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ANDRESSA WOYCICKOSKI BEBBER
PLANEJAMENTO DE COLEÇÃO DE CASACOS PARA O INVERNO 2009
KEEP'EM FLYING
Balneário Camboriú
2008
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ANDRESSA WOYCICKOSKI BEBBER
PLANEJAMENTO DE COLEÇÃO DE CASACOS PARA O INVERNO 2009
KEEP'EM FLYING
Monografia apresentada como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel em Design de Moda
pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de
Educação Balneário Camboriú.
Orientador: Prof (a): Bianka Cappucci Frisoni.
Balneário Camboriú
2008
ANDRESSA WOYCICKOSKI BEBBER
PLANEJAMENTO DE COLEÇÃO DE CASACOS PARA O INVERNO 2009
KEEP'EM FLYING
Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Design de Moda
e aprovada pelo curso de Design de Moda da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação
Balneário Camboriú.
Área de concentração: Vestuário - Casacos
Balneário Camboriú, 24 de novembro de 2008.
______________________________________
Prof. (a): Bianka Cappuci Frisoni
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
Orientadora
______________________________________
Prof. (a): Olinda Teresinha Fernandes Schauffert
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
Membro
______________________________________
Prof. (a): Caroline de Macedo Macam
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
Membro
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................... 01
ABSTRACT.................................................................................................................. 02
1.INTRODUÇÃO......................................................................................................... 03
2.METODOLOGIA..................................................................................................... 05
2.1 Metodologia de pesquisa......................................................................................... 05
2.2 Metodologia de projeto............................................................................................ 05
2.1.1 Objetivos ........................................................................................................... 08
2.1.2 Problemática...................................................................................................... 09
2.1.3 Público-Alvo...................................................................................................... 10
2.1.4 Ambientes de uso.............................................................................................. 11
2.1.5 Justificativa........................................................................................................ 12
3.PESQUISA................................................................................................................ 13
3.1 Pesquisa Bibliográfica............................................................................................. 13
3.1.1 História do objeto e aspectos culturais.............................................................. 13
3.1.2 Linha do tempo.................................................................................................. 19
3.1.3 Temática............................................................................................................ 20
3.1.3.1 Aviação..................................................................................................... 20
3.1.3.2 Infraero..................................................................................................... 21
3.1.3.3 Comissárias de bordo................................................................................ 22
3.1.3.4 RenauxView............................................................................................. 24
3.2 Pesquisa de Campo.................................................................................................. 25
3.2.1 Pesquisa de Público........................................................................................... 25
3.2.2 Análise do Questionário.................................................................................... 30
3.3 Pesquisa de Mercado............................................................................................... 31
3.3.1 Estado do design................................................................................................ 31
3.3.2 Tendências......................................................................................................... 34
3.3.3 Concorrentes...................................................................................................... 39
3.3.3.1 Principal Concorrente............................................................................... 39
3.3.3.2 Concorrentes Indiretos................................................................................ 41
3.3.3.3 Concorrentes Diretos.................................................................................. 44
4.CONCEITUAÇÃO................................................................................................... 46
5.GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS......................................................................... 47
5.1 Tecnicas de criatividade........................................................................................... 75
5.1.1 Braistorming...................................................................................................... 75
5.1.2 Mescrai.............................................................................................................. 75
5.1.3 Painéis Visuais................................................................................................... 76
5.1.4 Vídeo................................................................................................................. 76
5.1.5 Cartelas.............................................................................................................. 76
5.1.6 Escolha das melhores alternativas..................................................................... 78
5.1.7 Ajustes nas alternativas..................................................................................... 79
6.DETALHAMENTO................................................................................................. 80
6.1 Dados ergonômicos................................................................................................. 80
6.1.1 Funcionais.......................................................................................................... 80
6.1.2 Estéticos............................................................................................................. 80
6.1.3 Simbólicos......................................................................................................... 81
6.1.4 Emocionais........................................................................................................ 81
6.1.5 Escolha Materiais e Processos........................................................................... 82
6.1.6 Desenvolvimento de modelo e testes de usabilidade......................................... 82
6.2 Ficha Técnica........................................................................................................... 85
6.3 Produto Final........................................................................................................... 93
6.4 MKT do produto...................................................................................................... 95
7.CONCLUSÃO........................................................................................................... 102
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 103
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Metodologia.................................................................................................. 7
Figura 2: Painél de Público........................................................................................... 10
Figura 3: Painél de Ambiente....................................................................................... 11
Figura 4: Sobretudo...................................................................................................... 14
Figura 5: Trench Coat................................................................................................... 14
Figura 6: Três Quartos.................................................................................................. 15
Figura 7: Maxi cardigã................................................................................................. 16
Figura 8: Cardigã.......................................................................................................... 16
Figura 9: Spencer.......................................................................................................... 17
Figura 10: Casaqueto.................................................................................................... 17
Figura 11: Paletó........................................................................................................... 18
Figura 12: Bolero.......................................................................................................... 18
Figura 13: Parka............................................................................................................ 19
Figura 14: Linha do tempo casacos.............................................................................. 20
Figura 15: Linha do tempo aeromoças......................................................................... 24
Figura 16: Estado do design01..................................................................................... 32
Figura 17: Estado do design02..................................................................................... 32
Figura 18: Tendência 01............................................................................................... 35
Figura 19: Tendência 02............................................................................................... 36
Figura 20: Tendência 03............................................................................................... 36
Figura 21: Tendência 04............................................................................................... 37
Figura 22: Tendência 05............................................................................................... 37
Figura 23: Tendência 06............................................................................................... 38
Figura 24: Tendência 07............................................................................................... 38
Figura 25: Burberry...................................................................................................... 39
Figura 26: Stella Mcartney........................................................................................... 42
Figura 27: Dona Karan NY.......................................................................................... 43
Figura 28: Calvin Klein................................................................................................ 43
Figura 29: Forum.......................................................................................................... 44
Figura 30: Zoomp......................................................................................................... 45
Figura 31: Painel de Conceito...................................................................................... 46
Figura 32: Linha Cores................................................................................................. 48
Figura 33: Cor01.......................................................................................................... 49
Figura 34: Cor02.......................................................................................................... 50
Figura 35: Cor03.......................................................................................................... 51
Figura 36: Cor04.......................................................................................................... 52
Figura 37: Cor05.......................................................................................................... 53
Figura 38: Linha Formas.............................................................................................. 54
Figura 39: Forma01...................................................................................................... 55
Figura 40: Forma02...................................................................................................... 56
Figura 41: Forma03...................................................................................................... 57
Figura 42: Forma04...................................................................................................... 58
Figura 43: Forma05...................................................................................................... 59
Figura 44: Forma06...................................................................................................... 60
Figura 45: Forma07...................................................................................................... 61
Figura 46: Forma08...................................................................................................... 62
Figura 47: Linha Movimento....................................................................................... 63
Figura 48: Movimento01.............................................................................................. 64
Figura 49: Movimento02.............................................................................................. 65
Figura 50: Movimento03.............................................................................................. 66
Figura 51: Movimento04.............................................................................................. 67
Figura 52: Movimento05.............................................................................................. 68
Figura 53: Movimento06.............................................................................................. 69
Figura 54: Movimento07.............................................................................................. 70
Figura 55: Movimento08.............................................................................................. 71
Figura 56: Movimento09.............................................................................................. 72
Figura 57: Movimento10.............................................................................................. 73
Figura 58: Movimento11.............................................................................................. 74
Figura 59: Painel Conceito........................................................................................... 76
Figura 60: Painel Público............................................................................................. 76
Figura 61: Painel Ambiente.......................................................................................... 76
Figura 62: Painel Temática........................................................................................... 76
Figura 63: Cartela de cores........................................................................................... 77
Figura 64: Cartela de Combinações............................................................................. 77
Figura 65: Cartela de Materiais.................................................................................... 77
Figura 66: Cartela de Estampas.................................................................................... 77
Figura 67: Escolhidos................................................................................................... 78
Figura 68: Prova01....................................................................................................... 82
Figura 69: Prova02....................................................................................................... 82
Figura 70: Prova03....................................................................................................... 83
Figura 71: Prova04....................................................................................................... 83
Figura 72: Pré Produção01........................................................................................... 92
Figura 73: Pré Produção02........................................................................................... 92
Figura 74: Pré Produção03........................................................................................... 93
Figura 75: Pré Produção04........................................................................................... 93
Figura 76: Desfile......................................................................................................... 95
Figura 77: Sacola.......................................................................................................... 97
Figura 78: Tag.............................................................................................................. 98
Figura 79: Make........................................................................................................... 99
Figura 80: Hair............................................................................................................. 99
Figura 81: Modelo........................................................................................................ 100
Figura 82: Clique01...................................................................................................... 101
Figura 83: Clique02...................................................................................................... 101
Figura 84: Clique03...................................................................................................... 101
Figura 85: Clique04...................................................................................................... 101
Figura 86: Clique05...................................................................................................... 101
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Público01..................................................................................................... 25
Gráfico 2: Público02.................................................................................................... 26
Gráfico 3: Público03.................................................................................................... 26
Gráfico 4: Público04..................................................................................................... 27
Gráfico 5: Público05.................................................................................................... 27
Gráfico 6: Público06.................................................................................................... 28
Gráfico 7: Público07.................................................................................................... 28
Gráfico 8: Público08..................................................................................................... 29
Gráfico 9: Público09..................................................................................................... 29
DEDICATÓRIA
“Dedico este projeto primeiramente a minha família, mãe, pai, Vani, que sempre me ajudaram
durante este quatro anos de formação. Aos amigos que conquistei nesta trajetória e que sempre
levarei comigo”.
