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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS ITAQUI
PROJETO PEDAGGICO
CURSO DE NUTRIO
Itaqui, 2012
REITORA
Prof. Dr. Ulrika Arns
VICE-REITOR
Prof. Dr. Almir Barros da Silva Santos Neto
PR-REITORA DE GRADUAO
Prof. Dr. Elena Maria Billig Mello
DIRETOR CAMPUS ITAQUI
Prof. Dr. Eloir Missio
COORDENADOR ACADMICO CAMPUS ITAQUI
Prof. Dr. Alexandre Russini
COORDENADOR ADMINISTRATIVO CAMPUS ITAQUI
Felipe Batista Ethur
COORDENADOR DO CURSO DE NUTRIO
Prof. MSc. Carla Pohl Sehn
Comisso responsvel pela elaborao do Projeto Pedaggico do Curso
de Nutrio
Prof. Dr. Mauro Schneider Oliveira (Coordenador)
Prof. Dr. Cristiano Ricardo Jesse
Prof. MSc. Carla Pohl Sehn
Prof. Dr. Lana Carneiro Almeida
Prof. Dr. Patrcia Chagas
Prof. Dr. Rozane Marcia Triches
Prof. Dr. Clevison Luis Giacobbo
Camila Eliza Pazzini (Tcnico Administrativo em Educao - Nutricionista)
Nbia de Cassia Otto Mendes (discente)
Comisso atualizada responsvel pela elaborao do Projeto Pedaggico
do Curso de Nutrio
Prof. MSc. Carla PohlSehn (Coordenadora)
Prof. Dr. Cristiano Ricardo Jesse
Prof. MSc. Fernanda Aline de Moura
Prof. MSc. Joice Trindade Silveira
Prof. Dr. Lana Carneiro Almeida
Prof. MSC. Vanessa Ramos Kirsten
Franciele Gonalves Pereira (Tcnico Administrativo em Educao -
Nutricionista)
Nbia de Cassia Otto Mendes (discente)
Assessoria Tcnico-Pedaggica COORDEG/PROGRAD
Coordenadora da COORDEG e do GT-PPC: Prof. Diana Salomo de Freitas
Grupo de Trabalho de Assessoramento aos Projetos Pedaggico de
Curso (GT PPC)
Sumrio
APRESENTAO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE NUTRIO ................ 5
1. CONTEXTUALIZAO ......................................................................................... 6
1.1. Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA .............................................. 6
1.2. REALIDADE REGIONAL .............................................................................. 13
1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15
1.4. LEGISLAO ............................................................................................... 17
2. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA ....................................................... 18
2.1. CONCEPO DO CURSO .......................................................................... 18
2.1.1. Contextualizao/concepo pedaggica do Curso/perfil do Curso ....... 18
2.1.2. Objetivos ............................................................................................... 21
2.1.2.1. Objetivo geral ...................................................................................... 21
2.1.2.2. Objetivos especficos ........................................................................... 21
2.1.3. Perfil do Egresso ................................................................................... 22
2.2. DADOS DO CURSO ..................................................................................... 26
2.2.1. Administrao acadmica do Campus Itaqui ......................................... 26
2.2.2. Organizao Administrativa do Curso ........................................................ 28
2.2.2.1. Comisso de Curso ............................................................................. 28
2.2.2.2. Ncleo Docente Estruturante (NDE) .................................................... 29
2.2.2.3. Coordenao de Curso ....................................................................... 30
2.2.3. Funcionamento ...................................................................................... 33
2.2.3.1 Titulao Conferida .............................................................................. 33
2.2.3.2. Modos e perodos de ingresso e nmero de vagas por perodo de
ingresso ........................................................................................................... 34
2.2.3.3. Regime de oferta ................................................................................. 34
2.2.3.4. Regime de Matrcula ........................................................................... 34
2.2.3.5. Perodo de realizao do Curso .......................................................... 35
2.2.3.7. Carga horria total ............................................................................... 35
2.2.3.8. Formas de Ingresso ............................................................................. 36
2.3. ORGANIZAO CURRICULAR ................................................................... 39
2.3.1. Integralizao curricular ......................................................................... 39
2.3.1.1. Atividades Complementares de Graduao .................................... 40
2.3.1.2. Componentes Curriculares Complementares de Graduao .......... 41
2.3.1.3. Trabalhos de Concluso de Curso .................................................. 49
2.3.1.4. Estgios.......................................................................................... 49
2.3.1.5. Plano de integralizao da carga horria ............................................. 51
2.3.2. Metodologias de ensino e avaliao ...................................................... 51
2.3.3. Matriz curricular ..................................................................................... 55
2.3.4. Ementas ................................................................................................ 61
2.3.5. Flexibilizao curricular ......................................................................... 61
3. RECURSOS ........................................................................................................ 62
3.3. CORPO DOCENTE ...................................................................................... 62
3.4. CORPO DISCENTE ..................................................................................... 65
3.5. INFRAESTRUTURA ..................................................................................... 67
3.5.1. Convnios .................................................................................................. 68
3.5.1. Laboratrios .......................................................................................... 68
3.5.2. Salas de aula ......................................................................................... 70
3.5.3. Biblioteca ............................................................................................... 70
4. AVALIAO ........................................................................................................ 71
4.1. Avaliao Institucional ...................................................................................... 71
4.2. Autoavaliao do Curso de Nutrio ................................................................ 71
4.3. Acompanhamento do Egresso ......................................................................... 72
REFERNCIAS .......................................................................................................... 74
ANEXO I ..................................................................................................................... 76
ANEXO II .................................................................................................................... 85
ANEXO III ................................................................................................................... 94
5
APRESENTAO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE NUTRIO
O presente documento, denominado Projeto Pedaggico do Curso
(PPC) de Nutrio da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), define a
estrutura acadmica e requisitos obrigatrios para a formao da modalidade
de Bacharel em Nutrio, apresentando as proposies curriculares, as
prticas pedaggicas, as formas de avaliao e os atos de gesto do Curso de
Nutrio da UNIPAMPA.
O PPC deste curso foi redigido pelos componentes do Ncleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Nutrio da UNIPAMPA, com a colaborao
da Comisso do Curso de Nutrio, dos tcnicos administrativos em educao
e discentes do Curso de Nutrio. Realizado de forma coletiva, centrado no
aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador
do processo ensino-aprendizagem. O mesmo est pautado no Projeto
Institucional (PI) que contempla o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
e o Projeto Pedaggico Institucional (PPI), bem como nas Diretrizes
Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduao em Nutrio que concebe a
formao do profissional nutricionista.
O PPC de Nutrio busca a formao integral e adequada do estudante
atravs de uma articulao entre o ensino, a pesquisa e a extenso, e
contribuir para a compreenso, interpretao, preservao, reforo, fomento e
difuso das culturas nacionais e regionais, internacionais e histricas, em um
contexto de pluralismo e diversidade cultural.
5
1. CONTEXTUALIZAO
1.1. Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA
1.1.1. Informaes IES:
Cdigo: 5322
CNPJ: 09.341.233/0001-22
Organizao Acadmica: Universidade
Endereo do stio da IES: unipampa.edu.br
1.1.2. Dados do responsvel Legal da IES
Nome: Prof. Dr. Ulrika Arns
1.1.3. Dados do Responsvel Institucional do Sisu
Nome do Responsvel Institucional: Monica de Souza Trevisan
Email: [email protected]
1.1.4. Informaes da Unidade Administrativa
Unidade Administrativa: UNIDADE ADMINISTRATIVA (1044508)
Endereo: Av. General Osrio, 900
Bairro: Centro
Municpio - UF: Bag-RS
CEP: 96400-500
Telefone: (53) 3240-5400
1.1.5. Informaes do Local de Oferta
Local de Oferta: CAMPUS ITAQUI
Cdigo: 34301
Endereo: Rua Luiz Joaquim de S Brito, s/n
Bairro: Promorar
Municpio - UF: Itaqui-RS
CEP: 97650-000
Telefone: (53) 3433-1669
1.1.6. Campi e Unidades fora da sede
Campus Alegrete
mailto:[email protected]
6
Campus Bag
Campus Caapava do Sul
Campus Dom Pedrito
Campus Itaqui
Campus Jaguaro
Campus Santana do Livramento
Campus So Borja
Campus So Gabriel
Campus Uruguaiana
1.1.7. Dados de Criao
Documento: Lei Federal
Nmero do Documento: 11.640
Data do Documento: 11/01/2008
Data de Publicao: 14/01/2008
1.1.8. Credenciamento
Situao Legal Atual: Credenciado(a)
Documento: Lei Federal
Nmero do Documento: 11.640
Data do Documento: 11/01/2008
Data de Publicao: 14/01/2008
A Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) resultado da
reivindicao da comunidade da regio, que encontrou guarida na poltica de
expanso e renovao das instituies federais de educao superior,
promovida pelo governo federal. A UNIPAMPA veio marcada pela
responsabilidade de contribuir com a regio em que se edifica - um extenso
territrio, com crticos problemas de desenvolvimento socioeconmico,
inclusive de acesso educao bsica e educao superior - a metade sul
do Rio Grande do Sul. Veio ainda para contribuir com a integrao e o
desenvolvimento da regio de fronteira do Brasil com o Uruguai e a Argentina.
O reconhecimento das condies regionais, aliado necessidade de
ampliar a oferta de ensino superior gratuito e de qualidade nesta regio,
7
motivou a proposio dos dirigentes dos municpios da rea de abrangncia da
UNIPAMPA a pleitear, junto ao Ministrio da Educao, uma instituio federal
de ensino superior. Em 22 de Novembro de 2005, essa reivindicao foi
atendida mediante o Consrcio Universitrio da Metade Sul, responsvel, no
primeiro momento, pela implantao da nova universidade.
O consrcio foi firmado mediante a assinatura de um Acordo de
Cooperao Tcnica entre o Ministrio da Educao, a Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel),
prevendo a ampliao da educao superior no Estado. A instituio, com
formato multicampi, estabeleceu-se em dez cidades do Rio Grande do Sul, com
a Reitoria localizada em Bag, Rua General Osrio, n 900, Centro - CEP
96400-100. Coube UFSM implantar os campi nas cidades de So Borja,
Itaqui, Alegrete, Uruguaiana e So Gabriel e, UFPel, os campi de Jaguaro,
Bag, Dom Pedrito, Caapava do Sul e Santana do Livramento. A estrutura
delineada se estabelece procurando articular as funes da Reitoria e dos
campi, com a finalidade de facilitar a descentralizao e a integrao dos
mesmos. As instituies tutoras foram tambm responsveis pela criao dos
primeiros cursos da UNIPAMPA.
