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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical ASPECTOS MORFOLÓGICOS E ESTADO NUTRICIONAL EM GENÓTIPOS DE GIRASSOL CULTIVADOS EM UM LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO TÍPICO DEBORA CURADO JARDINI C U I A B Á - MT 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

ASPECTOS MORFOLÓGICOS E ESTADO NUTRICIONAL EM

GENÓTIPOS DE GIRASSOL CULTIVADOS EM UM LATOSSOLO

VERMELHO DISTRÓFICO TÍPICO

DEBORA CURADO JARDINI

C U I A B Á - MT

2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

ASPECTOSMORFOLÓGICOS E ESTADO NUTRICIONAL EM

GENÓTIPOS DE GIRASSOL CULTIVADOS EM UM LATOSSOLO

VERMELHO DISTRÓFICO TÍPICO

DEBORA CURADO JARDINI

Engenheira Agrônoma

Orientadora: Profª. Dra. WALCYLENE LACERDA MATOS PEREIRASCARAMUZZA

Co-orientadora:Profª. Dra.OSCARLINA LÚCIA DOS SANTOS WEBER

C U I A B Á - MT

2014

Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Mestre em Agricultura Tropical.

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Aos meus familiares,

Pelocarinho, incentivo e amor,

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela minha existência, pela força e sabedoria concedida, por abrir as portas

para a realização dos meus objetivos.

Aos meus pais Osmair e Maria, meus irmãos Daniele e Diego, meu namorado

Raony, pelo apoio, incentivo e companheirismo ao decorrer da minha vida

profissional.

À Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Programa de Pós-Graduação em

Agricultura Tropical (PPGAT), pela realização do curso de mestrado.

Ao Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) – Campus de São Vicente por ter cedido

a área experimental e aos alunos Ricardo e Jairo pelo auxílio na avaliação do

experimento.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pela

bolsa de estudos.

À professora Dra. Walcylene L. M. P. Scaramuzza pela disponibilidade de vaga, pela

orientação, amizade, compreensão e pelos ensinamentos prestados.

À minha co-orientadora Dra. Oscarlina Lúcia dos Santos Weber pela amizade,

dedicação, orientação e incentivo neste tempo de convivência.

Aos professores Aluisio Brigido Borba Filho e José Fernando Scaramuzza pela

amizade, dedicação, colaboração e ensinamentos.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Agricultura tropical.

Aos colegas do laboratório de Fertilidade do Solo/UFMT, Diogo, Juliana, Christiane,

Fernanda, Marcela pela colaboração e auxílio nas análises laboratoriais.

Aos colegas de pós-graduação, pelos bons momentos, em especial, à Dayane Ávila

Andressa Ricci e Aline Pires que foram essenciais nessa minha trajetória.

Aos que direta e indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.

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ASPECTOS MORFOLÓGICOS E ESTADO NUTRICIONAL EM GENÓTIPOS DE GIRASSOL CULTIVADOS EM UM LATOSSOLO VERMELHO DISTRÓFICO

TÍPICO

RESUMO- A variabilidade de comportamento entre espécies vegetais, e mesmo entre genótipos, geralmente proporciona diferenças na capacidade de absorção de nutrientes. Como a exigência entre cultivares da mesma espécie é distinta, é comum observar acúmulo diferenciado de nutrientes, assim como, variações de caracteres fenotípicos, sob as mesmas condições de cultivo e para o mesmo ano agrícola. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar aspectos morfológicos, assim como, diagnosticar a concentração e o acúmulo de nutrientes nas folhas de diferentes genótipos de girassol e sua relação com o rendimento da cultura. O experimento foi realizado na área experimental do IFMT (Campus São Vicente), localizado no município de Santo Antônio do Leverger-MT. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, utilizando-se oito genótipos (M734; HELIO 358; Embrapa 122; HLE 23; MG 341; BRS G37; BRS G41 e V90631), com quatro repetições. Foram aplicados no momento da semeadura 570 kg ha-1 do formulado 4-14-8 e 2 kg ha-1 de boro na forma de borogran. A semeadura foi realizada em dezesseis de março de 2013. A adubação de cobertura foi realizada trinta dias após a emergência das plantas, aplicando-se uréia na proporção de 87 kg ha-1 e 57 kg ha-1 de KCL. Não ocorreu variação entre os aspectos morfológicos estudados para os oito genótipos avaliados no estádio R3, assim como, para o acúmulo de nutrientes na massa seca das folhas. A concentração foliar de K e Ca foram distintos entre os genótipos de girassol. Os maiores rendimentos de grãos foram obtidos para os genótipos BRS G37, HLE 23, M734 e HELIO 358. Os aspectos morfológicos, a concentração de nutrientes foliares e rendimento de grãos se correlacionaram positivamente.

Palavras-chaves: Helianthus annuus L., nutrição mineral, características

agronômicas, rendimento de grãos.

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MORPHOLOGICAL ASPECTS AND NUTRITIONAL STATUS IN SUNFLOWER GENOTYPES GROWN IN A TYPICAL OXISOIL

ABSTRACT- The variability behavior between species and even between genotypes generally provides differences in the absorption capacity of nutrients. As demands among cultivars of the same species is distinct, it is common to observe differential accumulation of nutrients, as well as variations in phenotypic characters under the same growing conditions and for the same crop year. This study aimed to evaluate morphological, as well as diagnose concentration and nutrient accumulation in leaves of different sunflower genotypes and its relationship with crop yield. The experiment was conducted in the experimental area IFMT (Campus St. Vincent), located in the municipality of Santo Antônio do Leverger - MT. The experimental design was a randomized block design using eight genotypes (M734; HELIO 358; Embrapa 122; HLE 23; MG 341; BRS G37; BRS G41 and V90631) with four replications. 570 kg ha-1 formulated 4-14-8 and 2 kg ha-1 of boron were applied at planting as borogran. Seeds were sown on March 16, 2013. A fertilization was performed thirty days of plant emergence, applying urea in the proportion of 87 kg ha-1 and 57 kg ha-1 of KCL. There was no variation between the morphological results for the eight genotypes used in the R3 stage, as well as to the accumulation of nutrients in the leaf dry weight. The leaf concentration of K and Ca were distinct among sunflower genotypes. The highest grain yields were obtained for the BRS G37, HLE 23, M734 and HELIO 358. Morphological aspects, the leaf nutrient content and yield were positively correlated. Keywords: Helianthus annuus L., mineral nutrition, agronomic characteristics, grain

yield.