AGRADECIMENTOS
“Agradeço a equipe RenauxView, a oportunidade incrível que me ofereceram e continuam
oferecendo. Aos professores que ensinaram no decorrer destes anos, principalmente a Bianka que
me acompanhou durante o desenvolvimento deste projeto. A professora Carol que me ajudou
com a produção. E a todos que colaboraram com o projeto: Diogo fotógrafo, Carol da Tecnoblu,
Rafaella Booz, Kargo, New Hair, Univali, Infraero, entre outros.”
Este artigo apresenta o projeto de um planejamento de coleção de casacos para o inverno 2009,
considerando as expectativas, definidas através de pesquisas, do público alvo, mulheres modernas
e elegantes, seguindo as tendências mais significativas da estação trabalhada, tendo casacos
desenvolvidos com os tecidos oferecidos pela empresa têxtil RenauxView. As pesquisas
bibliográficas e de campo definiram a escolha da temática de inspiração,uniformes de comissárias
de bordo. Os casacos desta coleção são traduzidos como elegantes, modernos, confortáveis,
tecnológicos e com um apelo estético visual.
Palavras-chave: Design de Moda, planejamento de coleção, uniformes comissárias de bordo,
inverno 2009.
ABSTRACT
This article presents the design of a planned collection of coats for the winter 2009, considering
the expectations, defined through research, the target audience, modern and stylish women,
following the most significant trends of the station worked, and coats with the tissues developed
RenauxView offered by the textile company. The bibliographic searches and field set to choose
the theme of inspiration, the stewardess uniform. The coats this collection are translated as
stylish, modern, comfortable, with a technological and aesthetic visual appeal.
Key-words: Fashion Design, planned collection, stewardess uniform, winter 2009.
1. INTRODUÇÃO
O conteúdo que será apresentado neste projeto é resultado de um estudo que tem como
tema um planejamento de coleção de casacos para o inverno 2009, apresentando como temática
aviação, Infraero, e principalmente os uniformes das comissárias de bordo. Observa-se que
casacos de inverno são objetos de desejo de muitas mulheres, e na maioria dos casos possuem um
alto valor agregado, justificando assim, a escolha do público alvo desta coleção como da classe A
e AB.
Para atingir tal objetivo foi feita uma pesquisa sobre a as comissárias de bordo, seus
uniformes e tudo que as envolve como temática da coleção, foi observado o universo das
consumidoras das classes A e AB para propor alternativas adequadas ás expectativas das
mesmas, foram localizadas as tendências de inverno mais significativas para o desenvolvimento
desta coleção, e também fora, estudados e identificados os tecidos oferecidos pela empresa Têxtil
RenauxView a fim de empregá-los de melhor forma nas alternativas.
Eis uma profissão dos sonhos, comissária de bordo. Nasceu em 1930, é muito
glamourizada,até hoje. Seus uniformes sofreram uma grande evolução, que ganhou força depois
da Primeira Guerra Mundial. Tem-se atualmente uniformes de companhias aéreas assinados por
nomes importantes da moda como, Channel, Christian Lacroix, Jean Paul Gaultier, Christian
Dior, entre outros.
A metodologia utilizada neste projeto é a de Bruno Munari(1991), escolhida por sua
objetividade e praticidade, com pequenas alterações para um melhor aproveitamento no estudo.
Como ferramentas utiliza-se o Brainstorming na escolha da temática, painéis semânticos e
cartelas(cores, combinações e materiais), pesquisas de mercado e de campo, onde foram
aplicados questionários com integrantes do público alvo atingindo resultados favoráveis ao
estudo.
O patrocínio da empresa têxtil RenauxView vem como uma limitação na criação das
alternativas pois direciona o estudo exclusivamente aos produtos oferecidos. Os curtos e leves
invernos do Brasil também limitam a coleção, á casacos com cortes e tecidos favoráveis ao clima
nacional.
Será abordado no artigo o tema “Casacos”, uma linha do tempo deste segmento do
vestuário e algumas variações desta peça de roupa desenvolvidas ao longo da história do
vestuário feminino. Dentro da temática será abordada a Aviação, a Infraero, e por final as
comissárias de bordo.
Este estudo contribuirá para a inserção de artigos de invernos rigorosos, como o
sobretudo, em um país tropical, resgatando a elegância e tradição dos países gelados. Seu destino
será para o sul do país ou para o exterior. Volta-se para o publico que gosta de se vestir bem e
que compra casacos fora do país, por preço qualidade e estética. Eliminando as barreiras deste
segmento através de tecidos altamente qualificados, proporcionando o contentamento do público-
alvo.
2.METODOLOGIA
SANTOS (2002) afirma que o produto do trabalho de um designer não vem de soluções
simplistas e imediatistas, sem um completo processo de projeto desenvolvido e realizado. “O design não reside nos produtos acabados, mas no ato de
fazê-los. Não no resultado, mas no processo”. (Andrea
Branzi, 2000).
2.1. Metodologia de Pesquisa
Para se solucionar um problema, por mais simples que possa parecer, é necessário à busca
de respostas. Essa procura envolve um processo investigatório, mesmo que seja imediato,
assistemático e definido por linhas ligadas ao senso comum. A pesquisa é o esforço feito para
adquirir certo conhecimento, que propicia a solução de problemas teóricos, práticos e/ou
apurativos (BARROS, 1998).
Para Lakatos e Marconi (2001), qualquer pesquisa implica no levantamento de dados de
várias fontes, quaisquer que seja o método ou técnicas utilizadas.
2.2. Metodologia de projeto
MUNARI (1997), afirma que um artista quando faz suas obras usa técnicas clássicas ou já
experimentadas, sem utilizar um método ou projeto. Se expressa através de técnicas que lhe são
familiares, as modificando quando achar necessário.
Metodologia apresentada abaixo é a de Bruno Munari, e foi escolhida por ser mais
propícia para este caso, algumas etapas foram modificadas a fim de adaptar-se melhor a este
projeto.
