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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE IVONETE PAULA DE LACERDA PROMOÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICO-RECREATIVAS PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE ... · perguntas aos participantes das oficinas, e as respostas devidamente gravadas ... De acordo com a Conferência Mundial

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE

IVONETE PAULA DE LACERDA

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICO-RECREATIVAS PARA ESTUDANTES

COM DEFICIÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DE

ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE

IVONETE PAULA DE LACERDA

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICO-RECREATIVAS PARA ESTUDANTES

COM DEFICIÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DE

ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2016

TCC apresentado ao Curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Licenciado em Educação Física. Orientador: Prof. Ms. Saulo Fernandes Melo de Oliveira.

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Catalogação na Fonte

Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB4/ 977

L131p Lacerda, Ivonete Paula de. Promoção de atividades físico-recreativas para estudantes com deficiência : um relato de experiência a partir de acadêmicos de educação física / Ivonete Paula de Lacerda. – Vitória de Santo Antão, 2016.

39 folhas.: il. fig. Orientador: Saulo Fernandes Melo de Oliveira.

TCC (Licenciatura em Educação Física) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Licenciatura Educação Física, 2016.

Inclui bibliografia.

1. Pessoas com deficiência. 2. Educação especial. 3. Atividade física. I. Oliveira, Saulo Fernandes Melo de (Orientador). II.Título.

796.087 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE- 029/2017

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IVONETE PAULA DE LACERDA

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICO-RECREATIVAS PARA ESTUDANTES

COM DEFICIÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DE

ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TCC apresentado ao Curso de Educação Física Licenciatura da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Aprovado em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Profº. Ms. Saulo Fernandes Melo de Oliveira (Orientador)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Ms. Ernani Nunes Ribeiro (Examinador Interno)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Lúcia Inês Guedes Leite de Oliveira (Examinador Externo)

Universidade de Pernambuco

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À mãe Josineide,

À irmã Danielle,

Que me ensinam chorar

Que me ensina sorrir

Compartilham sonhar

Sem temer cair

Que me aprimoram tanto

E nem sabem quanto

Enchem de encanto

Meu existir...

In Memoriam

Minha Avó, Ivonete Santos de Paula.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pois só ele sabe do quanto minha fé sempre será minha

força para nunca desistir dos meus sonhos.

Ao meu orientador Prof. Ms Saulo Fernandes Melo de Oliveira não tenho como

traduzir a admiração, o respeito, a paciência e o tudo que foi construído ao longo

dessa travessia. Só tenho de agradecer!!

Ao Prof. e mestre de capoeira Severino Junior pela oportunidade de conhecer

o mundo da capoeira adaptada e AACD, os conhecimentos e experiências.

Ao Prof. Dr. Iberê Caldas Souza Leão não só por ter me ajudado no meu

crescimento acadêmico, mas por ser meu amigo, um pai.

Ao Prof. Ms. Ernani Nunes Ribeiro e a Prof. Lúcia Inês Guedes Leite de

Oliveira por aceitarem fazer parte da minha banca examinadora, para a defesa

do meu trabalho de conclusão. Muito obrigado!

A Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico de vitória e

todos os professores que fizeram parte da minha graduação.

E a todos que me acompanharam e torceram pelo meu sucesso profissional.

Muito obrigado!

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo, apresentar as possibilidades de atividades

e as percepções de estudantes que participaram de ações destinadas à prática de

atividade física em pessoas com deficiência em regime de educação especial.

Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, qual nosso projeto

surgiu através do GEAFA (Grupo de Estudos em Atividade Física Adaptada)

contendo 20 estudantes do Centro Acadêmico de Vitória – UFPE, onde

organizamos o plano de intervenção, que consiste da Capoeira Inclusiva, Bocha

Adaptada e Atividades Físico-Recreativas (Psicomotricidade). Foram realizadas

perguntas aos participantes das oficinas, e as respostas devidamente gravadas

para posterior análise. Os dados foram analisados por meio das repostas dos

participantes, diante a percepção das atividades práticas. Os resultados

encontrados mostraram que as atividades selecionadas e as experiências

oportunizadas foram eficazes, tendo em vista que a mesma se mostrou capaz de

promover a inclusão e a participação de todos os atores do processo, assim,

recomendamos que ações com este intuito sejam promovidas com uma maior

frequência, para além das datas comemorativas promovidas pelas escolas.

Palavras-chave: Pessoas com deficiência. Educação especial. Atividade física.

