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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RETROFITTING INDUSTRIAL – O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS Área de Engenharia Elétrica por Ednei de Oliveira Leite [email protected] Luiz Sérgio Carvalho Conceição, Especialista Orientador Campinas (SP), Dezembro de 2007

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE ...lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1358.pdfiv LISTA DE ABREVIATURAS TCC Trabalho de Conclusão de Curso USF Universidade São Francisco

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RETROFITTING INDUSTRIAL – O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS

Área de Engenharia Elétrica

por

Ednei de Oliveira Leite [email protected]

Luiz Sérgio Carvalho Conceição, Especialista Orientador

Campinas (SP), Dezembro de 2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RETROFITTING INDUSTRIAL – O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS

Área de Engenharia Elétrica da Universidade São Francisco, Campinas - SP

por

Ednei de Oliveira Leite Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Elétrica para análise e aprovação. Orientador: Luiz Sérgio Carvalho Conceição, Professor de Automação Industrial da Área de Engenharia

Campinas (SP), Dezembro de 2007

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................. iv

LISTA DE FIGURAS ................................................................................. v

LISTA DE TABELAS ............................................................................... vi LISTA DE EQUAÇÕES .......................................................................... vii RESUMO .................................................................................................. viii ABSTRACT ................................................................................................ ix

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1 1.1. OBJETIVOS ..................................................................................................... 2 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................ 2 1.1.2. Objetivos Específicos...................................................................................... 2 1.2. METODOLOGIA ............................................................................................. 2 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 3

2. SISTEMAS DE PRODUÇÃO ............................................................... 4 2.1. PRINCÍPIO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO ........................................... 4 2.2. FORDISMO ...................................................................................................... 5 2.3. SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO ........................................................... 5 2.4. AUTOMAÇÃO .................................................................................................. 7

3. EQUIPAMENTOS ................................................................................. 9 3.1. INVESOR DE FREQÜÊNCIA ........................................................................ 9 3.1.1. Introdução....................................................................................................... 9 3.1.2. Funcionamento ............................................................................................. 10 3.2. CLP ............................................................................................................... 11 3.2.1. Introdução..................................................................................................... 11 3.2.2. Histórico ........................................................................................................ 12 3.2.3. Funcionamento ............................................................................................. 13 3.2.4. Porque usar um CLP .................................................................................... 16 3.3. SISTEMAS SUPERVISÓRIOS ...................................................................... 17 3.3.1. Introdução..................................................................................................... 17 3.3.2. Funcionamento ............................................................................................. 17 3.4. CNC ............................................................................................................... 20 3.4.1. Introdução..................................................................................................... 20 3.5. ROBÔ INDUSTRIAL ..................................................................................... 21 3.5.1. Introdução..................................................................................................... 21 3.5.2. Histórico ........................................................................................................ 23 3.5.3. Tipos de Robôs .............................................................................................. 24 3.5.4. Aplicações ..................................................................................................... 25 3.5.5. Fabricantes de Robôs ................................................................................... 25

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4. RETROFITTING INDUSTRIAL ...................................................... 26 4.1. O QUE É RETROFITTING INDUSTRIAL? ............................................... 26 4.2. EXEMPLO DE RETROFITTING ................................................................. 28 4.2.1. Funcionamento ............................................................................................. 28 4.2.2. Painel elétrico ............................................................................................... 29 4.2.3. Resultados ..................................................................................................... 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 36

iv

LISTA DE ABREVIATURAS

TCC Trabalho de Conclusão de Curso USF Universidade São Francisco ISO International Standard Organization GM General Motors CNC Comando Numérico Computadorizado SDCD Sistema Digital de Controle Distribuído CLP Controlador Lógico Programável CAN Controller Network IHM Interface Homem-Máquina PID Proporcional Integral Derivativo CPU Central Processment Unit RAM Random Access Memory EEPROM Electrically Erasable Programmable Read Only Memory SCADA Supervisory Control & Data Acquisition Systems CASE Computer Aided Software Engineering RTU Remote Terminal Units PUMA Máquina Programável Universal para Montagem KUKA Keller Und Knappich Augsburg ABB Asea Brown – Boveri SCARA Selective Compliant Articulated Robot Arm