• Problema--> Solução
Desenvolver uma coleção de vestuário feminino, na área de casacos.
• Definição do Problema
Desenvolver uma coleção de casacos para agradar o público feminino da classe A. Algo
inovador, confortável e belo.
• Ideia
Trabalhar com tecidos planos da Têxtil RenauxView e utilizar uma temática de inspiração,
aviação e uniforme das comissárias de bordo.
• Coleta de Dados
Pesquisa em geral, tema, temática, público, mercado, tendências, questionários, entrevistas,
observação, entre outras pesquisas.
• Análise de Dados
Resultados pesquisas de campo, questionário e entrevistas.
• Criatividade
Aplicar características do tema aos casacos, cores, formas, modelagens, musicas, cheiros,
tradições, entre outras características que formam este universo cheio de informações e cultura.
Desenvolvimento dos Croquis.
• Materiais e Tecnologias
Tecidos confortáveis e tecnológicos. Aviamentos diferenciados.
• Experimentação
Testes.
• Modelo
Modelo Final.
• Verificação
Observação de Falhas e solução.
• Desenho Final
Síntese de dados levantados ao longo do projeto.
Objetivo Geral
Desenvolver uma coleção de casacos femininos para o inverno 2009 utilizando como
temática a aviação e os uniformes das comissárias de bordo.
Objetivos específicos
• Pesquisar sobre a aviação e sobre os uniformes das comissárias de bordo para utilizar suas
referências como temática da coleção;
• Observar e investigar o universo das consumidoras da classe A e AB, seus gostos,
costumes e anseios para propor alternativas adequadas ás expectativas das mesmas;
• Localizar as tendências de inverno mais significativas e adequadas ao público do projeto
para aplicá-las no desenvolvimento de coleção;
• Identificar e estudar os tecidos oferecidos pela empresa RenauxView para o projeto a fim
de empregá-los de melhor forma nas alternativas.
2.1.2. Problemática
• Pressuposto:
Supõe-se que o segmento de vestuário feminino de inverno no Brasil é pouco explorado
pelas empresas desse setor.
• Problema:
Como desenvolver uma coleção de casacos de inverno para o público classe A feminino
brasileiro com elegância, alta tecnologia e bom acabamento, utilizando cores, estampas, e a
qualidade dos tecidos da empresa RenauxView através do tema Aviação e comissárias de bordo?
2.1.3. Público Alvo
O público alvo deste projeto é, refinado, seleto, e pertencente á classe A e AB. São
mulheres, economicamente independentes, e com a vida agitada. Divertidas, responsáveis,
espertas, inteligentes, contemporâneas, esforçadas, e modernas.
Estas mulheres trabalham diariamente, em áreas econômicas, de design, saúde, direito,
publicidade, entre outras. Nas horas livres gostam de viajar, desfrutar de bons restaurantes, fazer
cursos, atualizar leituras, ou fazer compras em geral (livros, roupas, objetos de decoração, etc...).
Assistem documentários, grandes campeonatos, mini séries, jornais, e filmes. Costumam ler
revistar semanais e revistas de moda, lêem jornais diariamente, acessam sites de moda e sites de
informações gerais. Praticam um tipo de esporte diariamente ou no mínimo duas vezes por
semana, como tênis, natação, corridas, musculação, etc... Em geral tem um bom gosto musical,
jazz, blues, rock, mpb, música clássica, eletrônica, entre outras. Gostam e possuem grande
conhecimento em culinária nacional e internacional, e na cultura de vinhos. Vestem estilistas e
marcas fortes.
Figura 02 – Painel de PúblicoFonte: Arquivo Pessoal/ Imagens retiradas de Corbis
2.1.4. Ambientes de uso
• Concertos
• Bistrôs
• Cafés
• Bibliotecas
• Festas
• Cinema
• Restaurantes
• Inaugurações
• Museus
• Ambientes com baixas temperaturas climáticas em geral
• Ambientes externos
Figura 03 – Painel de Ambiente
Fonte: Arquivo Pessoal / Imagens retiradas de Corbis
2.1.5. Justificativa
O Brasil é um país tropical, isso dificulta a inserção de um projeto exclusivamente de
casacos no mercado. Portanto serão explorados tecidos apropriados, tudo proporcionando mais
conforto á mulher brasileira no uso desta peça, e resgatando ao nosso país a elegância dos países
com invernos rigorosos.
Foi definido através das pesquisas de campo que casacos de inverno são objetos de desejo
de muitas mulheres, e na maioria dos casos possuem um alto valor agregado, justificando assim,
a escolha do público alvo desta coleção como da classe A e AB.
3.PESQUISA
De acordo com GIL(1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um processo
formal e sistemático de desenvolvimento de método científico. O objetivo fundamental da
pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.
Trata-se de um processo de investigação orientada por um método, com o objetivo de
levantar, explorar e analisar dados para a criação, formalização ou renovação de áreas do
conhecimento.
3.1.Pesquisa Bibliográfica
Na pesquisa bibliográfica será explorado: a história do objeto, diferentes modelos, linha
do tempo, e temática que envolve aviação, comissárias de bordo, Infraero, e RenauxView.
3.1.1.História do objeto e aspectos culturais
Casacos – Eis um segmento do vestuário que aguça a elegância e beleza feminina.
Especificamente os sobretudos e trench-coats que serão a parte principal deste projeto, evocam
austeridade, disciplina, porque são peças oriundas dos campos de batalha.
Depois que as guerras terminaram, a capa impermeável virou febre de consumo tanto para
os homens como para as mulheres. Desde então a peça possui uma imagem indissociável da
elegância, do mistério e da sensualidade.
Estes casacos provocam um ar de mistério e sensualidade, como Sherlock Homes no
inspetor Clouseau (do filme “A Pantera cor de Rosa”), também Humphrey Bogart (do filme
Casablanca) ou no detetive Dick Tracy.
Alguns tipos de casacos:
Figura 04 – SobretudoFonte: Corbis
• Sobre-tudo
Modelo longo, que pode terminar abaixo dos joelhos ou chegar até os pés.
Figura 05 – Trench coatFonte: Corbis
• Trench Coat
Casaco comprido bem acinturado.
Figura 06 – Três QuartosFonte: site SPFW
• Três-quartos
Casaco que vai abaixo dos quadris ou, no máximo, até os joelhos, com modelagem reta.
Figura 07 – MaxicardigãFonte: Style.com
• Maxi cardigã
Feito de tricô e com comprimento abaixo dos quadris ou até acima dos joelhos.
Figura 08 – CardigãFonte: Blog Moda sem Frescura
• Cardigã Um suéter clássico com abotoamento frontal.
Figura 09 – SpencerFonte: Corbis
• Spencer Um paletó mais curto, sobre o quadril.
Figura 10 – CasaquetoFonte:Corbis
• Casaqueto Casaco curto com mangas retas e tecido estruturado.
Figura 11 – PaletóFonte: Corbis
• Paletó Com modelagem mais masculina, é chique e perfeito para a meia-estação.
Figura 12 – BoleroFonte: Corbis
• Bolero Casaco curtíssimo e de tecido estruturado. As versões de tricô, muito usadas no verão.
Figura 13 – ParkaFonte:Corbis
• Parka
Casaco mais esportivo com modelagem ampla e muitos detalhes – zíper, bolsos e barras.
Antes as parkas eram consideradas esportivas e informais. Hoje o modelo voltou em
tecidos mais nobres.
3.1.2.Linha do tempo:
Figura 14 – Linha do tempo casacosFonte: Arquivo Pessoal
3.1.3.Temática
Temática é o tema que inspira o projeto. Tudo que envolve o universo da aviação, e
principalmente a evolução dos uniformes das comissárias de bordo. Também foi pesquisado
como a história da empresa que patrocinou os tecidos para o projeto, a Têxtil RenauxView, e a
INFRAERO a qual é destinado o projeto.
