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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN NATAL/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA

ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA

A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O

CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN

NATAL/RN

2016

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ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA

A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O

CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN

Monografia apresentada ao Curso de

Biblioteconomia – do Centro de Ciências Sociais

Aplicadas, da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, como requisito parcial para a

obtenção do grau de Bacharel em

Biblioteconomia.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto.

NATAL/RN

2016

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Saraiva, Roberta Kelly de Oliveira.

A Participação Docente na Gestão de Coleções do SISBI-UFRN: O Caso do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas da UFRN / Roberta Kelly de Oliveira Saraiva. – Natal, RN, 2016. 93f.:il.

Orientador: Pedro Alves Barbosa Neto.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciência da Informação.

1. Formação e Desenvolvimento de Coleções – Monografia. 2. Processos de Seleção –

Monografia. 3. Bibliografias básicas – Monografia. 4. Avaliação de Coleções – Monografia.

5. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. I. Neto, Pedro Alves Barbosa. II. Universidade

Federal do Rio Grande do Norte. IV. Título.

CDU 007

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ROBERTA KELLY DE OLIVEIRA SARAIVA

A PARTICIPAÇÃO DOCENTE NA GESTÃO DE COLEÇÕES DO SISBI-UFRN: O

CASO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFRN

Monografia apresentada ao Curso de

Biblioteconomia – do CCSA, da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, como requisito

parcial para a obtenção do grau de Bacharel em

Biblioteconomia.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto.

MONOGRAFIA APROVADA EM: ___/___/2016

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Pedro Alves Barbosa Neto

Orientador (UFRN)

Bibliotecário Silvestre Gomes Martins

Membro da Banca (UFRN)

Prof. Ma. Jacqueline de Araujo Cunha

Membro da Banca (UFRN)

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Dedico esta monografia a minha família, por sempre

acreditarem em mim, sendo meu alicerce, minha âncora.

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AGRADECIMENTOS

O período de graduação foi cansativo. Houve momentos em pensar em

desistir e largar tudo, ecoava em minha cabeça, porém ao me deparar com os

sorrisos e brincadeiras dos que ali conviviam comigo, a desistência foi se esvaindo.

Agradeço então aos meus colegas e amigos que construí nestes quatro anos

de curso, onde sorrimos e choramos, brigamos e fizemos as pazes, nos

estressamos e voltamos à tranquilidade. Fica também meu agradecimento ao corpo

docente, que em alguns momentos tropeçavam, porém se reerguiam e me

mostravam o mundo da biblioteconomia.

Agradeço ao meu chefe e amigo Silvestre Martins, que me aceitou como

bolsista na Seção de Seleção e Aquisição por quase três anos. Por acreditar no meu

potencial e me fazer enxergar o quão maravilhoso é o processo de formação e

desenvolvimento de coleções. Agradeço também por ajudar a clarear minha mente,

que estava tão indecisa em qual linha de pesquisa focar, e prontamente me ajudou a

seguir em frente.

Agradeço também ao professor Pedro Neto, o qual me ajudou e acreditou que

eu era capaz de elaborar um ótimo projeto, estando sempre de prontidão a me

orientar, fazendo com que eu desenvolvesse este projeto com tanta dedicação, amor

e carinho.

Agradeço ao meu amigo Marcus Vinícius, por ter convivido comigo durante

quatro anos, sendo meu melhor amigo e companheiro. Por acreditar em mim,

mesmo que não acreditasse em suas palavras. Por me ajudar sempre quando

preciso, me amando como amiga e namorada. Obrigada por aguentar meus

estresses, porém, mesmo em meios às tempestades, você veio e trouxe a calmaria.

Agradeço aos meus amigos de vida que, em meio a tantas preocupações e

lamentações, me fizeram reerguer e sorrir da vida e com a vida.

Agradeço a toda minha família, meus pais e irmãos, que sempre me apoiaram

e acreditaram em meu potencial. Vocês são minha luz e alicerce. Ensinaram-me a

ter caráter, humildade, amor e fé.

A todos, muito obrigada.

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“Life moves pretty fast. If you don’t stop

and look around, once in a while,

you could miss it.”

Ferris Bueller.

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RESUMO

O aumento na quantidade de discentes que buscam materiais atualizados em bibliotecas universitárias impulsiona o Ministério da Educação do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (MEC/INEP) a realizarem avaliações periódicas nas Universidades Federais. Estas avaliações seguem critérios relacionados à qualidade dos acervos, do ensino, da qualificação de recursos humanos e espaço físico, dentre outros aspectos. Nesse sentido, levantamentos periódicos são necessários a fim de se ter conhecimento do real estado do acervo disponibilizado na biblioteca e qual o nível de satisfação dos seus usuários. Este trabalho analisa, por meio de um estudo de caso, o processo de formação e desenvolvimento de coleções. Para isso utiliza como parâmetro a disponibilidade da bibliografia básica indicada por docentes e/ou coordenadores dos cursos de graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no acervo da Biblioteca Central da UFRN. Foi feita uma análise dos métodos de seleção e aquisição destes materiais, enfatizando a sua avaliação e disponibilização. Para tal, foram coletadas informações por meio de entrevistas com os referidos coordenadores de curso. Foi feita paralelamente uma análise da atualização das bibliografias básicas dos cursos de graduação do CCSA, avaliando a periodicidade destas solicitações para a aquisição de materiais. Para o apoio à dimensão teórica do trabalho, um levantamento bibliográfico foi realizado enfatizando a área de Desenvolvimento das Coleções bem como assuntos relacionados a este tópico. Conclui que existe uma defasagem na atualização das estruturas curriculares dos programas de ensino, o que pode vir a refletir nas ações de aquisição realizadas pela biblioteca universitária da UFRN comprometendo o alcance de bons resultados de ensino e aprendizado por parte dos cursos de graduação do CCSA. Palavras-chave: Formação e Desenvolvimento de Coleções. Programas de ensino. Bibliografias básicas. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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ABSTRACT

The increase in the number of students seeking updated materials in academic libraries have led the Brazilian Ministry of National Education and Institute of Educational Studies Anísio Teixeira to conduct periodic evaluations that consider criteria related to quality in education, qualification of human resources, physical space as well as the quality of library collection. Therefore, periodic surveys are necessary in order to acknowledge the state of the library´s collection and user satisfaction. This work analyzes the process Collections development based on the availability of basic bibliography indicated by professors and/or coordinators in Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) in the Federal University of Rio Grande do Norte. Thus, data collection was collected through interviews with the coordinators. The interviews were designed to analyze the updating of basic bibliographies of CCSA's undergraduate courses and evaluate the frequency of these requests for the purchase of materials. For the theoretical dimension of the work, a literature review was done. This review emphasizes the area of Collections Development as well others related topics. The research concludes that there is a gap curricula update regarding the educational programs. Therefore it may reflect in the institutional acquisition practices held by the university library UFRN. These results may compromise teaching and learning on behalf of the CCSA undergraduate courses.

Keywords: Collection Development. Educational programs. Basic bibliography. Federal University of Rio Grande do Norte-Brazil.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 As etapas do processo de desenvolvimento de coleções em biblioteca ....... .............................................................................. 16

Figura 2 Desenvolvimento de coleções. Abordagem estruturalista ............. 19

Figura 3 Processo de desenvolvimento de coleções ................................. 20

Figura 4 Tabela de Atualizações da Estrutura Curricular dos Cursos do CCSA ......................................................................................... 56

Figura 5 Tabela das Últimas Atualizações do PPC dos Cursos do CCSA ... 57

Gráfico 1 CPC - Nota Padronizada - Organização Didático Pedagógica .... 53

Gráfico 2 CPC - Nota Padronizada – Infraestrutura ................................. 53

Gráfico 3 CPC – Contínuo ........................................................................... 55

Gráfico 4 CPC – Faixa ................................................................................. 55

Quadro 1 Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Básica ......................................................................................... 44

Quadro 2 Quadro de definições para avaliação de acervo ............................ 45

Quadro 3 Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Complementar .............................................................................. 46

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LISTA DE SIGLAS

ALA American Library Association

BCZM Biblioteca Central Zila Mamede

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CPC Conceito Preliminar de Curso

DMP Divisão de Material e Patrimônio

ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

IES Instituição de Educação Superior

IGC Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

MEC Ministério da Educação

PPC Projeto Pedagógico de Curso

SEDIS Secretaria de Educação a Distância

SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

SISBI Sistemas de Bibliotecas

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................

2 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

2.1 Política de Desenvolvimento de Coleções....................................................

2.2 Seleção...............................................................................................................

2.3 Aquisição...........................................................................................................

2.3.1 Compra............................................................................................................

2.3.2 Doação.............................................................................................................

2.3.3 Permuta e/ou Intercâmbio................................................................................

2.4 Avaliação de Coleções.....................................................................................

2.5 Desbaste e Descarte.........................................................................................

3 BIBLIOTECÁRIO: SELEÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ACERVO

NO ÂMBITO UNIVERSITÁRIO................................................................................

4 METODOLOGIA....................................................................................................

4.1 Perspectivas da Coordenação de Administração..........................................

4.2 Perspectivas da Coordenação de Biblioteconomia.......................................

4.3 Perspectivas da Coordenação de Ciências Contábeis.................................

4.4 Perspectivas da Coordenação de Ciências Econômicas..............................

4.5 Perspectivas da Coordenação de Direito.......................................................

4.6 Perspectivas da Coordenação de Turismo....................................................

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................

REFERÊNCIAS........................................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

Com a evolução das tecnologias da informação e a explosão do acesso à

informação, o crescimento da produção de conhecimento aumentou em larga

escala, gerando uma impossibilidade de se manter uma coleção completa e

autossuficiente. Além disso, aumentou também a problemática de se atender todas

as demandas e necessidades informacionais dos usuários, que por muitas vezes

esbarra na escassez dos orçamentos. Em função disso, deve-se realizar um

planejamento eficaz em relação ao crescimento da informação adquirida nos

espaços destinados ao acervo e disponibilizados a comunidade.

Para Vergueiro (1993),

A preocupação com o desenvolvimento de coleções em bibliotecas apresenta um nítido incremento a partir das últimas décadas, quando se tornou cada vez mais claro, para bibliotecários e administradores em geral, que era praticamente impossível acompanhar o ritmo alucinante de crescimento dos materiais informacionais. (VERGUEIRO, 1993, p. 13)

Isto é, a sociedade da informação é marcada pelo fluxo constante de

informações que possibilitam a produção de novos conhecimentos, e assim, em

virtude do grande volume informacional e do desenvolvimento tecnológico, há uma

necessidade de avaliação, aquisição e seleção de materiais que possam suprir as

necessidades dos usuários no meio universitário.

Desta forma, segundo Miranda (2007), as bibliotecas universitárias atuam

como órgãos de apoio informacional, dando suporte às atividades de ensino,

pesquisa e extensão com seus acervos, quer centralizados ou descentralizados

(bibliotecas setoriais). Seus objetivos provêm da finalidade da própria universidade.

Com base nesta visão de Miranda (2007), os processos de seleção e

aquisição dos materiais bibliográficos destinados aos diversos cursos de graduação

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, através da política de

desenvolvimento de coleções do SISBI/UFRN (Sistema e Bibliotecas da UFRN) se

dão e conjunto a disponibilização dos programas de ensino e de suas referências

bibliográficas, e não menos importante, a avaliação exercida pelo MEC, observando

sua periodicidade e qualidade.

Este trabalho irá se desenvolver partindo da problemática de como se dá o

desenvolvimento do acervo, com base nos programas pedagógicos e nas

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bibliografias básicas disponibilizadas pelos docentes e/ou coordenadores dos cursos

de graduação do CCSA para nortear o desenvolvimento de seu acervo, como

também o impacto que sua atualização periódica pode refletir na qualidade deste

desenvolvimento, tanto no acervo quanto no ensino.

Como objetivo geral haverá uma análise do processo de formação e

desenvolvimento de coleções com base na disponibilidade da bibliografia por

intermédio dos docentes e/ou coordenadores dos cursos de graduação do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas/CCSA da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Especificando mais ainda o objetivo do presente trabalho, far-se-á necessário

levar em conta alguns pontos com relação à metodologia utilizada: revisar os

métodos de seleção e aquisição destes materiais com base nas bibliografias

básicas; estudar os métodos de avaliação destes materiais que serão

disponibilizados nos centros de informação (bibliotecas); coletar informações com os

coordenadores sobre a atualização das bibliografias disponibilizadas pelos docentes

e/ou os próprios coordenadores dos cursos de graduação do Centro de Ciências

Sociais Aplicadas/CCSA; e, por fim, avaliar a periodicidade destas solicitações para

a adesão de materiais.

Parte-se da hipótese que existe uma defasagem no desenvolvimento do

acervo com relação à atualização das bibliografias disponibilizadas pelos docentes

e/ou coordenadores de alguns cursos em relação a outros. Por isso, como

demonstrativo de uma realidade mais ampla o foco a ser estudado neste trabalho

será o Centro de Ciências Sociais Aplicadas/CCSA. Será explanado que, muitas

vezes, essa defasagem se dá por não haver a atualização desses materiais por

parte dos docentes e/ou coordenadores dos cursos, fixando uma prerrogativa de que

não haja necessidade de atualizações em suas bibliografias já disponibilizadas,

como também de não buscar novos materiais para enriquecer seu ensino.

Será realizado neste trabalho o método de abordagem indutiva: do geral

(UFRN) para o específico (cursos de graduação do CCSA), onde partirá da

compreensão da regra geral para então compreender os casos específicos. Ao

analisar os métodos mais viáveis ao trabalho, será utilizado o estudo de caso, que

consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, instituições, condições,

grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. Em conjunto,

será utilizado também o método estatístico, a qual permite comprovar as relações

dos fenômenos entre si e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou

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significado. Como técnica de pesquisa foi escolhida a documentação direta, ou seja,

o levantamento de dados no próprio local, por observação direta intensiva

(observação e entrevista) e observação direta extensiva (questionário e história de

vida).

Portanto, para que o presente trabalho apresente fundamentos plausíveis e

reais, foi realizada uma coleta de informações sobre as atualizações dos projetos

pedagógicos dos cursos e de suas ementas. Além disso, foram efetuadas

entrevistas semiestruturadas presenciais, a partir de um roteiro previamente

elaborado com 20 (vinte) perguntas, entre os coordenadores dos cursos de

graduação do CCSA, sobre os referentes processos que a coordenação e/ou

departamento tomam em relação às avaliações, tanto no meio acadêmico, como

externo e sobre o acervo bibliográfico disponibilizado na Biblioteca Central. As

entrevistas foram realizadas no período entre 09 de Agosto de 2016 e 23 de Agosto

de 2016.

Composto de três capítulos: Desenvolvimento de Coleções em Bibliotecas

Universitárias; Bibliotecário: Seleção e Métodos de Avaliação do Acervo no Âmbito

Universitário e; Metodologia, este trabalho irá explanar sobre os processos de

desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias, segundo autores da

área, a importância do trabalho exercido pelo bibliotecário selecionador (seus

métodos e avaliações) e, por fim, a pesquisa de campo no Centro de Ciências

Sociais Aplicadas/CCSA com relação ao desenvolvimento do acervo disponível no

âmbito universitário a partir das suas bibliografias básicas e/ou estruturas

curriculares e a resposta da existência – ou não – de sua atualização periódica.

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2 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

Segundo Vergueiro (1989), as atividades exercidas em relação ao

desenvolvimento de coleções devem ser tarefas de rotina em bibliotecas, assim

como a catalogação, classificação dos materiais e a indexação de itens no acervo.

Porém, para Weitzel (2013), não é bem assim a atual realidade no que se diz sobre

as bibliotecas brasileiras como um todo. Isto é, mesmo que este processo se faça

presente, em destaque a seleção e a aquisição de materiais, é difícil, e por muitas

vezes raro, encontrar bibliotecas que exerçam a atividade completa, onde se iniciam

os processos desde a seleção do material até o seu desbastamento.

A autora também enfatiza que, por muitas vezes, há um atraso nas bibliotecas

em seu desenvolvimento de coleções, pecando numa das primordiais e não menos

importantes missões de uma unidade de informação: prover informação ao cidadão

(o usuário). A biblioteca tem por dever ajudar a evolução do conhecimento das

pessoas/cidadãos/usuários.

A biblioteca universitária então, deverá elaborar políticas de desenvolvimento

de coleções, tendo por base informações sobre as demandas e exigências dos

usuários, buscando soluções que equilibrem seu acervo com as principais

necessidades dos seus usuários reais e potenciais, estudando os recursos

disponibilizados pela instituição mantenedora e adequando sua missão ao contexto

institucional, social e econômico.

Para Miranda (2007), as bibliotecas universitárias são órgãos de apoio

informacional. Isto é, devem dar suporte às atividades de ensino, pesquisa e

extensão, com acervos centralizados ou descentralizados, no caso das bibliotecas

setoriais. A autora complementa que,

O papel da biblioteca universitária é atender as necessidades informacionais da comunidade acadêmica (corpo docente, discente, pesquisadores e técnico-administrativo), direcionando sua coleção aos conteúdos programáticos ou em projetos acadêmicos dos cursos ministrados pela universidade a qual se encontra inserida. (MIRANDA, 2007, p. 4)

Sendo assim, Weitzel menciona que, com a reformulação da estrutura

curricular dos cursos de biblioteconomia em 1982, em parceria com o Ministério da

Educação e Cultura/MEC, a disciplina de Formação e Desenvolvimento de Coleções

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foi implantada demonstrando assim a necessidade de um maior conhecimento

técnico e de uma melhor compreensão dos bibliotecários em formação sobre a

importância das atividades voltadas para o desenvolvimento de coleções. Para a

autora, com o avanço tecnológico ao longo dos anos, tais avanços impulsionaram o

interesse dos bibliotecários sobre estas atividades e a urgência em tomadas de

decisões nas bibliotecas, dando continuidade ou não a colecionar fontes de

informação impressas ou digitais. O bibliotecário também pode optar por utilizar

ambas as fontes de informação, “enfrentando variáveis complexas, que vão desde

administração de recursos financeiros escassos e análises de contratos para

licenças de uso, a necessidades dos usuários e tipos de usos desejados sobre eles”.

WEITZEL (2002 apud WEITZEL, 2013)

Weitzel então elabora um quadro apresentando uma síntese das etapas do

processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas com base nas palavras de

Vergueiro (1989). Neste quadro podemos observar (conforme figura I abaixo) como

esta reflexão é útil para uma melhor compreensão do processo de desenvolvimento

de coleções em cada tipo específico de biblioteca. Entretanto, é notório que, ao dar

apenas ênfase em duas ou três etapas, não devemos jamais fazer desuso das

demais.

Figura 1 – As etapas do processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas

Fonte: Weitzel (2013, p. 24).

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Vergueiro (1993) então afirma, em relação ao desenvolvimento de coleções

em bibliotecas universitárias, que:

Devem atender aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão de serviços à comunidade. Isto vai exigir, quase que necessariamente, uma coleção com forte tendência ao crescimento, pois atividades de pesquisa exigem uma variada gama de materiais de informação que possibilitem ao pesquisador ter acesso a todos os pontos de vista importantes ou necessários para sua pesquisa. Apesar do aparecimento de um bom número de pesquisas que advogam uma atividade de seleção de materiais informacionais, em bibliotecas universitárias, que leve prioritariamente em conta a relação custo-benefício ou custo-efetividade do material a ser adquirido, medidos por estudos do uso da informação, esta não parece ser a principal preocupação do desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. Isso é decorrente de que a mesma necessita ter um volume de materiais suficientemente significativo em termos de quantidade e qualidade para dar suporte às atividades de pesquisa realizadas tanto em nível de graduação como de pós, assim como às atividades normais de prestação de serviços ou extensão à comunidade. Da mesma forma, a clientela é relativamente homogênea, não exigindo avaliações de grande monta. A ênfase maior, no caso, parece estar muito mais no desbastamento e avaliação constantes das coleções – medidas necessárias para otimização do acervo. (VERGUEIRO, 1993, p. 19)

Numa análise do estudo acadêmico realizado por Hendrik Edelman, Vergueiro

(1993) desenvolve os conceitos de Desenvolvimento de Coleções e Seleção,

classificando-os numa espécie de hierarquia que inclui ainda o conceito de

Aquisição de Coleções.