v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sistema de Produção Fordista ........................................................................................... 5 Figura 2. Inversores de freqüência das marcas Yaskawa, Telemecanique e Siemens,

respectivamente ....................................................................................................................... 9 Figura 3. Principais blocos do inversor de freqüência .................................................................... 10 Figura 4. CLP da marca Altus e Fanuc respectivamente ................................................................. 13 Figura 5. Diagrama de blocos simplificado de um CLP.................................................................. 14 Figura 6. Diagrama simplificado do bloco de entradas de um CLP ................................................ 14 Figura 7. Diagrama simplificado do bloco de saídas de um CLP .................................................... 15 Figura 8. Diagrama simplificado dos blocos de processamento da CPU ......................................... 16 Figura 9. Sistema simplificado de supervisão e controle ................................................................ 19 Figura 10. CNC’s das marcas FAGOR e Siemens respectivamente ................................................ 21 Figura 11. Robô industrial da marca KUKA .................................................................................. 22 Figura 12. Robôs industriais realizando a montagem da porção inferior de veículos ...................... 23 Figura 13. Painel elétrico comandado por contatores antigos ......................................................... 26 Figura 14. Módulos de potência de uma máquina comandada por um CNC ................................... 27 Figura 15. Painel elétrico antes e depois do retrofitting .................................................................. 27 Figura 16. Painel elétrico da máquina MG9 antes da reforma ........................................................ 30 Figura 17. Painel elétrico da máquina MG9 depois da reforma ...................................................... 30 Figura 18. Painel da máquina MG20 antes da reforma ................................................................... 31 Figura 19. Painel da máquina MG20 antes da reforma ................................................................... 31 Figura 20. Painel da máquina MG20 depois da reforma ................................................................. 32 Figura 21. Painel da máquina MG20 depois da reforma ................................................................. 32 Figura 22. Painel da máquina MG20 depois da reforma ................................................................. 33

vi

LISTA DE TABELAS

vii

LISTA DE EQUAÇÕES

viii

RESUMO

LEITE, Ednei de Oliveira. Retrofitting Industrial – O uso de novas tecnologias. Campinas, 2007. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade São Francisco, Campinas, 2007. O Retrofitting é uma técnica utilizada nas indústrias que visa a otimização do rendimento de um equipamento ou de um processo. É muito empregado quando a demanda de um determinado produto é aumentada e o antigo processo não é capaz de suprir esse aumento. Consiste basicamente na troca de alguns equipamentos por outros com um melhor rendimento ou até mesmo com aplicações específicas. Há também alguns casos que objetivam o melhor controle do processo, deixando o processo mais automatizado, fazendo com que o homem apenas supervisione o processo, diminuindo assim, a margem de erro de controle. Alguns equipamentos são utilizados com freqüência na prática do retrofitting, como o CLP, o inversor de freqüência entre outros. As indústrias empregam essa técnica quando precisam dar uma sobrevida para o equipamento, obtendo vantagens como facilidade na programação, peças de reposição disponíveis por um tempo maior, maior confiabilidade no processo. A implantação dessa técnica pode ser feita total ou parcialmente numa determinada máquina ou processo. Isto se dá, quando o retrofitting é realizado numa parte específica da máquina ou na máquina toda. O custo de implantação dessa técnica é elevado, não podendo ser maior do que o preço de uma máquina nova. Palavras-chave: Retrofitting, rendimento, aumento.

ix

ABSTRACT

The Retrofittig is a technique used in industries that aims to optimize the performance of equipment

or a process. It is used when demand for a particular product is increased and the former process is

not able to meet this increase. It consists basically in the exchange of some equipment by others

with better performance or even with specific applications. There are also some cases that is

designed to better control of the process, leaving the process more automated, so that the man only

oversee the process, thus decreasing the margin of error of control. Some equipment are used

frequently in the practice of retrofitting, such as PLC, the inverter frequency among others. The

industries employ this technique when giving a survival need for the equipment, obtaining benefits

such as ease in programming, spare parts available for a long time, greater reliability in the

process. Implementation of this technique can be made wholly or partly in a particular machine or

process. This is when the retrofitting is done in a specific part of the machine or the entire machine.