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SUMARIO

Página

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 12

2.1 A Cultura do Girassol .................................................................................................. 12

2.2 Importância Econômica do Girassol .......................................................................... 13

2.3 Características e Exigências Nutricionais do Girassol ............................................. 15

3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 19

3.1 Local do Experimento ................................................................................................ 19

3.2 Caracterização do Solo .............................................................................................. 20

3.3 Delineamento Experimental e Tratamentos .............................................................. 20

3.4 Descrição dos Genótipos Estudados ........................................................................ 20

3.5 Implantação e Condução do Experimento ................................................................ 21

3.6 Avaliações Morfológicas, Estado Nutricional, Acúmulo de Nutrientes na Massa

Seca das Folhas e Rendimento de Grãos dos Genótipos .............................................. 22

3.6.1Avaliações dos aspectos morfológicos dos genótipos .......................................... 22

3.6.2 Estado nutricional dos genótipos ............................................................................ 22

3.6.3 Acúmulo de Nutrientes na Massa Seca das Folhas ............................................... 23

3.6.4 Rendimento de grãos dos genótipos ...................................................................... 23

3.7 Análises Estatísticas .................................................................................................. 23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 24

4.1 Aspectos Morfológicos dos Genótipos ...................................................................... 24

4.2 Estado Nutricional dos Genótipos .............................................................................. 25

4.3 Acúmulo de Nutrientes na Massa Seca das Folhas .................................................. 28

4.4 Rendimento de Grãos dos Genótipos ........................................................................ 29

4.5 Correlações entre as Variáveis Estudadas ................................................................ 30

5 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 33

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 34

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1 INTRODUÇÃO

O girassol (Helianthus annuus L.) é uma planta extremamente adaptável a

diferentes condições ambientais. Atualmente é explorada em várias partes do

mundo, tendo em vista a alta demanda dos produtos derivados do seu cultivo, sendo

utilizada para produção de grãos, de óleo, de biocombustível, de ração, de silagem,

dentre outros fins.

No Brasil, o cultivo do girassol comparado às outras culturas ainda é pouco

expressivo, porém, com excelentes perspectivas de expansão, por ser uma cultura

tolerante à seca, com alto rendimento de grãos e de óleo, pouco influenciada pela

altitude e latitude, podendo contribuir significativamente para maior diversificação

dos sistemas agrícolas.

Com uma área cultivada de 74,5 mil hectares, Mato Grosso é o maior

produtor de girassol do país, responsável por cerca de 80% da produção nacional.

Grande parte do girassol mato-grossense provém da região do Parecis, que tem

como pólo o município de Campo Novo do Parecis, que concentra aproximadamente

36,2 mil hectares de área plantada.

A cultura do girassol é exigente em fertilidade, absorvendo e acumulando

grandes quantidades de nutrientes, porém, a exportação dos nutrientes para os

grãos é baixa, dessa forma retornam ao solo após a colheita, através dos restos

culturais.

De maneira geral, sabe-se que a exigência nutricional varia entre as espécies

vegetais, assim como entre variedades da mesma espécie, por isso, essas possíveis

diferenças existentes na variabilidade genética lhes conferem diferentes

produtividades, podendo ser causadas pela capacidade diferencial das plantas

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absorverem nutrientes. Logo, quando se objetiva alcançar elevados rendimentos de

grãos em uma cultura e a diminuição dos custos produtivos, uma das possibilidades

é selecionar genótipos com maior eficiência nutricional, ou seja, plantas com maior

eficiência na absorção e utilização de nutrientes.

A otimização da eficiência nutricional é de grande importância na produção de

culturas anuais, devido aos altos custos dos fertilizantes, imprescindíveis para o

aumento da produtividade. Diante disso, torna-se necessário a avaliação e o

conhecimento dos teores dos nutrientes nas folhas de cada genótipo, em especial a

do girassol, no intuito de conhecer a capacidade produtiva de cada um deles, assim

como, melhorar o manejo da adubação da cultura.

Face ao exposto, avaliações nutricionais podem contribuir para indicar os

teores foliares adequados de acordo com o rendimento da cultura. Assim, o objetivo

do presente trabalho foi avaliar aspectos morfológicos, bem como, quantificar as

concentrações e o acúmulo dos nutrientes nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,

magnésio, enxofre e boro nas folhas de diferentes genótipos de girassol e sua

relação com o rendimento da cultura.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A Cultura do Girassol

O girassol (Helianthus annuus L.) é uma planta originária das Américas

(Panizzi e Mandarino, 2005), tendo como centro de origem o México (Lentz et al.,

2001). É uma dicotiledônea anual, pertencente à tribo Heliantheae, ordem

Asteralese família Asteraceae, sendo conhecida como "flor do sol", devido a sua

inflorescência acompanhar o movimento do sol (heliotropismo) (Oliveira et al., 2005;

Vilalba, 2008).

A planta possui caule herbáceo, cilíndrico, sem ramificações, com diâmetro

variando entre um e oito centímetros e altura entre 0,7 e 4,0 metros. Suas folhas

podem ser opostas (na fase vegetativa) e alternadas (na fase reprodutiva),

pecioladas, com um número de folhas variando entre 20 a 40 por planta. A espécie

ainda possui sistema radicular do tipo pivotante que pode alcançar até dois metros

de profundidade. Sua inflorescência é conhecida como capítulo, onde se produz um

pseudo fruto seco conhecido como aquênio (Castiglione et al., 1997; Castro e

Farias, 2005; Ribeiro, 2008).

Possui polinização cruzada (planta alógama), feita basicamente por

entomofilia, sendo as abelhas as principais agentes polinizadoras. No entanto,

existem híbridos com alto grau de compatibilidade, que realizam autofecundação e

se reproduzem mesmo na ausência de insetos (Castro e Farias, 2005).

O ciclo da cultura pode variar entre 90 a 130 dias, dependendo do cultivar, da

data de semeadura e das condições ambientais (Person, 2012). Pode ser dividido

em duas fases: vegetativa e reprodutiva. A fase vegetativa começa com a

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emergência (VE) e termina com o aparecimento do broto floral, sendo que, após a

emergência, as fases são definidas pelo número de folhas com no mínimo quatro

centímetros de comprimento (V1, V2, V3, V4 e Vn). A fase reprodutiva começa com

o aparecimento do botão floral (inflorescência) e termina com a maturação fisiológica

(R1 até R9) (Castiglione et al., 1997; Castro e Farias, 2005; Villalba,2008).

2.2 Importância Econômica do Girassol

A importância da cultura do girassol tem aumentado no cenário agrícola,

devido à diversidade de aplicações em diferentes áreas. O seu cultivo está ligado,

principalmente, à excelente qualidade do óleo extraído dos grãos e o alto valor

nutricional como alimento para a alimentação humana e animal.Também é utilizada

como planta ornamental, medicinal, adubo verde, apícola, sementes para pássaros,

silagem e matéria prima para produção de biodiesel (Vilalba, 2008; Capellari, 2010).

Tais peculiaridades da cultura despertam grande interesse mundial, tendo em vista à

alta demanda dos produtos e finalidades derivadas do cultivo de girassol.

O girassol produz um dos óleos vegetais de melhor qualidade nutricional e

organoléptica, uma vez que possui alta concentração de ácidos graxos insaturados

(85-91%): oléico, linolênico e linoléico (Sfredo et al., 1984). De cada tonelada de

sementes, se extraem em média 400 kg de óleo, 250 kg de casca e 350 kg de torta

para os animais, com 45 a 50% de proteína bruta (Lira et al., 2008). A maior parte da

produção de girassol é destinada ao processamento industrial, resultando em cerca

de 12 milhões de toneladas de farelo e 10 milhões de toneladas de óleo (Capellari,

2010).