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ABSTRACT

The present study porpese to present the possibilities of activities and the

perceptions of students who participated in actions porpese at the practice of

physical activity in people with disabilities under special education regime. This is

a descriptive research with a qualitative approach. Our project came about through

the GEAFA (Study Group on Adapted Physical Activity) containing 20 students

from the Academic Center of Vitória - UFPE, where we organized the intervention

plan, which consists of the Capoeira Inclusiva , Adapted Bocce and Physical-

Recreation Activities (Psychomotricity). Questions were asked of workshop

participants, and answers were duly recorded for further analysis. The data were

analyzed through the participants' answers, considering the perception of the

practical activities. The results showed that the selected activities and the

opportunistic experiences were effective, since it was able to promote the inclusion

and participation of all the actors of the process, so we recommend that actions

with this aim be promoted in a higher frequency, in addition to the commemorative

dates promoted by the schools.

Keywords: Disabled people. Special education. Physical activity.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................... 15

2.1 A Prática de Atividade Física Adaptada ........................................................... 15

2.2 Inclusão da Pessoa com Deficiência no Ambiente Escolar .............................. 16

2.3 Educação Física Adaptada (Currículo, Formação) .......................................... 19

3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 20

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 21

5 RESULTADOS ................................................................................................... 28

6 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 32

7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 36

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1 INTRODUÇÃO

É sabido que pessoas com deficiência intelectual sofrem por causa dos

déficits cognitivos e adaptativos, o que gera falta de autonomia e independência

dos mesmos. A primeira definição manteve-se em vigor entre 1972 e 1992 e

aponta que a “deficiência mental se refere a um funcionamento intelectual

significativo inferior à média, acompanhado de déficits no comportamento

adaptativo, manifestado durante o período de desenvolvimento”

(ALBUQUERQUE, 1996).

Seguindo esta definição citada por (ALBUQUERQUE, 1996) o critério

“funcionamento intelectual significativo inferior à média” corresponde a um QI <

70, sendo que só é considerado com uma avaliação clínica. A partir desta

definição foi caracterizado um sistema de classificação definindo quatro

categorias de deficiência intelectual (ligeira, moderada, severa e profunda).

A deficiência intelectual é caracterizada por limitações tanto no

funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo expresso em

habilidades conceituais, sociais e práticos. Esta inabilidade se origina antes da

idade dos 18 anos, segundo (LUCKSSON et al., 2002).

Se tratando no âmbito escolar a inclusão ainda é um fator que confunde

entre incluir e integrar o aluno com deficiência intelectual na sala, pois o modelo

de integração garante apenas a presença e não sua socialização e sua

aprendizagem efetiva. Segundo (CARVALHO, 2011, p. 68) nos dicionários, incluir

aparece como sinônimo de “inserir, colocar em, fazer figura entre”. Enquanto

integração é um “processo de natureza psicossocial, implicando na reciprocidade

das interações humanas”.

De acordo com a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais

Especiais, elaborou a famosa Declaração de Salamanca (1994, p.3).

[...] independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras [...] crianças deficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados.

De acordo com (GLAT; NOGUEIRA, 2003) a política nacional de educação

especial, publicada em 1994, procurou estimular o ingresso desse alunado nas

escolas com a elaboração de projetos institucionais para promover ações de

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integração de alunos com deficiência no sistema regular. Para incluir esse aluno

com deficiência intelectual na escola regular, exige demandas específicas de um

sujeito como interações, tempos, metodologias, recursos e currículos

diferenciados.

Analisando a política educacional do brasil segundo (BUENO, 2001;

CARVALHO, 2007; MAZZOTTA, 2008) diz que alguns pesquisadores denunciam

as ambiguidades em determinações legais no que se refere ao nível de ensino

exigido, cursos de graduação necessários e aos currículos das licenciaturas. Por

outro lado, a educação especial e a tradição da formação e atuação dos

professores especializados em áreas de deficiência, tem levado o uso de

categorias que homogeneízam seus membros, contribuindo para criar rótulos e

padronizar condutas, metodologias e tratamentos.

É de imensa importância, na perspectiva da inclusão, que tanto os

graduados como especialistas adquirir conhecimentos pertinentes aos processos

de escolarização, para poder atuar. Entre análise do ensino regular, o

conhecimento acerca das deficiências e do processo de ensino-aprendizagem

para com a aluno dentro dos cursos de licenciatura, precisam da oferta de

projetos de extensão, capacitação para que os futuros professores tenham o

trabalho integrado com os demais profissionais que prestam atendimento a esses

alunos.

Diversos fatores podem ser apontados a fim de retratar a importância de

um estudo como este envolvendo acadêmicos do curso de educação física. Num

sentido mais amplo é possível afirmar que não existe no universo geográfico em

que se encontra localizado a pesquisa, a saber a cidade de Vitória de santo

Antão-PE e municípios circunvizinhos, nada deste porte investigativo. De igual

modo desconhecemos que não haja produção acadêmica no âmbito do CAV –

UFPE algo desta natureza, portanto, esses dois motivos por si só são suficientes

para revelar o relevo de tal estudo.

