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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA ANDRESSA LAYSE SALES TEIXEIRA A RELAÇÃO DO CUIDAR E EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL NATAL/RN 2015.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA

ANDRESSA LAYSE SALES TEIXEIRA

A RELAÇÃO DO CUIDAR E EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

NATAL/RN 2015.2

2

ANDRESSA LAYSE SALES TEIXEIRA

A RELAÇÃO DO CUIDAR E EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Prof.ª Dr. ª Jacyene Melo de Oliveira Araújo.

NATAL/RN 2015.2

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A RELAÇÃO DO CUIDAR E EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por

ANDRESSA LAYSE SALES TEIXEIRA

Artigo apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Prof.ª Dr. ª Jacyene Melo de Oliveira Araújo.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________ Prof.ª Dr. ª Jacyene Melo de Oliveira Araújo (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_______________________________________________________________ Prof.ª Dr. ª Luciane Schulz

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________ Prof.ª Msc.ª Ivone Priscilla de Castro Ramalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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A RELAÇÃO DO CUIDAR E EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

TEIXEIRA, Andressa Layse Sales¹

RESUMO

Trabalhar sobre o tema alimentação saudável na educação infantil irá contribuir

para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, entre outros, além de

proporcionar uma melhor qualidade de vida para a criança. Pensando nessa

perspectiva o trabalho teve como objetivo apresentar algumas considerações

sobre o papel do pedagogo e a educação alimentar das crianças inseridas na

educação infantil, como também as contribuições ao realizar ações de cuidar e

educar através da alimentação saudável. Para isso, foi necessário realizar

entrevistas e aplicar questionários com professores de dois Centro Municipais de

Educação Infantil na cidade do Natal/RN. Tem como alicerce alguns referenciais

teóricos: Mello (2012), Weiss (1999), Loureiro (2004), Bezerra, Guimarães e Pinto

(2010), Gonçalves (2008), RCNEI (BRASIL, 1998), dentre outros. A ação de

estimular as crianças a ter o hábito de consumir alimentos que favoreçam a saúde

e o desenvolvimento delas não se deve partir apenas da família e dos

profissionais de saúde, os próprios professores podem contribuir nessa promoção

de saúde desde a educação infantil. Pois, a alimentação saudável é muito

importante para o crescimento e desenvolvimento delas, além de ajudar no

processo de ensino aprendizado. Nada melhor do que o próprio educador que

convive semanalmente com as crianças para fornecer informações sobre bons

hábitos alimentares, promovendo atividades que auxiliem nas suas práticas

pedagógicas nos Centros Municipais de Educação Infantil. Então, essa pesquisa

visa contribuir com reflexões acerca do papel do professor da Educação Infantil

na contribuição das suas ações frente as práticas pedagógicas relacionadas ao

tema alimentação saudável, além de proporcionar a visão e o posicionamento das

professoras dos centros pesquisados acerca dos conhecimentos que tem sobre o

assunto.

Palavras-chaves: Alimentação Saudável. Educação Infantil. Desenvolvimento da

criança.

___________________

1 Andressa Layse Sales Teixeira, estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande Do Norte e participante do Programa Institucional de bolsa de iniciação à docência – PIBID.

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INTRODUÇÃO

A inserção de práticas educativas relacionadas à alimentação saudável

na educação infantil não é uma tarefa fácil, visto que nem todas as crianças na

faixa etária dessa etapa da educação frequentam a escola e as que estão na

instituição ainda enfrentam problemas, pois a maioria dessas crianças

matriculadas nos Centros Infantis públicos são muito carentes e muitas famílias

não possuem condições financeiras para oferecer as mesmas uma alimentação

adequada.

Sendo assim, para a escola essa tarefa não é muito difícil. Se a criança

frequentar normalmente, ela receberá a alimentação adequada durante o tempo

que permanece na escola, e esta com a ajuda dos professores tenta garantir que

a criança aceite a alimentação que lhe é oferecida.

Esse tema, atualmente, tem sido abordado no âmbito científico em virtude

do alto número de crianças obesas no país. Segundo Gonçalves (apud

HALPERN, 2003, p.188):

A obesidade infantil é um sério problema de saúde pública que vem aumentando em todas as camadas sociais da população brasileira. Prevenir significa diminuir, de forma racional e barata, a incidência de doenças crônico-degenerativas, como o diabetes e as doenças cardiovasculares, e um grande palco para a realização deste trabalho é a escola, que pode possibilitar a educação nutricional, juntamente com a família. Assim, a alimentação saudável é hoje um conteúdo educativo e a incorporação desses hábitos pode dar-se na infância. É justamente por isso que pais e educadores vêm, ao longo de anos, concordando com a necessidade de a escola assumir um papel de protagonismo nesse trabalho.

Uma das tarefas do professor é orientar as crianças para que elas

conheçam os tipos de alimentos que são oferecidos na escola. E os professores

fazem isso de forma lúdica, inserindo no planejamento escolar atividades que

envolvam a prática de alimentação saudável.

O professor da educação infantil incentiva seus alunos a aceitarem o

alimento através da contação de história (chapeuzinho vermelho com a cesta de

frutas para a vovó), realizando projetos que implementam a horta na escola e

informando à criança a importância de consumir frutas, verduras e legumes. Outro

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ponto importante é o professor consumir o alimento que foi oferecido para a

criança. Fazendo isso o professor pode conseguir com que uma criança que não

queira aceitar um alimento passe a aceitá-lo já que o docente, pessoa que a

criança gosta e confia, está consumindo aquele alimento.

Importante se faz ressaltar que durante as refeições das crianças a

professora pode orientar sobre os nutrientes contidos naquela alimentação. Para

isso o professor deve pesquisar sobre os conteúdos que serão abordados no

ambiente escolar. E estar sempre atento ao alimento oferecido diariamente no

cardápio da instituição.

As diversas situações cotidianas nas quais os adultos falam com a criança ou perto dela configuram uma situação rica que permite à criança conhecer e apropriar-se do universo discursivo e dos diversos contextos nos quais a linguagem oral é produzida. As conversas com o bebê nos momentos de banho, de alimentação, de troca de fraldas são exemplos dessas situações. Nesses momentos, o significado que o adulto atribui ao seu esforço de comunicação fornece elementos para que ele possa, aos poucos, perceber a função comunicativa da fala e desenvolver sua capacidade de falar. (BRASIL,1998, p.123).

Para que isso ocorra o profissional de educação deve buscar orientações

dos profissionais de saúde e nutricionistas disponíveis nas Secretarias de

Educação. Esses profissionais são os responsáveis pelo controle e fornecimento

do cardápio dos Centros Infantis de Educação.

Além de buscar informações em trabalhos científicos. Segundo

Pietruszynski et al. (2010, p.224), “a inserção do alimento nas práticas

pedagógicas torna-se uma opção para realmente efetivar ações de promoção da

saúde na escola, possibilitando a formação de indivíduos conscientes e com

hábitos de vida saudáveis”.

Muitos acreditam que só os profissionais de saúde podem orientar os

alunos sobre ter uma alimentação adequada, porém não é verdade. Nos Centros

Municipais os professores recebem orientação pedagógica de como inserir

atividades que incluam alimentação saudável e insere em sua prática cotidiana o

estímulo à criança na aceitação dos alimentos oferecidos na instituição.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil-

RCNEI (1998, p.31) "o professor, também é modelo para as crianças". E deve ter

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como indicador os Referenciais no desenvolvimento de todas as atividades

referente a cada eixo de desenvolvimento infantil.