Atualmente é mundialmente cultivado, sendo destaque como a quinta dentre

as oleaginosas mais produzidas no mundo e a quarta em produção de óleo (USDA,

2013), com uma produção mundial de grãos próximo de 39,1 milhões de toneladas.

Sendo os maiores países produtores a Rússia, seguida pela Ucrânia, Argentina e

China (Brasil, 2013).

O Brasil é tido como um pequeno produtor de girassol, com uma área

cultivada de 74,5 mil hectares, produção de 116,4 mil toneladas e produtividade

média de 1.563 kg ha-1na safra 11/12. Dentre as principais regiões produtoras, figura

o Centro-Oeste com 66 mil hectares e 104,2 mil toneladas, respectivamente para

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área explorada e produção de grãos, destacando-se o estado Mato Grosso

(atualmente maior produtor nacional de girassol) (Conab, 2013).

Nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, o cultivo do

girassol ocorre principalmente como segundo cultivo (safrinha), de fevereiro a início

de março (Leite et al., 2007). Dessa forma, os produtores podem utilizar a maior

parte dos recursos produtivos que dispõe na propriedade (mão-de-obra, máquinas,

equipamentos, inclusive com aproveitamento residual dos adubos aplicados na

cultura anterior, diminuindo o custo de produção) que poderiam ficar ociosos em

determinado período de tempo (Sfredo et al., 1984). Além disso, a cultura pode

contribuir para aumentar a diversificação do sistema produtivo e também maior

agregação de valor à propriedade (Amabilie et al., 2003; Lazarotto et al., 2005).

O interesse dos produtores pela cultura vem aumentando devido a sua

grande plasticidade, adaptando-se amplamente às diferentes condições

edafoclimáticas (Leite et al., 2005), assim como, pela sua elevada eficiência em

explorar a água disponível no solo, grande capacidade de produzir massa seca sob

condições de estresse hídrico, elevada capacidade de ciclagem de nutrientes,aliada

a pouca influência da latitude, altitude e do fotoperíodo no seu rendimento (Castro e

Oliveira, 2005). Portanto, é uma cultura promissora para o Brasil, desenvolvendo-se

bem em regiões de clima temperado, subtropical e tropical (Sfredo et al., 1984; Barni

et al., 1995; Gonçalves et al., 2005).

Em 2003, o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Produção e Uso

de Biodiesel, com um conjunto de políticas e ações para substituir parte do diesel

por combustíveis de origem vegetal e animal, por emitirem menores índices de

poluentes no ambiente (Borsuk, 2008). Além disso, outros mecanismos foram

implementados pelo Governo Federal para tornar o ambiente favorável à produção

desse biocombustível, dentre eles, destacam-se o acesso a fontes de financiamento

para investimentos em todas as fases da produção de biodiesel, principalmente no

desenvolvimento de pesquisas para o emprego de matérias-primas alternativas

(Ribeiro, 2010). É neste cenário que a cultura do girassol tornou-se uma alternativa

para atender a demanda das indústrias de biodiesel.

No entanto, Vieira (2005) mencionou que falta ao agricultor brasileiro

experiência e tradição, mas com pesquisa e um mercado sólido o girassol é a

grande opção para composição de sistemas de produção nas diversas regiões

produtoras do Brasil, especialmente como fonte energética.

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2.3 Características e Exigências Nutricionais do Girassol

O crescimento e o desenvolvimento das culturas são condicionados pela ação

interativa de fatores genéticos e ambientais e estes, por sua vez, ocasionam

desempenho diversificado das plantas. Entre os principais fatores ambientais, se

destacam o suprimento nutricional e o hídrico, como os mais importantes no

desenvolvimento das culturas (Oliveira et al., 2010).

Diversos fatores influenciam na absorção e na disponibilidade de nutrientes

do solo, ou seja, a capacidade de exploração do sistema radicular da planta, as

propriedades do solo e seu manejo, as condições climáticas, e a disponibilidade de

água são aspectos fundamentais para se obter uma planta bem nutrida (Vilalba,

2008; Zobiole et al., 2011).

O rendimento da cultura do girassol varia em decorrência da interferência de

fatores como cultivar, manejo do solo e adubação. Por isso, as condições físicas e

químicas do solo adequadas ao cultivo de girassol não diferem das exigidas por

culturas como a soja e o milho (Castro e Oliveira, 2005).

Mesmo sendo caracterizada como uma planta rústica, que se adapta bem a

vários tipos de solos, a cultura do girassol é sensível a condições de acidez e

compactação do solo, pois pode restringir o desenvolvimento radicular e,

conseqüentemente, ocasionar problemas nutricionais e reduzir o potencial produtivo

da cultura. Por isso, solos corrigidos, férteis e profundos proporcionam maior

desenvolvimento radicular, ou seja, permitem uma melhor exploração do solo,

conferindo maior resistência à seca e ao tombamento, aumento na absorção de

nutrientes e água e, por conseguinte, acréscimo no rendimento da cultura (Castro e

Oliveira, 2005; Capellari, 2010).

A exigência nutricional da cultura de girassol varia em função da fase de

desenvolvimento em que se encontra. Na fase vegetativa, ou seja, ciclo inicial até 30

dias após a emergência (DAE), o girassol absorve pequena quantidade de nutrientes

(Ivanoff, 2009). Sendo que, a maior absorção de nutrientes, água e desenvolvimento

ocorre a partir desse momento até o florescimento pleno, fase R 5.5 (Prado e Leal,

2006; Santos et al., 2010; Zobiole et al., 2010a e 2010b). Dos 28 aos 56 dias DAE

existe um rápido aumento na exigência nutricional. Nas fases de florescimento e

início do enchimento de aquênios (R5, R6 e R7) entre os 56 e 84 dias ocorre uma

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diminuição gradativa na velocidade de absorção de nutrientes quando se alcança o

nível máximo de acúmulo dos nutrientes (Castro e Oliveira, 2005).

O girassol acumula grandes quantidades de nutrientes, principalmente

nitrogênio, fósforo e potássio, porém, a exportação para os grãos é baixa, dessa

forma grande parte desses nutrientes retorna ao solo após a colheita, através dos

restos culturais (Vilalba, 2008). Castro e Oliveira (2005) observaram que o girassol

acumula o total de 41 kg de N; 17,1 kg de P2O5 e 171 kg de K2O para produzir uma

tonelada de grãos. Zobiole et al. (2010a) constataram que a ordem de extração de

macronutrientes pelas plantas de girassol foi K>N>Ca>Mg>P=S.

O potássio é o nutriente exigido em maior quantidade pela cultura (Santos,

2009; Zobiole et al., 2010a). Desempenha função importante na regulação do

armazenamento de água nos tecidos celulares, na ativação enzimática, na abertura

e fechamento de estômatos, no transporte de carboidratos, na transpiração, além

disso, aumenta a resistência a doenças, geada, seca e salinidade (Malavolta, 1980).

