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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIA ANIMAL SIMONE REGINA BARROS DE MACÊDO AVALIAÇÃO DO EFEITO ESTERILIZANTE DE SOLUÇÃO À BASE DE GLUCONATO DE ZINCO EM TESTÍCULOS DE RATOS WISTAR EM ASSOCIAÇÃO COM ANTI-INFLAMATÓRIOS E ANTIÁLGICO RECIFE 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIA ANIMAL

SIMONE REGINA BARROS DE MACÊDO

AVALIAÇÃO DO EFEITO ESTERILIZANTE DE SOLUÇÃO À BASE DE

GLUCONATO DE ZINCO EM TESTÍCULOS DE RATOS WISTAR

EM ASSOCIAÇÃO COM ANTI-INFLAMATÓRIOS E ANTIÁLGICO

RECIFE

2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIENCIA ANIMAL

SIMONE REGINA BARROS DE MACÊDO

AVALIAÇÃO DO EFEITO ESTERILIZANTE DE SOLUÇÃO À BASE DE

GLUCONATO DE ZINCO EM TESTÍCULOS DE RATOS WISTAR

EM ASSOCIAÇÃO COM ANTI-INFLAMATÓRIOS E ANTIÁLGICO

RECIFE

2013

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Biociência Animal: Área de Concentração em Morfofisiologia,

da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como requisito

para a obtenção do grau de Mestre em Biociência Animal.

Orientador: Prof. Dr. Valdemiro Amaro da Silva Junior

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Dedico esta conquista a Deus.

“O segredo do êxito não é encontrado nem em nossa

erudição, nem em nossa posição, nem em nosso número

ou nos talentos a nós confiados, nem na vontade do

homem. Cônscios de nossa deficiência devemos

contemplar a Cristo, e por Ele que é a força por

excelência, a expressão máxima do pensamento, o

voluntário e obediente obterá uma vitória após outra. ”

(Ellen White)

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela presença constante em minha vida. Obrigada por ser a minha rocha, a

minha cidadela, o meu libertador, o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio, o meu

escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e por tornar possível diversas conquistas,

inclusive esta e, por guiar todos os meus passos e iluminar meu caminho.

Aos meus pais, Rivaldo Macêdo e Josefa Macêdo, pelo amor incondicional, pelo

exemplo de força, determinação, humildade e caráter. Obrigada pela dedicação e pela forma

como me ensinaram a superar as adversidades da vida.

Agradeço a minha irmã, Patrícia Macêdo, pelo apoio, companheirismo, aprendizado

constante e por acreditar em mim.

A toda minha família pelo amor, incentivo e por confiar em mim.

Ao meu orientador Prof. Valdemiro Amaro da Silva Junior pela confiança, por

acreditar na minha capacidade, pelo exemplo de profissionalismo, pelos preciosos

ensinamentos, pela orientação competente e por todas as contribuições ao longo do trabalho.

Aos meus amigos Sandra Maria e Luiz André pelo grande exemplo de amizade,

simpatia e prestatividade, pela companhia e dedicação em todas as fases desta pesquisa.

Aos meus amigos Cássia Regina e Vínícius Vasconcelos, os quais se disponibilizaram

a me ensinar e ajudar durante as realizações dos experimentos. Obrigada vocês foram

fundamentais para que este trabalho se concretizasse.

As minhas amigas Goretti Varejão e Géssica Silva pelo exemplo de superação,

coragem e determinação. Eulina Nery e Marília Bonelli pelo apoio, amizade e pelas

constantes demonstrações de sabedoria.

A todos os amigos do mestrado da Biociência Animal, por compartilharmos esse

momento especial de nossas vidas.

Ao professor Frederico Celso Lyra Maia, pelo incentivo e orientação nos experimentos

de análise histológica, pelo exemplo de profissionalismo, pelos ensinamentos e lições.

Aos demais professores do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal por

terem contribuído para minha formação.

Ao funcionário do Biotério do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da

Universidade Federal Rural de Pernambuco, André, pelo apoio durante o experimento.

Agradeço ainda, a todos com quem tive a oportunidade de conviver nestes últimos

anos e que contribuíram para que eu chegasse até aqui. Muito obrigada por tudo.

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RESUMO

A esterilização química constitui uma alternativa eficiente, de baixo custo e adequada para

programas de esterilização em grande escala de animais domésticos. Acredita-se que a injeção

intratesticular da solução à base de zinco promove uma reação inflamatória e, esta reação

pode comprometer a espermatogênese, levando o animal à esterilidade. Em virtude de essa

reação inflamatória gerar desconforto aos animais, preconiza-se o uso de analgésicos e anti-

inflamatórios para minimizar efeitos colaterais indesejáveis. Contudo, a utilização desses

fármacos poderia inibir o efeito desejado do agente esterilizante. Portanto, o presente trabalho

teve por objetivo investigar se a administração de anti-inflamatórios esteroidais, não-

esteroidais inibem o efeito esterilizante da solução à base de gluconato de zinco sobre a

função testicular de ratos Wistar. Para tanto, 72 animais com 90 dias de idade foram mantidos

em condições de biotério no Departamento de Morfologia e Fisiologia da Universidade

Federal Rural de Pernambuco. Esses animais foram divididos em seis grupos experimentais:

controle/ solução salina (G1); controle/ DMSO + dipirona sódica (G2); dipirona sódica (G3);

Celecoxibe + dipirona sódica (G4); meloxicam + dipirona sódica + (G5); dexametasona +

dipirona sódica + (G6). Os animais foram anestesiados e submetidos à injeção intratesticular

de solução à base de gluconato de zinco (Infertile®). Os tratamentos com anti-inflamatórios e

antiálgico foram realizados através de uma dose única por dia, durante 7 dias consecutivos.

Após 7, 15 e 30 dias os animais foram heparinizados, anestesiados e perfundidos, sendo

coletados testículos e epidídimos para análise qualitativa das lesões e plasma sanguíneo para

dosagem de testosterona utilizando o método de ensaio imunoenzimático (ELISA). Com

relação às lesões histopatológicas, as mais frequentes nos testículos foram à presença de

processo inflamatório, necrose tubular, calcificação distrófica, congestão, degeneração tubular

e edema subcapsular e nos epidídimos atrofia de ducto, deposição de colágeno,

neovascularização e infiltrado inflamatório. Quanto aos animais que foram submetidos à

injeção intratesticular de gluconato de zinco, constatou-se redução média de 74, 66 e 53 %

dos níveis de testosterona nos respectivos períodos experimentais 7, 15 e 30 dias. Neste

sentido, Constatou-se que a injeção intratesticular de Infertile® foi eficiente em promover

esterilização mesmo após utilização de terapia anti-inflamatória. Assim anti-inflamatórios

esteroidais e não-esteroidais administrados, neste experimento, durante 7 dias pós-infiltração

testicular podem ser utilizados no protocolo de esterilização química para reduzir os efeitos

álgicos nos animais infiltrados. Contudo, o efeito anti-inflamatório da dexametasona interferiu

na ação desejada do Infertile® nos 15 primeiros dias. As associações meloxicam/dipirona ou

celecoxibe/dipirona podem ser a terapia antiálgica e anti-inflamatória de eleição dentre os

protocolos de esterilização química estudados.

Palavras-chave: Esterilização química. Espermatogênese. Degeneração testicular. Inflamação.

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ABSTRACT

Chemical sterilization is an efficient, inexpensive and suitable for sterilization programs on a

large scale domestic animals. It is believed that the injection of intratesticular zinc-based

solution promotes an inflammatory reaction, and this reaction may affect spermatogenesis,

taking the animal sterility. By virtue of this inflammatory reaction cause discomfort to

animals, it is recommended the use of analgesics and anti-inflammatories to minimize

undesirable side effects. However, the use of these drugs may inhibit the desired sterilizing

agent. Therefore, the present study aimed to investigate whether the administration of anti-

inflammatory steroidal, non-steroidal inhibit the effect of sterilizing solution based zinc

gluconate on testicular function of rats. Therefore, 72 animals at 90 days of age were kept in

vivarium conditions at Department of Morphology and Physiology, Federal Rural University

of Pernambuco. These animals were divided into six groups: control / saline (G1), control /

DMSO + dipyrone (G2), dipyrone (G3); Celecoxib + dipyrone (G4), dipyrone, meloxicam +

+ (G5); dipyrone + dexamethasone + (G6). The animals were anesthetized and injected

intratesticular solution based on zinc gluconate (Infertile®). Treatment with anti-

inflammatories and anti pain were conducted using a single dose per day for 7 consecutive

days. After 7, 15 and 30 days the animals were heparinized, anesthetized and perfused testis

and epididymis were collected for qualitative analysis of the lesions and blood plasma for

testosterone measurement using the method of enzyme linked immunosorbent assay (ELISA).

Regarding the histopathological lesions, the most frequent in the testes were the presence of

inflammation, tubular necrosis, dystrophic calcification, congestion, edema and subcapsular

tubular degeneration and atrophy of the epididymis duct, collagen deposition, and

neovascularization and inflammatory infiltrate. As for the animals that underwent

intratesticular injection of zinc gluconate, we found an average reduction of 74, 66 and 53%

of testosterone levels in the respective experimental periods 7, 15 and 30 days. In this sense,

found that intratesticular injection of Infertile® was effective on sterilization even after use of

anti-inflammatory therapy. Thus anti-inflammatory steroidal and non-steroidal administered

in this experiment for 7 days post-testicular infiltration can be used in chemical sterilization

protocol to reduce nociceptive effects in animals infiltrate. However, the anti-inflammatory

effect of dexamethasone interfered in action desired Infertile® in the first 15 days.

Associations meloxicam / dipyrone and celecoxib / dipyrone may be therapy and anti-

inflammatory analgesic of choice among the studied chemical sterilization protocols.

Keywords: Chemical sterilization. Spermatogenesis. Testicular degeneration. Inflammation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Peso testicular (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular

de solução à base de gluconato de zinco e tratados com anti-

inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias (Média ± desvio padrão). 30

Figura 2 Peso epididimário (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento (Média

± desvio padrão) .......................................................................... 31

Figura 3 Peso da próstata (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento

(Média ± desvio padrão)................................................................. 33

Figura 4 Peso da glândula seminal (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento

(Média ± desvio padrão).................................................................. 34

Figura 5 Dosagem de testosterona plasmática (ng/mL) de ratos Wistar

submetidos à injeção intratesticular de solução à base de zinco e

tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o

tratamento (Média ± desvio padrão) ............................................. 35

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LISTA DE QUADRO

Quadro 1 Disposição dos grupos experimentais por tratamento, número de animais

e dias de coleta................................................................................. 25

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Volume da solução à base de gluconato de zinco (Infertile®) injetado

nos testículos de ratos Wistar segundo o diâmetro testicular. 26

Tabela 2 Peso testicular (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base gluconato de zinco, tratados com

anti-inflamatórios e avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento

(Média ± desvio padrão).......................................................................

29

Tabela 3 Peso epididimário (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento (Média

± desvio padrão).......................................................................... 31

Tabela 4 Peso da próstata (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento

(Média ± desvio padrão)............................................................... 33

Tabela 5 Peso da glândula seminal (g) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco e tratados com

anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento

(Média ± desvio padrão)............................................................... 33

Tabela 6 Dosagem de testosterona plasmática (ng/mL) de ratos Wistar

submetidos à injeção intratesticular de solução à base de gluconato

de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30

dias após o tratamento (Média ± desvio padrão).................................. 34

Tabela 7 histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos avaliados aos 7

dias após injeção intratesticular com infertile®

em associação com

anti-inflamatórios........................................................................ 39

Tabela 8 histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos avaliados aos

15 dias após injeção intratesticular com infertile®

em associação com

anti-inflamatórios................................................................. 42

Tabela 9 Lesões histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos

avaliados aos 30 dias após injeção intratesticular com infertile® em

associação com anti-inflamatórios................................................ 45

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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

AINES Anti-inflamatórios Não- Esteroidais

COX-1 Cicloxigenase tipo 1

COX-2 Cicloxigenase tipo 1

DMSO Dimetil sufóxido

DNA Ácido Desoxirribonucleico

DTH Diidrotestosterona

ELISA Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay

FSH Hormônio Folículo Estimulante

G6P Glicose 6- Fosfato

G6PD Glicose 6- Fostato desidrogenase

GLC Globulina ligadora de corticosteroide

GnRH Hormônio liberador de gonadotrofinas

HRP Testosterone- horseradish Peroxidase

LH Hormônio Luteinizante

LIKA Laboratório de Imunopatologia Keiso Asami

NADPH Fosfato de Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo

P Nível de significância estatístico

PG Prostaglandinas

pH Potencial Hidrogênio iônico

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13

2 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 14

2.1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO TESTÍCULO E

ESPERMATOGÊNESE .....................................................................................