Em setembro de 2006, as atividades acadmicas tiveram incio nos
campi vinculados UFPel e, em outubro do mesmo ano, nos campi vinculados
UFSM. Nesse mesmo ano, entrou em pauta no Congresso Nacional o Projeto
de Lei N 7.204/06, que propunha a criao da UNIPAMPA. Em 11 de janeiro
de 2008, a Lei N 11.640 cria a Fundao Universidade Federal do Pampa, que
fixa em seu artigo segundo:
AUNIPAMPA ter por objetivos ministrar ensino superior, desenvolver pesquisa nas diversas reas do conhecimento e promover a extenso universitria, caracterizando sua insero regional, mediante atuao multicampi na mesorregio Metade Sul do Rio Grande do Sul (BRASIL, 2009).
Foram criados grupos de trabalho, grupos assessores, comits ou
comisses para tratar de temas relevantes para a constituio da nova
universidade. Dentre eles as polticas de ensino, de pesquisa, de extenso, de
assistncia estudantil, de planejamento e avaliao, o plano de
desenvolvimento institucional, o desenvolvimento de pessoal, as obras, as
8
normas acadmicas, a matriz para a distribuio de recursos, as matrizes de
alocao de vagas de pessoal docente e tcnico-administrativo em educao,
os concursos pblicos e os programas de bolsas. Em todos esses grupos foi
contemplada a participao de representantes dos dez campi.
A Universidade Federal do Pampa, como instituio social comprometida
com a tica, fundada em liberdade, respeito diferena e solidariedade,
assume a misso de promover a educao superior de qualidade, com vistas
formao de sujeitos comprometidos e capacitados para atuar em prol do
desenvolvimento sustentvel da regio e do pas. Adota os seguintes princpios
orientadores de seu fazer: a) Formao acadmica tica, reflexiva, propositiva
e emancipatria, comprometida com o desenvolvimento humano em condies
de sustentabilidade. b) Excelncia acadmica, caracterizada por uma slida
formao cientfica e profissional, que tenha como balizador a
indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extenso, visando ao
desenvolvimento da cincia, da criao e difuso da cultura e de tecnologias
ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente viveis,
direcionando-se por estruturantes amplos e generalistas. c) Sentido pblico,
manifesto por sua gesto democrtica, gratuidade e intencionalidade da
formao e da produo do conhecimento, orientado pelo compromisso com o
desenvolvimento regional para a construo de uma Nao justa e
democrtica.
Pretende-se uma Universidade que intente formar egressos crticos e
com autonomia intelectual, construda a partir de uma concepo de
conhecimento socialmente referenciado e comprometidos com as
necessidades contemporneas locais e globais. Para tanto, condio
necessria uma prtica pedaggica que conceba a construo do
conhecimento como o resultado interativo da mobilizao de diferentes
saberes, que no se esgotam nos espaos e tempos delimitados pela sala de
aula convencional; uma prtica que articule o ensino, a pesquisa e a extenso
como base da formao acadmica, desafiando os sujeitos envolvidos a
compreender a realidade e a buscar diferentes possibilidades de transform-la.
Neste sentido, a poltica de ensino ser pautada pelos seguintes princpios
especficos:
9
1. Formao para cidadania, que culmine em um egresso participativo,
responsvel, crtico, criativo e comprometido com o desenvolvimento
sustentvel;
2. Educao como um processo global e interdependente, implicando
compromisso com o sistema de ensino em todos os nveis;
3. Qualidade acadmica, traduzida pela perspectiva de totalidade que
envolve as relaes teoria e prtica, conhecimento e tica e compromisso com
os interesses pblicos;
4. Universalidade de conhecimentos, valorizando a multiplicidade de
saberes e prticas;
5. Inovao pedaggica, que reconhece formas alternativas de saberes
e experincias, objetividade e subjetividade, teoria e prtica, cultura e natureza,
gerando novos conhecimentos usando novas prticas;
6. Equidade de condies para acesso e continuidade dos estudos na
Universidade;
7. Reconhecimento do educando como sujeito do processo educativo;
8. Pluralidade de ideias e concepes pedaggicas;
9. Coerncia na estruturao dos currculos, nas prticas pedaggicas e
na avaliao;
10. Incorporao da pesquisa como princpio educativo, tomando-a
como referncia para o ensino na graduao e na ps-graduao.
A concepo de pesquisa na UNIPAMPA est voltada para a construo
de conhecimento cientfico bsico e aplicado, de carter interdisciplinar, e
busca o estreitamento das relaes com o ensino e a extenso, visando ao
desenvolvimento da sociedade. A institucionalizao da pesquisa deve ser
capaz de ampliar e fortalecer a produtividade cientfica, promovendo atividades
que potencializem o desenvolvimento local e regional de forma tica e
sustentvel. Os seguintes princpios orientam as polticas de pesquisa:
1. Formao de recursos humanos voltados para o desenvolvimento
cientfico e tecnolgico;
2. Difuso da prtica da pesquisa no mbito da graduao e da ps-
graduao;
3. Produo cientfica pautada na tica e no desenvolvimento
sustentvel.
10
Em relao s polticas de extenso, cujo principal papel promover a
articulao entre a universidade e a sociedade, adotam-se os seguintes
princpios especficos:
1. Impacto e transformao: a UNIPAMPA nasce comprometida com a
transformao da metade sul do Rio Grande do Sul. Essa diretriz orienta que
cada ao da extenso da universidade se proponha a observar a
complexidade e a diversidade da realidade dessa regio, de forma a contribuir
efetivamente para o desenvolvimento sustentvel.
2. Interao dialgica: essa diretriz da poltica nacional orienta para o
dilogo entre a universidade e os setores sociais, numa perspectiva de mo-
dupla e de troca de saberes. A extenso na UNIPAMPA deve promover o
dilogo externo com movimentos sociais, parcerias interinstitucionais,
organizaes governamentais e privadas. Ao mesmo tempo, deve contribuir
para estabelecer um dilogo permanente no ambiente interno da universidade.
3. Interdisciplinaridade: a partir do dilogo interno, as aes devem
buscar a interao entre componentes curriculares, reas de conhecimento,
entre os campi e os diferentes rgos da instituio, garantindo tanto a
consistncia terica, bem como a operacionalidade dos projetos.
4. Indissociabilidade entre ensino e pesquisa: essa diretriz se prope a
garantir que as aes de extenso integrem o processo de formao cidad
dos alunos e dos atores envolvidos. Compreendida como estruturante na
formao do aluno, as aes de extenso podem gerar aproximao com
novos objetos de estudo, envolvendo a pesquisa, bem como revitalizar as
prticas de ensino pela interlocuo entre teoria e prtica, contribuindo tanto
para a formao do profissional egresso, bem como para a renovao do
trabalho docente.
Atualmente so ofertados na instituio 62 cursos de graduao, entre
bacharelados, licenciaturas e cursos superiores em tecnologia, com 3.110
vagas disponibilizadas anualmente, sendo que 50% delas so destinadas para
candidatos includos nas polticas de aes afirmativas. A Universidade conta
com um corpo de servidores composto por 590 docentes e 551 tcnicos-
administrativos em educao que proporcionam suporte para atender os
discentes que podem realizar os seguintes cursos, ofertados nos 10 Campi
(Figura 1) da UNIPAMPA:
11
- Campus Alegrete: Cincia da Computao, Engenharia Civil,
Engenharia Eltrica; Engenharia Agrcola, Engenharia Mecnica, Engenharia
Software e Engenharia de Telecomunicaes;
- Campus Bag: Engenharia de Produo, Engenharia de Alimentos,
Engenharia Qumica, Engenharia da Computao, Engenharia de Energias
Renovveis e de Ambiente, Licenciatura em Fsica, Licenciatura em Qumica,
Licenciatura em Matemtica, Licenciatura em Letras (Portugus e Espanhol),
Licenciatura em Letras (Portugus e Ingls) e licenciatura em Msica;
- Campus Caapava do Sul: Geofsica, Licenciatura em Cincias Exatas,
Geologia, Curso Superior de Tecnologia em Minerao e Engenharia Ambiental
e Sanitria;
- Campus Dom Pedrito: Zootecnia, Enologia, Superior de Tecnologia em
Agronegcio e Licenciatura em Cincias da Natureza;
- Campus Itaqui: Agronomia, Bacharelado Interdisciplinar em Cincia e
Tecnologia, Cincia e Tecnologia de Alimentos, Nutrio, Licenciatura em
Matemtica e Engenharia de Agrimensura;
- Campus Jaguaro: Pedagogia e Licenciatura em Letras (Portugus e
Espanhol); Licenciatura em Histria, Curso Superior de Tecnologia em Turismo
e Produo e Poltica Cultural;
- Campus Santana do Livramento: Administrao, Cincias Econmicas,
Relaes Internacionais e Curso Superior de Tecnologia em Gesto Pblica;
- Campus So Borja: Cursos de Comunicao Social Jornalismo,
Relaes Pblicas e Publicidade e Propaganda; Servio Social, Cincias
Sociais Cincia Poltica e Licenciatura em Msica;
- Campus So Gabriel: Cincias Biolgicas (Bacharelado e Licenciatura),
Engenharia Florestal, Gesto Ambiental e Biotecnologia;
- Campus Uruguaiana: Enfermagem, Farmcia, Licenciatura em
Cincias da Natureza, Medicina Veterinria, Curso Superior de Tecnologia em
Aquicultura, Licenciatura em Educao Fsica e Fisioterapia.
12
Figura 1. Localizao dos Campi da UNIPAMPA.
A oferta desses cursos contempla, tambm, o turno da noite em todos os
campi, contribuindo assim para a ampliao do acesso de alunos trabalhadores
ao ensino superior.