O professor deve eleger temas que possibilitem tanto o conhecimento de hábitos e costumes socioculturais diversos quanto a articulação com aqueles que as crianças conhecem, como tipos de alimentação, vestimentas, músicas, jogos e brincadeiras, brinquedos, atividades de trabalho e lazer etc. (BRASIL, 1998, p.182).

Convivendo diariamente com as crianças os professores estabelecem um

vínculo e uma relação de cumplicidade com elas. As trocas de experiências

proporcionam uma melhor qualidade de ensino e facilita a aceitação das crianças

pelo alimento. Para que elas se sintam bem no ambiente da escola os docentes

preparam os cantinhos na sala de aula e vão adaptando para despertar nos

pequenos a confiança na instituição e no próprio professor.

Segundo Moura (2012, p.19):

Esse papel implica, aos profissionais responsáveis pela organização da rotina, a necessidade de conhecer sobre o que se está objetivando quando se organiza um determinado ambiente, se propõe certa atividade e se dispõe determinados materiais num certo tempo. É preciso, portanto, conhecer as crianças, o que implica compreender seu desenvolvimento, suas necessidades e possibilidades para organizar o cotidiano com tempos e espaços que constituem formas de intervenção intencional do professor sobre a atividade infantil e, portanto, sobre suas possibilidades de desenvolvimento.

Desse modo a atividade do professor e o seu conhecimento sobre

qualquer atividade que pretende desenvolver é parte relevante do projeto

educativo, ou seja, ao instituir as metodologias do cotidiano, o professor educa as

crianças e isso se constitui como prática pedagógica.

Segundo Gonçalves et al. (2008, p.190):

Essa necessidade de ter um local ou espaço para as trocas de saberes possibilitam tanto os profissionais da educação quanto os profissionais da saúde a introduzir atividades com relação ao tema, além de auxiliar esses educadores quanto a forma mais adequada e correta para cada faixa etária.

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Essa preocupação em trabalhar a formação de hábitos saudáveis desde

os anos inicias de vida da criança possibilita para vários fatores que contribuirão

para a saúde e desenvolvimento dela. Esses fatores podem ser genéticos ou

questão ambiental, como por exemplo a própria alimentação.

Segundo Wolansky (1970, apud ROMANI E LIRA, 2004, p.16):

O processo de crescimento está influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre os quais se destacam a alimentação, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, fatores que atuam acelerando ou retardando esse processo.

Para que as crianças tenham uma melhor qualidade de vida e um bom

crescimento é fundamental que nas práticas pedagógicas do educador, ele insira

nas ações educativas o tema educação nutricional no ambiente escolar.

[...]os representantes da equipe pedagógica, e, sobretudo, o professor, devem ser incorporados como membros centrais da equipe de saúde escolar, pois além de possuírem uma similaridade comunicativa com seus alunos, têm maior contato com eles e estão envolvidos na realidade social e cultural de cada discente, aspectos estes que facilitam o trabalho. (Davanço et al., 2004, apud GONÇALVES, 2008, p.190).

O interesse pelo tema surgiu a partir da participação da própria autora em

um programa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, que

tratava da alimentação das crianças.

Durante o programa foram surgindo os questionamentos e a partir de

então formulei as hipóteses que poderiam ser abordadas para a solução ou não

dos questionamentos. Foram: A) Como o pedagogo pode contribuir para que nas

suas práticas pedagógicas utilizem os conteúdos sobre alimentos saudáveis no

ambiente escolar? B) Qual tipo de incentivo o educador pode proporcionar para

as crianças que não possuem o hábito de consumir alimentos adequados? C)

Qual o papel do pedagogo em relação ao cuidar e ao educar da alimentação das

crianças?

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Pensando nisso esse trabalho tem como objetivo geral apresentar

algumas considerações sobre o papel do pedagogo e educação alimentar das

crianças inseridas na educação infantil e as contribuições ao realizar ações de

cuidar e educar através da alimentação saudável.

Para o desenvolvimento da pesquisa teve como processo metodológico a

utilização de fontes primárias, secundárias e realização de um levantamento de

dados, baseado em uma pesquisa do tipo exploratória e descritiva. Pois, coletou

dados através de questionários e entrevistas e teve embasamento teórico.

Para isso foi necessário realizar pesquisas bibliográficas que abordaram o

tema proposto. Segundo Fonseca (2002, p.32) “a pesquisa bibliográfica é feita a

partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por

meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos e páginas de web

sites”. Essa pesquisa está relacionada com elementos da pesquisa do tipo

qualitativa associados com as observações e na análise de dados.

Para a coleta de dados utilizamos a aplicação de um questionário com

professores de dois Centros Municipais de Educação Infantil - CMEI e entrevistas

com os gestores desses centros. A proposta era saber se esses profissionais

aplicavam em suas práticas conteúdos que envolvesse o tema alimentação

saudável, como e onde eram feitas essas mediações. Se existia a relação do

cuidar e educar promovendo uma alimentação adequada e se haviam trabalhados

algo sobre o tema. Além de averiguar como esse profissional pode atuar em sala

de aula quando o assunto é alimentação saudável e quais as condições que o

estabelecimento de ensino proporciona ou aborda sobre esse tema.

Para isso, foram escolhidos dois Centros com contextos sociais e

econômicos diferentes, a pesquisa foi desenvolvida no CMEI professora Elaine do

Nascimento Lopes localizado na travessa Treze de Maio, nº 16 no bairro Dix Sept.

Rosado na cidade de Natal/ RN e o outro é o CMEI professora Antônia Fernanda

Jales, localizado na Rua Rio Suassui, S/N, Conjunto Satélite, no bairro de

Pitimbu, também na cidade de Natal/RN.

Nesse trabalho constaram as análises das entrevistas e dos

questionários, envolvendo o conhecimento científico através das pesquisas

bibliográficas. Portanto, o artigo está organizado da seguinte forma: além da

introdução na qual o objetivo de estudo e percurso geral da pesquisa; na segunda

seção será abordada a importância do alimento para o processo de ensino e

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aprendizado, buscando identificar e analisar a importância do alimento na vida

das crianças; na terceira seção a relação do cuidar e educar através da

alimentação saudável, no qual abordou o que o profissional de educação pode

proporcionar para seus alunos quando se trata da relação do cuidar e educar; na

quarta seção a alimentação saudável na Educação Infantil, nela pretende-se

demostrar que no ambiente escolar, principalmente na educação infantil pode ter

a promoção de alimentos saudáveis; na quinta seção o papel do pedagogo e suas

práticas educativas, fala-se da importância que o pedagogo pode influenciar em

suas práticas pedagógicas na estimulação do consumo de alimentos favoráveis a

saúde dos alunos; e por fim na sexta seção foram discutidas as considerações

finais de todo o trabalho.

2 A IMPORTÂNCIA DO ALIMENTO PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZADO

A criança tem o contato com o alimento desde a gestação da mãe,

quando é alimentado através do cordão umbilical. O consumo do alimento é muito

importante para o desenvolvimento do bebê dentro do feto. Ao nascer a

alimentação passa a ser através do aleitamento materno.

O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo, fornecendo inclusive água, com fatores de proteção contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. (BRASIL, 2002, p.19).

