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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO: ENGENHARIA CIVIL NIVALDO CONCEIÇÃO PEDREIRA REDUÇÃO DE PERDAS NA LAVAGEM DOS FILTROS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA FEIRA DE SANTANA, BA 2011

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

NIVALDO CONCEIÇÃO PEDREIRA

REDUÇÃO DE PERDAS NA LAVAGEM DOS FILTROS DA ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA

FEIRA DE SANTANA, BA

2011

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NIVALDO CONCEIÇÃO PEDREIRA

REDUÇÃO DE PERDAS NA LAVAGEM DOS FILTROS DA ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA

Monografia apresentada ao Departamento de

Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de

Santana, como requisito parcial para a obtenção do

título de Bacharel em Engenharia Civil, sob

coordenação do Prof. Colbert Francisco São Paulo.

Orientador: Profº. D.Sc. Roque Angélico Araújo

FEIRA DE SANTANA, BA

2011

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NIVALDO CONCEIÇÃO PEDREIRA

REDUÇÃO DE PERDAS NA LAVAGEM DOS FILTROS DA ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA

Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual de Feira

de Santana, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Prof. D.Sc. Roque Angélico Araújo (Orientador - UEFS)

________________________________________

Prof. M.Sc. Diógenes Oliveira Senna (UEFS)

________________________________________

Prof. M.Sc. Carlos Pereira de Novaes (UEFS)

Feira de Santana-Ba, 29 de agosto de 2011.

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Dedico este trabalho a minha filha Rebeca,

hoje a fonte de inspiração e estimulo da

minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que guia meus caminhos, e esta sempre ao meu lado nas horas em que

mais preciso.

Aos meus pais, Manoel e Maria da Gloria, pela proteção e estímulos dados durante toda essa

jornada, me mostrando que sou capaz, e que apesar das dificuldades conseguirei vencer e

“colher” os frutos desse trabalho.

A minha filhinha Rebeca, hoje a minha fonte inspiração, que com a inocência inerente as

crianças e sorriso fácil, tem me proporcionado os melhores e mais felizes momentos da minha

vida, demonstrando que meu esforço é válido. Te amo Bequinha.

A minha esposa e companheira Patrícia pela compreensão, paciência e por me fazer acreditar

que um dia chegarei lá.

A minha irmã Nilvana por me acompanhar, dividindo alegrias, problemas e

responsabilidades, e torcendo por minha vitória. E também aos meus familiares que direta ou

indiretamente ajudaram para a minha formação pessoal e profissional.

A todos meus colegas de trabalho da ETA de Feira, que sempre me compreenderam e me

ajudaram sempre quando precisei tornando possível chegar até aqui. Foram cinco anos de

batalha.

A minha turma “C” da ETA, meus amigos e companheiros Edson, Vitor e Joelson, que muitas

vezes seguraram a barra para mim, me apoiaram e me ajudaram nas muitas e muitas noites

perdidas, que não eram perdidas, pois me aprofundava nos estudos e rendia muito.

A meus amigos Manoel e Valney que sempre me estimularam a estudar e não desistir dos

meus objetivos.

Aos meus amigos da UEFS, em especial ao meu grupo Jack, Rafael Rosane, Géssica, Saulo,

Luan, Ítalo e Igor que me ajudaram muito no início dessa jornada e continuam me ajudando, e

estiveram sempre presentes quando precisei.

E por fim, ao meu orientador Profº Dr. Roque Angélico, pela confiança depositada e por ter

me ajudado com idéias, críticas e sugestões para realização desse trabalho.

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A esperança é cheia de confiança; é algo de

maravilhoso e belo; é uma lâmpada

iluminada em nosso coração; é o motor da

vida; é a luz na direção do futuro.

DEUS É A NOSSA ESPERANÇA

(Autor desconhecido)

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I

RESUMO

Neste trabalho procura-se apresentar uma revisão sobre o processo de

tratamento e as principais perdas ocorridas com a lavagem de filtros da Estação de

Tratamento de Água de Feira de Santana. Para isso, foram realizadas consultas na literatura e

visitas a estação de tratamento para levantamento dos dados necessários para a realização do

estudo. A partir das informações obtidas, foi possível verificar a situação atual no qual o

sistema opera e apontar uma possível melhoria com a implantação de um projeto para

reaproveitamento da água de lavagem dos filtros, que melhorará o gerenciamento dos recursos

disponíveis, levando-se assim a uma redução efetiva das perdas e dos custos operacionais

existentes no processo.

Palavras-chaves: perdas de água, lavagem de filtros, recirculação.

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II

ABSTRACT

This work seeks to submit a review about the treatment process and major losses with

the washing of filters of water treatment plant of Feira de Santana. To this end, consultations

took place in literature and visits to water treatment station for survey of data necessary for

the conduct of the study. From the information obtained, it was possible to check the current

situation in which the system operates and point out a possible improvement with the

implementation of a project to reuse water washing of filters, which will improve the

management of available resources, leading to an effective reduction of losses and operational

costs in the process.

Key-words: water losses, washing filters, recirculation.

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III

LISTA DE ABREVIATURAS

ANA - Agência Nacional das Águas

AWWA - AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION

EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada

EMBASA - Empresa Baiana de Água e Saneamento S/A

ETA – Estação de Tratamento de Água

NPSH - Net Positive Suction Head

ONU – Organização das Nações Unidas

pH – Potencial Hidrogeniônico

PNCDA – Plano Nacional de Combate ao Desperdício de Água

POP – Procedimento Operacional Padrão

RPM – Rotação por minuto

SIAA – Sistema Integrado de Abastecimento de Água

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IV

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Velocidades para linhas de recalques curtas. Fonte: Netto, José M. (1991) .......... 12

Tabela 2 - Consumo e custo médio mensal com produtos químicos na ETA de Feira de

Santana - 2010 ............................................................................................................. 29

Tabela 3 – Volumes produzido, distribuído, volume e percentual de perda no tratamento de

água - 2010 ................................................................................................................. 32

Tabela 4 - Resultado das medições nas caixas de descarga dos sifões ................................ 34

Tabela 5 - Comparativo de perdas nas descargas - 2010 ................................................... 36

Tabela 6 – Cotas dos filtros em função da vazão de operação............................................ 39

Tabela 7 – Perdas medidas no processo de lavagem dos filtros em volume e porcentagem. .. 40

Tabela 8 - Comparativo de perdas no processo de lavagem dos filtros em relação volume

tratado. ....................................................................................................................... 40

Tabela 9 - Rateamento do consumo de energia ................................................................ 41

Tabela 10 - Custo médio com o descarte da água pré filtrada ............................................ 42

Tabela 13 - Dados para dimensionamento da elevatória de aproveitamento da água que perde

na lavagem dos filtros da ETA de Feira de Santana. ......................................................... 43

Tabela 14 - Determinação da velocidade de projeto ......................................................... 43

Tabela 15 – Peças e constantes de perda de carga localizada, para Sucção. ......................... 44

Tabela 16 – Peças e perda de carga localizada - Recalque ................................................ 45

Tabela 17 - Perdas de cargas na tubulação ...................................................................... 46

Tabela 18 - Curva característica da bomba e da tubulação de sucção e recalque da instalação

da elevatória. ............................................................................................................... 46

Tabela 19 - Pontos de trabalho ...................................................................................... 47

Tabela 20 - Resumo dos custos de implantação do sistema e de desperdício de água ........... 49

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V

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema vertical de um filtro rápido ......................................................................... 9

Figura 2 - Valores aproximados de K para as diversas peças e conexões ................................ 13

Figura 3 - Coeficiente de rugosidade para os diversos tipos de tubos, revestimento e idade... 13

Figura 4 - Estrutura da Captação da ETA de Feira de Santana. ............................................... 16

Figura 5 - Canal de água bruta – Calha parshall....................................................................... 17

Figura 6 - Módulos de Floculação ............................................................................................ 18

Figura 7 - Unidade de decantação ............................................................................................ 19

Figura 8 - Mecanismo de Sifonação ......................................................................................... 20

Figura 9 - Filtros ....................................................................................................................... 21

Figura 10 - Conjuntos Motor-Bomba-EEAT-I ......................................................................... 23

Figura 11 - Consumos e custos com Sulfato de Cobre – 2010 ................................................. 30

Figura 12 - Consumos e custos com Sulfato de Alumínio - 2010 ............................................ 30

Figura 13 - Consumos e custos com polímero - 2010 .............................................................. 31

Figura 14 – Mecanismo de Sifonação ...................................................................................... 33

Figura 15- Descarga Decantadores ........................................................................................... 33

Figura 16 - Ensaio de Vazão "in loco" ..................................................................................... 33

Figura 17 - Vazão das descargas "in loco" ............................................................................... 35

Figura 18 - Avaliação da cota de acordo com vazão de operação ............................................ 38

Figura 19 Gráfico representativo da curva da bomba e da tubulação ...................................... 47

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VI

SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................... I

ABSTRACT ................................................................................................................. II

LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................... III

LISTA DE TABELAS ................................................................................................ IV

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. V

SUMÁRIO ................................................................................................................. VI

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 2

1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 3

1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 3

1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 3

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 4

2.1 PERDAS – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ...................................... 4

2.1.1 Perdas físicas. ......................................................................................... 5

2.1.2 Perdas não físicas ................................................................................... 5

2.2 PROCESSOS DE TRATAMENTO EM UMA ETA CONVENCIONAL ............... 6

2.2.1 COAGULAÇÃO ....................................................................................... 6

2.2.2 FLOCULADORES ................................................................................... 7

2.2.3 DECANTAÇÃO ........................................................................................ 7

2.2.4 FILTRAÇÃO............................................................................................. 7

2.3 ELEVAÇÃO DA ÁGUA POR BOMBEAMENTO .............................................. 10

2.3.1 BOMBAS. .............................................................................................. 10

2.3.2 LINHA DE SUCÇÃO E DE RECALQUE. ............................................... 11

2.3.3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA. ..................................................................... 11

2.3.4 VELOCIDADE MÁXIMA NA TUBULAÇÃO ............................................ 11

2.3.5 PERDAS DE CARGA EM CANALIZAÇÕES ......................................... 12

2.3.6 POTÊNCIA DOS CONJUNTOS ELEVATÓRIOS .................................. 14

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VII

2.3.7 NPSH – ENERGIA DISPONÍVEL NO LIQUIDO NA ENTRADA DA

BOMBA ............................................................................................................... 14

2.4 A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA .......... 15

2.4.1 CAPTAÇÃO ........................................................................................... 16

2.4.2 CANAL DE ÁGUA BRUTA .................................................................... 17

2.4.3 FLOCULAÇÃO ...................................................................................... 18

2.4.4 DECANTAÇÃO ...................................................................................... 19

2.4.5 FILTRAÇÃO........................................................................................... 21

2.4.6 DESINFECÇÃO ..................................................................................... 22

2.4.7 CORREÇÃO DE PH .............................................................................. 22

2.4.8 FLUORETAÇÃO .................................................................................... 23

2.4.9 RESERVAÇÃO ...................................................................................... 23

3 METODOLOGIA ................................................................................................. 25

3.1 CONSULTA A MATERIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................. 25

3.2 ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................... 25

3.3 LEVANTAMENTOS OU DADOS DA PESQUISA: ........................................... 25

3.4 CONSUMO E CUSTOS COM PRODUTOS QUÍMICOS. ................................ 26

3.5 VAZÃO DE PRODUÇÃO, VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO E PERDA NO

PROCESSO PRODUÇÃO ........................................................................................ 26

3.6 ESTIMATIVA DE PERDAS DE ÁGUA LOCALIZADAS ................................... 26

3.7 AVALIAÇÃO DA PERDA NO PROCESSO DE FILTRAÇÃO .......................... 27

3.8 AVALIAÇÃO MENSAL DO CUSTO DA PERDA EM ENERGIA E EM

PRODUTOS QUÍMICOS; .......................................................................................... 27

3.9 CARACTERIZAÇÕES DA ÁGUA A SER RECIRCULADA .............................. 28

3.10 PROJETO DA ELEVATÓRIA E BARRILETE PARA APROVEITAMENTO DA

ÁGUA FILTRADA QUE PERDE; ............................................................................... 28

3.11 AVALIAÇÃO DO CUSTO BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO DA ÁGUA

QUE PERDE NOS FILTROS DA ETA DE FEIRA DE SANTANA; ............................ 28

4 RESULTADOS E DISCURSÃO ......................................................................... 29

4.1 CONSUMO E CUSTOS COM PRODUTOS QUÍMICOS ................................. 29

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VIII

4.2 PERDAS DE ÁGUA EM VOLUME E PERCENTUAL NO PROCESSO DE

TRATAMENTO. ......................................................................................................... 31

4.3 ESTIMATIVAS DE PERDAS LOCALIZADAS.................................................. 32

4.3.1 SIFONAÇÃO.......................................................................................... 33

4.3.2 DESCARGA DECANTADORES ............................................................ 35

4.4 PROCESSOS DE LAVAGEM DE FILTRO. ..................................................... 36

4.5 AVALIAÇÃO DO VOLUME DESCARTADO NOS FILTROS E PERCENTUAL

DE PERDAS EM RELAÇÃO AO TOTAL. ................................................................. 37

4.6 PROJETO DA ELEVATÓRIA PARA APROVEITAMENTO DA ÁGUA

DECANTADA QUE PERDE NA LAVAGEM DOS FILTROS. .................................... 42

4.7 AVALIAÇÃO DO CUSTO BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO DA ÁGUA

QUE PERDE NOS FILTROS DA ETA DE FEIRA DE SANTANA. ............................ 48

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 50

6 REFERËNCIAS .................................................................................................. 51

7 ANEXOS ............................................................................................................. 53

7.1 ANEXO A – Projeto Básico do sistema de recirculação .................................. 53

7.2 ANEXO B – Orçamento para implantação do projeto ...................................... 55

7.3 ANEXO C – Características da Bomba Selecionada ....................................... 57

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1

1 INTRODUÇÃO

A água cobre 75% da superfície da Terra. A água salgada está presente nos

mares e oceanos e representa 97,4% de toda a água. A doce, portanto, não chega a 3%, sendo

que 90% desse volume, ou seja 2,7% do total corresponde a geleiras e apenas 0,3% estão

disponíveis em rios, lagos e lençóis subterrâneos. É bastante importante a preservação destes

mananciais, como forma de garantir o abastecimento, e uma prioridade que deve ser

compartilhada com toda a comunidade, pois a qualidade dos recursos hídricos e fundamental

para o equilíbrio ambiental.