Segundo Vergueiro (1993), o autor cita três níveis, onde,

No primeiro nível, estaria o desenvolvimento de coleções entendido de maneira ativa, como uma função de planejamento: a existência de um plano ou política de desenvolvimento da coleção que descreva ‘os objetivos a curto e longo prazo da biblioteca para suas coleções’, levando-as em consideração e correlacionando-as com aspectos do meio ambiente, como a demanda do usuário, sua necessidade e expectativa, o mundo da informação, os planos fiscais e a história das coleções. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)

Continuando em sua conceituação, Vergueiro (1993) afirma que,

No segundo nível, estaria a seleção como função direta do desenvolvimento de coleções, isto é, o processo de tomada de

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decisões relacionadas com a implementação dos objetivos anteriormente estabelecidos. Neste aspecto, os critérios e metodologia para identificação e seleção dos materiais informacionais deveriam ser necessariamente vistos separadamente da política para desenvolvimento da coleção. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)

O autor então complementa,

No terceiro nível desta hierarquia, estaria a aquisição, entendida, agora como a implementação das decisões de seleção. É o processo que, na prática, torna realidade palpável as decisões tomadas na seleção. (VERGUEIRO, 1993, p. 15)

Vergueiro (1993, p. 3) conclui que apesar de Edelman (1979) “hierarquizar os

itens componentes do desenvolvimento de coleções, reconhece que os mesmos

estão em constante interação e sobreposição”.

Adentrando então neste assunto, Magrill e Hickey (1984) afirmam que o

desenvolvimento de coleções requer vários pontos essenciais para seu sucesso,

onde incluirá,

[...] a avaliação das necessidades dos usuários, a avaliação da coleção atual, a determinação da política de seleção, a coordenação da seleção de itens, o “desbastamento” e armazenagem de partes da coleção e o planejamento para compartilhamento de recursos. (MAGRILL, HICKEY, 1984, p. 4)

Já para Baughman (1979), o autor defende um desenvolvimento de coleções

enfocado “sob um ponto de vista estruturalista”, combinado pelo uso (grupo de

demandas), conhecimento (disciplinas, assuntos, tópicos e áreas de estudo) e a

biblioteconomia (relação entre os diversos assuntos). Para Baughman (1979), o

desenvolvimento de coleções será gerado no centro destes três elementos,

entrecruzado nas ações de planejamento (acumulação de documentos, em relação

às necessidades, propósitos, objetivos e prioridades da biblioteca), implementação

(processo para tornar o uso dos documentos acessível) e avaliação da coleção

(exame e julgamento em relação aos objetivos e propósitos estipulados), como

podemos visualizar na figura a seguir:

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Figura 2 - Desenvolvimento de coleções. Abordagem estruturalista (Baughman, 1979).

Fonte: Baughman (1979 apud Vergueiro, 1993).

Baughman (1979, p. 241) afirma “que o desenvolvimento de coleções é um

plano passível de implementação”. Desta forma, o autor recomenda o seguinte

modelo: Planejamento + Implementação + Avaliação = Desenvolvimento de

Coleções. Sendo assim, o autor afirma que, seguindo estes conceitos, a

implementação de uma política de desenvolvimento de coleções levará a um

sistema “complementado, cíclico e auto aperfeiçoável”. (BAUGHMAN, 1979, p. 242)

Por outro lado, Evans (1979) apresenta uma proposta que em certa medida

se divergem do modelo de Baughman, entendendo o desenvolvimento de coleções

de forma sistêmica, buscando os pontos fortes e fracos de uma coleção de materiais

em uma unidade de informação (biblioteca) com base nas “necessidades dos

usuários e recursos da comunidade e tentando corrigir as fraquezas existentes,

quando constatadas” (EVANS, 1979 apud VERGUEIRO, 1993, p. 4). Sendo assim, o

desenvolvimento de coleções para Evans (1979), terá “um enfoque sistêmico, e sua

ênfase irá variar, para cada um de seus componentes” (EVANS, 1979 apud

VERGUEIRO, 1993, p. 4), dependendo da biblioteca na qual este processo estará

ocorrendo, mesmo sendo considerado, de modo geral, comum para todas as

bibliotecas. Este pensamento é importante e nos leva a crer que existe sim uma

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noção de continuidade, onde as atividades ligadas à coleção não devem ser

encaradas isoladamente, mas sim, como componentes (ou subsistemas) de um

todo.

O modelo apresentado por Evans (1979) e explanado por Vergueiro (1993) é

claro e objetivo, demonstrando por círculos que as atividades e/ou processos para

desenvolvimento de coleções têm carácter cíclico, não havendo uma etapa mais

importante ou menos importante que a outra, não distinguindo ou sobrepondo às

demais etapas, apresentando todas “em pé de igualdade, girando, teoricamente, em

torno de um pequeno círculo” (VERGUEIRO, 1993, p. 5). Círculo este que

encontramos situados os profissionais responsáveis pelo trabalho de

desenvolvimento de coleções. Com exceção da etapa de aquisição, servindo como

subsídios, existem os componentes que se encontram servindo à comunidade.

Desta maneira, o modelo demonstra o processo por completo, não

apresentando posteriormente erros que possam causar confusão em alguns dos

componentes do ciclo, uma vez que, segundo Evans (1979), estes erros ocorrem

frequentemente no dia a dia das bibliotecas. Na figura abaixo, veremos com clareza

este processo ininterrupto, obtendo – para a maioria das bibliotecas que o seguirem

– a transformação deste processo em uma atividade rotineira e de efetivo êxito.

Figura 3 - Processo de desenvolvimento de coleções (Evans, 1979).

Fonte: Evans (1979 apud Vergueiro, 1993)

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Para Osborn (1981, p. 12, tradução nossa), “um sistema de serviço ao

público, efetuado mediante um processo de tomada de decisões é o que leva a uma

determinação da aquisição e retenção de materiais”. O autor salienta também uma

característica sistêmica do desenvolvimento de coleções. Bryant (1987) discorre

sobre a abordagem das diferentes estruturas organizacionais utilizadas para o

desempenho das atividades voltadas ao desenvolvimento de coleções. A autora

aponta as posturas que o bibliotecário deve assumir em relação à aquisição quando,

em bases bastante amplas, o bibliotecário exerce pouco controle sobre a coleção

em relação ao sentido de direcioná-la a um determinado objetivo. Contudo, deve

haver confiança na seleção destes novos materiais. A seleção concentra a

responsabilidade do bibliotecário pelo desenvolvimento da coleção, isto é, existindo

uma linha de ligação entre o bibliotecário e o usuário. Assim, facilitando - se houver

disponibilidade do bibliotecário para participar do desbastamento sistemático e/ou

outros projetos - o estabelecimento de uma política de desenvolvimento de coleções

e a administração, a qual exerce a distribuição das tarefas e responsabilidades dos

bibliotecários envolvidos com formação acadêmica voltada às áreas específicas

desse assunto. Engloba a articulação quase completa entre a política e o

desbastamento sistemático e, em contrapartida, também a análise do orçamento,

alocação e controle dos recursos financeiros e informacionais.

Levando em consideração este assunto abordado por Bryant (1987), James

A. Cogswell (1987) tratou a questão da administração e desenvolvimento de

coleções, pouco abrangente em relação à gama de atividades atualmente

envolvidas. Segundo o estudo realizado pelo autor em diversas literaturas, o mesmo

aponta o aparecimento de uma nova nomenclatura mais adequada às atividades

exercidas pelo bibliotecário nesta área. Cogswell (1987) cita o artigo de Lyden e

Mosher (1987), em que este último define o desenvolvimento de coleções como “a

seleção efetiva e oportuna dos materiais de biblioteca, formando áreas de assunto

ou coleções cuidadosamente construídas, no decorrer do tempo, por bibliógrafos

especializados”. (MOSHER apud COGSWELL, 1987). Para Cogswell (1987),

independente da terminologia utilizada, é importante a administração de modernas

coleções de pesquisa, de forma que não sejam tarefas isoladas e/ou reservadas

para poucos bibliógrafos especializados.

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Ainda para Cogswell (1987), onde vale salientar que seu trabalho foi

realizado, em especial, com ênfase no desenvolvimento de coleções em bibliotecas

acadêmicas ou de pesquisa, o autor apresenta sua definição de administração de

coleções, a fim de suprir as necessidades e objetivos institucionais específicos. Com

base nesta definição, ele discorre ao menos oito funções:

Planejamento e elaboração de políticas: instrumento importante que irá

servir como elo de comunicação com a comunidade;

Análise de coleções: avaliação dos pontos fortes e fracos com medidas

objetivas;

Seleção de materiais: processo de decisão em relação aos materiais

que serão selecionados com base no perfil de interesse da biblioteca.

Função crucial devido à natureza expansiva da maioria das coleções

de pesquisa;

Manutenção da coleção: decisão sobre o destino das coleções que

devem ser preservados, descartados ou armazenados para pesquisas

posteriores. Este processo é também conhecido como re-seleção;

Administração fiscal: controle de orçamentos;

Contato com o usuário: serviço de referência, onde buscam as

necessidades e exigências dos usuários, a fim de ter conhecimento

das coleções – bibliotecário – e atendê-las de forma satisfatória;

Compartilhamento de recursos: na realidade atual é essencial uma

maior viabilidade de toda ou qualquer biblioteca devido aos avanços da

telecomunicação, e;

Avaliação do programa: os planos, políticas, procedimentos e pessoas

envolvidas no desenvolvimento de coleções. (COGSWELL, 1987 apud

VERGUEIRO, 1993, p. 6)

2.1 Política de Desenvolvimento de Coleções

Acerca do planejamento e da política de desenvolvimento de coleções, vemos

a importância de uma política eficaz e que contemple as necessidades dos usuários

em relação à unidade de informação. É imprescindível que esta política seja

desenvolvida por uma comissão que obtenha conhecimento amplo na unidade de

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informação e do meio acadêmico no qual está inserida. Para que o processo de

seleção de materiais em uma biblioteca seja efetivamente implementado, torna-se

necessário uma política para guiar esse processo. Não abstendo de importantes

processos, como a aquisição, avaliação e desbastamento. Torna-se então

necessária e indispensável a elaboração de uma política de desenvolvimento de

coleções, pois esta apresenta um papel decisivo para a formação e desenvolvimento

de coleções mais responsivas.

Para Vergueiro (1995, p. 68), “o documento da política de seleção é um

instrumento de trabalho primariamente destinado a dar suporte às decisões de

seleção”, onde se encontra inserido nele os seguintes itens: identificação dos

responsáveis pela seleção de materiais, os critérios utilizados no processo, os

instrumentos auxiliares, as políticas específicas e os documentos correlatos. Weitzel

(2013) enfatiza a importância a qual Vergueiro (2002) detalha cada item ao longo do

seu livro e o quão importante sua leitura se faz para uma melhor compreensão

desse processo.

Por sua vez, Miranda (2007) aborda algumas decisões da política de

desenvolvimento de coleções que irão conduzir o processo de formação de uma

coleção, logo após a conclusão do diagnóstico da situação a qual se encontra a

unidade de informação. A autora também destaca os pontos cruciais para a

elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções, onde menciona algun

pontos segundo Maciel (2000),

Determinação das áreas que farão parte do acervo;

Indicação do tipo de material que irá compor o acervo, independente do seu suporte físico;

Estabelecimento dos critérios e prioridades que orientarão todo o processo, incluindo as decisões nas etapas de seleção, aquisição, e também o desbastamento da coleção, indicando o que deve ser transferido para depósitos especiais ou mesmo serem descartados;

Estabelecimento de diretrizes para a avaliação das coleções, até mesmo com indicação da periodicidade com que deverá ser realizada;

Definição da quantidade de exemplares por título, especialmente para as coleções de uso correntes;

Estabelecimento de diretrizes para a preservação e conservação do acervo, contendo informações sobre as condições ambientais ideais para cada tipo de documento;

Determinação de prazos para revisão das políticas. (MIRANDA, 2007, p. 6)

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Sendo assim, a autora recomenda que “a coordenação dessa comissão seja

de responsabilidade do bibliotecário, o qual precisará convocar os demais membros

para reuniões periódicas e/ou reuniões extraordinárias”. A política deve estabelecer

critérios que garantam a qualidade no que diz respeito a tomadas de decisões e o

destino de todo os materiais contidos no acervo (administração dos recursos

informacionais).

Elaborar uma política de desenvolvimento de coleções requer ter

conhecimento de alguns dados para análise, como: estado atual da coleção, quais

áreas do conhecimento são de maior interesse, as necessidades da clientela a ser

servida e o conhecimento dos objetivos da universidade em que a biblioteca está

inserida. Outro ponto importante destacado por Miranda (2007) para a elaboração e

estabelecimento de uma política de desenvolvimento de coleções, é a priorização de

alguns objetivos para um melhor direcionamento do acervo, propondo:

Possibilitar um crescimento racional e equilibrado do acervo de forma qualitativa e quantitativa;

Garantir a continuidade e a adequação necessárias à formação da coleção;

Determinar os critérios para duplicação de títulos;

Estabelecer as prioridades de aquisição do material;

Conhecer as necessidades dos usuários, através da análise de uso das coleções e sua atualidade;

Estabelecer critérios para intercâmbio de materiais informacionais;

Acompanhar o surgimento dos novos suportes de informação, não se limitando apenas, ao suporte em papel;

Buscar atender a todos as sugestões, deixando o solicitado informado da aquisição ou não do item sugerido;

Identificar critérios para recebimento de doações, descarte e reposição de material. (MIRANDA, 2007, p. 8)

Weitzel também pontua alguns elementos, divididos em doze passos,

identificados por Evans (2000), Figueiredo (1998) e Vergueiro (1989) que requerem

reflexões mais profundas sobre o papel da biblioteca para com o meio a servir e

maneiras dinâmicas de inserir-se na esfera da instituição mantenedora. São esses

os passos: identificação da missão e objetivos institucionais, perfil da comunidade,

perfil das coleções (distribuição percentual do acervo, idade do acervo e idiomas das

coleções), descrição das áreas e formatos cobertos pela biblioteca (sistema de

classificação para identificar áreas, níveis de coleções da ALA (American Library

Association) e categorias dos gêneros literários), descrição das etapas do processo

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de desenvolvimento de coleções (este passo descreve a política de seleção, o

processo de seleção, o processo e a política de aquisição, o processo e a política de

desbastamento, incluindo descarte e o processo e a política de avaliação),

detalhamento de outros aspectos importantes (como por exemplo, a duplicação de

material ou substituição), documentos correlatos e por fim, porém não menos

importante, a avaliação da política.

Vale salientar que para diversos autores, um dos conteúdos mais importantes

da política de desenvolvimento de coleções é o processo de seleção, pois é a partir

dele que se garantirá a qualidade ao acervo e se irá suprir as necessidades dos

usuários da unidade de informação.

2.2 Seleção

Aprofundando-nos um pouco mais no estudo proposto, vemos o papel do

bibliotecário no processo de seleção. O estudo elaborado por Weitzel (2006) orienta

que os profissionais de Biblioteconomia, bem como os demais integrantes da

comissão de seleção, elaborem um formulário único que seja capaz de cumprir as

funções de recolher as sugestões, tanto dos usuários quanto dos bibliotecários, para

que assim possa fazer o acompanhamento completo do fluxo de trabalho de

desenvolvimento de coleções, originando, consequentemente, uma cultura de

corresponsabilidade no processo como um todo.

Miranda (1978) enfatiza que bibliotecários líderes, com experiência sólida e

formação profissional, estão aptos para desenvolver esta responsabilidade e projetar

socialmente e culturalmente suas bibliotecas. O autor (1978) ainda afirma que,

[...] o processo de seleção é, das tarefas profissionais, a que melhor orienta os serviços futuros da biblioteca, pois ela condiciona a aquisição e estabelece as opções para a cooperação em redes e sistemas de informação. (MIRANDA, 1978, p. 68)

Para Maciel e Mendonça (2000), a função de seleção implementa o que está

formalizado em sua política e é uma das funções responsáveis pela formação e

desenvolvimento das coleções que irão compor o acervo.

Vergueiro (1997, p. 19) adverte sobre os critérios de seleção, onde a

organização focada nesta atividade só é eficiente “quando todos os envolvidos

trabalham de modo racional, dispostos a discutir objetivamente a aplicação ou

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aplicabilidade desses critérios”. Quando os envolvidos nesta atividade se distanciam

de um modelo racional de ação, adentram em um comportamento impulsivo ou

tomando medidas a seu bel-prazer, tornando os critérios de seleção cada vez mais

inúteis.

Então, Vergueiro (1997, p. 20) preferiu por “agrupar os muitos critérios

utilizados na seleção de materiais em bibliotecas, citados na literatura especializada,

segundo o tipo de enfoque por eles adotado”:

Autoridade: busca definir a qualidade do material por meio da

reputação do seu autor, editora ou patrocinador. Se no passado o autor

produziu excelentes materiais é algo a ser considerado relevante nas

suas publicações futuras;

Precisão: evidencia o quanto a informação veiculada pelo documento é

exata, rigorosa e correta;

Imparcialidade: verifica se os assuntos são apresentados de maneira

justa, sem favoritismos, deixando clara, ou não, a existência de

preconceitos;

Atualidade: informações atualizadas, subentendido de que se deve

avaliar o material de maneira objetiva quanto à sua informação contida

é nova ou uma apresentação diferente, e por fim;

Cobertura/Tratamento: referente à forma como o assunto é tratado, se

o assunto é direto e objetivo ou apenas superficial, sobre os aspectos

importantes foram levados em consideração ou deixados de fora.

Weitzel (2013, p. 37) complementa que, na prática, “o processo de seleção é

o ‘fazer’, e a política, as diretrizes de ‘como fazer’, garantindo a coerência de cada

ação desse ‘fazer’”. A autora também esclarece que “esse princípio está presente

em todas as etapas no desenvolvimento de coleções: cada processo representa o

‘fazer’ e cada política o ‘como fazer’”.

Retomando mais sobre o processo de seleção, Vergueiro (1997) explana

diversas vezes em seu livro sobre a ligação da seleção e a censura. O autor

menciona que os bibliotecários possuem o poder de tomar decisões em relação às

seleções, onde a ideia de censura ficava implícita. O autor vai um pouco mais além

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quando fala que “o mérito dos bibliotecários que alguma vez se levantaram em

defesa da liberdade intelectual deve ser reconhecido e proclamado”. (VERGUEIRO,

1997, p. 91)

Miranda (1978) cita os problemas de censura regidos na época da ditadura,

como também os dois tipos compreendidos por ele: a Censura Ostensiva (livra-se da

responsabilidade administrativa do bibliotecário) e a Censura Oficial (mais rígida ou

menos rígida, conforme o regime político). Segundo o autor, existe ainda outro tipo

de censura no processo de seleção,

[...] e todo processo de seleção é uma forma de censura, no bom sentido do termo – que é exercida de forma velada, e às vezes, inconsciente. A antipatia por certos autores, a intolerância com determinadas ideologias ou crenças, a subestimação quanto aos trabalhos de determinadas instituições ou editoras, a preferência por determinados fornecedores, cerceiam um critério de seleção mais justo, equânime e imparcial. (MIRANDA, 1978, p. 73)

O autor abre ainda um parêntese em seu artigo para falar sobre o

compromisso ético que o profissional bibliotecário deve manter, conforme consta da

folha 6 da “Carteira de Identidade Profissional”: “Prometo tudo fazer para preservar o

cunho liberal e humanista da profissão de bibliotecário, fundamentado na liberdade

de investigação científica e na dignidade humana”. Desta forma, compreendemos

que o trabalho do bibliotecário é disseminar a informação qualquer que seja esta,

visando as necessidades informacionais e de pesquisa dos seus usuários, sem fazer

objeções e/ou proibições do conteúdo a ser posto à sua disposição.