Alm disso, a instituio busca avanar na oferta de cursos de ps-
graduao, mestrados e especializaes. Atualmente, na UNIPAMPA,
encontra-se em funcionamento oito Programas de Ps-Graduao stricto sensu
(nvel de Mestrado). So eles: Mestrado em Cincia Animal, Mestrado em
Bioqumica e Mestrado em Cincias Farmacuticas (Campus Uruguaiana);
Mestrado em Cincias Biolgicas (Campus So Gabriel); Mestrado em
Engenharia (Campus Alegrete); Mestrado em Engenharia Eltrica (Campus
Alegrete); Mestrado Profissional em Ensino de Cincias (Campus Bag);
Mestrado Profissional em Educao (Jaguaro). Alm dos cursos de
graduao e ps-graduao Stricto sensu, a Universidade possui, em
andamento, os seguintes cursos de Especializao: Especializao em
Tecnologia no Ensino de Matemtica, Especializao em Engenharia
Econmica e Especializao de Prticas em Ensino de Fsica (Campus de
13
Alegrete); Especializao em Letras e Linguagens, Especializao em Leitura e
Escrita e Especializao em Sistemas Distribudos com nfase em Banco de
Dados (Campus Bag); Especializao em Produo Animal (Campus de Dom
Pedrito); Especializao em Desenvolvimento de Regies de Fronteira
(Campus de Santana do Livramento); Especializao em Polticas e
Interveno em Violncia Intrafamiliar, Especializao em Imagem, Histria e
Memria das Misses: Educao para o Patrimnio (Campus de So Borja);
Especializao em Educao: Interdisciplinaridade e Transversalidade
(Campus de So Gabriel); Especializao em Culturas, Cidades e Fronteiras
(Campus Jaguaro); Especializao em Gesto do Trabalho e da Educao na
Sade, Especializao em Cincias da Sade, Especializao em Educao
em Cincias, Especializao em Enfermagem na Sade da Mulher,
Especializao em Gesto do Trabalho e da Educao na Sade (Campus de
Uruguaiana).
O Campus Itaqui conta atualmente com 36 tcnicos administrativos em
educao (TAEs), 42 docentes e 862 alunos, com previso de 1550 alunos em
2015.
1.2. REALIDADE REGIONAL
A regio em que a UNIPAMPA est inserida - metade sul do Rio Grande
do Sul - j ocupou posio de destaque na economia gacha. Ao longo da
histria, porm, sofreu processo gradativo de perda de posio relativa no
conjunto do estado. Em termos demogrficos, registrou acentuado declnio
populacional e sua participao na produo industrial foi igualmente
decrescente. Em termos comparativos, as regies norte e nordeste do estado
possuem municpios com altos ndices de Desenvolvimento Social (IDS), ao
passo que, na metade sul, os ndices variam de mdios a baixos. A metade sul
perdeu espao, tambm, no cenrio do agronegcio nacional devido ao avano
da fronteira agrcola para mais prximo de importantes centros consumidores.
A distncia geogrfica, o limite na logstica de distribuio e as dificuldades de
agregao de valor matria-prima produzida regionalmente, colaboram para
o cenrio econmico aqui descrito.
A regio apresenta, entretanto, vrios fatores que indicam
potencialidades para diversificao de sua base econmica, entre os quais
14
ganham relevncia: a posio privilegiada em relao ao MERCOSUL; o
desenvolvimento do porto de Rio Grande; a abundncia de solo de boa
qualidade; os exemplos de excelncia na produo agropecuria; as reservas
minerais e a existncia de importantes instituies de ensino e pesquisa. Em
termos mais especficos, destacam-se aqueles potenciais relativos indstria
cermica, cadeia integrada de carnes, vitivinicultura, extrativismo mineral,
cultivo do arroz e da soja, silvicultura, fruticultura, alta capacidade de
armazenagem, turismo, entre outros.
Desse modo, a insero da UNIPAMPA, orientada por seu compromisso
social, deve ter como premissa o reconhecimento de que aes isoladas no
so capazes de reverter o quadro atual. Cabe Universidade, portanto,
construir sua participao a partir da integrao em prol da regio. Sua
estrutura multi-campi facilita essa relao e promove o conhecimento das
realidades locais, com vistas a subsidiar aes focadas na regio. Nesse
contexto, o Campus de Itaqui, estabelecido na cidade de Itaqui, implantado no
ano de 2006, sede dos Cursos de Agronomia, Cincia e Tecnologia de
Alimentos, Nutrio, Licenciatura em Matemtica, Engenharia de Agrimensura
e Bacharelado Interdisciplinar em Cincia e Tecnologia.
O municpio de Itaqui est localizado na regio sudoeste do Estado do
Rio Grande do Sul, s margens do rio Uruguai. Possui rea total de 3.401 km,
e segundo dados do IBGE (2010), Itaqui conta com uma populao de 38.151
habitantes de um total de 782.195 habitantes da regio Sudoeste do Estado.
A altitude mdia do municpio de 57 metros acima do nvel do mar. A
cidade limita-se com: Uruguaiana, Maambar, Manuel Viana, So Borja,
Alegrete e a Repblica da Argentina (Municpios de La Cruz e Alvear). Um
aspecto interessante que praticamente todos estes limites so traados por
Cursos dgua e apresenta extensas reas de barragens.
As terras do municpio comearam a ser povoadas pelos Jesutas da
Reduo La Cruz, conhecida atualmente como Ciudad de La Cruz, provncia
de Corrientes na Repblica Argentina. No incio do sculo XIX foi incorporado
s terras brasileiras, e a criao do municpio ocorreu em 6 de dezembro de
1858.
Atualmente a economia constituda basicamente pela agricultura, com
predomnio do arroz irrigado e pecuria de corte. Os indicadores econmicos
15
mostram um PIB total de R$ 690.055.000,00 e um PIB per capita de R$
18.706,26 (IBGE, 2010). No entanto, frente s dificuldades enfrentadas pelo
setor nos ltimos anos, h uma crescente demanda por atividades agrcolas
diversificadas, explorando as potencialidades regionais, como tambm pela
modernizao e aumento da eficincia das j existentes, desafio este que a
UNIPAMPA, Campus Itaqui, passa a assumir.
At o momento no existem dados consistentes publicados e disponveis
a respeito do perfil nutricional da populao Itaquiense e da regio, assim como
de possveis alteraes do consumo alimentar nas ltimas dcadas. Nesse
sentido o curso de Nutrio atravs de projetos de ensino, pesquisa e
extenso, poder auxiliar no apenas no diagnstico da atual situao
nutricional da populao do municpio e regio, mas tambm na preveno e
tratamento dos fatores associados ou determinantes. Esses dados so de
extrema importncia, pois serviro para auxlio na construo de polticas
pblicas melhor direcionadas.
No contexto educacional, o potencial de alunos candidatos UNIPAMPA
nas regies geogrficas adjacentes, segundo dados da 10 Coordenadoria
Regional de Educao (CRE), com sede em Uruguaiana - que abrange os
municpios de Itaqui, Maambar, So Borja, Alegrete, Barra do Quara,
Manoel Viana e Uruguaiana no ano de 2010, havia 13.773 alunos
matriculados no Ensino Mdio dado este que se refere somente s escolas
pblicas destes municpios. Alm destes municpios da fronteira oeste, tm-se
ainda aqueles representados pela 7 CRE Passo Fundo, 14 CRE Santo
ngelo e 17 CRE Santa Rosa, que juntas, abrangem 65 municpios em sub-
regies vizinhas.
Um trabalho de mdia que j est delineado levar a UNIPAMPA a
conhecimento de um maior nmero de comunidades e poder despertar
interesse de futuros alunos, bem como promover as atividades do curso na
comunidade.
1.3. JUSTIFICATIVA
O primeiro Curso de Nutrio no Brasil surgiu em 1939, em So Paulo,
na Universidade de So Paulo, por iniciativa do mdico Geraldo de Paulo
Souza, no Instituto de Higiene de So Paulo. Desde a criao do primeiro
16
Curso de Graduao em Nutrio, muitos outros cursos foram criados em todo
pas. No entanto, particularmente no caso da regio de localizao da
UNIPAMPA, a demanda de futuros estudantes de Nutrio no estava sendo
atendida, pela inexistncia de ofertas de Cursos nessa regio.
Frente a essa realidade, era necessrio que os alunos buscassem os
grandes centros urbanos para a sua formao, j que nessas regies esto
concentrados a maioria dos cursos no estado do Rio Grande do Sul. Se
considerarmos ainda a gratuidade, a limitao era ainda maior, pois apenas
trs Universidades Federais ofereciam a opo de Graduao em Nutrio no
Rio Grande do Sul.
Analisando a distribuio geogrfica dos Cursos de Nutrio no Rio
Grande do Sul, atualmente so oferecidas vagas regulares em somente quatro
Universidades Federais, em trs cidades situadas a grandes distncias da
cidade de Itaqui: na cidade de Palmeira das Misses (Centro de Educao
Superior Norte do Rio Grande do Sul da Universidade Federal de Santa Maria,
distante 408 km de Itaqui), Pelotas (Universidade Federal de Pelotas, distante
654 km de Itaqui) e Porto Alegre (Universidade Federal do Rio Grande do Sul e
a Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre, distante 643 km
de Itaqui), gerando uma demanda significativa por oferta de vagas em
instituies pblicas de ensino superior.
Essa migrao, impulsionada pela necessidade de formao, acabava
por favorecer, muitas vezes, a transferncia definitiva dos alunos para outras
regies do estado, diminuindo o nmero de profissionais da rea de Nutrio
para atender a demanda na regio do pampa.
De acordo com o exposto, a implantao do Curso de Nutrio da
UNIPAMPA em Itaqui vem atender as necessidades da regio, suprindo a
carncia por tais profissionais em todas as suas reas de atuao. A
associao entre a ampla rea de atuao do nutricionista e a diversidade de
conhecimentos recebidos durante a graduao, permitir que o aluno egresso
da UNIPAMPA possa atuar em qualquer atividade do mbito profissional,
analisando de forma crtica os problemas locais e propondo estratgias para a
soluo dos mesmos. Pelas caractersticas do ensino recebido, o egresso do
Curso de Nutrio da UNIPAMPA estar apto a se inserir em diferentes grupos
de trabalho dentro e fora do pas.
