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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA
ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA
A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O
CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN
NATAL/RN
2016
ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA
A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O
CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN
Monografia apresentada ao Curso de
Biblioteconomia – do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas, da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
Biblioteconomia.
Orientador: Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto.
NATAL/RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Saraiva, Roberta Kelly de Oliveira.
A Participação Docente na Gestão de Coleções do SISBI-UFRN: O Caso do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas da UFRN / Roberta Kelly de Oliveira Saraiva. – Natal, RN, 2016. 93f.:il.
Orientador: Pedro Alves Barbosa Neto.
Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciência da Informação.
1. Formação e Desenvolvimento de Coleções – Monografia. 2. Processos de Seleção –
Monografia. 3. Bibliografias básicas – Monografia. 4. Avaliação de Coleções – Monografia.
5. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. I. Neto, Pedro Alves Barbosa. II. Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. IV. Título.
CDU 007
ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA
A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O
CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN
Monografia apresentada ao Curso de
Biblioteconomia – do CCSA, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como requisito
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em
Biblioteconomia.
Orientador: Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto.
MONOGRAFIA APROVADA EM: ___/___/2016
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto
Orientador (UFRN)
Bibliotecário Silvestre Gomes Martins
Membro da Banca (UFRN)
Prof. Ma. Jacqueline de Araujo Cunha
Membro da Banca (UFRN)
Dedico esta monografia a minha família, por sempre
acreditarem em mim, sendo meu alicerce, minha âncora.
AGRADECIMENTOS
O período de graduação foi cansativo. Houve momentos em pensar em
desistir e largar tudo, ecoava em minha cabeça, porém ao me deparar com os
sorrisos e brincadeiras dos que ali conviviam comigo, a desistência foi se esvaindo.
Agradeço então aos meus colegas e amigos que construí nestes quatro anos
de curso, onde sorrimos e choramos, brigamos e fizemos as pazes, nos
estressamos e voltamos à tranquilidade. Fica também meu agradecimento ao corpo
docente, que em alguns momentos tropeçavam, porém se reerguiam e me
mostravam o mundo da biblioteconomia.
Agradeço ao meu chefe e amigo Silvestre Martins, que me aceitou como
bolsista na Seção de Seleção e Aquisição por quase três anos. Por acreditar no meu
potencial e me fazer enxergar o quão maravilhoso é o processo de formação e
desenvolvimento de coleções. Agradeço também por ajudar a clarear minha mente,
que estava tão indecisa em qual linha de pesquisa focar, e prontamente me ajudou a
seguir em frente.
Agradeço também ao professor Pedro Neto, o qual me ajudou e acreditou que
eu era capaz de elaborar um ótimo projeto, estando sempre de prontidão a me
orientar, fazendo com que eu desenvolvesse este projeto com tanta dedicação, amor
e carinho.
Agradeço ao meu amigo Marcus Vinícius, por ter convivido comigo durante
quatro anos, sendo meu melhor amigo e companheiro. Por acreditar em mim,
mesmo que não acreditasse em suas palavras. Por me ajudar sempre quando
preciso, me amando como amiga e namorada. Obrigada por aguentar meus
estresses, porém, mesmo em meios às tempestades, você veio e trouxe a calmaria.
Agradeço aos meus amigos de vida que, em meio a tantas preocupações e
lamentações, me fizeram reerguer e sorrir da vida e com a vida.
Agradeço a toda minha família, meus pais e irmãos, que sempre me apoiaram
e acreditaram em meu potencial. Vocês são minha luz e alicerce. Ensinaram-me a
ter caráter, humildade, amor e fé.
A todos, muito obrigada.
“Life moves pretty fast. If you don’t stop
and look around, once in a while,
you could miss it.”
Ferris Bueller.
RESUMO
O aumento na quantidade de discentes que buscam materiais atualizados em bibliotecas universitárias impulsiona o Ministério da Educação do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (MEC/INEP) a realizarem avaliações periódicas nas Universidades Federais. Estas avaliações seguem critérios relacionados à qualidade dos acervos, do ensino, da qualificação de recursos humanos e espaço físico, dentre outros aspectos. Nesse sentido, levantamentos periódicos são necessários a fim de se ter conhecimento do real estado do acervo disponibilizado na biblioteca e qual o nível de satisfação dos seus usuários. Este trabalho analisa, por meio de um estudo de caso, o processo de formação e desenvolvimento de coleções. Para isso utiliza como parâmetro a disponibilidade da bibliografia básica indicada por docentes e/ou coordenadores dos cursos de graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no acervo da Biblioteca Central da UFRN. Foi feita uma análise dos métodos de seleção e aquisição destes materiais, enfatizando a sua avaliação e disponibilização. Para tal, foram coletadas informações por meio de entrevistas com os referidos coordenadores de curso. Foi feita paralelamente uma análise da atualização das bibliografias básicas dos cursos de graduação do CCSA, avaliando a periodicidade destas solicitações para a aquisição de materiais. Para o apoio à dimensão teórica do trabalho, um levantamento bibliográfico foi realizado enfatizando a área de Desenvolvimento das Coleções bem como assuntos relacionados a este tópico. Conclui que existe uma defasagem na atualização das estruturas curriculares dos programas de ensino, o que pode vir a refletir nas ações de aquisição realizadas pela biblioteca universitária da UFRN comprometendo o alcance de bons resultados de ensino e aprendizado por parte dos cursos de graduação do CCSA. Palavras-chave: Formação e Desenvolvimento de Coleções. Programas de ensino. Bibliografias básicas. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
ABSTRACT
The increase in the number of students seeking updated materials in academic libraries have led the Brazilian Ministry of National Education and Institute of Educational Studies Anísio Teixeira to conduct periodic evaluations that consider criteria related to quality in education, qualification of human resources, physical space as well as the quality of library collection. Therefore, periodic surveys are necessary in order to acknowledge the state of the library´s collection and user satisfaction. This work analyzes the process Collections development based on the availability of basic bibliography indicated by professors and/or coordinators in Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) in the Federal University of Rio Grande do Norte. Thus, data collection was collected through interviews with the coordinators. The interviews were designed to analyze the updating of basic bibliographies of CCSA's undergraduate courses and evaluate the frequency of these requests for the purchase of materials. For the theoretical dimension of the work, a literature review was done. This review emphasizes the area of Collections Development as well others related topics. The research concludes that there is a gap curricula update regarding the educational programs. Therefore it may reflect in the institutional acquisition practices held by the university library UFRN. These results may compromise teaching and learning on behalf of the CCSA undergraduate courses.
Keywords: Collection Development. Educational programs. Basic bibliography. Federal University of Rio Grande do Norte-Brazil.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 As etapas do processo de desenvolvimento de coleções em biblioteca ....... .............................................................................. 16
Figura 2 Desenvolvimento de coleções. Abordagem estruturalista ............. 19
Figura 3 Processo de desenvolvimento de coleções ................................. 20
Figura 4 Tabela de Atualizações da Estrutura Curricular dos Cursos do CCSA ......................................................................................... 56
Figura 5 Tabela das Últimas Atualizações do PPC dos Cursos do CCSA ... 57
Gráfico 1 CPC - Nota Padronizada - Organização Didático Pedagógica .... 53
Gráfico 2 CPC - Nota Padronizada – Infraestrutura ................................. 53
Gráfico 3 CPC – Contínuo ........................................................................... 55
Gráfico 4 CPC – Faixa ................................................................................. 55
Quadro 1 Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Básica ......................................................................................... 44
Quadro 2 Quadro de definições para avaliação de acervo ............................ 45
Quadro 3 Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Complementar .............................................................................. 46
LISTA DE SIGLAS
ALA American Library Association
BCZM Biblioteca Central Zila Mamede
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CPC Conceito Preliminar de Curso
DMP Divisão de Material e Patrimônio
ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
IES Instituição de Educação Superior
IGC Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC Ministério da Educação
PPC Projeto Pedagógico de Curso
SEDIS Secretaria de Educação a Distância
SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SISBI Sistemas de Bibliotecas
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................
2 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
2.1 Política de Desenvolvimento de Coleções....................................................
2.2 Seleção...............................................................................................................
2.3 Aquisição...........................................................................................................
2.3.1 Compra............................................................................................................
2.3.2 Doação.............................................................................................................
2.3.3 Permuta e/ou Intercâmbio................................................................................
2.4 Avaliação de Coleções.....................................................................................
2.5 Desbaste e Descarte.........................................................................................
3 BIBLIOTECÁRIO: SELEÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ACERVO
NO ÂMBITO UNIVERSITÁRIO................................................................................
4 METODOLOGIA....................................................................................................
4.1 Perspectivas da Coordenação de Administração..........................................
4.2 Perspectivas da Coordenação de Biblioteconomia.......................................
4.3 Perspectivas da Coordenação de Ciências Contábeis.................................
4.4 Perspectivas da Coordenação de Ciências Econômicas..............................
4.5 Perspectivas da Coordenação de Direito.......................................................
4.6 Perspectivas da Coordenação de Turismo....................................................
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................
REFERÊNCIAS........................................................................................................
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68
12
1 INTRODUÇÃO
Com a evolução das tecnologias da informação e a explosão do acesso à
informação, o crescimento da produção de conhecimento aumentou em larga
escala, gerando uma impossibilidade de se manter uma coleção completa e
autossuficiente. Além disso, aumentou também a problemática de se atender todas
as demandas e necessidades informacionais dos usuários, que por muitas vezes
esbarra na escassez dos orçamentos. Em função disso, deve-se realizar um
planejamento eficaz em relação ao crescimento da informação adquirida nos
espaços destinados ao acervo e disponibilizados a comunidade.
Para Vergueiro (1993),
A preocupação com o desenvolvimento de coleções em bibliotecas apresenta um nítido incremento a partir das últimas décadas, quando se tornou cada vez mais claro, para bibliotecários e administradores em geral, que era praticamente impossível acompanhar o ritmo alucinante de crescimento dos materiais informacionais. (VERGUEIRO, 1993, p. 13)
Isto é, a sociedade da informação é marcada pelo fluxo constante de
informações que possibilitam a produção de novos conhecimentos, e assim, em
virtude do grande volume informacional e do desenvolvimento tecnológico, há uma
necessidade de avaliação, aquisição e seleção de materiais que possam suprir as
necessidades dos usuários no meio universitário.
Desta forma, segundo Miranda (2007), as bibliotecas universitárias atuam
como órgãos de apoio informacional, dando suporte às atividades de ensino,
pesquisa e extensão com seus acervos, quer centralizados ou descentralizados
(bibliotecas setoriais). Seus objetivos provêm da finalidade da própria universidade.
Com base nesta visão de Miranda (2007), os processos de seleção e
aquisição dos materiais bibliográficos destinados aos diversos cursos de graduação
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, através da política de
desenvolvimento de coleções do SISBI/UFRN (Sistema e Bibliotecas da UFRN) se
dão e conjunto a disponibilização dos programas de ensino e de suas referências
bibliográficas, e não menos importante, a avaliação exercida pelo MEC, observando
sua periodicidade e qualidade.
Este trabalho irá se desenvolver partindo da problemática de como se dá o
desenvolvimento do acervo, com base nos programas pedagógicos e nas
13
bibliografias básicas disponibilizadas pelos docentes e/ou coordenadores dos cursos
de graduação do CCSA para nortear o desenvolvimento de seu acervo, como
também o impacto que sua atualização periódica pode refletir na qualidade deste
desenvolvimento, tanto no acervo quanto no ensino.
Como objetivo geral haverá uma análise do processo de formação e
desenvolvimento de coleções com base na disponibilidade da bibliografia por
intermédio dos docentes e/ou coordenadores dos cursos de graduação do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas/CCSA da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Especificando mais ainda o objetivo do presente trabalho, far-se-á necessário
levar em conta alguns pontos com relação à metodologia utilizada: revisar os
métodos de seleção e aquisição destes materiais com base nas bibliografias
básicas; estudar os métodos de avaliação destes materiais que serão
disponibilizados nos centros de informação (bibliotecas); coletar informações com os
coordenadores sobre a atualização das bibliografias disponibilizadas pelos docentes
e/ou os próprios coordenadores dos cursos de graduação do Centro de Ciências
Sociais Aplicadas/CCSA; e, por fim, avaliar a periodicidade destas solicitações para
a adesão de materiais.
Parte-se da hipótese que existe uma defasagem no desenvolvimento do
acervo com relação à atualização das bibliografias disponibilizadas pelos docentes
e/ou coordenadores de alguns cursos em relação a outros. Por isso, como
demonstrativo de uma realidade mais ampla o foco a ser estudado neste trabalho
será o Centro de Ciências Sociais Aplicadas/CCSA. Será explanado que, muitas
vezes, essa defasagem se dá por não haver a atualização desses materiais por
parte dos docentes e/ou coordenadores dos cursos, fixando uma prerrogativa de que
não haja necessidade de atualizações em suas bibliografias já disponibilizadas,
como também de não buscar novos materiais para enriquecer seu ensino.
Será realizado neste trabalho o método de abordagem indutiva: do geral
(UFRN) para o específico (cursos de graduação do CCSA), onde partirá da
compreensão da regra geral para então compreender os casos específicos. Ao
analisar os métodos mais viáveis ao trabalho, será utilizado o estudo de caso, que
consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, instituições, condições,
grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. Em conjunto,
será utilizado também o método estatístico, a qual permite comprovar as relações
dos fenômenos entre si e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou
14
significado. Como técnica de pesquisa foi escolhida a documentação direta, ou seja,
o levantamento de dados no próprio local, por observação direta intensiva
(observação e entrevista) e observação direta extensiva (questionário e história de
vida).
Portanto, para que o presente trabalho apresente fundamentos plausíveis e
reais, foi realizada uma coleta de informações sobre as atualizações dos projetos
pedagógicos dos cursos e de suas ementas. Além disso, foram efetuadas
entrevistas semiestruturadas presenciais, a partir de um roteiro previamente
elaborado com 20 (vinte) perguntas, entre os coordenadores dos cursos de
graduação do CCSA, sobre os referentes processos que a coordenação e/ou
departamento tomam em relação às avaliações, tanto no meio acadêmico, como
externo e sobre o acervo bibliográfico disponibilizado na Biblioteca Central. As
entrevistas foram realizadas no período entre 09 de Agosto de 2016 e 23 de Agosto
de 2016.
Composto de três capítulos: Desenvolvimento de Coleções em Bibliotecas
Universitárias; Bibliotecário: Seleção e Métodos de Avaliação do Acervo no Âmbito
Universitário e; Metodologia, este trabalho irá explanar sobre os processos de
desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias, segundo autores da
área, a importância do trabalho exercido pelo bibliotecário selecionador (seus
métodos e avaliações) e, por fim, a pesquisa de campo no Centro de Ciências
Sociais Aplicadas/CCSA com relação ao desenvolvimento do acervo disponível no
âmbito universitário a partir das suas bibliografias básicas e/ou estruturas
curriculares e a resposta da existência – ou não – de sua atualização periódica.
15
2 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Segundo Vergueiro (1989), as atividades exercidas em relação ao
desenvolvimento de coleções devem ser tarefas de rotina em bibliotecas, assim
como a catalogação, classificação dos materiais e a indexação de itens no acervo.
Porém, para Weitzel (2013), não é bem assim a atual realidade no que se diz sobre
as bibliotecas brasileiras como um todo. Isto é, mesmo que este processo se faça
presente, em destaque a seleção e a aquisição de materiais, é difícil, e por muitas
vezes raro, encontrar bibliotecas que exerçam a atividade completa, onde se iniciam
os processos desde a seleção do material até o seu desbastamento.
A autora também enfatiza que, por muitas vezes, há um atraso nas bibliotecas
em seu desenvolvimento de coleções, pecando numa das primordiais e não menos
importantes missões de uma unidade de informação: prover informação ao cidadão
(o usuário). A biblioteca tem por dever ajudar a evolução do conhecimento das
pessoas/cidadãos/usuários.
A biblioteca universitária então, deverá elaborar políticas de desenvolvimento
de coleções, tendo por base informações sobre as demandas e exigências dos
usuários, buscando soluções que equilibrem seu acervo com as principais
necessidades dos seus usuários reais e potenciais, estudando os recursos
disponibilizados pela instituição mantenedora e adequando sua missão ao contexto
institucional, social e econômico.
Para Miranda (2007), as bibliotecas universitárias são órgãos de apoio
informacional. Isto é, devem dar suporte às atividades de ensino, pesquisa e
extensão, com acervos centralizados ou descentralizados, no caso das bibliotecas
setoriais. A autora complementa que,
O papel da biblioteca universitária é atender as necessidades informacionais da comunidade acadêmica (corpo docente, discente, pesquisadores e técnico-administrativo), direcionando sua coleção aos conteúdos programáticos ou em projetos acadêmicos dos cursos ministrados pela universidade a qual se encontra inserida. (MIRANDA, 2007, p. 4)
Sendo assim, Weitzel menciona que, com a reformulação da estrutura
curricular dos cursos de biblioteconomia em 1982, em parceria com o Ministério da
Educação e Cultura/MEC, a disciplina de Formação e Desenvolvimento de Coleções
16
foi implantada demonstrando assim a necessidade de um maior conhecimento
técnico e de uma melhor compreensão dos bibliotecários em formação sobre a
importância das atividades voltadas para o desenvolvimento de coleções. Para a
autora, com o avanço tecnológico ao longo dos anos, tais avanços impulsionaram o
interesse dos bibliotecários sobre estas atividades e a urgência em tomadas de
decisões nas bibliotecas, dando continuidade ou não a colecionar fontes de
informação impressas ou digitais. O bibliotecário também pode optar por utilizar
ambas as fontes de informação, “enfrentando variáveis complexas, que vão desde
administração de recursos financeiros escassos e análises de contratos para
licenças de uso, a necessidades dos usuários e tipos de usos desejados sobre eles”.
WEITZEL (2002 apud WEITZEL, 2013)
Weitzel então elabora um quadro apresentando uma síntese das etapas do
processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas com base nas palavras de
Vergueiro (1989). Neste quadro podemos observar (conforme figura I abaixo) como
esta reflexão é útil para uma melhor compreensão do processo de desenvolvimento
de coleções em cada tipo específico de biblioteca. Entretanto, é notório que, ao dar
apenas ênfase em duas ou três etapas, não devemos jamais fazer desuso das
demais.
Figura 1 – As etapas do processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas
Fonte: Weitzel (2013, p. 24).
17
Vergueiro (1993) então afirma, em relação ao desenvolvimento de coleções
em bibliotecas universitárias, que:
Devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão de serviços à comunidade. Isto vai exigir, quase que necessariamente, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois atividades de pesquisa exigem uma variada gama de materiais de informação que possibilitem ao pesquisador ter acesso a todos os pontos de vista importantes ou necessários para sua pesquisa. Apesar do aparecimento de um bom número de pesquisas que advogam uma atividade de seleção de materiais informacionais, em bibliotecas universitárias, que leve prioritariamente em conta a relação custo-benefício ou custo-efetividade do material a ser adquirido, medidos por estudos do uso da informação, esta não parece ser a principal preocupação do desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. Isso é decorrente de que a mesma necessita ter um volume de materiais suficientemente significativo em termos de quantidade e qualidade para dar suporte às atividades de pesquisa realizadas tanto em nível de graduação como de pós, assim como às atividades normais de prestação de serviços ou extensão à comunidade. Da mesma forma, a clientela é relativamente homogênea, não exigindo avaliações de grande monta. A ênfase maior, no caso, parece estar muito mais no desbastamento e avaliação constantes das coleções – medidas necessárias para otimização do acervo. (VERGUEIRO, 1993, p. 19)
Numa análise do estudo acadêmico realizado por Hendrik Edelman, Vergueiro
(1993) desenvolve os conceitos de Desenvolvimento de Coleções e Seleção,
classificando-os numa espécie de hierarquia que inclui ainda o conceito de
Aquisição de Coleções.
