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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Leonardo Landin Rodrigues Mira
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: ORGANIZAÇÃO ORIENTADA
PARA A ESTRATÉGIA.
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: ORGANIZAÇÃO ORIENTADA
PARA A ESTRATÉGIA
Niterói
2018
Leonardo Landin Rodrigues Mira
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: ORGANIZAÇÃO ORIENTADA
PARA A ESTRATÉGIA.
Trabalho de Conclusão de Curso
submetido ao Curso de Tecnologia em
Sistemas de Computação da
Universidade Federal Fluminense como
requisito parcial para obtenção do título
de Tecnólogo em Sistemas de
Computação.
Orientador(a):
Bruno Dembogurski
NITERÓI
2018
Leonardo Landin Rodrigues Mira
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: ORGANIZAÇÃO ORIENTADA
PARA A ESTRATÉGIA
Trabalho de Conclusão de Curso
submetido ao Curso de Tecnologia em
Sistemas de Computação da
Universidade Federal Fluminense como
requisito parcial para obtenção do título
de Tecnólogo em Sistemas de
Computação.
Niterói, 07 de Julho de 2018.
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Prof. Bruno José Dembogurski – Orientador
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
_____________________________________
Prof. Juliana Mendes Nascente e Silva Zamith
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, à Deus que
iluminou meu caminho nessa jornada intensa.
Agradeço aos meus pais que me incentivaram
todos esses anos que estive na faculdade e
nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse
аté esta etapa dе minha vida.
Agradeço a todos aqueles qυе dе alguma
forma estiveram е estão próximos dе mim,
fazendo esta vida valer cada vеz mais а pena.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o sistema ERP com suas vantagens e desvantagens para a empresa que escolhe implantá-lo. Para tanto, apresentamos o sistema, os fatores que contribuem para o seu sucesso, finalizando com a apresentação de um estudo de caso em que a empresa Golden Foods escolheu implantá-lo. Nele expomos, a partir de entrevista e observação do participante os resultados da empresa antes e depois da implantação.
Palavras-chaves: ERP, Implantação e Sistema.
ABSTRACT
The present work aims to present the ERP system with its advantages and disadvantages for the company that chooses to implement it. To do so, we present the system, the factors that contribute to its success, ending with the presentation of a case study in which the company Golden Foods chose to implement it. In it, we present, from the interview and observation of the participant the results of the company before and after the implantation.
Key words: ERP, System, Implantation
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Visão geral de diferentes departamentos de uma empresa.21
Figura 2 – Pesquisa com os CEOs: principais motivos de terem
investido em Sistema de Gestão Empresarial 31
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Áreas de aplicação do sistema ERP 22
Tabela 2 - Características, benefícios e problemas associados aos Sistemas ERP
27
Tabela 3 - Resultados obtidos com o ERP 29
Tabela 4 - Barreiras e dificuldade do ERP 38
SUMÁRIO
RESUMO 10
ABSTRACT 11
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 12
LISTA DE TABELAS 12
INTRODUÇÃO 14
1.ERP 16
1.1 Contextualização 16
1.2 Definição 19
1.3Benefícios Gerais 24
2 Implantação do ERP 28
2.1 Motivos para implantação 28
2.2 Fatores que contribuem para o sucesso 31
2.3 Dificuldades 33
3. Estudo de caso 37
3.1 Metodologia 37
3.2 A Empresa 38
3.3 Situação anterior - Entrevista com José Roberto Theodoro, Diretor de operações
logísticas da Golden Foods. 40
3.4Cenário atual 40
3.5 Visão do observador participante 41
3.6 ERP na nuvem - Casos de Sucesso 42
CONCLUSÕES 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46
Introdução
Ao longo da evolução da atividade e administração empresarial, muitas foram
e ainda são as mudanças processadas nesse ambiente, geralmente em decorrência
da expansão do mercado e do aumento da competitividade que se traduz nas
imposições da globalização. Dessa forma, viu-se o surgimento de inúmeras
ferramentas e instrumentos auxiliares com vistas a adaptar as organizações ao
ambiente globalizado que, com certeza, é complexo, dinâmico e guarda incerteza.
Nesse contexto, os Sistemas Integrados de Gestão (ERP) têm como finalidade dar
suporte à maioria das operações de uma empresa.
O ERP tem como proposta a integração, de maneira dinâmica e eletrônica, de
todos os processos operacionais da empresa. As principais características do
software ERP são as soluções empresariais fornecidas, que apoiam os principais
processos do negócio e também sua função administrativa. Alta funcionalidade é uma
das principais diferenciais de ERP.
No primeiro capítulo, apresenta-se o contexto econômico de competitividade
empresarial mundial, o que leva as empresas buscarem por soluções mais ágeis para
suas tomadas de decisões, ou seja, “time is money”. Após a contextualização
apresentamos o sistema em si, sua definição, suas características, seus objetivos,
benefícios e dificuldades.
No segundo capítulo, apresentamos os motivos relevantes que fazem as
empresas adotarem tal sistema. Ainda no mesmo capítulo demonstramos os fatores
que contribuem para o sucesso do ERP e as dificuldades de sua implantação.
No terceiro e último capítulo optamos por um estudo de caso da empresa
Golden Foods onde foi implantado o ERP. De acordo com Yin (1989), seis fontes de
evidência podem ser utilizadas para a coleta de dados em um estudo de casos:
documentação, registro de arquivos, entrevistas, observação direta, observação
participante e artefatos físicos. Nesse estudo, optamos por utilizar como fonte as
entrevistas e o relato do observador participante da implantação do ERP na empresa
Golden Foods. Através dessas fontes conseguimos perceber como era e quais eram
os problemas da empresa antes e as soluções e benefícios encontrados com a
implantação do ERP. Ao fim expomos, de forma superficial, a título de exemplo,
alguns exemplos de sucesso do ERP em nuvem.
1. ERP
1.1 Contextualização
Ao longo da evolução da atividade e administração empresarial, muitas foram
e ainda são as mudanças processadas nesse ambiente, geralmente em decorrência
da expansão do mercado e do aumento da competitividade que se traduz nas
imposições da globalização. Além da maximização de lucros e redução de custos,
hoje a flexibilidade e o atendimento de qualidade ao cliente também tem sido foco das
diversas organizações empresariais. A nova realidade provoca uma reorganização
intensa na sociedade, gerando modificações nas organizações (Tapscott, 1997, p.
82).
