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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
ALBERTO HAFID DANTAS ASSIS
MIXOMA ODONTOGÊNICO EM MANDÍBULA – RELATO DE CASO
NATAL/RN
2014
1
ALBERTO HAFID DANTAS ASSIS
MIXOMA ODONTOGÊNICO EM MANDÍBULA – RELATO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Departamento de
Odontologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Cirurgião-dentista.
ORIENTADOR: PROF. Dr. ANDRÉ LUIZ MARINHO FALCÃO GONDIM,
NATAL/RN
2014
2
MIXOMA ODONTOGÊNICO EM MANDÍBULA – RELATO DE CASO
ALBERTO HAFID DANTAS ASSIS
Aprovado em ____/____/_____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Profº. Dr. André Luiz Marinho Falcão Gondim (Orientador)
_________________________________________________
Profº. Dr. Euler Maciel Dantas 1ª examinadora
- ________________________________________________
Profº. Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas 2ª examinadora
CONCEITO FINAL: _____________________
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus , autor da nossa História, fonte de segurança
e fortificação espiritual para trilharmos os nossos caminhos e que me permitiu chegar
ao final de mais uma etapa da minha vida.
Agradeço ao meu pai Carlos Alberto Assis de Araújo, pelo apoio, segurança e
afeto que me foi repassado durante todo o curso, A minha mãe Maria da Guia Dantas
de Araújo, que tomo de exemplo para minha vida profissional, meu porto seguro,
minha fonte de conselhos e aprendizado.
Meus irmãos e irmãs que sempre me apoiaram e foram forçamotriz
fundamental nesta caminhada. A minha namorada e amigos(as) que sei que sempre
posso contar, que sempre estiveram me dando a palavra de apoio e de força.
A todo restante da minha família onde aproveito a deixa para dedicar, nesse
momento especial, ao meu avô Antônio Basílio, homem forte, de garra, exemplo de
fibra de um lutador do sertão nordestino que nessa reta final partiu para a vida eterna,
dedico a ele, farei por onde respeitar e reconhecer toda sua luta por nossa família.
Agradeço a turma 96 de Odontologia-UFRN, turma unida que ficará pra sempre
na minha História.
Obrigado a todos membros das Paróquias de Nossa Senhora da Candelária e
São João Batista, minhas fontes de crescimento espiritual que me edificou para
realização de todas minhas conquistas.
Agradecer a toda equipe docente do Departamento de Odontologia da UFRN
através do professor André Luiz Marinho Falcão Gondim, por toda ajuda dada e toda
paciência que teve comigo. Aos residentes e mestrandos de Cirurgia buco-maxilo-
facial nas figuras de Gleysson Assis e Salomão Israel pelo apoio e atenção dedicados.
Agradeço a todas as pessoas que de maneira direta ou indiretamente
contribuíram para todas essas conquistas.
4
RESUMO
O mixoma odontogênico é classificado como um tumor benigno, sendo
localmente invasivo, apesar do seu crescimento lento e assintomático.
Histologicamente apresenta células fusiformes ou estreladas inseridas em um tecido
mixóide semelhantes ao folículo dentário. Normalmente os mixomas se apresentam,
em exames de imagem, na forma unilocular ou multilocular descritos como imagens
semelhantes à “raquetes de tênis”, “favos de mel” ou “bolhas de sabão”. O presente
estudo objetiva relatar caso de tumor na região de corpo da mandíbula. Com
diagnóstico “sugestivo de mixoma” foi realizada ressecção segmentar preservando
base de mandíbula, as bordas ósseas foram tratadas quimicamente através da
solução de Carnoy e a reconstrução primária realizada logo em seguida, através de
enxerto autógeno da crista ilíaca, barras e malhas de titânio moldadas previamente
em biomodelo de mandíbula. O tratamento radical de mixomas mais extensos através
de ressecção em bloco mostra ser o mais eficaz, o tratamento químico visa debelar
resquícios de células tumorais que estejam infiltradas no osso esponjoso, a
reabilitação primária através de enxerto do osso ilíaco e barras pré-modeladas
diminuem tempo cirúrgico e permitem atingir melhores resultados na simetria facial.
Palavras-Chave: Mixoma; Cirurgia Oral; Modelos Biológicos.
5
ABSTRACT
Odontogenic myxoma is classified as a benign tumor, locally invasive, despite
its slow growth and asymptomatic. Histologically presents fusiform or stellate cells
embedded in a myxoid tissue similar to the dental follicle. Usually myxomas present in
imaginological exams, unilocular or multilocular form described as similar images to
the "tennis rackets," "honeycomb" or "soap bubbles". This study aims to report tumor
case in the body of mandible diagnosed "suggestive of myxoma". That tumor was
treated by segmental resection preserving jaw base, the bone edges were chemically
treated by Carnoy solution and primary reconstruction performed soon then through
autogenous iliac crest bone graft, bars and shaped titanium mesh previously in
biomodel jaw. The radical treatment myxomas in lesions more extensive, resection
through block proves to be the most effective, chemical treatment aims to eradicate
tumor cells remains to be infiltrated into the spongy bone rehabilitation through the
primary graft iliac bone and pre-shaped bars decrease time surgical and help to
achieve better results in facial symmetry.
Key-Words: Biological Models; Myxoma; Surgery, Oral.
6
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO...........................................................................................................07
OBJETIVO..................................................................................................................09
METODOLOGIA.........................................................................................................10
REVISÃO DE LITERATURA
Conceitos.........................................................................................................11
Epidemiologia..................................................................................................11
Aspecto Clínico................................................................................................13
Diagnóstico Histopatológico............................................................................14
Diagnóstico Imaginológico...............................................................................15
Tratamento......................................................................................................17
Preservação e Reabilitação.............................................................................20
RELATO DE CASO....................................................................................................21
DISCUSSÃO..............................................................................................................29
CONCLUSÃO.............................................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................34
ANEXOS
7
1. INTRODUÇÃO
Nas alterações patológicas maxilofaciais, há uma grande variedade de
neoplasias orais que acometem tanto a mandíbula quanto a maxila, com predominio
da região mandíbular, podendo ser de origem odontogênica ou não odontogênica,.
Mesmo que sejam benignos, muitas dessas alterações apresentam comportamento
agressivo e de difícil diagnóstico, uma vez que, apresentam semelhanças entre si,
principalmente nos exames imaginológicos (radiografia e tomografia
computadorizada). Em virtude disso, um diagnóstico preciso obtido através de
técnicas histopatológicas e imunoistoquímicas deve ser realizado. Entre os tumores
odontogênicos mais comuns é o Mixoma Odontogênico (MO)42.
O MO representa uma neoplasia benigna que ocorre quase sempre nos
maxilares, na maioria das vezes não está associado a metástase, é localmente
invasivo e agressivo, comumente presente em áreas dentadas, estando associado a
dentes não erupcionados, e podendo também ocorrer em áreas crânio-faciais não
odontogênicas como por exemplo o trato sinusal, ramo ascendente e côndilo
mandíbular9,27. Na maioria dos casos não apresenta sintomas até que apresente
dimensões consideráveis que geram assimetrias faciais, chegando a ser identificado
precocemente por exame radiográfico de rotina acompanhado de alguma limitação
nas funções orofaciais dor ou parestesia. Cerca de 65% dos casos ocorrem em
mandíbula e acomete mais a região posterior na altura dos molares e pré-molares8,10.