Segundo Vergueiro (1993), o autor cita três níveis, onde,
No primeiro nível, estaria o desenvolvimento de coleções entendido de maneira ativa, como uma função de planejamento: a existência de um plano ou política de desenvolvimento da coleção que descreva ‘os objetivos a curto e longo prazo da biblioteca para suas coleções’, levando-as em consideração e correlacionando-as com aspectos do meio ambiente, como a demanda do usuário, sua necessidade e expectativa, o mundo da informação, os planos fiscais e a história das coleções. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)
Continuando em sua conceituação, Vergueiro (1993) afirma que,
No segundo nível, estaria a seleção como função direta do desenvolvimento de coleções, isto é, o processo de tomada de
18
decisões relacionadas com a implementação dos objetivos anteriormente estabelecidos. Neste aspecto, os critérios e metodologia para identificação e seleção dos materiais informacionais deveriam ser necessariamente vistos separadamente da política para desenvolvimento da coleção. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)
O autor então complementa,
No terceiro nível desta hierarquia, estaria a aquisição, entendida, agora como a implementação das decisões de seleção. É o processo que, na prática, torna realidade palpável as decisões tomadas na seleção. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)
Vergueiro (1993, p. 3) conclui que apesar de Edelman (1979) “hierarquizar os
itens componentes do desenvolvimento de coleções, reconhece que os mesmos
estão em constante interação e sobreposição”.
Adentrando então neste assunto, Magrill e Hickey (1984) afirmam que o
desenvolvimento de coleções requer vários pontos essenciais para seu sucesso,
onde incluirá,
[...] a avaliação das necessidades dos usuários, a avaliação da coleção atual, a determinação da política de seleção, a coordenação da seleção de itens, o “desbastamento” e armazenagem de partes da coleção e o planejamento para compartilhamento de recursos. (MAGRILL, HICKEY, 1984, p. 4)
Já para Baughman (1979), o autor defende um desenvolvimento de coleções
enfocado “sob um ponto de vista estruturalista”, combinado pelo uso (grupo de
demandas), conhecimento (disciplinas, assuntos, tópicos e áreas de estudo) e a
biblioteconomia (relação entre os diversos assuntos). Para Baughman (1979), o
desenvolvimento de coleções será gerado no centro destes três elementos,
entrecruzado nas ações de planejamento (acumulação de documentos, em relação
às necessidades, propósitos, objetivos e prioridades da biblioteca), implementação
(processo para tornar o uso dos documentos acessível) e avaliação da coleção
(exame e julgamento em relação aos objetivos e propósitos estipulados), como
podemos visualizar na figura a seguir:
19
Figura 2 - Desenvolvimento de coleções. Abordagem estruturalista (Baughman, 1979).
Fonte: Baughman (1979 apud Vergueiro, 1993).
Baughman (1979, p. 241) afirma “que o desenvolvimento de coleções é um
plano passível de implementação”. Desta forma, o autor recomenda o seguinte
modelo: Planejamento + Implementação + Avaliação = Desenvolvimento de
Coleções. Sendo assim, o autor afirma que, seguindo estes conceitos, a
implementação de uma política de desenvolvimento de coleções levará a um
sistema “complementado, cíclico e auto aperfeiçoável”. (BAUGHMAN, 1979, p. 242)
Por outro lado, Evans (1979) apresenta uma proposta que em certa medida
se divergem do modelo de Baughman, entendendo o desenvolvimento de coleções
de forma sistêmica, buscando os pontos fortes e fracos de uma coleção de materiais
em uma unidade de informação (biblioteca) com base nas “necessidades dos
usuários e recursos da comunidade e tentando corrigir as fraquezas existentes,
quando constatadas” (EVANS, 1979 apud VERGUEIRO, 1993, p. 4). Sendo assim, o
desenvolvimento de coleções para Evans (1979), terá “um enfoque sistêmico, e sua
ênfase irá variar, para cada um de seus componentes” (EVANS, 1979 apud
VERGUEIRO, 1993, p. 4), dependendo da biblioteca na qual este processo estará
ocorrendo, mesmo sendo considerado, de modo geral, comum para todas as
bibliotecas. Este pensamento é importante e nos leva a crer que existe sim uma
20
noção de continuidade, onde as atividades ligadas à coleção não devem ser
encaradas isoladamente, mas sim, como componentes (ou subsistemas) de um
todo.
O modelo apresentado por Evans (1979) e explanado por Vergueiro (1993) é
claro e objetivo, demonstrando por círculos que as atividades e/ou processos para
desenvolvimento de coleções têm carácter cíclico, não havendo uma etapa mais
importante ou menos importante que a outra, não distinguindo ou sobrepondo às
demais etapas, apresentando todas “em pé de igualdade, girando, teoricamente, em
torno de um pequeno círculo” (VERGUEIRO, 1993, p. 5). Círculo este que
encontramos situados os profissionais responsáveis pelo trabalho de
desenvolvimento de coleções. Com exceção da etapa de aquisição, servindo como
subsídios, existem os componentes que se encontram servindo à comunidade.
Desta maneira, o modelo demonstra o processo por completo, não
apresentando posteriormente erros que possam causar confusão em alguns dos
componentes do ciclo, uma vez que, segundo Evans (1979), estes erros ocorrem
frequentemente no dia a dia das bibliotecas. Na figura abaixo, veremos com clareza
este processo ininterrupto, obtendo – para a maioria das bibliotecas que o seguirem
– a transformação deste processo em uma atividade rotineira e de efetivo êxito.
Figura 3 - Processo de desenvolvimento de coleções (Evans, 1979).
Fonte: Evans (1979 apud Vergueiro, 1993)
21
Para Osborn (1981, p. 12, tradução nossa), “um sistema de serviço ao
público, efetuado mediante um processo de tomada de decisões é o que leva a uma
determinação da aquisição e retenção de materiais”. O autor salienta também uma
característica sistêmica do desenvolvimento de coleções. Bryant (1987) discorre
sobre a abordagem das diferentes estruturas organizacionais utilizadas para o
desempenho das atividades voltadas ao desenvolvimento de coleções. A autora
aponta as posturas que o bibliotecário deve assumir em relação à aquisição quando,
em bases bastante amplas, o bibliotecário exerce pouco controle sobre a coleção
em relação ao sentido de direcioná-la a um determinado objetivo. Contudo, deve
haver confiança na seleção destes novos materiais. A seleção concentra a
responsabilidade do bibliotecário pelo desenvolvimento da coleção, isto é, existindo
uma linha de ligação entre o bibliotecário e o usuário. Assim, facilitando - se houver
disponibilidade do bibliotecário para participar do desbastamento sistemático e/ou
outros projetos - o estabelecimento de uma política de desenvolvimento de coleções
e a administração, a qual exerce a distribuição das tarefas e responsabilidades dos
bibliotecários envolvidos com formação acadêmica voltada às áreas específicas
desse assunto. Engloba a articulação quase completa entre a política e o
desbastamento sistemático e, em contrapartida, também a análise do orçamento,
alocação e controle dos recursos financeiros e informacionais.
Levando em consideração este assunto abordado por Bryant (1987), James
A. Cogswell (1987) tratou a questão da administração e desenvolvimento de
coleções, pouco abrangente em relação à gama de atividades atualmente
envolvidas. Segundo o estudo realizado pelo autor em diversas literaturas, o mesmo
aponta o aparecimento de uma nova nomenclatura mais adequada às atividades
exercidas pelo bibliotecário nesta área. Cogswell (1987) cita o artigo de Lyden e
Mosher (1987), em que este último define o desenvolvimento de coleções como “a
seleção efetiva e oportuna dos materiais de biblioteca, formando áreas de assunto
ou coleções cuidadosamente construídas, no decorrer do tempo, por bibliógrafos
especializados”. (MOSHER apud COGSWELL, 1987). Para Cogswell (1987),
independente da terminologia utilizada, é importante a administração de modernas
coleções de pesquisa, de forma que não sejam tarefas isoladas e/ou reservadas
para poucos bibliógrafos especializados.
22
Ainda para Cogswell (1987), onde vale salientar que seu trabalho foi
realizado, em especial, com ênfase no desenvolvimento de coleções em bibliotecas
acadêmicas ou de pesquisa, o autor apresenta sua definição de administração de
coleções, a fim de suprir as necessidades e objetivos institucionais específicos. Com
base nesta definição, ele discorre ao menos oito funções:
Planejamento e elaboração de políticas: instrumento importante que irá
servir como elo de comunicação com a comunidade;
Análise de coleções: avaliação dos pontos fortes e fracos com medidas
objetivas;
Seleção de materiais: processo de decisão em relação aos materiais
que serão selecionados com base no perfil de interesse da biblioteca.
Função crucial devido à natureza expansiva da maioria das coleções
de pesquisa;
Manutenção da coleção: decisão sobre o destino das coleções que
devem ser preservados, descartados ou armazenados para pesquisas
posteriores. Este processo é também conhecido como re-seleção;
Administração fiscal: controle de orçamentos;
Contato com o usuário: serviço de referência, onde buscam as
necessidades e exigências dos usuários, a fim de ter conhecimento
das coleções – bibliotecário – e atendê-las de forma satisfatória;
Compartilhamento de recursos: na realidade atual é essencial uma
maior viabilidade de toda ou qualquer biblioteca devido aos avanços da
telecomunicação, e;
Avaliação do programa: os planos, políticas, procedimentos e pessoas
envolvidas no desenvolvimento de coleções. (COGSWELL, 1987 apud
VERGUEIRO, 1993, p. 6)
2.1 Política de Desenvolvimento de Coleções
Acerca do planejamento e da política de desenvolvimento de coleções, vemos
a importância de uma política eficaz e que contemple as necessidades dos usuários
em relação à unidade de informação. É imprescindível que esta política seja
desenvolvida por uma comissão que obtenha conhecimento amplo na unidade de
23
informação e do meio acadêmico no qual está inserida. Para que o processo de
seleção de materiais em uma biblioteca seja efetivamente implementado, torna-se
necessário uma política para guiar esse processo. Não abstendo de importantes
processos, como a aquisição, avaliação e desbastamento. Torna-se então
necessária e indispensável a elaboração de uma política de desenvolvimento de
coleções, pois esta apresenta um papel decisivo para a formação e desenvolvimento
de coleções mais responsivas.
Para Vergueiro (1995, p. 68), “o documento da política de seleção é um
instrumento de trabalho primariamente destinado a dar suporte às decisões de
seleção”, onde se encontra inserido nele os seguintes itens: identificação dos
responsáveis pela seleção de materiais, os critérios utilizados no processo, os
instrumentos auxiliares, as políticas específicas e os documentos correlatos. Weitzel
(2013) enfatiza a importância a qual Vergueiro (2002) detalha cada item ao longo do
seu livro e o quão importante sua leitura se faz para uma melhor compreensão
desse processo.
Por sua vez, Miranda (2007) aborda algumas decisões da política de
desenvolvimento de coleções que irão conduzir o processo de formação de uma
coleção, logo após a conclusão do diagnóstico da situação a qual se encontra a
unidade de informação. A autora também destaca os pontos cruciais para a
elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções, onde menciona algun
pontos segundo Maciel (2000),
Determinação das áreas que farão parte do acervo;
Indicação do tipo de material que irá compor o acervo, independente do seu suporte físico;
Estabelecimento dos critérios e prioridades que orientarão todo o processo, incluindo as decisões nas etapas de seleção, aquisição, e também o desbastamento da coleção, indicando o que deve ser transferido para depósitos especiais ou mesmo serem descartados;
Estabelecimento de diretrizes para a avaliação das coleções, até mesmo com indicação da periodicidade com que deverá ser realizada;
Definição da quantidade de exemplares por título, especialmente para as coleções de uso correntes;
Estabelecimento de diretrizes para a preservação e conservação do acervo, contendo informações sobre as condições ambientais ideais para cada tipo de documento;
Determinação de prazos para revisão das políticas. (MIRANDA, 2007, p. 6)
24
Sendo assim, a autora recomenda que “a coordenação dessa comissão seja
de responsabilidade do bibliotecário, o qual precisará convocar os demais membros
para reuniões periódicas e/ou reuniões extraordinárias”. A política deve estabelecer
critérios que garantam a qualidade no que diz respeito a tomadas de decisões e o
destino de todo os materiais contidos no acervo (administração dos recursos
informacionais).
Elaborar uma política de desenvolvimento de coleções requer ter
conhecimento de alguns dados para análise, como: estado atual da coleção, quais
áreas do conhecimento são de maior interesse, as necessidades da clientela a ser
servida e o conhecimento dos objetivos da universidade em que a biblioteca está
inserida. Outro ponto importante destacado por Miranda (2007) para a elaboração e
estabelecimento de uma política de desenvolvimento de coleções, é a priorização de
alguns objetivos para um melhor direcionamento do acervo, propondo:
Possibilitar um crescimento racional e equilibrado do acervo de forma qualitativa e quantitativa;
Garantir a continuidade e a adequação necessárias à formação da coleção;
Determinar os critérios para duplicação de títulos;
Estabelecer as prioridades de aquisição do material;
Conhecer as necessidades dos usuários, através da análise de uso das coleções e sua atualidade;
Estabelecer critérios para intercâmbio de materiais informacionais;
Acompanhar o surgimento dos novos suportes de informação, não se limitando apenas, ao suporte em papel;
Buscar atender a todos as sugestões, deixando o solicitado informado da aquisição ou não do item sugerido;
Identificar critérios para recebimento de doações, descarte e reposição de material. (MIRANDA, 2007, p. 8)
Weitzel também pontua alguns elementos, divididos em doze passos,
identificados por Evans (2000), Figueiredo (1998) e Vergueiro (1989) que requerem
reflexões mais profundas sobre o papel da biblioteca para com o meio a servir e
maneiras dinâmicas de inserir-se na esfera da instituição mantenedora. São esses
os passos: identificação da missão e objetivos institucionais, perfil da comunidade,
perfil das coleções (distribuição percentual do acervo, idade do acervo e idiomas das
coleções), descrição das áreas e formatos cobertos pela biblioteca (sistema de
classificação para identificar áreas, níveis de coleções da ALA (American Library
Association) e categorias dos gêneros literários), descrição das etapas do processo
25
de desenvolvimento de coleções (este passo descreve a política de seleção, o
processo de seleção, o processo e a política de aquisição, o processo e a política de
desbastamento, incluindo descarte e o processo e a política de avaliação),
detalhamento de outros aspectos importantes (como por exemplo, a duplicação de
material ou substituição), documentos correlatos e por fim, porém não menos
importante, a avaliação da política.
Vale salientar que para diversos autores, um dos conteúdos mais importantes
da política de desenvolvimento de coleções é o processo de seleção, pois é a partir
dele que se garantirá a qualidade ao acervo e se irá suprir as necessidades dos
usuários da unidade de informação.
2.2 Seleção
Aprofundando-nos um pouco mais no estudo proposto, vemos o papel do
bibliotecário no processo de seleção. O estudo elaborado por Weitzel (2006) orienta
que os profissionais de Biblioteconomia, bem como os demais integrantes da
comissão de seleção, elaborem um formulário único que seja capaz de cumprir as
funções de recolher as sugestões, tanto dos usuários quanto dos bibliotecários, para
que assim possa fazer o acompanhamento completo do fluxo de trabalho de
desenvolvimento de coleções, originando, consequentemente, uma cultura de
corresponsabilidade no processo como um todo.
Miranda (1978) enfatiza que bibliotecários líderes, com experiência sólida e
formação profissional, estão aptos para desenvolver esta responsabilidade e projetar
socialmente e culturalmente suas bibliotecas. O autor (1978) ainda afirma que,
[...] o processo de seleção é, das tarefas profissionais, a que melhor orienta os serviços futuros da biblioteca, pois ela condiciona a aquisição e estabelece as opções para a cooperação em redes e sistemas de informação. (MIRANDA, 1978, p. 68)
Para Maciel e Mendonça (2000), a função de seleção implementa o que está
formalizado em sua política e é uma das funções responsáveis pela formação e
desenvolvimento das coleções que irão compor o acervo.
Vergueiro (1997, p. 19) adverte sobre os critérios de seleção, onde a
organização focada nesta atividade só é eficiente “quando todos os envolvidos
trabalham de modo racional, dispostos a discutir objetivamente a aplicação ou
26
aplicabilidade desses critérios”. Quando os envolvidos nesta atividade se distanciam
de um modelo racional de ação, adentram em um comportamento impulsivo ou
tomando medidas a seu bel-prazer, tornando os critérios de seleção cada vez mais
inúteis.
Então, Vergueiro (1997, p. 20) preferiu por “agrupar os muitos critérios
utilizados na seleção de materiais em bibliotecas, citados na literatura especializada,
segundo o tipo de enfoque por eles adotado”:
Autoridade: busca definir a qualidade do material por meio da
reputação do seu autor, editora ou patrocinador. Se no passado o autor
produziu excelentes materiais é algo a ser considerado relevante nas
suas publicações futuras;
Precisão: evidencia o quanto a informação veiculada pelo documento é
exata, rigorosa e correta;
Imparcialidade: verifica se os assuntos são apresentados de maneira
justa, sem favoritismos, deixando clara, ou não, a existência de
preconceitos;
Atualidade: informações atualizadas, subentendido de que se deve
avaliar o material de maneira objetiva quanto à sua informação contida
é nova ou uma apresentação diferente, e por fim;
Cobertura/Tratamento: referente à forma como o assunto é tratado, se
o assunto é direto e objetivo ou apenas superficial, sobre os aspectos
importantes foram levados em consideração ou deixados de fora.
Weitzel (2013, p. 37) complementa que, na prática, “o processo de seleção é
o ‘fazer’, e a política, as diretrizes de ‘como fazer’, garantindo a coerência de cada
ação desse ‘fazer’”. A autora também esclarece que “esse princípio está presente
em todas as etapas no desenvolvimento de coleções: cada processo representa o
‘fazer’ e cada política o ‘como fazer’”.
Retomando mais sobre o processo de seleção, Vergueiro (1997) explana
diversas vezes em seu livro sobre a ligação da seleção e a censura. O autor
menciona que os bibliotecários possuem o poder de tomar decisões em relação às
seleções, onde a ideia de censura ficava implícita. O autor vai um pouco mais além
27
quando fala que “o mérito dos bibliotecários que alguma vez se levantaram em
defesa da liberdade intelectual deve ser reconhecido e proclamado”. (VERGUEIRO,
1997, p. 91)
Miranda (1978) cita os problemas de censura regidos na época da ditadura,
como também os dois tipos compreendidos por ele: a Censura Ostensiva (livra-se da
responsabilidade administrativa do bibliotecário) e a Censura Oficial (mais rígida ou
menos rígida, conforme o regime político). Segundo o autor, existe ainda outro tipo
de censura no processo de seleção,
[...] e todo processo de seleção é uma forma de censura, no bom sentido do termo – que é exercida de forma velada, e às vezes, inconsciente. A antipatia por certos autores, a intolerância com determinadas ideologias ou crenças, a subestimação quanto aos trabalhos de determinadas instituições ou editoras, a preferência por determinados fornecedores, cerceiam um critério de seleção mais justo, equânime e imparcial. (MIRANDA, 1978, p. 73)
O autor abre ainda um parêntese em seu artigo para falar sobre o
compromisso ético que o profissional bibliotecário deve manter, conforme consta da
folha 6 da “Carteira de Identidade Profissional”: “Prometo tudo fazer para preservar o
cunho liberal e humanista da profissão de bibliotecário, fundamentado na liberdade
de investigação científica e na dignidade humana”. Desta forma, compreendemos
que o trabalho do bibliotecário é disseminar a informação qualquer que seja esta,
visando as necessidades informacionais e de pesquisa dos seus usuários, sem fazer
objeções e/ou proibições do conteúdo a ser posto à sua disposição.
