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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RAMONY DE SOUZA PFLEGER PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO NA EMPRESA HABITENGE EMPREENDIMENTOS E ENGENHARIA LTDA São José 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

RAMONY DE SOUZA PFLEGER

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO NA

EMPRESA HABITENGE EMPREENDIMENTOS E ENGENHARIA LTDA

São José 2008

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RAMONY DE SOUZA PFLEGER

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO NA

EMPRESA HABITENGE EMPREENDIMENTOS E ENGENHARIA LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio - apresentado como

requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em

Administração da Universidade do Vale do Itajaí.

Professor Orientador: Marcio Matias

São José

2008

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA........................................................................... 14

1.2 OBJETIVOS..................................................................................................................... 15

1.2.1 Objetivo geral ...............................................................................................................15

1.2.2 Objetivos específicos....................................................................................................15

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 15

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO.......................................................................... 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO...................................................................................... 17

2.1.1 INTERNET ...................................................................................................................... 18

2.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO............................................................................................. 20

2.2.1 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO............................................................................ 22

2.2.1.1 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÃO – SPT .................................................. 23

2.2.1.2 SISTEMA DE TRABALHADORES DO CONHECIMENTO (STC) E DE AUTOMAÇÃO DE

ESCRITÓRIO............................................................................................................................... 25

2.2.1.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG ............................................................... 26

2.2.1.4 SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO – SAD......................................................................... 27

2.2.1.5 SISTEMA DE APOIO AO EXECUTIVO – SAE .................................................................... 28

2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA....................................................................... 29

2.4 ERP............................................................................................................................... 31

2.5 CICLOS DE VIDA DO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS.................................................. 37

2.6 IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO.......................................................... 41

2.7 SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM PEQUENAS EMPRESAS.................................................... 43

2.8 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL........................................................ 44

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 46

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA................................................................................... 46

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA................................................................................................ 47

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................ 47

3.4 ANÁLISE DOS DADOS..................................................................................................... 49

4 RESULTADOS 50

4.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA............................................................................................... 50

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4.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA ATUAL.................................................................................... 52

4.2.1 Planejamento de um novo projeto ................................................................................52

4.2.2 Prestação de serviço......................................................................................................55

4.2.3 Compras........................................................................................................................56

4.2.4 Recebimento de materiais.............................................................................................57

4.2.5 Pagamento de contas ....................................................................................................61

4.2.6 Registro contábil – final do mês...................................................................................63

4.2.7 Registro contábil – todo final da semana......................................................................64

4.3 PONTOS FORTES E FRACOS DO SISTEMA ATUAL.............................................................. 65

4.4 REQUISITOS PARA O NOVO SISTEMA DE INFORMAÇÃO...................................................66

4.5 ESCOLHA DO SOFTWARE ................................................................................................ 67

4.5.1 Sins Sistemas – Sênior Sistemas ..................................................................................67

4.6.1.1 Funcionalidade .............................................................................................................68

4.6.1.2 Instalação e Treinamento..............................................................................................76

4.6.1.3 Equipamentos ...............................................................................................................77

4.6.1.4 Informação do software ................................................................................................77

4.6.2 Procel ............................................................................................................................78

4.6.2.1 Funcionalidade .............................................................................................................78

4.6.2.2 Instalação e Treinamento..............................................................................................82

4.6.2.3 Equipamentos ...............................................................................................................82

4.6.2.4 Informações do software ..............................................................................................83

4.6.3 TOTVS .........................................................................................................................83

4.6.3.1 Funcionalidade .............................................................................................................83

4.6.3.2 Instalação e Treinamento..............................................................................................84

4.6.3.3 Equipamentos ...............................................................................................................85

4.6.3.4 Informações do software ..............................................................................................85

4.6.4 Seleção do sistema........................................................................................................86

4.6.5 Cronograma de implantação do sistema.......................................................................88

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 91

5.1 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS ESTUDOS.................................................................. 92

GLOSSÁRIO 94

REFERÊNCIAS 95

APÊNDICE A 99

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica que embasa o desenvolvimento deste

trabalho, e inclui os seguintes tópicos principais: tecnologia da informação, Internet, sistemas,

informações, sistemas de informação e seus objetivos, tipos de sistemas de informação, ERP,

ciclos de vida de desenvolvimento de sistemas, implantação de um sistema de informação,

sistemas de informação em pequenas empresas e sistemas de informação na construção civil.

2.1 Tecnologia da Informação

Com o aumento da competitividade do mercado em geral aumentam também as pressões

pela utilização de tecnologias da informação (TI). As tecnologias da informação

disponibilizam uma diversidade de recursos e de maneiras para processar as informações.

Velloso (2004, p. 263) define tecnologia da informação (TI) como um “conjunto de

recursos tecnológicos e computacionais, desde os voltados a elementar geração de dados, até

os pertinentes a sofisticadas redes de comunicação, presentes nos processos de utilização da

informação”.

De uma maneira geral, Rezende e Abreu (2003) definem TI como recursos tecnológicos

e computacionais para criação e uso da informação.

De acordo com Folkmann (2008) a tecnologia da informação são todos os mecanismos

ligados direta ou indiretamente à direção, coerência, monitoração, controle de dados que

compõem um ciclo de informações de um determinado processo,

As organizações estão se tornando dependentes da TI a cada dia que passa, com o intuito

de satisfazer seus objetivos estratégicos e para atender às necessidades do negócio que atua.

Para que a TI não seja apenas um simples provedor de tecnologia, este tem que considerar os

objetivos estratégicos da organização como seus próprios objetivos. (MAGALHÃES;

PINHEIRO, 2007).

Pode-se concluir que a tecnologia da informação são ferramentas de computação ou

recursos tecnológicos do qual gera e usa a informação.

A tecnologia da informação inclui alguns componentes, que Audy, Andrade e Cidral

(2005) relacionam: tecnologia de hardware; tecnologia de software e tecnologia de

comunicação. Rezende e Abreu (2003) ainda acrescentam a gestão de dados e informação.

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Para Laudon e Laudon (2006, p. 13) “hardware é o equipamento físico usado para

atividades de entrada, processamento e saída de um sistema de informação”.

Stair e Reynolds (2002) definem software como programa para computador que permite

a operação do equipamento. Um computador não tem utilidade ou não pode operar se não

tiver programas de computador (software). (MEYER; BABER; PFAFFENBERGER, 2000).

A tecnologia de comunicação, segundo Laudon e Laudon (2006) é composta de meios

físicos e softwares interligados a diversos equipamentos de computação e transfere dados de

uma localização física à outra.

Para Rezende e Abreu (2003) gestão de dados é fundamental para que os sistemas de

informação funcionem normalmente, pois sem os dados e a capacidade de processá-los ela

não estaria apta a executar suas atividade eficientemente.

A TI pode ajudar a montar e aprimorar a estratégia da empresa por meio do

fornecimento dos melhores dados e informação e também ajudar a organização a redefinir e

apoiar relações com os clientes, fornecedores e outras empresa. (OLIVEIRA, 2004).

As tecnologias da informação podem gerar muitos benefícios para as empresas, desde

que sejam utilizadas de maneiras adequadas, de acordo com as necessidades destas

organizações. Um dos recursos de TI mais utilizados atualmente pelas organizações é a

Internet.

2.1.1 Internet

A Internet é um dos recursos da tecnologia da informação que apresenta uma

diversidade de serventia que vai de aplicações pessoais a corporativas.

Segundo Laudon e Laudon (2006) a Internet surgiu a partir de uma rede do

Departamento de Defesa dos Estados Unidos, com o objetivo de interligar cientistas e

professores universitários em todo o mundo.

De acordo com Audy, Andrade e Cidral (2005) pode-se definir Internet como a

interação de uma rede global com outras redes locais, regionais e nacionais.

