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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS FACULDADE DE COMPUTAÇÃO Bacharelado em Sistemas de Informação Análise de Confiabilidade de Garantia de Qualidade de Serviço (QoS) em uma Arquitetura WiMAX através de métricas de Qualidade de Experiência (QoE) Edney Almeida do Nascimento Fernando Alves Miranda MARABÁ 2013

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS

FACULDADE DE COMPUTAÇÃO

Bacharelado em Sistemas de Informação

Análise de Confiabilidade de Garantia de Qualidade de

Serviço (QoS) em uma Arquitetura WiMAX através de

métricas de Qualidade de Experiência (QoE)

Edney Almeida do Nascimento

Fernando Alves Miranda

MARABÁ

2013

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

Edney Almeida do Nascimento

Fernando Alves Miranda

Análise de Confiabilidade de Garantia de Qualidade de Serviço (QoS)

em uma Arquitetura WiMAX através de métricas de Qualidade de

Experiência (QoE)

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado para obtenção do grau de

Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientador: Prof. Msc. Warley Muricy

Valente Junior.

MARABÁ

2013

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

Edney Almeida do Nascimento

Fernando Alves Miranda

Análise de Confiabilidade de Garantia de Qualidade de Serviço (QoS)

em uma Arquitetura WiMAX através de métricas de Qualidade de

Experiência (QoE)

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado à Universidade Federal do Sul e

Sudeste do Pará, como parte dos requisitos

necessários para obtenção do Título de

Bacharel em Sistemas de Informação.

Marabá: 20 de Dezembro de 2013.

____________________________________________________

Prof. Msc. Warley Muricy Valente Junior

Faculdade de Computação/UFPA - Orientador

____________________________________________________

Prof. Esp. Rangel Filho Teixeira

Faculdade de Computação/UFPA - Membro

____________________________________________________

Prof. Esp. Gleison de Oliveira Medeiros

Faculdade de Computação/UFPA - Membro

Marabá, PA.

2013

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

IV

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos primeiros e

principais mestres da minha vida, meu pai

Joaquim, e minha mãe Edna, por

mostrarem que laços de sangue também

são criados pelo coração. Aos mestres!

Edney Almeida do Nascimento

Dedico este trabalho às duas mulheres da

minha vida, Albertina Alves Miranda,

minha mãe e Francisca Araújo de

Almeida, minha avó, por serem o elo forte

que une nossa família.

Fernando Alves Miranda

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

V

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pela oportunidade da vida, por ter nos ajudado nos

momentos difíceis da vida e por sempre estar conosco, e à Universidade Federal do Pará.

Ao Prof. Esp. Rangel Filho Teixeira, coordenador do Curso de Sistemas de Informação,

pela longa empreitada no decorrer do trabalho.

Ao Prof. Msc. Warley Muricy Valente Junior pela orientação competente, dedicando-se

de forma marcante na elaboração deste trabalho, e pela enorme paciência na correção de

cada capítulo.

A todos familiares, amigos, companheiros e parceiros, pelo incentivo na busca do

conhecimento, força, paciência e compreensão nessa fase de nossas vidas.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

VI

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... VIII

LISTA DE QUADROS ................................................................................................... IX

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... X

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... XI

RESUMO ...................................................................................................................... XIV

ABSTRACT ................................................................................................................... XV

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

2. QUALIDADE DE SERVIÇO EM REDES WIMAX .................................................. 5

2.1 Padrão IEEE 802.16 – Redes WiMAX .................................................................. 5

2.2 Família IEEE 802.16 .............................................................................................. 7

2.3 Arquitetura e Protocolos WiMAX ........................................................................ 10

2.4 QoS em Redes WiMAX ....................................................................................... 14

2.5 Resumo do Capítulo ............................................................................................. 19

3. QUALIDADE DE EXPERIÊNCIA EM REDES SEM FIO ...................................... 20

3.1 Qualidade de Experiência (QoE) .......................................................................... 20

3.1.1 Métricas Subjetivas ....................................................................................... 22

3.1.2 Métricas Objetivas ......................................................................................... 23

3.1.2.1 Peak Signal to Noise Ratio – PSNR ....................................................... 24

3.1.2.2 Structural Similarity Index – SSIM ........................................................ 25

3.1.2.2 Video Quality Metric (VQM) ................................................................. 27

3.2 Resumo do capitulo .............................................................................................. 29

4. TRABALHOS RELACIONADOS ............................................................................ 30

4.1 Resumo do Capítulo ............................................................................................. 33

5. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 34

5.1 Metodologia .......................................................................................................... 34

5.2 Ferramentas .......................................................................................................... 35

5.3 Resumo do Capítulo ............................................................................................. 39

6. AVALIAÇÃO DE GARANTIA DE QUALIDADE ................................................. 40

6.1 Parâmetros de Simulação e Topologia de rede ..................................................... 40

6.2 Análises das Simulações ....................................................................................... 43

6.3 Resumo do Capítulo ............................................................................................. 55

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

VII

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 56

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 58

APÊNDICE A – Scripts TCL de Cenário e agentes configurados para rede WiMAX no

sentido uplink: ................................................................................................................ 65

APÊNDICE B – Scripts TCL de Cenário e agentes configurados para rede WiMAX no

sentido downlink: ............................................................................................................ 83

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Conectividade PMP e Mesh ............................................................................ 6

Figura 2 – Pilha de protocolos padrão IEEE 802.16 ...................................................... 10

Figura 3 – Arquitetura de rede proposta pela WiMAX Fórum. ..................................... 12

Figura 4 – Pilha de protocolos do IEEE 802.16. ............................................................ 13

Figura 5 – Arquitetura de QoS no WiMAX ................................................................... 17

Figura 6 – Quadro de gerenciamento WiMAX .............................................................. 18

Figura 7 – Abordagem objetiva x Abordagem subjetiva. ............................................... 22

Figura 8 – Estrutura de funcionamento do SSIM. .......................................................... 26

Figura 9 – Ilustração de uma simulação no ns-2 ............................................................ 36

Figura 10 – Logo representante da tecnologia WiMAX ................................................ 36

Figura 11 – Imagem de uma execução do EvalVid ........................................................ 37

Figura 12 – Imagem de uma execução do MSU VQMT ................................................ 37

Figura 13 – Imagem de um gráfico plotado pelo XGRAPH .......................................... 38

Figura 14 - Logomarca do Ubuntu ................................................................................ 39

Figura 15 – Cenário e topologia de Rede das simulações .............................................. 42

Figura 16 – Vazão média para todas as CoS em simulações de tráfegos uplink. ........... 45

Figura 17 - Vazão média para todas as CoS em simulações de tráfego downlink. ........ 46

Figura 18 – Atraso médio de pacotes para todas as CoS em simulações uplink. ........... 47

Figura 19 – Atraso médio de pacotes para todas as CoS em simulações downlink. ...... 47

Figura 20 – PSNR dos vídeos para tráfego uplink. ........................................................ 49

Figura 21 – PSNR dos vídeos para tráfego downlink. .................................................... 50

Figura 22 – VQM dos vídeos para tráfego uplink. ......................................................... 50

Figura 23 – VQM dos vídeos para tráfego downlink...................................................... 51

Figura 24 – SSIM dos vídeos para tráfego uplink. ......................................................... 52

Figura 25 – SSIM dos vídeos para tráfego downlink ..................................................... 52

Figura 26 – Diferenciação do Frame 888: Enviado X Recebido .................................... 54

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

IX

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Principais emendas do padrão IEEE 802.16. ................................................. 9

Quadro 2 – Classes de serviços WiMAX e seus parâmetros de QoS. ............................ 16

Quadro 3 – Resumo dos trabalhos relacionados discutidos. .......................................... 32

Quadro 4 - Comparativo do frame 600 do vídeo antes e após a simulação. .................. 53

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

X

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores do MOS. ........................................................................................... 23

Tabela 2 – Mapeamento PSNR para MOS ..................................................................... 25

Tabela 3 – Parâmetros utilizados nas simulações ........................................................... 41

Tabela 4 – Parâmetros de QoS configurados.................................................................. 42

Tabela 5 – Parâmetros dos vídeos utilizados .................................................................. 44

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SI Sistema de Informação

TI Tecnologia da Informação

AAA Authentication, Authorization and Accounting

ANSI American National Standards Institute

AP Access Point

ASN Access Service Network

ATM Asynchronous Transfer Mode

BE Best Effort

BS Base Station

CAC Connection Admission Control

CDR Constant Bit Rate

CID Connection Identifier

CoS Class of Service

CSF Contrast Sensitivity Function

CSN Connectivity Service Network

DCT Discrete Cosine Transform

DL-MAP Downlink Bandwidth Allocation Map

DSA-REQ Dynamic Service Addition Request

DSA-RSP Dynamic Service Addition Reponse

ertPS extended real-time Polling Service

ETSI European Telecommunications Standards Institute

E1/T1 E-carrier/T-carrier

FIFO First In First Out

FTP File Transfer Protocol

HTTP Hypertext Transfer Protocol

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

IP Internet Protocol

ISO International Organization for Standardization

ITU International Telecommunication Union

LAN Local Area Network

LC Local Contrast

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

XII

LOS Line-of-Sight

MAC Media Access Control

MAC CPS Common Part Sublayer

MAC CS Service-Specific Convergence Sublayer

MAC SS Security Sublayer

MAN Metropolitan Area Network

MIB Management Information Base

MIMO Multiple-Input Multiple-Output

MN Mobile Node

MOS Mean Option Score

MS Mobile Station

NAP Network Access Provider

NIST National Institute of Standards and Technology

NLOS No Line-Of-Sight

nrtPS non real-time Polling Service

Ns-2 Network Simulator 2

NSP Network Service Provider

OFDM Orthogonal Frequency Division Multiplexing

OFDMA Orthogonal Frequency Division Multiple Access

PDP Policy Decision Point

PHY Physical

PMP Point-to-Multipoint

PSNR Peak Signal to Noise Ratio

QoE Quality of Experience

QoS Quality of Service

RR Round Robin

rtPS real-time Polling Service

SAP Service Access Point

SFID Service Flow Identifier

SS Subscriber Station

SSIM Structural Similarity Index

STA Stations

TKN Telecommunication Networks Group

Tcl Tool Command Language

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

XIII

TK Tk GUI toolkit

UGS Unsolicited Grant Service

UL-MAP Uplink Bandwidth Allocation Map

UMTS Universal Mobile Telecommunication System

VQM Video Quality Metric

Wi-Fi Wireless Fidelity

WiMAX Worldwide Interoperability for Microwave Access

WLAN Wireless Local Area Network

WMAN Wireless Metropolitan Area Network

xDSL Digital Subscriber Line

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

XIV

RESUMO

O WiMAX ou padrão IEEE 802.16, e o seu framework de Qualidade de Serviço (QoS),

é uma tecnologia para redes sem fio do tipo WMAN de grande potencial, de modo a

garantir uma conexão sem fio estável e que atende a necessidade de diferentes aplicações.

O WiMAX implementa nativamente na sua camada MAC suporte para o framework de

QoS, que é um padrão de qualidade voltado para o fluxo de serviço com foco na rede. A

Qualidade de Experiência (QoE), é outro padrão de qualidade, porém voltado para o

aspecto visual do usuário final. Foram realizado estudos e experimentos no framework de

QoS do módulo WiMAX para ns-2: de autoria de Aymen Telecom. Avaliou-se o grau de

confiabilidade de implementação da garantia de QoS do módulo, através de cenários que

represente a internet do futuro, injetando tráfegos reais de vídeos, voz e ftp no cenário de

simulação de modo a permitir a definir não somente métricas de QoS (melhorias no plano

fim–a–fim nas arquiteturas de redes), mas também métricas de QoE (melhorias para as

aplicações multimídias a partir da perspectiva/experiência do usuário). Este trabalho

propõe uma análise de confiabilidade, onde serviços serão requisitados por diversos

dispositivos, em um cenário concorrente, em programas de simulação e coleta de dados,

para verificar se realmente a arquitetura de rede em questão, o WiMAX, faz o correto uso

e implemento desses padrões de qualidade. Os resultados das simulações mostraram que

o framework garante a mínima garantia de QoS necessária para diferentes vídeos, porém

percebeu-se que a resolução e o grau de complexidade do vídeo influênciam na qualidade

de experiência do usuário.

Palavras – chaves: WiMAX, Qualidade de Serviço, Qualidade de Experiência.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

XV

ABSTRACT

WiMAX or IEEE 802.16, and its framework of Quality of Service (QoS) is a technology

for wireless networks WMAN kind of great potential, in order to secure a stable

connection without wire and meets the need of different applications. The WiMAX

implements natively on your MAC layer support for QoS framework, which is a quality

standard facing the service flow with a focus on network. The Quality of Experience

(QoE) is another standard of quality, but facing the visual aspect of the end user. Studies

and experiments were performed in the framework of QoS of WiMAX module for ns- 2:

authored by Aymen Telecom. We evaluated the reliability of implementation of QoS

guarantee of the module through scenarios that represent the future of the internet,

injecting real traffic video, voice and ftp in simulation scenario to allow not only to define

QoS metrics (some improvements in end-to-end in network architectures), but also

metrics (QoE enhancements for multimedia applications from the view / user experience).

This paper proposes a reliability analysis, where services will be required by various

devices in a competing scenario, simulation and data collection programs to verify that

indeed the network architecture in question, WiMAX, makes the correct use and

implement these standards. The simulation results showed that the framework guarantees

the minimum guarantee required QoS for different videos, but it was noticed that the

resolution and complexity of the influence video quality of user experience.

Keywords: WiMAX, Quality of Service, Quality of Experience.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

1

1. INTRODUÇÃO

Na atual revolução industrial, ficou claro que a tecnologia e a informação iriam

ocupar um papel fundamental no mundo, e quem possuísse controle e alcance da mesma

teriam uma grande vantagem sobre os demais. Atualmente, isso se confirma com o

número cada vez maior de aparelhos celulares, smartphones, tablets dentre outros

aparelhos, vendidos em escala de milhões, pelo simples fato de manter conectado o

proprietário as informações, através da grande rede que é a internet. Se tratando de

universo virtual e as diversas transformações tecnológicas, no futuro haverá uma

concordância incontestável entre homem e a tecnologia (Claro, 2009).

Com a mesma velocidade que os aparelhos são vendidos e melhoram, as

tecnologias contidas neles também evoluem, criando um vasto conjunto de possibilidades

e tipos de serviços que podem ser oferecidos por empresas do ramo. Essas empresas

buscam meios de conectarem seus usuários da melhor forma possível, e atender todas

suas necessidades, buscando sempre a mobilidade e praticidade (Vaczelewski et al, 2011).

As conexões sem fio surgiram com o propósito de fornecer conectividade transparente

com mobilidade e principalmente qualidade na oferta de serviço, com os avanços das

tecnologias de acesso sem fio que visam diminuir cada vez mais as distâncias geográficas,

e promover qualidade de conexão, grandes operadores de rede tem procurado as melhores

soluções de modo a aliar a qualidade de serviço prestado pela rede e disponibilidade de

serviço oferecido (Corrêa et al, 2006).

Uma tecnologia que garante essa conexão é o WiMAX (Worldwide

Interoperability of Microwave Access – Interoperabilidade Mundial para Acesso de

Micro-ondas), ou padrão IEEE 802.16, e o seu framework1 de QoS (Quality of Service –

Qualidade de Serviço) que visa garantir uma conexão sem fio estável e que atenda a

necessidade de diferentes aplicações (Ieee, 2006).

A tecnologia WiMAX, através do padrão IEEE 802.16, é uma tecnologia de rede

MAN (Metropolitan Area Network – Rede de Área Metropolitana) sem fio, com suporte

a cobertura na ordem de até 50 km e taxas nominais de transmissão de até 74 Mbps, além

1 Framework é um conjunto de classes e ferramentas que colaboram para realizar uma responsabilidade

para um domínio de um subsistema da aplicação

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

2

de melhorias comparadas aos padrões anteriores como QoS e interfaces para redes IP,

ATM, E1/T1 e Ethernet (Figueiro, 2008). Este padrão especifica as camadas MAC e PHY

da pilha de protocolos. O padrão 802.16 possui várias emendas sendo a emenda 802.16e,

última catalogada em dezembro de 2005, utilizada como padrão, tendo como principais

requisitos, frequências de 2 – 6 GHz, condição de modulação de canal NLOS (non-line-

of-sight – Sem linha de visada), taxa de transferência máxima de 15 Mbps, suporte à

mobilidade (handover) e raio de célula de 2 – 5 km (Ieee, 2006).

O WiMAX, com sua ementa IEEE 802.16e, fornece suporte à QoS na camada

MAC de modo que a interação com o gerenciamento de recursos de rádio e camada física

ocorram de uma maneira mais fácil. Seu framework adota cinco classes de serviços ou

CoS (Class of Service – Classes de Serviços): UGS (Unsolicited Grant Service - Serviço

de Concessão não Solicitado), rtPS (real-time Polling Service – Serviço de Locação em

Tempo Real), ertPS (extend real-time Polling Service – Serviço de Locação em Tempo

Real Estendido), nrtPS (non real-time Polling Service – Serviço de Locação Sem Tempo

Real) e BE (Best Effort – Melhor Esforço), que classificam o tipo de serviço para

prioridade na execução. Fornecer a conexão para esses dispositivos com qualidade é um

grande desafio levando em conta, interferências no sinal de transmissão, limitação da

infraestrutura, mobilidade dos usuários, dentre outros fatores (Delicato et. al, 2008).

De acordo com uma pesquisa realizada pela Cisco Systems (Cisco, 2012), o

tráfego de dados em redes públicas, privada e na internet deve crescer numa taxa anual

de 29% nos próximos quatros anos, devido à forte demanda por vídeos e ao crescimento

da utilização de smartphone, tablets e TVs com internet. O tráfego de streaming de vídeo

exige algumas variáveis da rede que influenciam na sua qualidade final, como uma taxa

de bits mínima (largura de banda), requer atraso e variação de atraso delimitados e baixos,

e principalmente a perca de pacotes deve ser mantido abaixo de um limite rigoroso para

ter uma qualidade visual aceitável (Nunes, 2011).

Frente a necessidade de prover a melhor qualidade a ser oferecida para o usuário

final, esse projeto tem como objetivo realizar uma análise de confiabilidade para tráfegos

de vídeos com graus de complexidades diferentes em um módulo para o ns-2 (Network

Simulator 2) que visa implementar o QoS para tecnologias WiMAX.

O trabalho servirá como referência e recomendação para pesquisadores e

projetistas da área de redes e telecomunicações, de modo permitir uma avaliação técnica

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

3

do grau de confiabilidade de implementação deste módulo. Para isto será realizada

simulações utilizando três diferentes tipos de tráfegos reais: Vídeo, Voz e FTP.

Esse trabalho propõe uma análise e avaliação, onde serviços serão requisitados

por diversos dispositivos, em um cenário concorrente, em programas de simulação e

coleta de dados, para verificar se realmente a arquitetura de rede em questão, o WiMAX,

faz o correto uso e implemento desses padrões de qualidade para tráfegos de vídeos.

Será feito estudo e experimentos no módulo de QoS para WiMAX implementado

para o simulador de rede ns-2 por Aymen (Belghith, Nuaymi, 2008), avaliando assim o

grau de confiabilidade de implementação da garantia de QoS do módulo, através de

cenários que represente a internet do futuro, injetando tráfegos reais de vídeos, além de

tráfegos simulados para aplicativos de tempo real e navegação na internet no cenário de

simulação de modo a permitir a definir não somente métricas de QoS (melhorias no plano

fim–a–fim nas arquiteturas de redes ), mas também métricas de QoE (melhorias para as

aplicações multimídias a partir da perspectiva/experiência do usuário);

A realização das simulações ocorrerá em cenários usando como referência o

padrão IEEE 802.16e (Padrão WiMAX com suporte a qualidade de serviço), de modo a

permitir a avaliação do comportamento da rede utilizando QoS. O resultado desse projeto,

poderá permitir que pesquisadores avaliem diferentes cenários usando vídeo em tempo

real em arquiteturas WiMAX que realmente implemente QoS e que garantam o QoE para

o usuário.

Neste capitulo apresentamos uma pequena introdução sobre os aspectos de

qualidade de serviço presentes em rede WiMAX, em conjunto de conceitos de métrica de

avaliações, enfatizando os assuntos referentes a motivação e objetivos deste trabalho, que

serão apresentado e discutido nos capítulos posteriores.

O capítulo 2 apresenta conceitos sobre qualidade de serviços (QoS) em redes

WiMAX, descrevendo seus principais padrões homologados, protocolos e arquitetura que

o envolvem, e suas classes de serviços.

O capítulo 3 aborda conceitos e métricas de avaliações a respeito da qualidade de

experiência (QoE), destacando suas principais métricas de avaliações e conceitos sobre

essa nova forma de avaliação com o foco na percepção do usuário.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

4

O capítulo 4 descreve alguns trabalhos relacionados ao tema deste trabalho, com

descrições resumidas, descrevendo os pontos fortes e críticas dos mesmos, comparando-

os com o presente trabalho.

O capitulo 5 versa sobre as ferramentas e metodologia utilizada para o

desenvolvimento deste trabalho, descrevendo alguns conceitos, pontos fortes, críticas e

possíveis ferramentas alternativas.

O capitulo 6 descreve as simulações e testes efetuados, exibindo os dados e

resultados obtidos, juntamente com as avaliações dos tráfegos multimídias através das

métricas de QoS e QoE.

Por fim, são feitas as considerações finais de acordo com os resultados obtidos,

descrevendo o resultado da análise de confiabilidade, as dificuldades enfrentadas e

proposta para futuros trabalhos na mesma linha de pesquisa.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

5

2. QUALIDADE DE SERVIÇO EM REDES WIMAX

Neste capítulo abordaremos sobre a tecnologia de comunicação de redes utilizada

nesta proposta, o padrão IEEE 802.16. Iremos demostrar as vantagens de utilizar essa

tecnologia, suas ementas e especificações, os principais protocolos e arquiteturas

envolvidas, em conjunto com definições sobre o framework de Qualidade de Serviço

(QoS) para essa tecnologia, destacando sua aplicabilidade e benefícios.