17
Alm disso, o benefcio social da existncia de um Curso de Graduao
em Nutrio na regio sudoeste do Rio Grande do Sul muito maior do que
somente a formao de profissionais a nvel superior, pois a interao deste
com a comunidade tende a provocar transformaes relevantes em todos os
agentes e fatores envolvidos, particularmente atravs da gerao de uma
prtica profissional voltada ao desenvolvimento das pessoas e da sociedade.
Nesse sentido, o Curso de Nutrio da UNIPAMPA ser importante para
implantao de projetos de pesquisa e extenso na regio do pampa,
relacionados a diversos temas de interesse da nutrio, e baseados no
aumento da disponibilidade de recursos humanos na rea de alimentao e
nutrio e em reas correlatas.
Considerando as possveis demandas do setor relacionado ao mercado
de trabalho regional, a insero do curso de Nutrio no campus veio agregar
conhecimento na rea de sade e alimentao, complementando o
entendimento de toda cadeia produtiva, desde o plantio, processamento e
controle de qualidade do alimento, contemplados pelos cursos de Agronomia e
Cincia e Tecnologia de Alimentos.
O curso tambm est relacionado ao desenvolvimento sustentvel da
regio, atravs das demandas no setor de trabalho regional ligados
promoo da sade com nfase no estmulo segurana alimentar e ateno
diettica. Alguns componentes curriculares trabalham com esta temtica
atentando-se para a produo, processamento, consumo e aproveitamento
integral de alimentos.
1.4. LEGISLAO
As Legislaes que foram utilizadas na construo e adequao desse
projeto pedaggico de Curso foram:
- Lei N 9.394 de 20 de dezembro de 1996: estabelece as Diretrizes e
Bases da Educao Nacional;
- Parecer CNE/CES N 1.133, de 7 de agosto de 2001: estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduao em Enfermagem,
Medicina e Nutrio;
- Resoluo CNE/CES N 5, de 7 de Novembro de 2001: Institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Nutrio;
18
- Resoluo CNE/CES N 4, de 6 de Abril de 2009: Dispe sobre carga
horria mnima e procedimentos relativos integralizao e durao dos
Cursos de graduao em Biomedicina, Cincias Biolgicas, Educao Fsica,
Enfermagem, Farmcia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrio e Terapia
Ocupacional, bacharelados, na modalidade presencial;
- Parecer CNE/CES N 67, de 11 de maro de 2003: aprova Referencial
para as Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN - dos Cursos de Graduao e
prope a revogao do ato homologatrio do Parecer CNE/CES 146/2002;
- Projeto Institucional da UNIPAMPA, de 16 de Agosto de 2009:
documento balizador das aes institucionais, que contempla o Projeto
Pedaggico Institucional (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI);
- Lei N 11788, de 25 de Setembro de 2008: Estabelece as normas para
realizao de estgios de estudantes;
- Resoluo N 5, de 17 de Junho de 2010: Regimento Geral da
UNIPAMPA;
- Resoluo n 29, de 28 de Abril de 2011: Aprova as normas bsicas de
graduao, controle e registro das atividades acadmicas;
- Resoluo N 20, de 26 de Novembro de 2010: Dispe sobre a
realizao dos estgios destinados a estudantes regularmente matriculados na
Universidade Federal do Pampa e sobre os estgios realizados no mbito
desta Instituio.
2. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA
2.1. CONCEPO DO CURSO
2.1.1. Contextualizao/concepo pedaggica do
Curso/perfil do Curso
- Nome do Curso: Bacharelado em Nutrio
- Endereo de funcionamento: Itaqui, Rio Grande do Sul
Rua Luiz Joaquim de S Britto, s/n - Itaqui - RS
Email: [email protected]
Site do Curso: http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/nutricao
- Dados de Criao/Autorizao
mailto:[email protected]://cursos.unipampa.edu.br/cursos/nutricao
19
Documento: Ata da 7 Reunio do Conselho Dirigente da
Universidade Federal do Pampa, realizada em Uruguaiana RS
Portaria de autorizao n 1776 de 07 de setembro de 2011
Data da reunio: 09/07/2009
Data de incio das atividades: 03/2010
- Vagas Autorizadas: 50
- Turno de Oferta: Integral
Regime Letivo: Semestral
Modalidade: Ensino Presencial
- Carga Horria total do Curso: 3300 horas/aula
- Prazo mnimo e mximo para integralizao do Curso: 8 e 12
semestres, respectivamente.
Diploma(s) Conferido(s): Bacharel em Nutrio
Em face da caracterstica multi-campi da UNIPAMPA, os cursos de
graduao foram distribudos de acordo com o princpio de integrao dos
cursos em torno da identidade do campus, de modo a intensificar e integrar
as atividades de ensino, pesquisa e extenso. Nesse contexto, pela presena
dos Cursos de Agronomia e Cincia e Tecnologia de Alimentos, o Campus
Itaqui tido como o campus com vocao para a produo e o processamento
de alimentos. Assim, na 7 Reunio do Conselho Dirigente da UNIPAMPA,
realizada em Uruguaiana no dia 9 de Julho de 2009 criado o Curso de
Graduao em Nutrio do Campus Itaqui.
O Curso teve seu primeiro processo seletivo via ENEM em 2009, para
incio das atividades no primeiro semestre de 2010. A estruturao do Curso foi
pautada nos modelos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) a qual,
auxiliou na implantao dos cursos da UNIPAMPA, Campus Itaqui, regido pelo
Acordo de Cooperao Tcnica assinado com o Ministrio da Educao
(Consrcio Universitrio da Metade Sul). Naquele momento, o curso foi
pensado, gerido, estruturado e iniciado com as atividades de 3 docentes da
UNIPAMPA, todos Engenheiros Agrnomos. Em 2010, foram realizados os
primeiros concursos destinados ao preenchimento das necessidades de
recursos humanos para a formao do curso.
20
Durante os primeiros anos de funcionamento (2010 e 2011) o Curso de
Nutrio realizou a oferta de componentes curriculares, baseado nas DCN do
Curso de Graduao em Nutrio (DCN, 2001), considerando as
especificidades do local de insero do Curso de Nutrio dentro do contexto
do Campus Itaqui e de outro ainda maior, a UNIPAMPA. Esta matriz foi
profundamente discutida e readequada ao longo do tempo, medida que
novos integrantes, especialmente nutricionistas, de reas de atuao diversas,
passaram a incorporar o corpo docente do Campus Itaqui e a Comisso do
Curso de Nutrio. Esta Comisso trabalha intensamente na construo do
perfil pedaggico deste curso, buscando adequar-se s novas realidades de
mercado, ao projeto institucional da UNIPAMPA e as DCN do Curso de
Graduao em Nutrio (DCN, 2001). Este processo resultou em ajustes da
carga horria de componentes curriculares e, principalmente, na organizao
do plano de integralizao da carga horria do curso, resultando na matriz
curricular apresentada neste projeto.
O Curso de Nutrio encontra-se em fase de construo e consolidao
e dispe de quadro de docentes e tcnicos administrativos em educao
prevista para seu funcionamento ainda incompleto, sendo esta uma das
fragilidades reconhecida pela Comisso de Curso. Da mesma forma, iniciou
suas atividades em laboratrios e espaos de ensino no especficos, devido,
em parte, ao processo de implementao da UNIPAMPA.
A Comisso de Curso e o NDE do Curso de Nutrio vm realizando um
levantamento das principais fragilidades e necessidades do curso, com relao
a espao fsico, equipamentos, quadro de pessoal entre outros, com o intuito
de melhorar este cenrio.
O primeiro coordenador do curso de Nutrio foi o Engenheiro
Agrnomo Prof. Dr. Clevison Luiz Giacobbo, em carter pro-tempore at janeiro
de 2011. A partir desta data, o Prof. Dr. Mauro Schneider Oliveira
(Farmacutico Bioqumico) e a Prof. MSc. Carla Pohl Sehn (Nutricionista)
assumiram como coordenador e coordenadora substituta, respectivamente,
resultado do primeiro processo eleitoral para o cargo (Resoluo 13/2010). Em
fevereiro de 2012, a Prof. Carla assumiu a coordenao do Curso de Nutrio,
conforme Portaria n 113, de 07 de fevereiro de 2012. A qual possui dois anos
21
de exerccio na IES e no curso de Nutrio, destes, um ano como
coordenadora substituta e seis meses como coordenadora titular.
2.1.2. Objetivos
2.1.2.1. Objetivo geral
O Curso de Nutrio da UNIPAMPA busca a formao de um
profissional nutricionista qualificado, com slida formao geral, com
capacidade terica e de desenvolvimento de aes na rea da sade humana
visando promoo, manuteno e recuperao da sade no mbito individual
e/ou coletivo, fundamentado na Ateno Diettica, Segurana Alimentar e
Nutricional.
Alm disso, objetivo do Curso de Graduao em Nutrio da
UNIPAMPA formar profissionais nutricionistas capazes de interagir com a
comunidade a fim de provocar transformaes relevantes na populao,
particularmente atravs da gerao de uma prtica profissional voltada s
pessoas e sociedade. Nesse sentido, o Curso de Nutrio da UNIPAMPA tem
por objetivos implantar e executar projetos de pesquisa e extenso na regio
do pampa, visando a ateno sade, em consonncia com inciso 1 do artigo
4 da resoluo CNE/CES n 5, de 7 de Novembro de 2001, que estabelece:
Os profissionais de sade, dentro do seu mbito profissional, devem estar aptos a desenvolver aes de preveno, promoo, proteo, e reabilitao da sade, tanto em nvel individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prtica seja realizada de forma integrada e contnua com as demais instncias do sistema de sade. Sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar solues para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus servios dentro dos mais altos padres de qualidade e dos princpios da tica/biotica tendo em conta que a responsabilidade da ateno sade no se encerra com o ato tcnico, mas sim, com a resoluo do problema de sade, tanto em nvel individual como coletivo.