14

2.2 EPIDÍDIMO ....................................................................................................... 16

2.3 CONTROLE DA FERTILIDADE DO MACHO ............................................. 16

2.3.1 Esterilização cirúrgica ......................................................................................... 17

2.3.2.1 Orquiectomia ....................................................................................................... 17

2.3.2.2 Vasectomia .......................................................................................................... 17

2.4 ESTERELIZAÇÃO QUÍMICA ......................................................................... 18

2.4.1 Agentes esclerosantes .......................................................................................... 18

2.4.1 Efeitos do zinco na reprodução do macho ........................................................... 18

2.4 REAÇÃO INFLAMATÓRIA ............................................................................ 19

2.5 ANTI-INFLAMATÓRIOS ................................................................................. 20

2.5.1 Anti-inflamatórios não-esteroidais ...................................................................... 20

2.5.1.1 Meloxicam ........................................................................................................... 20

2.5.2.2 Celacoxibe ........................................................................................................... 21

2.6.2 Anti-inflamatórios esteroidais – glicocorticosteroídes......................................... 21

2.6.2.1 Dexametasona ...................................................................................................... 22

2.7 DIMETIL SULFÓXIDO...................................................................................... 22

2.8 ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE ........................................................................ 23

2.8.1 DIPIRONA SÓDICA.......................................................................................... 23

3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 24

3.1 GERAL ................................................................................................................ 24

3.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................... 24

4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 25

4.1 ANIMAIS ............................................................................................................ 25

4.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .......................................................... 25

4.3 AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA .............................................................. 25

4.4 DOSAGEM DE TESTOSTERONA PLASMÁTICA ........................................ 27

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................. 27

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 28

4.1 ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS TESTICULARES .................................. 37

4.1.1 Achados histopatológicos aos sete dias ............................................................... 37

4.1.2 Achados histopatológicos aos quinze dias ........................................................... 40

4.1.3 Achados histopatológicos aos trinta dias ............................................................. 43

4.2 AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA EPIDIDIMÁRIA ................................. 46

5 CONCLUSÕES ................................................................................................. 48

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 49

APÊNDICES ...................................................................................................... 58

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13

1 INTRODUÇÃO

A superpopulação de cães e gatos indesejados constitui um sério problema em diversas

cidades do mundo. Além de estarem sujeitos ao sofrimento, os animais podem ser

reservatórios de doenças transmissíveis ao homem e às espécies domésticas valiosas

economicamente (MAY, 1988) tornando-se um problema de saúde pública e de bem estar

animal (LENEY e REMFRY, 2001). Desta forma, o desenvolvimento de sistemas de

contenção de natalidade baseados no controle da reprodução tornam-se necessários (LOPEZ

et al., 2005), sendo a esterilização um método reconhecidamente eficaz para o controle de

populações animais (JANA e SAMANTHA, 2011).

A esterilização química é um método não cirúrgico de contracepção em animais do

sexo masculino, em que agentes químicos injetados nos ductos deferentes, nos epidídimos,

nos testículos causam infertilidade por indução de azoospermia, e têm sido proposta como

alternativa de baixo custo e adequada para grande escala de programas de esterilização tanto

em animais domésticos como selvagens (KUTZLER e WOOD, 2006).

Uma variedade de agentes químicos tem sido utilizada em cães com a finalidade de

promover a esterilização dos animais, porém, em ratos, dor e pirexia têm sido descritos

(LORENA et al., 2009). Dentre os agentes químicos utilizados, a esterilização com a

utilização de gluconato de zinco tem se mostrado um procedimento eficaz e seguro,

principalmente para animais jovens (BOWEN, 2008).

A exposição a altas concentrações de zinco no parênquima testicular promove

aumento dos leucócitos polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos (TOXICOLOGICAL...,

Atlanta-EUA, 2005). Acredita-se que a injeção intratesticular da solução à base de zinco

resulte em uma alteração semelhante à observada na orquite autoimune, na qual o processo

inflamatório testicular produz anticorpos contra os próprios antígenos testiculares do

indivíduo e ocorre lesão no epitélio germinativo com consequente destruição dos

espermatócitos, espermátides e espermatozoides, o que resulta na esterilidade do animal

(MANN e LUTWAK-MANN, 1981). Em virtude dessa reação inflamatória, faz-se necessário

o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para minimizar o desconforto dos animais após a

aplicação deste tratamento. O que nos leva a seguinte pergunta: a utilização dessas drogas

poderia interferir no mecanismo produzido pelo gluconato de zinco?

Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar se a administração de anti-

inflamatórios esteroidais e não-esteroidais inibe o efeito esclerosante da solução à base de

gluconato de zinco sobre a função testicular de ratos Wistar.

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14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO TESTÍCULO E ESPERMATOGÊNESE

O testículo possui duas funções: a exócrina – relativa à espermatogênese – e a

endócrina – que se ocupa da produção hormonal responsável pela diferenciação sexual, pelas

características sexuais secundárias e pela libido (VARNER e JOHNSON, 2007).

A organização estrutural do testículo é composta pelo parênquima, envolto por uma

espessa cápsula composta de colágeno e fibras elásticas, células mioides e uma rede de vasos

sanguíneos, a túnica albugínea que se infiltra separando o órgão em diferentes lóbulos. O

parênquima testicular ocupa entre 80 e 90% da massa testicular total. Os túbulos seminíferos

representam aproximadamente 70% do parênquima. A porção intertubular é composta por

células de Leydig, vasos linfáticos e sanguíneos, tecido conjuntivo, fibroblastos, linfócitos e

mastócitos, (COSTA e PAULA, 2003).

O escroto penduloso aumenta a área de superfície que facilita a exposição do cone

vascular ao meio ambiente e permite que os testículos fiquem distantes do corpo do animal

(BLANCHARD et al., 1992). Fatores hormonais que estimulam e modulam a

espermatogênese se fazem necessários, particularmente para o testículo com localização

extra-abdominal, o controle da temperatura entre 2 e 6°C abaixo da temperatura corporal

(WAITES e SETCHELL, 1990; KASTELIC et al., 1995). A termorregulação testículo-

escrotal é um fenômeno complexo em que numerosos mecanismos locais desempenham papel

fundamental. O cone vascular, formado pelas veias do plexo pampiniforme circundando a

artéria testicular, permite a troca contracorrente de calor, a regulação do fluxo sanguíneo e a

perda de calor por irradiação (BARTH, 1993).

A espermatogênese é um processo cíclico extremamente organizado e complexo,

dependente de mecanismos que compreendem o código genético das células germinativas e

uma rede de comunicação entre essas células e as células somáticas que estão presentes no

testículo (VERHOEVEN et al., 2007). Esse processo é regulado por uma complexa e

interligada rede de interação endócrina, parácrina e autócrina entre diversos tipos celulares

(ROSER, 2008).

A espermatogênese no rato tem duração de 58 dias (FRANÇA et al., 1998, 2005).

A espermatogênese pode ser subdividida em três fases essenciais: (a) Fase proliferativa ou

espermatogonial, caracterizada por sucessivas divisões mitóticas das espermatogônias; (b)

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fase meiótica ou espermatocitogênica, onde ocorre a duplicação do DNA, a recombinação

gênica e duas divisões que resultam na formação de células haploides denominadas

espermátides; (c) fase de diferenciação ou espermiogênica, na qual as espermátides sofrem

várias alterações morfofisiológicas, tais como a formação do acrossoma, do flagelo e

condensação nuclear, resultando na formação do espermatozóide (SHARPE, 1994; FRANÇA

et al., 2005).

As células de Sertoli estão localizadas nos túbulos seminíferos e possuem papel

fundamental na espermatogênese. Essas células formam barreiras denominadas junções de

oclusão, constituídas por desmossomos, junções do tipo “gap” e junções à base de actina (LUI

e CHENG, 2007). A junção de oclusão, também denominada barreira hematotesticular, divide

o epitélio seminífero em duas regiões distintas: o compartimento basal, onde se encontram as

espermatogônias e os espermatócitos primários na fase inicial da prófase meiótica e outro

denominado compartimento adlumial, onde se encontram os espermatócitos primários a partir

da fase de zigóteno, espermatócitos secundários e espermátides. As células de Sertoli também

são responsáveis pela sustentação e nutrição das células germinativas, mediação do hormônio

folículo estimulante (FSH) e da testosterona na espermatogênese. As células de Sertoli têm

participação ativa no fornecimento de nutrientes, no processo de espermiação (liberação das

espermátides para o lúmen tubular), na fagocitose dos corpos residuais (excesso de citoplasma

das células germinativas) e das células germinativas que sofrem apoptose (RUSSEL et al.,

1990).

As células de Leydig também possuem papel fundamental para a espermatogênese.

Localizadas no compartimento intertubular, elas possuem como principal função a produção

de andrógenos (VERHOEVEN et al., 2007) mediada por estímulos de LH (hormônio

luteinizante) e controlada através de um processo de retroalimentação negativa realizada pela

testosterona na adenohipófise e no hipotálamo (ROSER, 2008). Nas células de Sertoli, células

mioides, células musculares lisas dos vasos e nas próprias células de Leydig existem

receptores para andrógenos. Um dos principais andrógenos produzidos pelo organismo é a

testosterona, que também é responsável pela diferenciação do trato genital masculino e da

genitália externa na fase fetal, aparecimento dos caracteres sexuais secundários, manutenção

quantitativa da espermatogênese a partir da puberdade e manutenção funcional das glândulas

sexuais acessórias e do epidídimo (LUKE e COFFEY, 1994; SHARPE, 1994; ROSER, 2008).

Além destas células, também estão presentes no testículo outras células somáticas, tais como

as células endoteliais e os fibroblastos (FRANÇA et al., 2005).

Medidas testiculares estão associadas com produção espermática diária (OSINOWO

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16

et al., 1992; SOUZA e COSTA, 1992), número de espermátides por células de Sertoli e área

dos túbulos seminíferos, além de apresentarem relação inversa com a taxa de degeneração de

células germinativas em touros (BERNDTSON et al., 1987; PALASZ et al., 1994; MOURA e

ERICKSON, 1997;). Assim, a diminuição na consistência do parênquima testicular está

associada à redução na produção de espermatozoides (COULTER e FOOTE, 1979) e aumento

do número de espermatócitos e espermátides degeneradas em todos os estágios do ciclo da

espermatogênese em touros (MULLER et al., 1992).

2.2 EPIDÍDIMO

Os epidídimos situam-se ao longo da porção lateral da face posterior dos testículos.

Estão envolvidos pela túnica albugínea e pela túnica vaginal. Morfologicamente, o órgão é

dividido em três regiões: cabeça, corpo e cauda (TURNER, 2003). A cabeça é a porção onde

os ductos eferentes fundem-se no ducto epididimário, e a cauda comporta a região mais distal

do ducto.

O epitélio do ducto epididimário é pseudoestratificado colunar, composto de células

basais arredondadas e colunares com estereocílios (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).

Essas células exercem várias funções importantes que são necessárias para a função do

epidídimo como secreção de proteínas e absorção, endocitose, atividades secretoras de fluidos

responsáveis pela acidificação do lúmen, defesa imunológica, fagocitose e produção de

antioxidantes (COOPER, 1999; HERMO, 2002),

Além das células colunares com estereocílios e das células basais do epitélio

pseudoestratificado, é comum a presença de linfócito (HERMO 2002). As múltiplas funções

exercidas pelas células que revestem o epitélio do ducto, o epidídimo fornece um

microambiente altamente especializado responsável pelo transporte do espermatozoide,

maturação e armazenamento (FRANÇA et al., 2005).

2. 3 CONTROLE DA FERTILIDADE DO MACHO

As ações para o controle reprodutivo no macho são basicamente: esterilização

cirúrgica (orquiectomia e vasectomia), terapia medicamentosa realizada com auxílio de

hormônios esteroides (andrógenos, progestágenos, antiandrógenos) e agonistas do hormônio

liberador de gonadotrofinas (GnRH) (JOHNSTON et al., 2001), utilização de agentes

esclerosantes no testículo ou epidídimo, tais como, glicerol (IMMEGART e THRELFALL,

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2000), tanato de zinco, gluconato de zinco (FAHIM et al., 1993), clorexidina, dimetil-

sulfóxido (PINEDA et al., 1977; PINEDA e DOOLEY, 1984) e ácido lático (NISHIMURA et

al., 1992). PURSWANI e TALWAR (2011) também descrevem como um método de

esterilização de numerosas espécies animais o uso de vacinas contra o hormônio liberador de

gonadotrofinas (GnRH).

2. 3.1 Esterelização cirúrgica

2.3.1.1 Orquiectomia

A orquiectomia é uma técnica clássica para a esteriliuzação masculina cujas indicações

incluem: a diminuição da superpopulação animal, a eliminação ou diminuição significativa de

muitos comportamentos censuráveis, tais como, a, a marcação territorial pela micção, monta e

agressividade (JOHNSTON et al., 2001; HEDLUND, 2007; BOWEN, 2008). Além de

preventiva, a orquiectomia é utilizada para o tratamento de patologias reprodutivas, como

neoplasias testiculares e escrotais, orquites, doenças prostáticas, trauma ou abscessos e

controle de alterações endócrinas (BLOOMBERG, 1996; CRANE, 1996; HOWE, 2006;

HEDLUND, 2007). Complicações na orquiectomia incluem inchaço, hemorragias e infecção

(BOOTHE, 2003).