2.1 Padrão IEEE 802.16 – Redes WiMAX

O WiMAX (Worldwide Interoperability of Microwave Access –

Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas) ou padrão IEEE 802.16 é uma

tecnologia padronizada de rede sem fio que permite substituir as tecnologias de acesso de

banda larga por cabo e ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line - Linha Digital

Assimétrica para Assinante), permite a comunicação fixa entre um ou mais pontos,

comunicação portátil e comunicação móvel sem fio sem a necessidade de visada direta

com a estação base (Ieee, 2005).

O WiMAX é uma tecnologia de rede do tipo WMAN (Wireless Metropolitan Area

Network – Rede de Área Metropolitana Sem Fio), com suporte a cobertura na ordem de

até 50 km para estações assinantes (SS – Subscriber Station) e de 5 a 15 km para estações

móveis (MS – Mobile Station), com taxas de transmissão de até 74 Mbps, além de

melhorias como implantação de QoS (Quality of Service – Qualidade de Serviço) e

interfaces para redes IP (Internet Protocol - Protocolo de internet), ATM (Asynchronous

Transfer Mode - Modo de Transferência Assíncrona), E1/T1 e Ethernet (Figueiro, 2008).

O padrão IEEE 802.16 possui um aspecto muito importante, ele define a camada MAC

(Media Acess Control – Controle de Acesso ao Meio) que suporta múltiplas

especificações da camada PHY (Physical Layer – Camada Física) da pilha de protocolos

para redes WMAN. Isto é de grande utilidade para que fornecedores e fabricantes de

equipamentos possam diferenciar suas ofertas de serviços (Fagundes, 2005).

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

6

O WiMAX possui dois modos de conectividade: Ponto-Multiponto (PMP – Point-

to-Multipoint) e Malha (Mesh). A Figura 1 ilustra esses dois modos de conectividade para

uma rede WiMAX.

Figura 1 – Conectividade PMP e Mesh

Fonte: Figueiro, 2008.

Na topologia ilustrada, são definidos os elementos BS (Base Station – Estação

Base) e SS (Subscriber Station – Estação assinante). A BS efetua a interface entre a rede

sem fio e uma rede-núcleo (Core Network) através de interfaces IP e ATM. A SS

possibilita o usuário de acessar a rede por meio do enlace com a BS, utilizando uma

topologia PMP. Porém, a SS pode se conectar a uma ou mais SS intermediarias, até atingir

a BS o que caracteriza uma topologia Mesh, o que representa uma estratégia interessante

para expandir a área de cobertura total de uma rede sem a necessidade de um aumento

proporcional dos números de BSs, o que representa uma economia nos custos de

implantação e expansão da rede, pois as SSs possuem custos inferiores ao das BSs

(Figueiro, 2008).

O IEEE 802.16 suporta algumas variações na camada física, tanto para ambientes

com linha de visada (LOS – Line-of-Sight) quanto para ambientes e condições sem linha

de visada (NLOS – No Line-of-Sight). Em ambientes de LOS, frequências na faixa de 10

a 66 GHz são utilizadas, no entanto, essas faixas de frequência possuem pouca

propagação multipercurso, então faixas de baixa frequência, de 2 a 11 GHz são mais

adequadas. Outra vantagem para utilizar baixas frequências são os modos de operação da

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

7

camada física aplicáveis a elas, que são técnicas de multiplexação: OFDM (Orthogonal

Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal)

e OFDMA (Orthogonal Frequency Division Multiple Access – Acesso Múltiplo por

Divisão de Frequência Ortogonal). Na teoria básica do OFDM, sua ideia é dividir o fluxo

digital de alta taxa de bits em um esquema de baixa taxa e a transmissão paralela usando

subportadoras. Utilizando um sinal OFDM é possível organizar as portadoras de tal

maneira que suas bandas laterais se sobreponham sem a ocorrência de interferência entre

as mesmas, mas para que isso ocorra, mais portadoras precisam ser matematicamente

ortogonais (Fagundes, 2005). O OFDMA combina o acesso múltiplo por divisão de

frequência com acesso múltiplo por divisão de tempo. Essas duas modulações são de

muita utilidade em condições NLOS, pois aumentam a propagação das ondas de rádio.

Outra vantagem do padrão 802.16 é o suporte à mobilidade, que e implantado em

umas de suas emendas, permitindo handover transparente entre MSs e BSs, ou seja,

permite que um MS troque de estação base com velocidade veicular de até 120 km/h de

forma que as aplicações que estão em utilização da rede em tempo real não sofram

nenhuma falha ou pausa no seu funcionamento e de maneira imperceptível para o usuário

(Andreadis et al, 2011).

2.2 Família IEEE 802.16

Fornecer a conexão para dispositivos sem fio com qualidade é um grande desafio

levando em conta, interferências no sinal de transmissão, limitação da infraestrutura,

mobilidade dos usuários, dentre outros fatores (Delicato et al, 2008). O padrão IEEE

802.16, ou WiMAX como também é chamado, foi criado com o intuito de complementar

e sanar as limitações do padrão IEEE 802.11 conhecido como Wi-Fi (Wireless Fidelity –

Fidelidade Sem Fio) (IEEE 802.11, 2005). O padrão 802.16 foi desenvolvido de modo

compatível aos padrões do ITU (International Telecommunication Union – União

Internacional de Telecomunicação) e do ETSI (European Telecommunications Standards

Institute - Instituto Europeu de Padronização de Telecomunicações) caracterizando-se

como um padrão global (Viscaino, 2008).

O padrão IEEE 802.16-2001 foi aprovado em dezembro de 2001 e publicado no

ano seguinte. Foi a primeira versão da família 802.16 também conhecida como IEEE

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

8

WirelessMAN ou ainda “Air Interface for Fixed Broadband Wireless Access System”

(Interface Aérea para Sistema de Acesso sem Fio de Banda Larga Fixa), e possuía como

principais características o fornecimento a acesso de uma rede para edifícios através de

comunicação utilizando uma antena externa com uma estação base, fazendo uso da

topologia PMP, operando em frequências de rádio de 10 a 66 GHz com taxas de

transmissão média de 70 Mbps e necessitava de ambiente LOS. Suas emendas sucessoras

ao padrão IEEE 802.16 possibilitaram que uma única estação base (BS) ofereça BWA

(Broadband Wireless Access – Acesso a Banda Larga sem Fio) para estações assinantes

fixas e estações moveis.

A versão 802.16a foi aprovado em Abril de 2003, o qual foi projetado para operar

em frequências mais baixas comparadas ao seu antecessor, em frequências de 2 a 11 GHz,

com suporte para condições sem visada (NLOS). Suas características com taxas de

transmissão de 75 Mbps, com alcance de até 50 km visava competir com tecnologias que

ofereciam acesso a última milha como xDSL (Digital Subscriber Line – Linha Digital do

Assinante) e cable modems (cabo modem). O padrão IEEE 802.16b criado

posteriormente, possui aspectos relativos à qualidade de serviço. O IEEE 802.16c prover

interoperabilidade, protocolos e especificações de testes de conformação. O padrão IEEE

802.16-REVd, que foi publicado em 2004, após inúmeras revisões nas emendas anteriores

e diversas inclusões. Esse novo padrão consolidou as emendas 802.16a e 802.16c em

apenas um padrão, se tornando o padrão base. Como características dessa nova emenda,

podemos mencionar a provisão de suporte para antenas MIMO (Multiple-Input Multiple-

Output – Múltiplo de Entrada Múltiplo de Saída), aumentando a confiabilidade do alcance

multipercurso.

Especificações de mobilidade foram publicadas com o padrão 802.16e em 2005,

este padrão é a solução banda larga sem fio móvel do WiMAX, como largura de banda

limitada (máx. 5 MHz), com diferentes possibilidade de faixas frequência (2 a 6 GHz),

velocidade e antenas menores possibilitando o handover em velocidades veiculares de até

150 Km/h com latências menores de 50 ms, que garante que aplicações em tempo real,

como streaming de vídeos ou VoIP, não sofram detração ou interrupções. O padrão IEEE

802.16e utiliza OFDMA que é similar ao OFDM pelo fato de dividir as portadoras em

várias sub-portadoras, porem vai mais além, agrupando diversas sub-portadoras em sub-

canais, onde um único cliente poderá transmitir utilizando todas sub-portadoras no espaço

da portadora (Lima et al, 2004).

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

9

Outros padrões estão sendo desenvolvidos, alguns deles aguardando aprovação

para publicação, contendo melhorias nos padrões anteriores ou novas implementações.

Dentre essas propostas podemos citar: o IEEE 802.16f com a proposta de proporcionar

um modelo para gerenciamento de redes no padrão IEEE 802.16d, utilizando nodos

gerenciados e banco de dados contendo fluxos de serviços, também introduzindo o

conceito de redes em malha (mesh networks); o IEEE 802.16g possui a proposta de provê

esquemas de gestão de rede, produzindo um gerenciamento eficiente e interoperável da

rede, mobilidade, espectro e a padronização do comportamento do plano de gerência em

dispositivos 802.16 fixos e móveis com o foco nos padrões IEEE 802.16d e IEEE

802.16e; o IEEE 802.16i que tem como proposta fornecer melhorias na mobilidade para

o 802.16 MIB (Management Information Base – Gerenciamento da Base de Informação)

na camada de enlace (MAC), na camada física (PHY) e outros procedimentos de gestão;

o IEEE 802.16k tem em seu escopo a proposta de definir procedimentos e melhoramentos

na camada de enlace (MAC) de modo que o padrão IEEE 802.16d posso assegurar a

funcionalidade brigde (ponte); o IEEE 802.16h propõe melhorar mecanismos MAC para

permitir coexistência entre dispositivos IEEE 802.16d isentos de licença, ou que utilizem

a mesma banda (Ilyas, 2008).

O Quadro 1 exibe as principais emendas do padrão IEEE 802.16 e suas respectivas

especificações

Quadro 1 – Principais emendas do padrão IEEE 802.16.

Fonte: Adaptada de Ahson, Ilyas, 2008.

Principais Emendas

802.16 802.16e 802.16f 802.16g 802.16k 802.16h

Tipo Padrão Padrão Alteração Padrão Padrão Alteração

Principais

Características

Taxas de

transferências

de 32 a 134

Mbps, com

mobilidade

fixa e raio de

2 a 5 km.

Suporte à

mobilidade

(handover),

com taxas

de

transmissão

de no

máximo

15Mbps.

Modelo e

sistema de

gerenciamento

de redes para

nodos e banco

de dados de

fluxos de

serviços

(NMS), e

redes em

malha.

Esquemas de

gestão de rede,

gerenciamento

eficiente e

interoperável

da rede,

melhorias e

avanços na

mobilidade.

Definir os

procedimentos

para suportar a

funcionalidade

ponte (bridge)

e melhorias na

camada de

enlace (MAC).

Desenvolver

métodos

para

melhorar o

desempenho

WiMAX

isentos de

licença

Homologação Dez. - 2001 Dez. - 2005 Set. - 2005 Set. - 2007 Mar. - 2007 Jul. - 2010

Faixa de

Frequência

10 – 66

GHz

2 – 6

GHz

2 – 11 GHz

10-66 GHz

2 – 11 GHz /

10-66 GHz

2 – 11 GHz

10-66 GHz

2 – 11 GHz

10-66 GHz

Visibilidade LOS NLOS NLOS NLOS NLOS NLOS

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

10

2.3 Arquitetura e Protocolos WiMAX

Abordaremos a seguir a arquitetura e protocolos utilizados em redes WiMAX,

dando foco para as duas primeiras camadas da pilha de protocolo: a camada física e a

camada de enlace de dados (MAC), como pode ser visto na Figura 2.

Aplicação

Apresentação

Sessão

Transporte

Rede

Enlace de

Dados

Física

Controle de Acesso ao Meio

Gerenciamento de QoS

Suporte para as PHYs OFDM e OFDMA

Segurança (Enterprise Class)

Sincronismo

Interface para IP, ATM, E1/T1, Ethernet

Dynamic Frequency Selection (DFS), em bandas

não licenciadas

Suporte a sistemas com antenas adaptativas

Suporte a Topologia Mesh (opcional)

OFDM FFT-256, TDMA (TDD/FDD)OFDMA FFT 2048 pontos com TDMA (TDD/FDD)Single Carrier (SCa) FTT 2048 pontos com TDMA (TDD/FDD) TDMA (TDD/FDD) BPSK, QPSK, 4-QAM, 16-QAM, 64-QAM, 256-QAMWirelessHUMANAté 66 GHzAté 74 Mbit/sPotência máxima de transmissão: +28 dBmÁreas de cobertura Ponto-Multiponto: 8-20 km (rural), 2-8 km (urbano) Ponto-a-Ponto: acima de 40 km

Figura 2 – Pilha de protocolos padrão IEEE 802.16

Fonte: Figueiro, 2008.

O padrão IEEE 802.16 desenvolvido, define uma camada física para sistemas em

operações em duas faixas de bandas: 10 a 66 GHz e 2 a 11 GHz, e possui como finalidade

especificar uma interface sem fio para redes metropolitanas (WMAN). As normas e regras

desenvolvidas pela IEEE para o padrão 802.16 foram adotadas mundialmente, inclusive

pela ISO (International Organization for Standardization – Organização Internacional

para Padronização), e definem a pilha de protocolo conforme o modelo OSI (Open

Systems Interconnection - Interconexão de Sistemas Abertos), demonstrado na Figura 2.

Esse modelo é dividido em camadas hierárquicas no qual cada camada utiliza as funções

da própria camada ou da camada anterior para tornar o processo de transporte de

informação transparente para o usuário, seja ele um programa ou uma outra camada. Na

Figura 2, duas camadas são detalhadas com algumas de suas especificações para a pilha

de protocolo do padrão do WiMAX, a camada de enlace (MAC) e a camada física, com

suas principais modulações e funções.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

11

Como o padrão IEEE 802.16 foi criado para satisfazer a necessidade de diversos

setores da indústria, suas emendas e revisões eram criados e adicionados ao padrão,

tornando-o complexo e que abrangia um grande escopo de atuação, e possibilitando várias

opções de implementações.

Para que todos os fabricantes de equipamentos, semicondutores, integradores de

sistemas e provedores de serviços obtivessem compatibilidade, conformidade e

interoperabilidade entre si, foi formado em 2001 o WiMAX Fórum (WiMAX Forum,

2013), que fornece certificações de interoperabilidade de produtos baseados no padrão

IEEE 802.16, possibilitando a interação e padronização de produtos e serviços para a

indústria e afins que irão desenvolver produtos para a tecnologia WiMAX.

A Figura 3 demostra uma das principais extensões ao padrão IEEE 802.16 que é

uma sugestão de modelo padronizado de arquitetura de rede, chamado de modelo de

referência de rede WiMAX.

O provedor de acesso à rede (NAP – Network Acess Provider) é a entidade que

disponibiliza o acesso de rádio aos provedores de serviços à rede (NSPs – Network

Service Providers) e controla as redes para serviço de acesso (ASNs – Acess Service

Network). Os NSPs fornecem a conectividade IP e os serviços WiMAX, e também

gerenciam as redes de serviços de conectividade (CSNs – Connectivity Service Network).

O WiMAX suporta dois tipos de mobilidade em sua arquitetura: Mobilidade apoiada por

ASN e Mobilidade apoiada por CSN (ANDREWS et al, 2007).

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

12

Figura 3 – Arquitetura de rede proposta pela WiMAX Fórum.

Fonte: Adaptada de Wimax Forum, 2006.

R1: As conexões IEEE 802.16 entre estação assinante/estação móvel (SS / MS)

com a estação base (BS);

R2: Ocorre a autenticação, autorização dos serviços, as configurações de host IP

e o gerenciamento da mobilidade;

R3: Os protocolos entre ASN e CSN para suporte a autenticação, autorização e

auditoria;

R4: Os protocolos entre ASN-GWs (ASN Gateways) para coordenar a mobilidade

das estações móveis e interoperabilidade entre ASNs;

R5: Os protocolos de interconectividade entre os CSNs;

R6: Os protocolos para a comunicação entre estação base (BS) e ASN-GW;

R7: O ponto de referência opcional entre o ponto de decisão de política (PDP) e o

ponto de aplicação de política (PAP);

R8: As mensagens entre estações base (BSs) para garantir handover rápido e

transparente.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

13

CS SAP

SUBCAMADA DECONVERGÊNCIA (CS)

MAC SAP

PARTE COMUM DASUBCAMDA MAC

(MAC CPS)

SUBCAMDA DEPRIVACIDADE

PHY SAP

CAMADA FÍSICA (PHY)

MA

CP

HY

Transformação ou mapeamento de dados da rede externa em SDUs MAC (oferece suporte a ATM e protocolos baseados em pacotes)

Funcionalidades do núcleo MAC do sistema de acesso, alocação de largura de banda, estabelecimento e manutenção de conexão

Autenticação, troca de chaves seguras e criptografia

Diversas especificações, cada uma delas apropriada a uma dada faixa de frequência

Figura 4 – Pilha de protocolos do IEEE 802.16.

Fonte: IEEE Std 802.16-2001, 2001.

Os protocolos presentes no padrão IEEE 802.16 são classificados no modelo OSI

nos níveis: Usuário, Controle e Gerência. Pode-se observar na Figura 4, a existência de

duas últimas camadas: a camada de enlace (MAC) e a camada física (PHY).

A camada de enlace (MAC - Medium Access Control - Controle Médio de Acesso)

é responsável por implementar o método de acesso ao meio, delimitar a estrutura de

quadro de enlace e fazer o reconhecimento dos endereços MAC, possui também o

objetivo de detectar e corrigir (opcional) os erros que ocorram no nível físico durante a

transmissão de bits. A camada MAC é dividida em três subcamadas no IEEE 802.16:

Subcamada de Convergência de Serviços Específicos (MAC CS - Service Specific

Convergence Sublayer), Subcamada de Parte Comum (MAC CPS – Common Part

Sublayer) e Subcamada de Segurança (MAC SS – Security Sublayer).

A subcamada MAC CS é responsável por transformar os dados recebidos do ponto

de acesso de serviço (SAP – Servicce Access Point) em pacotes de dados MAC, a

transformação mapeia informações da rede externa em informação MAC, como fluxo de

serviço e identificador de conexão (CID). A subcamada também é responsável pela

manutenção/provisionamento de QoS e permissão de alocação de banda. A subcamada

MAC CPS possui a funcionalidade de controle de acesso, alocação de banda,

estabelecimento e manutenção da conexão, troca de dados, controle PHY e outras

informações de gerenciamento com a camada PHY através da PHY SAP. A subcamada

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

14

MAC SS tem como função a autenticação, a troca de chaves seguras, criptografia e

integridade do controle de acesso. A troca segura de chaves entre as BSs e SS/MS é

efetuada utilizando protocolo de chave privadas (EKLUND et al, 2002).

A camada física (PHY) tem a função de transmitir e receber os dados. Na faixa de

espectro de 10 a 66 GHz ela especifica ambiente considerando linha de visada (LOS)

entre BS e SS, suportando ampla largura de banda de 20, 25 ou 26 MHz (Ilyas, 2008). No

projeto de especificação da camada física a propagação LOS foi utilizada, pois em faixas

de frequências mais altas (10 – 66 GHz) não há suporte para propagação NLOS, devido

essa restrição, a técnica de modulação escolhida foi a SCM (Single Carrier Modulation

– Modulação Única de Portadora) com FEC (Forward Error Correction – Correção

Antecipada de Erros), a qual foi denominada “Wireless MAN-SC”. Para faixas de

frequências mais baixas (2 – 11 GHz) o padrão 802.16 especifica bandas licenciadas e

não licenciadas. Oferece suporte a propagação NLOS e modulação OFDM e OFDMA

com desempenho e nível de eficiência espectral alto (LIMA et al, 2004).

2.4 QoS em Redes WiMAX

O WiMAX implementa QoS (Quality of Service – Qualidade de Serviço) na sua

camada de enlace (MAC) de forma nativa, especificamente no padrão IEEE 802.16e, o

que facilita a interação com o gerenciamento de recursos de rádio, camada física e

proporciona para fabricantes e desenvolvedores uma vasta possibilidade de aplicações

utilizando esse recurso. Nas especificações para interface aérea do padrão IEEE 802.16 o

conceito de QoS está relacionado à: classificação, escalonamento por fluxos de serviços

e estabelecimento de serviços (IEEE STD 802.16-2001, 2001).

O framework do WiMAX no padrão IEEE 802.16e utiliza cinco classes de

serviços (CoS – Class of Service): UGS (Unsolicited Grant Service – Serviço de

Concessão não Solicitado), ertPS (extend real-time Polling Service – Serviço de Locação

em Tempo Real Estendido), rtPS (real-time Polling Service – Serviço de Locação em

Tempo Real), nrtPS (non real-time Polling Service – Serviço de Locação Sem Tempo

Real) e BE (Best Effort – Melhor Esforço), que são utilizados para classificar os fluxos

de serviços.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

15

A CoS UGS suporta tráfegos em tempo real, bastante sensível ao atraso, possui

pacotes de dados de tamanho fixo e requer alocação fixa de largura de banda. A BS

fornece concessões sem solicitação.

A CoS ertPS é uma classe de serviço relativamente nova comparada com as quatro

demais, e foi adotada recentemente pelo padrão. Suporta trafego de tempo real como a

UGS, porém possui requisitos de tolerância ao atraso e taxa de dados. A BS também

fornece concessões sem solicitação, mas com alocação dinâmica.

A CoS rtPS também suporta tráfegos em tempo real, contudo, os dados são mais

tolerantes ao atraso que as classes de serviços de tempo real anteriores, e o tamanho dos

pacotes de dados são dinâmicos. A BS executa periodicamente uma alocação individual

para requisições de banda de SSs para essa classe de serviço.

A CoS nrtPS é uma classe de serviço com tráfego de dados que não são de tempo

real, requer um mínimo de reserva de taxa de dados. A BS executa uma alocação

individual para requisições de banda de SSs.

Enfim a CoS BE que suporta aplicações sem garantias em termos de atraso e taxa

de dados. As estações assinantes (SSs) enviam suas requisições através de mecanismos

de contenção do canal (NUAYMI, 2007).

Cada classe de serviço possui um conjunto de parâmetros de QoS que são inclusos

na definição do fluxo de serviço quando a CoS está ativa para este fluxo, parâmetros

como: prioridade de trafego, jitter, máxima e mínima taxa de dados, máximo atraso e

latência máxima.