3.1.3.1.Aviação
Iniciou-se a aviação comercial brasileira em 1927(Penteado, 2001). A primeira empresa
no Brasil a transportar passageiros de acordo com Penteado(2001) foi a Condor Syndikat, no
hidroavião "Atlântico", ainda com a matrícula alemã D-1012. A 1° de janeiro desse ano,
transportou do Rio de Janeiro para Florianópolis o então Ministro da Viação e Obras Públicas,
Vitor Konder e outras pessoas. A 22 de fevereiro, iniciava-se a primeira linha regular, a chamada
"Linha da Lagoa", entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. Em junho de 1927, era fundada a
Viação Aérea Rio-Grandense (VARIG), sendo transferido para a nova empresa o avião
"Atlântico", que recebeu o prefixo nacional P-BAAA. A 1° de dezembro do mesmo ano, a
Condor Syndikat, que acabara de inaugurar sua linha Rio - Porto Alegre, era nacionalizada, com
o nome de "Sindicato Condor Limitada", mas tomaria, durante a II Guerra Mundial, o nome de
Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul (absorvida nos anos 80 pela VARIG). Em novembro de 1927,
inaugurando a linha para a América do Sul da nova companhia francesa Aeropostale chegava ao
Rio de Janeiro, Jean Mermoz, que se tornaria o mais famoso aviador da época.
A extensão do país e a precariedade de outros meios de transporte fizeram com que a
aviação comercial tivesse uma expansão excepcional no Brasil. Em 1960, o país tinha a maior
rede comercial do mundo em volume de tráfego depois dos Estados Unidos. Na década de 1950,
operavam cerca de 16 empresas brasileiras, algumas com apenas dois ou três aviões e fazendo
principalmente ligações regionais. Se destacava na amazônia, a então SAVA S.A. - Serviços
Aéreos do Vale Amazônico, com sede em Belém, fundada pelo Comandante Muniz e que com a
ajuda do seu amigo e, futuro Brigadeiro e Ministro da Aeronáutica Eduardo Gomes conseguiu a
concessão presidencial para vôos regulares de passageiros e cargas.
A VARIG absorveu a Cruzeiro e adquiriu outras empresas regionais, se transformando no
início desse século XXI como a maior transportadora da América Latina e a então regional TAM,
dirigida pelo Comandante Adolfo Rolim Amaro - falecido em Julho de 2001 em acidente de
helicóptero no Paraguai -, se transformou na segunda maior empresa do continente sul-
americano.
3.1.3.2.Infraero
Com 35 anos de tradição e credibilidade no mercado, a Infraero é uma empresa pública
nacional acostumada com a diversidade brasileira. Sediada em Brasília, está presente em todos os
Estados da Federação, reunindo uma força de trabalho de aproximadamente 28.000 profissionais
(Infraero, 2006).
Vinculada ao Ministério da Defesa, a Infraero administra desde os maiores aeroportos
brasileiros até alguns tão pequenos que sequer recebem vôos comerciais regulares – caso de
aeroportos cuja função é representar a soberania nacional em áreas longínquas. Ao todo são 67
aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logística de carga.
Estes aeroportos concentram aproximadamente 97% do movimento do transporte aéreo
regular do Brasil. O que equivale a 2 milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e
estrangeiras, transportando cerca de 110 milhões de passageiros. Um aumento de 8,24% entre
2006 e 2007(Infraero, 2006).
Além de passageiros, a Infraero opera aeroportos equipados para funcionar como
plataforma de helicópteros e outros cuja vocação está na logística de carga e de manuseio de
mercadorias perigosas. A movimentação de carga aérea bateu recorde nos 32 terminais de
logística da empresa(Infraero, 2006).
Em 2007, foram movimentadas 1,3 milhão de toneladas de cargas de importação,
exportação e doméstica. O primeiro em arrecadação é o do Aeroporto Internacional de São
Paulo/Guarulhos, seguido dos terminais dos Aeroportos de Viracopos/Campinas(SP),
Manaus(AM) e Galeão/Rio de Janeiro(RJ) (Infraero, 2006).
A infra-estrutura aeroportuária brasileira, que pode ser equiparada aos padrões
internacionais, está sendo modernizada para atender à demanda dos próximos anos. Para isso, a
empresa pratica um plano de obras arrojado, que abrange praticamente todos os aeroportos por
ela administrados e que gera mais de 50 mil empregos em todo o Brasil (Infraero, 2006).
As obras são realizadas com receita própria, gerada principalmente pela armazenagem e
capatazia de carga aérea, concessão de espaços comerciais nos aeroportos, tarifas de embarque,
pouso e permanência, e prestação de serviços de comunicação e auxílios à navegação aérea
(Infraero, 2006).
Como empresa pública presente em todo o País, a Infraero tem consciência de que todas
as suas ações devem ser guiadas pela responsabilidade social. Sendo assim, implementa e
administra ações educativas e culturais voltadas, sobretudo, aos seus funcionários e aos
moradores do entorno aeroportuário. A empresa também investe em meio-ambiente, com
programas que englobam diversas necessidades ambientais (Infraero, 2006).
3.1.3.3.Comissárias de bordo
A profissão de comissário de bordo (aeromoça) surgiu em 1930 por reinvidicação de uma
mulher, Ellen Church, pois era apaixonada por aviação e, por não poder pilotar uma aeronave por
ser mulher , a enfermeira sugeriu à Boeing Air Transport que colocasse enfermeiras a bordo dos
aviões para cuidar da saúde e segurança dos passageiros durante o vôo. As primeiras moças
contratadas deveriam ser solteiras, não terem filhos, obedecer a um padrão de peso e altura,
porém possuíam salários muito baixos. A idéia fez muito sucesso, pois as mulheres a bordo
passavam segurança aos passageiros, já que a mulher era considerada uma figura de fragilidade, e
tendo mulheres trabalhando a bordo passava a idéia aos viajantes de que o avião não era tão
perigoso quanto pensavam. Devido a Segunda Guerra Mundial, as enfermeiras foram convocadas
para os campos de batalha, as companias aéreas então começaram a colocar mulheres de nível
superior a bordo, contudo sem perder o charme e a elegância, já que essa profissional
representaria a empresa. A profissão se popularizou, e perdeu o símbolo sensual que possuía, foi
então que surgiu o "aeromoço", já que as funções do comissário aumentaram devido ao aumento
do fluxo de passageiros, o que exigia mais do profissional (Airfrance, 2008).
Nos anos 1930, quando as aeromoças ainda somente eram enfermeiras, elas vestiam
quepes e macacões brancos; mais tarde, com o estouro da 2ª Guerra Mundial, as vestes ganharam
as cores e formas austeras dos uniformes militares; já nos anos 1950, eles receberam cores e
shapes femininos, acompanhados por acessórios e uma enorme dose de fetiche. O
desenvolvimento da aeronáutica durante a Segunda Grande Guerra permitiu aeronaves maiores e
mais seguras, as hélices foram substituídas por turbinas e já nos anos de 1950, a profissão de
aeromoça perdia somente para a de modelo e estrela de cinema, na escala dos sonhos das jovens
(Airfrance, 2008).
No final dos anos 50, com esse fetiche bem estabelecido, as companhias aéreas passaram
a explorar as formas das suas “flight attendants”. A Luftansa aderiu ao salto alto com luvas,
bolsa, quepe e vestido de cintura alta marcada, sempre um sorriso ambíguo no rosto. As
propagandas das companhias, quando não mostravam famílias e lugares paradisíacos em seus
pôsteres, apelavam para as aeromoças, sorrindo, acenando, servindo. Sorrir, acenar, servir – eram
os anos 50.(Airfrance,2008).