2.1.2.2. Objetivos especficos
- Formar profissionais que, fundamentados nos princpios da Cincia da
Nutrio, promovam a sade de indivduos e coletividades;
- Formar profissionais que sejam capazes de realizar avaliao,
promoo, manuteno e recuperao do estado nutricional de indivduos e
grupos atravs da ateno diettica e terapia nutricional;
22
- Fornecer subsdios para produo de conhecimentos sobre
Alimentao e Nutrio nas diversas reas de atuao profissional, atravs da
participao em grupos de pesquisa em nutrio humana;
- Possibilitar a busca contnua do aperfeioamento tcnico-cientfico,
pautando-se nos princpios ticos que regem a prtica cientfica e profissional;
- Desenvolver habilidades em comunicao oral e escrita, de forma a
possibilitar a interatividade entre profissional da sade e populao, bem como
com os demais profissionais da sade;
- Formar profissionais que sejam capazes de atuar efetivamente no
planejamento, gerenciamento e avaliao de Unidades de Alimentao e
Nutrio, bem como no controle de qualidade de alimentos;
- Desenvolver habilidades e competncias para participao em
programas de educao nutricional, segurana alimentar e vigilncia
nutricional;
- Desenvolver habilidades e competncias para atuar em auditoria,
assessoria e consultoria, marketing e propaganda na rea de alimentao e
nutrio;
- Estimular o desenvolvimento de pensamento crtico para anlise de
problemas e situaes, bem como a procura de solues criativas para os
mesmos.
2.1.3. Perfil do Egresso
A UNIPAMPA, como universidade pblica, proporciona uma slida
formao acadmica generalista e humanstica aos seus egressos. Essa
perspectiva inclui a formao de sujeitos conscientes das exigncias ticas e
da relevncia pblica e social dos conhecimentos, habilidades e valores
adquiridos na vida universitria e insero em respectivos contextos
profissionais de forma autnoma, solidria, crtica, reflexiva e comprometida
com o desenvolvimento local, regional e nacional sustentveis, objetivando a
construo de uma sociedade justa e democrtica.
Formar o egresso com o perfil requerido pelo PI da UNIPAMPA uma
tarefa complexa, na medida em que requer o exerccio da reflexo e da
conscincia acerca da relevncia pblica e social dos conhecimentos, das
23
competncias, das habilidades e dos valores adquiridos na vida universitria,
inclusive sobre os aspectos ticos envolvidos.
A formao desse perfil exige uma ao pedaggica inovadora, centrada
na realidade: do educando, do contexto social, econmico, educacional e
poltico da regio onde a Universidade est inserida. Pressupe, ainda, uma
concepo de educao que reconhea o protagonismo de todos os envolvidos
no processo educativo e que tenha a interao como pressuposto
epistemolgico da construo do conhecimento.
Pretende-se uma Universidade que forme egressos crticos ecom
autonomia intelectual, construda a partir de uma concepo de conhecimento
socialmente referenciado e comprometidos com as necessidades
contemporneas locais e globais. Em se tratando de um egresso nutricionista
busca-se:
(...) um profissional com formao generalista, humanista e crtica. Capacitado a atuar, visando segurana alimentar e a ateno diettica, em todas as reas do conhecimento em que alimentao e nutrio se apresentem fundamentais para a promoo, manuteno e recuperao da sade e para a preveno de doenas de indivduos ou grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado em princpios ticos, com reflexo sobre a realidade econmica, poltica, social e cultural (BRASIL, 2001).
Para tanto, condio necessria uma prtica pedaggica que conceba
a construo do conhecimento como o resultado interativo da mobilizao de
diferentes saberes, que no se esgotam nos espaos e tempos delimitados
pela sala de aula convencional; uma prtica que articule o ensino, a pesquisa e
a extenso como base da formao acadmica, desafiando os sujeitos
envolvidos a compreender a realidade e a buscar diferentes possibilidades de
transform-la.
A prtica pedaggica precisa assumir como princpio balizador, o
reconhecimento do educando como sujeito do processo educativo, valorizando
os diferentes estilos de aprendizagem, as peculiaridades dos sujeitos
envolvidos, sem, no entanto, reduzi-los a sua singularidade.
Nesse contexto, o Bacharel em Nutrio ter as seguintes competncias
e habilidades:
Competncias Gerais:
- Ateno sade: os profissionais de sade, dentro de seu mbito
profissional, devem estar aptos a desenvolver aes de preveno, promoo,
24
proteo e reabilitao da sade, tanto em nvel individual quanto coletivo.
Cada profissional deve assegurar que sua prtica seja realizada de forma
integrada e contnua com as demais instncias do sistema de sade. Os
profissionais devem realizar seus servios dentro dos mais altos padres de
qualidade e dos princpios da tica/biotica, tendo em conta que a
responsabilidade da ateno sade no se encerra com o ato tcnico, mas
sim, com a resoluo do problema de sade, tanto em nvel individual como
coletivo;
- Tomada de decises: o trabalho dos profissionais de sade deve estar
fundamentado na capacidade de tomar decises visando o uso apropriado,
eficcia e custo-efetividade, da fora de trabalho, de medicamentos, de
equipamentos, de procedimentos e de prticas. Para este fim, os mesmos
devem possuir habilidades para avaliar, sistematizar e decidir a conduta mais
apropriada;
- Comunicao: os profissionais de sade devem ser acessveis e
devem manter a confidencialidade das informaes a eles confiadas, na
interao com outros profissionais de sade e o pblico em geral. A
comunicao envolve comunicao verbal, no verbal e habilidades de escrita
e leitura, domnio de, pelo menos, uma lngua estrangeira e de tecnologias de
comunicao e informao;
- Liderana: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de
sade devero estar aptos a assumirem posies de liderana, sempre tendo
em vista o bem estar da comunidade. A liderana envolve compromisso,
responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decises, comunicao
e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;
- Administrao e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a
fazer o gerenciamento e administrao tanto da fora de trabalho, como
recursos fsicos e materiais e de informao, da mesma forma que devem estar
aptos a serem gestores, empregadores ou lideranas na equipe de sade;
- Educao permanente: os profissionais devem ser capazes de
aprender continuamente, tanto na sua formao, quanto na sua prtica. Desta
forma, os profissionais de sade devem aprender a aprender, ter
responsabilidade e compromisso com a educao e com o
treinamento/estgios das futuras geraes de profissionais, no apenas
25
transmitindo conhecimentos, mas proporcionando condies para que haja
beneficio mtuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos servios.
Competncias e Habilidades Especficas:
- Aplicar conhecimentos sobre a composio, propriedades e
transformaes dos alimentos e seu aproveitamento pelo organismo humano,
na ateno diettica.
- Contribuir para promover, manter e ou recuperar o estado nutricional
de indivduos e grupos populacionais.
- Desenvolver e aplicar mtodos e tcnicas de ensino em sua rea de
atuao.
- Atuar em polticas e programas de educao, segurana e vigilncia
nutricional, alimentar e sanitria visando promoo da sade em mbito local,
regional e nacional.
- Atuar na formulao e execuo de programas de educao
nutricional; de vigilncia nutricional, alimentar e sanitria.
- Atuar em equipes multiprofissionais de sade e de terapia nutricional.
- Avaliar, diagnosticar e acompanhar o estado nutricional; planejar,
prescrever, analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos dietticos
para indivduos sadios e enfermos.
- Planejar, gerenciar e avaliar unidades de alimentao e nutrio,
visando manuteno e ou melhoria das condies de sade de coletividades
sadias e enfermas.
- Realizar diagnsticos e intervenes na rea de alimentao e nutrio
considerando a influncia sociocultural e econmica que determina a
disponibilidade, consumo e utilizao biolgica dos alimentos pelo indivduo e
pela populao.
- Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar,
supervisionar, implementar, executar e avaliar atividades na rea de
alimentao e nutrio, e de sade.
- Reconhecer a sade como direito e atuar de forma a garantir a
integralidade da assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo
das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema.
26
- Desenvolver atividades de auditoria, assessoria, consultoria na rea de
alimentao e nutrio.
- Atuar em marketing em alimentao e nutrio.
- Exercer controle de qualidade dos alimentos em sua rea de
competncia.
- Desenvolver e avaliar novas frmulas ou produtos alimentares visando
sua utilizao na alimentao humana.
- Integrar grupos de pesquisa na rea de alimentao e nutrio.
- Investigar e aplicar conhecimentos com viso holstica do ser humano
integrando equipes multiprofissionais.
A formao do Nutricionista deve contemplar as necessidades sociais da
sade, com nfase no Sistema nico de Sade (SUS).
2.2. DADOS DO CURSO
2.2.1. Administrao acadmica do Campus Itaqui
A administrao acadmica da UNIPAMPA Campus Itaqui regulada
pelo Regimento Geral da UNIPAMPA, o qual disciplina a organizao e o
funcionamento desta, bem como estabelece a dinmica das atividades
acadmicas e administrativas e das relaes entre os rgos da Instituio.
composta por Conselho, Comisses e demais setores atuantes no mbito do
campus, os quais esto descritos a seguir:
- Direo: a direo da Unidade Universitria, integrada por Diretor,
Coordenador Acadmico e Coordenador Administrativo, o rgo executivo
que coordena e superintende todas as atividades do Campus;
- Conselho do Campus: rgo normativo, consultivo e deliberativo no
mbito da Unidade Universitria, composto pelo: Diretor; Coordenador
Acadmico; Coordenador Administrativo; Coordenadores de Cursos de
graduao e ps-graduao oferecidos pelo Campus, em nmero estabelecido
regimentalmente; Coordenador da Comisso de Pesquisa; Coordenador da
Comisso de Extenso; representao dos docentes; representao dos
tcnico-administrativos em educao; representao dos discentes e
representao da comunidade externa.
- Coordenao Acadmica: compete coordenar o planejamento, o
desenvolvimento e a avaliao das atividades acadmicas do Campus,
27
composta pelo: Coordenador Acadmico; Coordenadores de Curso; Ncleo de
Desenvolvimento Educacional (NuDE); Comisses de Ensino, de Pesquisa e
de Extenso, locais; Secretaria Acadmica; Biblioteca do Campus; laboratrios
de ensino e informtica e outras dependncias dedicadas s atividades de
ensino, pesquisa e extenso. As Comisses de Ensino, de Pesquisa e de
Extenso: so rgos normativos, consultivos e deliberativos independentes no
mbito de cada rea (ensino, pesquisa e extenso) que tm por finalidade
planejar e avaliar as atividades de ensino, de pesquisa e extenso de natureza
acadmica, respectivamente, zelando pela articulao de cada uma das
atividades com as demais. So compostas por docentes, tcnicos
administrativos e representantes discentes;
- Coordenao Administrativa: compete coordenar o planejamento, o
desenvolvimento e a avaliao das atividades administrativas do Campus,
composta pelo: Coordenador Administrativo; Secretaria Administrativa; Setor
de Oramento e Finanas; Setor de Material e Patrimnio; Setor de Pessoal;
Setor de Infraestrutura; Setor de Tecnologia de Informao e Comunicao do
campus.