No Quadro 2 essas cinco CoS e algumas das aplicações típicas onde elas são

aplicadas avaliando os parâmetros de QoS para cada aplicação são listadas.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

16

Quadro 2 – Classes de serviços WiMAX e seus parâmetros de QoS.

Fonte: Adaptada de Belghith, Nuaymi, 2008.

No padrão 802.16 a camada de enlace é orientada a conexão, onde mensagens de

sinalização entre estação base e estação assinantes necessitam ser trocadas para que um

fluxo de serviço seja estabelecido. Cada fluxo de serviço recebe uma série de parâmetros

QoS e é caracterizado por eles na sua classificação, onde são indicados latência e jitter

necessários e a garantia de vazão. Cada fluxo de serviço recebe da estação base um único

identificador, chamado SFID (Service Flow Identifier – Identificador de fluxo de serviço),

com a finalidade de identificar cada fluxo de serviço individualmente. Todo fluxo de

serviço ativo possui também um identificador de conexão, chamado de CID (Connection

Identifier), ou seja, para cada conexão entre estação base e estação assinante associada a

um ou mais fluxos de serviço, será atribuído um CID (Ieee 802.16e, 2005).

A arquitetura de QoS do WiMAX é apresentada na Figura 5, onde podemos

observar que escalonadores, classificadores e parâmetros de QoS estão presentes na

camada de enlace (MAC) na estação base (BS) e na estação assinante (SS). O papel da

BS na arquitetura de QoS do WiMAX é efetuar o gerenciamento e a manutenção da QoS

de todos pacotes transmitidos, gerenciando a distribuição dinâmica de tempo de uso da

largura da banda para as SSs, utilizando as informação que as SS enviam pelos quadros

de gerenciamento. Um modelo de quadro de gerenciamento é ilustrado na Figura 6.

Serviço de

Escalonamento

Dados Correspondentes

a Prestação de Serviços Aplicações Típicas

Parâmetros de QoS

Obrigatórios

Unsolicited Grant Service

(UGS)

Unsolicited grant service

(UGS)

VoIP sem supressão de

silêncio

Vazão máxima sustentada

Latência máxima tolerada

Jitter tolerado

Extended Real-Time

Polling Service (ertPS)

Extended realtime

variable-rate service

(ERT-VR)

VoIP com supressão de

silêncio

Vazão mínima reservada

Vazão máxima sustentada

Latência máxima tolerada

Prioridade de tráfego

Jitter tolerado

Real-Time Polling

Service (rtPS)

Real-time variable-rate

service (RT-VR)

Streaming de áudio ou

vídeo

Vazão máxima reservada

Vazão máxima sustentada

Latência máxima tolerada

Prioridade de tráfego

Non-Real-Time Polling

Service (nrtPS)

Non-real-time variable

rate service (NRT-VR)

FTP (File Transfers

Protocol)

Vazão mínima reservada

Vazão máxima sustentada

Prioridade de tráfego

Best-Effort Service (BE) Best-effort service (BE) Web browsing, e-mail Vazão máxima sustentada

Prioridade de tráfego

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

17

Figura 5 – Arquitetura de QoS no WiMAX

Fonte: VALENTE, 2011.

Para que a comunicação aconteça entre BS e SS, o controle de admissão de

conexão (CAC – Connection Admission Control), que fica dentro da BS deve ser

acionado, onde as solicitações podem ser iniciadas através da BS, que é uma condição

obrigatória, ou pode ser iniciada pela SS que é uma condição opcional. O CAC efetua a

admissão ou rejeição das requisições de conexão, utilizando os parâmetros de QoS para

efetuar essa avaliação. As mensagens requisitando acesso contêm esses dados de QoS e

são chamadas de DSA-REQ (Dynamic Service Addition Request – Solicitação de Adição

de Serviço Dinâmico), se os parâmetros de QoS estiverem de acordo com os recursos

disponíveis da BS, é enviado como resposta de aceitação a mensagem chamada DAS-

RSP (Dynamic Service Addition Reponse – Resposta de Adição de Serviço Dinâmico) da

BS para a SS, após é criado o novo fluxo de serviço que recebe um SFID. Após criado, o

fluxo de serviço é classificado, onde os pacotes de dados são mapeados para uma conexão

específica para que a transmissão entre pares MAC possa ocorrer. No processo de

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

18

mapeamento o pacote de dados é associado a uma conexão, juntamente é criando uma

associação com as características do fluxo de serviço desta conexão (NEVES, 2010).

Figura 6 – Quadro de gerenciamento WiMAX

Fonte: Eklund et al, 2002.

Continuando o processo de comunicação entre BS e SS, após a classificação

do fluxo de serviços, inicia-se o aspecto mais complexo na provisão de QoS para os

pacotes individuais, que é realizada por três escalonadores: Escalonadores Downlink e

Escalonadores Uplink, situados na BS, onde gerenciam os fluxos no sentindo downlink

ou uplink respectivamente de BS para SS ou inverso, e o Escalonador da estação assinante

(SS) que gerencia os fluxos no sentindo uplink, da SS para BS. O objetivo do escalonador

é determinar o perfil de streaming de dados (Burst Profile), requisitos de largura de banda

das SS, parâmetros de modulação, parâmetros de codificação e o período que cada

conexão terá de transmissão, utilizando os parâmetros de QoS que estão associados ao

fluxo de serviço.

O escalonador downlink que fica na BS, possui um papel simples comparado

ao escalonador uplink, pois as filas de pacotes downlink ficam na BS e seus estados são

de fácil acesso local. As informações contendo decisão de alocação de tempo de uso da

banda são transmitidas no subquadro downlink contendo o campo DL-MAP (Downlink

Bandwidth Allocation Map – Mapa de Alocação de Largura de Banda Downlink),

ilustrado na Figura 6. Através desse campo, é informada a SSs o tempo e as propriedades

da camada física para a transmissão de pacotes.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

19

O papel do escalonador uplink, situado na BS, é uma pouco mais complexo,

pois as filas de fluxos de pacotes uplink estão espalhadas entre as SSs, seus estados e

requisitos de QoS precisam ser obtidos através de solicitação a cada SSs. Todas as

informações depois de coletadas, irão ser armazenadas numa fila virtual, assim o

escalonador uplink decidirá as alocações que devem ser feitas baseando-se nas

solicitações de banda, parâmetros de QoS e prioridades de classes de serviços. Essas

informações são transmitidas para as SSs pelo campo UL-MAP (Uplink Bandwidth

Allocation Map - Mapa de Alocação de Largura de Banda Uplink).

Por fim, há o escalonador situado na estação assinante (SS), que visita as filas

e seleciona os pacotes para transmissão. Os pacotes selecionados são transmitidos para a

BS e os dados de tempo de alocação e parâmetros de QoS são informados no campo UL-

MAP do quadro de gerenciamento (RODRIGUES, 2009).

2.5 Resumo do Capítulo

Este capítulo abordou sobre as tecnologias que serão utilizadas neste projeto,

descrevendo conceitos, suas ramificações e ementas, protocolos e arquiteturas

envolvidas, dentre outras características sobre a redes WiMAX. Também abordou sobre

o framework de QoS e suas classes de serviços, demostrando a arquitetura, conceitos e

classificações de cada classe para cada tipo de tráfego.

O capítulo 3 mostrará definições e conceitos a respeito da Qualidade de

Experiência (QoE) voltada para redes sem fio, abordando as métricas utilizadas para

avaliação da qualidade final de vídeos.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

20

3. QUALIDADE DE EXPERIÊNCIA EM REDES

SEM FIO

Esse capítulo descreve sobre Qualidade de Experiência (QoE) demostrando

conceitos e a sua aplicabilidade, detalhando algumas métricas de qualidade que utilizam

parâmetros analíticos humanos de avaliação de qualidade, com o foco em vídeos

transmitidos através de redes sem fio. As métricas serão divididas em duas categorias:

subjetiva e objetiva, onde serão abordados conceitos, estruturas e modelos matemáticos

utilizados para realizar as avaliações.

3.1 Qualidade de Experiência (QoE)

O crescente desenvolvimento tecnológico e a grande necessidade da nova geração

de usuários na utilização de recursos multimídias espalhados nas diversas plataformas

atuais de comunicação como VoIP (Voice over Internet Protocol – Voz sobre Protocolo

de Internet), IPTV (Internet Protocol Television – Protocolo de Internet para Televisão),

streaming de aplicações de áudio e vídeos e clouding computer2, demandam a criação de

meios eficientes de transmissão e comunicação, na sua maioria portáteis e de rápido

acesso. Mas disponibilizar apenas o acesso não é mais o suficiente.

As aplicações e serviços assim como seus usuários atuais exigem um nível de

qualidade na entrega e utilização dos mesmos, tanto no ponto de vista da disponibilidade

da rede (QoS – Quality of Service – Qualidade de Serviço), quanto na visão do usuário

final (QoE – Quality of Experience – Qualidade de Experiência). Nas próximas seções

será estudado com mais profundidade a maneira pelo qual podemos quantificar o nível de

qualidade dos serviços prestados do ponto de vista do usuário. As tecnologias de acesso

sem fio, como o WiMAX, e o seu framework de QoS (Ieee, 2005), garantem uma conexão

sem fio estável e que atenda aos requisitos de diferentes aplicações e principalmente as

do usuário final. O desempenho da rede atualmente é avaliado através das métricas de

QoS, que são definidas como um conjunto de métricas que indicam a capacidade da rede

2 É um modelo que possibilita acesso, de modo conveniente e sob demanda, a um conjunto de recursos

computacionais configuráveis (por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) que

podem ser rapidamente adquiridos e liberados com mínimo esforço gerencial ou interação com o provedor

de serviços.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

21

em disponibilizar garantia de serviços. A implementação do QoS é importante para uma

avaliação de qualidade do serviço entregue utilizando métricas como vazão, jitter, atraso,

perda de pacotes, mas apenas do ponto de vista da rede, não considerando o ponto de vista

do usuário. Contudo o foco tem mudado para o ponto de vista do usuário final em relação

ao serviço entregue e sua utilização, pois ele é o principal interessado na utilização dos

serviços e não existe padrão de qualidade melhor que a opinião do usuário.

O QoE visa utilizar métricas de avaliação para a melhor utilização considerando

o ponto de vista do usuário e suas percepções. O termo QoE surgiu para ocupar outros

pontos de avaliações e métricas para aplicações multimídias para o usuário, avaliando o

impacto das aplicações através da sensibilidade humana. Diferente das técnicas de

avaliação de QoS, que se baseiam apenas em parâmetros da rede, métricas de QoE são

usadas para mensurar como o usuário percebe a aplicação (Oliveira, 2011). A utilização

destas métricas servem como extensão aos parâmetros de QoS, melhorando o controle e

operações nas arquiteturas de redes e protocolos, consequentemente, proporcionando

melhorias para serviços de aplicações de áudio e vídeo (FERREIRA, 2009).

O estudo do QoE, tem sido uma forte tendência e de destaque mundial, possuindo

grupos importantes de pesquisas como: International Telecommunication Union –

Telecommunication Standardization Sector (ITU-T – União Internacional de

Telecomunicações – Setor de Normatização das Telecomunicações) (ITU-R

Recommendation BT.500-11, 2002), Video Quality Experts Group (VQEG - Grupo de

Especialistas em Qualidade de Vídeo) (VQEG, 2000) e ETSI (European

Telecommunications Standard Institute - Instituto Europeu de Padronização de

Telecomunicações), STQ (Technical Committee Speech Processing, Transmission and

Quality Aspects – Comitê Técnico para Discurso de Processamento, Aspectos de

Qualidade e Transmissão) (ETSI, 2011) e (ITU-R RECOMMENDATION P.800-1,

1998), (LU et al, 2004).

As métricas de QoE, retornam um valor quantitativo no qual é mapeado para uma

faixa e valores qualitativos, essas métricas podem ser objetivas e subjetivas. A Figura 7

apresenta a principal diferença entre as abordagens, na qual a subjetiva é baseada na

opinião dos usuários onde as emoções, serviços e experiência influenciam bastante. Por

outro lado a objetiva tenta assimilar a percepção humana através de algoritmos baseados

em informações da rede, transporte e fatores de aplicação.

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

22

Figura 7 – Abordagem objetiva x Abordagem subjetiva.

Fonte: Oliveira, 2011.

A seguir iremos detalhar um pouco mais sobre essas duas abordagens, tipos de

métricas e suas principais utilizações.

3.1.1 Métricas Subjetivas

As métricas subjetivas têm como objetivo avaliar a qualidade dos serviços

prestados por aplicações baseadas na opinião/percepção do usuário. A qualificação da

mídia é feita conforme a experiência que o usuário teve diante da mesma, atribuindo uma

nota conforme seu ponto de vista. Essa métrica depende apenas do usuário final, já que o

grande objetivo é melhorar os serviços para ele. É a abordagem mais precisa para se

avaliar a qualidade de um vídeo, porém o índice de qualidade fornecido pelo usuário pode

sofrer várias mudanças e depender de fatores como experiência em avaliação, o humor

do usuário no momento do teste e outros fatores emocionais.

Os métodos de avaliação têm como base técnicas definidas com padrão

internacional, como a ITU-T. Existem normas especificas para cada atuação e suas

particularidades como: televisão a cabo e aplicações multimídias. Outras especificações

como configuração do ambiente, escolha dos avaliadores, metodologia dos testes também

são recomendadas pelas normas. As normas mais utilizadas são a BT.500 da ITU (ITU,

2000) e a P.900 da ITU (ITU, 2008).

O processo e avaliação subjetiva segue uma sequência de ação: primeiramente é

feita a construção de um painel de observadores que irá avaliar um ou mais vídeos,

analisar e atribuir uma nota conforme seu consentimento e conforme a sua opinião sobre

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23

a qualidade do vídeo. Essa nota possui uma escala de valores pré-formatados que

dependendo do objetivo da avaliação podem ser previamente descritos aos avaliadores.

A forma de resultados mais comum para a avaliação subjetiva é a medição através do

MOS (Mean Option Score - Opção Média de Pontuação), na qual as notas para o vídeo

possuem uma escala de 1 a 5, onde 1 representa a pior nota e cinco a maior, como mostra

na Tabela 1 os valores e seus respectivos significados (DARONCO, 2009).

Tabela 1 - Valores do MOS.

Fonte: Daronco, 2009.

Embora a abordagem utilizando as métricas subjetivas sejam as mais precisas,

pois conta diretamente com a opinião/avaliação do principal alvo da aplicação, o usuário

final, esse tipo de teste demanda muito tempo para sua execução, pois requer uma

quantidade significante de avaliadores, o que acarreta em maiores custos e investimentos.

Outro ponto negativo é a dependência humana para realização dos testes, o que impede

que a abordagem seja feita inúmeras vezes e de forma automatizada em sistemas de tempo

real. Outras métricas que funcionam independente da interação humana podem ser

utilizadas no QoE, são as métricas objetivas, que serão detalhadas a seguir.

3.1.2 Métricas Objetivas

A abordagem objetiva, diferente da subjetiva, dispensa a interação humana para

avaliação e visualização dos vídeos, utiliza métricas com algoritmos e modelos

matemáticos computacionais quantitativos, onde os valores computados são mapeados

em valores subjetivos de qualidade. Os modelos matemáticos estimam a qualidade do

vídeo recebido pelo usuário comparando com a qualidade do vídeo original, levando em

conta características como aspectos de luminosidade, contraste, estrutura entre outros, a

fim de se aproximar o máximo da percepção humana de qualidade de vídeo simulando a

sensibilidade do SVH (Sistema Visual Humano) (WINKLER, 2005).

MOS Qualidade Dano ao Vídeo

5 Excelente Imperceptível

4 Bom Perceptível

3 Razoável Levemente Razoável

2 Pobre Irritante

1 Ruim Muito irritante

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24

As principais vantagens de utilizar as métricas objetivas são as infinitas

possibilidades de cenários e testes que podem ser criadas e analisadas/avaliadas inúmeras

vezes, diminuindo o tempo das avaliações, custos e investimentos. Outro ponto positivo

é a possibilidade de automação dessas métricas, utilizando aplicativos de tempo real, e

executando a comparação entre o vídeo original repetida vezes sem o desgasto e cansaço

que teria com um avaliador humano. As principais métricas objetivas utilizadas para

avaliar a qualidade de vídeos são: PSNR (Peak Signal to Noise Ratio – Sinal de Pico para

Taxa de Ruído) (Winkler, 2005), SSIM (Structural Similarity Index – Índice de

Similaridade Estrutural) (Niranjan et al, 2000), VQM (Video Quality Metric – Métrica de

Qualidade de Vídeo) (Revés et al, 2006). A seguir iremos falar um pouco mais sobre cada

uma delas.

3.1.2.1 Peak Signal to Noise Ratio – PSNR

O PSNR é a métrica mais tradicional, que estima a qualidade do vídeo em

decibéis, comparando o vídeo original ao vídeo recebido pelo usuário considerando o

aspecto de luminosidade (Winkler, 2005). O PSNR é derivado de outra métrica, chamada

de MSE (Mean Squared Error – Erro Quadrático Médio). O MSE calcula a média de

erro, variação de um atributo real em relação ao qual esse mesmo atributo foi estimado.

Resumindo, ele compara a qualidade do frame recebida pelo usuário ao frame original

(Mallowski, Claben, 2008). O cálculo do MSE é realizado através da soma das diferenças

quadráticas de todos os pixels da imagem original e da imagem processada que está sendo

avaliada. Após isso, o resultado é dividido pelo número de pixels totais, como pode ser

observado na Equação 1.

Equação 1 𝑀𝑆𝐸 = ∑ 𝑀

𝑖=1 ∑ 𝑁𝑗=1 [(f (i,j)−𝐹(𝑖,𝑗))]

2

𝑀 𝑥 𝑁

Onde f (i, j) é o valor de cada pixel na imagem original, F (i,j) é o valor do pixel

na imagem avaliada, M é o número de linhas, e N o número de colunas do quadro. O

MSE resultará sempre em valores positivos e seu valor mínimo é zero e o máximo é 100

se o valor for zero, significa que as imagens são iguais (Begazo, 2012). A partir do MSE

pode-se finalmente obter o valor do PSNR, que é expresso em dB (decibel), utilizando a

Equação 2:

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25

Equação 2 𝑃𝑆𝑁𝑅 = 20 log10 (𝑀𝐴𝑋

√𝑀𝑆𝐸)

Onde MAX é o valor máximo do pixel (255 para 8 bits). Há uma qualificação para

o resultado do PSNR, que pode ser usado para mapear valores de MOS. Confira na Tabela

2 o mapeamento PSNR para MOS (JAIN, 2004).

Tabela 2 – Mapeamento PSNR para MOS

Fonte: Jain, 2004.

O PSNR é a métrica mais popular como dito acima, porém não a mais completa,

pois indica apenas a diferença dos frames recebidos em relação aos frames originais,

desconsiderando características importantes do SVH (Sistema Visual Humano)

(FERREIRA, 2009).

3.1.2.2 Structural Similarity Index – SSIM

O SSIM se difere do PSNR pelo fato de sua avaliação não apenas analisar a taxa

de erro do vídeo recebida em relação ao vídeo original, ele avalia o vídeo levando em

consideração algumas características do SVH, ele analisa a similaridade de cores,

luminosidade e estrutura, verificando frame por frame coletando e armazenando esses

valores em vetores para cada atributo, vetor para luminosidade, vetor para estrutura e

outro vetor para cor. Após analisar todos os frames, obtém-se a média de cada vetor e a

combinação dessas três medias gera o valor do SSIM, indicando a qualidade do vídeo

(Nijaran et al, 2000). Todos os aspectos combinados geram um único valor, chamado de

índice (index) como é visto na Figura 8 (MÁSSON, WANG, 2004).

PSNR (dB) MOS

> 37 5 (Excelente)

31 - 37 4 (Bom)

25 - 31 3 (Regular)

20 - 25 2 (Pobre)

< 20 1 (Péssimo)

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26

Figura 8 – Estrutura de funcionamento do SSIM.

Fonte: Adaptada de Másson, Wang, 2004.

A formula utilizada para ser obter o valor do index que indica a qualidade do SSIM

é esta apresentada abaixo na Equação 3 (NIJARAN et al, 2000):

Equação 3 𝑆𝑆𝐼𝑀 (𝑥, 𝑦) = (2𝜇𝑥𝜇𝑦+𝑐1)(2𝜍𝜊𝜐𝑥𝑦+ 𝑐2)

(𝜇𝑥2+𝜇𝑦

2+𝑐1)(𝜎𝑥2+ 𝜎𝑦

2+𝑐2)

Onde:

𝜇𝑥 é a média de x;

𝜇𝑦 é a média de y;

𝜎𝑥2 é a variância de x;

𝜎𝑦2 é a variância de y;

𝜍𝜊𝜐𝑥𝑦 é a covariância de y;

𝑐1 = (𝑘1𝐿)2, 𝑐2 = (𝑘2𝐿) são duas constantes, L o valor máximo que pode ser

atribuído a cada pixel, 𝑘1 = 0,01 e 𝑘2 = 0,03 por padrão.

O valor de SSIM resulta em um valor decimal que fica entre 0 e 1, quanto mais

próximo do 1 melhor será a qualidade do vídeo, quanto mais perto do zero pior a

qualidade. Caso o valor recebido seja 1, significa que o vídeo recebido pelo usuário

corresponde em 100% ao vídeo original (TAKAHASHI et al, 2008).

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

27

3.1.2.2 Video Quality Metric (VQM)

A métrica objetiva denominada VQM foi desenvolvida pelo The Institute for

Telecommunication Sciense (ITS – Instituto de Ciência de Telecomunicação) (Xiao,

2000). Assim como as métricas citadas anteriormente, o VQM também compara o vídeo

original em relação ao vídeo recebido pelo usuário, porém essa métrica é mais completa

que PSNR e SSIM, pois avalia nos seus parâmetros a distorção das cores, distorção dos

pixels, nível de ruído e o nível de brilho (qualidade) do vídeo. É essa combinação de

parâmetros e fatores que geram a métrica VQM. Desse modo, essa métrica de avaliação

é a que mais se aproxima das avaliações de imagens e vídeo feitas pelo SVH (FERRUS,

2006).