2.3 Aquisição
A aquisição é derivada do processo de seleção, isto é, ela é originada das
decisões tomadas durante este processo; é o método destinado à obtenção dos
documentos. Muitos podem compreender a aquisição como apenas o meio de
adquirir materiais por meio de compras, porém este processo apresenta três
modalidades distintas: compra (como citado anteriormente), doação e permuta.
Evans (2000) explica que o bibliotecário de aquisição deve levar em
consideração a rapidez para a aquisição de materiais como fator dominante para
satisfazer as necessidades dos usuários, porém deve manter cautela em relação à
28
rapidez deste sistema, pois poderá haver um alto risco de erros e aumento de custos
operacionais. Maciel e Mendonça (2006) transcorrem em relação às atividades do
bibliotecário de aquisição, ponderando vários aspectos, onde podemos destacar:
conhecimento dos trâmites burocráticos institucionais, acompanhamento direto e
constante dos processos, conhecimento das dotações orçamentárias e outras fontes
de investimentos, cumprimento de prazos, supervisão e controle de gastos para
futura prestação de contas e o gerenciamento do serviço de permuta e doações.
Para Andrade e Vergueiro (1996), deve-se seguir algumas fases que darão
continuidade ao processo, como: a complementação dos dados documentários,
recorrendo-se a fontes apropriadas caso seja necessário; nova verificação da
existência do item na biblioteca, do item pedido, bem como se o mesmo já foi
encomendado, a fim de evitar duplicações desnecessárias; seleção dos
fornecedores que apresentem melhores condições para atendimento dos pedidos,
segundo o seu perfil de atuação no mercado editorial, e por fim; pedido de cotação
aos fornecedores.
Tendo como base todas essas fases, as demais irão depender da decisão do
bibliotecário do processo de aquisição, pois o mesmo deverá escolher de quais
fornecedores os itens serão adquiridos e a modalidade (se será por compra,
permuta ou doação).
2.3.1 Compra
Em uma visão geral, o processo de aquisição de materiais por compras é a
mais utilizada em Unidades de Informação Universitárias. Este processo é resultado
de um diagnóstico feito da demanda a ser requerida, com base numa análise de
fundos econômicos pela instituição, originando assim a compra do material.
Segundo Andrade e Vergueiro (1996), quanto maior for o acervo, maior e mais
complexa será a compra.
Weitzel (2013) alerta que a aquisição feita por compra é bastante complicada,
pois envolve recursos financeiros. A autora também recomenda a leitura de Andrade
e Vergueiro (1996), onde conseguiram explanar de forma clara, simples e didática
todo este processo. Segundo o ponto de vista de Weitzel (2013), de modo geral,
29
[...] a organização do processo de aquisição em qualquer tipo de biblioteca passa necessariamente pela organização de listas de pedidos provenientes da seleção, já referendados pela comissão de seleção (lista desiderata). (WEITZEL, 2013, p. 45)
É preciso levar em consideração o valor dos materiais a serem adquiridos,
onde deverão se encaixar ao planejamento orçamentário da instituição. Andrade e
Vergueiro (1996) apontam algumas categorias que necessitam ser observadas na
avaliação do custo do material:
Diferenças de preços entre livros, periódicos e materiais especiais;
Divergências existentes entre os preços de produtos nacionais e estrangeiros (inclusive as despesas com frete, tarifas de armazenamento, etc);
Desigualdade de preços de materiais de áreas específicas (obras da área de humanidades, por exemplo, são mais baratas dos que as de ciência e tecnologia, do mesmo modo que as publicações destinadas ao público infanto-juvenil são menos dispendiosas do que as destinadas ao público adulto). (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 11)
Os autores vão mais além, em relação ao processo de aquisição por meio de
compra, onde existe uma regra geral para nortear esta atividade,
[...] consiste em vincular a compra de materiais de informação a uma prévia definição de despesas. De acordo com essa orientação, será preciso definir, em seguida à previsão orçamentária, de que forma os recursos financeiros serão utilizados. A utilização dos recursos financeiros estará baseada em uma lista de sugestões para aquisição, previamente elaborada. A elaboração dessa lista requer muita atenção, pois será preciso verificar a exatidão dos dados bibliográficos e se os títulos indicados já fazem parte do acervo da biblioteca. Por fim, selecionam-se os fornecedores que participarão do processo de compra. Somente após a conclusão dessas tarefas é que tem início a execução da compra propriamente dita. (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 10)
Compreendemos então, segundo Andrade e Vergueiro (1996), que o
responsável pela atividade de aquisição por meio de compra deve apontar e
identificar quais serão os métodos mais eficazes para cada tipo de material de
informação e de cada aquisição específica, “visando a obter os menores custos
financeiros e operacionais possíveis, bem como garantindo a qualidade e presteza
dos serviços de aquisição” (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 13).
30
2.3.2 Doação
A doação é uma função da aquisição, porém ela se diferencia por não haver a
necessidade de ser iniciada pelo bibliotecário, como também, se caracteriza por ser
possível adquirir materiais para o acervo sem que haja uma obrigação de custo.
Podemos observar que, atualmente, em meio às restrições orçamentárias do nosso
país, as doações são uma importantíssima fonte para a aquisição de materiais.
Vergueiro (1997, p. 81) demonstra o ponto positivo da procura em
determinadas bibliotecas, em relação às doações, pois “a frequência com que uma
biblioteca é procurada para a doação de materiais pode ser um sinal de seu
prestígio junto à comunidade”. O autor enfatiza que “qualquer que seja o material a
ser doado pelo usuário (mesmo que não seja relevante a unidade de informação),
deve ser aceito com maior respeito”.
Por muitas vezes, o volume de materiais doados por usuários, causa um
inevitável acúmulo de materiais informacionais, não havendo ainda uma fórmula
perfeita para evitar este acumulo. Entretanto, para que este problema seja evitado,
deve-se elaborar uma política sobre doações, clara e objetiva, sendo inserida na
política de seleção, tornando pública aos usuários e/ou ao meio acadêmico, quando
possível, prevenindo assim, problemas como recebimento de itens indesejados e/ou
duplicatas.
Para Vergueiro (1997), “a doação é um contrato de confiança entre o doador
e a biblioteca”, onde nesta mesma linha de raciocínio, o autor reforça esta ideia,
Formalizar o ato de doação é medida prudente no caso de reclamações. Um formulário simples, assinado pelo doador, registrando a data da doação e que tem conhecimento e concorda com a política da biblioteca costuma surtir efeito. A biblioteca pode fornecer uma carta ou declaração sobre o recebimento dos materiais e agradecendo ao usuário pela doação. [...] representa o reconhecimento da importância da participação dos usuários no desenvolvimento da coleção. (VERGUEIRO, 1997, p. 82)
Seguindo esta linha de pensamento de Vergueiro (1997), vemos então a
importância do comprometimento do bibliotecário com o usuário, demonstrando
respeito pelo material que a unidade de informação está adquirindo (ou não,
31
dependendo da seleção e decisão tomada com base nos critérios da política) por
meio da doação e colaboração do doador.
2.3.3 Permuta e/ou Intercâmbio
Para Dias e Pires (2003),
A permuta consiste, em acordo preestabelecido entre instituições, o compromisso mútuo de fornecimento de publicações. É uma prática comum em bibliotecas universitárias e especializadas, sendo necessário definir critérios de acordo com a política de desenvolvimento da coleção. (DIAS; PIRES, 2003, p. 47)
Sendo assim, a permuta é caracterizada pelo intercâmbio de publicações
entre instituições. Vergueiro e Andrade (1996) compreendem a permuta como um
acordo entre duas instituições para o fornecimento de “[...] publicações das próprias
entidades, de obras duplicadas ou retiradas do acervo ou de obras recebidas em
doação, mas sem interesse para incorporação ao acervo”.
Conhecida também como intercâmbio, esta modalidade é usada
principalmente quando o material não se encontra disponível para compra ou é de
difícil localização. A forma mais comum de permuta se dá pelas próprias instituições
conveniadas. Entretanto, deve levar em conta se será positivo o custo-benefício que
esta troca irá proporcionar, conforme Andrade e Vergueiro (1996) observam:
equilíbrio de conteúdo das publicações;
os custos reais da publicação da própria entidade;
os custos de todos os serviços necessários para abrigar o título recebido;
o tempo necessário para recebimento do material permutado. (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 32)
Para Andrade e Vergueiro (1996, p. 27), a permuta em outra perspectiva,
“pode-se atribuir aos programas de intercâmbio um característica cultural, na medida
em que estão relacionados, em última análise, com a difusão de informações”.
Sendo assim, os programas de intercâmbio poderão ser considerados adequados
em relação aos serviços de relações públicas das instituições.
32
2.4 Avaliação De Coleções
A avaliação de coleções tem que, primordialmente, basear-se numa análise
qualitativa e quantitativa, isto é, um parecer por especialistas fazendo uma análise
real e em relação ao seu tamanho e crescimento. Este processo deve ser
sistemático, ajustando de modo geral as políticas de desenvolvimento de coleções,
onde por ele será determinada a importância e a adequação do acervo com base
nos objetivos da instituição e da biblioteca, permitindo delinear padrões quanto aos
processos de seleção, aquisição e descarte.
Weitzel (2013) cita uma recomendação feita por Figueiredo (1998), onde,
A formação de uma equipe dedicada à avaliação é outro aspecto bastante sensível do processo, pois exige qualificações próprias de um pesquisador, isto é, domínio de metodologias quantitativas e qualitativas, técnicas de pesquisa, coleta e tabulação de dados, e ainda, habilidades relativas a concentração e capacidade crítica. (WEITZEL, 2013, p. 57)
Para Lancaster (2004), o que se procura de fato numa avaliação de um
acervo é,
[...] determinar o que a biblioteca deveria possuir e não possui, e o que possui e não deveria possuir, tendo em vista fatores de qualidade de adequação da literatura publicada, sua obsolescência, as mudanças de interesses dos usuários, e a necessidade de otimizar o uso de recursos financeiros limitados. (LANCASTER, 2004, p. 20)
Executando esta avaliação de parte do acervo ou de todo ele, poderá ser
exercida com a visão de um melhoramento na política de desenvolvimento de
coleções, pensando em aprimorar e melhorar as políticas relacionadas a
empréstimos de materiais, taxas de duplicações de publicações futuras, como
também, fundamentar as decisões relacionadas ao espaço a ser utilizado.
Lancaster (2004) ainda classifica os principais métodos de avaliação de
acervos (utilizados no passado) da seguinte maneira:
1) Quantitativos Tamanho Crescimento
2) Qualitativos Julgamento por especialistas Uso de bibliografias como padrão
33
Bibliografias publicadas Bibliografias elaboradas especialmente Análise de uso real (LANCASTER, 2004, p. 20).
O autor transcorre sobre cada um dos itens. Porém, de forma simplificada,
podemos entender que, com base em cada um desses critérios, a formação de um
acervo abrangente e de qualidade irá refletir na satisfação imediata da busca e
utilização dos materiais pelos usuários daquela unidade de informação.
Maciel e Mendonça (2000) também transcorrem sobre os métodos de
avaliação de coleções e citam os métodos quantitativos e qualitativos, onde os
autores também enfatizam que apesar da fácil aplicação dos métodos quantitativos,
estes métodos não podem ser utilizados isoladamente, pois deixariam de levar em
consideração o fator de qualidade. Sendo assim, eles pontuam as principais
características sobre cada método,
quantitativas – baseadas em dados estatísticos, principalmente sobre: tamanho da coleção, assunto, idade, clientela, etc.; um exemplo deste método seriam os dados estatísticos colhidos sobre os assuntos solicitados pelos usuários e não atendidos pela biblioteca.
qualitativas – preocupadas com o conteúdo do acervo. Podem ser realizadas através do julgamento de especialistas, através da comparação com bibliografias ou mesmo especialmente elaboradas para este fim, ou através do uso real da coleção. (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 24)
Outro ponto importante e que deve ser levado em consideração são os
padrões e critérios cada vez mais rigorosos pelas políticas governamentais em
relação ao acervo das bibliotecas, principalmente para as instituições de ensino
superior. Para Weitzel (2013, p. 58), “a rotina do processo de avaliação envolve
planejamento, diagnóstico das coleções, aplicação de padrões e critérios, e controle
de dados de uso, valor e quantidade, de um modo geral”.
Weitzel (2013) complementa que, para haver uma análise do acervo, é
necessária uma comparação com a tabela de classificação empregada na biblioteca.
Sendo assim, a autora afirma que,
Em relação aos padrões e critérios, os bibliotecários universitários devem aprofundar seus conhecimentos em torno do que é exigido pelo Ministério da Educação, e também especializada, a fim de verificar quais são as melhores práticas no sentido de obter maior valor agregado em termos de acervo. (WEITZEL, 2013, p. 60)
34
Conforme podemos ver, a avaliação de coleções se torna um processo
importante para a unidade de informação, trazendo consigo uma ideia semelhante à
da seleção, isto é, para que obtenhamos êxito na coleção, deve-se criar também
uma política para avaliação dessas coleções, considerando no mínimo alguns
elementos principais, como: quem será o responsável pelo processo, a definição de
padrões, critérios, metodologias e métodos a serem empregados. Weitzel (2013)
explica que para defini-la aos padrões e critérios, exigirá investimento da equipe –
direcionada a este trabalho – para atualização dos conhecimentos especializados,
reunindo o institucional com a comunidade universitária. Segundo a autora,
[...] padrões e critérios deverão ser construídos considerando as variáveis institucionais e governamentais que regulam o funcionamento dos cursos nas instituições de ensino superior. Como exemplo, podemos citar as listas das bibliografias básicas dos cursos, a média entre exemplares e alunos, as duplicações, as assinaturas de periódicos específicos para componentes curriculares, que não estão presentes no Portal de Periódicos da CAPES, etc. (WEITZEL, 2013, p. 61)
Sendo assim, para Miranda (2007), a avaliação de coleções possibilitará
verificar a satisfação dos usuários e suas necessidades em relação aos materiais, a
identificação das obras e seu “prazo de validade” em relação ao seu uso, como
também podem denominar de “tempo de estante”, ocorrendo assim, uma procura de
alternativas para estimular seu uso ou para crer que a obra seja relevante ou
desbastá-la, colher indicações para futuras aquisições, ter mais atenção às
mudanças de interesses dos usuários em relação ao acervo e comparar (com base
nos planos de ensino, catálogos e bibliografias recomendados) as coleções que
serão postas à disposição.
2.5 Desbaste e Descarte
O desbaste é o processo onde haverá a retirada dos materiais do acervo ativo
que poderão ser utilizados para remanejamento, descarte ou restauração. Nas
instituições onde as atualizações de informações e de seus materiais são constantes
e indispensáveis para auxiliar nas políticas públicas e decisões, compreendemos
35
que um dos constantes problemas nas unidades de informação, por muitas vezes,
dar-se ao espaço físico e a grande demanda de novos materiais que serão
agregados ao acervo, onde encontramos também, a defasagem de mão de obra
qualificada para seu tratamento/restauração/cuidado. Desta forma, vemos o quão
necessário e importante são os processos de desbaste e descarte. Reforçando esta
ideia, Weitzel (2013) afirma que tais processos colaboram para melhorar o acesso
dos usuários ao material.
Uma definição interessante para este processo foi apresentado por Maciel e
Mendonça (2000),
O desbastamento consiste na retirada de documentos pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção de uso frequente para outros locais – os depósitos especialmente criados para abrigar este material de consultas eventuais. Já o descarte consiste na retirada definitiva do material do acervo da biblioteca, com a correspondente baixa nos arquivos de registro da mesma. (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 26)
Segundo Weitzel (2013), os materiais que provavelmente irão para o
desbaste passam por um período determinado para estudo do que haverá de ser
feito pela unidade de informação. Se o prazo de estudo esgotar, uma nova avaliação
será feita para que com isso, seja certificado o destino final destes materiais. Sendo
assim, a criação de uma política de desbastamento também irá facilitar e mostrar as
melhores e mais viáveis tomadas de decisões em relação a este acervo, contando
com – pelo menos – quatro elementos, citados por Weitzel (2013): responsabilidade
pelo processo, critérios, métodos e aspectos legais e administrativos.
Por outro lado, o descarte de materiais informacionais é entendido como a
retirada definitiva destes materiais do acervo circulante, as quais não possuem uma
justificativa plausível para serem mantidos na unidade de informação.
Weitzel (2013) também afirma que,
O descarte ocorre principalmente quando as obras não atendem mais o perfil da instituição e/ou da comunidade. As ações decorrentes podem ser resumidas em duas: a) retirada definitiva do item do acervo; b) baixa nos catálogos da biblioteca e no registro do item em termos patrimoniais. (WEITZEL, 2013, p. 66)
36
Enfatizando o cuidado e segurança do bibliotecário em relação à definição de
que um material/item deve ir para o descarte, Vergueiro (1989) apresenta alguns
questionamentos.
Afinal – pergunta-se o bibliotecário –, quando se descartar? E para quê? São perguntas quê, deve-se reconhecer, constituem reais dilemas para profissionais que tiveram toda uma educação (não apenas a superior) para conservar os materiais informacionais, sob sua responsabilidade, da melhor forma possível, a fim de que os mesmos pudessem vir a ser utilizado pela coletividade – ou, ao menos, conservados para uma geração futura. (VERGUEIRO, 1989, p. 75)
Para que esta atividade se torne eficaz, recomenda que sejam aplicados os
mesmos critérios utilizados no processo de seleção, segundo Miranda (2007, p. 17),
pela comissão responsável, “pois da mesma forma como seleciona os materiais que
devem incorporar ao acervo também é imprescindível que sejam selecionados os
propensos à retirada definitiva”.