Ações para economizar água e preservar os mananciais são metas mundiais.

Em 1922, a ONU redigiu um texto onde manifestou a importância da preservação da água no

planeta através do documento “Declaração Universal dos Direitos da Água”, que diz que cada

continente, cada povo, cada nação, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável por

este bem que é essencial para a vida de todos os seres vivos.

De acordo com Tundisi (2003), entre outras crises sérias que possam ocorrer, a

da água é uma ameaça permanente à vida da humanidade e à sobrevivência da biosfera como

um todo. Esta crise tem grande importância e interesse geral, além de colocar em perigo a

sobrevivência do componente biológico, incluindo o Homo sapiens. Ela impõe dificuldades

ao desenvolvimento, a tendência a doenças de veiculação hídrica, produz estresses

econômicos e sociais, incrementando as desigualdades entre regiões e países. A água sempre

foi recurso estratégico à sociedade. O crescimento populacional e as demandas sobre os

recursos hídricos superficiais e subterrâneos são algumas das causas fundamentais da crise.

Diante da ameaça de escassez e das dificuldades para obtenção de novos

mananciais exploráveis, busca-se através das tecnologias, formas de utilizações mais racionais

e eficientes da água, desde sua captação, adução, passando pelo tratamento, até a distribuição

final.

O sistema de água potável é um conjunto de estruturas, equipamentos e

instrumentos destinados a produzir água de consumo humano a fim de entregá-la aos usuários

em quantidade e qualidade adequadas, tendo um serviço contínuo a um custo razoável, porém

esse recurso natural tão importante precisa de atenção redobrada diante da ameaça de

escassez, seja pelo pouco cuidado dos homens com a sua preservação, ou pelo desperdício nas

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2

suas diversas formas de exploração e uso. É de essencial importância a melhoria continua dos

processos utilizados durante o tratamento de água, principalmente numa ETA convencional

como é o caso da ETA de Feira de Santana, onde a perda no processo supera, em alguns

meses, dez por cento do total captado. Levando-se em consideração o custo total com o

tratamento é uma perda muito grande visto que a ETA de Feira de Santana possui um volume

produzido diário acima de cem mil metros cúbicos. Por isso a redução dessa perda deve ser

intensificada, tornando-se imprescindível a realização de estudos que possam minimizar esse

problema.

Diante disto, será abordado o processo de produção e distribuição, realizando

levantamento geral de dados técnicos, operacionais (volume de perdas totais, volume de

perdas com a lavagem de filtros, entre outros) e de custos com energia elétrica, produtos

químicos. Com base nesses levantamentos será verificada a situação atual do processo de

tratamento de água na ETA de Feira de Santana e desenvolvido um projeto para

aproveitamento da água que perde na lavagem dos filtros, ou seja, recircular a água que perde

ne lavagem de filtros.

1.1 JUSTIFICATIVA

Diante da necessidade de redução das perdas com água e energia (redução dos

custos operacionais) em uma ETA convencional de médio porte como é o caso de ETA de

Feira de Santana, que atualmente produz cerca de 100.000m3/dia e com capacidade de até

140.000m3/dia, e a preservação desse recurso natural tão importante que é a água, foi

desenvolvido esse trabalho de pesquisa, que fará um apanhado geral sobre o processo de

tratamento de água, levantando dados que justificará a implantação de um projeto de

aproveitamento da água que perde na lavagem dos filtros da ETRA de Feira de Santana.

A elaboração desse estudo é de essencial importância mediante a situação

atual no qual o sistema opera, pois toda água de lavagem é descartada para o manancial sendo

que parte dela poderia ser reaproveitada. Isso gera prejuízos ambientais e econômicos, haja

vista que essa água já passou por quase todos os processos de clarificação, ou seja,

coagulação, floculação e decantação, restando para concluir a primeira etapa do tratamento

apenas a filtração, gerando custos operacionais bastante elevados tanto com energia elétrica

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3

usada para bombear essa água da captação até a ETA, quanto com produtos químicos, em

específico sulfato de alumínio e polímero.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar as perdas de água, produtos químicos e de energia elétrica na lavagem

dos filtros da ETA de Feira de Santana.

.

1.2.2 Objetivos Específicos

- Avaliar as perdas no processo de tratamento, associada ao descarte da água antes da

lavagem dos filtros;

- Desenvolver projeto para recirculação da água decantada que se perde antes da

lavagem dos filtros da ETA;

- Estudar a viabilidade técnica e econômica do projeto de aproveitamento da água que

perde na ETA;

- Reduzir o descarte de água decantada no manancial.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A necessidade do uso racional da água esta cada vez mais evidenciada devido

ao fato de sua disponibilidade esta cada vez menor, sua qualidade reduzida, rios poluídos e

poucos mananciais para captação. Assim, todo o esforço que minimize o consumo de água

tratada ou que substitua o uso desta para fins menos nobres, tende a auxiliar na racionalização

do uso da água.

Desde a captação até a entrega da água tratada ao consumidor final ocorrem

perdas, de vários tipos, que em grande parte são causadas por deficiência na operação e

manutenção das tubulações e inadequada gestão comercial.

Nas ETAs convencionais, a filtração é o processo final de remoção de

impurezas não decantadas. Após certo tempo de funcionamento, é necessário lavar o filtro,

por meio da introdução de água no sentido ascensional (retro-lavagem), com velocidade

relativamente alta, para promover a fluidificação parcial do meio granular e a liberação das

impurezas nele contidas. A água de lavagem normalmente tem a mesma destinação do lodo

dos decantadores; contudo, algumas ETAs recuperam essa água retornando ao processo de

tratamento. Outra destinação possível para essa água de lavagem é o reuso ou a recirculação,

sendo esses métodos que tendem a reduzir as perdas numa estação de tratamento.

2.1 PERDAS – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

As estações de tratamento de água apresentam perdas operacionais, das quais

pode-se citar perda de água (vazamentos, lavagem dos filtros e decantadores),

consequentemente, perdas de produtos químicos e perdas de energia elétrica. Segundo Coelho

(1996) as perdas de água nos sistemas de abastecimento no País, estão entre 40 e 50%, sendo

que uma parcela dessa perda acontece nas ETAs. Estações projetadas ou operadas com

deficiências podem ter perdas de até 10% do volume tratado para lavagem dos filtros. A

redução dessas perdas pode refletir-se numa melhoria das condições de abastecimento dos

sistemas com reflexos favoráveis do ponto de vista técnico, econômico, financeiro, social e

ambiental.

As perdas em um sistema de abastecimento de água podem ser classificadas em

perdas físicas e perdas não físicas.

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2.1.1 Perdas físicas.

As perdas físicas são compostas pela água perdida no processo produtivo e na

distribuição. No processo produtivo as perdas podem ocorrer, na remoção do lodo do

decantador, na lavagem dos filtros e água de utilidades.

Água de lavagem dos filtros: uma ETA do tipo convencional, por exemplo,

gasta em média de 2% a 5% do volume da água captada na operação de tratamento no

processo de lavagem dos filtros (AWWA, 1987). Em uma ETA do tipo filtro Russo pode

chegar a 15% de perda.

Água gasta na remoção do lodo dos decantadores: é um volume bem menor

quando comparado com a vazão de água de lavagem dos filtros. No entanto, contém a maior

parte dos resíduos sólidos gerados em uma ETA;

Água de utilidades: é o volume de água gasto na lavagem de tanques de

produtos químicos e no preparo de soluções, entre outras atividades. Em termos quantitativos,

seu volume é praticamente desprezível em relação aos dois anteriores.

2.1.2 Perdas não físicas

O PNCDA – Plano Nacional de Combate ao Desperdício de Água (2002)

estabelece que em sistema “público”, do ponto de vista operacional, as perdas de água são

consideradas correspondentes aos volumes não contabilizados, que englobam:

Perdas não-físicas ou aparentes são as que apresentam leque de variação

bastante amplo, se considerado o conceito de águas produzidas, consumidas e não-revertidas

em faturamento; englobam: ligações clandestinas e ou irregulares, ausência e deficiências de

micro medição, gerenciamento ineficiente de consumidores, ligações inativas reabertas, erro

de leitura, número de economias errado, entre outras. É importante, portanto, que na gestão de

sistema de abastecimento de água, o controle das perdas seja considerado independente do

tamanho do sistema, considerando os aspectos, econômicos, ecológicos e de segurança

envolvidos.

A redução das perdas físicas permite diminuir os custos de produção, mediante

redução do consumo de energia, do consumo de produtos químicos e outros, bem como

utilizar as instalações existentes para aumentar a oferta, sem expansão do sistema produtor.

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A redução das perdas não físicas permite aumentar a receita tarifária,

melhorando a eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de

serviços. Contribui indiretamente para a ampliação da oferta efetiva, uma vez que induz à

redução de desperdícios por força da aplicação da tarifa aos volumes efetivamente

consumidos.

O combate a perdas ou desperdícios implica, portanto, na redução do volume

de água não contabilizada, exigindo a adoção de medidas que permitam reduzir as perdas

físicas e não físicas e mantê-las permanentemente em nível adequado, considerando a

viabilidade técnico-econômica das ações de combate a perdas em relação ao processo

operacional de todo o sistema.

Atualmente, a grande maioria das empresas de abastecimento de água tem

problemas com perdas físicas e de faturamento que comprometem a sua saúde financeira e a

qualidade da prestação do serviço.

O controle de perdas de água é fundamental para uma empresa de

abastecimento, para o poder público e para a população, tanto do ponto de vista ecológico

como econômico e de segurança. É compreensível o quão preocupante é a situação das perdas

de água nos sistemas de abastecimento de água em nosso país e como é fundamental potenciar

os investimentos em métodos de detecção e controle dessas perdas.

2.2 PROCESSOS DE TRATAMENTO EM UMA ETA CONVENCIONAL

2.2.1 COAGULAÇÃO

As impurezas contidas na água podem encontrar-se em suspensão ou

dissolvida. A coagulação tem por objetivo transformar as impurezas que se encontram em

suspensões finas em estado coloidal, e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas

que possam ser removidas pela decantação e filtração. Esses aglomerados gelatinosos se

reúnem produzindo os flocos

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2.2.2 FLOCULADORES

Câmaras de mistura lenta destinadas a promover a agitação moderada, para a

boa constituição dos flocos e agregação das impurezas. Podem ser mecanizados ou não.

2.2.3 DECANTAÇÃO

A decantação é o processo pelo qual se verifica a deposição de matérias em

suspensão, pela ação da gravidade.

Em geral as águas em seu movimento carregam partículas granulares e matéria

floculenta, por serem mais leves, e as mantém em suspensão.

A remoção de materiais em suspensão é obtida, tornando-se as águas tranqüilas

(processo que consiste em encher, manter parada um certo tempo e depois esvaziar os

tanques), ou reduzindo-se a velocidade da água, a ponto de causar a deposição das partículas

em suspensão, dentro de determinado tempo de detenção.

O decantador é um tanque geralmente de seção retangular ou circular, cujo

fundo é muitas vezes inclinado para um ou mais pontos de descarga. Esse tanque possui

dispositivos de entrada e de saída de água, previstos para evitar curtos circuitos e para melhor

distribuição do líquido no interior.

2.2.4 FILTRAÇÃO

A água que passa para os filtros (água decantada) ainda contém impurezas que

não foram sedimentadas no processo de decantação. Por isso, ela precisa passar pela filtração

que consiste em fazê-la passar através de substâncias porosas capazes de reter ou remover

algumas de suas impurezas. Os filtros retém partículas, por serem constituídos por camadas de

areia ou areia e antracito, suportadas por camadas de seixos de diversos tamanhos que retêm a

sujeira ainda restante, por vários mecanismos, principalmente o de coar.

a) Com a passagem da água através de um leito de areia verifica-se:

remoção de materiais em suspensão e substancias coloidais;

redução de bactérias presentes;

alteração das características da água, inclusive química.

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b) Os fenômenos que ocorrem durante a filtração são:

ação mecânica de coar;

sedimentação de partículas sobre grãos de areia;

floculação de partículas, que estavam em formação, pelo aumento da

possibilidade de contato entre elas;

formação de película gelatinosa na areia, promovida por microrganismos que ai

se desenvolve.

c) Os filtros são classificados:

De acordo com a taxa ou velocidade de filtração:

* Filtros lentos; funcionam com taxa média de 4m3/m

2/dia. São usados para remoção de teores

pouco elevados de cor e turbidez sem auxilio de coagulação.

* Filtros rápidos: São usados para filtração de grande volume de água previamente coagulada,

nas estações de tratamento e funcionam com taxa média de 120 m3/m

2/dia. A figura 1 mostra

um esquema vertical de um filtro rápido. Geralmente são construídos com um sistema de

fundo falso onde estão assentados difusores cuja finalidade é distribuir a filtração e a água de

lavagem, uniformemente em toda área filtrante. Os filtros rápidos são unidades essenciais em

uma estação convencional, e por isso exigem cuidadosa operação. Eles constituem uma

"barreira sanitária" importante, podendo reter microrganismos patogênicos que resistem a

outros processos de tratamento.

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Quanto à pressão, os filtros rápidos podem ser de dois tipos:

* De pressão: fechados, metálicos, nos quais a água a ser filtrada é aplicada sobre pressão

(usados em piscinas, indústrias e sistemas de abastecimento de água);

* De gravidade: os mais comuns

d) Perda de carga dos filtros:

No decorrer da filtração a camada de lodo vai aumentando e oferecendo maior

resistência à passagem da água, consequentemente perda de carga e o filtro perdendo vazão.

Quando a perda de carga atingir uma determinada cota limite o filtro deve ser lavado, pois já

não oferece vazão econômica.

e) Lavagem dos filtros

A lavagem dos filtros é feita com a inversão de corrente, ou seja, a água é

introduzida de baixo para cima. Na lavagem, a areia que constitui o leito filtrante deverá ser

posta em suspensão ou expansão na água. A velocidade ascensional da água de lavagem

Figura 1 - Esquema vertical de um filtro rápido

Fonte: Web Google imagem

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deverá ser suficiente para expandir a areia, mas insuficiente para carreá-la para a calha de

coleta de água de lavagem.

Numa instalação bem projetada e bem operada o volume gasto, com a lavagem

dos filtros, deve ser de 2,0 a 2,5% do volume de água filtrada na instalação.

