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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP PRÓ – REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO ADMINISTRATIVO E GESTÃO PÚBLICA ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO, SEGUNDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS ADOTADAS ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA COMARCA DE NATAL/RN. Breno Ricardo da Costa Cunha Natal / RN 2004

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP · O Direito Administrativo, constitui-se como um verdadeiro sistema de vetos à atividade do Estado. O Direito Administrativo nasceu assim também sob

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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

PRÓ – REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO ADMINISTRATIVO E

GESTÃO PÚBLICA

ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO,

SEGUNDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS ADOTADAS ÀS CRIANÇAS

E ADOLESCENTES NA COMARCA DE NATAL/RN.

Breno Ricardo da Costa Cunha

Natal / RN

2004

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

PRÓ – REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO ADMINISTRATIVO E

GESTÃO PÚBLICA

BRENO RICARDO DA COSTA CUNHA

ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO,

SEGUNDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS ADOTADAS ÀS CRIANÇAS

E ADOLESCENTES NA COMARCA DE NATAL/RN.

Monografia apresentada à coordenação do Curso de Especialização em Direito Administrativo e Gestão Pública da Universidade Potiguar, UnP, como requisito à obtenção do título de Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública.

Orientador: Antônio Carlos Ferreira, M.Sc.

Natal / RN 2004

BRENO RICARDO DA COSTA CUNHA

ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO,

SEGUNDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS ADOTADAS ÀS CRIANÇAS

E ADOLESCENTES NA COMARCA DE NATAL/RN.

Monografia apresentada pelo aluno Breno Ricardo da Costa Cunha à

coordenação do curso de Especialização em Direito Administrativo e Gestão

Pública em _____/____/_____ recebendo nota ______ conforme avaliação da

banca examinadora constituída pelos professores:

________________________________________________________

Prof. Antônio Carlos Ferreira, M. Sc.

Professor Orientador

________________________________________________________

Membro

________________________________________________________

Membro

NATAL/RN 2004

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa,

Vitória, e a minha filha Bruna, fontes de

estímulo, carinho e compreensão.

AGRADECIMENTOS

Aos magistrados e coordenadores das

Entidades da Rede de Atendimento da

Infância e Juventude da Comarca de

Natal/RN, que se dispuseram a colaborar

com essa pesquisa, pela receptividade

durante a coleta de dados deste trabalho;

Aos mestres que nos contemplaram com

seus valiosos ensinamentos no decorrer

deste curso de especialização, pessoas

com as quais tive o privilégio da

convivência;

Ao professor Antônio Carlos Ferreira, pelo

apoio e paciência nas várias horas

dedicadas à orientação e elaboração deste

trabalho;

Finalmente agradeço em especial ao meu

Pai Argemiro e minha Mãe Sônia, que,

sempre incentivaram na realização desta

especialização, cercando-me de ajuda,

apoio e compreensão.

EPÍGRAFE

“Na vida tudo dá certo no final, se nada

estiver dando certo, é porque ainda não

chegou o fim”.

Paulo Coelho - Maktub

RESUMO

CUNHA, Breno Ricardo da Costa. Análise do funcionamento da rede de

atendimento, segundo as políticas públicas adotadas às crianças e

adolescentes na Comarca de Natal/RN. 2004.60p. Monografia do curso de

especialização em direito administrativo e gestão pública da Universidade

Potiguar-UnP.

O Direito Administrativo, constitui-se como um verdadeiro sistema de vetos à atividade do Estado. O Direito Administrativo nasceu assim também sob o imaginário de ser uma forma de proteção dos cidadãos contra os atos do Estado, Isto é, o Direito Administrativo liberal mais especificadamente. O Estado não é um simples guarda-noturno, nem é apenas um promotor de crescimento econômico, é muito mais abrangente, mas a categoria unitária sob a qual se pode hoje interpretar a tarefa da administração é a de políticas públicas. O presente trabalho, embora procure mostrar o funcionamento da Rede de Atendimento ligada à Vara da Infância e Juventude, buscará evidenciar a análise do funcionamento da referida rede, segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de Natal/RN.

Palavras chaves: Direito Administrativo, Políticas Públicas, Infância e

Juventude.

ABSTRACT

CUNHA, Breno Ricardo da Costa. Analysis of the operacition of the attendance

net, according to the adopted public politics the children and adolescents in

the District of Natal/RN,2004, 60p. Monograph, graduate studies of specialization

in administrative law and civil management. Law studies. Universidade Potiguar –

UnP.

The administrative right is constituted as a true veto instrument to the state. The Administrative right was born likewise under the imaginary of being a form of the citizens protection against the acts of the State, that is, the Right liberal Administrative more especificadamente. The State is not a simple guard-nocturne, nor he/she is just a promoter of economical growth, it is much including, but the unitary category under the one which she today can interpret the task of the administration it is of public politics. The present work, although it tries to show the operation of the linked attendace net the stick of the childhood and of the youth, it had looked for to evidence the analysis of the operation of the referred net, according to the public politics adopted the children and adolescents in the District of Natal/RN.

Key words: Administrative right, Public Politics, Childhood an Youth.

SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................... 07

ABSTRACT ....................................................................................................... 08

SUMÁRIO .......................................................................................................... 09

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11

1.1 Problema da Pesquisa .............................................................................. 11

1.2 Objetivos do Estudo .................................................................................. 11

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................. 11

1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................... 11

1.3 Justificativa do Estudo ............................................................................. 11

1.4 Metodologia do Estudo ............................................................................ 12

1.4.1 Tipo de Pesquisa ........................................................................... 12

1.4.2 Universo da Pesquisa ................................................................... 13

1.4.3 Instrumento de Coleta de dados ................................................... 13

1.4.4 Análise dos Dados ........................................................................ 13

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ........................................................... 14

2.1 Criança e Adolescente ............................................... ............................ 14

2.2 Considerações a Respeito da Definição da Rede de

Atendimento e Proteção .......................................................................... 14

2.3 Composição da Rede de Atendimento e Proteção ................................ 15

2.3.1 Atribuições das Entidades Participantes ...................................... 15

2.4 Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes

na Comarca de Natal/RN ...................................................................... 22

3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 34

3.1 Conceito de Poder Judiciário .............................................................. 34

3.2 Antecedentes Históricos do Poder Judiciário no RN .......................... 35

3.3 Prestação Jurisdicional ...................................................................... 37

3.3.1 Auxiliares Judiciários ............................................................... 38

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................... 40

4.1 Entidades da Rede de Atendimento .................................................. 40

4.2 Coordenador co Centro de Apoio Operacional da

da Promotoria da Infância e Juventude .............................................40

4.3 Juízes das Varas da Infância e Juventude ....................................... 41

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ....................................................... 47

6 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 50

7 ANEXOS....................................................................................................... 52

7.1 Roteiro de Entrevista ......................................................................... 53

7.2 Questionários .................................................................................... 54

7.2.1 Questionário com as Entidades da Rede de

Atendimento ............................................................................54

7.2.2 Questionário com o Coordenador do Centro de

Apoio Operacional da Infância e Juventude ..........................55

7.2.3 Questionário com os Juízes da Infância e Juventude

da Comarca de Natal/RN ..................................................... 56

7.3 Perfil do Adolescente Infrator ............................................................ 57

11

1 – INTRODUÇÃO

1.1. Problema da Pesquisa

Constata-se que atualmente a Rede de Atendimento vem funcionando de

forma precária, onde as entidades na grande maioria desconhecem as atribuições das

demais, provocando assim, o trabalho repetido e burocrático, dificultando as

informações para os usuários em geral e a implementação de políticas públicas.

Qual a importância do efetivo funcionamento da Rede de Atendimento,

segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de

Natal/RN?

1.2 . Objetivos do Estudo

1.2.1. Objetivo Geral

Analisar o funcionamento da Rede de Atendimento, segundo as Políticas

Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de Natal/RN.

1.2.2. Objetivos Específicos

a) Verificar a aplicabilidade das Políticas Públicas às Crianças e Adolescentes junto às

Entidades participantes da Rede de Atendimento;

b) Identificar a articulação da Promotoria da Infância e da Juventude junto às Entidades

participantes da Rede de Atendimento;

c) Identificar a articulação da Vara da Infância e Juventude junto às Entidades

participantes da Rede de Atendimento.

1.3. Justificativa do Estudo

12

Conforme temos observado, não se tem dado a devida importância em procurar

solucionar as dificuldades para o efetivo funcionamento da Rede de Atendimento. Como

se sabe, entendendo a política de atendimento das 1ª, 2ª e 3ª Vara da Infância e

Juventude, bem como, realizando estudos sistemáticos de toda Rede; evitando o

excesso de burocracia na solicitação de relatórios constantes; regulamentação do

Fundo-orçamento público, irá estreitar os laços da Rede e reordenar a Política de

Atendimento à criança e adolescente na Comarca de Natal/RN.

