos custos, define-se

que a distância percorrida pela viatura ducato não ultrapasse cinqüenta por cento da

distancia percorrida no mês de julho, conforme ilustração acima, ou seja, um mil

seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros, porque a viatura ducato apresenta maior

consumo de combustíveis e maior custo de manutenção.

A quilometragem estipulada em cinqüenta por cento, tem como objetivo

atender as necessidades de prestação dos serviços postais, sem por em risco a

qualidade das entregas, e por outro lado atender a viabilidades do projeto proposto

na redução dos custos de manutenção e combustíveis com a redução da distancia

percorrida.

Também como modelo proposto, sugere-se que a viatura ducato faça

percurso no máximo de quatro quilômetros do centro de distribuição, e que as

entregas mais distantes do centro de distribuição sejam feitas pelas motos, o uso da

viatura ducato ficaria limitado a objetos volumosos e acima das dimensões possíveis

para entrega pelas motocicletas.

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Sugere-se ainda como ponto decisivo para o sucesso da proposta o uso com

mais freqüência das motocicletas, para entrega de todos os objetos postais, de

pequeno e médio porte, porque além de baixo custo de manutenção, também há

grande economia no consumo de combustíveis, gerando ganhos reais em termos

financeiros em toda cadeia de distribuição.

4.5 SOLUÇÃO DO MODELO PROPOSTO DE RACIONALIZAÇÃO DE CUSTO

Como o modelo proposto tem como objetivo à redução dos custos da cadeia

logística da Agência dos correios de Biguaçu/SC, o estudo tem seu foco diretamente

voltado para a distância a ser percorrida, e o tipo de veículo a ser utilizado na

distribuição dos objetos postais.

Como o objetivo deste trabalho é propor alternativas viáveis para redução dos

custos, com base no percurso dos veículos, e das distancias percorridas, os custos

devem ser controladas, tanto os de consumo de combustíveis, como de

manutenção. Todas as entregas de pequeno e médio porte, de objetos postais, de

preferência aquelas que estiverem a mais de quatro quilômetros do centro de

distribuição domiciliar (CDD).

Assim sendo, sugere-se como uma das soluções viáveis, visando racionalizar

custos, o uso das motocicletas, para distribuição de objetos postais de menores

dimensões e pesos, porque além de facilitar a entrega, há significativo ganho real

em toda cadeia logísticos de distribuição.

O modelo proposto neste trabalho tem como objetivo, ganhos reais para a

agência, em termos de custo, como os de combustíveis e manutenção, porque uma

vez definidos os tipos de veículos a serem usados no processo de distribuição, os

retornos irão demonstrar a viabilidade do projeto.

Como o objetivo é reduzir os custos de manutenção e de combustíveis, sem

afetar a qualidade de distribuição dos objetos postais foi necessário definir em

cinqüenta por centro no mínimo, a distância percorrida pela viatura ducato, para que

o projeto pudesse alcançar seu objetivo, em termos de redução dos custos.

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72

Na atual estrutura logística de distribuição da Agência dos correios de

Biguaçu/SC, o que pode-se perceber é que há necessidade de ajustes, em termos

de utilização dos veículos na cadeia de distribuição.

A viatura ducato atualmente está sendo usada para entrega da maioria dos

objetos postais, apresentado quilometragem muito superior as das motos conforme,

ilustra Tabela 10, sem se preocupar com os gastos, e a distancias percorrida,

enquanto as motos são pouco utilizadas na distribuição.

O que este trabalho pretende é demonstrar a racionalidade dos custos na

cadeia de distribuição com o uso freqüente das motocicletas, já que apresentam

baixo consumo de combustível e baixa taxa de manutenção (gráfico 05).

Os custos são muito atraentes, com o uso das motos, conforme ilustração

abaixo.

147,

92

151,

00

122,

6412

5,19

129,

92

132,

62

330,

40

509,

36

0

100

200

300

400

500

600

Moto 01 Moto 02 Moto 03 Ducatomanutenção Combustivel

Gráfico 06: Valores dos gastos com combustíveis e manutenção. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

Os resultados não deixam dúvidas que as três motos, tiveram consumo de

combustíveis e despesas de manutenção bem inferiores a viatura Ducato, isto nos

deixa cientes que o uso das motos é muito vantajoso em termos de redução de

custos para a empresa.