A Internet segundo Capron e Johnson (2004) é considerada por muitos a tecnologia

demarcadora do século XXI e pode manter por vários anos esse status. Segundo Stair e

Reynolds (2002), a Internet transmite dados de um computador a outro.

A Internet atualmente oferece alguns serviços dos quais Laudon e Laudon (2006)

destacam:

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A. Correio eletrônico ou e-mail: mensagem de pessoa a pessoa;

B. grupos de discussão: em painéis eletrônicos de noticias;

C. listservs: grupos de discussão e serviço de mensagem que utiliza servidores de listas de

endereços de e-mail;

D. bate-papo: conversação interativa;

E. telnet: estar ligado a um sistema de computador enquanto trabalha em outro;

F. FTP: transferência de arquivos de um computador a outro;

G. world wide web: extrair, formatar e apresentar informações usando link de hipertexto.

Pode-se acrescentar nos serviços oferecidos pela Internet a Internet-fone, serviços de

videoconferência e fluxo de conteúdo multimídia. A Internet-fone que se os usuários tiverem

equipamentos e software compatível possa se comunicar com outros usuários da Internet. Os

serviços de vídeo conferenciam é a comunicação tanto de voz como de imagem. O fluxo de

conteúdo multimídia é a transferência de arquivos de multimídia pela Internet. (STAIR;

REYNOLDS, 2002).

A utilização da Internet na área comercial está se expandindo a simples troca de

informação para uma ampla aplicação empresarial estratégica. (O’BRIEN, 2004). Algumas

empresas dispõem de ferramentas que a Internet possibilita sendo uma delas a Intranet e

Extranet.

Em termos técnicos, “Intranet é um conjunto de serviços disponíveis em uma rede local

tendo como interface uma página àquelas utilizadas em sites na webs”. (CORTÊS, 2008, p.

212). A Intranet segundo Velloso (2004), é um sistema interno de comunicação comparável à

forma de modo de operação aos da rede mundial. As Intranets, conhecidas também como

redes locais, são pequenas redes onde os computadores nela ligados conseguem partilhar

recursos e informações. (MARTINS, 2007). Já para O’Brien (2004) é uma rede dentro e uma

organização que utiliza tecnologias da Internet para oferecer um ambiente como o da Internet

dentro da empresa, assim pode haver uma troca de informações, comunicações, colaborações

e suporte aos processos de negócios. Assim, está transformando a maneira como as

organizações produzem e compartilham informações. (MEYER; BABER;

PFAFFENBERGER, 2000).

Para O’Brien (2004, p. 175) “Extranet são conexões de rede que utilizam as tecnologias

da Internet para interconectar a Intranet de uma empresa com as Intranet de seus clientes,

fornecedores, ou outros parceiros de negócios”. De uma maneira resumida, Velloso (2004)

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define que a Extranet foi criada a partir da conexão de uma Intranet à Internet assim podendo

disponibilizar recursos da organização a clientes, fornecedores e parceiros em geral.

A diferença entre a intranet e a extranet, é que a intranet oferece esses serviços

internamente à empresa, a extranet os disponibiliza na Internet, sendo geralmente com acesso

restrito. (CORTÊS, 2008).

Pode se perceber que a Internet é uma forma de se comunicar com diversas pessoas ou

organizações, com rapidez e facilidade, sem a necessidade de se deslocar fisicamente. Essa

tecnologia facilita o desempenho de algumas atividades na empresa e na vida pessoal e

também pode gerar redução de custos.

2.2 Sistema de Informação

Para instrumentalizar este estudo sobre sistema de informação, pode-se primeiramente

buscar os conceitos individuais do que vem a ser sistema e informação.

Na literatura específica da área, sistema é definido de uma maneira geral como um

conjunto de elementos interdependentes que interagem entre si, formando um todo, com o

objetivo de cumprir metas, alcançar objetivos. (O’BRIEN, 2004; LAUDON; LAUDON,

2006; MELO 2002; STAIR; REYNOLDS, 2002; OLIVEIRA, 2000).

Quanto ao conceito de informação, Audy, Andrade e Cidral (2005) e Stair e Reynolds

(2002) a definem como um conjunto de fatos que é organizado de forma a adquirir um valor

suplementar, que vai além do valor dos próprios fatos isolados.

Com a definição de sistema e de informação pode-se analisar o contexto relacionado a

sistema de informação segundo alguns autores.

Segundo Stair e Reynolds (2002) um sistema de informação (SI) é um conjunto de

elementos ou componentes que se relacionam entre si que coletam (entrada), manipulam

(processamento) e disseminam (saída) os dados e as informações e fornecem um feedback.

De uma forma resumida, Melo (2002, p. 30) define SI como “[...] todo e qualquer

sistema que tem informação como entrada visando gerar informações de saída”.

De acordo com Laudon e Laudon (2006) as atividades geradas pelo SI produzem às

informações de que as organizações necessitam para decisões, controlar operações, analisar

problemas e criar novos produtos e serviços A figura 1 apresenta essas atividades:

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Figura 1 – Funções de um sistema de informação

Fonte: Laudon e Laudon (2006, p. 8).

A figura 1 demonstra as atividades de um sistema de informação. O sistema de

informação faz o processo de entrada, que é a captação dos dados, o processamento de dados,

que transforma os dados em algo útil, a saída onde a informação resultante é utilizada por

pessoas ou atividades relacionadas, isto gera uma realimentação (feedback). (LAUDON;

LAUDON, 2006).

Resumidamente as atividades de um SI são a entrada da informação, processamento

desta, saída da informação e gera um feedback.

O sistema e informação é um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta,

processa, armazena e distribui informações que dão apoio à tomada de decisão, a coordenação

e controle de uma organização, e também auxiliam gerentes e trabalhadores a analisar

problemas e a criar novos assuntos. (LAUDON; LAUDON, 2006).

O’Brien (2004, p. 6) define SI como “um conjunto organizado de pessoas, hardware,

software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina

informações em uma organização”.

Para Meyer, Baber e Pfaffenberger (2000) além de inclui hardware e software, SI

também inclui dados, que são essenciais para a missão da organização, usuários treinados que

sabem utilizar o sistema com o objetivo de atender melhor os clientes, e procedimentos que

descrevem como realizar uma tarefa sem erros.

Em se tratando de sistemas de informação, a entrada é a atividade de reunião e coleta de

dados brutos, processamento envolve a conversão e a transformação de dados em saídas úteis

e a saída é a produção de informações úteis. (STAIR; REYNOLDS, 2002). Para O’Brien

(2004) feedback são dados sobre o desempenho do sistema.

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O sistema de informação (SI) tem objetivo, e segundo Audy, Andrade e Cidral (2005),

seu objetivo principal é disponibilizar informações necessárias à organização. Já para Laudon

e Laudon (2006) afirma que, SI essencialmente transforma a informação em forma útil para o

responsável pelo fluxo de trabalho da empresa, ajudando nas tomadas de decisões, analisando

e visualizando assuntos complexos e a resolver outros problemas.

Segundo O’Brien (2004), os sistemas de informação desempenham três papéis

fundamentais para uma empresa: suporte de seus processos e operações, suporte na tomada de

decisões de seus funcionários e gerentes e suporte em suas estratégias em busca de vantagem

competitiva. Os SIs geram suporte nas tomadas de decisão, nos processos e operações e na

busca de vantagem competitiva.

Para poder atender às demandas e diversidades dos departamentos de uma empresa são

utilizados diversos tipos de sistemas de informação. No tópico a seguir serão apresentadas

essas classificações.

2.2.1 Tipos de Sistemas de Informação

Ao se consultar a literatura especializada da área de SI, percebe-se que os autores

classificam os tipos de SI de diferentes formas. Levando em conta os mais variados interesses

e objetivos que as empresas possuem também existe variação nos tipos de SI.

Segundo O’Brien (2004), sistemas de informação podem ser classificados de acordo

com a figura 2:

Figura 2 – Classificação dos sistemas de informação

Fonte: O’Brien (2004, p. 23).