Dessa forma, viu-se o surgimento de inúmeras ferramentas e instrumentos
auxiliares com vistas a adaptar as organizações ao ambiente globalizado que, com
certeza, é complexo, dinâmico e guarda incertezas, portanto, manter o equilíbrio da
empresa nesse ambiente requer uma administração de qualidade apoiada em
processos como os controles internos e as melhores práticas do mercado.
“No atual cenário empresarial mundial as empresas buscam aumentar sua competitividade, seja pela redução de custos, pela melhoria do produto, agregando mais valor a ele e se diferenciando da concorrência, ou pela especialização em algum segmento de mercado. A competição tem escalas globais, assim, acontecimentos em países distantes podem trazer consequências instantâneas para a indústria local” (PADILHA, 2004,p.1)
Como se vê, as empresas precisam de sistemas de informações ágeis e
eficientes com tecnologia compatível com a sua estrutura e demanda para tomar as
decisões corretas (VIEIRA, 2006).
Nesse contexto, os Sistemas Integrados de Gestão (ERP) têm como finalidade
dar suporte à maioria das operações de uma empresa. Ele é projetado para integrar
e otimizar os processos e transações de negócios. É, basicamente, um sistema
orientado para empresas e é universalmente aceito pelo mercado como uma solução
prática para alcançar integração de sistemas de informação. As mudanças no
contexto empresarial – concorrência acirrada, necessidade de decisões rápidas e
econômicas, mundo globalizado e pressão dos usuários por mais qualidade –
fortaleceram o uso de Sistemas ERP no mercado (REZENDE; ABREU, 2001).
Muitas empresas estão optando pelos pacotes ERP por diversas razões:
problemas com sistemas incompatíveis, o sistema de informação é incapaz de
promover a integração entre os diferentes setores da empresa e outros que
influenciam diretamente na obtenção de maior competitividade.1
“No passado, de acordo com Bancroft, Seip e Sprengel (1998), os códigos dos programas dos sistemas de gestão eram desenvolvidos internamente pela equipe de informática e eram modificados à medida que as necessidades da empresa se alternavam e, muitas vezes, desenvolvidos a pedido de um departamento. A falta de planejamento e, em alguns casos, de competências técnicas dos profissionais geravam sistemas dedicados a cada departamento e isolados, impossibilitando o efetivo controle empresarial integrado. Na década de 70, algumas empresas de software desenvolveram sistemas que incorporavam as técnicas de MRP (Material Requirement Planning) e, posteriormente, MRP II (Manufacturing Resources Planning), voltados para produção. Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2001), a evolução de software, iniciada na década de 70, foi a base para o surgimento dos sistemas ERPs, que passaram a incorporar mais módulos e funcionalidades, fortalecendo as tomadas de decisões sob aspectos estratégicos, táticos e operacionais com a incorporação de atividades administrativas e comerciais, tornando-se ferramentas imprescindíveis para o acompanhamento e adequação da organização ao mercado” (VALENTIN et al, 2013 p.112)
O ERP tem como proposta a integração, de maneira dinâmica e eletrônica, de
todos os processos operacionais da empresa. Ele é a combinação das práticas,
procedimentos e processos utilizados em uma empresa para implantar sua política
de gestão, de modo a ser mais eficiente na obtenção e alcance dos objetivos dela do
que quando há diversos sistemas individuais operando ao mesmo tempo (MENEZES,
2003).
1 Constata-se que as principais razões motivadoras para implementar Sistemas ERP são a
integração dos processos e informações e a melhoria da qualidade da informação (exatidão,
padronização e disponibilidade), além das razões institucionais (COLANGELO FILHO, 2001; WOOD
JR & CALDAS, 2000; BERGAMASCHI, 1999).
De forma geral, nas empresas que não utilizam o ERP, cada departamento
tem o seu próprio sistema. O ERP combina eles juntos em um só programa de
software integrado que trabalha com um banco de dados comum. Assim, os
departamentos que antes não tinham uma comunicação efetiva, passam a tê-la. De
acordo com Rocha e Brochado (2004), a utilização de sistemas integrados (Enterprise
Resource Planning - ERPs) pelas organizações que desejam crescer ou mesmo se
manter dentro do mercado em que atuam tem se tornado inevitável.
“De acordo com GED (1999), os sistemas ERP, ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, passaram a ser largamente utilizados na década de 90, dentre outros motivos devido ao acirramento da concorrência e à globalização, evidenciando a necessidade de ferramentas mais aprimoradas para a gestão das empresas. Além dos problemas já mencionados, o bug do milênio fez com que muitas empresas, ao invés de fazer a manutenção em seus antigos sistemas e continuar a desenvolvê-los internamente, optassem pela adoção de um sistema ERP, complementa Davenport (1998).”(PADILHA e MARINS, p.2)
Em relação aos sistemas desenvolvidos internamente nas organizações, os
sistemas ERP possuem características que os diferenciam. São pacotes comerciais
de software, incorporam modelos de processos de negócios (não são desenvolvidos
para um cliente específico), são sistemas de informação integrados e utilizam banco
de dados corporativo. Possuem grande abrangência funcional e requerem
procedimentos de ajuste para que possam ser utilizados nas empresas. Eles
possuem módulos de Planejamento da Produção, Suprimentos, Produção, Vendas,
Recursos Humanos, Contabilidade, Faturamento, Contas a Pagar, Tesouraria e
Contas a Receber. Todos interligados e permitindo troca de informações com
entidades externas, como fornecedores ou clientes (ZWICKER & SOUZA, 2003).
Figura 1: Visão geral de diferentes departamentos de uma empresa.
Fonte:www.cbds.com.br
Como se vê, os sistemas ERPs são pacotes de gestão empresarial ou de
sistemas integrados, com recursos de automação e informatização, que visam
contribuir com o gerenciamento dos negócios empresariais (Rezende, 2000).
1.2 Definição
O conceito ERP pode ser visto a partir de uma variedade de perspectivas.
Primeiro, e obviamente, o ERP é um commodity, um produto na forma de software.
Em segundo lugar, e fundamentalmente, o ERP tem como um objetivo principal o
mapeamento de todos processos e dados de uma empresa em uma estrutura
integrativa. Em terceiro lugar, o ERP pode ser visto como o elemento-chave de uma
infraestrutura que oferece uma solução para negócios.
Como produto comercial, o software ERP é oferecido por uma variedade de
fornecedores que se especializam neste segmento de mercado de software. As
principais empresas de ERP são SAP, Baan, J. D. Edwards, Oracle e PeopleSoft. O
software é altamente configurável para acomodar as diversas necessidades dos
usuários em todos os setores da economia, como exposto na Tabela 1.