Após passar pelos processos de tratamento a água precisa ser elevada até a

cidades. Para isso se faz necessário o uso de um sistema de bombeamento capaz de vencer o

desníveis do terreno e fazer essa água chegar até as residências.

2.3 ELEVAÇÃO DA ÁGUA POR BOMBEAMENTO

2.3.1 BOMBAS.

São máquinas geratrizes hidráulicas que transformam o trabalho mecânico que

recebem de um motor em energia hidráulica sob as formas que o liquido é capaz de absorver,

ou seja, energia potencial de pressão e energia cinética. (MACINTYRE, 1990).

As Bombas Hidráulicas podem ser classificadas em radiais ou centrífugas (sua

característica básica é trabalhar com pequenas vazões a grandes alturas, com predominância

de força centrífuga, são as mais utilizadas atualmente), em axiais (trabalha com grandes

vazões a pequenas alturas) e em diagonais ou de fluxo misto (caracterizam-se pelo recalque

de médias vazões a médias alturas, sendo um tipo combinado das duas anteriores).

Dentre a grande variedade de bombas disponíveis, as bombas centrífugas são

as empregadas em instalações de bombeamento de água, em virtude das vantagens que, no

caso, apresentam sobre as demais.

As bombas centrífugas são constituídas por carcaça, rotor (destinado a conferir

aceleração à massa liquida, para que adquira energia cinética e de pressão), um difusor ou

coletor (que pode ser uma caixa em forma de caracol), uma voluta (que recebe o líquido que

sai do rotor e transforma parte considerável da energia cinética do mesmo em energia de

pressão)

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2.3.2 LINHA DE SUCÇÃO E DE RECALQUE.

Linha de sucção é o trecho da tubulação entre o reservatório de captação e a

bomba. Neste trecho de tubulação pode-se ter, a depender da posição do reservatório de

sucção e da bomba, válvula de pé com crivo, tubulação reta, curvas, redução.

Linha de recalque é o trecho da linha que liga a bomba (recalque) ao ponto de

descarga. Nesse trecho pode-se ter ampliação, válvula de retenção, válvula de parada, ventosa,

curva.

2.3.3 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA.

É um conjunto de estruturas destinadas a abrigar as bombas, essas edificações

são chamadas casas de bombas ou salas de bombas, devem ter iluminação e ventilação

adequadas e ser suficientemente espaçosas para a instalação dos equipamentos e

movimentação de pessoas para operar e manter os mesmos.

No mínimo devem ser previstas duas bombas sendo uma de reserva. As

bombas poderão ser instaladas em cota superior ou inferior à do nível das águas a serem

recalcadas. No primeiro caso, haverá a sucção propriamente dita, sendo indispensável à

instalação de válvulas de pé. No segundo caso, as bombas ficarão afogadas, recomendando-se

a instalação de registro nas canalizações de admissão.

2.3.4 VELOCIDADE MÁXIMA NA TUBULAÇÃO

De acordo com Azevedo Netto (1991), os diâmetros das entradas e saídas das

bombas não devem ser tomados como indicações para os diâmetros das tubulações de sucção

e de recalque. Para as tubulações adotam-se os diâmetros maiores, com o objetivo de reduzir

as perdas de carga, visto que os diâmetros de entrada e saída na bomba são pequenos para

serem mantidos para as tubulações de sucção e de recalque.

A velocidade da água na boca de entrada das bombas geralmente esta

compreendida entre 1,5 e 5,0 m/s, podendo se tomar 3,0 m/s como termo médio

representativo. Na seção de saída da bomba as velocidades são mais elevadas, podendo atingir

o dobro desses valores. As tubulações de recalque de grande extensão devem ser

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dimensionadas pelo critério econômico, escolhendo o diâmetro comercial mais vantajoso. As

velocidades nesses casos são relativamente baixas: 0,75 a 1,5 m/s.

Para as linhas de recalques curtas, ou apenas para as tubulações imediatas das

bombas, admitem-se velocidades mais elevadas. A companhia Sulzer recomenda os limites

máximos conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Velocidades para linhas de recalques curtas. Fonte: Netto, José M. (1991)

D mm 50 60 75 100 150 200 300 400

V, m/s 1,3 1,4 1,55 1,8 2,2 2,3 2,45 2,6

Q, l/s 2,5 4 6,8 14,1 38,9 72,3 173,1 326,5

2.3.5 PERDAS DE CARGA EM CANALIZAÇÕES

Qualquer velocidade de escoamento em uma tubulação proporciona perda de

energia (perda de carga) decorrente da tensão de cisalhamento do líquido com a mesma. Alem

das perdas na tubulação devida ao escoamento existem perdas devidas a perturbações,

causadas por qualquer elemento ou dispositivo que venha mudar a turbulência, mudar a

direção ou alterar a velocidade, são as chamadas perdas localizadas ou acidentais ou

singulares. (AZEVEDO NETO, 1991)

Existem vários métodos para determinação de perdas de carga distribuída e

localizada. Para perdas localizadas, um deles é o dos comprimentos virtuais de canalização,

calculada pela expressão geral. Todas as perdas localizadas podem ser expressas sob a forma:

hf = K. V2/2g (2.3.5.1)

Denominada equação geral para a qual o coeficiente K pode ser obtido

experimentalmente para cada caso e se encontra tabelados, para várias peças e materiais,

conforme Figura 2.

Para estimar (calcular) as perdas de carga distribuída utilizam-se a equação de

da fórmula de HAZEN-WILLIANS e o comprimento do trecho reto da tubulação. O

coeficiente C da referida fórmula e os vários tipos de material, se encontra na Figura 3.

J= 10,641.Q1.85

.C-1.85

. D-4.87

(2.3.5.2)

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Onde:

Q - Vazão, m3/s;

D - Diâmetro, m;

J - Perda de carga unitária, m/m

C - Coeficiente de rugosidade, que depende da natureza das paredes dos tubos

Figura 2 - Valores aproximados de K para as diversas peças e conexões

Fonte: Netto, José M. (1991)

Figura 3 - Coeficiente de rugosidade para os diversos tipos de tubos, revestimento e idade.

Fonte: Netto, José M. (1991)

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2.3.6 POTÊNCIA DOS CONJUNTOS ELEVATÓRIOS

O conjunto elevatório (bomba-motor) deverá vencer a diferença de nível entre

os dois pontos mais as perdas de carga em todo o percurso (perda por atrito ao longo da

canalização e perdas localizadas devidas às peças especiais). (AZEVEDO NETTO, 1991). O

modelo matemático para cálculo da potência de um conjunto moto-bomba é a seguinte:

P = ɣ. Q. Hman / 75.ɳ (2.3.6.1)

Onde:

ɣ - peso específico do liquido as ser bombeado,em kg/m3. Para água = 1000 kg/m

3)

Q – Vazão, em m3/s;

Hman – Altura manométrica em m;

ɳ - rendimento global do conjunto elevatório.

2.3.7 NPSH – ENERGIA DISPONÍVEL NO LIQUIDO NA ENTRADA DA

BOMBA

A sigla NPSH do inglês “Net Positive Suction Head” é adotada universalmente

para designar a energia disponível na sucção, ou seja, a carga positiva e efetiva na sucção.

(AZEVEDO NETTO, 1991).

Há dois valores a considerar: o NPSHr (requerido), que é uma característica

hidráulica da bomba fornecida pelo fabricante e o NPSHd (disponível), que é uma

característica das instalações de sucção, que pode-se calcular através da expressão:

NPSHdisp = ZM - ZS+(Pa-Pv)/ ɣ - Hs (2.3.7.1)

Onde:

ZM - cota do nível da água no poço de sucção, em m

ZS - cota do eixo da bomba, em m

Patm/ ɣ - Pressão atmosférica, em m de coluna d`água, m.c.a. Para a água = 10,33m.

Pv/ ɣ - Pressão de vapor a temperatura ambiente, em m.c..a. Para a água = 0,43 m.

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Hs=Perda de carga na sucção, em m.

ɣ =Peso específico da água, em Kg/m3. Para a água = 1,0.

A condição necessária para o equipamento funcionar sem cavitação é:

NPSHd ≥ NPSHr

2.4 A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA

A Estação de Tratamento de Água de Feira de Santana - ETA é do tipo

convencional e por isso realiza uma série de operações unitárias seqüenciadas, sendo elas a

captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação, correção de

pH e reservação, como discriminados no fluxograma do processo a seguir:

CAPTAÇÃO

COAGULAÇÃO

DECANTAÇÃO

FLOCULAÇÃO

FILTRAÇÃO

DESINFECÇÃO

FLUORETAÇÃO

CORREÇÃO PH RESERVAÇÃO

FLUXOGRAMA DOS PROCESSOS

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2.4.1 CAPTAÇÃO

A seleção da fonte abastecedora de água é processo importante na construção

de um sistema de abastecimento. Deve-se, por isso, procurar um manancial com vazão capaz

de proporcionar perfeito abastecimento à comunidade, além de ser de grande importância a

localização da fonte, a topografia da região e a presença de possíveis focos de contaminação.

O sistema de abastecimento de água de Feira de Santana é suprido por um

manancial de superfície, o Rio Paraguaçu – Lago de Pedra do Cavalo, através do sistema de

CAPTAÇÃO da ETA do SIAA de Feira de Santana, (conjunto de estruturas e dispositivos

construídos junto ao manancial, para suprir um abastecimento de água), Figura 4, situada na

margem esquerda do Lago Pedra do Cavalo, Município de Conceição da Feira, Fazenda

Murici s/n.

A captação da água do manancial é realizada atualmente através de recalque

por cinco conjuntos de motores e bombas, sendo três com potência individual de 1100 CV e

Figura 4 - Estrutura da Captação da ETA de Feira de Santana.

Fonte: Autor

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dois com potência individual de 600CV, e vazão (Q) individuais de 500 l/s e 300 l/s

(capacidade total de Q = 1.700 l/s ), que bombeia água in natura através de uma adutora de

fºfº DN 1.000 mm no trecho de saída do interior da captação, onde posteriormente sofre

redução para 800 mm. Encontra-se instalado nesta adutora, embaixo da ponte que dá acesso

ao interior da captação, duas válvula anti-golpe, automáticas, que protege o sistema contra o

golpe de aríete (retorno d’água) em caso de parada brusca (falta de energia elétrica). No seu

percurso até chegar na torre de equilíbrio encontram-se 03 (três) válvulas de descargas, duas

de 200 mm e uma de 300 mm, cuja finalidade é esvaziar a adutora de água bruta quando

necessário.

2.4.2 CANAL DE ÁGUA BRUTA

No canal de água bruta, Figura 5, estão instalados os difusores de aplicação das

soluções de sulfato de cobre, utilizado para controle da proliferação de algas resultantes do

processo de eutrofização natural do lago, da suspensão de cal para correção do pH quando

Figura 5 - Canal de água bruta – Calha Parshall

Fonte: Autor.

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necessário e Sulfato de alumínio, coagulante utilizado na fase inicial do processo de

tratamento. Ainda no canal temos uma calha Parshall que serve como referencial para

medição de vazões l/s. Logo após, temos duas comportas que elevadas ou rebaixadas

(dependendo da vazão) servem para aumentar o turbilhonamento (mistura) no ponto de

aplicação do coagulante. No final temos uma caixa de repartição de vazão com três

comportas, que servem para distribuir para os floculadores, como também em casos de

limpezas ou manutenção, para isolar um dos conjuntos de unidades de floculação e um

decantador.

2.4.3 FLOCULAÇÃO

Na floculação, a água já coagulada movimenta-se de tal forma dentro dos

tanques que os flocos misturam-se, ganhando peso, volume e consistência. Cada floculador,

Figura 6, possui seis câmaras de dimensões iguais, equipadas com um motor com redutor de

velocidade (gradiente – RPM) acoplado a um eixo, no qual estão fixadas as cantoneiras em

Figura 6 - Módulos de Floculação

Fonte: O autor.

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forma de L, onde são fixadas as tábuas, que formam as paletas, que em movimento servem

para formação dos flocos. Os floculadores têm velocidades ajustáveis em função das

características dos flocos gerados na coagulação.

2.4.4 DECANTAÇÃO

A ETA de Feira de Santana dispõe de três unidades de decantação, Figura 7,

onde as unidades 01 e 02, são conhecidas como decantadores de placas e a 03 como

decantador de colméia, são assim formados, para dificultar a ascensão dos flocos (facilitar a

sedimentação dos flocos). As placas e as colméias estão posicionadas logo acima das

pirâmides de estrutura pré-moldadas por onde a água floculada tem acesso ao decantador. Na

parte superior encontram-se os vertedores, que vertem a água decantada nas calhas, e levam

aos filtros. Na extremidade sul dos decantadores 01 e 02, na parte superior, está às caixas que

fazem parte do mecanismo de sifonação do lodo, Figura 8. Estas estão interligadas a uma rede

de fºfº 100 mm com alimentação de água do próprio decantador, bloqueada por um cap

perfurado que serve para determinar o tempo entre uma sifonação e outra. Os sifões são

Figura 7 - Unidade de decantação

Fonte: Autor.

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compostos de uma rede em PVC, que sai da extremidade norte no centro dos decantadores,

interligados as caixas que determinam o tempo de sifonação. Dentro destas caixas existe um

tubo invertido em forma de Y, perfurado na parte superior, que por sua vez está interligado ao

vértice da rede extratora do lodo. De acordo com a dimensão do furo do cap esta sifonação

pode durar 30, 45 ou 60 segundos, sendo que na ETA o tempo padrão é de 45 segundos.

Existem nas extremidades seis registros de fºfº DN 150 mm que serve para

descargas periódicas do lodo ou para esvaziamento das unidades na ocasião das lavagens.

A unidade de decantação nº 03 divide-se em três módulos de dimensões iguais

e opera individualmente ou em paralelo. Existem três comportas; uma na entrada de cada

módulo, que servem para controle da vazão de entrada nas unidades de decantação, e também

para desativar uma das unidades de decantação.

Figura 8 - Mecanismo de Sifonação

Fonte: Autor.

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2.4.5 FILTRAÇÃO

Os filtros em nº de 14 (quatorze), Figura 9, são do tipo rápido, ou seja, para

filtração de grandes volumes de água previamente coagulada, com taxa declinante através de

leito duplo de areia e antracito. São construídos com um sistema de fundo falso (de concreto)

onde estão assentados os difusores cuja finalidade é distribuir a filtração e a água de lavagem,

uniformemente em toda área filtrante.

