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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA CRA – CENTRO DE RECURSOS AMBIENTAIS DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE AMARGOSA. Salvador, Setembro de 2006.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA CRA - seia.ba.gov.br Mª Celeste A... · necessidade de mudança de hábitos de consumo e atividades econômicas, substituindo-as ou adequando-as para

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA

CRA – CENTRO DE RECURSOS AMBIENTAIS

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO SISTEMA DE GESTÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: ESTUDO DE CASO DO

MUNICÍPIO DE AMARGOSA.

Salvador, Setembro de 2006.

UNEB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA

CRA – CENTRO DE RECURSOS AMBIENTAIS

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO SISTEMA DE GESTÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: ESTUDO DE CASO DO

MUNICÍPIO DE AMARGOSA.

MARIA CELESTE ANUNCIAÇÃO DOS SANTOS

Monografia apresentada como

requisito para conclusão do Curso de Pós-

Graduação em Gestão Ambiental Municipal

ministrado no CRA – Centro de Recursos

Ambientais pela Universidade Estadual da Bahia

para obtenção do título de Especialista sob a

orientação do Prof. Msc. Luciano Mendes Souza

Vaz

Salvador, setembro de 2006.

AGRADECIMENTO

Á Deus, sobre todas as coisas, pela saúde e inteligência.

A minha família, pelo apoio e compreensão em todos os momentos de minha vida.

Ao Prefeito de Amargosa, Valmir Sampaio, e a sua equipe por ter me dado esta

oportunidade.

Aos organizadores do curso, à coordenação e aos professores pela dedicação e

presteza em atender bem.

A todos os funcionários do CRA e do NEAMA pelo sorriso nos lábios com que

sempre nos recebiam.

E a todos os colegas a certeza que a amizade continuará e serei sempre grata pelo

carinho recebido na hora das lagrimas. De todos vocês guardarei as melhores

lembranças, as boas risadas, as brincadeiras e a certeza que “amigo é coisa pra se

guardar..”.

Ao Prof. Msc. Luciano Mendes Souza Vaz, que foi um verdadeiro presente, que Rita

Góis, colocou no meu caminho para ser meu porto seguro neste trabalho.

Obrigado a todos, de todo meu coração!

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à memória do meu eterno companheiro, Valmick de Menezes

Moura - Mic, por todas as vezes que me incentivou a estudar. Daria a minha vida

para tê-lo ao meu lado neste momento, pela certeza que sentir-se-ia realizado com a

minha vitória. A Ele que sempre sonhou com a melhoria ambiental da nossa cidade.

Espero poder contribuir para esta causa tão nobre.

O que Ele plantou, espero que nossos filhos e netos possam e saibam acolher!

RESUMO

A presente monografia tem como o objetivo proporcionar o conhecimento da

diversidade e da proporcionalidade das frações que compõem os resíduos sólidos

do município de Amargosa-Ba. Através da caracterização dos resíduos que chegam

ao lixão, e experimentação de elaboração de composto orgânico a partir de lixo

úmido da feira livre e de podas de árvore. De posse dos resultados a sociedade e o

poder público serão sensibilizados para a organização de uma gestão de resíduos

sólidos com menores impactos ambientais possíveis.

ABSTRACT The present monograph has as objective to provide the knowledge of the adversity

and the proportionality of the fractions that compore solid residues of the city of

Amargosa – Ba.

Through the characterizetion of the residuos that come at the “big garbage”, and

experimentation of the elaboration from humid garbade of the free fair and of

prunings of tree. From ownership of the results the society and the public power will

be sensitized for the organization of the management of solid residues with less

possible impacts in the ambient.

SUMÁRIO

1.0 Introdução.................................................................................................. 08 2.0 Objetivo...................................................................................................... 09

2.1Objetivos específicos............................................................................ 09 3.0 Revisão Bibliográfica................................................................................. 10

3.1 Sociedade e Resíduos Sólidos............................................................ 10 3.2 Definição e classificação dos Resíduos Sólidos no Brasil................... 11 3.3 Impactos Ambientais resultantes das ações dos resíduos sólidos...... 13 3.4 Legislação Ambiental........................................................................... 14

4.0 Material e Método...................................................................................... 19 4.1 Área de desenvolvimento da pesquisa................................................ 19 4.2 Levantamento de dados secundários.................................................. 19 4.3 Aproveitamento de resíduos sólidos – compostagem......................... 22 4.4 Análise do Sistema de Compostagem dos Resíduos Sólidos Urbanos do

Município de Amargosa................................................................................... 22 5.0 Resultado e discussões............................................................................. 25

5.1 Diagnostico Sócio econômico de Amargosa........................................ 25 5.2 Caracterização de Resíduos sólidos urbanos (RSU) do Município de

Amargosa........................................................................................................ 28 5.3 Proposição de Gestão Sustentável...................................................... 33

6.0 Considerações finais................................................................................. 37 7.0 Referências Bibliográficas......................................................................... 39

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos 30 anos os problemas relacionados a inexistência de uma gestão

ambiental adequada vêm sendo cada vez mais constantes. Falar em desequilíbrio

ecológico, chuva ácida, poluição hídrica, acúmulo de lixo não configura mais uma

novidade.O nível de degradação em que se encontra o nosso planeta demonstra a

necessidade de mudança de hábitos de consumo e atividades econômicas,

substituindo-as ou adequando-as para diminuir o nível de poluição e chegarmos a

atividades mais eficientes: que são as que utilizam menos recursos naturais e

produzem menos ou nenhum resíduos.

Se pensarmos nos impactos negativos do lixo no meio ambiente temos: mudanças

na paisagem, poluição das águas e do ar, contaminação do solo e dos lençóis

subterrâneos, proliferação dos roedores, insetos e vetores transmissores de

doenças, que causam danos á saúde, e conseqüentemente geram degradação

ambiental e exclusão social.

Grande parte das cidades brasileiras gerencia de maneira inadequada seus resíduos

sólidos urbanos. A realidade baiana não é diferente. No Estado da Bahia grande

parte dos municípios deposita seus resíduos sólidos a céu aberto em áreas

impróprias, sem nenhum manejo ou critério técnico, formando o que denominamos

de lixões. E Amargosa está entre esses municípios que ainda não possuem aterro

sanitário.

Esta produção monográfica pretende diagnosticar o sistema de gestão de resíduos

sólidos urbanos no município de Amargosa.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

A presente monografia tem como o objetivo proporcionar o entendimento de um

Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos através do conhecimento da diversidade e

proporcionalidade das frações que compõem os resíduos sólidos do município de

Amargosa - Ba.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Caracterizar os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) do município de Amargosa;

• Entender os processos de Reciclagem e Reaproveitamento adotados pelo

Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos Urbano (SGRSU) da cidade;

• Criar estratégias aplicáveis de melhoria dos procedimentos do Sistema de

Gestão de Resíduos Sólidos Urbano da prefeitura Municipal.