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Segundo a figura 2, O’Brien (2004) classifica sistema de informação em: sistemas de

apoio às operações e de apoio gerencial, e as subdivide:

A. Apoio às operações: sistemas de processamento de transações, sistemas de controle de

processos e sistemas de colaborativos;

B. Apoio gerencial: sistemas de informação gerencial, sistemas de apoio à decisão e sistemas

de informação executiva.

Rezende e Abreu (2003) classificam sistema de informação em suporte a decisões e de

abrangência da organização.

A. Suporte a decisão: operacionais, gerenciais e estratégicos;

B. Abrangência da organizacional: pessoal, grupal, organizacional, inter-organizacional,

globais e arquitetura do sistema de informação.

Stair e Reynolds (2002) apresentam outra classificação de sistemas de informação, os de

processamento de informações gerenciais, de suporte à decisão e de inteligência artificial.

Para Laudon e Laudon (2006) os sistemas de informação podem ser classificados como:

A. Nível operacional: sistemas de processamento de transações (SPTs);

B. nível do conhecimento: sistemas de trabalhadores do conhecimento (STCs) e os sistemas

de automação de escritório;

C. nível gerencial: sistemas de informações gerenciais (SIGs) e sistemas de apoio à decisão

(SADs);

D. nível estratégico: sistemas de apoio executivo (SAEs).

Pode se verificar que há variações nas classificações de SI, mas nota-se também que são

todos interligados com alterações de nomes. Serão enfatizados seis principais tipos de SI, que

são: STC, SAD, SIG, SAE, SPT e sistemas de automação de escritório.

Nos tópicos a seguir serão apresentadas as classificações segundo os autores Laudon e

Laudon (2006).

2.2.1.1 Sistema de Processamento de Transação – SPT

Informações rotineiras do cotidiano demandam controle e gerenciamento. Em geral

essas informações possuem papéis essenciais, e utilizam tecnologias para seu controle. O

sistema de processamento de transação dá apoio ao nível operacional de uma empresa.

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Um sistema de processamento de transação (SPT) pode ser definido como “um sistema

computadorizado que realiza e registra as transações rotineiras necessárias ao funcionamento

da empresa”. (LAUDON; LAUDON, 2006, p. 41).

Para Stair e Reynolds (2002), SPT fornece suporte a monitoração e a realização das

negociações de uma organização, gera e armazena dados sobre estas negociações.

Já para O’Brien (2004) esse sistema registra e processa dados resultantes de transações

das empresas.

Um SPT automatiza as transações do dia-a-dia da empresa, coletando dados de

transações (vendas, compra de fornecedores e mudanças de estoque) e os armazenados em um

banco de dados. (OLIVEIRA, 2004).

Com a utilização do SPT, as organizações esperam atingir alguns objetivos, dentre os

quais de acordo com Stair e Reynolds (2002) destacam-se:

A. Processar dados gerados por ou sobre transações;

B. garantir a integridade dos dados e informações;

C. manter um alto grau de perfeição;

D. produzir documentos e relatórios em tempo;

E. aumento da eficiência do trabalho;

F. ajuda no fornecimento de mais serviços e serviços melhorados.

No quadro 1 pode-se verificar exemplos da aplicação desse tipo de sistema dentro de

uma organização:

Sistema do nível operacional

Vendas e marketing Fabricação Finanças Contabilidade Recursos

humanos

---------- Controle do

maquinário

Negociação de

seguros

Folha de

pagamento Remuneração

Acompanhamento de

pedidos

Programação

industrial --------- Contas a pagar

Treinamento e

desenvolvimento

Processamento de

pedidos

Controle de

movimentação

de materiais

Gerenciamento

de caixa Contas a receber

Manutenção do

registro de

funcionários

Quadro 1 – Exemplos de SPT - Adaptado

Fonte: Laudon e Laudon (2006, pg. 41).

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Pode-se verificar que o quadro 1 apresenta exemplos possíveis de aplicação do SPT em

uma empresa e em vários departamentos desta.

O SPT bem projetado pode fornecer relatórios periódicos que fornecem uma visão

rápida do desempenho da organização e também fornecem relatórios de exceção que os

alertam sobre desenvolvimentos inesperados. (MEYER; BABER; PFAFFENBERGER,

2000).

Pode-se afirmar que o SPT esta presente nas mais diversas organizações, em atividades

rotineiras. Exemplo dessas atividades é o controle de estoque, folha de pagamento, conta a

pagar, etc. Esse sistema, se aplicado a uma organização e este por algum instante se

apresentar indisponível pode gerar transtornos, pois este operacionaliza funções

indispensáveis à organização.

2.2.1.2 Sistema de Trabalhadores do Conhecimento (STC) e de Automação de

Escritório

As demandas relacionadas ao conhecimento são supridas pelo sistema de trabalhadores

do conhecimento – STC e pela automação de escritório.

O sistema de trabalhadores do conhecimento (STC) promove a criação de novos

conhecimentos e asseguram que esses novos conhecimentos e capacidades técnicas sejam

adequadamente integrados à empresa. Este sistema auxilia os trabalhadores do conhecimento.

Os trabalhadores do conhecimento são pessoas com instrução universitária formal e quase

sempre com profissões reconhecidas. (LAUDON; LAUDON, 2006).

O’Brien (2004) chama esse sistema de gerenciamento do conhecimento. Esse sistema é

baseado no conhecimento e apóia a criação, organização e disseminação de conhecimentos

dos negócios aos funcionários e gerentes de uma empresa de ponta a ponta. (O’BRIEN, 2004)

Cada vez mais as organizações estão se conscientizando que o conhecimento é um ativo

valioso. Estão utilizando uma variedade de tecnologias de informação para criar sistemas de

gerenciamento de conhecimento. (MEYER; BABER; PFAFFENBERGER, 2000).

O sistema de automação de escritório dá suporte às atividades de coordenação e

comunicação essencial a um escritório por meio da aplicação de tecnologia de informação

projetada para aumentar a produtividade dos trabalhadores. Este sistema auxilia

principalmente os trabalhadores de dados. Os trabalhadores de dados são pessoas com uma

formação menos avançada e formal, e essas processam informação e não as criam. Este

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sistema também é utilizado pelos trabalhadores do conhecimento. (LAUDON; LAUDON,

2006).

Os trabalhadores do conhecimento trabalham com as informações voltadas para a

criação de novos conhecimentos. Esse sistema se encontra nos departamento de trabalhos

gráficos, no departamento de engenharia, etc.

A automação de escritório auxilia no gerenciamento de documentos auxiliando assim os

trabalhadores. Esse sistema se apresenta na edição de textos, agendas eletrônicas, etc.

2.2.1.3 Sistema de Informação Gerencial – SIG

Os sistemas de informação gerencial dão apoio ao nível gerencial de uma organização e

facilitam a organização do fluxo de informação.

Para Laudon e Laudon (2006, p. 44) os sistemas de informação gerencial (SIG)

“atendem ao nível gerencial da organização, munindo os gerentes de relatórios ou de acesso

on-line aos registros dói desempenho corrente e histórico da organização”.

Segundo Audy, Andrade e Cidral (2005) são sistemas de informação que resumem,

registram e descrevem a situação em que se encontram as operações da organização. Esse

sistema fornece para os gerentes informações na forma de relatórios e exibição de vídeos.

(O’BRIEN, 2004).

Já Stair e Reynolds (2002) definem o SIG de forma mais detalhada, sendo que este

compreende um conjunto organizado de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e

dispositivos que fornecem informação rotineira aos gerentes e aos tomadores de decisão.

O SIG é apoiado pelos SPTs da organização e pelos bancos de dados organizacionais.

Esse sistema fornece aos gerentes de nível médio relatórios que resumem dados e apóiam a

tomada de decisões do dia-a-dia. (OLIVEIRA, 2004).