Seu leito é formado por camadas de suportes de seixo rolado e areia granulada

como material filtrante. Sua operação é feita através das mesas de comandos interligadas a um

macaco pneumático, exceto as unidades de filtração 09, 10, 11, 12, 13 e 14 onde sua operação

ainda é totalmente manual. O processo de lavagem é um sistema multicelular (todos lavam

um) e é feito através da injeção de ar e água no sentido ascensional (retro-lavagem), com

determinada velocidade, para promover a fluidificação parcial do meio granular e a liberação

das impurezas nele contidas. A água de lavagem e descartada e retorna para o manancial,

Figura 9 - Filtros

Fonte: Autor

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sendo o aproveitamento de parcela da água de lavagem o objeto do estudo desse trabalho de

pesquisa.

Estas quatro etapas: coagulação, floculação, decantação e filtração recebem o

nome de clarificação. Nesta fase, todas as partículas de impurezas são removidas deixando a

água límpida. Mas ainda não está pronta para ser usada. Para garantir a qualidade da água,

após a clarificação é feita a desinfecção, a correção do pH e a fluoretação.

2.4.6 DESINFECÇÃO

A água clarificada recebe ainda mais uma substância: o cloro para se tornar

potável. Este elimina os germes nocivos à saúde, garantindo também a qualidade da água nas

redes de distribuição e nos reservatórios.

Para esse processo a ETA possui uma linha (Barrilete) com cinco cilindros de

900 kg cada, que através do vácuo formado nos ejetores, os quais são alimentados por água

sob pressão de 6 kgf./cm³ de uma adutora de fºfº DN 100 mm, promove a mistura do gás e

aplica a solução clorada em uma tubulação de PVC de 3”, instalada na saída da galeria de

água filtrada (imersa), onde acontece o processo de desinfecção .

2.4.7 CORREÇÃO DE PH

A correção do pH consiste na alcalinização da água para remover o gás

carbônico livre e se faz necessária não apenas para se atender o parâmetro da Portaria MS

518/2004 que trata da potabilidade, mas também para proteger as estruturas e os

equipamentos, tanto da corrosão das partes metálicas como da deposição de material em

tubulações pois provoca a formação de uma película de carbonato na superfície interna das

canalizações, a água recebe uma dosagem de cal, que corrige seu pH, através da dosagem de

suspensão de cal com bombas dosadora, que bombeia por uma rede de PVC DN 1,5”, até o

ponto de aplicação do produto.

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2.4.8 FLUORETAÇÃO

Finalmente a água é fluoretada, em atendimento à Portaria 518/2004 do

Ministério da Saúde, para prevenir contra a decomposição do esmalte dos dentes que, quando

avariado, jamais poderá ser refeito Consiste na aplicação de uma dosagem de composto de

flúor (ácido fluossilícico) para auxiliar a produção natural de dentes mais resistentes e, com

isso, proporciona saúde mais perfeita dos mesmos, reduzindo a incidência da cárie dentária,

especialmente no período de formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos.

2.4.9 RESERVAÇÃO

EEAT – Estações Elevatórias de Água Tratada

Após a conclusão de todas as etapas do tratamento a água é bombeada para um

reservatório elevado (Serra na cidade de Conceição da Feira), onde segue por gravidade até a

cidade de Feira de Santana. Para isso se faz necessário a existência de Estações Elevatórias de

Água Tratada que tem como o objetivo vencer o relevo e fazer com que a água chegue através

de adutoras até seu destino. São duas:

Figura 10 - Conjuntos Motor-Bomba-EEAT-I

Fonte: Autor

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A EEAT - I dispõe de três conjuntos de motores-bombas Worthington, modelo

12 LN – 32, e motores marca WEG com potência individual de 1.350 CV e capacidade ( Q )

individual de 513,3 l/s, Figura 10. Nesta elevatória estão instaladas duas válvulas de anti-

golpe manuais, além dos painéis elétricos de comando dos referidos motores.

A EEAT –II dispõe de quatro conjuntos motores-bombas Worthington e

motores marca TOSHIBA, todos de 750 CV. Com vazão (Q) individual de 300 l/s. Nesta,

estão instaladas 02 (duas) válvulas de anti-golpe automáticas, além dos painéis elétricos de

comando dos referidos motores. Todas duas elevatórias dispõem de um poço de sucção onde é

armazenada a água tratada.

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3 METODOLOGIA

O presente trabalho é um estudo de caso, foi desenvolvido a partir da

necessidade de avaliar as perdas de água, de energia e financeira no procedimento de lavagem

dos filtros na ETA de Feira de Santana.

3.1 CONSULTA A MATERIAL BIBLIOGRÁFICO

Inicialmente foram realizados levantamentos de informações pertinentes ao

tema deste trabalho, através de pesquisas em fontes bibliográficas tais como: Livros, Manuais

de operação da ETA, artigos científicos, monografias, trabalhos apresentados em congresso,

além da busca em sites oficias da área, tais como EMBASA (Empresa Baiana de Água e

Saneamento S/A), ANA (Agência Nacional das Águas), PNCDA (Plano Nacional de

Combate ao Desperdício de Água), dentre outros.

3.2 ÁREA DE ESTUDO

O desenvolvimento do trabalho de pesquisa de campo foi realizado na Estação

de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Feira de

Santana, coordenado pela Empresa Baiana de Água e Saneamento S/A (EMBASA),

localizada na fazenda Murici, zona rural do município de Conceição da Feira, Estado da

Bahia.

3.3 LEVANTAMENTOS OU DADOS DA PESQUISA:

O levantamento dos dados é mensal, apresentados através de gráficos e

planilhas de custos mensais e anuais, relacionando com o percentual de perdas na estação e

com a lavagem de filtros fazendo uma análise comparativa entre os mesmos.

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26

3.4 CONSUMO E CUSTOS COM PRODUTOS QUÍMICOS.

Levantamento realizado no Escritório Local da Embasa em Feira de Santana e

na própria ETA através dos relatórios mensais. Com os dados montou-se as planilhas de

custos.

3.5 VAZÃO DE PRODUÇÃO, VAZÃO DE DISTRIBUIÇÃO E PERDA NO

PROCESSO PRODUÇÃO

Foi realizado no Escritório Local da Embasa em Feira de Santana e os dados

arquivados na própria ETA, em planilhas de controle de produção.

3.6 ESTIMATIVA DE PERDAS DE ÁGUA LOCALIZADAS

Mecanismo de sifonação – vazão continua e as descargas.

Realização de aferições de vazão in loco (Nas caixas que reúnem dois sifões);

Escolha de duas caixas de descarga de sifões (Uma em cada decantador);

Com auxilio do cronometro mediu-se o tempo para encher uma bobona de 200

litros

Realização de quatro aferições e apontamento dos respectivos tempos;

Lançamento dos dados em planilha eletrônica

Fez-se uma relação entre o volume da bobona e a média aritmética dos tempos,

determinando assim a vazão.

Descarga de decantadores.

Realização de aferições de vazão in loco

Isolou-se o modulo floculação e decantação;

Abriram-se as seis descargas de fundo do decantador;

Aguardou-se que o nível da lâmina d’água ficasse abaixo dos vertedores;

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27

Com trena mediu-se a diferença de cota entre as lâminas inicial e final em um

intervalo de tempo de 60s;

Em seguida multiplicou essa diferença pela área do decantador e estimou o

volume e a vazão.

3.7 AVALIAÇÃO DA PERDA NO PROCESSO DE FILTRAÇÃO

Descarga inicial (que será recuperada)

Mediram-se diferentes cotas de operação para diferentes vazões, datas, horários

e qualidade da água decantada;

Lançamento dos dados em planilha eletrônica;

Determinação de uma cota média de operação;

Aferição da área do filtro;

Estimou-se o volume médio descartado.

Descarga para limpeza dos filtros

A descarga para limpeza continuará sendo contabilizada como perda nesta

etapa do trabalho, pois para reaproveitamento dessa água seria necessária a construção de uma

estação tratamento de resíduos. Não foi necessário contabilizar seu volume.

3.8 AVALIAÇÃO MENSAL DO CUSTO DA PERDA EM ENERGIA E EM

PRODUTOS QUÍMICOS;

Levantamento realizado no Escritório Local da Embasa em Feira de Santana e

na própria ETA, nos relatórios mensais de custos com energia elétrica e produtos químicos;

Rateamento dos custos com energia elétrica entre ETA, Captação e EEAT;

Elaboração de planilhas eletrônicas;

Apresentação de gráficos representativos;

Análise e conclusão dos dados que justifique a construção da elevatória.

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3.9 CARACTERIZAÇÕES DA ÁGUA A SER RECIRCULADA

Como a água a ser recirculada é a decantada e a EMBASA faz o controle do

tratamento, a água que se perde antes da lavagem dos filtros pode ser recalcada para a calha

de água filtrada, sem necessidade de mais outros controles de qualidade.

3.10 PROJETO DA ELEVATÓRIA E BARRILETE PARA APROVEITAMENTO DA

ÁGUA FILTRADA QUE PERDE;

Desenvolver o projeto técnico utilizando-se do Manuais de Instalações

Hidráulicas.

Desenvolver o projeto gráfico com planta baixa e corte no programa

computacional AutoCAD da empresa Autodesk.

3.11 AVALIAÇÃO DO CUSTO BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO DA ÁGUA

QUE PERDE NOS FILTROS DA ETA DE FEIRA DE SANTANA;

Levantar custos com a execução do projeto utilizando a tabela de custos e

serviços, adotado pela Embasa;

Realizar cotações diretas com os fornecedores, dos materiais e equipamento

não existentes na tabela de preços da Embasa;

Calcular a amortização mensal do investimento para período de 10 anos, com

taxa de juros de 12% ao ano (0,94888 % ao mês);

Levantar custo mensal com energia elétrica para recalque da água aproveitada;

Fazer estudos de custos beneficio (perda / amortização do investimento).

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4 RESULTADOS E DISCURSÃO

4.1 CONSUMO E CUSTOS COM PRODUTOS QUÍMICOS

Dos custos dos produtos utilizados no tratamento não serão contabilizados no

presente estudo o custo com o cloro, utilizado na desinfecção, o custo com o flúor, exigido

pelo ministério da Saúde para proteção dos dentes de crianças de até sete anos, e o custo com

a cal hidratada, adicionada para correção do pH.

Com auxilio das Planilhas de Controle de Custos utilizadas na ETA, foram

extraídos os dados essenciais para elaboração do projeto, que correspondem à média mensal

dos consumos e custos do ano de 2010 e servem de base para avaliar a situação do sistema,

tabela 2.

Tabela 2 - Consumo e custo médio mensal com produtos químicos na ETA de Feira de Santana – 2010

MÊS

PRODUTOS QUÍMICOS

SULF. COBRE SULF. ALUMINIO POLIMERO

CONSUMO

kg

CUSTO

R$

CONSUMO

kg

CUSTO

R$

CONSUMO

kg

CUSTO

R$

JAN 1.003 8.180,00 294.238 125.933,86 330 3.742,20

FEV 927 7.582,86 269.006 115.134,57 281 3.187,00

MAR 875 7.157,50 266.194 113.931,00 341 3.867,00

ABR 200 1.636,00 263.925 112.960,00 296 3.351,00

MAI 811 6.634,00 267.439 114.464,00 286 3.243,00

JUN 627 5.129,00 200.992 86.025,00 271 3.073,00

JUL 120 981,00 242.222 103.571,00 253 2.869,20

AGO 571 4.672,00 230.412 98.616,34 286 3.243,24

SET 883 7.223,00 214.720 91.900,20 239 2.710,26

OUT 830 6.789,00 244.560 104.671,70 304 3.447,36

NOV 928 7.591,00 232.060 99.321,68 304 3.447,36

DEZ 1.106 9.047,00 242.410 108.988,00 346 3.946,00

TOTAL 8.981 72.584,00 2.942.134 1.263.514,49 3.547 40.126,62

Fonte: EMBASA adaptados pelo Autor.

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Figura 11 - Consumos e custos com Sulfato de Cobre – 2010

Figura 12 - Consumos e custos com Sulfato de Alumínio - 2010

0 500

1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000 6.500 7.000 7.500 8.000 8.500 9.000

JAN

FE

V

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SE

T

OU

T

NO

V

DE

Z

Sulfato de Cobre

Consumo Kg

Custos R$

0

25.000

50.000

75.000

100.000

125.000

150.000

175.000

200.000

225.000

250.000

275.000

300.000

JAN

FE

V

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SE

T

OU

T

NO

V

DE

Z

Sulfato de Alumínio

CONSUMO

CUSTO R$

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31

Figura 13 - Consumos e custos com polímero - 2010

4.2 PERDAS DE ÁGUA EM VOLUME E PERCENTUAL NO PROCESSO DE

TRATAMENTO.

As perdas físicas operacionais são compostas pelos efluentes gerados no

processo produtivo, numa ETA convencional se gasta em média de 2% a 5% do volume da

água captada na operação de tratamento no processo de lavagem dos filtros (AWWA, 1987).

Na ETA de Feira de Santana o controle de produção é realizado diariamente gerando uma

planilha mensal que demonstra um percentual de perdas no processo bem acima da média

estipulada para esse tipo de estação, tabela 3.

0 200 400 600 800

1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000

JAN

FE

V

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SE

T

OU

T

NO

V

DE

Z

Polímero

CONSUMO

CUSTO R$

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Tabela 3 – Volumes produzido, distribuído, volume e percentual de perda no tratamento de água – 2010

MÊS VOLUME

TRATADO M3

VOLUME

DISTRIBUÍDO M3

PERDA NO

PROCESSO M3

% PERDAS

NO

PROCESSO

JAN 3.579.008 3287653 291355 8,14

FEV 3.231.989 2986606 245383 7,59

MAR 3.608.418 3309350 299068 8,29

ABR 3.247.188 2969901 277287 8,55

MAI 3.222.878 3008450 314428 9,46

JUN 2.950.991 2651945 299046 10,13

JUL 3.000.808 2685472 315336 10,51

AGO 3.119.226 2761246 357980 11,48

SET 3.041.485 2665349 376136 12,37

OUT 3.434.859 3004414 430445 12,53

NOV 3.368.610 2961817 406793 12,08

DEZ 3.480.552 3069686 410866 11,8

MÉDIA 3.273.834 2.946.824 353.619 10,24

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor.