Dentro deste contexto, O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

(Lei 8069/90, art. 87), define as linhas de ação da Política de Atendimento:

I – políticas sociais básicas;

II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para

aqueles que deles necessitem;

III – serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às

vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;

IV – serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e

adolescentes desaparecidos;

V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do

adolescente.

Portanto, pretende-se abordar o que é a Rede de Atendimento, como ela é

composta, qual a função de cada Entidade, e o seu efetivo funcionamento, bem como,

encontrar saídas para os problemas e melhorar as respostas a cada dia (Guia de

Políticas Públicas).

1.4. Metodologia do Estudo

1.4.1. Tipo de Pesquisa

13

O trabalho apresenta um estudo exploratório e descritivo do funcionamento da

Rede de Atendimento, segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e

Adolescentes na Comarca de Natal/RN.

1.4.2. Universo da Pesquisa

Entidades da Rede de Atendimento, Juízes da 1ª, 2ª, 3ª Vara da Infância e

Juventude e Promotoria da Infância e Juventude da Comarca de Natal/RN.

1.4.3. Instrumento de Coleta de Dados

Levantamento de dados através de 03(três) questionários com questões

fechadas e abertas aplicados nas Entidades da Rede de Atendimento, aos Juízes das

Varas da Infância e Juventude e Promotoria de Justiça da Infância e Juventude e dados

secundários dos relatórios do Perfil do Adolescente Infrator da Comarca de Natal,

(Anexo 3).

1.4.4. Análise dos Dados:

Análise qualitativa dos dados dos questionários aplicados na Comarca de Natal.

14

2 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

2.1. Criança e Adolescente

De acordo com o Art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (E.C.A),

considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade

incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Art. 227 da Constituição Federal de 1988. “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

A Criança e o Adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à

pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-

se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes

facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de

liberdade e dignidade (Art. 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Nenhuma Criança ou Adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei

qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais (Art. 5º do

Estatuto da Criança e do Adolescente).

2.2. Considerações a Respeito da Definição da Rede de Atendimento e Proteção

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90, Art. 90) define Rede

de Atendimento como o conjunto de entidades governamentais e não governamentais,

sendo as primeiras criadas e mantidas pelo Poder Público e, as segundas, por

particulares, ainda que subvencionadas pelo Estado, que atendem tanto os

15

Adolescentes e Crianças em situação de direitos violados ou ameaçados ou as que

abrigam menores infratores. O cadastramento cabe ao Conselho Municipal.

As Entidades de Atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias

unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e

sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:

I – orientação e apoio sócio-familiar;

II – apoio sócio-educativo em meio aberto;

III – colocação familiar;

IV – abrigo;

V – liberdade assistida;

VI – semiliberdade;

VII – internação.

2.3 – Composição da Rede de Atendimento e Proteção

� Conselho Municipal de Promoção dos Direitos e Defesa da Criança e do

Adolescente;

� Conselhos Tutelares dos Direitos e Defesa da Criança e do Adolescente;

� Promotoria da Infância e da Juventude;

� Varas da Infância e da Juventude;

� Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente – DCA;

� Delegacia Especializada no Atendimento do Adolescente – DEA;

� Programa SOS Criança;

� Defensoria Pública.

2.3.1 – Atribuições das Entidades participantes

a) Conselho Municipal de Promoção dos Direitos e Defesa da Criança e do

Adolescente:

16

Órgão de natureza deliberativa e controladora das ações, em todos os níveis, de

composição paritária, e, vinculado à estrutura do Gabinete do Prefeito, tem por

finalidade a promoção dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do Art. 152

da Lei Orgânica do Município e o que dispõe a Lei Federal n.º 8.069/90 de 13 de

julhode1990.

Responsável pelas políticas públicas visando a implementação das garantias

da proteção integral no município (Art. 88 do Estatuto da Criança e do Adolescente).

� Coordenadora: Drª Rita de Cássia Araújo Alves Mendonça;

Endereço: Av. Bernardo Vieira, 2180, Lagoa Nova, Natal/RN;

Fone: (84) 232 – 9249

b) Conselhos Tutelares dos Direitos e Defesa da Criança e do Adolescente:

Responsável por zelar pelo cumprimento dos direitos da Criança e do

Adolescente, aplicando para tal Medida de Proteção e requisitando serviços da rede

pública de atendimento e proteção (Art. 131 do Estatuto da Criança e do

Adolescente).

ZONA LESTE:

� Coordenador Executivo: Gesaias Ciriaco do Nascimento;

Endereço: Rua Gonçalves Ledo, 855, Centro;

Fone: (84) 221 – 5896 – Fax: 201 – 1368;

Relação de Bairros: Alecrim; Areia Preta; Bairro Vermelho; Cidade Alta; Lagoa

Seca; Mãe Luíza; Praia do Meio; Petrópolis; Ribeira; Rocas; Santos Reis; Tirol.

ZONA NORTE:

� Coordenador Administrativo: Veridiano Leocácio da Silva;

Endereço: Rua Carau, 2136, Bairro Potengi, Conjunto Panatis I, próximo

ao Colégio Atual;

Fone: (84) 614 – 4012 / 614 – 3520;

17

Relação de Bairros: Igapó; Lagoa Azul; Nossa Senhora da Apresentação;

Pajuçara; Potengi; Redinha; Salinas.

ZONA OESTE:

� Coordenador Geral: Ecione Medeiros Barros

Endereço: Av. Rio Grande do Sul, 114, Cidade da Esperança, próximo ao

Detran;

Fone: (84) 205 – 5625 / 605 – 2317;

Relação de Bairos: Bom Pastor; Cidade da Esperança; Cidade Nova; Dix-Sept-

Rosado; Felipe Camarão; Guarapes; Bairro Nordeste (Conj. Boa Vista); Nossa

Senhora Nazaré; Planalto.

ZONA SUL:

� Coordenadora Administrativa: Maria da Conceição Nascimento Silva

Endereço: Rua José Gonçalves, 1757, Lagoa Nova, por traz do Nordestão da

Salgado Filho;

Fone: (84) 206 – 5798;

Relação de Bairros: Candelária; Lagoa Nova; Neópolis; Nova Descoberta;

Pitimbu; Ponta Negra.

c) Promotoria da Infância e da Juventude:

Responsável pela Defesa dos Direitos individuais, coletivos ou difusos e as

garantias da Infância e da Juventude, tendo para isso como instrumento os termos de

ajustamento de conduta e as ações civis públicas (Art. 200 do Estatuto da Criança e

do Adolescente).

Centro de Apoio Operacional da Promotoria da Infância e Juventude (CAOPS) :

� Promotor Coordenador : Drº Manoel Onofre de Souza Neto;

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Endereço: Rua Tiradentes, s/n, Bairro Nazaré, Natal/RN;

Fone: (84) 212 – 1205.

5ª Promotoria :

� Promotora: Drª Roberta de Fátima Alves Pinheiro

Endereço: Sala dos Promotores, 4º andar do Fórum Desembargador Miguel

Seabra Fagundes, Lagoa Nova, Natal/RN;

Fone: (84) 616 – 9154.

38ª Promotoria :

� Promotora: Drª Armeli Brennand Marques

Endereço: Rua Tiradentes, s/n, Bairro Nazaré, CIAD, Natal/RN;

Fone: (84) 605-7663.

65ª Promotoria :

� Promotor: Drº Antônio de Siqueira Cabral

Endereço: Sala dos Promotores, 4º andar do Fórum Desembargador Miguel

Seabra Fagundes, Lagoa Nova, Natal/RN;

Fone: (84) 616 – 9154.

d) Varas da Infância e da Juventude

Responsável pela distribuição do ajuizamento de processos que visam a

garantia dos direitos das Crianças e Adolescentes (Art. 208 – 224 do Estatuto da

Criança e do Adolescente).

1ª Vara da Infância e da Juventude de Natal/RN:

� Secretaria: Apreciar os pedidos de inscrição e fiscalizar o cadastro de

pessoas interessadas em adoção nacional, no território da Comarca, em todo o

19

Estado, processar e julgar os pedidos de adoção formulados por estrangeiros

residentes fora do Brasil, expedição de Alvarás de autorização Judicial,

verificação de situação de criança e adolescente, execução de medidas sócio-

educativas, fiscalizar as entidades de atendimento e apurar infrações

administrativas, aplicando as medidas ou penalidades cabíveis.

Diretor de Secretaria: João Francisco de Sousa

Fone: (84) 616 – 9233.