No quadro 2 se verifica a aplicação desse sistema dentro de uma organização.

(LAUDON; LAUDON, 2006):

Sistema do nível gerencial

Vendas e marketing Fabricação Finanças Contabilidade Recursos humanos

Gerenciamento de

vendas

Controle de

estoque

Orçamento

anual

Análise de investimento

de recursos

Análise de

realocação

Quadro 2 – Exemplos de SIG - Adaptado

Fonte: Laudon e Laudon (2006, p 41)

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No quadro 2 nota-se que este sistema também apresenta diversas funções em diversos

departamentos de uma organização.

Esse sistema segundo O’Brien (2004) gera quatro tipos de relatórios principais:

A. Relatórios periódicos programados: ex.: relatórios de vendas diários ou semanais e os

demonstrativos financeiros mensais;

B. relatórios de exceção: ex.: relatório somente de clientes que excedem seus limites de

créditos;

C. informes e respostas por solicitação;

D. relatórios em pilha.

Esse sistema fornece suporte aos controles e decisões gerenciais e utilizam dados

gerados pelo sistema de processamento de informação para gerar relatórios resumidos de

acordo com as demandas dos gerentes. Este também apresenta funções de suporte a diversos

processos, tais como: analisar faturamentos, desempenho de vendas, contas a pagar, etc.

2.2.1.4 Sistemas de Apoio à Decisão – SAD

O sistema de apoio à decisão é uma ferramenta de auxílio nas decisões dos níveis

gerencial e estratégico de uma organização.

O sistema de apoio à decisão (SAD) segundo Laudon e Laudon, (2006, p. 358) “auxilia

o processo de decisão gerencial combinando dados, ferramentas e modelos analíticos

sofisticados e software amigável ao usuário em um único e poderoso sistema que pode dar

suporte à tomada de decisão semi-estruturada e não-estruturada”. Decisão não-estruturada é

aquela em que o responsável por esta deve usar o bom senso, sua capacidade de avaliação sua

esperteza para definir o problema e a semi-estruturada apenas parte do problema tem uma

resposta clara e precisa. (LAUDON; LAUDON, 2006).

Para Audy, Andrade e Cidral (2005) os SAD são os sistemas de informação que

auxiliam os gerentes a tomar decisões semi-estruturadas, a partir de dados obtidos nos

sistemas de informação gerencial (SIG), de processamento de transações (SPT) e de fontes

externas.

Já Stair e Reynolds (2002) definem de maneira mais resumida que são sistemas de

suporte a tomadas de decisões especificas de um problema por meio de pessoas,

procedimentos, software, bancos de dados e dispositivos.

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28

Esse sistema é capaz de apoiar os gerentes diretamente, sendo em tipos específicos de

decisões e a estilos e necessidades pessoais de cada gerente. (O’BRIEN, 2004).

Oliveira (2004) denomina este sistema de sistema de suporte à decisão (SAD). Esse

fornece benefícios aos gerentes em todos os níveis da organização, sendo que esses recorrem

a modelos de decisão de bancos de dados integrados.

No quadro 3 se verifica a aplicação desse sistema dentro de uma organização.

(LAUDON; LAUDON, 2006):

Sistema do nível gerencial

Vendas e marketing Fabricação Finanças Contabilidade Recursos

humanos

Análise das vendas por

região

Programação da

produção Análise de custos

Análise de preços

e lucratividade

Análise de custo

de contratos

Quadro 3 - Exemplos de SAD - Adaptado

Fonte: Laudon e Laudon (2006, p 41).

O SAD permite a coordenação e integração de dados e de partes diversas, visando

objetivos comuns e fornecendo informações que permitem melhores decisões empresariais.

(REZENDE; ABREU, 2003).

Este sistema proporciona aos gerentes ferramentas que os apóiam nas atividades de

tomada de decisão. Este sistema também possibilita ao usuário flexibilidade, adaptabilidade e

resposta rápidas na execução de suas atividades.

2.2.1.5 Sistema de Apoio ao Executivo – SAE

Os Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE) “abordam decisões não-rotineiras que

exigem bom senso, avaliação e percepção, uma vez que não existe um procedimento

previamente estabelecido para se chegar a uma solução”. (LAUDON; LAUDON, 2006, p.

46).

O’Brien (2004, p. 292) classifica SAE como sistemas de informação executiva (EIS), no

qual “são sistemas de informação que combinam muitas características dos sistemas de

informação gerencial e dos sistemas de apoio à decisão”.

Para Meyer, Baber e Pfaffenberger (2000), esse sistema filtra as informações críticas, de

modo que as tendências globais fiquem evidentes e apresentam essas informações em uma

interface gráfica fácil de utilizar.

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29

Para obter informações úteis aos executivos e para a redução de tempo e esforço desses

mesmos, esse sistema filtra, comprime e rastreia dados críticos. Este sistema proporciona uma

capacidade generalizada de computação e comunicações que podem ser aplicados a diversos

problemas dos quais estão sem se alterando. Hoje esse sistema pode reunir informações de

todos os departamentos de uma organização possibilitando aos que os gerentes selecionem,

acessem e modelem essas informações conforme suas necessidades utilizando ferramentas de

fácil uso. Este sistema pode auxiliar a alta administração a monitorar o desempenho

organizacional, rastrear as atividades de concorrentes, localizarem problemas, identificar

oportunidades e prever tendências. (LAUDON; LAUDON, 2006).

Esse sistema fornece informações criticas em quadros de fácil visualização para uma

diversidade de gerentes. (O’BRIEN, 2004).

Verifica-se a necessidade da análise contextual sobre sistema de informação financeira

para uma melhor compreensão do trabalho.

2.3 Sistemas de Informação Financeira

O departamento financeiro de uma empresa tem um papel considerável. Este é

responsável pela administração do dinheiro da empresa, pelo fluxo de caixa, contas a pagar,

investimentos, etc. Com isso esse departamento demanda recursos que forneçam suporte ao

gerenciamento de dados capaz de gerenciar todas essas informações de maneira rápida e fácil.

Segundo O’Brien (2004), o sistema de informação financeiro apóia os gerentes

financeiros nas decisões referentes ao financiamento de uma empresa e à implantação e

controle de recursos financeiros na empresa.

Um sistema de informação gerencial financeiro segundo Stair e Reynolds (2002),

disponibiliza informações financeiras para uma ampla variedade de pessoas que precisam

tomar as melhores decisões no dia-a-dia, e não exclusivamente aos executivos.

O departamento de finanças é responsável pela administração dos ativos financeiros da

empresa já o departamento de contabilidade é responsável pela manutenção e pelo

gerenciamento dos registros financeiros da empresa. (LAUDON; LAUDON, 2006).

Um sistema de informação gerencial financeiro pode ser implementado como um

conjunto de sistemas e de vários arquivos que são atualizados por uma significada quantidade

de transações de dados obtidos por vários sistemas de processamento de transações, como

entrada de pedido, contas a pagar, compras, etc. (STAIR; REYNOLDS, 2002).

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30

O’Brien (2004) apresenta as principais categorias de sistema de informação financeira:

Figura 3 - Exemplos de importantes sistemas de informação financeira

Fonte: O’Brien (2004, p. 233).

A figura 3 apresenta como tipos de sistemas de informação financeiros: a administração

de caixa, administração de investimentos, orçamento de capital e planejamento financeiro. O

sistema de administração de caixa coleta informações em tempo real e ou em certos períodos

referente a todos os recebimentos e desembolsos de caixa da empresa. O sistema de

administração de investimento auxilia os gerentes financeiros a tomar decisões de compra,

venda ou retenção de títulos de forma a desenvolver uma composição ótima de títulos que

diminuam riscos e aumentem as receitas de investimento da empresa. O sistema de orçamento

de capital envolve a avaliação do rendimento e impacto financeiro de propostas de gasto de

capital. O sistema de planejamento financeiro auxilia a determinar as necessidades de

financiamento de uma empresa e analisam métodos alternativos de financiamento.