Tabela 1- Áreas de aplicação do sistema ERP
Finanças e controles Operações / Logística Recursos humanos
Contabilidade financeira Suprimentos Medicina e segurança do trabalho
Contas a pagar Administração de materiais
Treinamento Benefícios
Contas a receber Gestão de qualidade Desenvolvimento de pessoal
Tesouraria Orçamentos Planejamento e controle da produção
Folha de pagamento
Ativo imobilizado Entrada de pedidos Remuneração (salários)
Analise de rentabilidade
Gestão de projeto Recrutamento e seleção de pessoal
Custos Faturamento Fiscal
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
Contabilidade gerencial Custo de produção xxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Previsão de vendas xxxxxxxxxxxxxxxxxx
Fonte: COLANGELO FILHO, 2001, p 19.
Por isso, atualmente o software existe em três formas diferentes: genérico, pré-
configurado e instalado:
(a) Na sua forma mais abrangente, o software é genérico, tem como alvo uma
variedade de indústrias e deve ser preparado antes que ele possa ser usado.
(b) Os modelos empacotados, pré-configurados tem sido derivado do software
abrangente. Nesses os modelos são adaptados à setores específicos da indústria
(por exemplo, automotivo, varejo) ou empresas de um certo tamanho.
(c) Para a maioria dos usuários, o software ERP apresenta-se como a instalação
operacional após o genérico ou o pacote pré-configurado foi individualizado de acordo
com os requisitos específicos da empresa.
O ERP é um pacote de software padrão. Todos pacotes padrão visando um
mercado anônimo devem, durante o processo de implantação do sistema, ser
adaptado aos requisitos específicos do empreendimento. Esse processo de
individualização de software é chamado de customização. Ferramentas sofisticadas
para gerenciamento de projetos, orientações passo a passo. Outras ferramentas de
implementação, verificações remotas e vários outros materiais úteis suportam a
implementação do ERP.
Contudo, não é o simples fato de que o software pode ser personalizado que
o diferencia. É o rico potencial para personalizar que o distingue de outros pacotes.
Alguns podem considerar a necessidade de personalizar como um negativo, mas isso
permite uma configuração individual e uma implementação única do ERP.
“Os sistemas ERP possuem diversas características que os diferem de outros tipos de pacotes comerciais. Para Souza (2000), as características existentes em um sistema ERP, que são importantes para a análise, são: eles são pacotes comerciais de software; são desenvolvidos a partir de modelos padrão de processos; são integrados; têm grande abrangência funcional; utilizam um banco de dados corporativo e requerem procedimentos de ajuste.” (GONÇALVES et, al, 2011, p.2)
O potencial do software também deriva da variedade das alternativas pré-
configuradas (por exemplo, número e variedade de quadro de contas) e o número de
alternativas de processos e transações.
Os módulos de aplicação do ERP são integrados a todas as funções
suportadas e dados envolvidos. Ele é baseado em um subjacente banco de dados
integrado que armazena dados de forma consistente e com controle de redundância.
“O problema com sistemas não integrados é a dificuldade de coordenar as atividades de diferentes áreas da organização e muitas tarefas acabam sendo redundantes. A reação a esses problemas é integrar os sistemas entre si.” (SOUZA et al, 2009, p.8)
As principais características do software ERP são as soluções empresariais
fornecidas, que apoiam os principais processos do negócio e também sua função
administrativa. Alta funcionalidade é uma das principais diferenciais de ERP.
“Em definições correntes, Corrêa, Gianesi e Caon (2001) e Law e Ngai (2007) argumentam que o sistema ERP tem por objetivo suportar as informações gerenciais necessárias aos tomadores de decisões numa organização, auxiliando também na eficiência das operações. Um dos motivos que levaram diversas empresas a adotar o ERP, foi justamente a possibilidade de integração de todas as áreas e setores funcionais, visando o compartilhamento de uma mesma base de dados e administrando de maneira eficiente e efetiva os recursos de negócios.”(OLIVEIRA e HATAKEYAMA, 2012, p.110)
Ele tem como objetivo suportar todos as funções comerciais de uma empresa,
especialmente aquisição, gestão de materiais, produção, logística, manutenção,
vendas, distribuição, financeiro, contabilidade, gestão de ativos, gerenciamento de
caixa, controle, planejamento estratégico e gerenciamento de qualidade. Além dessas
funções comerciais gerais, o ERP geralmente suporta funções específicas da
indústria, como gestão de pacientes em hospitais, administração de estudantes nas
universidades e no alto volume de armazenagem transações para varejistas.
A alta funcionalidade do software ERP também o distingue qualitativamente,
embora os componentes das principais soluções ERP estão no mais alto nível,
organizados em diferentes módulos funcionais, como contabilidade financeira ou
vendas. Todos seguem uma visão orientada para o processo das empresas.
Os processos são suportados de maneira perfeita para que o usuário muitas
vezes não perceba em que módulo funcional está. A funcionalidade abrangente do
ERP requer documentação correspondente. Além da habitual documentação de
software, os processos suportados e estruturas organizacionais, bem como a
estrutura dos dados e objetos geralmente são descritos em referência a modelos.
Esses modelos permitem acesso rápido a funcionalidade e permite a navegação
através de diferentes níveis de abstração e entre diferentes visualizações.
Além disso, existem hot-links para a documentação e telas relacionadas. O
ERP tem como alvo várias indústrias com diferentes características.
Além de aplicativos e dados integrados, outra característica técnica do
software ERP é a interface de usuário gráfica consistente (GUI)2 em todas as áreas
de aplicação, onde os usuários têm acesso aos mesmos por meio de uma única
interface (TURBAN et al.,2007, p. 217). Assim, um usuário percebe o ERP como um
2 Na informática, a sigla GUI refere-se a denominação "Graphical User Interface" (Interface
Gráfica do Usuário, em português), que consiste em um modelo de interface do utilizador que
permite a interação com os dispositivos digitais através de elementos gráficos.
único aplicativo, independentemente do módulo com o qual ele ou ela está
trabalhando.
“O sistema ERP é composto por um conjunto de módulos. Esses módulos representam os menores conjuntos de funções que podem ser adquiridos e implementados separadamente em um sistema ERP. Eles são interdependentes, conectados a um banco de dados comum e dão apoio aos processos internos empresariais e às diversas áreas de uma empresa” (NASCIMENTO et al, 2010, p.6)
As soluções são baseadas em um servidor-cliente de três camadas:
arquitetura, na qual o banco de dados, as aplicações e a apresentação, formam três
níveis independentes. Como o software ERP tem como alvo todos os tipos e
tamanhos de empresas e indústrias, ele deve lidar com grandes volumes de
transações.