O VQM “calibra” os parâmetros na primeira etapa efetuando a comparação do

contraste e brilho. Na segunda etapa ele compara o alinhamento espacial, verificando a

posição no eixo horizontal e vertical de ambos os vídeos. Na terceira etapa ele analisa a

quantidade de pixels perdidos em relação ao vídeo original e por fim, na quarta etapa,

verifica-se o alinhamento temporal que compara o tempo no qual cada frame foi recebido

em relação ao tempo no qual o mesmo deveria ter sido entregue, nessa quarta etapa o

principal objetivo é avaliar o atraso do vídeo recebido pelo usuário (FERREIRA, 2009).

Essa métrica é baseada na DCT (Discrete Cosine Transform – Transformada

Discreta do Cosseno), e para obtenção matemática do VQM os seguintes passos abaixo

são realizados (REIGOTA, 2006):

1º - É feito uma transformação do vídeo para o formato YUV (Y é a luminância,

U (R-Y) é o sinal R (Red) vermelho e Y somados, V(B-Y) é o sinal de B (Blue) azul e Y.

2 º - DCTs de blocos 8x8 são usados para separar as imagens em diferentes

frequências.

3 º - É feito a conversão dos coeficientes da DCT para LC (Local Contrast -

Contraste Local) usando aa equação 4:

Equação 4 𝐿𝐶𝑖 = 𝐷𝐶𝑇𝑖,𝑗 (

𝐷𝐶

1024)2

𝐷𝐶

No qual DC é o coeficiente DCT com índices (posição do pixel) (i,j) = (0,0).

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28

4 º - Agora a conversão do LC para “a diferença apenas perceptível” (just

noticeable difference), segundo a equação 5:

Equação 5 𝐽𝑁𝐷𝑖,𝑗 = 𝐿𝐶𝑖,𝑗. 𝐶𝑆𝐹𝑖,𝑗

Sendo o CSF a Função de Sensitividade do Contraste (Contrast Sensitivity

Function) (Peli, 1999).

5 º - Nessa etapa o cálculo da seleção ponderada da média e máxima distorções é

feito. A diferença absoluta (D) entre o vídeo original e reduzido é calculada para cada um

dos coeficientes JND (Just Noticeable Difference - Diferença Apenas Perceptível), como

abaixo:

Equação 6 VQM = media (|D|) + 0.005.máximo(|D|)

Quanto mais próximo o resultado do VQM for de 0, significa que melhor será

a qualidade do vídeo, sendo 0 o melhor possível, o que indica uma menor distorção em

relação ao vídeo original (Niranjan et al 2000). Há ainda outras métricas para avaliação

objetiva como: Moving Picture Quality Metric (Métrica de qualidade para Imagens em

Movimento - MPQM) (Drakos, Moore 1996) e Perceptual Evaluation of Video Quality

(Avaliação Perceptiva da Qualidade de Vídeo – PEVQ) (PEVQ, 2010), que não serão o

foco deste trabalho já que, as métricas anteriormente citadas fornecem resultados

satisfatórios para a análise e estudo efetuado neste trabalho.

Além de oferecer os serviços audiovisuais multimídias de qualidade aos usuários,

utilizando as métricas de análise e avaliação do meio de transmissão, levando em conta o

ponto de vista da rede (QoS), as aplicações atuais devem se preocupar com o principal

interessado, o usuário final. Desse forma, é necessário aplicar novas métricas para avaliar

e aprimorar os serviços fornecidos conforme resultados obtidos pelo ponto de vista do

cliente, utilizando assim métricas especializadas para isto (QoE). Apresentamos métricas

que possuem o intuito de avaliar a satisfação e nível de qualidade do serviço fornecido do

ponto de vista de quem poderá melhor julgar, para que com esses resultados, sejam feitas

alterações e modificações nos meios de transmissão e de qualidade de serviço do ponto

de vista da rede, ou seja, a ideia é integrar os resultados das métricas de QoE para que

junto com as os resultados das métricas de QoS, ajustem o meio de transmissão e

ambiente operacional, visando a melhor qualidade para o usuário final.

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

29

3.2 Resumo do capitulo

Este capítulo abordou conceitos e métricas referentes a Qualidade de Experiência,

com o foco na medição de qualidade de vídeos trafegados em uma rede sem fio. Foram

descritos duas classes de métricas: métricas subjetivas, que se baseiam na opinião e

percepção do usuário, e métricas objetivas, que dispensam a interação humana para

avaliação se baseando em algoritmos e modelos matemáticos.

O capitulo 4 mostrará alguns trabalhos relacionados com a proposta deste projeto,

com temas relacionados a redes WiMAX, avaliação de QoS e QoE em vídeos, e a garantia

de qualidade do usuário final.

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30

4. TRABALHOS RELACIONADOS

Este capítulo apresenta alguns trabalhos relacionados que efetuaram análise e

avaliação do desempenho de redes sem fio na transmissão de conteúdo multimídia,

através de implementações de topologias variadas e padrões de redes diferenciados. Os

trabalhos apresentam métricas tradicionais de qualidade de serviço (QoS) e qualidade de

experiência (QoE) em seus métodos de avaliação.

O autor de Ferreira (2008) efetuou análises e avaliações em um testebed no padrão

para rede local sem fio (WLAN – Wireless Local Area Network) IEEE 802.11 utilizando

transmissões de streaming de vídeos em uma topologia Ponto-Multiponto. Ferreira

(2008) efetuou uma análise comparativa entre duas ementas do padrão para Wifi

(Wireless Fidelity), IEEE 802.11b e IEEE 802.11g, para avaliar qual padrão teria o melhor

desempenho na transmissão de fluxo contínuo de vídeo, simulando características de

vídeo em formato IPTV (Internet Protocol Television – Protocolo de Internet para

Televisão). A avaliação ocorreu utilizando técnicas de QoS, onde o foco de qualidade é

voltado para os serviços da rede. Os resultados não foram satisfatórios, Ferreira concluiu

que para transmissões de vídeo o padrão IEEE 802.11g possui resultados mais

satisfatórios em relação ao seu antecessor IEEE 802.11b, porém o autor concluiu que

embora seja possível a transmissão de vídeo por esse padrão, não se pode garantir a

qualidade final do resultado da transmissão, e que são necessários mecanismos que

permitam garantir a qualidade de serviço exigida pela aplicação para que melhores

resultados possam ser obtidos. Semelhante a nossa proposta, Ferreira efetuou análises e

avaliações de tráfegos de vídeo em redes wireless, porém as avaliações deste autor apenas

envolveram métricas de qualidade voltada para a rede (QoS).

Pereira (2004) adotou também o padrão IEEE 802.11 para redes wireless em seu

projeto, através de simulações utilizando uma topologia ad-hoc. O autor avaliou o tráfego

de vídeo utilizando métricas de QoS, e concluiu que os problemas na qualidade final do

vídeo, após sua transmissão, não depende da topologia de rede utilizada, e sim de

mecanismos que possam efetuar essa classificação de serviços e priorizar os mesmos de

acordo com ambiente utilizado. O autor efetuou a avaliações do trafego de vídeo

transmitidos por redes sem fio, semelhante a proposta deste projeto, contudo o autor

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

31

utilizou uma topologia ad-roc, além de outro padrão de rede, IEEE 802.11, e novamente

avaliou apenas requisitos de qualidade voltados para a rede.

No trabalho dos autores Avelar et al. (2008) avaliaram o protocolo PMIPv6 quanto

ao suporte à QoE para tráfego de vídeo em um Testebed do padrão 802.11 para tecnologia

wireless, focando na mobilidade. Os autores propõe uma nova implementação para o

protocolo PMIPv6, com algoritmos de antecipação de handoff transparente baseando-se

no nível de sinal do nó móvel (MN - Mobile Node). Eles utilizaram streaming de vídeo

como tráfego gerado e avaliaram os dados transmitidos utilizando métricas PSNR e

SSIM. Nos resultados a implementação da proposta obteve resultados positivos e

melhores nas métricas de QoE do que o protocolo antecessor ao PMIPv6, o MIPv6,

justificando melhorias no ponto de vista de percepção do usuário como principal

justificativa para adesão do novo protocolo. Os autores Avelar et al. avaliam tráfego de

vídeo, através de redes sem fio, utilizando métricas de qualidade de experiência, que é o

mesmo objetivo da proposta deste projeto, porem os autores utilizaram como metodologia

o uso de um testebed, e padrão de rede Wifi, diferentes dos usados por esse projeto, onde

a avaliação será feita em um tráfego de vídeo real, possuindo diferentes complexidades

em redes PMP do tipo WiMAX.

Os autores Sousa et al. (2008) realizaram testes e estudos em um testebed

utilizando a tecnologia WiMAX. Os autores realizaram avaliações utilizando como

métricas para qualidade de vídeo transmitido o MOS e PSNR, com equipamentos

ofereciam suporte a duas classes de serviços (CoS) do WiMAX: BE e rtPS. Após testes

realizados, os resultados mostraram que quando os recursos são suficientes a tecnologia

apresenta um bom desempenho e os requisitos das aplicações e vídeo são atendidas sem

problemas para ambas as classes. Porém, quando o cenário utilizado possuía recursos de

banda limitada, o desempenho foi classificado como ruim para as duas classes de serviços.

Semelhante a nossa proposta, os autores utilizaram o padrão WiMAX para a rede sem fio,

e avaliaram a qualidade de vídeo transmitidos utilizando métricas de qualidade de

experiência, nossa proposta utilizará uma CoS a mais que os autores acima, a UGS,

realizando as avaliações e testes em simulações utilizando vídeos de diferentes

complexidades.

As análises e simulações também podem ser efetuadas em ambientes virtuais para

a tecnologia WiMAX, como exemplo o trabalho do autores Vishwanath et al. (2009), que

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32

investigaram a QoE em transmissão de vídeos sobre redes WiMAX utilizando um

simulador de redes virtual. A qualidade foi medida através de simulações, avaliando

métricas como PSNR, além de outros parâmetros de QoS. Como resultado os autores

destacaram várias relações de perda-e-ganho entre os parâmetros do ponto de vista da

rede, e a correlação da variação de parâmetros como banda disponível e latência com a

qualidade final do vídeo. Em nossa proposta iremos avaliar vídeos com diferentes

complexidades em um tráfego real, utilizando mais métricas de QoE nas avaliações, do

que as utilizadas pelo autor acima.

Diferente do que foi visto em todos os trabalhos apresentados e estudados, nossa

proposta visa analisar a confiabilidade de garantia de qualidade de serviço numa

arquitetura WiMAX que provê QoS, utilizando métricas de QoE, utilizando diferentes

complexidades de vídeos.

No quadro 3 é apresentado os trabalhos relacionados discutidos neste capítulo com

uma pequena descrição a respeito de cada um deles.

Quadro 3 – Resumo dos trabalhos relacionados discutidos.

Autor Descrição

Ferreira, 2008

Utilizou um testebed, numa topologia PMP, e métricas de

QoS, efetuou a análise comparativa entre os padrões IEEE

802.11b e IEEE 802.11g avaliando o desempenho numa

transmissão de vídeo continuo.

Pereira, 2004 Utilizou simulação, avaliou trafego de vídeo em uma rede

wireless do tipo AD-HOC, padrão IEEE 802.11, utilizando

métricas de QoS.

Avelar et al., 2008

Como topologia PMP, e métricas de QoS e QoE, avaliou o

protocolo PMIPv6 quanto ao suporte a QoE para tráfego de

vídeo em um Testebed no padrão IEEE 802.11.

Sousa et al., 2008

Realizou teste em ambientes físicos utilizando o WiMAX,

avaliando vídeos transmitidos pela rede wireless com

métricas de QoE, porem com equipamentos que

suportavam duas classes de serviços: BE e rtPS.

Vishwanath et al., 2009 Foram feitas simulações numa arquitetura PMP, efetuando

avaliação de vídeos transmitidos por redes WiMAX,

utilizando métricas de QoE.

Fonte: Própria autoria.

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33

4.1 Resumo do Capítulo

Este capítulo apresentou trabalhos relacionados ao da proposta deste projeto,

explanando resumidamente sobre os objetivos e resultados dos autores, comentando as

semelhanças entre os trabalhos citados e a nossa proposta.

No próximo capítulo iremos abordar sobre os matérias e métodos utilizados neste

projeto, descrevendo a metodologia aplicada e as ferramentas necessárias para o

desenvolvimento do projeto.

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34

5. MATERIAIS E MÉTODOS

Este capítulo descreve sobre a metodologia e as ferramentas utilizadas para a

realização da proposta. O trabalho descreve as etapas utilizadas para a realização da

proposta visando a conclusão do trabalho, e como foram aplicadas, em seguida tanto as

ferramentas utilizadas para o presente trabalho, quanto as que não foram, serão

justificadas.

5.1 Metodologia

Na etapa inicial foi realizado o estudo do estado da arte sobre redes sem fio e

assuntos complementares com intuito de obter entendimento e embasamento

bibliográfico para a realização da proposta. Foram realizadas pesquisas acerca das teorias

e conceitos envolvendo as redes sem fio e as métricas de qualidade que a regem: WiMAX,

Qualidade de Serviço (QoS), Qualidade de Experiência (QoE), através de referências

bibliográficas, tais como artigos científicos, teses, revistas técnicas e etc.

No segundo momento foi realizado o estudo das ferramentas que visam

implementar a proposta, e de qual maneira poderíamos representa-la computacionalmente

de acordo com as referências bibliográficas estudadas. Optamos por realizarmos nossa

proposta utilizando simulações virtuais, pois possuem custos mais baixos para

implementações, levando também em consideração que no ambiente virtual, testes

poderiam ser feitos incansavelmente e análises e coletas de dados de uma forma mais

prática que as demais. Pesquisas foram realizadas acerca de soluções, a partir de dois

módulos que implementam QoS no WiMAX e que são amplamente utilizados pela

comunidade científica, a pesquisa se orientou em realizar testes de confiabilidade dos

mesmos conforme o estabelecido pelo padrão IEEE 802.16e por meio de simulação, e

obtivemos êxito. Houve modificações no módulo, em relação aos arquivos TCL, que

foram estudados e adaptados para a nossa proposta.

No terceiro momento, realizamos a montagem do cenário, com as configurações

adequadas para os testes de simulação, junto com as configurações adequadas para

realizar a avaliação exata de acordo com o módulo escolhido, foi realizada a coleta dos

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35

dados, para as posteriores avaliações, para que com esses dados e resultados em mãos,

pudesse ser feita a devida análise e conclusão a cerca da confiabilidade ou não do módulo.

5.2 Ferramentas

Nesta seção iremos apresentar as ferramentas utilizadas para a realização da

proposta, justificando suas escolhas e apresentando outras possíveis ferramentas

semelhantes.

Para prover a avaliação dos módulos disponíveis, foi utilizada a ferramenta ns - 2

(Network Simulation version 2), um simulador de redes virtual gratuito de código fonte

aberto, que permite ao usuário realizar ajustes e adaptações. O simulador oferece suporte

a simulações com um grande número possibilidades de atores e variações de cenários

(com fio e sem fio), com diferentes cenários baseados nos protocolos TCP, UDP entre

outros. A programação do ns-2 é feita em duas linguagens: C++, (para estrutura básica,

protocolos, agentes e etc.) e TCL (Tool Command Language – Linguagem de comando e

ferramenta), para uso como front-end3. O TCL é uma linguagem interpretada, o qual seus

scripts4 são desenvolvidos e alterados sem a necessidade de recopilação do ns-2, essa

linguagem foi desenvolvida pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology - Instituto

de Tecnologia de Massachusetts) (ns-2, 2011). A escolha do ns -2 se justifica por alguns

motivos, em especial o fato de ser um ambiente de simulação totalmente descritivo, que

possui uma forte documentação relacionada a simulações para tecnologias de rede sem

fio, e por ser bastante difundido na literatura científica e acadêmica, e como já dito

anteriormente se trata de uma ferramenta livre de código aberto.

Além do ns -2 existem outras ferramentas presentes na literatura que permitem a

simulação de redes como QualNet, OPNET e OMNeT++ (Pan, 2008). A escolha do ns-

2, ao invés de outros simuladores, se deu por fatores como: diferentemente de dois

similares citadas acima, QualNet e OPNET, que são de caráter comercial e de código

fonte fechado o ns-2 é grátis e possui código fonte aberto. Além do mais, entre as outras

ferramentas de simulação o ns-2 se diferencia por permitir avaliações mais profundas e

propor novas tecnologias relacionadas a protocolos, e por operar em camadas de redes

3 Interfaces gráficas que permitem ao usuário interagir com programas que trabalham originalmente em

modo texto. 4 Script é um texto com uma série de instruções escritas para serem seguidas, ou por pessoas em peças

teatrais ou programas televisivos, ou executadas por um programa de computador

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36

mais aprofundadas (camada de enlace - MAC) dos quais as outras ferramentas não atuam.

Outro principal motivo para a escolha no ns -2, é pelo fato do módulo de QoS WiMAX

disponível na literatura científica, ter sido desenvolvido e testado nesta ferramenta de

simulação.

Figura 9 – Ilustração de uma simulação no ns-2

Fonte: Nam, 2013.

O módulo de QoS WiMAX escolhido para a proposta de avaliação, foi o

desenvolvido por Aymen (Belghith, A., Nuaymi, L., 2008), por possuir uma estrutura pré-

definida, documentação clara e consistente, e por ter como principal proposta a

implementação das classes de serviços (CoS) de forma correta obedecendo estritamente

o padrão IEEE 802.16e, além de a implementação ser feita no ns-2. Nas pesquisas

realizadas desta proposta foi encontrado outro módulo que implementa QoS no WiMAX,

o módulo desenvolvido pela LRC (Laboratório de Redes de Computadores) da

UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) (LRC, 2008), mas não possuía

documentação consistente para a implementação, tão pouco referências bibliográficas

para consultas na literatura, e infelizmente todas as tentativas de contato com a equipe do

LRC, foram sem sucesso, o que não favoreceu na utilização de seu módulo.

Figura 10 – Logo representante da tecnologia WiMAX

Fonte: Wimax Forum, 2006.

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37

A ferramenta utilizada para avaliação e suporte da proposta foi o EvalVid (Klaue

et al, 2003), um framework utilizado para transmissão e avaliação da qualidade de fluxos

de vídeo transmitidos em redes simuladas, para medir diversas métricas entre elas as de

qualidade de experiência (QoE), tais como PSNR e MOS. Na literatura não foi encontrado

nenhuma outra ferramenta com as mesmas especificações e funcionalidade para esse tipo

de avaliação quanto o EvalVid.

Figura 11 – Imagem de uma execução do EvalVid

Fonte: Própria autoria.

Outra ferramenta utilizada para avaliação foi o MSU VQMT (Video Quality

Measurement Tool – Ferramenta para Medição de Qualidade de Vídeo), desenvolvido

pelo grupo de pesquisa MSU Graphics & Media Lab da Universidade de Moscou (Msu,

2013), que também avalia e calcula métricas de QoE em fluxos de vídeos transmitidos

pela rede.

Figura 12 – Imagem de uma execução do MSU VQMT

Fonte: Própria autoria.

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38

Para a plotagem de dados representativos por escala gráfica, utilizamos a

ferramenta XGRAPH, uma ferramenta de geração de gráficos que já faz parte do conjunto

de ferramentas presentes no ns-2, de licença livre (GPL5), sendo compatível nas

plataformas Windows, Unix e Linux (Xgraph, 2013). O XGRAPH efetua a plotagem e

visualização interativa dos dados obtidos através do scripts Tcl/TK.

Outra ferramenta similar ao XGRAPH é o Gnuplot, que também possui

compatibilidades nas plataformas Windows e Unix, também de licença livre (GPL), mas

não foi utilizado por ser mais complexo que o XGRAPH, pois o Gnuplot é um programa

dirigido a comandos para plotagem de dados e funções, que em geral, aceita expressões

matemáticas para a plotagem dos dados (Gnuplot, 2010). Levando em consideração o fato

do XGRAPH fazer parte do leque de ferramentas já disponíveis no ns-2, de sua eficiência

e praticidade, foi essa a ferramenta escolhida para serem gerados os gráficos.

Figura 13 – Imagem de um gráfico plotado pelo XGRAPH

Fonte: Gnuplot, 2010.

Por fim, o sistema operacional utilizado foi o Ubuntu, na versão 9.04 (Ubuntu,

2009), um sistema de licença livre (GPL) e de código aberto (open source) para

plataforma Linux, um sistema operacional bastante conhecido e difundido no meio

acadêmico e científico. A escolha do Ubuntu não foi de caráter obrigatório, pois o

simulador virtual ns-2 e suas ferramentas também podem ser instalados e utilizados em

outros sistemas operacionais com o Windows, por exemplo, que através do Cygwin

instala e permite a configuração e uso do ns-2 no sistema da Microsoft (Cygwin, 2013).

A escolha pelo Ubuntu foi levada em consideração por: se tratar de um sistema

operacional de código aberto, então qualquer alteração ao núcleo do sistema ou nos

demais componente poderiam ser feitas, e o ns-2 foi escrito nativamente para plataformas

5 GNU General Public License (Licença Pública Geral), GNU GPL ou simplesmente GPL, é a designação

da licença para software livre idealizada por Richard Matthew Stallman em 1989, no âmbito do projeto

GNU da Free Software Foundation (FSF – Fundação de Software Livre) (GNU, 2007).

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39

Linux, então seus recursos e funcionalidades são mais eficazes e eficientes nesta

plataforma. Em outras plataformas o ns-2 funciona por adaptações e emulações realizadas

por programas terceiros. Outro ponto forte para a escolha do Ubuntu foi o fato de que em

quase 100% das referências bibliográficas consultadas na literatura, a utilização do ns-2

ocorreu em plataformas Linux, e que a própria documentação do módulo escolhido,

deixava recomendações para o seu uso em plataformas Linux.

Figura 14 - Logomarca do Ubuntu

Fonte: Ubuntu, 2009

O fato do Windows não executar o ns-2 nativamente, precisando de programas

terceiros, e que drivers e outras configurações do sistema operacional poderiam interferir

nas simulações, sendo um software de caráter comercial e de arquitetura fechada, o que

impossibilitaria alterações direto no núcleo do sistema, justifica por ele não ter sido

escolhido para este projeto.

