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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR Aníbal Augusto Saldanha Guadalupe Analisar o modelo logístico atual da empresa de construção civil COTA São José 2005

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR

Aníbal Augusto Saldanha Guadalupe

Analisar o modelo logístico atual da empresa de construção civil

COTA

São José 2005

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Aníbal Augusto Saldanha Guadalupe

Analisar o modelo logístico atual da empresa de construção civil

COTA

Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação –

apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Administração da Universidade do Vale do

Itajaí.

Professor Orientador: Antonio José Bicca

São José 2005

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Aníbal Augusto Saldanha Guadalupe

Analisar o modelo logístico atual da empresa de construção civil

COTA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Comércio Exterior da

Universidade do Vale do Itajaí, em 21,outubro de 2005 – constante da ata de aprovação

Profa Luciana Merlin Bervian Univali – CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof. MSc. Antonio José Bicca, mestre

Univali – CE São José Professor Orientador

Prof . Rosalbo Ferreira, mestre

Univali – CE São José Membro

Prof.; Geraldo Ferreira de Macedo, mestre

Univali – CE São José Membro

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Dedicatória: Aos meus pais que me apoiaram em

todos os momentos de minha trajetória

universitária, e proporcionaram a realização de um

sonho.

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Agradecimentos: Ao meu orientador e mentor professor

Antonio José Bicca, que me auxiliou e proporcionou a visão das

diretrizes que foram abordadas nesse trabalho.

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Sonho que se sonha só é só um sonho que se

sonha só, sonho que se sonha junto é realidade.

Raul Seixas

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RESUMO

A logística empresarial a cada dia se torna mais importante não somente para o êxito da organização como também para proporcionar sua mera existência, pois o ambiente competitivo de mercado cobra das empresas rapidez de pensamento baseada na integração de suas atividades.O objetivo do presente trabalho consiste em averiguar a necessidade ou não da reestruturação das atividades logísticas da empresa COTA perante seu desejo de expansão geográfica de mercado, propondo possíveis mudanças em suas tarefas logísticas, para uma melhor realização de seu objetivo. No desenvolvimento da pesquisa, foi adotado o modelo indutivo, caracterizado por uma abordagem de estudos cuja aproximação dos fenômenos caminha para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações particulares às leis e teorias. Quanto aos fins utilizados na pesquisa, pode-se mencionar: a observatória, exploratória e descritiva. Já em relação aos meios de investigação, foram aplicados: o estudo de caso e pesquisa de campo.O resultado da pesquisa constatou a ausência da necessidade significativa de reestruturação logística da empresa, todavia propõem alguns pontos a serem analisados para um melhor desempenho organizacional.

Palavras-chave: Administração, logística, estoque.

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ABSTRACT

Logistic the enterprise one to each day if not only becomes more important for the success of the organization as also to provide its mere existence, therefore the competitive environment of market charges of the companies rapidity of thought based on the objective integration of its duties. Of the present work consists of inquiring the necessity or not of the reorganization of the logistic activities of the company COTA before its desire of geographic expansion of market, considering possible changes in its logistic tasks, for one better accomplishment of its objective. In the development of the research, the inductive model, characterized for a boarding of studies was adopted whose approach of the phenomena walks for more including plans each time, going of the particular clue to the laws and theories. About the ends used in the research, it can be mentioned: the observation, exploration and descriptive. Already in relation to the ways of inquiry, they had been applied: the study of case and research of land.It resulted of the research it evidenced the absence of the significant necessity of logistic reorganization of the company, however they consider some points to be analyzed for one better organizacional performance.

Key-words:Logístic,administration,supply

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SUMÁRIO Resumo .................................................................................................................................................................vii

Abstract ...............................................................................................................................................................viii

Lista de ilustrações ............................................................................................................................................... ix

Listas de tabelas..................................................................................................................................................... x

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................... 2

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 2

1.2.1. Objetivo geral ........................................................................................... 2

1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................... 2

1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 3

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ................................................................... 3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 5

2.1 A LOGÍSTICA EMPRESARIAL ................................................................................... 5

2.2 ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS ..................................................................................... 7

2.3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS........................................................................... 10

2.4 ESTOQUES ........................................................................................................... 13

2.5 COMPRAS ............................................................................................................ 18

2.6 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................ 22

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ...................................................................................... 26

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO.............................................................................. 29

4.1 A EMPRESA ............................................................................................................... 29

4.2 O MODELO LOGÍSTICO ATUAL .............................................................................. 30

4.3 FLUXOGRAMA .................................................................................................... 33

4.4 A NOVA REALIDADE ............................................................................................. 35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 36

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 38

APÊNDICES ...........................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

ANEXOS ............................................................................................................................ 41

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1 INTRODUÇÃO

A administração de materiais vem tendo crescente importância nos níveis de

gerenciamento de uma empresa. Isso ocorre devido a maior competitividade que o mercado

vem enfrentando, por diversos fatores como a intensificação da globalização, por exemplo,

que institui uma disputa por territórios, sem os antigos obstáculos geográficos. Logo, as

empresas que hoje procuram se destacar e, principalmente, sobreviver às mudanças de

mercado, devem se ater à necessidade de reduzir custos, tornando assim seus produtos mais

competitivos. Nesse quesito a administração de materiais é de grande valor.

A administração de materiais envolve praticamente todos os setores de uma empresa,

como o de estoque, compras, venda, dentre outros.

Hoje em dia, qualquer deslize provocado por uma má administração de estoque pode

causar perdas consideráveis a uma organização. O controle do estoque de segurança, assim

como o cuidado em evitar o excesso de materiais estocados, é fundamental para uma

otimização na gestão do estoque, podendo atender o consumidor de forma adequada e com

preços competitivos.

No mercado atual, o enfoque no cliente também merece destaque, pois devido a

competição acirrada e à grande gama de produtos disponíveis na praça, a empresa deve

cativar o cliente e atraí-lo para si, por meio de políticas de atendimento diferenciado que

agreguem valor ao produto que a empresa trabalha.

Para atender o crescente impulso dos clientes por melhor, tratamento e novas

exigências, as organizações passaram a adotar estratégias logísticas. Por meio delas que as

empresas conseguiram diferenciar seus serviços e selecionar seu público alvo. Todavia, essas

estratégias estão em constante mudança, para melhor se adaptar ao mercado.

Existe também a nova tendência das empresas de se fortalecerem por meio de técnicas

que priorizem seus objetivos principais, como a terceirização de suas atividades secundárias,

ou a criação de parcerias com fornecedores, propiciando assim um controle gerencial melhor

da sua administração de materiais e, conseqüentemente, de seus estoques.

O surgimento das novas tecnologias auxiliaram as empresas em suas tarefas de gestão

empresarial e no gerenciamento logístico. Por meio delas, as organizações estão aptas a

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responder as exigências do mercado com maior velocidade, e reduzir a margem de erro nas

tomadas de decisão.

1.1 Descrição da situação problema

A empresa COTA Ltda. possui um mercado estável em Florianópolis, construindo e

vendendo seus imóveis em diferentes regiões da capital, procurando atender principalmente as

classes média alta e alta. Todavia, a organização considera interessante expandir seu mercado

para outras regiões (municípios ou até mesmo outros estados), visando assim aumentar sua

influência, tornando-se uma empresa de nome nacional. Para isso, existe a necessidade de

reestruturar seu ambiente interno para melhor se adequar as novas metas e objetivos

organizacionais, de forma a sobrepor as adversidades externas que surgirão desta expansão.

1.2 Objetivos

Para o desenvolvimento do presente trabalho foram estabelecidos os objetivos a

seguir.

1.2.1. Objetivo geral

Analisar o atual modelo logístico da empresa de construção civil COTA.

1.2.2. Objetivos específicos

��Descrever o modelo logístico atual;

��Identificar as novas necessidades;

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1.3 Justificativa

Este projeto tem por finalidade desenvolver os conhecimentos acadêmicos obtidos na

teoria, aplicando-os de forma prática, apresentando assim um modelo adequado à nova

realidade da empresa, por meio da elaboração de um fluxograma que permita visualizar as

atividades a serem desenvolvidas na organização.

