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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA JONATHAS DIEGO LIMA SANTOS PROTEÔMICA DE Chromobacterium violaceum SUBMETIDA À MICROGRAVIDADE SIMULADA NATAL 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA

JONATHAS DIEGO LIMA SANTOS

PROTEÔMICA DE Chromobacterium violaceum SUBMETIDA À

MICROGRAVIDADE SIMULADA

NATAL

2017

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JONATHAS DIEGO LIMA SANTOS

PROTEÔMICA DE Chromobacterium violaceum SUBMETIDA À

MICROGRAVIDADE SIMULADA

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Bioquímica da

Universidade Federal do Rio Grande do

Norte como requisito parcial para

obtenção do título de Doutor em

Bioquímica.

Orientadora: professora Dra. Silvia

Regina Batistuzzo de Medeiros.

NATAL

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo

Nelson – ­Centro de Biociências - CB

Santos, Jonathas Diego Lima.

Proteômica de Chromobacterium violaceum submetida à

microgravidade simulada / Jonathas Diego Lima Santos. - Natal,

2017.

151 f.: il.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em

Bioquímica.

Orientadora: Prof. Dra. Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros.

1. Bactéria Gram-negativa - Tese. 2. Expressão diferencial -

Tese. 3. Proteômica shotgun - Tese. 4. Rede de interação

proteína-proteína - Tese. I. Medeiros, Silvia Regina Batistuzzo

de. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSE-CB CDU 579.84

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]

A minha esposa:

Helem Priscila Ferreira de Souza

A minha filha:

Laís Ferreira Lima

A minha mãe Maria do Soccoro Lima (in memoriam)

Dedico

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela permissão, proteção, benção e direcionamento que me possibilitaram

chegar a conclusão de mais uma etapa da minha vida acadêmica.

Ao Centro de Biociências aos Departamentos de Biologia Celular e Genética e ao

Departamento de Bioquímica da UFRN, Natal - RN.

A minha orientadora, Profª. Dra. Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros, por sua

disposição e contribuição imprescindível na realização deste trabalho e pelos

ensinamentos transmitidos.

Ao Professor Dr. Daniel Chaves Lima pela imensa e fundamental contribuição na

execução de todas as etapas desta pesquisa, pelos ensinamentos essenciais e pela

amizade.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pelo apoio.

Aos amigos e colegas do Departamento de Pós-graduação em Bioquímica da UFRN,

especialmente aos do LBMG.

Ao técnico de laboratório Diogo Cavalcante Jacomé da UFRN e a técnica Bianca Alves

Pauletti do LNBIO, pela contribuição na realização de parte deste trabalho.

Ao Laboratório de Biologia Molecular e Genética do Departamento de Biociências da

UFRN e ao Laboratório Nacional de Biociências, LNBIO, CNPEM, Campinas – SP.

Por permitir a realização de parte substancial deste trabalho em suas dependências.

Aos meus professores da Pós-Graduação em Bioquímica, responsáveis pela mediação

de conhecimentos de alto nível, fundamentais na preparação de novos cientistas.

À minha esposa Helem Priscila F. de Souza pelo amor, carinho, compartilhamento e

determinação, sempre ao meu lado nessa jornada da vida.

À minha Filha Laís Ferreira Lima agradeço pela sua extraordinária existência que é o

suficiente para me motivar todos os dias a seguir em frente.

Aos meus familiares Maria Iraci e Solon Alves e a minha Sogra Núbia Marques que

direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão de mais uma etapa da vida

acadêmica.

Aos amigos que contribuíram de alguma forma para realização deste trabalho, em

especial aos casais Rafael Fiuza e Thamyrys Fiuza, Alex Marques e Jaqueline Marques

e ao amigo Emanuel Duarte pelo apoio.

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EPÍGRAFE

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade

invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do

espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu

futuro trabalho pertencerá”.

Albert Einstein

Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em

quem não pode existir variação ou sombra de mudança (Tiago 1.17).

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RESUMO

Chromobcterium violaceum (C. violaceum) é uma bactéria Gram-negativa, encontrada

em regiões tropicais e subtropicais, considerada organismo modelo de vida livre.

Alguns estudos proteômicos realizados com esta bactéria demonstraram sua capacidade

de adaptação a desafios ambientais, como alta concentração de ferro e exposição ao

estresse oxidativo. No entanto, nenhum estudo foi feito com esta espécie submetida à

microgravidade simulada (MGS), ou seja, em condições em que a gravidade é

artificialmente reduzida para menos de 1xg. Estudos MGS podem ser importantes para

entender as modulações em nível molecular sofridas pelos organismos vivos. Portanto,

o objetivo deste estudo foi caracterizar a resposta de C. violaceum, como organismo

modelo de vida livre, cultivado em MGS, usando técnicas de proteômica para entender

como a bactéria responde a esse estresse. A MGS foi conseguida por meio da rotação do

vessel ao redor do eixo horizontal perpendicular ao vetor gravitacional nos sistemas de

cultura de células rotativas - Rotating Cell Culture Systems – (RCCS4). MGS foi

conduzido a uma velocidade de 40 rpm por um período de 12 horas para obter a curva

de crescimento a cada 2 horas. Proteínas totais foram extraídas de amostras de cultura

de células bacteriana coletada às 5 e 12 horas, correspondendo as fases exponenciais

inicial (MG5) e tardia (MG12), respectivamente, tendo a curva de crescimento como

referência. Após a tripsinização, as amostras foram analisadas em espectrômetro de

massas Q-TOF. Como resultado um total de 212 proteínas durante às 5h de crescimento

e 192 às 12h foram detectadas, das quais 144 delas foram comuns em ambos os

períodos. No proteoma de C. violaceum obitido em 5h de crescimento 195 proteínas

foram identificadas em gravidade normal (GN5) e 155 proteínas foram identificadas em

MG5, sendo 18 upreguladas, 19 downreguladas e 17 expressas somente na condição de

MG5. No proteoma obtido em 12h de crescimento, 165 proteínas foram identificadas

em gravidade normal (GN12) e 173 em MG12, das quais, 17 foram upreguladas, 22

downreguladas e 28 expressas somente na condição de MG12 Além disso, foi possível

identificar 25 proteínas com função desconhecida em MG5 e MG12. Utilizando

ferramentas computacionais foi possível construir redes de interações proteína-proteína

(PPI) e as sub-redes contendo grupo de proteínas com funções correlacionadas, analisar

vias metabólicas, processos biológicos, contexto genômico e busca por domínios

conservados e sequências homólogas de proteínas com função desconhecida. Como

resultado, identificamos sub-redes relacionadas com a biossíntese de proteínas,

regulação da transcrição e tradução, resposta ao estresse e metabolismo energético,

concluímos que as respostas celulares associadas à expressão diferencial induzida pela

MGS levaram à diminuição do crescimento de C. violaceum, acompanhado pela

regulação negativa de proteínas relacionadas com processos transcricionais,

traducionais e liberação de energia por vias aeróbicas e pela regulação positiva de

proteínas envolvidas no estresse oxidativo, na via anaeróbica e na sobrevivência celular.

Palavras chave: Bactéria, Expressão diferencial, proteômica shotgun e rede de interação.

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ABSTRACT

Chromobcterium violaceum (C.violaceum) is a Gram-negative bacteria, which has been

found at tropical and subtropical regions, considered a free living model organism.

Some proteomic studies performed with this bacterium have demonstrated its ability to

adapt to environmental challenges such as high iron concentration and oxidative stress

exposure. However, no study was made with this specie submitted to simulated

microgravity (SMG), that is, under conditions in which the gravity is artificially reduced

to less than 1xg. MGS studies may be important in understanding the molecular-level

modulations undergone by living organisms. Therefore, the aim of this study was to

characterize the response of C. violaceum, as free-living model organism, cultured at

MGS, using proteomics techniques in order to understand how this bacterium response

to this stress. The SMG was achieved by rotating the vessel around the horizontal axis

perpendicular to the gravitational vector in Rotating Cell Culture Systems (RCCS4).

SMG was conducted at a speed of 40 rpm for a period of 12 hours to obtain the growth

curve every 2 hours. Total protein extraction was made in two times: 5 and 12 hours,

corresponding to early (MG5) and late (MG12) exponential phase, respectively, taking

the growth curve as a reference. After trypsinization, samples were analyzed with Q-

TOF mass spectrometer. As a result a total of 212 proteins during 5h of growth and 192

at 12h were detected, of which 144 of them were common in both periods. We detected

155 proteins during MG5, from which 18 proteins were upregulated, 19 down-regulated

and 17 proteins were exclusive when compared to GN5. In the proteome obtained in

12h of growth, 165 proteins were identified in normal gravity (GN12) and 173 in

MG12, of which, 17 were upregulated, 22 were downregulated and 28 expressed only in

MG12 condition. In addition, it was possible to identify 25 proteins with unknown

function in MG5 and MG12. Using computational tools it was possible to construct

networks of protein-protein interactions (PPI) and sub-networks containing group of

proteins with correlated functions, to analyze metabolic pathways, biological processes,

genomic context and search for conserved domains and homologous sequences of

proteins with unknown function . As a result, we identified sub-networks related to

protein biosynthesis, transcription regulation and translation, stress response and

energetic metabolism, we conclude that the cellular responses associated with

differential expression induced by MGS led to a decrease in the growth of C. violaceum,

accompanied by the negative regulation of proteins related to transcriptional,

translational and energy release by aerobic pathways and by the positive regulation of

proteins involved in oxidative stress, anaerobic pathway and cell survival.

Key Words: Bacteria, microgravity, proteome and interaction network.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Crhomobacterium violaceum crescendo em placa de petri contendo meio -

http://dbiotec.blogspot.com.br/2012/11/......................................................................... 20

Figura 2. Estrutura química da violaceína (LOPES et al., 2009) ................................... 21

Figura 3. Ilustração da biossíntese da violaceína. Adaptado de (DURÁN et al., 2016) 23

Figura 4 Ilustração de rede de interação contendo 99 node e 333 edges. ....................... 28

Figura 5. Cultura de células em biorreatores como clinostato, (a) Modelo RWV,

ilustração da cultura de células em rotação crescendo em constante queda livre,

mantidas gentilmente em suspensão, (c) Modelo RCCS. Adaptado de (BECKER;

SOUZA, 2013)................................................................................................................ 31

Figura 6. Dispositivo simulador de microgravidade. Rotary Cell Culture System –

RCCS4. (SYNTHECON© 2017). ................................................................................. 32

Figura 7. Crescimento de C. violaceum a 28° C nas condições de microgravidade (MG)

e gravidade normal (GN). ............................................................................................... 41

Figura 8. Número de proteínas únicas identificadas em cada fase. No diagrama de Venn,

proteínas identificadas apenas durante 5 horas de crescimento (Azul). Proteínas

identificadas em 12 horas de cultivo (amarela). A interseção corresponde a proteínas

identificadas em ambas as fases. .................................................................................... 43

Figura 9. Proteínas identificadas pela técnica de proteômica shotgun. Microgravidade

(MG), gravidade normal (GN), proteínas upreguladas (Up), proteínas downreguladas

(down) e proteínas exclusivas da condição de microgravidade. .................................... 44

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Figura 10. Proteínas identificadas pela técnica de shotgun proteômica. Microgravidade

(MG), gravidade normal (GN - controle); proteínas upreguladas (Up), proteínas

downreguladas (down) e proteínas exclusivas da condição de microgravidade. ........... 45

Figura 11. Diagrama de Venn para demonstrar proteínas diferencialmente expressas em

condições de microgravidade 5 e 12 horas. .................................................................... 46

Figura 12. Rede de interação proteína-proteína total MG5. ........................................... 51

Figura 13. Papel da ArcC na síntese de ATP na da via de fermentação da arginina.

Adaptado de Christian Schulz et al. 2014; ..................................................................... 53

Figura 14. Cluster I MG5 com principais proteínas envolvidas com processo de

biossíntese de ATP e resposta ao estresse. ..................................................................... 54

Figura 15. Cluster II MG5 com proteínas envolvidas na biossíntese de ATP e no

transporte. ....................................................................................................................... 56

Figura 16. Cluster III MG5 com proteínas de ligação ao DNA envolvidas,

principalmente na transcrição. ........................................................................................ 60

Figura 17. Cluster IV MG5 com principais proteínas envolvidas na regulação e

expressão de genes.......................................................................................................... 61

Figura 18. Cluster V MG5 com proteínas envolvidas na regulação da transcrição e

tradução. ......................................................................................................................... 64

Figura 19. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_0018 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 67

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Figura 20. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_0175 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 68

Figura 21. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2297 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 69

Figura 22. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1182 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 70

Figura 23. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3947 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 71

Figura 24. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1539 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

........................................................................................................................................ 72

Figura 25. Rede de interação proteína-proteína total MG12. ........................................ 76

Figura 26 Rota metabólica em Enterococcus faecalis. Adaptado de (DOI; IKEGAMI,

2014). .............................................................................................................................. 78

Figura 27. Cluster I MG12. Com proteínas envolvidas no metabolismo energético,

biossíntese de proteínas, e na regulação da transcrição. ................................................. 79

Figura 28. Cluster II MG12 com proteínas envolvidas na síntese proteica. ................... 83

Figura 29. Cluster III MG12 com proteínas envolvidas na ligação ao DNA. ................ 86

Figura 30. Proteínas (em Amarelo) alvos da GroES1 (A) e DnaK (B) .......................... 89

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Figura 31. Grupo de proteína (amarelas) alvos da proteína Tig. ................................... 89

Figura 32. Rede de interação proteína-proteína mostrando grupo de proteína (nós

amarelos) alvos da proteína Hfq. .................................................................................... 92

Figura 33. Atividade antioxidante total do extrato proteico de C. violaceum cultivada

em condições de microgravidade simulada. ................................................................... 93

Figura 34. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1546 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

........................................................................................................................................ 95

Figura 35. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2728 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em espécies de

diferentes gêneros. .......................................................................................................... 96

Figura 36. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_4364 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presentes em diferentes

espécies. .......................................................................................................................... 99

Figura 37. Contexto genômico da proteína CV_4364 de C. violaceum. ........................ 99

Figura 38 Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3961 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

...................................................................................................................................... 101

Figura 39. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2933 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

...................................................................................................................................... 102

Figura 40 Contexto genômico da proteína CV_2933 de C. violaceum. ....................... 103

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Figura 41. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1173 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 104

Figura 42. Contexto genômico da proteína CV_2933 de C. violaceum ....................... 104

Figura 43. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1284 de C. violaceum com

proteínas homólogas identificando regiões conservadas presentes em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 105

Figura 44. Contexto genômico da proteína CV_1284 de C. violaceum ....................... 106

Figura 45. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1539 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 107

Figura 46. Contexto genômico da proteína CV_1284 de C. violaceum ....................... 108

Figura 47. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2258 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 108

Figura 48. Contexto genômico da proteína CV_2258 de C. violaceum ....................... 109

Figura 49. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3008 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 110

Figura 50. Contexto genômico da proteína CV_3008 de C. violaceum ....................... 110

Figura 51 Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2019 de C. violaceum com

proteínas homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

...................................................................................................................................... 111

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Figura 52. Contexto genômico da proteína CV_2019 de C. violaceum ....................... 112

Figura 53. Modelo representativo das principais alterações sofridas por C. violaceum

cultivada em condições de microgravidade simulada .................................................. 114

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Proteínas diferencialmente expressas identificadas em MG5 up e down e

MG12 up e down. ........................................................................................................... 46

Tabela 2. Lista de proteínas Up e Down reguladas identificadas durante a fase MG5 de

C. violaceum ATCC 12472. ............................................................................................ 48

Tabela 3. Proteínas identificadas exclusivamente em C. violaceum em MG5 ............... 50

Tabela 4. Classes de ontologia gênica específica derivada de C. violaceum MG5. ....... 52

Tabela 5. Identificação de proteínas preferencialmente expressa no proteoma de C.

violaceum MG5 e seus respectivos processos biológicos. ............................................. 55

Tabela 6. Processo biológico de proteínas envolvidas no metabolismo energético, no

transporte e membrana identificados no proteoma de C. violaceum MG5. ................... 56

Tabela 7. Grupo de proteínas com papel de ligação ao DNA identificadas no proteomas

de C. violaceum MG5 ..................................................................................................... 61

Tabela 8. Grupo de proteínas com envolvidas na biossíntese de proteínas no proteomas

de C. violaceum MG5 ..................................................................................................... 62

Tabela 9. Proteínas identificadas no proteomas de C. violaceum MG5 que participam do

controle transcricional e da tradução .............................................................................. 64

Tabela 10. Lista de proteínas Up e Down reguladas identificadas durante a fase MG12

de C. violaceum ATCC 12472. ....................................................................................... 73

Tabela 11. Proteínas identificadas exclusivamente em C. violaceum em MG12 ........... 75

Tabela 12. Proteínas identificadas no proteomas de C. violaceum MG12 ..................... 79

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Tabela 13. Proteínas identificadas no proteoma de C. violaceum MG12 relacionadas

com processo de tradução ............................................................................................... 84

Tabela 14. Fatores de elongação identificados no proteoma de C. violaceum MG12 ... 86

Tabela 15. Identificação de proteínas hipotéticas diferencialmente expressas

identificadas no proteoma de C. violaceum em MGS .................................................... 97

Tabela 16. Lista de 155 proteínas da fase exponecial precoce (MG5) de C. violaceum

ATCC12472 cultivada em condições de microgravidade simulada. ............................ 128

Tabela 17. Lista de 173 proteínas da fase exponecial tardia (MG12) de C. violaceum

ATCC12472 cultivada em condições de microgravidade simulada. ............................ 132

Tabela 18. Sequências selecionadas a partir do resultado obtido no BLASTp para a

proteína CV_4364 de C. violaceum .............................................................................. 137

Tabela 19. Sequências selecionadas a partir do resultado obtido no BLASTp para a

proteína CV_3961 de C. violaceum .............................................................................. 137

Tabela 20. Resultadodo BLASTp para a proteína CV_2933 de C. violaceum ............ 138

Tabela 21 Resultado do BLASTp para a proteína CV_1173 de C. violaceum. ........... 139

Tabela 22. Resultado do BLASTp para a proteína CV_1284 de C. violaceum. .......... 139

Tabela 23. Resultado do BLASTp para a proteína CV_1539 de C. violaceum. ......... 140

Tabela 24. Resultado do BLASTp para a proteína CV_2258 de C. violaceum. .......... 141

Tabela 25. Resultado do BLASTp para a proteína CV_3008 de C. violaceum. .......... 142

Tabela 26. Resultado do BLASTp para a proteína CV_2019 de C. violaceum. .......... 142

Tabela 27. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 144

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Tabela 28. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 145

Tabela 29. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 146

Tabela 30. Sequências de aminoácidos das proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 146

Tabela 31. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 147

Tabela 32. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 148

Tabela 33. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 150

Tabela 34. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C.

violaceum obtidas através do BLASTp. ....................................................................... 151

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LISTA DE ABREVIATURAS / SIGLAS

MG Microgravidade

MGS Microgravidade Simulada

GN Gravidade Normal

MG5 Crescimento em condições de microgravidade por 5 horas

MG12 Crescimento em condições de microgravidade por 12 horas

LSMMG Low-shear Modeller Microgravity (Microgravidade Simulada em

Baixo Cisalhamento)

RCCS Rotary Cell Culture Systemn (Sistema de Cultura de Células em

Rotação)

PPI Protein-Protein Interaction (Interação proteína-proteína)

FC Fold Change

CTE Cadeia Transportadora de Elétrons

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SUMÁRIO

1. Introdução .............................................................................................................. 38

1.1. Chromobacteirum violaceum......................................................................................19

1.2. Violaceína ..................................................................................................................21

1.3. Importância biotecnológica ........................................................................................24

1.4. Biologia de sistemas ...................................................................................................25

1.5. Microgravidade e os biorreatores ..............................................................................28

2. Objetivo Geral: ...................................................................................................... 34

2.1. Objetivos específicos: ...............................................................................................34

3. Metodologia ........................................................................................................... 35

3.1. Obtenção das amostras ..............................................................................................35

3.3. Detecção no espectrômetro de massas .......................................................................36

3.4. Analise dos dados do espectrômetro de massas..........................................................37

3.5. Analises de enriquecimento funcional ........................................................................38

3.6. Rede de interação proteína-proteína ..........................................................................39

4. Resultados e discussões ......................................................................................... 41

4.1. Curva de crescimento .................................................................................................41

4.2. Proteômica .................................................................................................................42

4.3. Proteínas diferencialmente expressas MG5 ...............................................................47

4.4. Proteínas hipotéticas exclusivas MG5: ......................................................................65

4.5. Proteínas diferencialmente expressas MG12..............................................................72

4.7. Estresse oxidativo .......................................................................................................92

4.8. Proteínas hipotéticsa exclusivsa MG12 ......................................................................94

4.9. Proteínas hipotéticas diferencialmente expressas presentes em MG5 e MG12: .........96

5. Conclusões ............................................................................................................ 113

6. Referência bibliográfica ...................................................................................... 115

7. Apêndice A ........................................................................................................... 128

8. Apêndice B ........................................................................................................... 137

9. Apêndice C ........................................................................................................... 144

10. Apêndice D ........................................................................................................... 150

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19

1. Introdução

1.1. Chromobacteirum violaceum

Chromobacteirum violaceum (C. violaceum) é um importante microorganismo

ambiental escolhido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e pelo Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) como modelo para ser

o primeiro microorganismo a ter seu genoma completamente sequenciado por um

consórcio de laboratórios de âmbito nacional finalizado em 2003 (BRAZILIAN

NATIONAL GENOME PROJECT CONSORTIUM, 2003).

Em 1880, um estudo realizado por Bergonzini fez uma descoberta acidental em

seu laboratório onde, analisava o mecanismo de ação da albumina do ovo, relacionada

ao retardamento da putrefação. Porém, alguns dias depois de realizar seus experimentos,

foi encontrado em uma das soluções controle não descartada uma camada muito densa

de coloração púrpura. Ao isolar aquela formação e realizar alguns testes, o pesquisador

concluiu que se tratava de uma nova espécie, a C. violaceum (DURÁN; MENCK,

2001).

Em 1976, foi realizado o primeiro registro da C. violaceum no Brasil presente

em uma amostra coletada a 30 metros de profundidade e analisada na estação de

tratamento de água da cidade de Manaus-AM. Mediante a existência de apenas dois

tipos diferentes de colônias bacterianas, colônias brancas e violetas. A referida amostra

foi analisada no Instituto de Microbiologia da UFRJ, em que identificou o

microrganismo de coloração violeta como sendo C. violaceum (DURÁN et al., 2016).

Essa espécie é encontrada em abundância no rio Negro e nos bancos de areia na região

Amazônica (DIAS et al., 2002). As brancas, provavelmente, eram cepas que não

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20

produzem o pigmento característico, pois nem todas as cepas produzem violaceína, e

assim formam colônias brancas (DAUPHINAIS; ROBBEN, 1968).

C. violaceum (Figura 1) é um microorganismo de vida livre, encontrado na

forma de bacilo, medindo de 0,6 - 9,0 µm x 1,5 - 3,0 µm, Gram-negativo, saprófito,

anaeróbico facultativo, incluído na ordem Nesseriales e na família Neceriaceae que é

encontrado na água e no solo de áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, há registros da

presença deste microorganismo nos domínios fitogeográficos de Mata Atlântica,

Cerrado e Floresta Amazônica.

Figura 1. Crhomobacterium violaceum crescendo em placa de Petri contendo meio LB.

http://dbiotec.blogspot.com.br/2012/11/. Data de acesso 22/11/2017.

Essa espécie de bactéria não é considerada patogênica, no entanto, Algumas

cepas podem agir como patógeno oportunista em animais e humanos imunodeprimidos

causando lesões na pele, abcessos no pulmão e no fígado, em raros casos causando

septicemia fatal (YANG; LI, 2011). Há registro de casos fatais em humanos em

diversos países como Argentina, Brasil, Cuba, Singapura, Taiwan, Estados Unidos,

entres outros, causados pela infecção por C. violaceum (DURÁN; MENCK, 2001).

Outros problemas como a granulomatose crônica, osteomielite, celulite periorbital e

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infecção ocular, já foram relatados como associados com a infecção por C. violaceum

(FELDMAN; STERN; HOOD, 1984; FERNANDES et al., 2014; SARA; CERASO;

SCHUGURENSKY, 1986).

1.2. Violaceína

A principal característica da C. violaceum é a sua coloração púrpura dada pela

presença de um pigmento chamado de violaceína. Este pigmento teve sua estrutura

química deduzida em 1958 na Universidade de Liverpool, a partir de estudos de síntese

e degradação (Figura 2) e tem sido bastante explorado em estudos relacionados aos

compostos com potencialidades terapêuticas (DESSAUX; ELMERICH; FAURE, 2004;

DUR et al., 2007; DURÁN; MENCK, 2001; KONZEN et al., 2006).

Figura 2. Estrutura química da violaceína (LOPES et al., 2009).

A biossíntese da violaceína é realizada a partir de uma via que envolve o

aminoácido L-triptofano, várias enzimas, oxigênio e o indutor N-hexamoil homoserina

(Figura 3). A enzima VioA (L-triptofano oxidase) utiliza o FAD como cofator para

formar o Indole-3 ácido piruvato Imine (IPA imine). Este torna-se substrato para a

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enzima VioB que forma o dímero IPA imine. A ação da VioE dependente de FAD

converter o IPA imine em ácido protodeoxiviolaceínico, servindo de substrato para a

VioD que o transforma em ácido protoviolaceínico no último passo, que é realizado pela

enzima VioC que finaliza com a síntese da violaceína (DURÁN et al., 2016).

Figura 3. Ilustração da biossíntese da violaceína. Adaptado de (DURÁN et al., 2016).

A sua biossíntese é realizada a partir de uma via que envolve o aminoácido L-

triptofano, várias enzimas, oxigênio e o indutor N-hexamoil homoserina (Figura 3). A

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enzima VioA (L-triptofano oxidase) utiliza o FAD como cofator para formar o Indole-3

ácido piruvato Imine (IPA imine). Este torna-se substrato para a enzima VioB que

forma o dímero IPA imine. A ação da VioE dependente de FAD converter o IPA imine

em ácido protodeoxiviolaceínico servindo de substrato para a VioD que o transforma

em ácido protoviolaceínico no último passo que é realizado pela enzima VioC que

finaliza com a síntese da violaceína (DURÁN et al., 2016).

Figura 4. Ilustração da biossíntese da violaceína. Adaptado de (DURÁN et al., 2016)

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24

1.3. Importância biotecnológica

A C. violaceum é produtoras de diversas moléculas com atividades de grande

importância biológica e biotecnológica, como é o caso do inibidor da desacetilação de

histonas, o peptídeo FR901228 que apresenta efeito antitumoral e antibiótico (UEDA et

al., 1994). Efeitos citotóxicos em Schizosaccharomyces pombe, Aspergillus ninger e em

linhagens de células cancerígenas do pulmão, cérebro e cólon do útero de humanos

foram associados ao peptídeo (MAVROMATIS; CHESON, 2004). Ela também exibe

atividades antimicrobiana, antiviral, antileishmania, além de efeitos citotóxicos contra a

Mycobacterium tuberculosis (ANDRIGHETTI-FRÖHNER et al., 2003; CIPRANDI et

al., 2013; DA CITOTOXICIDADE et al., 2003; LEON et al., 2001). Além disso, esta

bactéria é capaz ainda de realizar outras atividades como: a produção de cianeto,

solubilização do ouro, síntese de bioplástico e detoxificação do ambiente (CAREPO et

al., 2004; CIPRANDI et al., 2013; DURÁN; MENCK, 2001).

A grande variedade de atividades apresentadas por esta bactéria a caracteriza

como importante microorganismo com elevado valor biotecnológico. Por esse motivo, o

genoma da C. violaceum linhagem ATCC 12472 foi sequenciado pela Rede Nacional de

Sequenciamento Nucleotídico (RNSN) revelando a presença deum cromossomo circular

com 4.751.080 pares de bases e 4.431 genes completos (quadro de leituras abertos -

ORFs). A caracterização dessas ORFs revelou estarem associadas a diversos processos

como produção e conversão de energia, divisão celular, transporte e metabolismo de

aminoácidos, nucleotídeos e carboidratos, metabolismo de lipídios, transcrição e

tradução, replicação do DNA, recombinação e reparo, mecanismos de transdução,

chaperonas, modificações pós-traducionais, entre outros processos. No entanto,

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25

aproximadamente 40% das ORFs são hipotéticas (BRAZILIAN NATIONAL

GENOME PROJECT CONSORTIUM, 2003).

O genoma de C. violaceum contém grandes quantidades de ORFs relacionadas a

versatilidade e adaptabilidade, a que garante a esta bactéria uma capacidade de explorar

vastas fontes de energias e de sobreviver em diferentes ambientes (HUNGRIA et al.,

2004). Essas características da C. violaceum de sobreviver em diferentes ambientes e

tipos de estresse a tornou um microorganismo modelo para muitos pesquisadores no

Brasil e no mundo.

Por exemplo, já foram observadas alterações em nível de expressão de proteínas

envolvidas no metabolismo proteico em função de sua exposição a um ambiente rico em

ferro (LIMA et al., 2014); alterações no perfil da expressão de proteínas quando a

bactéria foi exposta a campos eletromagnéticos de baixa frequência levando a uma

proteção do DNA e sua sobrevivência (BARAÚNA et al., 2015); a ativação de várias

enzimas envolvidas na eliminação dos radicais de oxigênio, configurando uma boa

resposta a estresse oxidativo, quando expostas ao arsenito, bem como, mecanismo de

reparo no DNA causado por esses radicais livres (CIPRANDI et al., 2012); a expressão

de enzimas que atuam no combate ao estresse oxidativo e na inibição do ciclo do ácido

tricarboxílico (BARAÚNA et al., 2011). Além disso, a inibição do sistema quorum

sensing de C. violaceum na presença de íons de cádmio (THORNHILL et al., 2017).

1.4. Biologia de sistemas

Acompanhando os avanços tecnológicos das últimas décadas, a ciência tem

avançado nas áreas “omicas”, permitindo pesquisas nas mais diferentes áreas biológicas,

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26

resultando em uma grande quantidade de dados e informações. Desta forma, a análise e

interpretação dos dados tornaram-se mais um desafio a ser vencido.

Na genômica, muitas informações já foram coletadas e passos importantes já

foram alcançados por meio do sequenciamento e predição de genes, auxiliando no

entendimento sobre os processos de evolução dos genomas e dos organismos, bem

como na compreensão dos processos de virulência, epidemiologia e parasitismo. No

entanto, este nível não permite compreender a complexidade do funcionamento destes

genes (HARRINGTON; JENSEN; BORK, 2008), surgindo assim a necessidade de uma

abordagem de RNAs, proteínas e outros metabólitos, dando origem a transcriptomas,

proteômicas e metabolomas.

A abordagem proteômica permitiu estudos em larga escala da expressão de

proteínas em diferentes células, tecidos e fluidos corporais, suas modificações,

interações, quantificação e identificação. Os avanços recentes das metodologias neste

campo abriram novas oportunidades para obter informações relevantes sobre processos

normais e anormais que ocorrem em níveis celulares e moleculares (BARBOSA et al.,

2012).