3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Sociedade e Resíduos Sólidos

A preocupação com a questão dos resíduos sólidos produzidos pelas atividades

humanas (domésticas, industriais, comerciais e hospitalares), vem inquietando os

responsáveis pela criação de projetos de políticas públicas e de iniciação cientifica.

As atividades cotidianas das pessoas produzem resíduos ou restos que constituem o

lixo sobre o qual temos que pensar e aprender (Hoje o lixo tornou-se um problema

que diz respeito a todos) (GIPEC-INIJUI - Grupo Interdepartamental de pesquisa

sobre Educação e Ciências; 2003)

Segundo Scarlato (1999) a sociedade de consumo e dos descartáveis transformou

as cidades em uma fábrica de lixo. Poucas são as sociedades que assumem a pré-

reciclagem e a reciclagem desse lixo como prática efetiva para a solução desse

problema. Escassez de água potável e excesso de lixo são problemas latentes que

serão herdados pela Sociedade do próximo milênio. Lençóis freáticos e mares

poluídos em breve representarão a morte do planeta caso não se busquem soluções

para essa contaminação.

Resíduos representam perda de recursos naturais desperdício econômico e poluição

ambiental, por isso é preciso investir em programas de redução e reuso de matéria

prima dentro de uma pratica de gestão que equilibre a quantidade de resíduos

gerada, com o retorno ao processo produtivo.

A demanda global dos recursos naturais deriva de uma formação, que rege o

processo de exploração da natureza hoje, é responsável por boa parte da destruição

dos recursos naturais e é criadora de necessidades que exigem, para sua própria

manutenção, um crescimento sem fim das demandas quantitativas e qualitativas

desses recursos. (PCNS- Parâmetros Curriculares Nacionais - Temas Transversais;

1998).

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT, 2000) postula

que o crescimento populacional e industrial tem uma relação direta com a geração

de resíduos. Pois cresce na mesma proporção. O acelerado processo de

urbanização, aliado ao consumo crescente de produtos menos duráveis, ou

descartáveis, provocou sensível aumento do volume e diversificação do lixo, e o seu

gerenciamento tornou-se uma tarefa que demanda ações diferenciadas e

articuladas, as quais devem ser incluídas entre as prioridades de todos os

municípios.

3.2 Definições e Classificação dos Resíduos Sólidos no Brasil

Os resíduos sólidos são materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos)

resultantes das atividades humanas e de natureza, os quais podem ser parcialmente

utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde publica e econômica de

recursos naturais (Manual de Saneamento FUNASA – Fundação Nacional de

Saúde).

A ABNT 2004 preconiza na NBR 10.004 a classificação dos resíduos sólidos.

Para a gestão municipal de resíduos sólidos as prefeituras devem obedecer aos

decretos e resoluções CONAMA e seguir parâmetros das NBR´s que norteiam o

correto gerenciamento dos mesmos.

Segundo o IPT – CEMPRE - Associação Brasileira de Normas Técnicas ABN NBR

6822 preparo e apresentação das normas brasileiras a definição para norma é: “Um

documento elaborado segundo procedimento e conceitos emanado do sistema

nacional de metrologia, normalização e qualidade industrial, conforme lei 5963 de 11

de dezembro de 1973, e demais documentos legais destes decorrentes. De acordo

com a sua classificação, as normas brasileiras são resultantes de um processo de

consenso nos diferentes fóruns do sistema, cujo universo abranje o governo, o setor

produtivo, o comércio e os consumidores. As normas brasileiras em suas

prescrições visam obter:

a) Defesa dos interesses nacionais;

b) A racionalização na fabricação e na troca de bens e serviço, através de

operações sistemáticas e repetitivas;

c) Proteção dos interesses dos consumidores;

d) Segurança de pessoas e bens;

e) Expressões de meios de comunicação.”

Segundo Manual de Saneamento – FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

(2004): De modo geral, os resíduos sólidos são constituídos de substâncias

distribuídas nas seguintes classes: Facilmente degradáveis (FD): resto de comida,

sobra de cozinha, folha, capim, casca de frutas, animais mortos e excrementos;

Moderadamente degradáveis (MD): papel, papelão e outros produtos celulósicos;

Dificilmente degradáveis (DD) trapo, couro, madeira, borracha, cabelo, pena de

galinha, osso, plástico e Não degradáveis (ND): Metal não ferroso, vidro, pedras,

cinza, terra, areia, cerâmica.

Segundo a classificação preconizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do

Estado de São Paulo (IPT, 2000) temos quanto à origem: Domiciliar; Comercial;

Industrial; Serviço de saúde; Portos, aeroportos, terminais, ferroviárias e rodoviárias;

Agrícola; Construção civil; Limpeza publica; Abatedouros de aves; Matadouros;

Estábulos.

Lima (1995) simplifica o conceito da seguinte forma “...podemos dizer que o lixo

urbano resulta de atividades diárias do homem em sociedade e que os fatores

principais que regem sua origem e produção são, basicamente, dois: o aumento

populacional e a intensidade da industrialização.”

Observando o comportamento destes fatores ao longo do tempo, podemos verificar

que existem fortes interações entre eles. Por exemplo, o aumento populacional exige

maior incremento na produção de alimentos e bens de consumo direto. A tentativa

de atender esta demanda faz com que o homem transforme cada vez mais matéria-

prima em produtos acabados, gerando, assim, maiores quantidades de resíduos

que, dispostos inadequadamente, comprometem o meio ambiente. Assim sendo o

processo de industrialização constitui-se num dos fatores principais da origem da

produção de lixo (Lima -1995).

Em uma sociedade de consumo como a nossa, é cada vez maior a produção de

materiais que são descartados todos os dias, causando problema que interferem na

qualidade de vida da população e deste podemos analisar os cinco grupo:

• Sólidos - RSD. Industriais e comerciais.

• Líquido-Jogados nos ralos de pia, vasos sanitários, bueiros, etc.

• Gasoso-produzidos nas combustões.

• Partículas- suspensa no ar – fumaça poeiras, aerossóis.

• Pastosos – fezes e lodo de esgoto.

Há uma preocupação especial com os resíduos sólidos produzidos nas

cidades porque são constituídos por restos de alimentos cascas, podas, etc.,

chamado lixo úmido. Esses resíduos constituem-se em dos maiores problema

ambientais, sociais e sanitários, pois na maioria dos municípios brasileiros não é

gerenciado adequadamente. A media de lixo úmido no Brasil são aproximadamente

65% conforme Pereira Neto (1999).