Sabe-se que se trata de um tumor com origem mesenquimal e/ou ecto-mesenquimal,
histologicamente assemelha-se com o folículo dental, porém a origem detalhada é
ainda incerta e não comprovada por estudos imunoistoquímicos. Por muitas vezes
apresentam grandes quantidades de tecido fibroso, sendo classificados como
Fibromixoma3,42.
A incidência do Mixoma, dentre os tumores odontogênicos, situa-se entre 3 a
18%, sendo o terceiro tumor odontogênico mais comum no mundo. Uma característica
relevante é a alta taxa de incidência em indivíduos jovens, acometendo 60% dos casos
entre a segunda e terceira décadas de vida, com predileção pelo sexo feminino, com
65% dos casos9,10. Segundo Fernandes et al.18 (2005), no Brasil, a incidência é de
9,1% dos casos de tumores odontogênicos, acometendo mais pessoas do sexo
8
feminino, estando dentro das estatísticas mundiais baseadas na Organização Mundial
de Saúde(OMS).
Identificado primariamente ao exame clínico onde se observa aumento de
volume na região afetada, exames de imagem devem ser requisitados.
Radiograficamente observa-se reabsorção radicular, quando em área dentada,
podendo apresentar dimensões reduzidas ou grandes lesões, e quanto ao padrão
radiográfico, podem ser uni ou multiloculares9. Por vezes a lesão radiolúcida,
apresenta trabeculações de tecido fibroso, dificultando o diagnóstico diferencial com
outras lesões que acometem a mandíbula, outras vezes a lesão é multilocular com
padrões distintos 26,32. Pela dificuldade do diagnóstico diferencial através de exames
de imagens, o diagnóstico histopatológico é fundamental8.
Histologicamente a OMS define o MO como apresentando células
arredondadas e angulares incluídas em estroma mixóide com poucas fibrilas
colágenas53, quando estas fibrilas são mais desenvolvidas e maturadas alguns
autores definem a lesão como Fibromixoma Odontogênico. Apresenta comportamento
agressivo semelhantes a neoplasmas malignos, sendo que não são metastáticos,
embora estudos publicados relatam malignização deste tipo de tumor40.
Pela rápida progressão e agressividade característica do MO, o tratamento
cirúrgico é recomendado o quanto antes, porém não há consenso da técnica a ser
utilizada, que vão desde técnicas conservadoras por enucleação e curetagem da
lesão, no qual apresentam maior taxa de recidiva, até técnicas mais radicais com
amplas ressecções em bloco com margem de tecido ósseo sadio adjacente8. Cada
caso deve ser avaliado de acordo com tamanho, progressão e comportamento do
tumor, analisados ao exame clínico e exames complementares para definir a conduta
cirúrgica mais adequada.
No que diz respeito a reconstrução da região afetada, esta pode ser realizada
de forma primária, no qual são realizados enxertias ósseas nos defeitos gerados pela
ressecção, ou de forma secundária, onde a restituição óssea do segmento perdido é
realizada em um segundo momento. Um período de pelo menos 5 anos com ausência
de sinais clínicos e radiográficos de recidiva deve ser considerado para a cura desse
tipo de tumor27.
9
2. OBJETIVO
O presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura da
alteração patológica Mixoma Odontogênico, bem como relatar um caso clínico
diagnosticado histopatologicamente como mixoma na região mandibular (corpo e
ângulo), no qual foi tratado por meio de ressecção segmentar, seguida de
reconstrução primária com enxerto removido do osso ilíaco.
10
3. METODOLOGIA
Realizou-se o levantamento bibliográfico de publicações indexadas ou
catalogadas nas bases de dados PUBMED, IBECS, BBO, LILACS, COCHRANE,
SCOPUS, SCIELO.
Para a busca bibliográfica, utilizou-se os descritores ou palavras-chave:
Mixoma Odontogênico e os similares em inglês e espanhol (Odontogenic Myxoma,
Mixoma Odontogénico). A delimitação da busca considerou o termo tratamento. A
seleção dos artigos foi feita pela análise dos resumos.
Para a seleção das publicações, foram considerados os critérios: enfoque em
seres humanos, idiomas português, espanhol e inglês, período de publicação. Os
casos foram analisados quanto aos quesitos:
- Conceitos Gerais
- Epidemiologia
- Clínico-patológico
- Histopatológico
- Tipos de Tratamento
- Reabilitação
Os artigos selecionados foram analisados criticamente para a construção da
revisão bibliográfica e da discussão do caso.
11
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 CONCEITOS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o mixoma odontogênico como
uma neoplasia benigna dos ossos maxilares, formado por células estreladas e
alongadas em meio a um abundante estroma mixóide. Tem origem mesenquimal ou
ectomesenquimal de tecido do folículo dentário ou ligamento periodontal. Quando
possui tecido fibroso maduro e abundante, usa-se termos como fibromixoma ou
mixofibroma11. O Mixoma Odontogênico é considerado como uma neoplasia
incomum, mas se assemelha bastante aos tecidos da polpa dental e do ligamento
periodontal37.
O Mixoma Odontogênico faz parte de um subtipo de mixoma, também há o
mixoma que ocorre no tecido cutâneo caracterizando o chamado Mixoma de tecidos
moles, e o grupo dos mixomas fora dos tecidos moles, como o Mixoma Cardíaco,
mixoma Renal, assim como o Mixoma dos Maxilares ou Mixoma Odontogênico56.
4.2 EPIDEMIOLOGIA
Segundo a OMS o MO é o terceiro tumor odontogênico mais comum no mundo,
compreendendo cerca de 2 a 30% de todos tumores odontogênicos, a incidência do
MO atinge mais indivíduos jovens com média de trinta anos, sendo a maioria,
diagnosticado na segunda a quarta décadas de vida11.
Brannon et al.10 (2004) relataram que uma característica relevante é a alta taxa
de incidência em indivíduos jovens, 60% dos casos ocorrem entre a secunda e terceira
década de vida. A literatura pesquisada corresponde aos dados epidemiológicos da
OMS12, considerando o Mixoma o terceiro tumor oral benigno mais incidente 10,18,34,38,
a maior incidência situa entre a 2ª e 3ª década de vida 1,10,31,34, o MO ocorre mais em
mandíbula1,10,31 e apresenta predileção pelo sexo feminino 1,10,18,34,38.
A frequência do MO é bem diversificada de acordo com diferentes
levantamentos pelo mundo. Santos et al.49 (2001) estudaram 127 casos de tumores
12
odontogênicos, diagnosticados no Serviço de Patologia Oral da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte onde o MO foi o 4º mais comum com incidência de 4,72%.
Em outro estudo feito em população brasileira, Fernandes et al.18 (2005) analisaram
340 casos diagnosticados no Serviço de Patologia Oral da Universidade Federal de
Minas Gerais onde a incidência de MO foi de 9,1%, sendo o terceiro mais comum dos
casos de tumores odontogênicos, acometendo mais pessoas do sexo feminino,
estando dentro da estatísticas mundiais baseadas na OMS.
Em 362 casos de tumores diagnosticados no Instituto de Referência em
Patologia Oral da Universidade do Chile, entre os anos de 1975 e 2000, Ochsenius
et al.38 (2002) revisam os casos e constata a frequência de MO em 8,8%, sendo o
terceiro mais comum. Em primeiro fica o Odontoma com 25,1% dos casos e em
segundo Ameloblastoma com 20,4%.