A identificação de possíveis problemas decorrentes do crescimento almejado e, assim

sendo, sugerir alternativas viáveis para vencer os obstáculos, poderão proporcionar um

crescimento organizacional satisfatório.

Este trabalho procura também servir para estudos futuros no âmbito acadêmico,

proporcionando auxílio a demais projetos que tenham tema semelhante ao abordado neste

trabalho.

1.4 Apresentação geral do trabalho

O trabalho a seguir tem como foco a logística de suprimentos dentro de uma empresa

de construção civil que tem interesse em expandir seu mercado para outros municípios. Logo,

por meio de pesquisas, procura-se propor estratégias logísticas compatíveis com as novas

necessidades da empresa.

Os principais temas abordados nessa pesquisa são referentes a logística empresarial, e

tudo que possa estar incluído no processo logístico, como a administração de materiais, dos

estoques e também o setor de compras. Procurando, por meio de pesquisas esclarecer o leitor

das principais funções que cada elemento dentro da organização, e também a importância de

trabalhar todos esses fatores de forma integrada.

No primeiro capítulo procura-se esclarecer as causas que levaram a execução deste

trabalho, bem como os objetivos gerais e específicos do projeto, também expõe justificativa

para o trabalho.

No segundo capítulo são expostos os conceitos de diversos autores, sobre o tema

abordado no trabalho, com o intuito de esclarecer o leitor sobre diferentes pontos de vista já

analisados no âmbito acadêmico.

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No terceiro capítulo são relatados os meios pelos quais foram apuradas as informações

referentes à empresa estudada. Bem como o conceito teórico, dado por diferentes autores,

sobre os métodos de pesquisa utilizados.

No quarto capítulo, ocorre o esclarecimento dos resultados da pesquisa realizada na

empresa, por meio deste, ocorre o melhor entendimento da situação administrativa existente

na organização.

No quinto capítulo procura-se efetivar um consenso em relação ao trabalho realizado,

e propor sugestões novas, para uma furura aplicação por parte da empresa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão expostas idéias de diferentes autores sobre o tema abordado, com

o intuito de proporcionar um melhor entendimento sobre as questões trabalhadas.

Sendo assim, é importante pesquisar, planejar e trabalhar qualquer pensamento antes

de levá-lo a prática, pois qualquer atitude tomada dentro de uma organização acarreta em

resultados positivos ou negativos, dependendo da forma e da viabilidade como determinada

idéia é aplicada. Assim, a logística é fundamental para solucionar problemas de maneira

eficiente e eficaz, conforme se descreve a seguir.

2.1 A logística empresarial

Antigamente, as empresas se preocupavam em produzir um produto razoável para

colocá-lo à venda, não se preocupavam com as reais necessidades e desejos dos clientes

finais, pois isto era considerado trivial. Porém, a situação mudou, o mercado está mais

competitivo, os avanços na área tecnológica estão cada vez mais freqüentes e os

consumidores mais exigentes com os produtos que são expostos para a venda. As empresas

estão sendo obrigadas a se adaptar às novas mudanças ou sucumbir a elas.

Outros fatores significativos de mudanças que levaram as organizações a reduzirem

custos e, conseqüentemente, aumentarem seu foco de importância para as questões logísticas

são: aumento do petróleo, a inflação mundial e a falta de matérias primas. (CHING, 2001)

Em prol das empresas conseguirem expor seus produtos com qualidade e com preços

competitivos, há necessidade de economizar, otimizando seu processo produtivo e de

distribuição. Sendo assim, a logística passa a ser um fator crucial.

Segundo Ballou (2001, p.21), “Logística é o processo de planejamento,

implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas,

estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até

o ponto de consumo”.

A logística, como diferencial competitivo, favorece a empresa que melhor a utiliza em

seu dia-a-dia, oferecendo resultados em quantidade, variedade, qualidade, preços e prazos

compatíveis com as necessidades e expectativas dos clientes.

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Hoje, o grande desafio das empresas consiste em vencer as longas distâncias entre a

área de produção e comercialização dos seus bens e serviços, dentro dos prazos pré-

estabelecidos com seus clientes, fidelizando-os com os produtos e serviços que a empresa

dispõe.

Segundo Novaes (2001, p.34), “o fator tempo passou a ser um dos elementos mais

críticos do processo logístico”.

A logística bem aplicada aborda não somente a questão das restrições espaciais e

temporais, como também se preocupa com a qualidade do produto ou serviço e qualidade na

informação prestada ao cliente. Segundo Novaes (2001, p.35), a logística empresarial, “agrega

valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação á cadeia produtiva.” Ainda segundo

Novaes (2001, p.35), “a logística moderna procura também eliminar do processo tudo que não

tenha valor para o cliente, ou seja, tudo que acarrete somente custos e perda de tempo”.

Segundo Ballou (2001, p.25), “A logística diz respeito a criação de valor – valor para

o clientes e fornecedores de empresa em termos de tempo e lugar . Produtos e serviços não

tem valor a menos que estejam sob a posse do cliente quando e onde eles desejam consumi-

lo”.

A logística não deve ser tratada como se fosse diversos segmentos distintos

(transporte, estoque, armazenagem, fornecimento) e sim, como o conjunto de todos esses

elementos, trabalhando conjuntamente para a obtenção de um objetivo em comum,

propiciando melhores resultados.

Na logística integrada, pode-se distingüir duas fases distintas: Primeiramente, leva-se

em consideração as operações internas (informações recebidas pelo cliente, atividades de

venda, previsões, pedidos, planos de compra e de produção) que são pré-requisitos para o

êxito, porém para garantir o sucesso a empresa deve expandir sua abordagem integrada para

incorporar clientes e fornecedores. Essa expansão é denominada gerenciamento da cadeia se

suprimento. (BOWERSOX e CLOSS, 2001).

A logistica de suprimento eficaz é crucial para o bom andamento da empresa, ela

depende de varios fatores interligados que devem ser levados em consideração, dentre eles,

pode-se citar:

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��Custo da mão de obra – Esse pode variar de um lugar para outro (essa variação

torna-se mais espressiva quando se trata de países diferentes)

��O custo de transporte – Que pode ser realizado em duas etapas, primeiramente

ocorre o transporte dos insumos desde o fornecedor até o local de operação,

para posterior transporte dos bens do local de produção até os clientes.

Logo, a proximidade em relação às fontes de suprimento domina a decisão de

localização quando o custo do transporte dos insumos é elevado ou difícil. (Slack, Chambers e

Johnston, 2002).

Segundo Moura (1998), a logística de suprimentos associada ao segmento de vendas,

aborda o planejamento e a programação envolvidos no acompanhamento do fluxo de produtos

entre a empresa e seus respectivos parceiros, clientes externos e fornecedores.

Já para Bowersox e Closs (2001), a cadeia de suprimentos depende de soluções

logísticas que permitam facilitar e padronizar o fornecimento reduzindo o desperdício nos

canais de distribuição. Para o autor, para que ocorra maior eficiência de todo o processo

logístico, é necessário que os envolvidos na cadeia de suprimento compartilhem informações

estratégicas entre si.

Pode-se dizer que a logística, independente do ramo de atuação da empresa, é

importante quando bem utilizada, pois proporciona aumento de valor para o cliente final, por

meio da disponibilização de produtos da forma mais desejada pelo consumidor.

2.2 Estratégias logísticas

Ocorreram fortes mudanças no mercado, tanto no que diz respeito à demanda, quanto

à oferta, em função de novas exigências de mercados, que induziram as organizações a

adotarem estratégias logísticas em prol de se manterem competitivas.

Segundo Ballou (2001), para uma empresa adotar uma estratégia logística apropriada,

é preciso optar por uma abordagem inovadora, desenvolvendo assim uma vantagem

competitiva.