� Programa Conviver: Promove a articulação com a Rede de Atendimento no

acompanhamento de crianças e adolescentes abrigados, abandonados ou na

eminência de abandono, com vistas a convivência familiar e comunitária e a

implementação da garantia de seus direitos fundamentais.

Coordenadora: Paula Francinete Gomes da Silva

Campanhas: Permanente de adoção e do brinquedo

Fone: 0800841909.

� Programa de Medidas Sócio-Educativas: Promove a articulação com a

Rede de Atendimento no acompanhamento das Medidas Sócio Educativas

aplicadas aos adolescentes autores de atos Infracionais.

Coordenador(es): José Maria da Luz Rebouças Júnior / Eudenise Sales Pessoa

Fone: 616 – 9232.

� Equipe Técnica de atendimento: Atende, orienta e encaminha a

comunidade de busca ajuda na solução dos problemas que envolvem criança e

adolescente.

Coordenadora: Leila M.M.S Rodrigues

Fone: (84) 616 – 9236.

� Equipe de Agente Judiciário de Proteção: Fiscaliza e averigua denúncias

referentes à violação ou ameaça de violação dos direitos de criança e

adolescente.

Coordenador: Luiz Figueiredo de Mendonça Júnior.

20

Fone: (84) 616 – 9015.

� CRIAD: Centro de referência à criança e adolescente usuário de drogas.

Coordenadora: Edineusa Gomes Guedes de Paiva

Fone: (84) 223 – 3195 ou 223 – 8495.

2ª e 3ª Varas da Infância e Juventude de Natal/RN:

� Secretaria: Privativamente, coordenar as equipes técnica e administrativa

que lhe forem vinculadas, conhecimento, acompanhamento e julgamento de

processos referente à Infância e Juventude: de adoção, guarda e tutela

(situação de risco de vida), ato infracional representado pelo Ministério Público,

destituição do poder familiar, suprimento de registro (nascimento e óbito) e

ações civis públicas.

Diretores de Secretaria: Paulo Eduardo Araújo e Carlos Alberto Marques da

Silva (respectivamente);

Fones: (84) 616 – 9096 e 616 – 9101 (respectivamente).

e) Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente – DCA:

Responsável pela investigação e encaminhamento de inquérito nos casos de

exploração e violência praticados contra as crianças e adolescentes, tais como abusos

sexuais e maus tratos (Art. 225 do Estatuto da Criança e do Adolescente).

� Delegada: Drª Adriana Shirley de Freitas Caldas

Endereço: Rua Ângelo Varela, 1465, Tirol, Natal/RN;

Fone: (84) 232 – 6184 ou 232 – 1536.

f) Delegacia Especializada no atendimento do Adolescente - DEA:

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Responsável pela investigação e encaminhamento de inquérito nos casos de ato

infracional, crime cometidos por adolescentes, (Art. 225 do Estatuto da Criança e do

Adolescente).

� Delegado: Drº Geraldo Ferraz Magalhães

Endereço: Rua Tiradentes, s/n, Bairro Nazaré, Natal/RN;

Fone: (84) 232 – 1680 ou 232 – 6282.

g) Programa SOS Criança:

Atendimento emergencial em plantão de 24 horas, na defesa da violação e

ameaça do direito da criança e do adolescente (Art. 3º e 4º do Estatuto da Criança e

do Adolescente).

� Coordenadora: Genilda Araújo

Endereço: Rua Juvino Barreto, 196, Centro, Natal/RN;

Fone: (84) 232 – 6694 ou 232 – 6695 ou 0800 84 2000

h) Defensoria Pública:

Acompanha judicialmente os adolescentes autores de atos infracionais desde a

apuração até a execução das Medidas Sócio-Educativas, bem como, ações civis da

criança e do adolescente, oferecendo serviços advocatícios gratuitamente (Art . 207 do

Estatuto da Criança e do Adolescente).

� Advogada: Drª Giovanna Duarte Mororó(atos infracionais);

Endereço: Rua Tiradentes, s/n, Bairro Nazaré, Natal/RN;

Fone: (84) 232 – 7296.

� Advogada: Regina Célia Pinto(civil);

Endereço: Defensoria Pública, 2º andar, Fórum Desembargador Miguel Seabra

Fagundes, Lagoa Nova, Natal/RN.

Fone: (84) 616-9095

22

2.4. Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de

Natal/RN

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado em 1990, reconhece as

crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos: direito à vida, à alimentação, à

educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, entre outros. Para

coordenar as ações nesta área foram criados os Conselhos Municipais de Direitos das

Crianças e dos Adolescentes. E para que as políticas voltadas para a garantia dos

direitos das crianças e dos adolescentes tivessem recursos financeiros além do

orçamento municipal, foram criadas leis de isenção fiscal no caso de doações para o

Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.

O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente é uma das diretrizes da

política de atendimento (Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 88). O Fundo é

um recurso especial para um fim específico; é um mecanismo de gestão instituído pelo

Poder Público e tem uma conta especial.

Tecnicamente, Fundo especial é o "produto de receitas especificadas que, por

lei, se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção

de normas peculiares de aplicação". (Lei 4320/64, art. 71).

Os Fundos são criados para o aporte de recursos em áreas consideradas

prioritárias. O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente destina-se,

primordialmente, para as ações de proteção especial.

A lei instituidora do Fundo deve definir a receita, a despesa, a destinação e a

gestão dos recursos.

É vedada a instituição de Fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização

legislativa (CF, 167,IX).Portanto, o Fundo é instituído por lei. Sancionada a lei de

criação, caberá ao Poder Executivo providenciar a sua regulamentação, detalhando o

seu funcionamento através de um decreto.

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Fontes dos Recursos

Dotações Orçamentárias

O orçamento é um instrumento que expressa, para um exercício financeiro, as

prioridades, os programas e os meios de seu financiamento. É um plano de trabalho do

governo, discriminando os objetivos e as metas a serem alcançadas, de acordo com as

necessidades locais. Caso queiramos saber se determinado município ou estado

prioriza ou não a criança e o adolescente, o termômetro é seu orçamento – este é o

documento que espelha as prioridades. Não existe prioridade de bolsos vazios.

Após a criação e regulamentação, os recursos do Fundo devem estar previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária: "Acompanharão a lei de orçamento, quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos Fundos Especiais" (Lei 4320,art. 2).Cabe ao Conselho de Direitos a elaboração do Plano de Ação e Plano de Aplicação. O Plano de Aplicação deve integrar a Proposta Orçamentária.

O orçamento compreende quatro fases fundamentais: elaboração, aprovação, execução e controle. Em todas, o Conselho de Direitos deve participar ativamente para que o Fundo tenha dotações significativas.

Um mecanismo importante que deve ser usado pelo Conselho é o chamado crédito adicional. Constituem créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei do orçamento. Desta forma, o Fundo pode receber recursos não contemplados no orçamento. O Conselho deve conhecer seu funcionamento a fim de poder fazer uso desse meio para obter ou aumentar os recursos do Fundo.

Doações de Pessoas Físicas

A pessoa física pode destinar para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente até 6% do imposto devido. As contribuições ao Fundo, juntamente com as doações em favor de projetos culturais e investimentos em atividades audiovisuais, no seu conjunto, não poderão exceder a 6% do imposto devido (Lei 9532/97, art.22).No Rio Grande do Sul, no ano de 2000, se todas as pessoas físicas tivessem feito essa destinação teriam ficado no Estado R$ 65 milhões. Por falta de esclarecimento ou de mobilização não permaneceram nos fundos mais do que R$ 5 milhões.

24

Doações de Pessoas Jurídicas

As empresas (lucro real ou estimado) podem destinar para o Fundo até 1% do

imposto de renda devido. A dedução de até 1% das doações não está mais incluída no

limite global de 4% referente aos incentivos à cultura e audiovisuais (Decreto Nº 794/93

MP 1.636, art. 6º - atualmente MP 2.189-49, de 23/08/01). As empresas estatais

também podem fazer uso desse incentivo fiscal. As empresas, optantes pelo SIMPLES,

no entanto, não podem utilizar esse benefício pela atual legislação.

Tanto as empresas como também as pessoas físicas podem indicar a entidade

que desejam auxiliar, cabendo ao Conselho de Direitos estabelecer os critérios e

percentuais.

Doação de Bens

Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem fazer a doação de bens e

abater do imposto devido, dentro dos limites acima especificados.

Obviamente, o doador deverá comprovar a propriedade dos bens mediante

documentação hábil e avaliar conforme o valor de mercado, seguindo as normas legais

exigidas (IN 86/94 da Secretaria da Receita Federal).

