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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA Mestranda: Fernanda Mara Cunha Freitas Orientador: Dr. Aldi Fernandes de Souza França GOIÂNIA 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - ppgca.evz.ufg.brppgca.evz.ufg.br/up/67/o/semi2011_Fernanda_Mara_2c.pdf · plantio simultâneo de culturas anuais (milho, milheto, sorgo, ... implantados

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

Mestranda: Fernanda Mara Cunha Freitas

Orientador: Dr. Aldi Fernandes de Souza França

GOIÂNIA

2011

ii

FERNANDA MARA CUNHA FREITAS

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

Seminário apresentado junto à Disciplina

Seminários Aplicados do Programa de

Pós-Graduação em Ciência Animal da

Escola de Veterinária e Zootecnia da

Universidade Federal de Goiás.

Nível: Mestrado

Área de Concentração:

Produção Animal

Linha de Pesquisa:

Metabolismo nutricional, alimentação e forragicultura na produção animal

Orientador:

Prof. Dr. Aldi Fernandes de Souza França - UFG

Comitê de Orientação

Profª Drª Eliane Sayuri Miyagi - UFG

Pesqª Drª Roberta Aparecida Carnevalli – EMBRAPA Agrossilvipastoril

GOIÂNIA

2011

iii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 2

2.1 Sistemas ........................................................................................................... 2

2.2 Manutenção e aumento da biodiversidade ....................................................... 4

2.3 Atributos físicos do solo e a interferência dos sistemas integrados ................. 6

2.4 ILPF e as interações com o componente animal e pastagem .......................... 9

2.5 Sequestro de carbono em sistemas ILPF....................................................... 12

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 14

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15

1 INTRODUÇÃO

A incorporação de novas áreas para produção de alimentos vem

veementemente sendo combatidas, seja por instituições em defesa do

ecossistema ou por parte da população, na ânsia com o futuro dos recursos

naturais. Porém problemas oriundos da superpopulação mundial, que cresce em

progressão geométrica, enquanto as produtividades por hectare e produção de

alimentos em progressão aritmética são cada vez mais comuns em debates e

reuniões.

Grande parte da população mundial, não tem como preocupação

prioritária o meio ambiente, esta economicamente “inativa” e abaixo da linha da

pobreza, se preocupa com o incremento necessário na produção de alimentos,

evitando um ciclo de aumento de população e escassez de alimentos.

Em contrapartida os sistemas convencionais de produção de grãos,

carne e leite, são baseados em revolvimento do solo, moculturas, uso preventivo

de herbicidas, fungicidas e inseticidas, além da superdosagem de adubos,

principalmente os nitrogenados, tem causado grandes estragos ao bioma

Cerrado.

Como forma de minimizar esses problemas, tem se adotado algumas

ações como os sistemas de produção com mecanismos de desenvolvimento

limpos (MDL) ou que tente mitigar as ações predatórias da interferência antrópica,

são cada vez mais aclamados, pela população economicamente ativa. Dentre

eles temos o sistema de plantio direto na palha (SPDP), manejo integrado de

pragas, doenças e plantas daninhas (MIP) e etc.

A integração lavoura-pecuária-floresta, vem para tentar conciliar

produtividade e conservação ambiental, de forma a ser um manejo sustentável.

Neste trabalho a premissa é de buscar dados que comprovem dos principais

benefícios da ILPF, em relação à biodiversidade de fauna e flora, manutenção da

estrutura física da base de toda produção animal e vegetal (solo), otimização da

capacidade produtiva animal por meio de amenização das características

climáticas e como essa integração pode mitigar os efeitos do CO2, sequestrando

carbono.

2

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Sistemas

O cerrado representa 20% do território nacional, sendo que

antigamente essa região era vista como entrave ao desenvolvimento do país, com

solos de baixa fertilidade, serviria apenas para a pecuária extensiva e produção

de carvão ou lenha (DURIGAN, 2005). Com a evolução das tecnologias, segundo

AIDAR & KLUTHCOUSKI (2003), a exploração agrícola foi intensificada a partir

da década de 70, inicialmente com a orizicultura. A pecuária nesta década, ainda

rudimentar, baseava-se em pastagens nativas, se desenvolvendo, a partir da

década de 80, com a introdução de novas cultivares de pastagens.