4.3 ESTIMATIVAS DE PERDAS LOCALIZADAS

Em termos quantitativos o volume gasto com água de utilidades é praticamente

desprezível e por isso não será contabilizado. Existem dois dispositivos na ETA que podem

ser classificados como causadores de perdas localizadas, que são os sifões, Figura 14, e as

descargas de decantadores, Figura 15.

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4.3.1 SIFONAÇÃO

Para estimar a vazão no mecanismo de sifonação foi necessário realizar

medições nas caixas que reúnem a descarga de dois sifões através do seguinte procedimento:

Com auxilio do cronometro

mediu-se o tempo para encher uma bobona de

200 (duzentos) litros, Figura 16, e de posse dos

dados determinou-se a vazão da seguinte forma:

Foi selecionada uma caixa de

descarga em cada decantador, medindo-se o

tempo para encher quatro vezes, em seguida fez-

se uma relação entre o volume da bobona e a

média aritmética dos tempos, determinando-se

assim a vazão.

Considerando que o tempo médio

de operação da ETA em 2010 foi de 663 h/mês

Figura 15- Descarga Decantadores Fonte: O Autor

Figura 14 – Mecanismo de Sifonação Fonte: O Autor.

Figura 16 - Ensaio de Vazão "in loco" Fonte: Autor

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verificou-se que a vazão constante de alimentação dos sifões, gera um volume mensal de 2148

m3 em cada caixa e como são 12 caixas tem-se em média um volume de 25.777 m

3 o que

corresponde a 0,74% do total tratado.

Tabela 4 - Resultado das medições nas caixas de descarga dos sifões

Tempos

(mim)

Caixa 01 Caixa 01

dec.01 dec 02

T1 3'45" 3'49"

T2 3'38" 3'55"

T3 3'42" 3'59"

T4 3"40" 3'54"

Média 3'41" 3'54"

Q l/s 0,90 0,85

Q m3/h 3,24 3,06

Além disso, mediu-se o tempo médio de cada uma das descargas, durante o

funcionamento do sifão. Considerando que cada sifão leva em media 45 minutos entre uma

descarga e outra, se tem que a vazão média no momento da descarga é de 8,7 l/s, que

multiplicado pela média de horas em operação, e pelo número de sifões existentes que são 24.

Em um mês dar-se cerca de 21.216 descargas, com um tempo médio de 80 segundos cada.

Assim cada descarga corresponde a um volume de 0,696 m3, totalizando 14.766m

3/mês o que

corresponde a 0,42% do total tratado.

Assim, conclui-se que o percentual de perdas no mecanismo de sifonação será

o volume de alimentação dos sifões somado com o volume das descargas, ou seja, 1,16%.

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4.3.2 DESCARGA DECANTADORES

As vazões das descargas foram determinadas conforme Macedo (2000) cita em

sua literatura, que são os cálculos para obtenção de vazão, volume, velocidade, entre outros

aspectos relacionados, utilizando-se a formula: Q=V/t (Q=Vazão, V=Volume, t=tempo).

Para a obtenção do volume foi medida toda a área de cada modulo de

decantação e de posse desses dados delimitou-se um tempo de dez segundo para que a água

baixe de um ponto a outro. Para isso foi realizado os seguintes procedimentos:

Isolou-se o modulo floculação e

decantação;

Abriu-se as seis descargas de fundo do

decantador;

Aguardou-se que o nível da lâmina

d’água ficasse abaixo dos vertedores;

Com trena mediu-se a diferença de cota

entre as lamina inicial e final em um

tempo de 60 segundos;

Em seguida multiplicou essa diferença

pela área do decantador e estimou o

volume.

No decantador 01, figura 17, o

rebaixamento da lâmina d’água foi de 3,5

centímetros a cada minuto, que multiplicado

pela área total do floculador e decantador que é de 695.5 m2, encontra-se uma vazão

correspondente a 24,35 m3/min. Para o decantador 02 do módulo velho foram consideradas a

mesma vazão, pois são iguais e por isso possuem os mesmo dispositivos.

No decantador novo o rebaixamento da lâmina foi de sete centímetros a cada

minuto, e sua área é de 252m2, assim a vazão de descarga corresponde a 17,64m

3/min.

De acordo com o POP – Procedimento Operacional Padrão a descarga de

decantadores deve levar em média três minutos, sendo assim o volume médio descartado por

cada descarga será o somatório do volume dos três decantadores que é da ordem de 199 m3.

Figura 17 - Vazão das descargas "in loco" Fonte: Autor.

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Totalizando uma média de 25.174 m3/mês o que corresponde a 0,77% do volume tratado. Os

dados estão registrados na Tabela 5:

Tabela 5 - Comparativo de perdas nas descargas – 2010

MÊS

NUMERO

DE

DESCARGAS

VOL.

DESCART./

DESCARGA

(M3)

VOL.

DESCART.

DESCARGA

(M3/MÊS)

VOLUME

TRATADO

M3

% PERDAS

NA

DESCARGA

JAN 123 199 24.477 3.579.008 0,68

FEV 125 199 24.875 3.231.989 0,77

MAR 132 199 26.268 3.608.418 0,73

ABR 132 199 26.268 3.247.188 0,81

MAI 120 199 23.880 3.222.878 0,74

JUN 122 199 24.278 2.950.991 0,82

JUL 125 199 24.875 3.000.808 0,83

AGO 130 199 25.870 3.119.226 0,83

SET 120 199 23.880 3.041.485 0,79

OUT 124 199 24.676 3.434.859 0,72

NOV 130 199 25.870 3.368.610 0,77

DEZ 135 199 26.865 3.480.552 0,77

MÉDIA 127 199 25.174 3.273.834 0,77

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor.

4.4 PROCESSOS DE LAVAGEM DE FILTRO.

O processo de lavagem de filtro na ETA segue um POP – Procedimento

Operacional Padrão, onde são discriminadas as seguintes atividades:

Fechar a entrada de água decantada (afluente) do filtro a ser lavado;

Fechar a comporta de saída de água filtrada (efluente);

Abrir a descarga da calha de lavagem;

Abrir o dreno de fundo da unidade de filtração;

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Abrir a válvula de ar;

Ativar o sistema de ar durante 2 a 3 minutos;

Abrir a comporta de saída de água filtrada, no momento em que a água verter

na calha de lavagem de filtro desativar o ar;

Lavar com água durante 07 a 10 minutos, dependendo das condições de

limpeza do leito filtrante;

Fechar a descarga da calha;

Abrir a entrada de água decantada (afluente).

O POP foi desenvolvido para que todos os operadores realizassem a mesma

atividade, e assim melhorasse a qualidade na produção com possível redução de perda no

processo, porém esses procedimentos apesar de importantes não são eficientes e capazes de

eliminar essas perdas, pois, depende do operador. Ao abrir a descarga da calha de lavagem do

filtro um volume de água já decantada é descartado para o manancial, sendo nessa etapa

inicial da lavagem que esta o objeto de estudo desse trabalho, pois, na etapa seguinte do

procedimento faz-se a lavagem do filtro com ar e água, gerando resíduos (lodo) que

continuará sendo descartado até o momento da criação de uma estação de tratamento de

resíduos.

4.5 AVALIAÇÃO DO VOLUME DESCARTADO NOS FILTROS E PERCENTUAL

DE PERDAS EM RELAÇÃO AO TOTAL.

Para determinação do volume inicial que é descartado de cada filtro foi

realizadas varias medições da cota de operação dos mesmos, delimitando uma cota máxima a

qual esta especificada no projeto da ETA, que é a cota 210,439 m. A 2,30 m abaixo dessa cota

fica localizado um dreno com diâmetro de 200 mm, o qual servirá como referencia para

calculo do volume de água que se descarta sem fim útil, ou seja, é perda, já que o mesmo fica

logo acima da calha de lavagem do filtro (Figura 8) e será utilizado como ponto de captação

de água no projeto de recirculação que será proposto.

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As cotas de serviço dos filtros foram definidas através de medições com auxilio

de uma trena. Para efeito de cálculo e melhoria da precisão a medição foi realizada no filtros

de um ao oitavo, pois, apesar de existir na ETA quatorze filtros, os seis restantes foram

construídos na etapa de ampliação do sistema, no ano de dois mil e três, e por isso não

possuem a tubulação de dreno conforme figura 18. Outros fatores importantes considerados

foram à vazão de operação, o horário da medição e a qualidade da água decantada, fatores

estes que geram uma variação na cota de serviço (cota de operação). Os dados deste

levantamento estão apresentados na Tabela 6.

COTA MÁXIMA

AFLUENTE

2,30m

1,80m

Q = 1688 l/s

Q = 1517 l/s - 1454 l/s

Q = 1180 l/s

1,30m

1,60m

Figura 18 - Avaliação da cota de acordo com vazão de operação Fonte: Autor

DRENO

CALHA DE LAVAGEM

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Tabela 6 – Cotas dos filtros em função da vazão de operação.

DATA HORÁRIO FILTRO VAZÃO

l/s

QUALID.

ÁGUA

COTA

SERV.

RELAÇÃO

DRENO(m)

17/01/2011 22:00 2 1454 BOA 1,60

18/01/2011 05:00 7 1517 RAZOAVEL 1,50

19/01/2011 10:00 1 1517 BOA 1.50

19/01/2011 15:00 5 1517 BOA 1.45

20/01/2011 00:00 6 1475 RAZOAVEL 1.55

26/01/2011 10:00 8 1688 BOA 1.75

26/01/2011 15:00 3 1688 BOA 1.70

30/01/2011 22:00 4 1454 BOA 1.40

30/01/2011 01:00 1 893 BOA 0.60

06/02/2011 22:00 7 1517 BOA 1.45

08/02/2011 10:00 2 1688 RAZOAVEL 1.65

08/02/2011 15:00 3 1688 BOA 1.80

10/03/2011 10:00 4 1180 BOA 1.20

10/03/2011 15:00 5 1688 BOA 1.70

11/03/2011 00:00 6 1688 RAZOAVEL 1.65

17/03/2011 10:00 1 1688 RAZOAVEL 1.70

21/03/2011 10:00 8 1517 BOA 1.50

21;03/2011 15:00 2 1517 BOA 1.40

MÉDIA 1,55

Fonte: Autor.

Com os levantamentos dos níveis de cota de operação, calculou-se uma média

que foi em torno de 1,55 metros de altura em relação ao dreno. Considerando que cada filtro

possui 7,55 metros de largura por 6,35 de comprimento, tem-se um volume desperdiçado de

água decantada da ordem de 74 m3 em média por cada filtro lavado e como a ETA possui um

controle com o numero de filtros lavados durante o mês, foi possível contabilizar o volume

perdido na lavagem, e em seguida foi realizado um comparativo de descarte de água dos

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40

filtros com a perda total no processo de lavagem, bem como calculado o percentual de perda,

valores estes discriminados na tabela 7.

Tabela 7 – Perdas medidas no processo de lavagem dos filtros em volume e porcentagem.

MÊS

NUM. DE

FILTROS

LAVADOS

VOL. DESCART.

NA LAVAGEM

M3/MÊS

VOLUME DE

PERDAS M3

% PERDAS

NA

LAVAGEM

JAN 303 22.422 291355 7,70

FEV 278 20.572 245383 8,38

MAR 293 21.682 299068 7,25

ABR 266 19.684 277287 7,10

MAI 290 21.460 314428 6,83

JUN 285 21.090 299046 7,05

JUL 284 21.016 315336 6,66

AGO 278 20.572 357980 5,75

SET 276 20.424 376136 5,43

OUT 297 21.978 430445 5,11

NOV 284 21.016 406793 5,17

DEZ 295 21.830 410866 5,31

Média 21.146 335.344 6,48

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor.

Tabela 8 - Comparativo de perdas no processo de lavagem dos filtros em relação volume tratado.

MÊS

NUM. DE

FILTROS

LAVADOS

VOL. DESCART.

NA LAVAGEM

M3/MÊS

VOLUME

TRATADO M3

% PERDAS

NA

LAVAGEM

JAN 303 22.422 3.579.008 0,63

FEV 278 20.572 3.231.989 0,64

MAR 293 21.682 3.608.418 0,60

ABR 266 19.684 3.247.188 0,61

MAI 290 21.460 3.222.878 0,67

JUN 285 21.090 2.950.991 0,71

JUL 284 21.016 3.000.808 0,70

AGO 278 20.572 3.119.226 0,66

SET 276 20.424 3.041.485 0,67

OUT 297 21.978 3.434.859 0,64

NOV 284 21.016 3.368.610 0,62

DEZ 295 21.830 3.480.552 0,63

Média 21.146 3.273.834 0,65

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor.

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41

Para concluir a etapa de análise de custos na produção foi contatado o setor

responsável pelo controle com energia elétrica da Embasa que forneceu uma planilha de

custos mensais da ETA com energia elétrica. Com auxílio do responsável pelo setor o

Eletrotécnico Edval Brito Gaspar, foi possível ratear o consumo de energia de cada Unidade,

pois a conta de energia da ETA é única, ou seja, os faturamentos não são independentes,

sendo preciso separar os consumos da Captação, ETA e EEAT, já que para o estudo realizado

só será contabilizado como perda parte do consumo de energia da captação.

Os percentuais de consumo de cada unidade foram determinados através da

média ponderada da potência de operação para diferentes vazões representadas nas tabelas 9.

Tabela 9 - Rateamento do consumo de energia

VAZÃO 1688 l/s VAZÃO 1517 l/s VAZÃO 1180 l/s

CV KW % CV KW % CV KW %

CONSUMO

ETA 200 147,2 2,88 200 147,2 3,51 200 147,2 4,44

CONSUMO

EEAT 3450 2539,2 49,64 2700 1987,2 47,37 2100 1545,6 46,67

CONSUMO

EEAB 3300 2428,8 47,48 2800 2060,8 49,12 2200 1619,2 48,89

TOTAL 6950 5115,2 100,00 5700 4195,2 100,00 4500 3312 100,00

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor

A tabela 10 representa de forma bastante clara o que vem acontecendo na ETA

de Feira de Santana, em média, R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos) é “jogado fora” todo mês,

um desperdício que poderá evitado com a elaboração do projeto apresentado nesse trabalho,

porém antes de qualquer coisa é necessário levantar os custo com a implantação do mesmo

para assim apresentar uma conclusão plausível e definitiva.

