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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ
COMPONENTE CURRICULAR:
TEORIA GERAL DA CONSTITUÍÇÃO
PROFESSOR: DEJALMA CREMONESE
ALUNA: DEBORA LURDES DA CRUZ
CONCEITO: DIREITO A VIDA
INHACORÁ-RS, 22.06.2008.
1- Introdução: A Vida. 2- O Direito a Vida e a Dignidade na
Constituição Federal. 3- Inicio da Personalidade Natural. 4- Sanções 5- Fim da Personalidade Natural (Morte) 6-Aborto 7 - Eutanásia 8-Conclusão. 9- Bibliografia
Conforme preceitua o art. 5 º da
Constituição Federal: “todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer Natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do Direito à Vida, à liberdade, à igualdade segurança e a propriedade”.
No estudo a seguir, veremos até que ponto este artigo da nossa Lei maior é respeitado e como o ser humano tem seus direitos assegurados.
O Direito à vida é inerente à pessoa humana. Este Direito deverá ser protegido por Lei,
e ninguém poderá ser arbitrariamente provado de
sua vida.
A palavra vida é conceituada sob diversos aspectos, nos quais os
que mais nos interessa, no que permite ao Direito a vida, são os seguintes:
Período compreendido entre o nascimento e a morte; a existência;
Motivação; ou seja prazer e entusiasmo;
Alma e espírito
A Vida é interpretada de Diversas formas:
Para o autor Antônio Chaves, a vida é algo que oscila entre um interior e um exterior entre uma alma e um corpo.
Para o filósofo alemão Georg Simmel, a
Vida é como uma corrente continua através das
Gerações sucessivas, é uma continuidade sem Limites e ao próprio tempo.
O Direito a vida precisa ser associado à
conservação da vida, onde o ser humano pode gerir e defender sua
vida, mas não pode dela dispor, justificando ação lesiva contra a vida,
em casos de legítima defesa e estado de necessidade vida.
A Constituição Federal de 1988, no caput do Art. 5º, assegura a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, o direito a vida, sendo o mais fundamental de todos os direitos. É importante ressaltar que, ela protege a vida de forma geral, inclusive a uterina.
O Direito à vida é o primeiro dos direitos invioláveis, assegurados
pela Constituição, e possui no mínimo dois sentidos:
O Direito de Continuar vivendo, embora esteja com saúde, e o
Direito de subsistência.
Garantido está o direto a vida pela norma Constitucional em cláusula pétrea, que é intangível,
pois contra ela nem mesmo há poder de emendar, tem eficácia positiva e
negativa
Para o escritor Alexandre de Moraes, a Constituição
Federal , proclama, portanto, o direito à vida, cabendo ao Estado, a
obrigação de assegurar a cada cidadão uma vida digna quanto a
subsistência.
Cabe ao Estado, garantir a todo cidadão para este ter uma vida digna:
DIREITO A MORADIA;
DIREITO A SALÁRIOS DIGNOS;
DIREITO A ALIMENTAÇÃO;
DIRETO A SAÚDE; E
DIREITO A EDUCAÇÃO.
Pontes de Miranda, faz uma comparação, bastante
interessante no que concerne à dignidade da vida humana, senão
vejamos: o direito ao salário mínimo, que não se confunde com o direito ao
mínimo vital, que é o direito à existência.
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, pode definir dignidade como:
1.- Qualidade moral que infunde respeito;
2.- Consciência do próprio valor;
3.- Honra; 4.- Respeito aos próprios sentimentos, valores; amor-próprio.
De acordo com Doutrinas pesquisadas,
dignidade e mais abrangente que vida, ou seja, não basta a vida , se está não for
digna, pois, todos os seres humanos tem a mesma dignidade vital.
Por último, a dignidade da pessoa humana exprime a abertura da
República, a idéia de comunidade constitucional, inclusive pautada pelo
multiculturalismo mundividencial, religioso e filosófico.
O Código Civil, prevê que a responsabilidade civil da pessoa começa pelo
nascimento com vida, pondo a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro. Quando do nascimento com vida a pessoas adquiri sua personalidade jurídica, podendo ser ativo e passivo do Direito.
O nascituro, por sua vez, é o ente já concebido no ventre materno, aquele que há de nascer. Com esta
condição, a personalidade já existe com a concepção e será
consolidada com o nascimento.
O fim da personalidade natural de dá
com a morte. MORTE NATURAL
LIMITE DO CICLO VITAL
PERDA DA VIDA BIOLÓGICA -(EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE
NATURAL)
No Brasil o aborto não está legalizado, exceto para algunscasos específicos. Tramita na
Câmara dos Deputados Projeto de Lei nº 1.135/91 que prevê a
revogação dos artigos 124,126,127 e 128 do Código Penal, com isso se permitiria a decretação da morte do nascituro até momentos antes
do parto.
A questão do abordo é um assunto muito delicado e que exige uma análise muito profunda, pois é necessário observá-lo em vários ângulos:
* aspecto político, * social , jurídico * religioso e filosófico.
Eutanásia, significa a boa morte,
Morte calma, morte doce, indolor e tranqüila, e sua aplicação dá-se desde a antiguidade.
A eutanásia, é enquadrada em muitas legislações como éticas médicas, consistindo na prática da morte visando amenizar sofrimentos de pessoas enfermas, bem como de seus familiares.
No Brasil, o atual Código Penal, não especifica o crime da eutanásia, o médico que tira a vida do seu paciente
por compaixão comete o homicídio simples conforme art. 121, sujeito a pena
de 6 a 20 anos de reclusão, ferindo o princípio da inviolabilidade do direito à
vida, assegurado pela Constituição Federal.
A vida, é um bem fundamental que o ser humano possui, pois, sem ela não há como se falar em outros direitos, nem mesmo os de personalidades. Todo o homem tem direito à vida, ou seja o Direito de viver, tem o Direito de uma vida plena e digna, respeitando os seu valores e necessidades, neste trabalho procuro resumidamente mostrar o inicio da vida para o Direito, bem como o seu fim com a morte e também mostrar a vida como um Direito primordial da personalidade, e as sanções de tal transgressão.
* Constituição da República Federativa do Brasil.
* Chaves, Antonio, Direito a Vida e ao próprio corpo.
* Código Civil Brasileiro Comentado. * Código Penal * Telles JR, Godoffredo, Enciclpédia Saraiva do
Direito. * http://www.advogado.adv.br.