Como nova fronteira agrícola, há uma transformação da vegetação rala

e tortuosa característica, por extensas áreas de moculturas de grãos e pastagens

e florestas de Pinus e Eucalyptus (DURIGAN, 2005).

Com a discussão de sustentabilidade da produção agropecuária,

aspectos como uso do solo na agricultura convencional e degradação das

pastagens foram levados em consideração, e práticas tradicionais e

conservacionistas de preparo do solo, com revolvimento que geram degradação

solo e dos recursos naturais, passam a ser substituídas.

Criado em 1991, o sistema Barreirão foi alternativa precursora para a

recuperação/renovação de pastagens degradadas e tem como propósito diminuir

o custo destas ações. O plantio da cultura comercial e forrageira é realizado

simultaneamente (COBUCCI et al., 2007). Criado inicialmente para a orizicultura,

com a intenção de diminuir os riscos climáticos e corrigindo atributos físicos do

solo, devido ao sistema radicular profundo, conforme FIGURA 1 (MACEDO,

2009).

.

3

Fonte: Adaptado de OLIVEIRA et al. (1996)

FIGURA 1. Painel radicular, da superfície até 1,4 m de profundidade, solo melhorado com as técnicas recomendadas pelo Sistema Barreirão de recuperação de pastagem e de pastagem degradada (B. decumbens). Transcrito a partir de fotografia.

Ainda segundo COBUCCI et al. (2007), o sistema Barreirão

proporcionou menor gasto com tratos culturais, pois houve menor ataque de

pragas e doenças, menor necessidade de controle de plantas daninhas e controle

eficiente de cupins de montículo.

Com os mesmos benefícios do sistema Barreirão, KLUTHCOUSKI et

al. (2000), lança o Sistema Santa Fé, com o objetivo de ensilagem ou corte e

fornecimento no cocho da B. brizantha. Entretanto, também seria utilizado o

plantio simultâneo de culturas anuais (milho, milheto, sorgo, arroz, soja e girassol

e outras) e forrageiras tropicais (principalmente do gênero Brachiaria), em plantio

direto ou convencional, porém em áreas previamente corrigidas, áreas de

produção de grãos (COBUCCI et al., 2007).

Segundo MACEDO (2009) na região dos Cerrados o consórcio de

milho (fevereiro-março) e braquiária, em plantio direto, tem ajudado na

manutenção das pastagens, apresentando no outono-inverno, melhor valor

nutritivo e diminuindo os efeitos da estacionalidade.

A partir do sistema Santa Fé, é implantada a integração lavoura-

pecuária (ILP) ou sua mais nova versão o sistema integração lavoura-pecuária-

floresta (ILPF), que pode ser conceituada como sistema produtivo de grãos,

4

fibras, óleo, madeira, carne e leite, implantados em mesma área, em consorcio,

rotação ou sucessão, com cultivo de grãos e a implantação ou recuperação de

pastagens (BRIGHENTI et al., 2009).

Os sistemas que integram cultivos de grãos, pastagem e componente

florestal, apresentam características sustentáveis: econômica, ambiental e social.

Segundo PACIULLO et al. (2007c), como benefícios podem enumerar: (1)

manutenção ou aumento da biodiversidade; (2) incremento nas propriedades

físicas; (3) eficiência no uso da água; (4) conforto térmico; (5) retenção de

carbono e (6) incremento da renda do produtor, devido à diversificação dos

produtos entre outras.

As interações entre os componentes de um sistema multifuncional

como o ILPF podem ser descritas como bióticas-abióticas, onde o ambiente físico,

afeta o biológico e vice-versa. As interações biológicas, poderão ser benéficas ou

mesmo indesejáveis, como comensalismos, competição, predação e mutualismo

(PORFÍRIO-da-SILVA, 2007).

2.2 Manutenção e aumento da biodiversidade

No sistema de integração, não existe um modelo padronizado, porém

segundo DIAS-FILHO (2010), integração entre culturas anuais e pastagem pode

ser como plantio consorciado ou rotação. Existe uma gama de combinações

possíveis, influenciando características do solo, fauna e flora.