3 BIBLIOTECÁRIO: SELEÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ACERVO NO
ÂMBITO UNIVERSITÁRIO
37
Nice Figueiredo, em sua obra Avaliação de Coleções e Estudo de Usuários
(1979), recorda que, através dos anos, várias técnicas foram criadas para avaliar
uma biblioteca. Técnicas estas aplicadas com diversas configurações, algumas
vezes em conjunto com uma ou mais técnicas. Para a autora,
Os diferentes níveis de sucesso alcançado dependerão de quão bem o método escolhido poderia realmente alcançar o propósito intencional da avaliação. Por exemplo, a quantidade da coleção – o seu tamanho numérico – tem sido relativamente fácil de se determinar, presumindo-se que haja exatidão, objetividade e uso de unidade padrão de medida por parte do enumerador. (FIGUEIREDO, 1979, p. 13)
Complementando, a autora, em relação à numerosa literatura disponível nas
bibliotecas, em parte, repetitiva, identifica cincos métodos distintos para avaliar
coleções, porém um ou dois não caberão dentre os cinco (Figueiredo, 1979):
1. Compilação de estatísticas da coleção, uso, gastos; 2. Verificação de listas, catálogos, bibliografias; 3. Obtenção de opiniões de usuários regulares; 4. Exame direto da coleção; 5. Aplicação de padrões usando vários dos métodos anteriores, e a. Testando a capacidade da biblioteca no fornecimento de um
documento; b. Notando o uso relativo de várias bibliotecas por um grupo
particular. (FIGUEIREDO, 1979, p. 13)
Figueiredo (1979) aponta que as duas últimas técnicas mencionadas
anteriormente (letras a e b), são levadas mais em consideração do que a própria
coleção. Porém, cada caso da adequação da coleção deverá ser estudado,
determinando quais serão os próximos passos a serem tomados, satisfazendo,
dessa forma, os usuários. O primeiro método que consiste na Compilação de
Estatísticas é subdividido/compilado em 10 tipos de estatísticas:
1. Tamanho bruto: Contagem direta do total dos volumes na biblioteca ou
dos livros de referência, periódicos recentemente adquiridos, ou do
material não impresso;
2. Volumes entrados por ano: Contagem direta por classes ou por
unidade;
38
3. Fórmulas: Baseadas em um núcleo aceitável, mais volumes por
estudantes, para o corpo docente, por áreas de bacharelados e de pós-
graduação;
4. Comparações: Estudos realizados na mesma biblioteca em tempos
diferentes ou entre bibliotecas comparáveis ao mesmo tempo;
5. Equilíbrio de assuntos: Estudo que faz uma análise proporcional por
classes, duplicatas, por autores, por datas e por relações com cursos
oferecidos;
6. Pedidos não atendidos: São mantidos registros para livros, periódicos e
para informação específica solicitada;
7. Empréstimos-entre-bibliotecas: Similar a “pedidos não atendidos”, onde
alguns bibliotecários estabelecem padrões internos de rendimento das
suas coleções – limite máximo de empréstimos de fora, através de
empréstimos-entre-bibliotecas, e os limites mínimos de empréstimos
que devem sair de suas coleções;
8. Tamanho de excelência: É o tamanho necessário para satisfazer uma
percentagem x dos pedidos da clientela da biblioteca;
9. Circulação: Calculada pelo total, por adultos, por crianças, pelo corpo
docente, por estudantes, por classe de assunto, pela data de compra
do livro, pela data do último uso, pelas transações por ano, ou por
unidade, e por fim;
10. Gastos: “Gastos correntes”, encontrados atualmente para livros e
periódicos e para salários e avaliados em relação ao número de
matrículas, ou por unidade. (FIGUEIREDO, 1979, p. 14-21)
O segundo método citado por Figueiredo (1979): Verificação de Listas,
Catálogos, Bibliografias é subdividido/compilado também em nove listas: Catálogos
de bibliotecas importantes (usados muitas vezes para avaliações, como, por
exemplo, as bibliotecas de Harvard, Princeton, Michigan, entre outras), bibliografias
especializadas e listas básicas de assunto (inclui listas publicadas por sociedades
profissionais, técnicas e de cultura), listas correntes (inclui livros mais vendidos,
vencedores de prêmios, melhores livros do ano, livros de publicadores selecionados
e compilações anuais de assuntos), obras de referência (materiais listados em guias
padrões de referência, quer universais ou especializados em suas coberturas),
periódicos (listas aquelas que incluem títulos recebidos correntemente, títulos
39
mantidos e encadernados, coleções retrospectivas, entre outros), listas autorizadas
(são preparadas por autoridades federais, estaduais, regionais ou locais ou por
associações profissionais), listas para casos específicos (feitas sob medida para
atender as necessidades de um levantamento particular e para combinar os
objetivos, propósitos e interesses de uma biblioteca individual ou um grupo de
bibliotecas), citações (inclui-se aqui as notas de rodapé, referências, bibliografias em
trabalhos significativos no campo ou campos de interesse da biblioteca).
Continuando Figueiredo (1979) apresenta que o terceiro método é o da
Obtenção da Opinião dos Usuários, isto é, para a avaliação da coleção podem ser
identificados pelos usuários os pontos fortes e fracos da coleção, como também
suas necessidades em relação ao acervo. Figueiredo (1979, p. 28) afirma que “de
todas as maneiras pelas quais se avaliam a coleção da biblioteca, descobrir o que
os usuários pensam dela vem a ser o mais aproximado de uma avaliação em termos
objetivos ou missão da biblioteca”, subdividi-o em 4 itens: Corpo docente e
pesquisadores, estudantes e o público em geral são fontes de opinião quanto aos
níveis de adequação de uma biblioteca para satisfazer as necessidades, então,
deve-se obter conhecimento das necessidades por cada um deles por meio de
entrevistas, questionários, formulários de opiniões e outros meios de comunicação
direta com o meio acadêmico. Por fim, temos o bibliotecário, que são os membros
avaliadores da coleção, dentro da própria biblioteca (como já foi destacado diversas
vezes sobre sua importância no presente trabalho).
O quarto método, da listagem feita por Figueiredo (1979), Observação Direta
é identificado da seguinte forma:
As maiores vantagens da observação direta resultam do fato de ser prática e imediatamente efetiva. As maiores desvantagens estão em requerer um perito e materiais ou assuntos, e em ser pouco científica. Ao avaliador que conhece a literatura, um exame das prateleiras de livros revelará rapidamente o tamanho, escopo, profundidade e significado da coleção. (FIGUEIREDO, 1979, p. 32)
O quinto método, Aplicação de Padrões, onde suas vantagens contam na
aplicação de padrões, ligados as metas e objetivos da biblioteca e a sua instituição
mantenedora. Em contrapartida, as maiores desvantagens são em relação às metas
e objetivos, como declarados, não havendo passividade à avaliação objetiva.
40
Figueiredo (1979) então retoma sobre os dois últimos métodos, os quais
mencionou no início do capítulo em as obra, sendo agrupados. Pois, de alguma
forma apresentam semelhanças: Medindo a adequação dos recursos totais (Internos
e Externos),
As maiores desvantagens da medida da adequação total é ser um sistema realístico; usar métodos quantitativos; reconhecer a interdependência das coleções de bibliotecas; encorajar a cooperação bibliotecária; demonstrar o valor de redes e sistemas de bibliotecas. As maiores desvantagens são: é dependente do conhecimento de quais recursos estão disponíveis, e onde; pode ser difícil se estabelecer uma amostragem adequada; é relativamente complicado, e assim, é mais suscetível a erro humano. (FIGUEIREDO, 1979, p. 34)
Continuando, vemos a Capacidade de Fornecer um Documento, que, de
modo geral e sucinto, é o de objetivar rapidez em uma solicitação de um documento
específico, apresentando, assim, satisfação no fornecimento; e por fim, Uso Relativo
de Várias Bibliotecas, onde refere-se “ao uso de outras bibliotecas como sintoma da
adequação da biblioteca primária” (FIGUEIREDO, 1979, p. 35), onde para a autora,
Os recursos de uma dada biblioteca são ainda primários e básicos às necessidades dos usuários da biblioteca e, então, eles devem ser desenvolvidos de maneira adequada, o tanto quanto possível, para atender àquelas necessidades (FIGUEIREDO, 1979, p. 35).
Complementando a metodologia de avaliação, Figueiredo (1979) destaca,
Cooperação bibliotecária de todos os tipos deve ser encorajada, e novas áreas de cooperação devem ser exploradas, não somente entre bibliotecas similares como também entre bibliotecas de diferentes tipos e tamanhos. A maior preocupação da biblioteca é além da coleção, a totalidade de recursos disponíveis de que ela faz uso. É esta totalidade que deve ser avaliada. (FIGUEIREDO, 1979, p. 37)
Segundo Figueiredo (1993), existem métodos de avaliação contínua da
prática de seleção de materiais, e esta avaliação pode ser vista sob dois prismas:
“primeiro, como um esforço separado, uma pausa para se verificar onde nos
encontramos. Este esforço resulta, na maioria das vezes, em um relatório, o qual
tem pouca chance de ocasionar mudanças na administração” (FIGUEIREDO, 1993,
p. 103). A autora também enfatiza que quando um estudo se torna separado ou
intenso poderá acarretar em ações imediatas, como, por exemplo, a criação de
41
novas diretrizes por um diretor recém-chegado ou até mesmo o esclarecimento de
ordem emocional ou política.
Sob um segundo prisma, Figueiredo (1993) enfoca para que haja realmente
resultados as avaliações devem ser incorporadas em um processo contínuo como
parte da rotina dos serviços, não sendo uma parte integralizada do planejamento
uma decisão fácil a ser tomada. A avaliação contínua exige, segundo a autora:
a) visão crítica e analítica por parte do pessoal e dos administradores, com relação aos trabalhos da biblioteca;
b) elementos dentro da organização com capacidade em técnica de mensuração; e
c) aceitação firme dos resultados da avaliação, independentemente daqueles a quem estes resultados possam atingir. (FIGUEIREDO, 1993, p. 103)
Portanto, depende do administrador a objetividade e a segurança para
desativar uma tarefa que possa vir a refletir, nesta avaliação, de forma desfavorável
à direção do administrador, como aponta Figueiredo (1993).
A autora também transcorre em relação à abordagem mais comum exercida
no passado, onde era necessário,
[...] avaliar a coleção em relação a algum tipo de ‘padrão externo’, o qual poderia ser um especialista do assunto, ou um grupo de especialistas, chamado para avaliar o conjunto ou alguma área limitada de assunto na coleção. (FIGUEIREDO, 1993, p. 103)
A autora cita diversas abordagens, entre elas o estudo da quantidade da
coleção em um certo período de tempo determinado (examinando as papeletas e
cartões do livro), um estudo também de todos os itens emprestados durante alguns
meses, objetivando se o uso destes materiais no passado possa ser benéficos para
o futuro, avaliar também se a coleção de uma determinada biblioteca é completa em
relação a alguma área específica de assunto, selecionando vários materiais recentes
(livros ou artigos de revisão) sobre o assunto designado, agrupando-os às
bibliografias associadas formando uma ampla fonte corrente para os especialistas
da área.
Figueiredo (1993) cita Lancaster (1977), onde o autor cobriu amplamente as
metodologias de avaliação, classificando-as como:
a) Quantitativas Tamanho absoluto da coleção Tamanho da coleção por categorias:
42
tipo de material; área de assunto; data, língua.
Média do crescimento corrente; Tamanho com relação a outras variáveis, inclusive número de volumes per capita e por item circulado; Gastos com a coleção, inclusive per capita e com relação ao orçamento total.
b) Qualitativas Métodos "impressionistas" (subjetivos) -(especialistas de assuntos, eruditos, bibliotecários); Avaliação baseada em listas padrões ou coleções de outras instituições.
c) Fatores de Uso Quantidade do uso da coleção, como refletido nas estatísticas de circulação e uso interno. (FIGUEIRO, 1993, p. 105)
Figueiredo (1993) explica que esta última abordagem de “fatores de uso”
partiu de uma proposição estabelecida em investigação de Fussler & Simon (1969)
de que “o uso do passado é um bom previsor do uso presente, e que o uso presente
é, por sua vez, um bom previsor do uso futuro” (FIGUEIREDO, 1993, p. 108).
Embora alguns críticos apresentem desconfianças em relação a esta proposição,
Lancaster defende esta proposição, existindo evidência considerável para sustentá-
la.
O Comitê para Desenvolvimento da Coleção (1979) da ALA, ordenou os
seguintes métodos para avaliação de coleções:
a) Verificação de listas, catálogos, bibliografias; b) Exame direto da coleção; c) Compilação de estatísticas: tamanho; volumes acrescentados em
um dado período; gastos para materiais bibliotecários; fórmulas; estatísticas da circulação; pedidos atendidos e não atendidos; empréstimos-entre-bibliotecas; e tamanho de excelência. Núcleo de coleção de livros ou periódicos, presumivelmente mais usados.
d) Citação de trabalhos dos usuários; e) Opinião dos usuários; f) Aplicação de padrões; e g) Testes para os recursos totais e para o fornecimento de
documentos. (FIGUEIREDO, 1993, p. 106)
Por outro lado, Figueiredo (1993) cita o modelo de Evans (1979) em sua obra,
onde o autor classificou as metodologias para avaliação em quatro tipos:
a) Impressionistas; b) Verificação de listas;
43
c) Estatísticas; d) De uso (EVANS apud FIGUEIREDO, 1993, p. 107)
Figueiredo (1993) menciona que Evans (1979) chegou a criticar o método
impressionista por ser muito individual, porém comenta a importância dessa
abordagem, no mínimo em termos de uma medida de opinião do usuário, o que é
valorizado, ainda que seja apenas um esforço a mais nas relações públicas da
biblioteca.
Adentrando então na avaliação dos materiais selecionados, Nunes (2014)
disserta em relação ao trabalho exercido pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)/MEC (Ministério da Educação) nas
bibliotecas do ensino superior, a importância de uma avaliação bem planejada, pois
os instrumentos de avaliação do INEP/MEC são conhecidos e levados em
consideração pela administração da biblioteca, de modo a implicar no quantitativo
dos títulos adquiridos, com base no programa elaborado para cada disciplina dos
cursos oferecidos pela universidade por meio dos docentes.
A autora também comenta que o processo de avaliação exercido pelo INEP
envolve a auto avaliação e a avaliação externa. Em relação à avaliação dos cursos,
“o INEP indica uma comissão com especialistas de cada área para examinar os
cursos” (NUNES, 2014, p. 25). Constam então alguns elementos nessas avaliações,
como o corpo docente, discente, técnico-administrativo e as instalações físicas da
instituição. Outro ponto importante lembrado por Nunes (2014, p. 25) se dá na
renovação de conhecimento, que “assegura autorização para o funcionamento da
instituição”, ocorrendo a cada três anos.
Complementando, Nunes (2014, p. 25) afirma que embora a biblioteca faça
parte da avaliação (instalações físicas), “os critérios adotados não constituem a
avaliação da mesma em separado”. Isto é,
[...] quando se trata das avaliações dos cursos, elas se encontram inseridas enquanto lugar de aquisição, tratamento, guarda e disponibilização dos itens recomendados nas bibliografias das disciplinas dos cursos. (NUNES, 2014, p. 25)
O INEP foi criado em 13 de janeiro de 1937, primeiramente como Instituto
Nacional de Pedagogia. Nos últimos anos, o órgão foi responsável por realizar e
organizar um sistema de levantamentos estatísticos, tendo como elemento central
as avaliações em todos os níveis educacionais.
44
No âmbito do nível superior, o INEP produz indicadores que auxiliam o MEC
no processo de regulamentação dos cursos, além de garantir a transparência dos
dados da educação superior, de interesse de toda a sociedade. Estas informações
são obtidas através do Enade e das avaliações in loco realizadas pelas comissões.
No âmbito do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e da
regulação dos cursos, as avaliações são periódicas e de três tipos: autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento. Especificamente quanto a este
último tipo, a renovação é feita de acordo com o ciclo do próprio Sinaes (a cada três
anos). Os cursos que tiverem conceito preliminar 1 e 2 são avaliados in loco durante
dois dias.
Nunes (2014) então elaborou um quadro com as especificações dos critérios
e instrumentos de avaliação para definição dos conceitos a serem atribuídos no
referente papel da biblioteca neste processo da avaliação dos cursos de graduação:
a análise dos critérios sobre a bibliografia básica para a adoção dos conceitos,
dando continuidade e com base nestes critérios, a definição dos conceitos a serem
impostos.
Quadro 1 – Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Básica
Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância, 2012 (NUNES, 2014).
A seguir vemos o quadro adaptado pela autora em relação aos critérios
referentes ao exame da bibliografia básica complementar onde são considerados na
atribuição de conceitos, com base nos quantitativos por ingressos no curso.
45
Quadro 2 – Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Complementar (NUNES, 2014).
Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância, 2012 (NUNES,
2014).
Nunes (2014) aponta também que, apesar do INEP/MEC estar
constantemente evoluindo em relação aos instrumentos utilizados para a avaliação
dos materiais/acervo e com sua padronização, o sistema ainda carece de
aprimoramento, pois, os responsáveis pela verificação das recomendações nas
bibliotecas, em geral, são professores de áreas diversas, não existindo um
bibliotecário nas comissões de avaliação.
No Manual de Verificação in loco das Condições Institucionais, disponibilizado
pelo MEC, a comissão verificadora deverá:
Percorrer o acervo de livros, verificando o número médio de exemplares por disciplina;
Verificar se a totalidade do material bibliográfico relacionado está na IES, devidamente cadastrado e à disposição da comissão verificadora. Não devem ser aceitas notas de compra e/ou compromissos por escrito de entrega ou de compra;
Verificar se existem políticas definidas de aquisição, expansão e atualização do acervo que contemplem a proporcionalidade do número de alunos em relação às disciplinas do(s) curso(s) e às áreas afins;
Verificar se a bibliografia básica (livros, periódicos, obras clássicas, obras de referência, etc.), por disciplina do primeiro ano do(s) curso(s) a autorizar encontra-se à disposição dos usuários;
46
Verificar, no acervo circulante, pelo catálogo de autor e título e da ficha de empréstimo do livro (devidamente assinada, contendo o número de cadastro da instituição), a existência ou não dos livros indicados na bibliografia de disciplinas do primeiro ano do(s) curso(s), considerando o número de usuários, resguardando as peculiaridades de cada área e verificando a idade e o estado de conservação;
Verificar as condições de acesso de usuários com necessidades especiais (como é o caso dos deficientes visuais) ao prédio da biblioteca e aos materiais específicos;
Verificar a pertinência das coleções de periódicos, baseada na sua relação com as disciplinas oferecidas e a bibliografia sugerida;
Solicitar documentação comprobatória da aquisição da coleção de periódicos eletrônicos apresentada, verificando se não é apenas uma licença para demonstração. No caso do portal de periódicos da CAPES, vale o termo de compromisso assinado pelo dirigente da IES e pelo presidente da CAPES;
Entrevistar bibliotecário(s) e pessoal técnico e de apoio. (MEC, 2002, p. 58)
Complementando, o manual também recomenda, para implicação da
avaliação, considerar o quadro de definições a seguir:
Quadro 3 – Quadro de definições para avaliação do acervo
Fonte: Manual de Verificação in loco das condições institucionais (MEC, 2002).
Com base nessas informações ditas anteriormente, devemos então levar em
conta a importância do bibliotecário selecionador, pois Weitzel (2006) afirma que o
bibliotecário selecionador deve identificar itens passíveis de serem incorporados ao
acervo a partir do perfil traçado pela política de seleção.
Weitzel (2006) enfatiza que o bibliotecário selecionador tem sua rotina de
trabalho monitorando sistematicamente os instrumentos auxiliares de seleção
definidos na política de seleção, para identificar itens de interesse para compor o
acervo, tendo em vista o perfil da comunidade e a missão institucional.
Podemos compreender que o bibliotecário selecionador é um profissional
generalista, pois para Pinto e Iochida (2005, p. 1) o curso de graduação de
Biblioteconomia no Brasil “forma um profissional generalista, apto a lidar com a
47
informação nas mais diversas áreas do conhecimento, sem o objetivo de atender
áreas especializadas”, isto é, não se delimita a apenas uma área do conhecimento.
