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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING,
PRISCILA FARIAS
AÇÕES ESTRATÉGICAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA JUNGCONSULT DO BRASIL
PRODUTOS NATURAIS LTDA
São José 2008
PRISCILA FARIAS
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA JUNGCONSULT DO BRASIL PRODUTOS NATURAIS LTDA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração
da Universidade do Vale do Itajaí.
Professor Orientador: Ana Paula Lisboa Sohn
São José
2008
PRISCILA FARIAS
ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA JUNGCONSULT DO BRASIL PRODUTOS NATURAIS LTDA
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final
pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Marketing da Universidade do
Vale do Itajaí, em [03/12/2008 – constante da ata de aprovação]
Prof (a) MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – CE São José
Coordenador (a) do Curso
Banca Examinadora:
Prof.(a) MSc. Ana Paula Lisboa Sohn
Univali – CE São José Professor Orientador
Prof (a) MSc. Kellen da Silva Coelho
Univali – CE São José Membro
Prof . MSc. Rogério Raul da Silva
Univali – CE São José Membro
iv
Dedico este trabalho aos meus pais – Tânia e
Antônio, ao meu filho Arthur, meus irmãos e a toda
minha família. Pelo apoio, paciência, determinação
e ajuda.
v
Agradeço a Deus pela saúde;
À minha mãe pelo incentivo, apoio e força, a quem devo muito e que sempre apostou em
mim.
Ao meu pai pelo apoio, determinação e incentivo;
À minha família pelo apoio;
À professora Ana Paula Lisboa Sohn pela paciência, incentivo e ajuda;
Aos professores membros da banca pelas sugestões;
À Evelize Mara de Souza Gomes Martins pelo incentivo;
À Univali e todos os professores que fizeram parte da minha vida acadêmica, pelo suporte que
me deram na realização desta pesquisa;
À Jungconsult do Brasil Ltda pela confiança e parceria que desenvolvemos durante a fase de
coleta de dados;
Aos meus queridos amigos de jornada e da empresa onde trabalho (Anaerobicos do Brasil),
em especial a Simone Guimarães (professora), Aline Tasca, Michela Schütz, Marco Aurélio,
Ivana Tramontin, Taiane Goulart, Elizandra Campos, Regiane Martins, Vera Porciúncula,
Renato Dias (meu chefe), Ariany Máris e todos aqueles que de forma direta ou indireta
contribuíram com a realização deste trabalho.
MUITO OBRIGADA A TODOS VOCÊS!!!
vi
“Determinação, coragem e autoconfiança são
fatores decisivos para o sucesso.
Se estamos possuídos por uma inabalável
determinação conseguiremos superá-los;
independentemente das circunstancia, devemos
ser sempre humildes, recatados e despidos de
orgulho.”
(Dalai Lama)
vii
RESUMO
O marketing de relacionamento visa construir uma relação duradoura e vantajosa tanto para a
empresa quanto para os clientes. Dentro deste contexto o objetivo geral desse trabalho foi
propor estratégias de marketing de relacionamento para a empresa Jungconsult do Brasil. A
presente pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, com abordagem qualitativa e
quantitativa. Os instrumentos de coletas de dados foram: o roteiro de entrevista e o
questionário. A entrevista foi realizada com o responsável pela empresa e o questionário foi
aplicado junto aos clientes organizacionais da Jungconsult. Como resultados viu-se que de
uma forma geral os clientes estão satisfeitos com o relacionamento que acontece de forma
indireta, serviços e produtos da Jungconsult. A partir dos resultados da pesquisa foram
sugeridas estratégias de marketing de relacionamento para empresa como a utilização do site
como um canal de relacionamento direto entre a empresa e seus clientes, a criação de um
banco de dados no qual a Jungconsult possa conhecer melhor o perfil, volume de compras,
necessidades e expectativas dos clientes.
Palavras-chave: marketing, marketing de relacionamento, satisfação de clientes.
viii
ABSTRACT
The relationship marketing aims to build a lasting and beneficial relationship for both the
company and for customers. Within this context the general aim of this study was to propose
strategies of relationship marketing for the company Jungconsult of Brazil. This research is
characterized as a case study, with qualitative and quantitative approach. The instruments of
data collection were: the roadmap for interview and questionnaire. The interview was held
with the company and responsible for the questionnaire was applied along with the
organizational Jungconsult customers. As a result has been that in general customers are
satisfied with the relationship that is so indirect, services and products of Jungconsult. From
the search results have been suggested strategies for marketing and business relationship for
the use of the site as a channel of direct relationship between the company and its customers,
the creation of a database in which the Jungconsult to know better the profile, volume of
purchases, needs and expectations of customers.
Key-words: marketing, relationship marketing, satisfaction of customers.
Lista de ilustrações
Figura 1 – Processo de desenvolvimento do consumidor ...................................................... 22
Figura 2 – Os diversos tipos de cliente em função do resultado do processo de serviço ........ 24
Figura 3 – As funções do marketing ..................................................................................... 26
Gráfico 1 – Tipo de empresa ................................................................................................ 42
Gráfico 2 – Como conheceu os produtos da Jungconsult do Brasil ....................................... 42
Gráfico 3 – Há quanto tempo compra os produtos da empresa.............................................. 43
Gráfico 4 – Qual seu grau de satisfação com relação a solicitação de pedidos .................... 445
Gráfico 5 – Satisfação quanto às formas de contato com a empresa.................................... 456
Gráfico 6 – Grau de satisfação quanto aos prazos de pagamentos. ...................................... 466
Gráfico 7 – grau de satisfação quanto às informações sobre os produto ou serviços.............. 47
Gráfico 8 – Grau de satisfação quanto ao material de divulgação. ........................................ 48
Gráfico 9 – Qual diferencial. ................................................................................................ 48
Gráfico 10 – Qual nota você dá para o relacionamento que a empresa tem com a sua empresa
..................................................................................................................................... 49
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... ........11
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................. 12
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 13
1.2.1. Objetivo geral ......................................................................................... 13
1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................. 13
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... ....15
2.1 MARKETING ........................................................................................................ 15
2.2 COMPOSTO DE MARKETING ................................................................................. 17
2.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO ..................................................................... 20
2.4 FUNÇÕES DO MARKETING DE RELACIONAMENTO ................................................. 25
2.5 SATISFAÇÃO........................................................................................................ 33
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ...................................................................................... 36
4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO.............................................................................. 39
4.1 A EMPRESA..............................................................................................................39
4.2 ENTREVISTA ........................................................................................................ 40
4.3 PESQUISA COM OS CLIENTES ORGANIZACIONAIS ................................................... 41
5 SUGESTÕES PARA A EMPRESA ............................................................................ 55
5.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO ........................................... 50
5.2 PLANO DE AÇÃO .................................................................................................. 51
6 CONSIDEREÇÕES FINAIS ....................................................................................... 60
7 REFERÊNCIAS........................................................................................................... 62
APÊNDICES ...................................................................................................................... 60
ANEXOS .................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
11
1 INTRODUÇÃO
O marketing de relacionamento é uma das ferramentas que favorecem uma melhor
comunicação entre a empresa e seus clientes. Para que a comunicação entre eles seja
satisfatória, deve-se observar a melhor maneira de oferecer produtos e serviços que venham a
suprir as necessidades e desejos dos mesmos. (GORDON, 2002)
Segundo Vavra (1993, p. 255) “desenvolver relacionamentos bem-sucedidos exige prática
constante e intensa de técnicas de pós–marketing. Um dos esforços mais óbvios é coletar
informações dos clientes”. Para Kotler (1998) marketing de relacionamento é baseado na
premissa de que clientes importantes precisam receber atenção contínua.
Verificando os conceitos de Vavra (1993) e Kotler (1998) o relacionamento com os
clientes é muito importante para todas as organizações, tendo que ser feita de forma
minuciosa e observando os desejos/necessidades, sabendo coletar informações suficientes
para tornar um produto ou serviço bem aceito pelos consumidores.
Kotler (2003) diz que dentro da percepção entra como ferramenta de grande importância
a estratégia de marketing para entender o relacionamento da empresa com o cliente.
Conforme Bretzke (2000) o gerenciamento do relacionamento, como o próprio nome
indica é a integração entre o marketing e a tecnologia da informação para armar a empresa de
meios mais eficazes e integrados para atender, recolher e cultivar o cliente, em tempo real e
transformar estes dados em informações que disseminadas pela organização permite que o
cliente seja conhecido e adquirido pela empresa.
O diálogo e as construções dos relacionamentos estáveis e duradouros com os clientes
urgem como repostas ao desafio imposto ao marketing pelas mudanças no ambiente
competitivo, no comportamento do consumidor e, principalmente, pelas expectativas de como
atender aos desejos dos clientes nesse cenário. Para estarem aptas a atuar neste mercado cada
vez mais exigente, as organizações precisam como afirma Mckenna (1993), possuir visão
mais ampla. E para atender esta necessidade faz-se imprescindível conhecer e aplicar o
marketing de relacionamento, pois é essa estratégia pode ajudar e direcionar as empresas para
ações eficazes na guerra da concorrência e da fidelização de clientes.
A Jungconsult é uma empresa de Bom Retiro considerada a maior produtora de Aloe
Vera (babosa) do país. Esta empresa atende a clientes organizacionais e também atua no
12
varejo. Desenvolve relacionamentos com estes clientes de forma indireta, pois são os
representantes comerciais autônomos que distribuem e vendem o produto que matem um
contato mais direto com a empresa. Esta empresa vem crescendo e percebendo a importância
do marketing de relacionamento, sabe que precisa conhecer melhor os seus clientes e abrir
mais canais de comunicação. Desta forma observando a importância do marketing de
relacionamento esta pesquisa tem como objetivo propor estratégias de marketing de
relacionamento para Jungconsult do Brasil Produtos Naturais Ltda.
1.1 Descrição da situação problema
A empresa a Jungconsult produz no Brasil extratos e concentrados de aloe Vera com
qualidade superior aos similares de todo o mundo, oferecendo preços competitivos e um prazo
de entrega que atende as necessidades de seus clientes. Com fazendas próprias onde milhares
de mudas de babosa são cultivadas manualmente com a utilização de métodos quase
artesanais que permitem o cuidado individual de cada planta, e fábrica localizada em meio à
grande área verde longe dos centros urbanos e dos focos de poluição.
Identificou-se por meio de um estudo diagnóstico que a Jungconsult do Brasil, em
estudo não possui estratégias de marketing de relacionamento com os clientes. A relação com
os clientes é feita através de visitas dos representantes comerciais contratados pelos
distribuidores do produto que entram em contato com a empresa por meio do número de
telefone 0800 645 8484. Aos representantes comerciais a Jungconsult fornece catálogos e
amostras grátis dos seus produtos para facilitar a venda e levar informações sobre a Aloe Vera
produzida pela empresa aos seus clientes.
Adotando esta estratégia de comercialização dos seus produtos, viu-se que são os
distribuidores e não a própria empresa que mantém contato com os clientes. Atualmente a
Jungconsult além de não manter contato com seus clientes também não possui informações
sobre os mesmos. Ou seja, hoje a empresa não conhece aqueles que usam e revendem os seus
produtos.