De acordo com Robbins (2002), o mercado é instável e as organizações se deparam

com constantes barreiras, para reduzir os riscos as empresas devem procurar identificar, as

oportunidades e ameaças externas, as forças e fragilidades da organização e escolher um

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nicho, propiciando desta forma alguma vantagem competitiva. Dentre essas mudanças pode-

se citar, as relacionadas à demanda:

��Consumidor ocupado e novos padrões;

��Compras com maior freqüência e menor valor;

��Domínio dos grandes varejistas;

Sobre as mudanças na oferta, alguns fatores que podem ser mencionados são:

��Globalização e competição;

��Revolução tecnológica;

��Melhorias na infra-estrutura;

��Maior oferta de serviços de terceiros;

��Flexibilização dos sistemas de produção.

O mercado também modificou-se bastante, ocasionando uma mudança no ambiente de

negócios devido a novas exigências por ele requisitadas, dentre elas pode-se citar:

��Oferta de novos produtos;

��Maior número de pontos de entrega;

��Níveis de serviços elevados;

��Distribuição por múltiplos canais;

��Forte competição de preços.

Conforme Moura (1998), existem estratégias logísticas no âmbito do processo (amplo

grupo de funções logísticas gerenciadas como um sistema de valor agregado), baseada no

mercado (voltada ao gerenciamento de um grupo limitado de atividades logística de uma

única unidade de negócio para múltiplas unidades de negócio) e estratégias direcionadas ao

canal (gerenciamento das atividades logísticas realizadas em conjunto com distribuidores).

De acordo com Ballou (2001), a estratégia logística tem como objetivos principais:

��Redução de custos – Minimizando custos variáveis relacionados à

movimentação e à estocagem.

��Redução do capital – diminuindo o nível de investimento no sistema

logístico, maximizando o retorno sobre o investimento.

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��Melhorias no serviço – acreditam que as receitas estão relacionadas com o

nível dos serviços logísticos fornecidos.

Dentre as estratégias desenvolvidas pela empresa, para fazer frente às mudanças

evidentes que o mercado estava sofrendo, pode-se citar as estratégias de diferenciação

(procurando ofertar um serviço ao cliente melhor que o da concorrência), possuir o menor

custo logístico (acarretando em menor custo total), estratégias de postponement e também a

crescente importância de segmentar o mercado e os produtos.

Segundo Robbins (2002), uma empresa que adota a estratégia de liderança de custo

precisa possuir o custo mais baixo do mercado, sem todavia tornar seu produto ou serviço

menos aceito que os do concorrente.

Ainda de acordo com Robbins (2002), uma empresa que adote uma estratégia de

diferenciação, procura aplicar procedimentos amplamente valorizados por seus clientes. Uma

lista de atributos pelos quais uma organização pode se diferenciar inclui, velocidade, alta

qualidade, capacidade tecnológica, serviço excepcional, assessoria especializada,

conveniência e margem de escolha.

Com relação a segmentação de mercados, as empresas viram a necessidade de apurar

informações que propiciassem uma estratégia eficaz de focar o seu público alvo. Dentre os

dados relevantes podem-se citar:

��Identificar mercados para a segmentação;

��Identificar componentes-chave do serviço ao cliente;

��Estabelecer importância dada pelos clientes aos componentes-chave;

��Agrupar os clientes;

��Avaliação da atratividade de cada segmento.

O postponement, por sua vez, consiste numa estratégia logística que implica no

retardamento da configuração do produto até o recebimento do pedido, sendo uma alternativa

estratégica importante a sistemas de distribuição baseados em previsão de vendas.

Conforme Moura (1998, p.85), “ Postponement na distribuição é a arte de protelar até

o último momento possível a rotulação final, montagem ou formulação de um produto.” Pode

ser de quatro tipos:

��Etiquetagem;

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��Embalagem;

��Montagem;

��Fabricação.

Existem empresas onde a alta administração toma todas as decisões, cabendo aos

gerentes de nível operacional apenas executar as diretrizes. Entretanto, algumas organizações

transferem a tomada de decisões para os gerentes que estão mais próximos da ação.

Segundo Robbins (2002, p.177), “O termo centralização refere-se ao grau em que a

tomada de decisões está concentrada em um único ponto da organização. O conceito abrange

somente a autoridade formal.”

As empresas que adotam estratégias menos centralizadas, propiciam que mais pessoas

contribuam para as tomadas de decisão, , logo, a ação pode ser empreendida com maior

rapidez para resolver os problemas.

2.3 Administração de materiais

A administração de materiais está presente em quase todas as etapas da cadeia de

suprimentos, desde a escolha do fornecedor e compra da mercadoria, até sua movimentação

interna e posterior entrega ao consumidor final.

Ela sofreu mudanças ao longo da história para melhor se adaptar ao mercado

competitivo e instável. Inicialmente, a atividade era exercida pelo próprio proprietário da

empresa, pois existia a necessidade de comprar. Posteriormente, essa atividade passou a ser

integrada à atividade de produção, oferecendo apoio à mesma, para que se pudesse entregar

um produto acabado em uma organização independente da área de produção. Por último,

ocorreu a inclusão da área de marketing a área logística da administração de materiais.

O material é, conforme Viana (2000, p.41) “ Todas as coisas contabilizáveis que

entram como elementos constituídos ou constituintes na linha de atividades de uma empresa.”

A administração de materiais, é segundo Francischini e Gurgel (2002, p.05), “A

atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo

de material, partindo das especificações dos artigos da compra até a entrega do produto

terminado ao cliente”.

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A administração de materiais eficiente permite um maior equilíbrio entre o setor

operacional e financeiro da empresa, tendo de estar de acordo com as reais necessidades da

empresa.

De acordo com Ballou (1993, p.61), “uma boa administração de materiais pode ser

percebida quando os materiais certos estão disponíveis para seu aproveitamento operacional

na hora necessária”.

Conforme Moura (1998), a administração de materiais envolve o agrupamento de

materiais de diversas origens e a coordenação dessa atividade com a demanda de serviços ou

produtos da empresa. Ou seja, soma-se os esforços de vários setores, que muitas vezes

apresentam visões distintas.

Para Viana (2000), a administração de materiais exige habilidades distintas em prol de

sua funcionalidade adequada. Dentre os pré-requisitos necessários, pode-se citar:

��Saber comprar, garantindo assim a qualidade e o volume do que será utilizado,

ao menor custo;

��Controlar, evitando consumo desnecessário e a falta de materiais;

��Armazenar de forma correta, para evitar perdas.

Atualmente, os administradores têm dedicado mais tempo e dinheiro no estudo do

aperfeiçoamento da administração de materiais. Sabe-se que ela reduz custos organizacionais,

tornando a empresa mais competitiva. Para isso, é necessário dispor de mão-de-obra

qualificada, equipamentos modernos e bons softwares de controle.

A empresa que possui um sistema de administração de material implantado de forma

incorreta e de má projeção e operação o que acaba afetando o sistema de produção e de

distribuição, tornando a empresa menos eficaz e com custos mais altos. (ARNOLD, 1999).

Para uma boa administração de materiais, existem quatro órgãos dependentes,

conforme Araújo (1980), são eles:

�� Compras – Este orgão tem por função adquirir os melhores preços e dentro das

condições , tudo aquilo que for necessário ao bom funcionamento da empresa.

�� Almoxarifado – É o setor que tem por missão receber, conferir, armazenar, ou

estocar, cuidar, e distribuir tudo o que é adquirido pelo setor de compras.

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�� Transportes – A missão deste órgão é de conservar os veículos pertencentes á

empresa prontos para serem utilizados.

�� Serviços Auxiliares – É outro setor na moderna administração de materiais, pois

ele estará ligado a tudo quanto diga respeito a determinados serviços comuns na estruturação

das empresas e que deverão num só setor, para que o mesmo superintenda, organize,

inspecione o fiscalize o trabalho de diversas seções em que se subdividem, sendo todas as

subdivisões necessárias , tais como:

�� Conservação das instalações;

�� Serviços de limpeza;

�� Serviços de correio e telex;

�� Comunicações (contínuos, serventes, vigias, etc.);

�� Restaurantes, bar e cafeteria;

�� Parques, jardins, gramados, etc.

De acordo com Baily, Farmer, Jessop & Jones (2000), as organizações que procuram

uma estratégia de compras eficiente e integrada com os demais setores da empresa tendem a

possuir vantagem competitiva na administração de materiais. As principais abordagens e

conceitos referentes a esse tema são:

��Administração da qualidade total;

��Filosofias just in time e produção enxuta;

��Conceitos de cadeia de suprimentos;

��Foco no consumidor;

��Maior prática de Benchmarking.