A complexidade dos processos realizados pelas interações celulares é um desafio

para a biologia moderna, principalmente, no campo da bioquímica metabólica, devido

ao grande volume de interações dinâmicas e processos regulatórios e estruturais

realizados por genes, RNAs, proteínas e metabólitos, que necessitam ser compreendidos

(SAUER; HEINEMANN; ZAMBONI, 2007). Assim, para melhor compreender os

processos biológicos, se faz necessário um olhar sistêmico para os fatos, contrapondo-se

a abordagem reducionista. Esta perspectiva, então denominada Biologia de Sistemas, é

necessária para que as propriedades das redes biológicas tais como um estado funcional

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27

em particular, possam ser quantitativamente entendidas e manipuladas de forma

compreensível (SAUER; HEINEMANN; ZAMBONI, 2007). Neste campo, o objetivo é

integrar toda informação biológica disponível, a fim de se obter uma visão sistemática

do organismo a ser estudado e permitir a simulação do funcionamento molecular,

possibilitando a predição de resultados (PUJOL et al., 2010). Dessa forma, as

ferramentas que permitem a análise de como as proteínas se relacionam entre si em uma

rede de interação proteína-proteína (PPI network) tornam-se instrumentos centrais que

geram informações significativas e permitem alcançar os objetivos da biologia de

sistemas (HARRINGTON; JENSEN; BORK, 2008).

Os componentes celulares interagem entre si em um sistema que pode ser

representado por uma série de nós, os quais são conectados por ligações que

representam as interações, formando assim uma rede (BARABÁSI; OLTVAI, 2004).

As redes possuem algumas características específicas, por exemplo, permite analise

direcionais de redes gênicas ou de transcritos e direcionais ou não direcionais para rede

de proteínas, e baseia em cálculos de probabilidade para correlacionar as interações

entre os nós da rede (BARABASI; ALBERT, 1999; PASTOR-SATORRAS; SMITH;

SOLÉ, 2003) e analisa a modularidade de acordo com funcionalidade celular de cada

proteína, e assim, formam módulos com papéis correlacionados e separados de outros

componentes da rede (RAVASZ et al., 2002). Estas características em conjunto dão

robustez à rede e maior grau de confiança aos seus dados (Figura 4).

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28

Figura 5 Ilustração de rede de interação contendo 11 proteínas.

1.5. Microgravidade e os biorreatores

A gravidade sempre esteve presente nos fenômenos biológicos na historia da

terra. O aparecimento da vida no planeta e a evolução de todos os seres vivos estão

continuamente sobre influência do seu campo gravitacional, que tem importante papel

nos aspectos morfofisiológicos dos seres vivos, agindo diretamente nos processos de

seleção natural. Células expostas à gravidade reduzida sofrem grandes mudanças, na

forma do corpo, arquitetura do citoesqueleto, rotas moleculares, comportamento celular,

regulação e expressão de genes (Ã et al., 2006; HAMMOND et al., 2000; SHARMA et

al., 2016; VASSY et al., 2001; VUKANTI; MODEL; LEFF, 2012). A condição de

gravidade normal é dada em uma força de aceleração de 1 xg. Já a condição de

microgravidade é encontrada quando a força gravitacional é menor que 1 xg

(ALBRECHT-BUEHLER, 1992).

As células bacterianas experimentam a microgravidade quando a força da

gravidade agindo sobre elas é contraposta por outra força. Essa é uma condição

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encontrada fora do planeta e em poucas situações na terra ou ainda em simuladores de

microgravidade como rotating-wall vessel desenvolvido pela NASA, que permite o

cultivo de células sob condições de microgravidade simulada (BUCKER et al., 1974;

GOODWIN et al., 1993; PELLIS et al., 1997; TIXADOR et al., 1978). Estudos que

examinem mudanças sofridas pelas bactérias cultivadas sob condições de

microgravidade são importantes para compreender o comportamento destes

microrganismos nestas condições.

As células expostas à microgravidade sofrem mudanças genotípica e

fenotipicamente dramáticas. Recentemente, as pesquisas no campo da microgravidade

têm focado nas alterações sistemáticas “como um todo", ou seja, adotando uma

abordagem de Biologia de Sistemas, pois muitas funções e propriedades da célula

sofrem alterações após a exposição à microgravidade (BIZZARRI et al., 2014).

Nos últimos anos, cientistas e astronautas do programa nacional de

Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e da Estação Espacial

Internacional (ISS), têm mostrado preocupação com a colonização de micróbios durante

viagens espaciais, pois agentes patogênicos podem se espalhar de um astronauta para

outro enquanto estiverem em voo, particularmente se os mesmos forem

imunocomprometidos (MAULE et al., 2009; STOWE; SAMS; PIERSON, 2011). Para o

microorganismo os seres vivos são grandes biomas formados por células eucarióticas

com grande potencial hospedeiro, inclusive algumas bactérias fazem parte da

microbiota de muitos animais e humanos. No entanto, a saúde humana pode ser

influenciada por qualquer perturbação no seu equilíbrio levando a um estado de doença,

e esta questão é preocupante no espaço, onde um sistema imunológico comprometido

pode encontrar agentes patogênicos (ROSENZWEIG et al., 2014).

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30

Muitas alterações ao nível molecular ocorrem nos microorganismos quando

expostos a mudanças na força gravitacional. Estas conclusões levaram ao

desenvolvimento de pesquisas com microrganismos nestas condições, bem como

avanços tecnológicos na elaboração de simuladores de microgravidade como os

biorreatores clinostatos, Rotating Wall Vessel (RWV) e RCCS permitindo pesquisas

tanto durante voos espaciais quanto em terra firme.

Os biorreatores foram introduzidos como um novo método para cultivar

bactérias em diferentes condições de cisalhamento (low shear). O cisalhamento de

fluido é um estresse físico caracterizado por uma força mecânica, que atua

paralelamente na superfície do objeto exposto (NAUMAN et al., 2007). As bactérias

experimentam amplas distribuições de cisalhamento durante seu curso natural de

infecção, variando de regiões de alto cisalhamento de 0,4-5,0 Pa na corrente sanguínea e

em cateteres para zonas de baixo cisalhamento de menos de 0,1 Pa no útero e entre

microvilosidades respiratórias, células epiteliais gastrintestinais e urogenitárias

(BEESON et al., 2000). O estresse por cisalhamento pode ter efeitos benéficos ou

prejudiciais, dependendo da espécie bacteriana, do nível de cisalhamento e do tipo de

interação tecido-bactéria-hospedeiro.

O RCCS é um biorreator cilíndrico que pode ser completamente preenchido com

meio de cultivo e que é girado em um eixo paralelo ao solo. Posteriormente, obtém-se

uma rotação de massa corporal sólida do meio de cultura, criando um ambiente de baixo

fluido-cisalhamento (low shear) calculado para ser inferior a 0,001 Pa (MAZZOLENI et

al., 2011), permitindo células bacterianas permanecerem em suspensão em uma órbita

restrita (Figuras 5). O método de cultura utilizando biorreatores mostrou ser aplicável

para estudos relacionados a estresse provocado pela diminuição do cisalhamento em

células crescendo em suspensão (FANG et al., 1997; NAUMAN et al., 2007).

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31

Figura 6. Cultivo de células em biorreatores. (a) Modelo RWV, ilustração da cultura de células

em rotação crescendo em constante queda livre, mantidas gentilmente em suspensão. Adaptado de

(BECKER; SOUZA, 2013).

O biorreator Rotary Cell Culture System (RCCS™) é um novo sistema eficiente

concebido para realizar a cultura de células tridimensional (3D) em suspensão, baseado

no princípio da condição de microgravidade (Figura 6). Fruto da pesquisa tecnológica

do Centro Espacial Johnson da NASA, esses dispositivos reproduzem um ambiente com

microgravidade controlada produzindo condições mais favoráveis para a cultura de

células, uma vez que, promove um cultivo de células em queda livre constante,

diminuindo as turbulências, evitando a sedimentação e não deixando espaço entre a

atmosfera e o meio de cultura. Dessa forma, reduzindo as forças de cisalhamento

criando um ambiente com microgravidade (BECKER; SOUZA, 2013; SCHWARZ;

GOODWIN; WOLF, 1992).

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Figura 7. Dispositivo simulador de microgravidade. Rotary Cell Culture System – RCCS4.

(SYNTHECON©, 2017).

Pesquisas realizadas com procariotos mostraram que a condição de

microgravidade promove diversos efeitos em procariotos, como por exemplo, no

crescimento bacteriano, na resistência ao estresse, modulação na expressão de genes,

entre outras alterações (CRABBÉ et al., 2010; CRABBÉ et al., 2008; HORNECK;

KLAUS; MANCINELLI, 2010; ROSENZWEIG et al., 2014). Apesar disso, poucos

estudos têm examinado as alterações na expressão de proteínas totais nos procariotos

em função da gravidade reduzida. A C. violaceum apresenta grande versatilidade e

adaptalidade a diferentes ambientes e muitos genes importantes que lhe confere diversas

atividades e propriedades de interesse biotecnológico.

Estudos com microgravidade têm sido uma área de pesquisa promissora,

principalmente, para investigar alterações sofridas por organismos vivos em condições

gravitacional diferente da encontrada na terra. Neste sentido, por apresentar grande

importância para a biotecnologia e saúde, além de ser um microoganismo de vida livre

capaz de sobreviver em ambientes com diferentes perturbações, a C. violaceum foi

escolhida como modelo de estudo a ser submetida a esse tipo de estresse, a fim de

analisar as alterações sofridas a nível molecular, nos processos biológicos e em suas

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vias metabólicas. Dessa forma, a investigação da C. violaceum submetida à

microgravidade pode contribuir para a identificação de importantes genes com potencial

biotecnológico e elucidação destas mudanças pode contribuir para a difusão de

conhecimento em pesquisas nesta área.

Utilizando-se de ferramentas biotecnológicas como cultivo e extração de

proteínas, espectometria de massas, técnicas de proteômica e biologia de sistemas

atrelados ao conhecimento bioquímico dos processos biológicos realizados pelas

proteínas, este trabalho objetiva caracterizar as possíveis alterações no proteoma da

bactéria C. violaceum em resposta ao crescimento sob condições de microgravidade

simulada.

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2. Objetivo Geral:

Caracterizar as alterações no proteoma da Chromobacterium violaceum sob

resposta ao cultivo em condições de microgravidade simulada.

2.1. Objetivos específicos:

Verificar o padrão de crescimento da C. violaceum sob condições de

microgravidade simulada.

Comparar quantitativamente as proteínas expressas pela bactéria em condição de

microgravidade com as de gravidade normal.

Analisar o papel de proteínas diferencialmente expressas de C. violaceum sob

condição de MGS.

Comparar as proteínas diferencialmente expressas de C. violaceum com as

diferencialmente expressas em procariotos também submetidos a microgravidade.

Investigar os processos biológicos realizados por grupos de proteínas de C.

violaceum cultivada em MGS, por meio da análise de redes de interação proteína-

proteína.

Identificar ORFs hipotéticas diferencialmente expressas no proteoma de C.

violaceum.

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35

3. Metodologia

3.1. Obtenção das amostras

A cepa bacteriana utilizada no presente estudo foi C. violaceum ATCC 12472

fornecida pela fiocruz e mantida no Laboratório de Biologia Molecular e Genômica

(LBMG) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal - RN. A bactéria foi

inoculada em placas de Petri contendo meio Lysogenic Broth (LB) (BERTANI, 2004) e

incubada a 28 °C por 24 horas. As colônias individuais crescidas foram transferidas

para tubos de centrifugação de 50 mL, contendo 5 mL de LB líquido sob agitação de

200 rpm, e incubadas a 28 °C durante 18 horas (overnight). Em seguida, as amostras

foram diluídas 100x e 10 mL da cultura diluída foram transferidas para cada vessel do

RCCS4 (Synthecon, EUA) com rotação de 40 rpm. Todos os experimentos foram

realizados em triplicata biológica.

O ambiente criado dentro do dispositivo RCCS4 na terra é chamado de

microgravidade simulada. As condições referidas como MGS foram criadas utilizando o

RCCS4 com as células rotacionando sob o eixo horizontal perpendicularmente ao vetor

gravitacional. Dessa forma, criando um meio com fluido suave, sem sedimentação e

com baixo cisalhamento, condição conhecida como Low Shear Modeller Microgravity –

(LSMMG). A condição normal de gravidade foi criada no mesmo RCCS4 com rotação

no sentido vertical (CRABBÉ et al., 2008; MAZZOLENI et al., 2011).

A curva de crescimento foi obtida pela verificação da densidade óptica (DO),

com medições da absorbância a 600 nm durante os tempos de: 0h, 2h, 4h, 6h, 8h, 10h,

12h sob condições de microgravidade ou gravidade normal. Com base na curva de

crescimento determinada foram selecionados os momentos de 5 e 12 horas

correspondendo, respectivamente, a fase exponencial inicial e tardia para a extração de

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36

proteínas totais para realização da análise de proteômica

3.2. Extração de proteínas

Para extração de proteínas totais foram escolhidos os períodos de crescimento,

correspondendo à fase exponencial inicial (5 horas) e a fase exponencial tardia (12

horas). As amostras foram centrifugadas a 2880 xg, a 4 °C por 20 minutos, e em

seguida, foram lavadas em 10 mM de Tris-HCl pH 8.5 e centrifugadas a 2880 xg, 4 °C

por 25 minutos. Para quebra da parede celular bacteriana, foi utilizado 300 µL do

tampão de extração contendo 7M ureia, 1M de tioureia, 50 mM Ditiotreitol (DTT) e 30

mM de Tris pH 8,5. Para precipitação das proteínas foi adicionado 1mL de acetona com

agitação no vortex, seguido de sonicação e centrifugação a 5000 xg, a 4°C durante 2

min.

Por fim, as proteínas foram solubilizadas no mesmo tampão de extração (500

µL) e armazenadas em freezer a -80 °C. Uma alíquota foi armazenada a -20 °C para

quantificação e eletroforese. Os extratos de proteínas totais foram quantificados pelo

método de Bradford (BRADFORD, 1976).

3.3. Detecção no espectrômetro de massas

As amostras passaram pelos processos de tripsinização, dessalinização,

concentração seguida da espectrometria de massas. Para a digestão dos polipeptídios em

solução foi utilizado a Tripsina Gold (Promega Sequencing Grade Modified) em

concentração de 1 µg, razão de 1:50, overnight a 37 °C. Os peptídeos foram coletados

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37

por centrifugação (12000×g, 4 °C, 15 min), concentrados pelo sistema de speed vacum e

ressuspendido em bicarbonato de amônio.

O processo de dessalinização foi realizado em coluna Sep-Pak C18. Após a

passagem pelas colunas, as amostras foram centrifugadas a 5000 rpm por 5 minutos,

depois concentradas no Speed Vacuum (SBD 1010) sob pressão de 10.00 atm. Por fim,

as amostras foram ressuspendidas em bicarbonato 50 mM e centrifugadas a 10.000 rpm

por 5 min. 10 µL das amostras foram transferidas para diferentes microtubos e seguidos

para a análise no espectrômetro de massas.

3.4. Analise dos dados do espectrômetro de massas

Um NanoAcquity Ultra Performance LC (Water) acoplado com fonte

nanoelectrospray no espectrômetro de massas Q-TOF Premier (Water), foi utilizado

para adquirir fragmentos de espectros de íon, resultando na identificação de proteínas

com base na relação massa/carga dos peptídeos e nas informações das sequências. Para

obtenção das sequencias que compõe as proteínas extraídas de C. violaceum submetida

à microgravidade foi realizada busca no banco de dados online do Centro Nacional de

Informação em Biotecnologia (NCBI) de sequências primárias restrita para a taxonomia

C. violaceum por meio do Software MASCOT DAEMON 2.2 (Matrix Science). As

etapas de detecção e análise do espectrômetro de massas foram realizadas no

Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) em Campinas - SP.

Os parâmetros seguidos no processo de identificação dos peptídeos foram: (1) a

carboximetilação nos resíduos de cisteína especificada como fixa; (2) oxidação da

metionina como modificação variável; (3) permissão de uma clivagem perdida pela

tripsina, tolerâncias de massa foi definida para 100 ppm para buscas PMF, 100 ppm

para íons precursor e +/- 0,1 Da para fragmento de íons MS/MS. Um score de corte foi

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38

estabelecido para aceitar uma taxa de falso-descoberta (FDR) de 1% no nível de

peptídeo com base no número de decoys (ruídos) identificados.

Nas buscas realizadas no MASCOT DAEMON, Os picos detectados foram

convertidos para arquivos em formatos MGF utilizando AB SCIEX MS Data Converter

(version 1.3), definindo o nível de peptídeo com FDR em <1% gerando arquivos no

formato DAT e analisados utilizando Scaffold (Version 4.4.5) com nível de proteína

com FDR <1%. Como paramêtros, os peptídeos exclusivos devem conter, pelo menos,

oito aminoácidos de comprimento e serem exclusivos de uma única proteína e não de

um grupo delas.

3.5. Analises de enriquecimento funcional

A classificação funcional das proteínas identificadas foi gerada usando a

ferramenta online DAVID (HUANG; SHERMAN; LEMPICKI, 2008). Os seguintes

parâmetros: Acurácia média, sobreposição 3, Limiar (threshold) de similaridade 0.50,

associação inicial e final de grupo 3, Limiar (threshold) de ligação múltipla 0.50,

thresholds de enriquecimento EASE 1.0 e análise de Benjamin. Além disso, foi

observado o P_Value <0,05. Na anotação funcional dos clusters.

Para identificação das proteínas hipotética foram obtidas as sequências

fastas no UNIPROT (http://www.uniprot.org/). A busca por proteínas homólogas

com função conhecida foi realizada a partir do BLASTp presente no GenBank

(disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/) no NCBI, onde foram

selecionadas cinco sequências de proteínas com maiores identidades. Estas foram

salvas e visualizadas no BioEdit onde foram salvas em formato (fas.) compatível

com o programa MEGA7. Todas as sequências selecionadas foram alinhadas no

Clustaw W presente no programa MEGA 7 e as ferramentas online Alter

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(disponível em: http://sing.ei.uvigo.es/ALTER/) e o BoxShade (disponível em:

https://www.ch.embnet.org/software/BOX_form.html) que permitiram a

identificação de quências conservadas. A obtenção dos domínios conservados foi

obtida no PFAM (disponível em: http://pfam.xfam.org/) e para a identificação dos

operons foi utilizado o banco de dados de operons de procariotos

(http://csbl.bmb.uga.edu/DOOR/index.php)

3.6. Rede de interação proteína-proteína

Para o desenho da rede de interação proteína-proteína, relacionada às proteínas

diferencialmente expressas de C. violaceum submetidas à microgravidade, foi

inicialmente realizada uma busca na ferramenta online Search Tool for the Retrieval of

Interacting Genes (STRING 10.0) [http://string.embl.de], permitindo predizer a

interação entre as proteínas codificadas de C. violaceum. Neste caso, foram utilizados

todos os métodos de predição ativa: neighborhood, gene fusion, co-occurrence, co-

expression experiments e databases. Com score de confiança médio (0.400) e

profundidade da rede 2.0. Os resultados obtidos nesta ferramenta de busca foram

posteriormente analisados utilizando o Cytoscape 3.4.0 (SCARDONI; PETTERLINI;

LAUDANNA, 2009). Análises da centralidade das proteínas expressas foram realizadas

através dos plugins CentiScaPe. E as sub-redes construídas com base na funcionalidade

das proteínas verificadas no KEGG2 e DAVID e por meio do aplicativo MCODE

utilizando os seguintes parâmetros: Include loops, para interação bidirecional, as opções

Haircut e Fluf ativados, grau de Cutoff 2, node density cutoff 0.1, node score cutoff 0.2,

k-core 2 e máximo de profundidade 100.

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3.7. Ensaio da atividade antioxidante total de C. violaceum

O ensaio de Atividade Antioxidante Total (AAT) foi realizado utilizando o

Antioxidant Assay kit da Sigma-Aldrich (CS0790). O princípio utilizado neste ensaio é a

formação do radical mioglobina ferril a partir da metmioglobina e do peróxido de

hidrogênio, o qual oxida o ABTS (2,2’-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-ácido

sulfônico), produzindo o radical catiônico ABTS·+, um cromógeno de cor verde

detectável espectrofotometricamente a 405 nm. Os antioxidantes suprimem a produção

do radical catiônico dependente da concentração de forma que quanto maior a

quantidade de agentes antioxidantes, menor a intensidade colorimétrica emitida. O

Trolox TM, um análogo da Vitamina E, foi utilizado na preparação da curva padrão.

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4. Resultados e Discussão

4.1.Curva de crescimento

A curva de crescimento da C. violaceum cultivada sob condições de

microgravidade simulada (MGS) revelou que nas seis primeiras horas a taxa de

crescimento foi semelhante entre a cultura tratada e o controle. No entanto, a partir de

seis horas o desenvolvimento celular de C. violaceum cultivada em microgravidade foi

menor, e assim permanecem por, aproximadamente, 12 horas de cultivo quando

passaram a ter taxas de crescimento semelhantes (figura 7).

Figura 8. Crescimento de C. violaceum em 28° C sob condições de microgravidade (MG) e gravidade

normal (GN).

Alguns estudos realizados por (ALLEN et al., 2007; ARUNASRI et al., 2013;

GRIMM et al., 2011; KALPANA; IM; LEE, 2016; KIM; MATIN; RHEE, 2014;

ROSADO et al., 2010) têm examinado o crescimento bacteriano sob condições de

microgravidade. Ao comparar o crescimento de C. violaceum com outros procariotos

também submetidos a microgravidade observou-se diferentes padrões de crescimento

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entre as espécies, em alguns casos, verificou-se uma maior taxa de crescimento da

cultura em microgravidade comparada a gravidade normal. Porém, em alguns casos,

verificou-se uma menor taxa de crescimento das bactérias cultivadas em microgravidade

comparada com a gravidade normal. Um exemplo é a Streptococcus pyogenes cultivada

sob condições de microgravidade, cresceu menos que o controle (KALPANA; IM; LEE,

2016). Já para a E. coli, a condição de microgravidade levou a uma maior taxa de

proliferação da cultura e microgravidade do que o controle, assim, não mantendo um

padrão de proliferação nestas condições (VUKANTI; MINTZ; LEFF, 2008;

VUKANTI; MODEL; LEFF, 2012).

O comportamento na taxa de crescimento de C. violaceum foi semelhante ao

observado para S. pyogenes (KALPANA; IM; LEE, 2016) e Streptococcus pneumoniae

(ALLEN et al., 2007), onde nas primeiras horas de cultivo ocorreu um padrão de

crescimento semelhante entre à cultura cultivada em condições de MG e GN até os

momentos iniciais da fase exponencial, seguido por uma leve diminuição de

crescimento da cultura em microgravidade, a partir de aproximadamente 6h de cultivo.

4.2. Proteômica

Com a finalidade de observar o perfil de proteínas de C. violaceum em MGS, as

proteínas extraídas nos tempos 5 e 12 horas de crescimento bacteriano e submetidas a

técnica de proteômica shotgum, foram analisadas utilizando ferramentas

computacionais. Os dados observados revelaram um total de 212 proteínas únicas

durante a fase exponencial inicial (5 horas ) e 192 durante a fase exponencial tardia (12

horas), sendo 144 proteínas comuns a ambas as fases, ou seja presentes em MG5 e GN5

(Figura 8).

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Figura 9. Número de proteínas únicas identificadas em cada condição. No diagrama de Venn, proteínas

identificadas apenas durante 5 horas de crescimento (Azul). Proteínas identificadas em 12 horas de

cultivo (amarela). A interseção corresponde a proteínas identificadas em ambas as fases.

Dentre as 212 proteínas identificadas durante o início da fase exponencial, 155

foram identificadas na condição de microgravidade (MG5). 195 na condição de

gravidade normal (GN5). Além disso, foram identificadas 54 proteínas diferencialmente

expressas, das quais, 18 foram upreguladas, 19 downreguladas e 17 exclusivamente

identificadas em MG5 (Figura 9 - Tabela 2).

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Figura 10. Proteínas identificadas pela técnica de proteômica shotgun. Microgravidade (MG), gravidade

normal (GN), proteínas upreguladas (Up), proteínas downreguladas (down) e proteínas exclusivas da

condição de microgravidade.

Durante a fase exponencial tardia (12h) foi identificado um total de 192

proteínas, dentre elas, 165 na condição de gravidade normal (GN12) e 173 na condição

de microgravidade (MG12). Além disso, 67 proteínas foram identificadas

diferencialmente expressas (Tabela 10), das quais, 17 foram upreguladas, 22

downreguladas e 28 exclusivas da condição MG12 (Figura 10).

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Figura 11. Proteínas identificadas pela técnica de shotgun proteômica. Microgravidade (MG), gravidade

normal (GN - controle); proteínas upreguladas (Up), proteínas downreguladas (down) e proteínas

exclusivas da condição de microgravidade.

Entre as proteínas diferencialmente expressas de MG5 e MG12 (Figura 11;

Tabela 1), identificamos seis proteínas presentes em ambas às fases de crescimento.

Destas, três proteínas relacionadas com a biossíntese de proteínas (RpmG, Kbl e RpmB)

foram upreguladas em MG5 e MG12, duas (SdhA e RpmC) relacionadas,

respectivamente, com metabolismo energético e tradução foram downreguladas em

MG5 e MG12 e apenas uma proteína (SucB) participante do ciclo do ácido cítrico foi

identificada upregulada em MG12 e down em MG5.

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Figura 12. Diagrama de Venn de proteínas diferencialmente expressas sob condições de microgravidade

5 e 12 horas.

Tabela 1. Proteínas diferencialmente expressas identificadas em MG5 (up e down) e MG12 (up e down)

quando comparado a GN5 e GN12.

Condições Total Proteínas

MG12_UP

MG5_UP

3 RpmG, Kbl, RpmB

MG12_UP

MG5_Down

1 SucB

MG12_down

MG5_Down

2 SdhA, RpmC

MG5_UP 15 RpmF, GapA, RpsF, MucB, ArcC, RpsS, GntV, Prs, Fpr, AtpG, RpsT, Rho,

RpsK, SuhB, GroES1.

MG5_Down 16 AstD, MreB, FlaD, TpiA, CV_2933, NusA, HtpG, Adk, PotD, RpoA, HpT,

CV_3817, Dps, AtpA, SodB1, AcpP.

MG12_UP 13 ArcB, RpsH, RplR, PflB, CV_4364, RpsU, RpsJ, GlpK, GlyA, DnaK, Tig,

GroES1, SecB.

MG12_down 20 AtpH, Bfr, CV_3961, PetB, CV_2019, Gst2, GtlA, CV_3008, CV_1284,

PhaA, CV_1539, CV_1173, Hfq, KatE, Eno, AruC, CV_0868, Pal,

CV_2258, TyrB2.

A partir das informações geradas através do Software MASCOT 2.2 (Matrix

Science) e processada no Scaffold 4.4.5 foi possível identificar proteínas e suas

alterações de expressão, além de permitir buscas dos processos biológicos que elas

participam (Tabelas 2 e 9). A lista completa de proteínas identificadas durante a fase

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exponencial inicial e tardia pode ser observada no Apêndice A.

Para melhor compreender como C. violaceum responde ao estresse provocado

pela microgravidade, investigamos os processos biológicos os quais estão envolvidas

algumas proteínas diferencialmente expressas em MG5 e MG12 (Tabelas 2 e 10). Além

disso, utilizando a Biologia de Sistema foram construídas e analisadas redes de

interação proteína-proteína no Cytoscape 3.4.0, a partir de dados processados no

STRING (versão10.0). Para esta proposta duas redes de interação foram construídas:

uma rede de interação Proteína-Proteína (MG5), criada a partir de proteínas expressas

em condição de microgravidade por cinco horas de crescimento, e uma segunda rede de

PPI (MG12), criada a partir de proteínas expressas em condição de microgravidade por

doze horas de crescimento, além de suas respectivas sub-redes geradas a partir do

pluggin Mcode presente no Cytoscape.

4.3. Proteínas diferencialmente expressas MG5

As proteínas diferencialmente expressas no proteoma de C. violaceum extraídas

durante a fase exponencial inícial MG5 e a rede de interação proteína total MG5

construída no programa Cytoscape 3.4.0, a partir de dados processados na ferramenta

oline STRING 10.0 podem ser visualizadas na (Figura 12 - Tabela 2). Os processos

biológicos exercidos por grupos de proteínas foram anotados com auxílio das

ferramentas online DAVID (HUANG; SHERMAN; LEMPICKI, 2008), UNIPROT KB

e KEGG2.

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Tabela 2. Lista de proteínas Up e Down reguladas identificadas durante a fase MG5 de C. violaceum

ATCC 12472.

Nome proteína/Função

Processos biológicos UNIPROT *FC ≥2

esposta ao estresse

Fpr – Ferrodoxina - NADP redutase Oxidoredutase Q7NZN6 2,4

GroES1 - Chaperonina Fold de proteínas Q7NQX0 2,6

Metabolismo

GapA-Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase Metabolismo da glicose Q7P0K7 2,6

GntV – Glicoquinase Metabolismo da glicose Q7NTU6 2,7

ArcC - Carbamato quinase Metabolismo da arginina Q7NRK1 7,4

Prs - Ribose-Fosfato pirofosfoquinase Biossíntese de nucleotídeos Q7NQS9 5,4

AtpG** - ATP sintase subunidade gama Transporte/Metabolismo Q7P096 8,3

Regulação

MucB -Regulador negativo da biossíntese de

alginato Processo de regulação Q7NWD0 3,4

SuhB – Inositol, 1- 4 – monofosfato Apoptose e secreção Q7NRY3 2,2

Rho – Fator de terminação da transcrição Regulação da transcrição Q7NXP1 5,5

Ribossomal

RpmF - 50S proteína ribossomalL32 Tradução Q7NSK5 2,9

RpsK - 30S proteína ribossomalS11 Tradução Q7NQH5 3

RpmB - 50S proteína ribossomalL28 Tradução Q7NSH0 3,5

RpmG - 50S proteína ribossomalL33 Tradução Q7NSH1 3,5

RpsT - 30S proteína ribossomalS20 Tradução Q7NRN3 4,7

RpsF** - 30S proteína ribossomalS6 Tradução Q7NRY7 4,7

RpsS - 30S proteína ribossomalS19 Tradução Q7NQF6 2,6

Kbl - 2-amino-3-ketobutyrate CoA ligase Processo biossintético Q7NXH6 4,9

Down reguladas FC ≤ -2.0

Resposta ao estresse

HtpG** - Chaperona heat shock Resposta ao estresse Q7NYF6 -15

SodB1 - Superóxido dismutase Resposta ao estresse oxidativo Q7NV42 -2,5

Dps - Proteína de ligação ao DNA Resposta ao estresse Q7NQ87 -2,3

Ribossomal

RpmC - 50S proteína ribossomalL29 Tradução Q7NQG0 -2,0

Metabolismo

SdhA**- Sucicinil desidrogenase Ciclo do ácido cítrico Q7NZ55 -2,7

TpiA - Triosefosfato isomerase Glicose Metabolismo Q7NZI3 -2,0

CV_3817 - Provável flavoproteína Flavina de ligação a ADP Q7NRG4 -4,0

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transportadora de elétrons - alfa

AtpA - ATP sintase subunidade alfa Atividade celular Q7P097 -2,0

Adk - Adenilato quinase AMP salvage Q7NSS7 -3,0

AstD – Succinil glutamato 5-semialdeído

desidrogenase

Catabolismo de arginina a

succinato Q7NXX7 -3,0

AcpP** - Carreador acil Metabolismo de ácidos graxos Q7NSK9 -2,8

HpT – Hipoxantina fosforibosil transferase Metabolismo de nucleosídeos Q7NR84 -3,0

SucB – Diidrolipolilisina succinil transferase

Acetil-coA Q7NZ50 -2,0

Transportadores

PotD – Transportadora ABC, poliamina Transporte poliamina Q7NQN8 -3,0

Motilidade

FlaD** - Flagelina D Motilidade celular Q7NTP3 -5,4

Transcrição

NusA - Fator de elongação da transcrição Transcrição Q7NY14 -9,0

RpoA - RNA polimerase (subunidade alfa) Transcrição Q7NQH7 -2,2

Outras funções

MreB – Determinante da forma de aste Morfologia celular Q7NPY5 -3,0

CV_2933 - Provável peptídeo sinal Atividade isomerase Q7NTX0 -2,0

* FC - Fold change, ≥ 2 consideradas upreguladas, ≤ -2 consideradas downreguladas.