As raízes das plantas o absorvem na forma de K+ principalmente pelo processo de

difusão. Por ser uma cultura exigente em K, a sua disponibilidade no solo para a

produção deve ser média a alta (Castro e Oliveira, 2005). Mesmo sendo absorvido

em maiores quantidades, a sua redistribuição ocorre preferencialmente para o

capítulo e não para os aquênios, o que permite a reciclagem do K acumulado

através da decomposição dos restos culturais (cerca de 90 a 95%) (Zobiole et al.,

2010a).

O nitrogênio é o segundo nutriente mais requerido pela cultura (Castro e

Oliveira, 2005; Zobioleet al., 2010a). Esse atua como constituinte de muitos

componentes da célula vegetal, como aminoácidos, proteínas, ácidos nucléicos,

nucleotídeos, coenzimas (Taiz e Zeiger, 2004). As raízes das plantas o absorvem de

diferentes formas: aminoácidos, uréia, NH4+e NH3

-, sendo o processo de absorção

principal o fluxo de massa. É o elemento mais absorvido e translocado para os

grãos, portanto, sendo o mais limitante para o rendimento da cultura (Castro e

Oliveira, 2005). O seu excesso pode reduzir a síntese de óleo e aumentar a

incidência de pragas e doenças logo, a sua deficiência pode ocasionar redução na

produtividade (Biscaro et al., 2008).

O fósforo é o nutriente mais exportado pelos aquênios (Zobiole et al., 2010a).

É necessário para a fotossíntese, respiração, transferência de genes e reprodução

e, na síntese de lipídeos (Yamada e Abdalla, 2004). O P é absorvido principalmente

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na forma iônica de H2PO4- através dos processos de difusão e interceptação

radicular. No girassol a absorção do fósforo ocorre até o enchimento de aquênios,

isto quando não há limitação da disponibilidade do nutriente (Castro e Oliveira,

2005). Em situações de restrição hídrica, a absorção do nutriente e o suprimento

para as partes em desenvolvimento podem ser afetados, sendo que a sua

deficiência pode afetar o conteúdo total de óleo nos aquênios (Castro e Oliveira,

2005; Oliveira Júnior et al., 2011).

O cálcio é o terceiro nutriente mais absorvido pela cultura (Zobiole et al.,

2010a). Na planta, atua no metabolismo dos nitratos, na manutenção da integridade

da membrana plasmática e no crescimento radicular (Malavolta, 1980). Assim, a sua

presença no solo é de grande importância a fim de se garantir que as raízes do

girassol desenvolvam e explorem grande volume de solo. O Ca é absorvido pelas

raízes na forma iônica Ca++ através dos processos de fluxo de massa e

interceptação radicular.

O magnésio é quarto nutriente mais absorvido pela cultura (Zobiole et al.,

2010a). Na planta, está ligado a constituição da clorofila e à ativação de enzimas

relacionadas com o metabolismo energético (Malavolta et al., 1997). O Mg é

absorvido pelas raízes na forma de Mg2+, principalmente, através do processo de

fluxo de massa.

O enxofre é requerido pela cultura do girassol em níveis semelhantes ao P

(Zobioleet al., 2010a). Na planta, atua como constituinte de várias coenzimas, além

de vitaminas essenciais ao metabolismo (Taiz e Zeiger, 2004). Geralmente, é

absorvido pelas raízes na forma de SO42-, principalmente pelo processo de fluxo de

massa (Malavolta et al., 1997).

Dentre os micronutrientes a cultura do girassol é considerada exigente em

boro, sendo utilizada como planta indicadora de deficiência deste nutriente no solo

(Souza et al., 2004). Exerce função primordial na germinação dos grãos de pólen e

crescimento do tubo polínico, na divisão celular, na estrutura e integridade da parede

celular no metabolismo de carboidratos e de RNA, respiração, metabolismo de AIA

(Malavolta et al., 1997; Fageria et al., 2002). É absorvido pelas raízes das plantas

na forma de ácido bórico não dissociado (H3BO3), principalmente pelo processo de

fluxo de massa. Além disso, é o nutriente que mais tem causado problemas

nutricionais a cultura, os sintomas ocorrem mais freqüentemente nas fases de

florescimento e enchimento de aquênios (Zobiole et al., 2011).

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De maneira geral, para se avaliar o estado nutricional das plantas

normalmente é feita à diagnose foliar, tendo-se em vista que a folha recém-madura é

o órgão que, geralmente responde às variações no suprimento do nutriente, seja

pelo solo, seja pelo fertilizante (Malavolta et al.,1997).

A concentração de nutrientes nas folhas de girassol, no início do

florescimento, varia dependendo do genótipo, sendo de 35 a 50 g kg -1 N; 2,9 a

4,5 g kg-1 P; 31 a 45 g kg-1 K; 19 a 32 g kg-1 Ca; 5,1 a 9,4 g kg-1 Mg; 3,0 a 6,4 g kg-1 S

e 35 a 80 mg kg-1 B (Castro e Oliveira, 2005).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local do Experimento

O presente experimento faz parte da Rede de Ensaio de Avaliação de

Genótipos da Embrapa, realizado na área experimental do Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), localizado na Vila de São

Vicente da Serra, Município de Santo Antônio do Leverger, MT, com as coordenadas

geográficas 15º49’12,5” S, 55º25’4,0” W, altitude de 772 metros.

O clima da área é classificado segundo Köeppen do tipo transição Cwa –

(Cwb), com temperatura média anual de 23,4°C e precipitação pluviométrica média

anual de 1.978 mm. Na Figura 1 encontram-se os dados de temperatura e

precipitação pluviométrica registrada durante o período do experimento.

FIGURA 1. Temperatura (°C) e Precipitação pluviométrica (mm) durante o período de condução

do experimento. Fonte: Estação Meteorológica do IFMT.

20,0

20,5

21,0

21,5

22,0

22,5

23,0

23,5

24,0

24,5

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

1 2 3 4 5 6 7

Precipitação (mm)

T°C

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

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20

3.2 Caracterização do Solo

O solo da referida área foi classificado como Latossolo Vermelho distrófico

típico (LVd), de textura argilosa, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação do

Solo (Embrapa, 2006). Os resultados dos atributos químicos e físicos (granulometria)

do solo na profundidade 0 a 20 cm encontram-se na Tabela 1.

TABELA 1. Atributos químicos e granulometria do Latossolo Vermelho distrófico típico (LVd), de textura argilosa, na profundidade 0 a 20 cm.

pH P K+ K

+ Ca+Mg Ca

+2 Mg

+2 Al

+3 H

MO

Água CaCl2 mg dm-3

______________cmol dm

-3 _____________________________ g dm

-3

5,90 5,00 3,00 60,2 0,15 2,85 2,13 0,72 0,00 2,81

20

SB T V Zn Cu Fe Mn B S Areia Silte Argila

cmol dm-3 %

___________________ mg dm

-3_______________________

___________ g kg

-1___________

3,0 5,8 51,7 15,9 6,0 85,7 6,6 0,33 7,1 460,0 114,0 426,0

3.3 Delineamento Experimental e Tratamentos

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados,

utilizando-se oito cultivares com quatro repetições, totalizando 32 unidades

experimentais. Cada unidade experimental foi constituída de quatro fileiras de seis

metros de comprimento com espaçamento entre linhas de 0,90 m e 0,25 m entre

plantas. Para efeito de coleta de dados foram consideradas apenas as duas linhas

centrais, descartando-se 0,5 m das extremidades das linhas, sendo a área útil 9,0

m2.