O ERP atual geralmente é "aberto" em relação às possíveis plataformas de
software e hardware. A maioria das soluções são executadas em Windows NT, UNIX
ou Linux. Essas soluções são parte do software ou disponível como complementos.
1.3 - Benefícios gerais
O ERP melhora o processo de tomada de decisão criando um banco de dados
compartilhado com uma qualidade cada vez maior em que os responsáveis sejam
exibidos em sua tela em tempo real, simplificando e melhorando o processo de
tomada de decisão. Também planeja cenários futuros realistas ao ter uma melhor
informação, pode fazer estimativas e previsões realistas antecipando cenários
futuros.
Nas empresas que ainda não possuem uma solução de ERP são fáceis de ver
que seus departamentos operam de forma independente um do outro, então eles
acabam criando registros e relatórios duplicados. Com o ERP a redundância acaba.
Além disso o software consegue se adaptar totalmente às necessidades da
empresa. Todas as empresas são diferentes. Portanto, o provedor do seu sistema
ERP deve realizar uma análise preliminar das necessidades da sua organização para
garantir que o aplicativo seja perfeitamente adequado a ele. A solução ERP deve se
adequar ao seu negócio e não vice-versa.
Maior controle e rastreabilidade: facilitam o rastreamento de produtos em toda
a organização, desde a entrada da matéria-prima até a entrega de produtos acabados
aos clientes.
Integração com outros membros da cadeia de valor incluindo clientes e
fornecedores. Assim, a empresa se torna um parceiro estratégico que pode atrair uma
vantagem competitiva, participando ativamente do projeto e desenvolvimento de
novos produtos contribuindo com sua experiência.
Em relação aos clientes, o ERP permite ter mais informações e uma melhor
qualidade que lhe permite ajustar ordens de produção e comprar suas necessidades.
Além disso, suprime as barreiras de informação entre departamentos
integrando e melhorando a comunicação interna.
Automatiza tarefas repetitivas anteriormente realizadas manualmente
(geração de notas de entrega, faturas etc.). Dessa forma, os operadores podem se
concentrar em tarefas mais produtivas.
Com maior eficiência alcançada, a diminuição do número de erros e a redução
de tarefas duplicadas os custos comerciais diminuem. Assim, aumenta a margem de
lucro de acordo com a Tabela 2.
Tabela 2 - Características, benefícios e problemas associados aos Sistemas ERP
Características Benefícios Esperados Problemas
São pacotes comerciais - Redução de custos de informática; - Foco na atividade principal da empresa; - Atualização tecnológica permanente, por conta do fornecedor.
- Dependência do fornecedor; - Empresa não detém o conhecimento sobre o pacote.
Usam modelos de processos
- Difunde conhecimento sobre best practices; - Facilita a reengenharia de processos; - Impõe padrões
- Necessidade de adequação do pacote à empresa; - Necessidade de alterar processos empresariais; - Alimenta a resistência à mudança.
Possuem grande abrangência funcional
- Eliminação da manutenção de múltiplos sistemas;
- Dependência de um único fornecedor; - Se o sistema falhar,
- Padronização de procedimentos; - Redução de custos de treinamento; - Interação com um único fornecedor
toda a empresa pode parar.
São sistemas integrados - Redução do retrabalho e inconsistências; - Redução de mão-de-obra relacionada a processo de integração de dados; - Maior controle sobre a operação da empresa; - Eliminação de interfaces entre sistemas isolados; - Melhoria da qualidade da informação; - Contribuição para a gestão integrada; - Otimização global dos processos da empresa.
- Mudança cultural da visão departamental para a de processos; - Maior complexidade de gestão da implementação; - Maior dificuldade na atualização do sistema, pois exige acordo entre vários departamentos; - Um módulo não disponível pode interromper o funcionamento dos demais; - Alimenta resistência à mudança.
Usam bancos de dados corporativos
- Padronização de informações e conceitos; - Eliminação de discrepâncias entre informações de diferentes departamentos; - Melhoria na qualidade da informação; - Acesso à informação para toda a empresa.
Mudança cultural da visão de “dono da informação” para a de “responsável pela informação”; - Mudança cultural para uma visão de disseminação de informações dos departamentos por toda a empresa; - Alimenta resistência à mudança
Fonte: ZWICKER e SOUZA (2003, p.69)
Graças a todas as vantagens acima, a empresa pode obter maior rentabilidade
e benefícios. Em outras palavras, o aumento no desempenho de uma empresa estará
ligado à implementação do Enterprise Resource Planning. De acordo com Rocha e
Brochado (2004), a utilização de sistemas integrados ERPs pelas organizações que
desejam crescer ou mesmo se manter dentro do mercado em que atuam tem se
tornado inevitável.
De forma sucinta, podemos observar na Tabela 3, os benefícios citados pelos
principais autores sobre o tema.
Fonte: MENDES E FILHO (2002, p.57)
2 - Implantação do ERP/SAP
2.1 Motivos para implantação
Mais que uma mudança tecnológica, o uso de um sistema de gestão ERP
implica um processo de transformação organizacional. Como já exposto, o processo
de implementação de um sistema de gestão integrada ERP pressupõe que a
organização realize diversas ações em sua estrutura, tanto operacionais quanto
estratégicas, adequando internamente sua cultura organizacional, para a integração
sinérgica entre a operação e a gestão da informação.
Colangelo Filho (2001) afirma que existem motivos favoráveis e desfavoráveis
para a implantação de um sistema ERP. Dentre os favoráveis, são destacados
aqueles que envolvem os negócios, a legislação e a tecnologia. Os motivos
relacionados aos negócios são aqueles ligados ao aumento da lucratividade ou do
fortalecimento da posição competitiva da empresa no mercado. Enquanto os
relacionados à legislação são aqueles que estão ligados à adequação e às exigências
impostas por diferentes legislações dos vários países em que atua a organização. Já
os motivos relacionados com a tecnologia referem-se à perda da competitividade
ocasionada pela obsolescência econômica das tecnologias em uso ou da exigência
de parceiros de negócios.
Dentre os desfavoráveis, são citados aqueles relacionados aos altos custos,
à sua suposta inflexibilidade e aos longos prazos de implementação. (Colangelo Filho,
2001)
Ao analisar esses motivos, a organização necessita reavaliar sua história
corporativa, procurando envolver as principais áreas dentro de um trabalho conjunto,
padronizando expectativas e definindo os objetivos a serem alcançados.
Na Figura 2 podemos analisar os principais motivos de implantação do sistema
(DAVENPORT, 2002, p.81).