13
1.2 Objetivos
1.2.1. Objetivo geral
Propor ações estratégicas de marketing de relacionamento para a Jungconsult do Brasil
Produtos Naturais Ltda.
1.2.2. Objetivos específicos
− Relacionar as variáveis do marketing de relacionamento;
− Levantar as estratégias de relacionamento da empresa com os clientes;
− Conhecer a satisfação dos varejistas em relação as estratégias de marketing de
relacionamento.
1.3 Justificativa
Atualmente as empresas estão preocupadas com o mercado, pois está cada vez mais
competitivo, com isso o marketing de relacionamento pode ser considerado uma das melhores
maneiras de se fazer negócio, valorizando a qualidade de serviços prestados, a oportunidade
de lucratividade e crescimento da empresa. Fazendo-se necessário desenvolver entre os
clientes internos e externos, para poder assim proporcionar satisfação aos mesmos.
O desenvolvimento de estratégias de marketing de relacionamento para a Jungconsult do
Brasil Produtos Naturais Ltda. é importante, pois com essas estratégias propostas a empresa
poderá conhecer melhor os seus clientes, encontrar maneiras mais eficazes de se relacionar
com sua clientela e assim aumentar o nível de satisfação e de fidelização dos clientes.
Segundo Kotler (2003), o marketing de relacionamento é uma mudança de paradigma,
porque trata da evolução da mentalidade competitiva e conflituosa para uma nova abordagem
pautada pela interdependência e cooperação. Mas reconhece-se a importância das várias
partes em constates cooperações para fornecer mais valor aos clientes-alvo.
Conquistar e fazer clientes são os desafios atuais das organizações de um modo geral,
que se obrigam a adaptar às novas tendências que surgem em função da grande quantidade de
ofertas (KOTLER, 1999).
14
Frente a esses desafios, as organizações necessitam manter relações firmes e duradouras
com seus clientes, em mercados onde surgem cada vez mais aceleradamente novas opções de
negócios. (GORDON, 1998).
Esta pesquisa é oportuna, pois atualmente vê-se um crescimento e uma
profissionalização das empresas que atuam no setor de cosméticos, no qual atua a empresa.
Assim, a Jungconsult para manter-se neste mercado de forma competitiva e satisfazer melhor
as necessidades de seus clientes necessita desenvolver um melhor relacionamento com seus
clientes.
Destaca-se que o mercado no qual a Jungconsult está inserido é composto por muitos
desafios e mudanças, por isso a empresa precisa estar sempre à frente e saber usar estratégias
para manter os clientes e saber conquistar novos clientes. As estratégias de marketing de
relacionamento propostas neste trabalho irão permitir que a empresa torne-se mais
competitiva e satisfaça cada vez melhor as necessidades e desejos dos atuais e futuros
clientes.
Este trabalho será de grande valor e importância, pois será apresentado todo conteúdo e
aprendizagem para a minha formação acadêmica aplicando na prática todo o conhecimento
adquirido nestes anos de estudo. Assim posso fazer uma auto-avaliação gerando oportunidade
profissional.
Para universidade acredita-se que esta pesquisa é de grande valia, pois esta irá
desenvolver estratégias de marketing de relacionamento para uma empresa que visa melhorar
satisfatoriamente sua relação com os clientes, podendo assim observar que todo o
conhecimento e aprendizado obtido dentro desta universidade fará com que sirva de exemplo
para outros acadêmicos.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo será abordada a fundamentação teórica, apresentando alguns tópicos
importantes como: conceitos de marketing, composto de marketing, marketing de
relacionamento e estratégias de marketing.
2.1 Marketing
O marketing é um termo que vem sendo muito valorizado, pela sua grande importância
para as empresas, pois dentro das mesmas seus responsáveis e todos os envolvidos estão
sentindo a necessidade de colocar em prática os princípios pregados pelo marketing, para com
isso saber aplicar conforme para o alcance da satisfação e necessidades dos clientes.
A idéia principal do marketing para Boone e Kurtz (1998, p.7) é o processo de troca, em
que duas ou mais partes envolvidas trocam entre si algo de valor, com o objetivo de satisfazer
necessidades recíprocas. (...) Para os autores a troca é a origem da atividade do marketing.
De fato, o marketing tem sido descrito como o processo de criar e resolver relações de
troca (CHURCHILL; PETER, 2000; BOONE; KURTZ, 1998). Quando há necessidade de
trocar mercadorias, o resultado natural é um esforço de marketing por parte das pessoas
envolvidas.
O marketing segundo Boone & Kurtz (1998) é uma orientação de toda a empresa para
o consumidor, com o objetivo de obter sucesso de longo prazo. Todas as facetas da
organização devem priorizar a avaliação dos desejos e necessidades do consumidor e depois a
sua satisfação.
Segundo Ximenes (2000) marketing é o estudo do mercado, quanto aos aspectos de
promoção de produtos, realização do perfil dos consumidores, elaboração de campanhas de
publicidade.
Para Koltler (1998) o marketing é um processo social e gerencial através dos quais
indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando
produtos e valores uns com os outros.
16
Sandhusen (2000, p.8) diz que o marketing é o processo de planejar a concepção, o preço,
a promoção e a distribuição de bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos
individuais e organizacionais.
De acordo com Churchill e Peter (2000) marketing é um projeto de planejamento e de
execução da concepção, é estabelecer preços, promoção, distribuição de idéias, bens ou
serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.
Segundo Las Casas (2002, p.13) marketing é a área de conhecimento que engloba
todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos
e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando
sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da
sociedade.
Para McCarthy e Perreault (1997) as decisões de marketing são muito importantes
para o sucesso de uma empresa. Os vários conceitos de marketing se aplicam ao grau de
envolvimento que a organização tem com a tarefa de manter e conquistar seus clientes. E com
isso as organizações, elas podem utilizar ferramentas para atingir seu mercado-alvo e atender
as expectativas através dos 4 P’s (preço, praça, produto e promoção).
Nos últimos tempos as empresas estão percebendo que a decisão de compra está nas
mãos dos clientes e isto está fazendo com que cada vez mais as organizações busquem saber
quem são seus clientes e o que os motiva a decidir suas compras, se essa decisão foi motivada
pelo preço, pela mídia, pela qualidade do produto ou serviço, entre outros. Desta forma as
organizações têm como incentivo e um novo parâmetro para abordagem de seus clientes.
Observando os conceitos de Kotler (1998), Sandhusen (2000), Churchill e Peter
(2000) expõem que a troca objetiva a satisfação de necessidades e desejos. Em relação à
satisfação pode-se mencionar que é de extrema importância para se conseguir a simpatia e
credibilidade do consumidor e assim atender e entender suas necessidades e desejos.
Kotler (1998, p.29) ressalta que “troca é o ato de obter um produto/serviço desejado de
alguém, oferecendo algo em contrapartida. E necessidade é um estado de privação de alguma
satisfação básica”.
O autor ressalta também que desejos são carências por satisfações específicas para
atender as necessidades.
17
Para McCarthy e Perreault (1997) “necessidades são forças básicas que motivam uma
pessoa a fazer algo. Algumas necessidades envolvem o bem-estar físico de alguém, outras se
relacionam a como o indivíduo se vê e se relaciona com outros.
Os autores Kotler (1998) e McCarthy e Perreault (1997) também destacam que desejos
são as “necessidades” aprendidas durante a vida de uma pessoa. Através da troca, desejos e
necessidades observa-se como é importante o marketing para que a empresa consiga manter a
fidelização de seus clientes, e também obter novos clientes.
2.2 Composto de Marketing
As variáveis mercadológicas internas são aquelas que podem ser controladas e
combinadas entre si pela empresa com o objetivo de satisfazer as necessidades do mercado
alvo e gerar o maior lucro possível. O conjunto dessas variáveis é usualmente chamado de
marketing mix ou composto mercadológico (KOTLER, 1998).
Para Kotler (1998, p.97) composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a
empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo.
Em relação ao composto de marketing McCarthy e Perreault (1997, p. 45 e 46) afirmam
que é útil reduzir todas as variáveis para as quatro básicas que formam o composto de
marketing: produto, preço, ponto-de-venda e promoção.
Segundo Las Casas (2001) o conceito, entre muitas vantagens, apresenta a possibilidade
de integração do composto mercadológico a algum objetivo preestabelecido, no caso da
satisfação do cliente-consumidor.
A seguir apresenta-se um esboço de como é o composto de marketing, apresentando e
descrevendo as características dos elementos básicos, chamados de 4’PS.
Produto é o bem ou serviço destinado às necessidades do mercado-alvo. As áreas de
decisão do produto cuidam do desenvolvimento do produto certo para o mercado-alvo
(McCARTHY e PERREAULT, 1997).
E segundo Kotler (1998, p.383) é algo que pode ser oferecido a um mercado para
satisfazer a um desejo ou necessidade.
Um produto ou serviço é dito certo ao consumo quando atende as necessidades e desejos
de seus consumidores alvos, segundo Cobra (1997) um produto deve ter:
• Qualidade e Padronização – em termos de características, desempenho e acabamentos.
18
• Modelos e tamanhos – que atendam as expectativas e necessidades.
• Configuração - a apresentação do produto em termos de apresentação física,
embalagem, marca e serviço.
O produto deve ser apresentado ao mercado com o intuito de atender as necessidades e
expectativas dos clientes tendo, como pontos fortes, algumas características como a marca,
qualidade, um diferencial, valor agregado ou um bom serviço de apoio.
Cobra (1992, p. 43) afirma que:
Para satisfazer as necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com nome atraente de marca, acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos com serviços e quantias ao usuário que proporcionem adequados retornos financeiros ás organizações.
O produto é o elemento fundamental no composto de marketing, pois é através dele que a
empresa vai analisar o perfil do consumidor final ao adquiri-lo, por isso deve-se
primeiramente elaborar e verificar se o produto vai satisfazer as necessidades e os desejos do
consumidor. Necessitando que seja de boa qualidade, que possua várias opções que irá atrair o
cliente.
O segundo elemento do composto de marketing é o preço, com isso destaca-se sua
finalidade.
Para Kotler (1998) a empresa deve estabelecer seu preço pela primeira vez quando
desenvolve ou adquiri um novo produto, lança um produto regular em novo canal de
distribuição ou área geográfica e quando entra em uma concorrência pública.
Segundo McCarthy e Perreault (1997) preço deve ser fixado corretamente e Além de
desenvolver o produto, o ponto-de-venda, a promoção corretos, os gerentes de marketing
devem também definir o preço certo. Ao fixar um preço, devem considerar o tipo de
concorrência no mercado-alvo e o custo total do composto de marketing. Devem também
tentar estimar a reação do consumidor a possíveis preços.
O preço é o único elemento do composto de marketing que produz receita, sendo também
o mais flexível, pois pode ser rapidamente modificado, ao mesmo tempo, o estabelecimento
de preço são os principais problemas enfrentados por muito executivos de marketing, todavia
muitas empresas não lidam bem com os preços (KOTLER, 1998).
Cobra (1992, p. 43) afirma que:
19
É preciso que o preço, divulgado pelas listas de preços a cliente e a consumidores, seja justo e proporcione descontos estimulantes à compra dos produtos ou serviços ofertados, com subsídios adequados e períodos (prazos) de pagamento e termos de crédito efetivamente atrativos.
