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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS Curso de Especialização em “Gestão Pública” Pós-Graduação Lato Sensu Status das competências necessárias à atuação no cargo de secretário de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus de São Carlos – SP João Augusto da Silva Affonso São Carlos 2010

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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S Ã O C A R L O S S E C R E T A R I A G E R A L D E R E C U R S O S H U M A N O S

C u r s o d e E s p e c i a l i z a ç ã o e m “ G e s t ã o P ú b l i c a ”

Pós-Graduação Lato Sensu

Status das competências necessárias à atuação no cargo de secretário de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal

de São Carlos (UFSCar), campus de São Carlos – SP

João Augusto da Silva Affonso

São Carlos 2010

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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S Ã O C A R L O S S E C R E T A R I A G E R A L D E R E C U R S O S H U M A N O S

C u r s o d e E s p e c i a l i z a ç ã o e m “ G e s t ã o P ú b l i c a ”

Pós-Graduação Lato Sensu

Status das competências necessárias à atuação no cargo de secretário de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal

de São Carlos (UFSCar), campus de São Carlos – SP

João Augusto da Silva Affonso

Monografia apresentada como requisito para a

Integralização do Curso de Especialização em Gestão

Pública da Secretaria Geral de Recursos Humanos da

Universidade Federal de São Carlos.

Orientador: Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral

São Carlos 2010

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AFFONSO, João Augusto da Silva. Status das competências necessárias à atuação do cargo

de secretário de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de são Carlos (UFSCar), campus de São Carlos – SP. 60 p.

Monografia - Secretaria Geral de Recursos Humanos da

Universidade Federal de São Carlos – Curso de Especialização em Gestão Pública (Lato Sensu) “Status das competências necessárias à atuação no cargo de secretário de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de são Carlos (UFSCar), campus de São Carlos – SP” - Universidade Federal de São Carlos, 2010.

1. Competências. 2. Mapeamento de Competências.

I. Título.

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À minha família, meu porto seguro,

em especial a Vera, esposa e mãe dedicada,

a Dalila e Clara, “anjos” em forma de filhas.

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O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo

Winston Churchill

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AGRADECIMENTOS

A “DEUS” pela vida e oportunidade de aperfeiçoar os meus conhecimentos, nesta

breve passagem;

À Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Secretaria Geral de Recursos

Humanos (SGRH) pela oportunidade oferecida e tanto desejada;

Ao Secretário Geral de Recursos Humanos e Coordenador do Curso em

Especialização em Gestão Pública, Prof. Dr. Mauro Rocha Côrtes;

Ao Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral, pela orientação, incentivo e disposição em

colaborar para realização deste trabalho;

Ao grupo de RH, pelas reuniões de estudo e sugestões apresentadas;

À Coordenação do Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais,

representado pela Prof. Dra. Dalva Matos, pelo incentivo e apoio na realização do curso;

Ao Prof. Dr.José Roberto Verani, que sempre dedicou atenção, dentro do seu pouco

tempo disponível, principalmente no início do curso;

Ao amigo Prof. Dr. Luiz Eduardo Moschini, pelo auxílio na confecção dos gráficos;

A minha família, composta pela esposa Vera, filhas Dalila e Clara, que sempre

estiveram ao meu lado, incentivando, tolerando e me pondo para cima nos momentos de baixa

estima;

As colegas de trabalho Maria Elizabeth Guimarães Moreira, Maria Madalena Marçal

Furlan e Roseli Aparecida Gonçalves, pela paciência, palavras de incentivo e colaboração em tudo;

A Roseli, mais que uma colega de trabalho, uma amiga de verdade, sempre disposta

a ajudar nos momentos de dificuldade e angústia, sinalizando o fortalecimento em busca de “DEUS”

por meio da oração;

A Anna Lucia, colega de turma, sempre disposta a auxiliar no que fosse preciso para

concretização desta monografia.

Aos Professores colegas de turma, pelo convívio e aprendizagem;

Ao amigo Alessandro Wagner Coelho Ferreira, pelo incentivo e orações, um exemplo

de superação;

Aos secretários de pós-graduação do campus da UFSCar, que colaboraram nas

respostas dos questionários;

Ao José Carlos Onofre, no auxílio da formatação do trabalho e amizade demonstrada;

A todos aqueles que de forma direta ou indireta, colaboraram para a concretização

deste trabalho.

A todos o meu MUITÍSSIMO obrigado!!!

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RESUMO

A Gestão por competências é um assunto relativamente novo, onde a eficiência e eficácia das

organizações derivam cada vez mais do misto de competências individuais e organizacionais. A

gestão por competência aplicada ao setor público visa proporcionar melhoria nos serviços prestados

à sociedade brasileira. Neste contexto o objetivo da pesquisa é analisar o status das competências

dos servidores da UFSCar na atuação no cargo de secretários de programas de pós-graduação

stricto sensu. O método utilizado foi o estudo de caso e compreendeu a aplicação de dois

questionários aos servidores das secretarias de pós-graduações da UFSCar, campus de São Carlos,

objeto de estudo do trabalho. Os resultados obtidos foram: 1) Lista das atividades desempenhadas

pelos servidores; 2) Glossário de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) e; 3)

Identificação dos indicadores de domínio e importâncias dos atributos de competência. Conclui-se

que a pesquisa contribui para as iniciativas em Gestão de Pessoas por competências no setor

público.

Palavras-chave: 1) Competências; 2) Mapeamento de Competências

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CoPG: Conselho de Pós-Graduação

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

PCCTAE Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação

ProAP: Programa de Aperfeiçoamento Pessoal

PPGAS: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

PPGBiotec: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia

PPGCC: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação

PPGCEM: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais

PPGCF: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas

PPGCiv: Programa de Pós-Graduação em Construção Civil

PPGCSo: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

PPGCTS: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade

PPGE: Programa de Pós-Graduação em Educação

PPGECE: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas

PPGEEs: Programa de Pós-Graduação em Educação Especial

PPGEnf: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

PPGEP: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção

PPGEQ: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química

PPGERN: Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais

PPGEs: Programa de Pós-Graduação em Estatística

PPGEU: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana

PPGF: Programa de Pós-Graduação em Física

PPGFil: Programa de Pós-Graduação em Filosofia

PPGFt: Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

PPGGEv: Programa de Pós-Graduação em Genética e Evolução

PPGIS: Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som

PPGL: Programa de Pós-Graduação em Lingüística

PPGM: Programa de Pós-Graduação em Matemática

PPGPol: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política

PPGPsi: Programa de Pós-Graduação em Psicologia

PPGQ: Programa de Pós-Graduação em Química

PPGS: Programa de Pós-Graduação em Sociologia

PPGTO: Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional

ProPG: Pró-Reitoria de Pós-Graduação

QVT: Qualidade de Vida no Trabalho

SIn: Secretaria Geral de Informática

SGRH: Secretaria Geral de Recurso Humanos

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UFSCar: Universidade Federal de São Carlos

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LISTA DE DECRETO E LEI

– Decreto nº 5.707, de 12 de fevereiro de 2006.

Institui a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da administração pública

federal direta, autárquica e fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei no 8.112, de 11 de

dezembro de 1990.

– Lei nº 11.091/2005, de 12 de janeiro de 2005, publicada no D.O.U. em 13.01.2005.

Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em

Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Os desafios do modelo da competência ....................................................................... 20

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Gráfico da Competência do Conhecimento................................................................... 41

Gráfico 2: Gráfico da Competência da Habilidade......................................................................... 42

Gráfico 3: Gráfico da Competência da Atitude............................................................................... 44

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: CHA de competências ................................................................................................... 22

Quadro 2: Competência individual para o profissional ................................................................... 22

Quadro 3: Passos para realização do mapeamento ...................................................................... 28

Quadro 4: Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da UFSCar - Campus de São Carlos

existentes em abril/2010, caracterização dos profissionais que trabalham na

secretaria do Programa ................................................................................................. 31

Quadro 5: Desenvolvimento do Trabalho ....................................................................................... 32

Quadro 6: Núcleo comum das atividades desenvolvidas pelos secretários dos programas de

pós-graduação da UFSCar no campus de São Carlos. ................................................ 33

Quadro 7: Núcleo específico das atividades desenvolvidas pelos secretários dos programas

de pós-graduação da UFSCar no campus de São Carlos ............................................ 35

Quadro 8: Glossário de Atributos para Secretários de Pós-Graduação Stricto sensu da UFSCar

no Campus de São Carlos............................................................................................. 37

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14

1.1 Problema de Pesquisa .......................................................................................................... 14

1.2 Objetivo.................................................................................................................................. 15

1.3 Objetivos Específicos ............................................................................................................ 15

1.4 Justificativa ............................................................................................................................ 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................... 17

2.1 Competências........................................................................................................................ 17

2.1.1 Competência Individual ......................................................................................................... 21

2.1.2 Competência Organizacional ................................................................................................ 22

2.2 Modelos de Gestão de Pessoas por Competência............................................................... 23

2.3 Iniciativas nas Instituições Públicas ...................................................................................... 25

2.4 Mapeamento de competência ............................................................................................... 27

3 MÉTODO DE PESQUISA ..................................................................................................... 29

4 RESULTADOS ...................................................................................................................... 33

4.1 Atividades Desempenhadas.................................................................................................. 33

4.2 Glossário de Atributos ........................................................................................................... 36

4.3 Indicadores de Competência................................................................................................. 40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 47

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................. 49

APÊNDICE A...................................................................................................................................... 52

APÊNDICE B...................................................................................................................................... 58

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1 INTRODUÇÃO

No contexto atual, a eficiência e a eficácia das organizações parecem

derivar, cada vez mais, de sua capacidade em desenvolver competências e de

integrá-las em torno dos objetivos organizacionais. No setor privado estes

pressupostos parecem já estar fundamentando a prática gerencial. O setor público

também tem procurado adotar a gestão por competências na expectativa de

melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos (GUIMARÃES, 2000).