Toda empresa deve possuir um plano estratégico de negócios que estabelecerá suas

metas e objetivo primordial para os próximos anos de sua existência, sejam esses de expansão

nas vendas (conseqüentemente, uma maior produção de materiais), ou atingir novos

mercados, reduzir custos, dentre outros. Esse plano indica como a empresa pretende atingir

seus objetivos, e depende de uma cooperação de vários setores da empresa como o marketing,

finanças, produção e engenharia. (ARNOLD, 1999).

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Segundo Francischini e Gurgel (2002, p.117), pode-se classificar as funções da

administração de materiais em:

�� Classificação de materiais – atividade responsável pela identificação, codificação e catalogação de materiais e fornecedores

�� Gerência de estoques – atividade responsável pelo controle, inventário e programação das necessidades do material e pela providências ao seu provimento, utilizando a análise das movimentações dos estoques com base nos registros quantitativos.

�� Aquisição de materiais – atividade responsável pela procura de fornecedores e materiais e pela opção por compra, transformação, permuta e doação.

�� Armazenamento de materiais – atividade que redige, analisa, supervisiona, atualiza e regula o sistema, com o objetivo de estabelecer os padrões uniformes de comportamento administrativo.

A administração de materiais eficaz precisa coordenar a movimentação de

suprimentos de acordo com a demanda de produção. Ou seja, utilizar o conceito de custo total

às atividades de suprimento logístico, obtendo vantagem da contraposição da curva de custo,

logo, a administração de materiais deve prover o material certo, no local de produção certo,

no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimo para a completa satisfação do

cliente. (POZO, 2002).

Para administrar os materiais corretamente, necessita-se de um estudo de vários

fatores que envolvem a administração do material em si. Dentre os elementos a serem

analisados, pode-se citar a administração do estoque comentada a seguir.

2.4 Estoques

A administração do estoque se baseia em várias atividades logísticas interligadas, como o

nível de estoque, subseqüente expedição de produtos para o mercado, sua antecipação a

futuras vendas, dentre outras.

O estoque constitui todos os materiais e suprimentos que uma empresa ou organização

mantém, seja para prover insumos ou suprimentos para o processo de produção, ou para

vendê-los. Geralmente, o estoque constitui uma parte dos ativos totais, podendo representar

cerca de 20% a 60% desses ativos. (ARNOLD, 1999).

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De acordo com Corrêa & Gianesi (1996), os estoques são úteis pois protegem o

sistema produtivo de problemas que podem ocasionar à interrupção do fluxo de produção.

Logo, o estoque proporciona independência a cada fase produtiva, evitando que os problemas

de uma fase não afetem as demais.

Para Viana (2000), o estoque não consiste somente em matérias-primas, produtos

semi-acabados, componentes para montagem e produtos acabados, ele pode também adquirir

outros significados, dependendo do tipo de organização, como o estoque de livros, de dinheiro

em banco, de consultores, e assim por diante.

O estoque possui um grau de liquidez elevado, ou seja, à medida que é utilizado, seu

valor se converte em dinheiro, que beneficia o fluxo de caixa e também permite investimentos

na empresa.

“Os estoques custam, dinheiro, valem dinheiro e terão que ser zelados como se

dinheiro fossem”. (ARAÚJO, 1980, p.106).

Todo o estoque acarreta num custo de estocagem do estoque, isto aumenta os custos

operacionais de uma organização, conseqüentemente diminui os lucros. Logo, é fundamental

que a empresa saiba administrar adequadamente os estoques, levando assim a reduzir os

custos na operação, aumentando suas receitas.

Conforme Novaes (2001), um determinado produto passa por diferentes estoques,

desde sua saída da fábrica (manufatura), passando pelo centro de distribuição, até sua

posterior chegada ao varejista. Logo, a racionalização dos estoques se torna uma das

estratégias competitivas mais importantes das empresas modernas que utilizam a cadeia de

suprimentos.

De acordo com Viana (2000), é importante manter no estoque número reduzido de

itens e em quantidades mínimas, todavia, evitando que o risco de satisfação da demanda dos

usuários não se abale. Ainda segundo Viana, as principais causas para a existência de um

estoque permanente para o imediato atendimento do consumo interno e das vendas nas

empresas são:

��Obrigatoriedade de continuidade operaciona;l

��Duvidas existentes sobre a demanda futura ou sua variação em longo prazo;

��Disponibilidade do material nos fornecedores e cumprimento dos prazos de

entrega

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Todavia, se o estoque é um investimento necessário em prol de evitar possíveis

problemas presentes no processo produtivo, existe uma filosofia conhecida como Just in time

que procura reduzir o estoque, de modo que os problemas fiquem visíveis e possam ser

eliminados por meio de esforços concentrados e priorizados. (CORRÊA & GIANESI, 1996).

Antigamente, era comum tanto as empresas como os consumidores realizarem grandes

compras de um mesmo produto, mantendo assim um estoque deste produto. Isso ocorria

devido às grandes taxas de inflação que o mercado sofria. Hoje, com uma inflação controlada,

as organizações procuram trabalhar com estoques mínimos, reduzindo os custos de

manutenção do mesmo.

Segundo Francischini et al (2002, p.81), “defina-se como estoque quaisquer

quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum

intervalo de tempo”.

Todavia, para Heizer e Render (1999), o estoque desempenha diversas funções que

permitem maior flexibilidade às operações empresariais. Sendo as mais importantes: ter

disponibilidade de bens para atender a uma demanda antecipada por parte dos clientes,

desvincular os fornecedores da produção e vice-versa, aproveitar vantagens referentes a

descontos por quantidade, maior segurança contra o aumento de preços e proteger contra

variações na entrega.

O estoque deve estar de acordo com as reais necessidades e interesses da empresa.

Logo, deve estar integrado ao planejamento estratégico e financeiro da mesma, pois toda a

gama de produtos e insumos que serão utilizados pela empresa ao longo de determinado

período irão sair do estoque.

Segundo Ballou (2001, p.254), “o objetivo principal do gerenciamento de estoque é

assegurar que o produto seja disponível no tempo e nas quantidades desejadas, evitando

paradas na produção ou perdas de vendas”.

Conforme Moura (1998), a estocagem é a atividade que diz respeito à guarda

apropriada de todos os materiais no armazém, preferencialmente em ordem prioritária de uso

nas operações de produção. Logo, estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais no

armazém, possibilitando que dentro de um mesmo armazém exista diversos locais de

estocagem.

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O estoque de um produto está presente em todas as etapas do mesmo, desde sua

fabricação, até sua chegada ao consumidor.

Os estoques podem ser encontrados nos mais diversos locais como: armazéns,

prateleiras de supermercados, dentre outros. Existem também estoques dos mais diversos

tipos, podendo ser: matéria-prima, material auxiliar, material de manutenção, material e peças

em processos, produtos acabados e material de escritório.

Cada produto do estoque deve ser analisado de forma diferente, tendo em vista fatores

como: forma que deve ser estocado, a quantidade a ser estocada, freqüência de entrada e saída

do produto no estoque, etc.

Para Pozo (2002, p.33), “a função principal da administração de estoques é maximizar

o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com grande efeito dentro dos

estoques”

Ainda segundo Pozo (2002), os objetivos do planejamento e controle de estoque são:

��Assegurar o suprimento necessário de matéria-prima, material auxiliar, peças e

insumos ao processo de fabricação;

��Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às

necessidades vendidas;

��Verificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;

��Não permitir condições de falta ou excesso em relação as exigências de

vendas;

��Evitar a ocorrência de perdas, danos, extravios ou mau uso;

��Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros;

��Fornecer bases sólidas para a criação de dados ao planejamento de curto,

médio e longo prazos, das necessidades de estoque;

��Manter os custos nos níveis mais reduzidos possíveis, levando em

consideração os volumes de vendas, prazos, recursos e seu efeito sobre o custo

de venda do produto.