Com a nova proposta de redução da distância percorrida pela Ducato, que

seria no máximo cinqüenta por cento (50%) da distância percorrida anteriormente,

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73

ou seja 1652 km mês, e que a diferença percorrida a menor pela Ducato seria

distribuída entre as três motos que hoje operam no sistema logístico de dfistribuição.

Vamos demonstrar através de ilustração conforme, abaixo o reflexo em

termos de quilometragem para as motos, e para a viatura ducato, com a implantação

da nova proposta.

Então observa-se que as motos que antes percorriam mensalmente uma

média de 3353 km/mês, passariam a percorrer 5006 km/mês. Com isto aumentou o

consumo de combustíveis mensal em R$ 135,02, e o de manutenção em R$ 132,24

e a viatura Ducato teria uma redução na quilometragem mensal de 1652 km/mês, e

conseqüentemente uma redução mensal no valor dos combustíveis de R$ 509,36 e

de manutenção no valor de R$ 330,40 por mês, uma economia bastante significativa

em termos financeiro.

As tabelas a seguirem mostram os gastos com combustível após implantação

do novo sistema proposto para distribuição com uso mais freqüente das

motocicletas.

Tabela 11: Gasto com combustíveis para moto 01 MOTO 01

(1) KM/ mês 1849

(2) KM percorrido por litro de combustíveis 30 km

(3) custo do litro do combustível R$ 2,45

(4) gasto com combustíveis (1): (2) X (3) R$ 151,00

Fonte : Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 12: Gasto com combustíveis para moto 02 MOTO 02

(1) KM/Mês 1533

(2) Km Percorrido por litro de combustíveis 30

(3) Custo do litro do Combustíveis R$ 2,45

(4) Gasto com combustíveis = (1): (2) x (3) R$ 125,19

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

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74

Tabela 13: Gasto com combustíveis para moto 03

MOTO 03

(1) Km/Mês 1624

(2) KM Percorrido por litro de combustíveis 30

(3) Custo do litro do combustíveis R$ 2,45

(4) Gasto com combustíveis = (1): (2) x (3) R$ 132,62

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico.

Tabela 14: Gasto com combustíveis para Ducato DUCATO

(1) Km/mês 1652

(2) Km percorrido por litro de combustíveis 6

(3) Custo do litro do combustíveis R$ 1,85

(4) Gastos com combustíveis (1): (2) x (3) R$ 509,36

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

O gráfico 07 ilustra as despesas de combustíveis, com o novo modelo

proposto.

151,

00

125,

19

132,

62

509,

36

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

Combustivel

Moto 01

Moto 02

Moto 03

Ducato

Gráfico 07: Ilustração dos gastos com combustíveis com a proposta. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

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75

O gráfico 08 representa as variações em percentuais dos gastos com

combustíveis com o novo modelo proposto, para racionalização dos custos.

16%

14%

14%56%

Moto 01Moto 02Moto 03Ducato

Gráfico 08: Variações nos percentuais de combustíveis após proposta. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

A seguir serão apresentados os gastos com manutenção, conforme tabelas

15 a 18.

Tabela 15: Gasto com manutenção para moto 01 MOTO 01

(1) Km/ Mês 1849 km/mês

(2) Gasto por km percorrido R$ 0,08

(3) Gasto com manutenção por mês (1) x (2) R$ 147,92

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 16: Gasto com manutenção para moto 02 MOTO 02

(1) Km/Mês 1533

(2) Gasto por km percorrido R$ 0,08

(3) Gasto com manutenção por mês (1) x (2) R$ 122,64

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

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76

Tabela 17: Gasto com manutenção para moto 03 MOTO 03

(1) Km/Mês 1624

(2) Gasto por km percorrido R$ 0,08

(3) Gasto com manutenção por mês (1) x (2) R$ 129,92

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

Tabela 18: Gasto com manutenção para Ducato DUCATO

(1) Km/Mês 1652

(2) Gasto por km percorrido R$ 0,2

(3) Gasto com manutenção por mês (1) x (2) R$ 330,40

Fonte: Ficha de controle dos veículos. Elaboração do acadêmico

O gráfico 09 Ilustra as despesas com manutenção, após modelos propostos.