2.3.1.2 Vasectomia

A vasectomia é um método simples e eficaz de contracepção, o qual consiste na

interrupção dos ductos deferentes e neste não ocorre alteração da estética testicular e nem a

ausência de produção de testosterona, pois os testículos se mantêm intactos (HOWE, 2006).

Os testículos continuam a produzir espematozóides, mas esses são absorvidos pelo organismo

(HOWE, 2006; HEALTHWISE, 2008). Porém, os comportamentos indesejados de macho

como demarcação pela urina, monta e agressividade permanecem, uma vez que a

esteroidogênese não é afetada (JOHNSTON et al., 2001).

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2.4 ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA

2.4.1 Agentes esclerosantes

Tratamentos intratesticulares com compostos químicos que causam degeneração

testicular e interrupção da espermatogênese têm sido utilizados como alternativa para a

orquiectomia. Quando injetados no parênquima testicular, esses agentes levam à atrofia

testicular e ao decréscimo da espermatogênese e da concentração de andrógenos. Isso faz com

que as alterações andrógeno-depedentes, tais como, doenças da próstata e alterações de

comportamento como demarcação pela urina, monta e agressividade diminuam (LEVY,

2008).

A aplicação desses agentes no testículo induz uma resposta sistêmica imune,

provocando não só uma ruptura da barreira de células de Sertoli como também inflamação

local com liberação de antígenos testiculares (JOHNSTON et al., 2001). Em contrapartida,

quando esses agentes são injetados no ducto deferente ou epidídimo induzem uma oclusão

fibrosa e subsequente azoospermia (PINEDA et al., 1977;. PINEDA e DOOLEY, 1984,.

FAHIM et al., 1993) . Contudo, há a possibilidade de surgimento de alterações andrógeno-

dependentes (BLOOMBERG, 1996).

2.4.1.1Efeitos do zinco na reprodução do macho

Nas células de mamíferos, o zinco é o segundo elemento de transição mais abundante ,

depois do ferro (SALGUEIRO et al., 2000; YU et al., 2007) sendo responsável por modular a

função de diversas proteínas regulatórias associadas a uma variedade de atividades celulares

(EOM et al., 2001), além de ser essencial para o crescimento, desenvolvimento, função

imunológica e reprodução (SUSKIND, 2009). Por sua vez, na esfera reprodutiva, as células

estão em rápido processo de divisão, crescimento ou síntese sendo particularmente afetadas

pela deficiência desse elemento (MERRELLS et al., 2009).

O papel do zinco na função testicular é promover a maturação das células

germinativas e prolongar a vida dos espermatozoides até o momento da ejaculação

(MERELLS et al., 2009). A importância desse elemento nos testículos é demonstrada pelas

graves consequências de sua deficiência no desenvolvimento desse testicular (MERELLS et

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al., 2009), podendo afetar diretamente a função gonadal e a esteroidogênese (MARET e

SANDTEAD, 2006).

No epidídimo, níveis elevados de zinco são responsáveis pela estabilização das

membranas plasmáticas de suas células e pela manutenção dos espermatozoides em um estado

metabolicamente quiescente durante o armazenamento e a ejaculação (BEDWAL e

BAHUGUNA, 1994).

No entanto, seu excesso pode causar danos severos ao sistema reprodutor conforme

verificado em ratos que ingeriram grandes quantidades de zinco com dose de até 100 vezes

recomendada (5mg/dia) por um mês tornaram-se inférteis (UNITED STATES PUBLIC

HEALTH SERVICE, 1987).

Por mais de cinco décadas vêm sendo testadas injeções intratesticulares no intuito de

inibir a formação, produção e maturação de espermatozoides (KUTZLER e WOOD, 2006;

NAZ e TALWAR, 1981). Esse processo envolve a injeção de zinco, em quantidade pré-

determinada com base no diâmetro do testículo. O zinco é considerado não mutagênico, não

cancerígeno e não teratogênico (KUTZLER e WOOD, 2006; LEVY et al., 2008).

Recentemente foi lançado no Brasil o Infertile (Rhobifarma Indústria Farmacêutica Ltda.), um

esterilizante injetável que combina dimetil sulfóxido (DMSO) com gluconato de zinco

(26,2mg/mL) neutralizado pela arginina para castração de cães (GRIFFIN, 2012).

2.5 REAÇÃO INFLAMATÓRIA

Os processos inflamatórios que acometem os testículos podem reduzir ou inibir a

espermatogênese por um tempo prolongado ou para sempre. A inflamação pode ter origem

traumática ou infecciosa e ocorrer por via hematógena, retrógrada do duto deferente ou

epidídimo ou ainda por via direta através da pele (BALL et al., 1983).

A atrofia testicular pode ocorrer como sequela a qualquer inflamação aguda ou crônica

As alterações atróficas a uma orquite em processo de resolução consistem em áreas

irregulares ou difusas de fibrose, em substituição as áreas necrosadas do epitélio tubular e do

estroma (JONES, 2000).

A utilização de agentes esclerosantes no parênquima testicular, leva à atrofia testicular

e ao decréscimo da espermatogênese. A aplicação dessa droga no testículo leva a uma

resposta do sistema imune devido à ruptura da barreira de células de Sertoli, além de

inflamação local com liberação de antígenos testiculares (JOHNSTON et al., 2001). Essa

alteração assemelha-se à orquite autoimune, processo inflamatório testicular mediado por

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formação de anticorpos, contra os próprios antígenos testiculares do indivíduo, causando

lesões no epitélio germinativo (OLIVEIRA, 1999).

2.6 ANTI-INFLAMATÓRIOS

2.6.1 Anti-inflamatórios não-esteroidais

Os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) constituem um grupo heterogêneo de

substâncias, que em geral não estão relacionados quimicamente, e que apesar disso, têm em

comum certas ações terapêuticas, como atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória.

Isso porque atuam inibindo a biossíntese das prostaglandinas, agem diretamente na inibição

de enzimas da via cicloxigenase, mas não na via lipoxigenase. Comumente, essas substâncias

apresentam propriedades ácidas com valores de pKa entre 4 e 5 (HARVEY et al., 2001).

2.6.1.1. Meloxicam

O meloxicam é uma enolcarboxinamida relacionada com o piroxicam. Esse

medicamento inibe preferencialmente a cicloxigenase-2 (COX-2) em comparação com a

cicloxigenase-1 (COX-1). O meloxicam não é tão seletivo quanto os outros coxibes, e pode

ser considerado “preferencialmente” mais seletivo, a “altamente seletivo” (FURST e

MUNSTER, 2007). Baseando-se em estudos in vitro em seres humanos, sua seletividade

sobre a COX-2 foi somente cerca de 10 vezes maior do que a da COX-1, apresentando ainda

inibição de COX-1 (CARVALHO, 2006).

Esse fármaco é popular em vários países do mundo, inclusive na Europa para o

tratamento da maioria das doenças reumáticas. Os inibidores seletivos da COX-2 apresentam

efeitos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios similares aos AINES não seletivos, mas

com reduzido efeito adverso sobre o aparelho gastrointestinal (CARVALHO, 2006). Embora

se saiba que o meloxicam inibe a síntese de tromboxano A2, parece que, até mesmo em doses

supraterapêuticas, o bloqueio de tromboxano A2 não atinge níveis que resultam em

diminuição da função plaquetária in vivo (FURST E MUNSTER, 2007).

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2.6.1.2 Celecoxibe

A descoberta de inibidores da isoforma COX-2 levou a obtenção da segunda geração

de anti-inflamatórios não esteroides, denominados coxibes. O primeiro composto a ser

aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para uso nos Estados Unidos foi o

celecoxibe, em dezembro de 1998 (WHELTON, 2001).

O celecoxibe é um inibidor seletivo da COX-2, cerca de 10 a 20 vezes mais seletivo

para COX-2 do que para COX-1. Esse medicamento é tão efetivo quanto os outros anti-

inflamatórios. Em doses habituais, ele não interfere na agregação plaquetária. Em certas

ocasiões, interage com a varfarina conforme esperado de um fármaco metabolizado através do

citocromo P450 2C9 (FURST e MUNSTER, 2007).

Os inibidores seletivos de COX-2 foram desenvolvidos com a vantagem de inativar

especificamente a cicloxigenase induzível (COX-2) e preservar a cicloxigenase constitutiva

(COX-1). Inicialmente, os coxibes foram apresentados como anti-inflamatórios relativamente

tão eficazes quando comparado a outros AINES, e seguros no tratamento de processos

inflamatórios agudos e crônicos. No entanto, os seus efeitos tóxicos ainda não estão

totalmente documentados (SILVA et al., 2010).

2.6.2 Anti-inflamatórios esteroidais – glicocorticosteroides

Uma das mais importantes funções dos glicocorticoides é a resposta a agressões às

quais qualquer organismo vivo está exposto constantemente. Quando se administra um

glicocorticoide exógeno com intuito de obter ação anti-inflamatória e/ou imunossupressora

amplifica-se, em última análise, seus mecanismos de ação fisiológica (ANTI et al., 2008).

Os glicocorticoides previnem o início da cascata da reação inflamatória, o que levaria

à produção de certas prostaglandinas e leucotrienos, através da diminuição do ácido

araquidônico. Esse é liberado dos fosfolipídeos da membrana pela fosfolipase A2, que é

inibida por proteínas como a macrocortina e lipocortina. Essa inibição explica grande parte da

ação anti-inflamatória dos glicocorticoides, devido à importância do ácido araquidônico na

produção de mediadores humorais da inflamação (MACEDO, 2006).

A inibição da formação de leucotrienos é de suma importância, pois esses compostos

promovem quimiotaxia de neutrófilos, aderência ao local inflamatório e aumento da

permeabilidade vascular. O mecanismo dos corticoides se diferencia da ação dos anti-

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inflamatórios não-hormonais, já que esses não interferem na produção de leucotrienos, sendo

agentes menos potentes, porque reduzem a formação apenas de prostaglandinas. A diminuição

dessas últimas é conseguida pela supressão da cicloxigenase (MACEDO, 2006).

2.6.2.1 Dexametasona

A Dexametasona, potente glicocorticoide análogo, possui baixo custo e é amplamente

utilizado, pois apresenta propriedades imunossupressoras e anti-inflamatórias (RHODUS,

2006). É um agente que pode ser administrado por diversas vias, sendo em sua maioria,

empregado pela via oral. Uma vez absorvidos, os glicocorticoides se ligam a globulina

ligadora de corticosteróide e penetram as células por difusão simples. Sua metabolização

ocorre no fígado (RANG et al., 2009).

A dexametasona possui potente ação anti-inflamatória capaz de inibir tanto os

fenômenos iniciais de inflamação quanto os tardios. A sua propriedade anti-inflamatória

parece fundamentar-se principalmente em sua capacidade de inibir a mobilização de

neutrófilos e macrófagos para a área afetada. Inibe a síntese da enzima responsável pela

formação da fibrolisina, substância que por hidrolisar a fibrina e outras proteínas, facilita a

entrada de leucócitos na área de inflamação. Induz a síntese de uma proteína inibidora da

fosfolipase A2, com consequente redução na liberação de ácido araquidônico a partir de

fosfolipídeos. Em decorrência, há diminuição na formação de prostaglandinas, leucotrienos e

tromboxanas, substâncias importantes para a quimiotaxia e para o processo inflamatório

(GROSSI et al., 2007).

2.7 DIMETIL SULFÓXIDO (DMSO)

Na Alemanha, entre os anos de 1866 e 1867, foi sintetizado o dimetil sulfóxido

(DMSO), através de um subproduto da destilação do petróleo e da degradação no

processamento da polpa da madeira, onde foi utilizado como solvente industrial na década de

quarenta e introduzida como medicinal em 1960 na concentração de 90% como veículo para

vários medicamentos (ALVES, 1997; DOMINGOS, 1999). O DMSO possui atividades anti-

inflamatórias, antimicrobianas e antifúngicas. Dentre todos os efeitos farmacológicos

conhecidos do fármaco, sob o ponto de vista terapêutico, ele possui capacidade de absorver,

penetrar ou atravessar a pele após a aplicação tópica em 5 minutos, sendo distribuído para os

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demais tecidos decorridos 20 minutos. Ressalta-se que esse fármaco possui ainda

propriedades de carrear consigo substâncias de pequeno peso molecular (BOOTH, 1983).

2.8 ANALGÉSICO NÃO-OPIOIDE

1.8.1 Dipirona sódica

Os analgésicos não opioides têm propriedades analgésica, antitérmica e anti-

inflamatória relacionadas à inibição do sistema enzimático das COX-1 e COX-2 que

convertem o ácido araquidônico em prostaglandinas, especialmente a protaglandina-E2, e

sensibilizam os nocireceptores periféricos às ações da histamina e da bradicinina. A primeira

promove uma reação inflamatória local, e a última estimula as terminações nervosas, levando

à nocicepção. Dentre os analgésicos não opioides, sabe-se que a dipirona possui efeitos

analgésico e antitérmico, mas tem pouca eficácia como agente anti-inflamatório (GOODMAN

e GILMAN, 2007).