3.4 Descrição dos Genótipos Estudados

Foram utilizados oito genótipos, sendo sete híbridos e uma variedade de

polinização aberta.

M734: híbrido simples, ciclo normal, floração em 60 a 65 dias a germinação,

maturação fisiológica em 115 a 125 dias após a germinação, altura média das

plantas igual a 190 cm, teor de óleo de 39 a 43%.

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Helio 358: híbrido simples, ciclo precoce, floração 45 a 58 dias após a emergência,

maturação fisiológica 75 a 100 dias após a emergência, altura média de plantas

variando de 155 a 175 cm, teor de óleo entre 44 a 55%.

Embrapa 122: variedade de polinização aberta, ciclo precoce, floração em53 a 60

dias após a emergência, maturação fisiológica em 85 a 100 dias após a emergência,

teor médio de óleo de 40% a 44%, altura média das plantas 155 cm.

HLE 23: híbrido simples, ciclo precoce, floração em 49 a 66 dias após a emergência,

maturação fisiológica em 86 a 88 dias após a emergência, teor médio de óleo de 39

a 47%, altura média das plantas igual a 162 cm.

MG 341: híbrido simples, ciclo precoce, floração em 58 a 64 dias após a

emergência, maturação fisiológica em 83 a 91 dias após a emergência, teor médio

de óleo de 45% a 51%, altura média de plantas igual a 165 cm.

BRS G37: híbrido simples, ciclo precoce, floração em 52 a 66 dias após a

emergência, maturação fisiológica em 81 a 91 dias após a emergência, teor de óleo

de 40% a 46%, altura média de plantas igual a 155 cm.

BRS G41: híbrido simples, ciclo precoce, floração em 56 a 58 dias após a

emergência, maturação fisiológica em 82 a 85 dias após a emergência, teor de óleo

de 44% a 50%, altura média de plantas igual a150 cm.

V90631: híbrido simples, ciclo precoce, floração em 56 a 73 dias após a emergência,

maturação fisiológica em 85 a 90 dias após a emergência, teor de óleo de 44% a

47%, altura média de plantas igual a 170 cm.

3.5 Implantação e Condução do Experimento

O preparo do solo foi realizado em fevereiro de 2013, consistindo de uma

aração (utilizando-se uma grade aradora), seguido de uma gradagem (utilizando-se

uma grade niveladora) para destorroar e nivelar o solo, na camada de 0 a 20 cm,

sendo realizada somente uma passagem do implemento na área.

Para a semeadura, as parcelas foram estaqueadas e os sulcos das linhas

abertos manualmente. No momento da semeadura foram distribuídos e incorporados

no sulco 570 kg ha-1 do formulado 4-14-8 e 2 kg ha-1de boro na forma de borogran. A

semeadura da cultura foi realizada em 16 de março de 2013, depositando-se três

sementes por cova a três centímetros de profundidade. As covas foram distanciadas

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entre si a cada 0,25 m. A emergência das plântulas ocorreu no dia 22 de março de

2013.

Após 15 dias da emergência (DAE) foi realizado o desbaste das plântulas

deixando-se apenas uma planta por cova. A adubação de cobertura foi realizada

trinta dias após a emergência aplicando-se 87 kg ha-1 de uréia e 57 kg ha-1 de KCl.

Os tratos culturais referentes a pragas, doenças foram realizadas de acordo

com os monitoramentos e recomendações agronômicas. O controle de plantas

daninhas foi realizado através de capinas manuais, utilizando-se enxadas. Além

disso, antes da maturação fisiológica os capítulos da área útil foram encapados com

sacos brancos, para proteger do ataque de pássaros.

3.6 Avaliações Morfológicas, Estado Nutricional, Acúmulo de Nutrientes na

Massa Seca das Folhas e Rendimento de Grãos dos Genótipos

As variáveis analisadas foram altura de plantas, número de folhas, diâmetro

do caule, concentração foliar de macronutrientes e boro, acúmulo de nutrientes na

massa seca das folhas e rendimento de grãos.

3.6.1Avaliações dos aspectos morfológicos dos genótipos

As avaliações foram realizadas no estádio R3 (segunda fase do alongamento

do botão floral, ou seja, o botão floral encontrava-se a 2 cm acima da ultima folha),

onde foram amostradas 10 plantas, ao acaso, na área útil. A altura de plantas foi

medida com auxílio de uma fita métrica, da superfície do solo até a inserção da

inflorescência, ocasião onde as folhas expandidas das referidas plantas foram

contabilizadas, diâmetro do caule, medindo-se com paquímetro digital a 5 cm do

nível do solo.

3.6.2 Estado nutricional dos genótipos

A coleta do material vegetal foi realizada no estádio R3, coletando-se a sexta

folha no sentido do botão floral para baixo (Amabile et al., 2009), de 10

plantas/parcela. Em seguida, o material foi colocado em sacos de papel identificados

e mantidos em estufa de ar circulado a uma temperatura média de 65°C, até

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atingirem massa constante. Em seguida, as amostras foram pesadas, moídas e

guardadas em sacos plásticos para posteriores análises químicas.

A digestão nítrico-perclórica foi utilizada para extrair fósforo, potássio, cálcio,

magnésio, enxofre; e digestão por via seca para boro e digestão sulfúrica para

nitrogênio. O nitrogênio foi determinado utilizando-se destilação e titulação (micro-

Kjeldahl), o fósforo através da espectrofotometria, o potássio por fotometria de

chama, cálcio e magnésio por quelatometria do EDTA, enxofre por turbidimetria do

sulfato de bário e boro por colorimetria da azometina-H (Malavolta et al., 1997).

3.6.3 Acúmulo de Nutrientes na Massa Seca das Folhas

Com os resultados das análises das concentrações dos nutrientes (N, P, K,

Ca, Mg, S e B) determinou-se a quantidade acumulada dos respectivos nutrientes na

massa seca das folhas, multiplicando-se a concentração pela massa seca das folhas

de cada genótipo, os resultados foram extrapolados para kg ha-1.

3.6.4 Rendimento de grãos dos genótipos

No momento da colheita, os capítulos foram contados e ensacados, com a

identificação do genótipo e do número da parcela. Após a colheita os capítulos foram

trilhados e os aquênios limpos e secos ao sol. Em seguida, os aquênios foram

pesados e medidos a umidade. O rendimento de grãos foi calculado pela massa da

parcela corrigindo-se para umidade padrão de 11% e, extrapolado para kg ha-1.