147,

92

122,

64

129,

92

330,

40

0

50

100

150

200

250

300

350

manutenção

Moto 01

Moto 02

Moto 03

Ducato

Gráfico 09: Despesas com manutenção após modelo proposto. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

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O gráfico 10 ilustra a variação dois percentuais das despesas com

manutenção, após modelo proposto, para racionalização dos custos.

20%

18%

17%

45%

Moto 01Moto 02Moto 03Ducato

Gráfico 10: Variações dos percentuais após modelo proposto. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

Então percebe-se que a redução nos gastos de manutenção da ducato que

antes era de R$ 660,80 por mês, foi reduzido para R$ 330,40 uma economia de R$

330,40 por mês. Isto demonstra claramente o reflexo na redução dos custos de

manutenção

A seguir a tabela 19 mostra os gastos com combustíveis e manutenção de

forma agrupados após modelo proposto.

Tabela 19: Valores agrupados com gasto de combustíveis e manutenção MOTO 01 MOTO 02 MOTO 3 VEICULO

Km/ mês 1849 1533 1624 1652

Manutenção R$ 147,92 R$ 122,64 R$ 129,92 R$ 330,40

Combustíveis R$ 151,00 R$ 125,19 R$ 132,62 R$ 509,36

Total R$ 298,92 R$ 247,83 R$ 262,54 R$ 839,76

Fonte: Ficha dos veículos: Cálculo dos valores após proposta. Elaboração do acadêmico

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78

O gráfico 11 representa as variações dos custos de manutenção e

combustíveis, com a nova da proposta.

147,

92

151,

00

122,

6412

5,19

129,

92

132,

62

330,

40

509,

36

0

100

200

300

400

500

600

Moto 01 Moto 02 Moto 03 Ducatomanutenção Combustivel

Gráfico 11: Valores dos gastos de manutenção e combustíveis após proposta. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

Como pode-se observar a diferença em termos reais é muito significativa,

Antes da proposta havia um gasto total das motos de combustíveis e manutenção,

de R$ 542,03 por mês e da Ducato de R$ 1.679,52, por mês.

Com a implantação do novo modelo (proposta), as despesas das motos

passaram para R$ 809,29 e da Ducato baixou para R$ 839,76, gerando uma

economia em termos financeiros de R$ 572,50 por mês, isto representa em termos

anuais uma economia de R$ 6.869,76

Os gráficos 12 e 13 visualizam claramente a importância da proposta para a

organização em termos de redução de custos, em toda sua cadeia logística de

distribuição.

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79

106,

00

151,

00

80,1

8

125,

19

87,6

1

132,

62

1018

,72

509,

36

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

Moto 01 Moto 02 Moto 03 Ducato

Combustivel Atual Combustivel Proposto

Gráfico 12 : Valores dos gastos de combustíveis atual e proposto. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

103,

84

147,

92

78,5

6

122,

64

85,8

4

129,

92

660,

80

330,

40

0

100

200

300

400

500

600

700

Moto 01 Moto 02 Moto 03 Ducato

Manutenção Atual Manutenção Proposta

Gráfico 13: Valores dos gastos com manutenção atual e proposto. Elaboração do Acadêmico. Fonte: Ficha de controle dos veículos.

Isto demonstra claramente que a proposta apresentada é altamente viável, e

que os benefícios gerados em termos financeiros são expressivos.

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80

4.6 PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS

Após análise dos custos e da conclusão sobre as despesas geradas pela

viatura Ducato, mesmo com a proposta defendida em termos de custos, o

acadêmico propõe a terceirização como fator decisivo em termos ainda mais

expressiva de redução dos custos para os serviços prestados na agencia dos

correios de Biguaçu/SC.