Nos anos 1960, voar era preciso, e aeromoças sensuais com pinta de pin-ups usavam saias
na altura do joelho, blazers de alfaiataria sobre camisa e muita maquiagem. Nos anos 1970,
subiram os comprimentos das saias, os shapes ficaram mais marcados no busto que na cintura, e
as cores extravagantes da psicodelia invadiram tanto uniformes quanto a decoração dos aviões,
em cores como amarelo, roxo e rosa. (Airfrance,2008).
Os anos 1980 trouxeram as ombreiras, e uma aparência mais masculina, profissional e
prática, alinhada com o pensamento da década yuppie. O look standard para os 80s era saia na
altura do joelho, camisa, terninho, lenço no pescoço e quepe. Algumas empresas, como a Air
France, ainda forçaram uma versão mais romântica, com saia esvoaçante, cardigã de tricot e laço
listrado na gola da camisa. (Airfrance,2008).
Na terra do sol nascente, a diferença fica nos detalhes, que identificam o país de origem –
como o lenço ao redor do pescoço, preso pelo quepe nas aeromoças da Emirate (Airfrance, 2008).
Atualmente, o apelo fashion de uma aeromoça se transportou dos corredores apertados da
classe econômica para os catwalks. No ano passado, a Chanel apresentou uma coleção cujo tema
era a aviação, e o desfile cinematográfico foi apresentado em um aeroporto; as modelos saíam do
avião, desfilavam, e voltavam ao avião. Christian Lacroix desenvolveu os uniformes atuais da Air
France (Airfrance, 2008).
A Figura 15 apresenta uma linha do tempo dos uniformes das comissárias de bordo:
Figura 15: Linha do tempo aeromoçasFonte: Arquivo Pessoal / Imagens Airfrance
3.1.3.4.RenauxView
De acordo com (Sander, 2001), com uma história de qualidade e inovações, que se
estende por mais de oito décadas, a RenauxView é uma companhia em constante evolução.
Produzindo fios e tecidos sob rígidos padrões de qualidade e respeito ambiental, a empresa
abastece os mercados nacional e internacional com uma variada linha de produtos de moda.
Sediada em Brusque, berço da fiação catarinense, a empresa alia a vocação dos talentos locais à
tecnologia de ponta de seu maquinário e à inovação no desenvolvimento de produtos que estão
sempre onde o cliente os quer: na vanguarda das tendências.
• Missão: oferecer inovação ao mercado de moda, transformando tendências em soluções.
• Visão: ser referência em moda de tecidos de fio tinto no Brasil.
3.2.Pesquisa de Campo
Na pesquisa de campo são coletados os dados que serão aproveitados na conceituação do
produto, utiliza-se também para o auxílio da parte criativa do projeto entre outras que poderão
servir de base para algumas definições.
3.2.1.Pesquisa de publico
Questionário aplicado entre 15 pessoas, sendo 5 de Joinville-SC, 6 de Balneário Camboriú
-SC, e 4 de Brusque-SC.
1 - O que você faz nas horas livres:
30%
10%35%
25%
Teatro/Cinema/Exposições
Festas/Baladas/Bares
Jantares
Esportes
Gráfico 01 – Público 1Fonte: Arquivo Pessoal
2 - Você costuma utilizar casacos em dias de outono/inverno?
100%
0%
Sim
Não
Gráfico 02 – Público 2Fonte: Arquivo Pessoal
3 - Que estilo de casaco você prefere?
15%10%15%5%
25%
30%
Sobretudo/Trench-coat
Tailler/Casaco/Spencer
Bolero
Parka
Cardigã/Maxi-cardigã
Paletó/Blazer
Gráfico 03 – Público 3Fonte: Arquivo Pessoal
4 - Qual material você prefere em relação aos casacos?
30%5%20%
45%
Lã
Tricoline
Flanela
Sarja
Gráfico 04 – Público 4Fonte: Arquivo Pessoal
5 - Quais cores/tons você prefere?
30%
15%15%
15%
15%10%
Preto
Branco
Tons Terrosos
Tons Pastéis
Tons Constratantes
Tons Vibrantes
Gráfico 05 – Público 5Fonte: Arquivo Pessoal
6 - Que estampas você prefere?
15%
20%
30%20%
15% Xadrez
Listrado
Liso
P e B
Multicolore
Gráfico 06 – Público 6Fonte: Arquivo Pessoal
7 - Você sente alguma necessidade na área de casacos?
75%
25%Sim
Não
Gráfico 07 – Público 7Fonte: Arquivo Pessoal
8 - Que marcas você prefere?
5%7%
10%
10%2% 9% 15%
6%
8%
10%2%7%9%
Mara Mac
Hermes
Chanel
Prada
Osklen
Forum/Tufi Duek
Burberry
Stella Macartney
Glória Coelho
Roberto Cavali
ReinaldoLourençoEmporio Armani
VersaceGráfico 08– Público 8
Fonte: Arquivo Pessoal
9 - Você gostaria que fosse dedicada uma marca exclusivamente à casacos?
100%
0%
Sim
Não
Gráfico 09– Público 9Fonte: Arquivo Pessoal
3.2.2.Análise do questionário
Com o questionário foi possível analisar as principais características, gostos e atitudes do
público alvo, e reafirmar a pesquisa de observação, denotada no início do projeto.
1-Como resultado obteve-se que 30% dos questionados costumam freqüentar festas, baladas e
bares e 35% teatros, cinemas e exposições, representando a maioria. Este resultado foi
aproveitado no projeto.
2-Estes 100% usam casacos para dias frios. Foi confirmada a adoração do publico alvo por
casacos.
3-Dos entrevistados 25% costumam utilizar paletós e blazers, e a maioria 30% preferem
sobretudos e trench-coats. Resultado favoravel á escolha das alternativas.
4-Quanto ao material, 30% preferem lã para casacos, e 45% preferem o tricoline. Esta estatística
não foi muito importante, pois foi levado mais em consideração os tecidos fornecidos pela
empresa RenauxView.
5-Como resultado referente ás cores, a maioria prefere o preto. Foi levado em consideração na
criação dos looks.
6-Quanto ás estampas, 20% preferem o listrado, 20% preto e branco, e 30% cor lisa. Todos os
mais citados foram utilizados na etapa criativa.
7-A maioria dos entrevistados sentem alguma necessidade na área de casacos, uma carência nesse
setor, como observação destacam-se algumas questões em que as entrevistadas relatam comprar
casacos fora do país por falta de opções.
8-Quanto ás marcas, os entrevistados ficaram muito divididos, tendo como mais citados com 15%
cada um, Osklen e Fórum/ Tufi Duek. Á partir destes resultados a Forum/Tufi Duek encaixou-se
como concorrente direto, influenciado tambem por outros fatores que aproximan-se do objetivo.
9-Todos os entrevistados gostariam de ter uma marca exclusiva de casacos. Fortalecendo assim o
desenvolvimento deste projeto.
3.3.Pesquisa de mercado
Objetivo para se fazer uma pesquisa de mercado é a descoberta de uma oportunidade.
Quando observa-se o estado do design tem se o que já está no mercado, é possível saber se o
produto é bem aceito.
Após a pesquisa de concorrentes denota-se a pesquisa de novas técnicas e processos onde
é fonte primordial para a criação de novas padronagens e novos conceitos, na pesquisa de
tecnologia é visto o que pode melhorar no desempenho técnico e social nos procedimentos
adotados na execução da idéia.
3.3.1.Estado do design
1-A marca alemã Volksware criou um casaco para lá de exclusivo. Feito com totalmente grifado
com etiquetas de 7.531 peças diferentes de roupas, o mimo custa aproximadamente 2 milhões de
reais.