The cost of implementing this technique is high, and may not be greater than the price of a new

machine.

Keywords:Retrofitting. Performance. Increase.

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1. INTRODUÇÃO

No início da civilização humana, os processos industriais eram totalmente manuais,

dependendo a todo o instante da atuação dos operadores.

Os primeiros sistemas de controle de processos implantados eram pneumáticos e instalados

próximos ao ponto a ser controlado, desde então os controles de processo e a automação industrial

vêm evoluindo gradativamente, passando por inovações que geram vantagens e desvantagens em

suas aplicações, porém nos últimos anos a eletrônica e a micro eletrônica possibilitaram um grande

salto na evolução de novas tecnologias para automação e controle de processo.

A evolução das tecnologias, equipamentos e sistemas de controle de processos e automação

industrial, sempre objetivam a eliminação ou minimização de algum problema gerado pela

implantação anterior. Sempre que se desenvolve uma nova solução busca-se a obtenção de maiores

vantagens, como controle em tempo real a longas distâncias, redução de tempo de manutenção e

conseqüentemente maior produtividade. A definição pela utilização ou não da nova solução é

sempre baseada em um fator de custo/beneficio, visto que nenhum sistema de controle atende

perfeitamente todas as necessidades do mercado industrial.

Com a padronização dos produtos industriais, o surgimento de sistemas de garantia de

qualidade (ISO) e a exigência cada vez maior do mercado globalizado, se deu à necessidade de

controles de processos e automação mais precisos e eficientes.

Com a tendência global de automação das manufaturas, surgiram os padrões de qualidade e

de valores agregados ao produto, o que obrigou as empresas a manterem um alto nível de qualidade

e confiabilidade dos processos, proporcionando cada vez mais o emprego de sistemas de automação

e novas tecnologias.

Nos dias de hoje, o retrofitting é amplamente utilizado em máquinas e/ou processos onde a

demanda de produção é cada vez maior, seja em termos quantitativos quanto qualitativos, por isso

será apresentada algumas das novas tecnologias que são empregadas nesse serviço, visando atingir

os objetivos impostos pelos processos de produção.

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1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

Este TCC (trabalho de conclusão de curso) tem o objetivo de apresentar os conceitos da

técnica do retrofitting industrial, fazendo um breve levantamento da evolução dos sistemas

produtivos, desde os primeiros meios de produção, onde o próprio sustento era o pensamento

primordial, até os dias de hoje, onde a manufatura em grande escala dos mais diferentes produtos e

materiais exigem técnicas e equipamentos eficazes e que possam suprir a grande demanda, e por

fim apresentar alguns dos equipamentos mais utilizados na realização desta técnica, vantagens e

algumas das aplicações de cada equipamento.

1.1.2. Objetivos Específicos

Os objetivos deste trabalho enfocam as seguintes atividades específicas:.

• Pesquisa sobre o desenvolvimento e evolução dos sistemas de produção;

• Apresentação dos conceitos do retrofitting industrial, a necessidade e as vantagens

da realização desta técnica;

• Apresentação de alguns dos equipamentos utilizados atualmente na realização do

retrofitting industrial.

1.2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse TCC foi inicialmente uma pesquisa

bibliográfica sobre os primeiros meios de produção, a evolução da manufatura, a revolução

proporcionada pela Toyota nos anos 50 e 60 e a produção em grande escala dos dias de hoje.

Após toda pesquisa feita e levantamento do material bibliográfico, desenvolveu-se a parte de

apresentação dos equipamentos mais utilizados atualmente, dando uma breve explicação do

funcionamento dos mesmos e suas principais aplicações.

O trabalho termina com a apresentação do estudo da técnica do retrofitting, seus conceitos,

aplicações e vantagens.

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1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

O capítulo 1 apresenta uma introdução sobre os sistemas de manufatura, de controle de

processos e sobre a técnica do retrofitting.