Segundo Betaglia (2003), existe uma modalidade de estoque onde o fornecedor é o

responsável por manter os níveis de estoque do cliente ou distribuidor. Essa forma de

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otimização da cadeia de abastecimento depende de uma boa parceria entre cliente e

fornecedor, onde este tem acesso às informações de estoque do cliente.

Dentro os tipos de estoque, pode-se explicar como sendo matéria-prima: O material

básico que irá passar por um processo de transformação dentro da fábrica, para ser transferido

posteriormente para o estoque de acabados como produto final.

Define-se como estoque de materiais auxiliares: Produtos agregados que compõem o

processo de transformação da matéria-prima dentro da fábrica. Exemplo: lixas, óleos,

ferramentas, etc.

Como estoque de manutenção pode-se dizer: São aqueles constituídos por peças que

servem de apoio à manutenção dos equipamentos e edifícios, tais como: peças, parafusos,

dentre outros.

Existe os estoques de produtos intermediários (peças em processos), são eles: Aqueles

que têm fator influente no custo do produto, geralmente o volume desse estoque é resultante

de planejamento do estoque de matéria-prima e do planejamento da produção. Exemplo:

peças que estão em processo de fabricação e estão armazenadas para compor o produto final.

Outro tipo de estoque é o de produtos acabados, sobre esses estoques pode-se

entender como: produtos prontos e embalados, preparados para serem distribuídos aos clientes

finais. (POZO, 2002).

Segundo Bowersox e Closs (2001), um depósito executa dois tipos de estocagem, são

eles:

��Estocagem planejada – É utilizada quando ocorre estocagem periódica dos

estoques de ciclo, que estejam sujeitos a reposição. Tem sua duração ligada aos

diferentes sistemas logísticos, o que irá depender diretamente do ciclo de

atividade.

��Estocagem estendida – Ocorre quando o volume excede o estoque planejado

para a operação normal. Logo, em alguns casos, torna-se necessário manter

armazenagem de alguns produtos durante vários meses.

O estoque está diretamente relacionado a alguns tipos de custos específicos. A cada

novo pedido que é emitido, existem custos fixos (salários do pessoal envolvido na emissão

dos pedidos) e os custos variáveis (fichas de pedidos, enviar pedidos aos fornecedores). Outro

custo ligado ao estoque é aquele referente a sua manutenção, são eles: despesas de

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armazenamento (altos volumes, enormes espaços físicos, movimentação e pessoal alocado),

custos associados aos impostos e aos seguros de incêndio e roubo decorrentes do material

estocado. Existe também o custo causado pela falta de estoque que pode acarretar numa

imagem negativa para a empresa (POZO, 2002)

Para a empresa maximizar seu lucro deve procurar obter: excelência no atendimento

aos clientes, operação de fábrica de baixo custo e investimento mínimo em estoque.

(ARNOLD, 1999).

Conforme Corrêa & Gianesi (1996, p.59) os estoques são nocivos,” por ocuparem

espaço e representarem altos investimentos em capital, mas principalmente, por esconderem

os problemas da produção que resultam e baixa qualidade e baixa produtividade”.

É requisito básico da boa gestão de estoque, que a empresa tenha conhecimento da

demanda de seus clientes, otimizando seu estoque, adotando assim políticas condizentes às

práticas de estoque básico e de segurança.

2.5 Compras

Não é comum encontrar uma organização que seja totalmente independente, auto-

suficiente em todos os insumos que compõem o produto que ela trabalha e vende para seus

clientes. Tendo em vista a situação acima mencionada, torna-se previsível a necessidade de

comprar produtos de outras empresas e, conseqüentemente, necessitando de fornecedores.

Na industria comprar é o conceito utilizado quando se tem a finalidade de obter

materiais. É o processo de aquisição que inclui a escolha dos fornecedores, os contratos de

negociação e as opções que envolvem compras locais ou centrais (BERTAGLIA, 2003).

Antigamente, a função de compra era vista apenas como um custo necessário, onde a

empresa localizava um fornecedor, disposto a trocar bens e serviços por uma quantia em

dinheiro. Todavia, essa visão mudou. Hoje, as empresas consideram a compra como uma

forma de obter valor, onde a organização e o fornecedor são parceiros comerciais. (BAILY,

FARMER, JESSOP, JONES, 2000).

Segundo Novaes (2001), a compra, atualmente, é vista por uma organização bem

sucedida como uma atividade de relevância estratégica. Sua realização envolve uma série de

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elementos significantes de natureza econômica, física e mesmo psicológica. Pode-se citar

quatro elementos principais, são eles:

��O dinheiro, essencial para adquirir um bem (ou serviço);

��tempo, para obter informações sobre preço, produto , e as demais condições da

transação;

��tensão, decorrente das dúvidas (quanto às possibilidades de uso do produto,

condições de pagamento, dentre outras) que envolvem a compra de um bem;

��o esforço de transportar o produto adquirido para o local onde será utilizado.

Ainda conforme Novaes, o esforço de transportar o produto adquirido está mais ligado

à logística.

É importante que profissionais da área de compras tenham um entendimento global de

negócios e tecnologia. O comprador, em função da tecnologia, exerce atividades relacionadas

a de um analista de suprimentos e negociador do que meramente um operador de transações

que solicita pedidos e monitora-os. (BERTAGLIA, 2003).

O suprimento empresarial abrange a movimentação de entrada de materiais, de

produtos acabados e a compra propriamente dita. O suprimento abrange todos os tipos de

compra dos quais pode-se citar:

��Materiais - comumente empregado para identificar o estoque que está sendo

movimentado para dentro da organização, geralmente vinculados ao processo

de agregação de valor por meio da produção;

��Produto - é todo o estoque disponível para compra, ou seja, pronto para

consumo por parte do consumidor;

Portanto, existem formas diferentes de analisar a finalidade da compra de bens por

parte da empresa. (BOWERSOX e CLOSS 2001).

Dentre alguns objetivos que envolvem o setor de comprar de uma empresa, podem-se

citar:

�� Suprir a organização com um fluxo de materiais e serviços para atender a suas necessidades.

��Assegurar continuidade de suprimento para manter relacionamentos efetivos com fontes existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos alternativas, ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas.

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��Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto.

��Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e ao menor custo.

��Manter relacionamentos cooperativos sólidos com outros departamentos, fornecendo informações e aconselhamentos necessários para assegurar a operação eficaz de toda a organização.

��Desenvolver funcinários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos previstos.

(BAILY, FARMER, JESSOP & JONES, 2003, p.31)

É tarefa da função de compras encontrar a especificação ótima, não somente

localizando um produto atraente para o departamento de marketing vender, ou para o setor de

produção fabricar, mas também um produto que inclua outras utilidades como: serviços,

materiais econômicos, tanto para comprar como para se vender. Mas, para isso, necessita-se

de um grau de comprometimento das partes envolvidas. Baily, Farmer, Jessop & Jones

(2000).

Existem formas diferentes de uma empresa solicitar novos materiais, de modo que

estas obtenham maiores vantagens no ato da compra, pode-se citar:

��Compras centralizadas – Nessa modalidade a organização pode obter melhores

preços e serviços, por meio do maior montante realizado com os fornecedores;

o transporte também pode ser reduzido devido ao volume da compra.

��Compras descentralizadas – Oferece maior velocidade de atendimento quando

praticada localmente.

Algumas organizações trabalham das duas formas, optando por compras centralizadas

dos itens de maior volume e de destaque estratégico e por compras descentralizadas

(localmente) os de menor espressividade. (BERTAGLIA, 2003).

O termo compras, associado ao processo de compras da administração de materiais,

envolve as seguintes atividades centrais:

��Assegurar descrição completa das necessidades;

�� Selecionar fontes de suprimento;

��Conseguir informações de preço;

��Colocar os pedidos (ordens de compra);

��Acompanhar (follow up) os pedidos;

��Verificar notas fiscais;

��Manter registros e arquivos;

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��Manter relacionamento com vendedores. (POZO, 2002, p. 139).