** Proteínas p <0,005 (teste t).

Na busca pela compreensão das alterações sofridas em C. violaceum sob MGS

também foram investigados os processos biológicos exercidos pelas proteínas

identificadas exclusivamente no proteoma MG5 e MG12 de C. violaceum (Tabelas 3 e

11). Importantes proteínas das via do metabolismo energético, biossíntese de

aminoácidos, síntese de proteínas, regulação de processos, divisão celular e motilidade

foram identificados. Além de proteínas hipotéticas que apresentam domínios com

função predita foram identificadas.

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Tabela 3. Proteínas identificadas exclusivamente em C. violaceum em MG5

Nome proteína/Função Processos biológicos UNIPROT

CV_0018 - Provável biotina carboxilase Atividade carboxilase Q7P243

CV_0175 - Provável citocromo C Carreadora de elétrons Q7P1N8

CV_0868 - Proteína não caracterizada -- Q7NZQ3

CV_1182 - Proteína não caracterizada Hidrolase Q7NYU0

CV_1539 - Provável ABC transportadora Trasporte ABC Q7NXT7

CV_2297 - Lipoproteína Membrana Q7NVP5

CV_2568 - Proteína não caracterizada -- Q7NUX9

CV_3947 - Provável 3-oxoacil-redutase oxidoredutase Q7MBD3

CV_4227 - Proteína não caracterizada -- Q7NQB3

Metabolismo energético

AceF - Acetiltransferase do complexo piruvato

desidrogenase

Processo glicolítico Q7P0N9

Resposta regulatória /Transporte / Divisão celular

CheY3 - regulador quimiotaxis Sistema transdução de sinais Q7NSH8

GuaA - GMP sintase Biossíntese de glutamina Q7NSG1

MinD - Proteína Site-determining Ligação ATP Q7NSP4

MtaD - 5-metil-tioadenosina/S-adenosil-

homocisteína desaminase

Ligação a ATP Q7NZ90

PotA - Spermidina/putrescina Transportadora Q7NQN5

PotA –Spermidina/putrescina Transportadora Q7NYE1

RhlE1 - RNA helicase Ligação a ácido nucléico Q7NU11

RhlE3 - RNA helicase Ligação a ácido nucléico Q7P131

Na construção da rede inicial MG5 (Figura 12) foram empregadas 210 proteínas

bacterianas (Nodes) e 5310 interações (edges). A partir desta, utilizou-se a ferramenta

online DAVID (HUANG; SHERMAN; LEMPICKI, 2008) para formar as sub-redes de

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acordo com grupos de proteínas que desempenham funções correlacionadas. A análise

de todas as sub-redes (clusters) da rede PPI – MG5 revelaram alguns processos

biológicos identificados em C. violaceum como, por exemplo: biossíntese de proteína,

regulação da transcrição, fatores de transcrição e tradução, resposta ao estresse,

biossíntese de ATP e ligação ao DNA (Tabela 4).

Figura 13. Rede de interação proteína-proteína total MG5.

Upreguladas

Down reguladas

Exclusivas MG

Sem diferença de expressão

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Tabela 4. Classes de ontologia gênica específica derivada de C. violaceum MG5.

Nós Edges *Processo Biológico Proteínas 38 609 Síntese de proteínas e regulação da

expressão RpsO RpsF RpsR RplT RpsA RplI RplY RpsT NusA

Hfq Rho RplJ RpsH RplD RpsG RplP RplA RpsC

RplR RpsQ RpsK RpsS RpsE RplW RplV RplC

RplB RplF RpsM RplE RplK RpsN RplN RplX RpsD

RpsL RplO RplU 16 29 Resposta ao estresse e biossíntese de

ATP Rho HptG GroEL2 DnaK SecA PotA PrsA SucC

RhlE1 MinD AtpA Ndk AtpD Adk MetK GuaA 10 16 Proteínas do metabolismo energético,

de membrana e transporte SdhA Pal RmpM HcnC PotA SecA AtpA AtpD AtpG

AtpH 7 14 Fatores de transcrição e tradução Efp InfB NusA FusA Tuf1 Tsf Frr 5 3 Ligação ao DNA RpoA RpoB RpoC HupB1 CV_1363 *Processo(s) biológico(s) selecionados na rede de interação para análise funcional do cluster.

Em MG5, o aumento significativo da expressão de proteínas como GntV, Prs, e

ArcC sugere uma modulação no metabolismo energético durante o início da fase

exponencial da C. violaceum. Em nossos dados de proteômica, a proteína carbamato

quinase - ArcC (Fold change 7,4), uma proteína que é relatada ser upregulada em

condições anaeróbicas participa das vias relacionadas com o metabolismo do nitrogênio,

do carbono, e dos aminoácidos (alanina, aspartato, glutamina, arginina e prolina), além

de atuar na síntese de ATP a partir de fosfato de carbomoílo e ADP por meio da via

anaeróbica em uma das últimas fases da degradação da arginina (GRISWOLD;

JAMESON-LEE; BURNE, 2006; MARINA et al., 1998). Isto ocorre especialmente em

condições limitantes de oxigênio, onde a arginina pode ser hidrolisada para fins de

produção de energia (Figura 13), em função da carência de carbono e de outras fontes

energéticas (CUNIN et al., 1986; SCHULZ et al., 2014).

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53

Figura 14. Papel da ArcC na síntese de ATP na da via de fermentação da arginina. Adaptado de Christian

Schulz et al. (2014);

Estudo realizado por WANG; SAN; BENNETT (2013), revelou o papel de

GapA sob condições aeróbicas ou anaeróbicas na via glicolítica, produzindo piruvato a

partir do metabolismo da glicose, especificamente convertendo o gliceraldeído 3-fosfato

a 3-fosfoglicerato em uma reação em que o co-fator NAD+ é reduzido a NADH. Este

mesmo estudo também revelou o aumento da expressão de GapA em condições

anaeróbicas gerando grande quantidade lactato, acetato, etanol ou ácido propanoico,

produtos gerados a partir do poder redutor de NADPH. Portanto, uma importante fonte

de produção desses compostos (lactato, acetato, etanol ou ácido propanoico) originados

a partir da reação catalisada por GapA pode ser adquirida e explorada pelo campo

industrial por meio do cultivo da C. violaceum em condições de MGS.

A suposição da mudança torna-se mais evidente pela identifição de proteínas

downreguladas envolvidas no metabolismo energético, SdhA, TpiA, AtpA, SucB, HpT,

Adk, AstD, AcpP, levando, possivelmente, à diminuição de processos como a produção

de energia via fosforilação oxidativa, principalmente, pela down regulação da AtpA

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54

subunidade da ATP síntase que atua no transporte de H+ através da membrana para

formar ATP em um gradiente eletroquímico (HU; XIA, 2016), provavelmente, levando

a um decrécimo na produção de energia e, consequentemente, na síntese de proteínas e

na divisão celular, provocando uma diminuição no metabolismo de C. violaceum.

Na análise realizada através das sub-rede geradas no cytoscape identificamos

dois grupo de proteínas MG5 que revela a interação de AtpA downregulada com outras

proteínas que participam da biossíntese de ATP, bem como de outros processos como

transporte e resposta ao estresse (Clusteres I e II; Figura 14 e 15)

Figura 15. Cluster I MG5 com principais proteínas envolvidas com processo de biossíntese de ATP e

resposta ao estresse.

Upreguladas

Down reguladas

Exclusivas MG

Sem diferença de expressão

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55

O grupo I (cluster I) de proteínas visualizadas através do software Cytoscape

3.4.0 contém 16 nodes com 29 interações entre eles (Figura 14). De acordo com

informações obtidas no DAVID estas proteínas participam de processos biológicos

relacionados a resposta ao estresse (DnaK, GroEL2, Rho HptG), transporte (secA e

potA) e síntese de moléculas energéticas (AtpA, AtpD, Ndk, Adk, GuaA) (Tabela 5).

Tabela 5. Identificação de proteínas preferencialmente expressa no proteoma de C. violaceum MG5

e seus respectivos processos biológicos.

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NXP1 Fator Rho Regulação da transcrição rho CV_1585

Q7NYF6 Chaperona Resposta ao estresse hptG CV_1318

Q7NQX1 60 kDa Chaperonina 2 Resposta ao estresse groEL2 CV_4014

Q7NXI3 Chaperona DnaK Resposta ao estresse dnaK CV_1643

Q7NQ59 Translocase subunidade SecA Transporte Proteína secA CV_4281

Q7NQN5 Importação spermidina/putrecina Transporte potA CV_4102

Q7NQS9 Ribose-Fosfato pirofosfoquinase Biossíntese de nucleotídeo prsA CV_4058

Q7NZ47 Succinato-CoA ligase subunidade beta Ciclo do ácido cítrico sucC CV_1075

Q7NU11 ATP-dependent RNA helicase Atividade helicase rhlE1 CV_2892

Q7NSP4 Proteína sítio-determinate. Ligação a ATP minD CV_3376

Q7P097 ATP sintase subunidade alpha Síntese de ATP atpA CV_0670

Q7NS84 Nucleosídeo difosfato quinase Biossíntese de GTP ndk CV_3542

Q7P095 ATP sintase subunidade beta Síntese de ATP atpD CV_0672

Q7NSS7 Adenilato quinase (AK) AMP salvage adk CV_3343

Q7NZF9 S-adenosilmetionina sintase Metabolismo one-carbono metK CV_0963

Q7NSG1 GMP sintase [glutamine-hydrolyzing] Biossíntese de GMP guaA CV_3465

No cluster II compostos de 10 nodes e 16 edges destacam-se proteínas que

participam da produção de energia: AtpG, AtpD, AtpH, AtpA e SdhA; de transporte:

PotA e SecA: e proteínas que atuam em regiões da membrana, como Pal, RmpM e hccC

(Figura 15; Tabela 6).

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56

Figura 16. Cluster II MG5 com proteínas envolvidas na biossíntese de ATP e no transporte.

Tabela 6. Processo biológico de proteínas envolvidas no metabolismo energético, no transporte e

membrana identificados no proteoma de C. violaceum MG5.

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NZ55 Succinato desidrogenase Ciclo de Krebs sdhA CV_1067

Q7P1V2 Lipoproteína associado a peptidoglicano Membrana externa pal CV_0110

Q7NS55 Proteína de membrana externa Membrana externa rmpM CV_3571

Q7NXE5 Hidrogênio cianeto sintase HcnC Membrana externa hcnC CV_1682

Q7NQN5 Transporte Spermidina/putrescina Transporte potA CV_4102

Q7NQ59 Proteína translocase subunidade SecA Transporte secA CV_4281

Q7P097 Subunidade alfa da ATP sintase Síntese de ATP atpA CV_0670

Q7P095 ATP sintase subunidade beta Síntese de ATP atpD CV_0672

Q7P096 ATP sintase gama Síntese de ATP atpG CV_0671

Q7P098 ATP sintase subunidade delta Síntese de ATP atpH CV_0669

Em condições de microgravidade simulada a C. violaceum parece sofrer uma

diminuição na produção de energia na via aeróbica. Pois, observa-se no cluster I MG5

(Figura 14) diversas proteínas como a AtpA, AtpD, Ndk, Adk e GuaA relacionadas com

a síntese de moléculas energéticas ATP, ADP ou AMP. A down regulação da AtpA (FC

Upreguladas

Down reguladas

Exclusivas MG

Sem diferença de

expressão

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57

-2,0) que compõe uma das subunidades da proeína mutimérica ATP sintase (cluster

MG5 I e II) pode ser analisada como uma forte evidência que sugere este decréscimo. A

atividade ATP síntase gera um gradiente de prótons através da membrana que tem como

objetivo principal sintetizar ATP na cadeia transportadora de elétrons (CTE) na via

aeróbica (KANAZAWA; FUTAI, 1982; OUYANG et al., 2016). Com a down

regulação desta proteína em MG5 pode-se supor um cenário em que a produção de ATP

por meio desta via está sendo atenuada.

Outras proteínas identificadas downreguladas identificadas no proteoma de C.

violaceum em condições de MGS são os peptídeos SucB (FC-2,0) e a SdhA (-2,7),

ambas tem importante papel no ciclo do ácido cítrico. A primeira participa em uma das

etapas da conversão do oxoglutarato a succinato, já a segunda (identificada no cluster II)

age na conversão do succinato a fumarato (MCNEIL et al., 2014). O objetivo desssa via

é a produção dos aceptores de elétrons NADH e FADH para a produção de ATP na

cadeia transportadora de elétrons (GILMORE et al., 2003; SPENCER et al., 1984), e a

identificação da SucB e SdhA downregulada é mais um indício de atenuação da

utilização da via aeróbica para a produção de energia.

Além disso, dentre as 16 proteínas presentes no cluster I MG5 (Figura 14), 04

estão envolvidas em processos de resposta ao estresse (DnaK, GroL2, Rho e HptG). A

DnaK age em vários processos celulares como translocação, agregação e desagregação

de complexos oligoméricos, mas seu papel central é exercido durante síntese de novas

proteínas, especialmente, sob condições de estresse. Dessa forma, a DnaK com a

cooperação direta da GroL2 e outras proteínas, assistem a síntese e o enovelamento das

novas proteínas em um ciclo dependente de ATP, prevenindo o êxodo de proteínas mal

formadas e a desestabilização da homeostase celular (CALLONI et al., 2012).

Assim como HptG (Hsp90) também previne a síntese de proteínas defeituosas

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58

pela mediação com o complexo proteossoma, levando a degradação proteica (ROLAND

et al., 2015; VUKANTI; MINTZ; LEFF, 2008), atua na formação de biofilme,

importante em processo de agregação e sobrevivência celular e auxilia na síntese e na

secreção de enzimas, principalmente, na proliferação bacteriana podendo resultar em

muitos defeitos na célula procariótica (GRUDNIAK et al., 2013). A down regulação

desta proteína indica diminuição destes processos por ela realizada, o que pode

desencadear uma desregulação da homeostase celular gerando um ambiente

desordenado para a célula, que pode resultar na modulação de processos importantes

como a produção de energia, síntese de biomoléculas e divisões celulares.

Quanto a identificação da proteína Rho upregulada (FC 5.5) reportada

desempenhar importante papel regulador negativo e/ou positivo de processos

transcricionais (QAYYUM; DEY; SEN, 2016), pode significar processos que levam à

degradação de RNAs, como a inibição de síntese de RNAm (LEELA et al., 2013;

VALABHOJU; AGRAWAL; SEN, 2016), o que pode limitar a síntese de novas

estruturas e frear a divisão celular. A diminuição no metabolismo em C. violaceum

submetida à gravidade reduzida simulada, parece ser cada vez mais evidente em C.

violaceum quando submetida a condições de microgravidade simulada. Mais uma

evidência deste fato é verificada através do aumento na expressão da proteína GroES1

(FC 2.6), uma chaperonina de 10kD que em condições normais auxilía no enovelamento

e na agregação de proteínas. No entanto, em condições de estresse ela interage com a

DnaK, Hfq, Pap ou Ppk para agir em processos de degradação de RNA e de proteínas

(MUNCHBACH et al., 1999). Portanto, Estas proteínas atuantes no enovelamento de

proteínas, regulação de RNAs e resposta ao estresse podem agir em conjunto em

processos de controle de qualidade, principalmente, pela degradação de RNAm em

condições ambientais desfavoráveis devido a algum estresse sofrido, que pode levar a

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diminuição do metabolismo celular e da biossíntese de novas proteínas.

Quanto às exclusivas de MG5 (Tabela 3) identificadas no cluster I têm-se cinco

proteínas que atuam em processos da divisão celular (GuaA, MinD, RhlE1 RhlE3 e

PotA). As enzimas RhlE são RNA helicases membros da família DEAD-box, uma

classe de proteínas umbiquoas que atuam no relaxamento de RNAs, no controle do

aacumulo de RNA ribossômico (RNAr) imaturo e auxiliando no dobramento de RNAs

que compõe a estrutura do ribossomo agindo como um fator de montagem do ribossomo

(JAIN, 2008).

A GMP sintase (GuaA) é uma enzima que participa de uma das etapas da via

que converte hipoxantina à purina GMP que é utilizado na síntese de DNA ou RNA

(LAWRENCE et al., 2009). Processo importante para a replicação do DNA durante

processo de divisão celular. E MinD é um membro da família de proteína Min (MinB,

MinA, MinC) juntamente com outras proteína como a FtsZ e DivIVA atuam em

conjunto no controle do processo de divisão celular. A MinD tem participação

fundamental na determinação do local de formação do septo (COLLETTI et al., 2000;

POMERANTSEV et al., 2014).

A espermidina putrecina (PotA) são poliaminas amplamente distribuídas entre

plantas e bactérias. Importante fator de crescimento estabiliza os ácidos nucleicos e

promovem a síntese de proteínas, atuando diretamente na proliferação celular. Sua

concentração é significativamente aumentada em células durante a fase exponencial

bem como em células tumorais. Esta proteína também está envolvida na produção de

biofilme e na sinalização célula-célula em bactérias (KURIHARA et al., 2011; PATEL

et al., 2006; TERUI et al., 2005).

Dentre as proteínas exclusivas da condição MG5 foi identificada a proteína

Acetiltransferase (AceF) relacionada com o metabolismo energético (não presente nos

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60

clusters). A AceF componente do complexo piruvato desidrogenase é uma proteína

multifuncional que apresenta três domínios, um de ligação a biotina na região N-

terminal, seguido deum domínio Dbhc que atua na ligação entre as enzimas do

complexo (E1 e E3) e o terceiro domínio localizado na região C-terminal é o centro da

atividade catalítica onde promove a reação que sintetiza o acetil-coA (WANG et al.,

2014).

Outra evidência na diminuição de processos celulares pode ser entendida pela

downregulação da proteína RpoA (FC -2,2) que compõe a subunidade alfa da RNA

polimerase com importante papel na formação do complexo multienzimático da

holoenzima (KIM; HAM; LEE, 2012). Um grupo de cinco proteínas relacionadas com a

regulação da transcrição e ligação ao DNA foi identificado no proteoma de C.

violaceum RpoA, RpoB, RpoC, HupB1 e CV1363 (Figura 16; Tabela 7). A

downregulação da RpoA significa uma redução na formação de holoenzimas, o que

sugere uma diminuição no processo transcricional, consequentemente, menor processo

de síntese de proteínas.

Figura 17. Cluster III MG5 com proteínas de ligação ao DNA envolvidas, principalmente na transcrição.

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Tabela 7. Grupo de proteínas com papel de ligação ao DNA identificadas no proteomas de C. violaceum

MG5

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NYB1 Proteína ação-trans regulação HvrA Transcrição, DNA-template CV_1363

Q7NQH7 RNA polimerase subunidade alpha Transcrição, DNA-template rpoA CV_4160

Q7NQE6 RNA polimerase subunidade beta Transcrição, DNA-template rpoB CV_4193

Q7NQE7 RNA polimerase subunidade beta Transcrição, DNA-template rpoC CV_4192

Q7NUZ3 Ligação ao DNA, proteína hu-beta Condensação do cromossomo hupB1 CV_2554

Além da identificação de proteínas diferencialmente expressas relacionada ao

metabolismo energético anaeróbico/aeróbico e envolvidas na regulação da síntese de

proteínas, também foram identificadas 35 proteínas ribossomais presentes na rede de

interação proteína-proteína de C. violaceum em MG5, além de três proteínas com papel

no processo de transcrição/tradução (NusA, Rho e Hfq). A sub-rede (cluster IV) obtida

através do Cytoscape permitiu visualizar a rede de interação entre estas proteínas

(Figura 17). De acordo com os dados obtidos no DAVID, os principais processos

ocorrentes neste cluster são: expressão de genes e regulação da transcrição/tradução

(Tabela 8).

Figura 18. Cluster IV MG5 com principais proteínas envolvidas na regulação e expressão de genes.

Upreguladas

Down reguladas

Sem diferença de

expressão

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62

Tabela 8. Grupo de proteínas com envolvidas na biossíntese de proteínas no proteomas de C. violaceum

MG5

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NQG4 50S proteína ribossomalL5 Tradução rplE CV_4174

Q7NQH4 30S proteína ribossomalS13 Tradução rpsM CV_4163

Q7NQH1 50S proteína ribossomalL15 Tradução rplO CV_4167

Q7NY11 30S proteína ribossomalS15 Tradução rpsO CV_1465

Q7NQG7 50S proteína ribossomalL6 Tradução rplF CV_4171

Q7NQF5 50S proteína ribossomalL2 Tradução rplB CV_4183

Q7NS93 RNA-binding Proteína Hfq Regulação da transcrição hfq

Q7NQE8 30S proteína ribossomalS12 Tradução rpsL CV_4191

Q7NQF2 50S proteína ribossomalL3 Tradução rplC CV_4186

Q7NQT0 50S proteína ribossomalL25 Tradução rplY CV_4057

Q7NQF7 50S proteína ribossomalL22 Tradução rplV CV_4181

Q7NQF4 50S proteína ribossomalL23 Tradução rplW CV_4184

Q7NRY9 30S proteína ribossomalS18 Tradução rpsR CV_3638

Q7NRY7 30S proteína ribossomalS6 Tradução rpsF CV_3640

Q7NQG9 30S proteína ribossomalS5 Tradução rpsE CV_4169

Q7NQF6 30S proteína ribossomalS19 Tradução rpsS CV_4182

Q7NZS3 50S proteína ribossomalL21 Tradução rplU CV_0848

Q7NQH5 30S proteína ribossomalS11 Tradução rpsK CV_4162

Q7NQG1 30S proteína ribossomalS17 Tradução rpsQ CV_4177

Q7NQG8 50S proteína ribossomalL18 Tradução rplR CV_4170

Q7NQF8 30S proteína ribossomalS3 Tradução rpsC CV_4180

Q7NQE3 50S proteína ribossomalL1 Tradução rplA CV_4196

Q7NQH6 30S proteína ribossomalS4 Tradução rpsD CV_4161

Q7NQF9 50S proteína ribossomalL16 Tradução rplP CV_4179

Q7NQE9 30S proteína ribossomalS7 Tradução rpsG CV_4190

Q7NRN3 30S proteína ribossomalS20 Tradução rpsT CV_3747

Q7NRZ0 50S proteína ribossomalL9 Tradução rplI CV_3637

Q7NQF3 50S proteína ribossomalL4 Tradução rplD CV_4185

Q7NQG3 50S proteína ribossomalL24 Tradução rplX CV_4175

Q7NXP1 Transcrição Fator de terminação Rho Regulação da transcrição rho CV_1585

Q7NQG6 30S proteína ribossomalS8 Tradução rpsH CV_4172

Q7NYC3 50S proteína ribossomalL20 Tradução rplT CV_1351

Q7NS93 RNA-binding Proteína Hfq Regulação hfq CV_3533

Q7NQE4 50S proteína ribossomalL10 Tradução rplJ CV_4195

Q7NY14 Regulação da transcrição Regulação da transcrição nusA CV_1461

Q7NTK8 30S proteína ribossomalS1 Tradução rpsA CV_3046

Q7NQG2 50S proteína ribossomalL14 Tradução rplN CV_4176

Q7NQG5 30S proteína ribossomalS14 Tradução rpsN CV_4173

P60100 50S proteína ribossomalL11 Tradução rplK CV_4197

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Neste grupo de proteínas verifica-se a interação das proteínas Hfq, Rho, NusA

com diversas proteínas ribossomais (Figura 17), evidenciando o envolvimento destes

polipeptídios na síntese de novas proteínas e em papel regulatório, principalmente por

meio da regulação dos RNAs.

O importante fator de elongação da transcrição NusA (QAYYUM; DEY; SEN,

2016) foi identificado em níveis muito baixos (FC -9,0), o que evidência a diminuição

na produção de RNAs e, consequentemente, na biossíntese de novas proteínas. É

comum que durante a fase exponencial inicial em condições normais ocorra aumento

nos processos metabólicos celulares, bem como na expressão de genes produzindo

RNAs e proteínas. Este aumento ocorre principalmente em função da fase de

crescimento bacteriano onde há a necessidade de energia para a síntese de novas

estruturas celulares necessárias para a duplicação celular. No entanto, a injuria causada

pela MGS pode resultar em proteínas defeituosas levando a um desequilíbrio da

homeostase celular, desencadeando na degradação de RNAm e proteínas, reduzindo

estes processos biossíntéticos (GARDNER, 2010). A proteína NusA também interage

com outros fatores de transcrição/tradução visualizado no cluster V com um total de 07

nodes e 14 interações entre elas (Figura18).

A partir da análise da rede de interação e dos dados obtidos pelo DAVID,

observou-se neste grupo proteínas que atuam nos seguintes processos biológicos:

fatores de elongação (Efp, Tsf, Tuf1, NusA e FusA), fator de liberação do ribossomo

(Frr) e fator de iniciação (InfB).

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Figura 19. Cluster V MG5 com proteínas envolvidas na regulação da transcrição e tradução.

As proteínas presentes neste cluster atuam, principalmente, no controle da

síntese de transcritos e de proteínas (Tabela 9). A presença de proteínas reguladoras

neste cluster revela a importância do processo de regulação da síntese de novos

transcritos e de proteínas para a sobrevivência celular. A NusA é uma proteína essencial

que se liga a RNA polimerase e a seus RNAs nascentes induzindo a pausa e facilitando

na terminação da transcrição (QAYYUM; DEY; SEN, 2016). A downregulação desta

proteína permite inferir a diminuição de processo de transcrição e, consequentemente,

da biossíntese de proteínas.

Tabela 9. Proteínas identificadas no proteomas de C. violaceum MG5 que participam do controle

transcricional e da tradução

Down reguladas

Sem diferença de

expressão

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65

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NY96 Fator de elongação P (EF-P) Biossíntese de proteínas efp CV_1378

Q7NY13 Fator de iniciação da tradução IF-2 Biossíntese de proteínas infB CV_1462

Q7NY14 Transcrição termination/antitermination Biossíntese de proteínas nusA CV_1461

Q7NQF0 Fator de elongação G (EF-G) Biossíntese de proteínas fusA CV_4189

Q7M7F1 Fator de elongação Tu (EF-Tu) Biossíntese de proteínas tuf1 CV_4188

Q7NVZ3 Fator de elongação Ts (EF-Ts) Biossíntese de proteínas tsf CV_2197

Q7NVZ1 Fator de reciclagem do ribossomo Biossíntese de proteínas frr CV_2199

Portanto, durante a fase exponencial inicial MG5 (5h de crescimento em

microgravidade) parece si iniciar um processo de modulação no metabolismo energético

e na biossíntese de proteínas, desencadeando na diminuição da proliferação celular em

C. violaceum. Isto ocorre provavelmente devido a alterações sofridas nos níveis de

expressão de proteínas relacionadas com metabolismo energético que podem levar a

inibição da via de respiração aeróbica e intensificar a via anaeróbica. Nestas condições

de crescimento os processos de biossíntese de proteínas também parecem ser alterados

devido a alterações sofridas em proteínas reguladoras da transcrição/tradução, como é o

caso dos fatores de transcrição e tradução e das chaperonas que participam do complexo

RNA degradossoma.

4.4. Proteínas hipotéticas exclusivas MG5:

O estresse provocado pela microgravidade em C. violaceum promoveu a

expressão diferenciada de muitas proteínas e algumas são consideradas hipotéticas por

ainda não ter a sua função caracterizada. Assim, identificamos as proteínas hipotéticas e

investigamos se entre elas existem algumas com domínio conservado com função

conhecida em outars espécies e facilite estudos posteriores na caracterização de suas

respectivas funções. As proteínas hipotéticas identificadas sem nenhum domínio

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conhecido pode vir a ser alvo de estudo para elucidação de sua função. E assim MGS

pode ser uma estratégia que possibilite a identificação de novos genes. Portanto nove

proteínas hipotéticas foram identificadas (Tabela 3), das quais seis possuem domínio

com função predita, são elas:

CV_0018

A sequência de aminoácidos que compõe a proteína hipotética CV_0018

apresenta homologia para a carbamoil fosfato sintase (Figura 19) em Amycolatopsis

australiensis com 62% de identidade, Streptomyces wuyuanensis 61%, Kitasatospora

mediocidica 60% e Catenulispora acidiphil 59% (Tabela 27; Apêndice C). A carbamoil

fosfato sintase catalisa a síntese de carbamoil fosfato a partir de glutamina, amônia ou

glutamato. É uma enzima importante para iniciar o ciclo da uréia ou para a biossíntese

de arginina (SIMMER et al., 1990; WALDROP; RAYMENT; HOLDEN, 1994). De

acordo com a análise realizada no Pfam a CV_0018 possui quatro domínios

conservados: dois para biotina carboxilase nas regiões N-terminal (1 – 110) e C-

terminal (336 – 440), um para biotina lipoil (582 – 647) e um para carbomil fosfato

sintase (115 – 322).

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Figura 20. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_0018 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

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CV_0175

A proteína hipotética CV_0175 foi identificada conservada entre diferentes

gêneros com identidade de 98% para a proteína citocromo c oxidase de

Pseudogulbenkiania ferrooxidans, 93% Xenophilus sp. AP218F, 78 Vogesella sp, 77%

Crenobacter luteus e 72% para Aquitela madnusoni (Figura 20; Tabela 28 – Apendice

C).

Figura 21. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_0175 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

A busca por domínios conservados realizada através da ferramenta online Pfam

confirma a homologia para a proteína citocromo c oxidase revelando um domínio

(alinhamento 19 – 97) que atua no carreamento de elétrons na CTE (THOMPSON et al.,

2012).

CV_2297

A proteína hipotética CV_2297 identificada exclusivamente no proteoma C.

violaceum em MG5 é homologa à proteína de membrana (lipoproteína) conservada em

diferentes gêneros, por exemplo, Pseudogulbenkiania ferrooxidans 96% de identidade,

Aquitalea magnusonii 86%, Paludibacterium yongneupens e Neisseria zoodegmati 74%

e Brachymonas denitrificans com 71% de identidade (figura 21), com domínio

conservado para a lipoproteína 9 (Tabela 29 – Apêndice C).

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Figura 22. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2297 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

CV_1182

A CV_1182 é predita como uma proteína membro da família imine desaminase

que atua na hidrolise de intermediários reativos liberados por enzimas como treonina

desidrogenase (LAMBRECHT; FLYNN; DOWNS, 2012) e que inibe a iniciação da

síntese de proteínas pela clivagem de RNAm por meio de um de seus três domínios

conservados com atividade endorribonuclease (MORISHITA et al., 1999; OKA et al.,

1995).

A busca por sequências homólogas revelou homologia para a ribonuclease

presente em Pseudogulbenkiania ferrooxidans 87% de identidade, Chromobacterium

vaccinii com 86%, Sporosarcina sp. 78%, Bacillus praedii e Desulfosporosinus

youngiae com 77% de identidade (Figura 22; Tabela 30 – Apêndice C).

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Figura 23. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1182 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

A CV_3947 codifica uma putativa 3-oxoacyl-[ACP] reductase que tem

importante papel na formação, modificação e locação do flagelo no envelope celular e

essencial na motilidade celular como demonstrado em Azospirillum brasilense Sp245

(FILIP’ECHEVA et al., 2017). Sequências homólogas à CV3947 foram encontradas

com 51% de identidade em Anoxybacillus tepidamans, Bacillus clausii, Mitsuokella

multacida, Parageobacillus thermantarcticus e Anoxybacillus amylolyticus (Figura 23;

(Tabela 31 – Apêndice C).