2.3 Aquisição

A aquisição é derivada do processo de seleção, isto é, ela é originada das

decisões tomadas durante este processo; é o método destinado à obtenção dos

documentos. Muitos podem compreender a aquisição como apenas o meio de

adquirir materiais por meio de compras, porém este processo apresenta três

modalidades distintas: compra (como citado anteriormente), doação e permuta.

Evans (2000) explica que o bibliotecário de aquisição deve levar em

consideração a rapidez para a aquisição de materiais como fator dominante para

satisfazer as necessidades dos usuários, porém deve manter cautela em relação à

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rapidez deste sistema, pois poderá haver um alto risco de erros e aumento de custos

operacionais. Maciel e Mendonça (2006) transcorrem em relação às atividades do

bibliotecário de aquisição, ponderando vários aspectos, onde podemos destacar:

conhecimento dos trâmites burocráticos institucionais, acompanhamento direto e

constante dos processos, conhecimento das dotações orçamentárias e outras fontes

de investimentos, cumprimento de prazos, supervisão e controle de gastos para

futura prestação de contas e o gerenciamento do serviço de permuta e doações.

Para Andrade e Vergueiro (1996), deve-se seguir algumas fases que darão

continuidade ao processo, como: a complementação dos dados documentários,

recorrendo-se a fontes apropriadas caso seja necessário; nova verificação da

existência do item na biblioteca, do item pedido, bem como se o mesmo já foi

encomendado, a fim de evitar duplicações desnecessárias; seleção dos

fornecedores que apresentem melhores condições para atendimento dos pedidos,

segundo o seu perfil de atuação no mercado editorial, e por fim; pedido de cotação

aos fornecedores.

Tendo como base todas essas fases, as demais irão depender da decisão do

bibliotecário do processo de aquisição, pois o mesmo deverá escolher de quais

fornecedores os itens serão adquiridos e a modalidade (se será por compra,

permuta ou doação).

2.3.1 Compra

Em uma visão geral, o processo de aquisição de materiais por compras é a

mais utilizada em Unidades de Informação Universitárias. Este processo é resultado

de um diagnóstico feito da demanda a ser requerida, com base numa análise de

fundos econômicos pela instituição, originando assim a compra do material.

Segundo Andrade e Vergueiro (1996), quanto maior for o acervo, maior e mais

complexa será a compra.

Weitzel (2013) alerta que a aquisição feita por compra é bastante complicada,

pois envolve recursos financeiros. A autora também recomenda a leitura de Andrade

e Vergueiro (1996), onde conseguiram explanar de forma clara, simples e didática

todo este processo. Segundo o ponto de vista de Weitzel (2013), de modo geral,

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[...] a organização do processo de aquisição em qualquer tipo de biblioteca passa necessariamente pela organização de listas de pedidos provenientes da seleção, já referendados pela comissão de seleção (lista desiderata). (WEITZEL, 2013, p. 45)

É preciso levar em consideração o valor dos materiais a serem adquiridos,

onde deverão se encaixar ao planejamento orçamentário da instituição. Andrade e

Vergueiro (1996) apontam algumas categorias que necessitam ser observadas na

avaliação do custo do material:

Diferenças de preços entre livros, periódicos e materiais especiais;

Divergências existentes entre os preços de produtos nacionais e estrangeiros (inclusive as despesas com frete, tarifas de armazenamento, etc);

Desigualdade de preços de materiais de áreas específicas (obras da área de humanidades, por exemplo, são mais baratas dos que as de ciência e tecnologia, do mesmo modo que as publicações destinadas ao público infanto-juvenil são menos dispendiosas do que as destinadas ao público adulto). (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 11)

Os autores vão mais além, em relação ao processo de aquisição por meio de

compra, onde existe uma regra geral para nortear esta atividade,

[...] consiste em vincular a compra de materiais de informação a uma prévia definição de despesas. De acordo com essa orientação, será preciso definir, em seguida à previsão orçamentária, de que forma os recursos financeiros serão utilizados. A utilização dos recursos financeiros estará baseada em uma lista de sugestões para aquisição, previamente elaborada. A elaboração dessa lista requer muita atenção, pois será preciso verificar a exatidão dos dados bibliográficos e se os títulos indicados já fazem parte do acervo da biblioteca. Por fim, selecionam-se os fornecedores que participarão do processo de compra. Somente após a conclusão dessas tarefas é que tem início a execução da compra propriamente dita. (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 10)

Compreendemos então, segundo Andrade e Vergueiro (1996), que o

responsável pela atividade de aquisição por meio de compra deve apontar e

identificar quais serão os métodos mais eficazes para cada tipo de material de

informação e de cada aquisição específica, “visando a obter os menores custos

financeiros e operacionais possíveis, bem como garantindo a qualidade e presteza

dos serviços de aquisição” (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 13).

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2.3.2 Doação

A doação é uma função da aquisição, porém ela se diferencia por não haver a

necessidade de ser iniciada pelo bibliotecário, como também, se caracteriza por ser

possível adquirir materiais para o acervo sem que haja uma obrigação de custo.

Podemos observar que, atualmente, em meio às restrições orçamentárias do nosso

país, as doações são uma importantíssima fonte para a aquisição de materiais.

Vergueiro (1997, p. 81) demonstra o ponto positivo da procura em

determinadas bibliotecas, em relação às doações, pois “a frequência com que uma

biblioteca é procurada para a doação de materiais pode ser um sinal de seu

prestígio junto à comunidade”. O autor enfatiza que “qualquer que seja o material a

ser doado pelo usuário (mesmo que não seja relevante a unidade de informação),

deve ser aceito com maior respeito”.

Por muitas vezes, o volume de materiais doados por usuários, causa um

inevitável acúmulo de materiais informacionais, não havendo ainda uma fórmula

perfeita para evitar este acumulo. Entretanto, para que este problema seja evitado,

deve-se elaborar uma política sobre doações, clara e objetiva, sendo inserida na

política de seleção, tornando pública aos usuários e/ou ao meio acadêmico, quando

possível, prevenindo assim, problemas como recebimento de itens indesejados e/ou

duplicatas.

Para Vergueiro (1997), “a doação é um contrato de confiança entre o doador

e a biblioteca”, onde nesta mesma linha de raciocínio, o autor reforça esta ideia,

Formalizar o ato de doação é medida prudente no caso de reclamações. Um formulário simples, assinado pelo doador, registrando a data da doação e que tem conhecimento e concorda com a política da biblioteca costuma surtir efeito. A biblioteca pode fornecer uma carta ou declaração sobre o recebimento dos materiais e agradecendo ao usuário pela doação. [...] representa o reconhecimento da importância da participação dos usuários no desenvolvimento da coleção. (VERGUEIRO, 1997, p. 82)

Seguindo esta linha de pensamento de Vergueiro (1997), vemos então a

importância do comprometimento do bibliotecário com o usuário, demonstrando

respeito pelo material que a unidade de informação está adquirindo (ou não,

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dependendo da seleção e decisão tomada com base nos critérios da política) por

meio da doação e colaboração do doador.

2.3.3 Permuta e/ou Intercâmbio

Para Dias e Pires (2003),

A permuta consiste, em acordo preestabelecido entre instituições, o compromisso mútuo de fornecimento de publicações. É uma prática comum em bibliotecas universitárias e especializadas, sendo necessário definir critérios de acordo com a política de desenvolvimento da coleção. (DIAS; PIRES, 2003, p. 47)

Sendo assim, a permuta é caracterizada pelo intercâmbio de publicações

entre instituições. Vergueiro e Andrade (1996) compreendem a permuta como um

acordo entre duas instituições para o fornecimento de “[...] publicações das próprias

entidades, de obras duplicadas ou retiradas do acervo ou de obras recebidas em

doação, mas sem interesse para incorporação ao acervo”.

Conhecida também como intercâmbio, esta modalidade é usada

principalmente quando o material não se encontra disponível para compra ou é de

difícil localização. A forma mais comum de permuta se dá pelas próprias instituições

conveniadas. Entretanto, deve levar em conta se será positivo o custo-benefício que

esta troca irá proporcionar, conforme Andrade e Vergueiro (1996) observam:

equilíbrio de conteúdo das publicações;

os custos reais da publicação da própria entidade;

os custos de todos os serviços necessários para abrigar o título recebido;

o tempo necessário para recebimento do material permutado. (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996, p. 32)

Para Andrade e Vergueiro (1996, p. 27), a permuta em outra perspectiva,

“pode-se atribuir aos programas de intercâmbio um característica cultural, na medida

em que estão relacionados, em última análise, com a difusão de informações”.

Sendo assim, os programas de intercâmbio poderão ser considerados adequados

em relação aos serviços de relações públicas das instituições.

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2.4 Avaliação De Coleções

A avaliação de coleções tem que, primordialmente, basear-se numa análise

qualitativa e quantitativa, isto é, um parecer por especialistas fazendo uma análise

real e em relação ao seu tamanho e crescimento. Este processo deve ser

sistemático, ajustando de modo geral as políticas de desenvolvimento de coleções,

onde por ele será determinada a importância e a adequação do acervo com base

nos objetivos da instituição e da biblioteca, permitindo delinear padrões quanto aos

processos de seleção, aquisição e descarte.

Weitzel (2013) cita uma recomendação feita por Figueiredo (1998), onde,

A formação de uma equipe dedicada à avaliação é outro aspecto bastante sensível do processo, pois exige qualificações próprias de um pesquisador, isto é, domínio de metodologias quantitativas e qualitativas, técnicas de pesquisa, coleta e tabulação de dados, e ainda, habilidades relativas a concentração e capacidade crítica. (WEITZEL, 2013, p. 57)

Para Lancaster (2004), o que se procura de fato numa avaliação de um

acervo é,

[...] determinar o que a biblioteca deveria possuir e não possui, e o que possui e não deveria possuir, tendo em vista fatores de qualidade de adequação da literatura publicada, sua obsolescência, as mudanças de interesses dos usuários, e a necessidade de otimizar o uso de recursos financeiros limitados. (LANCASTER, 2004, p. 20)

Executando esta avaliação de parte do acervo ou de todo ele, poderá ser

exercida com a visão de um melhoramento na política de desenvolvimento de

coleções, pensando em aprimorar e melhorar as políticas relacionadas a

empréstimos de materiais, taxas de duplicações de publicações futuras, como

também, fundamentar as decisões relacionadas ao espaço a ser utilizado.

Lancaster (2004) ainda classifica os principais métodos de avaliação de

acervos (utilizados no passado) da seguinte maneira:

1) Quantitativos Tamanho Crescimento

2) Qualitativos Julgamento por especialistas Uso de bibliografias como padrão

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Bibliografias publicadas Bibliografias elaboradas especialmente Análise de uso real (LANCASTER, 2004, p. 20).

O autor transcorre sobre cada um dos itens. Porém, de forma simplificada,

podemos entender que, com base em cada um desses critérios, a formação de um

acervo abrangente e de qualidade irá refletir na satisfação imediata da busca e

utilização dos materiais pelos usuários daquela unidade de informação.

Maciel e Mendonça (2000) também transcorrem sobre os métodos de

avaliação de coleções e citam os métodos quantitativos e qualitativos, onde os

autores também enfatizam que apesar da fácil aplicação dos métodos quantitativos,

estes métodos não podem ser utilizados isoladamente, pois deixariam de levar em

consideração o fator de qualidade. Sendo assim, eles pontuam as principais

características sobre cada método,

quantitativas – baseadas em dados estatísticos, principalmente sobre: tamanho da coleção, assunto, idade, clientela, etc.; um exemplo deste método seriam os dados estatísticos colhidos sobre os assuntos solicitados pelos usuários e não atendidos pela biblioteca.

qualitativas – preocupadas com o conteúdo do acervo. Podem ser realizadas através do julgamento de especialistas, através da comparação com bibliografias ou mesmo especialmente elaboradas para este fim, ou através do uso real da coleção. (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 24)

Outro ponto importante e que deve ser levado em consideração são os

padrões e critérios cada vez mais rigorosos pelas políticas governamentais em

relação ao acervo das bibliotecas, principalmente para as instituições de ensino

superior. Para Weitzel (2013, p. 58), “a rotina do processo de avaliação envolve

planejamento, diagnóstico das coleções, aplicação de padrões e critérios, e controle

de dados de uso, valor e quantidade, de um modo geral”.

Weitzel (2013) complementa que, para haver uma análise do acervo, é

necessária uma comparação com a tabela de classificação empregada na biblioteca.

Sendo assim, a autora afirma que,

Em relação aos padrões e critérios, os bibliotecários universitários devem aprofundar seus conhecimentos em torno do que é exigido pelo Ministério da Educação, e também especializada, a fim de verificar quais são as melhores práticas no sentido de obter maior valor agregado em termos de acervo. (WEITZEL, 2013, p. 60)

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Conforme podemos ver, a avaliação de coleções se torna um processo

importante para a unidade de informação, trazendo consigo uma ideia semelhante à

da seleção, isto é, para que obtenhamos êxito na coleção, deve-se criar também

uma política para avaliação dessas coleções, considerando no mínimo alguns

elementos principais, como: quem será o responsável pelo processo, a definição de

padrões, critérios, metodologias e métodos a serem empregados. Weitzel (2013)

explica que para defini-la aos padrões e critérios, exigirá investimento da equipe –

direcionada a este trabalho – para atualização dos conhecimentos especializados,

reunindo o institucional com a comunidade universitária. Segundo a autora,

[...] padrões e critérios deverão ser construídos considerando as variáveis institucionais e governamentais que regulam o funcionamento dos cursos nas instituições de ensino superior. Como exemplo, podemos citar as listas das bibliografias básicas dos cursos, a média entre exemplares e alunos, as duplicações, as assinaturas de periódicos específicos para componentes curriculares, que não estão presentes no Portal de Periódicos da CAPES, etc. (WEITZEL, 2013, p. 61)

Sendo assim, para Miranda (2007), a avaliação de coleções possibilitará

verificar a satisfação dos usuários e suas necessidades em relação aos materiais, a

identificação das obras e seu “prazo de validade” em relação ao seu uso, como

também podem denominar de “tempo de estante”, ocorrendo assim, uma procura de

alternativas para estimular seu uso ou para crer que a obra seja relevante ou

desbastá-la, colher indicações para futuras aquisições, ter mais atenção às

mudanças de interesses dos usuários em relação ao acervo e comparar (com base

nos planos de ensino, catálogos e bibliografias recomendados) as coleções que

serão postas à disposição.

2.5 Desbaste e Descarte

O desbaste é o processo onde haverá a retirada dos materiais do acervo ativo

que poderão ser utilizados para remanejamento, descarte ou restauração. Nas

instituições onde as atualizações de informações e de seus materiais são constantes

e indispensáveis para auxiliar nas políticas públicas e decisões, compreendemos

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35

que um dos constantes problemas nas unidades de informação, por muitas vezes,

dar-se ao espaço físico e a grande demanda de novos materiais que serão

agregados ao acervo, onde encontramos também, a defasagem de mão de obra

qualificada para seu tratamento/restauração/cuidado. Desta forma, vemos o quão

necessário e importante são os processos de desbaste e descarte. Reforçando esta

ideia, Weitzel (2013) afirma que tais processos colaboram para melhorar o acesso

dos usuários ao material.

Uma definição interessante para este processo foi apresentado por Maciel e

Mendonça (2000),

O desbastamento consiste na retirada de documentos pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção de uso frequente para outros locais – os depósitos especialmente criados para abrigar este material de consultas eventuais. Já o descarte consiste na retirada definitiva do material do acervo da biblioteca, com a correspondente baixa nos arquivos de registro da mesma. (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 26)

Segundo Weitzel (2013), os materiais que provavelmente irão para o

desbaste passam por um período determinado para estudo do que haverá de ser

feito pela unidade de informação. Se o prazo de estudo esgotar, uma nova avaliação

será feita para que com isso, seja certificado o destino final destes materiais. Sendo

assim, a criação de uma política de desbastamento também irá facilitar e mostrar as

melhores e mais viáveis tomadas de decisões em relação a este acervo, contando

com – pelo menos – quatro elementos, citados por Weitzel (2013): responsabilidade

pelo processo, critérios, métodos e aspectos legais e administrativos.

Por outro lado, o descarte de materiais informacionais é entendido como a

retirada definitiva destes materiais do acervo circulante, as quais não possuem uma

justificativa plausível para serem mantidos na unidade de informação.

Weitzel (2013) também afirma que,

O descarte ocorre principalmente quando as obras não atendem mais o perfil da instituição e/ou da comunidade. As ações decorrentes podem ser resumidas em duas: a) retirada definitiva do item do acervo; b) baixa nos catálogos da biblioteca e no registro do item em termos patrimoniais. (WEITZEL, 2013, p. 66)

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36

Enfatizando o cuidado e segurança do bibliotecário em relação à definição de

que um material/item deve ir para o descarte, Vergueiro (1989) apresenta alguns

questionamentos.

Afinal – pergunta-se o bibliotecário –, quando se descartar? E para quê? São perguntas quê, deve-se reconhecer, constituem reais dilemas para profissionais que tiveram toda uma educação (não apenas a superior) para conservar os materiais informacionais, sob sua responsabilidade, da melhor forma possível, a fim de que os mesmos pudessem vir a ser utilizado pela coletividade – ou, ao menos, conservados para uma geração futura. (VERGUEIRO, 1989, p. 75)

Para que esta atividade se torne eficaz, recomenda que sejam aplicados os

mesmos critérios utilizados no processo de seleção, segundo Miranda (2007, p. 17),

pela comissão responsável, “pois da mesma forma como seleciona os materiais que

devem incorporar ao acervo também é imprescindível que sejam selecionados os

propensos à retirada definitiva”.