O sistema de compras envolve atividades de pesquisa contínua, para a melhor

adequação dos objetivos empresariais, sendo portanto, a investigação e a procura de novos

fatos permanentemente conjugados em suas atividades básicas, tais como analisar ordem de

pedido e buscar melhores preços, dentre outras.

Não se pode afirmar que acordos face a face e boca a boca entre comprador e

vendedor não sejam importantes. Todavia, cada vez mais, as comunicações rotineiras, como

pedidos e faturas, vêm sendo feitas por computador, ao invés da emissão de papéis enviados

pelo correio.

O intercâmbio eletrônico de dados (EDI – Eletronic Data Interchange), que consiste

na transferência de dados de um computador a outro por meio eletrônico, pode ser feito,

segundo Baily, Farmer, Jessop e Jones (2000) de quatro meios diferentes de transfêrencia de

dados, são eles:

��Dados comerciais – Incluem documentos como cotações, confirmação,

pedidos, instruções de entrega, notas de recebimento, fatura.

��Dados técnicos – Incluem características do produto, dados de desempenho,

ajustes de maquinário.

��Dados monetários – Consiste em sistema de transferência eletrônica de

dinheiro, assim, evita a emissão de cheques ou a remessa de ordem de

pagamento pelo correio ou em mãos.

��Pergunta-resposta – Permite acesso aos preços, à informação sobre

disponibilidade de espaço em estoque, presta informações sobre o andamento

de um pedido na fábrica e na sequência da distribuição.

Para que o intercâmbio eletrônico de dados possa funcionar, é necessário links entre

emissor e receptor, complementados por dispositivos de armazenagem de dados, e software

para formatar as mensagens.

Para Moura (1998), o EDI é uma tecnologia poderosa, que pode oferecer ainda

melhores resultados quando aplicada em conjunto com o código de barras. Juntos permitem a

implantação de diversas iniciativas voltadas a cadeia de suprimento como resposta rápida ,

resposta eficiente ao consumidor e just-in-time.

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Com a implementação do EDI, a empresa obterá economia em postagem, material de

escritório e tempo de funcionários, além de permitir níveis de estoque menores.

2.6 Tecnologia da informação

A tecnologia da informação (TI) permite que as empresas mantenham-se adaptadas as

novas mudanças, por meio da TI, as organizações têm-se tornado produtoras de serviços e

bens de alto valor adicionado ou criadoras de nichos, como também modificado seu

relacionamento com seus fornecedores e clientes, com o propósito de obter vantagens

competitivas sustentáveis.

Conforme Bowersox e Closs (2001), a velocidade e capacidade da TI estão

aumentando e seu custo, diminuindo. São criadas novas capacidades diariamente, todavia,

existem cinco tecnologias específicas que possuem amplas aplicações logísticas, são elas: os

computadores pessoais, intercâmbio eletrônico de dados, inteligência artificial e sistemas

especialistas, comunicações e código de barras e leitura óptica.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), a TI inclui qualquer mecanismo que

colete, manipule, armazene ou distribua a informação, essa é a tecnologia mais utilizada em

produção.

De acordo com Fernandes & Alves (1992), a TI não se restringe a software, hardware

e comunicação de dados, suas utilidades são bem mais amplas, dentre suas aplicações mais

usuais, pode-se destacar:

��Tecnologias Relativas ao Desenvolvimento de Sistemas

��Metodologias de gerência de projetos;

��Metodologias de desenvolvimento de sistemas;

��Técinicas de análise de sistemas;

��Técnicas de prototipação;

��Técnicas de programação;

��Metodologias de teste e depuração de programas;

��Técnicas de projeto de sistemas.

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��Tecnologias Relativas ao Planejamento de Informática

��Fatores críticas de sucesso;

��Metodologias de planejamento de informática;

��Modelagem de dados e processos;

��Metodologias para elaboração de PDI´s.

��Tecnologias Relativas aos processos de Produção/Operações

��PCP;

��Planejamento de capacidade;

��Gerência de desempenho;

��Gerência de problemas e mudanças;

��Monitoramento da rede de teleprocessamento;

��Auditoria dos processos de produção;

��Determinação do nível de serviços.

��Tecnologias Relativas ao Suporte de Software

��Sistemas de gerência de banco de dados;

��Utilitários;

��Software de teleprocessamento;

��Monitores de desempenho;

��Geradores de aplicações;

��Linguagens de programação;

��Sotfwares integrados para microcomputadores;

��Software de automação comercial;

��Software de automação industrial;

��Sotware de automação bancária.

��Tecnologias Relativas ao Suporte de Hardware

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��Computadores de grande porte;

��Supercomputadores;

��Redes locais;

��Redes de computadores;

��Estações gráficas;

��Arquiteturas não-convencionais;

��Dispositivos de alta capacidade de armazenamento.

Para Laudon (1999), o software possui três funções principais, são eles:

��Desenvolver ferramentas para aplicar o hardware do computador na

resolução de problemas;

��Possibilitar que uma organização gerencie seus recursos

computacionais;

��Servir como intermediário entre a organização e suas informações

armazenadas.

Pressman (1995, p.12) descreve software da seguinte forma:

Software é: (1) instruções (programas de computador) que, quando executados, produzem a função e o desempenho desejados; (2) estrutura de dados que possibilitam que os programas manipulem adequadamente a informação; (3) documentos que descrevem a operação e o uso dos programas.

Conforme Bertaglia (2003), a percepção nítida do processo, dentro da cadeia de

abastecimento integrada, é de fundamental importância para atingir o planejamento desejado.

Por meio da TI, que tem evoluiído significamente, as empresas tem adotado planos bastante

elaborados.

Além da EDI, que consiste numa TI de aplicabilidade extensa, pode-se mencionar

também, conforme Moura (1998), o WMS (Sistemas de Geranciamento do Armazém), que

consiste num modelo de software cujo interesse se volta para melhoria da armazenagem,

maximizando a utilização do espaço, equipamentos e mão-de-obra, controle do local,

fornecimento de inventário e gerenciamento do fluxo de pedidos e processos no armazém.

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Segundo Manãs (2002, p.01), “A informação é fundamental para a empresa moderna.

É por meio dela que se consegue ter uma situação de vantagem diante da concorrência.”.

É interessante lembrar porém, que o planejamento organizacional não depende

somente da TI, pois, de nada adianta a ferramenta, se a empresa não possuir conhecimento de

mercado e eficiência dos recursos internos e externos.

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3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Este capítulo trata da metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho

acadêmico. Por meio desta metodologia, procurou-se obter esclarecimentos sobre possíveis

formas de satisfazer a empresa com a aplicação de um modelo de crescimento organizacional

sustentado.

O método utilizado nesse trabalho foi o indutivo, que se caracteriza como uma

abordagem de estudos, conforme Marconi e Lakatos (2001), cuja aproximação dos fenômenos

segue normalmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais

particulares às leis e teorias (conexão ascendente).

De acordo com Pasold (1999), o método indutivo consiste em pesquisar e identificar

todas as partes de um fenômeno e agrupá-las, de forma que possa permitir uma visão ou

conclusão geral.

O método indutivo é baseado na observação dos fatos, seguindo o caminho do

raciocínio particular para o geral por meio das teorias e leis gerais. (ANDRADE, 1999)

A pesquisa não é apenas a confirmação de idéias; ela exige verificação e

comprovação. Dá prioridade ao descobrimento de princípios gerais. Costuma utilizar-se de

amostragem.

Segundo Cervo e Berivan (1997), acredita-se que a pesquisa por meio do emprego de

processos científicos, venha a ser utilizada como uma atividade voltada para a solução de

problemas, tendo como função a descoberta de respostas para as perguntas realizadas.

Para Vergara (2000, p.47), “a pesquisa metodológica é o estudo que se refere a

instrumentos de captação ou de manipulação da realidade”.

Atualmente, pesquisa alguma parte da estaca zero. Qualquer que seja a situação

pesquisada, já devem ter sido feitas pesquisas iguais, semelhantes ou ao menos

complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida, logo é importante uma procura de

fontes documentais em prol da redução de esforços.

Quanto aos fins, existem diversas formas de pesquisa, as mais usuais e que serão

utilizadas neste trabalho são: observatória exploratória e descritiva.