Multas e Penalidades

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece multas para aqueles que

violam os direitos das crianças e dos adolescentes. Essas multas decorrentes de

condenação em ações cíveis previstas nos arts. 228 a 258, reverterão para o Fundo.

Exemplo: venda de bebida alcoólica para adolescentes.

Frente à notícia de alguma irregularidade, o Promotor de Justiça instaura o

procedimento, cabendo ao Juiz determinar o valor da multa, dentro dos limites previstos.

25

A iniciativa da comunicação da irregularidade cabe a todo cidadão, mas sobretudo aos

membros do Conselho Tutelar. Se o Fundo não estiver regulamentado as multas serão

depositadas numa conta especial, em banco oficial (Estatuto da Criança e do

Adolescente, art.214).

Outras Fontes

• Percentual sobre taxas e multas;

• Doações e depósitos diversos;

• Transferência do Governo Estadual e Federal;

• Doações de Governos e Organismos Nacionais e Internacionais;

• Receita de Aplicação no Mercado Financeiro.

Compete à lei municipal dizer claramente em que se constitui a receita. A

condição, portanto, é que haja previsão legal. Deve-se ter o cuidado para que, na

formulação da lei, não haja impedimentos para o ingresso de recursos para o Fundo.

Destinação dos Recursos

A lei municipal deve dizer para que objetivo e serviços os recursos arrecadados,

de forma especial, se destinam. O Fundo é uma das diretrizes para a política de

atendimento de crianças e de adolescentes (Estatuto da Criança e do Adolescente,

art.88,IV). Portanto, a destinação deve ocorrer prioritariamente em ações de

atendimento, especialmente em programas de proteção e na aplicação das medidas

sócio-educativas (Resolução Nº 71, de 10/06/01 do Conanda).

Crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, como os

abandonados (Estatuto da Criança e do Adolescente,art.260), autores de ato

infracional, drogaditos, vítimas de maus tratos, meninos (as) de rua, entre outros, devem

merecer proteção especial e preferência na aplicação dos recursos do Fundo.

26

O Fundo não deve, em princípio, financiar políticas setoriais. Essas devem ser

custeadas pelos seus respectivos Fundos (assistência, saúde, educação...). As políticas

setoriais também devem priorizar a criança e o adolescente. A prioridade absoluta é

para todos os órgãos e áreas. O Fundo deve garantir, transitoriamente, programas e

projetos que visem ao atendimento dos direitos ameaçados ou violados de crianças e de

adolescentes.

O Fundo destina-se parara custear estudos e diagnósticos, formação de

conselheiros de direitos, tutelares e profissionais, divulgação dos direitos e

reordenamento institucional. A destinação deve sempre integrar o Plano de Aplicação

de Recursos.

Atribuições do Conselho de Direitos

Segundo o Estatuto (arts. 88,214 e 260), os Conselhos de Direitos são órgãos

públicos, deliberativos, formuladores das políticas, controladores das ações e gestores

do Fundo.

O Fundo é, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, vinculado ao

Conselho e por ele gerido. Deve fixar os critérios de utilização dos recursos. "Os

Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente fixarão critérios de

utilização, através de Plano de Aplicação, das doações subsidiadas e demais receitas”

(Estatuto da Criança e do Adolescente,art. 260).

Essas funções do Conselho não colidem com o papel do Governo Municipal,

mas exigem uma mudança, tanto da sociedade civil quanto do Governo, no que diz

respeito ao exercício da democracia participativa. Não é uma usurpação do poder. É o

mesmo poder exercido de forma descentralizada, participativa e democrática. "A política

de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um

conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais" (Estatuto da

Criança e do Adolescente,art. 88).

27

Além desse papel junto ao Fundo, cabe ao Conselho questionar para que o

"Orçamento Criança", que engloba todos os recursos governamentais destinados à

proteção integral, seja significativo.

Criação e Funcionamento

• Lei de Criação;

• Decreto de Regulamentação;

• Nomeação da Junta Administrativo ou do Gestor;

• Elaboração pelo Conselho do Plano de Ação;

• Montagem do Plano de Aplicação;

• Inclusão do Plano de Aplicação na Lei de Diretrizes e no

Orçamento;

• Abertura de Conta Bancária;

• Execução Orçamentária;

• Recebimento das doações e multas;

• Repasse dos Recursos.

Etapas no Repasse dos Recursos

• Escolha dos eixos temáticos;

• Publicação do edital;

• Recebimento dos projetos;

• Exame e seleção dos projetos;

• Termo de compromisso ou convênio;

• Monitoramento e avaliação;

• Prestação de contas;

• Aprovação final.

28

Limites na Implantação do Fundo

• Falta de vontade política;

• Cultura da administração centralizada;

• Informações financeiras não democratizadas;

• Paternalismo e clientelismo ainda presentes;

• Falta de conhecimento dos orçamentos;

• Estrutura complexa e tecnicista dos orçamentos;

• Experiência negativa de alguns Fundos mal administrados;

• Objetivos desvirtuados.

Possibilidades na Implantação do Fundo

• Meio de realização do Estatuto da Criança e do Adolescente;

• Possibilidade de gestão participativa;

• Democratização das finanças públicas;

• Destinação racional dos recursos;

• Simplificação e agilização na arrecadação e destinação dos

recursos;

• Possibilidade de doações com dedução do Imposto de Renda;

• Aplicação das multas previstas no Estatuto da Criança e do

Adolescente;

• Instrumento de descentralização e municipalização do atendimento.

A IV Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente foi um

processo que culminou com a etapa nacional em Brasília, ano de 2002, coordenada

pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda e

precedida das Conferências Municipais, Estaduais e Regionais, organizadas pelos

respectivos Conselhos de Direitos.

29

A proposta foi a de formular uma agenda propositiva para o enfrentamento da

violência tendo como entendimento que crianças e adolescentes são as primeiras e

maiores vítimas. Todo o Sistema de Garantia de Direitos colocou para si este objetivo.

Chegou-se ao Pacto pela Paz. Um Conjunto de nove eixos e dez compromissos,

por meio dos quais se desenvolverão as políticas e os planos de ações.

1º – Eixo: SAÚDE

Compromisso

Garantir políticas de saúde pública de acesso universal e equânimes, nos

aspectos da promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde de crianças e

adolescentes.

2º – EIXO: EDUCAÇÃO:

Compromisso

Reunir forças na universalização do atendimento à educação infantil baseado

nos princípios de democratização do acesso, permanência, gestão e qualidade social.

3º – EIXO: CULTURA, ESPORTE E LAZER

Compromisso

Assegurar política nacional de cultura, esporte e lazer, de caráter universal, para

as crianças e adolescentes, que contemple a integração regional e a valorização da

cultura local, garantindo recursos financeiros nos orçamentos públicos das três esferas

de governo.

4º – EIXO: ASSISTÊNCIA SOCIAL

Compromisso

Garantir a cidadania das famílias mediante uma política nacional de assistência

social que tenha como foco central o enfrentamento da pobreza, garantindo a proteção

integral das famílias, crianças e adolescentes.

5º – EIXO: PROTEÇÃO ESPECIAL

30

a) Violência Sexual

Compromisso

Garantir a erradicação da violência sexual infanto-juvenil, viabilizando a

implantação e implementação do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência,

Exploração e Abuso Sexual nas Unidades da Federação e respectivos municípios.

b) Trabalho Infantil

Compromisso

Garantir a prevenção e erradicação de qualquer forma de trabalho infantil, e a

proteção do trabalhador adolescente, conforme a Lei.

6º – Eixo: MEDIDAS SÓCIO - EDUCATIVAS

Compromisso

Proporcionar a efetiva aplicação do caráter sócio-educativo das medidas,

assegurando o direito constitucional de ampla defesa, e a desmistificação da

impunidade do adolescente autor de ato infracional mediante campanhas de

esclarecimentos de longo alcance, visando à construção da cultura da paz.

7º – EIXO: CONSELHO DE DIREITOS, TUTELARES E FUNDO

Compromisso

Implantar e implementar nos três níveis de governo e em articulação com o

Ministério Público, as políticas de atendimento à criança e ao adolescente, fortalecendo

os Conselhos de Direitos, Tutelares e Fundos e combatendo a fragmentação e

setorialização das ações, como estratégia para o pleno cumprimento do Estatuto da

Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069/90) e controle do fenômeno da

violência.

8º – EIXO: MECANISMO DE EXIGIBILIDADE DE DIREITOS

Compromisso

31

Garantir a criação, implementação e funcionamento dos órgãos que compõem o

sistema de garantia de direitos, por meio de mecanismos políticos, sociais e jurídicos.

9º – EIXO: MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Compromisso

Garantir a criação e implementação do Conselho de Comunicação Social, nas

três esferas de governo, a ser composto por representantes das empresas de

comunicação social, governo e sociedade civil.