3 BIBLIOTECÁRIO: SELEÇÃO E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ACERVO NO

ÂMBITO UNIVERSITÁRIO

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Nice Figueiredo, em sua obra Avaliação de Coleções e Estudo de Usuários

(1979), recorda que, através dos anos, várias técnicas foram criadas para avaliar

uma biblioteca. Técnicas estas aplicadas com diversas configurações, algumas

vezes em conjunto com uma ou mais técnicas. Para a autora,

Os diferentes níveis de sucesso alcançado dependerão de quão bem o método escolhido poderia realmente alcançar o propósito intencional da avaliação. Por exemplo, a quantidade da coleção – o seu tamanho numérico – tem sido relativamente fácil de se determinar, presumindo-se que haja exatidão, objetividade e uso de unidade padrão de medida por parte do enumerador. (FIGUEIREDO, 1979, p. 13)

Complementando, a autora, em relação à numerosa literatura disponível nas

bibliotecas, em parte, repetitiva, identifica cincos métodos distintos para avaliar

coleções, porém um ou dois não caberão dentre os cinco (Figueiredo, 1979):

1. Compilação de estatísticas da coleção, uso, gastos; 2. Verificação de listas, catálogos, bibliografias; 3. Obtenção de opiniões de usuários regulares; 4. Exame direto da coleção; 5. Aplicação de padrões usando vários dos métodos anteriores, e a. Testando a capacidade da biblioteca no fornecimento de um

documento; b. Notando o uso relativo de várias bibliotecas por um grupo

particular. (FIGUEIREDO, 1979, p. 13)

Figueiredo (1979) aponta que as duas últimas técnicas mencionadas

anteriormente (letras a e b), são levadas mais em consideração do que a própria

coleção. Porém, cada caso da adequação da coleção deverá ser estudado,

determinando quais serão os próximos passos a serem tomados, satisfazendo,

dessa forma, os usuários. O primeiro método que consiste na Compilação de

Estatísticas é subdividido/compilado em 10 tipos de estatísticas:

1. Tamanho bruto: Contagem direta do total dos volumes na biblioteca ou

dos livros de referência, periódicos recentemente adquiridos, ou do

material não impresso;

2. Volumes entrados por ano: Contagem direta por classes ou por

unidade;

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3. Fórmulas: Baseadas em um núcleo aceitável, mais volumes por

estudantes, para o corpo docente, por áreas de bacharelados e de pós-

graduação;

4. Comparações: Estudos realizados na mesma biblioteca em tempos

diferentes ou entre bibliotecas comparáveis ao mesmo tempo;

5. Equilíbrio de assuntos: Estudo que faz uma análise proporcional por

classes, duplicatas, por autores, por datas e por relações com cursos

oferecidos;

6. Pedidos não atendidos: São mantidos registros para livros, periódicos e

para informação específica solicitada;

7. Empréstimos-entre-bibliotecas: Similar a “pedidos não atendidos”, onde

alguns bibliotecários estabelecem padrões internos de rendimento das

suas coleções – limite máximo de empréstimos de fora, através de

empréstimos-entre-bibliotecas, e os limites mínimos de empréstimos

que devem sair de suas coleções;

8. Tamanho de excelência: É o tamanho necessário para satisfazer uma

percentagem x dos pedidos da clientela da biblioteca;

9. Circulação: Calculada pelo total, por adultos, por crianças, pelo corpo

docente, por estudantes, por classe de assunto, pela data de compra

do livro, pela data do último uso, pelas transações por ano, ou por

unidade, e por fim;

10. Gastos: “Gastos correntes”, encontrados atualmente para livros e

periódicos e para salários e avaliados em relação ao número de

matrículas, ou por unidade. (FIGUEIREDO, 1979, p. 14-21)

O segundo método citado por Figueiredo (1979): Verificação de Listas,

Catálogos, Bibliografias é subdividido/compilado também em nove listas: Catálogos

de bibliotecas importantes (usados muitas vezes para avaliações, como, por

exemplo, as bibliotecas de Harvard, Princeton, Michigan, entre outras), bibliografias

especializadas e listas básicas de assunto (inclui listas publicadas por sociedades

profissionais, técnicas e de cultura), listas correntes (inclui livros mais vendidos,

vencedores de prêmios, melhores livros do ano, livros de publicadores selecionados

e compilações anuais de assuntos), obras de referência (materiais listados em guias

padrões de referência, quer universais ou especializados em suas coberturas),

periódicos (listas aquelas que incluem títulos recebidos correntemente, títulos

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mantidos e encadernados, coleções retrospectivas, entre outros), listas autorizadas

(são preparadas por autoridades federais, estaduais, regionais ou locais ou por

associações profissionais), listas para casos específicos (feitas sob medida para

atender as necessidades de um levantamento particular e para combinar os

objetivos, propósitos e interesses de uma biblioteca individual ou um grupo de

bibliotecas), citações (inclui-se aqui as notas de rodapé, referências, bibliografias em

trabalhos significativos no campo ou campos de interesse da biblioteca).

Continuando Figueiredo (1979) apresenta que o terceiro método é o da

Obtenção da Opinião dos Usuários, isto é, para a avaliação da coleção podem ser

identificados pelos usuários os pontos fortes e fracos da coleção, como também

suas necessidades em relação ao acervo. Figueiredo (1979, p. 28) afirma que “de

todas as maneiras pelas quais se avaliam a coleção da biblioteca, descobrir o que

os usuários pensam dela vem a ser o mais aproximado de uma avaliação em termos

objetivos ou missão da biblioteca”, subdividi-o em 4 itens: Corpo docente e

pesquisadores, estudantes e o público em geral são fontes de opinião quanto aos

níveis de adequação de uma biblioteca para satisfazer as necessidades, então,

deve-se obter conhecimento das necessidades por cada um deles por meio de

entrevistas, questionários, formulários de opiniões e outros meios de comunicação

direta com o meio acadêmico. Por fim, temos o bibliotecário, que são os membros

avaliadores da coleção, dentro da própria biblioteca (como já foi destacado diversas

vezes sobre sua importância no presente trabalho).

O quarto método, da listagem feita por Figueiredo (1979), Observação Direta

é identificado da seguinte forma:

As maiores vantagens da observação direta resultam do fato de ser prática e imediatamente efetiva. As maiores desvantagens estão em requerer um perito e materiais ou assuntos, e em ser pouco científica. Ao avaliador que conhece a literatura, um exame das prateleiras de livros revelará rapidamente o tamanho, escopo, profundidade e significado da coleção. (FIGUEIREDO, 1979, p. 32)

O quinto método, Aplicação de Padrões, onde suas vantagens contam na

aplicação de padrões, ligados as metas e objetivos da biblioteca e a sua instituição

mantenedora. Em contrapartida, as maiores desvantagens são em relação às metas

e objetivos, como declarados, não havendo passividade à avaliação objetiva.

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Figueiredo (1979) então retoma sobre os dois últimos métodos, os quais

mencionou no início do capítulo em as obra, sendo agrupados. Pois, de alguma

forma apresentam semelhanças: Medindo a adequação dos recursos totais (Internos

e Externos),

As maiores desvantagens da medida da adequação total é ser um sistema realístico; usar métodos quantitativos; reconhecer a interdependência das coleções de bibliotecas; encorajar a cooperação bibliotecária; demonstrar o valor de redes e sistemas de bibliotecas. As maiores desvantagens são: é dependente do conhecimento de quais recursos estão disponíveis, e onde; pode ser difícil se estabelecer uma amostragem adequada; é relativamente complicado, e assim, é mais suscetível a erro humano. (FIGUEIREDO, 1979, p. 34)

Continuando, vemos a Capacidade de Fornecer um Documento, que, de

modo geral e sucinto, é o de objetivar rapidez em uma solicitação de um documento

específico, apresentando, assim, satisfação no fornecimento; e por fim, Uso Relativo

de Várias Bibliotecas, onde refere-se “ao uso de outras bibliotecas como sintoma da

adequação da biblioteca primária” (FIGUEIREDO, 1979, p. 35), onde para a autora,

Os recursos de uma dada biblioteca são ainda primários e básicos às necessidades dos usuários da biblioteca e, então, eles devem ser desenvolvidos de maneira adequada, o tanto quanto possível, para atender àquelas necessidades (FIGUEIREDO, 1979, p. 35).

Complementando a metodologia de avaliação, Figueiredo (1979) destaca,

Cooperação bibliotecária de todos os tipos deve ser encorajada, e novas áreas de cooperação devem ser exploradas, não somente entre bibliotecas similares como também entre bibliotecas de diferentes tipos e tamanhos. A maior preocupação da biblioteca é além da coleção, a totalidade de recursos disponíveis de que ela faz uso. É esta totalidade que deve ser avaliada. (FIGUEIREDO, 1979, p. 37)

Segundo Figueiredo (1993), existem métodos de avaliação contínua da

prática de seleção de materiais, e esta avaliação pode ser vista sob dois prismas:

“primeiro, como um esforço separado, uma pausa para se verificar onde nos

encontramos. Este esforço resulta, na maioria das vezes, em um relatório, o qual

tem pouca chance de ocasionar mudanças na administração” (FIGUEIREDO, 1993,

p. 103). A autora também enfatiza que quando um estudo se torna separado ou

intenso poderá acarretar em ações imediatas, como, por exemplo, a criação de

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novas diretrizes por um diretor recém-chegado ou até mesmo o esclarecimento de

ordem emocional ou política.

Sob um segundo prisma, Figueiredo (1993) enfoca para que haja realmente

resultados as avaliações devem ser incorporadas em um processo contínuo como

parte da rotina dos serviços, não sendo uma parte integralizada do planejamento

uma decisão fácil a ser tomada. A avaliação contínua exige, segundo a autora:

a) visão crítica e analítica por parte do pessoal e dos administradores, com relação aos trabalhos da biblioteca;

b) elementos dentro da organização com capacidade em técnica de mensuração; e

c) aceitação firme dos resultados da avaliação, independentemente daqueles a quem estes resultados possam atingir. (FIGUEIREDO, 1993, p. 103)

Portanto, depende do administrador a objetividade e a segurança para

desativar uma tarefa que possa vir a refletir, nesta avaliação, de forma desfavorável

à direção do administrador, como aponta Figueiredo (1993).

A autora também transcorre em relação à abordagem mais comum exercida

no passado, onde era necessário,

[...] avaliar a coleção em relação a algum tipo de ‘padrão externo’, o qual poderia ser um especialista do assunto, ou um grupo de especialistas, chamado para avaliar o conjunto ou alguma área limitada de assunto na coleção. (FIGUEIREDO, 1993, p. 103)

A autora cita diversas abordagens, entre elas o estudo da quantidade da

coleção em um certo período de tempo determinado (examinando as papeletas e

cartões do livro), um estudo também de todos os itens emprestados durante alguns

meses, objetivando se o uso destes materiais no passado possa ser benéficos para

o futuro, avaliar também se a coleção de uma determinada biblioteca é completa em

relação a alguma área específica de assunto, selecionando vários materiais recentes

(livros ou artigos de revisão) sobre o assunto designado, agrupando-os às

bibliografias associadas formando uma ampla fonte corrente para os especialistas

da área.

Figueiredo (1993) cita Lancaster (1977), onde o autor cobriu amplamente as

metodologias de avaliação, classificando-as como:

a) Quantitativas Tamanho absoluto da coleção Tamanho da coleção por categorias:

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tipo de material; área de assunto; data, língua.

Média do crescimento corrente; Tamanho com relação a outras variáveis, inclusive número de volumes per capita e por item circulado; Gastos com a coleção, inclusive per capita e com relação ao orçamento total.

b) Qualitativas Métodos "impressionistas" (subjetivos) -(especialistas de assuntos, eruditos, bibliotecários); Avaliação baseada em listas padrões ou coleções de outras instituições.

c) Fatores de Uso Quantidade do uso da coleção, como refletido nas estatísticas de circulação e uso interno. (FIGUEIRO, 1993, p. 105)

Figueiredo (1993) explica que esta última abordagem de “fatores de uso”

partiu de uma proposição estabelecida em investigação de Fussler & Simon (1969)

de que “o uso do passado é um bom previsor do uso presente, e que o uso presente

é, por sua vez, um bom previsor do uso futuro” (FIGUEIREDO, 1993, p. 108).

Embora alguns críticos apresentem desconfianças em relação a esta proposição,

Lancaster defende esta proposição, existindo evidência considerável para sustentá-

la.

O Comitê para Desenvolvimento da Coleção (1979) da ALA, ordenou os

seguintes métodos para avaliação de coleções:

a) Verificação de listas, catálogos, bibliografias; b) Exame direto da coleção; c) Compilação de estatísticas: tamanho; volumes acrescentados em

um dado período; gastos para materiais bibliotecários; fórmulas; estatísticas da circulação; pedidos atendidos e não atendidos; empréstimos-entre-bibliotecas; e tamanho de excelência. Núcleo de coleção de livros ou periódicos, presumivelmente mais usados.

d) Citação de trabalhos dos usuários; e) Opinião dos usuários; f) Aplicação de padrões; e g) Testes para os recursos totais e para o fornecimento de

documentos. (FIGUEIREDO, 1993, p. 106)

Por outro lado, Figueiredo (1993) cita o modelo de Evans (1979) em sua obra,

onde o autor classificou as metodologias para avaliação em quatro tipos:

a) Impressionistas; b) Verificação de listas;

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c) Estatísticas; d) De uso (EVANS apud FIGUEIREDO, 1993, p. 107)

Figueiredo (1993) menciona que Evans (1979) chegou a criticar o método

impressionista por ser muito individual, porém comenta a importância dessa

abordagem, no mínimo em termos de uma medida de opinião do usuário, o que é

valorizado, ainda que seja apenas um esforço a mais nas relações públicas da

biblioteca.

Adentrando então na avaliação dos materiais selecionados, Nunes (2014)

disserta em relação ao trabalho exercido pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)/MEC (Ministério da Educação) nas

bibliotecas do ensino superior, a importância de uma avaliação bem planejada, pois

os instrumentos de avaliação do INEP/MEC são conhecidos e levados em

consideração pela administração da biblioteca, de modo a implicar no quantitativo

dos títulos adquiridos, com base no programa elaborado para cada disciplina dos

cursos oferecidos pela universidade por meio dos docentes.

A autora também comenta que o processo de avaliação exercido pelo INEP

envolve a auto avaliação e a avaliação externa. Em relação à avaliação dos cursos,

“o INEP indica uma comissão com especialistas de cada área para examinar os

cursos” (NUNES, 2014, p. 25). Constam então alguns elementos nessas avaliações,

como o corpo docente, discente, técnico-administrativo e as instalações físicas da

instituição. Outro ponto importante lembrado por Nunes (2014, p. 25) se dá na

renovação de conhecimento, que “assegura autorização para o funcionamento da

instituição”, ocorrendo a cada três anos.

Complementando, Nunes (2014, p. 25) afirma que embora a biblioteca faça

parte da avaliação (instalações físicas), “os critérios adotados não constituem a

avaliação da mesma em separado”. Isto é,

[...] quando se trata das avaliações dos cursos, elas se encontram inseridas enquanto lugar de aquisição, tratamento, guarda e disponibilização dos itens recomendados nas bibliografias das disciplinas dos cursos. (NUNES, 2014, p. 25)

O INEP foi criado em 13 de janeiro de 1937, primeiramente como Instituto

Nacional de Pedagogia. Nos últimos anos, o órgão foi responsável por realizar e

organizar um sistema de levantamentos estatísticos, tendo como elemento central

as avaliações em todos os níveis educacionais.

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No âmbito do nível superior, o INEP produz indicadores que auxiliam o MEC

no processo de regulamentação dos cursos, além de garantir a transparência dos

dados da educação superior, de interesse de toda a sociedade. Estas informações

são obtidas através do Enade e das avaliações in loco realizadas pelas comissões.

No âmbito do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e da

regulação dos cursos, as avaliações são periódicas e de três tipos: autorização,

reconhecimento e renovação de reconhecimento. Especificamente quanto a este

último tipo, a renovação é feita de acordo com o ciclo do próprio Sinaes (a cada três

anos). Os cursos que tiverem conceito preliminar 1 e 2 são avaliados in loco durante

dois dias.

Nunes (2014) então elaborou um quadro com as especificações dos critérios

e instrumentos de avaliação para definição dos conceitos a serem atribuídos no

referente papel da biblioteca neste processo da avaliação dos cursos de graduação:

a análise dos critérios sobre a bibliografia básica para a adoção dos conceitos,

dando continuidade e com base nestes critérios, a definição dos conceitos a serem

impostos.

Quadro 1 – Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Básica

Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância, 2012 (NUNES, 2014).

A seguir vemos o quadro adaptado pela autora em relação aos critérios

referentes ao exame da bibliografia básica complementar onde são considerados na

atribuição de conceitos, com base nos quantitativos por ingressos no curso.

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Quadro 2 – Critérios utilizados para a avaliação da biblioteca – Bibliografia Complementar (NUNES, 2014).

Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância, 2012 (NUNES,

2014).

Nunes (2014) aponta também que, apesar do INEP/MEC estar

constantemente evoluindo em relação aos instrumentos utilizados para a avaliação

dos materiais/acervo e com sua padronização, o sistema ainda carece de

aprimoramento, pois, os responsáveis pela verificação das recomendações nas

bibliotecas, em geral, são professores de áreas diversas, não existindo um

bibliotecário nas comissões de avaliação.

No Manual de Verificação in loco das Condições Institucionais, disponibilizado

pelo MEC, a comissão verificadora deverá:

Percorrer o acervo de livros, verificando o número médio de exemplares por disciplina;

Verificar se a totalidade do material bibliográfico relacionado está na IES, devidamente cadastrado e à disposição da comissão verificadora. Não devem ser aceitas notas de compra e/ou compromissos por escrito de entrega ou de compra;

Verificar se existem políticas definidas de aquisição, expansão e atualização do acervo que contemplem a proporcionalidade do número de alunos em relação às disciplinas do(s) curso(s) e às áreas afins;

Verificar se a bibliografia básica (livros, periódicos, obras clássicas, obras de referência, etc.), por disciplina do primeiro ano do(s) curso(s) a autorizar encontra-se à disposição dos usuários;

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Verificar, no acervo circulante, pelo catálogo de autor e título e da ficha de empréstimo do livro (devidamente assinada, contendo o número de cadastro da instituição), a existência ou não dos livros indicados na bibliografia de disciplinas do primeiro ano do(s) curso(s), considerando o número de usuários, resguardando as peculiaridades de cada área e verificando a idade e o estado de conservação;

Verificar as condições de acesso de usuários com necessidades especiais (como é o caso dos deficientes visuais) ao prédio da biblioteca e aos materiais específicos;

Verificar a pertinência das coleções de periódicos, baseada na sua relação com as disciplinas oferecidas e a bibliografia sugerida;

Solicitar documentação comprobatória da aquisição da coleção de periódicos eletrônicos apresentada, verificando se não é apenas uma licença para demonstração. No caso do portal de periódicos da CAPES, vale o termo de compromisso assinado pelo dirigente da IES e pelo presidente da CAPES;

Entrevistar bibliotecário(s) e pessoal técnico e de apoio. (MEC, 2002, p. 58)

Complementando, o manual também recomenda, para implicação da

avaliação, considerar o quadro de definições a seguir:

Quadro 3 – Quadro de definições para avaliação do acervo

Fonte: Manual de Verificação in loco das condições institucionais (MEC, 2002).

Com base nessas informações ditas anteriormente, devemos então levar em

conta a importância do bibliotecário selecionador, pois Weitzel (2006) afirma que o

bibliotecário selecionador deve identificar itens passíveis de serem incorporados ao

acervo a partir do perfil traçado pela política de seleção.

Weitzel (2006) enfatiza que o bibliotecário selecionador tem sua rotina de

trabalho monitorando sistematicamente os instrumentos auxiliares de seleção

definidos na política de seleção, para identificar itens de interesse para compor o

acervo, tendo em vista o perfil da comunidade e a missão institucional.

Podemos compreender que o bibliotecário selecionador é um profissional

generalista, pois para Pinto e Iochida (2005, p. 1) o curso de graduação de

Biblioteconomia no Brasil “forma um profissional generalista, apto a lidar com a

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informação nas mais diversas áreas do conhecimento, sem o objetivo de atender

áreas especializadas”, isto é, não se delimita a apenas uma área do conhecimento.