- Conselho de campus: o rgo normativo, consultivo e deliberativo no
mbito da Unidade Universitria. composto pelo Diretor do campus, o
Coordenador Acadmico; o Coordenador Administrativo, os Coordenadores de
Cursos de graduao e ps-graduao, o Coordenador da Comisso de
Pesquisa; o Coordenador da Comisso de Extenso; representao docente; a
representao dos tcnico-administrativos em educao, a representao dos
discentes, a representao da comunidade externa.
- Comisso de Pesquisa: tem por finalidade planejar e avaliar as atividades de
pesquisa do Campus, zelando pela articulao destas atividades com as de
ensino e extenso. composta pelo Coordenador Acadmico, como membro
nato; Coordenador da Comisso de Ensino; Coordenador da Comisso de
Extenso; representao dos Programas de Ps-Graduao lato e Stricto
Sensu do Campus; representao dos docentes formalmente envolvidos com
atividades de pesquisa no Campus; representao dos tcnico-administrativos
em educao formalmente envolvidos com atividades de pesquisa ou de apoio
a pesquisa no Campus; representao discente;
- Comisso de extenso: tem por finalidade planejar e avaliar as atividades de
28
extenso do Campus, zelando pela articulao destas atividades com as de
ensino e pesquisa. composta pelo Coordenador Acadmico, como membro
nato; Coordenador da Comisso de Ensino; Coordenador da Comisso de
Pesquisa; representao dos docentes formalmente envolvidos com atividades
de extenso no Campus; representao dos tcnico-administrativos em
educao formalmente envolvidos com atividades de extenso ou de apoio a
extenso no Campus; pela representao discente.
2.2.2. Organizao Administrativa do Curso
2.2.2.1. Comisso de Curso
A Comisso de Curso consultiva e deliberativa, e tem por finalidade
viabilizar a construo e implementao do PPC, as alteraes de currculo, a
discusso de temas relacionados ao Curso, bem como planejar, executar e
avaliar as respectivas atividades acadmicas. A constituio da Comisso de
Curso dada pelo artigo n 98 do Regimento Geral da UNIPAMPA, e inclui o
coordenador de Curso, os docentes que atuam ou atuaram no Curso em
atividades curriculares nos ltimos 12 meses, um representante discente
(mandato de um ano) e um representante dos servidores tcnico-
administrativos em educao atuante no Curso (mandato de dois anos), ambos
eleitos por seus pares, sendo permitida a reconduo de seus mandatos.
A Comisso do Curso de Nutrio presidida pelo Coordenador do
respectivo Curso e apresenta como competncias:
- construir proposta do PPC e remet-la Comisso de Ensino e ao
Conselho do Campus;
- planejar e supervisionar o processo de avaliao das atividades de
ensino desenvolvidas pelos docentes, com base no plano de atividades;
- propor plano de capacitao dos docentes e dos tcnicos-
administrativos em educao que atuam diretamente no Curso;
- propor ao Conselho do Campus critrios para definio do perfil das
vagas docentes para concurso;
- propor ao Conselho do Campus a abertura de concurso para admisso
de docentes;
- definir a necessidade de contratao de professor substituto,
encaminhando o processo para o Conselho do Campus;
29
- propor ao Conselho do Campus a oferta curricular e o plano de
encargos docentes por perodo letivo.
2.2.2.2. Ncleo Docente Estruturante (NDE)
O Ncleo Docente Estruturante do Curso de Nutrio possui funo
consultiva, propositiva e de assessoramento sobre assuntos acadmicos. Entre
suas atribuies, destacam-se:
- contribuir para a consolidao do perfil profissional do egresso do
curso;
- zelar pela integrao curricular interdisciplinar entre as diferentes
atividades de ensino constantes no currculo;
- indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e
extenso, oriundas de necessidades da graduao, de exigncias do mercado
de trabalho e afinadas com as polticas pblicas relativas rea de
conhecimento do curso;
- zelar pelo cumprimento das DCN para os cursos de Graduao.
Ainda, de acordo com o Parecer CONAES 04/2010 e Resoluo
01/2010, deve ser constitudo por, pelo menos, cinco docentes do Curso de
elevada formao e titulao, contratados em tempo integral ou parcial, que
respondem mais diretamente pela concepo, implementao e consolidao
do PPC. O NDE do Curso de Nutrio da UNIPAMPA, Campus Itaqui foi
formado no dia 14 de abril de 2011, conforme ata da 5 reunio da comisso do
Curso de Nutrio do Campus Itaqui, o qual formado pelo coordenador do
curso em exerccio, quatro docentes com formao na rea de Nutrio e mais
um docente membro da Comisso do Curso. Os professores membros do NDE
naquele momento, na ordem acima apresentada, eram: Prof. Mauro Schneider
Oliveira, Prof. Carla Pohl Sehn, Prof. Lana Carneiro Almeida, Prof. Patrcia
Chagas, Prof. Joice Trindade Silveira e Prof. Cristiano Ricardo Jesse.
Posteriormente, o Prof. Clevison Luiz Giacobbo foi convidado a fazer parte
como membro do NDE por ter sido ele um dos professores a elaborar,
estruturar e propor a criao do Curso de Nutrio em Itaqui e, tambm, por ter
sido ele o primeiro Coordenador do Curso, desde a criao/aprovao. Ainda
em 2011, devido a sada da Prof. Patrcia Chagas, a Prof. Rozane Mrcia
30
Triches passou a compor o NDE. Em 2012, houve a necessidade de uma
reestruturao do NDE devido sada de outros professores do quadro
docente do Campus Itaqui, os quais so apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Membros integrantes do NDE do Curso de Nutrio da UNIPAMPA,
Campus Itaqui.
Docente Titulao Regime de trabalho
Carla Pohl Sehn Nutricionista, Mestre em
Biotecnologia Dedicao Exclusiva
Lana Carneiro Almeida Nutricionista, Doutora em
Sade Pblica Dedicao Exclusiva
Joice Trindade Silveira Nutricionista, Mestre em
Microbiologia Agrcola e do Ambiente
Dedicao Exclusiva
Vanessa Ramos Kirsten Nutricionista, Mestre em Medicina e Cincias da
Sade Dedicao Exclusiva
Fernanda Aline de Moura Nutricionista, Mestre em
Cincia e Tecnologia Agroindustrial
Dedicao Exclusiva
Cristiano Ricardo Jesse Farmacutico, Doutor em
Cincias Biolgicas Dedicao Exclusiva
A atuao do NDE conta, tambm, com a participao e colaborao de
um representante discente e de um representante dos Tcnicos em Assuntos
Educacionais (TAE), com graduao em Nutrio.
2.2.2.3. Coordenao de Curso
O Coordenador do Curso de Nutrio da UNIPAMPA um docente do
Curso com papel de coordenar as atividades de ensino relacionadas ao Curso,
dentro da Comisso de ensino. Conforme a Lei n 8.234, de 17 de setembro de
1991, a atividade de coordenao de Curso de graduao em nutrio
privativa do nutricionista.
Dentro do processo de transformao pelas quais as instituies passam
atualmente, coordenar um Curso no ensino superior requer responsabilidades
cada vez mais abrangentes. Juntamente comisso de Curso e ao NDE, o
coordenador dever definir qual ser o diferencial do Curso, acompanhando os
princpios do projeto institucional. Desse modo, ao cumprir com tarefas cada
vez mais complexas e que ultrapassam o conhecimento especfico do Curso, o
coordenador assume o perfil de gestor - pea chave para promover as
31
alteraes e introduzir propostas inovadoras no ambiente universitrio. Assim,
ser coordenador de curso pressupe possuir competncias nos aspectos legal,
mercadolgico, cientfico, organizacional e de liderana. As tcnicas e mtodos
de gesto necessitam ser revistas periodicamente, face dos avanos tcnicos,
cientficos e sociais constantemente em movimento na sociedade.
O Coordenador de Curso e seu substituto so eleitos pelos os membros
do campus: docentes, discentes e tcnicos administrativos em educao
(Nutricionistas) que desempenham atividades ligadas diretamente ao curso,
para um mandato de dois anos. O processo eleitoral ser disciplinado por edital
especfico, elaborado de acordo com as diretrizes da universidade. Em caso de
afastamentos temporrios e impedimentos eventuais, o coordenador substituto
representar o Coordenador. No caso de vacncia ou impedimento definitivo
do Coordenador e de seu substituto, haver eleio para o provimento da
funo, no perodo restante, se este for maior do que 1 (um) ano. A Comisso
de Curso indicar um Coordenador interino ao Conselho de Campus no caso
do mandato ser menor do que 1 (um) ano.
O Coordenador de Curso dever ter disponibilidade de tempo compatvel
com as atividades especficas da Coordenao. Essa disponibilidade de tempo
exigido ser definida pelo Conselho do Campus.
Compete ao Coordenador de Curso executar as atividades necessrias
consecuo das finalidades e objetivos do curso que coordena, dentre elas:
- presidir a comisso de curso;
- promover a implantao da proposta de curso, em todas suas
modalidades e/ou habilitaes e uma contnua avaliao da qualidade do curso
conjuntamente com o corpo docente e discente;
- encaminhar aos rgos competentes, por meio do Coordenador
Acadmico, as propostas de alterao curricular aprovadas pela Comisso de
Curso;
- formular diagnsticos sobre os problemas existentes no curso e
promover aes visando sua superao;
- elaborar e submeter anualmente aprovao da Comisso de Ensino
o planejamento do Curso, especificando os objetivos, sistemtica e calendrio
de atividades previstas, visando ao aprimoramento do ensino no curso;
32
- apresentar anualmente Coordenao Acadmica, relatrio dos
resultados gerais de suas atividades, os planos previstos para o aprimoramento
do processo avaliativo do curso e as consequncias desta avaliao, no seu
desenvolvimento;
- servir como primeira instncia de deciso em relao aos problemas
administrativos e acadmicos do curso que coordena amparado pela Comisso
de Curso, quando necessrio;
- convocar reunies e garantir a execuo das atividades previstas no
calendrio aprovado pela Comisso de Ensino;
- cumprir ou promover a efetivao das decises da Comisso de Curso;
- assumir e implementar as atribuies a ele designadas pelo Conselho
do Campus, pela Direo e pela Comisso de Ensino;
- representar o curso que coordena, junto Comisso de Ensino e aos
rgos Superiores da UNIPAMPA, quando couber;
- relatar ao Coordenador Acadmico as questes relativas a problemas
disciplinares relacionados aos servidores e discentes que esto relacionados
ao curso que coordena;
- atender s necessidades do MEC por ocasio das avaliaes e
comisses in loco.