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ADOTADOS NA COMARCA DE NATAL/RN

ABRIGO E CASAS DE PASSAGEM

Objetivo: Dar apoio integral aos adolescentes e jovens para sua reintegração

ao convívio familiar e inserção sócio-educativa, como também cuidar de crianças e

adolescentes dependentes de drogas.

Público Alvo: Crianças e adolescentes.

Nº de Atendidos: 300 crianças e adolescentes por mês e 150 por dia com

problemas de drogadição.

PROGRAMA SENTINELA:

Objetivo: Cuidar e apoiar crianças, adolescentes e jovens vítimas de abuso e

exploração sexual.

Público Alvo: Crianças e Adolescentes.

Nº de Atendidos: Aproximadamente 110 crianças por mês.

32

PROGRAMA DE AMPARO À CRIANÇA – PAC:

Objetivo: Dar apoio integral à criança de 0 a 6 anos, em ambiente físico e

didático pedagógico (creches).

Creches da Prefeitura Municipal do Natal: 44 unidades;

Conveniadas: ........................................... 16 unidades;

Total.......................................................... 60

Público Alvo: Crianças

Nº de Atendidos: 5.700 crianças todos os meses.

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA – PPD:

Objetivo: Fomentar a inclusão da pessoa portadora de deficiência, respeitando

as suas particularidades, nas iniciativas relacionadas à educação, saúde, trabalho,

edificação pública, seguridade social, transporte, habitação, cultura, esporte e lazer,

efetivando a promoção social.

Público Alvo: Pessoas portadoras de deficiência.

Nº de atendidos: 1.352 por mês.

PROGRAMA CIDADÃO:

Objetivo: Promover ações em conjunto com diversos níveis de governo, a

sociedade, em especial o empresariado e as instituições de ensino buscando reduzir a

pobreza e a melhoria da qualidade de vida da população menos favorecida.

33

Publico Alvo: População menos favorecida do Município do Natal.

Nº de Atendidos: Não computado pelo fato do programa estar em fase inicial.

34

3- REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Conceito de Poder Judiciário

A palavra justiça, em linguagem judiciária, significa a conformidade com o

direito. Confunde-se, normalmente, com a legalidade. Decidir com justiça, será para o

juiz, decidir de acordo com o direito. Para o povo, a conceituação de justiça não se atém

ao direito e à moral.

Segundo Guimarães (1958, P. 34), “o fim do direito é propiciar o máximo de

felicidade aos homens, assegurando-lhes a paz e a harmonia na vida social. As leis hão

de nortear-se para este objetivo, isto é, para a justiça. Quando se transviem são

injustas”.

Sendo assim, o poder de julgar pertence ao Estado, que o exerce por meio de

juízes. Chama-se tal ato de jurisdição. A jurisdição, por sua vez, é de ordem pública e

deferida a todos os juízes e a todos os órgãos auxiliares, ficando assim conhecida,

como poder jurisdicional.

A teoria da separação de poderes foi concebida por MONTESQUIEU, visando a

liberdade do indivíduo e seria mais tarde desenvolvida e adaptada a novas concepções,

pretendendo também aumentar a eficiência do Estado, pela distribuição de suas

atribuições entre órgãos especializados. Na verdade, tratou-se da separação de

funções, pois o poder é um só e emana do povo. Finalmente com MONTESQUIEU,

apareceram os três poderes harmônicos e independentes entre si: executivo, legislativo

e judiciário.

O poder judiciário, segundo Magalhães (1976, p. 632), corresponde a um

complexo de órgãos do Estado a que se incumbe solucionar conflitos de interesses em

caráter definitivo, a que incumbe a prestação jurisdicional. Os Tribunais de Justiça, as

Varas da infância e juventude, Criminais, de Família, etc, integram o poder judiciário.

35

Considerado por vários autores um poder autônomo. Exerce a função legislativa,

quando o juiz preenche as lacunas da lei ou quando os tribunais estabelecem normas

em seus regimentos internos; a função jurisdicional ao dirigir o processo eleitoral ou

quando ordena a prática de atos de execução normal.

3.2. Antecedentes Históricos do Poder Judiciário no RN

A Cidade do Natal se desenvolveu a passos de tartaruga nos séculos anteriores

ao XX. De 1810 a 1860, poucos melhoramentos. Era uma cidadezinha com poucas

ruas, precisamente quatro, que convergiam para a Rua Grande.

Quando da inauguração do Tribunal de Justiça, a Cidade do Natal, segundo o

último censo realizado no ano de 1899, contava com a população de 16.056 pessoas. O

Catolicismo marcava presença com a existência de quatro Igrejas: a Matriz (1672), a

Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1714), a Igreja de Santo Antônio (1766) e a Igreja

do Senhor Bom Jesus das Dores (1774). Só na segunda metade do século XIX, foi que

começou aparecer calçamento.

Em 07/08/1891, o segundo vice-presidente em exercício, Francisco Gurgel de

Oliveira, criou um Tribunal Superior da Relação do Rio Grande do Norte, nomeando

cinco desembargadores para sua composição: Ângelo Caetano de Souza Cousseiro

(Açu), Joaquim Cavalcante Ferreira de Melo (Canguaretama), Luiz Antônio Ferreira

Souto (Nova Cruz), Lourenço Justiniano Tavares de Holanda (Santana dos Matos) e

João Gurgel de Oliveira (Augusto Severo). Esse Tribunal teve vida curta, exatamente

vinte e cinco dias, em virtude da inexistência de um Congresso Constituinte e Legislativo

que criasse uma lei de organização judiciária. O novo Presidente nomeado para a

Província, Dr. Miguel Joaquim d Almeida Castro, chegando a Natal no dia 11/09/1891,

recusou-se a prestar o compromisso perante o Tribunal Superior.O Tribunal de Justiça

do Rio Grande do Norte só viria nascer um ano depois, no regime republicano, através

da Lei nº 12, de 09 de junho de 1892, sancionada pelo governador Pedro Velho, que

36

criou o Superior Tribunal de Justiça, composto de cinco Desembargadores. Sua

instalação se deu a 1º de julho, no salão nobre do atual Palácio do Governo, conforme

ata de instalação transcrita logo a seguir:

Tendo funcionado inicialmente numa das salas do atual Palácio Potengi,

posteriormente foi transferido para o prédio onde é hoje o Instituto Histórico e

Geográfico do Rio Grande do Norte. Com o passar do tempo foi transferido para os

seguintes locais: Solar Bela Vista, o prédio onde funciona hoje a Ordem dos Advogados

do Brasil – Seção do Rio Grande do Norte, (ambos na Av. Junqueira Aires) e, por último,

no edifício sito à Praça Sete de Setembro, Cidade Alta, onde funciona até hoje. Com o

crescimento populacional da cidade, a atual estrutura tornou-se anacrônica, quando,

então, decidiu-se transferir uma parte do Tribunal para o prédio do antigo Grande Hotel,

na Ribeira. Infeliz idéia. Sem a menor condição de funcionamento, aguarda-se uma

solução definitiva para o problema.

No final do governo de Vivaldo Costa, iniciou-se um movimento reivindicatório

(cúpula do Poder Judiciário, OAB – RN, Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e

alguns magistrados), que culminou com a doação de um terreno à Rua Dr. Lauro Pinto,

em Lagoa Nova, e um projeto arquitetônico por parte do governo. A tarefa imediata que

se colocou para o movimento foi à luta pela alocação de recursos orçamentários no

qual resultou na construção do edifício-sede do foro em definitivo no ano 2002.

Entretanto, vale ressaltar que, na gestão do Desembargador Francisco Lima, foi feita

uma ampla reforma no edifício onde funciona a 2ª instância. Após cem anos, os

Desembargadores estão trabalhando em boas condições, em gabinetes decentes.

Mediante os processos políticos da sociedade, o Superior Tribunal de Justiça

sofreu as seguintes alterações: com o Decreto 701, de 1º de setembro de 1934, e a

Constituição Federal de 16 de julho de 1934, passou a se chamar Corte de Apelação;

com o início do Estado Novo e a Constituição Federal de 1937, mudou para Tribunal de

Apelação. Promulgada a Constituição Estadual de 1947, fruto da democratização,

passou a ser Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, até os dias atuais.

37

Com todas as mudanças constitucionais, desde a primeira Constituição Estadual de 07

de abril de 1892 até a última, de 03 de outubro de 1988, o Tribunal de Justiça sofreu

alterações em sua composição, ou seja, em sua estrutura organizacional.

3.3. Prestação Jurisdicional

O poder judiciário é constituído de órgãos judicantes, a que se destina

constitucionalmente, o poder concreto de julgar.