(O’BRIEN, 2004).

Alguns tipos de sistema de informação financeiro e contábil são os de nível estratégico

que estabelecem metas de investimento de longo prazo, os de nível gerencial que ajudam os

gerentes a supervisionar e controlar os recursos financeiros, os de nível do conhecimento

auxiliam na analise de carreiras e o de nível operacional que monitoram o fluxo de recursos

da empresa como contas a pagar. (LAUDON; LAUDON, 2006).

Um controle adequado da parte financeira de uma empresa pode ser uma ferramenta de

sucesso, podendo trazer vantagens competitivas através de um controle financeiro. Um

sistema de informação financeira é importante, pois muitas questões são envolvidas nesta

gestão, ou seja, quase todas as áreas de uma empresa têm um impacto financeiro.

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2.4 ERP

De acordo com a literatura pesquisada percebeu-se que o termo ERP (Enterprise

Resource Planning) também é conhecido como planejamento de recursos empresariais,

sistemas integrados de gestão e também por planejamento de recursos empresariais, todos

representados pela sigla ERP.

Os primeiros sistemas de ERP surgiram em meados dos anos de 1990 com a pressão

competitiva que buscava a redução de custos e aumento da eficiência. (ZENONE, 2003).

Segundo O’Brien (2004, p. 208) ERP, por ele chamado de planejamento de recursos

empresariais:

É um sistema interfuncional que atua como uma estrutura para integrar e automatizar muitos dos processos de negócios que devem ser realizados pelas funções de produção, logística, distribuição, contabilidade, finanças e de recursos humanos de uma empresa.

Rezende e Abreu (2003) definem ERP como pacotes de gestão empresarial ou de

sistemas integrados com recursos de automação e informatização visando colaborar com o

gerenciamento dos negócios empresariais. O’Brien (2004) acrescenta que ERP é uma família

de módulos de software que apóia os processos vitais internos das atividades da empresa.

Um sistema de ERP é composto por um banco de dados, um aplicativo integrado e uma

interface completa para os usuários da empresa, e esse sistema seguem a todas as regras de

manufatura, distribuição, finanças e vendas. (MONTEIRO, 2000 apud ZENONE, 2003).

O ERP coleta, processa e fornece informações sobre a ação total da empresa incluindo

processamento de pedidos, compras, estoque, fabricação, distribuição, recibos de pagamentos,

previsão de demanda e recursos humanos. (OLIVEIRA, 2004).

Segundo Colangelo Filho (2001) não existe uma definição precisa e inquestionável para

um sistema ERP. Pode ser considerado como um software aplicativo, que permite que as

empresas automatizem e integrem uma parcela de seus processos e negócios incluindo

finanças, controles, logísticas e recursos humanos, permite o compartilhamento de dados e a

padronização dos processos de negócios e permite produzir e utilizar as informações em

tempo real. Segundo Stair e Reynolds (2002) o software aplicativo consiste em programas que

auxiliam os usuários a solucionar problemas específicos.

Para Zenone (2003) o objetivo do ERP é o controle e fornecimento de suporte a todos os

processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da organização.

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Colangelo Filho (2001) destaca as principais áreas de aplicação dos sistemas ERP nas

empresas:

Finanças e controles Operações/logísticas Recursos humanos

• Contabilidade financeira • Suprimentos • Recrutamento e seleção de pessoal

• Contas a pagar • Administração de materiais Treinamento

• Contas a receber • Gestão de qualidade • Benefícios

• Tesouraria • Planejamento e controle da

produção • Desenvolvimento de pessoal

• Ativo imobilizado • Custos de produção

• Medicina e segurança do trabalho

• Orçamento • Previsão de vendas • Remuneração (salários)

• Contabilidade gerencial • Entrada de pedidos • Folha de pagamentos

• Custos • Faturamento

• Análise de rentabilidade • Fiscal

• Gestão de projetos

Quadro 4 – Áreas de aplicação dos sistemas ERP

Fonte: Colangelo Filho (2001, p.19).

De acordo com o quadro 4, o sistema ERP abrange três áreas importantes de uma

empresa: finanças, operações e recursos humanos.

Para Cortês (2008) as três grandes áreas de um módulo de ERP para uma empresa são:

comercial, produção e administrativo.

Na área comercial Cortês (2008) apresenta seus respectivos módulos:

A. Módulo de previsão de demanda: permite o cadastro e manutenção das previsões de

vendas;

B. módulo de pedidos: cadastro e manutenção de pedidos, controle de preços, autorização

do faturamento, cadastro de datas de entrega;

C. módulo de estoque de produtos: estoque de produtos acabados; módulo de expedição:

indica a remessa de produtos ao cliente;

D. módulo de faturamento: emissão e cancelamento de notas fiscais;

E. módulo de logística externa: acompanhamento de remessas efetuadas.

Na área de produção Cortês (2008) apresenta seus respectivos módulos:

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33

A. Módulo de planejamento agregado: recebe dados de entrada o módulo de previsão de

demanda e facilita a organização da capacidade produtiva disponível para atende a demanda

esperada;

B. MRP II (Planejamento de recursos de manufatura): este módulo agrega a programação

mestre de produção, planejamento de capacidade de médio prazo, planejamento de

necessidades materiais e o planejamento de capacidade de curto prazo;

C. módulo de controle de produção: indica as quantidades produzidas;

D. módulo de ordens de produção em execução: esse módulo informa ao MRP II os

pedidos em processamento;

E. módulo de estoque de materiais: cadastro de itens necessários à produção;

F. módulo de compras: recebe as solicitações de aquisição de itens necessários para a

produção;

G. módulo de controle de qualidade: informa ao controle de produção as rejeições e os

motivos;

H. módulo de custos: registro e controle dos custos de produção.

A área administrativa recebe dados e informações dos módulos de faturamento e dos

módulos de custo e estoque de materiais juntamente com a solicitações de compras. Cortês

(2008) apresenta seus respectivos módulos:

A. Módulo de contas a receber: recebe informação do módulo de faturamento onde cadastra

as contas a receber, podendo assim controlar os recebimentos, as inadimplências e fornece um

resumo do fluxo de caixa;

B. módulo de contas a pagar: recebe informações do módulo de compras. Assim ordenas

por fornecedores, data de vencimento, valores e bancos.

C. módulo de finanças: controla as contas a receber, contas a pagar, movimentação de caixa,

movimentação de bancos e fluxo de caixa;

D. módulo de folha de pagamento: controle sobre remuneração de horas extras, banco de

dados e diversos outros. Nem sempre um sistema de ERP gera folha de pagamento.

E. módulos de contabilidade: este mantém conexão com os módulos de contas a pagar,

contas a receber, finanças e folha de pagamento.

Cortês (2008) destaca algumas propriedades dos ERP:

A. Sistema modular abrangente: pode incluir diversos módulos de acordo com a área ou

processo assim a empresa pode escolher os módulos e em que velocidade será feito

facilitando seu planejamento;

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34

B. automatizam processos e funções: o modulo pode ser voltado a uma função ou tarefa ou

a todo o processo;

C. uso de banco de dados único: um único banco de dados para todos os módulos;

D. sistema integrado: os módulos trabalham integrados, trocando dados;

E. uso de boas práticas: adoção de boas pratica de gestão.

Atualmente as empresas atribuem valor à instalação de software ERP nos negócios, pois

cria uma estrutura para associar e aperfeiçoar seus sistemas internos de escritório e fornece

informações interfuncional vital sobre o desempenho da empresa rapidamente. (O’BRIEN,

2004).

Há uma variação no escopo de um sistema de ERP de um fornecedor para outro, sendo

que em sua maioria fornecem software integrado que fornece suporte à produção e às

finanças. Esse sistema também pode oferecer soluções na área de recursos humanos, vendas e

distribuição. (STAIR; REYNOLDS, 2002).