3.3 - Impactos Ambientais resultantes da ação dos r esíduos sólidos.

A definição sintética de Ferreira (1989) quanto ao significado do termo Impacto é

que este compreende todo movimento que traz uma mudança positiva ou negativa

no meio ambiente.

Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio

ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia. E os resíduos causam

impactos negativos, pois cria uma desordem nos lugares onde se acumulam

trazendo contaminações, mau cheiro e a presença indesejáveis de insetos e

roedores. (Scarlato; 1998)

Campos (1999) relata que a população brasileira (100 milhões de habitantes) produz

diariamente 240 mil toneladas de lixo domiciliar, do qual apenas 70% é coletado e

em geral depositado a céu aberto (lixões, aterro ou curso d’água ). Esta forma de

dispor o lixo provoca poluição do solo, da água e do ar, além de atrair ratos, barata,

moscas e outros vetores de doenças infecciosas e parasitarias causando, enfim, a

degradação ambiental e social.

O lixo urbano é provavelmente, um dos, mas sérios problemas ambientais da

atualidade, pois tudo aquilo que é introduzido em um sistema de fluxo, depois de

processado, mais cedo ou, mais tarde sai sob a forma de materiais secundários ou

subprodutos (Scarlato, 1999).

Nas médias e grandes cidades a população gera mais resíduos do que as

prefeituras que são as responsáveis pelo gerenciamento, são capazes de recolher e

dá um destino adequado. Com isso para que a cidade não fique com lixo acumulado

nas ruas, são necessários gastos acima de 20% dos orçamentos mensais. Por esse

motivo que as cidades acima de 40 mil habitantes, estão sendo exigidas pelo

ministério das cidades o plano diretor municipal, que disciplina o aspecto de

urbanização. (Lima; 1979)

A produção e a natureza do lixo estão diretamente ligadas ao consumo – e o

consumo por sua vez ao poder econômico o lixo residencial que é recolhido,

separadamente dos resíduos perigosos (hospitalar) também causa impactos, como

a contaminação da água dos córregos e do solo por metais pesados. Pois ainda

temos o péssimo habito de colocar baterias e pilhas , couro, pneus no lixo

comum.Pois o que queremos e nos livrar destes materiais sem pensar que eles vão

parar em algum lugar do planeta. (Lima; 1979)

Ente os resíduos tóxicos, tem assumido particular importância os chamados metais

pesados. Vários deles, como cádmio, o chumbo, e o cromo, compõem produtos

(como por exemplo: pilhas, baterias e couro, respectivamente) que no fim da sua

vida útil tem na maioria das vezes destinação comum: aterros, terrenos baldios e

mesmo áreas proibidas. A transferência desses metais para o solo é, nessa

situação, inevitável e eles acabam por entrar em cadeias alimentares, já que as

plantas que absorvem são consumidas por animais, afirma (Scarlato, 1999).

3.4 – Legislação ambiental (Geral e Específica)

A natureza aos olhos humanos, foi durante muito tempo vista como uma fonte

inesgotável de matéria e energia, que se podia dispor e até desperdiçar seus

recursos que ela própia cuidaria da sua recuperação.

O homem considerava a natureza como uma prestadora de serviços e dela

retiravam os elementos básicos para a vida e seu desenvolvimento econômico. Mas

aos poucos foi aparecendo uma luz vermelha no fim do túnel para despertar a

“criatura” que dormia esperando as providências do “Criador”.

Enquanto as providências esperadas não chegavam á humanidade pensou,

estudou e resolveu tomar atitudes aqui mesmo antes que este lindo planeta azul

ficasse desabitado. Foi o momento de através de acordos nacionais e internacionais

criassem leis que garantissem a proteção dos recursos naturais.

A partir da década de 80 é que se efetivou a proteção ao meio ambiente no Brasil

com a mobilização mundial que ocorreu na conferencia sobre meio ambiente em

Estocolmo no ano de 1972, esta conferencia foi o marco zero para a conscientização

ambiental.

Após a citada conferencia segundo Maria Elvira Borges Calazans, instituíu-se um

controle do meio ambiente por atividades industriais [24], estabelece-se a vigilância

sanitária sobre qual ficam sujeitos os medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos

e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos [25] regulamentou-se a

responsabilidade civil por danos nucleares e responsabilidades criminais por

atividades Nucleares [26] e criaram-se áreas e locais de interesse turístico [27].

O conselho Nacional do Meio ambiente – CONAMA criado em 1981, com a

finalidade de implementar as ações do Ministério do meio ambiente através de

políticas de proteção ambiental integrada e suas resoluções.

A constituição Federal no art. 225 do capitulo VI diz: “Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial á

sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder publico e a coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para o presente e futuras gerações”. E no seu parágrafo 1º

ele assegura que esse direito nos será assegurado pelo poder: Federal, Estadual e

Municipal.

Os municípios por estarem próximos as maiores agressões contra o homem e a

natureza deve ser o grande articulador para que de fato sejam praticadas através de

ações, informativas e educativas, e não seja necessário, lançar mão das punições

previstas, e em ultimo recurso que se faça cumprir o que prescreve as leis.

A constituição Federal de 1988 em seu artigo 23 incisos III, IV, VI, VII, confere aos

municípios a competência para a proteção ambiental, em comum com a União e os

Estados. Apesar da competência ortorgada, os municípios têm permanecido, mas no

âmbito da execução da legislação em vigor e não no criar leis sobre o assunto,

conforme facultado pelo artigo 30, inciso II da Constituição, que reconhece aos

municípios a competência para suplementar a legislação Federal e a Estadual em

Matéria Ambiental (IPT – CEMPRE, 2000).

A preocupação com o meio ambiente já vem de muitos anos, se tornou vidente na

década de 70, quando os paises industrializados se reuniram em Estolcomo, para

pensarem sobre o meio ambiente e daí resultou uma declaração com 21 princípios

voltados para a poluição. Mais esse não era o nosso único problema e mais tarde na

década de 80 na conferência de Nairobi, foi avaliado a aplicação dos princípios e

ficaram estabelecidas duas prioridades:

• A criação de unidades de conservação

• E a recuperação de áreas degradadas

A Rio 92 concentrou-se nas questões de interesses coletivos e de desenvolvimento

humano. No entanto a cima de todos os princípios tratados na conferencia, estava a

constituição de 1988, que reza que as atividades que provocam danos ambientais, o

responsável deve arcar com as medidas mitigadoras e a reparação do dano.

Todos os tratados, medidas e leis citadas inicialmente têm demonstrado uma grande

preocupação mundial com o escaceamento e a deterioração dos recursos matérias.