Sendo assim, o presente estudo busca apresentar as possibilidades de

atividades e as percepções de estudantes que participaram de ações destinadas

à prática de atividade física em pessoas com deficiência em regime de educação

especial. Para isso trabalhamos com a hipótese da possibilidade de utilização de

recursos de baixo custo, com isso a ausência de professores de educação física

na educação especial e que o esporte adaptado apresenta uma metodologia

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adequada para sua especificidade favorecendo a inclusão social para as pessoas

com deficiência.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A Prática de Atividade Física Adaptada

A prática da atividade física adaptada vem aumentando no Brasil, por

incentivo de inclusão social e da mídia nos esportes paraolímpicos.

O desenvolvimento do esporte para portadoras de deficiência física no

Brasil a partir de 1958 com a fundação do clube paraplégicos em são Paulo e

otimismo do Rio de Janeiro. A educação física começa a se preocupar com a

atividade física para as pessoas com deficiência, no final dos anos 1950 onde a

prática inicial das atividades foi o médico. Eram programas denominados

ginástica médica e tinham a finalidade de prevenir doenças, utilizando tanto

exercícios corretivos e de prevenção. Que aproximadamente 2500 a.C., dizem

que os primeiros a criar esses programas foram os chineses (PEDRINELLI, 1994;

ADAMS, 1985).

A educação física é entendida como uma área higienista que sempre

reinou em sua história, que nos últimos anos se desenvolveu na área do

conhecimento com o atendimento especializado aos portadores de deficiência.

Pode-se dizer que uns dos avanços e reconhecimento da educação física e da

potencialidade dos deficientes, foi a concretização dos jogos paraolímpicos.

Os motivos que levam as pessoas com deficiência a prática do esporte

adaptado estão relacionados a uma atividade de lazer/recreação. Para Marcelino

(1996), o lazer é um campo de atividade que possibilita a vivência de valores

morais e culturais onde o deficiente procura as atividades prazerosas como

contribuição para às suas vidas. Sabendo-se que a prática de atividade física

adaptada é pouco difundida e tão pouco diversificada, ainda não existem

preceitos para elaboração de projetos e leis para se trabalhar o esporte com o

intuito de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com

deficiência.

Segundo Adams 1985, as atividades recreativas incentivam aos deficientes

a socialização, participação na comunidade mais ampla, querer trabalhar e

produzir assumindo papeis de lideranças.

Melo e López (2002) diz que o esporte adaptado deve-se também ser como

uma atividade lúdica pois se torna prazerosa, sendo parte da reabilitação de

pessoas com deficiência. Através dessa prática lúdica e prazerosa para o

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indivíduo, estas atividades surgiram como facilitadores para a melhoria da

qualidade de vida.

Segundo Paim (2001), visa que a prática da atividade física regular

contribui para a inclusão social, desenvolvimento cognitivo e autoestima, contudo,

o ambiente, o conteúdo e a motivação devem estar na forma de ensino-

aprendizagem como elementos centrais para que o deficiente tenha uma boa

execução na prática da atividade adaptada.

2.2 Inclusão da Pessoa com Deficiência no Ambiente Escolar

Levando em consideração todos os benefícios da prática de atividade física

adaptada para as pessoas com deficiência, a educação caminhou de forma

separada da educação especial, por ter uma visão estabelecida da deficiência como

doença e incapacidade de aprender com os demais alunos.

Considerando a perspectiva da educação inclusiva no século XXI, não

podendo pensar em educação especial desvinculada da educação geral. Com essa

nova perspectiva a educação inclusiva veio de uma forma a questionar a visão e

práticas sociais, principalmente as práticas da educação física e o ambiente escolar.

A formação do sujeito decorre da interação com outro, sendo a escola o local

em que a criança tem mais contato com outras pessoas, assim proporcionando o

desenvolvimento intelectual, social, cultural e o processo de educação formal e

consequentemente o início das práticas e iniciações esportivas citado por Vygotsky

(1987).

De acordo com a Unesco (1990), toda criança tem o direito de ser acolhida

pela escola independente das condições físicas, intelectuais, emocionais e sociais.

Pela realidade da educação, a pessoa com deficiência não se encontra totalmente

incluída no ambiente escolar.

Tendo em vista dos direitos e deveres da escola, durante toda a trajetória o

conhecimento adquirido é proporcionado pelos professores, onde muitos não se

encontram preparados para incluir esse aluno com deficiência nas aulas. Carvalho

(2001) corrobora que os prejuízos da escola regular como a falta de informações ou

bases teóricas e práticas dos professores dificulta a inclusão dos deficientes nas

aulas.