Estudo realizado por Paula (2010) para avaliação da dor pós-intervenção empregando

três métodos de esterilização de cães machos revelou a necessidade de analgesia após a

esterilização química com gluconato de zinco. Da mesma forma, as pesquisas conduzidas por

Tasaka ( 2000) e Imagawa (2006) verificaram que a administração de dipirona na dose de 25

mg∕kg a cada oito horas permitiu uma analgesia adequada.

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3. OBJETIVOS

3. 1 GERAL

Avaliar o efeito da solução à base de gluconato de zinco (Infertile®

) sobre

parênquima testicular de ratos Wistar quando administrada em associação com

anti-inflamatórios e antiálgico.

3. 2 ESPECÍFICOS

Investigar os efeitos do processo inflamatório sobre a espermatogênese em ratos

submetidos à injeção intratesticular de gluconato de zinco, levando em

consideração os seguintes parâmetros:

- Histopatologia do parênquima testicular e epididimário aos 7, 15 e 30 dias

após injeção intratesticular.

- Dosagem de testosterona plasmática aos 7, 15 e 30 dias após injeção

intratesticular.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 ANIMAIS

Foram utilizados 72 ratos Wistar (Rattus norvegicus, var. albinus), pertencentes ao

biotério da Área de Fisiologia do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da

Universidade Federal Rural e Pernambuco, os quais foram mantidos na temperatura 23 1oC,

em ciclo claro-escuro de 12 horas, umidade de 55%. Água e comida foram oferecidas ad

libitum até o final do experimento.

4.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Os ratos com 90 dias de idade foram escolhidos e divididos em grupos de 12

indivíduos por amostragem não probabilística de conveniência e submetidos aos diversos

tratamentos, de acordo com os seguintes grupos experimentais: controle/ solução salina,

controle/ veículo Dimetil sufóxido (DMSO), dipirona sódica 20mg/kg; Infertile®/ celocoxibe

50mg/kg + dipirona sódica; Infertile®/ meloxicam 2mg/kg + dipirona sódica; Infertile

®/

dexametasona 2mg/kg + dipirona sódica, conforme o Quadro 1.

Quadro 1. Disposição dos grupos experimentais por tratamento, número de animais e dias de coleta.

Grupos experimentais Duração do tratamento

com anti-inflamatórios

(dias)

Dias de coleta pós-

tratamentos/número de animais

7 dias 15 dias 30 dias

(G1) Controle/ solução salina (n=12). 7 4 4 4

(G2) Controle DMSO/ dipirona (n=12). 7 4 4 4

(G3) Infertile®/ dipirona (n=12). 7 4 4 4

(G4) Infertile®/ celocoxibe, dipirona (n=12). 7 4 4 4

(G5) Infertile®/ meloxicam, dipirona (n=12). 7 4 4 4

(G6) Infertile®/ dexametasona, dipirona (n=12). 7 4 4 4

Fonte: Macêdo (2013).

Os animais foram anestesiados com quetamina (90mg/Kg) e xilazina (5mg/Kg)

intraperitonealmente. Posteriormente realizou-se antisepsia com solução de gluconato de

clorexidine a 2%. Foi utilizada seringa de insulina para injetar o volume de solução à base

gluconato de zinco em cada testículo do animal. A injeção foi realizada na região dorsocranial

do testículo, ao lado da cabeça do epidídimo (o mais próximo possível do ducto eferente) e

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uma agulha com calibre de 12,7 mm x 0,3 mm foi inserida num plano paralelo em relação ao

testículo. O volume da solução à base de gluconato de zinco injetados nos testículos foi

calculado e ajustado de acordo com diâmetro testicular dos ratos conforme descrito por

Oliveira (2006) e exposto na tabela 1. Para calcular o diâmetro testicular utilizou-se de

paquímetro (Mitutoyo Stainless®).

Tabela 1. Volume da solução à base de gluconato de zinco (Infertile®) injetado nos testículos de ratos Wistar

segundo o diâmetro testicular.

Diâmetro do testículo

(mm)

Dose por testículo

mL mg de zinco

8-9 0,3 3,9

10-11 0,4 5,2

11-12 0,5 6,6

Fonte: Adaptado de Oliveira (2006).

Após o procedimento anestésico, os animais foram transferidos para caixas de

polipropileno e mantidos em temperatura ambiente até a recuperação da anestesia (LUE et al.,

1999). Os tratamentos com anti-inflamatórios e antiálgico foram realizados através de uma

dose única por dia, durante 7 dias consecutivos, administrados por via intraperitoneal com

exceção do celecoxibibe que foi administrado por gavagem.

Os animais de cada grupo foram analisados aos 7, 15 e 30 dias após os tratamentos

para avaliar o efeito temporal do processo inflamatório sobre o processo espermatogênico

assim como determinar a influência dos anti-inflamatórios sobre o parênquima testicular.

Para tal, cada animal foi heparinizado (heparina sódica 125 UI/100g de peso corporal)

e anestesiado por injeção intraperitoneal de tiopental sódico (50mg/kg; ROCHE®, Brasil).

Posteriormente foi realizada a coleta de sangue por punção no seio venoso (confluência das

veias cavas), centrifugação e acondicionamento de duas alíquotas de 1 mL de plasma

sanguíneo em eppendorfs e mantidos à -20°C para posterior dosagem de testosterona

plasmática. Após coleta de sangue foi feita perfusão intracardíaca com solução fisiológica de

NaCl a 0,9%, acrescida de heparina sódica (500 UI/L; AKZO ORGANON TEKNIKA) e

nitroprussiato (100mg/L; SIGMA®), por um período de tempo entre 5 e 10 minutos. Em

seguida, os animais foram perfundidos com solução fixadora de glutaraldeído (VETEC®,

Brasil) a 4%, em tampão fosfato de sódio, pH 7,2 e 0,01M, durante 25 minutos. Pelo menos

um animal de cada tempo experimental e de cada tratamento foi perfundido com solução de

formalina tamponada a 10%.

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Após a perfusão com solução fixadora foram removidos e pesados: testículo esquerdo,

epidídimos, próstata e glândula seminal. Seccionou-se os testículos em fragmentos de até 2

mm de espessura, os quais foram submetidos à refixação na mesma solução de perfusão. Para

os estudos ao microscópio de luz, os fragmentos foram processados rotineiramente para

inclusão em parafina. Cortes histológicos de 4 µm de espessura foram feitos, posteriormente

corados em hematoxilina-eosina e analisados morfologicamente. As amostras coletadas após

30 dias também foram coradas em tricrômico de gomori.

4.3 AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA

A avaliação histopatológica foi feita nos períodos de 7, 15 e 30 dias após a injeção

intratesticular da solução à base de gluconato de zinco descrevendo a presença de células

inflamatórias, reações vasculares, ativação de fibroblastos, lesão de células de Leydig no

intertúbulo testicular. Nos túbulos seminíferos foram avaliados: presença de descamação de

células germinativas, formação de células sinciciais, vacuolização de células de Sertoli,

espessamento de membrana basal de túnica própria, assim como, atrofia de túbulos

seminíferos.

4.4 DOSAGEM DE TESTOSTERONA PLASMÁTICA

A dosagem foi realizada pelo método de enzima-imuno-ensaio (ELISA - Enzyme

Linked ImmunoSorbent Assay) com leitura de absorbância em 405 nm, conforme descrito por

Brown et al. (2004). Para este ensaio inicialmente 66,7L do anticorpo (Polyclonal anti-

testosterona R156/7, Coralie Munro, University of California, Davis, USA.) foi diluído em 5

mL de tampão (coating buffer: Na2CO3, NaHCO3, H2O ultra pura, pH ajustado para 9,6).

Posteriormente 50L desta solução de anticorpo foi adicionado em cada poço da placa

(NUNC Immuno TM plates, Maxisorp). Após isso, a placa foi coberta com selador plástico e

mantida a 4 ºC por 12 horas no máximo.

Uma vez preparada a placa, preparou-se curva padrão, por meio de diluições seriadas

de 250L do padrão de concentração 600 pg/50L de testosterona (17-hydroxy-4-androsten-

3-one, Steraloids, Sigma A6950) até a concentração de 2,3 pg/50L, em 250L de solução de

ensaio de ELISA (NaH2PO4; Na2HPO4; NaCl; BSA - Sigma Aldrich, A7906; H2O ultra pura,

pH ajustado para 7,00). O hormônio conjugado com a enzima HRP (Testosterone-horseradish

Peroxidase) foi diluído (33,3L em 5 mL da solução de ensaio de ELISA).

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Imediatamente antes de dar início ao ensaio, a placa foi lavada cinco vezes com a

solução (NaCl; Tween 20 – Sigma, P1379; H2O ultra pura) e o excesso de solução foi retirado

batendo-se a placa em papel toalha. Posteriormente, nos poços correspondentes foram

pipetados 50l dos padrões, controles e amostras e logo após 50L da HRP, com o cuidado

que não se ultrapassasse mais que 10 minutos neste processo. A placa foi novamente coberta

com o selador e deixada em incubação por exatamente uma hora, em temperatura ambiente.

Após esse período, repetiu-se o procedimento de lavagem.

Finalmente, preparou-se, imediatamente antes do uso, a solução de substrato para

ELISA combinando 40L 0,5M H2O2, 125l 40 mM ABTS (Calbiochem, ABTSTM

Chromophore, Diammonium Salt) e 12,5 mL de solução de substrato para ELISA (ácido

cítrico; H2O ultra pura, pH ajustado para 4,00). Foi adicionado 100L em todos os poços

contendo padrão, controle ou amostra. A placa foi coberta, para incubar em temperatura

ambiente e sob agitação (Multi-Pulse Vortexer; modelo 099A VB4, 50/60Hz – Glass-Col),

até que a densidade óptica dos poços zero ficasse entre 0.9 e 1. Procedeu-se então a leitura no

leitor de microplacas (TECAN®). Todas as amostras foram lidas em duplicata, com

coeficiente de variação intra e interrensaio menor do que 10%.

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados foram tratados por meio do teste estatístico Kruskall-Wallis e com post-

hoc de Dunn para comparações múltiplas, considerando p≤ 0,05.

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29

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A injeção intratesticular de um agente esterilizante promove uma resposta imunológica

causada pela ruptura da barreira de hematotesticular com consequente inflamação local e

liberação de antígenos testiculares (WANG, 2002). A inflamação inibe a espermatogênese,

uma vez que a citocinas inflamatórias, espécies reativas de oxigênio e glucocorticoides têm

efeitos deletérios predominantemente sobre o epitélio seminífero (O'BRYAN et al, 2000;

HEDGER e MEINHARDT, 2003; REDDY et al., 2006; JANA e SAMANTA, 2011).

Na tabela 2 e figura 1 estão evidenciados os resultados do peso testicular (g) de ratos

Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base de gluconato de zinco, tratados

com anti-inflamatórios e avaliados com 7, 15 e 30 dias. Aos 15 dias, constatou-se uma

redução de 60% no peso testicular do grupo (G4) em relação ao grupo (G1). Após 30 dias da

injeção da solução de gluconato de zinco, os animais do grupo (G3) e o grupo (G4)

apresentaram diminuição do peso testicular em 75% e 69% em relação ao grupo (G1),

respectivamente.

Tabela 2. Peso testicular (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base gluconato de

zinco, tratados com anti-inflamatórios e avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento (Média ± desvio

padrão).

Grupos Experimentais

Dias pós

Tratamento

G1

Controle

(Salina)

(n=4)

G2

Controle

(DMSO)

(n=4)

G3

Dipirona

(n=4)

G4

Celocoxibe

(n=4)

G5

Meloxicam

(n=4)

G6

Dexametasona

(n=4)

7

1,2 ± 0,2

0,9 ± 0,2

1,3 ± 0,1

1,2 ± 0,2

1,2 ± 0,1

1,6 ± 0,7

15 1,8 ± 0,5a 1,2 ± 0,2ab 1,0 ± 0,2ab 0,7 ± 0,04 b 1,0 ± 0,03ab 1,1 ± 0,2ab

30 1,6 ± 0,3a 0,7 ± 0,2ab 0,4 ± 0,1b 0,5 ± 0,06b 1,0 ± 0,4ab 0,6 ± 0,1ab

n = Número de animais. Letras distintas na mesma linha indicam p<0,05.

Fonte: Macêdo (2013).

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30

Fonte: Macêdo (2013).

De acordo com França e Russell (1998), o peso testicular é altamente correlacionado

com a produção espermática e com parâmetros histométricos testiculares como diâmetro

tubular, altura do epitélio, comprimento total de túbulos seminíferos. Da mesma maneira,

medidas testiculares estão associadas com produção espermática diária (OSINOWO et al.,

1992; SOUZA e COSTA, 1992), número de espermátides por células de Sertoli e área dos

túbulos seminíferos, além de apresentarem relação inversa com a taxa de degeneração de

células germinativas em touros (BERNDTSON et al., 1987; PALASZ et al., 1994; MOURA e

ERICKSON, 1997). Assim, a diminuição na consistência do parênquima testicular está

associada à redução na produção de espermatozoides (COULTER e FOOTE, 1979) e aumento

do número de espermatócitos e espermátides degeneradas em todos os estágios do ciclo da

espermatogênese em touros (MULLER et al., 1992).