O sistema de cultivo integrado e o tipo de preparo do solo, influencia a

composição florística do banco de sementes. Em estudo, foram encontradas 64

espécies de plantas em 13 áreas avaliadas a uma profundidade no solo de 0 - 20

cm. Grande parte da sementeira foi encontrada a 0 a 5 cm de profundidade e

áreas de pastagens tiveram menor incidência de sementes, com exceção onde

houve preparo de solo convencional, portanto o plantio direto reduz a densidade

de sementes em áreas de lavoura (IKEDA et al., 2007a; IKEDA et al., 2007b).

Com relação à diversidade da fauna, GOULART et al. (2008),

compararam as comunidades de nematóides em Cerrado e sistemas de cultivo

(convencional e integrado) e a influência do preparo de solo nessas comunidades

5

(TABELA 1) e concluíram que o estresse ambiental, provocado pela ação

antrópica, pode favorecer o aparecimento de nematóides. Em ambiente intacto,

como o Cerrado, a presença de nematóides fitoparasitas e do gênero

Pratylenchus, ambos causadores de danos às culturas anuais é menor, quando

comparada a diferentes sistemas de cultivo, integrados ou mocultivos.

TABELA 1. Número de nematóides fitoparasitas, de vida livre e Pratylenchus em distintos sistemas de cultivo e preparo de solo.

Sistema de Cultivo Preparo do Solo Número de Nematóides/50g de solo

Fitoparasitas Vida Livre Pratylenchus

Pastagem --- 613,8 a 246,3

a 6,3

c

Lavoura Convencional 730,0 a 501,3

a 141,3

a

Lavoura Direto 691,3 a 467,5

a 132,5

a

Lavoura- pastagem Convencional 456,3 a 377,5

a 21,3

b

Lavoura- pastagem Direto 331,3 a 473,8

a 70,0

a

Pastagem-lavoura Convencional 201,3 a 23,8

b 175,0

a

Pastagem-lavoura Direto 113,8 a 25,0

b 92,5

a

Cerrado --- 20,0 b 225,0

a 0,0

d

CV % --- 20,15 16,04 18,04

Letras sobrescritas minúsculas na mesma coluna indicam diferença estatística (p<0,05) entre os sistemas de cultivo pelo teste de Scott-knott. Fonte: Adaptado de GOULART et al. (2008)

Os oligoquetos são altamente afetados por atividades antrópicas e

fatores como sistemas de cultivo podem alterar a comunidade deste animal.

Plantio direto e ILP favorecem o aparecimento e fixação dos oligoquetos (SILVA

et al., 2005) e a quantidade de macrofauna invertebrada do solo (SILVA et al.,

2006).

SILVA et al. (2006), concluíram que sistemas de plantio que favorecem

o acúmulo ou manutenção da matéria orgânica e a integração de espécies

vegetais, favoreceu a quantidade total de organismos animais servindo como

indicador de manejo sustentável.

6

2.3 Atributos físicos do solo e a interferência dos sistemas integrados

O solo em seu estado natural, sem a interferência antrópica, possui

atributos físicos, que afetaram o desenvolvimento das plantas, como:

permeabilidade, estrutura, densidade e porosidade (ANDREOLA et al., 2000).

A densidade do solo é um dos atributos mais usados na avaliação da

estrutura do solo SPERA et al. (2004), ao compararem o solo de cinco sistemas

de produção: (I) produção de grãos; (II) ILP - grãos + pastagem; (III) ILP -

pastagem perene de estação fria + grãos; (IV) ILP- pastagens perenes de estação

quente + grãos e (V) alfafa para feno com o solo sob floresta subtropical,

observaram que houve um aumento da densidade e microporosidade do solo e

diminuição da porosidade total e macroporosidade, nos solos sob sistemas I, II, III

e IV, (TABELA 2) devido, possivelmente, ao maior trânsito de maquinário e

pisoteio animal.