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71

Figura 24. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3947 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

CV_1539

A proteína hipotética CV_1539 localizada na região de membrana possui um

domínio conservado que se liga a leucina, isoleucina ou valina, atuando como receptor

primário no transporte destes aminoácidos (MAGNUSSON et al., 2004).

A sequência de aminoácido da CV_1539 é homóloga às proteínas transporte de

aminoácidos do sistema ABC presente em Pseudogulbenkiania ferrooxidans 97% de

identidade, Xenophilus sp. 89%, Aquitalea pelogenes 85%, Vogesella sp. 83% e

Gulbenkiania indica com 80% de identidade (Figura 24; Tabela 32 – Apêndice C).

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72

Figura 25. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1539 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros.

4.5. Proteínas diferencialmente expressas MG12

As proteínas diferencialmente expressas no proteoma de C. violaceum extraídas

durante a fase exponencial tardia MG12 e a rede de interação proteína total MG12

construída no programa Cytoscape 3.4.0, a partir de dados processados na ferramenta

oline STRING 10.0 podem ser observadas, respectivamente, na Tabela 10 e Figura 25.

Os processos biológicos exercidos por grupos de proteínas foram obtidos com auxilio

das ferramentas online DAVID (HUANG; SHERMAN; LEMPICKI, 2008), UNIPROT

KB e KEGG2.

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73

Tabela 10. Lista de proteínas Up e Down reguladas identificadas durante a fase MG12 de C. violaceum

ATCC 12472.

Nome proteína/Função Processos biológicos UNIPROT *FC ≥2

Upreguladas

Resposta ao estresse

GroES1** - 10 kDa chaperonina Resposta ao estresse Q7NQX0 4,8

Tig** - Trigger factor Resposta ao estresse Q7NUY8 7,8

SecB** - Protein exportação Resposta ao estresse Q7NYZ5 4,1

DnaK - Chaperona (HSP70) Resposta ao estresse Q7NXI3 2,3

Ribossomais

RpsJ - 30S proteína ribossomal S10 Tradução Q7NQF1 2,5

RpsU - 30S Proteína ribossomal S21 Tradução Q7NRL5 2,6

RplR** - 50S Proteína ribossomal L18 Tradução Q7NQG8 2,1

RpsH - 30S Proteína ribossomal S8 Tradução Q7NQG6 2,1

RpmB - 50S Proteína ribossomal L28 Tradução Q7NSH0 4,3

RpmG - 50S Proteína ribossomal L33 Tradução Q7NSH1 4,5

Metabolismo

SucB - Diidrolipolina succiniltransferase Metabolismo Acetil-CoA Q7NZ50 2,1

GlyA** - Serina hidroximetiltransferase Processo metabólico Q7NYI8 2,8

GlpK - Glicerol quinase Metabolismo do glicerol Q7P1G2 3,7

PflB - Formato acetiltransferase-C Metabolismo do piruvato Q7NY63 6,8

Kbl - -3-cetobutirato coenzima A ligase Glicina acetiltransferase Q7NXH6 2,3

CV_4364 - Proteína não caracterizada Proteína de ligação a metal Q7NPX8 2,4

ArcB - Catabolismo Ornitina Fermentação da arginina Q7NRK0 2,0

Downreguladas

Resposta ao estresse

katE - Catalase Atividade peroxidase Q7NS77 -2,5

Bfr - Bacterioferritina Ion – homeostase celular Q7NSM2 -2,0

Metabolismo energético

SdhA - Succinato desidrogenase Metabolismo Acetil-CoA Q7NZ55 -5,5

Eno - Enolase Glicólises /Gliconeogênese Q7NSG7 -2,0

PhaA - Acetil-CoA acetiltransferase Metabolismo dos ácidos graxos Q9ZHI1 -2,8

argD** - Acetilornitina aminotransferase Metabolismo Coenzima Q7NXY0 -2,8

gtlA - Citrato sintase Metabolismo do Acetil-CoA Q7NZ52** -2,7

PetB - Citocromo b Fosforilação oxidativa Q7NQX8 -2,6

AtpH - ATP sintase subunidade delta F1 Fosforilação oxidativa Q7P098 -2,5

TyrB2 – Transaminase aminoácido aromático Atividade transaminase Q7P182 -2,1

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Gst2 - Glutationa S-transferase Transferase glutationa Q7P1C4 -2,4

Regulação

Hfq - RNA-binding proteína Hfq Regulação da transcrição Q7NS93 -2,4

Estrtura

Pal - Peptidoglicano-associado a lipoproteína Envelope celular Q7P1V2 -2,2

Tradução

RpmC - 50S Proteína ribossomal L29 Tradução Q7NQG0 -2,0

Proteínas hipotéticas

CV_1539 - Provável transportadora ABC Transportador de AA Q7NXT7 -7,1

CV_1284** - Provável hidrolase Isocorismatase-like Q7NYJ0 -2,8

CV_2258** - Provável desidrogenase Redução/Oxidação Q7NVT4 -19

CV_0868** - Proteína não caracterizada -- Q7NZQ3 -3,5

CV_1173 - Provável citocromo-c oxidase Redução/Oxidação Q7NYU9 -2,9

CV_3961** - Proteína UPF0264 - Q7NR24 -2,0

CV_3008 - Proteína não caracterizada Regulação da transcrição Q7NTP6 -2,1

CV_2019** - Provável aldeído desidrogenase Redução/Oxidação Q7NWH0 -2,0

* FC - Fold change, ≥ 2 consideradas upreguladas, ≤ -2 consideradas downreguladas.

** Proteínas p <0,005 (teste t)

4.6. Proteínas exclusivas de C. violaceum: MG12

Além das proteínas diferencialmente expressas também foram identificadas

proteínas exclusivas no proteoma de C. violaceum MG12. Verificou-se o papel

biológico destas proteínas em processos biológicos como: biossíntese de proteínas,

metabolismo energético, biossíntese de aminoácidos e nucleotídeos, processos

regulatórios, processos catalíticos e motilidade celular. Além dessas, proteínas também

foram identificadas proteínas hipotéticas, cujas sequências foram analisadas na busca

por domínios com função conhecida (Tabela 11).

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Tabela 11. Proteínas identificadas exclusivamente em C. violaceum em MG12

Nome proteína/Função Processo biológico UNIPROT

Biossíntese de proteínas

Tsf – Fator de elongação Ts Biossíntese de proteínas Q7NVZ3

Efp - Fator de elongação P Biossíntese de proteínas Q7NY96

RpsO – 30S proteína ribosomal S15 Biossíntese de proteínas Q7NY11

Metabolismo energético

ppsA – Fosfoenolpiruvato sintase Metabolismo do piruvato Q7NRS1

GapA – gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase Metabolismo da glicose Q7P0K7

AtpG – ATP sintase gama Síntese de ATP Q7P096

ArcC – Carbamato quinase Metabolismo da arginina Q7NRK1

FadB - 3-Hidroxi-acil-CoA desidrogenase Beta oxidação dos ácidos graxos Q7NUH8

Processos biossintéticos

AcsA – Acetil-coenzima A Biossíntese de Acetil-CoA (acetato) Q7NSY7

PurA2 – Adenil succinato sintase Biossíntese de purina Q7NS98

TyrB - aminotransferase Metabolismo de aminoácidos Q7NVG1

DeoA – Timidina fosforilase Metabolismo de pirimidina Q7NRT0

HmgA - homogentisate oxidase Metabolismo da tirosina Q7NZF2

PurL – Fosforribosil formil-glicinamida

sintase

Metabolismo da glutamina Q7NWE6

TrpB – Triptofano sintase (beta) Biossíntese de triptofano Q7NUD8

Adk – Adenilato quinase Biossíntese de AMP Q7NSS7

Prs – Pirofofosquinase ribose fosfato Biossíntese de nucleotídeo Q7NQS9

IlvI - Acetolactato sintase Biossíntese de valina/isoleucina Q7P0I1

Processo regulatório

Rho – Fator de terminação da transcrição Regulação da transcrição Q7NXP1

Motilidade

FlaD – Flagelina Motilidade celular Q7NTP3

Processo catalítico

CV_2932 – Peptidil prolil isomerase Isomerase Q7NTX1

SlyD - Peptidil prolil isomerase cis trans Isomerase Q7NS45

Hipotéticas

CV_1546 – Provável 3-oxoacil redutase Oxidoredutase Q7NXT0

CV_2728 - Provável álcool desidrogenase Oxidoredutase Q7NUH0

CV_3978 - Proteína hipotética Proteína não caracterizada Q7NR07

CV_3393 - Proteína hipotética Proteína não caracterizada Q7NSM8

CV_2849 - Proteína hipotética Proteína não caracterizada Q7NU54

CV_1543 - Proteína hipotética Proteína não caracterizada Q7NXT3

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Figura 26. Rede de interação proteína-proteína total MG12.

Com base nos processos biológicos desempenhados por grupo de proteínas

foram construídas as sub-redes no programa Cytoscape 3.4.0 (SCARDONI;

PETTERLINI; LAUDANNA, 2009), a partir da rede de interação total MG12 (Figura

25).

A análise de todos os clusters da rede PPI – MG12 revelou processos biológicos

como, por exemplo, síntese de proteínas, regulação da transcrição e tradução,

metabolismo de aminoácidos e ligação a nucleotídeos ocorrentes em C. violaceum.

No proteoma de C. violaceum cultivada em MGS por 12 horas de crescimento,

identificamos proteínas upreguladas relacionadas com vários processos como: vias da

biossíntese de aminoácidos (GlyA, ArcB e Kbl), metabolismo do carbono (GlyA),

Upreguladas Down reguladas Exclusivas MG Sem diferença de expressão

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metabolismo do propanoato, butanoato (PflB), quorum sensing (SecB), metabolismo de

metano (GlyA), resposta ao estresse e degradação de RNA (DnaK). As proteínas

identificadas downreguladas estão envolvidas com a biossíntese de aminoácidos (ArgD,

TyrB, GtlA, PhaA e Eno), fosforilação oxidativa (SdhA, PetB, AtpF e CV_1137),

metabolismo do glioxilato (GtlA, KatE e PhaA), quorum sensing (LivK e Hfq),

degradação de RNA (Eno e Hfq), ciclo de Krebs (SdhA e GtlA), regulação e sinalização

(KatE), metabolismo do metano (Eno) e propano (PhaA) (Dados obtidos do Uniprot).

Neste cenário, a análise das proteínas com expressão alterada de C. violaceum

em 12 horas de crescimento submetidas a condições simuladas de microgravidade,

também sugerem mudanças nas vias de produção de energia. A hipótese da utilização da

via de respiração anaeróbica ao invés da respiração aeróbica baseia-se, principalmente,

na identificação de alterações nos níveis de expressão de proteínas como, por exemplo,

a expressiva upregulação de uma proteína típica do metabolismo anaeróbico, a formato

C-acetiltransferase - pflB (FC 6,8). Esta proteína é sintetizada na forma inativa e na

presença de O2 e assim permanece, no entanto, em condições anaeróbicas ela é ativada

através da doação de elétrons da enzima de ativação Pfl (MELCHIORSEN et al., 2000).

A PflB (Figura 26) participa e uma das etapas da fermentação do piruvato na rota que

tem como produto final o etanol e a síntese de duas moléculas de NADH (DOI;

IKEGAMI, 2014).

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Figura 27 Rota metabólica em Enterococcus faecalis. Adaptado de (DOI; IKEGAMI, 2014).

A GlpK (FC 3.7) é outra importante proteína da via de respiração anaeróbica

identificada upregulada. A interação desta com outras proteínas pode ser visualizada no

cluster I MG12 compondo a rede de interação proteína-proteína com 20 nodes e um

total de 94 interações entre elas (Figura 27 – Tabela 12). A partir da análise da rede de

interação e dos dados obtidos pelo DAVID, se observa neste grupo, proteínas que atuam

nos processos biológicos de: metabolismo energético, biossíntese de proteínas, ligação a

nucleotídeos e no enovelamento de proteínas (chaperonas).

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Figura 28. Cluster I MG12. Com proteínas envolvidas no metabolismo energético, biossíntese de

proteínas, e na regulação da transcrição.

Tabela 12. Proteínas identificadas no proteomas de C. violaceum MG12

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NWE6 Fosforribosil formilglicinamidina sintase Metabolismo da glutamina purL CV_2044

Q7NQF0 Fator de elongação G (EF-G) Biossíntese de proteínas fusA CV_4189

Q7NY13 Fator de iniciação da tradução IF-2 Biossíntese de proteínas infB CV_1462

Q7P1G2 Glicerol quinase Metabolismo do glicerol glpK CV_0251

Q7NS98 Adenil succinato sintetase 2 Ligação a metal purA2 CV_3528

Q7NS84 Nucleosídeo difosfato quinase Biossíntese de GTP ndk CV_3542

Q7NXP1 Transcrição Fator de terminação Rho Regulação da transcrição rho CV_1585

Q7NZ46 Succinato-CoA ligase Ciclo do ácido tricarboxílico sucD CV_1076

Q7NZ47 Succinato-CoA ligase Ciclo do ácido tricarboxílico sucC CV_1075

Q7NQX1 60 kDa Chaperonina 2 Proteína refolding groL2 CV_4014

Q7NXI3 Chaperona DnaK Proteína refolding dnaK CV_1643

Upreguladas Down reguladas Exclusivas MG Sem diferença de expressão

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Q7P095 ATP sintase subunidade beta Síntese de ATP / Transporte de H atpD CV_0672

Q7M7F1 Fator de elongação Tu (EF-Tu) Biossíntese de proteínas tuf1 CV_4188

Q7P097 ATP sintase subunidade alpha Síntese de ATP / Transporte de H atpA CV_0670

Q7NZF9 S-adenosilmetionina sintase Biossíntese de S-

adenosilmetionina metK CV_0963

Q7NQS9 Ribose-fosfato pirofosfoquinase Biossíntese de nucleotídeo prsA, CV_4058

Q7NSS7 Adenilato quinase AMP salvage adk CV_3343

Q7NS38 Glutamina sintetase Fixação de nitrogênio glnA CV_3589

Q7NSY7 Acetil-coenzima A sintase Biossíntese de acetato acsA CV_3282

Q7NRS1 Fosfoenolpiruvato sintase Gliconeogênese ppsA CV_3709

A GlpK proteína que atua na via de produção de energia promovendo o

metabolismo do glicerol em E. coli, por um processo que se inicia pela captação do

glicerol dentro das células por difusão simples ou mediada pela aquagliceroporina

(GlpF) por difusão facilitada (HELLER; LIN; WILSON, 1980). O glicerol é retido pela

ATP- glicerol quinase dependente (GlpK) produzindo 3-fosfato glicerol (G3P)

(ZWAIG; KISTLER; LIN, 1970), em seguida ele é oxidado pela G3P desidrogenase

(GlpD) dependente de ubiquinona à diidroxiacetona fosfato (DHAP) (CHAGNEAU et

al., 2001; WANG; SAN; BENNETT, 2013) que entra na glicólise anaeróbica. A

identificação da Glpk upregulada (FC 3,7) em C. violaceum é um indicativo de

utilização da via anaeróbica como fonte de produção de energia, utilizando o glicerol

como fonte de carbono para realizar da respiração anaeróbica, como foi demonstrado

em estudos realizados com bactérias da família Enterobacteriaceae (GONZALEZ et al.,

2008).

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Como a GlpK, as proteína GapA e ArcC (já referidas anteriormente em MG5)

foram identificadas exclusivamente no proteoma de C. violaceum sob condições de

microgravidade por 12 horas de crescimento. GapA atua na conversão do gliceraldeído

3-fosfato a 3-fosfoglicerato em uma reação em que o co-fator NAD+ é reduzido a

NADH na via da glicólise gerando produtos como o acetato, lactato, etanol ou ácido

propionoico principalmente dentro de condições anaeróbicas (WANG; SAN;

BENNETT, 2013). Indicando que a bactéria pode está se utilizando da respiração

anaeróbica e revelando uma estratégia para obtenção dos referidos produtos. A ArcC

uma proteína que normalmente está presente em elevadas quantidades em condições

anaeróbicas, atua na síntese de ATP a partir de fosfato de carbomoílo e ADP por meio

da via anaeróbica em uma das últimas fases da degradação da arginina (GRISWOLD;

JAMESON-LEE; BURNE, 2006; MARINA et al., 1998).

Simultaneamente, a identificação das proteínas downreguladas SdhA, PetB,

AtpH, CV_1137, Eno, GtlA e GlyA, pode evidenciar uma diminuição na síntese de

ATP via respiração aeróbica, reforçando a ideia de utilização da via anaeróbica,

corroborando com o decréscimo do crescimento de C. violaceum verificado na curva de

crescimento (Figura 7) quando comparado ao controle. Isto, porque estas proteínas

atuam em processos do metabolismo energético por meio da via aeróbica, por exemplo,

a Enolase (Eno – FC 2,0) participa do metabolismo energético atuando na via da

glicólise convertendo 2-fosfoglicerato a fosfenolpiruvato em uma das últimas etapas da

cadeia de reação que converte a glicose em piruvato, precursor do acetil-coA,

componente principal para iniciar o ciclo do ácido tricarboxílico (CARPOUSIS; LUISI;

MCDOWALL, 2009). A primeira reação no ciclo de Krebs realizado pela enzima

citrato sintase (GtlA) parece promover um “freio” no processo de condensação do

acetil-coA com o oxoalacetato para formar o citrato, uma vez que a GtlA foi

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identificada downregulada (FC de -2,7). Outra proteína que atua na mesma via de

produção de energia, a succinato desidrogenase (SdhA), convertendo o succinato a

fumarato na reação direta foi identificada downregulada (FC -5,5), também indicando

uma atenuação da via do ácido cítrico, reduzindo a produção de aceptores de elétrons

NADH e FADH necessários para a produção de ATP na CTE (MCNEIL et al., 2014).

Proteínas da CTE também foram identificadas com baixos níveis de expressão, a PetB

(FC -2,6) uma das subunidades do complexo citocromo localizada na região interna da

membrana bacteriana atua na redução do quinol e na oxidação do citocromo c,

acoplando estas reações com a transferência de prótons através da membrana (CZAPLA

et al., 2013). Este processo é extremamente necessário para a síntese de ATP via

fosforilação oxidativa, no entanto parece ser um processo em inibição. Outro exemplo é

a subunidade delta da ATP sintase, a AtpH também identificada downregulada (FC -

2,6) corroborando com as evidências da diminuição da produção de ATP na CTE

(OSTER; WANG, 1998).

As alterações nos níveis de expressão de importantes proteínas pela provável

inibição da via aeróbica de produção de energia indica uma modulação no metabolismo

energético da C. violaceum. Essas modificações parecem ser uma estratégia utilizada

para garantir a sobrevivência da população em condições de microgravidade condições

diferentes da habituada na terra.

Nestas condições, a C. violaceum uma bactéria de vida livre capaz de habitar em

ambientes variados, apresentando atividades e propriedades de alto valor

biotecnológico, sofreria grandes alterações a nível molecular com importantes

consequências sobre os genes de interesse biotecnológicos? A princípio, podemos

inferir que ocorre uma diminuição da taxa de proliferação celular em função da

diminuição do metabolismo energético na via aeróbica, devido a inibição de proteínas

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importantes do ciclo do ácido tricarboxílico e da cadeia transportadora de elétrons

gerando menos ATP para o sistema celular, ocorrendo redução significativa dos

processos biossíntéticos, principalmente aqueles relacionados a síntese de proteínas,

como identificado na curva de crescimento da C. violaceum (Figura 7). Este panorama

reduz as possibilidades de um ambiente favorável à proliferação celular, uma vez que,

com baixos níveis energéticos menos processos biossintéticos ocorrem e menos

estruturas são disponíveis para construção de novas células.

Em MG12 também foram identificadas uma série de polipeptídios que atuam

direta ou indiretamente no processo de síntese proteica. O cluster II MG12 possui 49

proteínas envolvidas com 1176 interações entre elas (Figura 28; Tabela 13).

Figura 29. Cluster II MG12 com proteínas envolvidas na síntese proteica.

Upreguladas Down reguladas Exclusivas MG Sem diferença de expressão

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Tabela 13. Proteínas identificadas no proteoma de C. violaceum MG12 relacionadas com processo de

tradução

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7NQE8 30S proteína ribossomalS12 Tradução rpsL CV_4191

Q7NQE5 50S proteína ribossomalL7/L12 Tradução rplL CV_4194

Q7NQH8 50S proteína ribossomalL17 Tradução rplQ CV_4159

Q7NRT4 30S proteína ribossomalS9 Tradução rpsI CV_3696

Q7NQH1 50S proteína ribossomalL15 Tradução rplO CV_4167

Q7NQG7 50S proteína ribossomalL6 Tradução rplF CV_4171

Q7NQG8 50S proteína ribossomalL18 Tradução rplR CV_4170

Q7NQG0 50S proteína ribossomalL29 Tradução rpmC CV_4178

Q7NQG2 50S proteína ribossomalL14 Tradução rplN CV_4176

Q7NQG3 50S proteína ribossomalL24 Tradução rplX CV_4175

Q7NQF7 50S proteína ribossomalL22 Tradução rplV CV_4181

Q7NQF1 30S proteína ribossomalS10 Tradução rpsJ CV_4187

Q7NRT3 50S proteína ribossomalL13 Tradução rplM CV_3697

Q7NQE3 50S proteína ribossomalL1 Tradução rplA CV_4196

Q7NVZ4 30S proteína ribossomalS2 Tradução rpsB CV_2196

Q7NQG5 30S proteína ribossomalS14 Tradução rpsN CV_4173

Q7NRY7 30S proteína ribossomalS6 Tradução rpsF CV_3640

Q7NRY9 30S proteína ribossomalS18 Tradução rpsR CV_3638

Q7NZS2 50S proteína ribossomalL27 Tradução rpmA CV_0849

Q7NY11 30S proteína ribossomalS15 Tradução rpsO CV_1465

Q7NRV7 50S proteína ribossomalL19 Tradução rplS CV_3672

Q7NYC3 50S proteína ribossomalL20 Tradução rplT CV_1351

Q7NYC4 50S proteína ribossomalL35 Tradução rpmI CV_1350

Q7NSH0 50S proteína ribossomalL28 Tradução rpmB CV_3456

Q7NSH1 50S proteína ribossomalL33 Tradução rpmG CV_3455

Q7NRV5 30S proteína ribossomalS16 Tradução rpsP CV_3675

Q7NTK8 30S proteína ribossomalS1 Tradução rpsA CV_3046

Q7NRZ0 50S proteína ribossomalL9 Tradução rplI CV_3637

Q7NSK5 50S proteína ribossomalL32 Tradução rpmF CV_3418

Q7NQT0 50S proteína ribossomalL25 Tradução rplY CV_4057

Q7NRL5 30S proteína ribossomalS21 Tradução rpsU CV_3765

Q7NQE9 30S proteína ribossomalS7 Tradução rpsG CV_4190

Q7NQF9 50S proteína ribossomalL16 Tradução rplP CV_4179

Q7NQE4 50S proteína ribossomalL10 Tradução rplJ CV_4195

Q7NQG6 30S proteína ribossomalS8 Tradução rpsH CV_4172

Q7NQG1 30S proteína ribossomalS17 Tradução rpsQ CV_4177

Q7NQH5 30S proteína ribossomalS11 Tradução rpsK CV_4162

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85

Q7NQF6 30S proteína ribossomalS19 Tradução rpsS CV_4182

Q7NQG9 30S proteína ribossomalS5 Tradução rpsE CV_4169

Q7NQF2 50S proteína ribossomalL3 Tradução rplC CV_4186

Q7NQF5 50S proteína ribossomalL2 Tradução rplB CV_4183

Q7NQF8 30S proteína ribossomalS3 Tradução rpsC CV_4180

Q7NQH4 30S proteína ribossomalS13 Tradução rpsM CV_4163

P60100 50S proteína ribosomal L11 Tradução rplK CV_4197

Q7NQF4 50S proteína ribosomal L23 Tradução rplW CV_4184

Q7NQF3 50S proteína ribosomal L4 Tradução rplD CV_4185

Os ribossomos na maioria das vezes são referenciados como uma estrutura

celular responsável apenas pela leitura do código genético, a partir de um transcrito nos

processos de síntese de proteínas. No entanto, estudos recentes tem revelado um papel

diferente, estas ribonucleoproteínas podem agir em processos regulatórios da síntese de

proteínas, principalmente durante eventos de estresse celular. Estes podem sofrer

modificações químicas, além de variação no tipo de rRNA e proteínas ribossomais que

o formam, em resposta a algum estresse sofrido. A capacidade de reconhecer estímulos

ambientais pode levar a uma heterogeneidade nas estruturas ribossomais que, por sua

vez, tem sido entendida como uma forma de regulação da síntese de proteínas

(Byrgazov, Vesper e Moll, 2013; DEUSSER e WITTMANN, 1972; Pokkunuri e

Champney, 2007). No proteoma de C. violaceum submetida à microgravidade (MG5 e

MG12) foram identificadas uma série de proteínas ribossomais que estão agindo

diretamente na biogênese de proteínas. Mas, algumas delas podem está atuando em

processos de regulação na síntese de novas proteínas, principalmente sob as condições

de estresse em que a bactéria foi cultivada, pois parece promover uma diminuição no

metabolismo energético.

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86

Dentre as 49 proteínas ribossomais identificadas apenas sete foram upreguladas

e, proteínas responsáveis pela iniciação e elongação da tradução foram identificadas

com níveis de expressão significativamente alteradas. No cluster III MG12 (Figura 29;

Tabela 14) obtido a partir da rede de interação total MG12 observa-se quatro fatores de

elongação (Tsf, Efp, Tuf1 e FusA) participantes direto do processo de tradução.

Figura 30. Cluster III MG12 com proteínas envolvidas na ligação ao DNA.

Tabela 14. Fatores de elongação identificados no proteoma de C. violaceum MG12

Código Nome proteína Processo biológico Gene

Q7M7F1 Fator de elongação Tu (EF-Tu) Biossíntese de proteína Tuf1

Q7NY96 Fator de elongação P (EF-P) Biossíntese de proteína Efp

Q7NQF0 Fator de elongação G (EF-G) Biossíntese de proteína fusA

Q7NVZ3 Fator de elongação Ts (EF-Ts) Biossíntese de proteína Tsf

As proteínas no cluster II e III MG12 responsáveis pela biossíntese de proteínas,

iniciação e elongação da tradução foram identificadas no proteoma de C. violaceum em

condições MGS. Dois dos fatores de elongação foram encontrados exclusivamente nas

células cultivadas em condição de microgravidade, a primeira é a Efp uma proteína

Upreguladas Down reguladas Exclusivas MG Sem diferença de expressão

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87

essencial que estimula a atividade peptidiltransferase dos ribossomos e a segunda é a

Tsf que se associa a Tuf1 e induz a mudança de GDP a GTP (RAIMO et al., 2004).

Os processos de replicação, transcrição e tradução são universalmente

conservados entre os organismos vivos, com pequenas diferenças, principalmente, nos

fatores de iniciação e elongação da tradução entre bactérias, arqueobactérias e

eucariotos. A tradução em bactérias conta com três diferentes fatores de iniciação IF-1,

IF-2 e IF-3. Em C. violaceum foi identificada a IF-2 (InfB), proteína central da iniciação

da tradução, que quando ativada pela ligação com o GTP se associa ao Met-tRNAiMet

e

a subunidade menor do ribossomo para estabiliza-lo por meio de uma orientação

espacial, assim favorecendo a biossíntese de proteína (KYRPIDES; WOESE, 1998;

LING; ERMOLENKO, 2015). Outras proteínas reguladoras da transcrição/tradução

também foram identificadas: quatro fatores de elongação EF-P, EF-G, EF-tu, EF-Ts

(Efp, FusA, Tuf1, Tsf, respectivamente) presentes em MG12 (Figura 29). No processo

de elongação da tradução EF-tu é ativado pela ligação ao GTP e promove a ligação do

aminoacil tRNA ao sítio A do ribossomo, ocorrendo a hidrólise do GTP formando o

complexo Tu-GDP que é dissociado pela ação do fator EF-ts (DE LAURENTIIS;

MERCIER; WIEDEN, 2016; WANG et al., 1997). As duas proteínas EF-G e o fator de

liberação do ribossomo Frr promovem os passos de translocação da síntese de proteínas,

as duas proteínas em conjunto EF-G/Frr dissociam as subunidades ribossomais do

mRNA logo após o termino da tradução (ZHAO et al., 2015). EF-P identificado

exclusivamente em condições de MGS é um importante fator especialmente requerido

para a tradução de códons de prolina consecutivos, isto, devido ao estancamento que

estes códons causam no ribossomo dificultando a síntese de proteínas (NAM et al.,

2016; STAROSTA et al., 2014).

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Portanto, os fatores de elongação juntamente com as proteínas ribossomais

compõem um grupo de proteínas relacionadas com o processo de biossíntese de

proteínas. Este processo é alvo de um controle cuidadoso exercido pelos própios fatores

e, por proteína chaperonas.

Ainda com relação ao controle na biossíntese de RNA e proteína têm-se a

proteína Rho (referida em MG5) exclusivamente expressa na condição de

microgravidade (MG12). Que atua como regulador negativo e/ou positivo de processos

transcricionais (QAYYUM; DEY; SEN, 2016), e isto desencadeia em uma diminuição

de RNAm, de novas proteínas sintetizadas e atenuação da divisão celular (LEELA et al.,

2013; VALABHOJU; AGRAWAL; SEN, 2016).

No proteoma de C. violaceum em MGS um grupo de proteínas que atuam no

controle da síntese de polipeptídeos e de processo de transcricional, principalmente sob

condições de estresse foram identificadas diferencialmente expressas. A presença das

upreguladas GroES1 (FC 4.8) e DnaK (FC 2.3) e a proteína Tig (FC 7.8) que se associa

a proteínas ribossomais e em conjunto com a DnaK age no enovelamento correto das

proteínas nascentes (LEE; BERNSTEIN, 2002). Estas proteínas possuem grande

diversidade de substratos proteicos (KERNER et al., 2005) e atuam interagindo,

facilitando e estabilizando peptídeos novos sintetizados da conformação não nativa para

sua forma nativa e/ou atuando na degradação dos mesmos em situações de desequilíbrio

da homeostase celular, marcando e dirigindo RNAs para o complexo RNA

degradossomo, neste caso, em função do estresse causado pela microgravidade

(CALLONI et al., 2012).

Na rede de interação total MG12 investigamos quais proteínas são possíveis

alvos destas chaperonas num possível controle de qualidade. A partir de um total de 190

nodes, observou-se 84 proteínas alvos de interações não direcionais com a GroES1

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(Figura 30A), 87 alvos da DnaK (Figura 30B) e 98 proteínas interagindo com fator de

desenvolvimento Tig (Figura 31). Estes substratos são em sua maioria proteínas

ribossomais e outras envolvidas com a resposta ao estresse e biossíntese de proteínas,

indicando a importância da manutenção e do cuidado na síntese de novas proteínas em

um ambiente em microgravidade (CALLONI et al., 2012).

Figura 31. Proteínas (em Amarelo) alvos da GroES1 (A) e DnaK (B)

Figura 32. Grupo de proteína (amarelas) alvos da proteína Tig.

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90

Estas chaperonas desempenham um papel essencial para a manutenção e

sobrevivência bacteriana durante período de estresse por promover uma estabilidade

celular em virtude do estresse sofrido na referida condição de crescimento.