Mais é preciso muito mais. Precisamos pensar em tecnologia limpa e divulga-las nas

escolas e em nossas casas para que as crianças cresçam e aprendam desde

pequena, boas praticas de consumo sem desperdícios e com pouca geração de

resíduos. A população deve ser informada do principio de poluidor pagador, para

que se sinta responsável pelos resíduos que geram.

SCALATO e PONTIN (do nicho ou lixo) dizem que para compreendermos o aumento

e a diversificação na produção de lixo, precisamos compreender o desenvolvimento

econômico e o mecanismo de mercado. Temos um mercado globalizado e quem dita

as regras são os mais fortes e a mídia, influência o consumidor a consumir cada vez

mais, produtos descartáveis ou semi descartável e conseqüentemente temos o

aumento na geração de resíduos, que estão no fim da cadeia produtiva.

Legislação Especifica

Segundo o Instituto de Pesquisa Tecnológico-IPT no Manual de Gerenciamento

integrado, a Legislação brasileira sofreu considerável avanço nos últimos anos.

Hoje, no cenário nacional, existe um amplo aparato normativo que demonstra a

tutela jurídica do meio ambiente no nosso pais.

Em se tratando de resíduos sólidos a lei Federal, Estadual e Municipal dedica

capítulos que são regulamentadas por seus decretos e normas técnicas.

Para o município jurisdicionar seu meio ambiente nas questões locais e

empreendimentos de pequenos e médio porte é exigidos por lei instrumentos legais

de planejamento como:

• Plano Diretor;

• Lei de Ocupação do Solo

• Lei de parcelamento do Solo Urbano

• Lei orçamentária

• Código Tributário

• Código de obra

• Código de Postura

Referências Legais para o Serviço de Limpeza Pública

Como a instituição de serviços públicos municipais deve está prevista na lei orgânica

municipal, esta deverá ser consultada para se averiguar a existência de

princípios e diretrizes gerais que condicionem as ações pretendidas (IPT-

CEMPRE2000).

Na lei orgânica de Amargosa no capitulo IV (das competências) Art.12 – II diz: Legislar

sobre assuntos de interesse local.

Art.13 É de competência do município em comum com a união e o estado.

VI-Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas

Capitulo VII (dos atos municipais)

Sessão1

Da política urbana

Art.166 – parágrafo único diz a ação do município deverá orientar-se para:

II-Executar programas de saneamento em áreas carentes atendendo a população de

baixa renda, visando adequar os serviços de energia elétrica, água, esgoto e

sanitário.

III-Executar programas de saneamento e educação sanitária visando melhorar o nível

de participação das comunidades na solução dos seus problemas de

saneamento.

Título VI

(da ordem social e do meio ambiente)

Art.139- o município implantará sistema de coleta, transporte e disposição final do lixo,

utilizando processos que envolvam a reciclagem.

Art.162- é direito de todo cidadão acesso ao serviço de saneamento básico,

entendidos fundamentalmente como de saúde pública, compreendendo

abastecimento de água, serviço de esgoto, coleta e deposito de lixo, drenagem

urbana de águas pluviais e atividades de fiscalização de qualidade de alimentos

oferecidos.

Capitulo VI do Meio Ambiente

Art.188- são vedados no território do município:

I - a localização, em zona urbana de atividades industriais que causam poluição de

qualquer espécie e produzam danos a saúde publica e ao meio ambiente.

III - o lançamento de resíduos e dejetos poluentes de qualquer natureza provenientes

de hospitais indústrias rurais e residências sem o devido tratamento nos cursos e

mananciais de água.

IV - o uso de substancias mercuriais ou tendo mercúrio o cloro, bário, o chumbo

e o arsênico como base ou substancia ativa. -

IX - a instalação de aterro sanitário e deposito de lixo a menos de 5 km do

perímetro urbano.

O composto orgânico produzido a partir de resíduos sólidos domiciliar pode

apresentar características variáveis em função da fração orgânica do lixo e da

operação utilizada pela usina.

As características das matérias fertilizadas devem obedecer às especificações da

legislação brasileira, do ministério da agricultura. O decreto-lei 86.955, de

18/02/1982, a portaria MA 84, de 29/03/1982, e a portaria n 01 da secretaria de

fiscalização da agricultura de 04/03/1983 dispõe sobre a inspeção e a

fiscalização da produção e comercio de fertilizantes e corretivos agrícolas e

aprovam normas sobre especificação garantias e tolerância.

(obs. Dai a importância de uma analise confiável do composto antes de ser

utilizado para produtos alimentícios).

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Área de Desenvolvimento da Pesquisa

O município de Amargosa faz parte da região econômica do Recôncavo Sul e da

microrregião de Jequié. Também é um dos 25 municípios que constituem a bacia

hidrográfica do Rio Jiquiriçá, além de ser sede da sede da 29ª região administrativa

do estado da Bahia.

Com uma área de 437,6km 2 e a 400 metros acima do nível do mar, Amargosa está

a 240 Km (via BR 101) e 273 Km (via BR ll6) distante de Salvador. Fazendo limite

com os municípios de Elísio Medrado a noroeste, São Miguel das Matas a leste; Laje

a sudoeste; Ubaíra a sul; Brejões e Milagres a oeste.

Devido a cidade possuir uma exuberante arborização esta é considerada a Cidade

Jardim” do vale do Jequiriçá (Figura 01 e 02).

Figura 01. Vista aérea da cidade de Amargosa/ Bahia

(www.amargosa.ba.gov.br; 2006).

4.2. Levantamento dos Dados Secundários do Municípi o de Amargosa

A região de Amargosa era de domínio dos índios Karirís e Sapuyá. Este domínio

perdurou até meado do século XIX quando os remanescentes foram massacrados

pelos colonizadores, sendo presos os 119 últimos e encaminhados à Fazenda Santa

Rosa em Jequié e daí para Poções, depois para Santa Cruz de Cabrália onde hoje

residem os seus descendentes.

Por volta de 1840, começou a formar o próspero povoado, iniciado com as famílias

de Gonçalo Correia Caldas e Francisco José da Costa Moreira, em volta de uma

capelinha por eles construída. Com a resolução nº 574, de 30 de junho de 1855,

pertencendo a Vila de Tapera (hoje município de Santa Terezinha), foi ereta

freguesia a Capela de Nossa Senhora do Bom Conselho das Amargosas. O

povoado começou a crescer e a zona rural prosperava com o plantio do fumo e do

café. A resolução provincial n.º 1726, de 21 de abril de 1877, a desmembrou de

Tapera, sendo criada a Vila de Nossa Senhora do Bom Conselho das Amargosas,

instalada em 05 de fevereiro de 1878. Neste período, deu-se um crescimento

vertiginoso da vila, decorrente do comércio já forte com o sertão e da produção do

café e do fumo, boa parte já era exportada para a Europa.