As iniciativas na pós-graduação são muito relevantes para a formação

de pessoas e na geração de conhecimento científico e tecnológico e seu sucesso se

deve ao desempenho dos servidores (técnico-administrativos e docentes) da

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Desde a sua criação, a UFSCar teve

como política institucional priorizar a contratação de servidores docentes e técnico-

administrativos em regime de trabalho em tempo integral, e dedicação exclusiva no

caso dos docentes (SGUISSARDI, 1993).

Neste contexto, a gestão por competências pode ser útil para nortear a

orientação profissional, a avaliação de desempenho, o planejamento de carreira e o

desenvolvimento de competências dos servidores públicos federais, especificamente

dos secretários de Pós-Graduação Stricto sensu da UFSCar, proporcionando

melhorias na qualidade dos serviços prestados à sociedade.

1.1 Problema de Pesquisa

Os secretários de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal

de São Carlos, campus de São Carlos, estão situados no perfil específico exigido

para desempenhar a função do cargo com competência?

Os atributos exigidos pela Instituição ao cargo são compatíveis com o

perfil desejado?

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1.2 Objetivo

A partir do problema de pesquisa apresentado anteriormente, o objetivo

deste trabalho é analisar o status de competências dos servidores da UFSCar na

atuação no cargo de secretários de programas de pós-graduação stricto sensu,

campus de São Carlos.

1.3 Objetivos Específicos

Com base no objetivo geral, podem ser apresentados os seguintes

objetivos específicos desse trabalho:

Mapear as atividades desempenhadas pelos servidores na atuação

no cargo de secretário de pós-graduação stricto sensu da UFSCar,

campus São Carlos.

Mapear as competências necessárias aos servidores na atuação

no cargo nas secretarias dos Programas de Pós-Graduação Strictu

Sensu da UFSCar, campus São Carlos.

Elaborar um glossário de competências (Conhecimento, Habilidade

e Atributos).

Elaborar indicadores de competência.

Contribuir para as iniciativas de implantação da gestão de

competências no setor público, em especial na UFSCar.

De acordo com os objetivos citados, a próxima seção compreende o

embasamento teórico que fundamenta esse trabalho.

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1.4 Justificativa

Esse estudo poderá auxiliar a Instituição, no desenvolvimento de suas

políticas de Gestão por Competências, incrementando ações que visem a melhoria

da qualidade dos serviços prestados pelos servidores à clientela acadêmica e

científica, oferecendo condições estruturais de apoio, entre elas: motivação,

capacitação, qualidade de vida no trabalho e principalmente, conscientização da

visão estabelecida pela Instituição no cumprimento de suas metas, onde as pós-

graduações da UFSCar, desenvolvem um papel significante neste contexto.

Isto posto, poderá contribuir para a eficiência, eficácia e

consequentemente a efetividade do desenvolvimento das competências (CHA)

necessárias para à atuação dos atuais e futuros secretários de pós-graduação stricto

sensu da UFSCar, campus de São Carlos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Carvalho et al. (2009), cabe ao setor público adaptar-se a

série de mudanças que o mundo vem sofrendo em ritmo cada vez maior e mais

acelerado, assim como todas as outras esferas da sociedade.

Assim, independente das crises, o Estado possui um papel primordial

na dinâmica social, que não pode ser diminuído. O desafio é atuar para atender às

demandas da sociedade. É ai que reside a importância do setor público. Seguindo

a tendência de mudanças, foi/é preciso diagnosticar onde está a fragilidade do setor,

para que então, se crie iniciativas a fim de suprimi-las.

Para Carvalho et al. (2009), vivemos em um contexto de mudanças, em

que a definição de áreas de atuação e papéis a serem desempenhados em cada

uma delas é o início do processo de delimitação do âmbito de atuação do Estado. É

a partir do reconhecimento das deficiências do setor público e a busca de soluções

para elas, que se alcançará com êxito o objetivo do serviço público: fazer com que o

Estado funcione no dia a dia e atenda às expectativas de cada cidadão.

Novas práticas de gestão estão sendo implementadas no setor público,

visando a melhoria doas serviços prestados. Como por exemplo, a gestão de

competências, temática discutida na próxima seção.

2.1 Competências

Segundo Zarifian (2001), as mutações profundas que sofrem o trabalho

e sua organização, só podem ser compreendidas quando recolocadas no contexto

histórico. São elas que, decididamente, explicam o motivo da importância adquirida

pela temática da competência. Por sua vez, são questões que só podem ser

apreciadas levando-se em conta longos períodos de tempo, pois as próprias

mutações do trabalho produzem efeito em escala de dezenas de anos. Para o

referido autor, concentrar-se apenas na conjuntura é correr um risco enorme.

Diante de um determinado evento, a competência deve ser

automobilizada pelo indivíduo que se encontra na situação real, em seguida, deve

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ser reconsiderada em uma análise a posteriori do evento. Existe então uma parcela

indispensável de iniciativa que provém do próprio indivíduo, que não pode provir de

prescritores nem da estrutura organizacional. O trabalho recoloca-se na

interioridade do trabalhador, não apenas de um ponto de vista cognitivo, mas

também do ponto de vista da motivação e do comportamento social solicitado pelas

situações de evento (Zarifian, 2001).

Num universo de tempo, em que as coisas mudam radicalmente: não é

mais possível basear-se na simples repetição e no tempo que se ocupou um posto.

A aquisição de experiência deve ser organizada como tal, sendo ela efetivamente

em torno do ciclo:

─ confronto direto com os eventos;

─ análise crítica e sistemática desses eventos (de suas causas, dos sucessos e

dos fracassos de tentativas feitas para dominá-los etc.);

─ antecipação preventiva desses eventos. O evento significa que a competência

profissional não pode mais ser enclausurada em definições prévias de tarefas a

executar em um posto de trabalho. Sobretudo, ela não pode mais ser incluída no

trabalho prescrito. A competência profissional consiste em fazer frente a eventos

de maneira pertinente e com conhecimentos de causa. E essa competência é

propriedade particular do indivíduo, e não do posto de trabalho. Aliás, seria

absurdo falar de um posto de trabalho competente (Zarifian, 2001)!

Para Zarifian (2001), a competência não é uma negação da

qualificação. Pelo contrário, nas condições de uma produção moderna, representa o

pleno reconhecimento do valor da qualificação.

Zarifian (2001, 66) afirma que:

A competência profissional é definida como uma combinação de conhecimento, de saber-fazer, de experiência e comportamentos que se exerce em um contexto preciso. Ela é constatada quando de sua utilização em situação profissional, a partir da qual é passível de validação. Compete então à empresa identifica-la, avalia-la, validá-la e faze-la evoluir.

De acordo com o autor, a competência também é “o tomar iniciativa” e

“o assumir responsabilidade” do indivíduo diante de situações profissionais com os

quais se depara.

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19

Segundo Zarifian (2001), ela também é um entendimento prático de

situações que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em

que aumenta a diversidade das situações. A formalização dos novos conhecimentos

adquiridos pode revelar-se em um poderoso meio de incentivar o entendimento das

situações e, ao mesmo tempo, sistematiza-lo e difundi-lo.

Ao enfatizar a definição de competência, a tomada de iniciativa e de

responsabilidade, fica evidente que Zarifian (2001) privilegia uma atitude social e

funcionamentos organizacionais novos, que a competência requer, relativamente

aos saberes que ela mobiliza.

Quanto a noção de competência, Zarifian (2001), também mostra que

ela é multidimensional, envolvendo facetas que vão do individual, ao sociocultural,

situacional (contextual-organizacional), processual, instituída e instituinte. Por tudo

isso não, pode ser confundida como mero desempenho. Além disso, pode ser um

constructo, o que se aprende são manifestações específicas cujos conteúdos não

são universais.

A lógica da competência traz em primeiro lugar, o estabelecimento de

uma escolha clara: a direção de uma empresa não pode, ao mesmo tempo,

preconizar o desenvolvimento, a mobilização e a valorização das competências dos

assalariados e empregar cálculos “idiotas e perversos” de produtividade do emprego

nos quais estes mesmos assalariados são considerados custos a reduzir. Se a

empresa apostar simultaneamente nessas duas opções, acabará por destruir a

validade e a legitimidade do procedimento competência, Isto é evidente. A

competência não é obtida em um clima de forte insegurança. Nesse clima, obtém-se

apenas servilismo (Zarifian, 2001).

O que diferencia a competência de um trabalho taylorizado é que ela

expressa uma autonomia de ação do indivíduo (em uma equipe de trabalho, em uma

rede de trabalho etc.), que se engaja subjetiva e voluntariamente, em virtude de

suas iniciativas, na melhoria do valor produzido. Esse engajamento pode-se

manifestar em termos de reatividade às demandas dos clientes, em termos de

sensibilidade à emergência de novas necessidades, em termos de melhoria do

serviço prestado etc (Zarifian, 2001).

Contudo, a competência não substitui a profissão, mas lhe dá um novo

significado. É em torno desse novo significado que, provavelmente, as pertinências

(pouco usado) e as identidades poderão redefinir-se (Zafirian, 2001).