Um dos principais benefícios do ERP é a eliminação de sistemas ineficientes facilitando

na escolha do melhor processo de trabalho, melhoria do acesso aos dados para a tomada de

decisão operacional e a padronização da tecnologia. Também a desvantagens na implantação

desse sistema: alto custo, longo tempo de instalação e complexidade. (STAIR; REYNOLDS,

2002).

Para Laudon e Laudon (2006) o ERP possibilitará que a empresa use sistemas

integrados para apoiar estruturas organizacionais que antes não eram possíveis apoiar.

Oferece as empresas uma plataforma de tecnologia de sistema de informação única, unificada

e totalmente abrangente. Ajuda a criar os fundamentos para uma organização voltada ao

cliente ou à demanda. Ajuda a gerenciar seus processos internos de fabricação, finanças e

recursos humanos. E promove a integração entre os processos internos de cadeia de

suprimentos.

Caldas e Wood (2000 apud COLANGELO FILHO, 2001) apresentam uma pesquisa

realizada em 1998 com 28 organizações que implantaram sistemas de ERP. Abaixo o quadro

mostra uma parte do resultado da pesquisa:

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35

Motivo para implantação de sistemas ERP %

Integração de processos; integração da informação 91

Seguir uma tendência 77

Pressões da função de TI 41

Pressões da matriz 41

Evitar abrir espaço para concorrentes 37

Razões políticas internas 31

Influência da mídia 29

Influência de gurus de administração e consultores 23

Pressão de clientes e / ou fornecedores 11

Quadro 5 – Motivos para implantação de sistemas ERP - Adaptado

Fonte: Colangelo Filho (2001, p.33).

No quadro 5 verifica-se que o item que as empresas acham de mais relevância na

implantação de um sistema de ERP foi a integração dos processos e das informações, ou seja,

a relação das informação com o processo do sistema. Também nota-se um percentual

significativo no item de seguir uma tendência. O item com menos percentual na pesquisa foi a

pressão de clientes e/ou fornecedores para a implantação de um SI.

A aquisição de um sistema de ERP apresenta alguns pontos positivos e outros

negativos. Segundo Cortês (2008) os pontos favoráveis na aquisição de um sistema são:

adoção de práticas consagradas, foco em processos, atualização de sistema e maior segurança.

Já os pontos desfavoráveis destacam: requer o pagamento de licenças e atualizações e cria

dependência em relação ao fornecedor.

Cortês (2008) acrescenta nas desvantagens desses sistemas é a dependência que se cria

em relação ao fornecedor, pois este sistema deve ser constantemente atualizado, tanto em

questões tecnológica como a aspectos legais.

Para a escolha de um sistema de ERP, segundo Colangelo Filho (2001), envolve

aspectos técnicos e tecnológicos.

Já Cortês (2008), para a escolha de um sistema de ERP é necessário considerar algumas

questões importantes, onde essas levaram a melhor escolha do produto final:

A. Perfil ou personalidade do ERP: deve-se verificar se outras empresas do mesmo ramo

estão utilizando o sistema em analise e seu tamanho;

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36

B. processos abrangidos: verificar qual a intensidade de adaptação;

C. necessidade de integração com outras empresas: considerar quais módulos serão

adquiridos diretamente do fornecedor e quais serão adquiridos de terceiros e integrados ao

ERP;

D. reputação do fornecedor: verificar o nível de satisfação de outros clientes em relação ao

produto fornecido;

E. histórico e perspectiva do fornecedor: perspectivas de longevidade dos fornecedores

prospectados;

F. plataformas utilizadas: alguns sistemas integrados trabalham com um tipo de plataforma

e outros oferecem mais;

G. banco de dados: alguns sistemas integrados oferecem diferentes bancos de dados. Deve-

se verificar se a utilização de um determinado banco de dados supre os requisitos necessários;

H. infra-estrutura de comunicação: é preciso verificar as necessidades do sistema quanto à

infra-estrutura de comunicação;

I. capacidade de processamento: deve-se levar em conta a quantidade de operações que

serão efetuadas;

J. flexibilidade para o usuário ou administrador implantar modificações: verificar da

necessidade de suporte do fornecedor;

K. interface com outros sistemas: a possibilidade e receber e exportar dados para outros

sistemas;

L. estado da arte da tecnologia utilizada: indicadores sobre a possibilidade de evolução do

sistema;

M. facilidade de utilização: se é fácil sua utilização;

N. parametrização: verificação da facilidade e o nível de parametrização na utilização do

ERP. Pois alguns módulos precisam ser mudados facilmente para se adaptarem as exigências

das empresas;

O. suporte técnico, treinamento e visitas técnicas: a disponibilidade do fornecedor de

fornecer suporte técnico, treinamentos e visitas técnicas para suprir eventuais dúvidas;

P. política de manutenção: verificar se a manutenção esta inclusa.

Para a implantação de um sistema de ERP, Colangelo Filho (2001) propõem um modelo

de implantação:

A. Planejamento: desenvolve estratégias para alcançar os objetivos do negócio com a

implantação; elabora um plano detalhado para execução do projeto; obtém recursos humanos

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37

e materiais necessários; define mecanismos de acompanhamento e assegura que há um

entendimento comum do escopo do projeto, uma equipe preparada e planos para sua

execução:

B. desenho da solução: desenvolve uma visão de alto nível dos processos de negócio capaz

de atingir os objetivos estabelecidos;

C. construção: desenvolve a configuração do sistema ERP para suportar os processos de

negócios definidos na fase anterior;

D. teste e implantação: desenvolve a execução dos testes finais, do treinamento dos usuários

e da substituição.

Para Hypolito e Pamplona (1999 apud Cortês, 2008 p. 357) “[...] a implantação de um

sistema integrado de gestão pode ser efetuada por meio de duas estratégias básicas: faseada e

big bang”. Na estratégia faseada o projeto é dividido em etapas e a implantação dos diversos

módulos ocorre ao logo de cada uma dessas fases. Neste caso o risco é reduzido, a duração é

mais demorada, há necessidade de desenvolvimentos de interfaces e o custo é maior que a

estratégia de big bang devido à necessidade de desenvolvimento de interfaces. A estratégia

big bang é a implantação de todos os módulos de uma única vez. Neste caso o risco é maior, a

duração é menor, não há necessidade de desenvolvimento de interfaces e o custo é menor do

que a estratégia faseada. (CORTÊS, 2008).

O sistema de ERP envolve algumas tarefas para sua implantação. Este sistema pode ser

implantado nas diversas empresas, pois á todo um sistema de adaptação às necessidades da

empresa. Este apresenta uma interação com diversas áreas de uma empresa, podendo assim

dispor diversas informação de maneira fácil e rápida.

2.5 Ciclos de vida do desenvolvimento de sistemas

Quando se verifica a necessidade de criar ou modificar um sistema existente em uma

empresa, este processo envolve algumas etapas para a execução desta criação ou mudança.

Um novo sistema de informação é uma resolução para algum problema organizacional,

este é montado para solucionar um ou mais problemas detectado pela organização em que

estejam enfrentando. Esses problemas podem ser detectados por funcionários ou gerentes ou

para aproveitar novas oportunidades de operação com mais sucesso. (LAUDON; LAUDON,

2006).

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Para Stair e Reynolds (2002, p. 21) “desenvolvimento de um sistema é a atividade de

criar ou modificar os sistemas empresariais existentes”. O desenvolvimento de um sistema de

informação pode ser uma tarefa difícil, sendo que para facilitar esse desenvolvimento deve-se

dividir essa tarefa em etapas. Este desenvolvimento requer esforço de toda a equipe, sendo

usuários, gerentes, especialistas em sistemas e de profissionais responsáveis pelo suporte aos

usuários. (STAIR; REYNOLDS, 2002).