No México, Mosqueda-Taylor et al.34 (1997) reportam 349 casos de lesões orais
do Serviço de Diagnóstico de Patologia da Cidade do México, neste o MO foi o terceiro
mais incidente correspondendo a 17,7% dos casos estudados ficando atrás do
Odontoma (34,6%) e do Ameloblastoma (23,7%).
Buchner, et al.10 (2006) avaliaram 1088 registros do Laboratório de Patologia
Oral da Universidade do Pacífico em San Francisco – California, do período de 1984
até o fim de 2004. Revelou altíssima frequência de Odontoma, 75,9%,
ameloblastomas corresponderam a 11,7% e em terceiro lugar ficou o Mixoma com
2,2% dos casos.
O padrão de frequência do MO observado da OMS não foi confirmado em
estudos na população canadense, onde Daley et al.16 (1994) revisaram 445 casos de
tumores odontogênicos coletados no Serviço de Patologia Oral da Universidade de
Ontario no período de 1967 a 1993, o MO obteve a quarta maior frequência com 5,1%,
ficando atrás do Fibroma Odontogênico Periférico 8,9%, Ameloblastoma 13,5% e
Odontoma 45,8%.
Adebayo et al.1 (2005), realizaram estudo de revisão de 318 casos de tumores
odontogênicos benignos, diagnosticados no Hospital-Escola da Universidade Ahmadu
Bello (Nigéria), foram relatados 38 diagnósticos de MO, ficando em segundo tumor
oral mais incidente, equivalendo a 12% de todos os casos. Neste estudo, os
13
ameloblastomas representaram o grupo mais incidente, 73% de todos os casos, em
terceiro ficou o fibroma ameloblástico correspondendo a 3% do total.
Enquanto na China, Lu et al.31 (1998) revisaram 759 casos de tumores
odontogênicos de arquivos do Departamento de Patologia Oral e do Departamento de
Cirurgia Oral e Maxilo-Facial da Faculdade de Estomatologia da Universidade das
Ciências Médicas do Oeste da China entre os anos de 1952 a 1994. O MO apresentou
frequência de 8,4% ficando entre o Ameloblastoma com 58,6% e o Tumor
Odontogênico Adenomatóide com 8,3%.
4.3 ASPECTO CLÍNICO
O MO desenvolve silenciosamente, muitas vezes de maneira indolor, e só é
identificado precocemente aos exames radiográficos de rotina, após esta fase
silenciosa, apenas é percebido quando ocorre aumento de volume e expansão óssea,
provocando dor, assimetria facial, maloclusão, reabsorção radicular, mobilidade
dentária, parestesia do nervo mandibular quando acomete a mandíbula, distúrbios da
mastigação ou dentes não irrompidos6,53. Em estudo de 62 casos, Martínez-Mata, et
al.33 (2008) relataram que os achados clínicos mais comuns são inchaço
acompanhado com expansão óssea (58%), 25,8% relataram dor, deslocamento
dentário foi observado em 19,3% dos casos, ainda neste estudo, 8% desses casos
foram descobertos precocemente por exames radiográficos de rotina. Ainda constatou
a ocorrência maior em porções posteriores de maxila e mandíbula, sendo a mandíbula
mais acometida. Kumar et al.26 (2002) e Simon et al.53 (2004) reiteram que lesões de
pequeno volume muitas vezes são completamente assintomáticas, sua extensão é
silenciosa podendo tomar velocidade e estender para tecidos moles adjacentes, por
vezes, apresentando em forma de úlcera. Lesões presentes na maxila podem
progredir e invadir seio maxilar sem que haja indícios clínicos, quando a extensão
progride para palato duro, cavidades nasal e orbitária podem apresentar sintomas
como maloclusão, obstrução nasal, deslocamento de dentes superiores e diplopia57.
A lesão quando acessada cirurgicamente apresenta consistência macia,
gelatinosa ou mucóide, geralmente bem delimitada, não encapsulada, embora seja
14
bem condensada dando falsa impressão de cápsula, com coloração cinza-claro a
amarelada homogênea e translúcida28,57.
4.4 DIAGÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
Histologicamente O MO é caracterizado, segundo a OMS, como células
estreladas e fusiformes aleatoriamente orientadas, com citoplasma longo, fino e
pálido, levemente eosinofílico com núcleos centralizados, embebidas num estroma
abundante mixóide ou mucóide contendo fibrilas colágenas11. Por vezes são
encontradas fibras colágenas dispersas ou voltadas para periferia da lesão, por outras
vezes se apresentam bem maturadas e muito abundantes, formando septos fibrosos,
representando uma variação do tumor, denominado de Fibromixoma. Há pouca ou
nenhuma evidência de cápsula, a margem é pobremente definida. Outra série de
achados pode ocorrer, em muitas dessas lesões, são encontrados resquícios de
vascularização, ninhos de epitélio, tecido ósseo residual, mineralização distrófica,
miofibroblastos e mastócitos28,33. Análises imunohistoquímicas, encontram
marcadores de componentes mesenquimais, como actina muscular, vimentina e a
proteína S-100, corroborando com a tese de origem ecto-mesenquimal. Quanto à
origem odontogênica, há indícios comuns, dentre eles estão: semelhança estrutural
ao ectomesênquima do folículo dentário; predileção por ossos gnáticos, mais
especificamente em áreas dentadas e a associação com a ausência de dentes em
desenvolvimento16,40. Em seus estudos, Regezi42 (2002) e Martinez-mata et al.33
(2008) também identificam que o tecido mixóide é semelhante aos tecidos de
desenvolvimento do folículo dentário ou ligamento periodontal, e reitera sua incidência
em áreas dentadas o que corrobora com a teoria da origem odontogênica do MO,
entretanto ressaltam que a composição bioquímica é significativamente diferente, com
presença de glicosaminoglicanos em concentrações diferentes encontradas nos
tecidos dentais, portanto ainda não sendo possível afirmar comprovadamente a
origem odontogênica do MO.
Indicadores da agressividade do tumor podem ser percebidos em exames
histopatológicos, imunoistoquímicos ou citogenéticos. Ao exame histopatológico
observa-se presença osteoclástica em tecido ósseo adjacente à lesão28. Estudos
15
imunoistoquímicos revelam a presença de mecanismos de progressão através da
produção de proteínas antiapoptóticas (Bcl-2 e Bcl-X) e metaloproteinases (MMP-2)
que são enzimas proteolíticas capazes de degradar elementos da matriz extracelular
e membrana basal3, além de fatores reguladores do metabolismo ósseo, como o
sistema RANK-RANKL-OPG, que estão associados à reabsorção de matriz óssea
local em tumores odontogênicos, estes achados foram maiores em células tumorais
do que em células saudáveis9. Apesar dos fatores de progressão e casos em que
ocorre comportamento mais agressivo, o MO é um tumor benigno não metastásico,
raríssimos casos, como o registrado por Pahl, et al.40 (2000), o tumor apresentou
agressividade maior do que o comum levando o paciente a óbito, sugerindo uma
variação maligna do MO ou Mixossarcoma, neste estudo relata caso de MO, onde o
grau de agressividade e recorrência foi exarcebado, histologicamente apresentava
alto grau de diferenciação celular e maior presença de aberrações citológicas, exames
citogenéticos posteriores classificaram o tumor como sendo de baixo grau de
malignização.