No texto publicado pela Folha de São Paulo (2009) na INFO Home, acessado
em 2016, encontra-se análise sobre o fato do campo de trabalho do bibliotecário ser
tão abrangente e a importância do contato que o profissional deve ter com outras
áreas do conhecimento, complementando:
A formação do bibliotecário é generalista. Administração, linguística, sociologia e filosofia são algumas das disciplinas que compõem o currículo básico do curso. Ao lado de matérias específicas e técnicas da área, como documentação, indexação e planejamento bibliotecário, o aluno é incentivado a fazer disciplinas optativas e eletivas - modalidades oferecidas em outros cursos. (INFO HOME, 2009)
Entretanto, há quem acredite que o bibliotecário especialista teria um maior
conhecimento em delimitada área ou assunto. Pinto e Iochida (2005) alertam,
Devido à escassez da oferta de cursos para a capacitação do profissional da informação em áreas especializadas do conhecimento no Brasil, observa-se que, na maioria das vezes, o profissional se especializa na prática, ou seja, no exercício da função e/ou através de iniciativas isoladas das instituições ao criar cursos na sua área de pesquisa, ou ainda com outro curso de graduação na área de interesse. (PINTO, IOCHIDA, 2005, p. 2)
O trabalho do bibliotecário especialista demanda alto nível de empenho com a
empresa ou área com a qual está inserido, sendo necessário o conhecimento
aprofundado da cultura organizacional, discernindo a área específica na qual está
inserido de modo mais sistêmico. O que nos leva a questionar: O trabalho de
gerenciamento de uma unidade de informação é importante? Sim, entretanto o
bibliotecário especialista não deve focar apenas neste trabalho se almeja ser um
profissional de qualidade. Qualquer que seja a área do conhecimento, poderá trazer
consigo seu próprio bibliotecário especialista, cabendo ao profissional apresentar
interesse pela área em questão e se motivar a buscar seu aperfeiçoamento.
Para qualquer área do conhecimento e atividade humana, a informação é
essencial. Sendo assim, deve-se compreender a urgência do estudante ao acesso à
bibliografia básica disponibilizada pelo docente no plano de ensino da disciplina
acadêmica. Isso nos leva, então, a acreditar numa das funções da biblioteca – onde
48
podemos também designar como função do bibliotecário -, segundo Silva e Araújo
(2003), adaptado por Machado (2009),
É atender seus usuários sempre tendo como diretriz o acervo necessário e adequado aos cursos oferecidos pela Instituição da qual faz parte, em consonância com o indicado nos projetos pedagógicos. É necessário que a biblioteca trabalhe de forma integrada com o setor pedagógico da instituição, com os cursos de graduação e com os professores, para articulação de um acervo de qualidade que possibilite o uso e o acesso as fontes de informações indicadas nos planos de ensino das disciplinas e definidas no projeto pedagógico dos cursos. Essa integração assegura também sintonia e organicidade na gestão do ensino superior na medida que se equilibra concepção ação e estrutura materiais para a realização dos fins educativos. (MACHADO, 2009, p. 18)
Complementando a importância do trabalho exercido pelo bibliotecário (tanto
o generalista quanto o especialista), observamos então que o profissional atuante no
meio acadêmico universitário mantém valor importante no processo pedagógico da
instituição. É ele que “decide o universo de informações a que seus usuários terão
acesso” (MIRANDA, 2007, p. 8).
Para Miranda (2007),
A seleção numa biblioteca universitária deve ser feita em parceria dos bibliotecários com corpo docente, pois estes dominam a literatura nas suas respectivas áreas e podem assim, selecionar criteriosamente o material a ser obtido, arrolando-os através dos Planos de Ensino. (MIRANDA, 2007, p. 9)
Ñunez Paula (1997) desenvolveu uma proposta metodológica que possibilita
aos bibliotecários universitários cooperar no processo de modificação do fazer
pedagógico. Segundo o autor, a metodologia permite aos bibliotecários participarem
de todas as fases da elaboração do projeto pedagógico e, consequentemente, sua
mudança curricular, acompanhando todo seu processo de alterações pedagógicas e
proporcionando informações aos membros das Comissões de Reformulação
Curricular.
Para Lück (2000),
O Bibliotecário [...] através do diagnóstico da necessidade de informação poderá projetar serviços que incorporem informação com valor agregado, favorecendo aos planejadores curriculares, aos docentes, pesquisadores e discentes, a mudança necessária no ato de gerir ações pedagógicas, ensinar, produzir conhecimento e
49
aprender. Com essa mudança de postura, os profissionais da informação serão verdadeiros agentes de mudança do processo pedagógico e poderão influir de forma mais efetiva e positiva na construção do modelo educacional da Universidade. (LÜCK, 2000, p. 6)
Com o crescimento e desenvolvimento do espaço físico da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, e por sua excelência em ensino, o aumento da
procura de cursos para graduação e formação de profissionais em diversas áreas de
ensino, torna clara uma maior demanda de materiais exigidos pelo corpo docente da
universidade.
Segundo o site da unidade de informação objeto deste estudo, a Biblioteca
Central Zila Mamede “é o órgão central executivo do Sistema de Bibliotecas da
UFRN (SISBI), responsável pela coordenação, planejamento e fiscalização das
atividades técnicas das unidades de informação que compõem esse Sistema”.
(SISBI/UFRN, 2016)
Consiste em um vasto espaço de materiais para pesquisa aos usuários, onde
[...] até agosto de 2016, compreende um total de mais de 412.800 volumes, distribuídos em exemplares e fascículos, ou seja, livros, folhetos, periódicos, teses, dissertações e Multimeios das diversas áreas do conhecimento. Além disso, disponibiliza a comunidade universitária acesso a 3.536 Livros Digitais, sendo 42 títulos da Atheneu (Área de Saúde) e 3.493 da Springer, distribuídos nas seguintes áreas: Arquitetura, Artes e Design; Ciências do Comportamento; Ciências Biomédicas e Biologia; Economia e Negócios; Química e Ciência dos Materiais; Ciências da Computação; Ciências Ambientais e da Terra; Engenharia; Humanidades, Ciências Sociais e Direito; Matemática e Estatística; Medicina; Física e Astronomia; Computação Profissional e Web
Design. (SISBI/UFRN, 2016)
Assim, o Governo Federal disponibiliza um orçamento anual para a adesão de
novos materiais. Na UFRN cabe ao DMP (Divisão de Material e Patrimônio) a
efetivação da aquisição do material por compra. A BCZM não é a unidade
orçamentária, assim, não faz a gestão orçamentária no que concerne ao trate
burocrático com os fornecedores.
Tendo como exemplo a BCZM, apresentamos a coordenação de Seleção e
Aquisição onde está direcionado principalmente para estes processos de
desenvolvimento de coleções, o qual trabalha com a aquisição via Compra
(orçamento federal), Intercâmbio e Doação. Neste setor, o bibliotecário exerce a
50
função de avaliar, selecionar e inserir no acervo os materiais (depois de uma
pesquisa em todas as bibliotecas setoriais e na BCZM) com maior valor intelectual e
relevante para os usuários.
Por outro lado, uma questão problemática são os pedidos feitos pelos
docentes e/ou coordenadores de curso, pois, por se prenderem aos planos de
ensino não atualizados e já habituados ano após ano, ocorre uma disparidade entre
os materiais que chegam na BCZM e os que estão registrados nas bibliografias
básicas e complementares dos cursos. Essa realidade se dá em toda a
Universidade, inclusive com os dos cursos de graduação do CCSA.
Nesse sentido, acredita-se que existe uma disparidade nos processos de
desenvolvimento de coleções que acabam por comprometer o processo de ensino e
aprendizagem nos diferentes cursos de graduação do CCSA. Entendemos também
que deve haver um controle melhor da seleção e aquisição desses materiais de
forma mais equilibrada.
4 METODOLOGIA
Relembrando sobre a delimitação do papel do bibliotecário no processo de
seleção, utilizamos o conceito utilizado pela Universidade Federal do Rio Grande do
51
Norte (UFRN) no âmbito do Sistema de Bibliotecas (SISBI) e que está expresso na
sua Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções, onde compreendemos
que:
A seleção é um processo que deve estabelecer uma parceria entre o bibliotecário e a comunidade acadêmica (discentes, docentes e demais servidores), pois cabe a eles a responsabilidade pela seleção qualitativa de grande parte do material, assim a seleção é a atividade de controle qualitativo e quantitativo do acervo das bibliotecas. Neste sentido, espera-se que os envolvidos contribuam decisivamente para a formação de coleções de boa qualidade, visto que estes são conhecedores da literatura nas suas respectivas áreas e podem assim, selecionar criteriosamente o material a ser adquirido. (SISBI/UFRN, 2015, p. 13)
Assim, na Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções do SISBI-
UFRN, temos a diferenciação entre a Seleção Qualitativa e Quantitativa, onde é
possível adentrarmos aqui na importância da Bibliografia Básica no âmbito de todo
esse processo da vida acadêmica e também em sua importância no
Desenvolvimento das Coleções.
Sobre o processo de Seleção Qualitativa, a referida política informa que se
trata de responsabilidade dos bibliotecários, assessorados pelos professores e pelos
respectivos coordenadores dos cursos, sendo todos responsáveis por manter-se
informados acerca dos novos lançamentos no mercado editorial e que possam de
alguma forma ser úteis na área de conhecimento e de atuação. Além disso, o
procedimento que orienta o processo de seleção qualitativa cita os critérios que
devem ser adotados, o que inclui, entre outros, a relação do material com os
objetivos de nível educacional da instituição, a preferência por edições atualizadas
bem como de autores e/ou editores relevantes, a relevância do assunto tratado para
a área do conhecimento, a citação do título em bibliografias, catálogos e índices e o
idioma acessível à maioria dos usuários, preferencialmente em português, inglês,
espanhol e francês.
Por outro lado, na Seleção Quantitativa, temos as noções de Bibliografia
Básica e de Bibliografia Complementar, que seguem critérios vigentes e
estabelecidos pelos parâmetros avaliativos do Ministério da Educação (MEC) como
requisitos para obtenção da nota máxima. Nesse sentido, o manual acima
referenciado estabelece que deva ser priorizada a quantidade mínima dos materiais
52
2009 2012
1,7890
2,8238
1,4540
2,4342 2,5564
2,8235
1,8182
2,5552
1,9620
2,3333
2,9085
2,5207 2,3482
CPC - Nota Padronizada - Org. Didático-Pedagógica
ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA
SERVIÇO SOCIAL
informacionais referentes a estas Bibliografias, adotando um quantitativo máximo de
03 (três) exemplares quando tratar-se de obras de referência.
Focando então na seleção quantitativa e qualitativa indicada pelo MEC/INEP,
foi efetuada uma avaliação acerca das últimas avaliações (e respectivos resultados)
do MEC nos acervos referentes aos cursos de graduação no CCSA, na biblioteca
central do campus universitário da UFRN.
O Conceito Preliminar de Curso, o CPC é o “indicador de qualidade que avalia
os cursos superiores”, onde este cálculo é realizado desde o ano de 2007. Segundo
o site do INEP, o CPC,
[...] é calculado no ano seguinte ao da realização do ENADE de cada área, com base na avaliação de desempenho de estudantes, corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e demais insumos, conforme orientação técnica aprovada pela CONAES. O CPC, assim como o Conceito Enade, também é calculado por Unidade de Observação e é divulgado anualmente para os cursos que tiveram pelo menos dois estudantes concluintes participantes e dois estudantes ingressantes registrados no Sistema Enade. Os cursos que não atendem a estes critérios não têm seu CPC calculado, ficando Sem Conceito (SC). (INEP, 2011)
Assim, devemos compreender a importância também do Conceito ENADE,
onde este avalia o desempenho bom, razoável ou ruim, dos estudantes da
universidade por meio de uma avaliação. Segundo o site do INEP (2011), o Enade é
“divulgado anualmente para os cursos que tiveram estudantes concluintes
participantes do Enade. O seu cálculo, no entanto, não é necessariamente realizado
por curso, mas por Unidade de Observação”. Esta Unidade de Observação consiste,
[...] no conjunto de cursos que compõe uma área de enquadramento específica do Enade de uma Instituição de Educação Superior em um determinado município. As Unidades de Observação com apenas um ou sem nenhum concluinte participante não obtêm o Conceito Enade, ficando Sem Conceito (SC). (INEP, 2011)
Gráfico 1 - CPC - Nota Padronizada - Organização Didático Pedagógica
53
Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso
Gráfico 2 - CPC - Nota Padronizada - Infraestrutura
Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso
Com base então nos resultados das avaliações do ENADE entre 2009 e 2013
(onde podemos encontrar inseridos os cursos do CCSA), juntamente aos efetuados
também pelo CPC, podem-se ser analisadas algumas peculiaridades. Deve-se
também salientar que: o Conceito Final (nota final) está entre (nota mínima) 0 e 5
(nota máxima); além disso, no ano de 2011 não houve avaliação para os cursos do
CCSA, o que ocorreu no ano de 2014 (divulgado em dezembro de 2015); e, segundo
a pesquisa realizada, bem como a divulgação online pelo site do Inep (dos
2009 2012
1,6384
2,4444
3,82 3,77
1,7677
3,1667
2,2073
2,7654
1,8590 1,5851 1,6013
2,3075 2,4614
CPC - Nota Padronizada - Infraestrutura
ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA
SERVIÇO SOCIAL
2010 2013
2010 2013
54
resultados das avaliações), o curso de Biblioteconomia apenas foi analisado no ano
de 2009. Até o presente ano/data, não houve nenhuma atualização.
Os dados analisados em destaque foram: Nota padronizada de organização
didático pedagógica, nota padronizada de infraestrutura, (gráficos 1 e 2 acima) e
CPC (contínuo) e CPC (faixa), gráficos 3 e 4 abaixo:
No quesito da Organização Didática Pedagógica, o curso de Biblioteconomia
no ano de 2009, obteve nota regular, de aproximadamente 3 (três), segundo o CPC,
com base nos resultados também do ENADE. Entretanto, o curso não apareceu nas
avaliações seguintes. Logo a seguir, em geral, a infraestrutura dos cursos do CCSA
melhorou consideravelmente ou se mantiveram num patamar positivo,
principalmente o curso de Ciências Econômicas, onde mais à frente retomaremos
algumas observações sobre o curso em questão. Outro curso que obteve uma leve
queda de qualidade foi o de Turismo, onde veremos mais à frente que resultou numa
baixa da avaliação do seu CPC.
Gráfico 3 - CPC - Contínuo
20092012
3,74
3,17
3,82 3,77
2,54 2,57
3,48 3,42
3,51
2,91 3,10
3,5210 3,3365
CPC - Contínuo
ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA
SERVIÇO SOCIAL
55
Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso
Gráfico 2 - CPC - Faixa
Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso
Nos gráficos 3 e 4, mostram os resultados finais da avaliação realizada pelo
INEP, com base no ENADE e dados do IGC. O CPC dos cursos do CCSA
apresentam notas satisfatórias e algumas regulares, como é o caso de Ciências
Econômicas (tanto no CPC contínuo quanto no de faixa). O curso de Turismo
apresentou uma queda de rendimento do ano de 2009 para 2012, deixando de ser
um curso com conceito 4 (quatro) para 3 (três).
Mesmo que as avaliações tenham apresentado um nivelamento equivalente e
positivo de 2009 para 2013, podemos perceber uma pequena variação no que diz
2009
2012
4 4
4 4
3 3
4 4
4
3
4 4 4
CPC - Faixa
ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA
SERVIÇO SOCIAL
2010 2013
56
respeito do CPC Contínuo, a qual todos os cursos obtiveram rendimento um pouco
abaixo da média, como podemos notar acima.
Analisando então os dados e gráficos acima, partimos para os dados
pesquisados em relação à atualização das estruturas curriculares dos cursos do
CCSA e, como também, dos respectivos programas de ensino. No site do SIGAA
encontra-se disponível os programas ativos e inativos dos cursos e suas
atualizações mais recentes, como podemos ver na tabela abaixo:
Figura 4 - Tabela de Atualizações da Estrutura Curricular dos Cursos do CCSA
Curso Atualizações (Estrutura curricular)
Administração Anos
TURNO: MATUTINO 1960 2001 2009 2011 -
TURNO: NOTURNO 1960 2001 2009 - -
Biblioteconomia Anos
TURNO: VESPERTINO - 1997 2008 2011 -
Ciências Contábeis Anos
TURNO: MATUTINO - 1999 2007 2015 -
TURNO: NOTURNO 1960 - 2007 2015 -
Ciências Econômicas Anos
TURNO: MATUTINO 1960 1974 - 2010 -
TURNO: NOTURNO 1960 - - 2010 -
Direito Anos
TURNO: MATUTINO 1960 1997 2007 2010 -
TURNO: NOTURNO 1960 1997 2007 2010 -
Serviço Social Anos
TURNO: MATUTINO 1960 1985 2001 2009 2011
TURNO: VESPERTINO 1960 1985 2001 2009 2011
Turismo Anos
TURNO: VESPERTINO - - 2005 2011 2016
Fonte: Adaptação da Autora, 2016
Figura 5 - Tabela das Últimas Atualizações do PPC dos Cursos do CCSA
Última atualização do PPC - Cursos CCSA
Adm Biblio. Contábeis Economia Direito Serv. Social
Turismo
2009 2007 2013 2009 2006 Não Disp. 2008
Fonte: Adaptação da Autora, 2016
Um dos fatos mais preocupantes em decorrência das atualizações das
estruturas curriculares e dos seus respectivos programas de ensino é a resposta
57
imediata que ocorre nas avaliações do ENADE e CPC. Enfocamos no que diz
respeito ao curso de Ciências Econômicas, onde encontramos na tabela referente a
atualização das estruturas curriculares, no turno noturno, um hiato de 50 anos (entre
a primeira estrutura curricular datada no ano de 1960 até a última atualização em
2010). Isto se torna preocupante, pois infere na qualidade da infraestrutura, didática
e em todo o centro acadêmico.
O curso de Turismo, por outro lado, em 2009 apresentava conceito 4,
segundo as avaliações, entretanto no ano de 2012 apresentou uma queda, estando
com o conceito 3. Observando as tabelas novamente, vemos que em 2016 (sendo
a atualização mais recente) o curso sofreu uma reformulação na estrutura curricular
(mesmo mantendo o PPC de 2008), objetivando assim uma melhor qualidade nos
próximos resultados das avaliações do Enade e CPC.
Contudo, ao analisar alguns programas de ensino dos cursos em questão,
percebemos o quanto algumas bibliografias antigas ainda são mantidas, mesmo que
haja atualização nas bibliografias e/ou reformulação das edições.
Adentrando mais sobre tal problemática, foram efetuadas 6 entrevistas com
os coordenadores dos cursos do CCSA, onde apenas o curso de Serviço Social não
pôde se disponibilizar por alguns problemas de conflito nos horários. As entrevistas
seguiram um questionário de 20 perguntas relacionadas às tomadas de decisões,
acervo bibliográfico, propostas de melhorias e satisfação da
coordenação/departamento.