No âmbito escolar o que pode ser observado atualmente, é a falta de

preparo, falta de subsídios que esse ambiente propicia a esse público. Vale

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ressaltar também o professor, que por muitas vezes não é capacitado como

deveria em sua graduação para lidar com alunos com deficiência.

Os professores acreditam que a inclusão só pode ser possível em deficientes

menos comprometidos, entrando em divergência ao exposto pelo MEC (2002),

afirma que a criança com deficiência consegue se adaptar ao ensino regular, com

convivência e apoio de profissionais e comprometimento da família.

No artigo 2 da Resolução CNE/CEB 2/2001, as Diretrizes Nacionais para a

Educação Especial na Educação Básica determinam que

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (BRASIL, 2001).

A escola deve se adequar a seu alunado, deve proporcionar conforto e

seguridade para que todos os alunos consigam aprender e compreender os

conteúdos de maneira igualitária, sem segregar nem abster nenhum

conhecimento para aqueles que de certa forma tenham dificuldades/limitações em

seu aprendizado.

Trabalhar a inclusão no ambiente escolar é de total importância para o

desenvolvimento dos escolares, visto que é na escola onde o aluno começa a ter

o real contato com a sociedade, onde aprende a conhecer as diferenças e saber

conviver com elas. A inclusão para ser inclusão hoje teve todo um processo

educacional, social.

Para hoje ter a educação inclusiva, ainda existe o processo de ensino

integrado, no que concerne segundo Soder (1981), existe a integração: física

(compartilhar espaços), funcional (utilização do mesmo espaço e recurso), social

(integram a classe regular), e comunitária (continuam a integração na juventude e

vida adulta).

Desta forma, a integração tirou as pessoas com deficiência das turmas de

educação especial, fazendo com que eles usufruíssem de um novo espaço, com

pessoas sem deficiência, socialização e aprendizagem diferenciado.

Ao introduzir a o conceito de Necessidades educativas especiais (NEE), a

educação especial não surgiu apenas para atender pessoas com algum tipo de

deficiência física ou intelectual, mas considerando-se que uma criança necessita

de uma educação especial se tiver alguma dificuldade de aprendizagem.

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O conceito vai sendo clarificado e a Declaração de Salamanca (1994:6) dá o seu contributo:

A expressão ”necessidades educativas especiais” refere-se a todas as crianças e jovens cujas carências se relacionam com deficiências ou dificuldades escolares. Muitas crianças apresentam dificuldades escolares e, consequentemente, têm necessidades educativas especiais, em determinado momento da sua escolaridade.

O ensino especial, que hoje vista como educação especial que atende

pessoas com necessidades especiais para que eles tenham acesso ao ensino,

processo de aprendizagem. Outros professores, outros métodos, outro espaço,

materiais, um ensino especial para alunos com necessidades especiais.

Visando a perspectiva da educação especial, a experiência adquirida da integração

escolar que a mesma gerou sobre a escola e como se encontro a situação do

deficiente, levou a desencadear o movimento da educação inclusiva. A inclusão

hoje pretende definir igualdade, fraternidade, direitos humanos ou democracia,

segundo (Wilson, 2000).

Declaração de Salamanca (1994), pela qual 92 países e 25 organizações

internacionais se comprometeram a pôr em prática o princípio fundamental das

escolas inclusivas:

O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola. (Declaração de Salamanca, 1994: 11-12).

A educação inclusiva exige a total dedicação dos envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência, pois a escola e toda a equipe de

professores deve prestar apoio educativo, a escola, a família e procurar

desenvolver estratégias pedagógicas, práticas, projetos, para um grupo

heterogêneo e que os deficientes sejam incluídos.

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2.3 Educação Física Adaptada (Currículo, Formação)

No que concerne a formação, a área da Educação Física Adaptada (EFA)

surgiu oficialmente nos cursos de graduação pelo Conselho Federal de Educação

na década de 1990. Durante esta última década é possível verificar várias

mudanças que envolvem tanto questões culturais quanto sociais, educacionais e

também políticas governamentais.

A elaboração do novo currículo no curso de graduação em Educação Física

já vinha sendo desenvolvida a estratégia da EFA como desporto e lazer para

pessoas portadoras de deficiência. Para Mauerberg de Castro (1992, p. 79), “no

Brasil, o uso do termo educação física adaptada é devido às investigações

científicas, qual se apoiam na literatura norte-americana”.

Porém, mesmo com a disciplina fazendo parte do currículo das

universidades, a área da EFA ainda sofre uma defasagem por falta de despreparo

de profissionais, falta de interesse e até mesmo de falta de conhecimento por

parte dos profissionais da área. Considerando as ações de extensão uma maneira

de introduzir os estudantes às diversas possibilidades práticas no mercado de

trabalho, incluindo a área da EFA.