No texto publicado pela Folha de São Paulo (2009) na INFO Home, acessado

em 2016, encontra-se análise sobre o fato do campo de trabalho do bibliotecário ser

tão abrangente e a importância do contato que o profissional deve ter com outras

áreas do conhecimento, complementando:

A formação do bibliotecário é generalista. Administração, linguística, sociologia e filosofia são algumas das disciplinas que compõem o currículo básico do curso. Ao lado de matérias específicas e técnicas da área, como documentação, indexação e planejamento bibliotecário, o aluno é incentivado a fazer disciplinas optativas e eletivas - modalidades oferecidas em outros cursos. (INFO HOME, 2009)

Entretanto, há quem acredite que o bibliotecário especialista teria um maior

conhecimento em delimitada área ou assunto. Pinto e Iochida (2005) alertam,

Devido à escassez da oferta de cursos para a capacitação do profissional da informação em áreas especializadas do conhecimento no Brasil, observa-se que, na maioria das vezes, o profissional se especializa na prática, ou seja, no exercício da função e/ou através de iniciativas isoladas das instituições ao criar cursos na sua área de pesquisa, ou ainda com outro curso de graduação na área de interesse. (PINTO, IOCHIDA, 2005, p. 2)

O trabalho do bibliotecário especialista demanda alto nível de empenho com a

empresa ou área com a qual está inserido, sendo necessário o conhecimento

aprofundado da cultura organizacional, discernindo a área específica na qual está

inserido de modo mais sistêmico. O que nos leva a questionar: O trabalho de

gerenciamento de uma unidade de informação é importante? Sim, entretanto o

bibliotecário especialista não deve focar apenas neste trabalho se almeja ser um

profissional de qualidade. Qualquer que seja a área do conhecimento, poderá trazer

consigo seu próprio bibliotecário especialista, cabendo ao profissional apresentar

interesse pela área em questão e se motivar a buscar seu aperfeiçoamento.

Para qualquer área do conhecimento e atividade humana, a informação é

essencial. Sendo assim, deve-se compreender a urgência do estudante ao acesso à

bibliografia básica disponibilizada pelo docente no plano de ensino da disciplina

acadêmica. Isso nos leva, então, a acreditar numa das funções da biblioteca – onde

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podemos também designar como função do bibliotecário -, segundo Silva e Araújo

(2003), adaptado por Machado (2009),

É atender seus usuários sempre tendo como diretriz o acervo necessário e adequado aos cursos oferecidos pela Instituição da qual faz parte, em consonância com o indicado nos projetos pedagógicos. É necessário que a biblioteca trabalhe de forma integrada com o setor pedagógico da instituição, com os cursos de graduação e com os professores, para articulação de um acervo de qualidade que possibilite o uso e o acesso as fontes de informações indicadas nos planos de ensino das disciplinas e definidas no projeto pedagógico dos cursos. Essa integração assegura também sintonia e organicidade na gestão do ensino superior na medida que se equilibra concepção ação e estrutura materiais para a realização dos fins educativos. (MACHADO, 2009, p. 18)

Complementando a importância do trabalho exercido pelo bibliotecário (tanto

o generalista quanto o especialista), observamos então que o profissional atuante no

meio acadêmico universitário mantém valor importante no processo pedagógico da

instituição. É ele que “decide o universo de informações a que seus usuários terão

acesso” (MIRANDA, 2007, p. 8).

Para Miranda (2007),

A seleção numa biblioteca universitária deve ser feita em parceria dos bibliotecários com corpo docente, pois estes dominam a literatura nas suas respectivas áreas e podem assim, selecionar criteriosamente o material a ser obtido, arrolando-os através dos Planos de Ensino. (MIRANDA, 2007, p. 9)

Ñunez Paula (1997) desenvolveu uma proposta metodológica que possibilita

aos bibliotecários universitários cooperar no processo de modificação do fazer

pedagógico. Segundo o autor, a metodologia permite aos bibliotecários participarem

de todas as fases da elaboração do projeto pedagógico e, consequentemente, sua

mudança curricular, acompanhando todo seu processo de alterações pedagógicas e

proporcionando informações aos membros das Comissões de Reformulação

Curricular.

Para Lück (2000),

O Bibliotecário [...] através do diagnóstico da necessidade de informação poderá projetar serviços que incorporem informação com valor agregado, favorecendo aos planejadores curriculares, aos docentes, pesquisadores e discentes, a mudança necessária no ato de gerir ações pedagógicas, ensinar, produzir conhecimento e

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aprender. Com essa mudança de postura, os profissionais da informação serão verdadeiros agentes de mudança do processo pedagógico e poderão influir de forma mais efetiva e positiva na construção do modelo educacional da Universidade. (LÜCK, 2000, p. 6)

Com o crescimento e desenvolvimento do espaço físico da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, e por sua excelência em ensino, o aumento da

procura de cursos para graduação e formação de profissionais em diversas áreas de

ensino, torna clara uma maior demanda de materiais exigidos pelo corpo docente da

universidade.

Segundo o site da unidade de informação objeto deste estudo, a Biblioteca

Central Zila Mamede “é o órgão central executivo do Sistema de Bibliotecas da

UFRN (SISBI), responsável pela coordenação, planejamento e fiscalização das

atividades técnicas das unidades de informação que compõem esse Sistema”.

(SISBI/UFRN, 2016)

Consiste em um vasto espaço de materiais para pesquisa aos usuários, onde

[...] até agosto de 2016, compreende um total de mais de 412.800 volumes, distribuídos em exemplares e fascículos, ou seja, livros, folhetos, periódicos, teses, dissertações e Multimeios das diversas áreas do conhecimento. Além disso, disponibiliza a comunidade universitária acesso a 3.536 Livros Digitais, sendo 42 títulos da Atheneu (Área de Saúde) e 3.493 da Springer, distribuídos nas seguintes áreas: Arquitetura, Artes e Design; Ciências do Comportamento; Ciências Biomédicas e Biologia; Economia e Negócios; Química e Ciência dos Materiais; Ciências da Computação; Ciências Ambientais e da Terra; Engenharia; Humanidades, Ciências Sociais e Direito; Matemática e Estatística; Medicina; Física e Astronomia; Computação Profissional e Web

Design. (SISBI/UFRN, 2016)

Assim, o Governo Federal disponibiliza um orçamento anual para a adesão de

novos materiais. Na UFRN cabe ao DMP (Divisão de Material e Patrimônio) a

efetivação da aquisição do material por compra. A BCZM não é a unidade

orçamentária, assim, não faz a gestão orçamentária no que concerne ao trate

burocrático com os fornecedores.

Tendo como exemplo a BCZM, apresentamos a coordenação de Seleção e

Aquisição onde está direcionado principalmente para estes processos de

desenvolvimento de coleções, o qual trabalha com a aquisição via Compra

(orçamento federal), Intercâmbio e Doação. Neste setor, o bibliotecário exerce a

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50

função de avaliar, selecionar e inserir no acervo os materiais (depois de uma

pesquisa em todas as bibliotecas setoriais e na BCZM) com maior valor intelectual e

relevante para os usuários.

Por outro lado, uma questão problemática são os pedidos feitos pelos

docentes e/ou coordenadores de curso, pois, por se prenderem aos planos de

ensino não atualizados e já habituados ano após ano, ocorre uma disparidade entre

os materiais que chegam na BCZM e os que estão registrados nas bibliografias

básicas e complementares dos cursos. Essa realidade se dá em toda a

Universidade, inclusive com os dos cursos de graduação do CCSA.

Nesse sentido, acredita-se que existe uma disparidade nos processos de

desenvolvimento de coleções que acabam por comprometer o processo de ensino e

aprendizagem nos diferentes cursos de graduação do CCSA. Entendemos também

que deve haver um controle melhor da seleção e aquisição desses materiais de

forma mais equilibrada.

4 METODOLOGIA

Relembrando sobre a delimitação do papel do bibliotecário no processo de

seleção, utilizamos o conceito utilizado pela Universidade Federal do Rio Grande do

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51

Norte (UFRN) no âmbito do Sistema de Bibliotecas (SISBI) e que está expresso na

sua Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções, onde compreendemos

que:

A seleção é um processo que deve estabelecer uma parceria entre o bibliotecário e a comunidade acadêmica (discentes, docentes e demais servidores), pois cabe a eles a responsabilidade pela seleção qualitativa de grande parte do material, assim a seleção é a atividade de controle qualitativo e quantitativo do acervo das bibliotecas. Neste sentido, espera-se que os envolvidos contribuam decisivamente para a formação de coleções de boa qualidade, visto que estes são conhecedores da literatura nas suas respectivas áreas e podem assim, selecionar criteriosamente o material a ser adquirido. (SISBI/UFRN, 2015, p. 13)

Assim, na Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções do SISBI-

UFRN, temos a diferenciação entre a Seleção Qualitativa e Quantitativa, onde é

possível adentrarmos aqui na importância da Bibliografia Básica no âmbito de todo

esse processo da vida acadêmica e também em sua importância no

Desenvolvimento das Coleções.

Sobre o processo de Seleção Qualitativa, a referida política informa que se

trata de responsabilidade dos bibliotecários, assessorados pelos professores e pelos

respectivos coordenadores dos cursos, sendo todos responsáveis por manter-se

informados acerca dos novos lançamentos no mercado editorial e que possam de

alguma forma ser úteis na área de conhecimento e de atuação. Além disso, o

procedimento que orienta o processo de seleção qualitativa cita os critérios que

devem ser adotados, o que inclui, entre outros, a relação do material com os

objetivos de nível educacional da instituição, a preferência por edições atualizadas

bem como de autores e/ou editores relevantes, a relevância do assunto tratado para

a área do conhecimento, a citação do título em bibliografias, catálogos e índices e o

idioma acessível à maioria dos usuários, preferencialmente em português, inglês,

espanhol e francês.

Por outro lado, na Seleção Quantitativa, temos as noções de Bibliografia

Básica e de Bibliografia Complementar, que seguem critérios vigentes e

estabelecidos pelos parâmetros avaliativos do Ministério da Educação (MEC) como

requisitos para obtenção da nota máxima. Nesse sentido, o manual acima

referenciado estabelece que deva ser priorizada a quantidade mínima dos materiais

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52

2009 2012

1,7890

2,8238

1,4540

2,4342 2,5564

2,8235

1,8182

2,5552

1,9620

2,3333

2,9085

2,5207 2,3482

CPC - Nota Padronizada - Org. Didático-Pedagógica

ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA

SERVIÇO SOCIAL

informacionais referentes a estas Bibliografias, adotando um quantitativo máximo de

03 (três) exemplares quando tratar-se de obras de referência.

Focando então na seleção quantitativa e qualitativa indicada pelo MEC/INEP,

foi efetuada uma avaliação acerca das últimas avaliações (e respectivos resultados)

do MEC nos acervos referentes aos cursos de graduação no CCSA, na biblioteca

central do campus universitário da UFRN.

O Conceito Preliminar de Curso, o CPC é o “indicador de qualidade que avalia

os cursos superiores”, onde este cálculo é realizado desde o ano de 2007. Segundo

o site do INEP, o CPC,

[...] é calculado no ano seguinte ao da realização do ENADE de cada área, com base na avaliação de desempenho de estudantes, corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e demais insumos, conforme orientação técnica aprovada pela CONAES. O CPC, assim como o Conceito Enade, também é calculado por Unidade de Observação e é divulgado anualmente para os cursos que tiveram pelo menos dois estudantes concluintes participantes e dois estudantes ingressantes registrados no Sistema Enade. Os cursos que não atendem a estes critérios não têm seu CPC calculado, ficando Sem Conceito (SC). (INEP, 2011)

Assim, devemos compreender a importância também do Conceito ENADE,

onde este avalia o desempenho bom, razoável ou ruim, dos estudantes da

universidade por meio de uma avaliação. Segundo o site do INEP (2011), o Enade é

“divulgado anualmente para os cursos que tiveram estudantes concluintes

participantes do Enade. O seu cálculo, no entanto, não é necessariamente realizado

por curso, mas por Unidade de Observação”. Esta Unidade de Observação consiste,

[...] no conjunto de cursos que compõe uma área de enquadramento específica do Enade de uma Instituição de Educação Superior em um determinado município. As Unidades de Observação com apenas um ou sem nenhum concluinte participante não obtêm o Conceito Enade, ficando Sem Conceito (SC). (INEP, 2011)

Gráfico 1 - CPC - Nota Padronizada - Organização Didático Pedagógica

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Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso

Gráfico 2 - CPC - Nota Padronizada - Infraestrutura

Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso

Com base então nos resultados das avaliações do ENADE entre 2009 e 2013

(onde podemos encontrar inseridos os cursos do CCSA), juntamente aos efetuados

também pelo CPC, podem-se ser analisadas algumas peculiaridades. Deve-se

também salientar que: o Conceito Final (nota final) está entre (nota mínima) 0 e 5

(nota máxima); além disso, no ano de 2011 não houve avaliação para os cursos do

CCSA, o que ocorreu no ano de 2014 (divulgado em dezembro de 2015); e, segundo

a pesquisa realizada, bem como a divulgação online pelo site do Inep (dos

2009 2012

1,6384

2,4444

3,82 3,77

1,7677

3,1667

2,2073

2,7654

1,8590 1,5851 1,6013

2,3075 2,4614

CPC - Nota Padronizada - Infraestrutura

ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA

SERVIÇO SOCIAL

2010 2013

2010 2013

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54

resultados das avaliações), o curso de Biblioteconomia apenas foi analisado no ano

de 2009. Até o presente ano/data, não houve nenhuma atualização.

Os dados analisados em destaque foram: Nota padronizada de organização

didático pedagógica, nota padronizada de infraestrutura, (gráficos 1 e 2 acima) e

CPC (contínuo) e CPC (faixa), gráficos 3 e 4 abaixo:

No quesito da Organização Didática Pedagógica, o curso de Biblioteconomia

no ano de 2009, obteve nota regular, de aproximadamente 3 (três), segundo o CPC,

com base nos resultados também do ENADE. Entretanto, o curso não apareceu nas

avaliações seguintes. Logo a seguir, em geral, a infraestrutura dos cursos do CCSA

melhorou consideravelmente ou se mantiveram num patamar positivo,

principalmente o curso de Ciências Econômicas, onde mais à frente retomaremos

algumas observações sobre o curso em questão. Outro curso que obteve uma leve

queda de qualidade foi o de Turismo, onde veremos mais à frente que resultou numa

baixa da avaliação do seu CPC.

Gráfico 3 - CPC - Contínuo

20092012

3,74

3,17

3,82 3,77

2,54 2,57

3,48 3,42

3,51

2,91 3,10

3,5210 3,3365

CPC - Contínuo

ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA

SERVIÇO SOCIAL

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55

Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso

Gráfico 2 - CPC - Faixa

Fonte: INEP – Conceito Preliminar de Curso

Nos gráficos 3 e 4, mostram os resultados finais da avaliação realizada pelo

INEP, com base no ENADE e dados do IGC. O CPC dos cursos do CCSA

apresentam notas satisfatórias e algumas regulares, como é o caso de Ciências

Econômicas (tanto no CPC contínuo quanto no de faixa). O curso de Turismo

apresentou uma queda de rendimento do ano de 2009 para 2012, deixando de ser

um curso com conceito 4 (quatro) para 3 (três).

Mesmo que as avaliações tenham apresentado um nivelamento equivalente e

positivo de 2009 para 2013, podemos perceber uma pequena variação no que diz

2009

2012

4 4

4 4

3 3

4 4

4

3

4 4 4

CPC - Faixa

ADMINISTRAÇÃO DIREITO CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CIÊNCIAS CONTÁBEIS TURISMO BIBLIOTECONOMIA

SERVIÇO SOCIAL

2010 2013

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respeito do CPC Contínuo, a qual todos os cursos obtiveram rendimento um pouco

abaixo da média, como podemos notar acima.

Analisando então os dados e gráficos acima, partimos para os dados

pesquisados em relação à atualização das estruturas curriculares dos cursos do

CCSA e, como também, dos respectivos programas de ensino. No site do SIGAA

encontra-se disponível os programas ativos e inativos dos cursos e suas

atualizações mais recentes, como podemos ver na tabela abaixo:

Figura 4 - Tabela de Atualizações da Estrutura Curricular dos Cursos do CCSA

Curso Atualizações (Estrutura curricular)

Administração Anos

TURNO: MATUTINO 1960 2001 2009 2011 -

TURNO: NOTURNO 1960 2001 2009 - -

Biblioteconomia Anos

TURNO: VESPERTINO - 1997 2008 2011 -

Ciências Contábeis Anos

TURNO: MATUTINO - 1999 2007 2015 -

TURNO: NOTURNO 1960 - 2007 2015 -

Ciências Econômicas Anos

TURNO: MATUTINO 1960 1974 - 2010 -

TURNO: NOTURNO 1960 - - 2010 -

Direito Anos

TURNO: MATUTINO 1960 1997 2007 2010 -

TURNO: NOTURNO 1960 1997 2007 2010 -

Serviço Social Anos

TURNO: MATUTINO 1960 1985 2001 2009 2011

TURNO: VESPERTINO 1960 1985 2001 2009 2011

Turismo Anos

TURNO: VESPERTINO - - 2005 2011 2016

Fonte: Adaptação da Autora, 2016

Figura 5 - Tabela das Últimas Atualizações do PPC dos Cursos do CCSA

Última atualização do PPC - Cursos CCSA

Adm Biblio. Contábeis Economia Direito Serv. Social

Turismo

2009 2007 2013 2009 2006 Não Disp. 2008

Fonte: Adaptação da Autora, 2016

Um dos fatos mais preocupantes em decorrência das atualizações das

estruturas curriculares e dos seus respectivos programas de ensino é a resposta

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imediata que ocorre nas avaliações do ENADE e CPC. Enfocamos no que diz

respeito ao curso de Ciências Econômicas, onde encontramos na tabela referente a

atualização das estruturas curriculares, no turno noturno, um hiato de 50 anos (entre

a primeira estrutura curricular datada no ano de 1960 até a última atualização em

2010). Isto se torna preocupante, pois infere na qualidade da infraestrutura, didática

e em todo o centro acadêmico.

O curso de Turismo, por outro lado, em 2009 apresentava conceito 4,

segundo as avaliações, entretanto no ano de 2012 apresentou uma queda, estando

com o conceito 3. Observando as tabelas novamente, vemos que em 2016 (sendo

a atualização mais recente) o curso sofreu uma reformulação na estrutura curricular

(mesmo mantendo o PPC de 2008), objetivando assim uma melhor qualidade nos

próximos resultados das avaliações do Enade e CPC.

Contudo, ao analisar alguns programas de ensino dos cursos em questão,

percebemos o quanto algumas bibliografias antigas ainda são mantidas, mesmo que

haja atualização nas bibliografias e/ou reformulação das edições.

Adentrando mais sobre tal problemática, foram efetuadas 6 entrevistas com

os coordenadores dos cursos do CCSA, onde apenas o curso de Serviço Social não

pôde se disponibilizar por alguns problemas de conflito nos horários. As entrevistas

seguiram um questionário de 20 perguntas relacionadas às tomadas de decisões,

acervo bibliográfico, propostas de melhorias e satisfação da

coordenação/departamento.

4.1 Perspectivas da Coordenação de Administração

O coordenador do curso de Administração já conta com 3 anos de mandato e

aceitou realizar a entrevista sobre os processos que a coordenação e departamento

tomam, como também sobre o acervo bibliográfico disponibilizado. O coordenador

informou que são realizadas reuniões periódicas do colegiado, onde o colegiado

discute o projeto pedagógico. Recentemente, no último ano, passou a atualizar e

ainda estão trabalhando neste ponto. Como o núcleo docente estruturante se

encontra vigente, os encontros acontecem de quatro em quatro meses

aproximadamente, sendo que desde 2005 estão realizando pequenas atualizações

no PPC, onde não há uma certa periodicidade. Porém, no momento, os encontros

estão sendo constantes para resolver esta atualização.