A redução do peso testicular observado nos animais tratados com diferentes tipos de

anti-inflamatórios em associação com dipirona ficou mais significativa aos 15 e 30 dias após a

infiltração intratesticular com Infertile®. Isso demonstrou que a utilização de protocolos com

diferentes anti-inflamatórios foram capazes de minimizar os efeitos pró-inflamatórios

desencadeados pelo gluconato de zinco nos primeiros sete dias.

Figura 1. Peso testicular (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à

base de gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15

e 30 dias (Média ± desvio padrão).

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31

Tabela 3. Peso epididimário (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base de

gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento

(Média ± desvio padrão).

Grupos Experimentais

Dias pós

Tratamento

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

7

0,6 ± 0,1

0,7 ± 0,1

0,6 ± 0,4

0,6 ± 0,1

0,4 ± 0,2

0,7 ± 0,3

15 1,8 ± 1,0a 0,4 ± 0,1b 0,5 ± 0,06ab 0,7 ± 0,1ab 0,4 ± 0,2ab 0,4 ± 0,1ab

30 1,1 ± 0,2a 0,5 ± 0,1ab 0,4 ± 0,2ab 0,3 ± 0,1b 0,5 ± 0,1ab 0,2 ± 0,09b

n = Número de animais. Letras distintas na mesma linha indicam p<0,05.

Fonte: Macêdo (2013).

Figura 2. Peso epididimário (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução

à base gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30

após o tratamento (Média ± desvio padrão).

Fonte: Macêdo (2013).

Temperaturas supra-escrotais decorrentes de reações inflamatórias podem alterar os

espermatozoides maduros durante o estágio final de desenvolvimento na região da cabeça do

epidídimo, ocorrendo alterações estruturais e metabólicas; esse gameta pode fertilizar, mas

ocorre a morte embrionária subsequente (GABALDI e WOLF, 2002).

Os dados referentes ao peso epididimário dos ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de gluconato de zinco, tratados com anti-inflamatórios e

avaliados com 7, 15 e 30 após o tratamento estão expostos na tabela 3 e figura 2. De acordo

com os resultados somente 15 dias após o ensaio experimental se constatou uma redução de

78% do peso deste órgão no grupo (G2) quando comparado com o grupo (G1). Aos 30 dias, o

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grupo (G2) e o grupo (G6) apresentaram diminuição 73 e 82% do peso epididimário em

relação ao grupo (G1), respectivamente.

A redução do peso epididimário observado nos animais tratados com diferentes tipos

de anti-inflamatórios foi significativa aos 15 e 30 dias após a infiltração intratesticular com

Infertile®

. Isso demonstrou que a utilização de protocolos com diferentes anti-inflamatórios

foi capaz de minimizar os efeitos pró-inflamatórios desencadeados pelo gluconato de zinco

nos primeiros sete dias. De acordo com Creasy (2003), a redução do peso epididimário é

indicativa de diminuição da espermatogênese no testículo, e consequentemente da redução do

conteúdo epididimário.

A orquite e a epididimite são duas afecções que frequentemente estão associadas,

devido à proximidade anatômica e da continuidade do sistema ductal desses órgãos. Processos

infecciosos ou inflamatórios que atingem uma das estruturas vão provavelmente estender-se à

outra (FELDMAN e NELSON, 2004). Podem resultar também da destruição imunomediada

do tecido testicular e epididimário que desencadeia um processo inflamatório. Trata-se de um

processo com etiologia desconhecida e pode levar à infertilidade (JONES, et al., 1997;

FELDMAN e NELSON, 2004). Neste caso a reação imunomediada pode ter sido

desencadeada pela ação do gluconato de zinco como descrita por Wang (2002). Portanto, de

acordo com o nosso experimento a reação inflamatória testicular pode ter influenciado

diretamente no peso do epidídimo e nas suas funções.

Sabe-se que a atividade da próstata e da glândula seminal no indivíduo adulto possui

íntima correlação com os níveis de andrógenos, principalmente a testosterona testicular, uma

vez que a orquiectomia ou drogas com atividades farmacológicas antiandrogênicas promovem

atrofia dessas glândulas sexuais acessórias (LUKE e COFFEY, 1994). Por outro lado, o

aumento dos níveis séricos de testosterona e andrógenos de outras fontes pode produzir

hiperplasia ou hipertrofia desses órgãos (BRUENGGER et al., 1986; MCGINNIS et al.,

2002).

De acordo com os resultados da tabela 4 e figura 3 foi observada redução no peso

prostático em 82% no grupo (G3) quando comparado ao grupo (G2). Aos 30 dias, o peso

prostático dos animais tratados com Infertile® e que receberam terapia anti-inflamatória com

dexametasona+ dipirona teve redução de 94% neste parâmetro em relação ao grupo controle

(solução salina). Da mesma forma, nos animais que recebem meloxicam + dipirona após

tratamento de esterilização com Infertile® se constatou 88% de redução no peso prostático

quando comparados com o grupo controle.

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Tabela 4. Peso da próstata (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base de gluconato

de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento (Média ±

desvio padrão).

Grupos Experimentais

Dias pós

Tratamento

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

7

0,6 ± 0,1ab

1,1 ± 0,2 b

0,2 ± 0,2a

0,6 ± 0,1ab

0,4 ± 0,2ab

0,4 ± 0,1ab

15

0,7 ± 0,2

0,7 ± 0,3

0,4 ± 0,08

0,2 ± 0,1

0,5 ± 0,3

0,3 ± 0,2

30

1,6 ± 0,5a

0,9 ± 0,1ab

0,4 ± 0,06ab

0,7 ± 0,2ab

0,1 ± 0,1b

0,2 ± 0,0b

n = Número de animais. Letras distintas na mesma linha indicam p<0,05.

Fonte: Macêdo (2013).

Fonte: Macêdo (2013)

Tabela 5. Peso da glândula seminal (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base de

gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento

(Média ± desvio padrão).

Grupos Experimentais

Dias pós

Tratamento

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

7

1,0 ± 0,04

1,1 ± 0,3

0,4 ± 0,2

0,4 ± 0,2

0,6 ± 0,2

0,8 ± 0,3

15

1,7 ± 0,4a

1,1 ± 0,5ab

0,6 ± 0,4 b

0,3 ± 0,05b

0,7 ± 0,5 ab

0,7 ± 0,7ab

30

1,7 ± 0,4

1,9 ± 0,4

0,1 ± 0,05

0,2 ± 0,2

1,7 ± 1,1

0,1 ± 0,05

n = Número de animais. Letras distintas na mesma linha indicam p<0,05.

Fonte: Macêdo (2013).

Figura 3. Peso da próstata (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução

à base de gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7,

15 e 30 dias após o tratamento (Média ± desvio padrão).

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34

Fonte: Macêdo (2013)

Na tabela 5 e figura 4 constam os valores referentes ao peso da glândula seminal (g) de

ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de solução à base de zinco e tratados com a

associação anti-inflamatórios e avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento. Após 15 dias

do tratamento com Infertile®, constatou-se redução de 65% no grupo (G3) em relação ao

grupo (G1).

Tabela 6. Dosagem de testosterona plasmática (ng/mL) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular de

solução à base de gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados com 7, 15 e 30 dias

após o tratamento (Média ± desvio padrão).

Grupos Experimentais

Dias pós

Tratamento

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

7 1,11 ± 0,3a 1,36 ± 1,18a 0,21 ± 0,03 b 0,26 ± 0,09 ab 0,28 ± 0,14 ab 0,28 ± 0,08ab

15 1,03 ± 0,3a 1,60 ± 0,78a 0,23 ± 0,03a 0,41 ± 0,30a 0,49 ± 0,53a 0,23 ± 0,07a

30 0,88 ± 0,28ab 2,09 ± 0,34b 0,31 ± 0,24 ab 1,10 ± 1,07 ab 0,24 ± 0,05 ab 0,21 ± 0,08a

n = Número de animais. Letras distintas na mesma linha indicam p<0,05.

Fonte: Macêdo (2013).

Figura 4. Peso da glândula seminal (g) de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular

de solução à base de gluconato de zinco e tratados com anti-inflamatórios

avaliados com 7, 15 e 30 dias após o tratamento (Média ± desvio padrão).

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35

Fonte: Macêdo (2013)

De acordo com a tabela 6, Figura 5 não houve diferença significativa quanto ao nível

de testosterona plasmática do grupo G2, nos diferentes tempos experimentais, em relação ao

grupo G1, ou seja, a utilização intratesticular de apenas dimetil sulfóxido não foi suficiente

para promover redução do nível plasmático de testosterona e diminuição no volume das

glândulas sexuais acessórias. Paradoxalmente, nos animais que foram submetidos à injeção

intratesticular de gluconato de zinco, constatou-se redução média de 74, 66 e 53 % dos níveis

de testosterona nos respectivos períodos experimentais 7, 15 e 30 dias. Os grupos que tiveram

redução mais expressiva foram o grupo G3 com redução de 80% quando comparada ao grupo

G1 sete dias após da injúria testicular e o grupo G6 com redução de 89% em relação ao grupo

G2 avaliado aos 30 dias. Este decréscimo dos níveis plasmáticos de testosterona se refletiu na

evidente diminuição dos pesos da próstata e da vesícula seminal. Isto pode ser justificado pela

manutenção estrutural e funcional das células de Leydig observada nos animais submetidos à

injeção intratesticular de dimetil sufóxido.

Estudos da Food And Drug Administration (FDA) demonstraram que um composto de

zinco (gluconato de zinco neutralizado pela arginina) induz a redução, mas não elimina a

produção de testosterona, e seus efeitos sobre as doenças hormônio-dependentes e

comportamentos não foram estabelecidos (GRIFFIN, 2012). No entanto, os estudos revelaram

uma diminuição significativa do tamanho da próstata em cães submetidos à injeção

intratesticular de gluconato de zinco em relação ao grupo controle (WANG, 2002). De acordo

Figura 5- Dosagem de testosterona plasmática (ng/mL) de ratos Wistar submetidos à injeção

intratesticular de solução à base de zinco e tratados com anti-inflamatórios avaliados

com 7, 15 e 30 dias após o tratamento (Média ± desvio padrão).

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com Oliveira et al. (2006) a aplicação intratesticular de gluconato de zinco em cães promoveu

redução nos níveis de testosterona entre 40 e 80%, contudo os valores permaneceram acima

daqueles observados em cães orquiectomizados. Os nossos resultados mostram que o

Infertile®

promove redução dos níveis séricos de testosterona, o que está compatível com

redução de pesos de próstata e glândula seminal.

A testosterona está relacionada a expressão comportamental e sexual dos machos

(PACHECO e QUIRINO, 2010) e o que se deseja nos processo de esteriliação química, além

da infertilidade dos machos é a redução deste comportamento e da agressividade (OLIVEIRA

et al., 2011). Neste experimento, a esterilização química com Infertile® foi capaz de reduzir

significativamente a atividade das células de Leydig aos 30 dias. Contudo, é bastante provável

que a análise da testosterona plasmática em períodos superiores aos estudados poderia

oferecer resultados mais satisfatórios.

5.1 ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS TESTICULARES

Na avaliação do parênquima testicular, aos 7, 15 e 30 dias, do grupo controle (solução

salina) observou-se a presença de túbulos seminíferos normais e grande quantidade de

espermatozoides.

5.1.1 Achados histopatológicos aos sete dias

Os animais que receberam apenas injeção intratesticular do veículo (DMSO) e

dipirona 20mg/Kg (G2) possuíam espessamento da túnica albugínea, edema subcapsular

intenso com deposição de fibrina e congestão, vacuolização de células de Sertoli, além de

reação inflamatória e tecido reacional com fibroblastos ativos na região subcapsular e vasos

neoformados. No parênquima testicular constatou-se processo inflamatório peritubular, áreas

de calcificação difusa intertubular, necrose e hialinização de vasos. Os túbulos seminíferos

continham extensa degeneração, necrose e hialinização. O intertúbulo continha células de

Leydig dentro dos padrões de normalidade contrastando com áreas de células necrosadas. As

lesões ocasionadas pelo dimetil sulfóxido foram menos intensas do que as causadas pelo

Infertile®

mesmo em associação com anti-inflamatórios, ou seja, a presença do gluconato de

zinco se faz necessária para causar lesão testicular esterilizante (Tabela 7).