Como os Correios já operam com algumas linhas, como a linha tronco

regional (LTR), de transporte e distribuição de objetos postais terceirizado, ficou

evidente que após pesquisa sobre o valor cobrado pelos terceirizados, a viabilidade

de colocar nas mãos dos parceiros logísticos, todas as atividades atualmente

desenvolvidas pela viatura Ducato no município de Biguaçú /SC.

Os levantamentos dos custos da viatura Ducato com a proposta apresentada

conforme tabela acima de número dezenove em R$ 839,76, por mês, isto levando

em conta um percurso mensal de mil seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros, sem

levar em conta outros custos diretos e indiretos, que estão envolvidos na cadeia de

distribuição.

O quadro abaixo representa os custos mensais de mão de obra, seguro,

IPVA, e licenciamento, combustíveis e manutenção do veículo Ducato por mês.

Tabela 20: Custos mensal viatura Ducato ECT/Correios Mão de Obra (motorista Correios) R$ 2,200,00

Encargos sociais R$ 1,540,00

Vale Alimentação + vale cesta R$ 485,00

IPVA + Seguro+ licenciamento R$ 52,50

Combustíveis e manutenção R$ 839,00

Total das despesas R$ 5,116,50

Fonte: Gerencia de Operações-ECT/Correios. Elaboração do acadêmico

Após informação fornecida pela gerência de operações e logísticas, dos

correios sobre os custos das terceirizadas, no valor de R$ 1,80 por quilometro

percorrido, sem nenhum outro custo adicional, fica evidente que é uma das melhores

alternativas para a empresa terceirizar, porque além de ter um serviço profissional a

qualquer momento sem custo adicional, e sem investimento muito alto, o retorno

para a empresa é muito expressivo, além de não ter a preocupação por quebra do

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veículo, falta do motorista, férias, e outros problemas que poderão surgir com

funcionamento da frota própria.

O quadro abaixo ilustra a vantagem em termos econômicos para a

organização com o uso da terceirização.

Tabela 21: gastos logísticos com a terceirizada Custo por quilômetro R$ 1,80

Distancia percorrida mês/ 1652 km R$ 2,973,60

Total das despesas R$ 2,973,60

Fonte: Gerencia de Operações.- ECT: Elaboração acadêmico.

Fica evidente que a terceirização, conforme a ilustração acima, é a melhor

solução para a Agência em termos de maximização de custo.

Mesmo que a terceirizada faça um percurso cinqüenta por cento acima do

estipulado na proposta para Ducato por mês, ainda há um ganho real em termos

financeiros de R$ 656,10, isto demonstra claramente que a terceirização é a solução

mais adequada em termos de retornos financeiros para a organização.

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82

5 CONCLUSÃO

A realização deste trabalho abriu novos caminhos e proporcionou

conhecimentos muito importantes para o futuro profissional do acadêmico e da

organização.

Através deste estudo foi possível coletar informações que poderão facilitar a

rentabilidade para a empresa, além de aumentar os lucros e o nível de qualidade

dos serviços prestados. Estas informações serão a base para alavancar novos

conhecimentos sobre a realidade dos custos na cadeia de distribuição da Agência

dos correios de Biguaçu/SC.

Para a organização, a proposta pode ser vista como um diferencial, que

ajudará obter vantagens perante a concorrência, que são, Tam, Varilog, UPS,

VASPEX, Catarinense DHH, etc, e garantir espaço no mercado, e que na maioria

das vezes estas medidas são necessárias para superara a concorrência.

Para qualquer organização o fator custo, é sem dúvida uma das maiores

preocupações, por isso é necessário implantar medidas que venham a abolir

quaisquer ações, que causem despesas fora dos padrões, e que não agreguem

valor ao produto para os consumidores.

Após estudo sobre os custos na cadeia logística de distribuição dos Correios

de Biguaçu/SC, constatou-se que alguns procedimentos no campo da distribuição

logística podem ser eliminados, tais como o uso de viatura desproporcional as

necessidades existentes, e que causam despesas desproporcionais ao setor

logístico. Tendo em vista que a logística é uma ferramenta que visa eliminar custos,

fazendo com que o produto chegue ao consumidor no menor preço possível, sem

afetar a qualidade do serviço.