Vale ressaltar que o custo por metro cúbico tratado corresponde apenas aos

produtos químicos necessários ao processo de clarificação da água que são sulfato de cobre,

sulfato de alumínio e polímero, e os custos com energia elétrica foi calculado através do rateio

de consumo entre captação, ETA e EEAT, pois para o presente projeto só interessa a

captação, que são etapas que antecedem o processo de filtração.

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Tabela 10 - Custo médio com o descarte da água pré-filtrada

MÊS

VOLUME

TRATADO

M3

CUSTO

PRODUTO

QUIMICO

CUSTO

COM

ENERGIA

ELÉTRICA

CUSTO

POR M3

TRAT.

VOLUME

DESCARTE

M3

DESPERDICIO

R$

JAN 3.579.008 125.853,20 272.649,00 0,111 22.422 2.496,56

FEV 3.231.989 125.864,57 275.162,34 0,124 20.572 2.552,58

MAR 3.608.418 124.957,00 283.763,20 0,113 21.682 2.455,89

ABR 3.247.188 117.947,00 173.772,83 0,090 19.684 1.768,36

MAI 3.222.878 124.341,00 230.490,33 0,110 21.460 2.362,70

JUN 2.950.991 94.227,00 243.658,41 0,114 21.090 2.414,78

JUL 3.000.808 107.421,20 223.180,84 0,110 21.016 2.315,35

AGO 3.119.226 106.531,58 242.844,11 0,112 20.572 2.304,21

SET 3.041.485 101.833,46 217.509,47 0,105 20.424 2.144,43

OUT 3.434.859 114.908,06 249.036,44 0,106 21.978 2.328,70

NOV 3.368.610 110.360,04 254.131,12 0,108 21.016 2.273,98

DEZ 3.480.552 121.981,00 239.961,78 0,104 21.830 2.270,10

Média 2.307,31

Fonte: EMBASA adaptado pelo Autor.

4.6 PROJETO DA ELEVATÓRIA PARA APROVEITAMENTO DA ÁGUA

DECANTADA QUE PERDE NA LAVAGEM DOS FILTROS.

O dimensionamento do conjunto motor-bomba para recirculação da água dos

filtros está baseado em dados da Tabela 13 e conhecimentos gerais de hidráulica, conforme

apresentados na revisão bibliográfica.

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Tabela 11 - Dados para dimensionamento da elevatória de aproveitamento da água que perde na lavagem dos

filtros da ETA de Feira de Santana.

DADOS: UNIDADE QUANTIDADE

Vazão média de recalque (Considerando 10 minutos) l/s 120,0

N.A. máximo de operação dos filtros m 210,40

N.A. mínimo de operação dos filtros m 208,20

Cota do eixo da bomba m 207,00

Cota de lançamento na calha m 211,00

Extensão da linha de sucção m 75,00

Extensão da linha de recalque m 7,40

Extensão total da tubulação m 82,40

Nº de conjuntos Motor-Bomba uni 1

Desnível geométrico ( Hg max.) m 2,80

Desnível geométrico ( Hg min.) m 0,60

Fonte: Autor.

Na definição do diâmetro foi considerada a velocidade limite para linhas de

recalques curtas conforme Tabela 14, e as equações de cálculo de perda de carga.

Tabela 12 - Determinação da velocidade de projeto

Vazão (l/s) Diâm. (mm) V (m/s)

120,00 100,00 15,24

150,00 6,77

200,00 3,81

250,00 2,44

300,00 1,69

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De acordo com a velocidade e economia o diâmetro adotado para sucção e

recalque é de 250 mm, pois estará de acordo com as exigências de cálculo e diâmetro

disponível nas estruturas para captação.

- Calculo da perda de Carga Localizada (m)

Tomando-se como base a expressão geral das perdas localizadas tem-se:

hfl=k . V2/2g

Onde:

hfl – perda de carga localizada

K - coeficiente de perda de carga (empírico)

V - velocidade de escoamento (m/s)

g - aceleração da gravidade (9,81 m/s2)

e considerando que:

Q = V.A, tem-se que V = Q/A, então hfl = K. (Q/A)2 / 2g

Assim, hfl = n.k/ (2g.A2 ) . Q

2

Tabela 13 – Peças e constantes de perda de carga localizada, para Sucção.

Barrilete de sucção

Singularidade DIAM. QUANT.(n) K D Calc. (mm) n.k/2gA²

Entrada Normal 200,00 1 0,50 200 25,87

Ampliação Gradual 200X250 1 0,30 250 6,36

Reg. Gaveta Aberto 250,00 2 0,20 250 8,48

Curva 90º 250,00 2 0,40 250 16,95

Tê, Passagem direta 250,00 7 0,60 250 89,01

Total 89,01

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Tabela 14 – Peças e perda de carga localizada - Recalque

Barrilete de recalque

Singularidade DIAM. QUANT.(n) K D. Calc.(mm) n.k/2gA²

Curva 90º 250,00 4 0,40 250 33,91

Válvula retenção 250,00 1 2,50 250 52,98

Reg. Gaveta Aberto 250,00 1 0,20 250 4,24

Saída da canalização 250,00 1 1,00 250 21,19

Total 112,32

Obs.: No cálculo da perda de carga localizada não se levou em consideração a

redução e ampliação gradual para entrada de sucção e recalque, visto que o diâmetro de

sucção e recalque da bomba é o mesmo das tubulações.

A perda de carga localizada será dada pela seguinte expressão:

hfl=201,32. Q²

- Calculo da perda de carga distribuída (m)

As perdas de cargas ao longo da tubulação foram obtidas através do produto da

perda de carga unitária da fórmula de HAZEN-WILLIAMS e o comprimento da tubulação.

hfd =J x L

A fórmula de Hazen-Williams, com seu fator numérico em unidades métricas é

a seguinte:

J= 10.641. Q1.85

.C-1.85

. D-4.87

Onde:

J - Perda de carga unitária em (m/m)

Q - Vazão, m3/s;

D - Diâmetro, m;

C – Coeficiente de rugosidade que depende da natureza das paredes dos tubos (Tabela 2)

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L – Extensão da tubulação (m)

O coeficiente de rugosidade adotado para fins de cálculo será considerado o

ferro fundido novo.

Os valores de perda de carga localizada e distribuída são expressos abaixo:

Tabela 15 - Perdas de cargas na tubulação

Trecho L(m) Q(l/s) Diam.(mm) V(m/s) C J(m/m) hfl(m) hfd(m)

SUCÇÃO 75,00 120,00 250 2,44 130 0,02212 2,90 1,66

RECALQUE 7,40 120,00 250 2,44 130 0,02212

0,16

TOTAL 2,90 1,82

A altura manométrica total Hman, corresponde ao desnível geométrico Hg, que

será o momento em que o filtro estará praticamente vazio, somado com perdas de cargas

(totais). Logo:

Hman = Hg + hfd + hfl

Hman = 2,80 + 1,82 + 2,90

Hman = 7,52 m

A curva característica da bomba e da tubulação esta representada na Tabela 18.

Tabela 16 - Curva característica da bomba e da tubulação de sucção e recalque da instalação da elevatória.

Q Perdas de carga HMT(mca) HMT

(l/s) (m³/s) (m³/h) hfl(m) hfd(m) Total min. max. Bomba

0,00 0,000 0,00 0,00 0,00 0,00 0,60 2,80 9,0

90,00 0,090 324,00 1,63 1,07 2,70 3,30 5,50 7,8

100,00 0,100 360,00 2,01 1,30 3,31 3,91 6,11 7,4

110,00 0,110 396,00 2,44 1,55 3,99 4,59 6,79 7,2

120,00 0,125 432,00 2,9 1,82 4,72 5,32 7,52 7,0

150,00 0,150 540,00 4,53 2,75 7,28 7,88 10,08 6,0

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47

Figura 19 Gráfico representativo da curva da bomba e da tubulação

Na tabela 19, resumo do sistema, constam os pontos de trabalho do conjunto

motor-bomba, inclusive a potência do motor e o NPSH requerido e disponível.

Tabela 17 - Pontos de trabalho

Hg (m) Q (l/s) HMT

(mca)

Rendim.

(%)

Potência

(CV)

Potência

(KW)

NPSHr

(mca)

NPSHd

(mca)

Max. 114 7,200 70 16 12 3,20 12,11

Min. 134 6,500 70 17 12 3,60 9,47

A condição necessária para o equipamento funcionar sem cavitação é:

NPSHd ≥ NPSHr

0

2

4

6

8

10

12

0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120 0,140 0,160

Hm

an (

m)

Q (m3/s)

CURVA CARACTERÍTICA DA BOMBA E DA TUBULAÇÃO

min.

max.

Bomba

CURVA CARACT.

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As plantas do projeto foram desenvolvidas no programa computacional

AutoCAD da empresa Autodesk e está apresentado no anexo A do presente trabalho.

Para o ponto de trabalho definido nos cálculos foi selecionada uma bomba da

KSB, modelo ETA 250-29, cujas características estão detalhadas no anexo C.

4.7 AVALIAÇÃO DO CUSTO BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO DA ÁGUA

QUE PERDE NOS FILTROS DA ETA DE FEIRA DE SANTANA.

O projeto da elevatória de recirculação serviu de subsídio para o levantamento

do custo, pois foi escolhido por meio de cálculos de hidráulica o diâmetro das tubulações de

sucção e recalque, assim como o conjunto motor bomba que atenderá a necessidade do

sistema.

O desperdício médio com produtos químicos e energia elétrica na ETA com o

descarte da água pré-filtrada, verificado através de estudos realizados in loco e já

apresentados nesse trabalho gira em torno de R$ 2.300,00 mensais (dois mil e trezentos reais).

ou seja, 27.600,00 por ano (vinte e sete mil e seiscentos reais).

O custo do projeto, conforme anexo B, é de R$ 95.366,00 (noventa e cinco mil

trezentos e sessenta e seis), para o horizonte de projeto de 10 anos, e considerando uma taxa

de juros de 0,94888% ao mês.

Para o investimento avaliado com tempo de retorno de 10 anos, o custo da

parcela do investimento fica em R$ 1334,00 (um mil trezentos e trinta e quatro).

Considerando o custo da energia consumida pelo conjunto motor-bomba com o

equipamento funcionando, em média, dez minutos por cada lavagem de filtro, e sendo lavados

doze filtros por dia, a bomba irá operar duas horas por dia. Como o custo do kWh é de R$

0,13 (treze centavos) no horário fora de ponta, o valor mensal gasto com energia elétrica será

da ordem de R$ 116,00 ( cento e dezesseis reais).

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Na tabela 20 encontra-se registrado o custo do desperdício médio mensal com a

perda de água e o custo mensal do investimento para período de retorno de 10 anos com taxa

de juros de 12% ao ano, ou seja, 0, 94888% ao mês. Pela Tabela 20 verifica-se que com a

implantação do projeto se obtém economia de R$ 857,00 (Oitocentos e cinqüenta e sete).

Tabela 18 - Resumo dos custos de implantação do sistema e de desperdício de água

Itens Custos (R$)

Desperdício médio mensal 2.307,00

Desperdício anual (2010) 27.684,00

Custo total da tubulação 71.325,00

Custo do conjunto elevatório incluindo painel 21.041,00

Custo do painel e instalações elétricas 3.000,00

Custo total do projeto 95.366,00

Custo mensal de energia 116,00

Valor mensal das parcelas (120 meses) 1.334,00

Economia média mensal 857,00

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5 CONCLUSÃO

O valor da perda de água na lavagem dos filtros na ETA de Feira de Santana é

de R$ 2.307,00 (dois mil e trezentos reais).

O custo do investimento para aproveitamento da água que perde, possível de

ser aproveitada, na lavagem dos filtros da ETA de Feira de Santana é de R$ 95.366,00

(noventa e cinco mil trezentos e sessenta e seis reais).

Para financiamento do investimento em prazo de 10 anos e juros de 12% ao

ano = 0,94888% ao mês, a parcela de amortização mensal do investimento é de R$ 1334,00

(Hum mil trezentos e trinta e quatro reais), que somando-se ao custo mensal com energia

elétrica R$ 116,00 (cento e dezesseis reais), gera uma economia de R$ 857,00 (oitocentos e

cinquenta e sete reais) por mês.

A implantação do projeto de aproveitamento da água que perde na lavagem dos

filtros da ETA de Feira é viável economicamente, tecnicamente e ambientalmente. O retorno

do investimento ocorre em 52 meses.

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6 REFERËNCIAS

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tratamento de água alto da boa vista, São Paulo.

AZEVEDO NETTO, J. M. et al. Técnica de abastecimento e tratamento de água.

CETESB/ASCETESB, V. 1 e V. 2.1987, São Paulo.

AZEVEDO NETTO, J. M. et al.. CETESB/ASCETESB, V. 1 e V. 2.1987, São Paulo.

AZEVEDO NETTO, J.M.; ALVAREZ G.A. Manual de Hidráulica, V1, 1996, São Paulo.

BERNARDO, L. Di. (1993). Método e Técnica de tratamento de Água. ABES. Rio de

Janeiro.

DI BERNARDO, L.; DI BERNARDO DANTAS, A. Métodos e Técnicas de Tratamento de

Água – segunda edição – São Carlos: RiMa, V. 1, 2005. 792 p.

CETESB, 1975. Operação e Manutenção de ETA. CETESB. São Paulo.

COELHO, A.C. (1996). Medição de água, política e prática - Manual de Consulta.

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CASAN, Criciúma, Santa Catarina, Monografia apresentada a Universidade do Extremo Sul

Catarinense. 2009. Disponível em http://www.casan.com.br. Acesso em março de 2010.

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Estação de Tratamento de Água. Feira de Santana-Ba.

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energia elétrica (2010). Feira de Santana-Ba.

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custos operacionais (2010). Feira de Santana-Ba.

HAMMER, M.J. Sistema de Abastecimento de água e Esgoto, São Paulo: LTC - livros

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MACÊDO, Jorge Antônio Barros de. Águas e Águas. 2. São Paulo: Varela, 2004.

MACINTYRE, A.J. (1990). Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, LTC -livros

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PNCDA, 2002 Plano Nacional de Combate ao Desperdício de Água SP: Disponível em:

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apresentada a Universidade Estadual de Campinas. 2009.