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58

Ao ser questionado se no plano do departamento em que o curso está

vinculado prevê atualização periódica do PPC/estrutura curricular, o coordenador

informou que eles não especificaram um prazo para esta atualização periódica,

entretanto ele não tinha certeza do que consta no plano do departamento.

Por ser um curso muito dinâmico, os programas apresentados pelos

docentes, não passam diretamente por uma avaliação pela coordenação. Contudo,

os planos estão desatualizados. Acontece uma divergência, por muitas vezes, do

que o professor dá em sala de aula e o que consta no seu plano de ensino. Para o

coordenador, isto acontece, pois todo o semestre há uma novidade. Na opinião do

coordenador, ele acredita que há um engajamento por parte dos docentes na

preparação das bibliografias, pois a grande maioria dos docentes do curso se

preocupam em ter conteúdos atualizados nas salas de aula. Sendo assim, ele

percebe que os docentes conhecem o impacto que as bibliografias produzidas por

eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área, onde mencionou que muito dos

professores estão envolvidos na pós-graduação do curso.

Não há nenhuma pesquisa de satisfação junto aos discentes com relação às

bibliografias básicas, apenas a avaliação institucional que é realizada todo semestre.

O coordenador também informa que os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos com as bibliografias/materiais disponibilizados, mas acredita que

sempre possa melhorar.

Com relação às solicitações de materiais e se a coordenação do curso

estimula os docentes e discentes a realizarem pedidos, o coordenador informou que

todo semestre faz este trabalho e que a própria universidade dissemina tal

informação, de modo que o próprio já realizou solicitação de materiais. Acredita que

o processo para solicitação de materiais poderia ser mais fácil, não estando “na

ponta dos dedos”.

Existe, pela coordenação do curso, uma preparação para as avaliações

efetuadas pelo MEC/INEP. Entretanto, a coordenação não se sente satisfeita com o

resultado obtido no último ano. O próprio coordenador participa da elaboração de

uma das avaliações do MEC, o Enade, achando – em sua opinião – um nível

altíssimo na prova, ocorrendo até mesmo de muitas questões terem sido anuladas.

Foi uma prova que diferenciou a escola excelente da muito boa e não da

universidade C da B. Porém, o coordenador acredita que o curso possa sim ir para

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uma nota máxima (nota geral), mas o departamento, em conjunto com a

coordenação, irá discutir mais sobre isso.

O coordenador, ao final da entrevista, não recordava de ter solicitado alguma

ajuda à Seção de Seleção da BCZM e demonstrou grande satisfação com o SISBI e

o acervo informacional ligado ao curso, achando o sistema de bibliotecas avançado

e o acesso ao material muito mais fácil hoje em dia.

4.2 Perspectivas da Coordenação de Biblioteconomia

No terceiro ano de mandato, a coordenadora do curso de Biblioteconomia se

disponibilizou a responder ao questionário referente aos processos que a

coordenação e departamento tomam, como também sobre o acervo bibliográfico

disponibilizado. Iniciamos a entrevista esclarecendo que é realizada sim as reuniões

do colegiado de graduação. Tais reuniões ordinárias acontecem uma vez por mês e

as extraordinárias quando há necessidade. Desde 2014 o grupo iniciou uma

discussão do projeto pedagógico para sua atualização, onde as reuniões acontecem

no Núcleo Docente Estruturante (NDE), que seria uma “alça” do colegiado.

Ela enfatizou que boa parte dos que fazem parte do colegiado, estão

inseridos no NDE. Estas discussões irão culminar no novo projeto pedagógico ainda

no ano de 2016. Afirmou também que o NDE está bem estruturado e trabalhando

assiduamente. Não há uma periodicidade exata em relação às reuniões, entretanto

depende muito da disponibilidade do grupo, onde ocorreram reuniões quase diárias

dos diferentes grupos do NDE, para rever todas as disciplinas, ementas, objetivos,

etc.

A coordenadora acredita sim que seja preciso uma atualização/reformulação

no PPC/estrutura curricular, por isso no presente momento o departamento está

trabalhando para atualizar o projeto de 2007, visando a constante mudança de

necessidade que a sociedade hoje demanda, fortalecendo algumas disciplinas que

antes eram vistas como optativas e que atualmente o mercado de trabalho necessita

de qualificação em tais assuntos, como citou, por exemplo, as disciplinas de

Biblioteca Escolar e Gestão e Empreendedorismo. Em relação ao plano do

departamento, não só prevê uma atualização periódica do PPC/estrutura curricular,

como no momento, estão em período de reuniões para a atualização do PPC.

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Não há revisões ou avaliações por intermédio da coordenação, nos

programas de ensino apresentados pelos docentes, mas a coordenadora foi clara e

objetiva em mencionar que há um engajamento por parte dos docentes, para a

preparação das bibliografias. Os docentes também se preocupam em pesquisar

outros meios para enriquecer o ensino por eles em sala de aula, mesmo estando

satisfeitos com os materiais disponibilizados.

Quando adentramos no assunto relacionado às solicitações de materiais, a

coordenadora respondeu que não estimula os docentes e discentes a realizarem

demandas/solicitações de materiais, porém os avisos estão sempre disponíveis via

SIGAA, tendo ela já solicitado materiais e achando o processo de fácil realização,

entretanto, comentou que em alguns aspectos este processo pode se tornar mais

lento devido a algumas editoras não estarem cadastradas.

Com relação às avaliações do MEC/INEP, o departamento não se prepara

previamente, contudo procuram manter ou melhorar a situação que se encontra ou

encontraram. Sendo assim, a última avaliação do MEC/INEP não foi satisfatória e,

devido a esta insatisfação, a coordenação entrou com um recurso para tentar

reverter este resultado, porém até o momento de defesa deste trabalho não

obtiveram nenhuma resposta (a mais ou menos um ano e meio) do MEC/INEP. Em

decorrência deste resultado, a coordenação está mais atenta aos docentes e suas

qualificações.

Finalizando, a coordenadora nunca solicitou algum auxílio à Seção de

Seleção da BCZM, e sobre o acervo bibliográfico do curso, por intermédio do SISBI,

a mesma acredita que é constante o desejo por melhorias no acervo e no próprio

sistema, estando de certa forma satisfeita.

4.3 Perspectivas da Coordenação de Ciências Contábeis

Em seu mandato desde novembro de 2015, a coordenadora do curso de

Ciências Contábeis se disponibilizou em responder igualmente ao questionário sobre

os processos que a coordenação e o departamento tomam, como também sobre o

acervo disponibilizado. A coordenadora informou que o colegiado de graduação

realiza reuniões – depois que ela assumiu – a cada 3 meses, onde o projeto

pedagógico do curso costuma fazer parte das discussões do colegiado. O núcleo

docente estruturante se encontra vigente, entretanto não é atuante, sendo mais

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atuante na época de reformulação do projeto pedagógico. Parte dos profissionais do

NDE também fazem parte do colegiado, então as discussões acabam por ocorrer

dentro do colegiado. Como o NDE não está vigente, ocorrem reuniões pelo menos

duas vezes a cada semestre. A última ocorreu no semestre 2015.2.

A coordenadora acredita que o PPC/estrutura curricular precisa de

atualização, tanto que, com as atualizações na área contábil desde 2010 em termos

de mercado, a coordenação e o departamento começaram, desde então, a trabalhar

o projeto pedagógico, onde no plano de departamento em que o curso está

vinculado prevê atualização periódica do PPC/estrutura curricular, como está

ocorrendo recentemente. Não há uma revisão/avaliação dos programas de ensino

feito pela coordenação, ocorre a semana pedagógica, a qual estes planos são

apresentados, havendo uma integração entre os professores.

Infelizmente a coordenadora não percebe por parte dos docentes um

engajamento na preparação/avaliação das bibliografias. Ela comentou que é algo

que estão buscando melhorar, mesmo que já tenha ocorrido uma melhora,

entretanto ainda existem professores que não mudam e continuam na sua zona de

conforto. Em decorrência deste problema anteriormente citado, os docentes

desconhecem o impacto que as bibliografias produzidas por eles têm sobre o acervo

bibliográfico desta área. O que ocorre é que muitos procuram novas alternativas ou

materiais atualizados (pois ainda são poucos os materiais que estão atualizados).

Pouquíssimos também são os professores que realizam pedidos via SIGAA de

novos materiais.

A coordenação não realiza nenhuma pesquisa de satisfação junto aos

discentes com relação às bibliografias elaboradas. Consequentemente, os

discentes, e o próprio corpo docente, não podem se sentir insatisfeitos com o

material disponibilizado, pois uma grande parcela da culpa vem dos próprios

docentes ao não atualizarem suas bibliografias. Já por outra vertente, a

coordenação estimula os docentes e discentes a realizarem demandas por materiais

informacionais no período em que o SISBI abre para estas solicitações, onde muitos

professores passam em seus programas de ensino a bibliografia básica

disponibilizada na BCZM, mas estimulam os alunos a realizarem solicitações dos

materiais complementares, uma vez que se encontram bem mais atualizados. Ela

mesma já realizou solicitação de materiais via sistema, mas foi sucinta em responder

que não achou o processo de fácil realização.

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62

Adentrando nas avaliações e notas do MEC/INEP, a coordenação do curso há

dois anos atrás realizava um preparo para estas avaliações, entretanto, percebeu

um desinteresse por parte dos alunos em se comprometer com as revisões (que

ocorriam aos sábados). Desde então, não realizaram nenhum tipo de preparação. A

coordenação não se encontra satisfeita com a nota recebida na última avaliação

feita pelo MEC/INEP, realizando reuniões para uma melhoria dentro do

departamento. Tanto o corpo docente quanto o discente precisam se engajar no

meio acadêmico e no mercado de trabalho.

Concluindo a entrevista, a coordenadora nunca solicitou nenhum auxílio junto

à Seção de Seleção da BCZM e acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria

do acervo informacional ligado ao curso, porém é necessário também a cooperação

dos discentes, em não desistirem e persistirem no curso.

4.4 Perspectivas da Coordenação de Ciências Econômicas

Entrevistando a coordenadora do curso de Ciências Econômicas, que se

encontra no cargo desde outubro de 2012, esta também se disponibilizou a

responder o questionário em relação aos processos que a coordenação e

departamento tomam, bem como sobre o acervo disponibilizado. A coordenadora

respondeu que o colegiado de graduação realiza sim reuniões periódicas, onde o

projeto pedagógico do curso realiza discussões em conjunto do colegiado. Inclusive

estão atualizando o projeto pedagógico (datado de 2009). A coordenadora pretende

finalizar seu mandato fechando o novo projeto pedagógico.

Como o núcleo docente estruturante está vigente, a periodicidade das

reuniões do NDE ocorre, geralmente, duas vezes por semestre. Entretanto, se

houver alguma necessidade urgente, eles fazem novamente. Como a última

atualização do projeto pedagógico do curso já se encontra antigo, a coordenadora

acredita que precisa sim de uma atualização/reformulação, tanto do PPC quanto da

estrutura curricular, necessitando adequar as atividades complementares da

resolução, como também a adequação ao curso de algumas ementas de disciplinas

e às necessidades dos docentes. Ao ser questionada se há previsão para a

atualização periódica do PPC/estrutura curricular do curso e sua periodicidade, a

coordenadora não pôde responder e informar sobre este assunto, pois, segundo ela,

é o chefe do departamento que está a par.

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Informou também que não realiza nenhuma revisão/avaliação dos programas

de ensino apresentados pelos docentes, porém, no momento atual, o departamento

está atualizando as ementas, a qual apresentou uma certa dúvida em relação ao

engajamento e preparação das bibliografias por parte dos docentes, “acreditando”

que sim, eles reconhecem o impacto que eles têm sobre suas bibliografias e o

acervo bibliográfico desta área. Não existe uma pesquisa de satisfação junto aos

discentes com relação às bibliografias elaboradas, entretanto, estão trabalhando

com o SEDIS/UFRN (Secretaria de Educação a Distância da UFRN) para levantar

alguns problemas e também a questão da satisfação do aluno.

A coordenadora também preferiu não opinar sobre a satisfação dos discentes

e corpo docente em relação ao acervo disponibilizado, pois não tem um real

conhecimento sobre o assunto. Porém, quando o SISBI abre para a solicitação de

materiais, ela informa aos docentes. Entretanto, não sabe informar se o acervo está

sendo atualizado na disciplina do docente, não tendo como fazer esse levantamento,

como também desconhece os pedidos efetuados ou não pelos docentes. Ela mesma

nunca solicitou materiais, tanto como professora, quanto como coordenadora,

desconhecendo o processo para solicitações de materiais via SISBI.

Sobre o departamento/coordenação se preparar para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP, a coordenadora apenas respondeu que a coordenação

está em constante atualização, sempre trabalhando em função de melhorias.

Mencionou também que estão trabalhando para reverter a nota do Enade e a nota

geral recebida. E por estarem engajados nisso, a insatisfação pelos resultados

baixos é notória por todos do departamento e que esse resultado não acontece só

no curso de Economia da UFRN, mas sim um problema nacional, discutido

recentemente no congresso de graduação do curso de economia.

Concluiu respondendo que nunca solicitou nenhum tipo de auxílio à Seção de

Seleção da BCZM, e, como todo sistema, o SISBI tanto pode contribuir de forma

positiva para o desenvolvimento do acervo como pode ser um empecilho, a

depender da acessibilidade e facilidade de uso.

4.5 Perspectivas da Coordenação de Direito

Com pouco mais de um ano e meio (iniciando o mandato em janeiro de 2015),

a coordenadora do curso de Direito se prontificou em responder a entrevista em

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relação aos processos que a coordenação e departamento tomam, como também

sobre o acervo bibliográfico disponibilizado. A coordenadora iniciou respondendo

que o colegiado de graduação realiza reuniões periódicas, acontecendo duas por

semestre no mínimo, e que estão realizando discussões do colegiado atualmente

em relação a uma “troca” do projeto pedagógico do curso. O núcleo docente

estruturante, por exemplo, está vigente e sua periodicidade para reuniões é

bimestral, no mínimo.

Ela acredita que precisam atualizar o PPC/estrutura curricular do curso,

adequando ao que os docentes solicitam e às suas necessidades. Há também uma

reanálise de três em três anos nos programas de ensino apresentados pelos

docentes, a qual procuram mudanças satisfatórias. Procuram sempre fazer uma

análise, mesmo que não haja nenhuma mudança nos programas de ensino. Por ser

feita esta análise, a coordenadora informou que não realizam avaliações dos

programas de ensino elaborados pelos docentes do curso, mas percebe por parte

dos docentes um engajamento na preparação de suas bibliografias. Entretanto,

desconhece se os próprios docentes sabem do impacto que as bibliografias

elaboradas por eles têm sobre o acervo bibliográfico. Não realiza nenhum tipo de

pesquisa junto aos discentes para saber o nível de satisfação com relação às

bibliografias elaboradas, porém está sempre em contato com os docentes para filtrar

as necessidades dos discentes em sala de aula.

Em relação ao acervo bibliográfico, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos com o acervo disponibilizado, percebendo uma melhora

significativa de antes para atualmente, havendo algumas pequenas insatisfações,

mas no geral a avaliação é vista como positiva. Com isso, de 2011 para hoje, a

coordenação tem divulgado o período de solicitações de materiais via sistema,

julgando de fácil realização, porém enfatizou que por ter domínio em computação o

processo se torna tranquilo, entretanto ainda existem professores que não dominam

a ferramenta.

Por ser um curso de mais de 60 anos, a coordenação/departamento se

prepara previamente para as avaliações realizadas pelo MEC/INEP. Contudo, a

coordenadora estava insatisfeita com a nota do MEC/INEP (Nota Geral). Foi injusto

a seu ver, pois o projeto pedagógico enviado aos avaliadores era atrasado, com as

ementas sem bibliografias. Desta forma, os avaliadores não visitaram o acervo e

deram nota 0 (zero) a este quesito. Vale salientar que a elaboração deste projeto

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pedagógico em questão foi realizada pela procuradoria institucional e não pela

coordenadora. O projeto novo estava em posse da mesma, porém ocorreu este

problema de comunicação. Ela acredita que, se não houvesse ocorrido esta falha, a

nota geral poderia ter aumentado. Em decorrência deste problema e pensando em

sua melhoria, a coordenadora está trabalhando para a atualização deste PPC.

Mencionou também que não solicitou nenhum auxílio à Seção de Seleção da

BCZM em seu mandato e acredita que o SISBI, organizando de maneira simples e

rápida para o acesso de forma eletrônica, auxilia. Porém, lembrou que por muitas

vezes apenas encontrava um número de títulos para Direito e tendo isso “separado”,

acredita que a informação tornaria muito mais segura.

4.6 Perspectivas da Coordenação de Turismo

Em entrevista realizada com o coordenador temporário do curso de Turismo,

o mesmo respondeu às perguntas relacionadas aos processos que a coordenação e

departamento tomam, como também, sobre o acervo disponibilizado.

O coordenador está ocupando o cargo desde abril de 2016 e informou que o

colegiado de graduação realiza sim reuniões periódicas, sendo a última tendo sido

realizada em junho. Enfatizou que estas reuniões acontecem (como foi acordado no

último encontro), mensalmente. Em relação às discussões do colegiado sobre o

projeto pedagógico, eles costumam realizar tais discussões e, recentemente, houve

uma mudança, fechando uma nova estrutura curricular em 2016.1. Segundo o

coordenador, foi um processo bem participativo, contando inclusive com a

participação dos alunos e com todos os professores.

Com o NDE vigente, o coordenador não soube informar a periodicidade das

reuniões, porém, para construir a nova estrutura curricular, foram realizadas

reuniões corriqueiramente. Estas discussões aconteceram nas reuniões do

colegiado e nas plenárias, acabando por ser integrada com os professores do NDE

em conjunto dos professores que não fazem parte do Núcleo. Para ele, não há uma

necessidade para a atualização do PPC ou estrutura curricular, por sua atualização

ser recente, entretanto, existem algumas questões burocráticas ainda a serem

analisadas. Desta forma, a periodicidade para a atualização do PPC/estrutura

curricular no momento está tranquila, reservando o momento para organizar outros

assuntos referentes ao curso.

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Adentrando um pouco sobre as bibliografias e planos de ensino, a

coordenação do curso se preocupa bastante com os resultados referentes às

avaliações realizadas pelos discentes do curso, não havendo nenhuma

revisão/avaliação pela coordenação do curso com os programas de ensino

disponibilizados pelos docentes, contudo há um engajamento por parte dos

docentes em buscar coisas novas na preparação dos programas de ensino. Além do

que, boa parte dos docentes fazem parte da pós-graduação, existindo assim uma

certa preocupação em manter uma bibliografia atualizada, causando um impacto

positivo aos discentes.

No curso não existe uma pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às bibliografias elaboradas, deixando para filtrarem posteriormente – pela

pesquisa realizada via SIGAA – as respostas dadas pelos discentes. Com relação às

bibliografias disponibilizadas, a satisfação do corpo docente é positiva, entretanto,

procuram sempre buscar outros materiais para suprir alguma lacuna que possa

ocorrer, principalmente trazendo textos e artigos científicos para dentro da sala de

aula.

Por ser algo de grande importância (o desenvolvimento das bibliografias

atualizadas), a vice-diretora, em seu mandato, realizava frequentemente a

estimulação dos docentes e discentes em realizarem solicitações de materiais (no

período em que o SISBI abre), enviando chamadas, principalmente aos professores,

via SIGAA, onde o próprio coordenador e professor já realizou tal solicitação,

julgando o processo de fácil realização, contudo, gostaria de saber mais sobre as

regras que envolvem contemplar alguns pedidos e outros não.