A identificação da proteína Hfq diferencialmente expressa no proteoma de C.

violaceum (FC -2,4) revela mais um polipeptídeo com importante papel no controle e na

homeostase dessa bactéria em resposta a condição de microgravidade. Alguns trabalhos

demonstraram a extraordinária participação de Hfq em procariotos submetidos a

condições de gravidade reduzida (CRABBÉ et al., 2010, 2011; DORNMAYR-

PFAFFENHUEMER et al., 2011; GRANT; KHODADAD; FOSTER, 2013). Esta

proteína é um componente central de regulação global pós-transcricional que participa

diretamente na regulação da expressão de genes auxiliando na interação de small RNAs

(sRNA) específicos com RNAs mensageiros (RNAm) alvos durante resposta ao estresse

(HUNTER; KEENER, 2014; LEE; FEIG, 2008). Essa interação pode bloquear ou

favorecer a tradução ou, ainda, levar à degradação do mRNA alvo e de alguns sRNAs,

caracterizando Hfq como regulador negativo ou positivo. Além disso, a própria Hfq

pode proteger o sRNA de ribonucleases e promover a poliadenilação do RNAm

marcando-o para degradação. A interação entre RNAs não codantes (RNAnc), RNAm

alvo e Hfq forma um complexo que age diretamente na regulação da expressão de genes

alvos (HUNTER; KEENER, 2014).

Em condições normais os níveis de expressão de Hfq normalmente acompanham

o crescimento celular, por exemplo, tende a aumentar a sua expressão durante a fase

exponencial e diminuir durante a fase estacionária (DE LAY; SCHU; GOTTESMAN,

2013). No entanto, em nossos dados de proteômica, a Hfq encontra-se downregulada

(FC -2,4) no período MG12 provavelmente devido ao estresse causado pela

microgravidade que levou a diminuição do metabolismo e do crescimento de C.

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violaceum com relação ao controle. Essa proteína com papel global de regulação da

transcrição/tradução age como regulador positivo ou negativo (CRABBÉ et al., 2011).

A identificação da Hfq downregulada em C. violaceum sugere a indução da

expressão de várias proteínas sob o controle negativo da Hfq. No proteoma MG12 de C.

violaceum observou-se 36 possíveis alvos da regulação de Hfq, em sua maioria

proteínas ribossomais, regulatórias e chaperonas (Figura 32).

Em bactérias, a regulação efetuada por Hfq é comum em diversas espécies e em

diferentes condições de estresse (CRABBÉ et al., 2011; DE LAY; SCHU;

GOTTESMAN, 2013a, 2013b; GRANT; KHODADAD; FOSTER, 2013). Foi

identificada como reguladora global em Pseudomonas aeruginosa, E. coli e Salmonela

entérica (ARUNASRI et al., 2013; CRABBÉ et al., 2010; ROSENZWEIG et al., 2014)

em condições de microgravidade, podendo ser compreendida como uma das principais

proteínas atuantes na regulação da expressão de genes em C. violaceum cultivada sob

condições de microgravidade simulada. E assim, podemos, concluir que a C. violaceum,

assim como outros procariotos utiliza a via hfq como uma das principais rotas de

controle de expressão de genes (CASTRO et al., 2011; SU et al., 2014; WILSON et al.,

2007, 2008).

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92

Figura 33. Rede de interação proteína-proteína mostrando grupo de proteína (nós amarelos) alvos da

proteína Hfq.

4.7. Estresse oxidativo

Com o objetivo de avaliar uma possível alteração no nível de estresse oxidativo

de Chromobacterium violaceum cultivada sob condições de microgravidade simulada,

Os níveis da atividade antioxidante total foram determinados utilizando o kit de ensaio

antioxidante da Sigma Aldrich (CS 0790) de acordo com as instruções do fabricante.

A atividade antioxidante total em C. violaceum foi aumentada em 5h e em 12h

de cultivo nas amostras crescidas em microgravidade simulada (Figura 33). De acordo

com os dados obtidos no teste de atividade antioxidante nota-se uma resposta efetiva de

proteínas antioxidantes atuando em defesa da C. violaceum e revela que a

microgravidade induz a um quadro estresse oxidativo em C. violaceum.

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Figura 34. Atividade antioxidante total do extrato proteico de C. violaceum cultivada em condições de

microgravidade simulada.

Portanto, foi verificada a presença de proteínas diferencialmente expressas

envolvidas com a resposta ao estresse oxidativo, como por exemplo, as proteínas

ferrodoxina NADP redutase Fpr (FC 2,4), a chaperonina GroES1 (FC 2,6), o regulador

negativo da biossíntese do alginato MucB (FC 3,4) e a CV_3947 provável 3-oxoacil-

redutase exclusivamente identificada em MG5. Todas identificadas como proteínas que

desempenham papel em resposta ao estresse oxidativo.

A ação destas proteínas está diretamente relacionada à resposta ao estresse. A

proteína Fpr identificada upregulada em MG5 atua em resposta a estresse oxidativo

(YEOM et al., 2009). O aumento da expressão de Fpr está associada ao aumento da taxa

de sobrevivência de E. coli sob estresse oxidativo (GIRÓ; CARRILLO; KRAPP, 2006).

A proteína MucB participa da via de produção de alginato, da via do quorum sensing,

da regulação de do regulador Hfq e de proteínas de resistência ao estresse DnaK, GroeL

e GroES1 (CRABBRÉ et al., 2010). A resposta efetuada por meio do regulador

negativo MucB pode ser entendida como um forte mecanismo de resistência e

sobrevivência efetuado pela bactéria.

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Em MG12 foi identificada a proteína heat shock DnaK diferencialmente

expressas (FC 2,3), e as proteínas exclusivas de MG12: CV_1546 provável 3-oxoacil

redutase e CV_2728 provável álcool desidrogenase, todas associada com a resposta ao

estresse oxidativo.

4.8. Proteínas hipotéticsa exclusivsa MG12

No proteoma MG12 de C. violaceum cultivada em MGS foram identificadas seis

proteínas hipotéticas, das quais duas apresentaram domínios com função conhecida.

Aprimeira é a CV_1546 homóloga a proteína 3-oxoacil-ACP redutase -FabG presente

em Photorhabdus luminescens, Burkholderia ubonensis, Stenotrophomonas

chelatiphaga, Paraburkholderia sartisoli e Verminephrobacter aporrectodeae com

sequência conservada em,aproximadamente 53% de identidade entre elas (Figura 34;

Tabela 33 - Apêndice D). O domínio apresenta similaridade a adh short C2 uma enzima

álcool desidrogenase com função oxidoredultase dependente de NADP (BENYAJATI

et al., 1981).

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Figura 35. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1546 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

A segunda hipotética é a CV_2728 apresenta sequência conservada a proteína alfa

beta hidrolase presente em Pseudomonas sp. GM30, Streptomyces sp. AS58,

Mycobacterium salmoniphilum, Rhodococcus sp. LB1 e Corynebacterium lowii com

aproximadamente, 56% de identidade entre elas (Figura 35; Tabela 34 - Apêndice D). O

domínio conservado da CV_2728 apresenta similaridade a hidrolase pertencente a

família dielactone hidrolase que desempenha papel importante na degradação do

colesterol (SCHLOMANN et al., 1993)

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Figura 36. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2728 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em espécies de diferentes gêneros.

4.9.Proteínas hipotéticas diferencialmente expressas presentes em MG5 e

MG12:

No proteoma de C. violaceum cultivada em MGS foram identificadas dez

proteínas hipotéticas diferencialmente expressas, oito delas apresenta domínio com

função conhecida (Tabela 15). Para análise destas proteínas utilizamos as ferramentas

online UNIPROT, BLASTp no GeneBanK e o banco de dados de domínios conservados

(CDD) no sítio online do NCBI, além do Pfam para análise de domínios conservados.

Os softwares BioEdit e MEGA (versão 7) e as ferramentas online Alter (disponível em

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97

http://sing.ei.uvigo.es/ALTER/) e o BoxShade (disponível em

https://www.ch.embnet.org/software/BOX_form.html) também foram utilizados para

realizar alinhamento e verificação de motivos conservados entre proteínas conservadas

em diferentes gêneros de procariotos, e assim obter informações a respeito das

sequências de aminoácidos destas proteínas objetivando predizer possíveis funções

exercidas por estas proteínas, permitindo inferir sobre os papéis biológicos

desempenhados por estas proteínas e possíveis mudanças em vias metabólicas de C.

violaceum cultivada em MGS.

Tabela 15. Identificação de proteínas hipotéticas diferencialmente expressas

identificadas no proteoma de C. violaceum em MGS

Uniprot Nome gene FC Fase

Q7NTX0 CV_2933 -2,0 MG5

Q7NPX8 CV_4364 2,4 MG12

Q7NZQ3 CV_0868 -2,0 MG12

Q7NYU9 CV_1173 -2,9 MG12

Q7NYJ0 CV_1284 -2,8 MG12

Q7NXT7 CV_1539 -7,1 MG12

Q7NVT4 CV_2258 -19 MG12

Q7NTP6 CV_3008 -2,1 MG12

Q7NWH0 CV_2019 -2,0 MG12

Q7NR24 CV_3961 -2,0 MG12

Devido a grande importância biológica da C. violaceum, torna-se de grande valia

observar as proteínas que ainda não foram caracterizadas objetivando analisar quais os

possíveis papéis destas proteínas na célula. Neste sentido, muitas proteínas hipotéticas

de C. violaceum podem ter sua função predita através de análise por meio busca por

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sequências homólogas, juntamente com a identificação de domínios com função já

determinada nas sequências homológas. Além disso, informações sobre o contexto

genômico destas ORFs também podem ser útil para conjeturar possíveis funções

exercidas por estas proteínas com base em informações de ORFs vizinhas. Dessa forma,

por meio de ferramentas computacionais foram feitas buscas por sequências homológas

conservadas entre procariotos, identificação de domínios com função descrita e análise

do contexto genômico destas proteínas hipotéticas.

CV_4364:

A proteína hipotética CV_4364 identificada diferencialmente expressa no

proteoma de C. violaceum (FC 2,4) apresenta similaridade com a proteína cupredoxina

(copper chaperone) PCu(A)C que se localiza na região periplasmática atuando na

captação e transferência de cobre (Cu) para outras duas chaperonas de Cu, a PrrC e a

Cox11, que, por sua vez, entregam o Cu a citocromo c oxidase (THOMPSON et al.,

2012).

A análise da sequência de aminoácidos da CV_4364 revelou 97% de identidade

com a proteína PCu(A) C (Figura 36) presente em Chromobacterium vaccinii, 96% e

56% de identidade para duas proteínas da Pseudogulbenkiania ferrooxidans, 77% em

Chromobacterium haemolyticum e 75% em Xenophilus sp (Tabela 18 -Apêndice B).

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Figura 37. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_4364 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presentes em diferentes espécies.

A busca por domínios com função conhecida realizada por meio da ferramenta

online Pfam e do contexto genômico da CV_4364 revela a presença de dominío

conservado na CV_4364 com função relacionada às proteínas da família das

cupredoxina. No contexto genômico a proteína CV_4364 identificada em C. violaceum

está localizada próxima a quatro proteínas: DNA polimerase IV envolvida no processo

de mutação, uma proteína hipotética, MarC proteína envolvida na proteção celular em

resposta a estresse e AraC uma reguladora transcricional (Figura 37).

Figura 38. Contexto genômico da proteína CV_4364 de C. violaceum.

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As ORFs de procariotos dispostas em operon são sintetizadas simultaneamente

gerando diferentes produtos (RNA e/ou proteínas) que em muitos casos desempenham

funções correlacionadas (CAO et al., 2017). Portanto, foram realizadas buscas no banco

de dados do NCBI para investigar quais proteínas estão presentes no mesmo operon que

as hipotéticas de C. violaceum identificadas diferencialmente expressas em MGS. E

assim, com as informações obtidas no BLASTp e no Pfam confirmar as possíveis

funções preditas para estas proteínas hipotética.

Alguns estudos demonstraram que, os efeitos citotóxicos apresentados pelas

proteínas da família cupredoxina são efetivamente utilizados em processos relacionados

com a morte celular programada e no tratamento de células em crescimento

descontrolado. Dessa forma, a proteína CV_4364 pode ser uma promissora candidata

alvo de investigações relacionadas à terapia do câncer.

CV_3961

A proteína CV_3961 identificada down regulada (FC -2,0) no proteoma de C.

violaceum em MG12 possui sequência conservada (Figura 38) em espécies de bactérias

de diferentes gêneros: Chromobacterium vancinii 99% de identidade,

Propionibacterium 64%, Methanocaldococcus, Methanobacteriaceae com 54% e

Methanobrevibacter com 53% de identidade (Tabela 19 – Apêndice B).

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Figura 39 Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3961 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

Segundo os dados obtidos no sítio do Pfan que permite a visualizar a presença de

domínios conservados, a CV_3961 é uma provável metil-fosfato sintase envolvida na

produção de metanofurano, um composto químico encontrado principalmente em

arqueobactérias metanogênicas (MILLER et al., 2014). Este resultado corrobora com as

informações obtidas no BLASTp, cuja sequência de CV_3961 é homóloga à de

organismos com potencial para metabolizar o gás metano.

CV_2933

A proteína CV_2933 identificada down regulada (FC -2,0) apresenta um

domínio conservado na região 127 – 220 característico de isomerases cuja função está

envolvida na interconversão das conformações Cis e trans do aminoácido prolina. A

busca por proteínas homólogas realizada através do BLASTp demonstram identidade

entre a CV_2933 e proteína peptidioprolil isomerase (Cis-trans) da Chromobacterium

amazonense com 90%, Aquitalea magnusonii 73%, Pseudogulbenkiania subflava 66%,

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Paludibacterium yongneupense 59% e Microvirgula aerodenitrificans com 49% de

identidade, todas essas da família das rotamases (Figura 39;Tabela 20 - Apêndice B). A

provável função desempenhada pela CV_2933 é extremamente importante na

biossíntese de aminoácidos de prolina.

Figura 40. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2933 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes espécies.

A CV_2933 localiza-se no operon (88238) composto por seis ORFs contendo

entre elas, duas hipotéticas e uma peptidilpropil isomerase (figura 40).

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Figura 41 Contexto genômico da proteína CV_2933 de C. violaceum.

Curiosamente, a localização da ORF CV_2933 da C. violaceum é vizinha a ORF

que codifica para a proteína peptdilprolil isomerase no mesmo operon evidenciando que

CV_2933 participa de processos correlacionados à das proteínas da família rotamase.

CV_1173

A proteína hipotética CV_1173 identificada down regulada (FC -2,9) no

proteoma de C. violaceum em condições de microgravidade apresenta homologia com a

citocromo c oxidase cbb3 subunidade II presente em diferentes espécies. O resultado da

busca por sequências homólogas revelou regiões da sequência de aminoácido com

grande conservação entre diferentes espécies, por exemplo, em Pseudogulbenkiania

ferrooxidans apresenta 99% de identidade, Laribacter hongkongensis e Aquaspirillum

sp. 84%, Crenobacter luteus 83% e Neisseria shayeganii apresenta 76% de identidade

para com a citocromo c oxidase cbb3 (Figura 41; Tabela 21 - Apêndice B). Os dados

obtidos no Pfam confirmam a presença de domínio proteico da CV_1173 com a

citocromo c oxidase (FixO), uma proteína requerida na fosforilação oxidativa durante

processo de respiração (MARCHAL et al., 1998).

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Figura 42. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1173 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

O operon em que se encontra a CV_1173 é composto por quatro ORFs, todas

codificam citocromo c oxidase, assim, a localização da ORF CV_1173 também

pressupõe sua atividade de citocromo oxidase (Figura 42).

Figura 43. Contexto genômico da proteína CV_2933 de C. violaceum

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CV_1284:

A CV_1284 apresenta domínio para a proteína isocorismatase - 2,3 dihydro-2,3

dihydroxybenzoate synthase da família das hidrolases que catalisa reação de hidrólise

(ROMÃO et al., 1992). A busca por sequência homólogas no BLASTp revelou

homologia para hidrolase presente em Pseudogulbenkiania ferrooxidans com 97% de

identidade, Acidovorax valerianellae 83%, Variovorax sp. 82%, Pelomonas puraquae

80 % e Achromobacter piechaudii 79% (Figura 43; Tabela 22 - Apêndice B).

Figura 44. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1284 de C. violaceum com proteínas

homólogas identificando regiões conservadas presentes em diferentes gêneros

No contexto genômico a ORF CV_1284 em seu operon possui três ORFs

vizinhas que codificam para proteínas com atividade hidrolítica, a amido hidrolase, a

serinahidroximetil transferase – GlyA e uma terceira da família pirin (WENDLER et al.,

1997) que estimula a RNA polimerase no processo transcricional (Figura 44).

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Figura 45. Contexto genômico da proteína CV_1284 de C. violaceum

CV_1539

A proteína hipotética CV_1539 identificada down regulada (FC -7,1) no

proteoma de C. violaceum em condições de MGS apresenta domínio associado a função

transportadora ABC - ligante-substrato. A busca por homólogas em diferentes

organismos mostrou ser bem conservada em diferentes espécies, por exemplo, em

Pseudogulbenkiania ferrooxidans apresenta 99% de identidade, Xenophilus sp. e

Aquitalea pelogenes. 84%, Vogesella sp. 83% e Gulbenkiania mobilis apresenta 76% de

identidade para com a citocromo c oxidase cbb3 de (Figura 45; Tabela 23 - Apêndice

B).

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107

Figura 46. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_1539 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

Quando observado a localização da ORF CV_1539 verifica-se na vizinhança

duas ORFs com função desconhecida (proteína hipotética, mas que apresenta um

domínio com atividade hidratase), uma 3-oxoacil-ACP sintase e uma prolina

desidrogenase - PutA (Figura 46) que apesar de ser multifuncional se destaca pela ação

de ligação ao DNA para promover a inibição da transcrição (LIU; BECKER; TANNER,

2017)

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108

Figura 47. Contexto genômico da proteína CV_1284 de C. violaceum.

CV_2258:

A proteína hipotética CV_2258 possui um domínio com função oxidoredutase

dependente de NADP apresentando homologia para a proteína a desidrogenase - Adh

short. Bactérias do gênero Pseudomonas apresentaram maior identidade com a

hipotética de C. violaceum (Pseudomonas protegens e Pseudomonas fluorenses com

78% de identidade), seguido de procarioto do gênero Streptomyces com 48% (Figura

47; Tabela 24 Apêndice B).

Figura 48. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2258 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

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109

No contexto genômico, a ORF CV_2258 localizada em operon com mais duas

ORFs hipotéticas e uma acetilserotonia O-metiltransferase que codifica para proteína da

família aminotransferase aspartato e três ORFs com função ainda desconhecida,

proteínas hipotéticas (Figura 48).

Figura 49. Contexto genômico da proteína CV_2258 de C. violaceum.

CV_3008

Na busca por proteínas homólogas à CV_3008 verificou-se a presença de

proteínas conservadas em diferentes espécies de procariotos (Tabela 25 Apêndice B),

por exemplo, Caballeronia concitans e Burkholderia sp. com 32% de identidade para a

proteína histidina quinase. Quando observado a similaridade dentro do gênero

chromobacterium a identidade é em média 90% (Figura 49). A análise realizada na

ferramenta online Pfam revelou a presença de domínio conservado na CV_3008 com

função na resposta regulatória a diversos estresses ambientais (SKERKER et al., 2005).

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110

Figura 50. Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_3008 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

A CV_3008 localiza-se em uma região contendo em sua vizinhança uma ORF

hipotética e uma que codifica para proteína da biossíntese flagelar FhiA (Figura 50).

Figura 51. Contexto genômico da proteína CV_3008 de C. violaceum.

CV_2019

A proteína hipotética CV_2019 identificada diferencialmente expressa no

proteoma de C. violaceum (FC -2,0) apresenta similaridade com a proteína aldeído

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111

desidrogenase, enzima que oxida compostos de aldeídos alifáticos e aromáticos

utilizando o NADP como co-fator (HEMPEL; HARPER; LINDAHL, 1989).

A busca por proteínas homólogas à CV_2019 revelou 97% de identidade com a

aldeído desidrogenase de Aquitalea magnusonii, 84%, Xenophilus sp. 83%, Vogesella

sp. 82% e Pseudogulbenkiania ferrooxidans e Pseudogulbenkiania subflava com 81%

(Figura 51; Tabela 26 – Apêndice B).

Figura 52 Alinhamento múltiplo da proteína hipotética CV_2019 de C. violaceum com proteínas

homólogas apresentando regiões conservadas presente em diferentes gêneros

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112

No contexto genômico da CV_2019 encontra-se localizada próxima a ORFs que

codificam para proteínas transportadoras ABC, glioxalase e fator de regulação da

transcrição (Figura 52).

Figura 53. Contexto genômico da proteína CV_2019 de C. violaceum.

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113

5. Conclusões

Esta é a primeira análise proteômica shotgun demonstrando o perfil de expressão de

proteínas de C. violaceum submetida à microgravidade simulada. A partir dos dados

analisados podemos concluir que este procarioto sofre uma série de alterações a nível

proteico que tem por consequência alterações no mecanismo de obtenção de energia e

na regulação de processos que levam à redução da síntese de transcritos e de proteínas,

consequentemente, diminuído a proliferação celular.

As principais alterações na expressão estão relacionadas a proteínas que participam

de processos como síntese proteica, resposta ao estresse, reguladores de transcrição e

tradução, proteínas do metabolismo energético, metabolismo de aminoácidos, controle

pós traducional e proteínas de ligação ao DNA. Estas mudanças em C. violaceum,

provavelmente, ocorrem em função do estresse causado pela microgravidade (Figura

53).

Neste estudo, nove proteínas hipotéticas foram identificadas diferencialmente

expressas no proteoma de C. violaceum em MG5 e seis identificadas em MG12. Dentre

elas, sete não possuem nenhum domínio com função conhecida. Além disso, nove

proteínas hipotéticas foram identificadas exclusivamente no proteoma MG12 (ausente

no controle) e uma no proteoma MG5, das quais oito apresentam domínios com função

conhecida, sendo duas hipotéticas sem nenhuma informação para com sua

funcionalidade. A identificação de proteínas hipotéticas gera uma perspectiva para

estudos futuros que visem à caracterização destas proteínas para elucidação do seu

funcionamento. A investigação do papel destas proteínas hipotéticas pode levar a

identificação de proteínas envolvidas especificamente na regulação de processos

biológicos em resposta a microgravidade ou na identificação de proteínas com elevado

interesse biotecnológico.

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114

O presente estudo fornece informações relevantes das alterações no perfil de

expressão pelos quais a C. violaceum responde para sobreviver em condições simuladas

de microgravidade, contribuindo para um melhor entendimento da fisiologia dos

microorganismos submetidos a estas condições, permitindo inferências para os seres

vivos em geral e abrindo novas perspectivas para estudos neste campo.

Figura 54. Modelo representativo das principais alterações na expressão de proteínas de C. violaceum

cultivada em condições de microgravidade simulada, levando às respostas celulares.

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128

7. Apêndice A

Proteínas totais identificadas durante a fase exponencial precoce (5 horas) sob

condições de microgravidade simulada.

Tabela 16. Lista de 155 proteínas da fase exponecial precoce (MG5) de C. violaceum ATCC12472

cultivada em condições de microgravidade simulada.

Código Nome proteína F. change Gene

Downregulada

Q7NYF6 Chaperone protein HtpG 0,07 hptG CV_1318

Q7NY14 Transcription termination/antitermi 0,1 nusA CV_1461

Q7NRG4 Probable electron transfer flavopro 0,3 CV_3817

Q7NSS7 Adenylate kinase 0,3 adk CV_3343

Q7NQN8 Putrescine-binding periplasmic prot. 0,3 potD CV_4099

Q7NTP3 Flagellin 0,3 flaD CV_3011

Q7NV42 Superoxide dismutase 0,3 sodB1 CV_2504

Q7NSK9 Acyl carrier protein 0,3 acpP CV_3413

Q7NR84 Hypoxanthine phosphoribosyltransfer 0,4 hpT CV_3900

Q7NZ55 Succinate dehydrogenase flavoprotei 0,4 sdhA CV_1067

Q7NXX7 N-succinylglutamate 5-semialdehyde 0,4 astD CV_1499

Q7NQ87 DNA-binding stress protein 0,4 dps CV_4253

Q7NPY5 Rod shape-determining protein mreB 0,4 mreB CV_4357

Q7NQH7 DNA-directed RNA polymerase subunit 0,5 rpoA CV_4160

Q7NZI3 Triosephosphate isomerase 0,5 tpiA CV_0939

Q7P097 ATP synthase subunit alpha 0,5 atpA CV_0670

Q7NZ50 Dihydrolipoyllysine-residue succiny 0,5 sucB CV_1072

Q7NTX0 Peptidylprolyl isomerase 0,5 CV_2933

Q7NQG0 50S ribosomal protein L29 0,5 rpmC CV_4178

Sem diferença de expressão

Q7P138 Putative uncharacterized protein 0,6 CV_0376

Q7NZ51 2-oxoglutarate dehydrogenase E1 com 0,6 sucA CV_1071

Q7NTW9 Peptidylprolyl isomerase 0,6 CV_2934

Q7NXP2 Thioredoxin 0,6 trxA CV_1584

Q7NRT0 Thymidine phosphorylase 0,6 deoA CV_3700

Q7NQ59 Protein translocase subunit SecA 0,6 secA CV_4281

Q7NXE5 Hydrogen cyanide synthase HcnC 0,6 hcnC CV_1682

Q7NQF4 50S ribosomal protein L23 0,6 rplW CV_4184

Q7NQH0 50S ribosomal protein L30 0,6 rpmD CV_4168

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129

Q7NQM5 Aspartate ammonia-lyase 0,6 aspA CV_4112

Q7NZS3 50S ribosomal protein L21 0,7 rplU CV_0848

Q7NZ60 Malate dehydrogenase 0,7 mdh CV_1062

Q7NQ13 Probable oligopeptide ABC transport 0,7 CV_4329

Q7NQE5 50S ribosomal protein L7/L12 0,7 rplL CV_4194

Q7P1M6 Fructose-bisphosphate aldolase 0,7 agaY CV_0187

Q7NVG1 Aromatic-amino-acid transaminase 0,7 tyrB1 CV_2382

Q7NRZ0 50S ribosomal protein L9 0,7 rplI CV_3637

Q7NY96 Elongation factor P 0,7 efp CV_1378

Q7NS93 RNA-binding protein Hfq 0,8 hfq CV_3533

Q7NSG7 Enolase 0,8 eno CV_3459

Q7NUY8 Trigger factor 0,8 tig CV_2559

Q7NQE3 50S ribosomal protein L1 0,8 rplA CV_4196

Q7NQF7 50S ribosomal protein L22 0,8 rplV CV_4181

Q7NR08 Putative uncharacterized protein 0,8 CV_3977

Q7NZK6 NADP-dependent malate dehydrogenase 0,8 maeB CV_0916

Q7NYC4 50S ribosomal protein L35 0,8 rpmI CV_1350

Q7NQE4 50S ribosomal protein L10 0,8 rplJ CV_4195

Q7P095 ATP synthase subunit beta 0,8 atpD CV_0672

Q7NQG5 30S ribosomal protein S14 0,8 rpsN CV_4173

Q7NRP1 Probable peroxidase 0,8 CV_3739

Q7NRV5 30S ribosomal protein S16 0,8 rpsP CV_3675

Q7NT55 Cold shock transcription regulator 0,8 cspD CV_3206

Q7NRA4 Flagelin 0,8 fliC1 CV_3879

Q7NQE7 DNA-directed RNA polymerase subunit 0,9 rpoC CV_4192

Q7NQF0 Elongation factor G 0,9 fusA CV_4189

Q7NQF5 50S ribosomal protein L2 0,9 rplB CV_4183

Q7NZS2 50S ribosomal protein L27 0,9 rpmA CV_0849

Q7NQH6 30S ribosomal protein S4 0,9 rpsD CV_4161

Q7NQF1 30S ribosomal protein S10 0,9 rpsJ CV_4187

Q7NVZ3 Elongation factor Ts 0,9 tsf CV_2197

Q7NQF3 50S ribosomal protein L4 0,9 rplD CV_4185

Q7NZ47 Succinyl-CoA ligase [ADP-forming] s 0,9 sucC CV_1075

Q7NYB1 Probable trans-acting regulatory Hv 0,9 CV_1363

Q7NY13 Translation initiation factor IF-2 0,9 infB CV_1462

Q7NQH1 50S ribosomal protein L15 0,9 rplO CV_4167

Q7NSM2 Bacterioferritin 0,9 bfr CV_3399

Q7NQG2 50S ribosomal protein L14 0,9 rplN CV_4176

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130

Q7NYC3 50S ribosomal protein L20 0,9 rplT CV_1351

Q7NTH1 Glutamate dehydrogenase 0,9 gdhA CV_3084

Q7M7F1 Elongation factor Tu 1 tuf2 CV_4200

Q7NQX1 60 kDa chaperonin 2 1 groEL2,CV_4014

Q7NQE8 30S ribosomal protein S12 1 rpsL CV_4191

Q7NQG4 50S ribosomal protein L5 1 rplE CV_4174

Q7NRT2 Purine nucleoside phosphorylase Deo 1 deoD CV_3698

Q7NY10 Polyribonucleotide nucleotidyltrans 1 pnp CV_1466

Q7NRY9 30S ribosomal protein S18 1 rpsR CV_3638

Q7NQF9 50S ribosomal protein L16 1 rplP CV_4179

Q7NQG7 50S ribosomal protein L6 1,1 rplF CV_4171

Q7NXI3 Chaperone protein DnaK 1,1 dnaK CV_1643

Q7NRV7 50S ribosomal protein L19 1,1 rplS CV_3672

Q7NVZ1 Ribosome-recycling factor 1,1 frr CV_2199

Q7NUZ3 DNA-binding protein hu-beta 1,1 hupB1 CV_2554

Q7NS84 Nucleoside diphosphate kinase 1,1 ndk CV_3542

Q7NQG6 30S ribosomal protein S8 1,1 rpsH CV_4172

Q7NVZ4 30S ribosomal protein S2 1,1 rpsB CV_2196

Q7NZQ1 Probable thiol peroxidase 1,1 tpx CV_0870

Q7NSP6 Putative uncharacterized protein 1,2 CV_3374

Q7NZF9 S-adenosylmethionine synthase 1,2 metK CV_0963

Q7NRT4 30S ribosomal protein S9 1,2 rpsI CV_3696

Q7NQT0 50S ribosomal protein L25 1,2 rplY CV_4057

Q7NQF2 50S ribosomal protein L3 1,2 rplC CV_4186

Q7NY63 Formate C-acetyltransferase 1,2 pflB CV_1412

Q7NR07 Putative uncharacterized protein 1,3 CV_3978

Q7NQF8 30S ribosomal protein S3 1,3 rpsC CV_4180

Q7NW96 Branched-chain-amino-acid transamin 1,3 ilvE CV_2094

Q7NS55 Outer membrane protein A 1,4 rmpM CV_3571

Q7NYA8 Probable phasin 1,4 CV_1366

Q7NXU6 Phosphate acetyltransferase 1,4 pta CV_1530

Q7P0P0 Pyruvate dehydrogenase E1 component 1,4 aceE CV_0526

Q7NQG8 50S ribosomal protein L18 1,4 rplR CV_4170

Q7NYH1 Inosine-5'-monophosphate dehydrogen 1,5 guaB CV_1303

Q7NQE9 30S ribosomal protein S7 1,5 rpsG CV_4190

Q7P0K3 Transaldolase 1,6 talA CV_0564

Q7P1V2 Peptidoglycan-associated lipoprotein 1,6 pal CV_0110

Q7NTK8 30S ribosomal protein S1 1,6 rpsA CV_3046

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131

Q7NQG1 30S ribosomal protein S17 1,6 rpsQ CV_4177

Q7NQE6 DNA-directed RNA polymerase subunit 1,6 rpoB CV_4193

Q7NQG9 30S ribosomal protein S5 1,6 rpsE CV_4169

Q7NQH8 50S ribosomal protein L17 1,6 rplQ CV_4159

Q7NRJ9 Arginine deiminase 1,7 arcA CV_3782

Q7NXU5 Acetate kinase 1,7 ackA CV_1531

Q7NRT3 50S ribosomal protein L13 1,7 rplM CV_3697

Q7NY11 30S ribosomal protein S15 1,7 rpsO CV_1465

Q7NRK0 Ornithine carbamoyltransferase, cat 1,7 arcB CV_3781

Q7P098 ATP synthase subunit delta 1,7 atpH CV_0669

Q7NRL5 30S ribosomal protein S21 1,7 rpsU CV_3765

Q7P099 ATP synthase subunit b 1,8 atpF CV_0668

P60100 50S ribosomal protein L11 1,8 rplK CV_4197

Q7NQH4 30S ribosomal protein S13 1,8 rpsM CV_4163

Q7NQG3 50S ribosomal protein L24 1,9 rplX CV_4175

Upreguladas

Q7NRY3 Myo-inositol-1(Or 4)-monophosphatas 2,2 suhB CV_3644

Q7NZN6 Ferredoxin--NADP reductase 2,4 fpr CV_0886

Q7NQX0 10 kDa chaperonin 2,6 groES CV_4015

Q7P0K7 Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrog 2,6 gapA CV_0560

Q7NQF6 30S ribosomal protein S19 2,6 rpsS CV_4182

Q7NTU6 Gluconokinase 2,7 gntV CV_2957

Q7NSK5 50S ribosomal protein L32 2,9 rpmF CV_3418

Q7NQH5 30S ribosomal protein S11 3 rpsK CV_4162

Q7NWD0 Negative regulator for alginate bio 3,4 mucB CV_2060

Q7NSH0 50S ribosomal protein L28 3,5 rpmB CV_3456

Q7NSH1 50S ribosomal protein L33 3,5 rpmG CV_3455

Q7NRN3 30S ribosomal protein S20 4,7 rpsT CV_3747

Q7NRY7 30S ribosomal protein S6 4,7 rpsF CV_3640

Q7NXH6 2-amino-3-ketobutyrate coenzyme A l 4,9 kbl CV_1650

Q7NQS9 Ribose-phosphate pyrophosphokinase 5,4 prsA CV_4058

Q7NXP1 Transcription termination factor Rh 5,5 rho CV_1585

Q7NRK1 Carbamate kinase 7,4 arcC CV_3780

Q7P096 ATP synthase gamma chain 8,3 atpG CV_0671

Proteínas únicas em microgravidade

Q7NYU0 Putative uncharacterized protein INF CV_1182

Q7NQB3 Putative uncharacterized protein INF CV_4227

Q7P131 ATP-dependent RNA helicase RhlE INF rhlE3 CV_0383

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132

Q7NXT7 Probable amino acid ABC transporter INF CV_1539

Q7NVP5 Lipoprotein INF CV_2297

Q7NU11 ATP-dependent RNA helicase INF rhlE1 CV_2892

Q7NSG1 GMP synthase [glutamine-hydrolyzing INF guaA CV_3465

Q7P0N9 Acetyltransferase component of pyru INF aceF CV_0527

Q7P243 Probable biotin carboxylase INF CV_0018

Q7NZQ3 Putative uncharacterized protein INF CV_0868

Q7NUX9 Putative uncharacterized protein INF CV_2568

Q7NQN5 Spermidine/putrescine import ATP-bi INF potA CV_4102

Q7NSP4 Site-determining protein INF minD CV_3376

Q7NZ90 5-methylthioadenosine/S-adenosylhom INF mtaD CV_1032

Q7NSH8 Chemotaxis regulator protein CheY INF cheY3 CV_3448

Q7P1N8 Probable cytochrome C transmembrane INF CV_0175

Q7MBD3 Probable 3-oxoacyl-(Acyl-carrier pr INF CV_3947

* FC - Fold change, ≥ 2 consideradas upreguladas, ≤ 0,5 consideradas downreguladas.

