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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM TEORIA E PRÁTICA DOS CONSELHOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE SER CONSELHEIRO Josemar Silva Raline de Souza Rivanilson Lins Gomes Sandra Cristina Santos Veridiano O SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NOS MUNICÍPIOS DE MORENO E VITÓRIA DE SANTO ANTÃO- PE Moreno/ Vitória de Santo Antão 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM TEORIA E PRÁTICA DOS CONSELHOS

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – SER CONSELHEIRO

Josemar Silva Raline de Souza

Rivanilson Lins Gomes

Sandra Cristina Santos Veridiano

O SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE NOS MUNICÍPIOS DE MORENO E VITÓRIA DE SANTO

ANTÃO- PE

Moreno/ Vitória de Santo Antão – 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

Josemar Silva Raline de Souza

Rivanilson Lins Gomes

Sandra Cristina Santos Veridiano

O SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE NOS MUNICÍPIOS DE MORENO E VITÓRIA DE SANTO

ANTÃO- PE

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado como requisito parcial de

conclusão do curso de Aperfeiçoamento em

Teoria e Prática dos Conselhos da Infância-

Ser Conselheiro.

Prof. Orientador: Silvino José do

Nascimento Neto

Moreno/Vitória de Santo Antão –2015

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SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO

II – DESENVOLVIMENTO

III – METODOLOGIA

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

V- REFERÊNCIAS

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I – INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade abordar o Sistema de Garantia dos Direitos da

Criança e do Adolescente, envolvendo os atores dos Municípios de Moreno e Vitória de

Santo Antão-PE, após a evolução do Decreto Nº 17.943 de 12 de outubro de 1927-

Código de Menores para a Lei da Lei 8.069/1990- Estatuto da Criança e do Adolescente.

Observando as atribuições de cada ator e o envolvimento dos mesmos diante das

ocorrências diárias, promovendo a defesa, o controle e a promoção dos Direitos das

Crianças e Adolescentes nos Municípios supracitados.

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II - DESENVOLVIMENTO

Conforme preconiza o artigo 227 da Constituição Federal “É dever da família, da

sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta

prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à

profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela

Emenda Constitucional nº 65, de 2010).

Ressaltando ainda o artigo 204 da CF/88 “As ações governamentais na área da

assistência social serão realizadas com recurso do orçamento da seguridade social,

previstos no art. 195, além de outras fontes e, organizadas com base nas seguintes

diretrizes:”.

I. Descentralização político-administrativa, cabendo à coordenação e as normas

gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às

esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência

social;

II. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação

das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Mediante esses fatos decidimos abordar os atores do Sistema de Garantia de Direitos em

seus respectivos eixos: defesa, promoção e controle da política de atendimento a

crianças e adolescentes, nos municípios de Moreno e Vitória de Santo Antão. Após a

evolução do Código de menores para vigência da Lei 8.069/1990- Estatuto da Criança e

do Adolescente.

O presente trabalho de intervenção é de fundamental importância, diante das

fragilidades encontradas em ambos os municípios relacionados ao Sistema de Garantia

dos Direitos de Crianças e Adolescentes, bem como a falta de clareza das atribuições

dos atores envolvidos.

Podemos perceber essas fragilidades no dia a dia nos Conselhos Tutelar

(Moreno) e de Direito (Vitória de Santo Antão),

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DEFESA (ATENDIMENTO DIRETO)

PODER JUDICIÁRIO (Vara da Infância e Juventude)

Antes do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, o juiz da Infância era

conhecido por “Juiz de Menores” e tinha poderes quase ilimitados. O Estatuto, em seu

artigo 145 define a Justiça da Infância e Juventude, a saber:

Art. 145. Os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e

exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer

sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e

dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões.

O Juizado representa o Poder Judiciário, em nome do Estado. O Juiz, por sua vez,

desenvolve os atos jurisdicionais, atuando como julgador em processos nos quais se

discutemos interesses das crianças e adolescentes em situação de risco ameaça ou

quando têm seus direitos violados. Nas questões relativas à violação de direitos de

crianças e adolescentes, é o Juiz da Infância quem julga os adolescentes infratores,

aplicando-lhe as medidas legais cabíveis, de acordo com o Estatuto da Criança e do

Adolescente.

SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS

DEFESA (ATENDIMENTO DIRETO)

Poder Judiciário;

Ministério Público;

Defensoria Pública;

Conselho Tutelar;

Polícia Civil/Militar;

CONTROLE

COMDICA;

Fóruns (DCA);

Redes;

PROMOÇÃO

COMDICA;

Políticas Setoriais ( Programas, Projetos,

serviços)

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MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do

Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos

interesses sociais e individuais indisponíveis. Tem como princípios institucionais a

unidade, a indivisibilidade, e a independência funcional. Para isso, a Constituição

Federal de 1988 assegura ao Ministério Público a autonomia funcional e administrativa.

O Estatuto da Criança e do Adolescente atribuiu ao Ministério Público um relevante

papel, passando às suas mãos boa parte dos poderes que o último Código de Menores

entregara aos Juízes. Suas funções podem ser resumidas em duas competências

principais: titular das ações públicas, ou seja, das ações que tratam da prevalência do

interesse da sociedade sobre o individual. Desta forma, com relação às questões que

envolvem crianças e adolescentes, é o Ministério Público que dá início ao procedimento

de apuração de ato infracional praticado poradolescente; e Fiscal da Lei, competindo-lhe

acionar a Justiça sempre que algum direitofundamental da criança ou do adolescente for

violado.

DEFENSORIA PÚBLICA:

É o órgão público que garante às pessoas carentes o acesso à Justiça, de forma que

aqueles que não podem arcar com as despesas com advogado especializado, para

orientá-las e defender seus direitos, sem comprometer a sua subsistência, tenham

assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, entre outros princípios

constitucionais. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê nos artigos 206 e 207 que

toda criança e adolescente terá que ser acompanhado por advogado de sua escolha na

solução da lide, e na falta deste por Defensor público, respeitado o segredo de justiça.

Como se observa, a lei assegura a estes sujeitos de direitos civis, crianças e

adolescentes, que, através de legislação específica, garante a orientação e a defesa dos

seus direitos, como a ampla defesa e o contraditório, entre outros princípios

constitucionais, tanto antes como no curso de um eventual processo.

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CONSELHO TUTELAR

A Convenção Internacional sobre o Direito da Criança (1989) indica “o equilíbrio entre a

proteção e a responsabilização”. Sobre isso, Nogueira traça a idéia guia (1999, p.51):

A Convenção das Nações Unidas é apresentada como instrumento de domesticação de

poder parental e estatal, principalmente nas suas relações autoritárias, com a infância

e adolescência, como instrumento de mobilização da sociedade e de construção de uma

nova cultura institucional que veja a criança e o adolescente como cidadãos e como

alanvacadores no processo de institucionalização de um sistema de garantia de direitos

eficiente e eficaz.

Desta forma, o Conselho Tutelar encontrou solo fértil para atuar como um organismo

instituído para requerer do poder público a construção e a efetivação da política voltada

para este público, a fim de assegurar a proteção integral. Sua criação foi

determinadapelo ECA que o define como o órgão encarregado pela sociedade para zelar

pelos direitos dacriança e do adolescente, previstos na legislação, encontra-se alocado

no eixo da defesa e temo dever, dentre outros, de interferir em qualquer questão sempre

que os direitos da criança edo adolescente sejam violados. Portanto, constitui um

órgãovoltado para cuidar que essesindivíduos sejam tratados como cidadãos plenos de

direitos civis e, sobretudo, que tenham seus direitos efetivados.

Define Bandeira (2006, p.106) que o Conselho Tutelar constitui-se:

Num espaço democrático, que contribui, de maneira decisiva, para o cumprimento dos

princípios legais estabelecidos pela CF/88, pela Convenção dos direitos da Criança e

pelo próprio ECA. Instância a que se podem, em caso de ver ameaçado ou violado os

direitos ser defendidos pelos conselheiros, autoridade competente para requerer

providências legais imediatas para garantir tais direitos.

....................................................................................................................................................