- providenciar, de acordo com as orientaes da Comisso de Ensino, os
planos de todos os componentes curriculares do curso, contendo ementa,
programa, objetivos, metodologia e critrios de avaliao do aprendizado,
promovendo sua divulgao entre os docentes para permitir a integrao de
componentes curriculares e para possibilitar a Coordenao Acadmica mant-
los em condies de serem consultados pelos alunos, especialmente no
momento da matrcula;
- contribuir com a Coordenao Acadmica para o controle e registro da
vida acadmica do curso nas suas diversas formas;
- orientar os alunos no curso na matrcula e na organizao e seleo de
suas atividades curriculares;
- autorizar e encaminhar Coordenao Acadmica: a matrcula em
componentes curriculares eletivos; a matrcula em componentes curriculares
extracurriculares; a inscrio de estudantes especiais em componentes
curriculares isolados; a retificao de mdias finais e de frequncias de
33
componentes curriculares, ouvido o professor responsvel; a mobilidade
discente;
- propor Coordenao Acadmica, ouvidas as instncias competentes
da Unidade responsvel pelo curso: os limites mximo e mnimo de crditos
dos alunos no curso, para efeito de matrcula; o nmero de vagas por turma de
componentes curriculares, podendo remanejar alunos entre as turmas
existentes; o oferecimento de componentes curriculares nos perodos regular,
de frias ou fora do perodo de oferecimento obrigatrio; prorrogaes ou
antecipaes do horrio do curso; avaliao de matrculas fora de prazo;
- providenciar: o julgamento dos pedidos de reviso de provas e exames
de componentes curriculares do curso, em consonncia com as Normas
Acadmicas da UNIPAMPA; a realizao de teste de proficincia, em lnguas
estrangeiras quando previsto na estrutura curricular; avaliao de notrio saber
conforme norma estabelecida; os exerccios domiciliares; a confeco do
horrio dos componentes curriculares em consonncia com a Comisso de
Ensino; o encaminhamento Coordenao Acadmica, nos prazos por ela
determinados, das notas e frequncias dos alunos de graduao do curso;
-emitir parecer sobre pedidos de equivalncia de componentes
curriculares, ouvido o docente titular do componente curricular, podendo exigir
provas de avaliao;
- promover a adaptao curricular dos alunos quer nos casos de
matrcula, transferncias, aproveitamento de componentes curriculares,
trancamentos e nos demais casos previstos na legislao vigente;
- atender s necessidades da Coordenao Acadmica em todo o
processo de colao de grau de seu curso.
2.2.3. Funcionamento
2.2.3.1 Titulao Conferida
Ao concluir todos os requisitos necessrios para a integralizao da
formao curricular, de acordo com as normas estabelecidas pela UNIPAMPA,
o acadmico do Curso de Graduao em Nutrio da UNIPAMPA receber o
ttulo de Bacharel em Nutrio.
34
2.2.3.2. Modos e perodos de ingresso e nmero de vagas por
perodo de ingresso
O ingresso no Curso de Graduao em Nutrio da UNIPAMPA segue o
novo sistema de ingresso s universidades federais, proposto pelo Ministrio
da Educao, aprovado pelos membros do Conselho de Dirigentes da
UNIPAMPA, e que passou a ser aplicado em 2010 para todos os cursos de
graduao da UNIPAMPA. A seleo dos candidatos atravs do Sistema de
Seleo Unificada (SISU), proposto pelo MEC, utilizando-se as notas obtidas
pelos estudantes no ENEM. O processo seletivo ocorre uma vez por ano, no
primeiro semestre, com 50 vagas. So previstas ainda, outras modalidades de
ingresso, que sero descritas no item 2.2.3.8. Formas de Ingresso.
2.2.3.3. Regime de oferta
A oferta de componentes curriculares semestral e organizada de
acordo com as exigncias curriculares para integralizao do curso (item
2.3.1.).
2.2.3.4. Regime de Matrcula
O regime de matrcula se dar de acordo com a Resoluo n 29/2011
da UNIPAMPA. A matrcula ocorre semestralmente e em trs fases,
estabelecidas no calendrio acadmico: um perodo de solicitao de
matrcula, um perodo de solicitao de ajuste e matrcula (ambos - via Portal
do aluno - via web) e um perodo de ajuste presencial, com a presena do
Coordenador de Curso. Os dois ltimos somente so realizados caso haja
necessidade. Na matrcula por componente curricular, deve ser observado o
cumprimento de pr-requisitos (quando existir) e a compatibilidade de horrios.
O aluno dever, no momento do ingresso na Universidade, se matricular em
um mnimo de dezenove crditos, sendo permitida a partir da segunda
matrcula, uma reduo para oito crditos. A integralizao da carga horria
dever ocorrer em 8 semestres, sendo que o aluno perder o vnculo caso
ultrapasse 12 semestres. Alm disso, importante salientar que o perodo
mnimo para integralizao curricular de 4 anos (ou 8 semestres), de acordo
com a Resoluo CNE/CES n 4, de 6 de Abril de 2009, que dispe sobre
35
carga horria mnima e procedimentos relativos integralizao e durao dos
cursos de graduao em Nutrio na modalidade presencial.
2.2.3.5. Perodo de realizao do Curso
O Curso de Nutrio da UNIPAMPA ofertado em turno diurno integral.
2.2.3.6. Calendrio Acadmico
O calendrio acadmico seguir a Resoluo n 29/2011. De acordo
com essa instruo:
Art. 1 O Calendrio Acadmico da Universidade, proposto pela Reitoria e homologado pelo Conselho Universitrio, deve consignar, anualmente, as datas e os prazos estabelecidos para as principais atividades acadmicas a serem realizadas nos Campus. 1 O Calendrio Acadmico da Universidade publicado at o dia 31 (trinta e um) de outubro do ano anterior ao de sua vigncia. 2 As excepcionalidades so decididas pelo Conselho Universitrio. Art. 2 O ano acadmico compreende dois perodos letivos regulares, com durao mnima de 100 (cem) dias letivos cada um. 1 Entre dois perodos letivos regulares, o Calendrio Acadmico indica um perodo letivo especial com durao de no mnimo 2 (duas) e no mximo 6 (seis) semanas. 2 A oferta de componentes curriculares obrigatrios durante o perodo letivo especial no exclui a oferta desses anualmente, em pelo menos um dos perodos regulares. 3 As Coordenaes de Curso encaminham Comisso de Ensino as demandas para oferta dos componentes curriculares, que so analisadas e encaminhadas ao Conselho do Campus para deliberao. Art. 3 Anualmente, durante o perodo letivo regular, deve ocorrer a Semana Acadmica da UNIPAMPA, atividade letiva com o objetivo de promover a cultura, a socializao do conhecimento tcnico cientfico e a integrao da comunidade acadmica e da comunidade em geral. Pargrafo nico. Os Campi, por meio da representao discente e com o apoio das Coordenaes de Curso, devem promover a Semana Acadmica dos seus respectivos Cursos, tambm letiva, conforme deliberao da Comisso de Curso e do Conselho de Campus, em semestre no coincidente com a Semana Acadmica da UNIPAMPA prevista no caput deste artigo. (Universidade Federal do Pampa; Resoluo n 29/2011)
2.2.3.7. Carga horria total
A carga horria total do Curso de Graduao em Nutrio da
UNIPAMPA de 3300 horas, distribuda em 2400 horas em componentes
curriculares obrigatrias, 675 horas em atividades de estgio obrigatrio em
trs reas de atuao (nutrio clnica, nutrio social e nutrio em unidades
de alimentao e nutrio), 75 horas em atividades complementares de
graduao (ACGs) (DCN, 2001) e 90 horas em componentes curriculares
36
complementares de graduao (CCCGs) (Art. 50, inciso II, da Resoluo n
29/2011). Ainda, para concluso do Curso de graduao em Nutrio, o aluno
dever elaborar um trabalho sob orientao docente, composto por dois
componentes curriculares de 30 horas cada, totalizando 60 horas de Trabalho
de Concluso de Curso (DCN, 2001).
2.2.3.8. Formas de Ingresso
Os cursos de graduao da UNIPAMPA utilizam dados do ENEM para
seleo dos candidatos de acordo com os critrios estabelecidos pelo Sistema
de Seleo Unificada (SiSU), proposto pelo MEC.
O preenchimento das vagas no Curso de Nutrio atende aos critrios
estabelecidos para as diferentes modalidades de ingresso da Universidade,
observando as Normas Bsicas de Graduao, controle e registros das
atividades acadmicas, Resoluo n 29, de 28 de abril de 2011.
Ainda, atendendo a Poltica Nacional de Aes Afirmativas, o
preenchimento de vagas, segundo o Edital de ingresso via SiSU 2012, segue
as orientaes a seguir:
1. 6% do total das vagas de cada curso da UNIPAMPA so ofertadas para
candidatos com necessidades educacionais especiais.
2. At 30% do total das vagas de cada curso da UNIPAMPA so ofertadas
para candidatos que tenham cursado o Ensino Mdio integralmente em
escolas pblicas.
3. At 10% do total das vagas de cada curso da UNIPAMPA sero
oferecidas para candidatos autodeclarados negros, afrodescendentes, que
tenham cursado o Ensino Mdio integralmente em escolas pblicas.
4. At 4% do total das vagas de cada curso da UNIPAMPA sero ofertadas
para candidatos indgenas que tenham cursado o Ensino Mdio integralmente
em escolas pblicas.