Constatou-se também que poderão ser usadas viaturas de menor porte, e

motos para entrega de muitos objetos postais, e que a viatura Ducato, poderia ser

substituída por outro veículo de menor porte, e com maior índice de economia. Com

esta medida os resultados em termos de custos seriam visíveis, e a organização

teria retornos financeiros bastante expressivos.

Como toda organização moderna tem seu foco na liderança de preço, os

correios não poderiam ser diferentes, por isso há necessidade imediata de ajustar

suas atividades, aos recursos necessários para atendimentos da população, e isto

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83

pode ser feito através de mecanismos que venham a trazer retornos compatíveis em

termos de redução dos custos, como meio de superar os concorrentes.

O estudo realizado sobre a logística de distribuição da Agência dos correios

de Biguaçu/SC, demonstrou claramente, que poderá ter as mesmas qualidades, com

alternativas simples, e bons retornos, sem precisar tomar outras medidas mais

radicais, para diminuir custos, como mão de obra, e outros custos inerentes a cadeia

logística de distribuição.

Para expressarmos mais significativamente em termos organizacionais, se

considerarmos que os correios possuem atualmente, quarenta e seis agências deste

porte, ou seja, categoria três, em toda sua estrutura, a nível regional, operando com

o mesmo sistema de transporte, ao da AC/Biguaçu/SC, o impacto seria bem mais

significativo em termos financeiros, ou seja, economizaria algo em torno de R$

6.869,76 para cada agência, e se multiplicássemos este valor pelas quarenta e seis

agências existentes chegaríamos a um resultado bastante expressivo, ou seja, uma

economia de R$ 316.008,96

Assim pode-se concluir que a proposta apresentada para racionalização dos

custos logísticos é bastante viável, com soluções simples que trariam resultados

bastante significativos em termos de economia em toda a cadeia logística de

distribuição dos correios a nível nacional.

Como sugestão e conclusão do trabalho, o acadêmico propõe algumas

alternativas que irão contribuir para o bem estar e o futuro da organização tais como:

• Entrega de todos os objetos postais, de menor porte e dimensão, dentro

do município de Biguaçu, por motocicletas.

• Distribuição somente de objetos postais de grande porte, e peso, que

impossibilitem o transporte pelas motocicletas a efetuarem a entrega, por

veículos de menor porte, que apresente baixo consumo de combustíveis e

manutenção.

• Limitar ao máximo a distancia percorrida pela viatura Ducato, ou seja, um

mil seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros por mês.

• Criação de alguns roteiros, próximo do centro de distribuição para entrega

pela viatura Ducato, exclusivamente para grande clientes que recebem

grande quantidade de objetos postais.

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• Entrega de alguns objetos postais no mesmo percurso quando das coletas

dos malotes.

• Treinamento dois empregados envolvidos na entrega, em como proceder

no caminho mais curto, para realização da entrega de todos objetos

postais.

• Elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento pessoal, com

objetivo de mostrar aos colaboradores a importância da logística para a

organização.

• Acompanhamento de estratégias logísticas, e das necessidades de

melhorias continuas na área de distribuição dos objetos postais.

• Como resultado mais expressivo em termos de racionalização de custos,

a terceirização dos serviços prestados pela viatura Ducato, por apresentar

melhor alternativa de redução dos custos na cadeia logística de

distribuição.

Assim conclui-se que, por ser uma empresa de grande porte e que mais

emprega a nível de Brasil, e líder em recebimento e distribuição de objetos postais,

em todo país, é necessário estudos que tragam bons retornos no campo da logística,

visando, retornos financeiros com menor custo possível, por meio de processos

simples e adequados que visem aumentar a eficiência e a produtividade, criando

diferenciais em termo de preços entre os concorrentes no mercado postal brasileiro.