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20

Zarifian (2003) considera que o assalariado-empresário não vende, em

troca do salário, a disponibilidade de sua competência. Ele vende o resultado que

essa competência produz e que ele garante. Para o autor, os assalariados

mobilizam mais sua competência na medida em que ela é reconhecida. O

reconhecimento não é um “depois” que vem, de algum modo, recompensar um

esforço particular, mas um “durante” que vem sustentar e legitimar o esforço que

representa a transformação da “profissionalidade”. O mais forte reconhecimento que

pode esperar um assalariado é ver reconhecida e solicitada (solicitada por ter sido

reconhecida) sua contribuição profissional, e em especial seu potencial de

criatividade e de capacidade de iniciativa.

A Figura 1 apresenta uma síntese da aplicação da competência em

uma situação de trabalho em uma organização.

RECURSOS INDIVIDUAIS (escola, diploma, experiência, formação contínua, disposições éticas...)

SITUAÇÕES PROFISSIONAIS E TOMADAS DE INCIATIVA CRUZADAS

(confrontação bem-sucedida com as situações, os acontecimentos, os clientes, os problemas...)

RECURSOS COLETIVOS MOBILIZÁVEIS

(apoio de colegas, guias, casos exemplares, redes de peritos, açõe de formação, fluxo de informações...)

FIGURA 1: Os desafios do modelo da competência

Fonte: Zarifian (2003 , p. 89)

Uma situação de trabalho consiste numa problemática que envolve

toda a organização e demanda a reflexão de um ou mais indivíduos, representantes

de um campo de responsabilidade, sobre como suas iniciativas afetarão os demais

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indivíduos e seus respectivos campos na organização. Assim, uma situação de

trabalho é um agir coletivo (Zarifian, 2003).

Dessa forma, a Figura 1 representa um conjunto, mais

especificamente, o conjunto de recursos que determina um bom desempenho

organizacional. As habilidades individuais, sem iniciativas e sem a coletividade, não

são suficientes; assim como, apenas o apoio coletivo não irá adiantar para se

alcançar um determinado objetivo, pois é na junção de recursos individuais, tomadas

de iniciativas, bom desempenho diante das situações de trabalho e mobilização de

recursos coletivos que se pode conseguir a excelência.

2.1.1 Competência Individual

Segundo Fleury (2002, p. 55),

A competência individual encontra limites, mas não sua negação, no nível dos saberes alcançado pela sociedade, ou pela profissão do indivíduo, numa época determinada. As competências são sempre contextualizadas. Os conhecimentos e o know-how não adquirem status de competência a não ser que sejam comunicados e utilizados. A rede de conhecimento em que se insere o indivíduo é fundamental para que a comunicação seja eficiente e gere competência.

Para Rabaglio (2005, p. 17), “conhecimentos, habilidades e atitudes

são os diferenciais de cada pessoa e tem impacto em seu desempenho e

consequentemente nos resultados atingidos”.

O conceito de competência utilizado neste trabalho está representado

no Quadro 1.

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22

C H A CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDES

SABER SABER FAZER QUERER FAZER O que sabemos mas não

necessariamente colocamos em prática

O que praticamos, temos experiência e

domínio sobre

As características pessoais, que nos levam a praticar ou não o que

conhecemos e sabemos Quadro 1: CHA de competências.

Fonte: Rabaglio (2005).

O conceito de competência individual compreende um conjunto de

saberes, conforme pode ser visualizado no Quadro 2 (Fleury, 2002).

Saber agir Saber o que e por que faz Saber julgar, escolher, decidir.

Saber mobilizar recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e competências

Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.

Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber se desenvolver.

Saber se engajar e se comprometer Saber empreender, assumir risco. Comprometer-se.

Saber assumir responsabilidades Ser responsável, assumindo os risco e as competências de suas ações, sendo por isso reconhecido.

Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da organização, seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas.

Quadro 2: Competência individual para o profissional.

Fonte: Fleury (2002).

As competências individuais agregam valor econômico para a

organização e social para o indivíduo.

2.1.2 Competência Organizacional

Segundo Fleury (2002), a competência organizacional é a capacidade

de uma organização combinar, misturar e integrar recursos em produtos e serviços

aos clientes.

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Segundo Zarifian (1999) apud Fleury e Fleury (2001, p. 189),

diferencia as seguintes competências em uma organização:

Sobre processos: conhecer o processo de trabalho. Técnicas: conhecer especificamente o trabalho a ser realizado. Sobre a organização: saber organizar os fluxos de trabalho. De serviço: aliar à competência técnica a pergunta ‘que impacto este

produto ou serviço terá sobre o consumidor final?’ Sociais: saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos

das pessoas.

2.2 Modelos de Gestão de Pessoas por Competência

Para Fischer (2002, p. 11), “toda e qualquer organização depende, em

maior ou menor grau, do desempenho humano para seu sucesso”. Por esse motivo,

desenvolve e organiza uma forma de atuação sobre o comportamento que se

convencionou chamar de modelo de gestão de pessoas.

Segundo Fischer (2002, p. 12),

Entende-se por modelo de gestão de pessoas a maneira pela qual uma organização, privada ou pública, se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. Para isso, a organização se estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas ou processos de gestão. Através desses mecanismos, se implanta diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.

Para Fischer (2002), tudo aquilo que interfere de alguma maneira nas

relações organizacionais pode ser considerado um componente do modelo de

gestão de pessoas. O comportamento organizacional não é produto direto de um

processo de gestão, mas o resultado das relações pessoais, interpessoais e sociais

que ocorrem na empresa. Gestão de pessoas significa orientação e direcionamento

desse agregado de interações humanas.

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24

De acordo com Fischer (2002), as grandes correntes de gestão de

pessoas são classificadas em quatro categorias: Modelo de gestão de pessoas

articuladas com o Departamento de Pessoal, como gestão de comportamento, como

gestão estratégica e, finalmente como vantagem competitiva.

O advento da era da competitividade exigiu novo papel da gestão de

recursos humanos. A intenção de estabelecer veículos cada vez mais estreitos

entre o desempenho humano e os resultados do negócio da empresa, já presente na

fase anterior, se intensifica a ponto de requerer nova definição conceitual do modelo.

A ênfase na competição, presente nas obras de Porter, Hammer e Prahalad,

direciona de forma decisiva toda a teoria organizacional e cria bases do surgimento

de um modelo de gestão de pessoas baseado nas competências. Essa produção

teórica tem origem nas mudanças ocorridas nos mercados internacionais a partir da

década de 1980. Nessa época, a chamada ofensiva japonesa desestabilizou a

hegemonia das grandes corporações americanas, tornando a busca da

competitividade um tópico recorrente na literatura sobre gestão empresarial. Nela

passaram a predominar temas como estratégia competitiva, reengenharia e

reestruturação, competências essenciais e reinvenção do setor (FISCHER, 2002).

De acordo com Hipólito e Reis (2002) as avaliações fazem parte do

cotidiano de qualquer organização, sendo necessárias para averiguar a correção

das ações organizacionais e identificar as necessidades de revisão e melhoria

(SOUZA, 2009, p. 87). Mesmo que de maneira informal, a cada momento os

gestores se envolvem em algum processo de avaliação – inclusive de pessoas -, e

os profissionais se vêem refletindo (avaliando) se suas decisões, suas ações e seus

encaminhamentos de carreira se dirigem ao encontro de expectativas previamente

programadas.

Segundo Limong-França (2002), a qualidade de vida no trabalho vem

ganhando expressão cada vez maior no ambiente empresarial brasileiro dentro das

estratégias de gestão de pessoas, seja por aumentar a produtividade, seja como

peça importante da competitividade e da modernidade da gestão de pessoas, seja

no atendimento das exigências dos clientes, o fato é que, por meio de melhorias das

condições de trabalho, que fazem parte do escopo dos programas de Qualidade de

Vida no Trabalho (QVT); os resultados obtidos podem ter alcançado os objetivos

empresariais, auxiliando a organização a enfrentar o ambiente competitivo e a

comprometer as pessoas com o negócio da empresa. Muitas inovações de gestão

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25

foram desejadas pelos que trabalham em sistemas produtivos. O desafio da QVT é

aprofundar o reconhecimento da dimensão essencial do compromisso do ser

humano com as organizações e gerar melhore condições de vida.

De acordo com Dutra (1996), para tornar o trabalho uma atividade

alegre e criativa, não basta apenas alterar as formas de organização do trabalho,

mas também é fundamental que seja estimulada uma revisão da postura das

pessoas frente ao seu trabalho, a partir do autoconhecimento em termos de

preferências e projeto de vida.

Nas empresas onde, diante da crescente complexidade técnica e

organizacional, as estruturas e estratégias que prevalecem são as que oferecem

maior flexibilidade e agilidade para adaptação aos estímulos ambientais, a visão da

carreira é bem diferente. Nestas empresas, há necessidade de trabalhadores em

contínuo processo de qualificação e com maior mobilidade profissional; desse modo,

a responsabilidade pela administração de carreira é vista como sendo compartilhada

entre a empresa e a pessoa. Este aspecto é fruto de mudanças nos padrões de

relações de trabalho que vêm sendo adotados pelas empresas expostas a pressões

concorrenciais mais acirradas. Para que estas empresas se insiram em seus

mercados com vantagens competitivas, elas necessitam engajar e comprometer as

pessoas com os resultados de seu trabalho. Este engajamento e comprometimento

não pode ser obitdo apenas pela vontade da empresa, ou seja, não pode ser

decretado ou imposto ao trabalhador; trata-se de um processo intrínseco, resultado

da motivação da pessoa para executar seu trabalho, de seus valores e de seus

talentos e habilidades (DUTRA, 1996).