Como um espaço público de poder institucionalizado em que se constrói, a partir da

Constituição de 1988 e de uma nova concepção da democracia que deixa de ser

meramente representativa para tornar-se, também, mais participativa e

descentralizadora de competências. A sociedade civil que deste os anos 70 vinha se

organizando por meio dos movimentos sociais, conquista co-participação ativa nos

poderes decisórios, antes, exclusivos do Estado.

Embora vinculado ao executivo municipal, não há relação de subordinação deste Poder

no exercício de suas funções, podendo haver intervenção no caso de desvio de funções,

caso em que o poder público ou qualquer outra parte legítima poderá tomar ar medidas

legais cabíveis, a exemplo de representação ao Ministério Público. O CT é um órgão

não jurisdicional, de natureza administrativo-contenciosa, que não tem poder coercitivo,

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mas, diante do caso concreto, pode aplicar uma determinação às partes envolvidas, caso

estas não atendam, deverá representar ao Judiciário. (PORTO, 1999).

Embora não tenha poder de polícia (PORTO, 1999) para solucionar pela força as

diversas questões de violação ao direito de crianças e adolescentes, as quais demandam

decisões, pode o Conselho Tutelar recorrer à Justiça para fazer cumprir as suas

deliberações (art.136, III, “b”). A autonomia do Conselho encontra-se regulamentada no

artigo 5º da Resolução75/2001 do CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente), que diz: “O Conselho Tutelar, enquanto órgão público

autônomo, no desempenho de suas atribuições legais, não se subordina aos Poderes

Executivos e Legislativos Municipais, ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público”.

A Associação Batista Beneficente e Missionária – ABBEM (ELLERY,

2007, p.20), define bem a autonomia do Conselho Tutelar:

O Conselho é autônomo nas suas decisões, especialmente em relação à aplicação das

medidas de proteção estabelecidas para crianças e adolescentes violados ou

ameaçados em seus direitos, podendo inclusive se opor ou contrariar interesses de

terceiros para fazer valer esses direitos nos casos em que esteja atuando. Embora

oConselho Tutelar tenha autonomia deve obediência pública a Lei.

O artigo 132 do ECA prevê que, em cada município haverá, no mínimo, (01) um

Conselho Tutelar, composto por 05 (cinco) membros, escolhidos pela sociedade, para

um mandato de 03 (três) anos, permitida uma recondução. Podem, porém, ser instalados

vários, conforme as demandas sociais e a estrutura do poder público local. O Conselho

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), por sua vez, sugere

que, para cada 200.000 habitantes, deve haver 01(um) Conselho Tutelar para

atendimento capaz de satisfazer minimamente a demanda de serviço dos conselhos

tutelares.

Acrescente-se que o Conselho Tutelar tem sua criação, regulamentada por lei municipal,

nos termos da Lei n° 8.775/03, e deve ter suas áreas de circunscrição delimitadas, para

facilitar o atendimento à população e evitar conflito de competências entre vários

conselhos tutelares atuando numa mesma cidade. Quanto à sua estrutura e

funcionamento, a Resolução Nº. 75/2001, alterada pela Nº 139/2010 do Conselho

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, assim estabelece:

Art. 3º - A legislação municipal deverá explicitar a estrutura administrativa e

institucional necessária ao adequado funcionamento do Conselho Tutelar. Parágrafo

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Único. A Lei Orçamentária Municipal deverá, em programas de trabalhos específicos,

prever dotação para o custeio das atividades desempenhadas pelo Conselho Tutelar,

inclusive para as despesas comsubsídios e capacitação dos Conselheiros, aquisição e

manutenção de bens móveis e imóveis, pagamento de serviços de terceiros e encargos,

diárias, material de consumo, passagens e outras despesas.

(Resolução 75/2001)

Art.Art. 4º A Lei Orçamentária Municipal ou Distrital deverá, preferencialmente,

estabelecer dotação específica para implantação, manutenção e funcionamento dos

Conselhos Tutelares e custeio de suas atividades.

§ 1º Para a finalidade do caput, devem ser consideradas as seguintes despesas:

a) custeio com mobiliário, água, luz, telefone fixo e móvel, internet, computadores, fax e

outros;

b) formação continuada para os membros do Conselho Tutelar;

c) Custeio de despesas dos conselheiros inerentes ao exercício de suas atribuições;

d) espaço adequado para a sede do Conselho Tutelar, seja por meio de aquisição, seja

por locação, bem como sua manutenção;

e) transporte adequado, permanente e exclusivo para o exercício da função, incluindo

sua manutenção; e segurança da sede e de todo o seu patrimônio.