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3 OBJETIVOS

Objetivo Geral: Apresentar as possibilidades de atividades e as percepções de

estudantes que participaram de ações destinadas à prática de atividade física em

pessoas com deficiência em regime de educação especial.

Objetivos Específicos:

Apresentar possibilidades de utilização de recursos de baixo custo para as

práticas.

Apresentar manifestações esportivas adaptadas para à inclusão social para as

pessoas com deficiência.

Descrever as percepções dos estudantes de educação física a partir das

ações desenvolvidas.

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4 METODOLOGIA

Da pesquisa e do projeto.

Segundo Gil (2002) a referida investigação trata-se de uma pesquisa

descritiva de abordagem qualitativa tendo em vista que o mesmo realizou

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências

práticas com o problema pesquisado, e análise de exemplos que estimulassem

compreensão.

O projeto aconteceu no município de Vitória de Santo Antão durante uma

semana, especificamente na semana da pessoa com deficiência em agosto de

2014, onde a Secretaria de Educação disponibiliza uma tabela dos horários e o

nome de 4 escolas que atende a pessoa com deficiência (de preferência turmas

especiais).

O nosso projeto surgiu através do GEAFA (Grupo de Estudos em Atividade

Física Adaptada) que tem 20 estudantes do Centro Acadêmico de Vitória – UFPE,

onde organizamos o plano de intervenção, que consiste da Capoeira Inclusiva,

Bocha Adaptada e Atividades Físico-Recreativas (Psicomotricidade), com o

objetivo de levar diversão, qualidade de vida e a inclusão dessas pessoas com

deficiência.

Intervenção

Capoeira Inclusiva

A intervenção da capoeira aconteceu pela manhã no horário do recreio,

dando a oportunidade de haver a inclusão das pessoas com deficiência e os

demais alunos. O professor de capoeira e mais dois professores levaram alguns

instrumentos da capoeira, e a escola disponibilizou tatames para que as pessoas

com deficiência realizassem os movimentos adaptados da capoeira.

A capoeira com sua rica história de manifestações culturais envolvendo a

luta e dança e conjunto de movimentos, introduzidos pelos negros que os

movimentos de lutas foram adaptados em cantorias para que parecesse uma

dança. Hoje a capoeira é totalmente inclusiva, com adaptação dos movimentos e

respeitando as limitações das pessoas com deficiência, assim proporcionando

qualidade de vida, interação social com a comunidade, acesso à cultura e lazer.

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Castro (2005) enfatiza que a atividade física adaptada deve pôr em prática

fundamentos teóricos e práticos como forma de inclusão das variadas disciplinas

saúde à a educação em vários programas como forma de recuperar as pessoas

que se encontram excluídas da sociedade, independente da condição física,

mental e social.

A capoeira exige o total envolvimento das pessoas dentro da roda, tanto

como luta, dança e instrumento (musicalidade) o que chamou mais atenção das

pessoas com deficiência.

Estrutura da aula de capoeira inclusiva:

1. Preparação e aquecimento;

2. Parte principal com a experimentação dos movimentos;

3. Parte principal com a realização de uma roda de capoeira ao som do

berimbau.

4. Participação livre com outros estudantes no processo inclusivo.

Na figura 1, mostra a interação dos alunos com os professores de capoeira

em pé no tatame. Na qual os mesmos estão demonstrando alguns movimentos

específicos da capoeira.

Figura 1: Capoeira Inclusiva.

Fonte: Os autores, 2014.

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A figura mostra os professores de capoeira e os alunos com deficiência

intelectual sentados no tatame, demonstrando os movimentos adaptados da

capoeira e ao redor outros alunos em forma de roda.

Figura 2: Capoeira Inclusiva.

Fonte: Os autores, 2014.

Bocha Adaptada

A intervenção da bocha aconteceu no período da tarde, onde o grupo

GEAFA levou o material (kit da bocha), e a escola disponibilizou os tatames, pois

utilizamos o pátio da escola para realizar as atividades. Logo de início a bocha

chamou a atenção das pessoas com deficiência pelo fato das bolas coloridas, o

que facilitou a intervenção.

A bocha adaptada é um jogo de caráter competitivo, que pode ser disputado

de forma individual, duplas ou equipes. O kit da bocha é composto por seis bolas

vermelhas, seis bolas azuis e uma branca, qual o objetivo é lançar as bolas o

mais próximo possível da bola branca. Cada participante recebe suas bolas,

aquele que inicia a partida será as bolas vermelhas, e seus adversários são as

bolas azuis.

Os jogos coletivos ou pré-desporto servem como uma alternativa de ensino

pois estimulam uma situação de real de jogo, oportunizando ao indivíduo o

desenvolvendo situações reais do jogo (OLIVEIRA; PAES, 2004).