Já no capítulo 2 é apresentado a evolução dos sistemas de manufatura.

No capítulo 3, é apresentado alguns equipamentos que são muito utilizados no retrofitting, e

por fim, o capítulo 4 apresenta a técnica do retrofitting, seus conceitos, o porquê da realização e

suas vantagens apresenta alguns equipamentos mais utilizados no retrofitting.

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

4

2. SISTEMAS DE PRODUÇÃO

2.1. PRINCÍPIO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Nas primeiras formas de manufatura, todos os materiais e produtos gerados eram criados por

artesões. Não havia a preocupação da produção em grande escala e da alta qualidade exigida pelos

clientes.

Esses artesões, eram pessoas que se preocupavam primeiramente em produzir para o seu

próprio sustento, onde o lucro era um objetivo secundário. A produção era feita para facilitar as

atividades diárias. Um bom exemplo disso, foi a “invenção” da roda. Tudo era feito manualmente,

ou seja, não havia o emprego de máquinas para auxiliar a produção de qualquer que fosse o

produto.

Todos que se sujeitavam a criar algo, eram denominados artesões. Daí surgiu a idéia de

artesanato que temos hoje, onde as pessoas confeccionam produtos manualmente. Com o passar do

tempo, esses artesões foram se aprimorando em algumas atividades, como por exemplo os ferreiros

na idade média, que confeccionavam utensílios para guerras, como espadas, lanças e escudos.

Nesse tempo, os ferreiros já objetivavam lucros e começaram a ser exigidos por uma boa

qualidade dos produtos e também para se produzir cada vez mais.

Em meados do século XX, empresas têxteis, automobilísticas, bélicas, entre outras, já

possuíam uma demanda maior de produtos, que eram confeccionados em grupos, e, em muitas

oportunidades, pela mesma pessoa.

Essa produção “em grupos” era feita da seguinte forma: um operário executava uma

determinada função até acumular uma determinada quantidade de produtos, que posteriormente

seriam encaminhadas para outro operário, senão o mesmo, executar outra função e continuar o

processo produtivo.

Esse sistema, apesar de demorado, atendia a demanda, mas exigia muito dos operários, que

executavam sempre as mesmas funções, e acarretavam em problemas de saúde prematuros.

Surgiu-se então o Taylorismo, que foi caracterizado por uma série de fundamentos

empregados nos sistemas produtivos empresariais da época.

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2.2. FORDISMO

Idealizado pelo empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford

Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de manufatura caracterizado pela

produção em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.

Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a

serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa do

processo, fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes instalações. O

método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano,

durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o mítico

Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode". A figura a seguir exemplifica o

modelo de produção fordista (figura 1).

Figura 1 – Sistema de produção fordista

O fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de

1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como “Os Anos Dourados”. A crise

sofrida pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio modelo, que

apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A partir da década de 1980, esboçou-

se nos países industrializados um novo padrão de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou

modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação.

2.3. SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO

O Sistema Toyota de Produção, também chamado de Produção Enxuta e Lean

Manufacturing (Manufatura Enxuta), surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a

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Segunda Guerra Mundial. Nesta época a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e

uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia adotar o modelo da Produção em

massa.

A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da Toyota e mestre de invenções,

Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetiva

aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios.

O sistema de Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início

da século XX, predominou no mundo até a década de 90. Procurava reduzir os custos unitários dos

produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto este

sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande

preocupação com a qualidade do produto.

Já no sistema de manufatura enxuta, os lotes de produzidos são pequenos, permitindo uma

maior variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-

se 10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são

multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que uma única tarefa e operam mais que uma única

máquina. Nesse sistema a preocupação com a qualidade do produto é extrema. Foram

desenvolvidas diversas técnicas simples mas extremamente eficientes para proporcionar os

resultados esperados, como o Kanban e o Poka-Yoke.

A base de sustentação da Manufatura Enxuta é a absoluta eliminação do desperdício e os

dois pilares necessários à sustentação é o “Just-in-time” e a “Autonomação.”