Nos primeiros anos de vida quem é a responsável pela alimentação da

criança é a mãe, então ela deve ter os devidos cuidados para que esse bebê

possa consumir alimentos as quais forneçam nutrientes e supram suas

necessidades. Segundo Lazari et al. (2012, p.100), “a alimentação da criança,

desde o nascimento e nos primeiros anos de vida, tem repercussões ao longo de

toda a vida, a mesma é considerada um dos fatores mais importantes para a

saúde da criança”.

O hábito de consumir alimentos saudáveis deve ser visto com maior

atenção depois do aleitamento, pois é nessa fase que a criança passará a utilizar

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autonomia e usufruir dos sentidos, principalmente do paladar, para averiguar o

que mais lhe agrada.

A espécie humana necessita de uma dieta variada para garantir uma nutrição adequada. O consumo de uma variedade de alimentos em quantidades adequadas é essencial para a manutenção da saúde e do crescimento da criança. Para ingerir uma dieta variada, além da disponibilidade dos alimentos, é fundamental a formação dos hábitos alimentares. (BRASIL, 2002, p.36).

Esses hábitos serão influenciados e mediados pelos adultos até uma

certa idade, eles facilitarão essas crianças a começar desde os anos inicias de

suas vidas no consumo de alimentos saudáveis. Para isso, o adulto tem que ter a

consciência e compreender o que realmente é um alimento saudável.

O consumo alimentar na infância está intimamente associado ao perfil de saúde e nutrição, principalmente entre as crianças menores de dois anos de idade. A amamentação materna exclusiva até os seis meses e, a partir dessa idade, a inclusão na dieta de alimentos complementares disponíveis na unidade familiar é o esquema recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as crianças de todo o mundo. Essa recomendação se pauta no conhecimento de que até os seis meses de vida o leite materno exclusivo é suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais da criança, além de favorecer a proteção contra doenças. Após essa idade, a inclusão dos alimentos complementares no esquema alimentar da criança tem o objetivo de elevar, principalmente, as quotas de energia e micronutrientes, mantendo-se o aleitamento ao peito até 12 ou 24 meses de idade da criança. (OLIVEIRA et al., 2005, p.460).

Atualmente somos influenciados pelo meio midiático que oferece produtos

industrializados. As propagandas são uma das formas que as empresas nas quais

produzem alimentos processados, mais conhecidos como produtos

industrializados, chamam atenção dos consumidores, principalmente das crianças

para oferecer seus produtos. Uma das formas de atrair e seduzir o público infantil

no consumo de alimentos, como por exemplo, salgadinhos, refrigerantes,

biscoitos recheados, dentre outros onde o índice de açúcar, gorduras e sódio são

elevados, proporcionando vários fatores prejudiciais que seu uso exercível pode

ocasionar vários problemas de saúde para esses futuros adultos.

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E esses problemas podem influenciar no processo de aprendizado do

aluno. Segundo os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil

(2006, p.17):

[...] na instituição de Educação Infantil são perpassadas pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprias das crianças no que se refere à alimentação, à saúde, à higiene, à proteção e ao acesso ao conhecimento sistematizado”.

A criança que não possui uma boa alimentação provavelmente não terá

um desempenho adequado na escola. Pois, a criança que se alimenta

corretamente terá uma melhor disposição em sala de aula. Sabemos que no

ambiente escolar há várias atividades que necessitam que a criança tenha

disposição e energia para realizá-la. Então, a criança que não possui uma

alimentação rica em carboidratos, proteínas, sais minerais, fibras, vitaminas e

outras substâncias não conseguirão fazer, por exemplo, uma atividade física que

requer um grande esforço por parte do aluno.

O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. (BRASIL, 1998, p.15).

Os pais que são os grandes responsáveis pela alimentação dos seus

filhos, devem incentivar a prática do consumo por alimentos saudáveis desde

cedo. Pois, a maior parte da vida da criança é em casa, e eles devem ter atenção

redobrada no que os filhos andam consumindo. A escola e os professores

participam promovendo e ensinando o hábito de consumir alimentos ricos em

nutrientes e que irão auxiliar no processo de aprendizado do aluno.

Segundo Ribeiro e Silva (2013, p.79):

A criança deve ter uma alimentação balanceada e controlada na escola e em casa, facilitando ainda mais seu aprendizado,

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capacidade física, atenção, memória, concentração, energia necessária para trabalhar o cérebro.

Percebe-se que é uma atividade em que todos ao redor da criança

participam. O importante é fazer com que ela compreenda que alguns alimentos

são prejudiciais à saúde e outros não. Esses alimentos prejudiciais, infelizmente

muitas crianças gostam, porém, podem ser consumidos desde que de forma

reguladora. O que importa é a percepção dela sobre o que o alimento proporciona

na vida e na saúde desse indivíduo.

Muitos adultos acreditam que instigar a criança para o ato de comer muito

significar comer bem, porém não é verdade. É interessante ressaltar que a

quantidade dos alimentos que proporcionamos as crianças é algo preocupante,

visto que devemos ter uma consciência atenta sobre isso no dia a dia.

Dentro desse contexto sabemos a importância que tem o auxílio dos

profissionais da saúde como os nutricionistas que orientam e elaboram um

cardápio para cada caso. Tendo em vista que o organismo de um é diferente do

outro, há restrições no consumo de determinados alimentos para algumas

pessoas e isso implicará em uma atenção redobrada.

Sendo assim, a importância dos pais, dos profissionais de saúde, da

escola e do professor ao apresentar ou incentivar os alimentos saudáveis para os

meninos e meninas, de acordo com a faixa etária, tem que ser vista como papel

principal para o desenvolvimento deles e da qualidade de vida dos mesmos.

3 RELAÇÃO DO CUIDAR E DO EDUCAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Antes de falar da relação do cuidar e educar temos que enfatizar que ela

nunca foi tão vista em conjunto segundo a história da educação infantil. Antes as

mulheres eram donas de casas, tinham afazeres domésticos e ficavam com seus

filhos “cuidando” enquanto os homens tinham a tarefa de ir trabalhar. Entretanto,

passados os tempos, a mulher viu a necessidade de trabalhar, porém sua grande

preocupação era onde deixar os filhos. Então, a sociedade logo encarregou de

encontrar uma forma para o cuidado dessas crianças. Surgem as primeiras

creches e instituições de cunho assistencial, para essas mães que trabalhavam.

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Essas instituições eram vistas como uma forma de guardar os seus filhos

enquanto elas trabalhavam.

Com o passar dos anos essa concepção de que a escola era apenas um

lugar para guardar os seus filhos foi modificado e o ambiente escolar passou a ser

visto como um lugar de aprendizado.

Sobre a escola Dessen e Polonia (2007, p.26) diz que “é um espaço em

que o indivíduo tende a funcionar de maneira preditiva, pois, em sala de aula, há

momentos e atividades que são estruturados com objetivos programados e outros

mais informais que se estabelecem na interação da pessoa com seu ambiente

social”. Na escola a criança durante seu processo de desenvolvimento necessita

de cuidados e educação. Educar possibilitando o desenvolvimento da criança em

vários aspectos, tais como: cognitivo, físico, emocional, entre outros. Oferecendo

a criança ações entrelaçadas entre o cuidar e o educar.

Porém, temos que abordar o seguinte questionamento: o que vem a ser o

educar e o cuidar na educação infantil. Em um dos volumes do Referencial

Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), são discutidos os conceitos

relativos ao cuidar e ao educar. Segundo esse documento o educar significa:

Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, p.23).