Às 16 horas do dia 02 de julho de 1891, aconteceu a sessão solene de elevação de

Vila à categoria de cidade de Amargosa, executando o ato de criação de 19 de junho

de 1891, do Dr. José Gonçalves da Silva, governador do Estado da Bahia.

Nas décadas de 70, 80 e 90, a pecuária extensiva, conseqüência do término do ciclo

do café, provocou o êxodo e ampliou a pobreza no campo e na cidade. Poucos

produtores tecnificaram a produção, a grande maioria permaneceu à margem do

processo de modernização. Este ainda é o quadro da região.

A importância da imigração e colonização européia no final do século XIX está

presente na cultura de Amargosa e nas construções ainda existentes, seja ela

italiana, portuguesa ou espanhola que se estabeleceram na cidade. A maioria entrou

no comércio com os armazéns de secos e molhados – empórios, na exportação e

importação e na área rural com plantio de café. Alguns desses migraram para

Salvador na metade do século XX na crise da cultura do café. Essa imigração não

foi organizada como em outras regiões do Brasil, que houve inclusive incentivos

para se estabelecerem.

O município de Amargosa compõe a região econômica do Recôncavo Sul do Estado

da Bahia (Figura 01), integrando um dos vinte cinco municípios que constitui a bacia

hidrográfica do Jequiriçá. Faz limite com os municípios de Elísio Medrado a

noroeste, São Miguel das Matas a leste; Laje a sudoeste; Ubaíra ao sul; Brejões e

Milagres a oeste. Compõe a microrregião 144 – Jequié – BA; sendo a sede da 29ª

Região Administrativa do Estado da Bahia.

Tendo como ponto de referência a Prefeitura Municipal, Amargosa fica localizada

entre os paralelos 13º 01’ 49” de latitude sul e o meridiano 39º 35’ 51” de longitude

oeste, altitude de 400 e a uma distância aérea de 117 Km do aeroporto de

Amargosa ao aeroporto de Salvador, 240 Km via BR 101 e 273 Km via BR 116,

ambos com acesso, a partir de Amargosa, pela BA – 046.

Figura 02: localização de Amargosa na sub-região econômica do Recôncavo Sul.

4.3 Aproveitamento de Resíduos Sólidos – Compostage m

Compostagem é definida como o ato ou a ação de transformar os resíduos

orgânicos, através de processo físico, químico, e biológicos em uma matéria

biogênica mais estável e resistente a ação das espécies consumidoras: o composto

orgânico.

No processo de compostagem a matéria orgânica atinge dois estágios importantes:

digestão, que ocorre em primeiro lugar, correspondente à fase de fermentação no

qual a matéria alcança bioestabilizacão.O segundo estagio é a maturação, no qual a

matéria atinge a humidificacão(Kiehl 1985).

O processo de compostagem foi muito usado pelos orientais, para fermentação de

composto na produção de cereais. Com técnicas artesanais, fundamentava-se na

formação de leiras ou montes de resíduos que ocasionalmente eram revolvido. Após

cessar o processo de fermentação,o composto resultante era incorporado ao solo,o

que favorecia o crescimento das vegetais.

A analise de composto orgânico, objetivo deste “Estudo de caso” revelou uma boa

relação carbono Nitrogênio (c/n) que é 7-8 e a umidade 1.3 - composto semicurado,

o PH 8,0 (Alcalino) e os micronutrientes, também ficaram dentro da média descrita

por Kiehl e Lima. (Tipo de análise: Química. Laboratório LAVIET- Instituto de

biologia, Salvador- Bahia)

4.4 – Análise do Sistema de Compostagem dos Resíduo s Sólidos Urbanos do

Município de Amargosa.

Foram realizadas duas experiências para testar a possibilidade de reaproveitamento

da fração orgânica municipal. A primeira foi feita com o lixo municipal e a segunda

com o material orgânico produzido na Feira Livre da cidade(Figura 03 a, b e c). O

Método de compostagem foi o aeróbico de reviramento manual. As pilhas foram

inoculadas com 10% de esterco animal oriundo da feira de animais, que funciona

aos sábados no parque de exposições (Figura 03 d). Foram monitorados os

parâmetros temperatura e umidade e ao final do processo foram mandadas

amostras para análise física química para atestar a qualidade do composto.

Figura 03. Reviramento da Pilha de Compostagem (a), Montagem da Pilha de

Compostagem (b e c) e Inoculante usado na compostagem (d).

Segundo a caracterização feita no lixão de Amargosa o lixo úmido ou

orgânico esta em torno de 80% e da feira especificamente em 78%.

O gerenciamento dos resíduos sólidos do município de Amargosa é realizado

pela prefeitura sobre a responsabilidade da Secretaria de Infra-estrutura segundo o

quadro demonstrativo.

DIA COMPACTADOR CAÇAMBA TON/DIA

Segunda 1 2 11

Terça 2 8 30

Quarta 1 6 19

Quinta 2 8 30

Sexta 1 6 19

Sábado 2 8 30

Domingo 0 2 4

Total 63 80 143

Os resíduos hospitalar do hospital e postos de saúde é recolhido separados e levado

para a fossa de incineração de maneira apropriada duas vezes por semana.

O prefeito conta com 110 (cento e dez) garis e chefes de turma, 03 (três) motorista e

uma frota de 03 (três) caçambas e 01 (um) e 01 (um) compactador.

A percapta da geração de resíduos é de: 19 mil habitantes na zona urbana para 143

toneladas diária que dá um total de 0,929 mg.

Sendo utilizado dos cofres municipal um percentual de 10% mensalmente com

despesas de pagamento de pessoal, óleo, gasolina, peça de reposição, álcool

combustível utilizado na incineração dos resíduos hospitalares.

5.0 Resultados e Discussões

5.1 Diagnóstico sócio-econômico de Amargosa

Segundo dados do Sistema de Informação de Atenção Básica (2005), da Secretaria

Municipal de Saúde, o município de Amargosa possui uma população de 34.270

habitantes, distribuída numa área territorial de 437,6km², apresentando uma

densidade demográfica de 78,31 habitantes/km². Destes, 23.005 habitantes,

representando 67,13% do total vivem na zona urbana, enquanto 11.265 habitantes,

representando 32,887% do total, vivem na zona rural. Tendo ainda como fonte o

IBGE – Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, e Contagem Geral da

População – 1996, obteve-se as seguintes taxas de crescimento anual para o

município de Amargosa:

Tabela 1: Índice de crescimento populacional População Total Taxa de Crescimento Anual (%)

1980 1991 1996 2005 80/91 80/96 80/05 91/96 91/05 96/05

25.211 28.026 30.536 34.270 0,97 1,20 1,24 1,73 1,45 1,29

O comportamento das taxas de crescimento, analisadas por período, ajuda a

compreender a dinâmica interna da população num perspectiva temporal,

observando-se crescimentos positivos máximos nos períodos 91/96 e 91/05, de

1,73% e 1,45%, respectivamente e pequeno crescimento populacional no período

80/91, de 0,97%.