Figura 2 – Pesquisa com os CEOs: principais motivos de terem investido em
Sistema de Gestão Empresarial
Fonte: Adaptado de Davenport (2002, p. 81)
Uma pesquisa realizada pela Andersen Consulting, junto aos CEOs
(COLANGELO FILHO, 2001) com 200 empresas que instalaram sistemas de gestão
empresarial, revelou os principais motivos que as levaram a investir em uma solução
à base de ERP. Os resultados da pesquisa podem ser verificados por meio da figura.
Analisando-se os dados apresentados pela pesquisa, pode-se inferir que,
dentre as empresas pesquisadas, os principais motivos do investimento em sistemas
de gestão empresarial estão intimamente relacionados com as possibilidades
oferecidas pelo sistema ERP.
Em outras palavras, verifica-se que tanto a opção de “melhorar a exatidão e a
disponibilidade da informação”, com 67%, quanto a “melhora do processo de decisão
dos executivos”, com 61%, das citações, referem-se basicamente à necessidade das
empresas por um sistema que integre as informações, conjugando-as em um único
banco de dados e possibilitando um melhor processo de tomada de decisão.
De maneira geral, a adoção de um sistema integrado de gestão ERP, demanda
um amplo processo de planejamento organizacional em que o comprometimento de
toda a empresa, aliado a um apoio externo torna-se de fundamental importância para
seu sucesso. Davenport (2002, p. 199), afirma que, de maneira geral, as empresas
“indicaram que necessitam passar por mudanças organizacionais e comportamentais
de peso antes de se considerarem aptas a fazer uso da informação proporcionada
pelo seu sistema de gestão empresarial”.
No entanto, na prática a decisão sobre o investimento em sistema integrado
ERP é complexa. Ela demanda muitos estudos e planejamentos prévios por parte da
empresa em que as diversas variáveis inerentes ao processo devem ser
consideradas.
Antes de tomar qualquer decisão sobre investir ou não em sistemas de gestão
integrada ERP, a empresa necessita avaliar seus processos e definir qual a melhor
alternativa a ser seguida.
Para Davenport (2002), esse procedimento inicial é de fundamental
importância, pois ele é o responsável por diagnosticar antecipadamente futuros
problemas durante o processo de implantação. Para exemplificar, ele cita a
formatação dos dados que serão integrados, a qualificação tecnológica dos
funcionários, a infraestrutura tecnológica necessária, as estratégias de negócio, tanto
no nível corporativo quanto para as unidades e divisões de negócios, os recursos
financeiros disponíveis, a cultura organizacional focada em aspectos de integração
da informação e os desafios das mudanças organizacionais necessárias.
Fica evidente que, quanto melhor forem detalhadas e conhecidas as
informações inerentes a esse levantamento, melhor será a qualidade da decisão
sobre o investimento em sistema ERP.
Além disso, muitos problemas que somente ocorreriam no futuro, poderão ser
antecipadamente considerados no planejamento prévio, reduzindo-se, portanto, a
ocorrência de gaps imprevistos durante o processo de implantação.
Atualmente, uma das maneiras de se avaliar os processos é a abordagem do
redesenho baseado no sistema. Ela parte da premissa de que os sistemas ERP’s
foram concebidos para suportar as “melhores práticas”, ou melhor, pressupõe que os
processos suportados pelo sistema sejam melhores que aqueles que as empresas
praticam normalmente. Decidir pelo investimento em sistema integrado ERP, assim
torna-se uma decisão que não pode simplesmente estar ligada a aspectos técnicos
da organização, ou mesmo ficar apenas sob a responsabilidade do departamento de
tecnologia da informação. Ao contrário, ela precisa envolver conjuntamente os
estudos das áreas técnicas e de negócios da empresa.
“O projeto de implantação do ERP envolve todos os departamentos funcionais e demanda um esforço de cooperação entre especialistas da área de TI, especialistas das áreas de negócios, usuários finais, alta gerência, fornecedores de hardware e software, consultores e empresas parceiras. “(BHATTI, 2005, P.10)
2.2 - Fatores que Contribuem para o sucesso
Existem muitos fatores envolvidos na implantação do ERP e para que seja bem
sucedida. Existem fatores críticos (Velcu, 2007). De acordo com Umble, existem pelo
menos oito fatores críticos de sucesso. O primeiro é um claro entendimento dos
objetivos estratégicos. Esse é o primeiro fator que é necessário para a empresa que
quer implantar o ERP. Esse fator significa que a organização precisa entender o que
querem alcançar e como podem conseguir isso. Para fazer isso, eles precisam
entender os objetivos estratégicos (Umble, Haft, & Umble, 2003).
“No artigo, The Concept of Corporate Strategy (1991), Andrews define objetivos estratégicos como o modelo de decisão da empresa, onde estão determinados os objetivos e metas, as normas e planos para alcance dos objetivos buscados. Este modelo também delimita as fronteiras do negócio e da atuação organizacional. Para o autor, o modelo congrega decisões estratégicas que se mostram eficazes ao longo do tempo e tende a modelar o caráter, a imagem e a individualidades dos componentes e da organização como um todo. Andrews afirma que alguns aspectos deste modelo de decisões podem se manter estáveis por um longo período de tempo, como por exemplo, fatores que determinam o caráter da empresa. Outros aspectos de uma estratégia, no entanto, devem se adaptar a mudanças ambientais. Andrews chama atenção para o fato de apesar de estarem em níveis diferentes, as estratégias de caráter e as de ação devem estar integradas, pertencendo ao mesmo modelo.”(LEÃO, 2004, p.3)
O segundo fator é o comprometimento da alta administração. Isso é muito
importante. Os membros da alta gerência em qualquer organização são os tomadores
de decisão. E, a fim de fazer com que o projeto de ERP funcione, ele precisa do apoio
total dos gestores (Umble, et al., 2003).
O terceiro fator é contar com um excelente gerenciamento de projetos. Uma
ótima estratégia de gerenciamento de projetos precisa ser seguida para que se
alcance o sucesso. Isso envolve uma compreensão clara e definida dos objetivos. Em
conclusão, a gerência precisa acompanhar a progressão do projeto (Umble, et al.,
2003).
O quarto fator é o gerenciamento de mudanças organizacionais. Como
discutido anteriormente, o gerenciamento de mudanças é muito importante porque as
organizações sempre enfrentam resistência de funcionários e usuários (Umble, et al.,
2003).