**INF - Exclusivas da condição de micrigravidade

Proteínas totais identificadas durante a fase exponencial tardia (12 horas) sob

condições de microgravidade simulada.

Tabela 17. Lista de 173 proteínas da fase exponecial tardia (MG12) de C. violaceum ATCC12472

cultivada em condições de microgravidade simulada.

Código Nome proteína F.

change

Gene

Downregulada

Q7NVT4 Probable short-chain dehydrogenase 0,05 CV_2258

Q7NXT7 Probable amino acid ABC transporter 0,1 CV_1539

Q7NZ55 Succinate dehydrogenase flavoprotein subunit 0,2 sdhA CV_1067

Q7NZQ3 Putative uncharacterized protein 0,3 CV_0868

Q7NYU9 Probable cytochrome-c oxidase, subunit II 0,3 CV_1173

Q9ZHI1 Acetyl-CoA acetyltransferase (CoA thiolase) 0,4 phaA CV_279

0 Q7NYJ0 Probable hydrolase 0,4 CV_1284

Q7NXY0 Acetylornithine aminotransferase (ACOAT) 0,4 aruC argD,CV

_1496 Q7NZ52 Citrate synthase 0,4 gtlA CV_1070

Q7NQX8 Cytochrome b 0,4 petB CV_4007

Q7NS77 Catalase 0,4 katE CV_3549

Q7P098 ATP synthase subunit delta (ATP synthase

F1)

0,4 atpH CV_0669

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133

Q7NS93 RNA-binding protein Hfq 0,4 hfq CV_3533

Q7P1C4 Glutathione S-transferase family protein 0,4 gst2 CV_0289

Q7P1V2 Peptidoglycan-associated lipoprotein 0,5 pal CV_0110

Q7NSM2 Bacterioferritin 0,5 bfr CV_3399

Q7P182 Aromatic-amino-acid transaminase 0,5 tyrB2 CV_033

1 Q7NTP6 Putative uncharacterized protein 0,5 CV_3008

Q7NWH0 Probable aldehyde dehydrogenase 0,5 CV_2019

Q7NSG7 Enolase 0,5 eno CV_3459

Q7NR24 UPF0264 protein CV_3961 0,5 CV_3961

Q7NQG0 50S ribosomal protein L29 0,5 rpmC CV_417

8 Sem diferençao de expressão

Q7NZF1 Probable fumarylacetoacetate hydrolase 0,6 CV_0971

Q7NQ13 Probable oligopeptide ABC transporter system,

substrate-binding protein

0,6 CV_4329

Q7NQG5 30S ribosomal protein S14 0,6 rpsN CV_4173

P60100 50S ribosomal protein L11 0,6 rplK CV_4197

Q7NW96 Branched-chain-amino-acid transaminase 0,6 ilvE CV_2094

Q7NSF9 Transmembrane protein 0,6 elaB CV_3467

Q7NV42 Superoxide dismutase 0,6 sodB1 CV_250

4 Q7NZF3 4-hydroxyphenylpyruvate dioxygenase 0,6 hpd CV_0969

Q7NZ46 Succinyl-CoA ligase [ADP-forming] subunit

alpha

0,7 sucD CV_1076

Q7NZS2 50S ribosomal protein L27 0,7 rpmA CV_084

9 Q7NQH1 50S ribosomal protein L15 0,7 rplO CV_4167

Q7NVZ1 Ribosome-recycling factor (RRF) 0,7 frr CV_2199

Q7NRB4 Probable DNA-binding protein hu-beta 0,7 CV_3869

Q7NRV5 30S ribosomal protein S16 0,8 rpsP CV_3675

Q7NR58 4-aminobutyrate transaminase 0,8 goaG CV_392

6 Q7NSP6 Putative uncharacterized protein 0,8 CV_3374

Q7NSK5 50S ribosomal protein L32 0,8 rpmF CV_341

8 Q7NQE8 30S ribosomal protein S12 0,8 rpsL CV_4191

Q7NQH7 DNA-directed RNA polymerase subunit alpha 0,8 rpoA CV_4160

Q7NYA8 Probable phasin 0,8 CV_1366

Q7NR57 Succinate-semialdehyde dehydrogenase 0,8 gabD CV_392

7 Q7NQ87 DNA-binding stress protein 0,8 dps CV_4253

Q7NQG3 50S ribosomal protein L24 0,8 rplX CV_4175

Q7NVH9 Acetoacetyl-CoA reductase 0,8 phaB CV_2364

Q7NQF9 50S ribosomal protein L16 0,8 rplP CV_4179

Q7NZK6 NADP-dependent malate dehydrogenase 0,8 maeB CV_091

6 Q7NR08 Putative uncharacterized protein 0,8 CV_3977

Q7NTH1 Glutamate dehydrogenase 0,8 gdhA CV_308

4 Q7NQH4 30S ribosomal protein S13 0,8 rpsM CV_4163

Q7M7F1 Elongation factor Tu (EF-Tu) 0,9 tuf1 CV_4188

Q7NQM5 Aspartate ammonia-lyase (Aspartase) 0,9 aspA CV_4112

Q7NYC4 50S ribosomal protein L35 0,9 rpmI CV_1350

Q7NWT8 Probable outer membrane protein 0,9 CV_1891

Q7NQF5 50S ribosomal protein L2 0,9 rplB CV_4183

Q7NZF9 S-adenosylmethionine synthase (AdoMet synthas) 0,9 metK CV_096

3 Q7NVP5 Lipoprotein 0,9 CV_2297

Q7NQE5 50S ribosomal protein L7/L12 0,9 rplL CV_4194

Q7NX40 Protein kinase 0,9 prkA CV_1789

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134

Q7P095 ATP synthase subunit beta (ATP synthase F1) 0,9 atpD CV_0672

Q7NRA4 Flagellin 0,9 fliC1 CV_3879

Q7NS84 Nucleoside diphosphate kinase (NDK) 0,9 ndk CV_3542

Q7NRE8 Adenylosuccinate lyase (ASL) 0,9 purB CV_3834

Q7NZ47 Succinyl-CoA ligase [ADP-forming] subunit beta 0,9 sucC CV_1075

Q7NZ25 binding protein component of ABC dipeptide

transporter

0,9 CV_1097

Q7NZ60 Malate dehydrogenase 1 mdh CV_1062

Q7P1M6 Fructose-bisphosphate aldolase 1 agaY CV_0187

Q7NRT4 30S ribosomal protein S9 1 rpsI CV_3696

Q7NZI3 Triosephosphate isomerase (TIM) 1 tpiA CV_0939

Q7NQE4 50S ribosomal protein L10 1 rplJ CV_4195

Q7NRP1 Probable peroxidase 1 CV_3739

Q7NRW4 Probable isocitrate dehydrogenase (NADP) 1 CV_3664

Q7NS55 Outer membrane protein A 1 rmpM CV_357

1 Q7NRW2 Cold shock transcription regulator protein 1 cspE CV_3667

Q7NQG4 50S ribosomal protein L5 1 rplE CV_4174

Q7NTK8 30S ribosomal protein S1 1,1 rpsA CV_3046

Q7P138 Putative uncharacterized protein 1,1 CV_0376

Q7NT55 Cold shock transcription regulator protein 1,1 cspD CV_3206

Q7NQX1 60 kDa chaperonin 2 (GroEL protein 2) 1,1 groEL2,CV_40

14 Q7NYC3 50S ribosomal protein L20 1,1 rplT CV_1351

Q7NQG9 30S ribosomal protein S5 1,1 rpsE CV_4169

Q7NQ40 Universal stress protein 1,1 CV_4300

Q7P099 ATP synthase subunit b (ATP synthase F(0) 1,1 atpF CV_0668

Q7NQH0 50S ribosomal protein L30 1,2 rpmD CV_416

8 Q7P097 ATP synthase subunit alpha 1,2 atpA CV_0670

Q7NQH8 50S ribosomal protein L17 1,2 rplQ CV_4159

Q7NQE9 30S ribosomal protein S7 1,2 rpsG CV_4190

Q7NQF7 50S ribosomal protein L22 1,2 rplV CV_4181

Q7NQH6 30S ribosomal protein S4 1,2 rpsD CV_4161

Q7NST7 Probable sigma-54 modulation protein 1,2 CV_3333

Q7NTX0 Peptidylprolyl isomerase 1,2 CV_2933

Q7NVZ4 30S ribosomal protein S2 1,3 rpsB CV_2196

Q7NQN8 Putrescine-binding periplasmic protein 1,3 potD CV_4099

Q7NQF3 50S ribosomal protein L4 1,3 rplD CV_4185

Q7NQH5 30S ribosomal protein S11 1,3 rpsK CV_4162

Q7NQE3 50S ribosomal protein L1 1,3 rplA CV_4196

Q7NQG2 50S ribosomal protein L14 1,3 rplN CV_4176

Q7NRZ0 50S ribosomal protein L9 1,4 rplI CV_3637

Q7NY10 Polyribonucleotide nucleotidyltransferase 1,4 pnp CV_1466

Q7NRJ9 Arginine deiminase (ADI) 1,4 arcA CV_3782

Q7NRT3 50S ribosomal protein L13 1,4 rplM CV_3697

Q7NRY9 30S ribosomal protein S18 1,4 rpsR CV_3638

Q7NUZ3 DNA-binding protein hu-beta 1,4 hupB1 CV_25

54 Q7NQF0 Elongation factor G (EF-G) 1,4 fusA CV_4189

Q7NQG1 30S ribosomal protein S17 1,5 rpsQ CV_4177

Q7NSK9 Acyl carrier protein (ACP) 1,5 acpP CV_3413

Q7NRT2 Purine nucleoside phosphorylase DeoD-type 1,5 deoD CV_369

8 Q7MBD3 3-oxoacyl-(Acyl-carrier protein) reductase 1,5 CV_3947

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135

Q7NTH0 Arginine/ornithine transport protein (ABC

superfamily)

1,5 aotJ CV_3085

Q7NQF8 30S ribosomal protein S3 1,5 rpsC CV_4180

Q7NQG7 50S ribosomal protein L6 1,5 rplF CV_4171

Q7NXE5 Hydrogen cyanide synthase HcnC 1,6 hcnC CV_1682

Q7NYH1 Inosine-5'-monophosphate dehydrogenase 1,6 guaB CV_1303

Q7NQT0 50S ribosomal protein L25 1,6 rplY CV_4057

Q7P190 Urocanate hydratase (Urocanase) 1,6 hutU CV_0323

Q7NQE6 DNA-directed RNA polymerase subunit beta 1,6 rpoB CV_4193

Q7NYB1 Probable trans-acting regulatory HvrA protein 1,7 CV_1363

Q7NQF2 50S ribosomal protein L3 1,8 rplC CV_4186

Q7NXP2 Thioredoxin 1,8 trxA CV_1584

Q7NRY7 30S ribosomal protein S6 1,8 rpsF CV_3640

Q7NQF6 30S ribosomal protein S19 1,8 rpsS CV_4182

Q7NQF4 50S ribosomal protein L23 1,8 rplW CV_4184

Q7NQE7 DNA-directed RNA polymerase subunit beta' 1,8 rpoC CV_4192

Q7NSJ5 Glycine dehydrogenase (decarboxylating) 1,9 gcvP CV_3429

Q7NWG4 Probable aminotransferase 1,9 CV_2025

Q7NRV7 50S ribosomal protein L19 1,9 rplS CV_3672

Upreguladas

Q7NRK0 Ornithine carbamoyltransferase, catabolic 2 arcB CV_3781

Q7NQG8 50S ribosomal protein L18 2,1 rplR CV_4170

Q7NQG6 30S ribosomal protein S8 2,1 rpsH CV_4172

Q7NZ50 succinyltransferase 2,1 sucB CV_1072

Q7NXI3 Chaperone protein DnaK (HSP70) 2,3 dnaK CV_164

3 Q7NXH6 2-amino-3-ketobutyrate coenzyme A ligase

(AKB)

2,3 kbl CV_1650

Q7NPX8 Putative uncharacterized protein 2,4 CV_4364

Q7NQF1 30S ribosomal protein S10 2,5 rpsJ CV_4187

Q7NRL5 30S ribosomal protein S21 2,6 rpsU CV_3765

Q7NYI8 Serine hydroxymethyltransferase 2,8 glyA CV_1286

Q7P1G2 Glycerol kinase 3,7 glpK CV_0251

Q7NYZ5 Protein-export protein SecB 4,1 secB CV_1127

Q7NSH0 50S ribosomal protein L28 4,3 rpmB CV_345

6 Q7NSH1 50S ribosomal protein L33 4,5 rpmG CV_345

5 Q7NQX0 10 kDa chaperonin (GroES protein) 4,8 groES1,

CV_4015 Q7NY63 Formate C-acetyltransferase 6,8 pflB CV_1412

Q7NUY8 Trigger factor (TF) 7,8 tig CV_2559

Proteína unicas em microgravidade

Q7NVZ3 Elongation factor Ts (EF-Ts) INF tsf CV_2197

Q7NXT3 Putative uncharacterized protein INF CV_1543

Q7NR07 Putative uncharacterized protein INF CV_3978

Q7NY11 30S ribosomal protein S15 INF rpsO CV_1465

Q7NRS1 Phosphoenolpyruvate synthase (PEP synthase) INF ppsA CV_3709

Q7NUH0 Probable alcohol dehydrogenase INF CV_2728

Q7NTP3 Flagellin INF flaD CV_3011

Q7P0K7 Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase INF gapA CV_056

0 Q7NS98 Adenylosuccinate synthetase 2 (AMPSase 2) INF purA2 CV_352

8 Q7NVG1 Aromatic-amino-acid transaminase INF tyrB1 CV_238

2 Q7NTX1 Peptidylprolyl isomerase INF CV_2932

Q7NRK1 Carbamate kinase INF arcC CV_3780

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136

Q7P096 ATP synthase gamma chain (ATP synthase F1) INF atpG CV_0671

Q7NRT0 Thymidine phosphorylase INF deoA CV_370

0 Q7NXP1 Transcription termination factor Rho INF rho CV_1585

Q7NY96 Elongation factor P (EF-P) INF efp CV_1378

Q7NZF2 Homogentisate 1,2-dioxygenase INF hmgA CV_097

0 Q7NWE6 Phosphoribosylformylglycinamidine synthase INF purL CV_2044

Q7NSS7 Adenylate kinase (AK) INF adk CV_3343

Q7NXT0 Probable 3-oxoacyl-[acyl-carrier protein]

reductase

INF CV_1546

Q7NS45 Peptidyl-prolyl cis-trans isomerase INF slyD CV_3582

Q7NQS9 Ribose-phosphate pyrophosphokinase (RPPK) INF prsA,CV_4058

Q7P0I1 Acetolactate synthase INF ilvI CV_0586

Q7NSM8 Putative uncharacterized protein INF CV_3393

Q7NU54 Putative uncharacterized protein INF CV_2849

Q7NUH8 3-hydroxyacyl-CoA dehydrogenase INF fadB CV_2720

Q7NUD8 Tryptophan synthase beta chain INF trpB CV_2762

Q7NSY7 Acetyl-coenzyme A synthetase (AcCoA) INF acsA CV_3282

* FC - Fold change, ≥ 2 consideradas upreguladas, ≤ 0,5 consideradas downreguladas.

**INF Exclusivas da condição de micrigravidade

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137

8. Apêndice B

Proteínas com sequência conservada às hipotéticas identificadas

diferencialmente expressas em C. violaceum cultivada em microgravidade simulada.

Tabela 18. Sequências selecionadas a partir do resultado obtido no BLASTp para a proteína CV_4364 de C.

violaceum

>WP_011137910.1 copper chaperone PCu(A)C [Chromobacterium violaceum]

MKRFAAALLGLCLSGLAAAHSFQLGAIQIGHPWSRAMPAASQTGGVYLSLENQGKAEDKLVSASTPR

AERAEVHTHVNDNGVMRMRKVEGGVAVAPGQTVKFAPGSYHIMLLGLKQPLKAGDRFPLTLSFEKA

GQVEVQVVVQDGAGDHAH

>WP_046155195.1 copper chaperone PCu(A)C [Chromobacterium vaccinii]

MKRFAAALLGLCLSGLAAAHSFQLGAIHIGHPWSRAMPAASQTGGVYLSLENQGKAEDKLVSASTPR

AERAELHTHVNDN

GVMRMRKVEGGVAVAPGQTVKFAPGSYHIMLMGLKQPLKAGDRFPLTLGFEKAGQVEVQVVVQDG

ADDHAH

>WP_021479180.1 copper chaperone PCu(A)C [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MKRFAAALLGLCLSGLAAAHSFQLGAIHIGHPWSRAMPAASQTGGVYLSLENQGKAEDKLVSASTPR

AERAELHTHVNDNGVMRMRKVEGGVAIAPGQTVKFAPGSYHIMLMGLKQPLKAGDRFPLTLGFEKA

GQVEVQVVVQDGADDHAH

>WP_088736624.1 copper chaperone PCu(A)C [Xenophilus sp.]

MKRVFALLLGLCLSAAAMAHSYKVGEINIVHPWSRAMPAASTTGGVYFALDNKGKTADRLVGAATP

RAETAELHTHVNDNGVMRMRKVEGGVEVAPGQQVKFAPGGYHVMLFGLKQPLKAGDRFPMTLKF

EKGGEVKVDVVVQDGADSHSH

>WP_043592390.1 copper chaperone PCu(A)C [Chromobacterium haemolyticum]

MRKTLSALLGLCLLSAGAMAHEFKLGDIKIGHPWSRAMPESSPTGGVYLSLNNQGKTADKLLSASTP

RAAKAELHTHLNDKGVMRMREVAGGVAVAAGQEVKFAPGSYHVMLMGLKQPLRVGDRFPLTLRFE

KAGSVTVEVVVEDGVAAAAPAEHAH

>WP_008954680.1 copper chaperone PCu(A)C [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MKHLRILTALLLGLLALPALAHHYVLGTLHIGHPWSRAMPAMMSSGAVYLKLDNQGKTADRLLAVS

TPRAASAELHQNLNDHGVMRMRALPEGIELPPGRGIALAPGGTHIMLMGLTAPLKAGERFPLTLRFA

RAGTIAVEVKIEEGMMPTP

Tabela 19. Sequências selecionadas a partir do resultado obtido no BLASTp para a proteína CV_3961 de C.

violaceum

>WP_011137508.1 hypothetical protein [Chromobacterium violaceum]

MKVLISPISTAEAVVAWECGTNIIDIKNINEGSLGASFPWIIREVIARINDPKVVFSATLGDLPHKPGTAS

LAALGAVSSGVKYVKAGLHGSKDVAEGVELMSAVVRTCKDFDPSVTVVTAGYADYQRFGGLSPQQL

VEIAAQSKSDMVMVDTYIKDGKSLFDALNEQQLTEFVQQAHAKGLKVALAGSVRAEHLELLARIGAD

VVGVRGAVCSGYDRGTTIDPLKAEQFIKAANAIAVAQ

>WP_046168585.1 hypothetical protein [Chromobacterium vaccinii]

MKVLISPISTAEAVVAWECGTNIIDIKNINEGSLGASFPWIIREVIARINDPKVVFSATLGDLPHKPGTAS

LAALGAVSSGVKYVKAGLHGSKDVAEGVELMSAVVRSCKDFDPSVTVVTAGYADYQRFGGLSPQQL

VEIAAESKSDMVMVDTYIKDGKSLFDALNEQQLTEFVQQAHAKGLKVALAGSVRAEHLELLARIGAD

VVGVRGAVCSGYDRGTTIDPVKAEQFIKAANAIAVAQ

>WP_028706625.1 hypothetical protein [Propionibacterium acidifaciens]

MRILISPVDADEAVIAYECGADIIDIKNTAEGSLGASFPWVIREVIERVGDPEVTFSATLGDLPFKPGTAA

LAARGAVTCGVTYVKAGLHGPATVDEGVQLMTAVDRAAKGVNDNEILVVTAGYADYRRFNGLNPLQ

LVEIATKAKTDLVMMDTLFKDGKTLFDSCDLAELGEFVSAAHENDLTVALAGSIRQQHLDQLASIGTD

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138

IVGVRGAVCGGLDRKTTIDREKAREFMTVASTC

>WP_042693858.1 hypothetical protein [Methanobrevibacter oralis]

MLLLISPINREEALESIEGGADIVDVKNPKEGSLGANFPWVIKEIRELTPEDKLVSATLGDVPYKPGTVS

LAAMGAHVSGANYIKVGLYGTKNHDEAVEVMSNVSKTIKDISPNTTIVAAGYADAHRVGAVEPMEIP

KIARDANCDLAMLDTAVKDGHTLFDYLDLEKLEEFVKETHSYGLKTALAGSVKKEQLKPLNDIGCDV

VGIRGAACVGGDRNTGKIHHDAVAELKELCDSFE

>WP_013100180.1 hypothetical protein [Methanocaldococcus infernus]

MLLLVSPIDVEEAKEAIEGGADIIDVKNPKEGSLGANFPWVIREVRKITPKSLLVSATVGDVPYKPGTV

SLAALGAGMSGADYIKVGLYGVKNYNQAVELMKSVVKAVKDFDDNKIVVAAGYADAYRVGAVDPLV

IPKIARDSGADVAMLDTAIKDGKTLFDFLSKEILEEFVSEVHDYGLKCALAGTIKKDHIPILKEIGTDIV

GVRGAACKGGDRNKGRIDRNLVRELKELC

>KUK00808.1 hypothetical protein XD44_1127 [Methanobacteriaceae archaeon]

MREVHELLLLVSPINTKEAIEAIKGGADIIDVKNPREGSLGASFPWIIREIRRITPDNMLVSATLGDVPY

KPGTVSLAALGALTAGADYIKVGLYGTKNFKEAVDVMENVVRTIKGEKKEAFVVAAGYADAHRVGS

VDPMEIPKVAYESGADVAMLDTAVKDGETLFDFLGVGELQDFVREAHDLGLKAALAGSIKKEQLRSL

DEIGCDIVGVRGAACVGGDRNTGTIHRSAVTELKRLIEVI

Tabela 20. Resultado do BLASTp para a proteína CV_2933 de C. violaceum

>WP_071108351.1 peptidylprolyl isomerase [Chromobacterium amazonense]

MRKILLHTALVAAFAGSAIAVAGPTVNGQQISDVRIDAVAKMMEAQGQNVTPQARDQIKDQLVTAEV

LRQEAVKKGLDKSAEFAAELANMQAMALANRLIKDFEKANPVSDADLKAEYDKLVASVPETKQYHA

RHILVKTEAEAKAVIDALKKGKSFDKLAKEKSMDPGSKANGGDLGWQEAGTFVAPFSEAMSKLAKG

EVTASPVKTEYGWHVIKLDDMRTQRNVPSLDDIRPQLTQRVMGARIEKYVADLKAKAQVQQ

>WP_059284960.1 peptidylprolyl isomerase [Aquitalea magnusonii]

MRKTLLASALLAALSTTVVLAAGPSVNGNEISQARIDAVVQMMAAQGQAADDKTKDMVKDQLITAE

VLRQEAIKKGFDKTADFKAELQNMEAMALANRVIKDFQKANPVTDDQLKAEYDKLVASVPETKQYH

ARHILVGSEAEAKAVIEALRKGKAFDLLAKEKSKDPGSKASGGDLGWQEAGTFVPEFSDAMAKLSKG

QVTAKPVKTQFGWHIIKLDDVRTERNVPSLEDARPQLTQRIMGARIEKYVGDLKAQAKIQQ

>WP_085277461.1 peptidylprolyl isomerase [Pseudogulbenkiania subflava]

MRKTLLLSTLTAAVLSTAVLAAPPVVNGTAISQSRIDAVVRMMEAQGQQSSPDMQAAARDQLITAEIL

RQAAVKKGLDKSPEYRAELENMQTMALASRLIKDFQRSNPVSDAQLRAEYDKIKSQFPEKKSYHARH

ILVPTEAEAKAVIDALRKGKAFDQLAKEKSIDPGSKNNGGDLGWSEASNFVAPFSEAMTKLSKGQVTS

EPVKTEFGWHVIKLDDVRTEAAPPVEQIRPQLEQRIMSGRIEKFISDLKAKASIQ

>WP_028536466.1 peptidylprolyl isomerase [Paludibacterium yongneupense]

MNKKLLISTLVAAVLSSASMAADPTVNGTTISQARIDAVAAMMQGQQGQGQADESAGKPQDQARDQ

LITAEVLRQEAVRKGLDKQPDVRIELENLQAMTLARHLIQDYQKANPVTESDLKAEYDKLKAQMPVK

KSYHAEHILVKTEAEARAIIVALKKGRQFERLAREKSLDTGSKANGGDLGWNDPESFVPEFSQAMVK

LSKGQVTPQPIKTQFGWHVIKLDDIRTEEAPSLDSLRPQLEQRILGQRIDKYISDLKAKASIKLQ

>WP_028498874.1 peptidylprolyl isomerase [Microvirgula aerodenitrificans]

MRKLLTLSLLAATLAAPAFSAQGIQVNGTLVPQARVDAFVKQMTAQGQPDSPELRNAARDRVVMTE

LLRQEAVKKGLDKSPEYKSELENVQSALLANLYVRDYMKSHPISEAELKAEYEQMKSQMHQKTYHA

RHILVKTEAEARAVIDQLKKGKKFEDLARARSLDTGSKDNGGDLGFVDPAQLVPEFANVMTKLAKG

QITQTPVKSQFGWHVIQLVDSKDADFPPFDQVKAQLEQQVQGKRFDAFLNQLKTQAKVQ

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139

Tabela 21 Resultado do BLASTp para a proteína CV_1173 de C. violaceum.

>WP_011134728.1: cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Chromobacterium]

MDRIQKLIEEHVGWLIVLTLLVVSVAGLVEILPLAFQKSVTEPVAGVKPFTALQLAGRDIYIREGCTTC

HTQMIRPFRAETERYGHYSVAGESVYDHPFLWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRVHLNNPRDVVPE

SNMPAFPWLSKNLADADVVPKKMEALRLVGVPYTDKDIAEAKSQVEGKSELDAVVAYLQGLGLAVK

NRR

>WP_021478125.1 cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MDRIQKLIEEHVGWLIVLTLLVVSVAGLVEILPLAFQKSVTEPVAGVKPFTALQLAGRDIYIREGCTTC

HTQMIRPFRAETERYGHYSVAGESVYDHPFLWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRVHLNNPRDVVPE

SNMPAFPWLAKNLADADVVPKKMEALRLVGVPYTDKDIAEAKSQVEGKSEQDAVVAYLQGLGLAVK

NRR

>WP_066611308.1 cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Crenobacter luteus]

MEKIQKLIEERVGYLIVFTLIVISFAGLVEIVPLMFQKSTTEPVAGVKPFTALQLAGRDVYQREGCFNC

HSQMIRPFRSETERYGHYSVAGESVYDHPFLWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRVHLINPRDVVPES

NMPSFPWLARNLVDADAIPKHMEALRKVGVPYTDKEIAEAKAEVEGKSEMDAIIAYLQGLGLALKNV

R

>WP_012696479.1 cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Laribacter hongkongensis]

MDKIQKLIEEKVGYLIVLTLLVISIAMLVEILPLMFQKSTTQPVAGVKPYTALQLTGRDIYIREGCYNC

HSQMIRPFRAETERYGHYSVAGESVYDHPFQWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRVHLINPRDVVPES

NMPGFPWLSRNLADADTVAAKMTALRKVGVPYTDEEIAKSKGEVEGKSEMDALVAYLQGLGLALKN

TR

>WP_077299247.1 cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Aquaspirillum sp. LM1]

MEKIQKLIEEHVGYLIVFTLLTISVAMLVEILPLMFQKSTTEPVAGVKPYNALQLTGRDIYIREGCYNC

HSQMIRPFRSETERYGHYSVAGESVYDHPFQWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRVHLVNPRDVVPES

NMPAFPWLSKNLADADGVAAKMTALRKVGVPYTDQEIAEGKAMVEGKSEMDAMIAYLQGLGLALK

NVR

>WP_009119852.1 cytochrome-c oxidase, cbb3-type subunit II [Neisseria shayeganii]

MKLQQLVEEKVGYLIVFTFLVISVGLLVEVVPLFYTKSVTEPAPGVKPYTALQVAGRDVYIREGCYNC

HSQMIRPFRAETERYGHYSVGGESVYDHPFQWGSKRTGPDLARVGGRYSDEWHRLHLLNPRDVVPE

SNMPAFPWLARNRVDGETVAQHMRTLRTVGVPYTDEQIAAAAGEVEGKSELDAVIAYLQGLGLALK

NNEVK

Tabela 22. Resultado do BLASTp para a proteína CV_1284 de C. violaceum.