A seguir será apresentado o próximo elemento do composto de marketing, o ponto-de-
venda.
O ponto-de-venda ou distribuição precisa levar o produto com agilidade e precisão através
dos canais de distribuição adequados, com uma garantia de que não deixe faltar produto em
nenhum mercado importante, estabelecendo para isso fábricas, depósitos, distribuidores e
dispondo ainda de um inventário de estoques para suprir as necessidades de consumo através
de recursos de transportes convenientes (COBRA, 1992).
De acordo com McCarthy e Perreault (1997) as decisões sobre o ponto-de-venda
(distribuição) envolvem as tarefas de levar o produto certo ao local onde está o consumidor.
Para Kotler (1998) ponto-de-venda ou praça é uma ferramenta chave, que inclui as várias
atividades assumidas pela empresa para tornar o produto acessível e disponível aos
consumidores-alvos.
O último elemento do composto de marketing a ser apresentado é a promoção.
Em relação à promoção McCarthy e Perreault (1997) dizem que esta ferramenta comunica
e vende produto ao consumidor. Para os autores trata-se de comunicar ao mercado-alvo o
produto certo. Para Richers (2000, p. 339) na promoção um dos objetivos primordiais é
reconquistar a confiança do consumidor. E segundo Kotler (1998) promoção inclui todas as
atividades desempenhadas pela empresa para comunicar e promover seus produtos ao
mercado-alvo. De acordo com McCarthy e Perreault (1997) a promoção inclui venda pessoal,
venda em massa e promoção de vendas, onde quem tem esse trabalho é o gerente de
marketing combinar esses métodos.
De acordo com Vavra (1993) o composto de marketing reconhece plenamente o valor das
atividades de retenção de clientes. Manter clientes exige que as empresas e organizações
demonstrem cuidado e interesse por eles após terem feito a compra.
Analisando todos os elementos do composto de marketing pode-se verificar a
importância de fazer uma análise ambiental para poder elaborar as estratégias de marketing.
Com isso no próximo capítulo será apresentado à análise ambiental.
20
2.3 Marketing de Relacionamento
Nesse capítulo será discutido sobre um tema muito importante, o Marketing de
Relacionamento.
McKenna (1992) trata o marketing de relacionamento como um aspecto fundamental
para fazer negócios envolvendo todas as partes da organização numa função de construção e
sustentação da infra-estrutura de relacionamentos de clientes. É a integração de clientes à
empresa, desde o projeto, desenvolvimento, processos industriais, e de vendas. Todos os
empregados precisam estar no negócio de construir relacionamentos de clientes.
O marketing de relacionamento é o processo de identificação e criação de novos
valores com clientes e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de
parceria, incluindo a percepção das necessidades e desejos dos clientes. (GORDON, 2002)
Segundo Bogmann (2002) o marketing de relacionamento visa criar, manter e acentuar
sólidos relacionamentos com os clientes e outros públicos. É a forma como as empresas
conquistam seu cliente, conhecem-no, mantém contato com ele, visando assegurar o
atendimento daquilo quer (deseja) e verificando se ele está obtendo o que foi prometido.
Isto é, conforme Vavra (1993, p. 26) “um processo social e gerencial pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e mudança
de produtos, bens e serviços de valor entre si”.
O mesmo autor ressalta que o marketing de relacionamento é uma tentativa dentro da
organização de desenvolver ligações de longo prazo com seus clientes, com vistas à
conservação de benefícios mútuos. A empresa deve identificar seus clientes atuais, mantendo
sempre relações estreitas, através de tecnologias da informação, como banco de dados
informatizado sobre o perfil de seus clientes, pois todo o negócio começa e termina com o
cliente.
Segundo Levitt (1990) o marketing de relacionamento seria como um casamento entre o
cliente e a empresa, sendo que neste casamento deve existir uma interdependência, onde cada
um tem seu objetivo, mas que no final os dois tenham sucesso e benefícios.
De acordo com Las Casas (2001, p. 102) marketing de relacionamento é o processo de
criar, manter e intensificar relacionamentos fortes e valiosos com os clientes. Onde as
21
empresas deixam de se concentrar apenas nas transações para se preocupar com a construção
de relacionamento lucrativo a longo prazo com os clientes.
A abordagem do marketing de relacionamento parte do princípio de que a manutenção
do cliente no longo prazo é mais vantajosa, tendo em vista que o custo de obtenção de um
novo cliente é maior que o da manutenção dos existentes. (ZEITHAML, 1996).
Para que a empresa possa encantar o cliente, é necessário criar um novo valor para o
mesmo, reconhecendo o seu papel fundamental não apenas por ser um consumidor, mas por
fazer parte da definição do valor que deseja, planejando e alinhando os processos da maneira
que o cliente necessita, procurando estruturar uma cadeia de relacionamento dentro da
empresa. (GORDON, 2002)
O marketing de relacionamento segundo Vavra (1993) é de suma importância para as
organizações tanto para manter clientes atuais como para conquistar novos. O autor desça
ainda que a empresa poderá obter bons benefícios a partir de uma informação valiosa, um
deles é a possibilidade de fornecer com qualidade produtos e serviços.
Atualmente, cada vez mais as empresas estão reconhecendo a importância de
satisfazer e reter seus clientes (KOTLER, 2000).
Outra característica do marketing de relacionamento, segundo Bogmann (2000, p.23) é
ser “... essencial ao desenvolvimento da liderança no mercado, a rápida aceitação de novos
produtos e serviços e a consecução da fidelidade do consumidor. A criação de relações sólidas
e duradouras é tarefa árdua, e de difícil manutenção”.
Para Gordon (1998) marketing de relacionamento é um processo contínuo de
identificação e criação de novos valores com clientes individuais.
Marketing de relacionamento é a prática da construção de relações satisfatórias em longo prazo com partes-chaves – consumidores, fornecedores e distribuidores – para reter sua preferência e negócios em longo prazo. A figura a seguir mostra o processo de desenvolvimento do consumidor. (KOTLER, 1998)
A figura a seguir mostra o processo de desenvolvimento do consumidor.
22
Figura 1 – Processo de desenvolvimento do consumidor
Fonte: KOTLER, 1998, p. 59
Observando a figura 1, os consumidores prováveis são aqueles que provavelmente se
tornarão consumidores assíduos dentro de uma organização. Esta deve ter um
desenvolvimento de relações de fidelização com seus clientes, para que assim possam passar
de consumidores prováveis para consumidores potenciais. Mas a empresa/instituição deverá
observar seus clientes atentamente, para que eles não se tornem clientes insatisfeitos, ou
consumidores inativos (ex-consumidores).
Para Kotler (1998) os consumidores prováveis são os que dão partida no processo, são
os que podem comprar, e ainda, ressalta que é mais fácil recuperar consumidores do que
encontrar outros novos.
De acordo com Vavra (1993) para que a organização obtenha um bom marketing de
relacionamento com seus clientes, deve-se primeiramente respeitar e reconhecer o desejo ou
necessidade de seus clientes.
Segundo Gordon (2002, p. 86) o profissional de marketing de relacionamento tem um
novo cardápio de variáveis para administrar. Os 11 Cs do marketing de relacionamento que
substituem os 4 Cs, são eles:
1) Cliente - um papel fundamental do profissional de marketing de relacionamento é
definir quais os clientes que serão atendidos, o vínculo e outros objetivos a serem alcançados
23
e as estratégias a serem seguidas no trabalho com os clientes escolhidos para conseguir
mútuos benefícios.
2) Categorias - o profissional de marketing de relacionamento deve definir o alcance das
ofertas do produto e de serviço a serem fornecidas ao cliente.
3) Capacidades - o profissional de marketing de relacionamento deve estabelecer quais
capacidades exigidas pela empresa de modo a oferecer aos seus clientes o valor que eles
desejam.
4) Custo, lucratividade e valor – uma função-chave do profissional de marketing de
relacionamento é construir a lucratividade do cliente, basicamente por meio da criação de
novos valores com os clientes e depois com a partilha dos mesmos.
5) Controle do contato com os processos monetários – o profissional de marketing de
relacionamento deve administrar e controlar os processos associados aos contatos da conta
através da garantia do recolhimento do dinheiro.
6) Colaboração e integração – o profissional de marketing de relacionamento precisa
assumir um papel ativo na garantia de acesso aos principais tomadores de decisão, apoiar o
aprendizado conjunto, a divisão estratégica e outras formas de colaboração estratégica e
operacional que levam à integração de alguns aspectos dos negócios do cliente com os do
fornecedor.
7) Customização – a criação de novo valor para o cliente provavelmente significa que a
empresa precisará customizar aspectos do desenvolvimento do produto e serviços, da
produção e/ou distribuição, e talvez assumir um papel mais abrangente na administração do
produto ou serviço durante todo tempo de vida desses.
8) Comunicação, interação e posicionamento – o profissional de marketing de
relacionamento envolve o cliente com comunicações interativas e em tempo real, não com
promoções que são enviadas indiscriminadamente para ele, como mensagens transmitidas
pela televisão ou catálogos de mala direta produzidos em massa.
9) Cálculos sobre o cliente – o profissional de marketing de relacionamento precisa
rastrear o desempenho da empresa na mente do cliente.
10) Cuidados com o cliente – na era do marketing tradicional, o cuidado com o cliente
pode ter sido visto mais estreitamente como atendimento ao cliente.
11) Cadeia de relacionamentos – compreende as ligações formais dentro da empresa e com
os participantes externos, especialmente com os fornecedores e os canais intermediários de
distribuição, que permitem à empresa criar o valor que os clientes finais desejam.
24
Gianesi e Corrêa (1994, p. 74) afirmam que “quando há uma ligação formal entre
empresa e cliente, a empresa percebe uma série de benefícios provenientes da freqüência de
compra do cliente. A empresa conhece melhor seus clientes, suas necessidades e o uso que
fazem dos serviços recebidos. Este relacionamento mais intenso geralmente resulta no
aumento de fidelidade do cliente em relação a um fornecedor especifico”.
Figura 2 – Os diversos tipos de cliente em função do resultado do processo de serviço
Fonte: Gianesi e Corrêa, 1994 p. 75
A figura 2 mostra que o relacionamento do cliente e a empresa que pode ser
influenciado com o processo de prestação de serviço. Podendo o cliente ser freqüentador
assíduo da empresa, sendo valorizado através do atendimento as suas expectativas. E existe
também o cliente que se a empresa não consegue atender as suas expectativas, será um cliente
não assíduo, ou seja, será um cliente que não irá retornar a empresa. O cliente novo é aquele
cliente que ainda não conhece a empresa, os produtos que ela oferece e não sabe se a mesma
irá conseguir atender suas expectativas em relação aos seus desejos e necessidades, tornando
assim evidente a busca de informações através de recomendações para poder com isso ter
conhecimento da empresa.
Segundo Gordon (2002, p. 45) o marketing de relacionamento possui oito
componentes sendo eles:
• Cultura e valores – As diferenças culturais extremas podem prejudicar a formação e a manutenção de um bom relacionamento, por este motivo os valores e a cultura dos clientes devem ser conduzidos para formar relacionamentos duradouros.