5.3 Resumo do Capítulo

Este capítulo abordou sobre a metodologia utilizada para a realização da proposta

deste projeto, detalhando o caminho metodológico utilizado, seguido pelas ferramentas,

detalhando suas principais funções, conceitos e possíveis alternativas que poderiam

também ter sido utilizadas em seus lugares com as mesmas especificações.

No próximo capitulo abordaremos sobre o estudo de caso da proposta, onde

apresentaremos os dados e informações coletadas, derivados de nosso trabalho e

pesquisas.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

40

6. AVALIAÇÃO DE GARANTIA DE QUALIDADE

Este capítulo apresenta as avaliações e resultados da proposta deste projeto, por

meio do módulo de simulação para redes WiMAX, no simulador de redes ns-2 versão

2.29. São apresentados os resultados das simulações de rede, para tráfego de dados de

diferentes tipos, como voz, melhor esforço (HTTP - Hypertext Transfer Protocol -

Protocolo de Transferência de Hipertexto, FTP - File Transfert Protocol – Protocolo de

Transferência de Arquivos) e tráfego de vídeo, em um cenário de concorrência por largura

de banda. Os resultados foram obtidos através de métricas de QoS (vazão e atraso), e

métricas de QoE (PSNR, SSIM, VQM), no qual o foco foi avaliar se existe integridade

na garantia de qualidade de serviço por parte do módulo proposto por Aymen (Belghith,

A., Nuaymi, L., 2008), em relação a tráfegos multimídias.

6.1 Parâmetros de Simulação e Topologia de rede

O ns-2 é uma das ferramentas mais utilizadas para simulações de redes, porém por

padrão não permite a simulações em redes WiMAX com suporte nativo à QoS, por esse

motivo, utilizamos o módulo desenvolvido por Aymen (Belghith, A., Nuaymi, L., 2008),

que em sua proposta afirmar implementar três classes de serviços: UGS, rtPS e BE.

Dessa maneira, utilizou-se neste trabalho o simulador de rede ns-2 e o módulo que

implementa QoS para WiMAX devidamente configurados, para analisar e investigar a

confiabilidade de garantia de qualidade de serviço nesta arquitetura, avaliando tráfegos

de streaming de vídeo através de métricas de QoS e QoE.

Para as simulações de tráfegos multimídias, utilizou-se da ferramenta EvalVid,

que nos permitiu inserir tráfegos de vídeos reais no simulador ns-2, para que o cenário

fosse o mais realístico possível e possibilitasse a utilização das métricas de QoE com

maior proximidade e fidelidade em comparação com avaliações em ambientes reais.

Os valores configurados para rede cabeada foram definidos de forma a não

introduzir atraso na rede com o fim de não interferir na avaliação deste parâmetro. Os

valores de largura de banda na BS descritos na Tabela 3 para cada resolução de vídeo

indicam a largura de banda máxima suportada pela BS em cada simulação em ambos os

sentidos de tráfego. Os valores de taxa de dados requerida, descritos na Tabela 3,

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41

representam a somatória dos valores de taxa máxima sustentada, conforme mostrado mais

adiante na Tabela 4, configurados para as classes de serviço rtPS, UGS e BE para todas

as simulações. A Tabela 3 apresenta um resumo dos parâmetros utilizados nas

simulações, como modulação, frequência dentre outros.

Tabela 3 – Parâmetros utilizados nas simulações

Fonte: Própria autoria.

Os parâmetros de QoS para os tráfegos de vídeo como taxa mínima reservada e

taxa máxima sustentada foram configurados de forma a permitir que os tráfegos fluísse

sem gargalo. Os valores de referência, mínimos e máximos de vazão necessária para os

vídeos, foram obtidos através de simulações utilizando apenas tráfego de vídeo. Para as

classes UGS e BE os valores foram os mesmo para todos os cenários sendo 1,5 Mbps

para taxa máxima sustentada e 1 Mbps para taxa mínima reservada. O resumo das

configurações dos parâmetros específicos para cada classe de serviço utilizada nas

simulações, presente na BS e nas SS para as interfaces 802.16e estão descritas na Tabela

4 a seguir.

Parâmetros de Simulação Valor

Rede Cabeada

Capacidade do Enlace 100 Mbps

Atraso do Enlace 1 ms

Tamanho do Buffer 50

Tipo de Fila Drop Tail

WiMAX

Raio de Cobertura 1000 m

Frequência 3,5 GHz

Padrão IEEE 802.16e

Modulação OFDM

Escalonador Round Robin

Resolução do Video (pixel) Largura de banda na BS

(Mbits)

Taxa de dados requerida

(Mbits)

Baixa (176 x 144) 5,4 7,5

Media (352 x 288) 5,4 9,5

Alta (1280 x 720) 15 18,5

Tempo de cada Simulação por Video (pixel) Tempo (s)

Baixa (176 x 144) 40

Media (352 x 288) 35

Alta (1280 x 720) 40

Número de simulações para cada vídeo no cenário 20

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42

Tabela 4 – Parâmetros de QoS configurados

CoS Tráfego utilizado Prioridade de

Tráfego

Taxa de Tráfego Máximo

Sustentado - Mbps

Taxa de Tráfego

Mínimo Reservado

- Mbps

rtPS

Vídeo (Highway)

VBR 5 1,5 1

Vídeo (Paris) VBR 5 3,5 3

Vídeo (Big B.

Bunny) VBR 5 12,5 10

UGS CBR 5 1,5 1

BE CBR 1 1.5 1

Fonte: Própria autoria.

A topologia utilizada para as avaliações e análises nas simulações está

representada na Figura 9. Para todas as simulações utilizamos a topologia Ponto-

Multiponto (PMP), numa infraestrutura composta por um Servidor (Sink Node), por uma

Estação Base (BS) com suporte à tecnologia WiMAX, e de cinco estações assinantes

(SS’s) com interface 802.16e. Os tráfegos foram organizados em dois sentidos, downlink

e uplink, para cada simulação, utilizando três diferentes resoluções de vídeo, baixa

(176x144 pixels), média (352x288 pixels) e alta (1280x720 pixels), totalizando 6

diferentes configurações para às simulações. Os vídeos estão representados na Figura 9

da esquerda para a direita em nível de resolução da mais baixa para mais alta.

Figura 15 – Cenário e topologia de Rede das simulações

Fonte: Própria autoria.

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43

O cenário possuí apenas uma cobertura WiMAX, distribuída pela BS, e assim

todas as cinco SS’s estão dentro do alcance desta tecnologia de acesso sem fio. Para este

cenário, configuramos duas estações assinantes para trafegarem utilizando tipos de dados

que se encaixariam na classe de serviço BE, outras duas estações assinantes trafegarem

utilizando tipos de dados que se encaixariam na classe de serviço UGS, e por fim nosso

principal foco, uma última estação assinante trafegando tipos de dados que se encaixariam

na classificação de serviço como rtPS, no caso conteúdos multimídia de vídeos, que

exigem um alto desempenho da rede e um alto padrão de qualidade pelo usuário final.

Foram adotados três vídeos: “Highway”, “Paris” e “Big Buck Bunny”. O vídeo

“Highway” apresenta uma rodovia sendo percorrida, no vídeo “Paris” é apresentado um

diálogo entre duas pessoas, e por fim no vídeo “Big Buck Bunny” é apresentado uma

animação gráfica. Os vídeos possuem graus de complexidade diferenciados, que segundo

(Moles, 1973) está relacionado a quantidade de informação que são alteradas de uma

imagem para outra, através da dialética original e banal, aplicando este conceito aos

vídeos, adotando cada imagem como um quadro do vídeo, a diferença da quantidade de

informação de um quadro para seu posterior, determina o grau de complexidade. Desta

maneira, os vídeos são classificados de maneira crescente pelo grau de complexidade na

seguida ordem: “Highway”, “Paris” e “Big Buck Bunny”.

Este cenário foi configurado através de scripts TCL e executado 20 vezes para

produzir o resultado de cada simulação. Os scripts estão listados nos Apêndices A e B,

para tráfegos de uplink e downlink respectivamente.

6.2 Análises das Simulações

As simulações foram realizadas utilizando-se o mesmo cenário, mudando apenas

a resolução e o nível de complexidade dos vídeos trafegados. No cenário proposto, a

concorrência pela largura de banda foi maior do que largura de banda disponível para

atender a demanda, desse modo, o que se esperava é que o framework de QoS avaliado

entrasse em ação mapeando cada tipo de tráfego para suas devidas classes de serviços,

escalonando-os para priorizar o tráfego corretamente. Em cada simulação, foram

utilizados os tráfegos de background6 referentes às CoS UGS e BE para competir por

6 O tráfego de background ou melhor esforço é um tráfego de fundo com baixa prioridade. Ex.: Um

download usando FTP, um envio de e-mail ou navegação na web.

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44

prioridades de acesso ao meio e largura de banda com o tráfico que deveria receber maior

prioridade, no caso do cenário proposto, o tráfego de vídeo, que não deveria ser afetado

por limitações de banda ou falha no escalonamento de prioridades de acesso aos recursos

da BS, mesmo com outros tráfegos concorrendo por estes recursos.

As simulações foram realizadas utilizando três vídeos: “Highway”, “Paris” e “Big

Buck Bunny”, disponíveis no formato YUV (Y é a luminância, U (R-Y) é o sinal R (red)

vermelho e Y somados, V(B-Y) é o sinal de B(blue) azul e Y). Eles estão disponíveis na

Biblioteca de Vídeos da Universidade do Estado do Arizona - EUA (ASU – Arizona State

University) (Yuv, 2013). O vídeo “Highway” foi o primeiro utilizado nas simulações,

possui baixa resolução e um nível complexidade pequeno, com 1200 quadros, dimensão

de 176x144 pixels com uma taxa de apresentação de 30 quadros por segundo. O segundo

vídeo, “Paris”, possui resolução média e um nível de complexidade mediano, com 1064

quadros, dimensão de 352x288 pixels com uma taxa de apresentação de 30 quadros por

segundo. Por fim, o terceiro vídeo “Big Buck Bunny” foi utilizando em alta definição e

possui um alto nível de complexidade, com 960 quadros, dimensão de 1280x720 pixels

com uma taxa de apresentação de 24 quadros por segundo. A amostragem de todos os

vídeos é 4:2:0, e todos foram comprimidos através de um codec MPEG-4. Na Tabela 5

apresentamos os parâmetros e detalhes de cada vídeo utilizado.

Tabela 5 – Parâmetros dos vídeos utilizados

Vídeos Avaliados

Vídeo Highway Paris Big Buck Bunny

Quadro 1200 1064 960

Amostragem 4:2:0 4:2:0 4:2:0

Resolução (Pixels) 176 x 144 352 x 288 1280 x 720

Compressão MPEG-4 MPEG-4 MPEG-4

Taxa 30 30 24

Tamanho de pacotes (bytes) 1052 1052 1052

Fragmentação máxima de pacotes (bytes) 1024 1024 1024

Formato YUV YUV YUV

Fonte: Própria autoria.

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45

Nas simulações realizadas, o objetivo inicial foi avaliar a qualidade do vídeo

percebida pelo usuário, utilizando métricas objetivas de QoE, porém foi necessário

analisar também a confiabilidade do módulo através das métricas de QoS, e para isso

foram mensurados alguns valores de que QoS, tanto no sentido uplink quanto no sentido

downlink. A análise de QoS é necessária para a avaliação, pois permite comparar a

qualidade do ponto de vista da rede com a percebida pelo usuário. Nas Figuras de 10 à

13 as legendas “Situação 1”, “Situação 2” e “Situação 3” correspondem às simulações

onde os tráfegos de background concorrem com o vídeo “Highway” na Situação 1, com

o vídeo “Paris” na Situação 2 e com o vídeo “Big Buck Bunny” na Situação 3. A Figura

10 e a Figura 11 apresentam os níveis de vazão7 dos vídeos nos sentidos uplink e downlink

respectivamente.

Figura 16 – Vazão média para todas as CoS em simulações de tráfegos uplink.

Fonte: Própria autoria.

7 Vazão em um ambiente de redes de computadores é uma determinada quantidade de bits que passa por

um link entre um nodo emissor e um receptor, por uma unidade de tempo.

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46

Figura 17 - Vazão média para todas as CoS em simulações de tráfego downlink.

Fonte: Própria autoria.

Os vídeos “Big Buck Bunny”, “Paris” e “Highway” conseguiram atingir uma

média de 9,06, 2,4 e 0,75 Mbps respectivamente em ambos os sentidos de tráfegos. Esses

valores estão dentro dos limites configurados na Tabela 4 o que comprova que o módulo

de QoS avaliado respeitou as configurações de taxa mínima reservada e máxima

sustentada solicitadas para todos os fluxos de vídeos mapeados para a CoS rtPS, conforme

descrito nesta tabela.

Para à CoS UGS os resultados foram semelhante à CoS rtPS, onde a taxa média

aproximada de 1,33 Mbps para as simulações no sentido downlink e 1,27 Mbps para as

simulações de uplink estão dentro dos limites estabelecidos para esses fluxos, conforme

mostrado anteriormente na Tabela 4. Os fluxos da CoS BE não foram admitidos no

sentido downlink por isso a Figura 11 exibe vazão zero, já no sentido uplink estes tráfegos

foram admitidos porém enviaram dados esporadicamente. Esse comportamento é

justificado, pois a classe BE tem menor prioridade de acesso que a UGS e rtPS e portanto

o módulo de QoS alocou recursos de acordo com os requisitos exigidos para cada CoS e

aplicou as devidas prioridades nos tráfegos.

A diferença de tempo entre o instante em que o transmissor envia um pacote de

dados e o instante que o receptor recebe este pacote é definido como atraso, e seu

comportamento é em função da carga na rede. Abaixo estão ilustrados os gráficos com a

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47

média do atraso dos pacotes, no sentido uplink apresentado pela Figura 12, e no sentido

downlink pela Figura 13.

Figura 18 – Atraso médio de pacotes para todas as CoS em simulações uplink.

Fonte: Própria autoria.

Figura 19 – Atraso médio de pacotes para todas as CoS em simulações downlink.

Fonte: Própria autoria.

Como os tráfegos classificadas com a CoS BE não obtiveram vazão no sentido

downlink nas simulações, também não apresentaram atraso neste mesmo sentido.

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

48

No sentido uplink onde ocorreu vazão da CoS BE, esse tráfego apresentou os

maiores níveis de atraso que as demais classes, destaque para as simulações com o vídeo

Paris com níveis de 410 ms (milissegundos) de atraso. Esse comportamento ocorre, pois

o BE é o tipo de fluxo com menor prioridade e, portanto não tem garantia nenhuma de

serviços sendo que seus pacotes serão sempre escalonados para a fila de menor prioridade.

No gráfico de atraso uplink o tráfego UGS teve um atraso máximo de 6 ms, o

menor dentre todos em todas as simulações, o que comprova que o módulo aplicou as

configurações corretas para este tipo de fluxo, visto que o mesmo deve receber concessões

periódicas de transmissão e sua largura de banda fixa deve ser negociada no início da

criação do fluxo de serviço para garantir que o atraso de seus pacotes seja minimizado.

Os fluxos de vídeos tiveram um atraso tolerável, pois eles podem tolerar até 300

milissegundos segundo a recomendação G.114 do ITU-T (ITU-T, 2011) e portanto o

atraso médio máximo 52 milissegundos no sentido uplink para o vídeo em resolução HD

está dentro dos limites aceitáveis.

Os parâmetros acima medidos indicam apenas métricas de QoS, onde podemos

inferir que ocorreu uma diferenciação de prioridades e alocações de recursos para

diferentes tipos de classes de serviços, porém o principal objeto desta proposta é avaliar

se a QoS deste módulo realmente apresenta níveis adequados para prover a garantia de

qualidade das mídias trafegadas na rede, por isso o objetivo da avaliação do vídeo é

validar a eficácia do mapeamento de QoS proposto pela rede WiMAX, do ponto de vista

do usuário e desta maneira, utilizando algumas métricas objetivas de QoE.

O cenário para a avaliação dos vídeos foi apresentado na Figura 9, onde o vídeo

recebido pelo usuário com perspectiva de garantia de QoS foi avaliado numa rede

WiMAX. A primeira métrica de QoE avaliada foi a PSNR. Os vídeos obtiveram a média

PSNR para tráfego uplink igual a 33,09 dB para o vídeo “Highway”, 33,23 dB para o

vídeo “Paris”, e 33,35 dB para o vídeo “Big Buck Bunny”. Este último vídeo apresentou

um maior nível de PSNR por ter menor diferença entre os quadros enviados e os recebidos

o que resultou em um vídeo entregue com maior proximidade à qualidade original.

Usando a Tabela 2 de mapeamento de valores PSNR para MOS, todos os vídeos são

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49

qualificados como BOM. Na Figura 14 podemos visualizar os níveis do PSNR nos

respectivos frames8.

Figura 20 – PSNR dos vídeos para tráfego uplink.

Fonte: Própria autoria.

A média PSNR para tráfego downlink foi igual a 33,07 dB para o vídeo

“Highway”, de 33,19 dB para o vídeo “Paris”, e de 33,34 dB para o vídeo “Big Buck

Bunny”, o que segundo a Tabela 2 significa que todos os vídeos também se qualificam

como BOM. Na Figura 15 podemos visualizar os níveis do PSNR nos respectivos frames

para o sentido downlink.

8 Frame (em Português: quadro ou moldura) é cada um dos quadros ou imagens fixas de um produto

audiovisual (Aumont, 2001).

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50

Figura 21 – PSNR dos vídeos para tráfego downlink.

Fonte: Própria autoria.

Figura 22 – VQM dos vídeos para tráfego uplink.

Fonte: Própria autoria.

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51

A segunda métrica de QoE avaliada foi a VQM em ambos os sentidos downlink e

uplink. Os resultados são exibidos nas Figuras 16 e 17, respectivamente.

Figura 23 – VQM dos vídeos para tráfego downlink.

Fonte: Própria autoria.

Os vídeos obtiveram a média VQM para tráfego uplink igual a 1,99 para o vídeo

“Highway”, de 2,82 para o vídeo “Paris”, e de 4,66 para o vídeo “Big Buck Bunny”.

Para tráfegos downlink, os vídeos obtiveram a média VQM igual a 1,98 para o

vídeo “Highway”, de 2,76 para o vídeo “Paris”, e de 4,64 para o vídeo “Big Buck Bunny”.

Em ambos os sentidos os resultados foram satisfatórios, já que na métrica VQM

quanto mais próximo do valor 0 melhor é qualificado o vídeo, podendo ser melhorado

algo na transmissões para vídeos em alta definição, onde obtivemos a menor taxa na

qualidade.

Por fim, a terceira e última métrica de QoE avaliada no tráfego dos vídeos foi a

SSIM. Os vídeos obtiveram a média SSIM para tráfego uplink igual a 0,91 para o vídeo

“Highway”, 0,94 para o vídeo “Paris”, e 0,91 para o vídeo “Big Buck Bunny”, conforme

a Figura18, com os níveis do SSIM por frames.

Para tráfegos downlink, os vídeos obtiveram a média SSIM igual a 0,91 para o

vídeo “Highway”, de 0,94 para o vídeo “Paris”, e de 0,91 para o vídeo “Big Buck Bunny”,

conforme demostrado na Figura 19, com os níveis do SSIM por frames.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

52

Figura 24 – SSIM dos vídeos para tráfego uplink.

Fonte: Própria autoria.

Figura 25 – SSIM dos vídeos para tráfego downlink

Fonte: Própria autoria.

Em ambos os sentidos, os resultados obtidos corresponderam a mais de 90% de

qualidade em todos os vídeos recebidos, pois segundo a métrica quanto mais próximo o

valor do SSIM for de 1, melhor será a qualidade do vídeo.

Para fim de comparação visual apresentamos o Quadro 4 com o frame de número

600 de cada vídeo analisado.

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53

Quadro 4 - Comparativo do frame 600 do vídeo antes e após a simulação.

Highway Original Paris Original Big Buck Bunny Original

Resultado no sentido downlink

Resultado no sentido uplink

Fonte: Própria autoria.

Na comparação entre o frame 600 do vídeo original comparada ao vídeo recebido,

principalmente no vídeo Big Buck Bunny, percebe-se uma leve mudança no brilho da

imagem, no entanto isto não afetaria a experiência do usuário, pois a taxa de amostragem

dos vídeos está entre 24 e 30 frames por segundo e uma pequena distorção em um frame

pode ser imperceptível para o usuário.

Após a leitura e análise dos resultados apresentados, relacionados as métrica de

QoE (PSNR, SSIM e VQM), pode-se concluir que o módulo garante a qualidade mínima

necessária para vídeos com diferentes graus de complexidade e diferentes resoluções, pois

todos os vídeo são classificados como BOM. Além do que, percebeu-se que o grau de

complexidade afeta diretamente a qualidade final do vídeo, o que foi demostrado nos

gráficos, onde houve diferenciação nos resultados das métricas para o vídeo de alta

qualidade comparada aos demais.

Para os vídeos de baixa e média resolução, ocorreu uma estabilidade nos

resultados das métricas de QoE, pois estes não exigiram muito da rede, e não possuíam

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

54

muitos detalhes no seu conteúdo, o que poderia acarretar em distorções e percas de

qualidade.

Mesmo o framework garantindo a qualidade mínima dos vídeos, notou-se que para

vídeos de alta definição (“Big Buck Bunny”) apresentou-se altos picos de distorção nas

métricas de QoE baseadas nos frames, e isto se deve pelo fato das métricas de QoE

utilizadas neste trabalho avaliarem a qualidade do vídeo efetuando uma comparação entre

o frame original do vídeo com o frame do vídeo trafegado na rede. O vídeo de alta

definição exige mais requisitos da rede como taxa mínima de atraso e uma vazão mínima

garantida para serem trafegados, pois possuem tamanhos e complexidade diferentes do

que os vídeos de menores qualidades.

Nas avaliações de QoE do vídeo “Big Buck Bunny”, ocorreu uma pequena perca

de pacotes no início do tráfego, o que ocasionou a perca de um frame do vídeo recebido,

que gerou um deslocamentos de frames no vídeo. Como a perca foi de apenas um frame,

aos olhos do usuário final, isso se tornou imperceptível, mas como as métricas de QoE

comparam frames por frames, as diferenciações de cores, luminosidade, brilho,

quantidade de pixels, e demais variáveis são apontadas nos gráficos dos resultados. A

Figura 20 ilusta a diferenciação do frame de número 888 enviado para o frame

correspondente recebido.