(Resolução 139/2010)

As atribuições do Conselho Tutelar estão disciplinadas no artigo 136 do Estatuto da

Criança e do Adolescente:

São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas

hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a

VII; II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas

no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a)

requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,

trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de

descumprimento injustificado de suas deliberações. IV - encaminhar ao Ministério

Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os

direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de

sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária,

dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de

criança ou adolescente quando necessário; IX - assessorar o Poder Executivo local na

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elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos

direitos da criança e do adolescente; X - representar, em nome da pessoa e da família,

contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição

Federal; XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou

suspensão do pátrio poder.

Vale salientar que o Conselho Tutelar é a principal porta de entrada da população para

assegurar à criança e ao adolescente a efetivação de seus direitos. Este órgão é a

instância prevista por lei para o recebimento de toda e qualquer denúncia de ameaça ou

violação de direito cometido contra criança e adolescente.

Os conselheiros tutelares são responsáveis por atender, de maneira ágil e efetiva, os

casos de ameaças ou violações de direitos, encaminhando-os aos órgãos competentes,

sem prejuízo de aplicação das medidas de proteção previstas em lei. São também

responsáveis pela fiscalização, conforme o artigo 95 do ECA, das entidades de

atendimento de medidas deproteção e socioeducativos, destinados à crianças e

adolescentes.

O Conselho Tutelar de Moreno foi instituído no Município no ano de 2000 e

regulamentado pela Lei Municipal Nº 213 revogada e alterada pela Lei Nº 489/2013

POLICIAS CIVIL E MILITAR

CIVIL:exerce a função de polícia judiciária, cuja função é, de acordo com o artigo 144

da Constituição Federal/1988, o exercício da segurança pública para a preservação da

ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio. As polícias civis são

subordinadas aos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal e dirigidas por

delegados de polícia.

MILITAR: Com fundamento no texto constitucional, fica evidenciado que a polícia

militar exerce a função de polícia administrativa, sendo responsável pelo policiamento

ostensivo e preventivo, e pela manutenção da ordem pública. O art. 144, § 5º, da C.F:

“Às policias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos

corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a

execução de atividades de defesa civil”.

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CONTROLE

COMDICA- Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do

Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece conselhos de direitos, configurados

como instrumentos de discussão, formulação e deliberação da política socialpara criança

e adolescente, numa co-responsabilidade dos poderes públicos e da sociedadecivil para

cumprir suas normativas.

Bandeira, expressa que os Conselhos são frutos do avanço do processo de

democratização da vida política nacional. Que foi conquistado por milhares de mãos

que, emtodo o país, redigiram, num esforço conjunto e articulado, o Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA, 1990):

Instrumento de cidadania, os conselhos proporcionam a ação integrada entre Estado

e Sociedade Civil, na formulação e execução das políticas públicas dirigidas para o

atendimento dos direitos sociais das crianças e adolescentes. Constitui uma instância

valiosa de participação popular na esfera das decisões do Estado. Todo cidadão tem

o direito de procurar o Conselho de direito para buscar informações, esclarecimentos

e orientação técnica, para questionamentos relacionados com irregularidades

cometidas por entidades sociais de atendimento à criança e ao adolescente, sejam elas

públicas ou privadas.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) foi

criado pela lei federal nº. 8.242, de 12 de outubro de 1991. Está vinculado ao Ministério

daJustiça e previsto no artigo 88 do ECA. Trata-se de um órgão deliberativo e

controlador da política de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Além disso, é um órgão no qual sociedade e governo, de forma paritária, formulam

políticas públicas e decidem sobre aplicação de recursos destinados ao cumprimento do

Estatuto da Criança e do Adolescente. “Assim, o Conanda é formado por dez

representantes do governo e dez representantes de organizações não governamentais”.

(ANDRADE, 2005, p.55).