Além da sede do município existem três distritos (Corta Mão, Itachama e Diógenes

Sampaio) e quatro povoados (Acaju, Baixa de Areia, Cavaco e Barreiro).

O município de Amargosa é divido pelo IBGE em 29 setores rurais que aglomera

109 comunidades rurais. Já a sede tem 12 setores que compreende os bairros

Centro, Rodão, São Roque, Santa Rita, Alto da Bela Vista, Catiara, URBIS I, URBIS

II e Sucupira.

Em 2005, segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, a população

estudantil atendida pela Prefeitura Municipal de Amargosa é de 4.222 alunos, sendo

2.422 alunos na zona rural, atendidos por 08 (oito) escolas e 1.800 alunos na zona

rural, atendidos por 35 (trinta e cinco) escolas. Para atender a este contingente de

alunos, o município dispõe de um quadro de 151 professores, atuando em todo o

espectro do ensino fundamental. O município investe na qualificação do seu corpo

docente, através do oferecimento de cursos de aperfeiçoamento em todos os níveis.

O sistema educacional estadual é composto por 05 (cinco) estabelecimentos de

ensino, atendendo os ensinos fundamental e médio, contando com 4.068 alunos

matriculados no ensino fundamental e 1.435 alunos no nível médio; dispondo de um

quadro de 160 professores para atender a este contingente de estudantes

(informações obtidas na DIREC, Amargosa, 2005).

O município apresentava em 2000 um IDH-M de 0,662, ocupando a 69ª posição do

Estado. Segundo classificação do PNUD, o município está classificado entre as

regiões consideradas de médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8).

Outros índices sócio-econômicos do município de Amargosa são citados a seguir,

tomando ainda como base o Censo de 2000, realizado pelo Instituo Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE: produto interno bruto (PIB) 38.516.380,00;

esperança de vida ao nascer = 66,82%; porcentagem da renda proveniente do

trabalho = 57,38%; porcentagem da renda proveniente de transferências

governamentais = 20,93%; renda “per capta” = R$ 123,57; índice de Gini = 0,57%;

taxa bruta de freqüência à escola = 79,61%; taxa de alfabetização = 71,98%;

mortalidade até 01 ano (por 1.000 nascidos vivos) = 42,8; esperança de vida do

nascer = 64,8 anos; taxa de fecundidade total (filhos/mulher) = 2,5; taxa de

urbanização = 67,13%. Comparando-se estes dados com os obtidos em 1991,

observa-se uma clara melhoria do padrão de vida sócio-econômico da população.

Houve um aumento do IDH-M da ordem de 18,0%; a taxa de mortalidade infantil

diminuiu 33,54%, o que contribuiu para o aumento de 60,9 anos (1991) para 64,8

anos (2000), sendo um instrumento importante para a elevação do IDH do

município; a taxa de urbanização cresceu 18,85% no período, significando um

aumento do fluxo migratório do campo para a cidade; todos os índices educacionais

cresceram significativamente neste período, o que contribuiu decisivamente para o

aumento do IDH-M registrado. Apesar deste crescimento e desenvolvimento

registrado, Amargosa ainda é considerado um município pobre e com graves

problemas sociais, porém, contemplando um grande potencial para um

desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente

sustentável.

Em Amargosa, como em toda a região do Recôncavo Sul da Bahia, nota-se uma

pulverização da pequena propriedade e, por outro lado, concentração da terra nos

estratos maiores. Dos 1622 estabelecimentos rurais existentes no município, 1571

estão na condição de proprietários, 05 de parceiros, 03 arrendatários e 43 de

ocupantes, sendo que 1127 desses produtores têm área de terra menor que 10 ha,

415 produtores têm entre 10 a 100 ha, 51 produtores possuem de 100 e 200 ha, 22

produtores têm entre 200 a 500 ha, 5 produtores entre 500 a 2.000 ha e 2

produtores com mais de 2.000 ha.

A saída de pequenos produtores da zona rural tem relação com o processo de

concentração de terras e inexistência de uma política agrária. Estes fatores o forçam

a vender suas terras e emigrar para a sede do município com sua família. Acabam

trabalhando em pequenos comércios nos bairros ou como diaristas em outras

propriedades quando fracassam o empreendimento recém-instalado. Isto quando

não migram para os grandes centros urbanos a exemplo de Feira de Santana,

Salvador, Conquista e sul do Brasil, principalmente, São Paulo.

O uso atual dos solos e os sistemas de produção desenvolvidos no município de

Amargosa estão intimamente relacionados com o clima. Na região de clima úmido e

úmido semi-úmido, predominam as culturas do café, cacau, cana, banana e

mandioca. No sub-úmido semi-árido e semi-árido, caju, mandioca e amendoim são

os mais importantes.

A política de erradicação do café associada ao incentivo à pecuária nos anos 70/80

acelerou ainda mais a concentração da posse da terra, reduzindo de maneira

considerável a oferta de emprego.

A realidade hoje é que a maioria da população ativa em Amargosa está inserida no

setor primário. A agricultura familiar tem uma exploração diversificada, centrada nas

culturas de subsistência como mandioca, feijão, milho, amendoim, banana, cacau e

caju (castanha) além de pastagens para criação do gado. Associada a uma

exploração tradicional e extensiva sem preocupação de conservação dos solos e a

adubação química quando realizada é sem nenhum critério técnico. Este processo

resulta na baixa produtividade das culturas exploradas, o que inviabiliza o imóvel.

Estes pequenos agricultores transformam-se em mão-de-obra dos grandes

proprietários ou vendem seus imóveis e migram para a cidade. Acontece aí o êxodo

rural. O processo de comercialização na região apresenta características comuns a

outras do estado. A estrutura atual cria canais distorcidos, cuja conseqüência maior

é a baixa remuneração da atividade produtiva. A participação do Estado e das

Organizações dos Produtores visando orientar o processo é insuficiente. As

atividades de controle de preço no âmbito dos produtores e consumidores via

política de preços mínimos e estoques reguladores são poucos acionadas, além de

existir uma total desinformação do produtor em relação a esses serviços, ficando na

dependência de preços ditados por grupos controladores do mercado.