4.5 DIAGNÓSTICO IMAGINOLÓGICO
Aos exames radiográficos, o MO se apresenta na forma unilocular ou
multilocular, quando multilocular segue padrões distintos, como o que apresenta
pequenos espaços delimitados por septos com aparência que lembram colméia de
abelhas, são classificados como honey-comb (favos de mel). Soap bubble (bolhas de
sabão) é o padrão definido quando observa espaços maiores delimitados por septos
delgados curvados. Outro padrão observado é o Tennis Racket (Raquete de Tênis)
por semelhança do entrelaçado das cordas da raquete de tênis com padrões
quadrangular e triangular33. Honey-comb e Soap bubble foram padrões encontrados
em outros tipos de lesões, como o ameloblastoma e o ceratocisto odontogênico,
levando dificuldade ao diagnóstico diferencial, necessitando a interação entre
radiologista, cirurgião e Patologista associando a história clínica e aparência
radiográfica para fechar diagnóstico com o exame histopatológico 2,26.
Zhang, et al.59 (2014), especifica achados por Radiografias convencionais em:
Tipo I - MO unilocular com bordas melhores definidas e de menores tamanhos;
16
Tipo II - MO multilocular com septos formando espaços distintos e de diferentes
formatos (honeycomb, tennisracket ou soapbubble);
Tipo III - MO que envolvem osso alveolar, unilocular, de pequenas dimensões
onde, na região de reabsorção alveolar, se observa aspecto de “monte de areia”, sem
que haja reabsorção radicular;
Tipo IV - Tumor invadindo o seio maxilar que é o mais obscuro a radiografias
convencionais pela sobreposição de imagens e confusão com o próprio seio, além de
outras lesões neoplásicas que apresentam o mesmo padrão;
Tipo V - MO com área osteolítica caracterizada como grande área radiolúcida
com bordas irregulares acompanhada de erosão cortical, com significativa destruição
mandibular, podem ser observados finos septos e a região osteolítica tem aparência
de “roído de traças”, facilmente confundida com carcinoma gengival dentre outras
lesões malignas;
Tipo VI – MO com combinação de área osteolítica e osteogênica, a aparência
se assemelha a “fatia de cebola” ou “halo solar”, tamanho grande, bordas difusas, de
densidades diferentes, osso expandido e esclerótico, semelhante ao fibroma
ossificante ou displasia fibrosa. Ainda observou que quanto maior o diâmetro, menor
a definição das margens, deslocamento dentário foi observado em quase todos os
casos e em raros casos ocorrem reabsorção radicular.
A Ressonância Magnética (RM) é uma opção de ferramenta para
diagnóstico diferencial das lesões radiolúcidas pequenas interradiculares, que pouco
mostram diferenças nas radiografias convencionais, podendo geralmente confundir o
MO com Cisto comum ósseo, Ceratocisto odontogênico ou ameloblastoma. Através
de análise minuciosa dos resultados dos diferentes cistos e tumores em sequência de
pulso T1W1, T2W1, ainda assim, em muitos casos o MO se assemelha ao
ameloblastoma, necessitando a aplicação do agente de contraste Gd-DTPA à base
de Gadolínio (Gd-T1W1), pois o comportamento à aplicação do contraste Gd-DTPA
são distintos entre esses dois tumores, enquanto no Ameloblastoma o agente não
entra na parte cística, no MO logo penetra em área central do tumor, o que indica
porção cística5,23.
Na Tomografia Computadorizada (TC) o Mixoma apresenta um padrão esférico
ou ovóide em dois planos, delimitado pela cortical óssea ou pelo tecido mole quando
a cortical é perfurada32. Em alguns casos só se observa a aparência multilocular e
17
seus padrões quando é tridimensionalmente apresentada na TC, sendo a TC
determinante para verificar a extensão do tumor, para fins de planejamento cirúrgico
evidenciando as áreas mais densas bem aprimoradas ricas em fibras colágenas e a
área mucoide representando uma baixa intensidade26. Outro benefício da TC é a
possibilidade de confecção de protótipo tridimensional das estruturas ósseas para
planejamento e simulação cirúrgica, modelagem das placas de fixação e utilização de
implantes dentários para reabilitação6,48.
4.6 TRATAMENTO
O MO é um neoplasma de considerável índice de recidiva, isso ocorre pela
ausência de cápsula e mal delimitação, já que infiltra tecidos adjacentes e dificulta a
sua completa curetagem36. Os tratamentos vão desde técnicas conservadoras através
de enucleação acompanhada de curetagem, até ressecção em bloco com margens
de segurança ampla22,40, devido a variabilidade de tamanho e comportamento do
tumor, não há consenso da técnica a ser utilizada, sendo indicada a conduta melhor
avaliada para cada caso pelo cirugião27,35. Segundo Halfpenny et al.22 (2000) e Muller,
et al.36 (2004) o tratamento cirúrgico deve ser realizado e o acompanhamento deve
ser longo, devido a taxa de recidiva alta, e caso ocorra recorrência da lesão se faz
necessário outra intervenção cirúrgica, está devendo ser mais radical do que a
anterior.
Em MO tratados de maneira conservadora, Rotenberg et al.45 (2003)
acompanhou casos durante mais de 8 anos e meio onde não registrou nenhuma
recidiva, defendendo o tratamento conservador como seguro e efetivo, principalmente
para pacientes pediátricos. Boffano, et al.8 (2011) tratou de lesões com, no máximo,
3cm através de enucleação e curetagem, obtendo sucesso e defendendo que não
necessita de tratamento agressivo bastante traumático para um tumor benigno de
comportamento mais brando e bem delimitado, evitando complicações pós-
operatórias e facilitando mais a reabilitação. Fenton et al.17 (2003), consideram
desnecessárias, condutas radicais em pacientes pediátricos devido a fortes
possibilidades de prejudicar o crescimento e desenvolvimento de ossos faciais.
18
Para Leiser et al.27 (2009) apenas a enucleação e curetagem não são o
bastante, visto que o tecido fluido mixóide penetra no tecido ósseo adjacente, ainda
indica que a taxa de recidiva pode aumentar quando utilizada esta técnica, sendo mais
indicada em casos onde o tumor apresenta dimensões pequenas e que esteja bem
delimitado, não havendo grande risco de extravasar flúido mixomatoso para tecidos
vizinhos. Ainda sugerem que em casos mais agressivos utilize a conduta mais radical
semelhante ao tratamento do ameloblastoma do tipo sólido, através da ressecção em
bloco com margem de 0,5cm a 1 cm, principalmente em casos onde apresente
expansão e infiltração em curto período de tempo e perfuração da cortical óssea. Em
relato de 33 casos, Simon, et al.53 (2004) amplia a margem de segurança, em casos
de resecção, para 1,5cm a 2cm, já casos onde a conduta foi conservadora, a
curetagem por vezes foi precedida de ostectomia periférica para remoção de tecido
ósseo sadio que possa estar infiltrado com conteúdo mixóide do tumor. Halfpenny et
al.22 (2000) ressalta a dificuldade de remoção quando a lesão ocorre em maxila, infiltra
nas trabeculações e dificulta identificar a real progressão para estabelecer o limite de
destruição óssea tumoral.