Enquanto o cuidar abrange questões de dedicação e observação da

criança em desenvolvimento, tendo em vista, que a educação é um processo

social e que deve perceber o sujeito como um todo. Segundo o RCNEI:

A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos. O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados

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são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados. (BRASIL, 1998, p.23).

Nota-se que nesse documento tanto o cuidar quanto o educar envolvem

aspectos afetivos, cognitivos e emocionais. E para que isso ocorra há um

profissional que irá contribuir para esses aspectos, nesse caso, o professor de

educação infantil.

Muitos livros e artigos vêm abordando a relação do cuidar e educar

intrinsicamente ligados, ou seja, o cuidar e o educar devem constar no ambiente

escolar como um elo inseparável. E partindo para a temática saúde tem que ter

uma preocupação redobrada, pois, é necessário que o docente leve em

consideração as características dos alunos tanto em relação ao crescimento

quanto ao seu desenvolvimento nas diversas faixas etárias.

Segundo Weiss (1999, p.100) “os profissionais da educação infantil,

comprometidos com diferentes necessidades infantis que emergem no cotidiano

pedagógico, são levados a discutir as diferentes formas de cuidar e assistir em

saúde”. Ou seja, esses profissionais devem propiciar para criança formas com

que ela possa se conhecer melhor sobre higiene pessoal, as suas necessidades

físicas, suas limitações, dentre outros que promova o seu desenvolvimento. Weiss

(1999, p.100) cita que no cuidado, o educador e a criança estão interligados em

relação aos valores, crenças e costumes e que esse momento é fundamental

para o processo de ensino-aprendizado.

Então, percebe-se que a relação do cuidar e do educar tem que estar

intrinsicamente ligada, pois é um processo contínuo e o que importa é a

compreensão, o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo. O educador

precisa estabelecer formas e métodos que possibilitem uma melhor aceitação por

parte da criança. Quando tratamos de alimentação é importante relatar que a

criança passa a criar o seu hábito alimentar na infância e isso implica para o resto

da vida. Contudo é fundamental o papel de um adulto para o incentivo de

alimentos favoráveis à saúde dela. Lembrando que não é só na escola que há a

relação alimento/criança, a família tem que estabelecer metas e incentivos

também, já que cada família tem sua tradição, crenças, valores e tabus. Sabemos

e se não haver a relação com a escola implicará no comportamento alimentar do

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indivíduo. Esse hábito tem que ser visto pela criança como um momento

prazeroso.

O ato de cuidar e de educar na educação infantil ajuda no exercício de

autonomia e no autocuidado sobre o desenvolvimento físico e mental, pois a

criança tende a estimular o contato com o alimento desde cedo e acarreta numa

melhor aceitação dele. Porém, algumas medidas devem ser adotadas para que

em sala de aula não aconteça acidentes.

Alguns alimentos, por exemplo, as frutas necessitam de materiais

cortantes para ser degustado. O profissional ou o adulto tem que ter esse cuidado

com a criança e manusear essas ferramentas. Então, não basta só fornecer o

alimento, temos que adequá-lo para esse ser que irá ingerir.

Conforme Vitta e Emmel (2004, p.183) diz que:

Vincular o conceito de educar com o desenvolvimento da criança, ou melhor, ao favorecimento do desenvolvimento da criança em seus planos motor, cognitivos, perceptual, emocional e social como sugere no RCNEI, implica em haver planejamento das profissionais em relação às atividades que irão propor para as crianças.

O profissional antes de aplicar alguma atividade deve antes averiguar a

proposta, os recursos e o material que irá trazer para o ambiente escolar, fazendo

com que a relação de cuidar e educar estejam inter-relacionados.

Além de que um fator preponderante para que esse processo

metodológico educar e cuidar estejam ligados é que ambos devem ser inseridos

nos programas desenvolvidos pela escola e ou em sua estrutura pedagógica

através de ações, do Projeto Político Pedagógico e de orientações externas como

parcerias entre escola e secretaria educação e de saúde. Pois, a escola é uma

das influenciadoras na promoção de hábitos saudáveis, como a alimentação.

4 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A promoção da alimentação saudável no ambiente escolar possibilita ao

educando estudar temas sobre a alimentação, a nutrição e o desenvolvimento de

práticas saudáveis.

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Para que isso ocorra há a necessidade de capacitação de professores e

profissionais que estão diariamente envolvidos com a alimentação das crianças

nas escolas. Como já foi dito anteriormente os profissionais de saúde, o corpo

docente e os demais que tem o contato direto e indiretamente com as crianças

necessitam de uma relação de cumplicidade. Já que, proporcionar uma

alimentação saudável na educação infantil contribuirá para os principais sujeitos

da escola, no caso o aluno.

Mas, para que o alimento chegue até o horário das refeições na escola, a

mesma recebe do governo verbas para custear esses alimentos. Alguns

documentos citam ou até mesmo dispõem de ações sobre as práticas relativas à

promoção da alimentação saudável nas escolas. Um deles é o Programa

Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, também

conhecido como Merenda escolar veio para ajudar os estudantes quanto à

alimentação escolar, pois esse programa tem como objetivo, segundo o portal do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) contribuir para o

crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar deles,

além de que proporciona a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio

da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional.

Quanto ao repasse o FNDE diz que é:

Feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. (BRASIL, 2012, s/p).

Vimos que, por parte do governo há um processo para que essa verba

chegue até a escola, porém a mesma e principalmente os gestores devem saber

administrar corretamente para que não falte dinheiro para a merenda.

A escola tem um papel fundamental para a promoção da alimentação

saudável, segundo Gonçalves (2008, p.184) “o papel da escola centra-se na

preocupação com a construção da consciência crítica de seus alunos”. Pois, a

capacidade crítica desenvolve-se através de uma reflexão sistemática sobre

diferentes situações, conscientizando os próprios pensamentos e emoções e

confrontando-os com o conhecimento adquirido sobre o assunto. (LOUREIRO,

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2004, p.43). O aluno passa a adquirir conhecimento sobre alimentação saudável e

associa com o seu desenvolvimento de capacidade de escolha. Ele tem

autonomia para escolher e reconhecer o que mais lhe agrada.

O ambiente escolar é um perfeito lugar para desenvolver ações sobre a

promoção de hábitos saudáveis, tendo em vista que o aluno passa a maior parte

do dia nesse lugar. Além do que é um espaço onde atividades voltadas ao tema

podem gerar grande repercussão para todos envolvidos, não só fixando no aluno,

como também faz com que os adultos tenham hábitos saudáveis. A

implementação desse tema no currículo das escolas tem que ser vista com maior

atenção.

Para Loureiro (2004, p.45) “a promoção da saúde na escola [...] tem como

principal esforço mudar e desenvolver o ambiente físico e social, de molde a

tornar as escolhas saudáveis mais fáceis”, pois educar é um grande desafio. E

como já foi mencionado o papel da família é um fator primordial. Todos nós, seres

humanos, necessitamos do alimento para o nosso organismo, são eles que dão o

suporte para o funcionamento dele.

Para Safanelli (2012, p.08): “o ato da alimentação é o processo pelo qual

o corpo humano recebe os nutrientes necessários para sua manutenção”. Então,

se não começarmos a incentivar os alunos nesses locais, com estudos sobre

hábitos de alimentação saudáveis, teremos uma futura população com problemas

de saúde. Apesar de que, vimos um elevado índice de crianças obesas nas

escolas brasileiras.