O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) e Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), a exemplo do

CONANDA, são órgãos deliberativos e controladores das ações para a atenção da

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infância e da adolescência e têm fundamentação no artigo 204, II, da Constituição de

1988 e no artigo88 do ECA.

Além de traçar as diretrizes das políticas voltadas a crianças e adolescentes, cabe aos

conselheiros de direito, acompanhar e avaliar programas socioeducativos e de

proteçãode meninos e meninas. “Os conselhos devem interferir sempre que

identificarem desvios, abusos e omissões nas entidades, governamentais ou não, que

atuam na área da infância e

juventude”. (ANDRADE, 2005, p.55).

Os Conselhos de Direitos têm ainda a função de promover ações articuladas com outros

conselhos, como os de saúde, educação, assistência social, trabalho, cultura e habitação,

de forma a elaborar planos integrados. Compete-lhes também articular os órgãos

públicos e iniciativas particulares, criando canais permanentes de comunicação entre

governoe sociedade para a concretização da política de proteção e desenvolvimento;

Deliberar para disciplinar e garantir a execução da política de atendimento às crianças e

adolescentes; ocontrole da execução das políticas de promoção e proteção da criança e

do adolescente, bemcomo a administração dos Fundos de Direitos da Criança e do

Adolescente, destinados afinanciar a criação e manutenção do Sistema Municipal de

Atendimento e as atividades e capacitação dos conselheiros tutelares.

Esclareça-se que os Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente são recursos

destinados à viabilização de políticas, programas e ações voltadas para o atendimento a

crianças e adolescentes. Tais recursos são distribuídos mediante deliberação colegiada

dos Conselhos de Direitos

O COMDICA de Vitória de Santo Antão, foi criado no ano de 2011 e

regulamentado pela Lei Municipal Nº 2.865/2001, porém no ano de 2010 a mesma foi

revoga e alterada pela Lei Nº 3.453/2010 que dispõe acerca da Política Municipal de

Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. O COMDICA de Vitória de Santo

Antão é constituído por 10 (dez) membros divididos em 05 (cinco) representantes

governamentais e 05 (cinco) não governamentais. O Fundo Municipal de Defesa dos

Direitos da Criança e do Adolescente- FUMCRIANÇA foi regulamentado no ano de

2010 pela Lei Nº 3.423/2010. No qual torna o COMDICA ordenador de despesas e

autonomia aos conselheiros de deliberarem a cerca do uso do recurso.

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PROMOÇÃO

CREAS- (Centro de referencia especializado da Assistência Social)

Segundo a Política Nacional de Assistência Social- PNAS/2004, que tem por objetivo, a

política pública de Assistência Social ela realiza-se de forma integrada às políticas

setoriais, considerando as desigualdades socioterritóriais, visando seu enfrentamento, à

garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências

sociais e a universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva:

Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e/

ou especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem;

Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos,

ampliando o acesso aos bens e serviços sociassistenciais básicos e especiais,

nas áreas urbana e rural;

Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na

família, e que garantam a convivência familiar e comunitária.

A Proteção Social Especial (PSE) destina-se a famílias e indivíduos em situação de

risco pessoal e/ ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para

integrar as ações da Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando

situações de violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica,

abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou

afastamento doconvívio familiar.Diferentemente da Proteção Social Básica que tem um

caráter preventivo, a Proteção Social Especial atua com natureza protetiva. São ações

que requerem o acompanhamento familiar e individual e maior flexibilidade nas

soluções. Comportam encaminhamentos efetivos e monitorados, apoios e processos que

assegurem qualidade na atenção.

As atividades da Proteção Especial são diferenciadas de acordo com níveis de

complexidade (média ou alta) e conforme a situação vivenciada pelo indivíduo ou

família. Os serviços da PSE atuam diretamente ligados com o sistema de garantia de

direito, exigindo uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, o

Ministério Público e com outros órgãos e ações do Executivo. Nessa concepção temos o

CREAS que trabalha com a violação dos direitos (violência física, psicológica, sexual),

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e cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto nas modalidades de

Liberdade Assistida e Prestação de Serviço a Comunidade. Prioriza a reconstrução dos

vínculos familiares fragilizados e/ou rompidos. Os serviços ofertados no CREAS devem

ser desenvolvidos de forma articulada com a rede de serviços da assistência, o sistema

de garantia dos direitos da criança e do adolescente e demais política públicas, para que

assim possa contribuir para a reconstrução da situação vivida. Oferta acompanhamento

técnico especializado desenvolvido por uma equipe multiprofissional, de modo a

potencializar a capacidade de proteção da família e favorecer a reparação da situação de

violência vivida. O atendimento pode ser ofertado tanto nas próprias instalações físicas

do CREAS, quanto por meio do deslocamento da equipe em territórios e domicílios,

recurso fundamental, sobretudo nos casos dos CREAS regionais.