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Buscamos sempre respeitar as regras do jogo, e chamar a atenção deles por

que muitos queriam jogar na frente do outro ou queria a bola para si. Houve um

grande envolvimento das pessoas com deficiência e os outros alunos do ensino

regular em relação a atividade proposta, oportunizando assim uma inclusão.

Estrutura da aula de bocha adaptada:

1. Uma breve explicação de como funciona o jogo;

2. Parte prática, qual demonstramos como se joga;

3. Parte principal do jogo, o lançamento da bola e finalidade do jogo;

4. Jogo da bocha individual;

5. Jogo da bocha em duplas e trios;

6. Parte principal, com o processo de inclusão com outros alunos;

A figura 3, mostra o tatame colorido e as bolas da bocha, onde dois alunos

com deficiência intelectual estão jogando e o outro aluno ao lado observando.

Figura 3: Bocha Adaptada

Fonte: Os autores, 2014.

A figura 4, mostra o tatame colorido ao chão e o as bolas do kit da bocha,

onde dois alunos estão jogando, um com deficiência intelectual sentado ao chão,

o outro com deficiência física sentado na cadeira e o aluno que está no meio

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observando o jogo. Os adultos ao lado são os professores auxiliando os alunos

durante o jogo.

Figura 4: Bocha Adaptada.

Fonte: Os autores, 2014.

Atividades Físico-Recreativas (Psicomotricidade)

A intervenção aconteceu no período da tarde, no mesmo horário da bocha,

onde o GEAFA dividiu os grupos de cada atividade e os materiais que utilizamos.

As atividades físico-recreativas tiveram o enfoque de atividades de

psicomotricidade, oportunizando uma vivência de circuitos e atividades esportivas.

O desporto adaptado surgiu com o intuito de reabilitação física, psicológico e

social para pessoas com deficiência, no qual existem adaptações nas regras,

matérias, locais para que a atividade atenda todas as pessoas com deficiência

nas diversas modalidades (DUARTE;WERNE, 1995).

Os esportes coletivos como o basquetebol e o voleibol oportunizam a

interação de todos. Iniciamos com o voleibol, falando um pouco do esporte e

demostrando alguns movimentos básicos de execução, em seguida trabalhamos

no grande grupo o controle de bola. Observamos que todas as pessoas com

deficiência se envolveram com o esporte e demostraram um bom entendimento.

Estrutura da aula de Recreação e psicomotricidade:

1. Circuito motor;

2. Saltos dentro de vários bambolês;

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3. Com um pé e com dois pés;

4. Equilíbrio na corda;

5. Desviando de cones;

6. Lançamentos de bola dentro dos arcos

7. Preparação e contato com a bola em forma de jogo;

8. Controle da bola em forma de jogo (sete cortes);

9. Adaptação do jogo de basquetebol com arcos e divisão dos times;

10. Parte principal em que os estudantes precisavam sempre de um comando de

voz para auxiliar como jogar, ou em que lado deveria fazer a cesta.

Na figura 5, mostra os alunos brincando de pular corda, onde dois alunos

com deficiência intelectual rodam a corda, e o aluno e o professor que está no

meio salta com uma criança que tem deficiência intelectual em seu ombro. Os

demais alunos no fundo da foto estão participando do circuito motor.

Figura 5: Atividades Físico-Recreativas (Psicomotricidade)

Fonte: Os autores, 2014.

Na figura mostra os alunos com deficiência pulando corda, qual o professor

esta saltando com uma criança no ombro e outro aluno atrás dele. No fundo da

figura também mostra alguns alunos com deficiência intelectual participando de

outra atividade.

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Figura 6: Atividades Físico-Recreativas (Psicomotricidade)

Fonte: Os autores, 2014.

Da Coleta e Análise de Dados

Foram realizadas perguntas a 6 participantes das oficinas e as respostas

devidamente gravadas para posterior análise.

Figura 7: Questionário.

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas

(os)?

Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das

crianças (adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

Fonte: OLIVEIRA, S. F. M, 2015.

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5 RESULTADOS

Repostas de Participante 1

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“A atividade proposta se deu através da forma como foi

abordada o tema (capoeira) pois foram trabalhados de uma

forma mais lúdica está temática permitindo assim a interação

de todos”.

Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“Foi excelente, as crianças logo de início ficaram um pouco

retraídas mais em pouco tempo já estavam completamente

envolvidas pelo tema abordado, eu creio que isso se deu pelo

fato de que a capoeira tem a sua musicalidade e isso chama a

atenção dos alunos e logo depois eles são atraídos pela

gestualidade dos movimentos corporais que a capoeira tem”.