O’Brien (2004) divide o ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas nas seguintes

etapas: investigação de sistemas, análise de sistemas, projeto de sistemas, implantação de

sistemas e manutenção de sistemas. Essas etapas são relacionadas e interdependentes, por

isso, algumas etapas podem ocorrer ao mesmo tempo.

A. Investigação de sistemas: determina se existe um problema; realiza um estudo de

viabilidade; desenvolve um plano de gerenciamento de projeto;

B. análise de sistemas: analisa as necessidades de informação dos usuários finais;

desenvolve requisitos funcionais do sistema;

C. projeto de sistemas: desenvolvem especificações para os recursos de hardware, software,

pessoal, de rede e dados e os produtos que atenderão os requisitos dos do sistema proposto;

D. implantação de sistemas: adquirir ou desenvolver hardware software; testar e treinar

para o uso do novo sistema; conversão para o novo sistema;

E. manutenção de sistemas: utilizar um processo de revisão pós-implantacão para avaliar,

monitorar e modificar o sistema conforme for necessário.

O’Brien (2004) destaca também a prototipagem, é o rápido desenvolvimento e teste de

modelos de funcionamento. Este torna mais rápido e fácil o processo de desenvolvimento para

os analistas, principalmente para projetos nos quais os requisitos do usuário final são difíceis

de definir.

Do ponto de vista de Laudon e Laudon (2006) o ciclo de vida dos sistemas é o método

mais antigo de montagem de sistemas de informação, este divide o desenvolvimento de

sistemas em estágios formais que devem ocorrer em ordem seqüencial. Esses estágios são

apresentados abaixo:

A. Análise de sistemas: analise de um problema que a organização tentara resolver com um

SI, ou seja, descreve o que um sistema deve fazer para atender os requisitos de informação;

B. projeto de sistemas: apresenta como o sistema cumprira os objetivos;

C. programação: transforma as especificações apresentadas no projeto em códigos de

programação de software;

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D. testes: realizasse teste para se assegurar que o sistema esta produzindo resultados corretos;

E. conversão: é o processo de mudança do sistema antigo para o novo;

F. produção e manutenção: esse processo se da após a instalação do novo sistema e após a

conversão onde os usuários e técnicos revisam o sistema para determinar se atingiu seus

objetivos iniciais e se há necessidade de revisão ou alterações. As mudanças em hardware,

software, documentação ou procedimentos são chamados e manutenção.

Pressman (1995) apresenta o modelo cascata para o desenvolvimento do software:

A. Análise e engenharia de sistemas: estabelece os requisitos para todos os elementos do

sistema e atribui subconjunto desses requisitos ao software;

B. análise de requisitos de software: o processo de coleta dos requisitos é intensificado e

concentrado especificamente no software;

C. projeto: processo de múltiplos passos que se concentra em: estrutura de dados, arquitetura

de software, detalhes procedimentais e caracterização de interface;

D. codificação: este traduz o projeto numa forma legível por máquina;

E. testes: realização de teste para descobrir erros e garantir a entrada definida produza

resultados reais que concordem com os resultados exigidos;

F. manutenção: são as adaptações as mudanças necessárias.

No entendimento de Batista (2006) o ciclo de vida dos sistemas é a divisão do

desenvolvimento total em fases relacionadas. Neste ciclo tem-se a definição do projeto, o

estudo dos sistemas, projeto da solução programação, implantação e a pós-implantação.

Batista (2006) associa às etapas do ciclo de vida a divisão de tarefas entre os envolvidos.

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Ciclo de vida dos

sistemas Divisão de tarefas

Definição do projeto

Especialistas empresariais:

� Identificar áreas/questões

problemáticas.

Especialistas técnicos:

� Determinar se o problema

necessita de mais pesquisa e

projeta a solução.

Estudos dos sistemas

Especialistas empresariais:

� Fornecer documentos e fazer

entrevistas;

� Descrever problemas e requisitos;

� Fornecer restrições.

Especialistas técnicos:

� Coletar e sintetizar

informações;

� Analisar problemas;

� Fornecer restrições técnicas;

� Projetar soluções alternativas;

� Avaliar a viabilidade.

Projeto

Especialistas empresariais:

� Fornecer especificações do

projeto.

� Aprovar especificações.

Especialistas técnicos:

� Modelar e documentar as

especificações do projeto lógico;

� Modelar e documentar as

especificações do projeto físico.

Programação

Especialistas empresariais:

� Nenhuma tarefa.

Especialistas técnicos:

� Codificar a solução e fazer

testes.

Instalações

Especialistas empresariais:

� Contribuir com planos de testes e

dados;

� Validar os resultados dos testes;

� Participar da conversão.

Especialistas técnicos:

� Finalizar documentações;

� Supervisionar a conversão

Pós-implantação

Especialistas empresariais:

� Avaliar o desempenho funcional

do sistema;

� Suprir novas exigências;

� Utilizar o sistema.

Especialistas técnicos:

� Avaliar o desempenho técnico

do sistema;

� Executar a manutenção.

Quadro 6 – Etapas do ciclo de vida dos sistemas - Adaptada

Fonte: Batista (2006)

Em algumas etapas do ciclo de vida dos sistemas é indispensável o levantamento e/ou

criação de requisitos.

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Para Pfleeger (2004) os requisitos são características do sistema ou descrição de algo

que o sistema é capaz de realizar, para atingir seus objetivos. Estes descrevem o

comportamento de um sistema. Pfleeger (2004) classifica os requisitos em: requisitos

funcionais e requisitos não funcionais.

Para Sommerville (2003) os requisitos funcionais são declarações de funções que o

sistema deve fornecer como deve agir a entradas especificas e como deve se comportar em

determinadas situações ou o que o sistema não deve fazer.

No entendimento de Sommerville (2003) os requisitos não-funcionais são restrições às

funções ou serviços fornecidos pelo sistema. De uma forma resumida, Pfleeger (2004)

descreve que os requisitos não-funcionais colocam restrições no sistema.

O processo de desenvolvimento de sistemas é composto por etapas das quais resultaram

em requisitos para o novo sistema ou as necessidades de alteração do sistema atual

2.6 Implantação de um sistema de informação

Para a implantação de um novo sistema de informação ou na modificação do sistema

atual, é indispensável a execução de algumas etapas das quais facilitarão essa mudança na

organização.

Segundo Oliveira (2004), na etapa de implementação de sistemas envolve as atividades:

Atividades de implantação

Aquisição de hardware, software e serviços

Desenvolvimento ou modificação

de software

Treinamento do

usuário final

Documentação do

sistema

Conversão • Paralela • Piloto • Em etapas • Direta

Figura 4 – Uma visão geral do processo de implementação

Fonte: Oliveira (2004 p. 121)

De acordo com a figura 4, na etapa de implementação de sistemas envolve a aquisição

hardware, software e serviços, o desenvolvimento ou modificação de software, o treinamento

do usuário final, documentação do sistema e vários tipos de conversão. (OLIVEIRA, 2004);

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A. Aquisição de hardware, software e serviços: Para se obter os componentes de um

sistema de informação, a empresa tem a opção de comprar, fazer leasing ou alugar hardware e

outros recursos. Nessa fase a empresa deve identificar e selecionar um ou mais fornecedores

de sistemas de informação. (STAIR; REYNOLDS, 2002);

B. desenvolvimento ou modificação de software: no processo de desenvolvimento é

desenvolvido todo o software do qual não será adquirido externamente. No processo de

modificação de software são feitas as modificações necessárias nos software que forem

adquiridos. (O’BRIEN, 2004).

C. treinamento do usuário final: Para o sucesso da implementação do sistema os usuários

finais devem ser treinados para operar o novo sistema. Este pode evolver apenas atividades

como entrada de dados ou pode envolver todos os aspectos do uso adequado do novo sistema.