• Liderança – A liderança deve ser partilhada como uma virtude e entender o significado real de um relacionamento antes de comprometer a empresa. No
25
caso de empresas que disponham de um poder de barganha junto aos clientes e fornecedores, é função desse iniciar o marketing de relacionamento de acordo com os interesses de sua empresa, dos clientes e dos fornecedores.
• Estratégia – Precisa ser centrada no cliente, com objetivos e estratégias de relacionamento voltadas para o cliente individual.
• Estrutura – Ir além de consideração das estruturas organizacionais tradicionais, tais como unidades de negócio organizadas por produto ou mercado. Considerar a organização por relacionamento e capacidade.
• Pessoal – Treinar, desenvolver e transformar o pessoal em percussor de um processo que busca criar aliança com o cliente e sua preferência na hora da compra.
• Tecnologia – Empregar tecnologia para dispor de um sistema de memória mais eficiente sobre os clientes. Dar aos clientes as opções de comunicação que eles querem ajudá-los a repetir a experiência de compra.
• Conhecimento e percepção – Investir em conhecimento e percepção do cliente, e praticar contentemente e intensamente.
• Processos – Concentrar os processos em torno dos clientes existentes, dando a cada um o valor que deseja e comunicando como desejam de envolver com a empresa.
Segundo Bogmann (2000) o potencial da influência estratégica inicia na mudança
estratégica e seleciona suas metas e modalidades, ao passo que o potencial de ação estratégica
afeta o curso e os resultados das escolhas.
2.4 Funções do Marketing de Relacionamento
Por se tratar de uma teoria em fase de consolidação, a forma de definir as funções do
marketing de relacionamento variam muito. Para esse trabalho, recorreu ao trabalho de
Ferreira & Sganzerlla (2000), por retratar uma abordagem atualizada e próxima à realidade do
mercado.
Os autores dividem as funções em dois blocos:
• Gestão do planejamento estratégico de marketing – inclui as funções tradicionais de
definir o posicionamento de marketing, propaganda, promoção, pesquisa, novos
produtos e canais de venda.
• Gestão de marketing de relacionamento – inclui banco de dados; serviços a clientes;
Manutenção / retenção / mensuração; comunicação com os clientes e endomarketing.
26
Figura 3 – As funções do marketing
Fonte: Adaptado de FERREIRA & SGANZERLLA
A seguir será apresentado os cinco aspectos descritos na figura 3:
* Banco de Dados: seja qual for o nível de interação com o cliente, o Marketing de
Relacionamento necessita de ferramentas que possam contribuir para a construção de
relacionamentos produtivos com o cliente.
Os chamados “Customer Relationship Management (CRM)”, ou ainda “Front Office
Applications” sustentam a informa cão como ferramenta de identificação e diferenciação de
cada cliente, ressaltando que as informações obtidas não devem apenas seguir estratégias pré-
definidas, mas devem também influenciar tais estratégias.
Os dados precisam ser armazenados, os contatos sistematizados e os resultados têm de
ser mensurados. No entanto é também essencial que as informações obtidas e armazenadas no
relacionamento com o cliente devam ser utilizadas para a elaboração das estratégias da
empresa, ou seja, devam alimentar a empresa no planejamento, nos níveis estratégicos, tático
e operacionais.
* Serviços a Clientes: nessa função, Ferreira & Sganzerlla (2000) destacam que, por trás
dos serviços prestados aos clientes, está à interação com os mesmo e o Marketing de
relacionamento apóia-se nessa interação. A interface entre a produção e o consumo deve
promover a interação, pois depois que um produto ou serviço é entregue, o que garantem
novas vendas é a interatividade da empresa com o cliente. É importante destacar que o
marketing de relacionamento exige, justamente, interações freqüentes com os clientes, sendo,
27
portanto, essencial que a empresa planeje essas interações, que se traduzem em serviços aos
clientes, como o atendimento aos clientes por correspondência, telefone ou Internet.
* Comunicação com os clientes: o Marketing de Relacionamento pressupõe diálogo
entre a empresa e os clientes, e que a comunicação seja individual. Portanto, é essencial que
as interações foquem uma geração mútua de valor, relação de confiança, comprometimento e
cooperação. Segundo Ferreira e Sganzerlla (2000) a diferença fundamental entre a
interatividade no marketing tradicional e no de relacionamento é que a primeira serve de
intermediaria entre a produção e o consumo; e a segunda, de realizadora entre a produção e o
consumo.
A comunicação apóia-se amplamente no Marketing Direto, que conforme Stone
(1992), “(...) é um sistema interativo que usa uma ou mais mídias para obter uma resposta
mensurável, e uma transação em qualquer lugar”.
Portanto, para que haja uma comunicação focada no relacionamento, verifica-se nas
características do Marketing Direto a relação intrínseca existente: interatividade – interação
um a um, ou seja, é personalizado entre a empresa e o consumidor; utiliza, de forma
integrada, uma ou mais mídias, obtendo um índice maior de respostas; mensuração da
resposta: todas as ações podem ser mensuradas, sabendo qual foi a resposta e de quais
clientes, permitindo testes e bisca constante da melhor performance; comunicação pertinente e
individualizada: não são mensagens generalizadas, mas relevantes aos clientes; resposta
direta: é essencial que seja disponibilizado aos clientes um vinculo de resposta.
* Endomarketing: o termo endomarketing foi criado por Bekin (2000) e considera os
funcionários como clientes internos que precisam ser satisfeitos para darem o melhor de si e
garantirem o sucesso da empresa.
Para Ferreira & Sganzerlla (2000), numa empresa todos servem a alguém, se o
funcionário não tem contato direto com o cliente, está servindo outro funcionário que tem esse
contato, portanto todos trabalham para o cliente.
Para o desenvolvimento do Marketing de relacionamento, o processo de
conscientização dos funcionários sobre a importância para a satisfação dos clientes é ainda
mais relevante, exigindo prática e técnica intensa, considerando que, após o “feedback” do
cliente, é preciso haver disposição para mudanças e melhorias.
28
A participação dos executivos de primeiro escalão é fundamental nessa abordagem,
pois demonstra o comprometimento da empresa ao longo do prazo com a estratégia. A
liderança deve promover uma atitude, em toda a empresa, focada no cliente. É essencial que,
antes mesmo de iniciar as ações que promovem o relacionamento com os clientes externos,
todos os funcionários estejam cientes de seu papel no processo de satisfação daqueles e no
reflexo de seu trabalho no resultado final, ou seja, na percepção do cliente quanto à qualidade
do serviço recebido.
* Ações de Manutenção / Retenção de clientes: De forma geral, a manutenção e retenção
dos clientes ocorrem em decorrência do relacionamento constante e diferenciado. Para isso, os
programas de fidelização tem sido importantes na construção de relacionamentos entre
empresas e clientes. Embora não deva confundi-los com compras repetidas em razão de
descontos e ofertas, considerados erroneamente como Programas de Fidelização.
A manutenção e retenção de clientes relacionam-se com a satisfação com o
produto/serviço ou com seus atributos; a percepção de valor em relacionar-se com a empresa é
o fato decisivo. Para isso, é essencial atender às necessidades, desejos e valores, pois
constantemente a comunicação deve reforçar a percepção positiva, com mensagens certas, nos
momentos adequados e pela mídia correta.
Segundo Rapp & Collins (1996), algumas regras básicas devem ser respeitadas,
desenvolver um ciclo de comunicação com o cliente fazer junto com o cliente; ouvir
cuidadosamente; pesquisar respeitosamente; descobrir a força da propaganda de resposta
direta; transformar compradores em adeptos. Nessas “regras”, fica explícita a importância da
mensuração, ou seja, de se desenvolver pesquisas sistemáticas com os clientes, desde que o
mesmo se disponha a cooperar, devendo analisar a possibilidade de recompensá-lo, pois ouvir
e pesquisar leva a conclusões que direcionam os próximos contatos.
Toda empresa diz ter uma estratégia de marketing, o que seria correto, pois seja
pequena ou grandes todas precisam de um plano bom e durável para seguir. Mas muitas não
acreditam nisso, avaliam as estratégias como meramente uma boa opção, se enganam, pois a
estratégia de marketing é o coração e a alma de uma empresa saudável (BEEMER e SHOOK,
1998).
Andrews (1992) afirmar que quando a organização estabelece uma estratégia ele está
escolhendo uma individualidade empresarial e definindo o seu papel no mercado.
29
Chandler (1998) entende que a estratégia pode ser definida como a determinação de
metas e objetivos básicos de uma empresa no longo prazo, bem como os cursos de ação
necessários à realização dessas metas.
Da mesma forma, Macrimmon (1993) considera que estratégia é uma série coordenada
de ações, tendo um escopo compreensivo, e sendo condicionada aos eventos do meio
ambiente e às ações de outros agentes. Para o autor, uma única ação não pode ser considerada
estratégia, mas uma série delas, ainda mais quando elas são sistematicamente escolhidas
buscando o alcance de um objetivo.
Segundo Gordon (2002, p. 63), historicamente, a estratégia de marketing envolvia a
seleção de segmentos de mercado alternativos para alcançar, em seguida, a alocação de
recursos financeiros e outros de acordo com um conjunto de ações de marketing (mix de
marketing) para servir a cada segmento. Esse conjunto compreende produto, preço, promoção
e praça/distribuição, os chamados quatro P’s do marketing.
Há cinco atributos que Beemer e Shook (1998) consideram como essenciais para uma
implantação de uma estratégia de marketing bem sucedida:
- Identificar as necessidades dos clientes e descobrir uma forma de atendê-los: estar
sempre à frente do concorrente, procura ser o numero um em atender as necessidades.
- Estabelecer uma identidade própria ao criar uma posição exclusiva de venda: expor ao
cliente claramente o que oferece e o que diferencia do concorrente.
- Mostrar ao consumidor que a empresa existe: abrir caminho na multidão para mostrar
ao cliente que a empresa tem a oferecer o que o mesmo necessita e também ao introduzir um
novo produto informá-lo das vantagens em relação a outras opções do mercado.
- Desenvolver um plano de distribuição: determinar canais apropriados para a
distribuição do produto, pois produto certo na loja errada jamais atingirá os objetivos da
empresa.
- Entender que vivemos em um mercado em constantes mudanças: nenhuma estratégia
de marketing dura para sempre, então estar sempre se adaptando as mudanças do mercado e
muitas vezes anteciparem-se as mesmas, tendo em mente que um plano errado prejudicará sua
empresa, mas ficar de braços cruzados na defensiva não vale à pena, pois em longo prazo,
sempre resulta em fracasso.
Gordon (2002, p. 79) ressalta que a estratégia de marketing de relacionamento:
30
(...) compreende a seleção de clientes prioritários e o enfoque de capacidades que podem ser adaptadas às expectativas desses clientes. Se a intenção é criar continuamente valores mútuos com os clientes individuais, o profissional de marketing não deve mais se concentrar no produto e em sua produção, comunicação, distribuição e promoção de massa. Em vez disso, deve prestar atenção ao desenvolvimento de capacidades que permitam aos clientes prioritários obter o valor que procuram individualmente.