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Segundo Vergara (1998), quando existe em determinada área, pouco conhecimento

acumulado, utiliza-se à pesquisa exploratória, pois sua natureza de sondagem, não comporta

hipóteses que poderão surgir durante ou ao final da pesquisa. Tem como função esclarecer

quais fatores influenciam , de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno.

Ainda segundo Vergara (1998), a pesquisa descritiva permite expor características de

determinado fenômeno ou população. Permite também correlacionar variáveis e definir sua

natureza. Todavia, embora sirva de base legal para tal explicação, não tem o compromisso de

explicar os fenômenos que descreve.

Quanto aos meios de investigação, serão utilizadas: pesquisa de campo, documental e

estudo de caso.. Dar-se-á maior importância ao estudo de caso.

A pesquisa de campo consiste na realização de entrevistas semi-estruturadas com os

ocupantes dos cargos indicados como competentes à esclarecer questões duvidosas, bem

como por meio de questionários aplicados aos membros da empresa, selecionados de acordo

com o interesse da investigação.

O estudo de caso é pertinente a poucas unidades, vistas como uma pessoa, um produto,

uma empresa. Tem como característica, grande nível de profundidade e detalhamento,

podendo ser ou não realizado no campo. Entretanto, é importante salientar que os diversos

tipos de pesquisa podem estar atuando simultaneamente para obtenção de melhores

resultados.

Conforme Gil (2002, p.78), “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e

exaustivo de um ou de poucos objetivos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado

conhecimento”.

Ainda segundo Gil (1991, p. 59), “a maior utilidade do estudo de caso é verificada nas

pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é recomendável nas fases iniciais de uma

investigação sobre temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do

problema”.

A pesquisa documental é realizada por meio de documentos conservados na empresa

de qualquer natureza. Já a pesquisa bibliográfica, utiliza-se de material publicado em livros,

jornais, ou seja, material disponível ao público em geral.

Os dados coletados serão apresentados sob a forma de textos.

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Uma vez definida a metodologia a ser utilizada no desenvolvimento do trabalho,

apresenta-se no capítulo seguinte a análise dos dados coletados, bem como a caracterização da

empresa objeto de estudo

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4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

Neste cápitulo serão apresentados os resultados obtidos no período de estágio

realizado junto à organização

4.1 A empresa

As informações a seguir foram fundamentadas, tendo como base o site oficial da

empresa, www.cota.com.br.

Há três décadas no mercado, aproximados 350 mil metros quadrados construídos e 41

empreendimentos entregues, a Cota é uma das mais conceituadas empresas da construção

civil de Santa Catarina. Procura se destacar em seus projetos, no contexto urbano de

Florianópolis, pelo tom arrojado e inovador de suas construções e, principalmente, pela

licitude no relacionamento com os seus clientes.

Cumprindo os prazos de entrega, honrando rigorosamente e até superando os

memoriais descritivos, procurando em cada obra atender as demandas de mercado, a Cota

fortalece o conceito de qualidade e credibilidade.Independente do tamanho ou da finalidade,

os empreendimentos

A Cota tem a mesma medida qualitativa. Por isso, da elaboração à execução de cada

projeto, todos os detalhes são previamente planejados para que não ocorra improvisações ou

soluções inadequadas.

Nas fundações são realizados estudos que levam em consideração, até mesmo, as

repercussões nas edificações vizinhas. Evitando assim contrastes com as demais obras, sendo

assim, acarretando numa harmonia maior.

Possui sua sede administrativa e canteiro central instalados em Florianópolis, a Cota

conta com a colaboração de funcionários nas áreas técnica e administrativa, e um vasto

contingente de mão-de-obra direta terceirizada.

A Cota investe no treinamento e qualificação do seu pessoal em todos os setores, pois

acredita que toda evolução tecnológica advém da capacitação humana. Desta forma a empresa

vem se mantendo competitiva ao longo dos anos.

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30

.

4.2 O modelo logístico atual

Conforme proposto nos objetivos específicos, descreve-se a seguir o modelo logístico

utilizado atualmente pela empresa.

As informações obtidas foram apuradas por meio de questionários e entrevistas,

realizados em diferentes estabelecimentos onde a COTA possui atividades.

Inicialmente, sobre estoques, a empresa possui basicamente duas formas principais de

estocagem:

��A primeira consiste no estoque feito na própria obra (almoxarifado), com uma área

fisicamente menor. Nesse ambiente procura-se trabalhar com o estoque mínimo

(evitando assim gastos desnecessários), que é determinado perante as necessidades da

obra, esta demanda por novos pedidos é apurada pelo setor de compras que está em

constante interação com o setor de engenharia.

��A outra modalidade de estocagem ocorre no chamado canteiro central, onde existe o

estoque central, lá ficam estocados produtos de marcenaria (de fabricação própria da

COTA), e uma reserva de estoque (revestimento, cerâmica) de aproximadamente 5%

(cinco porcento) voltados para o pós-venda, ou seja, dedicados à assistência técnica.

A COTA se baseou na prática de mercado ao exercer essas duas modalidades de

estocagem, pois reduzem os gastos com transporte e permitem aliar o sistema de compras de

acordo com o cronograma da obra.

A solicitação de novos pedidos e serviços na obra é feita semanalmente, e sempre no

mesmo dia da semana. A solicitação é realizada por dois funcionários; um especializado em

materiais, o outro em serviços. Todos os pedidos devem passar por uma autorização prévia do

engenheiro chefe da obra.

Não existem cálculos específicos para averiguar a demanda por determinados pedidos,

ou seja, é inexistente um cálculo que determine um estoque mínimo de segurança. Embora

alguns produtos acabem na obra antes do dia de realizar nova solicitação de material, isso

aparentemente não prejudica o andamento da construção, devido à diversidade de tarefas a

serem feitas.

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No início de toda obra, é comum a existência de um estoque considerável, pois a

demanda por materiais é maior. Todavia, no decorrer da construção ocorre a preocupação de

reduzir o estoque, evitando assim a sobra desnecessária de materiais.

Para atender esses setores (financeiro, compras, marketing e demais) a COTA possui,

atualmente, cem fornecedores.

Para escolher com qual fornecedor irá trabalhar, é preciso realizar um sistema de

verificação determinado pelos programas de qualidade da empresa.

A princípio, a empresa procura manter parcerias duradouras com seus fornecedores,

prezando pelo bom relacionamento com os mesmos. Dentre alguns de seus fornecedores,

pode-se citar: Porto Belo, Otto Baumngart, Cimento Itambé, Polimix, dentre outras.

O transporte e descarregamento em obra também são de responsabilidade da empresa

fabricante, cabendo ao almoxarife a função de deixar o almoxarifado organizado em setores

(elétrico, hidráulico, azulejista, rejunto,etc) para sua melhor administração interna, como

também a inspeção de recebimento do material e realização da solicitação de compras (SC).

As solicitações de serviços e materiais realizadas são encaminhadas (após autorização

do engenheiro chefe) via rede (internet) para o setor de compras da COTA. Neste setor,

separam-se as solicitações de materiais e serviços aos responsáveis pela demanda (sendo as

solicitações de serviços encaminhadas para o Setor operacional), o modelo de solicitação de

material segue em anexo.

O setor de compras procura verificar se já existe o material demandado no canteiro

central. Caso exista um estoque do material no local, que tenha sido solicitado pelo canteiro

de obra, é função do Setor de compras abater do total solicitado a quantidade existente no

estoque central, além de ordenar essa transferência de materiais de um estoque para o outro

(por veículos da COTA). O pedido de compras realizado pelo setor de compras deve estar

sempre de acordo com a nota fiscal.

Os fornecedores responsáveis pelo suprimento da demanda por serviços, também

sofrem uma avaliação da empresa, esta é realizada pela engenharia e pela diretoria

operacional.

Toda nota fiscal (NF) que provem da obra passa pelo departamento de compras, onde

é realizado a avaliação do fornecedor, dentro os critérios utilizados nessa avaliação, pode-se

citar:

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��Prazo de entrega;

��Preço unitário;

��Condições de pagamento;

��Conferencia na obra.