TABELA 2. Valores de densidade, porosidade total, microporosidade e

macroporosidade do solo, nas camadas superficial (0-5 cm) e subsuperficial (10-15 cm) de profundidade em cinco sistemas produção e na floresta

Sistema

de manejo

Densidade

mg m-3

Porosidade Total

m3 m

-3

Microporosidade

m3 m

-3

Macroporosidade

m3 m

-3

Profundidade (cm)

0-5 10-15 0-5 10-15 0-5 10-15 0-5 10-15

Grãos – I 1,35 1,50 0,492 0,434 0,363 0,367 0,130 0,064

ILP – II 1,38 1,52 0,476 0,423 0,361 0,370 0,114 0,053

ILP – III 1,29 1,47 0,510 0,447 0,368 0,384 0,144 0,063

ILP – IV 1,30 1,49 0,507 0,434 0,355 0,367 0,153 0,070

Feno – V 1,22 1,38 0,536 0,478 0,388 0,417 0,149 0,061

Floresta 1,05 1,17 0,594 0,548 0,420 0,399 0,174 0,149

Fonte: Adaptado de SPERA et al. (2004)

A elevação da densidade pode estar relacionada à dispersão dos

agregados em microagregados ou partículas unitárias de solo, consequentemente

dispersão dos minerais de argila. Ao rearranjar, estes minerais irão alterar a

matriz do solo obstruindo os poros, aumentando a quantidade de massa por

unidade de volume.

7

SPERA et al. (2009) ao repetir o experimento de SPERA et al. (2004)

para verificar do tempo em vários sistemas de cultivo, observaram uma melhoria

na estrutura física do solo (TABELA 3).

TABELA 3. Valores de densidade, porosidade total, microporosidade e

macroporosidade do solo, nas camadas, superficial (0-5 cm) e subsuperficial (10-15 cm) de profundidade em cinco sistemas produção e na floresta

Sistema

de manejo

Densidade

kg dm-3

Porosidade Total

m3 m

-3

Microporosidade

m3 m

-3

Macroporosidade

m3 m

-3

Profundidade (cm)

0-2 10-15 0-2 10-15 0-2 10-15 0-2 10-15

Grãos – I 1,31 1,41 0,524 0,440 0,429 0,375 0,095 0.065

ILP – II 1,25 1,45 0,540 0,410 0,405 0,355 0,129 0.055

ILP – III 1,12 1,37 0,583 0,442 0,414 0,371 0,168 0,078

ILP – IV 1,08 1,40 0,576 0,430 0,388 0,355 0,188 0,068

Feno – V 1,17 1,28 0,578 0,483 0,445 0,413 0,134 0,070

Floresta 0,92 1,18 0,589 0,471 0,392 0,399 0,197 0,071

CV (%) 10,8 6,9 6,8 6,7 9,3 8,3 35,7 29,5

Fonte: Adaptado de SPERA et al. (2009).

No solo original (floresta subtropical) a porosidade total é maior,

constatando-se a importância dos resíduos vegetais, pois menor porosidade total,

reflexo de uma maior densidade, é explicada pelo revolvimento do solo ou mesmo

pisoteio animal. Não houve uma diferença significativa entre os sistemas de

culturas anuais e forrageira perenes (TABELA 1 e 2), com relação à

microporosidade, demonstrando que a adequada lotação animal não aumenta os

efeitos negativos nos atributos físicos do solo. Porém quanto à aeração, tanto o

pisoteio, como a circulação de maquinários (plantio convencional e direto),

diminuíram os macropóros (SPERA et al., 2004).

Segundo MARCOLAN & ANGHINONI (2006), o não revolvimento do

solo (aração e gradagem) e uso de plantio direto durante quatros anos, são

suficientes para retornar o solo à condição original, quanto à densidade,

porosidade total, micro e macroporosidade do solo.

Com o uso do plantio direto, a compactação do solo é reduzida após

alguns anos, possivelmente devido ao aumento da deposição de matéria

orgânica, na camada superficial. Esta será mineralizada pelos microorganismos

8

presentes no solo, promovendo assim a estabilização dos macroagregados,

conseqüentemente diminuição da densidade e reestruturação do solo (SPERA, et

al., 2009).