4.1 Perspectivas da Coordenação de Administração
O coordenador do curso de Administração já conta com 3 anos de mandato e
aceitou realizar a entrevista sobre os processos que a coordenação e departamento
tomam, como também sobre o acervo bibliográfico disponibilizado. O coordenador
informou que são realizadas reuniões periódicas do colegiado, onde o colegiado
discute o projeto pedagógico. Recentemente, no último ano, passou a atualizar e
ainda estão trabalhando neste ponto. Como o núcleo docente estruturante se
encontra vigente, os encontros acontecem de quatro em quatro meses
aproximadamente, sendo que desde 2005 estão realizando pequenas atualizações
no PPC, onde não há uma certa periodicidade. Porém, no momento, os encontros
estão sendo constantes para resolver esta atualização.
58
Ao ser questionado se no plano do departamento em que o curso está
vinculado prevê atualização periódica do PPC/estrutura curricular, o coordenador
informou que eles não especificaram um prazo para esta atualização periódica,
entretanto ele não tinha certeza do que consta no plano do departamento.
Por ser um curso muito dinâmico, os programas apresentados pelos
docentes, não passam diretamente por uma avaliação pela coordenação. Contudo,
os planos estão desatualizados. Acontece uma divergência, por muitas vezes, do
que o professor dá em sala de aula e o que consta no seu plano de ensino. Para o
coordenador, isto acontece, pois todo o semestre há uma novidade. Na opinião do
coordenador, ele acredita que há um engajamento por parte dos docentes na
preparação das bibliografias, pois a grande maioria dos docentes do curso se
preocupam em ter conteúdos atualizados nas salas de aula. Sendo assim, ele
percebe que os docentes conhecem o impacto que as bibliografias produzidas por
eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área, onde mencionou que muito dos
professores estão envolvidos na pós-graduação do curso.
Não há nenhuma pesquisa de satisfação junto aos discentes com relação às
bibliografias básicas, apenas a avaliação institucional que é realizada todo semestre.
O coordenador também informa que os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos com as bibliografias/materiais disponibilizados, mas acredita que
sempre possa melhorar.
Com relação às solicitações de materiais e se a coordenação do curso
estimula os docentes e discentes a realizarem pedidos, o coordenador informou que
todo semestre faz este trabalho e que a própria universidade dissemina tal
informação, de modo que o próprio já realizou solicitação de materiais. Acredita que
o processo para solicitação de materiais poderia ser mais fácil, não estando “na
ponta dos dedos”.
Existe, pela coordenação do curso, uma preparação para as avaliações
efetuadas pelo MEC/INEP. Entretanto, a coordenação não se sente satisfeita com o
resultado obtido no último ano. O próprio coordenador participa da elaboração de
uma das avaliações do MEC, o Enade, achando – em sua opinião – um nível
altíssimo na prova, ocorrendo até mesmo de muitas questões terem sido anuladas.
Foi uma prova que diferenciou a escola excelente da muito boa e não da
universidade C da B. Porém, o coordenador acredita que o curso possa sim ir para
59
uma nota máxima (nota geral), mas o departamento, em conjunto com a
coordenação, irá discutir mais sobre isso.
O coordenador, ao final da entrevista, não recordava de ter solicitado alguma
ajuda à Seção de Seleção da BCZM e demonstrou grande satisfação com o SISBI e
o acervo informacional ligado ao curso, achando o sistema de bibliotecas avançado
e o acesso ao material muito mais fácil hoje em dia.
4.2 Perspectivas da Coordenação de Biblioteconomia
No terceiro ano de mandato, a coordenadora do curso de Biblioteconomia se
disponibilizou a responder ao questionário referente aos processos que a
coordenação e departamento tomam, como também sobre o acervo bibliográfico
disponibilizado. Iniciamos a entrevista esclarecendo que é realizada sim as reuniões
do colegiado de graduação. Tais reuniões ordinárias acontecem uma vez por mês e
as extraordinárias quando há necessidade. Desde 2014 o grupo iniciou uma
discussão do projeto pedagógico para sua atualização, onde as reuniões acontecem
no Núcleo Docente Estruturante (NDE), que seria uma “alça” do colegiado.
Ela enfatizou que boa parte dos que fazem parte do colegiado, estão
inseridos no NDE. Estas discussões irão culminar no novo projeto pedagógico ainda
no ano de 2016. Afirmou também que o NDE está bem estruturado e trabalhando
assiduamente. Não há uma periodicidade exata em relação às reuniões, entretanto
depende muito da disponibilidade do grupo, onde ocorreram reuniões quase diárias
dos diferentes grupos do NDE, para rever todas as disciplinas, ementas, objetivos,
etc.
A coordenadora acredita sim que seja preciso uma atualização/reformulação
no PPC/estrutura curricular, por isso no presente momento o departamento está
trabalhando para atualizar o projeto de 2007, visando a constante mudança de
necessidade que a sociedade hoje demanda, fortalecendo algumas disciplinas que
antes eram vistas como optativas e que atualmente o mercado de trabalho necessita
de qualificação em tais assuntos, como citou, por exemplo, as disciplinas de
Biblioteca Escolar e Gestão e Empreendedorismo. Em relação ao plano do
departamento, não só prevê uma atualização periódica do PPC/estrutura curricular,
como no momento, estão em período de reuniões para a atualização do PPC.
60
Não há revisões ou avaliações por intermédio da coordenação, nos
programas de ensino apresentados pelos docentes, mas a coordenadora foi clara e
objetiva em mencionar que há um engajamento por parte dos docentes, para a
preparação das bibliografias. Os docentes também se preocupam em pesquisar
outros meios para enriquecer o ensino por eles em sala de aula, mesmo estando
satisfeitos com os materiais disponibilizados.
Quando adentramos no assunto relacionado às solicitações de materiais, a
coordenadora respondeu que não estimula os docentes e discentes a realizarem
demandas/solicitações de materiais, porém os avisos estão sempre disponíveis via
SIGAA, tendo ela já solicitado materiais e achando o processo de fácil realização,
entretanto, comentou que em alguns aspectos este processo pode se tornar mais
lento devido a algumas editoras não estarem cadastradas.
Com relação às avaliações do MEC/INEP, o departamento não se prepara
previamente, contudo procuram manter ou melhorar a situação que se encontra ou
encontraram. Sendo assim, a última avaliação do MEC/INEP não foi satisfatória e,
devido a esta insatisfação, a coordenação entrou com um recurso para tentar
reverter este resultado, porém até o momento de defesa deste trabalho não
obtiveram nenhuma resposta (a mais ou menos um ano e meio) do MEC/INEP. Em
decorrência deste resultado, a coordenação está mais atenta aos docentes e suas
qualificações.
Finalizando, a coordenadora nunca solicitou algum auxílio à Seção de
Seleção da BCZM, e sobre o acervo bibliográfico do curso, por intermédio do SISBI,
a mesma acredita que é constante o desejo por melhorias no acervo e no próprio
sistema, estando de certa forma satisfeita.
4.3 Perspectivas da Coordenação de Ciências Contábeis
Em seu mandato desde novembro de 2015, a coordenadora do curso de
Ciências Contábeis se disponibilizou em responder igualmente ao questionário sobre
os processos que a coordenação e o departamento tomam, como também sobre o
acervo disponibilizado. A coordenadora informou que o colegiado de graduação
realiza reuniões – depois que ela assumiu – a cada 3 meses, onde o projeto
pedagógico do curso costuma fazer parte das discussões do colegiado. O núcleo
docente estruturante se encontra vigente, entretanto não é atuante, sendo mais
61
atuante na época de reformulação do projeto pedagógico. Parte dos profissionais do
NDE também fazem parte do colegiado, então as discussões acabam por ocorrer
dentro do colegiado. Como o NDE não está vigente, ocorrem reuniões pelo menos
duas vezes a cada semestre. A última ocorreu no semestre 2015.2.
A coordenadora acredita que o PPC/estrutura curricular precisa de
atualização, tanto que, com as atualizações na área contábil desde 2010 em termos
de mercado, a coordenação e o departamento começaram, desde então, a trabalhar
o projeto pedagógico, onde no plano de departamento em que o curso está
vinculado prevê atualização periódica do PPC/estrutura curricular, como está
ocorrendo recentemente. Não há uma revisão/avaliação dos programas de ensino
feito pela coordenação, ocorre a semana pedagógica, a qual estes planos são
apresentados, havendo uma integração entre os professores.
Infelizmente a coordenadora não percebe por parte dos docentes um
engajamento na preparação/avaliação das bibliografias. Ela comentou que é algo
que estão buscando melhorar, mesmo que já tenha ocorrido uma melhora,
entretanto ainda existem professores que não mudam e continuam na sua zona de
conforto. Em decorrência deste problema anteriormente citado, os docentes
desconhecem o impacto que as bibliografias produzidas por eles têm sobre o acervo
bibliográfico desta área. O que ocorre é que muitos procuram novas alternativas ou
materiais atualizados (pois ainda são poucos os materiais que estão atualizados).
Pouquíssimos também são os professores que realizam pedidos via SIGAA de
novos materiais.
A coordenação não realiza nenhuma pesquisa de satisfação junto aos
discentes com relação às bibliografias elaboradas. Consequentemente, os
discentes, e o próprio corpo docente, não podem se sentir insatisfeitos com o
material disponibilizado, pois uma grande parcela da culpa vem dos próprios
docentes ao não atualizarem suas bibliografias. Já por outra vertente, a
coordenação estimula os docentes e discentes a realizarem demandas por materiais
informacionais no período em que o SISBI abre para estas solicitações, onde muitos
professores passam em seus programas de ensino a bibliografia básica
disponibilizada na BCZM, mas estimulam os alunos a realizarem solicitações dos
materiais complementares, uma vez que se encontram bem mais atualizados. Ela
mesma já realizou solicitação de materiais via sistema, mas foi sucinta em responder
que não achou o processo de fácil realização.
62
Adentrando nas avaliações e notas do MEC/INEP, a coordenação do curso há
dois anos atrás realizava um preparo para estas avaliações, entretanto, percebeu
um desinteresse por parte dos alunos em se comprometer com as revisões (que
ocorriam aos sábados). Desde então, não realizaram nenhum tipo de preparação. A
coordenação não se encontra satisfeita com a nota recebida na última avaliação
feita pelo MEC/INEP, realizando reuniões para uma melhoria dentro do
departamento. Tanto o corpo docente quanto o discente precisam se engajar no
meio acadêmico e no mercado de trabalho.
Concluindo a entrevista, a coordenadora nunca solicitou nenhum auxílio junto
à Seção de Seleção da BCZM e acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria
do acervo informacional ligado ao curso, porém é necessário também a cooperação
dos discentes, em não desistirem e persistirem no curso.
4.4 Perspectivas da Coordenação de Ciências Econômicas
Entrevistando a coordenadora do curso de Ciências Econômicas, que se
encontra no cargo desde outubro de 2012, esta também se disponibilizou a
responder o questionário em relação aos processos que a coordenação e
departamento tomam, bem como sobre o acervo disponibilizado. A coordenadora
respondeu que o colegiado de graduação realiza sim reuniões periódicas, onde o
projeto pedagógico do curso realiza discussões em conjunto do colegiado. Inclusive
estão atualizando o projeto pedagógico (datado de 2009). A coordenadora pretende
finalizar seu mandato fechando o novo projeto pedagógico.
Como o núcleo docente estruturante está vigente, a periodicidade das
reuniões do NDE ocorre, geralmente, duas vezes por semestre. Entretanto, se
houver alguma necessidade urgente, eles fazem novamente. Como a última
atualização do projeto pedagógico do curso já se encontra antigo, a coordenadora
acredita que precisa sim de uma atualização/reformulação, tanto do PPC quanto da
estrutura curricular, necessitando adequar as atividades complementares da
resolução, como também a adequação ao curso de algumas ementas de disciplinas
e às necessidades dos docentes. Ao ser questionada se há previsão para a
atualização periódica do PPC/estrutura curricular do curso e sua periodicidade, a
coordenadora não pôde responder e informar sobre este assunto, pois, segundo ela,
é o chefe do departamento que está a par.
63
Informou também que não realiza nenhuma revisão/avaliação dos programas
de ensino apresentados pelos docentes, porém, no momento atual, o departamento
está atualizando as ementas, a qual apresentou uma certa dúvida em relação ao
engajamento e preparação das bibliografias por parte dos docentes, “acreditando”
que sim, eles reconhecem o impacto que eles têm sobre suas bibliografias e o
acervo bibliográfico desta área. Não existe uma pesquisa de satisfação junto aos
discentes com relação às bibliografias elaboradas, entretanto, estão trabalhando
com o SEDIS/UFRN (Secretaria de Educação a Distância da UFRN) para levantar
alguns problemas e também a questão da satisfação do aluno.
A coordenadora também preferiu não opinar sobre a satisfação dos discentes
e corpo docente em relação ao acervo disponibilizado, pois não tem um real
conhecimento sobre o assunto. Porém, quando o SISBI abre para a solicitação de
materiais, ela informa aos docentes. Entretanto, não sabe informar se o acervo está
sendo atualizado na disciplina do docente, não tendo como fazer esse levantamento,
como também desconhece os pedidos efetuados ou não pelos docentes. Ela mesma
nunca solicitou materiais, tanto como professora, quanto como coordenadora,
desconhecendo o processo para solicitações de materiais via SISBI.
Sobre o departamento/coordenação se preparar para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP, a coordenadora apenas respondeu que a coordenação
está em constante atualização, sempre trabalhando em função de melhorias.
Mencionou também que estão trabalhando para reverter a nota do Enade e a nota
geral recebida. E por estarem engajados nisso, a insatisfação pelos resultados
baixos é notória por todos do departamento e que esse resultado não acontece só
no curso de Economia da UFRN, mas sim um problema nacional, discutido
recentemente no congresso de graduação do curso de economia.
Concluiu respondendo que nunca solicitou nenhum tipo de auxílio à Seção de
Seleção da BCZM, e, como todo sistema, o SISBI tanto pode contribuir de forma
positiva para o desenvolvimento do acervo como pode ser um empecilho, a
depender da acessibilidade e facilidade de uso.
4.5 Perspectivas da Coordenação de Direito
Com pouco mais de um ano e meio (iniciando o mandato em janeiro de 2015),
a coordenadora do curso de Direito se prontificou em responder a entrevista em
64
relação aos processos que a coordenação e departamento tomam, como também
sobre o acervo bibliográfico disponibilizado. A coordenadora iniciou respondendo
que o colegiado de graduação realiza reuniões periódicas, acontecendo duas por
semestre no mínimo, e que estão realizando discussões do colegiado atualmente
em relação a uma “troca” do projeto pedagógico do curso. O núcleo docente
estruturante, por exemplo, está vigente e sua periodicidade para reuniões é
bimestral, no mínimo.
Ela acredita que precisam atualizar o PPC/estrutura curricular do curso,
adequando ao que os docentes solicitam e às suas necessidades. Há também uma
reanálise de três em três anos nos programas de ensino apresentados pelos
docentes, a qual procuram mudanças satisfatórias. Procuram sempre fazer uma
análise, mesmo que não haja nenhuma mudança nos programas de ensino. Por ser
feita esta análise, a coordenadora informou que não realizam avaliações dos
programas de ensino elaborados pelos docentes do curso, mas percebe por parte
dos docentes um engajamento na preparação de suas bibliografias. Entretanto,
desconhece se os próprios docentes sabem do impacto que as bibliografias
elaboradas por eles têm sobre o acervo bibliográfico. Não realiza nenhum tipo de
pesquisa junto aos discentes para saber o nível de satisfação com relação às
bibliografias elaboradas, porém está sempre em contato com os docentes para filtrar
as necessidades dos discentes em sala de aula.
Em relação ao acervo bibliográfico, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos com o acervo disponibilizado, percebendo uma melhora
significativa de antes para atualmente, havendo algumas pequenas insatisfações,
mas no geral a avaliação é vista como positiva. Com isso, de 2011 para hoje, a
coordenação tem divulgado o período de solicitações de materiais via sistema,
julgando de fácil realização, porém enfatizou que por ter domínio em computação o
processo se torna tranquilo, entretanto ainda existem professores que não dominam
a ferramenta.
Por ser um curso de mais de 60 anos, a coordenação/departamento se
prepara previamente para as avaliações realizadas pelo MEC/INEP. Contudo, a
coordenadora estava insatisfeita com a nota do MEC/INEP (Nota Geral). Foi injusto
a seu ver, pois o projeto pedagógico enviado aos avaliadores era atrasado, com as
ementas sem bibliografias. Desta forma, os avaliadores não visitaram o acervo e
deram nota 0 (zero) a este quesito. Vale salientar que a elaboração deste projeto
65
pedagógico em questão foi realizada pela procuradoria institucional e não pela
coordenadora. O projeto novo estava em posse da mesma, porém ocorreu este
problema de comunicação. Ela acredita que, se não houvesse ocorrido esta falha, a
nota geral poderia ter aumentado. Em decorrência deste problema e pensando em
sua melhoria, a coordenadora está trabalhando para a atualização deste PPC.
Mencionou também que não solicitou nenhum auxílio à Seção de Seleção da
BCZM em seu mandato e acredita que o SISBI, organizando de maneira simples e
rápida para o acesso de forma eletrônica, auxilia. Porém, lembrou que por muitas
vezes apenas encontrava um número de títulos para Direito e tendo isso “separado”,
acredita que a informação tornaria muito mais segura.
4.6 Perspectivas da Coordenação de Turismo
Em entrevista realizada com o coordenador temporário do curso de Turismo,
o mesmo respondeu às perguntas relacionadas aos processos que a coordenação e
departamento tomam, como também, sobre o acervo disponibilizado.
O coordenador está ocupando o cargo desde abril de 2016 e informou que o
colegiado de graduação realiza sim reuniões periódicas, sendo a última tendo sido
realizada em junho. Enfatizou que estas reuniões acontecem (como foi acordado no
último encontro), mensalmente. Em relação às discussões do colegiado sobre o
projeto pedagógico, eles costumam realizar tais discussões e, recentemente, houve
uma mudança, fechando uma nova estrutura curricular em 2016.1. Segundo o
coordenador, foi um processo bem participativo, contando inclusive com a
participação dos alunos e com todos os professores.
Com o NDE vigente, o coordenador não soube informar a periodicidade das
reuniões, porém, para construir a nova estrutura curricular, foram realizadas
reuniões corriqueiramente. Estas discussões aconteceram nas reuniões do
colegiado e nas plenárias, acabando por ser integrada com os professores do NDE
em conjunto dos professores que não fazem parte do Núcleo. Para ele, não há uma
necessidade para a atualização do PPC ou estrutura curricular, por sua atualização
ser recente, entretanto, existem algumas questões burocráticas ainda a serem
analisadas. Desta forma, a periodicidade para a atualização do PPC/estrutura
curricular no momento está tranquila, reservando o momento para organizar outros
assuntos referentes ao curso.
66
Adentrando um pouco sobre as bibliografias e planos de ensino, a
coordenação do curso se preocupa bastante com os resultados referentes às
avaliações realizadas pelos discentes do curso, não havendo nenhuma
revisão/avaliação pela coordenação do curso com os programas de ensino
disponibilizados pelos docentes, contudo há um engajamento por parte dos
docentes em buscar coisas novas na preparação dos programas de ensino. Além do
que, boa parte dos docentes fazem parte da pós-graduação, existindo assim uma
certa preocupação em manter uma bibliografia atualizada, causando um impacto
positivo aos discentes.