As explicações mencionadas acima podem ser visualizadas melhor no fluxograma

do capítulo seguinte.

A COTA trabalha normalmente com duas empreiteiras, sendo que existe uma

auditoria para determinar o nível de PBQP-H /nível (plano brasileiro de qualidade e

produtividade no habitat) que a COTA possui. Atualmente a COTA foi auditada, e constatou-

se nível A no PBQP-H versão 2000 e foi certificada pela ISSO-9001.

A COTA possui um departamento de atendimento ao cliente composto por um

arquiteto e um engenheiro, onde os clientes solicitam alterações de sua unidade, estas são

analisadas pela equipe, que verifica o grau de viabilidade das solicitações.

Em função do exposto, constatou-se que a empresa utiliza uma estratégia logística

referida no capitulo 02, conhecida como postponment, ou seja, tem a flexibilidade de

caracterizar ou da a configuração final ao seu produto após o pedido (venda) pelo cliente.

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4.3 Fluxograma

início

Necessidade de material/serviço

Avaliação do engenheiro chefe

Aprova? Não fim

Sim

Envio para departamento

de compras via internet

O gerente do departamento

de compras avalia o pedido

HHá estoque? Sim

Fornece para obra

Fim

Não

01

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Solicita orçamento para fornecedores

Identifica o mais adequado

Efetua a compra

Envia para obra

Recebe na obra

Compara com o pedido

Esta correto? Sim

Descredencia

Fim Continua fornecimento

Fim

01

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4.4 A nova realidade

A COTA sentiu a necessidade de expandir seu mercado de atuação. Tendo em vista

essa expansão, a empresa precisa verificar que mudanças podem se tornar importantes para

que seus objetivos sejam atingidos da forma desejada.

Dentre os fatores que induziram a organização a procurar atuar em outros

munincípios, pode-se citar os seguintes fatores:

��Falta de oferta de terrenos, resultando no aumento dos preços;

�� Leis ambientais e gerais contraditórias.

O critério usado na escolha do novo mercado a ser explorado foi definido

primeiramente por meio de uma visita realizada pela diretoria, feita informalmente, onde

foram apurados dados como:

��Índice relacionado ao crescimento da cidade (população, renda percapita, IDH);

��Conversa com a prefeitura e outros setores empresariais;

�� IBGE;

��Número de novas empresas na cidade.

Com base nos critérios mencionados acima, a organização considerou a cidade de

Itajaí como sendo a que oferece melhores condições para iniciar seu ideal de expansão.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme observado na fundamentação teórica, as empresas para manterem-se

competitivas precisam ter todos os seus departamentos (estoque, vendas, suprimento)

trabalhando de forma integrada, procurando a obtenção dos objetivos da corporação de forma

conjunta, em prol da otimização dos resultados e melhor controle de seus gastos.

A COTA, empresa líder no mercado de construção civil em Florianópolis, sentindo a

necessidade de expandir seu mercado de atuação para outros municípios, deparou-se com a

incerteza sobre capacidade de sua atual estrutura logística perante as novas ambições

corporativas.

Todavia, essa iniciativa depende de uma série de estudos que viabilizem as obras,

proporcionando o retorno desejado.

A empresa deve questionar diferentes assuntos como:

��se existe a necessidade de parcerias com novos fornecedores;

�� se é interessante manter sua gestão centralizada.

Por meio da pesquisa e coleta de dados realizadas na empresa, observou-se que esta já

possui uma cadeia de suprimentos fixa, procurando trabalhar sempre com parcerias eficazes e

duradouras. Devido ao fato de seus fornecedores disponibilizarem o transporte de todos os

materiais necessários para a execução da obra, a COTA não precisa optar por troca de

fornecedores.

Porém, a mudança na região de atuação da empresa, irá demandar materiais que

devem suprir as necessidades mais urgentes da construção, para atender essa demanda, é

preciso estabelecer novos fornecedores na região de Itajaí (onde a COTA pretende construir),

sendo importante realizar um sistema de verificação determinado pelos programas de

qualidade da empresa na escolha destes novos fornecedores, priorizando pela rapidez no

atendimento, e qualidade do material trabalhado, segue em anexo modelo utilizado para a

escolha de um determinado tipo de tijolo.

A tomada de decisão, em nível estratégico e tático, provavelmente continuará

centralizada na sede da empresa, pois o sistema existente de comunicação via rede satisfaz à

necessidade da troca de informações rápida que a expan são exige. As decisões

operacionais poderão ser tomadas localmente.

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Como a empresa não trabalha diretamente com o setor de vendas, não será exigido um

aumento no quadro de funcionários da organização, o que poderá ocorrer é a procura por uma

nova empreiteira e mão-de-obra para prestar serviços para a organização.

Sugestões para serem avaliadas pela empresa para trabalhos futuros:

��Manter a atual sistemática de compras de grandes volumes e

representatividade, centralizada, conforme embasado no cápitulo 02, página

20,

��Da mesma forma manter descentralizadas as compras de pequeno volume e

menor representatividade, além das emergenciais, in loco, conforme referido

no cápitulo 02, página 20,

��Sugere-se a criação de uma estrutura administrativa no local da obra composta

por um (01) responsável técnico (engenheiro), um (01) administrativo e um

(01) auxiliar, que possibilite atender as necessidades locais e circunstanciais,

��Estabelecer um (01) canal de comunicação de fácil acesso e custo reduzido

(internet), conforme já utilizado pela empresa,

Para trabalhos futuros:

��Desenvolver o projeto de expansão para uma empresa abrangendo aspectos

como análise de mercado, localização e escala.

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Anexos

Anexo A – Almoxarifado no canteiro de obra

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Anexo B – Almoxarifado no canteiro de obra

Anexo C – Almoxaridado no canteiro de obra

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Anexo D - Almoxarifado no armazem geral

Anexo E – Almoxarifado no canteiro de obra

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Anexo F – Almoxarifado no armazem geral

Anexo G – Almoxarifado no armazem geral

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Anexo H – Tabela de controle interno da qualidade

MATERIAL 27 Insumo: Tijolo Cerâmico para Alvenaria de Vedação

ESPECIFICAÇÃO PARA COMPRA • O tipo de bloco com seu modelo especificado (quantidade de furos, tipo de furo, etc); • As dimensões nominais em cm de acordo com projeto; • A quantidade a ser utilizada (em milheiro), tomando o cuidado para não ocorrer excesso

de estocagem. Quando necessário especificar percentagem de ½ tijolo INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

Aspectos Visuais: • As peças que apresentarem não uniformidade de cor no ato da descarga deverão ser

separadas para possível troca com o fornecedor; • Rejeitar as peças que apresentarem superfícies muito irregulares, trincas, quebras e

deformações; • Quanto às dimensões dos tijolos, somente será aceito o lote que atender as especificações

do PC, tendo uma tolerância de ±3mm em todas as direções, conforme NBR 7171/1983, item 5.1 – tabela 2. ( Em virtude da adequação dos Fornecedores ao PBQP-H e as Normas, serão aceitos os lotes fora das especificações, até ajuste das medidas ou novo Fornecedor compatível em qualidade e preço ).

Verificação da Quantidade: • Verificar se a quantidade de tijolo entregue na obra, discriminada no DF, está de acordo

com o PC. Critério de Amostragem :

• 1 a cada 250 tijolos para lotes de até 3000 unidades e 1,5 a cada 250 tijolos para lotes de 3001 até 10000 unidades, sendo aprovados os lotes que apresentarem índice de rejeição das amostras, igual ou inferior a 25 % .

ARMAZENAMENTO, PRESERVAÇÃO E MANUSEIO NO CANTEIRO • Os blocos deverão ser armazenados em local protegido de chuva e umidade excessiva; • Deverão ser empilhas, de preferência à uma altura não superior a 2m e próximo do

local de transporte vertical ou de uso; • As cargas de ½ tijolo deveram ficar em pilhas separadas.

TESTE DE QUALIDADE LABORATORIAL • Teste ainda não aplicado.

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Anexo I – Ficha de estoque

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Anexo J – Diário de Obra

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Anexo K – Modelo de solicitação de material