Para haver a regeneração da estrutura do solo, segundo CASTRO

FILHO et al. (1991), é necessário aumentar a agregação, por meio do aumento do

teor de matéria orgânica. De acordo com SOUSA et al. (1997), as pastagens

levam vantagem em relação a monoculturas de grãos, onde houve um aumento

no teor de matéria orgânica de 3,4% para 4,2% em nove anos de cultivo de

Brachiaria humidicola (FIGURA 2).

2

3

4

5

75 78 81 84 87 90

Anos

Maté

ria o

rgâ

nic

a (

%)

Rotação contínuasoja/milho

pasto após soja soja/milho apóspasto

Fonte: Adaptado de SOUSA et al. (1997).

FIGURA 2. Matéria orgânica na camada de 0-20 cm de profundidade em Latossolo Vermelho-Amarelo, textura argilosa.

DEBIASE et al. (2009) ao trabalharem com cultivo em safrinha de milho

safrinha, nabo forrageiro + aveia preta, B. ruziziensis e consórcio milho safrinha +

B. ruziziensis, em plantio direto, observaram que a resistência a penetração, foi

maior em todos os tratamentos de 10 a 20 cm de profundidade. Porém os

tratamentos com milho safrinha (monocultura) e o consorcio nabo forrageiro +

aveia preta, proporcionaram maior resistência a penetração, acima de 5 MPa

(mega Pascoal). Possivelmente devido à compactação remanescente, do cultivo

de soja no período chuvosa (safra). Contudo nos sistemas onde a B. ruziziensis

está inserida, talvez pela agressividade do sistema radicular, teve-se uma

9

resistência a penetração menor, na camada de 10 a 20 cm, aproximadamente de

3 a 5 (FIGURA 3).

Fonte: Adaptado de DEBIASE et al. (2009).

FIGURA 3. Perfis de resistência do solo a penetração.

2.4 ILPF e as interações com o componente animal e pastagem

Em um sistema multifuncional como o ILPF, o componente florestal,

além de diversificar a produção e a obtenção de renda na propriedade rural,

melhora a qualidade do solo, refletindo na forrageira, proporcionando conforto aos

animais nas pastagens (SILVA et al., 2010), diminuindo a pressão sobre os

remanescentes do bioma (KLUTHCOUSKI & YOKOYAMA, 2003).

Segundo BAÊTA & SOUZA (2010), os ruminantes em geral são

animais que mantêm sua temperatura corporal dentro de uma zona de conforto de

acordo com origem e idade. Porém segundo SANO et al., (2008), o Cerrados tem

temperaturas média anuais em torno de 20 °C, com amplitudes de até 7°C,

atingindo ou ultrapassando o limite superior desta zona de conforto térmico

bovina, em várias categorias.

O estresse calórico em fêmeas bovinas leiteiras, segundo FERREIRA,

(2005), pode influenciar negativamente na reprodução, na ocorrência e duração

do cio, na mortalidade embrionária, na manutenção da gestação e crescimento do

10

feto, além de efeitos sobre a produção de leite. No macho, causa atraso na

puberdade, diminuição do libido, perda de peso nos testículos e

conseqüentemente, produção de sêmen de qualidade inferior.

Para reduzir perdas o uso de sombra é essencial para os animais

criados nos trópicos, podendo ser artificial ou natural e segundo FERREIRA

(2005), a prioridade é pela natural, pois além de ter a característica de sombrear

os animais, a radiação solar, 90% da visível e 60% da infravermelha é absorvida

pelas plantas no processo fotossintético.

A escolha da forrageira em sistema ILPF, deve obedecer a regras para

evitar a competição por fatores ambientais. De acordo com PACIULLO et al.

(2007c), o componente floresta deve ser adaptado ao clima e ao solo da região.

PULROLNIK et al. (2010) estudaram o desenvolvimento inicial de duas

espécies arbóreas exóticas Eucalyptus urograndis e E. cloeziana e seis espécies

nativas: angico vermelho ( Anadenanthera macrocarpa), mogno (Swietenia

macrophylla), cedro (Cedrela fissilis), guanandi (Calophyllum brasiliense),

guapuruvu (Schizolobium parahybae) e jequitibá (Cariniana estrellensis). Estes

autores observaram que as espécies nativas tiveram um desenvolvimento menor

quando comparadas as exóticas, contudo em sobrevivência não houve diferença

significativa (TABELA 4), a espécie nativa que melhor se adaptou ao sistema e a

região foi guapuruvu (Schizolobium parahybae) e a pior foi o guanandi, devendo

evitar seu plantio em regiões com severo déficit hídrico.