Respostas do participante 2

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“Bom, através da bocha e da capoeira podemos incluir a

participação de todos os redimencionar as regras facilitando

assim o jogo e o entendimento de todos que participaram das

atividades. Por ser um jogo novo para os que estavam

presentes, chamou muita atenção deles, como também a

capoeira que no início houve um pouco de rejeição mais com

o passar do tempo foi fluindo”.

Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“Os jovens e adultos que participaram, se sentiram muitos

felizes. Praticavam as atividades com até uma certa

competitividade e mesmo assim alguns ajudavam aqueles que

não sabiam muito. Percebi que se faz necessário atividades

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como foi realizada por nosso grupo GEAFA para incentivar os

jovens em todos os aspecto sociais, intelectuais, psicológicos

e outros”.

Respostas do participante 3

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“A atividade foi proposta basicamente para aquelas pessoas

terem o contato inicial com o jogo. Então, o jogo foi proposto

de maneira mais global sem perder o objetivo do que o jogo

realmente é, mas com o mínimo de regras possível e isso fez

com que as crianças e os adultos que lá estavam

participassem e tivessem a noção do que é realmente esse

jogo”.

Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“As crianças se envolveram o tempo todo no jogo, até porque

a atividade em si ela já é bastante atrativa. E além disso, a

falta de atividades na escola... ééé, acaba incentivando ainda

mais, incentivando a curiosidade dessas crianças. Então, algo

diferente elas vão querer fazer, e pôr a bocha ser um esporte

bastante atrativo as crianças se envolveram ainda mais”.

Respostas do participante 4

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“Dentro da oficina capoeira, procuramos todas as

possibilidades para que os alunos participassem, com a

utilização de tatames do projeto mais educação, levamos o

som da universidade e alguns instrumentos da capoeira.

Utilizamos o tatame para que a criança com algum tipo de

deficiência ficasse para realizarmos os movimentos da

capoeira, onde as demais crianças que não tinham nenhum

tipo de patologia participassem também”.

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Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“Com a utilização dos movimentos adaptados da capoeira,

que o metre Serverino Junior da AACD que adaptou, assim

fazendo com que as outras crianças jogassem a capoeira

dentro das limitações das crianças com algum tipo de

deficiência e havendo a inclusão. Também ressaltando que a

capoeira tem as suas particularidades envolvendo a música e

a movimentos corporais desafiando suas limitações e que

chamaram a atenção de todos os envolvidos”.

Respostas do participante 5

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“As propostas das atividades foram a partir de um circuito,

pois dessa forma procuramos chamar a atenção das pessoas

com algum tipo de deficiência e fazer com que todo

participasse ao mesmo tempo”.

Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“Durante toda a atividade auxiliamos os alunos para o melhor

entendimento e que eles participassem. Procuramos chamar a

atenção deles e que ficamos surpresos que um aluno de uma

das escolas que visitamos, esse aluno não falava com

ninguém da sua turma além das professoras, e durante toda a

atividade ele participou e brincou com os demais”.

Respostas do participante 6

Pergunta (A). No seu entendimento, como a atividade proposta permitiu a

participação de todas (ou da maioria) das crianças (adultos) envolvidas (os)?

“As atividades propostas permitiram a participação de todos,

por causa da simplicidade, acho que como elas foram bem

elaboradas né! De fácil entendimento para todas as faixas

etárias de idade, englobando todo o público”.

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Pergunta (B). Para você, como foi o envolvimento/percepção das crianças

(adultos) durante as atividades/exercícios propostos?

“Os adultos e as crianças foram muito envolvidos, se

dedicaram a cada vez que repetiam as atividades,

melhoravam no desempenho, por causa da familiarização,

bem envolvidos, mostraram disposição para aprender, como

executar as atividades e sempre interagindo com o outro”.

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6 DISCUSSÃO

O presente estudo trouxe como proposta apresentar as possibilidades de

atividades e as percepções de estudantes que participaram de ações destinadas

à prática de atividade física em pessoas com deficiência em regime de educação

especial. O questionário elaborado mostrou-se eficiente, tendo em vista que a

educação física inclusiva para os profissionais da área ainda é algo que se

encontra uma dificuldade de planejamento das aulas, assim a mesma respondeu

satisfatoriamente com a problemática.

Mesmo a educação física inclusiva fazendo parte do currículo da educação

física, segundo Tardif (2003, p.230) a oferta de conhecimento muitas vezes não

faz com que os estudantes façam seu próprio conhecimento eles apenas

reproduzem o lhes foi passado como forma de conhecimento. Pode-se pensar

que uma formação não necessita apenas do conhecimento científico, pois a

educação física envolve a educação corporal, movimento, e não podemos deixar

de falar dos conhecimentos práticos que é fundamental para uma boa formação

acadêmica.