“[...] a empresa deve propiciar os meios para democratizar os conhecimentos entre seus empregados. É de responsabilidade dos detentores do conhecimento suprir parte desta necessidade, da mesma forma que se utilizará dos conhecimentos de outros profissionais da empresa. Esta sinergia permite que as pessoas envolvidas no projeto tenham significativa evolução técnica, profissional e pessoal” (PELEIAS, 2000, p.9)
Portanto, no transcorrer deste processo de mudança organizacional, há uma troca de
experiências e conhecimentos entre os profissionais envolvidos, que refletem no
desempenho pessoal e profissional de cada um. O quinto fator é ter uma ótima equipe
de implementação.
O sexto fator é a precisão dos dados. Uma organização que implementa um
sistema ERP terá que mover seus dados do sistema antigo para o ERP. Isso significa
que os dados que são inseridos no sistema têm que estar corretos e precisos; caso
contrário, causará muitos problemas. No caso da CosmeticCo, a empresa foi
colocada em um lugar ruim porque os relatórios de formato de dados estavam
causando problemas (Umble, et al., 2003).
O sétimo fator é a educação extensiva e treinamento. Isso é muito importante
para reduzir a resistência do usuário, e podemos conseguir isso por ter sessões de
treinamento. Educar e treinamento de funcionários é muito crítico para o sucesso do
ERP (Umble, et al., 2003).
“(...) o treinamento das pessoas envolvidas no processo de mudança envolvendo a implantação de TI deve acontecer em todos os níveis hierárquicos da organização. Segundo Castilho e Campos (2007), o desconhecimento dos usuários quanto ao sistema de informação causa uma reação de resistência à sua implantação. Para Flatau e Mondini (2013), as pessoas representam a parte mais importante de uma organização, pois o sucesso organizacional depende diretamente da capacidade dos indivíduos para desempenhar suas atividades de forma efetiva. (CARVALHO, 2017, p.6)
O oitavo e último fator é focado em medidas de desempenho. O desempenho
do sistema ERP deve ser avaliado pela organização para acompanhar como o
sistema está atendendo os objetivos da organização.
2.3 Dificuldades
Segundo Davenport (1998, apud Nogueira Neto, 2000) “sistemas integrados
corporativos podem trazer grandes recompensas, mas os riscos que eles carregam
são igualmente grandes”. A implantação do ERP interfere diretamente na organização
da empresa, pois modifica o meio em que as informações são geridas e o modo como
isso é feito, ou seja, é uma mudança na ferramenta de gestão e nos hábitos do
usuário/gestor da informação.
“A mudança organizacional é uma das atividades mais presentes no dia a dia das empresas em todo o mundo. As mudanças ocorrem nos sistemas de tecnologia, nos métodos de produção de bens e serviços, nas estruturas e formas de comunicação verticais e horizontais, nas próprias pessoas, nas formas de planejamento, execução e controle das estratégias e projetos da empresa.(DUQUE, 2008, p. 4)
Portanto, o maior impacto causado pela implantação de um ERP é o conjunto
de mudanças que esta provoca no seu bem mais significativo, o seu corpo de
colaboradores (FONTANA, 2006). Para uma implementação eficiente é preciso
convergir o ERP com os processos da empresa e isto deve ser feito com base em
estratégias bem definidas.
A empresa deve ter definido o quanto pretende se ajustar ao funcionamento
do software e o quanto de customização pretende exigir do mesmo, pois, estes
fatores, definem o tempo de implantação, o seu custo, e o nível de impacto na cultura
da organização (OLIVEIRA, 2002). A implantação de um sistema do porte do ERP
deve ser planejada em detalhes pois apesar dos benefícios normalmente esperados
que vão desde de a melhor avaliação do desempenho administrativo da empresa
passando pelo suporte dado aos clientes até a tomadas de decisão quanto ao
posicionamento da empresa no mercado. Portanto, a gestão de implementação do
ERP está diretamente ligada a mudanças estratégicas o que pode gerar resistências
internas (SELDIN, 2004)
Uma grande dificuldade na adoção de um sistema de ERP, é que seria exigido
das empresas uma mudança cultural, para isto é necessário o envolvimento da alta-
direção, o correto envolvimento dos usuários e o gerenciamento de mudanças, estes
pontos são considerados imprescindíveis para a implementação bem-sucedida do
sistema. Segundo Souza (2005), com a implementação do sistema ERP encontram-
se algumas dificuldades e barreiras.
A utilização do sistema ERP traz vantagens e desvantagens e potenciais
problemas. A principal desvantagem do ERP é a dificuldade para sua implementação,
que muitas vezes ocorrer por demorados processos. Essa dificuldade decorre, em
grande medida, da necessidade de mudanças organizacionais profundas, pois as
empresas são obrigadas a adaptar-se a uma visão orientada a processos, ou seja,
conjuntos de atividades que cruzam e integram os departamentos.
Davenport (1998) ressalta a necessidade de avaliação da compatibilidade
entre a estratégia empresarial e a lógica, ou maneira de fazer negócios, que muitos
sistemas empresarias impõe. Segundo o autor, muitos dos problemas de implantar e
utilizar o sistema não são tecnológicos, mas organizacionais. Ele postula que “as
empresas falham em conciliar os imperativos dos sistemas empresariais as
necessidades da empresa, pois se uma empresa pular etapas para instalar o sistema
sem ter um claro entendimento das suas consequências para o negócio, a integração
pode não ocorrer. O Gartner Grou (1998) demonstra a ausência da flexibilidade e
problemas na integração com outros aplicativos como problemas dos atuais sistemas
ERP.
Stedman (1998) apresenta o caso de uma empresa onde o tempo para o
processamento de pedidos triplicou no início das operações de um sistema ERP pois
os funcionários não estavam inteiramente adaptados a nova interface. O mesmo autor
levanta a questão da imediata disponibilização de informações alimentadas
incorretamente no sistema e relata o caso de uma empresa que tendo adotado o
sistema ERP teve problemas no seu controle de materiais para fabricação devido a
entrada de dados incorretos no sistema. Segundo o autor “embora a natureza do
software esteja integrando as empresas como nunca isto pode se tornar uma faca de
dois gumes quando erros são imediatamente propagados pelo sistema”
A mudança cultural é um dos pontos mais importantes na implementação.
Appleton (1997) expressa a necessidade de mudança de comportamento na
organização necessária a visão dos processos, afirmando que “se um departamento
operar por suas próprias regras então o sistema não irá funcionar corretamente. As
implementações de sistemas ERP geralmente exigem das pessoas que elas criem
novas relações de trabalho, dividam informações que antes estavam bem guardadas
e tomem decisões que nunca haviam sido exigidas antes” Esse tipo de mudança cria
problemas e resistências.