Figura 16 – Estado do Design 1 Fonte: Isto É Online
2-A Lunar Design quer te transformar num outdoor ambulante. O Blu Jacket é um conceito que
utiliza e-paper orgânico e flexível para mostrar a todos que passarem por quem estiver usando um
desses o seu humor, um mapa do metrô – como você pode ver na foto –, ou até mesmo um vídeo
anunciando algo. (Fonte Isto É Online)
Figura 17 – Estado do Design 2Fonte: Isto É Online
3-A empresa holandesa Philips foi pioneira no uso dessa tecnologia. Foi criada uma coleção
chamada Lumalive, e nela os projetistas implantaram minúsculos semicondutores (mais finos que
um fio de cabelo) que convertem energia elétrica em luz. Eles estão ligados a uma central de
comando (funciona como o controle de uma tevê) que pode ser conectada sem fio a celulares,
computadores e tocadores de áudio como MP3 e iPod. Nas jaquetas, por exemplo, basta acionar
um dos botões desse controle situado em uma das mangas para que um painel (de 20 centímetros
por 20 centímetros) se acenda e exiba fotos, mensagens de texto, figuras em movimento e
anúncios publicitários. Também almofadas, travesseiros, sofás, cortinas e qualquer outra peça
feita ou revestida com esse tecido realizam a mesma função. (Fonte Isto É Online)
4-Os estilistas começam a usar tais produtos em suas coleções – e são os italianos da marca
Luminex que estão criando os vestidos mais brilhantes do mundo. Para isso, eles se valem das
fibras desenvolvidas pelo National Institute of Standards and Technology, dos EUA, que
mesclam componentes eletrônicos revestidos por nanoestruturas cuja função é amplificar os
feixes de luz. Resultado: o tecido brilha duas vezes mais que a lanterna de um automóvel. O
segredo: fibras ópticas entrelaçadas na trama captam a luz para distribuí-la com uniformidade por
todo o vestido. Assim, não há risco de que alguma parte do corpo fique apagada. “Durante o dia
essas roupas parecem comuns, mas à noite elas destacam quem as veste”, diz Cristiano Peruzzi,
diretor da Luminex, que colocou as primeiras peças à venda na semana passada. Um top não sai
por menos de 350 euros e uma bolsa pequena custa 60. Por um coração que parece bater de
verdade pagam-se 100 euros. Sem contar, é claro, a taxa de entrega. (Fonte Isto É Online)
5-Também os ingleses estão na nova onda dos tecidos inteligentes. A Eleksen acaba de produzir
uma fibra sensível ao tato. Plugada a um tocador de MP3, por exemplo, essa fibra que se chama
Elektex permite trocar de música e aumentar ou abaixar o volume do aparelho com um simples
toque na roupa, que pode ser “programada”. A nova safra de tecidos tecnológicos também
massageia o corpo, estimula a circulação sangüínea e combate o stress gerado pela exposição a
campos magnéticos ou cargas eletrostáticas. No Brasil, a estilista Lita Mortari desenhou uma
coleção que utiliza fibras similares. Na lista dos tecidos funcionais há até um cashmere à prova de
bala que ganhou muito status ao ser usado pela famosa estilista italiana Alexandra Fede. (Fonte
Isto Éonline).
3.3.2.Tendências
As tendências são as previsões especulações em relação ao uso de determinadas
características que predominarão nos objetos ou nos produtos. Estas previsões são produtos de
um ciclo de moda, resultados no ritmo contínuo deste mercado e reflexo do interesse social do
mesmo.
Analisar as tendências é antecipar as possibilidades futuras para estruturar de forma mais
linear possível com seu público de interesse aos projetos que se deseja implementar.
A estação trabalhada neste projeto é o inverno 2009. Segundo a Revista Catarina, edição
18, o inverno 2009 tem palavras como: Arquitetura da moda, materiais especiais, tecnologia de
tecidos, modelagem no foco das coleções, alfaiataria, construtivismo.
A revista L’Officiel destaca o preto como a cor carro chefe deste inverno, o traduz como
sexy, básico e chique. Também é revelada a tendência de tecidos tecnológicos, minimalismo, e a
intensidade nos produtos.
De acordo com o jornal Use Fashion, o retorno dos xadrezes volta á cena neste inverno,
destacando o xadrez escocês tartan. A alfaiataria também é apontada como tendência, e é o tema
principal deste projeto de cascacos, unidos com a elegância.
Abaixo Macro-Tendências do inverno 2009 por Catriona Macnab, editora chefe do WGSN:
• Perturbado
A proposta é abrir as portas para o pesadelo, para as imagens obscuras, bizarras e
horripilantes. Fique de olho nos filmes de David Lynch, no Labirinto do Fauno de Guillermo del
Toro e no som do Hierate Mich. Nas artes gráficas a atenção vai para as dissecações dos
personagens de HQ, feito por Michael Paulus.
• Elusivo
A segunda macrotendência pede a experimentação que as estações do ano, as mudanças
que a luz e o vento podem causar no ambiente. O som é da banda escandinava Adjágas e a arte é
de Vik Muniz que trabalha com alimentos e materiais inusitados.
• Curadoria
As pessoas não se satisfazem mais pelas compras, elas têm escolhas responsáveis e se
preocupam com a sustentabilidade. A arte gráfica de Alan Fletcher e o trabalho do joalheiro
filipino Federico De Vera são os pontos altos desta tendência. Ouça Arcade Fire e assista Henry
V com Laurence Olivier.
• Novas Fronteiras
Björk é a peça-chave deste tema. O seu pioneirismo musical e o novo cd Volta são o tom
de arte experimental das novas fronteiras. Turismo no espaço, vegetais plantados no jardim de
casa e o Second Life dividem espaço na nova vida do idoso, que faz academia, se veste como
jovem e mantém uma vida sofisticada.
Figura 24 – Tendências7Fonte: Use Fashion
3.3.3.Concorrentes
Os concorrentes são todas as empresas formais ou informais, que atendem a mesma
necessidade e o mesmo público alvo de uma empresa.
3.3.3.1.Principal concorrente:
Figura 25 - BurberryFonte: Bianca Markus - Consultora de moda.
Burberry – De acordo com MARCUS 2002, tudo começou em 1856, quando Thomas
Burberry, um aprendiz de vendedor de tecidos de 21 anos abriu uma pequena loja de roupas em
Basingstoke, Hampshire, Inglaterra. Em 1870, essa loja havia se tornado um “empório”. Onze
anos depois, com o nome de Thomas Burberry & Sons eles abrem uma loja na West End de
Londres.
Em 1880, Burberry, desenvolveu um tecido que respirava, era à prova d’água e não
rasgava que foi chamado de gabardine. Devido à praticidade do tecido, em 1895 ele foi chamado
pelo exército britânico para desenvolver o casaco que seria o antecessor do trench coat (“casaco
de trincheira”) para os oficiais. Ainda em função das descobertas têxteis de Burberry, em 1911, o
explorador norueguês Capitão Roald Amundsen, se tornou o primeiro homem a chegar no Pólo
Sul.
MARCUS 2002, diz que em 1914, comissionado pelo escritório de Guerra para adaptar o
antigo casaco dos oficiais para combate. Burberry adicionou eqaulettes e argolas em forma de
“D”, e ali nascia o trench coat. E, nos anos 20, o tecido xadrez, que é marca registrada da
empresa, foi criado e usado no forro dos trenchs.
O cavaleiro que é símbolo da marca apareceu pela primeira vez acompanhado da palavra
em latim “prorsum” que significa “Adiante”, “para frente”.
Em razão da importância da marca no mercado britânico (e mundial), em 1955, a
Burberry foi condecorada com uma Royal Warrant (uma menção honrosa dada a comerciantes e
marcas), pela majestade Rainha Elisabeth II. E, em 89, foi novamente condecorada com a mesma
menção pelo Príncipe de Gales.