2.3 Iniciativas nas instituições Públicas

Segundo Carvalho et al. (2009), o mundo vive um ritmo de

transformações cada vez mais aceleradas. O setor público não poderia ficar

indiferente. No Brasil, desde a Constituição de 1988, o setor público vem sendo um

processo de descentralização (Estado), desburocratização, democratização, ou seja,

uma nova noção de relacionamento entre Estado, mercado e sociedade.

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26

As mudanças estão acontecendo também, no que diz respeito à

tecnologia, exigindo um esforço cognitivo cada vez maior dos trabalhadores. Além

de exigir maior qualificação, o novo cenário estabelece maior fluidez nas atividades

profissionais. Com isso, a sociedade conta com os servidores públicos, para fazer

com que o Estado funcione no dia a dia e atenda às expectativas de cada cidadão

(CARVALHO et al., 2009).

De acordo com Carvalho, por muito tempo, houve uma visão de que o

servidor público era uma categoria subordinada à autoridade do Estado, provocando

distorções no modo como a sociedade via os servidores, sendo que cada país, ao

organizar o seu serviço público, pode optar por duas orientações básicas (formas de

gerenciamento da sua mão de obra): sistema de carreira ou emprego (CARVALHO

et al., 2009).

Hoje, a administração pública no Brasil direciona esforços para a

profissionalização e modernização do setor, a fim de melhorar a gestão e prestar

melhores serviços à sociedade. Para isso, as escolas de governo, dividem-se,

basicamente, em áreas temáticas de atuação. Cada uma dessas áreas pode

compreender milhares de servidores (CARVALHO et al., 2009).

Esse posicionamento do governo brasileiro deu origem ao Decreto nº

5.707, de 23 de fevereiro de 2006, institui a Política e as Diretrizes para o

Desenvolvimento de Pessoal da administração pública federal direta, autárquica e

fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de

1990. O objeto e o âmbito de aplicação do referido decreto estão explicitados nos

incisos dos seguintes artigos:

Artigo 1º; Inciso III - Finalidades:

“Adequação das competências requeridas dos servidores aos objetivos das

instituições, tendo como referência o plano plurianual.”

Artigo 2º; Inciso II - Entende-se por Gestão de Competência:

“Gestão por competência: gestão da capacitação orientada para o desenvolvimento

do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho

das funções dos servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituição.”

Sendo, as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento de

Pessoal:

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27

Artigo 3º; Inciso I - Finalidades:

“Incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de capacitação voltadas

para o desenvolvimento das competências institucionais e individuais.”

Artigo 5º; Inciso III - Entende-se por Gestão de Competência:

“Sistema de gestão por competência.”

Com isso, vários órgãos públicos têm implementando a gestão por

competência como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística), que tem procurado aproximar ao máximo as

competências existentes em suas instituições/organizações daquelas necessárias

para o alcance de seus objetivos.

No Banco do Brasil, essa aproximação se deu através da implantação

de diversos cursos presenciais ou a distância implementados pela Universidade

Corporativa Banco do Brasil e através publicação de diversos fascículos. (#)

De acordo com o Art. 4º do Decreto nº 5.707, são consideradas

Escolas de Governo: “as instituições destinadas, precipuamente, à formação e ao

desenvolvimento de servidores públicos, incluídas na estrutura da administração

pública federal direta, autárquica e fundacional”.

Nesse sentido, o grande desafio das escolas do governo é articular a

gestão da educação para o trabalho com o referencial de competências que são

exigidas aos servidores (Carvalho et al., 2009).

2.4 Mapeamento de Competência

Para Rabaglio (2005), mapear competências significa identificar as

competências técnicas e comportamentais que são pré-requisitos para o

desenvolvimento das tarefas e consequentemente o atingimento das estratégias das

Organizações. Isto pode ser feito através de Indicadores de Competências que

fornecem as informações necessárias para o mapeamento do perfil desejado.

Para a autora, também, a realidade que temos nas organizações

públicas é que a maioria dos servidores não foi selecionada com estes critérios, por

isso temos muitas pessoas fora do perfil do cargo, com necessidade de

Desenvolvimento de Competências.

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28

Com isso, para mapear o perfil de competências é necessário ter todas

as informações a respeito de um determinado “cargo” para se chegar a conclusão de

quais conhecimentos, habilidades e atitudes são imprescindíveis para o sucesso das

atividades a ser desempenhadas. A descrição do cargo é uma fonte de informação

importante que poderá indicar várias Competências (Técnicas e/ou

Comportamentais) (RABAGLIO, 2005).

Segundo Amaral (2008), para o mapeamento de competências deve-se

construir uma base de referência que potencialize a eficiência do processo de

mapeamento.

Com isso, cria-se um glossário cuja função é permitir a obtenção de um

consenso sobre os conceitos compreendidos pelos atributos (CHA) de

competências, “de forma que os membros da organização possuam a mesma

compreensão de seus significados” Amaral (2008, p. 11).

A fim de melhor elucidar o que foi dito anteriormente, o Quadro 3

apresenta os passos para a realização do mapeamento de competências.

Passos Descrição

Buscar as percepções de competências organizacionais

Extrair da cultura e da estratégia organizacional todas as informações capazes de definir atributos de competência válidos para todos na organização.

Buscar as percepções de competências para os cargos a serem mapeados

Extrair as informações específicas a cerca dos cargos que permitirão elencar os atributos de competência necessários a cada um deles.

Extrair das percepções os atributos de competência imprescindíveis para a eficácia do colaborador no cargo

Gerar, para cada cargo, uma lista dos atributos (conhecimentos, habilidades e atitudes) necessários ao melhor desempenho do profissional no cargo.

Agrupar os atributos similares Analisar o conjunto dos atributos, buscando similaridades que facilitem a criação das competências.

Definir e formar as competências para cada cargo

Definir competências específicas através dos grupos de atributos.

Quadro 3: Passos para realização do mapeamento

Fonte: Adaptado de Ruzzarin (2002) citado por Amaral (2008, p.9).

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29

3 MÉTODO E DESENVOLVIMENTO

Esta seção contém o método da pesquisa e sua respectiva

caracterização em detrimento dos objetivos a serem alcançados e a forma como se

buscou encontrar seus resultados. Foram definidos os sujeitos da pesquisa, suas

variáveis e os instrumentos utilizados para a coleta de dados.

A análise quantitativa torna-se mais adequada para apurar opiniões e

atitudes dos entrevistados, pois se utilizou de instrumentos estruturados, por

exemplo: questionário (IBOPE, 2010).

No entanto, a abordagem de pesquisa adotada foi a quali-quantitativa,

pois a análise dos dados, coletados junto aos servidores das secretarias de

pós-graduação stricto sensu da UFSCar, compreendeu a quantificação das

percepções dos mesmos quanto as competências necessárias à sua atuação nas

secretarias.

O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso exploratório

(ALVES-MAZZOTTI, 2006), que compreendeu a aplicação de 02 (dois)

questionários, observação das iniciativas de gestão por competência na UFSCar e o

engajamento deste pesquisador. O objeto de estudo foram as secretarias dos

cursos de pós-graduação da UFSCar em especial, os servidores atuantes nas

secretarias.

A pesquisa exploratória foi considerada o tipo de pesquisa mais

indicada para este trabalho, pois segundo Mattar (1996) é necessário munir o

pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema e o problema da pesquisa.

Este tipo de pesquisa utiliza métodos muito abrangentes, versáteis e técnicas como:

levantamento em fontes primárias e secundárias, levantamento de experiências,

estudo de caso, etc.

No desenvolvimento do trabalho foi aplicado junto aos servidores,

atuantes nos cargos de secretário de pós-graduação strictu sensu da UFSCar,

campus de São Carlos, dois questionários estruturados, contendo questões abertas

sobre atividades desempenhadas e competência necessárias a sua atuação

(APÊNDICE A).

Os questionários aplicados foram do tipo estruturado, pois

apresentavam uma lógica de questões, não podendo ser modificadas ou alteradas

pelo entrevistador (SAMARA; BARROS, 1997).

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30

As questões que compõem os questionários são do tipo abertas e

fechadas. As perguntas abertas são aquelas em que o entrevistado responde

livremente sobre o que pensa de um determinado assunto, sendo estimulado para

isso. Por sua vez, as perguntas fechadas são aquelas que só tem uma resposta e

são usadas para avaliar conhecimento ou pedir informação (FOELKER, 2008).

A aplicação do 1º Questionário aos Secretários teve como objetivo

conhecer as atividades desenvolvidas pelos secretários de pós-graduação e

identificar um núcleo de atividades comum a todos os secretários conforme descritos

no APÊNDICE B e PCCTAE (Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos

em Educação). Para elaboração deste questionário utilizou-se a descrição do cargo,

a experiência do autor (que exerce a função de secretário de pós-gradução) e o

trabalho de Boriolo (2008). O 1º questionário foi encaminhado aos 30 secretários

efetivos dos programas de pós-graduação stricto sensu da UFSCar, campus de São

Carlos, dos quais foram respondidos 29 questionários,

Atualmente, o campus da UFSCar na cidade de São Carlos é

composto por 29 secretarias de programas de pós-graduação, conforme Quadro 4,

sendo que todas possuem secretários responsáveis pelas atividades administrativas.