3.7 Análises Estatísticas

Os resultados foram analisados estatisticamente por meio da Análise de

Variância pelo Teste F. Nos casos de significância (p<0,05), foi realizado o teste de

média Scott-Knott a 5%.Os dados também foram submetidos à análise do

coeficiente de correlação de Pearson a 5% e 1%. O software utilizado para o

processamento das análises foi o ASSISTAT versão 7.6 beta 2011 (Silva e Azevedo,

2002).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Aspectos Morfológicos dos Genótipos

De acordo com a análise de variância (Tabela 2), verifica-se que não houve

diferença entre os genótipos em relação aos aspectos morfológicos (altura de

plantas e diâmetro do caule). A altura dos genótipos variou de 0,92 m (híbrido HLE

23 e HELIO 358) a 1,07m (hibrido V90631). Porém, todos os genótipos avaliados

tiveram altura de plantas dentro dos valores considerados padrões para híbridos e

variedades comerciais que são de 0,7 a 4,0 m, segundo Castro e Farias (2005).

TABELA 2. Aspectos morfológicos dos genótipos de girassol no início do

florescimento.

Genótipos Altura (m) Diâmetro (cm) N° de folhas

M734 0,99 a 2,21 a 20 b

Helio 358 0,92 a 2,05 a 22 b

Embrapa 122 1,02 a 2,06 a 25 a

HLE 23 0,92 a 2,00 a 24 a

MG 341 0,95 a 2,13 a 22 b

BRS G37 0,97 a 2,34 a 21 b

BRS G41 1,03 a 2,28 a 22 b

V90631 1,07 a 2,28 a 24 a

Média 0,98 2,17 23

CV% 7,52 8,48 6,32

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott-Knott em nível de 5%.

Carvalho et al. (2005), relatam que a altura de planta de girassol tem herança

quantitativa, ou seja, essa característica é controlada por vários genes, onde pode-

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se ter efeitos gênicos aditivos (herdáveis) e não aditivos para formação dessa

característica. Além disso, plantas altas de girassol são desejáveis em ambientes

com baixo controle de doenças ou solos com baixo nível de fertilidade e, plantas

baixas, além de facilitar a colheita, são desejáveis quando existem problemas de

acamamento. Segundo Ivanoff (2009), a altura das plantas é reflexo das condições

nutricionais no período de alongamento do caule.

O diâmetro do caule variou de 2 cm (híbrido HLE 23) a 2,34 cm (híbrido BRS

G37). Porém, todos os genótipos avaliados tiveram diâmetro do caule dentro dos

valores considerados padrões segundo Castro e Farias (2005), para híbridos e

variedades comerciais que são de 1 a 8 cm. O diâmetro do caule também é uma

característica importante para a cultura, pois seu bom desenvolvimento permite que

ocorra menos acamamento da cultura, facilitando seu manejo, tratos e colheita

(Alves et al., 2010; Biscaro et al., 2008).

Além da altura de plantas o acamamento está relacionado com o diâmetro do

caule (Carvalho et al., 2005). Por isso, caules grossos propiciam plantas fortes e

resistentes, capazes de sustentar a produção de capítulos, reduzindo os riscos de

quebra ou acamamento (Castro e Farias, 2005).

Em relação ao número de folhas por planta os genótipos Embrapa 122, HLE

23 e V90631 tiveram maior número de folhas em relação aos demais genótipos. De

modo geral, todos os genótipos avaliados tiveram número de folhas adequado que,

segundo Castro e Farias (2005), pode variar de 20 a 40 folhas por planta. Carvalho

et al. (2005), relatam que o número de folhas é influenciado tanto por fatores

genéticos, como por fatores ambientais.

A folha é o principal aparato fotossintético, acumulando, além de nutrientes,

compostos orgânicos que serão posteriormente translocados para os órgãos

reprodutivos e os grãos (Castro e Farias, 2005), portanto, o número de folhas torna-

se decisivo para obter uma produção maior de aquênios, por manter relação direta

com o estado nutricional da planta (Biscaro et al., 2008; Ivanoff, 2009; Zobiole et al.,

2010b).

4.2 Estado Nutricional dos Genótipos

A concentração de N foliar não diferiu entre os genótipos (Tabela 3), variando

entre 30,52 a 37,38 g kg-1. No entanto, o genótipo V90631 foi o único que teve

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concentração de N considerada adequada por Castro e Oliveira (2005) para as

folhas do girassol no início do florescimento, que é de 35 a 50 g kg-1. Resultado

semelhante foi encontrado por Aquino et al. (2013) avaliando 10 genótipos de

girassol no estado de Minas Gerais.

TABELA 3. Estado Nutricional dos genótipos de girassol no início do florescimento.

Genótipos Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio Enxofre Boro _________________________________________

g kg-1 ___________________________________________________________

mg kg-1

M734 32,34 a 1,07 a 27,50 b 10,25 a 14,55 a 8,14 a 13,57 a

Helio 358 34,30 a 1,05 a 31,00 a 9,25 a 14,70 a 8,15 a 18,37 a

Embrapa 122 33,88 a 1,09 a 24,00 c 10,75 a 12,15 a 8,18 a 16,35 a

HLE 23 33,74 a 1,06 a 25,50 c 9,00 a 11,85 a 7,19 a 12,27 a

MG 341 30,52 a 1,06 a 23,50 c 11,75 a 13,65 a 7,79 a 18,21 a

BRS G37 27,02 a 1,06 a 22,50 c 6,50 b 12,75 a 7,64 a 17,30 a

BRS G41 31,78 a 1,04 a 28,50 b 9,00 a 12,60 a 8,46 a 11,74 a

V90631 37,38 a 1,03 a 25,00 c 7,50 b 13,05 a 9,46 a 14,40 a

Média 32,62 1,06 25,93 9,25 13,16 8,13 15,28

CV% 18,36 2,07 7,27 19,77 13,74 14,79 27,02

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott-Knott em nível de 5%.

A concentração de P foliar não diferiu entre os genótipos, variando entre 1,09

a 1,03 g kg-1. Porém, todos os genótipos avaliados tiveram concentrações de P

considerados baixos (<2,9 g kg-1) para as folhas de girassol no início do

florescimento (Castro e Oliveira, 2005). A baixa concentração de P foliar pode estar

relacionada ao baixo teor desse nutriente no solo (3,0 mg dm-3) (Tabela 1). Isto

também pode estar relacionado à baixa mobilidade desse elemento no solo, onde o

contato do íon fosfato com as raízes geralmente acontece pelos processos de

difusão e interceptação radicular, razão pelo qual a absorção do nutriente depende

do volume de solo explorado pela cultura, da umidade do solo e também em relação

à textura do solo que tem grande capacidade de adsorção e precipitação de P

limitando a disponibilidade às plantas (Aguiar Neto et al., 2010).

Além disso, os teores de P na solução dos solos da Região do Cerrado são

geralmente muito baixos e, essa característica, associada à alta capacidade que

esses solos têm para reter o P é uns dos fatores limitantes para o desenvolvimento

das culturas. Quando se realiza a aplicação de adubos fosfatados, parte desse

adubo é retido na fase sólida e grande parte aproveitado pelas plantas. Logo, a

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recuperação desse nutriente da fase sólida vai depender da textura do solo, tipos de

minerais de argila e acidez do solo (Souza e Lobato, 2004).