Segundo Halpern (2003, apud GONÇALVES, 2008, p.188): “a obesidade

infantil é um sério problema de saúde pública que vem aumentando em todas as

camadas sociais da população brasileira”. Se não dermos a devida atenção, a

incidência de crianças com problemas de saúde agravará ainda mais.

A escola tem como função incentivar o hábito nas crianças de ingerir

alimentos saudáveis tais como frutas, legumes e verduras, pois é essencial para

que elas cresçam e se tornem adultos com uma saúde boa.

No ano de 2006, surgiu uma publicação do Ministério da Saúde, na forma

de uma Portaria Interministerial (nº 1.010, de 08 de maio de 2006), que fala sobre

a promoção da alimentação saudável nas escolas no geral, no intuito de favorecer

ações nesse ambiente.

Segundo essa portaria há alguns eixos prioritários são eles:

19

I - Ações de educação alimentar e nutricional, considerando os hábitos alimentares como expressão de manifestações culturais regionais e nacionais; II - estímulo à produção de hortas escolares para a realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola; III - estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentos nos locais de produção e fornecimento de serviços de alimentação do ambiente escolar; IV - restrição ao comércio e à promoção comercial no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras; e V - monitoramento da situação nutricional dos escolares. (BRASIL, 2006).

Então, percebemos que o governo brasileiro tem produzido documentos

direcionados ao tema a fim de proporcionar que na Instituição de educação infantil

tenha bases legais para abordar e trabalhar sobre a educação alimentar, além de

que nesse ambiente deve proporcionar a qualidade sobre as práticas

pedagógicas quanto à promoção de hábitos alimentares saudáveis durante as

refeições diárias.

5 O PAPEL DO PEDAGOGO E SUAS PRÁTICAS EDUCATIVAS

Para elaboração desse artigo foi necessário investigar as práticas

pedagógicas adotadas em sala de aula e na instituição. Com isso, foi aplicado um

questionário semiestruturado com professoras de dois Centros Municipais de

Educação Infantil (CMEI) na cidade de Natal/RN. A escolha desses CMEIs foi

para abordar realidades diferentes, tendo em vista que ambos estão inseridos em

contexto social e econômico distintos.

São eles: o CMEI professora Elaine do Nascimento Lopes localizado na

Travessa Treze de Maio, nº 16 no bairro Dix Sept Rosado na cidade de Natal/ RN

e o outro é o CMEI professora Antônia Fernanda Jales, localizado na Rua Rio

Suassui, S/N, Conjunto Satélite, no bairro de Pitimbu, também na cidade de

Natal/RN.

Para isso foi aplicado um questionário com 14 professoras dos dois

Centros. Nele o número de alunos de cada sala de aula variava entre 16 a 25

20

alunos. A pesquisa tinha como foco todos os níveis da Educação Infantil, então há

alunos desde o Berçário até o Nível IV.

Para uma melhor visualização segue um quadro identificando os horários

das refeições dos dois centros:

Quadro 01- Horário das refeições dos Centros pesquisados

Refeições CMEI- Profª Elaine

do Nascimento Lopes

CMEI- Profª Antônia

Fernanda Jalles

Desjejum 07:30- 08:00 07:30

Almoço 10:30- 11:00 10:30

Lanche 12:00 13:30

Janta 15:00- 15:30 Não tem

Nos horários das refeições verificou-se que há um cardápio a ser seguido

semanalmente e que pelo visto muitas crianças aceitavam esses alimentos. O

interessante foi que esses alimentos eram saudáveis como, por exemplo, frutas e

verduras. Porém, em um CMEI o desperdício ainda é uma das características

presente por parte das crianças.

Percebendo isso, vimos a necessidade de questionar com as professoras,

na concepção de cada uma, o que é alimentação saudável e como também o que

sabem sobre isso, as respostas foram:

“Uma alimentação saudável deve incluir alimentos ou nutrientes vitais que atendam às necessidades de cada pessoa, para que ela possa manter peso ideal e garanta a sua saúde”. (Professora 01); “É uma alimentação equilibrada, a qual contém os nutrientes necessários para a saúde do corpo”. (Professora 08); “É toda alimentação que fornece nutrientes para o desenvolvimento do ser humano”. (Professora 09); “É uma alimentação na qual sejam supridas as quantidades de vitaminas que são necessárias para manter o indivíduo bem no físico e intelectualmente”. (Professora 10); “Alimentos naturais sem conservantes e sem gorduras” (Professora 13); “É uma alimentação rica em nutrientes composta por carboidratos, frutas, cereais, etc. que atenda às necessidades”. (Professora 14).

Percebe-se a variação nas falas das professoras, por isso foram citadas

algumas das respostas, e estas se tornaram parecidas. Mas, de uma visão geral

as professoras compreendem que para ter uma alimentação saudável é

21

fundamental que os alimentos fornecidos para as crianças são aqueles que

forneçam nutrientes para o seu desenvolvimento e auxilie no funcionamento do

corpo. Safaneli (2012, p.09) diz que:

A alimentação saudável é extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento do corpo através da retirada dos nutrientes, mas também é importante como fator educacional, onde a criança tem a oportunidade de aprender a mastigar de forma correta, deglutir, bem como estabelecer contato com novos sabores.

A conscientização dos professores sobre o que vem a ser alimentação

saudável é muito importante, pois são eles que irão dar o suporte para o

aprendizado sobre esse tema. Ao perguntar para os entrevistados percebemos

que ficaram receosos ao responder sobre isso. Mas, muitos tinham noção do que

seria o consumo de alimentos e hábitos saudáveis.

Quanto à relação do cuidar e do educar todos disseram que ambos estão

ligados na educação alimentar. E o que chamou atenção nas justificativas foi o

fato de que essa relação ajuda no desenvolvimento do indivíduo e ambas estão

relacionadas. Mello (2000, apud Gonçalves 2008, p.185) pontua que:

Cuidar também é educar. Acrescenta-se que, no cuidado, se exerce uma prática educativa, e, com base nesse enfoque, é pertinente considerar todas as áreas que envolvem práticas do cuidado infantil para que sejam integradas ao objetivo educativo.

Um relato interessante foi o da Professora 07 que fala: “o papel do

educador na instituição de ensino perpassa pela questão do desenvolvimento da

criança. Além de prestar cuidados físicos, cria-se condições para o

desenvolvimento alimentar de forma qualitativa”. Ou seja, fornece para o aluno,

através do cuidar e educar o acesso a informação sobre a qualidade de vida pelo

hábito de consumir alimentos saudáveis e compreender a importância dele na

vida dos discentes. Mello (2012, p.96) trata que:

[...] é necessária a presença do educador como orientador, facilitador como referência e responsável pela atenção e transmissão de informações necessárias para que a criança,

22

desde pequena, seja bem-educada em higienização e desenvolva bons hábitos.

As professoras disseram que orientavam e trabalhavam sobre esse tema

em sala de aula, como também já desenvolveram projetos em sala de aula.

Algumas relataram que foram projetos relacionados a importância da alimentação

para a nossa saúde e seus benefícios, a importância de comer frutas, a

construção de uma horta, a utilização dos sentidos no consumo de frutas,

legumes e outros alimentos, como também a identificação das cores e dos

sabores deles.

Para o desenvolvimento desses projetos utilizaram de atividades como

salada de frutas, a identificação dos nutrientes encontrados em alguns alimentos

que a escola proporcionava durantes as refeições, a elaboração de receitas, a

contação de histórias, a degustação e demonstração das verduras, piqueniques,

oficinas, culinária, pesquisa com a família, murais, cultivo da horta, música sobre

alimentação, a relação das frutas com as cores, formas e sabores, receita de uma

gelatina e fantoches. Apenas uma professora relatou que não produziu nenhuma

atividade sobre o tema.