Outros quesitos a serem observados na escolha da espécie arbórea

são: tipo de exploração silvicultural pretendida e retorno econômico destes

produtos, rápido crescimento com raízes profundas, promover benefícios

ambientais, não apresentar efeitos negativos aos animais e promover um

sombreamento moderado. PACIULLO et al. (2007b) ao estudarem a

morfofisiologia do capim braquiária sobre dois sombreamentos, concluíram que

sombreamentos aos 35% não difere do pleno sol na produção de massa seca

(TABELA 5), porém acima deste ha queda na produção da forragem.

11

TABELA 4. Porcentagem de sobrevivência e crescimento em diâmetro a altura do colo (DAC) e altura (ALT) para espécies individuais nativas e diâmetro a altura do peito (DAP) para os renques exóticos em SILPF.

Espécie Arbórea Sobrevivência (%) DAC (cm) ALT

(m)

DAP

(cm) 50 dias 540 dias

Ren

qu

e

Espécies nativas 98,0 a 96,5

a 3,83

a 1,70

b -

E. urograndis (12m) 95,6 a 96,4

a 7,07

a 6,25

a 5,39

a

E. urograndis (22m) 94.7 a 96,1

a 7,01

a 6,46

a 5,28

a

E. cloeziana (22m) 93,3 a 98,0

a 6,98

a 6,46

a 5,20

a

Ind

ivid

ual

Angico vermelho 99,4 a 99,4

a 3,96

b 2,22

ab -

Cedro 94,6 a 93,0

a 2,90

b 0,87

c -

Guapuruvu 98,9 a 98,2

a 7,39

a 2,33

a -

Mogno 97,2 a 94,8

a 2,97

b 1,63

abc -

Jequitibá 100,0 a 97,1

a 1,92

b 1,44

bc -

Guanandi* 0 b 0

b 0

c 0

d -

Média - - 3,83 1,70 -

* Guanandi teve mortalidade de 100% por causa de déficit hídrico e não entrou na avaliação. Letras sobrescritas minúsculas na mesma coluna indicam diferença estatística (p<0,05) entre os sistemas de cultivo pelo teste de Tukey. Fonte: Adaptado de PULROLNIK et al. (2010).

PACIULLO et al. (2007a) ao compararem o ganho de peso de novilhas

mestiças em pastagem de braquiária (BRA) e sistema silvipastoril (SSP), na

época seca e águas, verificaram que em sistema silvipastoril na época seca não

diferenciou da monocultura, com ganhos de peso diário (GPD) 276 e 252

g/novilha/dia, respectivamente. Porém, na estação chuvosa, no SSP as novilhas

ganharam aproximadamente 15% peso a mais que no sistema BRA.

TABELA 5. Produção de massa seca, a sol pleno e sob dois sombreamentos.

* Sombreamento. Letras sobrescritas minúsculas na mesma coluna indicam diferença estatística (p<0,05) entre os sistemas de cultivo pelo teste F Fonte: Adaptado de PACIULLO et al. (2007b).

Ano de avaliação Condição de luminosidade

Sol pleno Sombreamento (árvores)

2003 (65%)* 1.501 aA 698 bB

2004 (35%)* 1.260 aA 1.158 aA

12

2.5 Sequestro de carbono em sistemas ILPF

A compensação ambiental das intervenções antrópicas ao meio

ambiente torna-se uma tendência a partir do protocolo de Kyoto e uma alternativa

rentável para sistemas ILPF (PACIULLO et al., 2007c). A produção animal, em

especial a bovinocultura, recebe permanentemente o ônus de atividade

impactante e geradora de gases de efeito estufa (GEE). O desmatamento e

abertura de novas áreas para pastagens, produção de metano e a emissão de

oxido nitroso pelo uso de fertilizantes nitrogenados colaboram com tal afirmação.