Nos termos do (Art. 92 da Constituição Federal de 1988), o poder judiciário é

exercido pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de

Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho,

Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, Tribunais e Juízes dos

Estados e do Distrito Federal e Territórios. A enumeração não induz a coexistência de

ordens judiciárias paralelas, refletindo o caráter nacional da prestação jurisdicional no

atual sistema.

O Supremo Tribunal Federal é a cúpula do Poder Judiciário, competindo-lhe:

I - processar e julgar originariamente, isto é, em primeiro grau de jurisdição, as causas a

que se refere o (inciso I do Art. 102 da Constituição Federal de 1988);

II – Julgar, em recurso ordinário:

a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção

decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político;

III – Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última

instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

38

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

Além do Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 e

Art. 105 da Constituição Federal de 1988), os Tribunais Regionais Federais e Juízes

Federais (Art. 106 e seguintes da Constituição Federal de 1988), os Tribunais e

Juízes especializados – os Militares (Art. 122 e seguintes da Constituição Federal de

1988), os Eleitorais (Art. 118 e seguintes da Constituição Federal de 1988), os do

Trabalho (Art. 111 e seguintes da Constituição Federal de 1988), os Tribunais e

Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios tem sua competência

constitucionalmente estabelecida, no (Art. 125 da Constituição Federal de 1988).

Os órgãos judiciários, sob o ponto de vista de sua hierarquia são constituídos:

a) dos juízos de primeira instância;

b) dos Tribunais superiores, uns e outros contendo em sua organização: juízes,

secretarias e cartórios, serviços auxiliares.

Ao lado dos órgãos judiciários, existem os órgãos que desempenham funções

essenciais à Justiça, que são: o Ministério Público, os Advogados e a Defensoria

Pública.

Portanto, os órgãos auxiliares de justiça são os seguintes: o escrivão, os

serventuários, os oficiais de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o

intérprete.

3.3.1 – Auxiliares Judiciários

Auxiliares da justiça são funcionários cujas atividades são imprescindíveis à

realização dos atos processuais. Não tem tal natureza àquelas pessoas que tenham

interesse na decisão judicial ou que não se comportem nos lides do judiciário, por

exemplo, o Ministério Público, que como foi visto, não é órgão do judiciário, embora atue

junto a esse Poder.

Santos (1995, p. 172), classifica os auxiliares da justiça em três grupos:

39

órgãos auxiliares da justiça, propriamente ditos, que são os serventuários e funcionários

judiciais, investidos no cargo, na conformidade das leis de organização judiciária; órgãos

de encargo judicial, que são as pessoas a que se atribui, eventualmente, um particular

encargo no processo; e órgãos auxiliares extravagantes, que são órgãos não judiciários,

mas de administração pública e que, no exercício de suas próprias funções, realizam

atos no processo, visando servir à administração da justiça, por exemplo, correios e

telégrafos, diário da justiça etc.

O CPC – Código de Processo Civil – dispõe a respeito dos auxiliares da

justiça nos arts. 139 a 159.

Art. 139. São Auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.

Portanto, podemos considerar como auxiliar judiciário, a pessoa que não sendo

magistrado e não exercendo funções judicantes, presta serviços à justiça,

permanentemente, como se dá com os funcionários dos cartórios ou eventualmente,

como os peritos e testemunhas. Nota-se, que o conceito de auxiliar da justiça não é

pacífico.

40

4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS

A interpretação e análise dos resultados detectados através da aplicação dos

questionários são explicitados na forma que segue:

4.1. Entidades da Rede de Atendimento

A maioria das Entidades entrevistadas responderam que estão bem

articuladas com a Rede de Atendimento. As que disseram não, citaram como

dificuldades a necessidade de haver o cadastramento das Entidades, utilização de

Seminários/Fórum com sugestões das Entidades, Juízes e Promotores, treinamentos

constantes de seus agentes visando uma melhor formação, comprometimento e

atualização, Políticas Públicas bem definidas na área da Infância e Juventude e

principalmente para as famílias que se encontram na faixa da miséria, conhecimento

por parte de todas as Entidades das atribuições que lhe competem.

4.2. Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Promotoria da Infância e

Juventude

Esta Entidade apresenta como atribuições as previstas no art. 55, da Lei

Complementar nº 141, de 09/02/1996, como providenciar, Judicial e

Administrativamente, as medidas necessárias à Proteção Integral das Crianças e dos

Adolescentes sujeitos a medidas protetivas ou apontados como autores de atos

infracionais e zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às

Crianças e Adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

Aponta-se como relevância para o bom funcionamento da Rede de

Atendimento os seguintes aspectos:

41

a) Principais dificuldades

• Deficiência na articulação dos integrantes da Rede e indefinição dos papéis dos

atores;

• Ausência de serviços especializados para o atendimento de certos problemas

relacionados com a criança e o adolescente, tais como: local específico para

tratamento integral de crianças e adolescentes vítimas de drogadição descrito

nos termos dos (incisos inclusos no Art. 101 do Estatuto da Criança e do

Adolescente); atendimento especializado a criança e ao adolescente portadores

de deficiência conforme preconiza o (§ 1º do Art. 11 do Estatuto da Criança e

do Adolescente).

b) Principais soluções

• Maior entrosamento entre os integrantes da Rede de Atendimento, em virtude da

falta de políticas públicas bem definidas a fim de aclarar os papéis das

entidades;

• Definição e elaboração de políticas públicas pertinentes à problemática das

crianças e dos adolescentes e suas famílias.

c) Entidades não articuladas com a Rede de Atendimento

Diversas, sobremaneira os serviços ofertados pelo Poder Público e a ausência

dos Conselhos em diversos Municípios do Estado.

d) Sugestões

Empenho maior no processo de articulação e exigibilidade de serviços

específicos.

4.3. Juízes das Varas da Infância e Juventude

42

a) Principais competências da Vara da Infância e Juventude

Juiz 1

São as presentes no art. 32, inciso VII, da Lei Complementar nº 165 (Lei de

Organização Judiciária do Estado do RN), competendo-lhe apreciar os pedidos de

inscrição e fiscalizar o cadastro de pessoas interessadas em adoção nacional, no

território da Comarca, em todo o Estado; processar e julgar os pedidos de adoção

formulados por estrangeiros residentes fora do Brasil; expedição de Alvarás de

autorização Judicial; verificação de situação de criança e adolescente; execução de

medidas sócio-educativas; fiscalizar as entidades de atendimento e apurar infrações

administrativas, aplicando as medidas ou penalidades cabíveis.

Juiz 2 e Juiz 3

Conforme dispõe o art. 32, inciso VIII, da Lei Complementar nº 165(Lei de

Organização Judiciária do Estado do RN), a 2ª Vara da Infância e da Juventude da

Comarca de Natal, igualmente com a competência da 3ª Vara, exerce a prestação

jurisdicional nos feitos para aplicação das medidas previstas no artigo 148 do Estatuto

da Criança e do Adolescente, e as que envolverem crianças ou adolescentes nas

hipóteses previstas no art. 98 do já referido Estatuto. Dentre as ações mais

freqüentes que tramitam na 2ª e 3ª Vara da Infância e Juventude, destacamos as ações

de adoção, guarda, tutela, destituição do poder familiar e o processo de conhecimento

da apuração de ato infracional, eis que o processo de execução tramita na 1ª Vara da

Infância e Juventude.

b) Principais dificuldades para o bom funcionamento da Rede de Atendimento

Juiz 1

Instrumentos materiais, tais como, computadores, transportes e pessoal

qualificado.

Juiz 2

43

Observa-se como uma das principais dificuldades a falta de articulação e

sincronismo entre as Varas da Infância e a Rede de Atendimento, principalmente por

parte da Delegacia Policial Especializada, bem como a total falta de estrutura funcional

da Delegacia, numa prova de absoluta falta de compromisso do Poder Público e

vontade política de fazer funcionar os direitos e deveres dos adolescentes como

prioridade absoluta, conforme reza o Estatuto da Criança e do Adolescente e a nossa

própria Constituição Federal.