Figura 26 – Diferenciação do Frame 888: Enviado X Recebido

Fonte: Própria autoria.

O módulo de QoS para as redes WiMAX apresentou um comportamento aceitável

para a qualidade de tráfego multimídia trafegados na redes, avaliados através de métricas

de QoE, porém este, não garantiu essa qualidade a nível de excelência, e deixou a desejar

quanto aos vídeos de alta definições com um grau maior de complexidade. Como

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

55

recomendação, as normas da IEEE para esse framework de QoS, poderiam adotar novas

estratégias de escalonamento e algoritmos que garantam a qualidade para todos os tipos

de vídeos, em especial para os vídeos de alta definição, pois é o tráfego que apresenta

maior crescimento para a internet do futuro e segundo as estatísticas, se tornará uns dos

principais recursos requisitados nos próximos anos.

6.3 Resumo do Capítulo

Este capítulo tratou do principal objetivo desta proposta, realizar uma análise de

confiabilidade do módulo de QoS para redes WiMAX em vídeos com diferentes graus de

compleixidade. Diversos resultados foram avaliados e as análises e conclusões sobre a

qualidade dos vídeos foram apresentadas.

No próximo capítulo iremos apresentar as conclusões e considerações finais deste

projeto, abordando nosso ponto de vista em relação aos resultados e considerações para

trabalhos futuros.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

56

7. CONCLUSÃO

Este trabalho realizou uma análise de confiabilidade de garantia de QoS, proposto

por um framework que implementa CoS para tecnologia WiMAX, mensurando dados

multimídias trafegados por essa rede através de métricas de QoE e QoS. A escolha da

tecnologia sem fio que obedece ao padrão IEEE 802.16e, denominada também como

WiMAX, possui em seu escopo um framework de QoS por padrão em sua camada de

enlace (MAC), que garante a implementação de CoS para escalonamento e uma melhor

distribuição de recursos.

Foi utilizado o simulador de redes ns-2, um dos mais difundidos no meio

acadêmico, em conjunto com um módulo desenvolvido para possibilitarmos simular uma

arquitetura WiMAX com implementação de três CoS’s dentro do simulador.

Foi efetuado testes e simulações com coletas de dados, tendo como foco o tráfego

multimídia do tipo vídeo, com três complexidades visuais diferentes, avaliando o vídeo

após o tráfego pela rede, utilizando métricas de QoE para constatar se a garantia de

qualidade é respeitada.

Conforme os resultados de várias simulações, concluímos que o framework de

QoS na arquitetura WiMAX pode manter a mínima qualidade dos dados para diferentes

tipos de tráfegos multimídia na rede. Em todos os resultados as avaliações de QoE

obtiveram notas médias classificadas como BOM e EXCELENTE, o que garante a

confiabilidade do módulo de QoS avaliado. Nossa proposta permitiu adicionarmos

diferentes tipos de tráfegos com diferentes demanda de recursos da rede, e avaliar com

métricas de qualidade de experiência, os dados recebidos após o tráfego, que de acordo

com seus parâmetros de QoS configurados, tiveram seus requisitos de QoS e QoE

satisfeitos, mesmo em situações que os recursos de banda da rede estavam esgotados.

Contudo, concluímos que para tráfegos multimídia com vídeos em alta definição,

poderia ser adotadas novas estratégias de escalonamento e algoritmos que garantam a

qualidade para esse tipo de conteúdo, com o foco na qualidade final para o usuário.

A principal contribuição deste trabalho é fornecer à comunidade científica uma

documentação de referência e recomendação para pesquisadores e projetistas da área de

redes e telecomunicações, de modo permitir uma avaliação técnica do grau de

confiabilidade de implementação do módulo de QoS no ns-2 para tecnologia WiMAX,

módulo de autoria de Aymen (Belghith, Nuaymi, 2008).

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

57

Durante o desenvolvimento da proposta deste projeto, ocorreram dificuldades pela

dupla no aprendizado e domínio do simulador de redes ns-2, que possui uma curva de

aprendizagem muita baixa, as configurações de scripts TCL foram uma tarefa bastante

onerosa. Tivemos algumas dificuldades também na implementação e configuração do

módulo do WiMAX para este simulador, adaptando alguns scripts para se adequarem ao

cenário utilizado.

Para trabalhos futuros, propõem-se utilizar um módulo para o simulador ns-2 com

suporte a todas as cinco classes de serviços que o framework de QoS do WiMAX suporta,

testando o comportamento para todos os tipos de tráfegos, simulando em uma rede

heterogênea (WiMAX e LTE) como diversas demandas de tráfego, o que exigiria mais

da rede e das garantias de QoS, avaliando esses dados e resultados com métricas de QoE

objetivas e subjetivas, como por exemplo a métrica MOS. Seria interessante avaliar a

garantia de QoS através de métricas QoE em uma arquitetura composta por redes

heterogênias como WiMAX e LTE em um cenário com suporte a handover transparente

entre estas tecnologias.

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58

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Andreadis, Alessandro. RIZZUTO, Sandro. ZAMBON, Riccardo. “A New NS2 Tool to

Investigate QoS Management over Mobile WiMAX”. SIMUTools 2011. Fevereiro,

2011.

Andrews, Jeffrey G. GHOSH, Arunabha. MUHAMED, Rias. “Fundamentals of WiMAX

– Understanding Broadband Wireless Networking”. Editora Prentice Hall. 2007.

Avelar, Edson Adriano M.; Marques, Lorena Lima; Bemerguy, Thiago; DIAS, Kelvin

Lopes. "Avaliando o protocolo PMIPv6 quanto ao Suporte à Qualidade de

Experiência para Tráfego de Vídeo em um Testbed 802.11". CNPq, processos

475814/2008-8 e 309142/2008-3, 2008.

Ahson, S., Ilyas, M. “WiMAX : standards and security” / Syed Ahson and Mohammad

Ilyas. Includes bibliographical references and index. ISBN 978-1-4200-4523-9

(alk. paper) 1. Wireless communication systems. 2. Broadband communication

systems. 3. IEEE 802.16 (Standard) I. Ilyas, Mohammad, 1953- II. Title.

TK5103.2.A432. 2008

Begazo, Dante Coaquira. "Avaliação objetiva e subjetiva de qualidade de vídeo via rede

IP com variação de atraso". Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,

Dissertação de Mestrado. São Paulo - SP, 2012. Disponível em:

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3142/tde-16072013-122005/pt-

br.php>. Acesso em: Dezembro de 2013.

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APÊNDICE A – Scripts TCL de Cenário e agentes

configurados para rede WiMAX no sentido uplink:

# Cenário 1 - Uplink

# Author: Fernando A. Miranda

# Edney Almeida

#

#

# Server [0.0.0] Video (UDP) - send

# | UGS1 Send

# | UGS2 Send

# | BE1 Send

# | BE2 Send

# | SS_UGS1 | Sink (UDP) - Receive

# (Y) SS_UGS2 | Sink (UDP) - Receive

# BS [1.0.0] 802.16d SS_BE1

# SS_BE2

#

#

# SS_rtPS [1.0.1] 802.16d | Sink (UDP) - receive

if {$argc != 7} {

puts ""

puts "Oops ! o script requer 7 argumentos. Veja abaixo:"

puts "Uso: ns script.tcl modulation cyclic_prefix

rtPS_scheduler nomeDoArquivoDeVideo fbandwidt data-rate-nodos-

UGS1-em-Mbps nome-do-diretorio-de-saida"

puts ""

puts " MODULAÇÃO: OFDM_BPSK_1_2, OFDM_QPSK_1_2,

OFDM_QPSK_3_4"

puts " OFDM_16QAM_1_2, OFDM_16QAM_3_4,

OFDM_64QAM_2_3, OFDM_64QAM_3_4"

puts ""

puts " cyclic_prefix: 0.25, 0.125, 0.0625, 0.03125"

puts

puts " rtPS scheduler: RR, mSIR, WRR, TRS_RR, TRS_mSIR"

exit

}

# criando as variáveis globais

set dirSimulacao [lindex $argv 6]

set output_dir ./resultados;

file mkdir $output_dir/$dirSimulacao

set traffic_start 2

set tempo_fim_simulacao 0

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

66

set packetSize 1052

set max_fragmented_size 1024

set infoSim [open $output_dir/$dirSimulacao/infoSimulacao.txt w]

puts $infoSim "Simulacao: [lindex $argv 6]";

puts $infoSim "Modulacao: [lindex $argv 0]";

puts $infoSim "Prefixo ciclico: [lindex $argv 1]";

puts $infoSim "Escalonador: [lindex $argv 2]";

puts $infoSim "Vídeo: [lindex $argv 3]";

puts $infoSim "Largura do canal: [lindex $argv 4]";

puts $infoSim "Tempo de início: $traffic_start";

#set default_modulation OFDM_16QAM_3_4

# Configura Wimax

Mac/802_16 set debug_ 0

#define coverage area for base station:

Phy/WirelessPhy/OFDM set g_ [lindex $argv 1]; # define cycle

prefix [0.25, 0.125, 0.0625, 0.03125]

Phy/WirelessPhy set Pt_ 0.025

Phy/WirelessPhy set RXThresh_ 1.26562e-13;# 2.025e-12 = 500m

radius 1.26562e-13 = 1000m

Phy/WirelessPhy set CSThresh_ [expr 0.8*[Phy/WirelessPhy set

RXThresh_]]

# Parameter for wireless nodes

set opt(chan) Channel/WirelessChannel ;# tipo de

canal

set opt(prop) Propagation/TwoRayGround ;# modelo de

rádio propagação

set opt(netif) Phy/WirelessPhy/OFDM ;# network

interface type

set opt(mac) Mac/802_16 ;# MAC type

set opt(ifq) Queue/DropTail/PriQueue ;# tipo de

interface da fila

set opt(ll) LL ;# tipo da

camada de link

set opt(ant) Antenna/OmniAntenna ;# antenna

model

set opt(ifqlen) 1000 ;# quantidade

máxima de pacotes na fila

set opt(adhocRouting) DSDV ;# routing

protocol

set opt(x) 1100 ;# X dimension of the

topography

set opt(y) 1100 ;# Y dimension of the

topography

#create the simulator

set ns [new Simulator]

#Gera o arquivo de trace

$ns use-newtrace

set wtrace [open $output_dir/$dirSimulacao/wtrace.tr w]

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

67

$ns trace-all $wtrace

# Arquivos de trace

# Vazão

set banda_rtps [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_rtps.tr w]

set banda_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs1.tr w]

set banda_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs2.tr w]

set banda_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_be1.tr w]

set banda_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_be2.tr w]

# Perca de pacotes

set loss_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_be1.tr w]

set loss_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_be2.tr w]

set loss_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs1.tr w]

set loss_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs2.tr w]

# Delay

set delay_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_be1.tr w]

set delay_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_be2.tr w]

set delay_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs1.tr w]

set delay_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs2.tr w]

#create the topography

set topo [new Topography]

$topo load_flatgrid $opt(x) $opt(y)

#puts "Topology criada"

# set up for hierarchical routing (needed for routing over a

basestation) : cria o roteamento hierárquico

$ns node-config -addressType hierarchical

AddrParams set domain_num_ 2 ;# domain

number

lappend cluster_num 1 1 ;# cluster

number for each domain

AddrParams set cluster_num_ $cluster_num

#Aymen#lappend eilastlevel 1 2 ;# number of nodes for

each cluster (1 for sink and one for mobile node + base station

lappend eilastlevel 1 29

AddrParams set nodes_num_ $eilastlevel

puts "Configuração para o endereçamento hieráquico pronto"

# Create God

create-god 30

# Cria o servidor que enviará o vídeo, ele está no primeio

espaço de endereços [0 = domínio, 0=subdomínio e 0=numero único

no subdomínio]

set servidor [$ns node 0.0.0]

$servidor set X_ 150.0

$servidor set Y_ 100.0

$servidor set Z_ 0.0

puts "criei o nó servidor"

#creates the Access Point (Base station)

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

68

$ns node-config -adhocRouting $opt(adhocRouting) \

-llType $opt(ll) \

-macType $opt(mac) \

-ifqType $opt(ifq) \

-ifqLen $opt(ifqlen) \

-antType $opt(ant) \

-propType $opt(prop) \

-phyType $opt(netif) \

-channel [new $opt(chan)] \

-topoInstance $topo \

-wiredRouting ON \

-agentTrace OFF \

-routerTrace OFF \

-macTrace ON \

-movementTrace OFF

Mac/802_16 set fbandwidth_ [lindex $argv 4]e+6; # largura do

canal em Mhz [ 5 | 10 | 20 ]e+6

#puts "Configuração para BS pronta"

set bsWIMAX [$ns node 1.0.0]

$bsWIMAX color "red"

$ns at 0 "$bsWIMAX label bsWIMAX([$bsWIMAX node-addr])"

$bsWIMAX random-motion 0

# define o posicionamento para a BS (fixo)

$bsWIMAX set X_ 500.0

$bsWIMAX set Y_ 350.0

$bsWIMAX set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$bsWIMAX set mac_(0)] add-classifier $clas

set bs_sched [new WimaxScheduler/BS]

$bs_sched set-default-modulation [lindex $argv 0]

;#OFDM_BPSK_1_2

[$bsWIMAX set mac_(0)] set-scheduler $bs_sched

[$bsWIMAX set mac_(0)] set-channel 0

puts "BS criada"

# Criando um link entre o servidor e a BS

$ns duplex-link $servidor $bsWIMAX 100Mb 1ms DropTail

################################################################

#####################################

# RTPS - Real-Time Polling Service

################################################################

#####################################

set first_rtPS 100

set nb_rtPS 1

$bs_sched set-SymbolNumberForUnicastRequest 20

#bs_sched set-rtPSscheduling scheduling

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69

# "RR", "mSIR", "mmSIR", "WRR", "TRS_RR", "TRS_mSIR", ...

set rtPS_scheduler_ [lindex $argv 2]

$bs_sched set-rtPSscheduling $rtPS_scheduler_

# seed the default RNG

global defaultRNG

$defaultRNG seed 9999

#### interval_ ########

set interval_rtPS(1) 0.01

set interval_rtPS(2) 0.04

set interval_rtPS(3) 0.05

set interval_rtPS(4) 0.02

set interval_rtPS(5) 0.05

set interval_rtPS(6) 0.04

set interval_rtPS(7) 0.03

set interval_rtPS(8) 0.02

set interval_rtPS(9) 0.03

#######################

#### SNR ############

set SNR_rtPS(1) 7.0

set SNR_rtPS(2) 7.5

set SNR_rtPS(3) 9.0

set SNR_rtPS(4) 12.0

set SNR_rtPS(5) 17.0

set SNR_rtPS(6) 17.5

set SNR_rtPS(7) 20.0

set SNR_rtPS(8) 24.0

set SNR_rtPS(9) 25.5

#### WRR #########

if {$rtPS_scheduler_ == "WRR"} {

set WRR_rtPS(1) 1

set WRR_rtPS(2) 1

set WRR_rtPS(3) 1

set WRR_rtPS(4) 2

set WRR_rtPS(5) 2

set WRR_rtPS(6) 3

set WRR_rtPS(7) 3

set WRR_rtPS(8) 4

set WRR_rtPS(9) 4

}

##################

##################

#set-TRSparameters-SNR-Tr-Tp-L SNRth Tr Tp L

$bs_sched set-TRSparameters-SNR-Tr-Tp-L 8.5 2 3 4

##################

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON \

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

70

set node_rtPS [$ns node 1.0.2] ;# create the node with given @.

$node_rtPS random-motion 0 ;# disable random motion

$node_rtPS base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-

addr]] ;#attach mn to basestation

#compute position of the node

$node_rtPS set X_ [expr 500.0]

$node_rtPS set Y_ [expr 700.0]

$node_rtPS set Z_ 0.0

puts "node_rtPS: tcl=$node_rtPS; id=[$node_rtPS id];

addr=[$node_rtPS node-addr] Trafego de Vídeo"

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$node_rtPS set mac_(0)] add-classifier $clas

#set the scheduler for the node. Must be changed to -shed [new

$opt(sched)]

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$node_rtPS set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$node_rtPS set mac_(0)] set-channel 0

# Criar uma agent UDP e anexar ao sink

set udp_rtPS [new Agent/myUDP]

$ns attach-agent $node_rtPS $udp_rtPS

$udp_rtPS set packetSize_ $packetSize

$udp_rtPS set fid_ 1

$udp_rtPS set_filename "$output_dir/$dirSimulacao/rtPS.e"

# Criar o agent null para o sink traffic

set null_rtPS [new Agent/myEvalvid_Sink]

$ns attach-agent $servidor $null_rtPS

$null_rtPS set_filename "$output_dir/$dirSimulacao/rtPS.r"

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_rtPS $null_rtPS

# Configurações do escalonador da BS para adição de fluxo

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

$ss_sched add-flow 5 1750 1500 1 ;# taxa máxima sustentada = 3,5

Mbps e taxa mínima reservada 3 Mbps

puts $infoSim "Video: taxa min reservada.: 3Mbps";

puts $infoSim "Video: taxa max sustentada: 3,5Mbps";

##set-PeerNode-SNR PeerNode =(id do nodo [$nodo id]) SNR

$ns at 1.6 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$node_rtPS id]

$SNR_rtPS([expr 1])"

##set-PeerNode-UnicastRequestPeriodicity PeerNode Periodicity

$ns at 1.6 "$bs_sched set-PeerNode-UnicastRequestPeriodicity

[$node_rtPS id] 2"

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

71

if {$rtPS_scheduler_ == "WRR"} {

# set-PeerNode-WRRscheduling PeerNode Weight

$ns at 1.6 "$bs_sched set-PeerNode-WRRschedulingForrtPS

[$node_rtPS id] $WRR_rtPS([expr 1])"

}

################################################################

#####################################

#

# Aqui inserimos o tráfego de video real - framwork Evalvid

#

################################################################

#####################################

# Aqui é definido o arquivo de vídeo

global ns max_fragmented_size tempo_fim_simulacao

set original_file_name [lindex $argv 3] ;# Arquivo

trace que representa o vídeo original passado via linha de

comando

set trace_file_name [lindex $argv 3].dat ;# Arquivo que

representa fo vídeok no formato que o evalvid espera

set original_file_id [open $original_file_name r]

set trace_file_id [open $trace_file_name w]

set pre_time 0

while {[eof $original_file_id] == 0} {

gets $original_file_id current_line

scan $current_line "%d%s%d%d%f" no_ frametype_

length_ qtdPackets_ tmp2_

#puts "Tempo envio Frame nº: $no_ tempo: $tmp2_"

set time [expr int(($tmp2_ - $pre_time)* 1000000.0)]

#set time [expr int($tmp2_ * 1000000.0)]

if { $frametype_ == "I" } {

set type_v 1

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "P" } {

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

72

set type_v 2

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "B" } {

set type_v 3

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "H" } {

set type_v 1

set prio_p 0

}

puts $trace_file_id "$time $length_ $type_v $prio_p

$max_fragmented_size"

set pre_time $tmp2_

}

puts "Video Pronto para envio"

close $original_file_id

close $trace_file_id

set end_sim_time $pre_time

set trace_file [new Tracefile]

$trace_file filename $trace_file_name

set video1 [new Application/Traffic/myEvalvid]

$video1 attach-agent $udp_rtPS

$video1 attach-tracefile $trace_file

################################################################

#########################################

# UGS - Unsolicited Grant Service (exempo de aplicação:

VoIP sem supressão de silêcio)

################################################################

#########################################

#### interval_ of the CBR traffic ####

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

73

set interval_ugs(1) 0.15

set interval_ugs(2) 0.2

set interval_ugs(3) 0.25

set interval_ugs(4) 0.27

set interval_ugs(5) 0.3

set interval_ugs(6) 0.04

set interval_ugs(7) 0.05

set interval_ugs(8) 0.1

set interval_ugs(9) 0.1

######################################

#### SNR of the UGS connections#########

set SNR_ugs(1) 9.5

set SNR_ugs(2) 12.5

set SNR_ugs(3) 16.5

set SNR_ugs(4) 20.5

set SNR_ugs(5) 22.5

set SNR_ugs(6) 12.5

set SNR_ugs(7) 12.5

set SNR_ugs(8) 12.5

set SNR_ugs(9) 12.5

########################################

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON

### UGS 1 ###

set nodeUGS1 [$ns node 1.0.3]

;

$nodeUGS1 random-motion 0

;# desabilita movimento aleatório

$nodeUGS1 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;# anexa nodo móvel à estação base

$nodeUGS1 set X_ 500.0

$nodeUGS1 set Y_ 390.0

$nodeUGS1 set Z_ 0.0

set clasUGS1 [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeUGS1 set mac_(0)] add-classifier $clasUGS1

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeUGS1 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeUGS1 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeUGS1: tcl=$nodeUGS1; id=[$nodeUGS1 id];

addr=[$nodeUGS1 node-addr]"

# Criar Agente UDP para tráfego UGS1

set udp_ugs1 [new Agent/UDP]

$udp_ugs1 set packetSize_ 1000

$ns attach-agent $nodeUGS1 $udp_ugs1

puts "criei udp_ugs1"

# Create a CBR traffic source and attach it to udp_ugs1

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

74

set cbr_ugs1 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_ugs1 set packetSize_ 1000 ;#packetSize_ * 8bits / interval_

/ 1000000 = x Mbps

$cbr_ugs1 set interval_ 0.005333333 ;# 1,5 Mbps

#$cbr_ugs1 set rate_ [lindex $argv 5]Mb

$cbr_ugs1 attach-agent $udp_ugs1

puts "Crei um app de voz UGS1"

puts $infoSim "UGS1: rate [expr [$cbr_ugs1 set packetSize_] * 8

/ [ $cbr_ugs1 set interval_] / 1000000] Mbps";

# Create the Null agent to sink traffic

set sink_ugs1 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $servidor $sink_ugs1

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_ugs1 $sink_ugs1

$udp_ugs1 set fid_ 2

#$udp_ugs1 set prio_ 2

set n3 0.14999999999999999

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: 0=>SERVICE_UGS, 1=>SERVICE_rtPS,

2=>SERVICE_nrtPS, 3=>SERVICE_BE

#$ss_sched add-flow 5 [expr 30 + [$cbr_ugs1 set packetSize_] *

[Mac/802_16 set frame_duration_] / $n3] 0 0

$ss_sched add-flow 5 500 250 0

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeUGS1 id]

$SNR_ugs(1)"

##set-PeerNode-UGSPeriodicity PeerNode Periodicity (periodicity

of the reservation, every k frames)

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-UGSPeriodicity [$nodeUGS1 id]

1"

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON

### UGS 2 ###

set nodeUGS2 [$ns node 1.0.4]

$nodeUGS2 random-motion 0 ;#

disable random motion

$nodeUGS2 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;#attach mn to basestation

$nodeUGS2 set X_ 500.0

$nodeUGS2 set Y_ 380.0

$nodeUGS2 set Z_ 0.0

set clasUGS2 [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeUGS2 set mac_(0)] add-classifier $clasUGS2

set ss_sched2 [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeUGS2 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched2

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

75

[$nodeUGS2 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeUGS2: tcl=$nodeUGS2; id=[$nodeUGS2 id];

addr=[$nodeUGS2 node-addr]"

# Criar Agente UDP para tráfego UGS1

set udp_ugs2 [new Agent/UDP]

$udp_ugs2 set packetSize_ 1000

$ns attach-agent $nodeUGS2 $udp_ugs2

# Create a CBR traffic source and attach it to udp_ugs

set cbr_ugs2 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_ugs2 set packetSize_ 1000 ;#600x8/0.005=960k

$cbr_ugs2 set interval_ 0.005333333;# 1.5 Mbps

#$cbr_ugs2 set rate_ [lindex $argv 5]Mb

$cbr_ugs2 attach-agent $udp_ugs2

puts $infoSim "UGS2: rate = [expr [$cbr_ugs2 set packetSize_] *

8 / [ $cbr_ugs2 set interval_] / 1000000] Mbps";

# Create the Null agent to sink traffic

set sink_ugs2 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $servidor $sink_ugs2

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_ugs2 $sink_ugs2

$udp_ugs2 set fid_ 3

#$udp_ugs2 set prio_ 2

set n4 0.14999999999999999; #0.20000000000000001

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

#$ss_sched2 add-flow 5 [expr 30 + [$cbr_ugs2 set packetSize_] *

[Mac/802_16 set frame_duration_] / $n4] 0 0

$ss_sched2 add-flow 5 750 500 0 ;# maximum = 1,5 Mbps reservado

= 1 Mbps

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeUGS2 id]

$SNR_ugs(1)"

##set-PeerNode-UGSPeriodicity PeerNode Periodicity (periodicity

of the reservation, every k frames)

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-UGSPeriodicity [$nodeUGS2 id]

1"

################################################################

####################################################

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

76

# BE - Best Effort (Melhor Esforço) - Prioridade Baixa

################################################################

####################################################

$bs_sched set-contention-size 5

set BE_scheduler_ [lindex $argv 3]

$bs_sched set-BEscheduling $BE_scheduler_

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON ;# Mobile nodes

cannot do routing.