Serviços ofertados pelo CREAS:

Contribuir para a proteção imediata e atendimento interdisciplinar às famílias e

indivíduos em situação de violência visando à preservação de sua integridade

física e psicológica;

Fortalecer os vínculos familiares e a capacidade protetiva da família;

Fortalecer as redes sociais de apoio da família;

Propiciar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços

públicos, mediante necessidades apresentadas;

Favorecer o acesso a direitos sociassistênciais e a reparação de danos;

Reduzir a incidência de violação de direitos e prevenir a reincidência de

violações de direitos;

Prevenir agravamentos.

O CREAS oferta acompanhamento técnico especializado desenvolvido por uma

equipemultiprofissional, de modo a potencializar a capacidade de proteção da família

efavorecer a reparação da situação de violência vivida. O atendimento pode ser

ofertadotanto nas próprias instalações físicas do CREAS quanto por meio do

deslocamento dasequipes em territórios e domicílios, recurso fundamental, sobretudo,

nos casos dosCREAS regionais.

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III– METODOLOGIA

O presente O presente trabalho percorre sobre o Sistema de Garantia dos

Direitos da Criança e do Adolescente nos Municípios de Moreno e Vitória de Santo

Antão, para elaboração do mesmo realizamos entrevistas com alguns atores envolvidos

no SGD, bem como as nossas experiências vivenciadas cotidianamente nos Conselhos

Tutelar e de Direito dos Municípios supracitados.

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IV–CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Após a participação no curso Ser Conselheiro pudemos aperfeiçoar nossas práticas

conselhistas, no que diz respeito a nossas atribuições no Sistema de Garantia dos

Direitos da Criança e do Adolescente. Conhecendo nossos papéis, bem como de todos

os atores embasados nas Leis e Resoluções.

Infelizmente os outros envolvidos no SGD não tiveram a mesma oportunidade ou não

quiseram participardeste curso, para conhecerem suas atribuições e assim poder

executar seus serviços, sem passar para adiante as atribuições que lhe conferem.

Fazendo com que o Sistema de Garantia dos Direitos nos Municípios de Moreno e

Vitória de Santo Antãoseja executado como devido. Beneficiando assim as Crianças e

Adolescentes desses dois Municípios.

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V - REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de

outubro de 1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990

Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre Estatuto da Criança e do

Adolescente e dá outras providências.

BANDEIRA, João Tancredo Sá. Conselho tutelar: espaço público de exercício da

democracia participativa e seus paradoxos. Universidade Federal do Ceará.

Faculdade de Pós-Graduação em Educação Brasileira [dissertação]. Fortaleza, 2006

CALS, Carlos Roberto; GIRÃO, Ivana; MOREIRA; Márcio Alan. Direitos de

Crianças e Adolescentes: Guia de Atendimento. Fortaleza, 2007.

ARCÍA, Margarita Bosch et al. Sistema de Garantia de Direitos: um caminho para a

proteção integral. Recife: Cendhec, 1999

SILVA, José Luiz Mônaco da.Estatuto da Criança e do Adolescente: 852 Perguntas

e Respostas. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2000.

MIRANDA. H. (Org). Estatuto da Criança e do Adolescente – Conquista e desafios,

páginas 235 e 236. Ed Universitária, UFPE. Recife, 2011

MIRANDA. H. (Org.). QUER UM CONSELHO? Criança uma Construção Sócio

Cultural, página 33. Recife, 2013.

Resolução Nº 75/2001 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Resolução Nº 139/2010 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

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VI- ANEXOS:

Entrevistas

Visão da Assistente Social Sandra Veridiano, sobre o trabalho do CREAS

no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente no

Município da Vitória de Santo Antão- PE.