Os 7 desperdícios que o sistema visa eliminar:

• Superprodução, a maior fonte de desperdício.

• Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem

processados.

• Transporte, nunca gera valor agregado no produto.

• Processamento, algumas operações de um processo poderiam nem existir.

• Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa raiz.

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• Movimentação

• Defeitos, produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra,

movimentação de materiais defeituosos e outros.

A Manufatura Enxuta ou Lean Manufacturing vem sendo implantado em várias empresas no

mundo todo, porém nem sempre com grande sucesso. A dificuldade reside no aspecto cultural.

Toda uma herança histórica e filosófica confere uma singularidade ao modelo japonês.

Segundo matéria na Newsweek International, em 2005, a Toyota Motors Company obteve

lucros recordes de US$ 11 bilhões, que ultrapassa os ganhos da GM, Ford e Daimler-Chrysler

juntas.

2.2. AUTOMAÇÃO

Automação industrial é o uso de qualquer dispositivo mecânico ou eletro-eletrônico para

controlar máquinas e processos. Entre os dispositivos eletro-eletrônicos pode-se utilizar

computadores ou outros dispositivos lógicos (como controladores lógicos programáveis ou CNC's),

substituindo algumas tarefas da mão-de-obra humana e realizando outras que o humano não

consegue realizar. É um passo além da mecanização, onde operadores humanos são providos de

maquinaria para auxiliá-los em seus trabalhos. É largamente aplicada nas mais variadas áreas de

produção industrial.

A parte mais visível da automação, atualmente, está ligada à robótica, mas também é

utilizada nas indústrias químicas, petroquímicas e farmacêuticas, com o uso de transmissores de

pressão, vazão, temperatura e outras variáveis necessárias para um SDCD (Sistema Digital de

Controle Distribuído) ou CLP (Controlador Lógico Programável). A automação visa,

principalmente, a produtividade, qualidade e segurança em um processo. Em um sistema típico toda

a informação dos sensores é concentrada em um controlador programável o qual de acordo com o

programa em memória define o estado dos atuadores. Atualmente, com o advento de

instrumentação de campo inteligente, funções executados no controlador programável tem uma

tendência de serem migradas para estes instrumentos de campo. A automação possui vários

barramentos de campo (mais de 10, incluindo vários protocolos como: CAN OPEN, INTERBUS-S,

FOUNDATION FIELDBUS, MODBUS, STD 32, SSI, PROFIBUS, etc) específicos para a área

industrial (em tese, estes barramentos se assemelham a barramentos comerciais tipo ethernet,

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intranet, etc.), mas controlando equipamentos de campo como válvulas, atuadores eletromecânicos,

indicadores, e enviando estes sinais a uma central de controle conforme descritos acima. A partir

destes barramentos que conversam com o sistema central de controle eles podem também conversar

com o sistema administrativo da empresa.

Uma contribuição adicional importante dos sistemas de automação industrial é a conexão do

sistema de supervisão e controle com sistemas corporativos de administração das empresas. Esta

conectividade permite o compartilhamento de dados importantes da operação diária dos processos,

contribuindo para uma maior agilidade do processo decisório e maior confiabilidade dos dados que

suportam as decisões dentro da empresa.FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

9

3. EQUIPAMENTOS

Como foi visto anteriormente, o retrofitting é uma prática que visa a modernização de

equipamentos, para a obtenção de melhores resultados de demanda e qualidade. Serão apresentados

a seguir, alguns dos equipamentos mais utilizados no mercado atual para a prática do retrofitting.

3.1. INVERSOR DE FREQUÊNCIA

3.1.1. Introdução

Os inversores de freqüência são equipamentos eletrônicos que fornecem total controle sobre

a velocidade de motores elétricos de corrente alternada através da conversão das grandezas fixas,

tensão e freqüência da rede, em grandezas variáveis.

Apesar de o princípio ser o mesmo, houve grandes mudanças entre os primeiros inversores

de freqüência e os atuais, devidas principalmente a evolução dos componentes eletrônicos com

destaque aos tiristores e aos microprocessadores digitais.