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REFERÊNCIAS

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Apêndice A – Planilha de Calculo

Dados coletados das fichas diárias dos veículos, referente a quilometragem diária na entrega dos objetos postais no mês de julho/07

Dias Trabalhados

Moto 01 Km

Moto 02 Km

Moto 03 Km

Moto 04 Km

02 65 km 42 48 141 03 44 43 57 133 04 50 45 46 156 05 26 38 53 168 06 60 35 53 168 07 23 57 25 33 09 54 48 37 143 10 51 44 36 33 11 70 65 49 151 12 64 45 47 163 13 64 51 43 139 14 17 45 19 132 16 52 44 42 149 17 48 56 44 148 18 53 38 40 151 19 45 37 44 137 20 22 38 44 147 21 52 43 20 28 22 20 41 48 156 23 46 42 41 141 24 75 39 65 150 25 50 46 42 137 26 65 40 154 27 75 15 45 28 15 38 144 30 45 37 57 31 47

Total 1298 Km 982 Km 1073 Km 3304 Km

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Apêndice B – Cálculo de Custos

Cálculos dos custos de combustíveis e manutenção antes da proposta. Moto 01- Quilometragem /mês de julho/07 = 1298

Moto 02- Quilometragem /Mês de julho/07 = 982

Moto 03- Quilometragem /mês de julho/07 = 1073

Ducato - Quilometragem /mês de julho/07 = 3304

O custo de manutenção das motos, conforme manual dos fabricantes é de R$

0,08 por quilometro percorrido.

Cálculo do custo de manutenção das motocicletas mês julho/07

Moto 1 = 1298 x 0,08= R$ 103,84

Moto 2 = 982 x 0,08 = R$ 78,56

Moto 3 = 1073 x 0,08 x R$ 85,84

Viatura Ducato = 3304 x 0,2 = 660,80

Obs: 0,08 da fórmula acima refere-se ao valor da manutenção por quilometro

rodado das motos, e 0,2 é o valor da manutenção da ducato, por quilometro rodado.

Cálculo dos custos dos combustíveis. Mês julho/07

Foi considerado que as motos fazem um percurso de trinta quilômetros por

litro de combustíveis, conforme manual de fabricação.

Moto 1 = 1298: 30 x 2,45 = R$ 106,00

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Moto 2 = 982: 30 x 2,45 = R$ 80,18

Moto 3 = 1073: 30x 2,45 = R$ 87,61

Viatura Ducato = 3304: 6 x 1,85 = R$ 1018,72

Obs. (30) da fórmula é o quantos quilômetros uma moto percorre por litro de

combustível.

2,45 é o valor do litro de gasolina

Cálculo dos custos de combustíveis e manutenção com a proposta.

Moto 01- Quilometragem /mês de julho/07 = 1849

Moto 02- Quilometragem /Mês de julho/07 = 1533

Moto 03- Quilometragem /mês de julho/07 = 1624

Ducato - Quilometragem /mês de julho/07 = 1652

O custo de manutenção das motos, conforme manual dos fabricantes é de R$

0,08 por quilometro percorrido.

Cálculo do custo de manutenção das motocicletas mês julho/07

Moto 1 = 1849 x 0,08= R$ 147,92

Moto 2 = 1533 x 0,08 = R$ 122,64

Moto 3 = 1624 x 0,08 x R$ 129,92

Viatura Ducato = 1652 x 0,2 = 330,40

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Obs: 0,08 da fórmula acima refere-se ao valor da manutenção por quilometro

rodado das motos, e 0,2 é o valor da manutenção da ducato, por quilometro rodado.

Cálculo dos gastos com combustíveis.

Moto 01 = 1849 km:30 x R$ 2,45 = R$ 151,00

Moto 02 = 1533 km: 30 x R$ 2,45 + R$ 125,19

Moto 03 = 1624 km: 30 x R$ 2,45 = R$ 132,62

Ducato = 1652 km:: 6 X R$ 1,85 = R$ 509,36

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ANEXOS

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Anexo A – Modelo Ficha de serviço diário de veículos

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Anexo B – Ficha de serviço diário dos veículos