O município dispõe de inúmeros estabelecimentos comerciais nos mais diversos

ramos: gêneros alimentícios, tecido, moveis, eletrodomésticos, materiais de

construção, produtos farmacêuticos e agropecuários, etc., além de inúmeros

estabelecimentos prestadores de serviços nas mais diversas especialidades, tais

como hotelaria, restaurantes, oficinas, bares, clínicas médicas, odontológicas e de

fisioterapia, clínicas veterinárias, escritórios de projetos agropecuários, de

contabilidade, de advocacia, entre outros.

Vale ressaltar a importância da feira livre para Amargosa. Esta uma das maiores da

Bahia, acontece às quartas-feiras e aos sábados, onde o homem do campo traz

seus produtos para venda diretamente ao consumidor (Pedra) ou ao intermediário

nas proximidades do mercado municipal.

Apresenta reduzido número de indústrias, a maioria de pequeno porte, com a

produção consumida no município e em outros circunvizinhos. São quatro as micro-

usinas de leite em funcionamento e duas que encerraram atividade em 2003.

Amargosa apresenta um grande potencial para o desenvolvimento do turismo rural e

ecológico. Atualmente dispõe de dois estabelecimentos deste nível, principalmente,

o Hotel Fazenda Colibri, que dispõe de uma excelente infra-estrutura para

atendimento aos turistas.

O potencial turístico rural é representado pelas belíssimas fazendas da região, pelos

tradicionais produtos regionais produzidos e pela diversidade de seus produtos.

5.2 – Caracterização de Resíduos sólidos urbanos (R SU) do Município de Amargosa

A feira livre de Amargosa que acontece aos sábados é caracterizada como de

grande porte, pois a mesma é freqüentada por moradores do local e também por

moradores de municípios circunvizinho que vem com intuito de compra o que

precisam e comercializar o que dispõe na sua produção. Nas barracas de tecidos e

confecções, verduras encontram-se comerciantes de Jaguaquara, Jequié, Itatim e

Feira de Santana que já estão no local a vários anos. É uma feira de aspectos

modernos como uma área coberta de 19.648m2 onde são comercializados carnes,

peixes, hortifrutigranjeiros e Box onde funcionam as mercearias, bares, restaurantes,

oficina de radio, TV e bicicleta, Salão de corte de cabelo dentre outros tipos. Na

parte interna com uma fachada principal com uma grande parte em bares e

reservados, que os feirantes aproveitam para relaxar a sexta feira á noite e durante

a feira aqueles que vão a passeio a cidade, geralmente pessoas de outras cidades e

da zona rural. Na parte interna é também um grande comercio de farinha, feijão e

milho no atacado e varejo e derivados da mandioca como beiju, puba, tapioca. Os

pequenos produtores que vendem suas mercadorias resultantes da agricultura

familiar. Eles são conhecidos na região como “vendedores das pedras”, pois o varejo

é feito sob o calçamento da rua em lona, folhas de bananeiras ou sacos e ai são

vendidos geralmente produtos sem boa aparência, cultivado no sistema orgânico.

Com ascensão de crescimento dos orgânicos, esses produtos já são bastante

procurados e alguns feirantes declaram: - Eu tenho freguês que já encomenda de

um sábado para o outro.

As sextas-feiras a feira já está praticamente montada, comercializando a carne do

Sol e verduras que em grande quantidade é levada para abastecer os restaurantes,

açougues e pontos de entrega em Salvador.

Nas quartas-feiras era comercializada carne fresca e verduras. Hoje, devido ao

embargo do abate clandestino de gado na cidade (o abate está sendo realizado em

Santo Antonio de Jesus, até a conclusão implantação do frigorífico local prevista

para o final de 2006), só alguns barraqueiros de verduras colocam seus produtos a

venda.

A limpeza é realizada no final de cada feira pelo pessoal da limpeza urbana e o lixo

depois é transportado para o lixão.

Fotos da feira livre:

Separação e pesagem realizada em quantidades de 3 tambores de 200 litros = 600 litros. Lixo coletado durante o dia: 18 toneladas (6 caçambas).

Gráfico 01. Caracterização do lixo urbano total de Amargosa.

Gráfico 02. Caracterização dos resíduos sem potencial de compostagem do lixo

urbano de Amargosa.

Analisar a composição do material não reciclável

Quadro 01. Quadro de caracterização do lixo de Amargosa em porcentagem.

Materiais Caracterizados MÉDIA %

Copos e pratos descartáveis 0,753769

Vidro 1,057828

Resto de construção 3,047851

Plástico (sacos) 3,526093

Lata 1,371533

Ferro 0,628141

Trapos 0,761963

Papel e Papelão 2,820874

Sandália e Sapatos 0,761963

Madeiras 0,761963

Fezes 0,152393

Varredura (terra) 1,057828

PVC 0,705219

Osso 1,523926

Sangrias e agulhas 0,060957

Orgânico 77,57405

Para realização da caracterização de resíduos sólidos urbanos (RSU) de Amargosa

foi observado a predominância do lixo orgânico (80%) gráfico 01. Retirando a fração

orgânica os materiais mais representativos foram resto de construção e demolição,

plástico, papel, e papelão que vale ressaltar que o material papel e papelão já tem

fácil absorção no comercio local (gráfico 02).

Fotos do lixão de Amargosa (realização da caracterização com a presença de catadores) 5.3 – Proposição de Gestão Sustentável

Para a manutenção da beleza das áreas verdes do município torna-se necessário

que a prefeitura desembolse um alto valor na compra de adubo orgânico e outros

fertilizantes químicos. Daí a possibilidade de solucionar a questão através da

potencialização de aproveitamento de lixo orgânico.

Apresentada a proposta esta foi acatada pela prefeitura no início do projeto. Nas

primeiras semanas, após a construção das pilhas com o lixo urbano, os funcionários

as reviravam em períodos de 10 dias. O composto orgânico foi obtido aos 120 dias

de tratamento. A tabela 01 demonstra quanto foi produzido de adubo orgânico nos

120 dias de compostagem.

Tabela 01. Tabela de Peso Inicial (PI), Peso final (PF), Rejeito (R) e Umidade

Perdida (UP) em peso (kg) e porcentagem (%) decorrentes do processo de

compostagem do lixo urbano.

Material Quantidade Percentagem

Pilhas de Lixo Orgânico (PI) 1500 kg -

Composto Orgânico (PF) 1064 kg 70,93%

Rejeito* (R) 248 kg 16,54%

Perdas / Água (UP) 188 kg 12,53%

*O tópico Rejeito (R) compreende materiais não transformados como galhos e

inertes como pedras.