### BE 1 ###

set nodeBE1 [$ns node 1.0.5]

$nodeBE1 random-motion 0

$nodeBE1 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

$nodeBE1 set X_ 250.0

$nodeBE1 set Y_ 700.0

$nodeBE1 set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeBE1 set mac_(0)] add-classifier $clas

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeBE1 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeBE1 set mac_(0)] set-channel 0

set udp_be1 [new Agent/UDP]

$udp_be1 set fid_ 4

#$udp_be1 set prio_ 3

set sink_be1 [new Agent/LossMonitor]

#sinkNode is transmitter

$ns attach-agent $nodeBE1 $udp_be1

$ns attach-agent $servidor $sink_be1

$ns connect $udp_be1 $sink_be1

set cbr_be1 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_be1 set packetSize_ 1000 ;#600x8/0.005=960k

#$cbr_be1 set interval_ 0.00533333

$cbr_be1 set rate_ 1.5Mb

$cbr_be1 attach-agent $udp_be1

puts "nodeBE1: tcl=$nodeBE1; id=[$nodeBE1 id]; addr=[$nodeBE1

node-addr]"

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeBE1 id] 2"

##set-BwRequestSendingPeriod BwRequestSendingPeriod_

$ss_sched set-BwRequestSendingPeriod 1

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

77

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

$ss_sched add-flow 1 0 0 4

### BE 2 ###

set nodeBE2 [$ns node 1.0.6]

;

$nodeBE2 random-motion 0

;# disable random motion

$nodeBE2 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;#attach mn to basestation

$nodeBE2 set X_ 200.0

$nodeBE2 set Y_ 700.0

$nodeBE2 set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeBE2 set mac_(0)] add-classifier $clas

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeBE2 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeBE2 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeBE2: tcl=$nodeBE2; id=[$nodeBE2 id]; addr=[$nodeBE2

node-addr]"

set udp_be2 [new Agent/UDP]

$udp_be2 set fid_ 6

#$udp_be2 set prio_ 1

set sink_be2 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $nodeBE2 $udp_be2

$ns attach-agent $servidor $sink_be2

$ns connect $udp_be2 $sink_be2

#create video traffic

set cbr_be2 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_be2 set packetSize_ 1000 ; #packetSize_ x 8bits

/interval_= xMbps

#$cbr_be2 set interval_ 0.00533333

$cbr_be2 set rate_ 1.5Mb

$cbr_be2 attach-agent $udp_be2

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeBE2 id] 1"

##set-BwRequestSendingPeriod BwRequestSendingPeriod_

$ss_sched set-BwRequestSendingPeriod 1

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

$ss_sched add-flow 1 0 0 4

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

78

# Procedimento para calculo de largura de banda recebida pelos

nodos

proc calculaVazao {} {

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor

#Obtem uma instância do objeto Simulator

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

#Calcula o número de bytes recebidos pelos Sink

# em determinado instante

#set bwRTPS [$null_rtPS set bytes_]

set bwBE1 [$sink_be1 set bytes_]

set bwBE2 [$sink_be2 set bytes_]

set bwUGS1 [$sink_ugs1 set bytes_]

set bwUGS2 [$sink_ugs2 set bytes_]

#set bwRTPS [$udp_rtPS set bytes_]

#Obtém o tempo corrente

set now [$ns now]

#Calcula a largura de banda (em MBit/s) e as

# escreve nos arquivos

#puts $banda_rtps "$now [expr $bwRTPS/$time*8/1000000]"

set vazaobe1 [expr $bwBE1/$time*8/1000000]

set vazaobe2 [expr $bwBE2/$time*8/1000000]

set vazaougs1 [expr $bwUGS1/$time*8/1000000]

set vazaougs2 [expr $bwUGS2/$time*8/1000000]

puts $banda_be1 "$now [format %.4f $vazaobe1]"

puts $banda_be2 "$now [format %.4f $vazaobe2]"

puts $banda_ugs1 "$now [format %.4f $vazaougs1]"

puts $banda_ugs2 "$now [format %.4f $vazaougs2]"

#puts $banda_rtps "$now [expr

$bwServidor/$time*8/1000000]"

#Inicializa as variáveis nos Sinks

$sink_be1 set bytes_ 0

$sink_be2 set bytes_ 0

$sink_ugs1 set bytes_ 0

$sink_ugs2 set bytes_ 0

#Chamada recursiva

$ns at [expr $now+$time] "calculaVazao"

}

proc calculaTaxaPerdaPacotes {} {

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor loss_be1 loss_be2 loss_ugs1 loss_ugs2

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

79

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

set now [$ns now]

set lossBE1 [$sink_be1 set nlost_]

set lossBE2 [$sink_be2 set nlost_]

set lossUGS1 [$sink_ugs1 set nlost_]

set lossUGS2 [$sink_ugs2 set nlost_]

puts $loss_be1 "$now [expr $lossBE1]"

puts $loss_be2 "$now [expr $lossBE2]"

puts $loss_ugs1 "$now [expr $lossUGS1]"

puts $loss_ugs2 "$now [expr $lossUGS2]"

$sink_be1 set nlost_ 0

$sink_be2 set nlost_ 0

$sink_ugs1 set nlost_ 0

$sink_ugs2 set nlost_ 0

$ns at [expr $now+$time] "calculaTaxaPerdaPacotes"

}

set holdtime 0

set holdseq 0

set holdtime1 0

set holdseq1 0

set holdtime2 0

set holdseq2 0

set holdtime3 0

set holdseq3 0

proc calculaDelay {} {

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor holdtime holdseq holdtime1 holdseq1 holdtime2 holdseq2

holdtime3 holdseq3 delay_be1 delay_be2 delay_ugs1 delay_ugs2

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

set now [$ns now]

set lastPktTimeBE1 [$sink_be1 set lastPktTime_]

set npktsBE1 [$sink_be1 set npkts_]

set lastPktTimeBE2 [$sink_be2 set lastPktTime_]

set npktsBE2 [$sink_be2 set npkts_]

set lastPktTimeUGS1 [$sink_ugs1 set lastPktTime_]

set npktsUGS1 [$sink_ugs1 set npkts_]

set lastPktTimeUGS2 [$sink_ugs2 set lastPktTime_]

set npktsUGS2 [$sink_ugs2 set npkts_]

if { $npktsBE1 > $holdseq } {

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

80

puts $delay_be1 "$now [expr ($lastPktTimeBE1 -

$holdtime)/($npktsBE1 - $holdseq)]"

} else {

puts $delay_be1 "$now [expr ($npktsBE1 - $holdseq)]"

}

if { $npktsBE2 > $holdseq1 } {

puts $delay_be2 "$now [expr ($lastPktTimeBE2 -

$holdtime1)/($npktsBE2 - $holdseq1)]"

} else {

puts $delay_be2 "$now [expr ($npktsBE2 - $holdseq1)]"

}

if { $npktsUGS1 > $holdseq2 } {

puts $delay_ugs1 "$now [expr ($lastPktTimeUGS1 -

$holdtime2)/($npktsUGS1 - $holdseq2)]"

} else {

puts $delay_ugs1 "$now [expr ($npktsUGS1 -

$holdseq2)]"

}

if { $npktsUGS2 > $holdseq3 } {

puts $delay_ugs2 "$now [expr ($lastPktTimeUGS2 -

$holdtime3)/($npktsUGS2 - $holdseq3)]"

} else {

puts $delay_ugs2 "$now [expr ($npktsUGS2 -

$holdseq3)]"

}

#set holdTimes

set holdtime $lastPktTimeBE1

set holdseq $npktsBE1

set holdtime1 $lastPktTimeBE2

set holdseq1 $npktsBE2

set holdtime2 $lastPktTimeUGS1

set holdseq2 $npktsUGS1

set holdtime3 $lastPktTimeUGS2

set holdseq3 $npktsUGS2

$ns at [expr $now+$time] "calculaDelay"

}

# @EVENTOS : Aqui é feita a programação de eventos da simulação

puts "PROGRAMANDO OS EVENTOS ..."

set time_fim_trafego [ expr $end_sim_time]

puts "tempo fim da simulação $time_fim_trafego"

$ns at [expr $traffic_start ] "$video1 start"

$ns at [expr $traffic_start] "$cbr_ugs1 start"

$ns at [expr $traffic_start + 8.0] "$cbr_ugs2 start"

$ns at [expr $traffic_start + 1.0] "$cbr_be1 start"

$ns at [expr $traffic_start + 1.0] "$cbr_be2 start"

puts "PROGRAMEI O INICIO VÍDEO : $video1 $traffic_start"

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

81

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start] "$video1

stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start]

"$cbr_ugs1 stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start]

"$cbr_ugs2 stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start] "$cbr_be1

stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start] "$cbr_be2

stop"

puts "PROGRAMEI O FIM VÍDEO : $video1 para [expr

$time_fim_trafego + $traffic_start]"

$ns at [expr $time_fim_trafego + $traffic_start + 4.0]

"$null_rtPS closefile"

$ns at [expr $time_fim_trafego + $traffic_start + 4.0]

"$udp_rtPS closefile"

puts "PROGRAMEI O FECHAMENTO DO ARQUIVO DE TRACE DO RECEPTOR DO

VÍDEO $video1 para : [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start +

4.0 ]"

if { $tempo_fim_simulacao <= $end_sim_time } {

set tempo_fim_simulacao [ expr $time_fim_trafego +

$traffic_start + 5.0]

puts "NOVO INSTANTE DE FINALIZAÇÃO DA SIMULAÇÃO :

$tempo_fim_simulacao "

}

puts "FINALIZEI A CONFIGURAÇÃO DO VÍDEO."

# Procedimento de finalização da simulação: grava arquivos de

trace e mostras gráficos de QoS (Vazão, perda de pacotes e

atraso)

proc finish {} {

global ns wnam wtrace dir output_dir dirSimulacao banda_rtps

banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 loss_be1 loss_be2

loss_ugs1 loss_ugs2 delay_be1 delay_be2 delay_ugs1 delay_ugs2

$ns flush-trace

close $banda_rtps

close $banda_ugs1

close $banda_ugs2

close $banda_be1

close $banda_be2

close $loss_be1

close $loss_be2

close $loss_ugs1

close $loss_ugs2

close $delay_be1

close $delay_be2

close $delay_ugs1

close $delay_ugs2

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

82

#close $wnam

close $wtrace

puts "Simulação Finalizada."

# grafico de vazão

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_be2.tr -geometry 800x600 &

# grafico de perda de pacotes

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_be2.tr -geometry 800x600 &

# grafico do delay

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_be2.tr -geometry 800x600 &

exit 0

}

$ns at $traffic_start "calculaVazao"

$ns at $traffic_start "calculaTaxaPerdaPacotes"

$ns at $traffic_start "calculaDelay"

$ns at [expr $tempo_fim_simulacao ] "finish"

puts "Início da Simulação ..."

$ns run

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

83

APÊNDICE B – Scripts TCL de Cenário e agentes

configurados para rede WiMAX no sentido downlink:

# Cenário - Downlink

# Author: Fernando A. Miranda

# Edney Almeida

#

#

# Server [0.0.0] Video (UDP) - send

# | UGS1 Send

# | UGS2 Send

# | BE1 Send

# | BE2 Send

# | SS_UGS1 | Sink (UDP) - Receive

# (Y) SS_UGS2 | Sink (UDP) - Receive

# BS [1.0.0] 802.16d SS_BE1

# SS_BE2

#

#

# SS_rtPS [1.0.1] 802.16d | Sink (UDP) - receive

if {$argc != 7} {

puts ""

puts "Oops ! o script requer 7 argumentos. Veja abaixo:"

puts "Uso: ns script.tcl modulation cyclic_prefix

rtPS_scheduler nomeDoArquivoDeVideo fbandwidt data-rate-nodos-

UGS1-em-Mbps nome-do-diretorio-de-saida"

puts ""

puts " MODULAÇÃO: OFDM_BPSK_1_2, OFDM_QPSK_1_2,

OFDM_QPSK_3_4"

puts " OFDM_16QAM_1_2, OFDM_16QAM_3_4,

OFDM_64QAM_2_3, OFDM_64QAM_3_4"

puts ""

puts " cyclic_prefix: 0.25, 0.125, 0.0625, 0.03125"

puts

puts " rtPS scheduler: RR, mSIR, WRR, TRS_RR, TRS_mSIR"

exit

}

# criando as variáveis globais

set dirSimulacao [lindex $argv 6]

set output_dir ./resultados;

file mkdir $output_dir/$dirSimulacao

set traffic_start 2

set tempo_fim_simulacao 0

set packetSize 1052

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

84

set max_fragmented_size 1024

set infoSim [open $output_dir/$dirSimulacao/infoSimulacao.txt w]

puts $infoSim "Vídeo...........: [lindex $argv 3]";

puts $infoSim "Simulacao.......: [lindex $argv 6]";

puts $infoSim "Modulacao.......: [lindex $argv 0]";

puts $infoSim "Prefixo ciclico.: [lindex $argv 1]";

puts $infoSim "Escalonador.....: [lindex $argv 2]";

puts $infoSim "Largura do canal: [lindex $argv 4]";

puts $infoSim "Tempo de início.: $traffic_start";

#set default_modulation OFDM_16QAM_3_4

# Configure Wimax

Mac/802_16 set debug_ 0

#define coverage area for base station:

Phy/WirelessPhy/OFDM set g_ [lindex $argv 1]; # define cycle

prefix [0.25, 0.125, 0.0625, 0.03125]

Phy/WirelessPhy set Pt_ 0.025

Phy/WirelessPhy set RXThresh_ 1.26562e-13;# 2.025e-12 = 500m

radius 1.26562e-13 = 1000m

Phy/WirelessPhy set CSThresh_ [expr 0.8*[Phy/WirelessPhy set

RXThresh_]]

# Parameter for wireless nodes

set opt(chan) Channel/WirelessChannel ;# tipo de

canal

set opt(prop) Propagation/TwoRayGround ;# modelo de

rádio propagação

set opt(netif) Phy/WirelessPhy/OFDM ;# network

interface type

set opt(mac) Mac/802_16 ;# MAC type

set opt(ifq) Queue/DropTail/PriQueue ;# tipo de

interface da fila

set opt(ll) LL ;# tipo da

camada de link

set opt(ant) Antenna/OmniAntenna ;# antenna

model

set opt(ifqlen) 1000 ;# quantidade

máxima de pacotes na fila

set opt(adhocRouting) DSDV ;# routing

protocol

set opt(x) 1100 ;# X dimension of the

topography

set opt(y) 1100 ;# Y dimension of the

topography

#create the simulator

set ns [new Simulator]

$ns use-newtrace

#Gera o arquivo de trace

set wtrace [open $output_dir/$dirSimulacao/wtrace.tr w]

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

85

$ns trace-all $wtrace

# Arquivos de trace

# Vazão

set banda_rtps [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_rtps.tr w]

set banda_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs1.tr w]

set banda_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs2.tr w]

set banda_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_be1.tr w]

set banda_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/banda_be2.tr w]

# Perca de pacotes

set loss_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_be1.tr w]

set loss_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_be2.tr w]

set loss_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs1.tr w]

set loss_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs2.tr w]

# Delay

set delay_be1 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_be1.tr w]

set delay_be2 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_be2.tr w]

set delay_ugs1 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs1.tr w]

set delay_ugs2 [open $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs2.tr w]

#create the topography

set topo [new Topography]

$topo load_flatgrid $opt(x) $opt(y)

#puts "Topology criada"

# set up for hierarchical routing (needed for routing over a

basestation) : cria o roteamento hierárquico

$ns node-config -addressType hierarchical

AddrParams set domain_num_ 2 ;# domain

number

lappend cluster_num 1 1 ;# cluster

number for each domain

AddrParams set cluster_num_ $cluster_num

#Aymen#lappend eilastlevel 1 2 ;# number of nodes for

each cluster (1 for sink and one for mobile node + base station

lappend eilastlevel 1 29

AddrParams set nodes_num_ $eilastlevel

puts "Configuração para o endereçamento hieráquico pronto"

# Create God

create-god 30

# Cria o servidor que enviará o vídeo, ele está no primeio

espaço de endereços [0 = domínio, 0=subdomínio e 0=numero único

no subdomínio]

set servidor [$ns node 0.0.0]

$servidor set X_ 150.0

$servidor set Y_ 100.0

$servidor set Z_ 0.0

puts "criei o nó servidor"

#creates the Access Point (Base station)

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

86

$ns node-config -adhocRouting $opt(adhocRouting) \

-llType $opt(ll) \

-macType $opt(mac) \

-ifqType $opt(ifq) \

-ifqLen $opt(ifqlen) \

-antType $opt(ant) \

-propType $opt(prop) \

-phyType $opt(netif) \

-channel [new $opt(chan)] \

-topoInstance $topo \

-wiredRouting ON \

-agentTrace OFF \

-routerTrace OFF \

-macTrace ON \

-movementTrace OFF

Mac/802_16 set fbandwidth_ [lindex $argv 4]e+6; # largura do

canal em Mhz [ 5 | 10 | 20 ]e+6

#puts "Configuração para BS pronta"

set bsWIMAX [$ns node 1.0.0]

$bsWIMAX color "red"

$ns at 0 "$bsWIMAX label bsWIMAX([$bsWIMAX node-addr])"

$bsWIMAX random-motion 0

# define o posicionamento para a BS (fixo)

$bsWIMAX set X_ 500.0

$bsWIMAX set Y_ 350.0

$bsWIMAX set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$bsWIMAX set mac_(0)] add-classifier $clas

set bs_sched [new WimaxScheduler/BS]

$bs_sched set-default-modulation [lindex $argv 0]

;#OFDM_BPSK_1_2

[$bsWIMAX set mac_(0)] set-scheduler $bs_sched

[$bsWIMAX set mac_(0)] set-channel 0

puts "BS criada"

# Criando um link entre o servidor e a BS

$ns duplex-link $servidor $bsWIMAX 100Mb 1ms DropTail

################################################################

#####################################

# RTPS - Real-Time Polling Service

################################################################

#####################################

set first_rtPS 100

set nb_rtPS 1

$bs_sched set-SymbolNumberForUnicastRequest 20

#bs_sched set-rtPSscheduling scheduling

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

87

# "RR", "mSIR", "mmSIR", "WRR", "TRS_RR", "TRS_mSIR", ...

set rtPS_scheduler_ [lindex $argv 2]

$bs_sched set-rtPSscheduling $rtPS_scheduler_

# seed the default RNG

global defaultRNG

$defaultRNG seed 9999

#### interval_ ########

set interval_rtPS(1) 0.01

set interval_rtPS(2) 0.04

set interval_rtPS(3) 0.05

set interval_rtPS(4) 0.02

set interval_rtPS(5) 0.05

set interval_rtPS(6) 0.04

set interval_rtPS(7) 0.03

set interval_rtPS(8) 0.02

set interval_rtPS(9) 0.03

#######################

#### SNR ############

set SNR_rtPS(1) 7.0

set SNR_rtPS(2) 7.5

set SNR_rtPS(3) 9.0

set SNR_rtPS(4) 12.0

set SNR_rtPS(5) 17.0

set SNR_rtPS(6) 17.5

set SNR_rtPS(7) 20.0

set SNR_rtPS(8) 24.0

set SNR_rtPS(9) 25.5

#### WRR #########

if {$rtPS_scheduler_ == "WRR"} {

set WRR_rtPS(1) 1

set WRR_rtPS(2) 1

set WRR_rtPS(3) 1

set WRR_rtPS(4) 2

set WRR_rtPS(5) 2

set WRR_rtPS(6) 3

set WRR_rtPS(7) 3

set WRR_rtPS(8) 4

set WRR_rtPS(9) 4

}

##################

##################

#set-TRSparameters-SNR-Tr-Tp-L SNRth Tr Tp L

$bs_sched set-TRSparameters-SNR-Tr-Tp-L 8.5 2 3 4

##################

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON \

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

88

set node_rtPS [$ns node 1.0.2] ;# create the node with given @.