No entanto, nem todos os secretários são servidores do quadro efetivo da

Universidade, havendo estagiários e outros contratados para trabalhar em projetos

dentro da própria secretaria. O Quadro 4 apresenta a distribuição dos servidores

em relação as secretarias de pós-graduação na UFSCar.

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Nº Programa de Pós-Graduação Conc./ efetivo Estagiário Por projeto Voluntário outros TOTAL

1 Antropologia Social 01 02 - - - 03 2 Biotecnologia 01 01 - - - 02 3 Ciência da Computação 01 01 - - - 02 4 Ciência e Engenharia de Materiais 01 02 - 01 - 04 5 Ciência Política 01 01 - - - 02 6 Ciência, Tecnologia e Sociedade 01 01 - - - 02 7 Ciências Fisiológicas 01 - - - - 01 8 Ciências Sociais * - - - - - - 9 Construção Civil 01 01 - - - 02 10 Ecologia e Recursos Naturais 02 - - 01 - 03 11 Educação 01 02 - 01 - 04 12 Educação Especial 01 02 - - - 03 13 Enfermagem 01 01 - - - 02 14 Engenharia de Produção 01 - 01 - - 02 15 Engenharia Química 01 - - - 01 02 16 Engenharia Urbana 01 01 - - - 02 17 Ensino de Ciências Exatas 01 - - - - 01 18 Estatística 01 - - - - 01 19 Filosofia 01 - - - - 01 20 Física 01 01 - - - 02 21 Fisioterapia 02 01 - - - 03 22 Genética e Evolução 01 01 - - - 02 23 Imagem e Som 01 - - - - 01 24 Lingüística 01 - 01 - - 02 25 Matemática 01 01 - - - 02 26 Psicologia 01 01 - - - 02 27 Química 01 02 - - - 03 28 Sociologia 01 01 - - - 02 29 Terapia Ocupacional - 01 - - - 01 30 TOTAL 29 24 02 03 01 59

Quadro 4: Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da UFSCar - Campus de São Carlos

existentes em abril/ 2010, caracterizando os profissionais que trabalham na secretaria do Programa

Fonte: Pesquisa de Campo, abril 2010

* Os profissionais que trabalham no PPGAS – Antropologia Social, também trabalham no PPGCSo - Ciências Sociais, pois este programa deverá encerrar suas atividades com as titulações dos alunos remanescentes, obedecendo uma reestruturação, realizada com a implantação de novos programas.

A aplicação do 2º Questionário aos Secretários dos PPGs da UFSCar,

campus de São Carlos, visou a identificação das percepções de competências

necessárias à atuação do cargo de secretário de pós-graduação da UFSCar. No 2º

questionário foi solicitado aos respondentes que informassem:

1) Quais características positivas que você aprecia em um secretário de

pós-graduação no desempenho de sua atividade (Gosto).

2) Quais características que você não aprecia de um secretário de pós-graduação

no desempenho de sua atividade (Não gosto).

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3) Quais características o secretário de pós-graduação deveria possuir, visando a

melhoria da sua atuação (Ideal seria).

O 2º questionário foi respondido por um grupo de 22 (vinte e dois)

servidores efetivos que atuam nas secretarias de pós-graduação, sendo que a

aplicação deste foi realizada através de “administração indireta”, ou seja, os

entrevistados escreveram as respostas de próprio punho, sem a presença do

entrevistador, pois receberam o questionário para responder e devolverem em data

posterior ao pesquisador.

O procedimento de análise dos dados coletados na aplicação do 2º

Questionário compreendeu:

Conversão das percepções em características positivas.

Classificação das percepções em atributos de competência.

Elaboração dos indicadores de competência.

O desenvolvimento do trabalho foi sintetizado no Quadro 5.

Passos Discriminação Passo 1 Identificação das atividades Passo 2 Coleta das percepções de competência:

- Gosto - Não Gosto - Ideal Seria

Passo 3 Conversão das percepções de competência em características positivas Passo 4 Classificações das características positivas em atividades de competência, com apoio

de um glossário Passo 5 Elaboração de indicadores de competência:

- Importância da competência - Domínio da competência

Passo 6 Elaboração de um glossário de atributos de competência Passo 7 Análise dos resultados

Quadro 5: Desenvolvimento do Trabalho.

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33

4 RESULTADOS

Nesta seção estão descritas as atividades nucleadas desempenhadas

nas secretarias de pós-graduação, o glossário de atributos de competências e os

indicadores de competência: importância e domínio.

4.1 Atividades Desempenhadas

No Quadro 6 estão descritas as atividades desempenhas nas

secretarias de pós-graduação pelos servidores atuantes no cargo de secretário de

pós-graduação da UFSCar no campus de São Carlos,

Atividades (tarefas) desenvolvidas pelos secretários na sua Pós-Graduação SIM NÃO EM

BRANCO Administrar informações para a CAPES, criando formulários padronizados que identifiquem a produção intelectual de docentes e pós-graduandos. 26 2

Registrar a movimentação do ano base do Programa, como: disciplinas ministradas, atuação acadêmica dos docentes e discentes ingressantes, novos projetos, titulações concluídas e informações complementares.

26 2

Alimentar/atualizar o banco de dados do Programa junto ao sistema propgweb da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG). 27 1

Criar/atualizar banco de dados do Programa (cadastrar alunos e docentes, participantes, disciplinas, freqüências, conceitos, bolsas, defesas, resumos de dissertações/teses e outras).

27 1

Realizar o cadastro dos alunos no sistema da ProPG/SIn para controle interna na Instituição. 27 1

Conhecer normas do Regimento Geral e do Regimento Específico do Programa. 27 1

Atender usuários “in loco” ou à distância. 27 1 Organizar/secretariar/redigir reuniões da Coordenação do Programa. 26 2 Redigir documentos utilizando redação oficial. 26 1 1 Administrar o controle acadêmico dos alunos dos convênios firmados entre o programa e outras Instituições. 20 5 3

Elaborar Edital de Exame de Seleção para ingresso de novos alunos no programa, incluindo: divulgação, inscrição, deferimento, aplicação das provas, divulgando a avaliação e classificação final.

26 2

Elaborar o Calendário Acadêmico do Programa, acompanhando matrículas/renovações de matrícula, inscrições e deferimentos das disciplinas e alocando salas de aulas.

26 2

Emitir documentos oficiais do programa. 26 2 Continua...

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34

Continuação... Controlar as Fichas de Caracterização e Ofertas de disciplina. 26 2 Distribuir/implementar/suspender/encerrar Bolsas de Estudo nos sistemas CAPES e CNPq. 25 1 2

Gerenciar contas de verbas do ProAP e Outros Convênios do Programa. 24 2 2 Controlar material de expediente. 27 1 Controlar malote. 21 6 1 Organizar/Preparar defesas de Dissertações, Tese e Exames de Qualificação. 27 1

Realizar o tramite processual de documentos para a homologação da defesa pública junto ao CoPG da ProPG. 27 1

Requisitar hospedagem, passagens, pagamentos a colaboradores e visitantes e outros. 27 1

Solicitar concessão de diárias e passagens aéreas. 25 3 Solicitar confecção de serviços gráficos. 24 2 2 Agendar solicitação de transporte junto ao setor competente da UFSCar. 27 1 Participar de comissão de eventos científicos patrocinados pelo programa. 18 8 2 Utilizar recursos de informática. 26 2 Quadro 6: Núcleo comum das atividades desenvolvidas pelos secretários dos programas de

pós-graduação da UFSCar no campus de São Carlos.

Na análise dos resultados, apresentados no Quadro 6, no qual estão

descritas as atividades do núcleo comum das secretarias de pós-graduação da

UFSCar no campus de São Carlos, é possível visualizar que no geral, a maior parte

das atividades, desempenhadas pelos respondentes estão de acordo com as

atividades descritas para o cargo que ocupam (APÊNDICE B e UNIVERSIDADE

FEDERAL DE SÃO CARLOS, 2010).

De forma mais detalhada se observa que essas secretarias

acompanham a movimentação do ano base através das informações contidas no

banco de dados do seu programa junto ao ProPGWeb da Pró-Reitoria do Pós-

Graduação, que são lançados e atualizados constantemente, facilitando assim o

controle acadêmico.

No quesito secretariar reuniões e outros eventos, 26 entrevistados

deram respostas positivas e 3 não responderam. Isso demonstra que as reuniões

da coordenação de pós-graduação são pautadas e registradas em atas pela maioria

das secretarias.

Apenas 10 secretarias participam da elaboração de projetos referentes

à melhoria da Instituição, 15 não tem participação, 3 deixaram em branco.

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Não houve respostas sobre a participação no fornecimento de suporte

administrativo e técnico nas áreas de materiais, patrimônio e logística, como também

na área orçamentária e financeira e utilização de recursos de informática.

Diante dos dados obtidos percebe-se que a maioria das secretarias

tem seu trabalho direcionado ao sistema burocrático de informações internas

curriculares, pedagógicas e cadastrais da instituição em relação ao corpo docente e

discente.

O trabalho do secretariado dá suporte administrativo e técnico nas

áreas de recursos humanos, assessorando nas atividades de ensino, pesquisa e

extensão. Na parte administrativa executa o atendimento aos usuários, fornecendo

e recebendo informações, trata de documentos variados, prepara relatórios e

planilhas, realiza serviços na área de escritório, cumprindo os procedimentos

necessários.

A seguir, no Quadro 7 são demonstradas as atividades específicas

desempenhadas em determinadas secretarias dos programas de pós-graduação da

UFSCar no campus de São Carlos.