Figura 2 – Inversores de Freqüência das marcas Yaskawa, Telemecanique e Siemens,

respectivamente

A grande maioria dos inversores de freqüência usados pela indústria para controlar a

velocidade de motores elétricos trifásicos de corrente alternada são desenvolvidos de acordo com

dois princípios:

• Inversores desenvolvidos sem um circuito intermediário conhecidos com

conversores diretos e;

• Inversores de freqüência com um circuito intermediário variável ou fixo.

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Os circuitos intermediários podem ser tanto com corrente contínua como com tensão

contínua e são conhecidos como inversores com fonte de corrente ou inversores com fonte de

tensão.

Os inversores de freqüência com circuitos intermediários oferecem inúmeras vantagens

sobre os inversores sem circuito intermediário:

• Melhor controle sobre a potência reativa;

• Redução de harmônicas;

• Não existem limitações com relação à freqüência de saída (mas existe uma limitação

nos sistemas de controle e nos componentes utilizados).

Inversores de freqüência com altas freqüências de saída são normalmente inversores com

circuito intermediário, que são mais caros em relação aos inversores diretos.

3.1.2. Funcionamento

Desde meados da década de 60, os inversores de freqüência tem passado por várias e rápidas

mudanças, principalmente pelo desenvolvimento da tecnologia dos microprocessadores e semi-

condutores e a redução dos seus preços. Entretanto, os princípios básicos dos inversores de

freqüência continuam o mesmo.

Os inversores de freqüência podem ser divididos em quatro componentes principais:

Figura 3 – Principais blocos do inversor de freqüência

11

O retificador que é conectado a uma fonte de alimentação externa alternada mono ou

trifásica e gera uma tensão contínua pulsante. Existem basicamente dois tipos de retificadores –

controlados e não controlados [1].

O circuito intermediário, que existem três tipos:

• um que converte a tensão do retificador em corrente contínua;

• um que estabiliza ou alisa a tensão contínua e coloca-a a disposição do inversor;

• um que converte a tensão contínua do retificador em uma tensão alternada variável.

O Inversor que gera a tensão e a freqüência para o motor. Alternativamente, existem

inversores que convertem a tensão contínua numa tensão alternada variável.

O circuito de controle, que transmite e recebe sinais do retificador, do circuito

intermediário e do inversor. As partes que são controladas em detalhes dependem do projeto

individual de cada inversor de freqüência.

O que todos os inversores de freqüência têm em comum é que o circuito de controle usa

sinais para chavear o inversor. Inversores de freqüência são divididos de acordo com o padrão de

chaveamento que controla a tensão de saída para o motor.

Inversores diretos também devem ser mencionados para conhecimento. Esses inversores são

usados em potências da ordem de MW para gerar freqüências baixas diretamente da alimentação e

sua saída máxima está em torno de 30Hz.

A seguir, algumas das aplicações de inversores de freqüência: bombas; ventiladores;

misturadores; compressores; agitadores; calandras; transportadores; máquinas ferramentas; pontes

rolantes; elevadores; entre outros.

3.2. CLP

3.2.1. Introdução

Desde o início, o homem sempre tentou tornar seu trabalho mais fácil, o maior exemplo

disso, foi a invenção da roda. Com o passar do tempo, os trabalhos foram ficando mais elaborados,

e os métodos para desenvolver mais trabalhos também.

12

A revolução industrial exigiu equipamentos mais sofisticados e eficientes, porém tais

equipamentos eram acionados por meios mecânicos. Com o advento da eletricidade no começo

deste século, surgiram equipamentos com acionamentos elétricos [2].

Com a exigência das indústrias, estes equipamentos evoluíram de forma absurdamente

rápida, tornaram-se sistemas de controle complexos, os conhecidos comandos elétricos. Nesta

técnica, a lógica de controle era feita por meio de contatores, estes eram acionados ou não de acordo

com a atuação de chaves eletromecânicas conhecidas como chaves limite.