[...] a empresa deve propiciar os meios para democratizar os conhecimentos entre seus empregados. É de responsabilidade dos detentores do conhecimento suprir parte desta necessidade, da mesma forma que se utilizará dos conhecimentos de outros profissionais da empresa. Esta sinergia permite que as pessoas envolvidas no projeto tenham significativa evolução técnica, profissional e pessoal” (PELEIAS, 2000, p.9)
Como se vê, os aspectos relacionados às pessoas e à organização foram
considerados mais importantes do que os aspectos tecnológicos. Assim, o foco além
da implantação do sistema em si, deve recair sobre a cultura organizacional. Abaixo
alguns dos problemas potenciais do ERP.
Problemas Potenciais Dependência do fornecedor Problemas de adequação do pacote a
empresa Necessidade de alterar processos
empresariais Necessidade de utilização de
consultoria para implementação Resistências a mudanças Possível incompatibilidade entre a
empresa e a lógica do ERP Dificuldades na implementação:
mudança cultural de visão departamental para a visão de processos
Dificuldade na implementação: as decisões devem ser tomadas em conjunto por todos os departamentos envolvidos
Entrada de dados incorretos pode ser imediatamente propagada pelo sistema
Altos custos e prazos para implementação
Fonte:
. A Tabela 4 (MENDES e FILHO, 2002), de forma sucinta disponibiliza as
barreiras e dificuldades mencionadas por diferentes autores.
3. Estudo de caso
3.1 Metodologia
Entre os autores de metodologia de pesquisa científica, todos concordam que
o problema detectado é o que condiciona o tipo de pesquisa, cabendo ao pesquisador
a escolha do método que melhor se aplique. Logo, a escolha feita recaiu sobre a
proposição da realização de um estudo exploratório, de natureza qualitativa, visando
obter uma análise de uma organização que implantou o ERP.
RIBAS (1999), caracteriza a delimitação da pesquisa como sendo exploratória,
pois fundamenta o aprimoramento de ideias ou a descoberta de informações, visando
diagnosticar o problema de maneira mais precisa. Dado o interesse em conhecer em
profundidade uma experiência de análise de sistemas de informação, foi utilizado,
quanto aos procedimentos técnicos, o método de estudo de caso. RIBAS (1999),
define estudo de caso como sendo estudo de poucos objetos, de maneira a permitir
amplo e detalhado conhecimento, onde considera-se como vantagem o estímulo a
novas descobertas e como desvantagem a dificuldade de generalização dos
resultados.
A implementação de sistemas ERP é complexa, diferente da implementação
de sistemas de informações tradicionais implementados, assim, a integração traz
impactos em diversas áreas das empresas simultaneamente.
O estudo de caso foi baseado em uma entrevista com o diretor de logística
empresa que participou do processo de implementação do sistema e com o dono da
consultoria que implantou o sistema na empresa. (observador participante)
De acordo com Yin (1989), seis fontes de evidência podem ser utilizadas
para a coleta de dados em um estudo de casos: documentação, registro de arquivos,
entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos. Nesse
estudo, optamos por utilizar como fonte as entrevistas e o relato do observador
participante da implantação do ERP na empresa Golden Foods.
A seguir, será apresentada a empresa, a situação anterior à implementação do
pacote ERP e a situação após a implementação.
As perguntas realizadas foram baseadas em como era realizado o serviço
antes e após a implantação.
3.2 A Empresa
A Golden Foods é a maior importadora de batata pré-frita congelada do país.
Com filiais em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Alagoas, além da sede no
Rio de Janeiro, a empresa atua no Food Service e no Varejo com mais de 80 produtos
divididos em categorias como batata pré-frita congelada; carnes (carne bovina,
cordeiro, coração de frango); pescados; vegetais congelados e anel de cebola. Por
ano são importadas mais de 60 mil toneladas de alimentos. Responsável por todas
as etapas do processo – desde a importação até a distribuição, passando pela
armazenagem e comercialização, a Golden Foods se destaca no mercado nacional
pelo compromisso com os serviços prestados, investimentos constantes na qualidade
de seus produtos para garantir a satisfação dos clientes.
PRODUTOS
● Batatas QualityFries
● Batata pré-frita congelada QualityFries
● Batata em flocos QualityFlakes
● Anel de Cebola Golden Foods
● Vegetais Golden Foods
● Salada leve (cenoura-ervilha-vagem)
● Salada tropical (cenoura-ervilha-vagem-milho)
● Seleta de legumes (brócolis-cenoura-ervilha e couve-flor)
● Mistura brasileira (batata-cenoura-ervilha)
● Brócolis
● Cenoura baby
● Cenoura em rodelas
● Couve-flor
● Couve de Bruxelas
● Ervilha
● Espinafre
● Milho
● Vagem
● Pescados Golden Fish
● Filé de alabote
● Cação em posta e lombo
● Filé de merluza e merluzão
● Filé de panga
● Filé de polaca
● Filé de Salmão
● Bacalhau da Noruega
● Anel de Lula
● Lula em tubos
● Carnes Golden Foods
● Cordeiro Grill Gold Lamb
● Cordeiro Grill Blue Sheep
● Picanha “A” e “B” Argentina congelada
3.3 Situação anterior - Entrevista com José Roberto Theodoro, Diretor de
operações logísticas da Golden Foods.
O diretor nos concedeu uma entrevista sobre a situação anterior e posterior a
implantação do sistema ERP. A Golden Foods é a maior importadora de batatas pré-
fritas do Brasil e a segunda maior do mundo.
Como era antes do ERP?
Hoje movimentamos mais de 15 mil toneladas de produtos por mês e diante
de toda essa movimentação, da complexidade dos nossos processos, chegamos a
conclusão de que o ERP que tínhamos até então não nos atendia mais e não
acompanhava a evolução da empresa e em 2016 resolvemos procurar novas
alternativas a todo esse crescimento da empresa.
3.4 Cenário atual
Nesse momento foi implantado o ERP SAP Business One e foi a solução que
mais apresentou aderência aos nossos processos. Recentemente completamos um
ano de go live e podemos identificar hoje que temos uma gestão com indicadores
mais maduros, confiável e a utilização do SAP B1 tem contribuído para a organização
como um todo, sobretudo nas gestões de cada um dos departamentos que têm hoje
maior integração e não só deles, mas uma maior integração com nossos parceiros de
negócio.
Então, dentro desse contexto o ERP contribuiu muito para que tivéssemos uma
visão mais clara e mais voltada para os processos de negócios da organização.