Dessa forma, o curso de Nutrio, no ano de 2012 (segundo edital de
ingresso via SiSU 2012), respeitando o nmero de vagas ofertadas, ofertou 2
vagas para candidatos autodeclarados indgenas ou descendentes de
indgenas que tivessem cursado integralmente o ensino mdio em instituies
pblicas de ensino; 5 vagas para candidatos autodeclarados negros
(afrodescendentes) que tivessem cursado integralmente o ensino mdio em
37
instituies pblicas de ensino; 3 vagas para candidatos com deficincia e 15
vagas para candidatos que tivessem cursado o ensino mdio integralmente em
estabelecimentos da rede pblica de ensino.
H ainda outras modalidades de ingresso no Curso de Nutrio:
Reopo de Curso, Processo Seletivo Complementar (Reingresso,
Transferncia Voluntria e Portador de Diploma), Transferncia Compulsria,
Regime Especial, Programa Estudante Convnio, Programa de Mobilidade
Acadmica Interinstitucional, Mobilidade Acadmica Intrainstitucional e
Matrcula Institucional de Cortesia, abaixo especificados:
- Reopo: a forma de mobilidade acadmica, regulamentada por
edital especfico e condicionada existncia de vagas, mediante a qual o
discente, regularmente matriculado ou com matrcula trancada em curso de
graduao da UNIPAMPA, poder transferir-se para outro curso de graduao
ou turno de oferecimento de curso de graduao desta Universidade.
- Reingresso: a forma de ingresso de ex-discentes da UNIPAMPA em
situao de evaso que se encontra em abandono em relao ao curso de
origem h menos de 02 (dois) anos desde a interrupo do curso at o perodo
pretendido para reingresso.
- Transferncia voluntria: a forma de mobilidade acadmica,
regulamentada por edital especfico e condicionada existncia de vagas,
mediante a qual o discente, regularmente matriculado ou com matrcula
trancada em curso de graduao idntico ou dentro da mesma rea de
conhecimento em outra IES, poder transferir-se para outro curso de
graduao.
- Portador de diploma: a forma de ingresso na UNIPAMPA para
diplomados por IES do pas, ou que tenham obtido diploma no exterior, desde
que, revalidado na forma da lei. Podendo ser concedido aproveitamento de at
60% da carga horria do Curso pretendido na UNIPAMPA, includos os
graduados pela UNIPAMPA ou para diplomados que tenham obtido diploma no
exterior.
- Transferncia compulsria: conforme normativa n 2/2009 da
UNIPAMPA est prevista ainda o ingresso ex-officio, no qual concedido a
servidor pblico federal, civil ou militar, ou a seu dependente discente, em
razo de comprovada remoo ou transferncia de oficio que acarrete
38
mudana de domiclio para a cidade do campus pretendido ou municpio
prximo, na forma da lei.
- Regime Especial: consiste na inscrio em componentes curriculares
para complementao ou atualizao de conhecimentos permitida aos
Portadores de Diploma de Curso Superior, discentes de outras IES e
portadores de Certificado de Concluso de Ensino Mdio com idade acima de
60 anos, conforme disponibilidade de vagas e parecer favorvel da
Coordenao Acadmica.
- Programa Estudante Convnio: permitida a matrcula mediante
convnio cultural firmado entre o Brasil e os pases conveniados de estudante
estrangeiro, aps aceite, dentro do nmero de vagas oferecidas anualmente,
pela Universidade Secretaria de Educao Superior (SESu) do Ministrio da
Educao (MEC).
- Programa de Mobilidade Acadmica Interinstitucional: permite ao
discente de outras IES cursar componentes curriculares na UNIPAMPA, como
forma de vinculao temporria pelo prazo estipulado no convnio assinado
entre as instituies.
- Mobilidade Acadmica Intrainstitucional: permite ao discente da
UNIPAMPA cursar, temporariamente, componentes curriculares em outros
campi, mediante aprovao de plano de atividades pelo Coordenador de Curso
e sendo a mesma condicionada existncia de vagas no curso de graduao
de destino.
- Matrcula Institucional de Cortesia: consiste na admisso de estudantes
estrangeiros, funcionrios internacionais ou seus dependentes, que figuram na
lista diplomtica ou consular, conforme Decreto Federal n 89.758, de 06/06/84
e Portaria 121, de 02/10/84.
A UNIPAMPA est inserida na Poltica Nacional de Aes Afirmativas;
segue as diretrizes propostas pela Constituio Federal para a formao de
polticas e programas que contribuam positivamente para a erradicao das
desigualdades sociais e tnico-raciais, com vistas a construir uma sociedade
mais justa e democrtica; com os objetivos do Programa Nacional de
Assistncia Estudantil (PNAES), dentre eles democratizar as condies de
permanncia dos jovens na educao superior pblica federal, e, por fim, com
39
o princpio da poltica de Assistncia Estudantil definido no Projeto Institucional
da UNIPAMPA:
(...) incluso universitria plena, que proporcione o acesso de estudantes e a continuidade dos estudos a todos, igualmente, incluindo os grupos que historicamente estiveram margem do direito ao ensino superior pblico.
Na UNIPAMPA, tambm est em processo de implementao do
Programa de Ingresso e Permanncia Indgena, o Programa Anau, o qual
busca atender diversos compromissos institucionais com as polticas de aes
afirmativas. O mesmo contempla determinado nmero de vagas para indgenas
aldeados, que participam de processo vestibular exclusivo. Atualmente o
campus Itaqui contemplado com trs vagas: duas para o curso de Agronomia
e uma para o curso de Nutrio.
2.3. ORGANIZAO CURRICULAR
2.3.1. Integralizao curricular
Com vistas colao de grau, os requisitos mnimos para integralizao
de currculo so:
- Cumprimento de todos os componentes curriculares obrigatrios;
- Realizao dos estgios supervisionados, de acordo com as
orientaes contidas neste PPC (item 2.3.1.4.);
- Cumprimento de, no mnimo, 90 horas de componentes curriculares
complementares de graduao (CCCGs);
- Comprovao do cumprimento de, no mnimo, 75 horas em Atividades
Complementares de Graduao (ACGs), conforme o item 2.3.1.1. deste PPC;
- Apresentao do Trabalho de Concluso de Curso (TCC) e obteno
de grau de aprovao em defesa pblica, de acordo com as normas
estabelecidas no item 2.3.1.3.
A carga horria mnima e o nmero de horas-aula de cada requisito
esto descritos, resumidamente, na Tabela 2.
40
Tabela 2. Requisitos mnimos para integralizao curricular.
Requisitos Carga horria
mnima
Nmero de
horas-aula
Componentes curriculares obrigatrios 2400 160
Estgios supervisionados 675 45
Trabalho de Concluso de Curso (TCC) 60 4
Componentes curriculares
complementares de graduao
(CCCGs)
90 6
Atividades complementares de
graduao (ACGs) 75 5
Total 3300 220
2.3.1.1. Atividades Complementares de Graduao
De acordo com o Art. 51 da Resoluo n 29/2011,
as Atividades Complementares de Graduao (ACG) so atividades desenvolvidas pelo discente, no mbito de sua formao acadmica, com o objetivo de atender ao perfil do egresso da UNIPAMPA e do respectivo curso de graduao, bem como legislao pertinente.
As ACGs do Curso de Nutrio envolvem 75 horas, distribudas em
atividades nos 4 (quatro) grupos classificados pelo Art. 104 da Resoluo n
29/2011, respeitando o cumprimento de uma carga horria mnima de 10%
(dez por cento) em cada um dos grupos conforme o Art. 105 da referida
Resoluo, a saber:
I. Grupo I: Atividades de Ensino;
II. Grupo II: Atividades de Pesquisa;
III. Grupo III: Atividades de Extenso;
IV. Grupo IV: Atividades Culturais e Artsticas, Sociais e de Gesto.
As ACGs podem ser realizadas ao longo dos oito semestres de durao
do curso. O registro das mesmas era realizado mediante solicitao via
formulrio disponvel na Secretaria Acadmica, preenchido e encaminhado
pelo discente durante o semestre letivo e computada a carga horria de ACGs
de acordo com a Tabela 3, vigente at maro de 2012. Em abril de 2012 houve
41
uma reformulao da carga horria e equivalentes das ACGs do Curso de
Nutrio (Tabela 4) e uma alterao no perodo de solicitao de registro das
mesmas. O registro da carga horria de ACGs ser realizado uma nica vez
durante a graduao, para os alunos que estiverem cursando o stimo
semestre. No havendo completado a carga horria prevista de ACG, o aluno
ser orientado pela coordenao do curso a realiz-las at o final do oitavo
semestre. O aluno somente ser considerado apto para a formatura aps o
cumprimento da carga horria de ACG exigida.
2.3.1.2. Componentes Curriculares Complementares de
Graduao
Os discentes do Curso de Nutrio podero cursar os Componentes
Curriculares Complementares de Graduao (CCCGs) em qualquer um dos
cursos oferecidos na UNIPAMPA ao longo dos oito semestres de durao do
curso. A Figura 2 mostra os componentes curriculares recomendados pela
comisso de curso. A Universidade oferece ainda, de forma optativa, o
componente curricular Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), em atendimento
ao Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005. Em atendimento s Polticas
de Educao Ambiental, de acordo com Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999, o
Decreto n 4.281, de 25 de junho de 2002 e a Resoluo n 2 de 15 de junho
de 2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao
Ambiental, possibilitado ao aluno cursar os componentes curriculares de
Ecologia, ofertado no Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Cincia e
Tecnologia, e o componente curricular de Ecologia Geral ofertado no Curso de
Engenharia de Agrimensura.
No que tange s Polticas de Educao em Direitos Humanos, de acordo
com a Resoluo n 8 de 30 de maio de 2012, o curso de Nutrio oferece
componentes curriculares que abordam as Cincias Sociais, Humanas e
Econmicas, por tratar-se de um curso da rea da sade, como o CCCG
Atividade Curricular em Comunidade. So oferecidos tambm os componentes
curriculares Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania, ofertado pelo curso
de Engenharia de Agrimensura, os componentes curriculares Polticas Pblicas
em Educao, Interveno Pedaggica e Necessidades Educativas Especiais,
42
Filosofia da educao, Sociologia da Educao e Educao Inclusiva,
ofertados pelo curso de Licenciatura em Matemtica.
Os componentes curriculares de Antropologia e Sociologia e Filosofia
abrangem, entre outros, temas relacionados