De acordo com Hooley at alli (2001) os métodos para se construir o relacionamento
com o consumidor podem ser agrupados em três categorias: construção de benefícios
enriquecidos de lealdade; criação de laços estruturais e criação de consumidores satisfeitos.
* Construindo benefícios enriquecidos de lealdade: Este é o método em que a empresa
cria benefícios financeiros ou sociais para o cliente de acordo com o prazo de relacionamento
entre os dois.
Entre os benefícios financeiros estão os descontos por volume de compra ou por compra
repetida. Já os benefícios sociais podem incluir o estabelecimento de agrupamentos sociais
regulares, a hostilidade corporativa ou os eventos sociais patrocinados por uma firma na qual
seus clientes podem encontrar outros clientes que tenham interesses comuns, e possam
desenvolver relacionamentos comerciais.
* Construindo laços estruturais e compromissos: As empresas podem criar laços
estruturais com seus clientes por meio da oferta de benefícios enriquecidos, de acordos legais
ou da troca de conhecimento que o cliente não poderia ter por intermédio de um outro
fornecedor.
Quando há laços estruturais fortes, mesmo clientes um pouco insatisfeitos tendem a
permanecer com o mesmo fornecedor, devido ao alto custo de troca.
* Criando consumidores contentes: O principal método para transformar um cliente
em advogado ou parceiro é das a ele um pouco mais do que ele espera. Segundo Reichheld
(1995), 65% a 85% dos consumidores que mudam dizem que estavam satisfeitos com o antigo
fornecedor. Assim, para aumentar as chances de retenção dos clientes, a empresa precisa
proporcionar um pouco mais de valor do que o cliente espera.
De uma forma mais abrangente, pode-se separar as estratégias de retenção em quatro
níveis. (apud Caigawa, Maçazzo; Toledo, Rocha)
Nível 1 – Laços Financeiros
31
Conforme já mencionado, é quando o cliente passa a ter benefícios financeiros por
manter o relacionamento com a empresa.
A premiação por volume e freqüência é muito fácil de encontrar. Muitas empresas
adotam esta estratégia, porque é fácil de implementar e traz retornos em curto prazo. Por outro
lado, já não é um diferencial de longo prazo, pois é muito fácil de ser imitado.
Outro tipo de estratégia que visa manter os laços financeiros é a venda de serviços
associados e complementares. Isso acontece quando a empresa dá benefícios a seus clientes
por utilizar serviços associados ao seu, por exemplo, as empresas aéreas que dão milhagens,
caso o cliente se hospede em determinada rede de hotéis ou alugue um carro de uma locadora
determinada.
Um terceiro tipo de estratégia é a manutenção de preços constantes aos clientes fiéis,
ou de aumentos de preço inferiores aqueles que são praticados para os novos clientes.
É preciso ter muito cuidado para implementar este tipo de programa, pois eles são
facilmente copiados e podem não alcançar os seus objetivos. Ao implementar um programa
assim, deve-se buscar realmente aumentar o uso, e não atrair novos clientes, pois isso causará
uma imigração interminável entre os concorrentes. Estas estratégias somente terão sucesso se
os clientes percebem o valor ampliado do serviço.
Nível 2 - Laços Sociais
As empresas que atuam neste nível de retenção buscam construir relacionamentos por
meio de laços sociais e interpessoais. Os profissionais de marketing devem buscar formas de
manter contato com os clientes para desenvolver vínculos sociais com os mesmos. Ficar em
contato contínuo com o cliente permite que a empresa entenda como suas necessidades vão se
modificando. Além disso, os contatos constantes, sendo eles pessoais ou não, servem para
aumentar as chances de o cliente permanecer na empresa.
As relações entre o pessoal de vendas ou os representantes da empresa e os clientes
fortalecem o relacionamento, pois ao longo do tempo os vendedores constroem vínculos
interpessoais, os quais fortalecem os laços com a empresa a qual representam.
Em outras situações o que pode garantir a fidelidade são os relacionamentos sociais
entre os próprios clientes, mais do que entre cliente e fornecedor.
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Os laços sociais não fixam o cliente na organização, mas por serem mais difíceis de
serem limitados, podem encorajar os clientes a permanecerem com o mesmo fornecedor. Se
combinadas com incentivos financeiros, estas estratégias podem ser muito eficazes.
Nível 3 – Laços de customização
A fidelidade dos clientes pode ser estimulada alem dos laços financeiros e sociais, mas
também mediante o conhecimento dos clientes e o desenvolvimento de soluções “um a um”,
para atender as necessidades individuais.
Uma das maneiras é a customização em massa, definida por Hart (1996) como o uso
de processos flexíveis e estruturas organizacionais a fim de produzir produtos e serviços
variados e freqüentemente individualizados ao preço de produtos e serviços padronizados,
como se fossem alternativas de produção em massa”. Isso significa fornecer serviços e
produtos projetados para atender as necessidades individuais dos clientes.
Os laços de customização acontecem quando a empresa busca ter intimidade com seus
clientes, utilizando-se de sistemas de informação que irão acompanhar todos os pontos de
contato do cliente com a empresa, para que ela passe a conhecer o seu comportamento e suas
necessidades, e a partir daí possa oferecer produtos e serviços customizados e até mesmo se
antecipar as suas necessidades.
Nível 4 – Laços Estruturais
Essas estratégias são difíceis de serem imitadas, e abrandem igualmente todos os
outros níveis. Os laços estruturais são criados para o fornecimento de serviços como um
agregado ao serviço principal destinado ao cliente. Com freqüência esses laços são criados
pela utilização de tecnologia e servem para tornar o cliente mais produtivo.
Como já mencionado anteriormente, mesmo os cliente insatisfeitos tendem a
permanecer com o mesmo fornecedor devido ao alto custo de troca, portanto pode haver uma
restrição do cliente em querer manter uma ligação deste nível com seu fornecedor.
Apenas a implantação do gerenciamento da fidelização de clientes e dizer que tem um
bom relacionamento com o cliente não são garantia do sucesso. É necessária a contínua
checagem e controle da eficácia das ações previstas e a pesquisa dos motivos da perda de
clientes. (REICHHEL, 1996, p. 74)
A administração de relacionamentos requer a criação e o constante desenvolvimento de
sistemas para administrá-los, mantê-los e reforçá-los. Como na administração de qualquer
33
coisa, isto implica quatro velhos passos muito conhecidos, por mais desgastados que possam
parecer (LEVITT, 1990, p. 132):
Percepção: Mostrar que se trata de um problema e que este tem custos. Mostrar que se
trata de uma oportunidade e que esta tem benefícios.
Avaliação: Determinar em que pé a empresa se acha no momento, especialmente em
comparação com o que é necessário fazer para a obtenção dos resultados desejados.
Prestação de contas: Estabelecer relatórios regulares sobre relacionamentos individuais
e depois sobre relacionamentos de grupo, de modo que possam ser cotejados com outras
medidas de desempenho.
Ações: Tomar decisões e fazer alocações, estabelecendo rotinas e comunicações em base
de seu impacto sobre os relacionamentos visados. Reforçar constantemente a percepção e as
ações.
Embora a ferramenta mais comentada hoje seja o CRM – Customer Relationship
Management existem outras que também podem ser trabalhadas no sentido de melhorar o
relacionamento com os clientes.
2.5 Satisfação
Atingir a satisfação dos clientes é uma tarefa árdua e ao mesmo tempo muito
desafiadora para as organizações, assim segundo Cunha (1997, p.117):
No mercado podemos gerar uma forte identificação da imagem da empresa pelos clientes, conhecer seus gostos, necessidades, preferências. Tem que falar a mesma língua, que eles para saber determinar os valores ou critérios com que decidem comprar ou consumir alguma coisa. Tem que se dar conta de que os clientes reagem às ações desenvolvidas pela empresa, através dos seus produtos e serviços e se eles reagirem de maneira negativa a atitudes que as empresas tomaram sem conhecer seus clientes, qualquer outra estratégia para recuperá-lo será inútil.
A satisfação pode ser definida como a extensão pela qual as expectativas dos clientes
sobre um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que recebem. (VAVRA,
1993)
Em termo de satisfação, Tasca e Caldwell (1997), definem-na como um sentimento e
uma atitude, tendo em vista, as pessoas viverem um relacionamento com o produto que
compram, se torna incorreto ao medir satisfação atinar-se para os aborrecimentos e não para
fazer proporcionado pelo produto ou serviço.
34
Segundo Giglio (1996, p.14) “a satisfação do cliente é o principio e o fim de nosso
trabalho”. Sendo assim, as empresas que desejam vencer e sobreviver precisam desenvolver
uma nova filosofia ou estratégia de trabalho para oferecer valor superior a seus consumidores-
alvos. Somente as empresas cujo objetivo for encantar o cliente são as que permanecerão no
mercado.
Lovelock (2003) define satisfação como: o grau de entendimento e atendimento das
expectativas dos clientes em relação a um produto ou serviço. Conhecer os clientes e o que
esperam, avaliando suas expectativas, se são realistas ou idealistas e estimar em que grau esta
satisfação deve ocorrer, são esses os ingredientes-chave para obter a satisfação do cliente.
Para Kotler (1998) a satisfação é função do desempenho percebido e das expectativas:
se o desempenho atender (ou exceder) às expectativas, o consumidor ficará satisfeito (ou
altamente satisfeito), e se ficar aquém das expectativas o consumidor ficará insatisfeito.
Vavra (1993, p.165) ressalta que: ao considerar basicamente as expectativas dos
consumidores, satisfação pode ser definida como: “a extensão pela qual as expectativas, dos
clientes sobre um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que recebem”.
Segundo Kotler (2000, p. 58) define satisfação como: “consiste na sensação de prazer ou
desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um
produto em relação às expectativas do comprador”.
Já Lovelock (2001) enfatiza o aspecto temporal relacionado a satisfação, definindo da
seguinte forma: “uma reação emocional de curto prazo ao desempenho específico de um
serviço”.
Os autores Cunha (1997), Giglio (1996), Kotler (2000), Vavra (1993) e Lovelock (2001)
ressaltam claramente sua posição em relação à satisfação, resultando na análise da percepção
e as expectativas. Sempre enfatizando que a satisfação está ligada direta e indiretamente ao
status, praticidade, necessidades, valor sentimental e emocional do consumidor-alvo.
Para Godri (1997) o consumidor sofre constantes mudanças nos seus hábitos de vida.
Ele destaca alguns aspectos como:
• Famílias pequenas: os produtos serão adaptados a essa tendência. Serão menores, haverá porções individuais.
• Ceticismo insistente: o consumidor não confia tanto quanto antes, as empresas terão que cumprir com o que prometem.
• Menor fidelidade às marcas: o consumidor mudará freqüentemente para conhecer novos produtos.
35
• Aumenta o número de idosos: são mais exigentes e não acreditam muito em propaganda.
• Polarização: os consumidores da classe média estão desaparecendo, haverá produtos e serviços para a classe alta ou classe baixa.
A satisfação do cliente é a relação entre o que ele visualizou ou sentiu e o que esperava.