No curso não existe uma pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às bibliografias elaboradas, deixando para filtrarem posteriormente – pela
pesquisa realizada via SIGAA – as respostas dadas pelos discentes. Com relação às
bibliografias disponibilizadas, a satisfação do corpo docente é positiva, entretanto,
procuram sempre buscar outros materiais para suprir alguma lacuna que possa
ocorrer, principalmente trazendo textos e artigos científicos para dentro da sala de
aula.
Por ser algo de grande importância (o desenvolvimento das bibliografias
atualizadas), a vice-diretora, em seu mandato, realizava frequentemente a
estimulação dos docentes e discentes em realizarem solicitações de materiais (no
período em que o SISBI abre), enviando chamadas, principalmente aos professores,
via SIGAA, onde o próprio coordenador e professor já realizou tal solicitação,
julgando o processo de fácil realização, contudo, gostaria de saber mais sobre as
regras que envolvem contemplar alguns pedidos e outros não.
O coordenador também mencionou que a coordenação do curso se prepara
previamente para as avaliações do MEC/INEP, onde recentemente passaram pelo
Enade, realizando encontros com os alunos para estudarem o que de fato eles iriam
avaliar a pauta em questão, facilitando estrategicamente o acesso às informações
que os discentes iriam buscar. A coordenação também se preocupa em realizar
simulados preparatórios para o Enade, principalmente com aqueles que irão fazer a
prova. Mesmo com essa preocupação com relação às avaliações, o curso, no último
resultado da avaliação do INEP, obteve nota 3 (resultado inferior ao ano anterior da
avaliação, a qual tirou 4). Em resposta a este resultado, o coordenador não se
encontrou satisfeito, principalmente por haver tirado uma nota baixa na avaliação.
Em contrapartida, ao se deparar com esta nota, o departamento se engajou para a
67
atualização da estrutura curricular, pois muitas das disciplinas/conteúdos que
viraram obrigatórias eram optativas (algumas questões do Enade eram sobre tais
conteúdos e o coordenador acredita que muitos dos alunos provavelmente fizeram a
prova sem nunca ter visto a disciplina). Ele também levantou uma ideia para
encorajar os alunos a estudarem mais e terem uma visão de mercado mais positiva,
trazendo para a sala de aula algumas pessoas de sucesso no mercado. Houveram
alguns exemplos trazidos para sala de aula por ele e o mesmo se impressionou com
o retorno positivo apresentado pelos discentes.
Por fim, a coordenação nunca solicitou nenhum auxílio à Seção de Seleção
da BCZM (no curto período em que se encontra como coordenador) e acredita que
tudo que venha sistematizar o crescimento do acervo – por intermédio do SISBI –
será bem-vindo.
68
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma biblioteca universitária é uma importante ferramenta de conhecimento
científico, pois ela exerce a função fundamental no processo de ensino, pesquisa e
extensão. A formação e desenvolvimento do acervo bibliográfico de uma biblioteca
universitária cabe tanto ao corpo docente da universidade, com a seleção dos títulos
que irão compor as bibliografias básicas em seus planos de ensino, como também
às coordenações dos cursos se prontificando no envio a biblioteca de tais planos.
Para que o acervo informacional de uma universidade seja satisfatório ao
meio acadêmico, deverá apresentar um leque diverso e disponível em suas
bibliotecas, para suprir as necessidades de aprendizado, focalizando sempre –
principalmente – em seus discentes. Deve-se também ser levado em conta que,
para manter uma boa qualidade e diversidade de materiais disponibilizados na
biblioteca, tais pontos citados a seguir, necessitam serem avaliados, como: a
verba/orçamento disponível, espaço físico e tempo gasto para o tratamento dos
materiais.
Foi possível perceber, através de pesquisa via SIGAA, com relação às
atualizações das estruturas curriculares e PPCs dos cursos de graduação do Centro
de Ciências Sociais Aplicadas/CCSA, que há uma deficiência no que diz respeito às
últimas datas de suas atualizações. Em consequência desta deficiência, os
resultados de alguns cursos do CCSA obtiveram declínio em suas notas finais pelo
INEP, preocupando o rendimento de tais cursos e de seus discentes.
Os cursos em questão apresentam, em geral, reuniões periódicas do
colegiado de graduação, onde discutem sobre seus respectivos projetos
pedagógicos. Ao serem questionados se visam uma reformulação dos PPCs, os
entrevistados demonstraram certa preocupação com sua atualização, pois boa parte
destes PPCs estão desatualizados. Podemos ver também que há uma preocupação
pelos coordenadores dos cursos em avaliarem seus resultados e seu real estado no
meio acadêmico. Muitos estão buscando alternativas para melhorias imediatas em
seu ensino e capacitação. Tais entrevistados sabem o quanto é importante haver
uma atualização e reformulação periódica das suas estruturas curriculares, como
também dos planos de ensino apresentados pelos docentes.
Estas deficiências refletem nas solicitações de materiais atualizados para a
biblioteca, sendo cada vez mais difícil ocorrerem com periodicidade. Cursos
69
dinâmicos e de atualização constantes como, por exemplo, Direito, solicitam
constantemente via SISBI novos e atualizados materiais. A coordenadora, em
entrevista, mostrou o quanto isso é importante e o quanto reflete positivamente em
seu ensino. Em contrapartida, vimos o curso de Economia, que desconhece se há
uma postura assídua por parte dos seus docentes e discentes em realizarem tais
solicitações. Torna, então, o seu acervo “desconhecido” até mesmo para a
coordenadora do curso, que respondeu desconhecer a satisfação dos docentes e
discentes referente ao acervo disponibilizado e por não estar a par da atualização
dos materiais de cada disciplina.
Observamos também que muitos dos docentes buscam atualizar seus planos
de ensino, e até buscam novos meios para repassarem seus conhecimentos,
quando não há disponível no acervo os materiais os quais necessitam. Por exemplo,
o coordenador e professor do curso de Turismo enfatizou que, por não haver muitas
bibliografias disponíveis para a área, buscam alternativas que preencham esta falta,
mantendo um bom aprendizado. Outro curso que também apresenta esta carência
de bibliografias disponíveis (não por parte da biblioteca em si, mas sim por escassez
de Editoras na área) é o de Biblioteconomia, onde a coordenadora comentou que os
docentes também procuram novos meios e materiais para serem repassados em
sala de aula. Entretanto, existem aqueles que ainda se prendem e acomodam-se em
seus planos de ensino defasados e com bibliografias desatualizadas, como explanou
a coordenadora do curso de Ciências Contábeis, onde ainda existem docentes que
não atualizam suas bibliografias e não buscam novas alternativas ou materiais.
A resposta destes pontos negativos transparece nas avaliações realizadas
pelo MEC/INEP, principalmente no Enade, tanto que o coordenador do curso de
Administração demonstrou certa preocupação com o nível que a prova apresenta e
o nível em que o aluno se encontra. Por não haver – no geral – atualizações
periódicas das estruturas curriculares dos cursos (com exceção do curso de
Turismo) e seus PPCs, muitos dos alunos não se encontram preparados para serem
avaliados no nível em que o MEC acredita que deveriam estar para o mercado de
trabalho.
Logo, outro ponto importante a ser levantado está ligado ao comprometimento
do colegiado de graduação e o Núcleo Docente Estruturante em se manter vigente e
participativo em suas reuniões periódicas. Faz-se necessário que haja transparência
e urgência em buscar e aprimorar o curso de graduação, mantendo uma qualidade
70
de ensino excelente e uma resposta positiva por parte de seus discentes ao se
depararem com a nova postura do curso.
Assim, é de extrema importância a comunicação entre a biblioteca e/ou
bibliotecário e a coordenação do curso, principalmente no que diz respeito aos
materiais informacionais a serem solicitados, pois todos os entrevistados
responderam que nunca solicitaram algum tipo de auxílio junto a Seção de Seleção
da BCZM, criando, assim, um ruído nesta troca de informações pertinentes em
ambas as partes. É de extrema importância criar esse elo entre estes dois
profissionais: o gestor da informação (bibliotecário) e o que dissemina a informação
(docente).
71
REFERÊNCIAS
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76
APÊNDICE A – Perguntas de Identificação
1) Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
2) O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
3) O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
4) O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
5) Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
6) A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
7) O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
8) Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
9) Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
10) Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
11) Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com relação
às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
12) Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
77
13) A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
14) Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
15) Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
16) A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
( ) Sim ( ) Não
17) O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP. O
departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
18) Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo docente
para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
19) A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção de
Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
20) Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
78
APÊNDICE B – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora
do curso de Biblioteconomia
Data: 09/08/2016
Hora: 15:11hs
Duração: 00:12:00 (doze minutos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Estou no terceiro ano.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Sim, as reuniões, as ordinárias de colegiado acontecem uma vez por semestre - que
é obrigatória – e as extraordinárias quando tem necessidade.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Sim, desde 2014 iniciou uma discussão do projeto pedagógico pra atualizar e
dividiram, no caso as discussões da atualização do projeto pedagógico do curso
acontecem no Núcleo Docente Estruturante, que é uma alça do colegiado,
praticamente todo mundo que faz parte do colegiado, faz parte do NDE. As
discussões iniciaram em 2014 e vão finalizar agora em 2016.
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
Está. Trabalhando a todo vapor!
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
Depende muito da demanda que é colocada pela necessidade mesmo de tempo,
então nesse segundo semestre irão ter a média... São cinco reuniões para terminar
esta discussão toda do projeto pedagógico do curso. A proposta é agosto e
setembro, terminando em outubro, pra daí no semestre de 2017.1 já ter a nova
estrutura curricular. A periodicidade é muito de acordo com o tempo do grupo,
porque todo mundo participa e em alguns momentos a gente teve aqui, reuniões
quase diárias dos diferentes grupos do NDE e quando todo mundo faz o grosso do
trabalho, que era rever todas as disciplinas, ementas, objetivos, enfim, aí demos
79
uma relaxada e agora a gente vai rever e discutir o fluxograma montado no semestre
passado. Irão ver agora se irão precisar de ajustes pra depois já fixa, ligar com as
resoluções que faltam. A última atualização mesmo foi em 2010. Houveram
mudanças no projeto todo que é de 2007. 2010 foi feito só uma pincelada... Agora
que irão entrar nas resoluções.
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
Sim, porque periodicamente a sociedade apresenta demandas que não irão ficar
atendendo sempre a partir de uma mudança de mercado, por exemplo. Mas a
concepção do que é a profissão, eles tem a necessidade de mudanças, por
exemplo, capacitam melhor os estudantes de biblioteconomia para algumas lacunas
que no currículo anterior já apresentaram, um exemplo, o fortalecimento de
disciplinas como Biblioteca Escolar. É uma disciplina que já existia desde 2010, mas
que não havia talvez uma noção maior do egresso nesse mercado, então é muito
tímida... A outra questão que se fortaleceu agora é a questão das disciplinas de
Gestão e Empreendedorismo, o serviço publico não é, apesar de ainda ser o maior
órgão que absorvem os egressos, ainda não vai permanecer assim. Estão vendo o
momento da política no Brasil e que isso vai ter um efeito dominó pras próximas
gerações. Investir no empreendedorismo é um foco, percebido nesse... E nem falar
nas tecnologias também.
7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
Estão no momento em período de reuniões para a atualização do PCC.
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Sinceramente, não.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
80
Sim.
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Sim, porém os docentes sabem que os materiais informacionais, livros ou artigos,
quanto mais sua quantidade a abrangência, melhor será o aprendizado.
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Não.
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Sim, mas por haver uma carestia de editoras da nossa área, os docentes pesquisam
outros meios também, como comentei anteriormente, para suprir um pouco esta
falta.
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
Não, mas os avisos via SIGAA estão sempre disponíveis.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Sim, só acho um pouco complicado às vezes quando algumas editoras não estão
cadastradas, tornando o processo um pouco mais lento...
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
81
Não, entretanto estamos procurando sempre manter ou melhorar a situação que se
encontraram ou encontram.
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
Não. Abrimos um processo para reivindicar alguns pontos que julgamos injustos na
avaliação do MEC, mas até agora – que já chega a quase 1 ano e meio – não
obtivemos resposta alguma.
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
Como comentei anteriormente, ainda estamos em processo e também com atenção
aos docentes e suas qualificações.
19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
Não.
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
Sim, pois é constante o desejo por melhorias no acervo e no próprio sistema.
Melhorias são sempre bem vindas.
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APÊNDICE C – Respostas referentes ao questionário realizado ao coordenador
do curso de Turismo
Data: 11/08/2016
Hora: 11:30hs
Duração: 00:26:52 (vinte e seis minutos e cinquenta e dois segundos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Meu cargo é um cargo temporário chamado de protempori, porque tanto o
coordenador como o vice estão afastados por um bom tempo. Então foi solicitado
entre abril e maio alguém que substituísse os dois. Ocupo um cargo até o fim do
mandato.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Nós realizamos... Como participava como professor e agora eu realizo como
coordenador. A última reunião que nós tivemos foi em junho. Acordamos que haja
reuniões todo semestre, mensalmente, durante as aulas, tanto da coordenação
quanto do departamento. E dependendo da pauta, se for pequena, fazemos juntas.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Costuma e inclusive fez uma mudança agora, foi um processo bem lento,
começamos em 2014, terminamos em 2015. Fechamos a nova grade curricular que
entrou em vigor agora em 2016.1. Então foi um processo bem participativo, inclusive
presença de aluno, quando eles colocavam algumas opiniões e a professora Leiliane
– a vice – que encabeçou esse processo. Processo que contou com todos os
professores. E agora que estamos nesse processo de adaptação, as duas grades
acontecendo ao mesmo tempo, os alunos que entraram antes de 2016, os alunos
que entraram depois de 2016, alunos que querem migrar de 2011 para agora, então,
estamos agora nesse momento meio. E surge novas regras dentro das nossas
resoluções...
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
83
Está.
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
A periodicidade do NDE, eu vou te dizer que não tenho muita noção dos meses
exatos, mas até o período que foi construído a nova grade existia reuniões mais
corriqueiras por causa dessa deles fecharem esses requisitos... As discussões do
NDE acontecem nas reuniões do colegiado, acontece nas plenárias, então acaba
sendo integrada a reunião do NDE junto com os outros professores que não são.
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
Por enquanto a gente não vê essa necessidade, mas é como eu falei, por exemplo,
algumas questões de ordem burocrática mesmo... Da adaptação da turma nova, da
turma antiga que quer entrar na grade nova... Mas a gente acredita que o “que tá lá”
está bem completo.
7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
Foram realizadas várias reuniões para atualizar o PPC, grade curricular... Mas por
enquanto estamos resolvendo outros detalhes...
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Vou te dizer que não temos esse acompanhamento. O que a gente percebe muito
são as avaliações que os alunos fazem do próprio docente. Acompanhamos mais o
cotidiano deles do que a questão dos planos. Eu particularmente não me debrucei
muito com os planos dos professores. A gente se debruça mais com a relação que
tem com a turma, o resultado anterior daquele professor.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
84
Eu acredito que nós do Turismo tendemos a buscar coisas novas porque nós não
temos muita bibliografia, então a gente vai captando coisas novas. Inclusive como
temos uma pós-graduação e os professores da graduação estão na pós-graduação,
então são sempre muito atualizados.
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Acredito, porque a gente se preocupa cada vez mais com essas questões
bibliográficas. Porque a pós-graduação exigiu do departamento de Turismo como
um todo, uma preocupação da nossa linha de pesquisa, do que é, que autores
iremos trabalhar, quais as principais referências, então é uma preocupação da pós
que acabou chegando na graduação também... Porque os professores da pós são
os mesmos da graduação, então eu acredito que sim.
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Acredito que a gente tenha na própria avaliação dos professores, tem algumas
perguntas tendo em questão a bibliografia, mas uma avaliação exclusiva ou um filtro,
eu acredito que não.
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Eu acredito o seguinte: quando penso em bibliografia eu penso na bibliografia que a
universidade fornece; quer dizer, a biblioteca, os arquivos digitais que a universidade
fornece... Mas acredito também que essa bibliografia, hoje em dia, os professores
buscam arquivos científicos, então eu acho que em geral estão satisfeitos o que
talvez eu, aí eu vou falar quanto professor, sinto às vezes dificuldade é muitas vezes
o próprio aluno não quer ler, aí a gente fica se perguntando “é melhor eu trocar em
miúdos o que tem naquele artigo ou naquele livro, para que eu possa dar meu
conteúdo ou eu vou fazer com que esse menino ou essa menina engula esse texto,
leia esse texto?” Então às vezes acaba de eu não colocar o texto profundamente,
colocar o texto ali, mas com uma certa ciência de que ele não vai ser profundamente
85
estudado, mas que eu vou ter esse papel de aprofundar na sala de aula, sem que
eles tenham lido profundamente.
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
Com certeza. Eu me lembro que Leiliane fazia muito esse trabalho. Eu,
honestamente, como entrei agora em maio, eu acabei que não fiz essa solicitação,
essa chamada para os professores. Mas durante o processo de gestão de Leiliane e
de Carlos Porto (coordenador), recebemos com frequência solicitação e essa
solicitação muitas vezes era contemplada.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Sim. A forma de solicitação eu achei tranquila, eu só não sei como funciona por
exemplo, ao chegar lá o que é que determina a escolha do meu livro ou do seu livro.
Quais são as regras que envolvem contemplar tais pedidos e não outros. Talvez isso
para mim não seja muito transparente. Mas não porque eles queiram esconder isso,
mas por mim que nunca procurei saber exatamente, mas eu acho tranquilo.
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
A gente teve uma avaliação agora, se não me engano em 2015. E nós temos o
Enade agora também, então nós temos essa preocupação e existia até uma agenda
quando entrei em 2014.1 (por meio de concurso), então de lá pra cá acredito que
talvez a maior mobilização à essas avaliações foi com relação ao Enade. Existiam
encontros com os alunos, a gente estudou a pauta, ou seja, o que é que eles iriam
avaliar de fato, o que foi estrategicamente para facilitar o acesso às informações que
eles iriam buscar.
86
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
A nota não é tão satisfatória, principalmente quando você declina né? E isso foi uma
pauta que a gente levanta sempre. A questão da nova grade, ela vem também em
resposta a esse resultado, até porque várias das disciplinas, dos conteúdos que
viraram obrigatórios por exemplo, eram conteúdos que estavam sendo considerados
dentro da prova do Enade e que eram disciplinas optativas. Então vários alunos
possivelmente poderiam estar fazendo a prova sem nunca terem estudado aquele
tema. Então a gente acabou levando em consideração isso e acho que já é uma
resposta a essa ideia. E outra coisa também, o aluno muitas vezes está
desmotivado, pelo mercado mesmo. O aluno no caso de Turismo. Então às vezes
ele não vê muito bons exemplos, pessoas de sucesso na área de Turismo, na
cabeça deles eles não observam muito esse cenário, então outra forma também que
a gente tem de motivação do lado de fora pra dentro, faz com que os alunos queiram
estudar mais, faz com que os alunos se sintam mais próximos do curso. Então eu
acho que pelo menos nesta minha pequena gestão, é uma pauta que eu tô
querendo levantar: fazer com que o aluno veja pessoas de sucesso no mercado, que
se encontrem nesse mercado. E quando ele faz isso eu percebo claramente a
motivação para estudar mais. É impressionante.