As professoras entrevistadas viam a necessidade de trabalhar a

alimentação no processo de aprendizagem desses futuros jovens. Notaram que

ensinar as crianças desde pequenas a se alimentar adequadamente ajuda no seu

desenvolvimento, como também na prevenção de doenças. Guimarães et al.

(2010, p.195) diz “a alimentação é primordial para o crescimento,

desenvolvimento e saúde da criança e, para a adoção de hábitos saudáveis, ela

deve contar não só com o cuidado dos pais, como também da escola”.

A função de educador, segundo algumas professoras era de orientar, de

estimular, de educar, de incentivar, de trabalhar, despertar a importância da

alimentação, de conhecer, de conversar, de desenvolver projetos, de fazer

pesquisas e tantas outras funções que os docentes podem inserir nas suas

práticas pedagógicas. Porém, para que isso ocorra a escola tem que auxiliar

nesse processo, quando foi questionado se o CMEI disponibiliza ou faz

recomendações sobre o hábito de consumir alimentos saudáveis das 14

entrevistadas, 10 falaram que sim e 3 relataram que não acontece e apenas uma

não quis responder.

23

Pietruszynski (2010, p.226) diz que “na escola, o conhecimento pode ser

partilhado entre os professores, merendeiras, alunos, pais, enfim, toda a equipe

pedagógica e demais profissionais atuantes na escola”. Toda a comunidade

escolar e a própria família deve ajudar o educando sobre a necessidade e a

importância de criar formas e hábitos que favoreçam a sua construção do

conhecimento ao tratar do tema, como também despertar na criança o interesse

por alimentos saudáveis.

Para isso esse público envolvido tem a perspectiva de elaborar

estratégias e algumas delas podem ser atividades práticas e lúdicas. Como por

exemplo: a elaboração de cartaz em sala de aula, oficinas, a contação de

histórias sobre o assunto, peça teatral envolvendo as próprias crianças,

brincadeiras, entrevista com os alunos e entre eles, o trabalho investigativo,

dentre tantas estratégias que podemos elaborar fazendo com que a criança,

perceba que a alimentação é fundamental para a vida dela e o consumo desses

alimentos saudáveis auxilia no seu crescimento e no seu desenvolvimento.

Pensando nisso as professoras podem desenvolver em seus

planejamentos uma estratégia didática baseada no método investigativo. Pois, os

alunos são motivados a identificar o problema proposto, a elaborar hipóteses,

planejar suas ações, registrar e coletar dados, refletir e confirmar suas hipóteses.

Para a educação infantil esse trabalho pode ser feito através dos

questionamentos das crianças quanto aos alimentos. Para isso há a necessidade

de observar as crianças antes de trabalhar e buscar os conhecimentos que eles

têm sobre o assunto. Além de que esse trabalho também ajuda na autonomia

deles sobre as escolhas dos alimentos e contribui para a toma de decisão.

No ensino de Ciências por investigação, os estudantes interagem, exploram e experimentam o mundo natural, mas não são abandonados a própria sorte, nem ficam restritos a uma manipulação ativista e puramente lúdica. Eles são inseridos em processos investigativos, envolvem-se na própria aprendizagem, constroem questões, elaboram hipóteses, analisam evidências, tiram conclusões, comunicam resultados. Nessa perspectiva, a aprendizagem de procedimentos ultrapassa a mera execução de certo tipo de tarefas, tornando-se uma oportunidade para desenvolver novas compreensões, significados e conhecimentos do conteúdo ensinado. (MAUÉS E LIMA, 2006).

24

No próprio dia a dia, as professoras podem ir investigando os hábitos

alimentares dos seus alunos para que ao trabalhar sobre educação alimentar,

elas tenham a noção do tipo de alimento que eles estão consumindo. E nada

melhor do que colocá-los para investigar determinado alimento. Como foi dito

pelas entrevistadas nos CMEI´s, alguns alimentos que a instituição disponibiliza

são: vitaminas, saladas, frutas, cereais, carnes, peixes, feijão, arroz, leite, cuscuz,

iogute, suco de polpa, sopa, frango, macarrão, ovos e biscoitos. Partindo da

realidade deles, na sala de aula, o docente pode desenvolver sequências

didáticas que contemplem trabalhar os nutrientes desses alimentos consumido

nos Centros, como também investigar de onde vem, como é feito e vários outros

questionamentos.

Então o papel do professor é mediar essas ações de educar e cuidar da

alimentação dessas crianças na educação infantil de forma lúdica e que torne

esse conhecimento significativo. Orientando, conversando e incentivando esses

jovens a adquirir hábitos saudáveis e facilitando ainda mais o seu aprendizado,

como também em aspectos físicos e biológicos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O artigo em questão buscou identificar os desafios que os professores da

Educação Infantil têm sobre a relação do cuidar e educar através da alimentação

saudável, como também a ligação que esse profissional adota em suas práticas.

A prática educativa que contemple cuidar e educar como ações

entrelaçadas pedem um profissional disponível ao constante diálogo com as

crianças, ou seja, o professor deve adotar conversas com seus alunos auxiliando

para que eles tenham uma posição reflexiva diante do que se propõem enquanto

educador, nesse caso a educação alimentar.

O estudo também permitiu investigar essas práticas nos dois Centros

pesquisados e suas ações durante a merenda escolar. Foi observado o ambiente

escolar, pois sabemos que é um importante local para a formação de bons

hábitos alimentares. Sabemos que na escola as crianças realizam atividades e

tem o professor como mediador dessas ações.

O consumo de alimentos saudáveis, como por exemplo, de frutas e

verduras estava relacionado à situação econômica dos Centros, pois enquanto

25

um Centro tinha fartura e desperdício de alimento, no outro era contabilizado e

determinado uma quantidade exata para cada criança. Muitas professoras do

Centro que havia uma melhor condição econômica disseram que muitos alunos

não gostavam ou não queriam comer aquela comida, pois não tinham o hábito

desse consumo. Enquanto na outra instituição, por ser crianças de classe social

menos favorecida, eles viam o alimento como um bem precioso. Todas as

professoras incentivavam, durante a merenda, sobre a importância de comer para

o seu desenvolvimento. Mas, cabia a própria criança a autonomia de escolha.

A educação alimentar e as boas práticas alimentares favorecem no

conhecimento do educando e possibilita a qualidade de vida. As ações

educativas, além de construir com essas crianças o conhecimento sobre a

importância de se alimentar, influencia na promoção de hábitos alimentares para

o resto da vida.

Constatou-se que os pais, os professores, nutricionista e a escola têm

grande importância em relação à construção da cultura alimentar dos educandos,

promovendo uma mediação que auxilie as crianças entre o que é gostoso e não

saudável e entre o que é bom e saudável. Cabe a esses envolvidos criar

estratégias de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar que

apresente a ampliação desses conhecimentos e incentive para aquisição de

práticas alimentares saudáveis.

Então, o estudo possibilitou uma melhor compreensão do papel do

professor sobre a importância de trabalhar esse tema em sala de aula e na

instituição, levando em consideração a saúde e vida das crianças.