Atividades (tarefas) desenvolvidas pelos secretários na sua Pós-Graduação SIM NÃO EM

BRANCO Participar na elaboração de projetos referentes à melhoria dos serviços da Instituição. 8 16 4

Gerenciar contas de verbas do ProEx, recebidas pelos Programas com conceito CAPES 6 e 7. 4 19 5

Gerenciar contrato administrativo celebrado entre prestadores de serviços e a UFSCar, que envolva diretamente o seu programa. 8 18 2

Controlar a operacionalização dos veículos oficiais da UFSCar sob responsabilidade direta do programa. 10 15 3

Quadro 7: Núcleo específico das atividades desenvolvidas pelos secretários dos programas de

pós-graduação da UFSCar no campus de São Carlos.

Com relação as atividades específicas desempenhadas em

determinadas secretarias dos programas de pós-graduação da UFSCar no campus

de São Carlos, constantes do Quadro 7, é possível observar que 4 (quatro) são

atividades abaixo da média coletada, sendo elas:

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Participar na elaboração de projetos referentes à melhoria dos serviços da

Instituição.

Gerenciar contas de verbas do ProEx, recebidas pelos Programas com conceito

CAPES 6 e 7.

Gerenciar contrato administrativo celebrado entre prestadores de serviços e a

UFSCar, que envolva diretamente o seu programa.

Controlar a operacionalização dos veículos oficiais da UFSCar sob

responsabilidade direta do programa.

Entretanto, apesar de serem atividades específicas de alguns

programas, elas não deixam de ser menos importantes que as outras, pois influem

na rotina de trabalho da secretaria dos programas de pós-graduação, mesmo sendo

atividades com baixa freqüência de trabalho.

4.2 Glossário de Atributos de Competências

Visando uma melhor comunicação do conceito de competência no

âmbito da organização estudada foi elaborado um glossário para os atributos de

competência (CHA) identificar como necessários para a atuação no cargo de

secretário dos programas de pós-graduação da UFSCar, campus de São Carlos,

segundo os respondentes.

O glossário apresentado no Quadro 8 foi elaborado a partir do

referencial teórico aqui apresentado e complementado com as percepções coletadas

e analisadas pelo pesquisador.

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ATRIBUTO DA COMPETÊNCIA: CONHECIMENTO DESCRIÇÃO PORMENORIZADA

Tecnologia da informação Conhecimento em hardwares (equipamentos) e softwares (aplicativos) relacionados à sua função

Línguas estrangeiras Conhecimento básico em línguas estrangeiras (sobretudo o inglês e espanhol).

Conhecer a estrutura organizacional

Ter conhecimento da estrutura organizacional, quando do ingresso do servidor na aprendizagem das atividades. Familiarizar-se com atividades e trâmites administrativos. Trocar experiências com outros servidores que desempenham a mesma função.

Técnicas de arquivamento Ter conhecimento avançado em técnicas de arquivamento, para aproveitar melhor, ou seja, otimizar o reduzido espaço físico para arquivar os mais diferentes documentos

Atendimento

Disponibilizar informações aos alunos, professores, colegas de trabalho e ao público em geral de forma prestativa, corte, transparente e tolerante. Atender a todos da melhor maneira possível, ser um facilitador, não criar dificuldades, não sonegar informações e não usar de descaso

Pontualidade Cumprimento de prazos e horários pré-estabelecidos

Responsabilidade

Caráter ou estado que é responsável, obrigação de responder pelas ações próprias, que estão associadas as funções desempenhadas no cargo, assumir compromissos acordados

Organização e Planejamento Capacidade de organizar e estabelecer ordem de prioridade às tarefas, mesmo diante de situações diversas, e otimizar procedimentos em favor da eficácia em resultados

Relacionamento Interpessoal

Relaciona-se bem com todo tipo de pessoas, acima, abaixo e lateralmente, dentro e fora da organização; sabe estabelecer a comunicação adequada; ouve; cultiva relacionamentos construtivos e efetivos, usa diplomacia e tato; valoriza as pessoas; sabe confortavelmente amenizar situações tensas.

Foco nos resultados Orientar ações segundo os objetivos traçados para o trabalho, sem desvios.

Organizar dados coletados

Capacidade de organização e catalogação da informação de forma a facilitar ao máximo sua recuperação futura, respeitando o formato determinado pelo analista, sabendo como deve ser organizado o resultado da coleta

Capacidade de redação

Capacidade de redigir de forma clara, precisa e com profundidade adequada e concisão, textos contendo informações coletadas, percepções, análises, recomendações e outros conteúdos.

Saber ouvir Dar e demonstrar atenção às pessoas e ao que elas estão falando, buscando perceber e entender seus sentimentos e emoções de forma positiva.

Continua...

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38

Continuação...

ATRIBUTO DA COMPETÊNCIA: HABILIDADE DESCRIÇÃO PORMENORIZADA

Visão do Futuro

Orientado para o futuro. Normalmente possui pensamento estratégico mais voltado ao planejamento que à operacionalização. Visão global: Enxergar além das especialidades e do tecnicismo, com amplos conhecimentos gerais e analisando as situações com a lógica do todo. Habilidade de realizar abstrações que: possibilitem a compreensão da empresa de forma global, sistêmica e integrada interna e: externamente. Capacidade de realizar conexões entre o trabalho realizado e as outras atividades da organização entre a empresa como um todo. Compreensão do processo de: trabalho.

Eficiência

Ser eficiente no desempenho das atividades relacionadas a função, atingir bons resultados,ser convincente. Realizar trabalho com pouco ou nenhum esforço perdido. Conseguir o melhor rendimento com o mínimo de erros, dispondo de energia, tempo ou meios.

Trabalhar sob pressão

Desenvolver o trabalho nos padrões de resultados esperados dentro de ambientes/ situações urgentes, hostis e de coação, mantendo o equilíbrio emocional e o comportamento estável e maduro.

Aprender com as experiências Aprimorar resultados continuadamente, através do aprendizado oriundo da experiência.

Equilíbrio emocional Capacidade de ponderação frente a imprevistos, adversidades e pressão, comunicando-se de maneira adequada e conduzindo as ações de forma equilibrada.

Versatilidade

Adaptável a diferentes situações com capacidade ou experiência para vivenciar diversos papéis e novas posições, demonstrando disposição, interesse e abertura para entendê-las.

Resolução de problemas

Buscar ações pertinentes a um problema e determinar uma solução. Habilidade de pesquisar, construir e aplicar metodologias de trabalho que possibilitem a previsão, identificação, análise de dados e a solução de problemas, considerando riscos, custos e benefícios para o negócio da empresa, procurando tirar o máximo de proveito da situação.

Uso de redes de contato Capacidade de inserção em networking, para compartilhamento de problemas e soluções, relacionando-se de forma construtiva.

Continua...

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39

Continuação...

ATRIBUTO DA COMPETÊNCIA: ATITUDE DESCRIÇÃO PORMENORIZADA

Compromisso Obrigação mais ou menos solene assumida por uma ou diversas pessoas, comprometimento com os objetivos pré-estabelecidos.

Estar constantemente atento às informações

Monitorar o ambiente baseado nas questões a serem respondidas.

Cooperação

Interesse e disponibilidade para ajudar outras pessoas na realização dos trabalhos e consecução de objetivos, compartilhando conhecimentos, informações, incentivando a troca e o interesse pelo crescimento conjunto.

Motivação

Conjunto de fatores conscientes ou não, que determinam uma ação. Interesse, boa vontade e curiosidade frente aos desafios e oportunidades apresentados. Pré-disposição para o trabalho.

Flexibilidade

Aceitar e adaptar-se com facilidade a novas situações propostas. Perceber e reagir adequadamente às mudanças, sem atitudes preconcebidas ou rígidas, demonstrando abertura, disposição e interesse.

Iniciativa Iniciar o trabalho por conta própria e influenciar o curso dos acontecimentos.

Simpatia Boa disposição em atender às solicitações de alguém, faculdade de compenetrar-se das idéias ou sentimentos de outrem, ser agradável e receptivo.

Agilidade Desenvolver os trabalhos de forma rápida, desembaraçada e com destreza.

Discrição Astúcia ou habilidade com que se trata qualquer negócio de âmbito reservado, mantendo as informações preservadas até segunda ordem

Bom Humor Ter senso de humor positivo e construtivo; capaz de rir desi mesmo e com outros; é adequadamente espirituoso e sbe usar o humor para aliviar a tensão e criar um alto astral.

Diplomacia

Capacidade de apresentar-se de maneira que as relações se mantenham no mais alto grau de respeito, buscando associações e consensos quando em situações de potencial atrito.

Ética Agir segundo o conjunto de regras que orientam a conduta no âmbito da atividade profissional. Demonstrar integridade, respeito pelas pessoas e senso de justiça

Observação Estar atento ao ambiente e ter capacidade de captar as informações necessárias.

Respeito Sentimento que leva a tratar algo ou alguém com consideração

Confiabilidade Transmitir segurança, fidelidade, transparência e demonstrar respeito com os demais.

Pró-atividade Que visa antecipar futuros problemas, necessidades ou mudanças. Utilizando medidas antecipatórias

Continua...

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40

Continuação...

ATRIBUTO DA COMPETÊNCIA: HABILIDADE DESCRIÇÃO PORMENORIZADA

Empatia Colocar-se no lugar do outro, enxergando situações e acontecimentos pelos olhos do outro.

Assertividade Agir de forma que incentive e ampare o grupo de trabalho para o alcance dos resultados desejados.