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tratada, Monografia apresentada Escola de engenharia civil, Universidade Católica do

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TUNDISI, J. G. Água no Século XXI: Enfrentando a Escassez. São Carlos: RiMa, IIE, 2003.

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tratamento de água, em sistema de ciclo fechado, independente.2009.

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7 ANEXOS

7.1 ANEXO A – Projeto Básico do sistema de recirculação

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7.2 ANEXO B – Orçamento para implantação do projeto

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Descrição do material - sucção UNID

PREÇO

UNIT QTDE TOTAL

Curva 90º Fofo PN 10, DN 250 mm PC

364,00 3

1.092,00

Curva 90º Fofo PN 10 DN 200 mm PC

210,00 14

2.940,00

Tubo de Fofo, DN 250 mm M

171,85 128

21.996,80

Tê Fofo Pn 10 DN 250 X 250 mm PC

409,33 13

5.321,29

Redução Excêntrica Fofo PN 10, DN 250 X 200

mm PC

453,89 14

6.354,46

Registro de Gaveta Chato Fofo Pn 10, Dn 250 mm PC

1.404,20 16

22.467,20

Assent. de tubos, pecas e conexões em fofo dúctil e

aço carbono,dn 250mm M

5,91 128,00

756,48

Mont. de peças, conexões, válvulas, em fofo dúctil

ou aço carbono diâmetros de 50 a 250 mm. KG

0,67 365,60

244,95

Subtotal 61.173,18

Descrição do material - recalque UNID PREÇO QTDE TOTAL

Válvula de retenção de fechamento rápido em fofo

PN 10 DN 250 PC 6.066,66 1,00

6.066,66

Curva 90º Fofo PN 10, DN 250 46,000 Kg PC 364 4 1.456,00

Registro de gaveta chato fofo PN 10, DN 250

152,000 kg PC 1.404,20 1,00

1.404,20

Tubo de fofo, DN 250 47,800 kg M 171,85 6 1.031,10

Assent. de tubos, pecas e conexões em fofo dúctil e

aço carbono, DN 250mm M 5,91 5,00

29,55

Mont. de peças, conexões, válvulas, em ferro fofo

dúctil ou aço carbono, diâmetros de 50 a 250 mm. KG 0,67 245,80

164,69

Subtotal 10.152,20

Conjunto elevatório KSB Mod. ETA 250-29 21.041,00

Painel de comando para motor de 20 CV e

instalações elétricas 3000,00

TOTAL 95.366,38

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57

7.3 ANEXO C – Características da Bomba Selecionada

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Para: De:

Fax: Fax:

Nome: Nome:

Depto: Depto:Tel.: Tel.:Data: Num. Pag:

Prezados Senhores

DURVAL J. J. DA S. CRUZ

Gerente Filial SalvadorCOMERCIAL FILIAL SALVADOR

RENATO VASCONCELOSVendedor Técnico

Em atendimento à consulta em epígrafe,temos a satisfação de submeter à sua apreciação nossa proposta correspondente.

Na expectativa de que a presente seja de seu agrado, colocamo-nos à disposição através de nosso Coordenador de Vendas, para quaisquer esclarecimentos que porventura sejam desejados .

Atenciosamente .

Sua Referência: Num. Proposta:

COMERCIAL - CFS

12/08/2011

NCP ENGENHARIA CIVIL

.

NIVALDO PEREIRA

COMPRA75 9134-4715

(71) 3359-0689

LILIAN CAFEZEIRO

71 3359-0490

COMERCIAL FILIAL SALVADOR

KSB Filial SalvadorR. Rubens Gelli 134 - Salvador/BA - Brasil

PROPOSTA BOMBA KSB 108CFS00862 0

[email protected]

Orç[email protected]

(71)3359-0490 [email protected]

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N/Ref.: S/Ref.: Data:

Item: 1 Quantidade: 1108CFS00862-0 PROPOSTA BOMBA KSB 12/08/2011

Bomba Modelo: ETA 250-29Dados Operacionais:

mm

Vazão : m3/hAmt : mNPSH (Requerido) : mRendimento : %Diam.Rotor Projeto :Líquido Bombeado :Temperatura : ºCDensidade : Kgf/dm3Velocidade : rpmViscosidade :Potência Consumida: CV

432,00 7,00 3,2070,00

16,00

266,00 /149,00ÁGUA251,0001160 1,00 cSt

Dados Construtivos:Diam. Sucção :

Diam. Recalque :

Base :Luva Elástica :Motor :

Vedação :

Posição :Classe Pressão :Norma :

Posição :Classe Pressão :Norma :Construção :Mancais :Lubrificação :Rotação(v.l.acion) :

WEG/W22 PLUS20 HP / IP55 / 160L / 220/760V / Trifásico

Gaxeta

E97

250mm

250mm

HORIZONTALPN 10DIN 2532

VERTICALPN 10DIN 2532PÉSROLAMENTOSÓLEOHORÁRIODobrada

Materiais:Carcaça :Rotor :Eixo :Luva Protetora Eixo :Anel de Desgaste :Escopo de Fornecimento:Acionador, Base, Bomba, Gaxeta, Luva elastica, Protetor, Servico conjugacao

A48CL30A48CL30SAE1045/ SAE 4340A48CL30A48CL30

Preço Unitário R$ 21.041,00

As demais condições comerciais estão descritas em nosso complemento comercial anexo.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

Q = m3/h

H = m

D.140,00 /260,00

D.170,00 /280,00

D.190,00 /290,00D.210,00 /290,00

D.250,00 /290,00

D.290,00

A

A = Ponto de operação

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000Rendimento %NPSHr

Q = m3/h

NPSH %

0

20

40

60

80

100

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KSB ETA

Bomba Centrífuga para Uso Geral

Manual Técnico e Curvas CaracterísticasNº 1150.0B/2

3. Denominação

4. Dados de Operação

Tamanhos

Vazões

Elevações

Temperaturas

Rotações

Marca

Modelo

Diâmetro Nominal do Flange de Recalque (mm)

Diâmetro Nominal do Rotor (cm)

Número de Estágios (quando aplicável)

KSB ETA 80 - 40 / 2

- DN 32 até 300

- até 1.800 m³/h

- até 120 m

0- até 140 C

- até 3.500 rpm

1. Aplicação

2. Descrição Geral

Horizontal, bipartida radialmente, com um, dois ou três estágios, sucção simples horizontal e descarga vertical para cima.

A bomba KSB ETA é indicada para o bombeamento de líquidos limpos ou turvos e encontra aplicação preferencial em abastecimentos de água nas indústrias, nos serviços públicos, nas lavouras, em irrigações, na circulação de condensados, óleos térmicos, nos serviços de resfriamento, em instalações prediais e de ar condicionado, etc.

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KSB ETA

3

6. Dados Construtivos

Tabela 1

(1) Valores para bombas em Ferro Fundido, Bronze, Aço Carbono ou Inox. Para bombas em Ferro Nodular, o limite de 6 bar é elevado para 10 bar.(2) As bombas de cavalete “0” quando equipadas com câmara de resfriamento são montadas no suporte “A”.(3) (4) (5)

Vide Tabela 2, item 6.1.1.Para pressões finais acima de 12 bar, utilizar ANSI B 16.1 250# RF.Opcionalmente podem ser montadas com bucha protetora do eixo.

Notas:

Dados Construtivos

Cavalete

Passagem Mínima do Rotor

GD² Conjunto girantecom água

Rotação Máxima de Recalque (1)

Pressão Máxima de Sucção

Pressão de Teste Hidrostático

Kg.m²

bar

bar

UNID.

Tamanhos

0

6

Hydraulic Institute

mm

32

-12

32

-16

40

-12

40

-16

50

-12

50

-16

65

-12

65

-16

32

-20

40

-20

40

-26

40

-33

/25

0-2

05

0-2

65

0-3

3/2

50

-33

/36

5-2

06

5-2

66

5-3

3/2

65

-33

/38

0-1

68

0-2

08

0-2

68

0-3

38

0-4

0/2

80

-40

/31

00

-16

10

0-2

01

00

-26

10

0-3

31

25

-20

12

5-2

61

50

-20

10

0-4

01

00

-50

/21

25

-33

12

5-4

01

25

-50

/21

50

-26

15

0-3

32

00

-23

15

0-4

01

50

-50

20

0-3

32

00

-40

25

0-2

62

50

-33

25

0-4

03

00

-35

0,00

780,

0174

0,00

850,

0192

0,00

990,

0197

0,01

120,

0244

0,04

240,

0431

0,11

240,

1547

0,04

830,

1163

0,16

380,

2113

0,05

560,

1378

0,19

260,

2474

0,02

490,

0868

0,19

570,

3605

0,55

450,

6405

0,03

170,

0692

0,16

540,

3584

0,09

340,

2054

0,12

640,

8869

1,24

400,

4472

0,94

391,

3798

0,25

090,

5929

0,53

481,

3398

3,02

880,

8478

1,67

580,

8958

1,12

782,

2648

1,65

38

5 5 9 6 10 10 18 14 4 5 4 4 8 5 5 5 12 8 8 8 24 18 14 9 9 9 32 26 19 15 40 28 49 11 11 22 16 16 45 32 65 26 20 50 38 80 71 68 97

--

Temp. Mín./Máx. S/Câmara Refigeração

0CC/ Gaxetas

C/ Selo Mec.

Temp. Máx. C/Câmara Refigeração 0C

Vazão do Líquido de Refrig.

- 10 / 100

- 10 / 120

140

0,5 à 1,0

l / min.

Alívio Empuxo Axial

Desmontagem

Palheta Traseira--

--

Fla

ng

es

DIN

ANSI

DIN

ANSI

Ferro ou Bronze

--

--

1,0

0,5 + Pressão de Sucção (Mínimo 0,1 acima da Pressão Atm)

DIN 2532, PN 10

ANSI B 16.5 125# RF

6304 C 3

CV/rpmP/n Máximo

A B C D

6 6 6 6 6 6 6 6 10 10 14 6 10 14 6 10 10 10 6 10 6 10 10 6 10 12 6 10 10 6 6 10 6 10 12 6 10 12 10 6 10 10 12 6 10 6 6 10 6bar

Vazão Mínima / Máxima 0,3 Qopt / 1,1 Qopt--

Re

frig

era

ção

Pressão Máx. Líquido Refrig. bar 6

l / min.

Temp. Entrada Líquido Refrig. 10 à 20

Temp. Máx. Saída Líq. Refrig. 50

0C0C

Vazão Líquido Vedação

En

ga

xe

-ta

me

nto

Pressão Líquido Vedação bar

Sentido de Rotação Horário, visto do lado do acionamento--

Aço Inox

Mancais (Rolamento Esferas) 2x (2)

Retentores 2x (2)

Lubrificação

Volume do Lubrificante

Bucha Protetora do Eixo

Anel de Vedação (no corpo)

Folga no Anel de Vedação(no diâmetro)

--

--

L

--

--

--

1,0 à 2,0 2,0 à 4,0

0,5 + P.f.2

-

Back Pull-Out

Por furos de Alívio no rotor

Pela frente, com Tampa de Pressão

DIN 2533, PN 16

ANSI B 16.1 125# FF (4)

DIN 2543, PN 16

6305 C 3 6306 C 3 6409 C 3 6411 C 3

Em banho de Óleo

20 x 35 x 7 25 x 42,9 x 9,5 30 x 50 x 12 45 x 62 x 12 55 x 80 x 13

0,4 0,55 1,2 4,0

0,0064 0,0174 0,029 0,094 0,242

Sem Sem (5) Sem (5) Com Com

Sem Com Com Com Com

-- 0,3

Dados Construtivos

UNID.

Tamanhos

32

-12

32

-16

40

-12

40

-16

50

-12

50

-16

65

-12

65

-16

32

-20

40

-20

40

-26

40

-33

/25

0-2

05

0-2

65

0-3

3/2

50

-33

/36

5-2

06

5-2

66

5-3

3/2

65

-33

/38

0-1

68

0-2

08

0-2

68

0-3

38

0-4

0/2

80

-40

/31

00

-16

10

0-2

01

00

-26

10

0-3

31

25

-20

12

5-2

61

50

-20

10

0-4

01

00

-50

/21

25

-33

12

5-4

01

25

-50

/21

50

-26

15

0-3

32

00

-23

15

0-4

01

50

-50

20

0-3

32

00

-40

25

0-2

62

50

-33

25

0-4

03

00

-35

(3)

(3)

L.B. = 7313 BECB

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KSB ETA

4

6.1.5 Equilíbrio do Empuxo Axial

Por meio de furos de alívio. O empuxo axial é absorvido por meio dos rolamentos. As bombas 32-12, 32-16, 32-20, 40-12 e 40-16 não possuem furos de alívio, sendo o empuxo axial aliviado por meio de palhetas traseiras.

6.1 Descrição

6.1.1 Flanges

Material

Ferroou

Bronze

NormaDiâmetro Nominal do Flange (Sucção ou Recalque)Pressão

(bar) 32 - 50 65 - 150 > 200-

AçoCarbono

ouAço Inox

DIN

ANSI

ANSI

DIN

até 12

> 12

2533, PN 16 2532, PN 16

B 16.1 125# FF

B 16.1 250# FF

2545, PN 40 2543, PN 16

B 16.5 150# RF

Tabela 2

6.1.2 Construção

Horizontal, bipartido radialmente, com um, dois ou três estágios. O corpo espiral é fixado no suporte de mancais e apoiado sobre pés próprios nos tamanhos maiores

6.1.3 Disposição dos Bocais

Bombas nosCavaletes

Rotação Possível daBoca de Recalque

Execução Padrão

Sucção Recalque

0Vide item 10 - Medidas

A e B HorizontalVertical

paracima

C e D --

Tabela 3

6.1.4 Rotor

Radial, fechado e de fluxo único.

6.1.6 Vedação do Eixo

Pode ser feita por gaxeta (padrão) ou opcionalmente por selo mecânico.