ABSTRACT

THE LOOK OF THE INTERFACE AND EDUCATE THROUGH THE HEALTHY EATING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION

Working on the theme Healthy Eating in Childhood Education IRA contribute to the physical, cognitive, physical development, emotional Learn, between other, In addition to providing a Better Quality of Life for Children paragraph. Considering this perspective The study aimed to present some thoughts on the role of educator and Food Education of placed children in kindergarten and how contributions Carry On Caring actions and educate through the Healthy Eating. IT was Necessary to Conduct Interviews and apply questionnaires with Two Children Education Municipal Center Teachers in the Christmas

26

City / RN. As foundation has some theoretical references: Mello (2012), Weiss (1999), Loureiro (2004), Bezerra, Guimarães and Pinto (2010), Gonçalves (2008), RCNEI (BRAZIL, 1998) and among the Others. The Action Encourage Children to have the habit of consuming food to encourage the health and development of them SHOULD NOT BE ONLY From Family and Health Professionals, Teachers themselves CAN contribute to this health promotion from kindergarten. POIs Healthy Nutrition is very important for the growth and development of them, in addition to help in teaching learning process. Nothing Better Than the educator own que Convive weekly with the Pará Children provide INFORMATION About Eating Habits good, promoting activities que assist IN THEIR pedagogical practices nos Child Education Municipal Center. Search a visa contribute Reflections, about Early Childhood Education teacher's role in the contribution of YOUR Actions pedagogical practices such as front Related topic Healthy Eating. In addition to providing the Centers and The positioning of the teachers surveyed Vision About What Has knowledge on the subject.

Keywords: Healthy Eating. Childhood education. Child development

REFERÊNCIAS

BEZERRA, Ingrid Wilza Leal; GUIMARÃES, Priscilla Pereira Machado; PINTO, Vera Lúcia Xavier. Plantando sabores, colhendo saberes. In: PINTO, Vera Lúcia Xavier et al. (org). É de pequeno que se aprender? Promoção da alimentação saudável na alimentação infantil. Natal: EDFRN, 2010. ISBN: 9788572736831 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/ Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998. ______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil. V. 1. Brasília: MEC/ SEC,2006. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de política de Saúde. Organização Pan Americana de Saúde. Guia alimentar para crianças menores de dois anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. ______. Portaria Interministerial n. 1.010 de 08 de maio de 2006. Promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental, nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 de maio de2006. DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contexto de desenvolvimento humano. Paidéia, Brasília, 2007, 17(36), p.

21-32.

27

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Ministério da Educação, Brasil. Alimentação Escolar. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-apresentacao> Acessado em: 02/11/2015. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. GONÇALVES, Fernanda Denardin et al. A promoção da saúde na educação infantil. Interface: Comunicação, saúde e educação, v.12,n.24, p181-192,jan./mar.2008. LAZARI, Taciane Ávila, et al. Importância da educação nutricional na infância. In: Anais...VI congresso multiprofissional em saúde. Londrina/PR: EdUniFil, 18 a 22 de junho de 2012, 2012, p 100- 104. LOUREIRO, Isabel. A importância da educação alimentar: o papel das escolas promotoras de saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública. V. 22, n. 02, p. 43- 55, jul./dez.2004. MELLO, Maura Maria de Sá de. Nutrição e hábitos alimentares saudáveis na primeira infância. In: RAPOPORT, Andrea et al. O dia a dia na educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2012. MAUÉS E. R. C.; LIMA, M. E. C. C. Ciências: atividades investigativas nas séries iniciais. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 72, dez. 2006. MOURA, Mariane da Cruz. A rotina de crianças de zero a dois anos na Educação Infantil e as especificidades infantis. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Educação. Programa de Pós-Graduação. Natal, 2012, 148 p. OLIVEIRA, Lucivalda Pereira Magalhães de et al. Alimentação complementar nos primeiros dois anos de vida. Revista Nutrição. [online]. 2005, vol.18, n.4, p. 459-469. ISSN 1678-9865. PIETRUSZYNSKI, Ellen Beatriz et al. Práticas pedagógicas envolvendo a alimentação no ambiente escola: apresentação de uma proposta. Revista Teoria e Prática da Educação, v. 13, n.2, p. 223- 229, maio/ago. 2010. RIBEIRO, Gisele Naiara Matos; SILVA, João Batista da. A alimentação no processo de aprendizagem. Revista Eventos Pedagógicos. v.4, n.2,p. 77-85, Ago./Dez. 2013. ROMANI, Sylvia de Azevedo Mello; LIRA, Pedro Israel Cabral de. Fatores determinantes do crescimento infantil. Revista Brasileira Saúde Materna Infantil, Recife,4(1):15-23, jan./mar.,2004 SAFANELLI, Andréia Ione Abelino. Alimentação saudável na Educação Infantil. Disponível em:

28

<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/130049/artespedinfpljve1ed016.pdf?sequence=1> Acessado em: 01/11/2015. VITTA, Fabiana C. F.; EMMEL, Maria Luisa G. . A dualidade cuidado x educação no cotidiano do berçário. Paidéia: Cadernos de Psicologia e Educação, v. 14, p. 177-189, 2004. WEISS, Elfy Marfrit Göhring. O cuidado na educação infantil - contribuições da área da saúde. Revista Perspectiva. Florianópolis, v. 17, n. especial, p. 99-108, Jan./Jun.,1999

APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE ESCLARECIMENTO AOS PROFISSIONAIS PARTICIPANTES DA

PESQUISA

TÍTULO: A RELAÇÃO DO CUIDAR E DO EDUCAR ATRAVÉS DA

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

.

Orientanda: Andressa Layse Sales Teixeira

E-mail: [email protected] Telefone: (84) 99844-9550

Orientadora: Prof.ªDrªJacyene de Melo Oliveira

E-mail: [email protected]: (84) 99168-9015

Você está sendo convidado a participar do estudo para o Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) - A RELAÇÃO DO CUIDAR E DO EDUCAR

ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL. A

pesquisa se dar através de um questionário que vai levantar alguns pontos sobre

a educação alimentar e a prática pedagógica adotada pelos professores, no

Centro Municipal de Educação Infantil. O objetivo da pesquisa é investigar o papel

do pedagogo e educação alimentar das crianças inserido na educação infantil e

as contribuições ao realizar ações de cuidar e educar através da alimentação

saudável. Este estudo contribuirá na formação dos graduandos de pedagogia.

29

De acordo com as exigências do Comitê de Ética, serão submetidos à

apreciação dos profissionais: o Termo de Consentimento Livre Esclarecido

(TCLE). A participação do profissional é voluntária, o que significa que ele poderá

desistir a qualquer momento, ficando livre para retirar seu consentimento, sem

que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. Caso decida aceitar o presente

convite, esclarecemos que o profissional participará de um questionário, a

respeito do modo como ele aborda o tema educação alimentar em sala de aula,

como também as suas práticas pedagógicas adotadas durante a profissão

docente.

Após a aplicação dos questionários, realizados no ambiente escolar, será

feito um levantamento de dados e analisados pelos pesquisadores para fins de

produção de conhecimento. Ao participar da pesquisa, o profissional corre os

seguintes riscos: cansar-se da sua participação; não querer compartilhar

informações ou não responder alguma questão e não se sentir à vontade para

participar.