Sabe-se que a exposição à concentração elevada de zinco leva ao aumento dos

leucócitos polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos estimulados pela presença do mineral

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(BOGDEN et al., 1988). Acredita-se que a injeção intratesticular da solução à base gluconato

de zinco leva a uma alteração semelhante à observada na orquite autoimune, processo

inflamatório testicular mediado por formação de anticorpos contra os próprios antígenos

testiculares do indivíduo (MANN e LUTWAK-MANN, 1981). Oliveira et al. (2007), ao

avaliarem o efeito da injeção intratesticular de gluconato de zinco em cães, seis meses após o

procedimento, observaram lesão no epitélio germinativo com consequente destruição dos

espermatócitos, espermátides e ausência de espermatozoides, o que resultou na esterilidade do

animal.

No parênquima testicular dos ratos submetidos à injeção intratesticular com Infertile®

e tratados somente com dipirona (G3) foi possível notar que a intensidade das lesões foi maior

quando comparada aos grupos anteriormente descritos. Neste grupo experimental ainda se

constatou presença de alguns túbulos com baixa celularidade do epitélio germinativo

contendo células germinativas basais. No entanto, a maioria os túbulos seminíferos

encontravam-se degenerados com presença de restos celulares no lúmen tubular (Figura 6C).

Outros achados tais como: congestão, hialinização de vasos intersticiais, calcificação

distrófica difusa e infiltrado inflamatório foram bastante intensos na região intertubular neste

período de avaliação. Além disso, espessamento da túnica albugínea, infiltrado inflamatório

na região subcapsular e áreas com neovascularização intersticial também foram achados

frequentes. Esses achados patológicos caracterizam a degeneração testicular (Tabela 7).

Portanto, infere-se que a dipirona não foi capaz de suprimir a resposta inflamatória local

causada após a injeção intratesticular de gluconato de zinco, conforme observado por Oliveira

et al. ( 2012).

Em estudo realizado por Paula (2010) para avaliação da dor pós-intervenção de três

métodos de esterilização de cães machos, revelou a necessidade de analgesia após a

esterilização química com gluconato de zinco. A dipirona sódica possui efeito analgésico,

antitérmico e anti-inflamatório, (AMARAL et al., 2009; FERREIRA et al., 2009; SANTOS et

al., 2009) relacionadas à inibição do sistema enzimático das cicloxigenases (COX 1 e COX

2), mas tem pouca eficácia como anti-inflamatório (GOODMAN e GILMAN, 2007).

Inicialmente, os animais submetidos à injeção intratesticular com Infertile® foram

tratados durante sete dias com celocoxibe em associação com dipirona (G4). Ao final desse

período, realizou-se avaliação qualitativa do parênquima testicular no qual se pôde observar

uma discreta degeneração do epitélio seminífero, presença de aglomerados de células

germinativas e restos celulares no lúmen tubular, necrose intersticial e de células de Leydig.

Contudo, alguns túbulos possuíam sua estrutura preservada, com a presença de células

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germinativas - espermatócitos I na fase de paquíteno (Tabela 7). É importante salientar que foi

observado nesses animais um processo inflamatório subcapsular, peritubular (Figura 6D) e

espessamento da túnica albugínea. No entanto o celocoxibe, inicialmente, foi capaz de reduzir

o processo inflamatório, uma vez que ao agir como inibidor seletivo da COX-2 (CLEMENT e

GOA, 2000) inibe as respostas a estímulos nocivos, consequentemente a síntese e acúmulo de

prostanóides inflamatórios, em particular prostaglandinas E2 que induzem a inflamação,

edema e dor (BAKHLE; BOTTING, VANE 1998).

Os animais submetidos à esterilização química com Infertile® e que receberam a

associação de meloxicam + dipirona (G5) tiveram lesões testiculares compatíveis com

utilização de agente esterilizante tais como: degeneração e necrose do epitélio germinativo

com perda de seu arranjo celular (Figura EC), degeneração das células de Leydig e de outros

componentes do intertúbulo. É importante destacar que esses animais apresentaram

espessamento intenso da túnica albugínea, com neovascularização e infiltrado inflamatório

neutrofílico nas regiões subcapsular e intertubular, além de calcificação distrófica intertubular

(Tabela 7). Contudo, foi constatada a presença de túbulos seminíferos com vestígio de

espermatogênese. No entanto, as lesões neste grupo foram mais severas, ou seja, mesmo

possuindo potente ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética (CARVALHO et al., 2006)

via inibição de COX2 (FURST e MUNSTER 2007), a administração de meloxicam não

reduziu a capacidade do gluconato de zinco em causar degeneração e necrose estimulando a

reação inflamatória.

A injeção intratesticular de Infertile® e a administração da associação dexametasona +

dipirona (G6) por sete dias não proporcionou uma homogeneidade nas alterações estruturais

do parênquima testicular. A princípio, constatou-se considerável espessamento da túnica

albugínea com intenso processo inflamatório polimorfonuclear neutrofílico. Em alguns

túbulos seminíferos, verificou-se necrose de células germinativas e hialinização tubular com

presença de calcificação distrófica.

Por outro lado, não se observaram infiltrado inflamatório peritubular, congestão e

hialinização vascular. Além disso, a associação dexametasona + dipirona por sete dias

preservou a estrutura na maioria dos túbulos seminíferos e as células germinativas nos

compartimentos basal e adluminal (Figura 6F). Observando-se que os túbulos seminíferos não

possuíam alterações compatíveis com degeneração testicular. No intertúbulo foi constatada a

presença de células de Leydig com preservação estrutural e ausência de alterações correlatas à

degeneração ou necrose. A explicação mais provável estaria relacionada à capacidade da

dexametasona em reduzir a liberação de fatores essenciais à geração de inflamação, como

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redução de fatores vasoativos e quimiotáxicos, redução da secreção de enzimas lipolíticas,

estabilização das membranas lisossomais dos leucócitos, menor produção de leucotrienos para

a área de lesão e por fim, fibrose diminuída (SCHIMMER e PARKER, 2006; MARCHIONNI

et al., 2006).

Tabela 7. Lesões histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos avaliados aos 7 dias após injeção

intratesticular com infertile® em associação com anti-inflamatórios.

Lesões encontradas

Amostras Total

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

FA FR

(%)

Espessamento de túnica

albugínea -

4

(100%)

4

(100%)

4

(100%)

4

(100%)

4

(100%) 20 83,3

Proliferação de fibroblasto - 4

(100%) - - -

3

(75%) 7 29,1

Processo inflamatório - 4

(100%)

4

(100%)

2

(50%)

3

(75%)

3

(75%) 16 66,6

Necrose tubular - 4

(100%)

4

(100%)

4

(100%)

3

(75%)

4

(100%) 19 79,1

Calcificação distrófica difusa - 2 4

(100%) -

3

(75%)

3

(75%) 12 50,0

Neovascularização - - - - - - - -

Degeneração tubular - 3

(75%)

4

(100%)

4

(100%)

2

(50%) - 13 54,1

Congestão - 2 3

(75%) -

3

(75%) - 8 33,3

Edema subcapsular - 1 - - - - 1 4,16

Total de animais 4 4 4 4 4 4 24 -

FA - Frequência absoluta; FR - Frequência relativa.

Fonte: Macêdo (2013).

5.1.2 Achados histopatológicos aos 15 dias.

No parênquima testicular dos animais do grupo (G2), observou-se a presença túbulos

seminíferos necrosados com descamação do epitélio germinativo, presença de células gigantes

e vacuolização de células de Sertoli. No intertúbulo, notou-se reatividade de tecido conjuntivo

com presença de vasos e fibroblastos ativos. No entanto, constataram-se áreas do parênquima

testicular com proliferação de células de germinativas e a presença de células de Leydig. Na

tabela 8 constam frequências relativas das lesões induzidas somente pelo DMSO. A reação

inflamatória e a degeneração testicular ocorreram em 75 e 100% dos animais infiltrados,

respectivamente. Porém, as lesões testiculares foram mais pronunciadas nos testículos dos

animais do grupo (G3) uma vez que a calcificação distrófica (50%) e a necrose (100%) foram

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40

os achados mais frequentes. Isso demonstra que o DMSO pode lesionar o testículo, porém o

grau de severidade dessas lesões podem não conduzir os animais à esterilização.

Os animais do grupo G3 apresentaram em seu parênquima testicular necrose de

coagulação dos túbulos seminíferos, neovascularização, hemorragia subcapsular intensa,

depósitos de lipofucsina e hialinização da artéria testicular. Observaram-se ainda necrose

intertubular assim como infiltrado inflamatório constituído de polimorfonucleares e

macrófagos (Figura 7C) Além desses achados, notaram-se áreas com proliferação de tecido

conjuntivo e calcificação. No entanto, pode-se verificar a existência de túbulos com células

germinativas - espermatócitos tipo II e espermátides alongadas - muito embora em estado de

desorganização. Além disso, constatou-se espessamento da túnica albugínea. De acordo com

os resultados mostrados na tabela 7 constata-se a eficiência do Infertile® como agente

esterilizante aos 15 dias visto que 100% dos animais estudados neste grupo possuíam necrose

e degeneração tubular. Portanto, a dipirona, com já discutido anteriormente, não retardou o

processo inflamatório.

Os animais do grupo G4 possuíam túbulos seminíferos com presença de células

necróticas e espermátides alongadas na borda do lúmen. Constatou-se a presença de congestão

vascular intensa na região subcapsular e edema peritubular, células gigantes sinciciais e

discretos infiltrados inflamatórios crônicos com proliferação de fibroblastos. Pode-se observar

a presença de túbulos contendo células germinativas em diferentes estágios de recuperação

(Figura 7D). De acordo com os dados da tabela 7 foi possível constatar que o inibidor seletivo

da COX-2, celecoxibe, foi capaz de amenizar os danos testiculares induzidos pela aplicação

intratesticular do Infertile® haja vista que 50% dos animais possuíam reação inflamatória

discreta, porém, sem calcificação distrófica. Por outro lado, a necrose foi descrita em 100%

dos animais, contudo, não atingiu todos os túbulos seminíferos. A ação do inibidor de COX-2

administrado via oral durante sete dias após aplicação do Infertile®

parece ter retardado o

desencadear da reação inflamatória por indução do gluconato de zinco. Essa ação pode estar

relacionada às propriedades anti-inflamatórias do celocoxibe. De acordo com Castilho et al.

(2008), o celecoxibe demonstrou resultados superiores ao rofecoxib e ibuprofeno na redução

de reação inflamatória induzida em polpa dentária de ratos.Todos os inibidores da COX-2

foram superiores ao diclofenaco de sódio no experimento descrito anteriormente. O que

também foi observado neste grupo experimental em relação ao grupo tratado somente com

dipirona.

No parênquima testicular dos animais do grupo G5, verificou-se a presença de um

processo inflamatório peritubular, proliferação de fibroblastos, edema discreto, congestão

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41

vascular e hemorragia nas regiões intertubulares, além de neovascularização e hialinização

dos vasos. Observou-se ainda, necrose tubular (Figura 7E), áreas de calcificação distrófica

peritubular, presença de túbulos seminíferos desprovidos de células germinativas, grande

quantidade de macrófagos ativos e intenso espessamento da túnica albugínea.

Nos processos degenerativos testiculares ocorre espessamento da túnica própria,

caracterizada por estímulo a deposição da matriz extracelular. Em testículos criptorquídicos,

por exemplo, observa-se com frequência espessamento elétron-denso homogêneo da lâmina

basal dos túbulos seminíferos, fibrose da túnica própria e do tecido conjuntivo intertubular

(TRISTÃO, 1986). Nos testículos avaliados neste período as lesões induzidas pelo Infertile®

foram intensas e frequentes em 100% dos animais estudados (Tabela 7). Portanto, o

meloxicam não interferiu na ação do gluconato de zinco presente no Infertile® sobre o

parênquima testicular 15 dias após a infiltração testicular. O meloxicam é um inibidor de

COX-1 e 2, porém com mais seletividade para a segunda cicloxigenase, porém menos potente

do que os inibidores seletivos da COX-2 (coxibes) (HILÁRIO et al., 2006). Os resultados

anteriormente descritos para o grupo G4 confirmam o potencial anti-inflamatório superior do

celecoxibe em relação ao meloxicam.

Nos animais do grupo G6 verificou-se espessamento da túnica albugínea. No

parênquima testicular notou-se necrose tubular, entretanto havia alguns túbulos seminíferos

com células germinativas e espermátides alongadas. No intertúbulo verificou-se a presença de

células de Leydig funcionais e ausência de processo inflamatório (Figura 7F). Provavelmente

pela ação da dexametasona, a mobilização de neutrófilos e macrófagos foi inibida para a área

afetada. De acordo com Grossi et al. (2007), a dexametasona por inibir a formação de

prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanas, substâncias importantes para a quimiotaxia e

desencadeamento do processo inflamatório. Na tabela 7 pode constatar que o uso de

dexametasona reduziu a incidência de reação inflamatória em 75% dos animais que

receberam o gluconato de zinco. Entretanto, necrose (100%), degeneração tubular (75%) e

calcificação distrófica (75%) foram frequentes, porém discretas em todos os animais.

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42

Tabela 8: Lesões histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos avaliados aos 15 dias após injeção

intratesticular com infertile® em associação com anti-inflamatórios.