Almeida (2001) afirma que: a expectativa é o que o cliente espera de algo. A percepção é
como o cliente percebe o serviço ou o atendimento prestado pela empresa. A percepção difere
de pessoa para pessoa, ela é única, cada cliente possui uma percepção do serviço ou
atendimento oferecido por alguma empresa.
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
O principal objetivo desse trabalho é o desenvolvimento de estratégias de marketing
de relacionamento para empresa Jungconsult. Partindo de seu objetivo geral a presente
pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso. De acordo com Bonoma (1985), o estudo de
caso é uma descrição de uma situação gerencial, que envolve um ciclo de revisão de teoria-
dados-teoria, o que o torna passível de ser utilizado na situação da empresa Jungconsult. E Gil
(1996) destaca que um estudo de caso tem como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis.
Farina (1997) observa que a elaboração de um estudo de caso deve ser feita em estreita
colaboração com a instituição objeto de estudo, visando apresentar uma situação problema
que exija tomada de decisão, pois é necessário o levantamento de dados que somente serão
obtidos na empresa pesquisada. No caso da Jungconsult do Brasil foram utilizados dois
instrumentos para coleta de dados. Primeiro fez-se uma entrevista com a pessoa responsável
pelo marketing da empresa. Onde o roteiro da entrevista consta no Apêndice A. Na entrevista
foram abordados os seguintes aspectos: saber qual público–alvo da empresa; como a
Jungconsult trabalha para obter a satisfação dos clientes; saber se a empresa se preocupa com
a fidelização e lucratividade; se desenvolve produtos / serviços personalizados; como é
gerenciado e desenvolvido a comunicação com os clientes.
O segundo instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, com questões
fechadas e abertas (APÊNDICE B). Para determinar as perguntas do questionário, levou-se
em consideração os objetivos deste trabalho e procurou focá-las em cima destes, o
questionário (APÊNDICE B) foi composto por 10 questões. Das quais as questões de 1 a 6
foram elaboradas em relação a empresa e os produtos; a questão número 7 em relação ao grau
de satisfação dos clientes organizacionais em relação, a de número 8 para saber se a empresa
possui algum diferencial em relação ao concorrente, a 9 foi elaborada para saber qual nota os
cliente dariam ao relacionamento da empresa com a sua empresa, e a 10 foi solicitada dar
sugestões para melhorar o relacionamento com a empresa.
A partir dos instrumentos de coleta de dados a pesquisa em relação à natureza dos
dados é considerada qualitativa e quantitativa.
37
A pesquisa de abordagem qualitativa segundo Richardson (1990, p. 90) pode ser
“caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e
características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de
medidas quantitativas de características e comportamentos”. E ainda de acordo com Kirk &
Miller (1986, apud MATTAR, 1999, p. 77), “a pesquisa qualitativa identifica a presença ou
ausência de algo, enquanto a quantitativa procura medir o grau em que algo está presente”.
Segundo Gil (1995) acrescenta que o emprego da abordagem quantitativa pode levar a
importantes inferências, esclarecendo a natureza das relações estatisticamente verificadas
entre as variáveis e proporcionado uma nova visão acerca do problema, muitas vezes,
conduzindo a novas hipóteses.
Segundo Roesch (1996) população de uma pesquisa é:
... um grupo de pessoas ou empresas que interessa entrevistar para o propósito especifico de um estudo, dependendo do tamanho da população, o tempo dos entrevistadores, custo da pesquisa, ou ainda capacidade de processamento de dados, faz-se necessário extrair uma parcela desta população para investigar desse modo, utiliza-se o processo de amostragem
Nessa pesquisa a população são todos clientes organizacionais da Jungconsult.
Atualmente a empresa atende em média 235 clientes organizacionais ativos, que compram
direto da fábrica. Como amostra, foram pesquisados 8 dos clientes que possuem maior
volume de compra e que estavam dispostos a responder a pesquisa. O questionário junto aos
clientes organizacionais foi aplicado via telefone e o roteiro de entrevista foi respondido via e-
mail. A pesquisadora também foi na empresa e observou o ambiente de trabalho. A pesquisa
junto aos clientes teve início no dia 27 de setembro e terminou no dia 30 de outubro.
Segundo Lakatos & Marconi (1992, p. 108) amostra é “uma porção ou parcela,
convenientemente selecionada do universo (população); é o subconjunto do universo”.
E para Mattar (2001, p. 133) “a idéia básica de amostragem em um processo de pesquisa
de marketing é de que a coleta de dados relativos a alguns elementos da população e sua
análise pode proporcionar relevantes informações sobre toda a população”.
Foi realizada pela pesquisadora uma entrevista através de um roteiro/questionário com a
diretora da empresa, aplicado via e-mail realizado. O roteiro da entrevista está no apêndice A
e abordava as seguintes questões:
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A análise de dados foi realizada com base na fundamentação teórica. Os gráficos foram
elaborados com o auxílio do software EXCEL.
4 Resultados da aplicação
Neste capítulo são apresentados os resultados do presente trabalho. Primeiramente
apresenta-se o histórico da empresa Jungconsult, a análise da entrevista realizada com a
pessoa responsável, diretora da empresa, em seguida apresenta-se os resultados da pesquisa
realizada com os clientes organizacionais.
4.1 A Empresa
O Jungconsult do Brasil Produtos Naturais Ltda. está situado à Rodovia BR 282, km
131, Vila Ney - Bom Retiro, Santa Catarina, é a maior produtora de babosa (Aloe Vera) da
América do Sul, sendo uma das únicas empresas do mundo a dominar todo o processo, desde
o cultivo de plantas frescas através do sistema orgânico até a elaboração de concentrados de
diferentes tipos para as mais variadas aplicações nas indústrias de produtos alimentícios,
farmacêuticos e cosméticos.
Com fazendas próprias onde milhares de mudas de babosa são cultivadas manualmente
com a utilização de métodos quase artesanais que permitem o cuidado individual de cada
planta, e a fábrica localizada em meio à grande área verde, longe dos centros urbanos e dos
focos de poluição, a Jungconsult produz no Brasil extratos e concentrados de Aloe Vera
(babosa) com qualidade superior aos similares de todo o mundo, oferecendo preços mais
competitivos e menores prazos de entrega, atendendo as necessidades peculiares de cada
cliente e não impondo quantidades mínimas para pedidos.
A empresa vende para todos os estados do Brasil, e para vários países entre eles: Itália,
Alemanha, China, Austrália, Portugal, França e Brasil. Sendo que o plantio de babosa está
concentrado na região da Bahia e Araquari – SC, a babosa vem em caixas devidamente
cortadas e selecionadas, o processo final é feito na fábrica em Bom Retiro – SC. Vende a
matéria-prima para algumas grandes empresas, como: Ipiranga Química.
A empresa Jungconsult do Brasil vende para distribuidores e os mesmos revendem os
produtos através de suas lojas e vendedores externos.
Os produtos estão organizados em dois grupos básicos, matérias-primas e produtos
acabados, de modo a atender tanto empresas interessadas em incluir a aloe vera na formulação
de seus próprios produtos quanto clientes finais que procuram por bens de consumo com alto
40
percentual de aloe vera em sua composição. Além disso, a Jungconsult do Brasil Produtos
Naturais Ltda. está preparada para desenvolver produtos à base de aloe vera de acordo com
especificações solicitadas ou ainda para terceirizar a fabricação de sucos, chás e cosméticos,
que podem levar a marca de clientes corporativos.
Entre as matérias-primas destacam-se os concentrados (líquidos e pós) e os extratos
oleosos destinados para uso nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. Como
produtos acabados, estão disponíveis o chá de aloe vera desidratada e sucos de aloe vera, que
podem ser puros ou conter diferentes aromas de frutas. A empresa conta ainda com uma
extensa linha de cosméticos à base de aloe vera para uso facial, corporal ou capilar que inclui
xampus, condicionadores, cremes de massagem, loções e protetores solares, entre outros.
4.2 Entrevista
Para conhecer e avaliar as atuais estratégias de marketing de relacionamento que a
empresa Jungconsult do Brasil desenvolve com seus clientes organizacionais, foi realizado
uma entrevista com a pessoa responsável por essa área.
Atualmente a Jungconsult do Brasil não possui um canal sistemático que lhe permita
um relacionamento direto com seus revendedores e clientes finais. Hoje a empresa trabalha
com um número grande de distribuidores que por sua vez são os responsáveis pela venda e
entrega dos produtos da empresa aos pontos de venda de varejo. Da forma como vem
operando a Jungconsult não conhece e nem se relaciona de forma planejada com seus
revendedores finais e com os usuários de seus produtos.
Vale a pena ressaltar que até o presente momento a empresa não tem reclamações em
relação a sua eficácia da distribuição, mas entende que sua estratégia de distribuição hoje
pode lhe causar problemas no futuro.
Gummesson (1999) diz que marketing de relacionamento está baseado em três
premissas: relacionamento, rede e interação. Com a entrevista, pode-se observar que a
premissa relacionamento e interação não são aplicadas atualmente pela Jungconsult, pois a
empresa atualmente em se tratando de relacionamento e interação com o varejo e os seus
clientes finais não desenvolver nenhuma estratégia.
41
Conforme entrevista com a diretora da empresa notou-se uma evidente preocupação da
Jungconsult com a satisfação e com o relacionamento da empresa com seus clientes. Segundo
a entrevistada:
O atendimento ao cliente com excelência não deve ser somente na hora da venda, deve ser também pós-venda, priorizando sempre o lado humano para depois ser pensado no comercial. Para isso é necessário que o profissional tenha capacidade para se colocar no lugar do cliente, podendo assim enxergar os dois pontos de vista, para tentar solucionar o problema do cliente visando sempre a Empresa é a solução do problema e não o problema.
Entretanto ao relatar como a Jungconsult se relaciona com seus clientes a entrevistada
diz que hoje a empresa tem alguns problemas, como por exemplo o fato de não ter um contato
direto com seus maiores clientes que são atendidos em sua maioria por representantes
comerciais contratados por distribuidores terceirizados. E, foi observando a falta de um
relacionamento direto entre os clientes e a Jungconsult que a entrevistada salientou a
importância desta pesquisa para empresa. Acredita que as sugestões aqui propostas irão
contribuir para o desenvolvimento de um relacionamento mais lucrativo e duradouro. Esta
visão pode ser corroborada quando a entrevistada diz que: “Visamos que o cliente fiel, e
sabemos que cliente fiel é aquele satisfeito com o atendimento e com isso se torna parceiro
comercial da empresa.”
4.3 Pesquisa com os clientes organizacionais
A seguir estão apresentados os resultados da pesquisa realizada com os clientes através
do questionário aplicado. Foram pesquisados 8 clientes organizacionais da empresa. E a
pesquisa visou conhecer a visão e expectativas dos clientes em relação a gestão do
relacionamento destes com a empresa Jungconsult.
42
13%
25%
62%
farmácia
loja de cosmético
outras
Gráfico 1 – Tipo de empresa Fonte: Pesquisa de campo
Em relação ao tipo de empresa, pode-se observar que a maioria das empresas
entrevistadas eram de outros ramos totalizando 62%; 12% são farmácias e 25% lojas de
cosméticos .