Quanto aos benefícios, estima-se que os profissionais serão estimulados

a escrever e expressar suas perspectivas acerca de um serviço no qual eles são

coparticipantes, dentro de uma perspectiva de atuação no ambiente escolar. O

trabalho conjunto com os pesquisadores se apresentará como um momento de

reflexão sobre a importância de trabalhar a educação alimentar em sala de aula,

através de práticas educativas que promova a ludicidade e também contribuirá na

formação dos graduandos de pedagogia, focalizando a atuação do

pedagogo/educador no espaço escolar. Todas as informações obtidas no

questionário serão utilizadas unicamente em trabalhos acadêmicos. Os nomes

dos participantes serão preservados.

Todas as informações obtidas pelo questionário serão mantidas no

anonimato. Os dados serão guardados em local seguro, ou seja, na unidade de

pesquisa. Na UFRN, serão armazenadas na sala da Coordenadora do Projeto

(Sala 22, 3º andar), localizada no Centro de Educação da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte - Campus Universitário, s/n, Lagoa Nova, CEP – 59.078-

970, Natal-RN, tel. (84) 3342-2270, ramal 252.

A divulgação dos resultados será feita sob a forma de artigo. Em todos

esses trabalhos não serão identificados os voluntários. Você ficará com uma

cópia deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

30

Caso ocorra algum tipo de prejuízo em razão de divulgação indevida dos

dados escritos no questionário, os pesquisadores se comprometem a ressarcir

e/ou indenizar qualquer prejuízo desde que devidamente comprovado de que ele

decorre da pesquisa.

- JACYENE MELO DE OLIVEIRA Sala da Orientadora do TCC (sala 22,

3º andar), localizada no Centro de Educação da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte - Campus Universitário, s/n, Lagoa Nova, CEP – 59.078-970,

Natal-RN, tel. (84) 3342-2270, ramal 252. Telefone: (84) 3342-2270 ramal 252.

APÊNDICE 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE ESCLARECIMENTO AOS PROFISSIONAIS PARTICIPANTES DA

PESQUISA

TÍTULO: A RELAÇÃO DO CUIDAR E DO EDUCAR ATRAVÉS DA

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

.

Orientanda: Andressa Layse Sales Teixeira

E-mail: [email protected] Telefone: (84) 99844-9550

Orientadora: Prof.ªDrªJacyene de Melo Oliveira

E-mail: [email protected]: (84) 9168-9015

Eu, ___________________________________________________________,

Identidade____________________ li e/ou ouvi o esclarecimento acima e

compreendi para que serve o estudo e qual procedimento a que serei submetido.

A explicação que recebi esclarece os possíveis riscos e benefícios do estudo. Eu

entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento,

31

sem justificar minha decisão. Sei que meu nome não será divulgado, que não

terei despesas e não receberei dinheiro por participar. Eu concordo em participar

do estudo

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________.

Natal/RN, Data _________/_________/_______

__________________________________________________________

Assinatura/ Documento de Identidade

APÊNDICE 3

Apêndice A – Roteiro de Entrevista UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Curso: Pedagogia - 6º Sem - 2015.2 Disciplina: TCC II Docente: Prof.ª Dr.ª Jacyene Melo de Oliveira. Discente: Andressa Layse Sales Teixeira QUESTIONÁRIO DE PESQUISA CMEI ______________________________________________________

Número de identificação _______

Nome do participante __________________________________________

Data da entrevista ____/____/______

QUESTIONÁRIO – O PROFESSOR E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

1- Quantos alunos tem na sua sala de aula e qual o Nível que ensina?

Números de alunos__________

Nível _________

2- Qual é o horário, geralmente, que o CMEI disponibiliza para:

Desjejum/ Lanche ______________

Almoço/ Janta _________________

3- Durante essas refeições citadas na pergunta anterior, você orienta ou faz

explicações sobre a importância do alimento para a saúde da criança?

( )SIM ( ) NÃO

32

4- Na sua concepção o que é alimentação saudável?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

5- O que você, como educador, sabe sobre alimentação saudável?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

6- Para você, como educador, a relação de cuidar e educar está ligado à

alimentação saudável? Justifique.

( ) SIM ( ) NÃO

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

7- Dentro da sala de aula, você orienta ou trabalha o cuidado com a alimentação

Saudável?

( ) SIM ( ) NÃO

8- Desenvolve algum projeto ou já desenvolveu sobre alimentação saudável?

( ) SIM.

Quais?__________________________________________________

( ) NÃO

9- Já desenvolveu alguma atividade sobre o assunto?

( ) SIM.

Quais?__________________________________________________

( ) NÃO

10- Quais as funções, você acredita que um professor (a) da educação infantil

pode desempenhar em sala de aula quando o assunto é alimentação das

crianças?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

11- As crianças aceitam todos os alimentos que o CMEI disponibiliza?

( ) SIM ( ) NÃO

12- Durante a merenda quais são os alimentos saudáveis que o CMEI

disponibiliza para as crianças?

33

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

13- Quais são os principais alimentos que as crianças costumam ACEITAR,

quando falamos de alimentos saudáveis?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

14- Quais são os alimentos que as crianças REJEITAM, quando falamos de

alimentos saudáveis?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

15- As crianças recebem alguma recomendação, por parte do CMEI, sobre o

hábito de consumir alimentos saudáveis?

( ) SIM ( ) NÃO

16- Qual é o papel do professor para se trabalhar alimentação saudável dentro da

sala de aula? O que você faria ou já fez?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

17- Outras observações que gostaria de mencionar e que não foram abordadas

nesse questionário:

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

_________________________________________________________________

34

ANEXO 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

À Diretora do CMEI Professora Elaine do Nascimento Lopes

Prof.ª Elifran Araújo dos Santos

Carta de Apresentação

Vimos por meio desta formalizar a autorização para que a nossa orientanda

de TCC, aluna do curso de Pedagogia (CE – UFRN) ANDRESSA LAYSE SALES

TEIXEIRA, tenha acesso a esta instituição para realização de observações e

também de uma entrevista/questionário com as professoras e coordenação

pedagógica, tendo acesso ao planejamento das atividades realizadas pelas

referidas profissionais, com o objetivo de estudar A RELAÇÃO ENTRE O

EDUCAR E O CUIDAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL NA

EDUCAÇÃO INFANTIL, objeto de estudo do TCC da referida aluna.

Desde já agradecemos a colaboração de todos que fazem parte desta

instituição e estamos à disposição para os esclarecimentos necessários, como

também para outros momentos de trocas de experiências.

Atenciosamente,

Jacyene Melo de Oliveira

Professora Adjunto III – mat.1717416

CE/ UFRN

35

ANEXO 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

À Diretora do CMEI Antônia Fernanda Jalles

Prof.ª Danielle Christine de Andrade Queiroz Cunha

Carta de Apresentação

Vimos por meio desta formalizar a autorização para que a nossa orientanda

de TCC, aluna do curso de Pedagogia (CE – UFRN) ANDRESSA LAYSE SALES

TEIXEIRA, tenha acesso a esta instituição para realização de observações e

também de uma entrevista/questionário com as professoras e coordenação

pedagógica, tendo acesso ao planejamento das atividades realizadas pelas

referidas profissionais, com o objetivo de estudar A RELAÇÃO ENTRE O

EDUCAR E O CUIDAR ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL NA

EDUCAÇÃO INFANTIL, objeto de estudo do TCC da referida aluna.

Desde já agradecemos a colaboração de todos que fazem parte desta

instituição e estamos à disposição para os esclarecimentos necessários, como

também para outros momentos de trocas de experiências.

Atenciosamente,

Jacyene Melo de Oliveira

Professora Adjunto III – mat.1717416

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ANEXO 3

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ANEXO4