O coordenador também mencionou que a coordenação do curso se prepara

previamente para as avaliações do MEC/INEP, onde recentemente passaram pelo

Enade, realizando encontros com os alunos para estudarem o que de fato eles iriam

avaliar a pauta em questão, facilitando estrategicamente o acesso às informações

que os discentes iriam buscar. A coordenação também se preocupa em realizar

simulados preparatórios para o Enade, principalmente com aqueles que irão fazer a

prova. Mesmo com essa preocupação com relação às avaliações, o curso, no último

resultado da avaliação do INEP, obteve nota 3 (resultado inferior ao ano anterior da

avaliação, a qual tirou 4). Em resposta a este resultado, o coordenador não se

encontrou satisfeito, principalmente por haver tirado uma nota baixa na avaliação.

Em contrapartida, ao se deparar com esta nota, o departamento se engajou para a

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atualização da estrutura curricular, pois muitas das disciplinas/conteúdos que

viraram obrigatórias eram optativas (algumas questões do Enade eram sobre tais

conteúdos e o coordenador acredita que muitos dos alunos provavelmente fizeram a

prova sem nunca ter visto a disciplina). Ele também levantou uma ideia para

encorajar os alunos a estudarem mais e terem uma visão de mercado mais positiva,

trazendo para a sala de aula algumas pessoas de sucesso no mercado. Houveram

alguns exemplos trazidos para sala de aula por ele e o mesmo se impressionou com

o retorno positivo apresentado pelos discentes.

Por fim, a coordenação nunca solicitou nenhum auxílio à Seção de Seleção

da BCZM (no curto período em que se encontra como coordenador) e acredita que

tudo que venha sistematizar o crescimento do acervo – por intermédio do SISBI –

será bem-vindo.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma biblioteca universitária é uma importante ferramenta de conhecimento

científico, pois ela exerce a função fundamental no processo de ensino, pesquisa e

extensão. A formação e desenvolvimento do acervo bibliográfico de uma biblioteca

universitária cabe tanto ao corpo docente da universidade, com a seleção dos títulos

que irão compor as bibliografias básicas em seus planos de ensino, como também

às coordenações dos cursos se prontificando no envio a biblioteca de tais planos.

Para que o acervo informacional de uma universidade seja satisfatório ao

meio acadêmico, deverá apresentar um leque diverso e disponível em suas

bibliotecas, para suprir as necessidades de aprendizado, focalizando sempre –

principalmente – em seus discentes. Deve-se também ser levado em conta que,

para manter uma boa qualidade e diversidade de materiais disponibilizados na

biblioteca, tais pontos citados a seguir, necessitam serem avaliados, como: a

verba/orçamento disponível, espaço físico e tempo gasto para o tratamento dos

materiais.

Foi possível perceber, através de pesquisa via SIGAA, com relação às

atualizações das estruturas curriculares e PPCs dos cursos de graduação do Centro

de Ciências Sociais Aplicadas/CCSA, que há uma deficiência no que diz respeito às

últimas datas de suas atualizações. Em consequência desta deficiência, os

resultados de alguns cursos do CCSA obtiveram declínio em suas notas finais pelo

INEP, preocupando o rendimento de tais cursos e de seus discentes.

Os cursos em questão apresentam, em geral, reuniões periódicas do

colegiado de graduação, onde discutem sobre seus respectivos projetos

pedagógicos. Ao serem questionados se visam uma reformulação dos PPCs, os

entrevistados demonstraram certa preocupação com sua atualização, pois boa parte

destes PPCs estão desatualizados. Podemos ver também que há uma preocupação

pelos coordenadores dos cursos em avaliarem seus resultados e seu real estado no

meio acadêmico. Muitos estão buscando alternativas para melhorias imediatas em

seu ensino e capacitação. Tais entrevistados sabem o quanto é importante haver

uma atualização e reformulação periódica das suas estruturas curriculares, como

também dos planos de ensino apresentados pelos docentes.

Estas deficiências refletem nas solicitações de materiais atualizados para a

biblioteca, sendo cada vez mais difícil ocorrerem com periodicidade. Cursos

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dinâmicos e de atualização constantes como, por exemplo, Direito, solicitam

constantemente via SISBI novos e atualizados materiais. A coordenadora, em

entrevista, mostrou o quanto isso é importante e o quanto reflete positivamente em

seu ensino. Em contrapartida, vimos o curso de Economia, que desconhece se há

uma postura assídua por parte dos seus docentes e discentes em realizarem tais

solicitações. Torna, então, o seu acervo “desconhecido” até mesmo para a

coordenadora do curso, que respondeu desconhecer a satisfação dos docentes e

discentes referente ao acervo disponibilizado e por não estar a par da atualização

dos materiais de cada disciplina.

Observamos também que muitos dos docentes buscam atualizar seus planos

de ensino, e até buscam novos meios para repassarem seus conhecimentos,

quando não há disponível no acervo os materiais os quais necessitam. Por exemplo,

o coordenador e professor do curso de Turismo enfatizou que, por não haver muitas

bibliografias disponíveis para a área, buscam alternativas que preencham esta falta,

mantendo um bom aprendizado. Outro curso que também apresenta esta carência

de bibliografias disponíveis (não por parte da biblioteca em si, mas sim por escassez

de Editoras na área) é o de Biblioteconomia, onde a coordenadora comentou que os

docentes também procuram novos meios e materiais para serem repassados em

sala de aula. Entretanto, existem aqueles que ainda se prendem e acomodam-se em

seus planos de ensino defasados e com bibliografias desatualizadas, como explanou

a coordenadora do curso de Ciências Contábeis, onde ainda existem docentes que

não atualizam suas bibliografias e não buscam novas alternativas ou materiais.

A resposta destes pontos negativos transparece nas avaliações realizadas

pelo MEC/INEP, principalmente no Enade, tanto que o coordenador do curso de

Administração demonstrou certa preocupação com o nível que a prova apresenta e

o nível em que o aluno se encontra. Por não haver – no geral – atualizações

periódicas das estruturas curriculares dos cursos (com exceção do curso de

Turismo) e seus PPCs, muitos dos alunos não se encontram preparados para serem

avaliados no nível em que o MEC acredita que deveriam estar para o mercado de

trabalho.

Logo, outro ponto importante a ser levantado está ligado ao comprometimento

do colegiado de graduação e o Núcleo Docente Estruturante em se manter vigente e

participativo em suas reuniões periódicas. Faz-se necessário que haja transparência

e urgência em buscar e aprimorar o curso de graduação, mantendo uma qualidade

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de ensino excelente e uma resposta positiva por parte de seus discentes ao se

depararem com a nova postura do curso.

Assim, é de extrema importância a comunicação entre a biblioteca e/ou

bibliotecário e a coordenação do curso, principalmente no que diz respeito aos

materiais informacionais a serem solicitados, pois todos os entrevistados

responderam que nunca solicitaram algum tipo de auxílio junto a Seção de Seleção

da BCZM, criando, assim, um ruído nesta troca de informações pertinentes em

ambas as partes. É de extrema importância criar esse elo entre estes dois

profissionais: o gestor da informação (bibliotecário) e o que dissemina a informação

(docente).

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APÊNDICE A – Perguntas de Identificação

1) Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

2) O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

3) O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

4) O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

5) Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

6) A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

7) O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

8) Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

9) Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

10) Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

11) Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com relação

às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

12) Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

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13) A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

14) Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

15) Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

16) A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

( ) Sim ( ) Não

17) O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP. O

departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

18) Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo docente

para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

19) A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção de

Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

20) Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

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APÊNDICE B – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora

do curso de Biblioteconomia

Data: 09/08/2016

Hora: 15:11hs

Duração: 00:12:00 (doze minutos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Estou no terceiro ano.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Sim, as reuniões, as ordinárias de colegiado acontecem uma vez por semestre - que

é obrigatória – e as extraordinárias quando tem necessidade.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Sim, desde 2014 iniciou uma discussão do projeto pedagógico pra atualizar e

dividiram, no caso as discussões da atualização do projeto pedagógico do curso

acontecem no Núcleo Docente Estruturante, que é uma alça do colegiado,

praticamente todo mundo que faz parte do colegiado, faz parte do NDE. As

discussões iniciaram em 2014 e vão finalizar agora em 2016.

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

Está. Trabalhando a todo vapor!

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

Depende muito da demanda que é colocada pela necessidade mesmo de tempo,

então nesse segundo semestre irão ter a média... São cinco reuniões para terminar

esta discussão toda do projeto pedagógico do curso. A proposta é agosto e

setembro, terminando em outubro, pra daí no semestre de 2017.1 já ter a nova

estrutura curricular. A periodicidade é muito de acordo com o tempo do grupo,

porque todo mundo participa e em alguns momentos a gente teve aqui, reuniões

quase diárias dos diferentes grupos do NDE e quando todo mundo faz o grosso do

trabalho, que era rever todas as disciplinas, ementas, objetivos, enfim, aí demos

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uma relaxada e agora a gente vai rever e discutir o fluxograma montado no semestre

passado. Irão ver agora se irão precisar de ajustes pra depois já fixa, ligar com as

resoluções que faltam. A última atualização mesmo foi em 2010. Houveram

mudanças no projeto todo que é de 2007. 2010 foi feito só uma pincelada... Agora

que irão entrar nas resoluções.

6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

Sim, porque periodicamente a sociedade apresenta demandas que não irão ficar

atendendo sempre a partir de uma mudança de mercado, por exemplo. Mas a

concepção do que é a profissão, eles tem a necessidade de mudanças, por

exemplo, capacitam melhor os estudantes de biblioteconomia para algumas lacunas

que no currículo anterior já apresentaram, um exemplo, o fortalecimento de

disciplinas como Biblioteca Escolar. É uma disciplina que já existia desde 2010, mas

que não havia talvez uma noção maior do egresso nesse mercado, então é muito

tímida... A outra questão que se fortaleceu agora é a questão das disciplinas de

Gestão e Empreendedorismo, o serviço publico não é, apesar de ainda ser o maior

órgão que absorvem os egressos, ainda não vai permanecer assim. Estão vendo o

momento da política no Brasil e que isso vai ter um efeito dominó pras próximas

gerações. Investir no empreendedorismo é um foco, percebido nesse... E nem falar

nas tecnologias também.

7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

Estão no momento em período de reuniões para a atualização do PCC.

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Sinceramente, não.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

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Sim.

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Sim, porém os docentes sabem que os materiais informacionais, livros ou artigos,

quanto mais sua quantidade a abrangência, melhor será o aprendizado.

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Não.

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Sim, mas por haver uma carestia de editoras da nossa área, os docentes pesquisam

outros meios também, como comentei anteriormente, para suprir um pouco esta

falta.

13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

Não, mas os avisos via SIGAA estão sempre disponíveis.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Sim, só acho um pouco complicado às vezes quando algumas editoras não estão

cadastradas, tornando o processo um pouco mais lento...

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

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Não, entretanto estamos procurando sempre manter ou melhorar a situação que se

encontraram ou encontram.

17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

Não. Abrimos um processo para reivindicar alguns pontos que julgamos injustos na

avaliação do MEC, mas até agora – que já chega a quase 1 ano e meio – não

obtivemos resposta alguma.

18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

Como comentei anteriormente, ainda estamos em processo e também com atenção

aos docentes e suas qualificações.

19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

Não.

20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

Sim, pois é constante o desejo por melhorias no acervo e no próprio sistema.

Melhorias são sempre bem vindas.

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APÊNDICE C – Respostas referentes ao questionário realizado ao coordenador

do curso de Turismo

Data: 11/08/2016

Hora: 11:30hs

Duração: 00:26:52 (vinte e seis minutos e cinquenta e dois segundos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Meu cargo é um cargo temporário chamado de protempori, porque tanto o

coordenador como o vice estão afastados por um bom tempo. Então foi solicitado

entre abril e maio alguém que substituísse os dois. Ocupo um cargo até o fim do

mandato.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Nós realizamos... Como participava como professor e agora eu realizo como

coordenador. A última reunião que nós tivemos foi em junho. Acordamos que haja

reuniões todo semestre, mensalmente, durante as aulas, tanto da coordenação

quanto do departamento. E dependendo da pauta, se for pequena, fazemos juntas.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Costuma e inclusive fez uma mudança agora, foi um processo bem lento,

começamos em 2014, terminamos em 2015. Fechamos a nova grade curricular que

entrou em vigor agora em 2016.1. Então foi um processo bem participativo, inclusive

presença de aluno, quando eles colocavam algumas opiniões e a professora Leiliane

– a vice – que encabeçou esse processo. Processo que contou com todos os

professores. E agora que estamos nesse processo de adaptação, as duas grades

acontecendo ao mesmo tempo, os alunos que entraram antes de 2016, os alunos

que entraram depois de 2016, alunos que querem migrar de 2011 para agora, então,

estamos agora nesse momento meio. E surge novas regras dentro das nossas

resoluções...

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

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Está.

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

A periodicidade do NDE, eu vou te dizer que não tenho muita noção dos meses

exatos, mas até o período que foi construído a nova grade existia reuniões mais

corriqueiras por causa dessa deles fecharem esses requisitos... As discussões do

NDE acontecem nas reuniões do colegiado, acontece nas plenárias, então acaba

sendo integrada a reunião do NDE junto com os outros professores que não são.

6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

Por enquanto a gente não vê essa necessidade, mas é como eu falei, por exemplo,

algumas questões de ordem burocrática mesmo... Da adaptação da turma nova, da

turma antiga que quer entrar na grade nova... Mas a gente acredita que o “que tá lá”

está bem completo.

7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

Foram realizadas várias reuniões para atualizar o PPC, grade curricular... Mas por

enquanto estamos resolvendo outros detalhes...

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Vou te dizer que não temos esse acompanhamento. O que a gente percebe muito

são as avaliações que os alunos fazem do próprio docente. Acompanhamos mais o

cotidiano deles do que a questão dos planos. Eu particularmente não me debrucei

muito com os planos dos professores. A gente se debruça mais com a relação que

tem com a turma, o resultado anterior daquele professor.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

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Eu acredito que nós do Turismo tendemos a buscar coisas novas porque nós não

temos muita bibliografia, então a gente vai captando coisas novas. Inclusive como

temos uma pós-graduação e os professores da graduação estão na pós-graduação,

então são sempre muito atualizados.

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Acredito, porque a gente se preocupa cada vez mais com essas questões

bibliográficas. Porque a pós-graduação exigiu do departamento de Turismo como

um todo, uma preocupação da nossa linha de pesquisa, do que é, que autores

iremos trabalhar, quais as principais referências, então é uma preocupação da pós

que acabou chegando na graduação também... Porque os professores da pós são

os mesmos da graduação, então eu acredito que sim.

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Acredito que a gente tenha na própria avaliação dos professores, tem algumas

perguntas tendo em questão a bibliografia, mas uma avaliação exclusiva ou um filtro,

eu acredito que não.

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Eu acredito o seguinte: quando penso em bibliografia eu penso na bibliografia que a

universidade fornece; quer dizer, a biblioteca, os arquivos digitais que a universidade

fornece... Mas acredito também que essa bibliografia, hoje em dia, os professores

buscam arquivos científicos, então eu acho que em geral estão satisfeitos o que

talvez eu, aí eu vou falar quanto professor, sinto às vezes dificuldade é muitas vezes

o próprio aluno não quer ler, aí a gente fica se perguntando “é melhor eu trocar em

miúdos o que tem naquele artigo ou naquele livro, para que eu possa dar meu

conteúdo ou eu vou fazer com que esse menino ou essa menina engula esse texto,

leia esse texto?” Então às vezes acaba de eu não colocar o texto profundamente,

colocar o texto ali, mas com uma certa ciência de que ele não vai ser profundamente

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estudado, mas que eu vou ter esse papel de aprofundar na sala de aula, sem que

eles tenham lido profundamente.

13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

Com certeza. Eu me lembro que Leiliane fazia muito esse trabalho. Eu,

honestamente, como entrei agora em maio, eu acabei que não fiz essa solicitação,

essa chamada para os professores. Mas durante o processo de gestão de Leiliane e

de Carlos Porto (coordenador), recebemos com frequência solicitação e essa

solicitação muitas vezes era contemplada.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Sim. A forma de solicitação eu achei tranquila, eu só não sei como funciona por

exemplo, ao chegar lá o que é que determina a escolha do meu livro ou do seu livro.

Quais são as regras que envolvem contemplar tais pedidos e não outros. Talvez isso

para mim não seja muito transparente. Mas não porque eles queiram esconder isso,

mas por mim que nunca procurei saber exatamente, mas eu acho tranquilo.

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

A gente teve uma avaliação agora, se não me engano em 2015. E nós temos o

Enade agora também, então nós temos essa preocupação e existia até uma agenda

quando entrei em 2014.1 (por meio de concurso), então de lá pra cá acredito que

talvez a maior mobilização à essas avaliações foi com relação ao Enade. Existiam

encontros com os alunos, a gente estudou a pauta, ou seja, o que é que eles iriam

avaliar de fato, o que foi estrategicamente para facilitar o acesso às informações que

eles iriam buscar.

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17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

A nota não é tão satisfatória, principalmente quando você declina né? E isso foi uma

pauta que a gente levanta sempre. A questão da nova grade, ela vem também em

resposta a esse resultado, até porque várias das disciplinas, dos conteúdos que

viraram obrigatórios por exemplo, eram conteúdos que estavam sendo considerados

dentro da prova do Enade e que eram disciplinas optativas. Então vários alunos

possivelmente poderiam estar fazendo a prova sem nunca terem estudado aquele

tema. Então a gente acabou levando em consideração isso e acho que já é uma

resposta a essa ideia. E outra coisa também, o aluno muitas vezes está

desmotivado, pelo mercado mesmo. O aluno no caso de Turismo. Então às vezes

ele não vê muito bons exemplos, pessoas de sucesso na área de Turismo, na

cabeça deles eles não observam muito esse cenário, então outra forma também que

a gente tem de motivação do lado de fora pra dentro, faz com que os alunos queiram

estudar mais, faz com que os alunos se sintam mais próximos do curso. Então eu

acho que pelo menos nesta minha pequena gestão, é uma pauta que eu tô

querendo levantar: fazer com que o aluno veja pessoas de sucesso no mercado, que

se encontrem nesse mercado. E quando ele faz isso eu percebo claramente a

motivação para estudar mais. É impressionante.

18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

A gente também no período do Enade faz alguns simulados, encontro com os

alunos. Principalmente aqueles que vão. Eles fazem uma eleição para quem vai

fazer a avaliação, a prova. Então a gente acaba realizando alguns encontros para

discutir as provas anteriores. Então existe uma estratégia.

19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

Não. Desse pouco tempo que eu estou aqui, desconheço. Eu realmente não fiz

nenhuma solicitação.

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20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

Não tenho muito conhecimento em relação ao SISBI, mas tudo que venha

sistematizar esse crescimento do acervo, que a gente já percebe, que sem nem

precisar entrar na Biblioteca a gente já percebe esse crescimento do acervo, é bem-

vindo. Sei que quando estamos dentro da universidade a gente não tem uma visão

negativa sobre tudo, mas as pessoas estão tendo uma visão muito negativa sobre a

política pública, o governo sobretudo, mas eu não posso negar, a gente não pode

fechar os olhos e não perceber alguns avanços importantes com relação às

universidades brasileiras públicas e eu acho que um desses retratos, principalmente

da nossa universidade, dessa política de apoio, inclusive bibliográfico mesmo, aos

acervos, é o tamanho da estrutura e do acervo que a gente tem na biblioteca.