Porém, o tratamento conservador apesar de apresentar boa alternativa, a fim
de evitar perdas estéticas e funcionais, a chance de recorrência é maior, a taxa de
reincidência aumenta em até 25% dos casos27,51. Lo Muzio et al.29 (1996) defende que
a remoção por completo do tumor possa ser impossível, uma vez que, o fluido
mixomatoso constituinte combinado com a ausência de cápsula permitam a infiltração
no osso saudável circundante e torne-se foco de reincidência, portanto torna-se
necessária uma terapia alternativa para neutralizar este fluido que escapa a
enucleação. Bast et al.7 (2003) fazem crítica ao tratamento conservador quando
baseados em imprecisas características histológicas e, por muitas vezes, diagnósticos
pré-operatório incorretos, o que leva ao cirurgião abrir mão do tratamento radical e
provocando altos índices de recidiva em tratamentos conservadores.
Uma terapia que vem obtém boa aceitação é a criocirurgia, através de produtos
com baixas temperaturas, representa uma boa opção para tratamento de tumores
invasivos a fim de evitar o tratamento radical que traz danos estéticos e funcionais ao
paciente, o produto comumente mais utilizado é o nitrogênio líquido aplicado após
enucleação da lesão15,47. Rocha, et al.44 (2009) defende que o tratamento conservador
19
através da enucleação, curetagem associada a aplicação de nitrogênio líquido é uma
alternativa ao tratamento invasivo radical, sem que haja a necessidade de remoção
de tecido sadio adjacente, uma vez que o nitrogênio neutraliza as células neoplásicas
que porventura estejam na adjacência da lesão, porém podem prejudicar a
neoformação óssea e gerar crio lesões e infecções. Devido as baixas temperaturas (-
196°C) e difícil manuseio do nitrogênio líquido que possam acarretar problemas pós-
cirúrgicos, Carneiro, et al.13 (2014) apresenta uma alternativa à criocirurgia de tumores
benignos através de uma abordagem com o uso combinado de Propano, Butano e
Iso-butano, que atingem temperatura mais alta (-50ºC) e se mostrou efetivo no
tratamento de tumores mandibulares agressivos representando um menor risco de
lesões oriundas das baixíssimas temperaturas do nitrogênio líquido.
Outra terapia alternativa quanto ao tratamento da loja cirúrgica, é através da
Solução de Carnoy (3mL de clorofórmio, 6mL de álcool absoluto, 1mL de ácido glacial
acético e 1g de clorito férrico) comumente utilizado para fixação em lâminas
histológicas laboratoriais, desde a década de 80 vem sendo utilizada no tratamento
de superfície óssea a fim de debelar células tumorais remanescentes, pois possui
capacidade de provocar necrose superficial de até 1,5mm² 55. Após enucleação ou
ressecção da lesão, é aplicada sobre a cavidade com fins de debelar remanescentes
do tumor provocando necrose superficial do tecido ósseo que é curetado30,55. Ribeiro
Júnior, et al.43 (2007) em sua pesquisa, demonstrou que evitando excesso de líquido
aplicado e proteção contra extravasamento da solução, as complicações como:
deiscência de sutura e infecção podem ser prevenidas. Eles concluíram que a técnica
é eficiente e segura se aplicada com os cuidados necessários.
O uso da radioterapia é citado na literatura para o tratamento destas lesões. É
o que relatam Attie et al. (1966) citados por Mourão;Ramos Júnior35 (2010) onde os
seus pacientes foram irradiados no pré-operatório com o objetivo de facilitar a
remoção destes tumores. Fonseca et al.19 (2010) também citam a radioterapia para
tratamento do mixoma, mas apenas para lesões próximas a estruturas vitais, mesmo
assim, em ambos os estudos, verificou-se altos índices de recidivas. Chiodo et al.14
(1997) e Li et al.28 (2006) não indicam o uso da radioterapia nem quimioterapia para
tratamento destas lesões, uma vez que o mixoma é facilmente removido com exérese
cirúrgica, apresenta características de benignidade e ocorre em pacientes jovens com
melhores prognósticos.
20
4.7 REABILITAÇÃO E PROSEVAÇÃO
Para Leiser et al.27 (2009), lesões pequenas menores do que 5 cm em maxila
é viável a reabilitação imediata utilizando corpo adiposo bucal ou usando enxerto
autógeno de crista ilíaca também para mandíbula. Para lesões mais extensas o tempo
de proservação mínimo deve ser de 5 anos, em casos de lesões mais extensas, após
esse período livre de recidiva o paciente estaria apto a fase reconstrutiva final, ainda
complementa que em casos na maxila ocorra reabilitação imediata em mandíbula seja
através de placas fixadoras de titânio durante esse período. Pogrel et al.41 (1997), por
sua vez, defende a reabilitação imediata, principalmente em ressecções extensas em
mandíbula através do enxerto vascularizado de fíbula, onde seria possível até a
instalação de implantes após a implantação do enxerto.
O uso de osso autógeno, alógeno e materiais aloplásticos para reconstrução
vem sendo muito discutido na literatura. Estes materiais vem sendo estudados com o
objetivo de restabelecer os níveis ósseos adequados para a reabilitação protética
também. Porém, sem sombra de dúvida o osso autógeno apresenta melhores
resultados em comparação a materiais aloplásticos21,39.
Em situações onde necessita a remoção do côndilo mandibular devido
progressão do neoplasma até ele, a lesão torna a tarefa de reabilitação ainda mais
difícil. Uma alternativa para este problema é a indicação de próteses articulares
customizadas. Em estudo clínico, Giannakopoulos et al.21 (2012), concluíram que a
utilização destes materiais aloplásticos é uma opção segura e eficaz na reabilitação
onde é necessária a reconstrução da ATM. Porém, devido ao alto custo, esta prática
é pouco comum. Uma alternativa viável é a reconstrução mandibular em lesões que
se estendem até côndilo, utilizando-se enxerto Costocondral, já que a cartilagem
costal diminui o risco de anquilose pós-cirúrgica39.
A maioria dos casos de recidiva ocorrem nos primeiros dois anos, mas a
literatura relata casos de recidiva após vários anos de acompanhamento, casos
simples até casos de maiores complexidade necessitando de acompanhamento por
longo período de tempo9,22,27.
21
5. RELATO DE CASO
Paciente D.A.D, 27 anos, melanoderma, foi encaminhada para avaliação e
conduta de alteração localizada na região do periápice do elemento dentário 36, no
qual já tinha sido avaliado endodonticamente e foi constatado vitalidade pulpar no
referido dente, bem como nos elementos 35 e 37. De acordo com a paciente a
alteração já tinha sido verificada há aproximadamente 5 anos por outro profissional,
sem ter sido dado a devida importância. A paciente não apresentava qualquer tipo de
sintomatologia dolorosa ou associada a sensibilidade relacionada ao nervo alveolar
inferior do lado esquerdo.
Ao exame físico extra oral não foram verificados alterações faciais como
aumento de volume ou perda de suporte para o tecido mole na região de corpo
mandibular esquerdo, que produzisse qualquer tipo de assimetria (figuras 1a e 1b).
Intraoralmente também não constatou-se qualquer tipo de espessamento mucoso, má
oclusão, ou lesões em mucosa oral na região correspondente aos elementos 35, 36 e
37, apenas tórus mandibular do lado direito (figuras 2a e 2b).
Fig. 1a-1b: exame extra oral sem qualquer tipo de alteração
22
Fig 2a-2b: exame intra oral sem alterações em mucosa do lado esquerdo e
tórus mandibular no lado direito.