Porém a queima de combustíveis fosseis ainda é a grande emissora desses

gases.

Entre os GEE, o CO2, tornou se o de maior importância, devido ao

aumento de sua concentração na atmosfera, muito relacionado ao volume

produzido e tempo de residência, contribuindo com aproximadamente 53% do

efeito estufa. A liberação liquida de carbono no mundo tropical, em virtude a

desmatamentos, estima ser em torno de 0,42 e 1,60 Pg/ano (BOTERO, 2001).

Nos sistemas integrados, como o ILPF, a capacidade de captura do

CO2 é otimizada (TABELA 6), pois as gramíneas forrageiras retêm parte do

carbono, na fitomassa e disponibilizar ao solo, mas devido à deficiência nutricional

deste substrato, essa capacidade se torna limitada (LEITE et al., 2011).

As florestas têm característica de sumidouro deste carbono, devido ao

aproveitamento deste, CO2, já emitido, no seu processo de absorção diurno e

transformação em componente fotossintético, que o verterá em material lenhoso

entre outros (OLIVEIRA et al., 2011).

De acordo com a proposta, a ILP terá uma participação de quase 1%

na mitigação de GEE diretamente, porém se levarmos em consideração redução

de desmatamentos no Cerrado, recuperação de pastagens e uso de plantio direto

em detrimento do convencional, sua participação na mitigação dos GEE será

otimizada.

13

TABELA 6. Propostas de ações para mitigação dos GEE, em 2020, no Brasil.

Ações de mitigação Redução de CO2 (milhões de t)

Redução do desmatamento da Amazônia 564

Redução do desmatamento do Cerrado 104

Recuperação de pastagens degradadas 83 a 104

Sistemas de integração lavoura-pecuária 18 a 22

Plantio direto 16 a 20

Fixação biologia de N 16 a 20

Eficiência energética 12 a 15

Aumento do uso de biocombustíveis 48 a 60

Aumento de usinas hidroelétricas 79 a 99

Fontes alternativas de energia 26 a 33

Siderúrgicas (carvão de florestas cultivadas) 8 a 10

Fonte: Adaptado de BERNDT, SD.

14

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ILPF é um mecanismo de produção sustentável de comprovados

benefícios para o produtor e o meio ambiente. No sistema multifuncional de

interação como o ILPF, ocorre a simbiose entre seus componentes.

A integração dos componentes arbóreos, animal e cultura anual, de

acordo com experimentos demonstraram conservação do solo com a diminuição

dos efeitos do “pé-de-grade” e compactação laminar. A compactação do solo é

causa de grandes prejuízos para a agricultura, principalmente em regiões onde há

ocorrência de veranicos. O uso de forrageiras, principalmente do gênero

Brachiaria, para cobertura, além de amenizar o escorrimento superficial e poluição

dos mananciais, seu sistemas radicular agressivo, pode promover uma

descompactação.

Com o acúmulo de matéria orgânica a micro e macrofauna edáfica será

favorecida, aumentando a diversificação de populações e a melhoria na

porosidade, aeração, produção de macro e microagregados e conseqüente maior

retenção de umidade.

As gramíneas e o componente florestal promovem uma ciclagem de

nutrientes no solo, além de capturar e reutilizar o carbono emitido por ações

antrópicas. Para o produtor também caracteriza uma fonte de renda, com a venda

dos créditos de carbono.

Ao componente animal, além de favorecer o microclima em área sob a

copa das árvores, a utilização do componente florestal, promove conforto animal,

que irá influenciar na reprodução e desempenho. Para as pastagens a ciclagem

de nutrientes, manutenção do horizonte orgânico, consequentemente, menor

evaporação e resistência aos veranicos, são alguns dos benefícios da integração.

Os benefícios do sistema ILPF, são numerosos e comprovados, porém

para assegurar toda essa capacidade o produtor precisará aprimorar seus

conhecimentos e buscar dentro dos modelos testados um que se adapte a sua

realidade, nessa modelagem de cultivo, planejamento das atividades e busca de

conhecimento são primordiais para o sucesso do empreendimento.

15

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