Também em 55, MARCUS 2002, diz que a marca foi comprada pelo grupo Great
Universal Stores (GUS). Mas nem tudo foram rosas para a Burberry. Na segunda metade do
século XX, a marca em si ficou perdida no acelerado mundinho fashion e ela ficou relacionada a
um público acima de 50 anos. A reviravolta começou em 1997, quando o GUS (que detém a
maior parte das ações da Burberry) convidou a americana Rose Marie Bravo, presidente da loja
de departamentos Saks Fifth Avenue, para ser executiva-chefe da marca. A partir dali, se iniciou
o processo de criação de uma nova imagem: uma Burberry fashion.
Mas a coisa começou a esquentar mesmo quando Bravo recrutou Roberto Menichetti, ex
estilista de Jil Sander. Em 98, Menichetti desenvolveu uma linha de vestuário chamada Prorsum
(mesmo nome que aparece na bandeira do símbolo da marca), uma linha de valor um pouco
maior. A primeira providência de Bravo foi contratar o fotógrafo Mario Testino para cuidar das
campanhas publicitárias e recrutar Kate Moss, a modelo que tem a imagem mais valiosa do
mundo da moda, para ser a garota-propaganda. Resultado: sem perder os tradicionais
compradores, a faixa etária do público mudou de 50 para a média de 30 anos. Ou melhor, se
expandiu: agrada dos avós aos netos e também à quarta geração da família, já que a marca
começou a desenvolver sua linha infantil e baby. Mas o time só ficou completo em 2000, com a
chegada do estilista ultra britânico de 34 anos, Christopher Bailey. (MARCUS, 2002).
É verdade que as roupas dos desfiles vendem pouco, mas servem de inspiração para as
linhas efetivamente rentáveis, como a Burberry London, coleção mais extensa e popular que não
existia antes de Rose Marie (assim como bolsas, óculos de sol, sapatos, lingerie e linha infantil).
No ano passado, a Burberry movimentou o equivalente a mais de 3 bilhões de reais, 15% a mais
que no ano anterior.
A Burberry faz tanto sucesso por ser uma marca famosa com uma gama de valores e de
produtos bastante ampla. O xadrez aparece em sapatos, roupas (femininas, masculinas e infantil),
acessórios, bolsas, eyewear, biquínis, sungas, perfumes, bonés, cintos, gravatas, jeans, botões
estampados, etc. (MARCUS, 2002).
3.3.3.2.Concorrentes Indiretos:
Não atingem diretamento o público-alvo desta coleção por concentrarem-se em outros
países, porém possuem produtos do mesmo segmento.
• Stela Macartney – atinge um público moderno e casual.
A assinatura do acentuado estilo alfaiataria, natural e feminino é característica de suas
coleções. Stella não utiliza qualquer couro ou peles em suas coleções. Ela é designer de pret-a-
porter.
Figura 26 – Stella McartneyFonte: www.stellamacartney.com
• DKNY- possui modelagens, formas e padronagens contemporâneas.
Apostou nas mulheres comuns - nem tão altas nem tão magras como gostariam de ser,
mas que querem ser elegantes sem ter um corpo de modelo. Com um olho nas ruas e outro nas
mulheres comuns, tornou-se a primeira estilista norte-americana a influenciar o mundo com sua
moda criativa e inovadora, com seu estilo urbano e acessível. Hoje, a estilista é dona de um
verdadeiro império, que inclui roupas para mulheres, homens, crianças, perfumes e óculos. Suas
marcas, DONNA KARAN e DKNY, vestem ricos e famosos do mundo inteiro.
Figura 27 – Donna Karan Fonte: www.dkny.com
• Calvin Klein – limpeza da forma, casualidade e elegância.
Figura 28 – Calvin KleinFonte: www.ck.com
3.3.3.3.Concorrentes Diretos:
Marcas brasileiras que trabalham com o segmentos de casacos em suas coleções de
inverno.
• Tufi Duek – elegância.
É considerado um dos maiores designers de moda do país. Suas criações se baseiam em
referências brasileiras, traduzidas de maneira contemporânea e sensual, representando um país
cosmopolita, sofisticado.
Figura 29- ForumFonte: www.spfw.com.br
• Zoomp – modernidade.
Alexandre Hercovitch assume a marca. Os jeans continuam fortes, misturando vintage e
uma visão futurista. couro, bordado e plissados. contraste de tecidos leves com os pesados. A
modelagem ampla, contrastando com as calças justas. O poder do preto se faz presente na
passarela tanto na coleção masculina quanto na feminina. A alfaiataria é forte nas coleções, com
brincadeira de recortes e modelagem, principalmente do fraque e do colete.
4.CONCEITUAÇÃO
O carro chefe deste projeto é a elegância. Segundo o jornal Use Fashion, a anfaiataria teve
seu auge no início do Renascimento, quando a prosperidade abriu espaço para novos postos de
trabalho e com isso veio a necessidade do homem se vestir com elegância. A sociedade moderna
não foge desse parâmetro, com a modernidade vem a concorrência, e uma das maneiras da pessoa
se impor é a sua imagem, através do vestuário, elegância é a chave para o mercado.
Hoje, mesmo vivendo num mundo repleto de imagens e apelos visuais, o consumidor
contemporâneo prefere soluções com foco no que é essencial. Para satisfaze-lo temos que limpar,
limpar até chegar ao mínimo necessário. Channel, a criadora do “pretinho básico” já dizia isso,
“menos é mais”. (Caderno de Inspiração SENAI, Perfil, 2008).
De acordo com Camila Beaumord, 2008, em tempos líquidos modernos, só há uma
certeza, mudança é a palavra chave. Somos criados em um mundo veloz demais. Somos
imedialistas e egocêntricos. Seguindo esta tendência da modernidade será trabalhado intensidade
nas peças, volumes e peles, também serão explorados tecidos tecnológicos e shapes minimalistas.
Figura 31 – Painel Conceito
Fonte: Arquivo Pessoal 5.GERAÇÃO DE ALTERNATIVOS
Esta é a etapa de criação dos produtos onde são utilizadas fortemente todas as pesquisas
contidas neste projeto.
Foram geradas 50 alternativas de casacos (em anexo), dentro de três linhas, formas
movimentos e cores.
Então para a definição da coleção foram escolhidos 20 looks.
5.1.Técnicas de criatividade
As técnicas estimulam a criatividade, tentam encontrar soluções pelo rearranjo, melhoria
ou desenvolvimento de idéias já relacionadas com o problema.
5.1.1.Brainstorming
O Brainstorming é, provavelmente, uma das mais difundidas e utilizadas ferramentas de
concepção de idéias. Baseia-se no princípio de “quanto mais idéias, melhor”, podendo atingir até
100 idéias diferentes em uma sessão. No entanto questiona-se sua eficiência, alegando gerar
muitas idéias superficiais e de difícil avaliação. Porém, quando se tem uma pesquisa mais ampla,
sem muita profundidade o Brainstorming é bastante eficiente. A ferramenta foi ultilizada para
estimular a criatividade no desenvovimento da coleção, afim de abrir o máximo de ideias
possíveis para depois seleciona-las. Foi utilizada na pesquisa do tema, na geração dos painéis,
vídeos e alternativas.