Houve diferença na concentração de K foliar, sendo que, o genótipo Helio 358

teve a maior concentração de K quando comparados com os outros genótipos, e foi

o único que teve a concentração de K considerado adequado (31,0 g kg-1) para as

folhas do girassol no início do florescimento, segundo Castro e Oliveira (2005) essa

concentração é de 31 a 45 g kg-1. Discordando dos resultados encontrados por

Aquino et al. (2013), onde não observaram diferenças na concentração de K foliar

entre os genótipos avaliados e, essas concentrações estavam dentro da faixa de

concentração adequada para a cultura do girassol.

Entretanto, de acordo com a análise de solo na Tabela 1, os teores de K no

solo da área experimental está adequado (60,2 mg dm-3 ou 0,15 cmolc dm-3) para a

região do cerrado (Souza e Lobato, 2004). Blamey et al. (1987), relatam que o teor

de potássio disponível no solo para atender o requerimento da planta deve ser maior

que 0,25 cmolc dm-3. Logo, Boukert et al. (1997) constataram que menos de 0,12

cmolc dm-3 de K disponível mantém baixa a sua absorção, assim como o seu teor na

folha, limitando o rendimento da cultura.

Como a absorção de P e K ocorre principalmente por difusão (o movimento

do nutriente ocorre de um ponto mais concentrado para um ponto de baixa

concentração, através da água), e também devido à baixa precipitação pluviométrica

ocorrida no período de coleta (início do florescimento – mês de maio) (Figura 2)

pode ter influenciado na absorção de P e K pelas plantas de girassol, pois a

umidade no solo é importante para que esses elementos sejam levados até as

raízes, o que pode ter ocasionado as baixas concentrações desses elementos nas

folhas.

A concentração de Ca foliar diferiu entre os genótipos, sendo que, os

genótipos BRS G37 e V90631 tiveram menor concentração de Ca foliar, 6,50 e

7,50 g kg-1, respectivamente. Porém, todos os genótipos tiveram concentração de

Ca foliar baixo segundo Castro e Oliveira (2005). Para os mesmos autores, a faixa

de concentração de Ca considerada suficiente às plantas de girassol no início do

florescimento está entre 19 a 32 g kg-1. Esses resultados diferem dos observados

por Prado e Leal (2006) e Aquino et al. (2013). No entanto, nota-se que o teor de Ca

no solo (Tabela 1) encontra-se adequado para o cultivo de girassol nas condições de

cerrado (Souza e Lobato, 2004).

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Não houve diferença entre os genótipos em relação à concentração de Mg

foliar, variando de 11,85 a 14,70 g kg-1, valores considerados altos por Castro e

Oliveira (2005), ou seja, maiores que 9,4 g kg-1. Esses resultados diferem dos

encontrados por Prado e Leal (2006), Zobiole et al. (2010a) e Aquino et al. (2013),

onde observaram concentrações de Mg foliar dentro da faixa considerada adequada

para as folhas do girassol.

A concentração de S foliar não diferiu entre os genótipos, variando de 7,19 a

9,46 g kg-1, concentração considerada alta segundo Castro e Oliveira (2005), ou

seja, maiores que 6,4 g kg-1. Isto pode estar relacionado ao alto teor desse elemento

presente no solo (Tabela 1) e também pelo seu processo de contato com raízes ser

realizado principalmente por fluxo de massa.

Não houve diferença entre os genótipos em relação a concentração de boro

foliar, no entanto, as concentrações estão abaixo do nível considerado adequado por

Castro e Oliveira (2005), que é de 35 a 80 mg kg-1. As baixas concentrações de B

nos genótipos podem estar relacionados ao baixo teor desse nutriente no solo

(0,33 mg dm-3), à baixa solubilidade do borogran e também com a adsorção do B à

argila, pois, segundo Gutterres (1986) o teor de B diminui em solos argilosos, devido

à maior área específica da argila, aumentando a adsorção do nutriente. Além disso,

o pH da solução do solo também pode estar favorecendo a adsorção do nutriente,

pois, segundo estudo realizado por Soares et al. (2008), a adsorção de B tende a

aumentarem função do pH no intervalo entre 3 e 9.

4.3 Acúmulo de Nutrientes na Massa Seca das Folhas

De maneira geral, não houve diferença entre os genótipos de girassol em

relação ao acúmulo de nutrientes na massa seca das folhas para todos os nutrientes

avaliados (Tabela 4). O acúmulo de N na massa seca das folhas variou entre

620,09 a 313,24 kg ha-1, o P de 10,85 a 15,55 kg ha-1, o K de 247,05

a 455,27 kg ha-1, o Ca e Mg de 82,82 a 151,71 kg ha-1 e 131,62 a 215,75 kg ha-1,

respectivamente. O S variou 78,64 a 137,30 kg ha-1 e o B de 115,64 a

270,00 kg ha-1.

Dentre os macronutrientes as maiores acumulações ocorreram para

nitrogênio e potássio e, as menores acumulações para o fósforo. Oliveira et al.

(2005) constataram que a quantidade total extraída de macronutrientes na parte

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aérea para uma produção de 3.176 kg de aquênios ha-1 foi de 130 kg ha-1 de N, 25

kg ha-1 de P e 400 kg ha-1 de K, no período do florescimento.

Castro et al. (2005) trabalhando com acúmulo de matéria seca, exportação e

ciclagem de nutrientes pelo girassol, verificaram que o principal período de

desenvolvimento e acúmulo de matéria seca e nutrientes ocorreu dos 30 dias após a

emergência até o florescimento pleno. Sfredo et al. (1984), relatam que o período de

maior absorção de nutrientes e acúmulo de matéria seca do girassol ocorre do início

do florescimento até a maturação fisiológica, quando se verifica o máximo acúmulo

de nutrientes e de matéria seca. Portanto, a amostragem de folhas para fins de

diagnose foliar foi feita no início do florescimento e no período de maior velocidade

de acúmulo de matéria seca.

TABELA 4. Acúmulo de nutrientes na massa seca das folhas dos genótipos de

girassol coletadas no início do florescimento.

Genótipos Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio Enxofre Boro

Kg ha-1

M734 414,87 a 13,65 a 349,68 a 130,32 a 186,82 a 103,58 a 169,32 a

Helio 358 501,22 a 15,46 a 455,27 a 134,37 a 215,75 a 119,91 a 270,00 a

Embrapa 122 474,77 a 15,30 a 337,39 a 151,71 a 168,04 a 114,52 a 230,74 a

HLE 23 374,98 a 11,75 a 282,59 a 98,46 a 132,84 a 78,64 a 131,84 a

MG 341 313,24 a 10,85 a 247,05 a 117,83 a 139,04 a 79,87 a 190,79 a

BRS G37 352,95 a 13,74 a 291,48 a 82,82 a 167,21 a 99,25 a 229,52 a

BRS G41 338,52 a 11,07 a 297,68 a 90,49 a 131,62 a 87,96 a 115,64 a

V90631 620,90 a 15,55 a 382,90 a 108,47 a 196,79 a 137,30 a 210,27 a

Média 423,93 13,42 330,51 114,31 167,26 102,63 193,51

CV% 48,08 32,12 35,09 34,71 37,44 31,49 38,7

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott-Knott em nível de 5%.