Durante a avaliação radiográfica (radiografia periapical e panorâmica) foi
observado alteração radiolúcida mal delimitada envolvendo o periápice do elemento
36 (figuras 3 e 4). Na tomografia computadorizada, a alteração envolvia também os
elementos 37 e 38 com aspecto unilocular, bordas fenestradas, discreta expansão e
diminuição das corticais, lingual e vestibular, além de comunicação com o canal
mandibular correspondente (figuras 5, 6 e 7) (Anexo).
Figura 4: Radiografia Panorâmica
Figura 3: Radiografia Periapical
23
Para a elucidação do diagnóstico foi realizado biópsia incisional sob anestesia
local, que consistiu na exposição da cortical vestibular na região do elemento 36,
seguida de ostectomia periférica e remoção de fragmentos da lesão (figuras 8 a 10).
A peça cirúrgica foi encaminhada para o setor de Patologia Oral da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, que teve como diagnóstico histopatológico (Anexo)
de “sugestivo de mixoma”.
Figura 5: Tomografia Computadorizada: corte panorâmico evidenciando lesão
nos elementos 36, 37 e 38
Figura 6: Tomografia Computadorizada:
corte axial com diminuição das corticais
vestibular e lingual, além de expansão
óssea.
Figura 7: Tomografia Computadorizada:
corte sagital evidenciando comunicação
do canal mandibular com a lesão.
24
Em virtude do resultado histopatológico foi decidido a exodontia dos elementos
35, 36, 37 e 38 previamente a ressecção cirúrgica seguida de enxerto autógeno, para
possibilitar uma cicatrização adequada intra oral, a fim de não haver comunicação da
loja cirúrgica com a microflora oral durante o procedimento de remoção do tumor,
assim como no período de integração do enxerto (figuras11 a 14).
O planejamento cirúrgico para o caso foi a realização de biópsia excisional com
ressecção segmentar da região de ângulo/corpo mandibular do lado esquerdo,
seguida de reconstrução primária com enxerto removido da crista anterior do osso
ilíaco.
Figura 8: exposição
da cortical vestibular
Figura 9: ostectomia
periférica para exposição
da lesão
Figura 10: peça cirúrgica
Figura 12:
elementos
dentários.
Figura 13:
ferida após
síntese.
Figura 14:
aspecto da
região após 5
meses.
Figura 13:
alvéolos pós
extração.
Figura 14:
elementos
dentários(35,36
,37 e 38).
Figura 11: alvéolos
pós extração.
25
Objetivando otimizar o tempo pós operatório, assim como diminuir a quantidade
de sangramento trans cirúrgico, a mandíbula da paciente foi prototipada de acordo
com a tomografia computadorizada (Centro de Tecnologia da Informação Renato
Archer, Campinas-SP), no qual permitiu o planejamento da ressecção, remoção de
esporão ósseo no ângulo mandibular, bem como a modelagem da placa de
reconstrução que seria utilizada no caso (figuras 15 a 18).
Figura 15: delimitação da ressecção e
remoção do esporão ósseo na região do
ângulo mandibular para melhor
adaptação da placa de reconstrução.
Figura 16: instrumental
cirúrgico utilizado na
modelagem da placa.
Figura 17: aspecto frontal e de perfil, evidenciando a delimitação a extensão da placa, desde o ramo
ascendente do lado esquerdo até o forame mandibular do lado direito
Figura 18: aspecto ínfero-superior e supero-inferior mostrando adaptação da placa.
26
O procedimento cirúrgico de ressecção seguida de reconstrução primária com
enxerto de ilíaco aconteceu sob anestesia geral em ambiente hospitalar.
Para exposição da lesão, foi utilizado acesso combinado (retromandibular,
submandibular e submentoniano) do lado esquerdo seguida de delimitação e
ressecção com equipamento de ultrassom cirúrgico (Piezosurgery, Mectron®)
envolvendo desde a região retromolar a distal do elemento 34 (figura 19 e 20).
Após remoção do segmento ósseo que apresentava tamanho em torno de 5
cm, o tecido ósseo adjacente foi tratado com solução de Carnoy (3mL de clorofórmio,
6mL de álcool absoluto, 1mL de ácido glacial acético e 1g de clorito férrico), com previa
proteção dos tecido moles com gaze. A solução de Carnoy foi aplicada e permaneceu
em contato com o tecido ósseo durante 5 minutos, seguida de irrigação copiosa com
soro fisiológico (figura 21 e 22).
Figura 19 – aspecto transoperatório com a delimitação da ressecção
Figura 20 – pós ressecção com o defeito criado.
27
Após o preparo do leito receptor o enxerto do ilíaco foi adaptado e preparado
para ser fixado na região do defeito, de acordo com o fragmento ósseo que foi
removido (figura 23). Foram realizados perfurações no enxerto objetivando favorecer
a vascularização e consequentemente a integração no leito receptor. A placa de
reconstrução (sistema 2,4mm W. Lorenz®), previamente modelada, foi adaptada e
fixada de acordo com o planejamento feito no protótipo. Uma malha de titânio (W.
Lorenz®) foi adaptada e fixada sobre o enxerto, objetivando promover maior suporte
ao tecido mole na região intra oral, além da fixação do enxerto no leito receptor com
placas e parafusos (sistema 2.0mm W. Lorenz®). Após a conclusão das fixações,
enxerto particulado foi inserido nos espaços entre o enxerto e o leito receptor. Foram
utilizados membranas de colágeno (Geistlich Bio-Gide®) tanto na região lingual
quanto na região vestibular do enxerto, afim de evitar a proliferação de tecido
conjuntivo na região, o que comprometeria a integração do enxerto (figura 24). A ferida
foi suturada por planos e os curativos foram realizados.
Figura 21: aplicação da Solução de Carnoy com proteção dos tecidos moles
Figura 22: aspecto após a aplicação da solução evidenciando necrose apenas no
tecido ósseo delimitado na ressecção.
28
Atualmente a paciente encontra-se com 10 dias de pós operatório,
apresentando exposição do enxerto na cavidade oral, entretanto sem sinais de
infecção local. Na radiografia pós operatória é observado a presença do material de
fixação associada ao enxerto autógeno (figura 25).
Figura 23: fragmento removido(esquerda) e enxerto do ilíaco(direita).
Figura 24: transoperatório com todas as fixações realizadas e enxerto particulado inserido entre o enxerto e o leito receptor
Figura 25: radiografia panorâmica pós operatória imediata.
29
6. DISCUSSÃO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o MO acomete
principalemente o gênero feminino, com faixa etária entre a segunda e terceira
décadas de vida, sendo a região posterior, tanto em maxila quanto em mandíbula,
apresentando maior incidência1,10,11,31,34, No caso apresentado a paciente era jovem,
do sexo feminino e a alteração estava presente na região posterior de mandíbula do
lado esquerdo.