Lesões encontradas

Amostras Total

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

FA FR

(%)

Espessamento de túnica

albugínea -

3

(75%)

2

(50%)

2

(50%)

4

(100%)

4

(100%) 15 62,5

Proliferação de fibroblasto - 4

(100%)

2

(50%)

1

(25%)

4

(100%) - 11 45,8

Processo inflamatório - 3

(75%)

3

(75%)

2

(50%)

4

(100%)

1

(25%) 13 54,1

Necrose tubular - 3

(75%)

4

(100%)

4

(100%)

4

(100%)

4

(100%) 19 79,1

Calcificação distrófica difusa - - 2

(50%) -

4

(100%)

3

(75%) 9 37,5

Neovascularização - - 2

(50%) - - - 2 8,33

Degeneração tubular - 4

(100%)

4

(100%)

3

(75%)

4

(100%)

3

(75%) 18 75,0

Congestão - - - 2

(50%)

4

(100%) - 6 25,0

Edema subcapsular - - - - 1

(25%) - 1 4,16

Total de animais 4 4 4 4 4 3 23 -

FA - Frequência absoluta; FR - Frequência relativa.

Fonte: Macêdo (2013)

5.1.3 Achados histopatológicos aos 30 dias

Na avaliação do parênquima testicular dos animais do grupo (G2), constatou-se reação

vascular no tecido conjuntivo (Figura 8C), vasos hialinizados na região intertubular. Foram

observados túbulos seminíferos necrosados e túbulos contendo espermátides em alongamento

na borda, embora o epitélio não estivesse íntegro. Observou-se a presença de macrófagos com

pigmentos de hemossiderina, áreas de calcificação distrófica, um aumento no número de

células de Leydig, vacuolização de células de Sertoli (Figura 8C) e extensa deposição de

matriz extracelular no intertúbulo (Figura 12A). Verificou-se também edema subcapsular e

espessamento da cápsula albugínea (Tabela 8).

A ação anti-inflamatória do DMSO tem a característica de reduzir o grau e extensão da

inflamação tecidual e também exerce alguma ação analgésica, atribuível ao fármaco no local

da inflamação, onde, aparentemente, deprime a condução de impulsos nervosos aferentes

provenientes da área inflamada, também reduz a agregação plaquetária, protege o endotélio

vascular, diminuindo a formação de trombos, entre outros (BOOTHE, 2003). Os dados

referentes ao peso testicular, ao peso epididimário e aos achados histopatológicos do testículo

demonstram que o DMSO exerceu efeito danoso sobre o parênquima pelo menos até 30 dias

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43

após sua utilização. Entretanto, os níveis séricos de testosterona apontam para o bom

funcionamento das células de Leydig durante todos os períodos analisadas. Portanto, é

possível que as lesões produzidas pelo DMSO sejam reversíveis quanto à função do epitélio

germinativo. Desta forma, não deve ser aconselhado a utilização do DMSO com agente

esterilizante.

Animais do grupo (G3) possuíam no parênquima testicular necrose extensa dos

túbulos seminíferos (Figura 8F) com presença de espemátides alongadas, reação inflamatória

subaguda, deposição de hemossiderina nos macrófagos e hialinização da parede da artéria

testicular. Foi evidenciada discreta fibrose, ausência de células germinativas, células de

Sertoli, e de células de Leydig (Figura 12C, Tabela 8). O que foi exposto anteriormente para o

grupo tratado apenas com DMSO em associação com dipirona demonstra que o gluconato de

zinco é fundamental para produzir as lesões testiculares desejadas que levem a esterilidade.

De acordo com a literatura, o gluconato de zinco intratesticular causa danos

testiculares irreversíveis, os quais se relacionam inicialmente, com forte reação inflamatória

seguida por degeneração e fibroplasia testicular. Embora as lesões tubulares sejam variáveis

no parênquima testicular devido à presença de túbulos com células germinativas e túbulos

completamente atróficos e hialinizados, animais tratados com gluconato de zinco

apresentaram azoospermia após 180 dias de tratamento (OLIVEIRA, 2006; OLIVEIRA et al.,

2007).

Um agente esclerosante à base de zinco (Testoblock, BioRelease Technologies,

Birmingham, AL, USA) vem sendo estudado para ser utilizado na esterilização de machos

caninos por meio de injeção intratesticular. Sua eficácia foi avaliada em animais entre oito

meses e 10 anos de idade (OLIVEIRA, 2006; OLIVEIRA et al., 2007). Os resultados

encontrados por Oliveira (2006), em estudo realizado por um período de seis meses, indicam

que a solução à base de zinco (Testoblock®) é eficaz em bloquear a espermatogênese.

Observou-se azoospermia aos 60 dias após a injeção de zinco, e o grau de dano celular

encontrado à avaliação histológica e ultraestrutural dos testículos sugeriu a irreversibilidade

do processo. Em estudo realizado por um período de um ano, Muller et al. (2010) relataram

que a azoospermia dos cães observada aos 60 dias foi mantida durante todo o período de

monitoramento dos animais, confirmando a irreversibilidade e a eficácia do medicamento em

longo prazo.

O Infertile® (Rhobifarma), cuja base também é o gluconato de zinco foi testado em

cães machos adultos jovens, porém não promoveu à azoospermia. No entanto foi observada

diminuição da motilidade e da concentração espermática 12 meses após a injeção

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44

intratesticular da droga. Na avaliação histológica testicular foram observadas degeneração

testicular, diminuição do número de células germinativas, atrofia, ruptura da arquitetura dos

túbulos seminíferos e perda das células de Sertoli. Porém, não se avaliou a concentração de

testosterona, esta não foi avaliada (SOTO et al., 2009). No presente experimento o Infertile®

foi eficiente na produção das lesões testiculares relacionadas com a esterilização química.

Além disso, promoveu redução na produção de testosterona no grupo (G3), principalmente

sete dias após a infiltração testicular.

A descoberta de inibidores da isoforma COX-2 levou à obtenção da segunda geração

de anti-inflamatórios não esteroides, denominados coxibes. O primeiro composto a ser

aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para uso nos Estados Unidos foi o

celecoxibe, em dezembro de 1998 (WHELTON, 2001). Os animais do grupo (G4)

apresentaram espessamento da túnica albugínea, desorganização dos túbulos seminíferos,

presença de infiltrado inflamatório peritubular e intratubular, proliferação fibroblástica

(Figura 8G, Figura 12D) e hialinização vascular. A presença de macrófagos espumosos ativos

na região intertubular foi um achado bastante relevante neste grupo. De maneira geral, os

inibidores de COX-2 não são indicados para lesões testiculares sendo utilizados em patologias

relacionadas ao sistema locomotor com artrites, artroses e osteopatias. Silva et al. (2010). A

utilização deste inibidor na orquite quimicamente induzida não foi descrito anteriormente.

Contudo, foi demonstrado que este inibidor de COX-2 não suprimiu o efeito esterilizante do

gluconato de zinco.

As lesões mais frequentes observadas nos animais do grupo (G5) foram: espessamento

da túnica albugínea, proliferação de fibroblastos na região intertubular, deposição de colágeno

(Figura 12E) e neovascularização. Verificou-se a presença túbulos seminíferos necrosados

(Figura 8E) circundados por macrófagos, alguns contendo células descamadas no lúmen

tubular e outros com ausência de células germinativas (Tabela 9). Estes achados demonstram

que o meloxicam associado à dipirona não exerceu efeitos anti-inflamatórios satisfatórios

sendo incapaz de interferir no efeito esterilizante do gluconato de zinco no parênquima

testicular de ratos.

A orquite aguda decorrente de traumatismos ou torções testiculares é caracterizada por

reação inflamatória aguda que podem ser minimizadas pelo de anti-inflamatórios AINES e

não AINES inibidores de COX-2 (JESUS, 2000). Desta forma, a utilização de anti-

inflamatórios da classe do meloxicam deve ser considerada apenas como medidas antálgicas e

antipiréticas evitando o desconforto e proporcionando bem estar aos animais submetidos à

esterilização química, uma vez que, o ele não interfere no mecanismo proposto pelo Infertile®.

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45

Nos animais do grupo (G6) se constatou uma forte reação inflamatória na região

intertubular (Figura 12F) acompanhada por necrose tubular extensa (Figura 8D), presença de

calcificação distrófica e hialinização vascular. Na túnica albugínea, notou-se espessamento e

neovascularização além de macrófagos ativos na região subcapsular e intertubular (Tabela 9).

A resposta anti-inflamatória ocorre por ação local, tanto na fase precoce (edema,

dilatação capilar, migração de leucócitos, atividade fagocitária) quanto na fase tardia do

processo inflamatório (proliferação capilar e de fibroblastos, deposição de colágeno e

cicatrização). Alguns mecanismos explicam a inibição deste processo: 1) Redução da

exsudação dos leucócitos e outros constituintes celulares do plasma, reduzindo assim o

edema; 2) Manutenção da membrana celular, evitando assim edema intracelular com

consequente destruição da célula; 3) estabilidade dos lisossomos, evitando assim a liberação

de enzimas que digeririam os constituintes celulares, prolongando a resposta anti-inflamatória

(DAMIANI et al., 2001). A ação prolongada da dexametasona não foi capaz de reduzir a

reação inflamatória induzida pelo gluconato de zinco nos animais aos 30 dias. Contudo, a

ação deste fármaco na dosagem de 2mg/Kg nos sete primeiro dias, em associação com a

dipirona retardou o processo inflamatório testicular em 15 dias.

Tabela 9: Lesões histopatológicas de testículos de ratos Wistar adultos avaliados aos 30 dias após injeção

intratesticular com infertile® em associação com anti-inflamatórios.

Lesões encontradas

Amostras Total

G1

(n=4)

G2

(n=4)

G3

(n=4)

G4

(n=4)

G5

(n=4)

G6

(n=4)

FA FR

(%)

Espessamento de túnica

albugínea

- 3

(75%) 1

(25%) 4

(50%) 4

(50%) - 12 50,0

Proliferação de fibroblasto

- 4

(100%) 4

(100%) 2

(50%) 4

(100%) 3

(75%) 17 70,8

Processo inflamatório

- 1

(25%) 2

(50%) 4

(50%) 4

(50%) 4

(100%) 15 62,5

Necrose tubular

- 4

(100%) 4

(50%) 3

(75%) 2

(50%) 4

(100%) 17 70,8

Calcificação distrófica difusa

- 1

2 (50%)

-

- 2

(50%) 5 20,8

Neovascularização

-

-

-

- 2

(50%)

- 2 8,33

Degeneração tubular - 4

(100%) 3

(75%) 4

(100%) -

4 (100%)

11 45,8

Congestão - 2

(50%) -

1 (25%)

1 (25%)

- 4 16,6

Edema subcapsular - 1

(25%) - - - - 1 4,16

Total de animais 4 4 4 4 4 3 23 -

FA - Frequência absoluta; FR - Frequência relativa.

Fonte: Macêdo (2013).

5.2 AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA DE EPIDÍDIMO

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46

O grupo (G1) não teve alteração no parênquima epididimário nos diferentes períodos

experimentais (Figura 9A). Os achados histológicos do epidídimo no 7° dia pós-aplicação da

solução de gluconato de zinco por via intratesticular nos grupos experimentais (G2) ao (G6)

foram semelhantes com relação: à atrofia do ducto epididimário (Figura 9B); discreto

infiltrado mononuclear-linfocitário; deposição de tecido conjuntivo entre o ducto; proliferação

e ativação fibroblastos; deposição de colágeno; neovascularização, dilatação ductal. Também

foram visualizados no interior do ducto material proteináceo, restos celulares e de

espermatozoides (Figura 9E). Além dos achados descritos anteriormente, os animais do grupo

G4 apresentaram redução dos estereocílios no polo apical das células epididimárias (Figura

9D). No grupo(G4) e (G5) foi constatada presença de infiltrado eosinofílico moderado no

tecido conjuntivo. No grupo (G6) havia hiperplasia da camada muscular (Figura 9F). Os

animais que receberam Infertile® e foram tratados por 7 dias com dipirona tiveram grande

quantidade de macrófagos periductal e intraductal (Figura 9C). Nesses animais, o interior do

ducto epididimário continha macrófagos em diversos estágios de ativação e degeneração,

assim como plasmócitos.

As lesões histopatológicas que caracterizam uma epididimite apresentam-se associadas

à orquite devido à proximidade anatômica entre esses órgãos (VALE et al., 2008). Agentes

infecciosos com tropismo pelo parênquima testicular e que causam intensa reação

inflamatória como a Burkholderia mallei, ocasionam orquite e epididimite severa com

presença de células germinativas de descamação no lume do ducto (SILVA et al., 2005).

Insulação escrotal, cujo principio de degeneração testicular se baseia no aumento da

temperatura escrotal, promove o aparecimento dos mesmos achados no epidídimo, porém sem

reação inflamatória deste (MOREIRA et al., 2001). A utilização de diferentes classes de anti-

inflamatórios não impediu que a reação inflamatória promovida pelo gluconato de zinco nos

testículos se disseminasse para o parênquima epididimário. Contudo, as lesões inflamatórias

não foram intensas neste período avaliado nos animais tratados com celocoxibe, meloxicam e

dexametasona. Por outro lado, os animais que receberam apenas dipirona após a injeção com

gluconato de zinco possuíam lesões mais extensas as quais foram compatíveis com as

observadas no testículo.