No outro experimento o lixo foi segregado diretamente da feira livre, do Mercado

Municipal de Amargosa que tem seu funcionamento aos sábados. Os resíduos

orgânicos foram sistematicamente segregados, separados e pesados.

Após a caracterização do resíduo total a fração orgânica foi encaminhada para o

pátio de compostagem e os inertes enviados para o lixão. Um fator que pode

contribuir para a alimentação da compostagem de qualidade é a distância do pátio

do Mercado Municipal que é de 2 km.

Do lixo caracterizado observou-se 78% de matéria orgânica e 22 % de inerte

(Gráfico 02), quantidade um pouco abaixo da encontrada por Vaz et al (2003) que foi

de 84,2%, o que pode ser reflexo da crescente introdução de embalagens no

comércio de feiúra livre (plásticos e latas).

Gráfico - Percentual de material caracterizado na Feira Livre do Mercado Municipal

de Amargosa.

Devido a degradabillidade do material tornou-se necessária a constante observação

da temperatura e umidade e o reviramento inicial foi de 8 dias, passando para 4 dias

com o aumento da temperatura.

Diferente do processo anterior as pilhas estavam visualmente decompostas aos 60

dias e prontas para o peneiramento, no entanto as folhas mais fibrosas ainda

podiam ser encontradas inteiras.

Com umidade, granulometria e odor de terra molhada que segundo Kiehl é sinal

característico de compostagem curada.

Para diminuir os impactos gerados pelos resíduos sólidos urbanos (poluição, gasto

de dinheiro público, contaminação de corpos hídricos e do solo). O presente estudo

monográfico aponta como estratégia de valorização e diminuição na quantia de lixo

que chega ao destino final. A implantação de uma UNIDADE MUNICIPAL DE

COMPOSTAGEM e um PROJETO DE ESTUDO SOBRE COLETA SELETIVA DE

LIXO.

A unidade municipal de compostagem viabilizará o aproveitamento do lixo orgânico

(úmido e verde) transformando em fertilizantes e compostos orgânicos. Com a

montagem da Unidade Municipal de Compostagem, que será feito no pátio do antigo

matadouro municipal, desativado pelo embargo as matanças clandestinas. A

prefeitura diminuirá os seus gastos com transporte de resíduos, pois o local fica a

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Lixo Orgânico Rejeitos

TIPO DE RESÍDUO

% D

O R

ES

ÍDU

O N

A F

EIR

A L

IVR

E

2km da feira livre e da maior área comercial da cidade que hoje esta adensada a

feira.

Outras vantagens socioeconômica e ambiental é a obtenção de um composto

orgânico de baixo custo, rico em nutrientes que poderá ser cedido aos pequenos

agricultores, hortas e projetos de ervas medicinais da prefeitura e manter o

paisagismo e jardinagem municipal.

Segundo Edmar Jose Kiehl no seu livro “Fertilizantes Orgânicos” cita: A matéria

orgânica atua diretamente na biologia do solo, constituindo uma fonte de energia e

de nutrientes para os organismos que participam do seu ciclo biológico; exerce um

importante papel na fertilidade e na produtividade das terras. Indiretamente a

matéria orgânica atua na biologia dos solos pelos seus efeitos nas propriedades

físicas e químicas, melhorando as condições para a vida vegetal. Dai à classificação

como melhoradora ou condicionadora do solo.

Custo para a implantação de uma unidade municipal d e compostagem

Itens Quantidades P. Unitário P. Total

Plantio de Cerca viva 5.000 mudas R$ 1,00 R$ 5.000,00

Enxada 3 unidades R$ 9,00 R$ 27,00

Pá 3 unidades R$ 8,00 R$ 24,00

Enxadeta 3 unidades R$ 7,00 R$ 21,00

Ancinho 3 unidades R$ 12,00 R$ 36,00

Máquina Picadeira 1 unidade R$ 1.500,00 R$ 1.500,00

Trituradeira 750 kg/hora 1 unidade R$ 17.666,36 R$ 17.666,36

Peneira manual 1 unidade R$ 50,00 R$ 50,00

Sombrite 30 metros R$ 5,00 R$ 150,00

Carrinho de Mão 3 unidades R$ 60,00 R$ 180,00

Água e energia 1 Cota R$300,00 R$300,00

Mangueira 50 metros R$ 1,50 R$ 75,00

TOTAL R$ 25.029,36

6.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A conclusão de um trabalho por mais difícil que seja é algo prazeroso,

principalmente quando o assunto é desafiador e tem uma repercussão mundial a

exemplo dos resíduos sólidos urbanos (lixo).

Apesar de haver muito estudo, pesquisa e uma vasta bibliografia, na hora da

caracterização, aparecem muitas dificuldades, pois os municípios têm suas

peculiaridades como: infra-estrutura, com deficiência de maquinários e recursos

humanos e falta de educação ambiental da população.

As maiores dificuldades encontradas foi enfrentar o ambiente hostil do lixão e

conviver com moscas, urubus, todo tipo de animais e insetos que disputam a comida

no lixão, sem contar com o desconforto causado pelo mal cheiro que exala por todos

os lados.

Quanto ao cumprimento dos objetivos considero satisfatório porque possibilitou

conhecer uma parcela da população que vive dentro do lixão e dele retira o seu

sustento e da sua família e que quando decidir-se por um modelo de Gestão de

Resíduos sólidos urbano para Amargosa eles devem ser levados em consideração e

consultado desde o início para se sentirem parte integrante e não venha a gerar

maior exclusão deste atores sociais que prestam relevante trabalho ao meio

ambiente.

Para que se chegue a sustentabilidade ambiental é preciso antes de qualquer ação,

conscientizar a população com metas de diminuição na geração de resíduos e com

utilização de produtos que priorize a redução e o reaproveitamento de resíduos.

Temos agora um documento seguro que nos mostra a quantidade e a qualidade do

lixo gerado e uma alternativa viável de converter uma parte do lixo orgânico em

composto orgânico de boa qualidade, por meio de compostagem. Espera-se agora

que a Prefeitura dê continuidade e credibilidade a este trabalho que contou com a

boa vontade dos que se envolveram.

Sabe-se que todo processo de mudança e lento e por isso pretendo continuar

estudando e abordando o tema em sala de aula, no Conselho de Meio Ambiente

como conselheira e nos outros grupos que participo, nas discussões da elaboração

do plano diretor urbano onde vamos fomentar uma nova política pública para o meio

urbano e rural. Vamos incluir um novo processo de gerenciamento de resíduos

sólidos, dando enfoque a educação ambiental para que a sustentabilidade se dê de

fato em Amargosa.

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