$node_rtPS random-motion 0 ;# disable random motion

$node_rtPS base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-

addr]] ;#attach mn to basestation

#compute position of the node

$node_rtPS set X_ [expr 500.0]

$node_rtPS set Y_ [expr 700.0]

$node_rtPS set Z_ 0.0

puts "node_rtPS: tcl=$node_rtPS; id=[$node_rtPS id];

addr=[$node_rtPS node-addr] Trafego de Vídeo"

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$node_rtPS set mac_(0)] add-classifier $clas

#set the scheduler for the node. Must be changed to -shed [new

$opt(sched)]

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$node_rtPS set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$node_rtPS set mac_(0)] set-channel 0

# Criar uma agent UDP e anexar ao sink

set udp_rtPS [new Agent/myUDP]

$ns attach-agent $servidor $udp_rtPS

$udp_rtPS set packetSize_ $packetSize

$udp_rtPS set fid_ 1

$udp_rtPS set_filename "$output_dir/$dirSimulacao/rtPS.e"

# Criar o agent null para o sink traffic

set null_rtPS [new Agent/myEvalvid_Sink]

$ns attach-agent $node_rtPS $null_rtPS

$null_rtPS set_filename "$output_dir/$dirSimulacao/rtPS.r"

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_rtPS $null_rtPS

# Configurações do escalonador da BS para adição de fluxo

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

$ss_sched add-flow 5 700 500 1 ;# taxa máxima sustentada = 3,5

Mbps e taxa mínima reservada 3 Mbps

puts $infoSim "Video: taxa min reservada.: 2Mbps";

puts $infoSim "Video: taxa max sustentada: 3,5Mbps";

##set-PeerNode-SNR PeerNode =(id do nodo [$nodo id]) SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$node_rtPS id]

$SNR_rtPS([expr 1])"

##set-PeerNode-UnicastRequestPeriodicity PeerNode Periodicity

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-UnicastRequestPeriodicity

[$node_rtPS id] 2"

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

89

if {$rtPS_scheduler_ == "WRR"} {

# set-PeerNode-WRRscheduling PeerNode Weight

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-WRRschedulingForrtPS

[$node_rtPS id] $WRR_rtPS([expr 1])"

}

################################################################

#####################################

#

# Aqui inserimos o tráfego de video real - framwork Evalvid

#

################################################################

#####################################

# Aqui é definido o arquivo de vídeo

global ns max_fragmented_size tempo_fim_simulacao

set original_file_name [lindex $argv 3] ;# Arquivo

trace que representa o vídeo original passado via linha de

comando

set trace_file_name [lindex $argv 3].dat ;# Arquivo que

representa fo vídeok no formato que o evalvid espera

set original_file_id [open $original_file_name r]

set trace_file_id [open $trace_file_name w]

set pre_time 0

while {[eof $original_file_id] == 0} {

gets $original_file_id current_line

scan $current_line "%d%s%d%d%f" no_ frametype_

length_ qtdPackets_ tmp2_

#puts "Tempo envio Frame nº: $no_ tempo: $tmp2_"

set time [expr int(($tmp2_ - $pre_time)* 1000000.0)]

#set time [expr int($tmp2_ * 1000000.0)]

if { $frametype_ == "I" } {

set type_v 1

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "P" } {

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

90

set type_v 2

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "B" } {

set type_v 3

set prio_p 0

}

if { $frametype_ == "H" } {

set type_v 1

set prio_p 0

}

puts $trace_file_id "$time $length_ $type_v $prio_p

$max_fragmented_size"

set pre_time $tmp2_

}

puts "Video Pronto para envio"

close $original_file_id

close $trace_file_id

set end_sim_time $pre_time

set trace_file [new Tracefile]

$trace_file filename $trace_file_name

set video1 [new Application/Traffic/myEvalvid]

$video1 attach-agent $udp_rtPS

$video1 attach-tracefile $trace_file

################################################################

#########################################

# UGS - Unsolicited Grant Service (exempo de aplicação:

VoIP sem supressão de silêcio)

################################################################

#########################################

#### interval_ of the CBR traffic ####

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

91

set interval_ugs(1) 0.15

set interval_ugs(2) 0.2

set interval_ugs(3) 0.25

set interval_ugs(4) 0.27

set interval_ugs(5) 0.3

set interval_ugs(6) 0.04

set interval_ugs(7) 0.05

set interval_ugs(8) 0.1

set interval_ugs(9) 0.1

######################################

#### SNR of the UGS connections#########

set SNR_ugs(1) 9.5

set SNR_ugs(2) 12.5

set SNR_ugs(3) 16.5

set SNR_ugs(4) 20.5

set SNR_ugs(5) 22.5

set SNR_ugs(6) 12.5

set SNR_ugs(7) 12.5

set SNR_ugs(8) 12.5

set SNR_ugs(9) 12.5

########################################

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON

### UGS 1 ###

set nodeUGS1 [$ns node 1.0.3]

$nodeUGS1 random-motion 0

;# desabilita movimento aleatório

$nodeUGS1 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;# anexa nodo móvel à estação base

$nodeUGS1 set X_ 500.0

$nodeUGS1 set Y_ 390.0

$nodeUGS1 set Z_ 0.0

set clasUGS1 [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeUGS1 set mac_(0)] add-classifier $clasUGS1

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeUGS1 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeUGS1 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeUGS1: tcl=$nodeUGS1; id=[$nodeUGS1 id];

addr=[$nodeUGS1 node-addr]"

# Criar Agente UDP para tráfego UGS1

set udp_ugs1 [new Agent/UDP]

$udp_ugs1 set packetSize_ 1000

puts "criei udp_ugs1"

# Create a CBR traffic source and attach it to udp_ugs1

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

92

set cbr_ugs1 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_ugs1 set packetSize_ 1000 ;#packetSize_ * 8bits / interval_

/ 1000000 = x Mbps

$cbr_ugs1 set interval_ 0.005333333

#$cbr_ugs1 set rate_ [lindex $argv 5]Mb

$cbr_ugs1 attach-agent $udp_ugs1

puts "Crei um app de voz UGS1"

puts $infoSim "UGS1: rate [expr [$cbr_ugs1 set packetSize_] * 8

/ [ $cbr_ugs1 set interval_] / 1000000] Mbps";

# Create the Null agent to sink traffic

set sink_ugs1 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $servidor $udp_ugs1

$ns attach-agent $nodeUGS1 $sink_ugs1

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_ugs1 $sink_ugs1

$udp_ugs1 set fid_ 2

#$udp_ugs1 set prio_ 2

set n3 0.14999999999999999

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: 0=>SERVICE_UGS, 1=>SERVICE_rtPS,

2=>SERVICE_nrtPS, 3=>SERVICE_BE

#$ss_sched add-flow 5 [expr 30 + [$cbr_ugs1 set packetSize_] *

[Mac/802_16 set frame_duration_] / $n3] 0 0

$ss_sched add-flow 5 [expr 750] 500 0

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeUGS1 id]

$SNR_ugs(4)"

##set-PeerNode-UGSPeriodicity PeerNode Periodicity (periodicity

of the reservation, every k frames)

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-UGSPeriodicity [$nodeUGS1 id]

1"

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON

### UGS 2 ###

set nodeUGS2 [$ns node 1.0.4]

$nodeUGS2 random-motion 0 ;#

disable random motion

$nodeUGS2 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;#attach mn to basestation

$nodeUGS2 set X_ 500.0

$nodeUGS2 set Y_ 400.0

$nodeUGS2 set Z_ 0.0

set clasUGS2 [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeUGS2 set mac_(0)] add-classifier $clasUGS2

set ss_sched2 [new WimaxScheduler/SS]

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

93

[$nodeUGS2 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched2

[$nodeUGS2 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeUGS2: tcl=$nodeUGS2; id=[$nodeUGS2 id];

addr=[$nodeUGS2 node-addr]"

# Criar Agente UDP para tráfego UGS1

set udp_ugs2 [new Agent/UDP]

$udp_ugs2 set packetSize_ 1000

# Create a CBR traffic source and attach it to udp_ugs

set cbr_ugs2 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_ugs2 set packetSize_ 1000 ;#600x8/0.005=960k

$cbr_ugs2 set interval_ 0.005333333

#$cbr_ugs2 set rate_ [lindex $argv 5]Mb

$cbr_ugs2 attach-agent $udp_ugs2

puts $infoSim "UGS2: rate = [expr [$cbr_ugs2 set packetSize_] *

8 / [ $cbr_ugs2 set interval_] / 1000000] Mbps";

# Create the Null agent to sink traffic

set sink_ugs2 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $nodeUGS2 $sink_ugs2

$ns attach-agent $servidor $udp_ugs2

# Attach the 2 agents

$ns connect $udp_ugs2 $sink_ugs2

$udp_ugs2 set fid_ 3

#$udp_ugs2 set prio_ 2

set n4 0.14999999999999999; #0.20000000000000001

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

#$ss_sched2 add-flow 5 [expr 30 + [$cbr_ugs2 set packetSize_] *

[Mac/802_16 set frame_duration_] / $n4] 0 0

$ss_sched2 add-flow 5 750 500 0

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeUGS2 id]

$SNR_ugs(4)"

##set-PeerNode-UGSPeriodicity PeerNode Periodicity (periodicity

of the reservation, every k frames)

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-UGSPeriodicity [$nodeUGS2 id]

1"

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

94

################################################################

####################################################

# BE - Best Effort (Melhor Esforço) - Prioridade Baixa

################################################################

####################################################

$bs_sched set-contention-size 5

set BE_scheduler_ [lindex $argv 3]

$bs_sched set-BEscheduling $BE_scheduler_

$ns node-config -wiredRouting OFF \

-macTrace ON ;# Mobile nodes

cannot do routing.

### BE 1 ###

set nodeBE1 [$ns node 1.0.5]

$nodeBE1 random-motion 0

$nodeBE1 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

$nodeBE1 set X_ 250.0

$nodeBE1 set Y_ 700.0

$nodeBE1 set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeBE1 set mac_(0)] add-classifier $clas

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeBE1 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeBE1 set mac_(0)] set-channel 0

set udp_be1 [new Agent/UDP]

$udp_be1 set fid_ 4

#$udp_be1 set prio_ 3

set sink_be1 [new Agent/LossMonitor]

#sinkNode is transmitter

$ns attach-agent $servidor $udp_be1

$ns attach-agent $nodeBE1 $sink_be1

$ns connect $udp_be1 $sink_be1

set cbr_be1 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_be1 set packetSize_ 1000 ;#600x8/0.005=960k

#$cbr_be1 set interval_ 0.00533333

$cbr_be1 set rate_ 1.5Mb

$cbr_be1 attach-agent $udp_be1

puts "nodeBE1: tcl=$nodeBE1; id=[$nodeBE1 id]; addr=[$nodeBE1

node-addr]"

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeBE1 id] 20"

##set-BwRequestSendingPeriod BwRequestSendingPeriod_

$ss_sched set-BwRequestSendingPeriod 1

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

95

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

$ss_sched add-flow 1 0 0 4

### BE 2 ###

set nodeBE2 [$ns node 1.0.6]

;

$nodeBE2 random-motion 0

;# disable random motion

$nodeBE2 base-station [AddrParams addr2id [$bsWIMAX node-addr]]

;#attach mn to basestation

$nodeBE2 set X_ 200.0

$nodeBE2 set Y_ 700.0

$nodeBE2 set Z_ 0.0

set clas [new SDUClassifier/Dest]

[$nodeBE2 set mac_(0)] add-classifier $clas

set ss_sched [new WimaxScheduler/SS]

[$nodeBE2 set mac_(0)] set-scheduler $ss_sched

[$nodeBE2 set mac_(0)] set-channel 0

puts "nodeBE2: tcl=$nodeBE2; id=[$nodeBE2 id]; addr=[$nodeBE2

node-addr]"

set udp_be2 [new Agent/UDP]

$udp_be2 set fid_ 6

#$udp_be2 set prio_ 1

set sink_be2 [new Agent/LossMonitor]

$ns attach-agent $servidor $udp_be2

$ns attach-agent $nodeBE2 $sink_be2

$ns connect $udp_be2 $sink_be2

#create video traffic

set cbr_be2 [new Application/Traffic/CBR]

$cbr_be2 set packetSize_ 1000 ; #packetSize_ x 8bits

/interval_= xMbps

#$cbr_be2 set interval_ 0.00533333

$cbr_be2 set rate_ 1.5Mb

$cbr_be2 attach-agent $udp_be2

##set-PeerNode-SNR PeerNode SNR

$ns at 1.5 "$bs_sched set-PeerNode-SNR [$nodeBE2 id] 20"

##set-BwRequestSendingPeriod BwRequestSendingPeriod_

$ss_sched set-BwRequestSendingPeriod 1

## add-flow TrafficPriority MaximumSustainedTrafficRate

MinimumReservedTrafficRate ServiceFlowSchedulingType

##ServiceFlowSchedulingType: (0=>SERVICE_UGS),

(1=>SERVICE_rtPS), (2=>SERVICE_ertPS), (3=>SERVICE_nrtPS),

(4=>SERVICE_BE)

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

96

$ss_sched add-flow 1 0 0 4

# Procedimento para calculo de largura de banda recebida pelos

nodos

proc calculaVazao {} {

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor

#Obtem uma instância do objeto Simulator

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

#Calcula o número de bytes recebidos pelos Sink

# em determinado instante

#set bwRTPS [$null_rtPS set bytes_]

set bwBE1 [$sink_be1 set bytes_]

set bwBE2 [$sink_be2 set bytes_]

set bwUGS1 [$sink_ugs1 set bytes_]

set bwUGS2 [$sink_ugs2 set bytes_]

#set bwRTPS [$udp_rtPS set bytes_]

#Obtém o tempo corrente

set now [$ns now]

#Calcula a largura de banda (em MBit/s) e as

# escreve nos arquivos

#puts $banda_rtps "$now [expr $bwRTPS/$time*8/1000000]"

set vazaobe1 [expr $bwBE1/$time*8/1000000]

set vazaobe2 [expr $bwBE2/$time*8/1000000]

set vazaougs1 [expr $bwUGS1/$time*8/1000000]

set vazaougs2 [expr $bwUGS2/$time*8/1000000]

puts $banda_be1 "$now [format %.4f $vazaobe1]"

puts $banda_be2 "$now [format %.4f $vazaobe2]"

puts $banda_ugs1 "$now [format %.4f $vazaougs1]"

puts $banda_ugs2 "$now [format %.4f $vazaougs2]"

#puts $banda_rtps "$now [expr

$bwServidor/$time*8/1000000]"

#Inicializa as variáveis nos Sinks

$sink_be1 set bytes_ 0

$sink_be2 set bytes_ 0

$sink_ugs1 set bytes_ 0

$sink_ugs2 set bytes_ 0

#Chamada recursiva

$ns at [expr $now+$time] "calculaVazao"

}

proc calculaTaxaPerdaPacotes {} {

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

97

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor loss_be1 loss_be2 loss_ugs1 loss_ugs2

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

set now [$ns now]

set lossBE1 [$sink_be1 set nlost_]

set lossBE2 [$sink_be2 set nlost_]

set lossUGS1 [$sink_ugs1 set nlost_]

set lossUGS2 [$sink_ugs2 set nlost_]

puts $loss_be1 "$now [expr $lossBE1]"

puts $loss_be2 "$now [expr $lossBE2]"

puts $loss_ugs1 "$now [expr $lossUGS1]"

puts $loss_ugs2 "$now [expr $lossUGS2]"

$sink_be1 set nlost_ 0

$sink_be2 set nlost_ 0

$sink_ugs1 set nlost_ 0

$sink_ugs2 set nlost_ 0

$ns at [expr $now+$time] "calculaTaxaPerdaPacotes"

}

set holdtime 0

set holdseq 0

set holdtime1 0

set holdseq1 0

set holdtime2 0

set holdseq2 0

set holdtime3 0

set holdseq3 0

proc calculaDelay {} {

global sink_be1 sink_be2 sink_ugs1 sink_ugs2 null_rtPS

banda_rtps banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 udp_rtPS

servidor holdtime holdseq holdtime1 holdseq1 holdtime2 holdseq2

holdtime3 holdseq3 delay_be1 delay_be2 delay_ugs1 delay_ugs2

set ns [Simulator instance]

#Configura o intervalo de chamada recursiva

set time 0.5

set now [$ns now]

set lastPktTimeBE1 [$sink_be1 set lastPktTime_]

set npktsBE1 [$sink_be1 set npkts_]

set lastPktTimeBE2 [$sink_be2 set lastPktTime_]

set npktsBE2 [$sink_be2 set npkts_]

set lastPktTimeUGS1 [$sink_ugs1 set lastPktTime_]

set npktsUGS1 [$sink_ugs1 set npkts_]

set lastPktTimeUGS2 [$sink_ugs2 set lastPktTime_]

set npktsUGS2 [$sink_ugs2 set npkts_]

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

98

if { $npktsBE1 > $holdseq } {

puts $delay_be1 "$now [expr ($lastPktTimeBE1 -

$holdtime)/($npktsBE1 - $holdseq)]"

} else {

puts $delay_be1 "$now [expr ($npktsBE1 - $holdseq)]"

}

if { $npktsBE2 > $holdseq1 } {

puts $delay_be2 "$now [expr ($lastPktTimeBE2 -

$holdtime1)/($npktsBE2 - $holdseq1)]"

} else {

puts $delay_be2 "$now [expr ($npktsBE2 - $holdseq1)]"

}

if { $npktsUGS1 > $holdseq2 } {

puts $delay_ugs1 "$now [expr ($lastPktTimeUGS1 -

$holdtime2)/($npktsUGS1 - $holdseq2)]"

} else {

puts $delay_ugs1 "$now [expr ($npktsUGS1 -

$holdseq2)]"

}

if { $npktsUGS2 > $holdseq3 } {

puts $delay_ugs2 "$now [expr ($lastPktTimeUGS2 -

$holdtime3)/($npktsUGS2 - $holdseq3)]"

} else {

puts $delay_ugs2 "$now [expr ($npktsUGS2 -

$holdseq3)]"

}

#set holdTimes

set holdtime $lastPktTimeBE1

set holdseq $npktsBE1

set holdtime1 $lastPktTimeBE2

set holdseq1 $npktsBE2

set holdtime2 $lastPktTimeUGS1

set holdseq2 $npktsUGS1

set holdtime3 $lastPktTimeUGS2

set holdseq3 $npktsUGS2

$ns at [expr $now+$time] "calculaDelay"

}

# @EVENTOS : Aqui é feita a programação de eventos da simulação

puts "PROGRAMANDO OS EVENTOS ..."

set time_fim_trafego [ expr $end_sim_time]

puts "tempo fim da simulação $time_fim_trafego"

$ns at [expr $traffic_start] "$video1 start"

$ns at [expr $traffic_start + 0.0] "$cbr_ugs1 start"

$ns at [expr $traffic_start + 8.0] "$cbr_ugs2 start"

$ns at [expr $traffic_start + 1.0] "$cbr_be1 start"

$ns at [expr $traffic_start + 1.0] "$cbr_be2 start"

puts "PROGRAMEI O INICIO VÍDEO : $video1 $traffic_start"

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

99

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start + 2]

"$video1 stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start]

"$cbr_ugs1 stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start]

"$cbr_ugs2 stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start] "$cbr_be1

stop"

$ns at [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start] "$cbr_be2

stop"

puts "PROGRAMEI O FIM VÍDEO : $video1 para [expr

$time_fim_trafego + $traffic_start]"

$ns at [expr $time_fim_trafego + $traffic_start + 4.0]

"$null_rtPS closefile"

$ns at [expr $time_fim_trafego + $traffic_start + 4.0]

"$udp_rtPS closefile"

puts "PROGRAMEI O FECHAMENTO DO ARQUIVO DE TRACE DO RECEPTOR DO

VÍDEO $video1 para : [ expr $time_fim_trafego + $traffic_start +

4.0 ]"

if { $tempo_fim_simulacao <= $end_sim_time } {

set tempo_fim_simulacao [ expr $time_fim_trafego +

$traffic_start + 5.0]

puts "NOVO INSTANTE DE FINALIZAÇÃO DA SIMULAÇÃO :

$tempo_fim_simulacao "

}

puts "FINALIZEI A CONFIGURAÇÃO DO VÍDEO."

# Procedimento de finalização da simulação: grava arquivos de

trace e mostras gráficos de QoS (Vazão, perda de pacotes e

atraso)

proc finish {} {

global ns wnam wtrace dir output_dir dirSimulacao banda_rtps

banda_ugs1 banda_ugs2 banda_be1 banda_be2 loss_be1 loss_be2

loss_ugs1 loss_ugs2 delay_be1 delay_be2 delay_ugs1 delay_ugs2

$ns flush-trace

close $banda_rtps

close $banda_ugs1

close $banda_ugs2

close $banda_be1

close $banda_be2

close $loss_be1

close $loss_be2

close $loss_ugs1

close $loss_ugs2

close $delay_be1

close $delay_be2

close $delay_ugs1

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ …

100

close $delay_ugs2

#close $wnam

close $wtrace

puts "Simulação Finalizada."

# grafico de vazão

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/banda_be2.tr -geometry 800x600 &

# grafico de perda de pacotes

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/loss_be2.tr -geometry 800x600 &

# grafico do delay

exec xgraph $output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_ugs2.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_be1.tr

$output_dir/$dirSimulacao/delay_be2.tr -geometry 800x600 &

exit 0

}

$ns at $traffic_start "calculaVazao"

$ns at $traffic_start "calculaTaxaPerdaPacotes"

$ns at $traffic_start "calculaDelay"

$ns at [expr $tempo_fim_simulacao ] "finish"

puts "Início da Simulação ..."

$ns run