74%
0%
13%
13%
indicação de amigo/parente
Internet
catálogo
outros
Gráfico 2 – Como conheceu os produtos da Jungconsult do Brasil Fonte: Pesquisa de campo
A maioria dos entrevistados, 74%, conheceu os produtos da Jugconscult do Brasil por
indicação, 13% conheceram pelo catálogo e outros 13% conheceram por outros meios como
folders, Observando que a maior parte dos clientes entrevistados conheceu a empresa por
meio da indicação, acredita-se que os clientes que indicaram a Jungconsult estão satisfeitos
com a empresa. Para Vavra (1993) a satisfação pode ser definida como a extensão pela qual as
43
expectativas dos clientes sobre um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que
recebem, assim acredita-se que os entrevistados têm suas expectativas satisfeitas.
13%
13%
37%
37%
menos de 6 meses
1 ano
2 anos
ou mais
Gráfico 3 – Há quanto tempo compra os produtos da empresa Fonte: Pesquisa de campo
Em relação há quanto tempo compram os produtos 37% responderam 2 anos; 37% a
mais de 2 anos; 13% 1 ano e 13% menos de 6 meses. Nota-se neste resultado uma tendência
de fidelização dos respondentes, visto que a grande maioria é revende os produtos da
Jungconsult a mais de dois anos. Este resultado também corrobora o elevado nível de
satisfação dos clientes com os produtos da Jungconsult apresentados nos próximos gráficos.
Na questão número 4, foi solicitado com quem o varejista mantém contato na empresa.
Ao serem questionados sobre como mantêm contato com a Jungconsult 100% dos
entrevistados diz que nunca entrou em contato com a empresa diretamente, visto que sempre
foi bem atendido pelos representantes comerciais que são contratados pelos distribuidores. O
resultado desta questão confirma o que foi observado na entrevista com a responsável pelo
marketing, ou seja, a empresa não tem contato algum com seus maiores varejistas.
Em relação à importância do relacionamento entre empresa e cliente Gianesi e Corrêa
(1994) afirmam que empresa conhece melhor seus clientes, suas necessidades e o uso que
fazem dos serviços recebidos. Assim, ressalta-se a importância da Jungconsult manter um
contato direto com seus varejistas e clientes finais visto que o relacionamento mais intenso
44
geralmente resulta no aumento de fidelidade do cliente em relação a um fornecedor
especifico. (GIANESI, CORRÊA, 1994).
A questão 5 foi questionado se o varejista já acessou o site da empresa. Em relação ao
acesso 100% dos respondentes nunca não acessaram o site. Este resultando confirma a
distância que a Jungconsult tem dos seus varejistas. A empresa possui um site com todas as
informações sobre seus produtos e serviços, entretanto não divulga este site, e
conseqüentemente os distribuidores e seus representes comerciais também não incentivam os
varejistas a acessarem o site. Isto pode ocorrer por diversos motivos dentre eles podemos
supor que os representantes comerciais podem sentirem-se ameaçados, pois o varejista pode
querer fazer os pedidos “ direto”.
A questão 6 questionou por que não acessaram o site da empresa, 100% dos
entrevistados não acessaram o site porque não tiveram interesse. Acredita-se que eles não
conheçam o site da Jungconsult. Sugere-se aqui uma pesquisa que traga mais dados que
permitam a pesquisadora refletir sobre este resultado. Destaca-se que para Gordon (2002)
empregar tecnologia para dispor de um sistema de memória mais eficiente sobre os clientes.
Dar aos clientes as opções de comunicação que eles querem ajudá-los a repetir a experiência
de compra.
0%
0%
75%
25% muitoinsatisfeito
insatisfeito
satisfeito
muitosatisfeito
Gráfico 4 – Qual seu grau de satisfação com relação a solicitação de pedidos Fonte: Pesquisa de campo
45
Em relação à satisfação a respeito da solicitação de pedidos, a maioria dos
entrevistados 75% estão satisfeitos e 25% estão muito satisfeitos. Vê-se então que o trabalho
desenvolvido pelos distribuidores e representantes comerciais está sendo bem feito. Este é um
fato que na opinião da pesquisadora é positivo, visto que o relacionamento com cliente pode
ser influenciado pelo processo de prestação de serviços. (GIANESI, CORREA, 1994).
Na questão sobre grau de satisfação, sobre o prazo de entrega 100% dos entrevistados
estão satisfeitos.
0%
0%
62%
38%
muito insatisfeito
insatisfeito
satisfeito
muito satisfeito
Gráfico 5 – Satisfação quanto às formas de contato com a empresa Fonte: Pesquisa de campo
A maioria, 62% dos entrevistados responderam estar satisfeitos com as formas de
contato com a empresa e 38% estão muito satisfeitos. Observa-se portanto que as formas de
contato poderão estar melhorando, pois como foi visto a Jungconsult não possui um
comunicação direta com os varejistas.
46
0%
0%
87%
13%
muito insatisfeito
insatisfeito
satisfeito
muito satisfeito
Gráfico 6 – Grau de satisfação quanto aos prazos de pagamentos. Fonte: Pesquisa de campo
Em relação aos prazos de pagamentos a grande maioria dos respondentes 87% estão
satisfeitos e 13% muito satisfeitos. Com isso vê-se a importância de estar desenvolvendo mais
opções de pagamentos. Assim deve-se ter subsídios adequados e períodos (prazos) de
pagamentos e termos de crédito efetivamente atrativos. (COBRA, 1992)
0%
0%
62%
38%
muitoinsatisfeito
insatisfeito
satisfeito
muitosatisfeito
Gráfico 7 – Grau de satisfação quanto às informações sobre os produto ou serviços. Fonte: Pesquisa de campo
47
Sobre a satisfação em relação às informações sobre os produtos ou serviços 62%
responderam que estão satisfeitos, e 38% muito satisfeitos. Para isso a Jungconsult precisa
estar sempre verificando e apresentando aos varejistas e aos clientes finais que o produto ou
serviço é elaborado para atender as necessidades e desejos. Através das informações é que os
varejistas e clientes finais vão procurar ao querer adquirir um produto ou serviço de
qualidade.
Para satisfazer as necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou
serviços a serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos
dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com nome atraente de marca,
acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos com serviços e
quantias ao usuário que proporcionem adequados retornos financeiros ás organizações.
(COBRA, 1992)
0%
0%
62%
38%muitoinsatisfeito
insatisfeito
satisfeito
muito satisfeito
Gráfico 8 – Grau de satisfação quanto ao material de divulgação. Fonte: Pesquisa de campo
Em relação ao material de divulgação 62% dos entrevistados estão satisfeitos e 38%
muito satisfeitos. A Jungconsult precisa desenvolver mais materiais de divulgação
relacionados aos seus produtos e serviços, pois em relação ao que foi pesquisado, acredita-se
que ao analisar as repostas, a empresa deve elaborar mais alternativas e opções de materiais
para divulgação, com isso conquistará mais confiança dos varejistas e clientes finais.
Na questão 8 foi questionado se a empresa possui algum diferencial em relação
concorrente. Todos os respondentes, 100% responderam que a empresa possui um diferencial.
Através dessa questão observa-se que os respondentes não conhecem os principais
48
concorrentes da Jungconsult, por isso acreditam que os produtos ou serviços são
diferenciados.
87%
13%
0%
0%
0%
Qualidade
Diversidade
Preço
Prazo de entrega
prazo de pagamento
Gráfico 9 – Qual diferencial. Fonte: Pesquisa de campo.
Foi perguntado qual principal diferencial em relação aos concorrentes, a maioria, 87%
dos entrevistados responderam que foi a qualidade dos produtos, 13% foi à diversidade. Nota-
se que os produtos da Jungconsult estão diretamente voltados às necessidades e desejos dos
consumidores, por isso a empresa precisa estar sempre atenta a essas necessidades. Um
produto ou serviço deve ter qualidade e padronização em termos de características,
desempenho e acabamentos. (COBRA, 1997)
49
2% 4%5%
7%
9%
11%
13%15%
16%
18%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Gráfico 10 – Qual nota você dá para o relacionamento que a empresa tem com a sua empresa . Fonte: Pesquisa de campo
Foi analisado de uma forma geral qual nota os clientes organizacionais dariam para o
relacionamento que a JUNGCONSULT tem com a sua empresa. Sendo que 1 entrevistado
deu a nota 10 para o relacionamento que a empresa tem com a sua; 3 deram nota 9 e 2 deram
nota 8. Entretanto este resultado deve ser questionado, pois os percebe-se nas respostas dos
pesquisados uma certa miopia. Eles atribuem o bom o relacionamento que possuem com os
representantes comerciais contratados pelos distribuidores com um provável bom
relacionamento que teriam com a Jungconsult.
Destaca-se nesta pesquisa a importância da cadeia de relacionamentos para satisfação
geral do cliente com a empresa. Apesar de a Jungconsult não estabelecer estratégias de
relacionamento direto com seus varejistas estes afirmam que estão de uma forma geral muito
satisfeitos com o relacionamento que têm com a empresa. Esta satisfação dá-se devido ao bom
trabalho desenvolvido pelos parceiros da Jungconsult que prestam bons serviços em nome da
empresa.
50
5 SUGESTÕES PARA EMPRESA
A partir dos resultados da pesquisa na empresa e da pesquisa com os seus maiores
varejistas sugerem-se as seguintes estratégias de marketing de relacionamento para a
Jungconsult:
5.1 Estratégias de marketing
As estratégias de marketing sugeridas são:
1. Devido ao alto grau de satisfação dos varejistas com os serviços prestados pelos
distribuidores e seus representantes comerciais a Jungconsult deve estreitar o
relacionamento entre a empresa e os distribuidores e seus representantes comerciais.
Para tanto deve programar uma convenção para conhecer de perto todos os
representantes comerciais, apresentá-los a empresa seus produtos, serviços e suas
novas estratégias de marketing de relacionamento.
2. Devido ao pouco acesso ao site e as poucas ligações ao 0800 a Jungconsult deve
desenvolver uma campanha de divulgação para aumentar o acesso ao site da empresa
visando criar um canal de relacionamento direto entre a Jungconsult e seus varejistas e
clientes finais. Esta estratégia é sugerida porque atualmente o site da empresa é pouco
acessado. E, como os varejistas não são atendidos por funcionários da Jungconsult,
mas por revendedores contratados pelos distribuidores, o acesso ao site poderia
desenvolver uma comunicação mais direta entre a empresa e seus públicos. No site o
varejista e o cliente final poderão preencher um cadastro colocando ali as informações
como: nome, data de nascimento, principais produtos que adquiri, etc.. Para o
desenvolvimento desta campanha sugere-se que a Jungconsult trabalhe em parceria
com os representantes comerciais contratados pelos distribuidores. Como atualmente
apenas eles têm contato com os clientes a empresa deve usar deste canal de
comunicação que vem se mostrando eficaz.
3. Divulgar o 0800 da empresa para que clientes possam ter mais um canal de
comunicação com a Jungconsult. Este número deve ser divulgado para os varejistas e
para os usuários finais, pois é uma forma de comunicação direta que a empresa já
possui e não utiliza adequadamente.
51
4. Elaborar um banco de dados com o perfil, periodicidade e volume de compras dos
varejistas que revendem os produtos da empresa.