Diversos autores, entre eles Simon et al.53 (2004) e Boffano et al.8 (2012),
relatam o fato do MO poder apresentar uma “progressão silenciosa”, com aumento
dos tecidos ósseos e/ou moles, porém sem a presença de sintomatologia, e em virtude
dessa característica, muitos casos de MO são diagnosticados em exames
imaginológicos de rotina ou quando os pacientes apresentam algum tipo de
sintomatologia, relacionada por exemplo a uma infecção secundária ou a uma
alteração neural associada principalmente ao nervo alveolar inferior, nos casos que
acontecem na região mandibular28,29. No caso relatado, a alteração foi diagnosticada
há aproximadamente 5 anos, período no qual não foi dada a devida importância,
fazendo com que apresentasse uma evolução silenciosa. Em relação aos achados
nos exames imaginológicos, Araki et al.4 (2009) e MacDonald-Jankowski et al.32 (2004)
afirmam que a lesão apresenta-se bem delimitada, entretanto Neville et al.37 (2009)
relata uma delimitação com bordas irregulares e festonadas de acordo com o tamanho
do tumor. No nosso caso. Após descartado a origem endodôntica da lesão por meio
de testes de vitalidade, a alteração que a paciente apresentava, estava na forma
radiolúcida com bordas mal definidas. Altug et al.2 (2011) discorrem sobre a
importância da história clínica do paciente e interação dos exames físico, de imagens
e histopatológicos para definir a conduta cirúrgica mais indicada, feita biópsia
incisional, a sugestão de diagnóstico histopatológico foi “mixoma odontogênico”.
Devida a extensão, irregularidade e pouca delimitação da lesão, optou-se por realizar
ressecção segmentar, preservando a base da mandíbula e com margem de
segurança, associada ao tratamento do remanescente ósseo com substância
esclerosante do tipo solução de Carnoy. Zanetti et al.57 (2011) concordam que a
necessidade estética deva ser mantida, se possível, a fim de minimizar o impacto
30
psicossocial do paciente promovendo tratamento menos extenso dentro das
possibilidades de cada caso, visto que houveram casos de sucesso com a correta
conduta cirúrgica associadas a terapia alternativa como a criocirurgia e aplicação de
solução de Carnoy. Kawase-Koga et al.24 (2014) em revisão sistemática reconhece o
tratamento radical como mais eficaz, devido ao menor risco de recidiva, mas ressalta
a importância de proceder com cirurgia conservadora sempre que possível, como foi
escolhido no caso apresentado, em que a preservação da base mandibular na
ressecção marginal, permitiu a manutenção do formato da mandíbula17,45. Além disso,
estudos evidenciam que tratamentos conservadores para lesões menores e
intervenções radicais para lesões maiores demonstram bons prognósticos, com baixo
percentual de recidiva e máximo de preservação de estruturas vitais possíveis1,8,28,29,
porém é percebido que não há consenso da técnica a ser utilizada, valendo então do
bom senso do cirurgião, a particularidade de cada caso em relação a idade do
paciente, extensão e comportamento do tumor aliado a exames de imagens e
histopatológicos detalhados27,34.
Schneck et al.51 (1993) afirma que quanto maior for a extensão da ressecção,
menor será a chance de recorrência, visto que, a taxa de recidiva em tratamentos
conservadores gira em torno de 25%. Lo Muzio et al.29 (1996) defende ser impossível
a remoção completa através do tratamento conservador devido a infiltração do tecido
mixóide no osso esponjoso vizinho, o que torna necessária uma abordagem mais
invasiva. Leiser et al.27 (2009) e Simon et al.53 (2004) defendem a utilização da conduta
cirúrgica semelhante a do ameloblastoma do tipo sólido, através da ressecção em
bloco estabelecendo uma margem de segurança de acordo com a agressividade de
cada caso, esta margem varia entre 0,5 a 2cm objetivando remover todo o conteúdo
e evitar recidivas. Devido a esses fatores, a conduta cirúrgica radical foi a escolhida
no caso apresentado, afim de evitar a recidiva da alteração.
Para preservar estrutura óssea, optou-se por fazer o tratamento químico do
remanescente com Solução de Carnoy, promovendo a devida proteção aos tecidos
moles adjacentes. A solução de Carnoy, promove necrose superficial de até 1,5mm
e representa uma eficiente alternativa para tratamento complementar à remoção
cirúrgica de tumores intra-ósseos recidivantes dos maxilares, debelando células
31
tumorais que infiltraram em tecido sadio55. Por se tratar de um tumor não encapsulado,
o fluido mixomatoso pode estar infiltrado nas adjacências da lesão, sendo necessária
essa terapia complementar a remoção cirúrgica15.
A reabilitação primária foi realizada de maneira imediata através de enxerto de
osso autógeno oriundo da crista anterior do osso ilíaco, fixado por placas de titânio. A
reconstrução imediata após ressecção radical em mandíbula é o tratamento de
escolha, promovendo estabilidade, evitando sequelas funcionais, assimetria facial e
permitindo reabilitações através de próteses e implantes mais precocemente20,41.
Áreas doadoras para reconstrução mandibular são variadas, podendo ser derivada de
fíbula vascularizada, crista ilíaca, costocondral ou de escápula27. Lesões mais
extensas em mandíbula precisam reestabelecer a resistência e estabilidade funcional,
a fim de que se evitem fraturas, deformações, distorções inerentes a cirurgia
secundária, além do reestabelecimento anatômico e estético imediato, contribuindo
com os fatores psicossociais sem a imagem mutiladora e limitações funcionais,
tornando a decisão de reconstrução imediata confiável e promovendo resultados a
curto prazo8,44. A reconstrução mandibular primária apresenta desafios ao cirurgião,
sendo fundamental a utilização da prototipagem rápida que além de garantir o
planejamento da extensão e delimitação da ressecção cirúrgica, permite a modelagem
das placas de fixação antes da cirurgia, possibilitando uma melhor simetria facial,
diminuindo o tempo cirúrgico, consequentemente a perda sanguínea e tempo de
anestesia6,12,54.
Oliveira et al.39 (1991) e Saeed et al.46 (2002) defendem o enxerto costocondral
como uma alternativa viável em reconstrução de mandíbula que teve o côndilo
removido, o alto custo das próteses condilar dificultam o acesso a este tipo de
reconstrução, a melhor opção é o enxerto de costela devido anatomia e presença de
cartilagem para promover uma nova articulação para o paciente, entretanto esse tipo
de enxerto é realizado, preferencialmente, nos casos onde há o envolvimento do
côndilo mandibular 35,41. Quando não se trata de côndilo, as alternativas mais viáveis
são o enxerto de fíbula ou enxerto de osso ilíaco.
Garcia et al.20 (2007) discorre sobre a eficiência do enxerto microvascularizado
de fíbula, principalmente em casos de ressecções extensas em mandíbula, permitindo
um aporte sanguíneo mais duradouro e eficiente além de apresentar menores índices
de reabsorção. Entretanto, o uso dos enxertos microvascularizados necessita de uma
32
equipe habilitada para realização do procedimento, envolvendo uma equipe
multidisciplinar para permitir uma correta condução do caso50.
O enxerto de osso ilíaco é bastante eficiente, é amplamente utilizados em
reconstrução mandibulares tratadas por meio de ressecções amplas. Estudos relatam
boa aceitação no leito receptor com bons índices de sucesso poucas complicações
associadas, principalmente ao deambular precoce e dor 6,8,27,35,41. Shirani et al.52
(2007) conclui ainda que a crista ilíaca apresenta formato favorável para reconstrução
sem necessidade de segmentação e portam qualidades e densidades favoráveis para
receber implantes osseointegrados em um segundo momento, após o período de
consolidação. Essas características, fazem com que a escolha do ilíaco fosse a
primeira opção na reconstrução do caso.