Juiz 3

A fiscalização das entidades de atendimento é privativa da 1ª Vara da Infância

e Juventude. As entidades de atendimento na Comarca de Natal vêm funcionando

dentro de um padrão de razoabilidade aceitável. Temos instalado na Comarca

4(quatro) Conselhos Tutelares, sendo um na Zona Norte, um na Zona Oeste, um na

Zona Sul e um na Zona Leste. Em relação aos Conselhos Tutelares constata-se que as

grandes dificuldades são a falta de preparação dos conselheiros com relação à parte

prática do Estatuto, talvez devido à falta de um curso específico para essa área que

envolve o Direito Infanto Juvenil. Há que ressaltar ainda que os meios que lhes são

dados para o exercício do múnus é insuficiente (falta de funcionários, fax,

computadores, materiais de expediente etc). Quanto à Delegacia de Atendimento ao

Adolescente autor de Ato Infracional – DEA, nota-se como muita preocupação a falta

de uma estrutura mais consistente. Falta uma cela para as adolescentes do sexo

feminino. Os mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva não são

cumpridos a contento por falta de meios (viaturas e agentes). Faltam mais

computadores e de escrivães para fazerem o trabalho burocrático. As diligências

requeridas pelo Ministério Público e determinadas por este Juízo têm levado muito

tempo para serem cumpridas. Existem inúmeros procedimentos de apuração de atos

infracionais que encontram paralisados por falta de meios para cumpri-los. Alguns

procedimentos estão vindo sem uma investigação mais aprofundada. Quanto aos

abrigos vejo que são insuficientes para o atendimento daqueles que deles necessitam,

isso sem levar em conta a carência de materiais e de recursos humanos. Quanto à

rede de atendimento no que concerne à aplicação das medidas sócio-educativas, vejo

44

que a mesma necessita passar por uma reforma completa. A internação no CEDUC

PITIMBU (internação em estabelecimento educacional) no que estabelece os incisos

do Art. 124 do Estatuto da Criança e do Adolescente não atinge no seu aspecto de

ressocialização a 100% do que prevê o mesmo. As instalações são muito distante ou

melhor dizendo é fora da sede da Comarca de Natal. As visitas dos familiares dos

adolescentes internados tem sido dificultada em virtude dessa distância. As instalações

físicas precisam urgentemente de uma reforma ou quiçá de uma construção em uma

área mais ampla e que venha atender o que prevê o Estatuto da Criança e do

Adolescente. Os adolescentes ali internados necessitam de ocuparem o tempo com

cursos e atividades outras que possam capacitá-los ao exercício da cidadania e

estarem aptos ao trabalho quando do cumprimento da medida. A semiliberdade é outra

questão que a FUNDAC precisa urgentemente rever, pois a falta de uma política

voltada para a preparação dos adolescentes ali encaminhados é visível. Há

necessidades de dotar esse sistema de cursos profissionalizantes, objetivando

preparar esses adolescentes para o mercado de trabalho, sob pena de chancelar a sua

volta ao mundo dos crimes. Os programas de Prestação de Serviços à Comunidade e a

Liberdade Assistida vem desempenhando seu papel de forma razoável, faltando um

maior acompanhamento e fiscalização por parte das Entidades Governamentais para

que o sócio-educando possa se ressocializar.

c) Principais Soluções

Juiz 1

Manter um canal de comunicação com os órgãos governamentais e não

governamentais, e um aperfeiçoamento na articulação com a Rede de Atendimento.

Juiz 2

Inicialmente destacamos que uma das soluções já foi adotada pelo poder

público municipal, quando recentemente implantou mais 03(três) Conselhos Tutelares

em Natal, totalizando agora 04(quatro) Conselhos em Natal, o que sem dúvida poderá

alavancar e adotar soluções muitas vezes simples em relação à criança ou adolescente

45

daquele bairro próximo ao Conselho, que sem ele, poderia dificultar a solução daquele

problema seja complexo ou não. Porém, devemos também esperar que o poder público

forneça o suporte necessário para que a estrutura dos Conselhos Tutelares

efetivamente venha a funcionar conforme a legislação específica exige. É mister

destacar também que se deve fazer um trabalho voltado para a identificação de todo os

abrigos de Natal, para futuro cadastramento na Vara da Infância, visando a fiscalização

e acompanhamento das crianças abrigadas por parte do Poder Judiciário. Por último,

queremos destacar a importância de fazer funcionar em Natal um local específico e

voltado para os adolescentes vitimados da drogadição, bem como uma unidade

hospitalar para atendimento aos adolescentes que sofrem de doença mental.

Juiz 3

Quanto aos Conselhos Tutelares

a) Necessidade de um curso específico para Conselheiros;

b) Entrosamento dos Conselhos com o Ministério Público e Magistratura para solução

dos problemas, especialmente na parte prática de ações ligadas às crianças e

adolescentes em situações de risco;

c) Agendamento de uma pauta para reuniões com o Ministério Público e Magistratura

da Infância, objetivando a discussão e solução dos problemas afetos à criança e ao

adolescente.

Quanto à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais – DEA

a) Criação de uma cela para adolescente do sexo feminino;

b) Ampliação do número de agentes para as diligências investigatórias;

c) Aquisição de equipamentos de informática, objetivando melhorar o trabalho de

gabinete;

d) Aquisição de mais um veículo para cumprimento dos mandados de busca e

apreensão e de condução coercitiva, que não estão sendo cumpridos a contento;

e) Agendamento de um pauta para reuniões com o Ministério Público e Magistratura

da Infância e Juventude, objetivando a discussão e solução dos problemas afetos

à criança e ao adolescente.

46

Quanto aos abrigos

Deixo de declinar qualquer sugestão tendo em vista a 1ª Vara da Infância ser a

competente para a fiscalização dos mesmos.

Quanto aos programas de acompanhamento de medidas sócio-educativas

Deixo de declinar qualquer sugestão tendo em vista a 1ª Vara da Infância ser a

competente para a fiscalização dos mesmos.

d) Entidades não articuladas com a Rede de Atendimento

Juiz 1

Todas estão articuladas, falta uma melhor participação e entrosamento das

entidades.

Juiz 2

Nota-se que a Delegacia Policial (DEA) deixa a desejar quanto a sua estrutura

de pessoal, instalações e viaturas. Destacamos ainda ausência de unidade de

internação para tratamento de combate a drogadição, dentre outros.

Juiz 3

Todas estão articuladas, precisando apenas melhorar a sistemática e o

planejamento compartilhado.

47

5 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A análise do Funcionamento da Rede de Atendimento é de fundamental

importância como forma de reduzir a deficiência na articulação dos integrantes da Rede

e a indefinição dos papéis dos atores.

Sendo assim, procurou-se realizar um trabalho científico centrado na

importância de se ter uma Rede de Atendimento bem estruturada, comprometida com a

atividade realizada, para que possa definir e elaborar Políticas Públicas pertinentes à

problemática das Crianças e dos Adolescentes e suas famílias.

Analisando os dados obtidos, dois aspectos fundamentais e relevantes

merecem considerações finais:

1) Políticas Públicas bem definidas na área da Infância e Juventude e principalmente

para as famílias que se encontram na faixa da miséria;

2) Desenvolvimento de um trabalho em conjunto, onde as Entidades possam trocar

informações no intuito de oferecer um melhor atendimento.

No Brasil, o quadro de degradação social da população infanto-juvenil é

extremamente delicado. Dos 23 milhões de brasileiros que se encontram em miséria

absoluta, 45% têm menos de 15 anos. A omissão dos governos e da sociedade

brasileira estão a permitir esse ato de extrema crueldade que é relegar milhões de

pequenos e indefesos inocentes ao completo abandono.

Consciente de sua responsabilidade como Sindicato representativo dos

Auditores Fiscais da Receita Federal, o Unafisco Sindical lançou a Campanha “Tributo

à Cidadania”, que objetiva esclarecer a opinião pública acerca do incentivo fiscal que

permite a dedução de parcela do imposto de renda das pessoas físicas e jurídicas em

48

favor dos fundos constituídos pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do

Adolescente municipais, estaduais e nacional.

Os Conselhos foram criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como

órgãos paritários, compostos por representantes do governo e da sociedade civil, para

realizar importante papel social, pois foram dotados da competência de estabelecer e

zelar pela implementação das políticas públicas direcionadas para crianças e

adolescentes, especialmente as que se encontram em situação de risco social

iminente. Uma das principiais fontes de financiamento dessas políticas públicas são os

recursos fiscais provenientes do imposto de renda.

Diante do exposto, em que pese a inegável importância social desse incentivo, a

maior parte dos contribuintes ainda não destina parcela do seu IR para os fundos.

Atualmente, apenas 10% do montante da renúncia fiscal está sendo exercida,

prejudicando a consecução dessas políticas públicas de elevado cunho social.

Abdicando de sua cidadania fiscal, os contribuintes permitem que os governantes dêem

a esses recursos fiscais destinação distinta, possibilitando que parte dos recursos seja

destinado ao pagamento de juros dessa odiosa dívida pública.

Portanto, é de fundamental importância uma boa articulação entre toda a Rede

de Atendimento da Criança e Adolescente na Comarca de Natal, bem como, a

conscientização de toda a população quanto à responsabilidade social que lhe

compete.