4.4 Rendimento de Grãos dos Genótipos

O rendimento de grãos diferiu entre os genótipos avaliados sendo que, o

maior rendimento foi obtido com os genótipos BRS G37 (2.462 kg ha-1), HLE 23

(2.437 kg ha-1), M734 (2.355 kg ha-1) e HELIO 358 (2.046 kg ha-1) (Tabela 5).

A média obtida entre os oitos genótipos para o rendimento de grãos foi de

1.886 kg ha-1, diferindo dos resultados encontrados por Carvalho et al. (2013) no

ensaio final do primeiro ano safrinha realizado em Planaltina – DF, onde foi obtido

um rendimento médio de grãos de 3.515 kg ha-1 para os mesmos genótipos.

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Logo, os resultados obtidos para os genótipos avaliados, podem ser reflexos

do estado nutricional das plantas, associados a fatores abióticos. Pois segundo

Rezende et al. (2003), o rendimento de grãos é influenciado tanto pelo cultivar

utilizado, quanto pelas condições bióticas e abióticas submetidas, e suas interações.

Comparando as médias dos genótipos avaliados com a média nacional obtida

na safra 11/12 (1.494 kg ha-1) nota-se que a média obtida para os oito genótipos

avaliados foram maiores que a média nacional. Assim como, para a média da região

Centro-oeste (1.512 kg ha-1) e para a média do Estado de Mato Grosso

(1.500 kg ha-1) (Brasil 2013).

TABELA 5. Rendimento de grãos dos genótipos de girassol.

Genótipos Rendimento (kg ha-1

)

M734 2.355 a

Helio 358 2.046 a

Embrapa 122 1.650 b

HLE 23 2.437 a

MG 341 1.347 b

BRS G37 2.462 a

BRS G41 1.231 b

V90631 1.560 b

Média 1.886

CV% 17.96

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Scott-Knott em nível de 5%.

4.5 Correlações entre as Variáveis Estudadas

A altura de plantas teve correlação positiva com o diâmetro do caule para os

genótipos Embrapa 122, M734, BRS G37 e BRS G41, sendo a maior correlação

encontrada no genótipo BRS G37 (Tabela 6). A correlação foi positiva entre a altura

de plantas e o número de folhas para os genótipos Embrapa 122, HLE 23 e V90631.

Do mesmo modo, foi observada correlação positiva entre diâmetro do caule e

número de folhas para os genótipos Embrapa 122 e V90631. Resultado semelhante

foi observado por Amorim et al. (2008), quando observaram correlação positiva entre

diâmetro da haste e altura de plantas (r=0,84), número de folhas e altura de plantas

(r=0,58) e diâmetro do caule e número de folhas (r=0,73) para os 14 genótipos de

girassol avaliados.

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TABELA 6. Estimativas de coeficientes de correlação entre os aspectos

morfológicos dos genótipos de girassol.

Genótipos

Correlações

ALT-DC ALT – NF DC-NF

Embrapa 122 0,97* 0,95* 0,95*

M734 0,96* BRS G37 0,99** BRS G41 0,98* HLE 23

0,97*

V90631 0,99** 0,95*

* significativo em nível de 5% pelo Teste t; ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro pelo Teste t. ALT = altura de plantas; DC = diâmetro do caule; NF = número de folhas.

Em relação à concentração de nutrientes foliares e os aspectos morfológicos

avaliados houve correlação positiva entre a concentração de N foliar e o diâmetro do

caule para o genótipo V90631 (Tabela 7). Santos et al. (2013), trabalhando com

doses de N, verificaram que o diâmetro do caule aumentou conforme aumentaram-

se as doses de N. Segundo os mesmos autores, o N é o elemento responsável pelo

crescimento geral das plantas de girassol, sendo, também responsável pelos

maiores diâmetros da haste do girassol. Prado e Leal (2006) ressaltam que a

omissão de N reduz significativamente o diâmetro do caule das plantas de girassol.

Houve correlação positiva entre a concentração de K foliar e altura de plantas

e número de folhas para o genótipo Embrapa 122 (Tabela 7). Ivanoff (2009)

observou que a adubação potássica favoreceu a altura em plantas de girassol.

Jesus et al. (2013), trabalhando com doses de K, observaram que a altura de

plantas assim como o número de folhas aumentaram conforme a elevação das

doses de K. Segundo Cecílio e Grangeiro (2004), no caso de deficiência de K,

ocorrem o funcionamento irregular dos estômatos, podendo diminuir a assimilação

de CO2 e a taxa fotossintética, afetando negativamente o crescimento vegetativo e,

consequentemente, a produção das plantas.

TABELA 7. Estimativas de coeficientes de correlação entre as concentrações de

nutrientes foliares e os aspectos morfológicos dos genótipos de girassol.

Genótipos

Correlações

N-DC K-ALT K-NF

V90631 0,95* Embrapa 122 0,95* 0,98*

* significativo em nível de 5% pelo Teste t; N = nitrogênio foliar; DC = diâmetro do caule; K = potássio foliar; ALT = altura de plantas; NF = número de folhas.

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Em relação às concentrações de nutrientes foliares e o rendimento de grãos

houve correlação positiva para a concentração de K foliar e o rendimento de grãos

para o genótipo M734 (Tabela 8). Segundo Blamey et al. (1987), produtividades

máximas do girassol somente são obtidas com teores maiores que 24,0 g kg -1 de K

nas folhas. Borkert et al. (1997), obtiveram teores de 12,8; 18,8 e 27,0 g kg-1 de K

nas folhas e produções de 1.409; 2.032 e 1.986 kg ha-1, respectivamente,

demonstrando que, não havendo a falta desse nutriente, o rendimento do girassol

pode atingir 2.000 kg ha-1, ou mais, podendo ser considerado bom rendimento em

uma lavoura.

TABELA 8. Estimativas de coeficientes de correlação entre as concentrações de nutrientes foliares e o rendimento de grãos dos genótipos de girassol avaliados.

Genótipo

Correlação

K-REND

M734 0,98*

* significativo em nível de 5% pelo Teste t; K = potássio foliar; REND = rendimento de aquênios.

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5 CONCLUSÕES

Não ocorreu variação entre os aspectos morfológicos para os oito genótipos

avaliados no estádio R3, assim como, para o acúmulo de nutrientes na massa seca

das folhas.

As concentrações foliares de K e Ca no estádio R3 foram distintos entre os

genótipos de girassol.

Os maiores rendimentos de grãos foram obtidos pelos genótipos BRS G37,

HLE 23, M734 e HELIO 358.

Os aspectos morfológicos, as concentrações foliares de nutrientes e

rendimento de grãos se correlacionaram positivamente.

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