>OVE49366.1 hydrolase [Chromobacterium violaceum]

MKPTASAAPSPLLLTPRDHTLILIDYQSQMAFATHSIDIPTLRNNAGLVASAAAGFGVSAILTTVAEKSF

SGPMFDEVTAPFPDLRMLDRTSMNTWEDAAVIDRVNQIGKGRIVLAGLWTSVCIVGPALSALDQGFE

VYVIADACGDISAEAHERAMQRMVQAGARPITSLQYLLELQRDWARTDTYELTTGIAAKLGGGYGLG

IRYAKTMFGGHEG

>WP_021476988.1 hydrolase [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MKPTATAAPSPLLLTPRDHTLIMIDYQSQMAFATHSIDMPTLRNNAGLVASAAAGFGVSAILTTVAEKS

FSGPMFDEVTAPFPDLRMLDRTSMNTWEDAAVIARVNQIGKGRIVLAGLWTSVCIVGPALSALNQGFE

VYVIADACGDISAEAHERAMQRMVQAGARPITSLQYLLELQRDWARADTYELTTGIAAKLGGGYGL

GIRYAKTMFGGHEG

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140

>WP_093163539.1 hydrolase [Variovorax sp. YR216]

MTNATTAKPVAKAVPGATLLDPKDHTLVMIDFQSQMAFATHSIDAVTLRNNASLVASAAAGFGVSTV

LTTVAEKSFSGPMFEEVTAPFPGQALLDRTSMNTWEDEAVIRRINEIGKPRIVLAGLWTSVCIVGPALS

ALDQGFEVYVIADACGDVSAEAHNRAMERMVQAGARPMTSLQYLLELQRDWARAETYDLTTGIAKK

VGGAYGIGINYAKTMFGAHEG

>WP_092744888.1 hydrolase [Acidovorax valerianellae]

MTAIHTSTNAAAKPVATATPGATLLNPQDHTLVMIDFQSQMAFATHSIDAITLRSNAGLVASAAAGFG

VSTILTTVAEKSFSGPMFDEVTAPFPGQALLDRTSMNTWEDEAVIRRINEIGKPRIVLAGLWTSVCIVG

PALSAIDQGFEVYVIADASGDISAEAHNRAMERMVQAGARPITSLQYLLELQRDWARGDTYDMTTGIA

KKFGGGYGLGITYAKSMFNAHEG

>WP_050728823.1 hydrolase [Achromobacter piechaudii]

MSVTAFATPGAKLLSPKDHTLIMIDFQSQMAFATHSIDAVTLRNNAGLVAHAAAGFGASTILTTVAEK

SFSGPMFEEVTAPFPGQALLDRTSMNTWEDAAVIRQVNEIGKKRIVLAGLWTSVCIVGPALSALDQGF

EVYVITDACGDVSVEAHNRAVERIVQAGGQPITALQYLLEMQRDWARTDTYDMTTGIAKKFGGAYG

LGILYAKSMFNAHEG

>WP_088482194.1 hydrolase [Pelomonas puraquae]

MSTPTAKAAPGAKLLNPTDHVLVMIDFQSQMAFATHSIPIIELRNNASLVAQAAAGFKVPTILTTVAEK

SFSGPMFDEVTAPFNGQKMLDRTSMNTWEDVAVIQEINRIAKKRIVLSGLWTSVCIVGPALSALDQGF

EVYVITDACGDVSAEAHERAVTRMVQAGAQPITSLQYLLELQRDWARGETYDLTTGIAKKVGGGYGI

GVTYAKTMFGAHEG

Tabela 23. Resultado do BLASTp para a proteína CV_1539 de C. violaceum.

>WP_011135091.1 branched-chain amino acid ABC transporter [Chromobacterium violaceum].

MQVSKLSTLTLAVAAAVALSACGKKEEAAPAGAASAPAQASGGSEIKIGFAAPLTGPQSHYGEEYKNG

VTLAIEDANAAKPTIAGKPVTFVLDAQDDQADPKTATQLAQKFVDEKVAGIIGHFNSGTAIPASKIYSD

AGIPMIAMATSPVFTAQGFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFAVEKLHAKKIVIVDDRTAYGQGLADEFE

KAARAAGGDVVKREFTNDKATDFTAILTSIKGANPDVVFYGGADAQSAPMVKQMKRLGLKAPLISGE

MTKTPTFLQLAGKEADGTIASLAGLPLEQMPGGKDYETRYKARFKADVATYSPYGYDATRTLIQAME

QANSADPKAYLPVLAKITHQGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITVYKVQNGQWTVMETVGGGAPGKDA

SAAK

>WP_021477158.1 branched-chain amino acid ABC transporter [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MQVSKLSTLTLAVAAAVALSACGKKEEAAPAAGASAPAQASAGGDVIKIGFAAPLTGPQSHYGEEYK

NGVTLAIEDANAAKPTIAGKPVTFELNAQDDQADPKTATQLAQKFVDEKVAGIIGHFNSGTAIPASKIY

SDAGIPMIAMATSPVFTSQGFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFAVEKLHAKKIVIVDDRTAYGQGLADEF

EKAARASGGDVVKREFTNDKATDFTAILTSIKGANPDVVFYGGADAQSAPMVKQMKRLGLKAPLISG

EMTKTPTFLQLAGKEADGTIASLAGLPLEQMPGGKDYETRYKARFKADVATYSPYGYDATRALIQAM

EQANSADPKAYLPVLAKITHQGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITVYKVQNGQWTVMETVGGGAAAKD

ASAAK

>WP_088740426.1 branched-chain amino acid ABC transporter [Xenophilus sp. AP218F]

MQKTKLTPVTLAVAAALALAACGKKDDAAPAGNASAPAAAAAGSVIKIGFAAPLTGPQAHYGEEYKN

GVTLAIEDANAEKPTIAGKPVSFELDPQDDQADPKTATQLAQKFVDGKVAGIIGHFNSGTAIPASKIYS

DAGIPMIAMATSPAFTAQGFKNTFRSMTSDTQQGGVMGRFVVENLKAKKIVIVDDRTAYGQGLADEF

EKSAKAAGGEIVKREFTNDKATDFTAILTSIKGANPDVVFYGGADAQSAPMVKQMKRLGIKAPLVSGE

MTKTPTFLQLAGKEADGSIASLAGLPLEQMPGGKDYETRYKARFKADVATYSPYGYDAARALIQAIK

EADSADPKVYLPKLAKITHQGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITVYKVENGQWKVLETVGGGAAGKDAS

AAK

>WP_062789309.1 branched-chain amino acid ABC transporter [Aquitalea pelogenes]

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141

MQFTKLTTVTIAVAAALALSACGKKDDAAAPAGASAPAAAAAGGDTVKIGFAAPLTGPQAHYGEEYK

NGVTLAIEDANAEKPTIGGKPVTFELDAQDDQADPKTATQLAQKLVDDKVSGIIGHFNSGCAIPASKIY

SDAGIPMIAMATSPVFTAQGFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVDTLKAKKIVIVDDRTAYGQGLADE

FEKAVKAAGGDVAKREFTNDKATDFAAILTSIKGVNPDVIFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLKAPLIS

GEMTKTPNFLQLAGKEAEGSIASLAGLPLEQMPKGKEYADKYKARFKTDVATYSPYGYDATRALIQA

MKDANSTDPKAYLPVLAKIKYSGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITVYKVEGGQWKVMQTIGGGAAAPA

AASAAQ

>WP_088968153.1 amino acid ABC transporter [Vogesella sp. LIG4]

MRLNKLTSVSLAVTAALAIAGCSQKQEAPAAGAASAPAAAATGSAIKIGFAAPLTGPQAHYGEEYKNG

VTLAIEDANAEKPTIDGKPVSFELVAEDDQADPKTATQMAQKFVDNKVAGIIGHFNSGCAIPASKIYSD

AGIPMIAMATSPVFTTQGFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVDKLNAKKIVIVDDRTAYGQGLADEFE

KAVKAAGGQVLKREFTNDKATDFAAILTSIKSVSPDVVFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLKAPLISGE

MTKTPNFLQLAGKEAEGTIASLAGLPLDKMPKGNDYAARYKARFKMDVATYSPYGYDATRVLIAAM

KQANSADPAKYMPVLAKMEYKDGVTSSNWAYDAKGDLKDGGITVYKVQNGQWTVMETVGGGAAA

PAAASAAQ

>WP_054286883.1 branched-chain amino acid ABC transporter [Gulbenkiania mobilis]

MRFTQLKTVSLAVAAALVLAACGNKEGGAADASGASAEAAGGNVVKLGFAAPLTGPQAHYGEEYKN

GVTLAIEDANAEKPVIDGKPVSFELVAEDDQADPKTATQIAQKFVDAKVSGIIGHFNSGTSIPASKIYSD

ANLPQIAMATAPQFTQQGFKTTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVEKLGAKRIVIVDDRTAYGQGLADEFE

KSVKAAGGEVVKREFTTDKATDFAAILTSIKGANPDIIFYGGADAQSAPMAKQMKRLGIKAPLVSGEM

TKTPTFLKLAGKEADGSIASLAGLPLEQMPKGPDYAQRYKARFNMDVATYSPYGYDATRAMIQAMK

EANSTDPTKYLPVLAKINYSGVTSSSWAYDDKGDLKDGGITVYKVVNGEWTVMETVGGRAAAPAAD

ASAPAASAAQ

Tabela 24. Resultado do BLASTp para a proteína CV_2258 de C. violaceum.

>WP_087698193.1 NAD(P)-dependent oxidoreductase [Chromobacterium violaceum]

MTQDNTKHGKLAGKTMIVVGGARGIGAAIVEALAQQEVKVSIFDTDRAPTATNHYQSRDISGYQAAC

QLAEKLAAQGLSVQAMAVDATAESQVVEAVDLVAHAAEDFYGLVNAIGSSHVANTVDSSLSEFEAILQ

TNLTAPYLTSREAARILVRQGRGGAILNISSIAAKLAFPGISAYCAAKSGLQGFSGALALELAPHNVRVN

CVCPGIVKTNMWKYLENQLMGPGENLEQLWARMEGLIPLGRTQTAANIARFCVAILENEDITAQSLS

VDGGMNLYG

>WP_071116489.1 short-chain dehydrogenase [Chromobacterium sphagni]

MTQENAKHDKLAGKTMIVAGGARGIGAAIAEALARQQVKVCIFDTDRAPTATNHYQSRDISGYQAAC

ELAETLTAQGLSVKAMAVDATAEAQVVEAVGNVAHAAEDFYGLVNAIGSSHVANAVDSSLSEFEAILQ

TNLTAPYLTSREAGRALIRQGKGGAILNISSIAAKAAFPGISAYCAAKAGLQGFSGSLALELAPHNIRVN

CVCPGIVKTNMWKYLENQLMTPEENLAQLWARMEGLIPLGRTQTAENIARFCVAILENEDITAQSLS

VDGGMNLHG

>WP_053157462.1 NAD(P)-dependent oxidoreductase [Pseudomonas protegens]

MTQGNKAQGKLSGKTMIVVGGARGIGSAIVEVLAKEGVHVYIFDTDRTPNAINHYQTQDVSGYQAAR

TLAADLVEQGLSVKAIAVDATSEAQVIEAVAGVVHESEHFYGLVNAIGSSHLINTVESSLSEFDAIVQTN

LTAPYLTSREAARALVQRGKGGAILNISSIAAKVAFPGISSYCAAKAGLQGFSGALALELATHNIRVNC

VCPGIVKTNMWKYLENRLIEPNESLDDLWARMEGLIPLGRTQIPENIARFCLAVLENEDITAQSLSVDG

GMNLYG

>WP_047290268.1 NAD(P)-dependent oxidoreductase [Pseudomonas fluorescens]

MTQGNKAQGKLSGKTMIVVGGARGIGSAIVEVLAKEGVHVYIFDTDRTPNAINHYQTQDVSGYQAAR

TLAADLVEQGLSVTAIAVDATSEAQVIEAVAGVVHESEHFYGLVNAIGSSHLINTVESSLSEFDAIVQTN

LTAPYLTSREAARALIQRGKGGAILNISSIAAKVAFPGISSYCAAKAGLQGFSGALALELATHNIRVNCV

CPGIVKTNMWKYLENRLIEPNESLDDLWARMEGLIPLGRTQIPENIARFCLAVLENEDITAQSLSVDGG

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142

MNLYG

>BAG68855.1 probable short-chain dehydrogenase [Streptomyces albulus]

MRNMDFATGFADKVALVVGGGRGIGSAVVEELARRGARVVVADTDTLPSQYNHYQSTQVSGYADAQ

KLAARFTEEGLRVTAAQADATDEDQVSRLYADLAEQAGRLDVVVNAFGVTHVCPVEKMELAEFQRV

VSGNLDGVFLSSKHAVPLLRDSGGGAIINFSSVSGRSGFAKVAHYCAGKFGVVGFTAALAQEVARDGI

RVNAVCPGIVRSNMWRYLLSEFVRPGETEDECWERMRSMIPQREFQTPKDLAELVVYLAGATKVTG

QAISVDGGMTAP

Tabela 25. Resultado do BLASTp para a proteína CV_3008 de C. violaceum.

>WP_081543280.1 hypothetical protein [Chromobacterium violaceum]

MTPPKSANEIICDNIRKQLDQFRWPEAQQASLIEQILGLSTSQAYRKLNGSSPWQLAQVERLAQYFNLP

ASSLLVDHSQQEGQSPMDNELLPAILHLNNQSGEAHCWIQLGEQLADDSCAPLFLAKRLHDCWHVFP

GTLFDGEDGYEVGYLTIRPPKRANTKRLLVAVLDDKDADLLSAILVQQGLFALPYHQPQALLQALQH

EEFDAFVLDWVLGEPTSCMEVIETIRSHSSTVPIVVLTGYALEHESELSRALQTHGVYYIGKPAPGSILA

LQIKNMVTNALEHA

>KIG03633.1 response regulator receiver protein [Burkholderia sp. MR1]

MRPGAMPRRHLQHPPGSMVTETSSSESLAVAERVRELMSRHGIGKRQQTAELCRILDLSFSQGHRKL

RGNSPWTIAQIRRVADAFDEPALKLFDAIDTRPDDTEGIPHDAVLKLGSVEIPCTAWIGNSLDAGTRPD

FIAQKLNARWVVTRHEGVLLQEGCDVHKIEILPRRTDTEKPIIAVVDDDHASADNLHDYLEMTGFTA

MAFYGLDAFLDALQSQVFDAVVIDWLFGTHTSAGAIQAVRESDNPDAPVFVLTGELTTGKASESEISQI

IRDYNVTCFEKPARLGILVADLSKRLLRA

>CDY77757.1 Response regulators consisting of a CheY-like domain [Caballeronia glathei]

MGCAKEGRYPIGLTIWQLPEPLFPGAPLSFMKRHSNAEPPMVTETSSSESLAVAERVRELMSRHGIGK

RQQTAELCRILDLSFSQGHRKLRGNSPWTLAQIRRVADAFDEPALQLFDAKNADSDDTEGTAHDAVF

KLGSVEIPCMAWVGAALDAGSRPDFIAQKVNNHWLVTKHEGVLLQAAFDVHKIEIQPRRADMEKPVI

AVVDDDQASADNLHDYLERTGFTAIAFYHLDAFLEALQTQVFDAVVIDWLFGAHTSAGAIRAVRESDN

PDAPVFVLTGELTTGKASESEISQVIRDYNVACFEKPARLAILVADLSKRLLRT

>WP_016354656.1 transcriptional regulator [Burkholderia sp. RPE64]

MVTETSSSESLAVAERVRELMNRHGIGKRQQTAELCRILDLSFSQGHRKLRGNSPWTLAQIRRVADAF

DEPALKLFDSINTRPDETEGTAHDAVLKLGSLEIPCMAWVGNSLDAGSRPDFIAQKLNNRWIVSRHEG

VLLYEACDVHKIEIQPRRADTDKPVIAVVDDDHASADNLHDYLECTGFTAMAFYGLDAFAEALQAQV

FDAVVIDWLFGVNTSAGAIRAVRESDNPDAPIFVLTGELTTGKASESEISQVIRDYNVTCFEKPARLGIL

VADLSKRLMRS

Tabela 26. Resultado do BLASTp para a proteína CV_2019 de C. violaceum.

>WP_087698670.1 aldehyde dehydrogenase [Chromobacterium violaceum]

MARSHAEWKQLAAELKIEGRAFINGEYRDAAEGKRFDCVNPANGAKLAEIAHCGEAEVETAVKAAR

RAFESGVWSELAPLKRAAVLKRFAALIREHADELSLLETLDVGKPIGDTTAVDVPASAYCVEWFAEAI

DKVGGEVVPVDPKLVGLVTREPIGVVAAVVPWNFPILMASWKFGPALAAGNAVIVKPSEKSPLTAIRI

AALAKQAGIPDGIFQVLPGAGDVGRLLALHMDVDCVAFTGSTNVGKLIAGYAAQSNLKRAWLELGG

KSPNIILPDCPDLARAARAAASGIFYNMGEVCTAGSRVLVHKDIKERFLEEFKKAAAGFFPGDPLDPAT

SMGAIVDDIQYRKVLNYIDKGLSEGANLLLGGKAVHTDKGLFIEPTAFDCPSDDLTICREEIFGPVLSVI

TFSELDDAIRIANDTSYGLAAAVWTSNVSTAHQVSRRLRAGTVWVNCYDEGGDMNFPFGGYKQSGNG

RDKSLHALEKYTELKSTLIKL

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143

>WP_045848617.1 aldehyde dehydrogenase [Aquitalea magnusonii]

MARTHAQWKQFAAELNIEGRAFINGAYTSAADGKTFDCINPANGQKLADIAWCGEAEVDAAVKAAR

AAFESGAWSELAPLARGKILKRFAALIREHGDELALLETLDMGKPIGDSTTVDVPGAAYCVEWFAEAI

DKIGGEVAPVDPKLVGLVTREAIGVVAAVVPWNFPILMASWKFGPALAAGNAVIVKPSEKSPLTAIRL

AQLAKDAGIPDGIFQVLPGAGEVGKALALHMDVDCLAFTGSTGVGKLIAGYAAQSNLKRVWLELGG

KSPNIVLEDCADIAKAARTAAGGIFFNMGEMCTAGSRVLVHSKVKEQFLAEFKKAAEGWYPGDPLDP

ATSMGAIVDKIQYDKVLSYVDKGISEGASLICGGKAAHTDKGLFIEPTAFDCQRPDMTTCREEIFGPVL

SVITFDTIDEAVRIANDTEYGLAAAVWTSNVSTAHQVSRRLRAGTVWVNCYDEGGDMNFPFGGFKQS

GNGRDKSLHALEKYTELKSTLIKL

>WP_088737044.1 aldehyde dehydrogenase [Xenophilus sp. AP218F]

MPRSHAEWKQLATRLNIEGRAFIAGRYRAADSGKTFPCVNPADGAKLADVSWCGEAEVDEAVKAAR

AAFESGVWSGLAPLARGRILKRFAALMREHADELALLETLDAGKPIGDTASVDVPGAAYCVEWFAEA

IDKVGGEVAPADPKVVGLVTREAIGVVAAVVPWNFPILMASWKFGPALAAGNAVIVKPSEKSPLTAIR

VAQLAKEAGIPDGIFQVLPGAGDVGKLLALHMDIDCIAFTGSTAVGKLIAGYAAESNLKRVWLELGG

KSPNIILPDCPDLARAARAAAGAIFYNMGEMCTAGSRVLVHRDIKARFLAELRQAAEAYYPNDPLDPN

TSMGAIVDGIQHQKVMSYIDKGLSEGAELLIGGKAAHPGQGLFIEPTIFDCPRHDLAICREEIFGPVLSV

ITFDDVEEAVRIANDSEYGLAAAVWTGNVSTAHQVARRLRAGTVWVNCYDEGGDMNFPFGGFKQSG

NGRDKSLHALEKYTELKSTLIKL

>WP_088967517.1 aldehyde dehydrogenase [Vogesella sp. LIG4]

MARTHAEWKALSSEIKIEGRAFIDGEYVDAADGRSFDCINPATGDKLASIAWAGEHEVELTVKAARRA

FENGGWSDLPPLARGRILKRFAALIREHRDELALLETLDAGKPIGDTTTVDVPGAAYCVEWFAEAIDK

VGGEVAPVDPKLVGLVTREAIGVVAAVVPWNFPILMASWKFGPALAAGNALILKPSEKSPLTAIRLAA

LAKQAGIPDGIFQVLPGAGDVGKRLAMHMDIDCIAFTGSTGVGKLIAADAAQSNLKRVWLELGGKSP

NIVLPDCPDLARAARTAAGAIFYNMGEMCTAGSRLLVHEDIKDAFVAEFKKAADGFYPGDPLDPSSG

MGAIVDRTQYDKVLSYIDKAKSEGAELVCGGKATHVDTGLFIEPTAFVCQRPDMTICREEIFGPVLSII

TFKDVEEAIRIANDTEYGLAAAVWTSNVTTAHQVSRRLRAGTVWVNCYDEGGDMNFPFGGFKQSGN

GRDKSLHALEKYTELKSTLIKL

>WP_008952793.1 aminobutyraldehyde dehydrogenase [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MSRTHAEWQQLAATLTIEGRLFIDGEYANAHDSRTFDCINPATGDKLAEVAWSAAADVDTAVAAARR

AFESGVWSGLPPLKRGKILKRFAALIRQHRDELALLETLDMGKPIGDSITVDVPGAAYCVEWFAEAID

KVGGEVAPIDPKLVGLVTREPVGVVAAVVPWNFPILMASWKFAPALAAGNAVIVKPSEKSPLTAIRLA

GLAKQAGIPDGIFQVLPGAGDVGKLLALHMGVDCIAFTGSTAVGKLIAGYAAQSNLKRVWLELGGKS

PNIILEDCPDLARAARTAAGAIYYNMGEMCTAGSRVLVQRSIKERFLEAFRKAAQGYYPTDPLDPAAG

MGAIVDRTQFDKVLSYIDQGQGEGATLICGGQATQVAGKGYFIEPTAFDCPHPDLTICREEIFGPVLSV

ITFDSIDEAVRIANDTEYGLAAAVWTANVSTAHQVSRSLRAGTVWVNCYDEGGDMNLPFGGFKQSGN

GRDKSLHALEKYTELKSTLIKL

>WP_085275704.1 aldehyde dehydrogenase [Pseudogulbenkiania subflava]

MSRTHAEWQQLAATLGIEGRLFIDGEYAHAHDSRTFNCINPATGDKLAEVAWSAAADVDAAVAAARR

AFESGVWSGLPPLKRGKILKRFAALIRQHRDELALLETLDMGKPIGDSTTVDVPGAAYCVEWFAEAID

KVGGEVAPVDPKLVGLVTREPVGVVAAVVPWNFPILMASWKFGPALAAGNAVIVKPSEKSPLTAIRL

AGLAKQAGIPDGIFQVLPGGGDVGKLLALHMGVDCIAFTGSTAVGKLIAGYAAQSNLKRVWLELGG

KSPNIILEDCPDLARAARTAAGAIYYNMGEMCTAGSRVLVQRSIKERFLEEFRKAAQRYYPADPLDPA

AGMGAIVDQIQFDKVLSYIDQGRGEGATLICGGQATQVESKGYFIEPTAFDCPHPDLTICREEIFGPVL

SVITFDSIDEAVRIANDTEYGLAAAVWTANVSTAHQVSRRLRAGTVWVNCYDEGGDMNLPFGGFKQS

GNGRDKSLHALEKYTELKSTLIKL

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144

9. Apêndice C

Proteínas hipotéticas exclusiva MG5:

Tabela 27. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011133573.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Chromobacterium violaceum] CV_0018

MFKRILIANRGEIARRIARSCQRLGIEFVAVHSCADAGAEHLRGAVAREWIGEAPASASYLNGQAIIDAALRSGCEAI

HPGYGFLSENPGFASAVAEAGLVFIGPDADTIVQMGDKARARQLMEAAGVPVLPGSPEATESYGLILETCAEIGYPV

ILKPSAGGGGKGMQVVWSEAELREAVDAAVRIGRSSFGDGRLLVERYVSQPRHLEVQIFGDGRGAAVHLFERECSL

QRRHQKIVEEAPACGLPADTREALLAAAVRGAQAIGYRNAGTFEFILAPDGRFYFLEVNTRLQVEHPVTEAITGQDL

VEWQLRIAAGEGLPLAQADICADGHAIECRVYAEDPLREFAPMPGTALHARWPAQLRVDAAFDHGGAVPAFYDPM

LAKLIAHGAGRAAALAQLQTGLRDTELLGLTSNLGFLQRLLREPRVQAGQLHTHLVDELAAAPEANRLTCAACAA

AIRLALACAESASPWQGGVGAYDRAALDPDAPLGRMAYRGGAERCQAWLLERDAERTLVQVDGRRHAVSLSGAG

EHWQGEVDGWRWYALLRGDDVELSVGGQRVALRAELAEQAEQEAGGGLQVRTPMPGTVVALPLAAGSRVEAQQ

VVAIVEAMKMENRLYAPCAGIVAELHCQVGDIVNADALLVSLGQAEAE

>WP_091007609.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Paraburkholderia megapolitana]

MFKRILIANRGEIARRIARTCRRLDVEYVSVYSTADRNAAHLAGAVDTQLIGDAPASSSYLNAQALIAAALRTGCEAI

HPGYGFLSENADFAAAVARAGLVFIGPDAHTIDSMGNKATAKKLLAHADVPVVPGSSEATESHGLIREACEAVGYP

VILKPVAGGGGKGMQVVTQDSELDAAIDAAIRIGKANFGDGRLLVERYIATPRHLEVQIFGDSHGNVVHLFERECSL

QRRHQKIIEEAPATNLPADVRARLLAAAVRGAQAIGYVNAGTFEFILAPDDQFYFLEVNTRLQVEHPVTEAITGLDL

VEWQLRVAAGEALPLQQDAIEFSGHAIECRVYAEDPDQNFCPMPGEALLVQWPDSCRVDAAFDGRGQVPSFYDPM

VAKLIAYGTDRPDSVRRLSAAIEQTTLLGLTSNLGFAQRLLQDPRVRAGQVDTHLVDDFIARTVPLPTLDLAAACAA

FVDSADVAGQDVRSPWAGSIGPLDRIALDPEAPLGRLSYRFQNQVLQVCLLRRDSQSAEVAIGEQRFEVSGARSGGV

WKGRIGEWVWVAARFGDELELSVAGTRVQLLTRKDIADELDTSKGGDVVTRMPGAVVALPIEIGSRVEQDDVIAIV

EAMKMENRIYAPAAGTLSALHCRLGEIVSAGQTLASITTVAA

>WP_072479522.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Amycolatopsis australiensis]

MPKRVLIANRGEIARRIARTCRRLGVDHVAVHSAADAGAAHLEGAAETVHIGPAPARESYLDIDAVVDAALRTGCD

AVHPGYGFLSENPEFAARVTEAGLVYVGPDAATIAAMGDKARARELMAAAGVPVLPGSAHATESADVLLADARRI

GYPVILKPVAGGGGKGMRVVRDEAELPAAVEEAVRLGRAGFGDGRLLAERYVAAPRHIEVQVFGDRHGNVVHLF

ERECSLQRRHQKIVEEAPAPHLPPPTRHALLDAAVRGATALGYVGAGTFEFILDGDGRFFFLEVNTRLQVEHPVTEE

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145

ITGLDLVEWQLRVADGEPLPLPQWQIRATGHAIECRVYAEDPEHGFRPAPGRAEAVRWPSDVRVEAAFDDAGAVP

GFYDPMVAKLVAAGPDRAAALARLRAAIGETTLVGLTTNLGFLAELLTEPRVADGRVDTHLVDAFAARPASPDRAA

VALACAAAMAVPDRAAAASPWTGTIGAFDRAALDPEAPLGRVVLRHGGRDREARLLARDHAGLHVETGGRRFTV

VARRAADGLFHGTAGTTRWTGLPTAHGCEIVVGGHRVALARRTFEEGGGEGSDGAVRTPMPGVVVGVACRPGSR

VEAGELLVVVEAMKMENRVLAPFAGTVERLSCATGDSVTADQVLVTLNP

>WP_035799767.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Kitasatospora mediocidica]

MLKRVLIANRGEIARRIARTCRRLDVEYVAVFSDADRSAAHLEGAVECVRIGAGPAADSYLNIAALVDAALRTGCDS

VHPGYGFLSESPQFATAVADAGLVYVGPDAAMITAMGDKATARALMAEAGVPVLPGSPDATESAARLALDAGRIG

YPVILKPVAGGGGKGMRVVQSEAELPEAVAAAVRLGRSSFGDGRLLAERYVPRPRHIEVQVFGDTHGNVVHLYER

ECSLQRRHQKVVEEAPAANLPVEVREALLDAAVRGAGSLGYVNAGTFEFILDADERFYFLEANTRLQVEHPVTEEIT

GVDLVEWQLLVAAGQPLPRAQHEITVSGHAVECRVYAEDPEEGFRPAPGRAQHVEWPDTIRVEAAFDQPDLVTAF

YDPMIAKLIARGPDRPTALRRLVDAIDGTSVLGLTTNLGFLADLLQEPRVVAGRLDTHLVDGLVERATRPDRSAQA

TACAAAMEIPPTGDADASPWSGTVGALDRQDLDPRAPFGRVPVRDAAGPREAWLTGVRGNRVDVLVDGRPFGVSV

ARRGPLFHGTVGDVAWTGLRTPGGYELVLAGHRVTLATRTFEQGDGDSVDNVVKSAMPGTVVGLSCAVGDRVEK

GAVLVVVEAMKMENRILAPFAGVVDEVNCALHDIVSADQVLVLLTADVAAEADA

>WP_093652453.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Streptomyces wuyuanensis]