3.5 Visão do observador participante
Cenário anterior
Cada setor gerava as informações através das notas de entradas e relatório
de saídas, que eram repassados de setor em setor, assim cada um deles tinham um
controle de notas para evitar possíveis erros, mas com frequência ocorria casos
como, por exemplo, uma nota lançada ou paga em duplicidade, gerando assim um
retrabalho para corrigir, além de uma informação errada que contava nos relatórios.
Ou seja, a política interna da empresa já não estava funcionando muito bem e este
processo é essencial para a confiabilidade de seus relatórios.
Segundo Costa (2014).
A prática de implantação de controles internos só tem a agregar valor e confiança nas atividades operacionais desenvolvidas, além de ser uma ferramenta de gestão, gerando informações oportunas e confiáveis aos administradores, auxiliando assim na tomada de decisões objetivando o alcance das metas e detectando erros e/ou fraudes.
Duplicidade de notas lançadas, falta de informações referente as notas nos
relatórios, demora na emissão dos relatórios devido a estes terem que ser conferidos
e revisados todas as vezes que eram impressos, são pontos que foram observados
e apontados como falhas da política interna da empresa.
Segundo Imoniana (2008, p 77);
É imprescindível estabelecer claramente as políticas tecnológicas de informações e, a partir dessas, cabe estabelecer aos gerentes traduzir isso em linguagem operacional através de procedimentos administrativos, detalhando inclusive as definições e os princípios, evitando se dupla interpretação.
De acordo com ênfases dadas pela organização, sistemas e métodos, cada
procedimento administrativo deve descrever quais as entradas no ciclo operacional,
o procedimento a ser feito e os resultados que este deverá proporcionar ao próximo
ciclo.
A partir desse momento, a empresa precisava de uma solução para resolver
estes problemas e a solução encontrada foi à implantação de um sistema ERP, para
que pudesse ter certeza dos números apresentados nos relatórios e eliminar o
retrabalho constante de ter que refazer lançamentos para acerto dos possíveis erros.
Para Padoveze (2009, p 47) num sistema de informação integrado, só deve existir
uma conceituação de valor para uma informação.
Assim, definido o tratamento conceitual de determinada informação, essa
deverá ser a única forma entendida em todos os segmentos do sistema de
informação.
Cenário Atual
A partir da implantação o dado ou a informação navegam por todos os
segmentos do sistema (os subsistemas) de informação. Originários de uma coleta e
de um processamento em determinado subsistema, a informação ou dado navegará
para todos os subsistemas, da forma como originalmente registrados, pelos diversos
meios da base tecnológica do sistema integrado. Não deve haver necessidade de
reclassificação ou reprocessamento em outros subsistemas, assim como
reintrodução do dado em algum sistema particular de um outro setor ou departamento
empresa. A informação deverá ser fornecida pelo mesmo e único sistema de
informação.
Em outras palavras, todos os usuários do sistema de informação integrado
receberão a mesma informação e “falarão a mesma língua”. Ainda baseando se no
processo anterior a implantação do sistema, em relação aos relatórios que eram
gerados para a diretoria, existia a dúvida de como esses eram confeccionados, devido
ao processo interno que eram realizados, e uma vez que, havia possibilidade destes
serem suscetíveis a erros, e se existia confiabilidade nos mesmos, pois estes, traziam
dados de muita importância para a tomada de decisões.
3.6 ERP na nuvem - Casos de Sucesso
A seguir serão apresentados de forma superficial algumas empresas que
optaram pelo ERP na nuvem e obtiveram sucesso.
Caso da Adobe (SaaS) – Creative Cloud
A Adobe substituiu seus quase 10 anos de Creative Suite pelo Creative Cloud. Agora,
os recursos são armazenados e sincronizados em nuvem, tornando mais fácil o
acesso de designers aos aplicativos da Adobe.
A Adobe Creative Cloud oferece aos usuários (a maior parte, profissionais que lidam
com Design Gráfico, Edição de Vídeo, Desenvolvimento Web e Fotografia), o acesso
a toda sua coleção de softwares, que podem ser baixados via internet através de uma
assinatura de licença mensal ou anual. A empresa tomou esta decisão principalmente
por causa da pirataria de seus produtos. Desde maio de 2013, anunciou que todas as
versões, a partir desta data, estariam disponíveis através da Creative Cloud, não mais
pela Creative Suite. A assinatura CC está hospedada na AWS.
SmugMug
SmugMug é um serviço para compartilhamento de fotos e vídeos. Nele, são
armazenados diariamente bilhões de fotos e vídeos de alto valor. Para esta empresa
manter o ótimo desempenho e transmitir confiabilidade a seus clientes, contou com a
AWS para suas necessidades de armazenamento e também de backup. A SmugMug
migrou todos os seus dados de um Datacenter para a nuvem da AWS, reduzindo
assim espaços físicos e gerenciamento de hardware, obtendo maior eficiência.
Futbol Club Barcelona
O famoso Clube de Futebol Barcelona, que mantém um setor de serviços de SMS, e-
commerce e mídias sociais, optou pela AWS para armazenamento de seus dados. A
empresa levou em conta a elasticidade e a forma de pagamento por utilização de
espaços, o que coube perfeitamente em suas necessidades.
Peixe Urbano
O Amazon EC2 hospeda os principais sites do Peixe Urbano. Isto tem permitido mais
consistência e estabilidade de um dos sites mais acessados no Brasil, mesmo durante
picos.
GOL Airlines
Como o acesso a internet não é disponível em aviões, tendo em vista a necessidade
dos passageiros, a empresa contou com a AWS para implementar um sistema de
entretenimento de bordo.
Conclusão
O estudo revelou que as empresas começaram a sentir a necessidade de
integrar suas informações à medida que houve um aumento da competitividade.
Então, para saciar esta demanda do mercado, os fornecedores de soluções
tecnológicas desenvolveram os Sistemas Integrados de Gestão (ERP). A revisão
bibliográfica mostrou que a implantação de sistemas ERP nas empresas gera tanto
benefícios, como a integração do banco de dados da empresa e a redução dos custos
com informática, quanto dificuldades, como é o caso dos altos investimentos em TI e
da mudança do comportamento organizacional.
Com base nisso, foi realizado um estudo de caso dos impactos da implantação
de um ERP na empresa Golden Foods. A pesquisa mostrou que o ERP realmente
trouxe benefícios à empresa, como a integração financeira/ contábil, o redesenho de
alguns processos e o fim do retrabalho. Ao fim expomos, de forma superficial, a título
de exemplo, alguns exemplos de sucesso do ERP em nuvem.
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