5.1.2.M.E.S.C.R.A.I
MESCRAI é a abreviatura de “Modifique (aumente ou diminua), Elimine, Substitua, Combine,
Rearranje, Adapte, Inverta” (BAXTER, 1998). Esses termos funcionam como uma lista quando a
intenção é de se modificar um produto. Embora listas ajam de maneira inversa à criatividade, por
viciar o pensamento, principalmente em produtos complexos ou de muitos componentes, o
MESCRAI pode ajudar nas descobertas de novas opções que muitas vezes são esquecidas por
haverem outras muito obvias à frente, também, pode colaborar com a economia de tempo e evitar
frustrações. Em um problema de redução de custo, as primeiras opções que surgem são a de
reduzir o tamanho, eliminar acessórios ou substituir componentes por mais baratos. Dificilmente
surgem idéias de rearranjar os componentes para facilitar a sua produção ou utilizar tolerâncias
menos severas. A lista de verificações é útil para lembrar de alternativas possíveis que podem
solucionar o problema de uma melhor forma. A ferramenta foi utilizada nas gerações de
alternativas.
5.1.3.Painéis Visuais
Foram desenvolvidos quatro painéis afim de um melhor entendimento e organização do
projeto, para depois disso iniciar o desenvolvimento das alternativas. Na figura 59 observa-se o
painel de conceito, na 60 o de público, 61 de ambiente, e o da temática no 62.
Figura 59, 60, 61, 62 – PainéisFonte: Arquivo Pessoal
5.1.4.Video
Foi desenvolvido um vídeo de inspiração que explora o público, conceito e temática do
projeto.
5.1.5.Cartelas
Para iniciar a geração de alternativas, foi necessário o desenvolvimento de duas cartelas,
cores e combinações, inspiradas pelos painéis semântico. Na Figura 63 temos a cartela de cores,
na 64 a de combinações, cartela de materiais na 65, e na figura 66 de estampas.
Figura 63, 64, 65, 66 – CartelasFonte: Arquivo Pessoal
5.1.6.Escolha da melhor alternativa
Foram escolhidas quatro alternativas para a produção final:
Fonte: Arquivo Pessoal
O critério de escolha foi os mais modernos e inovadores dentro do público e dos tecidos
fornecidos pela empresa Têxtil RenauxView.
5.1.7.Ajustes na alternativa
Foram feitas algumas modificações afim de aperfeiçoar o projeto. Botões foram trocados
para um melhor resultado estético, tecido do forro do casco pérola foi trocado para não aparecer,
tingimento na gola de tricot para uma melhor combinação com o casaco, acrescentado o zíper
para deixar o sobretudo mesclado mais curto afim de uma melhor alternativa de uso, e para
finalizar foram ajustados os sobretudos, pois tinham ficado muito grandes levando em
consideração que o tecido não tem muito caimento.
6.DETALHAMENTO
Definição dos atributos do produto - aspectos funcionais, estéticos, simbólicos, de
sustentabilidade e emocionais que serão explorados no produto.
6.1.Dados ergonômicos
Com a globalização, onde a concorrência é acirrada, a necessidade de fabricar-se um
produto que conquiste o consumidor de maneira instantânea é uma constante da industria da
moda. A ergonomia é uma estratégia para satisfazer este consumidor, envolvendo a qualidade o
conforto e a estética.
6.1.1.Funcionais
• Materiais Macios(tecidos)
• Bolsos funcionais.
• Um modelo apresenta um casaco longo, com zíper destacável, onde o casaco torna-se ¾.
6.1.2.Estéticos
TREPTOW(2005) escreve que criar, em moda, significa determinar diferentes arranjos
para elementos conhecidos (tecidos, aviamentos, cores). O talento do designer reside em utilizar
essas ferramentas para combinações originais que estimulem o consumo.
• Cores clássicas – Preto, branco, cinza, e pérola.
• Botões dourados – em geral proporcionam um aspecto elegante.
• Tecidos de qualidade – Padronagens exclusivas e tecidos com incríveis toques.
• Casacos estruturados – modelagens modernas.
• Etiquetas de qualidade – Com garantia Tecnoblu.
• Glamour herdado das aeromoças – feminilidade e modelagens dos uniformes das
comissárias.
6.1.3.Simbólicos
MONTEIRO (1996) apud COX (1995). Talvez mais do que outros materiais, roupas são
consumidas como funções benéficas, mas também como significados simbólicos de gosto, estilo
de vida e identidade.
A coleção foi separada em linhas que correspondem á símbolos da aviação e de
feminilidade:
• Linha Formas – Inspirada nas formas da aviação, das asas do avião, hélices de
helicópteros, janelas, aeroportos, modelagens dos uniformes desde 1930, etc...
• Linha Movimentos - Inspirada nos movimentos da aviação, ventos, movimentos
circulares, turbulências, etc...
• Linha Cores - Inspirada nas cores da aviação, aurora boreal, sol, nuvens, luzes da cidade,
etc...
6.1.4.Emocionais
Os aspectos emocionais da coleção estão contidos no tema, onde resgata-se o sentimento
da profissão de aeromoça desde 1930, o glamour e respeito á profissão, a responsabilidade, e a
sensação de liberdade que a aviação passa para as pessoas.
TREPTOW (2005) Cores, texturas, elas encantam,
emocionam.
6.1.5.Escolha de materiais e processos
Na fase de escolha de materiais e processos são relatados: O processo artesanal feito em
tricot, os tecidos oferecidos pela empresa RenauxView, os tags e etiquetas oferecidos pela
Tecnoblu, e as cartelas de aviamentos, cores, e texturas.
6.1.6. Aspectos de Sustentabilidade
• Substituição do tricot ao invés da pele animal.
6.2. Desenvolvimento do modelo volumétrico, testes de usabilidade e validação ergonômica.
Figura 67 – Prova1
6.6.MKT do produto
Segundo Lauterbom 2004, mais importante do que ter um produto ou serviço para ofertar
é ter um cliente para satisfazer. Para reter um cliente é preciso proporcionar diversas
conveniências com o objetivo de tornar esse cliente fiel. Uma vez o cliente satisfeito é, ao menos
teoricamente, um cliente fiel.
A comunicação é o momento da sedução que visa empolgar o cliente a comprar o serviço
ou produto. Ela precisa ser objetiva e clara para informar os principais pontos e dar oportunidade
para que o consumidor fantasie a oferta, sentindo-se envolvido e comprometido com ela.
• Desfile
Projeto de um desfile, localizado na pista de vôo do aeroporto de Navegantes SC, para
aproximadamente 80 pessoas.
Figura 77 – Tags e EtiquetasFonte: Arquivo Pessoal
• Catálogo
Será produzido um catálogo com os 4 looks confeccionados, se realizará no dia 26/11 ás 08:00h.
• Make
Será realizado pelo New Hair institute, que está apoiando o projeto.
Figura 76 – MakeFonte: Arquivo Pessoal
• Hair
Será realizado pelo New Hair institute, que está apoiando o projeto.
Figura 77 – HairFonte: Arquivo Pessoal
• Modelo
DF Models – Ana Lutke
Altura: 1.76
Figura 78 – ModeloFonte: Arquivo Pessoal
• Acessórios
Apoio Kargo acessórios e Rafaella Booz calçados.
• Cliques
Catalogo com cliques e iluminações inspiradas nestas fotografias.
Figura 79, 80, 81, 82, 83 – CliquesFonte: Arquivo Pessoal
7.CONCLUSÃO
Para a finalização deste trabalho foram apontados aspectos importantes do público-alvo,
com relação à comportamento, ambiente de uso, sua ligação com o tema casacos, as tendências
do inverno 2009, os detalhes e formas da aviação e dos uniformes das aeromoças.
A pesquisa de campo serviu de auxílio para a conceituação e geração de alternativas,
também serviu como verificação e comprovação do que foi obtido nas pesquisas anteriores.
Assim foram definidos os conceitos que envolveram as alternativas, o conforto, inovação
nas modelagens, envolvente, atraente, principalmente elegante. Traçados esses conceitos foram
desenvolvidas as alternativas para um planejamento de coleção de casacos para o inverno 2009,
divididas em linhas, formas, movimentos e cores.
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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