(O’BRIEN, 2004). O apoio da alta administração na disposição de tempo e recursos

suficientes para preparar o usuário é absolutamente essencial para um começo bem sucedido

do sistema. (STAIR, REYNOLDS, 2002);

D. documentação do sistema: neste processo se registra e comunica as especificações

detalhadas do sistema incluindo procedimentos para os usuários finais e o pessoal de SI.

(O’BRIEN, 2004).

E. conversão: O processo de conversão é a mudança do sistema atual para um novo ou

melhorado sistema. Este pode ser de forma paralela, os dois sistemas operam juntos até que

decidam mudar completamente para o novo. (O’BRIEN, 2004). Na forma piloto o novo

sistema é executado por apenas um grupo de usuários, e quando este sistema não apresentar

problemas é executado por todos. (STAIR, REYNOLDS, 2002). Também pode ser feita por

etapas, onde alguns serviços do novo sistema são aplicados. (O’BRIEN, 2004). E de maneira

direta, onde o sistema atual não é mais executado e o novo sistema começa a ser executado.

(STAIR e REYNOLDS, 2004).

Após a implementação do novo sistema, uma nova fase começa, a manutenção. A

manutenção de sistemas segundo Stair e Reynolds (2002), envolve a conferencia, a

modificação e o aprimoramento do sistema para poder alcançar suas metas. A manutenção

tem o papel de correção de erros no desenvolvimento ou no uso do sistema, modificações no

sistema de acordo com mudanças na empresa ou no ambiente do negocio, e por mudanças

verificadas nas manutenções periódicas. (OLIVEIRA, 2004).

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O resultado da implementação de um sistema será determinado pelo envolvimento e

influência do usuário, apoio da administração, pelo nível de complexidade/risco e pelo

gerenciamento do processo. (LAUDON; LAUDON, 2006).

Muitas vezes a implantação de um novo sistema de informação pode ser difícil para

algumas empresas, mas será de grande utilidade se forem elaborados de acordo com suas

necessidades e implantados de acordo com os recursos disponíveis.

2.7 Sistema de Informação em Pequenas Empresas

Atualmente diversos gestores de micros e pequenas empresas (MPEs) estão tendo uma

visão diferenciada no que diz respeito ao uso de sistemas de informação.

Não há uma restrição de atividades de registro e manutenção de dados no que diz

respeito às funções baseadas em computação para empresas pequenas. Cada vez mais o

computador desempenha um papel vital na operação das empresas pequenas. A tecnologia de

computação apresenta grandes aplicações no acompanhamento financeiro de pequenas

empresas, como, entrada de pedidos, conta a receber e a pagar e administração de estoques.

Os sistemas mais sofisticados para essas empresas são os integrados não há a duplicidade de

entrada de dados. (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997).

Para se adaptarem às novas exigências do mercado e para reagir a elas, as MPEs

antecipam e analisam sua estrutura tanto de produção como de informação.(CÉSAR, et al,

2005).

Segundo Medeiros, Parente e Minora (2007) o que leva uma empresa de pequeno porte

á obter resultados inexplicáveis e o desalinhamento desses investimentos em relação às

estratégias da empresa referente à implantação de TI na empresa, é a falta de conhecimento,

falta de assessoria efetiva sobre os recursos necessários e a aquisição dos mesmos.

A principal vantagem no gerenciamento das pequenas e médias empresas é o registro da

informação, especialmente a contábil e financeira, pois geralmente enfrentam problemas

administrativos operacionais relativos a pagamentos e recebimentos, controle de materiais,

controle de custos e despesa, entre outros. Com a rápida obtenção de informações corretas

sobre esses problemas auxiliará na tomada de decisões e para o desenvolvimento de suas

atividades futuras. (VIDAL, 1995).

Segundo Beraldi e Escrivão Filho (2000 apud MEDEIROS; PARENTE; MINORA,

2007) a TI nas micros e pequenas empresas (MPE’s) pode proporcionar o enxugamento da

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empresa por meio da modernização do processo de papéis, pastas entre outros; eliminação de

atividades burocráticas; aumento da agilidade, segurança, integridade e exatidão das

informações levantadas; redução de custos e o aperfeiçoamento da administração geral da

empresa (marketing, planejamento, controle de produção, demonstrações financeiras,

previsões orçamentárias, analises de investimento e de custos).

No Brasil em 2005 as empresas de micro e de pequeno porte totalizavam 2.096.121

(dois milhões noventa e sei mil cento e vinte um), sendo 124.447 (cento e vinte quatro mil

quatrocentos e quarenta sete) em Santa Catarina. (SEBRAE, 2005).

Cada vez mais os custos dos computadores estão diminuindo e o crescimento da gestão

integrada por software fazendo com que o pequeno empresário invista mais nesse setor para

obter melhor desempenho de sua empresa com relação aos seus concorrentes. (MEDEIROS;

PARENTE; MINORA 2007).

Para que a implantação de TI em uma micro ou pequena empresa não seja desastrosa é

necessário que se verifique a real necessidade e condições desse investimento, o retorno, a

avaliação antes de investir em equipamentos e a capacitação da empresa e de seus

funcionários para lidar com as novas tecnologias. (MEDEIROS; PARENTE; MINORA

2007).

As pequenas e médias empresas estão dando um valor especial às tecnologias de

informação, pois verificam que trazem vantagem a elas especialmente como suporte a sua

gestão.

2.8 Sistema de informação na construção civil

A indústria da construção civil mesmo sendo um dos ramos mais tradicionais da

economia, vem se adaptando as novas tecnologias disponíveis para poder se manter no

mercado e enfrentar seus concorrentes.

No que diz respeito ao uso de novas tecnologias de informação e comunicação a

indústria da construção ainda está atrasada em relação às outras indústrias. Sendo para

alcançar lucros ou simplesmente para sobreviver às empresas, principalmente as do setor da

construção civil, precisam acompanhar a evolução mundial do mercado. (NASCIMENTO;

SANTOS, 2003).

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Um dos fatores críticos para o sucesso de um empreendimento é o tratamento do fluxo

de informações entre os vários agentes multidisciplinares dentro de todo o processo.

(NASCIMENTO; SANTOS, 2003).

No Brasil em 2005 o número de estabelecimentos do setor da construção civil chegou a

71.248 (setenta e um mil duzentos e quarenta e oito), sendo 15.873 (quinze mil oitocentos e

setenta três) na região sul. (SEBRAE, 2005).

Na década de 80 e uma boa parte da década de 90 foi realizado uma pesquisa no setor da

construção civil para se solucionar o problema da falta de informação entre as equipes que

participam de um empreendimento. Para solucionar esse problema as empresas investiram em

TI adquirindo software e hardware para gerenciamento das informações. Atualmente existe

uma maior disponibilidade e facilidade de obter informações devido ao uso intenso e da

variedade de opções de ferramentas de TI. (NASCIMENTO; SANTOS, 2003).

Segundo Peleias (2003) apresenta alguns desafios que as empresas da construção civil

devem identificar e superar para simples sobrevivência e crescimento:

A. Tecnológicos: tecnologias e processos produtivos, necessidade de investimentos;

B. financeiros: interação entre os prazos de recebimentos e pagamentos, gerenciamento

eficaz do caixa, etc.;

C. operacionais: eficiência operacional na execução das atividades;

D. comerciais e de mercado: identificar as necessidades dos clientes, etc.;

E. relações nacionais e internacionais: influencia das condições comerciais e de mercado.

Segundo SteWart (2002 apud NASCIMENTO; SANTOS, 2003) o aumento da

utilização de sistemas de informação na construção civil nos últimos anos vem da dificuldade

de gerenciar empreendimentos com meios tradicionais nos quais não se tem controle

satisfatório das informações que fluem entre os agentes.

O ramo da construção civil tem se adaptado às novas tendências de mercado de acordo

com suas disponibilidades. Sendo que para o sucesso da implantação dessas novas tendências

deve-se verificar se é compatível com os objetivos da empresa e com disponibilidade

financeiras também.

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