MLKRVLIANRGEIARRIARTCRRLDIEYVAVYSDADRAAPHLAGAVERVRIGPAAAADSYLNIESIVDAALRSGCDAV

HPGYGFLSENHHFASAVADAGLVFIGPDAAMIAAMGDKATARALMAEAGVPVLPGSEDATESVDRLVADARRIGYP

VILKPVAGGGGKGMRVVEDEADMADAVAEAVRLGRGNFGDGRLLAERYVPRPRHIEVQVFGDTHGALVHLFERE

CSLQRRHQKIVEEAPAAGLAAEVRTALLEAAVRGARALGYVNAGTFEFILDTDGRFYFLEVNTRLQVEHPVTEEIT

GVDLVEWQLRVAAGEHLPLAQHEITATGHAVECRVYAEDPEAGFQPAPGRADVVEWPADAVHVRVEAAFDTYGD

VPAFYDPMIAKLVARGHDRVSALRRLADAARTTKVVGLTTNLGFVADLLRDTRVVAGRVDTHLVDAFVADTPPRG

SSAVAAACAAAMEVPPKGDPAASPWTGTVGPLDRPALDSGAPLGRVVLRAGGEELEARLTGVHGGAVDVTVHDRT

FRVTVSHRDGLFRGVVGDQRWVGLRVADRFELVVDGRRTELTARTHAESGAEAVDDVVRSPMPGTVVALSCAVG

DTVEEGEVLMIVEAMKMENRILAPLGGVVEEIRCALHGTVSADQVLVVLAPGTETDPGA

>WP_015792391.1 carbamoyl-phosphate synthase subunit L [Catenulispora acidiphila]

MLKRVLIANRGEIARRIARTCRRLGIEYVAVYSEADRFAAHLDGAVEHVEIGGAAAADSYLNIEAVVEAALRTDCDA

VHPGYGFLSENPRLAAAVAQAGLVFVGPGAETIAAMGDKARARTLMAQAGVPVLPGSSQATDSLAVLAQDAERIG

YPVILKPVAGGGGKGMAVVAAADALPGAVEQAVRIGRSAFGDGRLLVERYVARPRHIEVQVFGDGHGKVVHLHE

RECSLQRRHQKIIEEAPAVGLAAGVREALLAAAVRGAEAIGYVNAGTFEFILDGEDFFFLEVNTRLQVEHPVTEEVT

GVDLVEWQLRVAGGEPLPVDQEQITVTGHAIECRVYAEDPEAGFRPAPGSAAAVRWPGGVRVEAAFDDTPAGGLS

GARGAAAVPAFYDPLIAKLVAHGTTRAAALRQLTGAIAQTTVAGLTTNLGFLAGLLAEPEVLAGRLDTHLVDDLVA

GSAHRGCTRLAVACAAAMDVPVPDSPWTGSIGAFGRADLDPDAPLGRIVVHSDDREWHARLTGASADVARVTVDG

QTLRVRTRARGHLFHGTVDDIPWTGLRTADGYDITVGGYRKTLTVPSFAEGGARGSDGAVRIDMPGTVVAVARAA

GDPVHAGDVLVVVESMKLENRVLAPFAGVPDIRCAVGDVVAAGQILAIMKTPPAEGAK

Tabela 28. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011133730.1 cytochrome c [Chromobacterium violaceum] CV_0175

MKKTLLAALLLGAAAAPAMANMQLAQKYSCTACHTVDKKLVGPAYKDVAKKYAGDKGAEAKLIAKVKNGGSGV

WGPVPMTPHPNIPDADLKALVKWVLSQK

>WP_021478429.1 cytochrome c [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MKKTLLAALLLGAAAAPAMANLQLAQKYSCTACHTVDKKLVGPAYKDVAKKYAGDKGAEAKLIAKVKNGGSGV

WGPIPMTPHPNIPDADLKALVKWVLSQK

>WP_088736786.1 cytochrome C biogêneses protein CcsA [Xenophilus sp. AP218F]

MKKTLLAALIMGVVAAPAMANMQLAQKYACTACHAVDKKLVGPAYKDVAKKYAGDKGAEAKLIAKVKNGGSG

VWGPVPMTPHPSIPDADLKALVKWVLSQK

>WP_047967728.1 cytochrome c biogenesis protein CcsA [Vogesella sp. EB]

MKKMLLAAVALGVLATPAFANLQLAQKYACVACHAVDKKIVGPAYKDVAKKYAGDKSAEAKLVAKVKAGGSGV

WGPIPMPAHPQVSDADLKTLVKWVLSQK

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>WP_066613853.1 cytochrome C biogenesis protein CcsA [Crenobacter luteus]

MKKALIAALVLGSLSAPAFANLQMAQKYGCTACHDVGAKKIGPSYKDVAKKYAGDKTAEAKLIAKVKKGGSGVW

GTMPMPPQAQVSDADLKTLVKWVLAQK

>WP_089082493.1 cytochrome C biogenesis protein CcsA [Aquitalea magnusonii]

MKKMLLAALLLGTVAAPAMANLQLAQKNNCLSCHAVDHKVVGPAYKDVAKKYAGDKGAEAKLIAKVKAGGSGV

WGPIPMPPNAQVSDADVKTLVKWILSQK

Tabela 29. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011135844.1 membrane protein [Chromobacterium violaceum] CV_2297

MRRFVIKAVAASVVGLALAGQVLAADPAKKQIVIGTTVGDFGDMVKQSIKPQLEKQGYSVKLVEFTDYVRPNLAL

QEGSLDVNVFQHKPYLDNFAKEHKLSLKEVFQVPTAPLGIYPGKLKSLKDAKPGVTIAAPNDPSNFARALVMLNDL

GWVKLKAGINPLTASERDIAENIKKVKIVPLEAAQLPRSRSDVDFAVINGNYATSSGIKLTDAVYQEKSYAYVNWGV

VRAADAAKPWAKDVVSAYNSAAFKSYTKQKFAGYKLPQNWN

>WP_021476764.1 membrane protein [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MRRFVIKAVAASVVGLALAGQVLAADPAKKQIVIGTTVGDFGDMVKQSIKPQLEKQGYTVKLVEFTDYVRPNLAL

QEGSLDVNVFQHKPYLDNFAKEHKLSLKEAFQVPTAPLGIYPGKLKSLKDVKPGVTIAAPNDPSNFARALVMLSDL

GWVKLKPGINPLTASERDIADNVKKVKIVPLEAAQLPRSRSDVDFAVINGNYATSSGIKLTDAVFQEKSYAYVNWGV

VRAADAGKPWAKDVVAAYNSPAFKSYTKQKFAGYKLPQNWN

>WP_028535755.1 membrane protein [Paludibacterium yongneupense]

MQKTVMTVLAAALSGLFFATTAQAADASKPNIVIGTTVGDFGDMVKSQVKPILEKEGYKVRLVEFTDYVRPNLAL

QEGSLDVNVFQHKPYLETFAKENKLSLTALFQVPTAPLGIYAGKLKALKSVKDGSTLAAPNDPSNFARALVMLADL

GWVKLKPGINPLTASERDIAVNVKHIKIIPLEAAQLPRARSDADFAVINGNYATSSGIKLTEALFQEKSFAYINWGVV

RSADVGKQWVRDVTAAYNSAEFKGWAKQKYVGYKFPAAWK

Tabela 30. Sequências de aminoácidos das proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011134737.1 reactive intermediate/imine deaminase [Chromobacterium violaceum] CV_1182

MTSFNAVLARNSENAPSGMGRYSQTVAFSHYNNLSAQLPVDPATGRLVAGGVKEQAERCFQNIQAIVKSIGHELSD

VVRITIFLQNIADMHVVNEVYATFFTDYMPTLTTVAVAALPMGALLQVEALLSNGEGTIPNAPQAGDLVKIASNTM

NAPTSHLSTQSVAFSHYNNLSAQLPIDPKSGKLVAGGAREQAAQCLQNIKAILESIAVPFDDIVKINVFLKNLSDIDSV

DAAYRAFFPDSAIARAVAYVPARTVVEVAALPMDALVQIEAVVSHGDGTPPQAVEDRHGIVIWANNTDRAPRCALA

TQTVAFSHYNHLS

AQLPLHPETQAVVPGGVKAQAEQCLKNIKAIVESIGHTLDDVVKVNIFVKNIEDMGAVDEVYLAFFPGGIPARRTVG

VSALPHGAMIQIDAVVANAEGTPPKA

>WP_046157326.1 endoribonuclease L-PSP [Chromobacterium vaccinii]

MSSFNAVLARNSEKAPNGMGRYSQTVAFSHYNNLSAQLPVDPATGRLVAGGVKEQAERCFKNIQEIIKSIGHEMSD

VVRITIFLQDISDMHAVNAVYSAFFPDYVPTLTTVAVAALPMGALLQVEALLSNGEGTIPNAPQAGDLVKIASDSRNA

PTSHLSTQSVAFSHYNNISAQLPIDPESGKLVVGGAREQAVQCLKNIRAILENIAVPFDDIVKVNIFLKNLSDIESVNEA

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147

YRAFFPDSAIARAVAYVPARTVVEATLPMDALVQIEAVVSHGDGTPPQAVEDRHGIVIKAHNTENAPRCPLSTQTVA

FSHYNHLSAQLPLHPETNEMVAGGVKEQAAQCLNNIKAIVESIGHAMGDVVKVNVFLKNIADMDAVDEVYATFFP

GGVPARRVVGVGALPRGAMIQIDAVVANAEGTPPKA

>WP_031296312.1 endoribonuclease L-PSP [Pseudogulbenkiania ferrooxidans]

MSSFNAVLARNSEKAPTGMGPYSQTVAFSHYNNLSAQLPVDPATGRLVAGGVKEQAERCFKNIQEIIKSIGHEMSDV

VRITIFLQDISDMHAVNAVYSAFFPDYVPTLTTVAVAALPMGALLQVEALLSNGEGTIPNAPQAGDLVKIASDSRNAP

TSHLSTQSVAFSHYNNISAQLPIDPESGKLVAGGAREQAVQCLKNIRAILENIAVPFDDIVKVNIFLKNLSDIESVNEAY

RAFFPDSAIARAVAYVPARTVVEATLPMDALVQIEAVVSHGDGTPPQAVEDRHGIVINAHNTDNAPRCPLSTQTVAF

SHYNHLSAQLPLHPETDEMVAGGVKEQAAQCLNNIKAIVESIGHAMGDVVKVNVFLKNIADMDAVDEVYATFFPG

GVPARRVVGVGALPRGAMIQIDAVVANAEGTPPKA

>WP_057767856.1 reactive intermediate/imine deaminase [Bacillus praedii]

MSGYNAVLARNTENAPNGNGLYSQTVAFSHYNNLSAQLPIEPKTGKLVAGGIKEQAEQCFKNIKAIVDSIDHVMSDI

VRITVFVKNIKDIDAVDEVYKTYFPTYVPSRTTVAVAALPMDALVQIEALVSHGEGTIPNAPQAGDLIKLTNTTANAP

TSSLSTQTVSFSHYNNLSAQLPIDPKTGRLVAGGVKEQAGQCLKNIKAILESIDVPFDDIVKINIFLKNLSDIEAVNEVY

KTFFPDSAIARTVAYVPALTTVAASALPMDALVQIEAVVSHGDGTPPQAVEDRHGIVIWANNTEDAPKSSLSTQTVA

FSHYNHLSAQLPLDPKTGEVVAGGIKEQAEQCLKNIKAIIESINHAMDDVVKVNIFLKDIADVDAVDEVYTTFFPGG

VPARRTVGVSALPQNALVQIDAVVANAEGTPPKA

>WP_025784407.1 endoribonuclease L-PSP [Sporosarcina sp. D27]

MTNFNAVSAKNTENAPNGNGLSSQTVAFSHYNNLSAQLPIEPKTGNLVAGGIKEQAEQCFNNIKAIVNSIDHVMSDIV

RITVFVKDIQDVDAVDEVYKTFFPTYVPSRTTVAVAALPMDALVQVEALVSHGEGTIPNAPQAGDLIKLTNNTSNAP

TSPLSTQTVSFSHYNNLSAQLPIDPKTGRLVAGGAREQAGQCLKNIKAILESIDVPFDDIVKVNVFLKDLSDTEAVNE

VYKTFFPDSAIARAVAYVPARTTVEAAALPMGALVQIEVVVSHGDGTPPQAIEDRHGIVIWANNTENAPKSSLSTQT

VAFSHYNHLSAQLPLDPKTGELVAGGVKEQAEQCLKNIKAIVESIDHVLEDVVKVNIFVKNIADMDAVDEAYKTFFP

GGVPARRTVGVSALPNDALIQIDAVVSNAEGTPPKA

>WP_007783965.1 reactive intermediate/imine deaminase [Desulfosporosinus youngiae]

MSNYNAVLARNTENAPKGIGPYSQTVAFSHYNNLSAQLPIDPKSGKLVAGGAKEQAEQCFKNIKAIVDSIDHVMSDV

VRITVFVKNIKDIDAVDEVYKTFFPGYVPTRTTVAVAALPMDALVQIEALVSNGEGTIPNAPQAGDLIKLTNNTANAP

TCPLSTQTVAFSHYNNLSAQLPIDPKSGRVVAGGVKEQAGQCLKNIKAILESIDVPFDDIVKINIFLKNLSDIEAVNEV

YTTFFPDSAIARATAYVPARTTVAASALPMDALVQIEAVVSHGDGTPPQAIEDRHGLIIEANNTENAPNSSLYTQTVA

FSHYNHISAQLPLDPKTGEMVAGGVKEQAGQCLKNIKAIVESIDHVMDDVVKVNIFLKNIADIDAVDEVYTTFFPNG

IPARRTVGVSALPKDALIQIDAVVSNAEGTPPKA

Tabela 31. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>AAQ61609.1 probable 3-oxoacyl-(acyl-carrier) reductase [Chromobacterium violaceum ATCC 12472] CV_3947

MPLALRKAALVTGAGRGIGRAIALELAGRKLPVFVNYRSDAKAAEDACAAIRAGGGEAYPVGADVSDRDAVAAMF

ADIRQRGFWVQTLVNNAGIVRDGLLAMMPADDWSAVLGSNLDGSFHCARAALQTMMSRKSGQIVNIASVGGMRA

QVGQANYAAAKAGLLALTRGLAREVGRYGIRVNAVAPGFIDTDMLAQMKASDKGAALLEDARARQIPLARFGRPE

EVAQTVGFLCSGAASYITGHVLVVDGGLCA

>WP_027408167.1 3-oxoacyl-[acyl-carrier-protein] reductase [Anoxybacillus tepidamans]

MLQGKVALVTGASRGIGRAIALELARQGAKVAVNYAGSEAKAKEVVEAIEQMGGEAFAIQADVSNAEAVDRMVKE

VMERFERVDILVNNAGVTRDNLLMRMKEEEWDEVINTNLKGVFHCTKAVTRPMMKQRYGRIVNIASVVGVMGNP

GQANYVAAKAGVIGLTKTAAKELASRGITVNAVAPGFITTDMTDRLAEDIRTEMLKQIPLARFGEPEDIAKVVAFLV

SDAAGYITGQTIHVDGGMVM

>WP_095318782.1 3-oxoacyl-[acyl-carrier-protein] reductase [Bacillus clausii]

MLTGKTAVVTGASRGIGKAIALELAAKGANIVVNYAGNRDRAEEVVANIKALGQEAFAYQADVASEREVAAMMKE

ALGRFHSIDILVNNAGITRDNLLMRMKEDDWDAVIDTNLKGVFHCAKAVSRQMMKQRAGRIINVSSVVGVMGNAG

QANYVAAKAGVIGLTKSLARELAGRGILVNAVAPGFITTDMTDELASETKEQLLKQIPLAKLGEPEDIARVVRFLAS

DDAAYLTGQTIHVDGGMVMP

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>WP_090948053.1 3-oxoacyl-[acyl-carrier-protein] reductase [Parageobacillus thermantarcticus]

MLQGKVALVTGASRGIGRAIALELARQGAKVAVNYAGSEAKANEVVEEIKNMGGEAFAIQADVSDAKAVEQMVK

AVLERFERIDILVNNAGITRDNLLMRMKEEEWDDVININLKGVFNCTKAVTRPMMKQRYGRIVNIASIVGVMGNPG

QANYVAAKAGVIGLTKTAARELASRNITVNAVAPGFITTDMTERLSEEIKTEMLKQIPLARFGEPEDVAKVVSFLVS

DAASYMTGQTLHVDGGMVM

>WP_005842645.1 3-oxoacyl-[acyl-carrier-protein] reductase [Mitsuokella multacida]

MLLDGKVALVTGASRGIGRAIAIRLASEGAKVAINFAGNQKAAEEVKGEIEKNGGEAILVKANVADSAAVDEMFAK

VIEAFGTVDILVNNAGITRDGLLIRMKDEDFDAVIDTNLKGVFYCTKAAAKIMMKKRSGRIVNMSSVVGLMGNAGQ

TNYAAAKAGVLGFSKSAAKELAARGVTVNMVAPGFIDTDMTAVLSDKVKDAMVQEIPMRKMGRPEDVANAVLFL

VSDCSSYITGQVVNVDGGMVM

>WP_066323712.1 3-oxoacyl-[acyl-carrier-protein] reductase [Anoxybacillus amylolyticus]

MLQEKVALVTGASRGIGRAIALELARHGAKVAVNYAGSEAKAKEVVEEIEQMGGEAFAVQANVASSEAVEQMVKE

VIERFGRIDILVNNAGITRDNLLMRMKEEEWDDVINTNLKGVFHCTKAVTRPMMKQRFGRIVNIASIVGVSGNPGQ

ANYVAAKAGVIGFTKTAAKELASRNITVNAIAPGFITTDMTDRLSEDVRAEMLRQIPLARFGEPEDIAKVVSFLVSDA

ANYITGQTIHVDGGMVM

Tabela 32. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011135091.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Chromobacterium violaceum]

CV_1539

MQVSKLSTLTLAVAAAVALSACGKKEEAAPAGAASAPAQASGGSEIKIGFAAPLTGPQSHYGEEYKNGVTLAIEDA

NAAKPTIAGKPVTFVLDAQDDQADPKTATQLAQKFVDEKVAGIIGHFNSGTAIPASKIYSDAGIPMIAMATSPVFTAQ

GFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFAVEKLHAKKIVIVDDRTAYGQGLADEFEKAARAAGGDVVKREFTNDKATDFTA

ILTSIKGANPDVVFYGGADAQSAPMVKQMKRLGLKAPLISGEMTKTPTFLQLAGKEADGTIASLAGLPLEQMPGGK

DYETRYKARFKADVATYSPYGYDATRTLIQAMEQANSADPKAYLPVLAKITHQGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITV

YKVQNGQWTVMETVGGGAPGKDASAAK

>WP_008954251.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Pseudogulbenkiania

ferrooxidans]

MQVTKLTTISFAVAAALAVSACGKKEEPAAEQAAGGAPAAETVKIGFAAPLTGPQAHYGEEYKNGVTLAIEDANAE

KPTIGGKPVTFELDAQDDQADPKTATQLAQKFVDDKVVGIIGHFNSGCAIPASKIYSDAGIPMIAMATSPVFTAQGF

KNTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVDTLKAKKVVIVDDRTAYGQGLADEFEKAVKAAGGEVVKREFTNDKATDFAAIL

TSIKGVSPDVVFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLKAPLISGEMTKTPTFLQLAGKEAEGSIASLAGLPLDQMPKGKD

YEARYKARFKMDVATYSPYGYDATRALIQAMKDANSSDPKAYMPVLAKIKYSGVTSSNWTYDDKGDLKDGGITVY

KVEGGQWKVMQTIGGGAAPAAPAAASAAQ

>WP_062789309.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Aquitalea pelogenes]

MQFTKLTTVTIAVAAALALSACGKKDDAAAPAGASAPAAAAAGGDTVKIGFAAPLTGPQAHYGEEYKNGVTLAIE

DANAEKPTIGGKPVTFELDAQDDQADPKTATQLAQKLVDDKVSGIIGHFNSGCAIPASKIYSDAGIPMIAMATSPVFT

AQGFKNTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVDTLKAKKIVIVDDRTAYGQGLADEFEKAVKAAGGDVAKREFTNDKATD

FAAILTSIKGVNPDVIFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLKAPLISGEMTKTPNFLQLAGKEAEGSIASLAGLPLEQMP

KGKEYADKYKARFKTDVATYSPYGYDATRALIQAMKDANSTDPKAYLPVLAKIKYSGVTSSNWTYDDKGDLKDGG

ITVYKVEGGQWKVMQTIGGGAAAPAAASAAQ

>WP_066614460.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Crenobacter luteus]

MQLTKITTLSVAVAAALAVSACGKKQEAPAASAEAGTQVVKIGFAAPLTGPQAHYGEEYKNGVTLAIEDANAEKPT

IGGKPVSFELIAEDDQADPKTATQLAQKFVDQQVNGIIGHFNSGTSIPASKIYSDAGIPMIAMATAPQFTQQGFKTTF

RSMTSDTQQGSVMGKFVVDKLGAKKIVIVDDRTAYGQGLADEFEKAVKAAGGEVVKREFTNDKATDFAAILTSIK

AVSPDVVFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLTAPLVSGEMTKTPTFLKLAGKEADGTIASLAGLPLEQMPKGKDYESR

YKARFNMDVATYSPYGYDATRAMIDAMKQANSAEPAKYLPVLAKISHTGVTSSNWSYDDKGDLKDGGITVYKVEN

GEWKVLETVGGGAAPAPAAGASAAQ

>WP_088860819.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Laribacter hongkongensis]

MTQTPRLALTAVALATVMALSACGKQEQSAGNSAALAATDGTTTVKIGFSAPLTGPQAHYGEEYKNGVTLAIEDV

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149

NAEQKLGGQPVKFELVAEDDQADPKTATQIAQKFVDAKVNGIIGHFNSGTAIPASKIYADAGIPGIAMATAPAYTQQ

GFATAFRSMTSDTQQGGVMGQWVVEKLGKNVVIIDDRTAYGQGLADEFEKSVKAAGGNVLKREFTNDKATDFTAI

LTTIKGTNPDVVFYGGADAQSAPMAKQMKRLGLKAPLVSGEMTKTPTFLQLAGSDAEGTVASLAGLPLDQMPKG

KDYETRYKARFNQDVATYSPYGYDATRVLVAAMQKADSADPAKYLPELAKIQHSGVTSSNWAYDSKGDLKDGGIT

VYKVQNGAWTVVESVGGK

>WP_055434335.1 branched-chain amino acid ABC transporter substrate-binding protein [Gulbenkiania indica]

MRFTQLKTVSLAVAAALALAACGNKEGGAADASGASAEAAGGNVVKLGFAAPLTGPQAHYGEEYKNGVTLAIED

ANAEKPVIDGKPVSFELVAEDDQADPKTATQIAQKFVDAKVSGIIGHFNSGTSIPASKIYSDANLPQIAMATAPQFTQ

QGFKTTFRSMTSDTQQGSVMGKFVVEKLGAKRIVIVDDRTAYGQGLADEFEKSVKAAGGEVVKREFTTDKATDFA

AILTSIKGANPDIIFYGGADAQSAPMAKQMKRLGIKAPLVSGEMTKTPTFLKLAGKEADGSIASLAGLPLEQMPKGP

DYAQRYKARFNMDVATYSPYGYDATRAMIQAMKEANSTDPTKYLPVLAKINYSGVTSSSWAYDDKGDLKDGGITV

YKVVNGEWTVMETVGGRAAAPAADASAPAASAAQ

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10. Apêndice D

Proteínas hipotéticas MG12:

Tabela 33. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

>WP_011135098.1 3-oxoacyl-ACP reductase FabG [Chromobacterium violaceum] CV_1546

MQDEIMQPWVLVTGGSRGIGRGLVLELAKDYRVVFTYKNNAEQARAVEESVLRMGGEAYAVQCDG

SDPEAAKRLATQCLERFGAPYAVINNAGVTRDGLMMSMSLESWRDVISTNLDAVFHVTQAFLPAMCG

EKRGAVLLMSSVTAIKGNMGQANYAATKAAMAGLARTLALETARFKIRVNAIAPGLIDTDMADDIPE

KARQQLEKSIPLRRLGTVGEVAGLAKYLLSDAAAYITGQTIVIDGGLSS

>WP_036779636.1 3-oxoacyl-ACP reductase FabG [Photorhabdus luminescens]

MSISTPWVFISGGSRGIGKGIVKMLAAQNYHVVFTYKSSTNEAQTLCQEIEQQGYRCEGYQCDVSNAE

EVKILSTELISRYGSPYAIINNAGITQDALLINMKEEEWHNVISTNLSSVYLVNHAFLPEMITAGEGCIIH

MSSVTAFKANSGQVNYAATKAAMIGITRSLAVEVGRFNVRVNTVAPGLIDTEMLDHIPASHRKKLLSN

IPLGRLGSVEDIALTINFLLSSGGRYITGQTFVIDGGMTA

>WP_059644287.1 3-oxoacyl-ACP reductase FabG [Burkholderia ubonensis]

MKSDPERWVLVTGGSRGIGRGIVEALASQYRVVFTYRQESLQAATLVQSLSDKGAAVEAYRCDGVDP

LQVGALAKECVARLGAPWGLVQNAGVTKDGALVNMTDQAWRHVLSTNLDSCFYSVRAFLESMLAE

RRGSVVMMSSITAIHGNPGQVNYAATKAAMLGMTRSLAREVARYQVRVNAIAPGLIDTEMVAAMPE

DRRRTMEKSVPLRRLGRVDEVGALVRYLLSDASEYMTGQTLVLDGGLSA

>WP_057506681.1 3-oxoacyl-ACP reductase FabG [Stenotrophomonas chelatiphaga]

MQTTTSTNTPWVLVTGGSRGIGKGLVQALAAEGYAVAFTYQSSTEAAGQLEQDVAQAGGQAHGIQC

DGRDADAVEQACEQLIARFGEPYGLINNMGITGDQLMFNLDVERYRDVVATNLDSAIYFSRFMSSAM

VPARRGRIIQMSSVTGLRGNKGQVGYAATKAAMIGITRTLAVELARFRITVNAIAPGFIATEMVEQIDP

AIRRSITADIPLRRLGEVSEVAALANFLLSSSAGYLTGQTFVIDGGLTA

>WP_090535623.1 NAD(P)-dependent oxidoreductase [Paraburkholderia sartisoli]

MTQQKRPWLLVTGGARGIGEALVRELSRHYHVVFTYVHSSDAAHRLANDCQQQGRHVDAVQCDGT

DRVAVAALAQAWVARYGAPHALINNAGITRDGAFLGMDAEAWFAVVDNNLNAAFHWTRALLPSMV

EAGSGSVVMMSSVSGLKGNAGQTSYSATKAALISFTRSLALEVARFGVRVNAIAPGIIDTDMMREMPE

KARVALCRSIPMRKAGDVSDVSSMVEYLVGDQSHYVTGQCFVIDGGMTA

>WP_010103725.1 3-oxoacyl-ACP reductase FabG [Verminephrobacter aporrectodeae]

MKSDSERWVLVTGGSRGIGRGIVEALVNQYRVVFTYRQESQQAASLVQSLSDKGAAVEAHRCDGVDP

LQVNTLAKECLARLGAPWGLIQNAGVTQDGAFVNMTDQVWRHVLSTNLDSCFYTVRAFLEPMLAER

RGSVVMMSSITAIHGNPGQVNYAATKAAMLGMTRSLSREVARYRVRVNAIAPGLINTEMVAAMPDER

RRAMEKCVPLRRLGRVDEVGALVRYLLSDASEYMTGQTLVLDGGLSA

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Tabela 34. Sequências de aminoácidos de proteínas homólogas à hipotética de C. violaceum obtidas através do BLASTp.

MNLAIEQNDDMKQEVIFLSEDLELVGHLYRPADYQPQKRYPAIVVSHPFTGVKEQVAGRYAERLAQA

GYLALAFDTAYQGESEGLPRHLETPHSRAEGIKSAVSYLSNLPDVDPERIGALGIAAGGGYAVFAARTD

TRIKAVAAVNAVCQGSLLREGLNGSRTPEQLQSLLAAAAEDRTAQDRGEAAATRSALAETAQAAAEQ

PQRLLREAYDYYRTPRGRHPNAENRFVVSGLDALAGFDAFARIDMLAPRPLLMIAGAEADTRYFSERA

IAAAAEPKELCLIAWASHFDLYDREPCVAAAAARLKVFFDLSLA

>WP_007969580.1 alpha/beta hydrolase [Pseudomonas sp. GM30]

MKTNVSFLSNGLKLVGHLYTPDDLQPGEQRPAIVVAHPFGGVKEQTAGLYAAKLAAKGLIALAYDAS

YQGESEGEPRYLEDPFVRAEDIKSSVDFLANHASVNSQRIGALGICASGGYVPFAAQTDRRIRAVATVS

AADIGLLYREGLGGHGTPEQLKELLEAVGEQRTREARGEPVRIDPIVPETADINVDTPTLFREGSDYYR

TPRAQHPNSPNKYVFTSIGRIAAYSSYDHIDLISPHPLLMIAGSEADTRYFSEMAIEKALEPKELVLIEGA

SHIDLYDKEQFVGPAVEKMVGFFKHYL

>WP_053758869.1 alpha/beta hydrolase [Streptomyces sp. AS58]

MKKNVTFLSNGLKVAANLYLPDDYTGGRRAAVVVSHPFGGVKEQTAGLYAQRLAGEGFVALAFDAS

YQGESEGEPRFLENPFARAEDIKSAVTYLTTRDEVDPERIGALGICASGGYVSYAAQTEHRIKAVASVS

GADMGALFREGLGGGQSEDVIRGMLARAGKDRTAEARGEKARLEHIVPETAQEAEGWPTLYQQGSN

YYRTPRAQHPNSQNWYVARSVDQIAQYSSYDLIHLISPRPLLMIAGTEADTAYFSREAIEHANEPKELF

WIDGASHIDLYDKEEYVPTVVAKLSSFFGEHLNA

>WP_078329049.1 alpha/beta hydrolase [Mycobacterium salmoniphilum]

MPENVRFTSKDLQLAGNLYYPESTEDGVPAVVVSHPFGGVKEQTAGLYAQELATKGFVALTFDASYQ

GESEGEPRFLEDPFTRVEDIRSAVSFLTTVARVDPDRIGALGICASGGYVPNAAATDQRIKAVATVSGA

DIGSLYRDGLGGGQSVEQLQHALAVAAADRTAQAQGAKPALAHVVPESDEITADTPVLFAEGSDYYR

TPRAQHPNSPNWYVASSIVPIAAYSSYDHVDLISPRPLLMIAGTEADTLYFSEQAIEKAQEPKELFLIEG

ATHIDLYDRPQYVGPAVEKLAEFFGKYL

>WP_061698141.1 alpha/beta hydrolase [Rhodococcus sp. LB1]

MKTDVKFPSNGLMLAGQLYTPDDYTTNERRAAIVVSHPFGGVKEQTAGLYAAKLANEGFIALTFDAS

YQGESEGEPRFLENPFARAEDIKSAVTYLTTRDEVDPEHIGALGICASGGYVPFAAQTEHRIKAVATVS

GADMGALFREGLGGGQSEDVIRGMLDEAGKDRTEEALGKEPRLLNVVPETEEDAKGMPTLYREGRD

YYRTPRAQHPNSPNSWVARSVDQIAQYSSYDLIHLISPRPLLMIAGTEADTAYFSREAIEKANEPKELY

WIEGATHIDLYDKDEYVPEVVTKLTGFFRENLTSN

>WP_055178172.1 alpha/beta hydrolase [Corynebacterium lowii]

MKEEVSFPSAGITLSGILFKPESGVNEKFPAIVIGHPFGSVKEQSPSNYAEQLVKRGFVCLVFDAAYQG

ESEGEPRLLENPWQRSEDVKAAVTYLSTRADVDSGKIGALGICASGGYVPFAAQTDLRIKAVATVSAA

DIGRLYREGMGGGQDPAILAGMLARAGELRTAEGRGEEPHLEHGVPNTADEAKAFPEGSMYNEAYD

YYRTPRGEHPNSPNWWIFRSVDMIAQFDAYTLINMIAPRPLLMIAGSKADTRYFSEEAIASFRGPAELEI

LEGATHIDLYDKPEYVVPASEKIADFFQCSFGAE