A formação profissional na área de educação física inclusiva, segundo

Perrenoud (1998, 1999, 2002) enfatiza que a prática reflexiva na formação

contínua do professor é devido a uma formação inicial, por vezes superficial, que

pode se beneficiar da cooperação entre outros. A competência do professor

começa a partir da gestão de sua formação contínua, com o suporte de

implementos para projetos de formação, o professor deve estar motivado a busca

de novos conhecimentos práticas que ajudem em suas aulas.

Mesmo com a formação continuada, especializada precisa-se do contato

com a área em si. Segundo Denari (2001), Glat, Magalhães e carneiro (1998) a

capacitação de professores em uma perspectiva educacional inclusiva, sinalizam

a importância da experiência profissional cotidiana do professor em sua formação

continuada. A participação dos professores de educação física continuada

possibilita aspectos atitudinais, conceituais e procedimentais presentes na

competência profissional construída em sua formação.

Para Molina Neto (1997), esta experiência adquirida com a prática leva os

professores a manifestarem críticas ao saber universitário, nas quais reconhecem

ser importante o conhecimento que desenvolvem na prática, porém desconhecido

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e pouco considerado pelas instituições de formação. A experiência na área da

educação física inclusiva é muito importante para a formação, pois a educação

física adaptada é um tema recente, tanto na no espeço acadêmico como na vida

cotidiana, por isso algumas escolas necessitam de professores capacitados e

muitos ainda não compreendem a importância da prática de atividade física para

pessoas com deficiência.

De acordo com todo o conhecimento adquirido durante a formação, a

educação física adaptada na prática profissional vem contribuindo aos

professores, Godoy et al. (2005), observaram que professores de educação física,

os quais atuam com P.N.E.E. em instituições especializadas e que cursaram a

disciplina de E.F.A., relataram que percebem, os limites e possibilidades dos

alunos com necessidade educacionais especiais. Este fato mostra que a atuação

dos docentes reflete na atuação profissional dentro da educação física, qual a

frequência da disciplina que trata de pessoas com necessidades especiais

influência na atuação profissional.

O professor é a peça fundamental no trabalho adequado e vivência da

prática. Dentro do universo escolar ele é responsável pela inclusão, transferência

de conhecimentos e bem para a funcionalidade da vida cotidiana. Segundo Miura

(1999), o professor deve analisar e decidir sobre os processos de ensino

aprendizagem a serem aplicados com cada aluno. Esses processos de ensino

devem ser flexíveis, e adequar-se às capacidades de cada aluno.

A prática profissional do professor de educação física diante a prática

docente, segundo Tani (1988), a educação física adquire um papel

importantíssimo na medida em que estruturar o ambiente adequado para a

criança, oferecendo experiência, resultado em uma grande auxiliar e promotora

do desenvolvimento, isto é, desempenhando papel fundamental no

desenvolvimento global, pois todo seu trabalho é realizado através dos

movimentos.

Como citado anteriormente, a educação física é fundamental no

desenvolvimento, assim, a importância da atividade física para

pessoas/estudantes com deficiência intelectual, segundo Ferreira (1993) a

educação física é considerada importante no desenvolvimento infantil, pois

estimula a aquisição de habilidades motoras, cognitivas e afetivo-sociais. Ainda

assim, Zuchetto e Castro (2002) diz que a atividade física inclui benefícios,

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relacionados aos (aspectos metabólicos, cardiorrespiratórios e músculo-

osteoarticulares) como o desenvolvimento das características psicológicas,

aumento da autoestima, redução do estresse. Além desses benefícios, o esporte

também está relacionado com o desenvolvimento das qualidades sociais, como

participação na comunidade, assim desenvolvendo relações entre diferentes

grupos sociais.

Sendo assim, pode-se afirmar que a educação física adaptada é importante

para o pleno desenvolvimento de pessoas/estudantes com deficiência intelectual,

onde o profissional de educação física pode sim, planejar aulas com materiais de

baixo custo para as práticas, que realizem outras ações além das manifestações

esportivas adaptadas.

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7 CONCLUSÃO

A presente pesquisa mostrou que as atividades foram eficazes, tendo em vista

que as atividades propostas foram capazes de promover a inclusão e a

participação de todos os atores do processo. De uma forma geral, a escolha por

atividades lúdicas e a apresentação de novas possibilidades para as práticas

corporais por estudantes com algum tipo de deficiência são os principais fatores

que contribuem para a inclusão.

Futuramente propomos que sejam produzidos relatos de experiência que

possam evidenciar a participação e as percepções dos estudantes com

deficiência motora, sensorial e/ou intelectual. Recomendamos que ações com

este intuito seja, promovidas em uma maior frequência, para além das datas

comemorativas promovidas pelas escolas ou instituição física.

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