Comunicação verbal Capacidade de se comunicar com facilidade, transmitir as informações com clareza, ser compreendido na fala

Criatividade

Apresentar novos padrões, idéias originais e soluções inovadoras para situações de trabalho. Perceber as oportunidades de negócio que não estão evidentes, bem como soluções para situações de trabalho, mediante a concepção e utilização de novas idéias por meio de analogias com situações semelhantes, aprendidas e/ou vivenciadas.

Humildade Ser simples, modesto. Ter consciência da sua implicação na equipe

Imparcialidade Ser neutro. Tratar com isenção, eqüidade e sem distinção ao público interessado

Curiosidade Busca pelo novo, vontade de ver e de conhecer.

Perseverança

Não se deixar abater pelos obstáculos / persistência / obstinação: Pró-atividade: Capacidade de se antecipar aos fatos, tendo ações preventivas no sentido de conduzir a equipe a atingir os melhores resultados.

Quadro 8: Glossário de Atributos para Secretários de Pós-Graduação Stricto sensu da UFSCar no

Campus de São Carlos. Fonte: Adaptado de Pesquisa de Campo, abril 2010, Amaral (2008), Rabaglio (2005) e Boriolo

(2008).

4.3 Indicadores de Competência

Os gráficos 1, 2 e 3, a seguir mostram os indicadores de competência

dos servidores efetivos das secretarias dos programas de Pós-Graduação no

desempenho de suas atividades. A partir da análise da ocorrência dos atributos de

competência, de acordo com os respondentes nas secretarias dos programas de

pós-graduação da UFSCar, podemos afirmar que:

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Gosto: indica o domínio de atributo pelos respondentes.

Não Gosto + Ideal Seria: indica a falta de domínio de atributo pelos

respondentes.

Gosto + Não Gosto + Ideal Seria: indica a importância do atributo atribuída

pelos respondentes.

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Conhecer aestrutura

organizacional

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Atributos de Competência do Conhecimento

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Gráfico 1: Atributos de Competência Conhecimento. Fonte: Pesquisa de Campo, abril 2010.

Com relação ao Gráfico 1 – os Atributos de Competência

“Conhecimento” observa-se que 4 (quatro) secretários efetivos possuem “Gosto”

pela Tecnologia da Informação e outros 5 (cinco) “Não Gosta e Ideal Seria”. Este

atributo é a de maior importância para os respondentes e apresenta a necessidade

de ações que visem a sua melhoria na organização.

Por sua vez, nem todos responderam se “Gosto” de Línguas

Estrangeiras, de Conhecer a Estrutura Organizacional ou das Técnicas de

arquivamento. Entretanto, aqueles que responderam, assinalaram “Não Gosto e

Ideal Seria” para Línguas Estrangeiras (4 - quatro), de Conhecer a Estrutura

Organizacional (3 – três) ou das Técnicas de arquivamento (2 – dois). Isso mostra

que estes atributos necessitam ser analisados com maior atenção na tentativa de

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aperfeiçoá-los para o bom andamento do trabalho dentro da Instituição, visto que

são aspectos de importância dentro do sistema revelando uma lacuna ou ausência

de domínio entre os secretários de pós-graduação stricto sensu da UFSCar, campus

de São Carlos.

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Atributos de Competência de Habilidades

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Não gosto e Ideal Seria

Gosto Gráfico 2: Atributos de Competência de Habilidade. Fonte: Pesquisa de Campo, abril 2010.

Por intermédio da visualização dos atributos de Competência de

Habilidades (Gráfico 2) verifica-se que os secretários efetivos manifestaram “Gosto”

para: Atendimento (8 - oito), Pontualidade (9 - nove), Responsabilidade (6 - seis),

Organização e Planejamento (6 - seis), Relacionamento Interpessoal (4 - quatro),

Foco nos resultados (3 - três), Organizar dados coletados (1 - um), Capacidade de

redação (2 - dois), Saber ouvir (1- um), Eficiência (2 - dois), Trabalhar sob pressão (1

- um), Aprender com as experiências (1 - um), Equilíbrio emocional (1 – um),

Resolução de problemas e Versatilidade (1 - um).

Os atributos atendimento, pontualidade, organização e planejamento,

capacidade de redação, eficiência, equilíbrio emocional, resolução de problemas e

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versatilidade, revelaram uma supremacia de domínio e importância na opinião dos

respondentes.

Os atributos relacionamento interpessoal, foco nos resultados,

trabalhar sobre pressão e aprender com as experiências, foram destacados de

maneira equilibrada, necessitando de ações por parte da Instituição, no sentido de

aperfeiçoar os mesmos.

Contudo, os respondentes também assinalaram para “Não Gosto e

Ideal Seria” os seguintes atributos: Atendimento (6 - seis), Pontualidade, (4 - quatro)

Responsabilidade (5 - cinco), Organização e Planejamento (5 - cinco),

Relacionamento Interpessoal (4 – quatro), Foco nos resultados (3 – três),

Capacidade de redação (1 – um), Saber ouvir (2 – dois), Visão do Futuro (3 – três),

Trabalhar sob pressão (1 - um), Aprender com as experiências (1 – um), Uso de

redes de contato (1 – um). A opinião dos respondentes ficou dividida nesses

atributos, demonstrando que é necessário se fazer uma revisão de trabalho dentro

destes aspectos, com a finalidade de desenvolver melhor estas habilidades, visto

que se fazem necessárias ao desenvolvimento das atividades.

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Atributos de Competência de Atitudes

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Não gosto e Ideal Seria

Gosto

Gráfico 3: Atributos de Competência de Atitude. Fonte: Pesquisa de Campo, abril 2010.

No Gráfico 3 é possível observar que os atributos da Competência

Atitude foram respondidos da seguinte maneira pelos entrevistados – “Gosto”: Estar

constantemente atento às informações (6 – seis), Compromisso (3 – três),

Cooperação (1 – um), Motivação (4 – quatro), Flexibilidade (3 – três),

Iniciativa (3 - três), Simpatia (5 – cinco), Agilidade (4 – quatro), Empatia (1 - um),

Discrição (1 - um), Ética (1 - um), Confiabilidade (1 - um), Pró-atividade (1 - um),

Assertividade (1 - um), Comunicação verbal (1 - um), Criatividade (1 - um),

Humildade (1 - um) e Imparcialidade (1 - um).

Aspectos como assertividade, comunicação verbal, criatividade,

humildade e imparcialidade estão em alta; tais atributos indicados como “Gosto”

também são importantes na rotina do trabalho, pois eles permeiam as relações

sociais do dia-a-dia.

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Um dos pontos fortes que vimos também no gráfico acima foi os

atributos de agilidade e simpatia assinalados como “Gosto”, demonstram que o

trabalho executado tem sido rápido e com amabilidade, o que leva a crer que os

usuários tem ficado satisfeito nesses quesitos.

Os atributos assinalados como “Não Gosto e Ideal Seria” pelos

entrevistados foram: Estar constantemente atento às informações (6 – seis),

Compromisso (9 – nove), Cooperação (8 – oito), Motivação (4 – quatro),

Flexibilidade (5 – cinco), Iniciativa (5 – cinco), Simpatia (1 - um), Agilidade (1 - um),

Empatia (3 – três), Discrição (2 – dois), Ética (2 – dois), Bom Humor (3 – três),

Diplomacia (3 – três), Respeito (3 – três), Observação (3 – três) Confiabilidade (1 -

um), Pró-atividade (1 - um), Curiosidade (1 - um), e Perseverança (1 - um).

Com isso, aspectos como perseverança, curiosidade, observação,

respeito, diplomacia e bom humor estão em baixa por assim dizer (necessitam de

ações por parte da Secretaria Geral de Recursos Humanos (SGRH) da organização,

visando sua melhoria junto aos secretários de pós-graduação stricto sensu da

UFSCar campus de São Carlos), pois são representados como “Não Gosto e Ideal

Seria”, sendo atributos de competência de atitudes importantes no relacionamento

humano dentro de uma secretaria, principalmente se tratando de um público de nível

mais elevado. Também, os atributos como empatia, iniciativa, flexibilidade,

cooperação e compromisso têm maior ocorrência como “Não Gosto e Ideal Seria” do

que “Gosto”; demonstrando com isso, se colocarem pouco no lugar do outro, uma

maior inflexibilidade, colaborar pouco e não estarem comprometidos são aspectos

que prejudicam sensivelmente qualquer rotina de trabalho e isso precisa ser sanado

rapidamente a fim de se melhorar o ambiente de trabalho para que possamos

desenvolver melhor aquilo que fazemos.

Entretanto, pela análise geral dos gráficos observa-se também que:

Gráfico 1: Competência do conhecimento: há um equilíbrio entre os

indicadores de importância e ausência de domínio no resultado apurado no atributo

tecnologia da informação. Em contrapartida, destacam-se os pontos fracos nos

atributos: língua estrangeira, conhecer a estrutura organizacional e técnicas de

arquivamento, caracterizados pela ausência de domínio;

Já no gráfico 2: Competência da habilidade prevalece a presença de

domínio na maioria dos atributos, destacando-se entre eles o atendimento, a

pontualidade, a responsabilidade, a organização e o planejamento. Como pontos

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fracos, destacam-se os atributos: Visão do futuro, saber ouvir, organização de dados

coletados e uso de redes de contato, também caracterizados pela ausência de

domínio.