5. Desenvolver um manual que explique aos varejistas como os produtos da empresa
devem estar expostos para o consumidor final.
5.2 Plano de ação
A seguir estão representadas nos quadros as estratégias propostas, bem como as ações
necessárias para cada estratégia. Têm-se também, os responsáveis por cada ação, quando que
deverá ser feita e qual o custo aproximado.
Estratégia 1 – Estreitar relacionamento entre a empresa, seus distribuidores e
representantes comerciais
Ação Responsável Quando Custo Aprox.
Organizar uma convenção para os
distribuidores e seus representantes
comerciais conhecerem as novas
estratégias de marketing de
relacionamento da Jungconsult.
Diretor de
marketing
Fev/09 R$ 30.000,00
(local,
alimentação,
transporte)
Realizar um cadastro dos
representantes comerciais no dia do
evento.
Funcionário da
Jungconsult
Fev/09 -
Motivar os representantes a divulgar
o site e o 0800 da empresa.
Gerente de
vendas
Fev/09 -
De dois em dois meses entrar em
contato via telefone com cada
representante comercial para coleta
de informações sobre o mercado.
Funcionário da
Jungconsult
Abr/09 R$ 300,00 (por
mês)
Motivar por meio de comissão e
brindes que os representantes
comerciais aumentem o número de
varejistas atendidos.
Gerente de
vendas
Jul/09 -
52
Mandar cartões de feliz aniversário
para os representantes comerciais.
Funcionário do
setor de
marketing
Jan/09 R$ 10,00 (cada
cartão)
Inserir no site um canal de
comunicação direto entre os
representantes e a empresa.
Funcionário
responsável pela
informática
Fev/09 -
Avaliar constantemente como está o
relacionamento entre a Jungconsult
seus distribuidores e representantes.
Funcionário do
setor de
marketing
Fev/09 -
Estratégia 2 - Desenvolver uma campanha de divulgação do site e do 0800
Ação Responsável Quando Custo Aprox.
Fazer material de divulgação que dê
destaque ao site da empresa e ao seu
0800.
Diretor de
marketing
Jan/09 - 1000 panfletos R$ 450,00
- 50 cartazes R$ 100,00
Na convenção com os
representantes comerciais para
apresentar o material de divulgação.
Nesta reunião os representantes
serão informados das novas
estratégias de marketing de
relacionamento da Jungconsult e
receberão uma quantidade de
material a ser distribuída para os
varejistas, então deve-se também
motivá-los a distribuir o material.
Direto de
marketing
Fev/09 R$ 2.000,00
(material)
Verificar se houve um aumento no
acesso ao site e ligações ao 0800 da
empresa e informar aos
representantes comerciais os
resultados do aumento ou não dos
acessos.
Funcionário do
setor de
marketing
Julho/09 -
53
Estratégia 2 – Divulgar o 0800 da empresa.
Ação Responsável Quando Custo Aprox.
Rever o design da embalagem do
produto e dar mais destaque ao
número do 0800.
Diretor de
marketing
Jan/09
-
Elaborar um material de divulgação
da empresa Jungconsult, seu site e
0800 direcionado para os clientes
finais.
Diretor de
marketing
Fev/09 -
Avaliar as principais motivações
que levam os clientes a entrarem em
contato com a empresa via 0800
Diretor de
marketing e de
vendas
Fev/09 -
Dar um feedback para as
reclamações que por ventura
ocorram via 0800 e gratificar por
meio de um brinde o cliente que
entrou em contato com a empresa
via 0800.
Funcionários do
0800 e gerente
de vendas
A partir de Mar/09 -
Estratégia 3 – Elaborar um banco de dados
Ação Responsável Quando Custo Aprox.
Criar no site um cadastro para que
os atuais varejistas possam repassar
a Jungconsult as seguintes
informações: Razão social, pessoa
de contato, produtos que mais
compram, perfil dos clientes, etc.
Diretor de
marketing
Março/09
-
Premiar com um desconto de 2% o
varejista que cadastrar-se no site.
Este desconto será dado na próxima
compra após o cadastro.
Gerente de
vendas
Março/09 -
54
Avaliar a quantidade de varejistas
que já preencheram o cadastro.
Funcionário do
setor de
marketing
Julho/09 -
Estratégia 4 - Desenvolver um manual de exposição dos produtos
Ação Responsável Quando Custo Aprox.
Estudar a partir do design da
embalagem a melhor forma de
expor os produtos nos pontos de
venda.
Diretor de
marketing
Mar/09 -
Elaborar um catálogo, que contenha
as informações sobre os produtos, e
como devem ser expostos ao
consumidor final.
Diretor de
marketing
Jul/09
-
Visitar junto com os representantes
comerciais os principais varejistas
para explicação sobre a exposição
dos produtos. Aproveitar as visitas
para ir cadastrando os varejistas no
site da empresa e informando-os do
desconto de 2%.
Funcionário do
setor de
marketing
Jul/09 -
Através das estratégias de marketing de relacionamento propostas acima a Jungconsult
vai ter um melhor relacionamento com seus clientes organizacionais (varejistas) e clientes
finais, Com isso a empresa poderá analisar o perfil dos mesmos, em relação as suas
necessidades e desejos, verificando, o que foi proposto em elaborar um banco de dados, para
obter informações necessárias para construir uma relação confiável e duradoura.
Foi proposto fazer uma convenção com o objetivo de divulgar o 0800 e do site da
empresa, esses canais de comunicação não são divulgados e também acessados. Com essas
estratégias a empresa vai conseguir conquistar novos clientes e os atuais.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem do marketing de relacionamento parte do princípio de que a manutenção
do cliente no longo prazo é mais vantajosa, tendo em vista que o custo de obtenção de um
novo cliente é maior que o da manutenção dos existentes. (ZEITHAML, 1996).
Para que a empresa possa encantar o cliente, é necessário criar um novo valor para o
mesmo, reconhecendo o seu papel fundamental não apenas por ser um consumidor, mas por
fazer parte da definição do valor que deseja, planejando e alinhando os processos da maneira
que o cliente necessita, procurando estruturar uma cadeia de relacionamento dentro da
empresa. (GORDON, 2002)
O marketing de relacionamento segundo Vavra (1993) é de grande importância para as
organizações, tanto para manter clientes atuais como para conquistar novos. O autor ressalta
ainda que a empresa poderá obter bons benefícios a partir de uma informação valiosa, um
deles é a possibilidade de fornecer com qualidade produtos e serviços.
Dentro deste contexto, da importância do marketing de relacionamento, a presente
pesquisa alcança seu objetivo geral de propor ações estratégicas de marketing de
relacionamento para a empresa Jungconsult. Para o alcance deste objetivo primeiro fez-se
uma pesquisa teórica sobre o tema, em seguida analisou-se como a empresa vem aplicando os
preceitos do marketing de relacionamento, e fez-se uma pesquisa com os 8 maiores varejistas.
Viu-se com a pesquisa que a empresa se preocupa com o relacionamento com seus
públicos, entretanto sabe que precisa de mudanças para que consiga mantê-los e conquistar
novos clientes, alcançando seus objetivos. As estratégias de marketing de relacionamento vão
ser aplicadas para que a empresa Jungconsult consiga estabelecer melhor relacionamento com
seus clientes organizacionais (varejistas) e clientes finais, através de benefícios financeiros e
sociais, da construção de laços estruturais e compromissos com o cliente; criando assim
consumidores mais contentes e satisfeitos.
As estratégias de marketing de relacionamento sugeridas visam de início uma
aproximação com os atuais varejistas e clientes finais além de um estreitamento da relação
que a empresa tem hoje com seus distribuidores e representantes comerciais. Assim sugere-se
que a empresa estimule o acesso ao seu site, divulgue o seu 0800, faça um banco de dados
com informações sobre os varejistas, direcione a forma de exposição de seus produtos no
ponto de venda.
56
A partir desta pesquisa sugere-se uma pesquisa junto aos usuários dos produtos da
empresa que além de investigar o grau de satisfação destes com os produtos da Jungconsult
também investigue seus perfis e hábitos. Estas informações são importantíssimas para
construção de bons canais de comunicação.
57
7 REFERÊNCIAS
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fantástico atendimento. Salvador, Casa da Qualidade, 2001.
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Rio de Janeiro, 1998.
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implicações financeiras. São Paulo: Nobel, 2000.
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Knipel Moreira. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
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Nivaldo Montingelli Jr.; São Paulo: Pioneira, 1995.
FARINA, S; BECKER, F. S. U. Apresentação de trabalhos escolares. 16ed. Porto Alegre:
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Marketing de Relacionamento como Vantagem Competitiva das Empresas. São Paulo:
Editora Gente, 2000.
58
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Estratégia de Marketing - Tradução Ailton Bomfim Brandão; São Paulo: Editora Atlas,
2000.
GIANESI, Irineu G. N. e CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços:
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GRÖNROOS, Christian. Marketing: Gerenciamento e serviços – a competição por serviços
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VAVRA, Terry G. Marketing de Relacionamento. Trad. Ailton B. Brandão. São Paulo:
Atlas, 1993.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa / 2ª ed. reform. – São
Paulo: Ediouro, 2000.
ZEITHAML, V.A, Mary jo. Services Marketing. New York: Mc Graw – Hill, 1996
Apêndices
A) ROTEIRO DE ENTREVISTA
1) Quem é o público-alvo da empresa? Quais são atendidos?
2) Como a empresa trabalha para obter a satisfação dos clientes?
3) A empresa se preocupa com a fidelização e lucratividade de longo prazo dos clientes?
4) A empresa desenvolve produtos ou serviços personalizados para os seus clientes?
5) Como é gerenciado e desenvolvido a comunicação com os clientes?
6) A empresa conhece a percepção do cliente em relação aos seus produtos ou serviços?
7) Quais as ligações da empresa com seus fornecedores? Como ela administra o
relacionamento com os fornecedores?
61
B) QUESTIONÁRIO – Clientes Organizacionais / Varejistas
1) Tipo de empresa?
( ) farmácia ( ) loja de cosméticos ( ) outras
2) Como conheceu os produtos da JUNGCONSULT do Brasil?
( ) indicação de amigo / parente
( ) internet
( ) catálogo
( ) outros
3) Há quanto tempo compra os produtos da empresa?
( ) menos de 6 meses
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) ou mais
4) Com quem mantém contato na empresa?
( ) diretor
( ) setor de compras
( ) gerente de vendas
( ) vendedor externo
5) Você já acessou o site da empresa?
( ) Sim ( ) Não
Por que não? ( ) não conhece ( ) não teve interesse ( ) outros
62
6) Qual sua opinião sobre o site?
( ) muito ruim
( ) ruim
( ) bom
( ) ótimo
( ) excelente
7) Qual seu grau de satisfação com relação:
a) solicitação de pedidos
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
b) prazo de entrega
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
c) formas de contato com a empresa
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
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e) prazos de pagamentos
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
f) informações sobre os produtos ou serviços
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
g) material de divulgação
( ) Muito insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
8) A empresa possui algum diferencial em relação ao concorrente?
( ) Sim ( ) Não
Qual?
( ) qualidade dos produtos/serviço
( ) diversidade
( ) preço
( ) prazo de entrega