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APÊNDICE D – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora

do curso de Ciências Contábeis

Data: 16/08/2016

Hora: 09:58hs

Duração: 00:14:00 (quatorze minutos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Desde novembro de 2015.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Vamos dizer que sim... Depois que assumi, a cada 3 meses fazemos uma reunião.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Sim, estamos, por exemplo... Recentemente as reuniões que estão acontecendo

este ano estamos fazendo novas atualizações das resoluções, por que no final deste

anos, nós já teremos dois anos de um novo currículo... Então, estes dois anos de

novo currículo somos obrigados a fazer uma reavaliação do currículo implantado. Já

estamos fazendo algumas reuniões para tentar verificar algumas resoluções...

Adequar algumas resoluções que não tenham sido adequadas para o novo currículo.

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

Vigente estão, mas ele não é tão atuante. Infelizmente ele foi muito atuante na

época do projeto pedagógico. Realmente a gente teve uma atuação muito boa, mas

recentemente, como parte dos profissionais que estão no núcleo docente, eles

também fazem parte do colegiado, então acaba sendo a discussão praticamente

dentro do colegiado, mas é uma coisa que a gente já está cobrando, já está

tentando ver se são mais ativos. Se eles contribuem melhor com o colegiado.

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

Do NDE a gente precisa ter pelo menos duas a cada semestre, mas a gente não

está tendo... A última reunião que a gente teve foi semestre retrasado, 2015.2. Em

2016.1 e 2016.2 a gente não teve nenhuma reunião.

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6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

Sim, com certeza. Nós estamos mudando muito, primeiramente a área contábil ela

vem sofrendo desde 2010 em termos de mercado, ela vem sofrendo muitas

atualizações... Dessa forma, os profissionais, eles estão buscando novas

habilidades, buscando atualizações de conhecimento, então a partir disso, a gente

começou a trabalhar o nosso projeto pedagógico.

7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

Sim.

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Pela coordenação não. Nós passamos pela semana pedagógica. Na semana

pedagógica, nós temos um momento em que esses planos eles são apresentados...

Como nós temos um curso pela manhã e à noite, não é nem sempre que o professor

que ensina a disciplina pela manhã, ele também ensina da noite. Dessa forma, na

semana pedagógica, a gente tenta fazer essa integração entre os professores que

estão ministrando as mesmas disciplinas e entre disciplinas, como nós chamamos

de “espinha dorsal”, que seriam as principais do curso, que serial literalmente as

técnicas: Básica I, Básica II, Intermediária I, Intermediária II e Avançado. Mas por

exemplo, eu tenho Bloco de Gerencial, então nesse Bloco de Gerencial eu tenho as

disciplinas que a gente reúne os professores do Bloco de Gerencial para discutir de

que forma está sendo trabalhada... Por que às vezes a gente consegue em algumas

disciplinas, não são todas, algumas disciplinas a gente consegue fazer a

interdisciplinaridade. Um próprio que está sendo desenvolvido numa disciplina e já

dar continuidade... Mas assim, muito mais isso acontece na área diferencial que a

área financeira.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

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( ) Sim ( ) Não

Não... Infelizmente isso ainda está muito a quem. Isso ainda é uma coisa que a

gente está batendo de frente, apesar que já tenha melhorado muito. Tem

professores e Professores, então tem professores que estão engajados mesmo,

literalmente eles estão... Nós temos uma nova estrutura do que é contabilidade, nós

temos várias resoluções, várias legislações, que mudaram um pouco a cara da

contabilidade, então assim... Alguns professores já estão tornando isso para suas

disciplinas, outros já não estão ainda nisso...

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Tem não... Não sabe... Principalmente, por que assim, como nós tivemos essa

mudança, muitos dos livros, eles caíram em desuso, então dessa forma, sempre que

tem chamada, pra fazer novas compras de livros, pouquíssimos professores são

aqueles que entram no SIGAA, que fazem realmente o pedido, então pouquíssimos

professores, porque?! Por que como ainda está muito recente, essas atualizações,

poucos são os livros que já começaram a trazer novas informações. Então muitos

professores não atualizam suas bibliografias, se mantendo ainda na antiga e não

procurando novas alternativas ou materiais.

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Não.

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Não, mas também não podem reclamar, pois uma grande parcela de culpa vem dos

nossos próprios docentes, que não atualizam suas bibliografias.

13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

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Sim, entretanto muitos professores nos seus PPCs passam a bibliografia básica

disponibilizada na Biblioteca Central, mas estimulam os alunos à fazer pedidos dos

materiais complementares, que muitas vezes são até bem mais atualizados.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Não.

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

Não... Houveram muitos problemas com os alunos principalmente, pois a uns dois

anos atrás, realizávamos nos sábados, revisões para ajudar os alunos à se

prepararem para o Enade (como por exemplo), mas os alunos faltavam e não se

esforçavam.

17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

Não.

18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

Tanto no corpo docente como discente, precisam se engajar com o meio acadêmico

e o mercado de trabalho. Desta forma, estamos tentando realizar sempre reuniões

para uma melhoria deste sistema.

19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

Não.

20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

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Sim, mas pra isso é necessário a ajuda principalmente dos alunos à não desistirem

e persistirem no curso, buscando melhorias.

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APÊNDICE E – Respostas referentes ao questionário realizado ao coordenador

do curso de Administração

Data: 19/08/2016

Hora: 10:25hs

Duração: 00:10:04 (dez minutos e quatro segundos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Três anos.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Realiza.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Recentemente, no último ano passou a atualizar... A gente está trabalhando nele.

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

Está.

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

Quatro meses aproximadamente.

6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

Precisa, apesar de ter sido feita em 2005, nós fizemos pequenas alterações

continuamente. E estamos fazendo agora de novo... E agora que definitivamente o

PPC vai mudar. Mas a gente sempre vai mexendo na grade, vai atualizando, vai

dando...

7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

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Olha, a gente não especificou prazo, pra essa atualização periódica... Eu também

não tenho certeza o que consta no plano do departamento.

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Mais ou menos... Não é o ideal... Os planos estão desatualizados... Assim: o que o

professor dá na sala, que ele atualiza continuamente a gente pede todo semestre tá

divergindo do projeto... Então a administração é muito dinâmica, todo semestre tem

uma novidade, então isso vai pra sala de aula, o professor coloca no plano dele e vai

divergindo um pouco daquele plano de 2005... Administração é muito dinâmica.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

Eu acho que sim... Os docentes nossos, eles sempre se preocupam em ter

conteúdos atualizados nas salas de aula... A grande maioria dos professores.

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Olha, a gente tem muitos professores envolvidos na pós-graduação. Assim, a gente

trabalha em três programas de pós, então os professores produzem bastante coisa.

Eu levo alguns textos meus pra sala, mas eu não posso responder se a maioria faz,

mas uma grande parte faz... Uma grande parte pesquisa, uma grande parte produz.

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Não, só a avaliação institucional que é feita no semestre... Da coordenação não tem.

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Eu acho que sempre a gente pode melhorar... O ideal era que a gente tivesse uma

bibliografia básica do curso. O aluno entrasse sabendo que tivesse que comprar

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aqueles vinte livros mais importantes. Eu já lancei essa ideia, a gente já discutiu com

a antiga chefe do departamento, mas a gente não implementou. Por que a gente tem

os livros clássicos que a gente usa, mas isso podia tá mais sistematizado. Talvez

agora a gente incorpore no projeto pedagógico.

13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

Todo semestre... Acho que isso já é um fluxo contínuo... Tem um prazo, mas todos

sabem. É uma coisa bem disseminada na universidade.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Já, porque na minha disciplina ele é muito básica, então a biblioteca está lotada de

material dos meus livros... Por que como eu dou aula de Produção... Na área de

Produção, a biblioteca tem tudo o que eu dou, tem toda minha matéria, então é bem

tranquilo. Já pedi muito tempo atrás e os problemas básicos são os mesmos, que é

a disciplina introdutória de produção, de logística... A universidade tá muito bem

servida.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Podia ser mais fácil... Na verdade ele não está “nas pontas dos dedos” pra fazer

não... Poderia ser uma coisa mais fácil, realmente.

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

Se prepara.

17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

Tivemos cinco em todas as avaliações recentes nos últimos 15, 20 anos e na última

tivemos quatro... E não, não estamos satisfeitos. A gente quer voltar pra cinco.

Inclusive fizemos um grande esforço para a preparação agora na conscientização

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dos alunos que iam fazer a prova, porque acredito que isso vai fazer alguma

diferença, mas a gente hoje... Por que assim, eu até participei da equipe que

elaborou a prova e o que aconteceu pra prova passada, na penúltima, é que a prova

veio muito difícil e ela diferenciou a escola excelente da muito boa... Mas ela não era

boa para diferenciar a universidade E da D, da D da C, a C da B... Ela era tão difícil

a prova que ela não discriminou. Muitas das questões foram anuladas por que não

tiveram o poder de discriminar e na elaboração da prova agora, a gente distribuiu as

questões de uma maneira mais uniforme: questões fáceis, questões médias, poucas

questões difíceis, pra ver se a gente consegue ter um poder de discriminação

maior... Por que quando a questão é muito difícil e ninguém resolve, ela não adianta

ser aplicada, e eu acho que como a gente, a universidade federal, ela recebe alunos

de um nível cultural mais baixo, por causa de cota de renda, de cota racial, isso

acaba prejudicando a nossa avaliação. A gente tá carregando, a gente tá

transformando um aluno que veio de um nível cultural baixo, então a gente nunca vai

conseguir competir com uma FGV, com uma INSPER, com escolas particulares que

tem nível de excelência. Por que a gente consegue trazer um aluno para o nível

quatro, vamos supor, mas a gente tá precisando de um pouquinho mais pra trazer

ele pro nível cinco. Tá difícil... Eu não sei como vai ser o comportamento agora,

pode ser que a gente tire quatro de novo... A gente vai discutir um pouco sobre isso.

18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

(Respondeu na Questão 17)

19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

Que eu lembre, não.

20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

Olhe, eu acho que a gente tá tão avançado no sistema de bibliotecas, aqui na

universidade, que eu acho que a gente já atingiu um bom nível assim... Eu não

consigo, não tenho assim especialização na área pra propor alguma mudança pra

melhorar... Por que assim, quando eu fiz minha pesquisa de mestrado, eu pedi as

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coisas pelo COMUTE. Hoje em dia você abre a internet, você tem tudo na mão.

Então assim, a informática ajudou muito ao sistema de bibliotecas... Evoluiu muito...

Então eu acho que hoje você consegue acesso ao material muito fácil e o sistema

da nossa universidade está funcionando muito bem eu acho... O nosso repositório

funciona bem, os nossos alunos acham seu material tranquilo... Eu tô satisfeito.

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APÊNDICE F – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora

do curso de Direito

Data: 22/08/2016

Hora: 10:57hs

Duração: 00:09:35 (nove minutos e trinta e cinco segundos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Pouco mais de um ano e meio. Começou em cinco de janeiro de 2015.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Realiza. Dois por semestre, pelo menos.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Sim, ultimamente a gente tem feito muito porque vai haver uma troca.

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

Agora teve mais, mas pelo menos a cada dois meses.

6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

2006. Precisa. A gente tentou fazer algumas coisas. A gente fez uma reforma

pontual, que ajeitou a prática. Ajudou muito, que a esse projeto 2006 acrescentou

toda uma estruturação da didática diferente, mas mesmo assim a gente precisa de

uma atualização. Precisa que a estrutura, o grosso seja mais enxuto e mais

adequado ao que os estudantes pedem.

7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

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Olha, se prevê uma reanálise de três em três anos. Esse de 2006 nunca foi alterado

até porque, como eu disse, teve uma alteração em relação à prática, em relação ao

TCC e acabou que ficou em segundo plano, mas a previsão é de três em três anos.

Mesmo que não mude, mas que se faça uma análise.

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Não. Isso não. Passou foi feito o PPC, mas o anual... É muito difícil. Até deveria,

mas não vou mentir, que é muito difícil procurarem aqui. Procura quando tem. Eu

faço esse tipo de avaliação? Posso fazer? Não posso fazer? Aí fazem, mas de outro

jeito não.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

Sim, nas bibliografias sim.

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Daqui? Vou dizer que não. Não vou mentir...

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Não. A gente conversa principalmente com quem sabe, quem dá aula, dá uma

noção do que eles querem, mas realmente uma pesquisa pra gente ter uma noção

geral, não.

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Olhe... Que eu sinto de um tempo pra cá uma melhora muito grande, mas eles ainda

sentem falta de algum material. Mas de um tempo pra cá a melhora foi significativa.

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13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

Sim. Até 2011, por aí, realmente a coordenação pouco atuava nesse sentido, mas

depois disso a gente tem divulgado o período e tem aceito as demandas.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Julgo. Agora, eu porque tenho domínio de computador. Tem professores que não

tem.

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

Sim. A gente passou por uma que foi ano passado. É um dos cursos mais antigos,

que tem mais de 60 anos, e nunca tinha passado, nunca tinha vindo. Veio ano

passado, aí a gente se preparou.

17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

Manteve o quatro e o cinco no Enade. Olhe, eu achei o quatro injusto. Porque a

universidade, especialmente num projeto pedagógico não foi eu, foi a procuradora

institucional. Um projeto pedagógico atrasado, com que as ementas estavam sem

bibliografia e isso tirou zero, somente. Eu cheguei aqui nessa sala, quando a gente

foi mostrar, que eu ia leva-los à biblioteca. Que o passo é que eles estão com a

bibliografia. “A gente nem vai na biblioteca. Não tem nada”. Aí eu mostrei a versão

correta que tinha, mas eles vão pelo que vai pra lá. Então eu acho pra mim que essa

foi uma falha grande. Porque a gente levou zero numa dimensão toda. Imagine se a

gente tivesse levado... Teria melhorado.

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18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

Bom... A início esse PPC, que além da biblioteca o PPC foi criticado justamente pelo

aspecto, como a gente viu aqui, de desatualizado. E aí que a gente já tá trabalhando

nisso: arquivando material e tudo. Por exemplo, eu tive muita dificuldade no material

do curso de Currículo, diplomas e tudo, aí já estou arquivando tudo. Eu acho que

isso vai ajudar.

19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

Não. Pelo menos não eu.

20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

Eu acho que tudo que se organiza de forma simples e rápida pra gente acessar de

forma eletrônica, auxilia. Pronto, olhando a BCZM, muitas vezes eu só encontrava

um número de títulos para Direito e eu tendo isso separado, sabe, eu fico com essa

informação muito mais segura. Então eu acho isso fundamental pra gente auxiliar

nesse ponto e eu acho que vai ser bem importante.

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APÊNDICE G – Respostas referentes ao questionário realizado à coordenadora

do curso de Ciências Econômicas

Data: 23/08/2016

Hora: 09:22hs

Duração: 00:09:42 (nove minutos e quarenta e dois segundos)

1 – Há quanto tempo ocupa o cargo de coordenador do curso?

Desde 2012... Outubro de 2012.

2 – O colegiado de graduação realiza reuniões periódicas?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

3 – O projeto pedagógico do curso costuma fazer discussões do colegiado?

( ) Sim ( ) Não

Sim. Nós temos um núcleo estruturante que trabalha toda essa parte... Nós inclusive

estamos atualizando o projeto pedagógico, que o nosso é de 2009. Foi implantado

em 2010 e estou querendo terminar minha gestão atualizando o projeto pedagógico.

Aí fazemos reunião núcleo estruturante e o colegiado de curso pra fazer essa

atualização e adequação.

4 – O núcleo docente estruturante está vigente?

( ) Sim ( ) Não

Sim.

5 – Qual a periodicidade para reuniões do NDE?

Geralmente a gente faz umas duas por semestre... Mas no caso de algumas

necessidades, a gente faz novamente.

6 – A última atualização, segundo consulta no SIGAA do PPC do curso foi em

_____. Você acredita que o PPC ou a estrutura curricular precisa de

atualização/reformulação? Por quê?

Precisa, porque tem que adequar as atividades complementares da resolução e

também com relação com algumas ementas de disciplinas que precisam ser

adequadas ao curso e as necessidades dos docentes.

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7 – O plano do departamento em que o curso está vinculado prevê atualização

periódica do PPC/estrutura curricular? Se não, qual a periodicidade para esta

atualização?

Olhe, eu não posso responder por que isso é parte do chefe do departamento, mas

eu creio que contempla.

8 – Os programas de ensino apresentados pelos docentes passam por alguma

revisão/avaliação pela coordenação do curso?

( ) Sim ( ) Não

Então, nesse momento a gente tá atualizando todas as ementas, adequando as

necessidades do curso... É um momento que a gente tá fazendo isso aí, a

atualização das ementas.

9 – Na sua opinião, você percebe por parte dos docentes um engajamento na

preparação/avaliação das Bibliografias?

( ) Sim ( ) Não

Mais ou menos... Eu acho que quando tem necessidade... Só quando tem realmente

necessidade que faz.

10 – Você acredita que os docentes conhecem o impacto que as Bibliografias

produzidas por eles têm sobre o acervo bibliográfico desta área?

( ) Sim ( ) Não

Acho que sim... É bom que tenha né?!

11 – Existe algum tipo de pesquisa de satisfação junto aos discentes com

relação às Bibliografias elaboradas?

( ) Sim ( ) Não

Especificadamente em bibliografias não. Nós estamos trabalhando com o SEDIS na

questão da satisfação do aluno, levantar alguns problemas...

12 – Em relação às Bibliografias, os discentes e o próprio corpo docente se

sentem satisfeitos ou acreditam que possa haver alguma melhoria nos

materiais disponibilizados?

Assim, todo semestre quando abre essa solicitação da biblioteca pra pedidos, ou

comunico aos professores (Questão 13)... Não sei se isso é feito...

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13 – A coordenação estimula docentes e discentes a realizarem demandas por

materiais informacionais nos períodos em que o SISBI abre para estas

solicitações?

( ) Sim ( ) Não

...a gente informa que tá aberto. Não sei se tá atualizado o acervo da disciplina do

professor, por que na coordenação não tem como fazer esse levantamento, que eu

acho que seria bem interessante e não sei se também não estando o professor

pede, solicita.

14 – Você já realizou solicitação de materiais via sistema?

( ) Sim ( ) Não

Não.

15 – Você julga este processo de fácil realização?

( ) Sim ( ) Não

Não sei como é...

16 – A coordenação do curso se prepara previamente para as avaliações

realizadas pelo MEC/INEP?

Olha, a coordenação está em constante atualização... Temos nossos indicadores...

A questão da reprovação, do trancamento... Essas questões que envolvem a

graduação, a gente tá sempre trabalhando em função de melhorias.

17 – O curso __________ no ano _____ obteve nota ___ na avaliação do INEP.

O departamento/coordenação encontra-se satisfeito com sua nota?

( ) Sim ( ) Não

...A gente tá trabalhando pra que tanto a nota do Enade como a nota geral, que essa

nota reverta... Que isso aí não é só o curso de Economia da UFRN... É de uma

forma geral, nacional, os cursos eles apresentam essas notas baixas... Inclusive a

gente teve o ano passado, um congresso da ANGE que é da graduação de

economia, foi discutido isso... Como é que se pode melhorar, como é que pode

trabalhar essa questão... (Engloba a Questão 18)

18 – Se não, o que pode ou poderá ser feito pela coordenação e/ou corpo

docente para apresentar um melhor resultado nas próximas avaliações?

(Na Questão 17)

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19 – A coordenação do curso já solicitou algum tipo de auxílio junto à Seção

de Seleção da BCZM?

( ) Sim ( ) Não

A coordenação mesmo não.

20 – Você acredita que o SISBI poderia contribuir na melhoria do acervo

informacional ligado a este curso? De que forma?

Acho que todo sistema contribui... Assim, é pra contribuir, mas as vezes atrapalha

mais que ajuda... Mas eu acho que sim.