33
7. CONCLUSÃO
De acordo com a revisão de literatura e relato do caso conclui-se que:
Ressecção em bloco, para remoção de mixoma odontogênico, na literatura, é
apontada como o tratamento de escolha nestes tipos de lesões mais extensas e
irregulares.
A conduta complementar através da aplicação de Solução de Carnoy no leito
ósseo, neutraliza remanescente que possa estar infiltrado com células tumorais, e a
proteção preservando a integridade dos tecidos moles durante a aplicação, diminui o
risco de lesões e complicações pós-cirúrgicas como infecções e deiscência de sutura;
Esta opção de tratamento representa um prognóstico positivo no tocante a
chance de recidiva da lesão, permitindo a decisão de reconstrução primária imediata
restabelecendo função anatômica;
Planejameto em biomodelo de mandíbula, permite a modelagem da placa de
titânio previamente à cirurgia mostrando-se bem efetivo para redução de tempo
cirúrgico;
Utilização de osso ilíaco para enxerto é eficaz quanto a biodisponibilidade,
qualidade do tipo ósseo e o formato que permite boa modelação e adaptação em
corpo de mandíbula;
A eficácia do tratamento quanto a recidiva, bem como a reabsorção do enxerto
autógeno de osso ilíaco, necessitam mais tempo de acompanhamento para serem
avaliadas.
34
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41
ANEXO
42
43
44
Fullscience: Normas de publicação
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tecnológicos conquistados pela comunidade odontológica, respeitando os indicadores de
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Seu artigo deverá conter os seguintes tópicos:
1. Página de título
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2. Resumo/Abstract
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versão.
- Devem conter as seções: Introdução, com a proposição do estudo; Métodos, descrevendo
como o mesmo foi realizado; Resultados, descrevendo os resultados primários e Conclusões,
relatando o que os autores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas.
- Devem ser acompanhados de 3 a 5 descritores, também em português e em inglês, os quais
devem ser adequados conforme o MeSH/DeCS.
3. Texto
- O texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos,
Resultados, Discussão, Conclusões, Referências e Legendas das figuras.
- O texto deve ter no máximo de 5.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abstract
e referências.
- Envie as figuras em arquivos separados (ver abaixo).
- Também insira as legendas das figuras no corpo do texto para orientar a montagem final do
artigo.
4. Figuras
- As imagens digitais devem ser no formato JPEG ou TIFF, com pelo menos 7 cm de largura e
300 dpis de resolução. Imagens de baixa qualidade, que não atendam as recomendações
solicitadas, podem determinar a recusa do artigo.
46
- As imagens devem ser enviadas em arquivos independentes, conforme sequência do sistema,
de cinco em cinco imagens.
- Todas as figuras devem ser citadas no texto.
- Número máximo de 30 imagens por artigo.
- As figuras devem ser nomeadas (Figura 1, Figura 2, etc.) de acordo com a sequência
apresentada no texto.
5. Tabelas/Traçados e Gráficos.
- As tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar e não duplicar o texto.
- Devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto.
- Cada tabela deve receber um título breve que expresse o seu conteúdo.
- Se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando o crédito à
fonte original.
- Envie as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo) e não como elemento
gráfico (imagem não editável).
6. Comitês de Ética
- O artigo deve, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética.
7. Citação de autores
A citação dos autores será da seguinte forma:
7.1. alfanumérica:
- Um autor: Silva23 (2010)
- Dois autores: Silva;Carvalho25 (2010)
- Três autores ou mais: Silva et al.28 (2010)
7.2. Exemplos de citação:
1. - Quando o autor for citado no contexto:
Exemplo: “Nóbrega8 (1990) afirmou que geralmente o odontopediatra é o primeiro a observar a
falta de espaço na dentição mista e tem livre atuação nos casos de Classe I de Angle com
discrepância negativa acentuada”
47
2. - Quando não citado o nome do autor usar somente a numeração sobrescrita:
Exemplo: “Neste sentido, para alcançar o movimento dentário desejado na fase de retração, é
importante que os dispositivos ortodônticos empregados apresentem relação carga/deflexão
baixa, relação momento/força alta e constante e ainda possuam razoável amplitude de ativação1”
8. Referências
- Todos os artigos citados no texto devem constar nas referências bibliográficas.
- Todas as referências bibliográficas devem constar citadas no texto.
- As referências devem ser identificadas no texto em números sobrescritos e numeradas em
ordem alfabética conforme nas referências bibliográficas no fim do artigo.
- As abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as
publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.
- A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores. As mesmas devem conter todos
os dados necessários à sua identificação.
- As referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver
(http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).
- Não deve ser ultrapassado o limite de 30 referências.
Utilize os exemplos a seguir:
Artigos com até seis autores
Simplício AHM, Bezerra GL, Moura LFAD, Lima MDM, Moura MS, Pharoahi M. Avaliação sobre o
conhecimento de ética e legislação aplicado na clínica ortodôntica. Revista Orthodontic Science
and Practice, Editora Plena. 2013; 6 (22):164-169
Artigos com mais de seis autores
Parkin DM, Clayton D, Black, RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childhood - leukaemia in
Europe after Chernobyl: 5 years follou-up. Br J Cancer.1996;73:1006-1012.
Capítulo de Livro
Verbeeck RMH. Minerals in human enamel and dentin.ln: Driessens FCM, Woltgens JHM,
editors. Tooth development and caries. Boca Raton: CRC Press; 1986. p. 95-152.
Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso
Autor - título, Monografia ou Dissertação ou Tese (Especialização, Mestrado ou Doutorado).
Nome da Faculdade. Nome da Universidade, Cidade onde defendeu o trabalho, Estado, Ano e
número de páginas.
48
ARAGÃO, HDN, Solubilidade dos Ionômeros de Vidro Vidrion. Dissertação (Mestrado) Faculdade
de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo. Bauru, SP; 1995 70p.
Formato eletrônico
Autores, Título, Nome do periódico, ano, mês, volume, número ou fascículo, local de
publicação, , data de acesso.
Camargo ES, Oliveira KCS, Ribeiro JS, Knop LAH. Resistência adesiva após colagem e
recolagem de bráquetes: um estudo in vitro. In: XVI Seminário de iniciação científica e X mostra
de pesquisa; 2008 nov. 11-12; Curitiba, Paraná: PUCPR; 2008. Disponível em:
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/PIBIC2008?dd1=2306&dd99=view
A Revista Full Dentistry in Science apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas
Médicas (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação
internacional sobre estudos clínicos com acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos
para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de
identificação, o ISRCTN, em um dos registros de ensaios clínicos, validados pelos critérios
estabelecidos pela OMS e pelo ICMJE. A OMS define Ensaio Clínico como “qualquer estudo de
pesquisa que prospectivamente designa participantes humanos ou grupos de humanos para
uma ou mais intervenções relacionadas à saúde para avaliar os efeitos e os resultados de
saúde. Intervenções incluem, mas não se restringem, a drogas, células e outros produtos
biológicos, procedimentos cirúrgicos, procedimentos radiológicos, dispositivos, tratamentos
comportamentais, mudanças no processo de cuidado, cuidado preventivo etc.”
Para realizar o registro do Ensaio Clínico acesse um dos endereços abaixo:
Registro no Clinicaltrials.gov
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Registro no International Standard Randomized Controlled Trial Number (ISRCTN)
URL: http://www.controlled-trials.com
Outras questões serão resolvidas pelo Editor-Chefe e Conselho Editorial.