Sandra Cristina Santos Veridiano, é natural da Cidade de Recife-Pe, reside em

Vitória de Santo Antão desde o ano de 2012, porém exerce suas atividades

profissionais desde o ano de 2009, no referido município. É Assistente Social

graduada pela Universidade Católica de Pernambuco, trabalhou durante 09 anos

no Sistema Penitenciário do Estado, e trabalhou com adolescentes em Liberdade

Assistida na Cidade do Recife, em Vitória atuou como Assistente Social do

CREAS foi Diretora da Proteção Social Básica, Assistente Social do Conselho

Tutelar, e Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança

e do Adolescente do Município.

Em Vitória de Santo Antão a rede de atendimento funciona de forma ainda

precária, pois os atores não desempenham seu papel de forma correta, da

seguinte forma não realizam suas atribuições passando assim para outros o que

lhe compete. Nosso maior problema são os encaminhamentos para a área de

saúde de crianças e adolescentes vitimas de abuso e/ou exploração sexual para

receberem atendimento psicológico, pois só existe marcação para mais de seis

meses, e sabemos que crianças e adolescentes não podem aguardar por qualquer

tipo de atendimento, conforme preconiza o próprio Estatuto criança e

adolescente em seu paragrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância

pública;

c) Preferencia na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas

com a proteção à infância e à juventude.

A parceria do CREAS com o Conselho Tutelar é muito boa, pois além da equipe

técnica acompanhar os conselheiros em visitas domiciliares, as mesmas atendem

as requisições feitas pelos conselheiros tutelares e realizam os devidos

encaminhamentos. Também existe uma boa parceria com o Ministério Público e

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o Poder Judiciário (Vara Regional da Infância e Juventude), no atendimento das

crianças e adolescentes com seus direitos violados.

Visão do conselheiro tutelar Romildo Pedro de Souza sobre o Sistema de

Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente no Município de

Moreno-PE.

Romildo Pedro de Souza é natural de Moreno, reside em Massaranduba, é

estudante universitário do curso de Educação Física, contra-mestre de capoeira e

está no segundo mandato de Conselheiro Tutelar.

Para ele após a Lei Federal de Nº 8069/1990 as crianças e adolescentes passaram

a ser tratados como sujeitos de direitos. Na sua visão o sistema de garantia de

direitos em Moreno funciona, porém deveria esta melhor estruturado, e que os

atores desempenhem seus papéis para não sobrecarregar os outros com

atribuições que não lhe competem.

Visão do Delegado Regional da Vitória de Santo Antão Hallyson Pontes

sobre o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente no

Município de Vitória-PE.

Hallyson Pontes é graduado no curso de Direito, delegado da Delegacia

Regional da Vitória de Santo Antão, iniciou suas atividades no município em

2012 como delegado Municipal, sendo promovido no ano de 2014.

Segundo o Drº Hallyson Pontes, sempre que ele ou sua equipe precisaram dos

atores que compõem o Sistema de Garantia de Direitos do Município em que

atua como Delegado foi atendido, principalmente o Conselho Tutelar, segundo o

mesmo os conselheiros são bastante atuantes em suas atribuições.

Visão do Chefe de Secretaria da 4º Vara Regional da Infância e Juventude

da Comarca de Vitória de Santo Antão- Emmanuel Lucena sobre o Sistema

de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente no Município de

Vitória-PE

Emmanuel Carvalho de Lucena é natural de João Pessoa-PB, estudante

Universitário do Curso de Direito na Faculdade Osman Lins- FACOL, exerce

suas atividades laborativas no Fórum da Cidade, especificamente na 4º Vara

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Regional da Infância e Juventude da Vitória de Santo Antão como chefe de

secretaria.

Para Emmanuel Lucena o SGD do Município ainda é deficitário, a conexão

entre a rede é falha no fator comunicação, bem como a infraestrutura de alguns

serviços é bastante precária o que vem a dificultar os atendimentos, para ele os

equipamentos municipais deveriam ser melhores assistidos pela administração

pública. Para assim as equipes poderem executar seus serviços com qualidade.