Quinze dias após infiltração testicular do Infertile® verificou-se nos grupos G2, G3,

G4, G5 e G6 as seguintes lesões em comum: 1) diminuição do diâmetro e lume do ducto

epididimário (Figura 10C), porém sem atrofia do epitélio; 2) proliferação de fibroblastos,

deposição de colágeno e neovascularização; 3) presença de infiltrado inflamatório discreto

(Figura 10D), assim como, ductos com massa espermática eosinofílica degenerada (Figura

A B

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47

10F). Entretanto, o grupo (G2) possuía no parênquima áreas com massa eosinofílica

intraductal constituída por espermatozoides degenerados e debris celulares (Figura 10B). Os

animais que receberam do grupo (G4) durante os 7 dias após a infiltração com gluconato de

zinco e foram avaliados no 15° dia pós-infiltração continham escassos espermatozoides na

massa eosinofílica e maior número de debris celulares (células germinativas). Nos epidídimos

oriundos dos grupos G3, G4 e G6 constatou-se um afastamento importante da camada

muscular lisa hiperplásica do epitélio graças à deposição mais acentuada de colágenos. No

grupo G5 não continha massa espermática no lúmen do ducto epididimário. Neste período, 15

dias após a injeção intratesticular, todos os epidídimos, exceto no do grupo (G5), possuíam

um forte indicativo do efeito positivo da ação do Infertile®, a presença de massa espermática

degenerada entremeada por macrófagos e células germinativas necrosadas.

No final do período experimental (30 dias), observou-se em todos os tratamentos: 1)

presença de fibroblastos ativos com deposição de colágeno e neoformação vascular na região

intersticial entre o ducto epididimário; 2) redução do diâmetro e lume do ducto com a

preservação da altura do epitélio (Figura 11C); 3) ducto da porção caudata do epidídimo

possuía variado grau de dilatação; 4) ducto com lume vazio e outros com materiais

proteináceos amorfos e debris celulares foram achados bastantes comuns (Figura 11F); 5)

infiltrado monuclear-linfocitário (Figura 11E).

Nos animais do grupo (G4) durante os 7 dias após infiltração com gluconato de zinco

e foram avaliados no 30° dia pós-infiltração, pôde-se observar células de descamação e

espermatozoides no lume epididimário e ainda migração transepitelial de macrófagos (Figura

11D). Os grupos G3 e G6 apresentaram hiperplasia de músculo liso ao redor do ducto

epididimário e o grupo (G2) diferenciou-se dos demais tratamentos por conter atrofia epitélio

epididimário, macrófagos e plasmócitos no lume formando massa eosinofílica com células

germinativas, espermatozoides necróticos e células sinciciais descamadas do epitélio

germinativo testicular (Figura 11B). A ausência de espermatozoides no lúmen do ducto

epididimário evidencia a eficácia do tratamento com zinco e também foi relatada por Fahim et

al. (1993).

5. CONCLUSÕES

A

B

C D

E F

B

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48

1. A injeção intratesticular de Infertile® foi eficiente em promover esterilização mesmo

após utilização de terapia anti-inflamatória.

2. O emprego de anti-inflamatórios esteroidais (AIES) e não-esteroidais (AINES) por 7

dias pós-infiltração testicular podem ser utilizados no protocolo de esterilização

química para reduzir os efeitos inflamatórios nos animais infiltrados.

3. O efeito anti-inflamatório prolongado da dexametasona interferiu na ação desejada do

Infertile nos 15 primeiros dias®

4. As associações meloxicam/dipirona ou celocoxibe/dipirona são a terapia antiálgica e

anti-inflamatória de eleição nos protocolos testados de esterilização química.

5. A injeção intratesticular de Infertile® foi eficiente em promover redução na

concentração de testosterona plasmática.

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APÊNDICES

TS TS

VII

EIT

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Figura 6: Fotomicrografias de testículos de ratos Wistar adultos submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios durante sete dias e avaliados

aos 7 dias.

Figura 6A – Grupo controle: detalhe do túbulo seminífero (TS) no estágio de VII do ciclo do epitélio seminífero e

espaço intertubular (EIT). HE.

Figura 6B – Grupo DMSO: parênquima testicular. Túbulos seminíferos (TS) em secção transversal aumento do

espaço intertubular (EIT) com presença de debris celulares, células inflamatórias e vaso sanguíneo (seta). HE.

Figura 6C – Grupo dipirona: detalhe do túbulo seminífero (TS) em corte transversal. Espaço intertubular (EIT)

aumentado com presença de debris celulares. HE.

Figura 6D – Grupo celocoxibe: detalhe do túbulo seminífero (TS) em corte transversal. Observar espaço intertubular

(EIT) aumentado com presença de debris celulares e células inflamatórias. HE.

Figura 6E – Grupo meloxicam: parênquima testicular. Túbulo seminífero (TS) necrosado em secção transversal e

espaço intertubular (EIT) aumentado com presença de infiltrdo inflamatório e debris celulares (estrela). HE.

Figura 6F – Grupo dexametasona: detalhe do túbulo seminífero (TS) e espaço intertubular (EIT) aumentado e com

presença de vasos sanguíneos (estrelas). HE.

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Figura 7 Fotomicrografias de testículos de ratos Wistar adultos submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios durante sete dias e avaliados

aos 15 dias.

Figura 7A – Grupo controle: detalhe do túbulo seminífero (TS) no estágio de VII do ciclo do epitélio seminífero e

espaço intertubular (EIT). HE.

Figura 7B – Grupo DMSO: túbulo seminífero (TS) degenerado com presença de célula gigante sincicial (cabeça de

seta) e vacuolização de Sertoli (seta preta). Observar espaço intertubular (EIT) aumentado com presença de vasos

sanguíneos (estrela). HE.

Figura 7C – Grupo dipirona: túbulo seminífero (TS) necrosado em corte transversal. Há aumento do espaço

intertubular (EIT) com presença de infiltrado inflamatório (estrela).

Figura 7D – Grupo celocoxibe: detalhe de túbulos seminíferos (TS) contendo células germinativas em corte

transversal. (EIT). HE.

Figura 7E – Grupo meloxicam: parênquima testicular. Túbulo seminífero (TS) necrosado em secção transversal e

aumento do espaço intertubular (EIT) com presença de vasos sanguíneos. HE.

Figura 7F –Grupo dexametasona: detalhe do túbulo seminífero (TS) em corte transversal. Observar espaço

intertubular (EIT) ausência de infiltrado inflamatório. HE.

40 µm 40 µm

40 µm

40 µm 40 µm

200 µm

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Figura 8: Fotomicrografias de testículos de ratos Wistar adultos submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios durante sete dias e avaliados

aos 30 dias. Figura 8A – Detalhe do túbulo seminífero (TS) no estágio de VII do ciclo do epitélio seminífero e espaço

intertubular (EIT) do grupo controle. HE.

Figura 8B – Parênquima testicular de animais do grupo tratado com dimetil sulfóxido (DMSO). Túbulos

seminíferos (TS) em secção transversal, aumento do espaço intertubular (EIT) com células sinciciais (seta). HE.

Figura 8C – Detalhe do túbulo seminífero (TS) necrosado em corte transversal do grupo tratado com dipirona

sódica. Espaço intertubular (EIT) aumentado com presença de infiltrado inflamatório e debris celulares (estrela).

HE.

Figura 8D – Detalhe do túbulo seminífero (TS) necrosado em corte transversal do grupo tratado com celocoxibe.

Observar espaço intertubular (EIT) aumentado com presença de células inflamatórias e de debris celulares. HE.

Figura 8E – Parênquima testicular de animais do grupo tratado com meloxican. Túbulo seminífero (TS) necrosado

em secção transversal e espaço intertubular (EIT) com presença de vários vasos sanguíneos (estrela). HE.

Figura 8F – Detalhe do grupo tratado com dexametasona com túbulo seminífero (TS) necrosado com

polimorfonucleares intratubular (seta), (EIT) aumentado.

14 µm

40 µm

40 µm 40 µm

40 µm 40 µm

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Figura 9- Fotomicrografias de epidídimos de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios e avaliados após 7 dias após

tratamento.

Figura 9A – Grupo controle: presença de grande volume de massa espermática ao longo dos ductos epididimários

(estrela). HE.

Figura 9B – Grupo DMSO: redução do diâmetro dos ductos, porém com preservação dos estereocílios (seta). HE.

Figura 9C – Grupo dipirona: presença de grande número de macrófagos embebidos em material proteináceo

(setas). HE.

Figura 9D – Grupo celocoxibe: redução dos estereocílios na superfície dos ductos epididimários (seta) e infiltrado

inflamatório mononuclear discreto (estrela). HE.

Figura 9E – Grupo meloxicam: massa eosinofílica constituída por espermatozoides degenerados com debris

celulares (estrela). HE.

Figura 9F – Grupo dexametasona: hiperplasia de células musculares lisas (estrela). HE.

200 µm 40 µm

40 µm 40 µm

40 µm 40 µm

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Figura 10- Fotomicrografias de epidídimos de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios e avaliados após 15 dias após

tratamento.

Figura 10A – Grupo controle: presença de grande volume de massa espermática ao longo dos ductos epididimários

(seta). HE.

Figura 10B – Grupo DMSO: massa eosinofílica constituída por espermatozoides degenerados com debris celulares

(estrela) e células germinativas necróticas (seta). HE.

Figura 10C – Grupo dipirona: atrofia dos ductos epididimários (seta) com infiltrado inflamatório mononuclear

discreto (estrela). HE.

Figura 10D – Grupo celocoxibe: discreto infiltrado inflamatório entre os ductos epididimários (estrela). HE.

Figura 10E – Grupo meloxicam: transmigação epitelial de macrófagos (seta). HE.

Figura 10F – Grupo deaxametasona: massa espermática eosinofílica (estrela). HE.

200 µm

200 µm

200 µm

40 µm

40 µm

14 µm

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Figura 11 - Fotomicrografias de epidídimos de ratos Wistar submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, e tratados com diferentes anti-inflamatórios e avaliados após 30 dias após

tratamento.

Figura 11A – Grupo Controle: presença de grande volume de massa espermática ao longo dos ductos epididimários

(estrela). HE.

Figura 11B – Grupo DMSO: massa eosinofílica constituída por espermatozoides degenerados (seta vermelha),

macrófagos (cabeça de seta) e células sinciciais gigantes (seta). HE.

Figura 11C – Grupo dipirona: discreto infiltrado inflamatório mononuclear (estrela) com atrofia dos ductos

epididimários (seta). Observar ausência de conteúdo luminal. HE.

Figura 11D – Grupo celocoxibe: epitélio do ducto do epidídimo mantém os estereocílios (cabeça de seta) e

apresenta macrófagos com migração transepitelial (seta). HE.

Figura 11E – Grupo meloxicam: discreto infiltrado inflamatório mononuclear entre os ductos epididimários

(estrela). HE.

Figura 11F – Grupo dexametasona: lúmen do ducto epididimário com material proteináceo e debris celulares

(estrela). HE.

14 µm

200 µm

200 µm

200 µm

40 µm

14 µm

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Figura 12- Fotomicrografias de testículos de ratos Wistar adultos submetidos à injeção intratesticular com

gluconato de zinco, em dose única, tratados com diferentes anti-inflamatórios durante sete dias e avaliados

após 30 dias após tratamento.

Figura 12A – Grupo controle: detalhe do túbulo seminífero no estágio de VII do ciclo do epitélio seminífero e

espaço intertubular. Tricrômico de Gomori

Figura 12B – Grupo DMSO: parênquima testicular. Túbulo seminífero (TS) necrosado em secção transversal e

espaço intertubular (EIT) aumentado com deposição de colágeno (seta) e espessamento da cápsula (estrela).

Tricrômico de Gomori.

Figura 12C – Grupo dipirona: parênquima testicular. Túbulos seminíferos em secção transversal necrosados com

aumento do espaço intertubular (EIT) e deposição de colágeno. Tricrômico de Gomori.

Figura 12D– Grupo celocoxibe: parênquima testicular. Túbulo seminífero (TS) necrosado em secção transversal e

espaço intertubular (EIT) aumentado com deposição de colágeno e espessamento da túnica albugínea (estrela).

Tricrômico de Gomori.

Figura 12E– Grupo meloxicam: parênquima testicular. Túbulos seminíferos em secção transversal com aumento do

espaço intertubular (EIT) e deposição de colágeno (estrela). Tricrômico de Gomori.

Figura 12F– Grupo dexametasona: parênquima testicular. Túbulo seminífero (TS) necrosado em secção transversal

e espaço intertubular (EIT) com infiltrado inflamatório (estrela) e espessamento da túnica albugínea (seta).

Tricrômico de Gomori.

40 µm

200 µm 200 µm

200 µm 200 µm

40 µm