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
A gente também no período do Enade faz alguns simulados, encontro com os
alunos. Principalmente aqueles que vão. Eles fazem uma eleição para quem vai
fazer a avaliação, a prova. Então a gente acaba realizando alguns encontros para
discutir as provas anteriores. Então existe uma estratégia.
19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
Não. Desse pouco tempo que eu estou aqui, desconheço. Eu realmente não fiz
nenhuma solicitação.
87
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
Não tenho muito conhecimento em relação ao SISBI, mas tudo que venha
sistematizar esse crescimento do acervo, que a gente já percebe, que sem nem
precisar entrar na Biblioteca a gente já percebe esse crescimento do acervo, é bem-
vindo. Sei que quando estamos dentro da universidade a gente não tem uma visão
negativa sobre tudo, mas as pessoas estão tendo uma visão muito negativa sobre a
política pública, o governo sobretudo, mas eu não posso negar, a gente não pode
fechar os olhos e não perceber alguns avanços importantes com relação às
universidades brasileiras públicas e eu acho que um desses retratos, principalmente
da nossa universidade, dessa política de apoio, inclusive bibliográfico mesmo, aos
acervos, é o tamanho da estrutura e do acervo que a gente tem na biblioteca.
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APÊNDICE D – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora
do curso de Ciências Contábeis
Data: 16/08/2016
Hora: 09:58hs
Duração: 00:14:00 (quatorze minutos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Desde novembro de 2015.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Vamos dizer que sim... Depois que assumi, a cada 3 meses fazemos uma reunião.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Sim, estamos, por exemplo... Recentemente as reuniões que estão acontecendo
este ano estamos fazendo novas atualizações das resoluções, por que no final deste
anos, nós já teremos dois anos de um novo currículo... Então, estes dois anos de
novo currículo somos obrigados a fazer uma reavaliação do currículo implantado. Já
estamos fazendo algumas reuniões para tentar verificar algumas resoluções...
Adequar algumas resoluções que não tenham sido adequadas para o novo currículo.
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
Vigente estão, mas ele não é tão atuante. Infelizmente ele foi muito atuante na
época do projeto pedagógico. Realmente a gente teve uma atuação muito boa, mas
recentemente, como parte dos profissionais que estão no núcleo docente, eles
também fazem parte do colegiado, então acaba sendo a discussão praticamente
dentro do colegiado, mas é uma coisa que a gente já está cobrando, já está
tentando ver se são mais ativos. Se eles contribuem melhor com o colegiado.
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
Do NDE a gente precisa ter pelo menos duas a cada semestre, mas a gente não
está tendo... A última reunião que a gente teve foi semestre retrasado, 2015.2. Em
2016.1 e 2016.2 a gente não teve nenhuma reunião.
89
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
Sim, com certeza. Nós estamos mudando muito, primeiramente a área contábil ela
vem sofrendo desde 2010 em termos de mercado, ela vem sofrendo muitas
atualizações... Dessa forma, os profissionais, eles estão buscando novas
habilidades, buscando atualizações de conhecimento, então a partir disso, a gente
começou a trabalhar o nosso projeto pedagógico.
7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
Sim.
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Pela coordenação não. Nós passamos pela semana pedagógica. Na semana
pedagógica, nós temos um momento em que esses planos eles são apresentados...
Como nós temos um curso pela manhã e à noite, não é nem sempre que o professor
que ensina a disciplina pela manhã, ele também ensina da noite. Dessa forma, na
semana pedagógica, a gente tenta fazer essa integração entre os professores que
estão ministrando as mesmas disciplinas e entre disciplinas, como nós chamamos
de “espinha dorsal”, que seriam as principais do curso, que serial literalmente as
técnicas: Básica I, Básica II, Intermediária I, Intermediária II e Avançado. Mas por
exemplo, eu tenho Bloco de Gerencial, então nesse Bloco de Gerencial eu tenho as
disciplinas que a gente reúne os professores do Bloco de Gerencial para discutir de
que forma está sendo trabalhada... Por que às vezes a gente consegue em algumas
disciplinas, não são todas, algumas disciplinas a gente consegue fazer a
interdisciplinaridade. Um próprio que está sendo desenvolvido numa disciplina e já
dar continuidade... Mas assim, muito mais isso acontece na área diferencial que a
área financeira.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
90
( ) Sim ( ) Não
Não... Infelizmente isso ainda está muito a quem. Isso ainda é uma coisa que a
gente está batendo de frente, apesar que já tenha melhorado muito. Tem
professores e Professores, então tem professores que estão engajados mesmo,
literalmente eles estão... Nós temos uma nova estrutura do que é contabilidade, nós
temos várias resoluções, várias legislações, que mudaram um pouco a cara da
contabilidade, então assim... Alguns professores já estão tornando isso para suas
disciplinas, outros já não estão ainda nisso...
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Tem não... Não sabe... Principalmente, por que assim, como nós tivemos essa
mudança, muitos dos livros, eles caíram em desuso, então dessa forma, sempre que
tem chamada, pra fazer novas compras de livros, pouquíssimos professores são
aqueles que entram no SIGAA, que fazem realmente o pedido, então pouquíssimos
professores, porque?! Por que como ainda está muito recente, essas atualizações,
poucos são os livros que já começaram a trazer novas informações. Então muitos
professores não atualizam suas bibliografias, se mantendo ainda na antiga e não
procurando novas alternativas ou materiais.
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Não.
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Não, mas também não podem reclamar, pois uma grande parcela de culpa vem dos
nossos próprios docentes, que não atualizam suas bibliografias.
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
91
Sim, entretanto muitos professores nos seus PPCs passam a bibliografia básica
disponibilizada na Biblioteca Central, mas estimulam os alunos à fazer pedidos dos
materiais complementares, que muitas vezes são até bem mais atualizados.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Não.
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
Não... Houveram muitos problemas com os alunos principalmente, pois a uns dois
anos atrás, realizávamos nos sábados, revisões para ajudar os alunos à se
prepararem para o Enade (como por exemplo), mas os alunos faltavam e não se
esforçavam.
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
Não.
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
Tanto no corpo docente como discente, precisam se engajar com o meio acadêmico
e o mercado de trabalho. Desta forma, estamos tentando realizar sempre reuniões
para uma melhoria deste sistema.
19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
Não.
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
92
Sim, mas pra isso é necessário a ajuda principalmente dos alunos à não desistirem
e persistirem no curso, buscando melhorias.
93
APÊNDICE E – Respostas referentes ao questionário realizado ao coordenador
do curso de Administração
Data: 19/08/2016
Hora: 10:25hs
Duração: 00:10:04 (dez minutos e quatro segundos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Três anos.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Realiza.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Recentemente, no último ano passou a atualizar... A gente está trabalhando nele.
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
Está.
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
Quatro meses aproximadamente.
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
Precisa, apesar de ter sido feita em 2005, nós fizemos pequenas alterações
continuamente. E estamos fazendo agora de novo... E agora que definitivamente o
PPC vai mudar. Mas a gente sempre vai mexendo na grade, vai atualizando, vai
dando...
7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
94
Olha, a gente não especificou prazo, pra essa atualização periódica... Eu também
não tenho certeza o que consta no plano do departamento.
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Mais ou menos... Não é o ideal... Os planos estão desatualizados... Assim: o que o
professor dá na sala, que ele atualiza continuamente a gente pede todo semestre tá
divergindo do projeto... Então a administração é muito dinâmica, todo semestre tem
uma novidade, então isso vai pra sala de aula, o professor coloca no plano dele e vai
divergindo um pouco daquele plano de 2005... Administração é muito dinâmica.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
Eu acho que sim... Os docentes nossos, eles sempre se preocupam em ter
conteúdos atualizados nas salas de aula... A grande maioria dos professores.
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Olha, a gente tem muitos professores envolvidos na pós-graduação. Assim, a gente
trabalha em três programas de pós, então os professores produzem bastante coisa.
Eu levo alguns textos meus pra sala, mas eu não posso responder se a maioria faz,
mas uma grande parte faz... Uma grande parte pesquisa, uma grande parte produz.
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Não, só a avaliação institucional que é feita no semestre... Da coordenação não tem.
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Eu acho que sempre a gente pode melhorar... O ideal era que a gente tivesse uma
bibliografia básica do curso. O aluno entrasse sabendo que tivesse que comprar
95
aqueles vinte livros mais importantes. Eu já lancei essa ideia, a gente já discutiu com
a antiga chefe do departamento, mas a gente não implementou. Por que a gente tem
os livros clássicos que a gente usa, mas isso podia tá mais sistematizado. Talvez
agora a gente incorpore no projeto pedagógico.
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
Todo semestre... Acho que isso já é um fluxo contínuo... Tem um prazo, mas todos
sabem. É uma coisa bem disseminada na universidade.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Já, porque na minha disciplina ele é muito básica, então a biblioteca está lotada de
material dos meus livros... Por que como eu dou aula de Produção... Na área de
Produção, a biblioteca tem tudo o que eu dou, tem toda minha matéria, então é bem
tranquilo. Já pedi muito tempo atrás e os problemas básicos são os mesmos, que é
a disciplina introdutória de produção, de logística... A universidade tá muito bem
servida.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Podia ser mais fácil... Na verdade ele não está “nas pontas dos dedos” pra fazer
não... Poderia ser uma coisa mais fácil, realmente.
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
Se prepara.
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
Tivemos cinco em todas as avaliações recentes nos últimos 15, 20 anos e na última
tivemos quatro... E não, não estamos satisfeitos. A gente quer voltar pra cinco.
Inclusive fizemos um grande esforço para a preparação agora na conscientização
96
dos alunos que iam fazer a prova, porque acredito que isso vai fazer alguma
diferença, mas a gente hoje... Por que assim, eu até participei da equipe que
elaborou a prova e o que aconteceu pra prova passada, na penúltima, é que a prova
veio muito difícil e ela diferenciou a escola excelente da muito boa... Mas ela não era
boa para diferenciar a universidade E da D, da D da C, a C da B... Ela era tão difícil
a prova que ela não discriminou. Muitas das questões foram anuladas por que não
tiveram o poder de discriminar e na elaboração da prova agora, a gente distribuiu as
questões de uma maneira mais uniforme: questões fáceis, questões médias, poucas
questões difíceis, pra ver se a gente consegue ter um poder de discriminação
maior... Por que quando a questão é muito difícil e ninguém resolve, ela não adianta
ser aplicada, e eu acho que como a gente, a universidade federal, ela recebe alunos
de um nível cultural mais baixo, por causa de cota de renda, de cota racial, isso
acaba prejudicando a nossa avaliação. A gente tá carregando, a gente tá
transformando um aluno que veio de um nível cultural baixo, então a gente nunca vai
conseguir competir com uma FGV, com uma INSPER, com escolas particulares que
tem nível de excelência. Por que a gente consegue trazer um aluno para o nível
quatro, vamos supor, mas a gente tá precisando de um pouquinho mais pra trazer
ele pro nível cinco. Tá difícil... Eu não sei como vai ser o comportamento agora,
pode ser que a gente tire quatro de novo... A gente vai discutir um pouco sobre isso.
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
(Respondeu na Questão 17)
19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
Que eu lembre, não.
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
Olhe, eu acho que a gente tá tão avançado no sistema de bibliotecas, aqui na
universidade, que eu acho que a gente já atingiu um bom nível assim... Eu não
consigo, não tenho assim especialização na área pra propor alguma mudança pra
melhorar... Por que assim, quando eu fiz minha pesquisa de mestrado, eu pedi as
97
coisas pelo COMUTE. Hoje em dia você abre a internet, você tem tudo na mão.
Então assim, a informática ajudou muito ao sistema de bibliotecas... Evoluiu muito...
Então eu acho que hoje você consegue acesso ao material muito fácil e o sistema
da nossa universidade está funcionando muito bem eu acho... O nosso repositório
funciona bem, os nossos alunos acham seu material tranquilo... Eu tô satisfeito.
98
APÊNDICE F – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora
do curso de Direito
Data: 22/08/2016
Hora: 10:57hs
Duração: 00:09:35 (nove minutos e trinta e cinco segundos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Pouco mais de um ano e meio. Começou em cinco de janeiro de 2015.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Realiza. Dois por semestre, pelo menos.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Sim, ultimamente a gente tem feito muito porque vai haver uma troca.
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
Agora teve mais, mas pelo menos a cada dois meses.
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
2006. Precisa. A gente tentou fazer algumas coisas. A gente fez uma reforma
pontual, que ajeitou a prática. Ajudou muito, que a esse projeto 2006 acrescentou
toda uma estruturação da didática diferente, mas mesmo assim a gente precisa de
uma atualização. Precisa que a estrutura, o grosso seja mais enxuto e mais
adequado ao que os estudantes pedem.
7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
99
Olha, se prevê uma reanálise de três em três anos. Esse de 2006 nunca foi alterado
até porque, como eu disse, teve uma alteração em relação à prática, em relação ao
TCC e acabou que ficou em segundo plano, mas a previsão é de três em três anos.
Mesmo que não mude, mas que se faça uma análise.
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Não. Isso não. Passou foi feito o PPC, mas o anual... É muito difícil. Até deveria,
mas não vou mentir, que é muito difícil procurarem aqui. Procura quando tem. Eu
faço esse tipo de avaliação? Posso fazer? Não posso fazer? Aí fazem, mas de outro
jeito não.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
Sim, nas bibliografias sim.
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Daqui? Vou dizer que não. Não vou mentir...
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Não. A gente conversa principalmente com quem sabe, quem dá aula, dá uma
noção do que eles querem, mas realmente uma pesquisa pra gente ter uma noção
geral, não.
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Olhe... Que eu sinto de um tempo pra cá uma melhora muito grande, mas eles ainda
sentem falta de algum material. Mas de um tempo pra cá a melhora foi significativa.
100
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
Sim. Até 2011, por aí, realmente a coordenação pouco atuava nesse sentido, mas
depois disso a gente tem divulgado o período e tem aceito as demandas.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Julgo. Agora, eu porque tenho domínio de computador. Tem professores que não
tem.
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
Sim. A gente passou por uma que foi ano passado. É um dos cursos mais antigos,
que tem mais de 60 anos, e nunca tinha passado, nunca tinha vindo. Veio ano
passado, aí a gente se preparou.
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
Manteve o quatro e o cinco no Enade. Olhe, eu achei o quatro injusto. Porque a
universidade, especialmente num projeto pedagógico não foi eu, foi a procuradora
institucional. Um projeto pedagógico atrasado, com que as ementas estavam sem
bibliografia e isso tirou zero, somente. Eu cheguei aqui nessa sala, quando a gente
foi mostrar, que eu ia leva-los à biblioteca. Que o passo é que eles estão com a
bibliografia. “A gente nem vai na biblioteca. Não tem nada”. Aí eu mostrei a versão
correta que tinha, mas eles vão pelo que vai pra lá. Então eu acho pra mim que essa
foi uma falha grande. Porque a gente levou zero numa dimensão toda. Imagine se a
gente tivesse levado... Teria melhorado.
101
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
Bom... A início esse PPC, que além da biblioteca o PPC foi criticado justamente pelo
aspecto, como a gente viu aqui, de desatualizado. E aí que a gente já tá trabalhando
nisso: arquivando material e tudo. Por exemplo, eu tive muita dificuldade no material
do curso de Currículo, diplomas e tudo, aí já estou arquivando tudo. Eu acho que
isso vai ajudar.
19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
Não. Pelo menos não eu.
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
Eu acho que tudo que se organiza de forma simples e rápida pra gente acessar de
forma eletrônica, auxilia. Pronto, olhando a BCZM, muitas vezes eu só encontrava
um número de títulos para Direito e eu tendo isso separado, sabe, eu fico com essa
informação muito mais segura. Então eu acho isso fundamental pra gente auxiliar
nesse ponto e eu acho que vai ser bem importante.
102
APÊNDICE G – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora
do curso de Ciências Econômicas
Data: 23/08/2016
Hora: 09:22hs
Duração: 00:09:42 (nove minutos e quarenta e dois segundos)
1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?
Desde 2012... Outubro de 2012.
2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?
( ) Sim ( ) Não
Sim. Nós temos um núcleo estruturante que trabalha toda essa parte... Nós inclusive
estamos atualizando o projeto pedagógico, que o nosso é de 2009. Foi implantado
em 2010 e estou querendo terminar minha gestão atualizando o projeto pedagógico.
Aí fazemos reunião núcleo estruturante e o colegiado de curso pra fazer essa
atualização e adequação.
4 – O núcleo docente estruturante está vigente?
( ) Sim ( ) Não
Sim.
5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?
Geralmente a gente faz umas duas por semestre... Mas no caso de algumas
necessidades, a gente faz novamente.
6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em
_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de
atualização/reformulação? Por quê?
Precisa, porque tem que adequar as atividades complementares da resolução e
também com relação com algumas ementas de disciplinas que precisam ser
adequadas ao curso e as necessidades dos docentes.
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7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização
periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta
atualização?
Olhe, eu não posso responder por que isso é parte do chefe do departamento, mas
eu creio que contempla.
8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma
revisão/avaliação pela coordenação do curso?
( ) Sim ( ) Não
Então, nesse momento a gente tá atualizando todas as ementas, adequando as
necessidades do curso... É um momento que a gente tá fazendo isso aí, a
atualização das ementas.
9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na
preparação/avaliação das Bibliografias?
( ) Sim ( ) Não
Mais ou menos... Eu acho que quando tem necessidade... Só quando tem realmente
necessidade que faz.
10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias
produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?
( ) Sim ( ) Não
Acho que sim... É bom que tenha né?!
11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com
relação às Bibliografias elaboradas?
( ) Sim ( ) Não
Especificadamente em bibliografias não. Nós estamos trabalhando com o SEDIS na
questão da satisfação do aluno, levantar alguns problemas...
12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se
sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos
materiais disponibilizados?
Assim, todo semestre quando abre essa solicitação da biblioteca pra pedidos, ou
comunico aos professores (Questão 13)... Não sei se isso é feito...
104
13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por
materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas
solicitações?
( ) Sim ( ) Não
...a gente informa que tá aberto. Não sei se tá atualizado o acervo da disciplina do
professor, por que na coordenação não tem como fazer esse levantamento, que eu
acho que seria bem interessante e não sei se também não estando o professor
pede, solicita.
14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?
( ) Sim ( ) Não
Não.
15 – Você julga este processo de fácil realização?
( ) Sim ( ) Não
Não sei como é...
16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações
realizadas pelo MEC/INEP?
Olha, a coordenação está em constante atualização... Temos nossos indicadores...
A questão da reprovação, do trancamento... Essas questões que envolvem a
graduação, a gente tá sempre trabalhando em função de melhorias.
17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.
O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?
( ) Sim ( ) Não
...A gente tá trabalhando pra que tanto a nota do Enade como a nota geral, que essa
nota reverta... Que isso aí não é só o curso de Economia da UFRN... É de uma
forma geral, nacional, os cursos eles apresentam essas notas baixas... Inclusive a
gente teve o ano passado, um congresso da ANGE que é da graduação de
economia, foi discutido isso... Como é que se pode melhorar, como é que pode
trabalhar essa questão... (Engloba a Questão 18)
18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo
docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?
(Na Questão 17)
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19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção
de Seleção da BCZM?
( ) Sim ( ) Não
A coordenação mesmo não.
20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo
informacional ligado a este curso? De que forma?
Acho que todo sistema contribui... Assim, é pra contribuir, mas as vezes atrapalha
mais que ajuda... Mas eu acho que sim.