Pode-se recomendar algumas propostas:

a) Investimentos em treinamentos contínuos em cada entidade, fazendo com que os

seus funcionários passem por constante reciclagem, fato este que já vem ocorrendo no

Tribunal de Justiça do RN;

49

b) Melhor esclarecimento à população, por parte das entidades, em relação às

políticas públicas que estão sendo adotadas pelos órgãos municipais e estaduais;

c) Divulgação na mídia por parte da Prefeitura Municipal de Natal juntamente com o

governo Estadual, dos projetos e programas de apoio social que estão sendo adotados

às crianças e adolescentes, fazendo com que a parte social venha a público e não

somente as benfeitorias feitas em praça pública, canteiros, estradas, etc, pois a

grande parte da população brasileira não tem acesso a Internet. Dessa forma a

população adquire conhecimento e participa de forma mais efetiva, obtendo benefícios

na sua declaração do Imposto de Renda.

50

6 - REFERÊNCIAS

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 13 ed. São

Paulo: Malheiros, 2002.

BRASIL. Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte: Lei

Complementar nº 165, de 28 de abril de 1.999/ Manoel Digézio da Costa. – 1ª ed. –

Natal/RN: EFE TRÊS – D, 1999.

BRASIL. Constituição de 1988. Emenda Constitucional. Revisão Constitucional. Rio de

Janeiro, 2002.

BUCCI, Maria Paula Dallari. Direito administrativo e políticas públicas. São Paulo:

Saraiva, 2002.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de julho de

1990.

FUNDAÇÃO ABRING PELOS DIREITOS DA CRIANÇA. Políticas Públicas Municipais

de Proteção Integral a Crianças e Adolescentes. São Paulo: 2000.

ISHIDA, Valter Kenji. Estatuto da Criança e do adolescente: doutrina e jurisprudência /

I comentários I. São Paulo: Atlas, 2000.

51

MACHADO, José Pedro. Dicionário etimológico da língua portuguesa. São Paulo:

Atlas, 1985.

MAGALHÃES, Humberto Piragibe. Dicionário jurídico. Rio de Janeiro: Edições

trabalhistas, 1976.

MAGALHÃES, Roberto Barcelos de. Dicionário jurídico e repertório processual. 5.

ed. Rio de Janeiro: EDC, 1982.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 26 ed. São Paulo:

Malheiros, 2001.

POLÍTICAS PÚBLICAS. Disponível em: < www.natal.rn.gov.br>. Acesso em: 22 Jun

2004.

52

7 – ANEXOS

53

7.1. ROTEIRO

PÓS-GRADUAÇÃO: Direito Administrativo e Gestão Pública

ROTEIRO PESQUISA DE CAMPO TEMA: Análise do Funcionamento da Rede de Atendimento, segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de Natal/RN. PROBLEMA DE PESQUISA: Qual a importância do efetivo funcionamento da Rede de Atendimento, segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de Natal/RN? OBJETIVOS DO ESTUDO � Objetivo Geral: Analisar o funcionamento da Rede de Atendimento, segundo as Políticas Públicas adotadas às Crianças e Adolescentes na Comarca de Natal/RN. � Objetivos Específicos: a) Verificar a aplicabilidade das Políticas Públicas às Crianças e Adolescentes junto as Entidades participantes da Rede de Atendimento; b) Identificar a articulação da Promotoria da Infância e da Juventude junto as Entidades participantes da Rede de Atendimento; c) Identificar a articulação da Vara da Infância e Juventude junto as Entidades participantes da Rede de Atendimento. METODOLOGIA DA PESQUISA Tipo de Pesquisa: Teórica empírica utilizando levantamento de dados, com abordagem qualitativa (Estudo de Caso).

54

7.2 - QUESTIONÁRIOS

PÓS-GRADUAÇÃO: Direito Administrativo e Gestão Pública QUESTIONÁRIO 1

7.2.1. QUESTIONÁRIO COM AS ENTIDADES DA REDE DE ATENDIMENTO

ENTIDADE: Nome:_____________________________________________________________ Responsável:_______________________________________________________ Telefonesp/contato:__________________________________________________

1) Quais as principais atribuições desta Entidade. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Esta Entidade está bem articulada com a Rede de Atendimento?

( ) sim ( ) não 3) Caso não esteja bem articulada com a Rede de Atendimento, cite as principais dificuldades. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Na sua opinião existe alguma Entidade não articulada com a Rede de Atendimento? Por quê? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Aponte soluções para o bom funcionamento da Rede de Atendimento. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

55

PÓS-GRADUAÇÃO: Direito Administrativo e Gestão Pública QUESTIONÁRIO 2

7.2.2. QUESTIONÁRIO COM O COORDENADOR DO CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE NATAL/RN

PERGUNTAS: 1) Cite as principais competências das Promotorias da Infância e Juventude. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quais as principais dificuldades encontradas pelas Promotorias da Infância e Juventude para o bom funcionamento da Rede de Atendimento. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Aponte soluções para o bom funcionamento da Rede de Atendimento. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Na sua opinião existe alguma(ns) Entidade(s) não articulada(s) com a Rede de Atendimento? Quais? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ SUGESTÕES:

56

PÓS-GRADUAÇÃO: Direito Administrativo e Gestão Pública QUESTIONÁRIO 3

7.2.3. QUESTIONÁRIO COM OS JUÍZES DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE NATAL/RN

PERGUNTAS: 1) Cite as principais competências desta Vara da Infância e Juventude. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quais as principais dificuldades encontradas nesta Vara da Infância e Juventude para o bom funcionamento da Rede de Atendimento. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Aponte soluções para o bom funcionamento da Rede de Atendimento. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Na sua opinião existe alguma(ns) Entidade(s) não articulada(s) com a Rede de Atendimento? Quais? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ SUGESTÕES:

57

7.3 – PERFIL DO ADOLESCENTE INFRATOR

Os resultados apurados através de dados secundários da pesquisa documental

serão apresentados seccionados ao perfil do adolescente Infrator por Droga Mais

Utilizada e por Tipo de Infração, de acordo com o sistema de controle informacional de

adolescente em conflito com a Lei (SIPIA).

1º) Por Droga Mais Utilizada

a) Tabela: Processos de Apuração abertos entre 01/01/2004 e 30/06/2004 na Comarca

de Natal

Droga Mais Utilizada Percentual Qtd. Ocorrências

Não Informado 8,40 11

Não Utiliza 41,98 55

Álcool 1,53 2

Inalantes (Cola, Solventes etc) 2,29 3

Crack 16,79 22

Maconha 28,24 37

Outras Drogas 0,76 1

Total 100,00 131

Fonte: 3ª Vara da Infância e Juventude

58

b) Gráfico

2,3%

8,4%

28,2%

42,0% 16,8%

1,5%0,8%

1 Outras Drogas

2 Álcool

3 Inalantes (Cola, Solventes etc)

11 Não Informado

22 Crack

37 Maconha

55 Não Utiliza

59

2º) Por Tipo de Infração a) Tabela: Processos de Apuração abertos entre 01/01/2004 e 30/06/2004 na Comarca de Natal

Tipo de Infração Percentual Qtd. Ocorrências

Dano 3,57 5

Furto 27,14 38

Receptação 1,43 2

Roubo 14,29 20

Tentativa de Furto 4,29 6

Tentativa de Roubo 6,43 9

Ameaça 5,00 7

Homicídio 1,43 2

Lesão Corporal 7,14 10

Tentativa de Homicídio 2,86 4

Violação de Domicílio 0,71 1

Vias de Fato 0,71 1

Desacato à Autoridade 0,71 1

Disparo de Arma de Fogo 0,71 1

Porte Ilegal de Armas 9,29 13

Atentado Violento ao Pudor 1,43 2

Tráfico de Drogas 7,14 10

Posse de Drogas 4,29 6

Outros Crimes Consumados 1,43 2

Total 100,00 140

Fonte: 3ª Vara da Infância e Juventude

60

b) Gráfico

0,71%

0,71%

0,71%

1,43%

4,29%

3,57%

2,86%1,43%

1,43%1,43%

27,14%

4,29%

5,00%

6,43%

7,14%

7,14%9,29%

14,29%

0,71%

1 Desacato à Autoridade

1 Disparo de Arma de Fogo

1 Violação de Domicílio

1 Vias de Fato

2 Outros CrimesConsumados2 Homicídio

2 Receptação

2 Atentado Violento aoPudor4 Tentativa de Homicídio

5 Dano

6 Tentativa de Furto

6 Posse de Drogas

7 Ameaça

9 Tentativa de Roubo

10 Lesão Corporal

10 Tráfico de Drogas

13 Porte Ilegal de Armas

20 Roubo

38 Furto