Por sua vez, verifica-se no gráfico 3: Competência da atitude, que os

resultados apresentam como pontos marcantes, ou seja, forte indicadores de

domínio os atributos: simpatia e agilidade. Pelo lado negativo, ausência de domínio,

destacam-se os atributos: compromisso, cooperação, flexibilidade, iniciativa, bom

humor, diplomacia, respeito e observação.

Os resultados apresentados podem auxiliar na Gestão de Pessoas por

Competências, onde o SGRH da Universidade Federal de São Carlos poderá atacar

os pontos fracos, adotando uma política de melhoria organizacional, capacitação e

treinamento para os servidores que atuam nas secretarias de Pós-Graduação da

UFSCar, campus São Carlos.

A SGRH, também poderá aproveitar, para futuros recrutamentos, os

atributos de competências apurados e necessários para o cargo de secretário de

programas de pós-graduação da UFSCar, campus de São Carlos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho atendeu ao seu objetivo identificar o status de

competência dos secretários efetivos dos programas de pós-graduações da UFSCar,

campus de São Carlos. Com isso, pode-se afirmar que será de grande valia os

resultados apresentados neste trabalho para as iniciativas de Gestão de Pessoas

por Competências na UFSCar.

Quanto as atividades desempenhadas, pelos servidores atuantes nas

secretarias dos programas de pós-graduações da UFSCar, campus São Carlos, é

possível afirmar que a maioria dos servidores entrevistados, (93%) realizam os

registros, controle e organização das informações de diversos tipos que as

secretarias dos programas de pós-graduações necessitam para o seu correto

funcionamento, por exemplo: Coleta CAPES, sistema PropgWeb, Cadastramento

Discente CAPES e etc. Além disso, novamente a maior parte dos servidores, (90%)

tem a função de secretariar reuniões de suas respectivas secretarias. Entretanto, foi

identificado uma grande defasagem na elaboração de projetos que visualizem à

melhoria da Instituição, pois apenas 10 das 29 secretarias estão engajadas nesse

quesito. Observa-se assim, que essas secretarias têm priorizado os trabalhos

burocráticos, mas mostram um déficit com o todo da Instituição em si, quando se fala

de colaboração em desenvolvimento.

Um outro quesito que carece de atenção, seria o fato de que apenas

22% dos entrevistados afirmam ter “Gosto” pela Competência do Conhecimento, das

atividades que executam em seu programa de pós-graduação (dentre esses itens

encontram-se o reconhecimento das normas da Instituição e do programa

específico; a elaboração do calendário acadêmico e o controle da operacionalização

dos veículos oficiais da UFSCar), e que 40% dos entrevistados disseram “Não gosto”

da Competência da Atitude que suas atividades exigem no seu cotidiano (dentre

esses itens encontram-se o controle de banco de dados; o atendimento aos

usuários; a participação na elaboração de projetos que visam a melhoria da

organização; a elaboração de editais quando necessário; o Controle das Fichas de

Caracterização e a Oferta de Disciplina; a utilização de recursos de informática etc).

Contudo, a maioria dos servidores efetivos, (55%) “Gostam” da

Competência da Habilidade das atividades que realizam em seu ambiente de

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trabalho (itens como: administração das informações da CAPES; Registro da

movimentação do ano base do Programa; Realização do cadastro dos alunos no

sistema da ProPG/SIn; organização de reuniões do Programa; redação de

documentos a partir de modelo oficial; Administração do controle acadêmico dos

alunos dos convênios firmados entre o programa e outras Instituições;

gerenciamento de contas do ProEX; Realização do tramite processual de

documentos para a homologação da defesa pública junto ao CoPG/ProPG e

gerenciamento de contrato administrativo entre prestadores de serviços e a

UFSCar).

O conhecimento das competências inerentes aos ocupantes do cargo

de secretário nos programas de pós-graduações, mapeadas e analisadas, poderão

servir para a seleção de futuros candidatos que irão trabalhar especificamente nessa

área.

Assim como este trabalho foi realizado, outros nesta mesma área ou

em áreas correlatas estão por vir e poderão servir como norteadores para a atuação

de Gestão de Pessoas por Competência na SGRH da UFSCar.

Algumas ações de gestão de pessoas podem ser implantadas na

SGRH/UFSCar, independentemente da Gestão de Competência, como: a

auto-avaliação, a aplicação de treinamento de pessoas em áreas de atuação

específica, a implementação de cursos específicos em determinadas áreas

correlatas, etc.

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APÊNDICE A

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Q U E S T I O N Á R I O 1

APLICAÇÃO DO LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES DESEMPENHADAS PELOS SECRETÁRIOS DE PÓS-GRADUAÇÃO Stricto sensu DA UFSCar, campus DE SÃO CARLOS:

Aluno: João Augusto da Silva Affonso

Orientador: Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral

Sou integrante da 1ª turma do Curso de Especialização em Gestão Pública – Latu

sensu, presencial, oferecido pela Universidade Federal de São Carlos – Secretaria Geral de Recursos

Humanos, iniciado em outubro de 2008 e com data prevista para entrega da monografia em

junho/2010.

O objetivo deste trabalho é traçar um mapeamento das atividades/tarefas

desenvolvidas pelos servidores efetivos das secretarias dos Programas de Pós-Graduação Stricto

sensu da Universidade Federal de São Carlos, campus de São Carlos, na perspectiva de identificar

possíveis lacunas das competências atribuídas e reduzir ao máximo a discrepância entre as

competências necessárias à consecução dos objetivos organizacionais e àquelas já disponíveis na

Instituição.

A gestão por competências tem sido apontada como modelo gerencial alternativo aos

instrumentos tradicionalmente utilizados pelas organizações.

Segundo o Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, o Conceito de Competência

no Setor Público Brasileiro, definição adotada na Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal da

Administração Pública Federal, a competência pode ser entendida como: O conjunto de

conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) necessários ao desempenho das funções dos

servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituição

Isto posto, tem também este trabalho o propósito de investigar e analisar as tarefas

atribuídas e desenvolvidas pelos servidores das secretarias dos Programas de Pós-Graduação,

verificando se estão no contexto proposto ao cargo/atribuições estabelecidos pela Instituição.

Portanto conto com a sua valiosa colaboração no preenchimento deste questionário,

garantindo que as informações prestadas, ficarão sob total sigilo e em hipótese alguma serão citados

os nomes dos servidores envolvidos.

Solicito a gentileza de me devolver o mais breve possível.

Desde já, agradeço sua colaboração e contribuição

João Augusto da Silva Affonso e-mail: [email protected] Telefone: 33518305 e 9774-9053

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Q U E S T I O N Á R I O 2

Prezado(a) Secretário(a),

Dando continuidade ao desenvolvimento de minha monografia, sendo

que num primeiro momento, apliquei questionário, tendo como objetivo o

levantamento das principais atividades desempenhadas pelo secretário de pós-

graduação.

Concluído este mapeamento das atividades, solicito que responda as

03 (três) questões em anexo, relacionadas às características pertinentes ao

secretário de Programa de Pós-Graduação na atuação de suas atividades.

As características devem ser respondidas, embasadas nos

Conhecimentos, Habilidades e Atitudes, necessárias para realizar as atividades

inerentes ao secretário de pós-graduação, representado na sua pessoa. Favor

indicar pelo menos 04 (quatro) características apreciadas para cada questão. Ressalto que a resposta informada, não pode ser dúbia, ou seja,

quando uma característica for informada de forma positiva não deve ser repetida de

forma negativa, ou ideal seria (vice versa), escolha somente uma característica.

Ex: Pontualidade (gosto = positiva)

Falta de pontualidade (não gosto = negativa)

Ter sempre pontualidade (ideal seria)

Segue também, em anexo, o mapeamento identificado das principais

atividades desenvolvidas pelo secretário de Pós-Graduação, no intuito de auxiliar na

identificação das características. Qualquer dúvida, utilize os contatos abaixo

Contando mais uma vez com sua colaboração e pronto atendimento na

devolução das respostas, desde já agradeço.

João Augusto a) Telefones:

- Trabalho: 3351-8305

- Residência: 3371-1780

b) e-mail: [email protected]

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FAVOR RESPONDER AS QUESTÕES, COM BASE NAS ATIVIDADES MAPEADAS

NO APÊNDICE.

1) Quais características positivas que você aprecia em um secretário de Pós-Graduação? (Gosto)

1) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

6) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

7) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

8) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

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2) Quais características que você não aprecia em um secretário de Pós-Graduação? (Não gosto)

1) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

3) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

4) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

5) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

6) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

8) _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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3) Quais características o secretário de Pós-Graduação deveria possuir, visando a melhoria da sua atuação? (Ideal seria)

1) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

2) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

3) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

4) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

5) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

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6) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

7) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

8) ______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

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APÊNDICE B

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DESCRIÇÃO DO CARGO DE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO

Descrição sumária das tarefas para o Cargo de Assistente em Administração. Descrição contida no Edital do Último Concurso Realizado na UFSCar. EDITAL Nº 013/2008 Portaria nº 172 de 30/01/2008, publicada no Diário Oficial da União de 31/01/2008.

─ Dar suporte administrativo e técnico nas áreas administrativas e acadêmicas da

instituição.

─ Atender aos usuários, fornecendo e recebendo informações.

─ Secretariar reuniões.

─ Coordenar o fluxo de entrada e saída de documentos da área de atuação.

─ Preparar relatórios, planilhas, atas e ofícios.

─ Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

─ Possuir Curso Médio Profissionalizante de Assistente em Administração; ou –

Curso Médio completo e experiência mínima de 12 meses na área administrativa