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102

902.2

461

210

920.2

452

7A

7E

102

901.2

461

210

452

902.2

920.2

330

412

165

400.4

400.2

102

502

461

452210

902.2

920.2

3307A

7E

102

901.2

461

210

502

452

902.2

920.2

330

412165

400.4

400.2

10A

10A

10E

7E

7A

102

901.2

461

210

502

903

411

458452

902.2

920.2

330

412165

400.4

400.2

102

502

458

210

461

411903

452

902.2

920.2

330

10A

10A

10E

10E

10A

10A

452

902.2

920.2

330102

C

458

461

502

21010A

10A

7A10E

7E

102

901.2

461

502

458

C

452

902.2

920.2

330

412

165

400.4400.2

210

102

901.2

461

502

458

C

210

7E10E

7A10A

452

902.2

920.2

330

412165

400.4

400.2

10A

10E

102

C

458

461

502

210452

902.2

920.2

330

KSB ETA

6.1.6.1 Gaxeta

Tabela 4

0

1

2

3

4

Código Execução Normal AplicaçãoCom Câmara de Refrigeração

Bombas do cavale te “O” e adaptadas ao cavalete “A”.

Bombas do cavaletes A, B, C e D

Para líquidos limpos, não agressivos, com pressão de sucção positiva.

Cavaletes A, B, C e D

Selagem interna, pelo próprio líquido bombeado, aplicado quando o líquido bombeado for limpo e a pressão de sucção negativa.

Cavaletes A, B, C e D

Selagem com líquido de fonte externa, com escoamento interno.

Selagem com líquido de fonte externa com escoamento também externo.

Aplicável as bombas:

50-2050-2650-33 / 2 / 365-2665-33 / 2 / 3

80-2080-26

125-26125-33

5

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Potência requeridapela bomba (CV)

até 2 ............................................... aprox. 20%

até 20 ............................................. aprox. 15%

acima de 20 ................................... aprox. 10%

Reserva de potência parao motor de acionamento

Tabela 5

KSB ETA

6

6.1.6.2 Selo Mecânico

Opcionalmente as bombas podem ser fornecidas com vedação através de selos mecânicos simples ou duplos.Usualmente são utilizados “flushings” de acordo com os planos nº 11 (13 no caso das bombas de cavalete “0”) e nº 54 do código API 610, respectivamente para selos simples e duplos.

6.1.7 NPSH

Os valores de NPSH requeridos podem ser calculados através da seguinte fórmula, sendo os valores de altura de sucção (Hs) obtidos nas respectivas curvas características:

6.2 Acionamento

Através de acoplamento elástico, por motor elétrico, turbina, motor de combustão interna, redutor ou através de sistema de polias e correia. Utilizam-se mancais reforçados caso a polia seja montada na ponta de eixo da bomba.

6.2.1 Reserva de Potência

6.3 Pintura

Padrão KSB.

7.1 Acoplamento

Padrão KSB Normex ou de outros fabricantes.

7.2 Protetor de Acoplamento

Padrão KSB.

7.3 Base

Padrão KSB, sendo base metálica de chapa dobrada para as bombas de cavalete 0, A e B e potências até 75 cv inclusive. Para as demais bombas, base de chapa metálica soldada.

NPSH = 10 - Hs + + 0,5rv²2g

NPSH =Hs =

v =g =

(m)altura de sucção (m)velocidade na sucção (m/s)aceleração da gravidade (m/s²)

7. Acessórios

Os seguintes acessórios podem ser fornecidos

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KSB ETA

7

8. Figuras em Corte e Lista de Peças

8.1 Execução Normal SEM Refrigeração

8.2 Execução Com 2 Estágios

360

502.1

10E

452 XX

411

903

502

230.1 502.2525

162411

903

C

920.3932400.1

230171102

458XVI461507

422330360F

210400.3321421

Fig. 1

Fig. 2

XX10E

411

903

502.2

932

920.3

903411

162

400.1102

230458

461XVI

452507

422F

400.3210

330360

321421

C

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KSB ETA

9

9. Materiais

As execuções abaixo, são as básicas standardizadas. Além destas, inúmeras outras variantes também são padronizadas, conforme listas de materiais 1150.720 B / 721 B / 722 B / 723 B / 724 B / 725 B, assim como outras em materiais especiais sob consulta.

Denominação Nº daPeça

Corpo Espiral

Tampa de Sucção

Eixo

Rotor

Cavalete de Mancal

Junta Plana

O’Ring

Aperta Gaxeta

Anel Cadeado

Anel de Desgaste (1)

Anel Centrifugador

Luva Protetora do Eixo (2)

Prisioneiro

Prisioneiro

Porca

Porca

Porca do Rotor

Difusor (3)

Luva Distanciadora (3)

ETA - G

Ferro Fundido

102

162

210

230

331

400.1/2

412.1

452

458

502.1/2/3/4

507

524

902.1

902.3

920.1

920.3

922

171

525

GG 20

GG 20

SAE 1045

GG 20

GG 20

TIMBÓ

NB 70

GG 20

GG 20

GG 20

SAE 1035

GG 20

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

GG 20

GG 20

GGG 40

GGG 40

SAE 1045

GG 20

GG 20

KI. Univ.

NB 70

GG 20

GG 20

GG 20

SAE 1035

GG 20

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

SAE 1020

--

--

SAE 40

SAE 40

AISI 316

SAE 40

GG 20

KI. Oilit

NB 70

SAE 40

SAE 40

SAE 40

AISI 316

AISI 316

LATÃO

LATÃO

LATÃO

LATÃO

AISI 304

SAE 40

AISI 316

A743 CF8

A743 CF8

AISI 316

A743 CF8

GG 20

KI. Oilit

NB 70

A743 CF8

AISI 316

AISI 316 (5)

AISI 316

AISI 316

AISI 316

AISI 316

AISI 304

AISI 304

AISI 304

--

--

A743 CF8M

A743 CF8M

AISI 316

A743 CF8M

GG 20

KI. Oilit

NB 70

A743 CF8M

AISI 316

AISI 316 (5)

AISI 316

AISI 316

AISI 316

AISI 316

AISI 304

AISI 304

AISI 304

--

--

ETA - S ETA - B ETA - C1 ETA - C2

Aço Inoxidável (4)Bronze

(1) Não aplicável para os tamanhos: 32-12, 32-16, 32-20, 40-12, 40-16 e 65-12.(2) Não aplicável nas bombas de suportes A, B e C.(3) Aplicável somente para bombas com 2 e 3 estágios.(4) Os tamanhos 150-20, 150-50 e 200-23, não são disponíveis no material especificado.(5) Para os tamanhos 200-33 até 300-35 o material é ASTM A743 CF8M.

Notas:

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b1

fh

b2III

I

ut

dm6

DNpa g

V VI

DN

a

XIIIl

p

VIIo

m

XVI

m2

m3

q

q3

m1

m4q4

sn r n1

n3r1

n2

Ib1

b2

eDNp

fh

h1

III

Tamanhos 200-23,250-29 e 300-35

KSB ETA

10.3 Cavaletes C e D

12

Medidas em mm

100-40100-50 (1)125-33125-40125-50150-26150-33150-40150-50200-23200-33200-40250-29250-33250-40300-35

(1)

CCCCCCCDDCDDDDDD

624624629619619629624870870635875880880853875890

MODELO

CA

VA

LE

TE

a b1 b2 f g h m m1 m3 n o p q3 q4 r s w

MEDIDAS DAS BOMBAS

255255230267267222245285323264277308340295330405

275275266298298283300325363335353372435398410520

-- -- -- -- -- -- -- -- --

244 -- --

292 -- --

352

400400375475475400425425525300475625350525600450

155230150160247170170160170250175180220245180300

300300300300300300300400400300400400400400400400

300300300300300300300400400330400400400400400520

445445445445445445445650650445650650650650650650

105105105105105105105150150105150150150150150150

250250250250250250250250250250250250250250250320

80808050808080

120120

80120120120120120120

250250250250250250250380380250380380380380380380

160160160160160160160200200160200200200200200200

140140140140140140140140140140140140140140140160

580580580250580580580700700580700700800700800840

306306306306306306306417417306417417417417417417

22222222222222252522252525252525

60606060606060858560858585858585

190190190190190190190190190190190190190190190260

9696

1019191

10196

128128107133138138111133148

210210210210210210210335335210335335335335335335

440440440440440440440560560440560560660560660680

22222222222222262624282828282828

83838383838383929283929292929292

e h1 m4 n1 n3n2 q r1

100-40100-50 (1)125-33125-40125-50150-26150-33150-40150-50200-23200-33200-40250-29250-33250-40300-35

(1)

42424242424242505042505050505050

MODELO

FLANGE DE ASPIRAÇÃO

DNaFlange

Centrode

Furos

Anelde

Encosto

Parafusos

FurosQtde.

FLANGE DE PRESSÃO

DNpFlange

Centrode

Furos

Anelde

Encosto

Parafusos

FurosQtde.C

AV

AL

ET

E

dm6l u t

105105105105105105105135135105135135135135135135

12121212121212141412141414141414

45,145,145,145,145,145,145,153,553,545,153,553,553,553,553,553,5

125125150150150200200200200200250250250300300300

250250285285285340340340340340395395395445445445

210210240240240295295295295295350350350400400400

188188212212212268268268268268320320320370370370

8888888888

121212121212

18182323232323232323232323232323

100100125125125150150150150200200200250250250300

220220250250250285285285285340340340395395395445

180180210210210240240240240295295295350350350400

158158188188188212212212212268268268320320320370

888888888888

12121212

18181818182323232323232323232323

CCCCCCCDDCDDDDDD

PONTA LIVRE DO EIXO

(1) Estes modelos são de 2 estágios.

CONEXÕES

Funil de enchimento, escape de ar

ManômetroVacuômetro

I -

V -VI -

Modelos 100-40 até 125-50Modelos 150-26 até 300-35

1/2"3/4"1/2"3/4"1/2"1/2"

EscoamentoIII -Modelos 100-40 até 125-50Modelos 150-26 até 300-35 Cavalete C

Cavalete DXVI -

XIII -

VII -

Escoamento de água gotejante

Escoamento do óleoPreenchimento para o óleoVareta do indicador de óleo

Previsto para

3/4"

1"

3/8"3/8"3/8"

Previsto para

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COMPLEMENTO COMERCIAL

01. PREÇOS

Os preços indicados referem-se aos equipamentos e acessórios descritos em nossa proposta e entendem-se:Em R$ (reais), fixos e irreajustáveis. Frete FOB - Posto Várzea Paulista / SP

02. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO Á VISTA OU 28 DDL (Sujeito á aprovação de cadastro.)

03. PRAZO DE ENTREGA

60 dias após confirmação de recebimento e aceitação do pedido pela KSB.

04. IMPOSTOS

ICMS: Incluso nos preços ofertados, na alíquota atual 7%, conforme legislação em vigor, para válvulas, bombas e/ou conjuntos moto-bombas (Alíquotas de 5,14%).Para saídas e faturamentos a partir do Estado de São Paulo, a alíquota do ICMS está em conformidade com a "Resolução SF4/98".Esta oferta contempla o benefício de redução na base de cálculo de ICMS para bombas centrífugas e válvulas, conf. convênio ICMS No 52/91, 45/92, 11/94, 01/00, 91/08, 119/09, 101/10 e 138/08 (p/ faturamentos até 31/12/2012).

IPI: Não incluso nos preços ofertados. A ser acrescido aos preços pôr ocasião do faturamento conforme as alíquotas vigentes na data da emissão do faturamento em consonância com a classificação fiscal correspondente e a legislação aplicável.

Para bombas, motobombas e válvulas o Decreto n° 7.394/2010 de 16/12/2010 estabeleceu a seguinte alíquota:

5% para bombas com vazão igual ou inferior a 18 m³/h. 0% para bombas com vazões superiores a 18 m³/h, exceto bombas submersas / submersíveis. A validade deste decreto será até 31/12/2011.

CLASSIFICAÇÃO FISCAL:Bombas e Conjuntos Moto-Bomba com vazão igual ou abaixo de 18m³/h : 84.13.70.80Válvulas Borboleta e Retenção : 84.81.80.97Parte e Peças : Conforme natureza específica

REMESSA PELO CLIENTE À KSB DE MOTOR E/OU ACESSÓRIO PARA MONTAGEM / INDUSTRIALIZAÇÃOConforme determina o artigo 132 combinado com o Artigo 149, decreto nº 4544/02, RIPI e Artigo 402, decreto nº 45490/00 RICMS, quando a aquisição se destinar a consumidor final, a remessa deverá ser realizada com o destaque do IPI e ICMS.

NOTA: Em caso de alteração dos tributos, ora em vigor e/ou criação de novos tributos, procedesse-a automaticamente, pôr ocasião do faturamento, a revisão de preços correspondente.

05. EMBALAGEM

Inclusa nos preços ofertados.

06. VALIDADE DA PROPOSTA

30 dias.

07. ATRASO DE PAGAMENTO

Em caso de atraso de pagamento, os valores a serem pagos corresponderão á:Juros de mora de 1% (um pôr cento) ao mês, calculados sobre as importâncias em atraso corrigidas mês a mês, desde a data do vencimento até a data do efetivo pagamento.

08. FINAME

Todos os produtos de nossa linha de fabricação são cadastrados junto ao FINAME sendo portanto, passíveis de financiamento em operações junto ao BNDES. Lembramos entretanto que, na hipótese de vir a contratação ser feita com este tipo de financiamento, os pagamentos deverão ser efetuados na data de seu vencimento pela FINAME, ou

marcio.pinto
NCM BOMBAS SUBMERSÍVEIS, SUBMERSAS 8413.70.10
marcio.pinto
Bombas e Conjuntos Moto-Bomba com vazão acima de 18m³/h : 84.13.70.90
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COMPLEMENTO COMERCIAL

pelo contratante. Na hipótese de atraso de pagamento aplica-se o disposto no item 7 acima, devendo as respectivas importâncias serem pagas pelo contratante.

09. Válvulas Borboletas - Estamos produzindo no Brasil. - "CONSULTE-NOS"

10. COFINS

Declaramos que os preços informados, contemplam a contribuição devida do COFINS com a alíquota de 7,6% estipulada pela Lei no. 10.833/03 e a contribuição devida do PIS/PASEP com alíquota de 1,65% estabelecida na Lei no. 10.637/02, obrigando-nos a reembolsar os valores recebidos a esses títulos na hipótese de declaração judicial ou administrativa da inconstitucionalidade da majoração das citadas contribuições.

11. DADOS CADASTRAIS DA KSB PARA EMISSÃO DAS NOTAS FISCAIS :

KSB BOMBAS HIDRAULICAS S/A RUA JOSÉ RABELLO PORTELLA, Nº 638 VÁRZEA PAULISTA - SP - CEP 13220-540

CNPJ: 60.680.873/0001-14 INSCRIÇÃO ESTADUAL: 712.000.470.118