Com os comandos elétricos podiam-se montar lógicas complexas, mas quanto maior a

complexidade, maior o número de contatores auxiliares utilizados, além dos próprios contatores de

potencia e das chaves limite. O resultado de tudo isso eram sistemas imensos e com um consumo

elevado de energia. Um outro problema dos comandos elétricos era a dificuldade de manutenção e

modificação para a atualização do equipamento.

Na indústria automobilística, onde as mudanças acontecem com maior freqüência, estes

problemas eram sentidos com maior intensidade.

Graças ao surgimento da eletrônica, foi possível pensar em equipamentos de controle

menores e com recurso de programação de suas funções. Surgiu então o CLP, ou Controlador

Lógico Programável, este passou a controlar toda a lógica através de um programa, enquanto a parte

de potência continuou a ser acionada por contatores, os quais são acionados pelas saídas do CLP.

As tão conhecidas chaves limite, em muitos casos, foram substituídas por sensores que são

ligadas às entradas do CLP.

Hoje, o CLP vai além do controle de um simples intertravamento de máquina, é capaz de ser

ligado em rede, possibilitando o controle de um processo inteiro, gerando até mesmo o diagnóstico

de problemas no equipamento controlado.

3.2.2. Histórico

Concebido originalmente para a linha de montagem da General Motors em 1968 para

substituir os painéis de controle a relé, estes painéis possuíam pouca flexibilidade sendo necessária

sua reconstrução a cada modificação do projeto. Como estas modificações ocorriam de maneira

freqüente, os CLP foram concebidos com o principal objetivo de facilitar e desonerar e reduzir a

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manutenção das linhas de produção. O primeiro controlador que atendia a estas especificações foi

construído em 1969 pela Gould Modicon (Modular Digital Controller), em 1971 sua aplicação foi

ampliada a outras indústrias e, em 1973 surgiu o primeiro sistema de comunicação que permitia que

os CLP trocassem informação entre si e, já em 1975 passou a incorporar o controle PID

(Proporcional - Integral - Derivativo). Até 1977 os CLP eram implementados com componentes

eletrônicos discretos, somente a partir de então passando a serem confeccionados a partir de

microprocessadores. Com a evolução dos microprocessadores ocorreu o aumento da capacidade de

processamento e de memória dos CLP que passaram a se tornar atrativos, além de todos os campos

de atividade industrial, também, a área de automação predial atuando no controle de climatização,

alarmes, iluminação. As atuais gerações de controladores possuem funções avançadas de controle,

disponibilidade de grande número de entradas e saídas, além de uma grande facilidade de

comunicação com sistemas supervisórios e sensores e atuadores inteligentes.

Figura 4 – CLP da marca Altus e Fanuc respectivamente

Talvez a razão principal da aceitação dos CLP`s pela indústria foi que a linguagem inicial de

programação era baseada nos diagramas ladder e símbolos elétricos usados normalmente pelos

eletricistas. A maior parte do pessoal de fábrica já estava treinada nesses diagramas, adotando-o

rapidamente nos CLP´s. Na verdade a lógica ladder ainda tem papel importante na programação e

localização de falhas, mesmo com as linguagens mais avançadas de programação desenvolvidas

posteriormente.

3.2.3. Funcionamento

O CLP é constituído basicamente de três partes: entrada, CPU e saída. Veja figura a seguir.

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Figura 5 – Diagrama de blocos simplificado de um CLP

• Entrada: Trata-se da parte do sistema responsável pela aquisição dos sinais

provenientes dos sensores, limites, botoeiras, etc. Os módulos ou cartões de entrada compatibilizam

as tensões de comando disponíveis no campo (24 Vcc, 110 Vca, entre outras) com níveis digitais

utilizados pela CPU.

Estes módulos promovem ainda uma isolação – geralmente óptica – entre a alimentação de

comando e os sinais internos do sistema, de forma a evitar danos causados por problemas

provenientes do campo. Em geral, os módulos de entrada são elementos simples, com uma

eletrônica não muito inteligente, que na maioria dos casos trata os sinais digitais, isto é, sinais do

tipo ligado/desligado. Cada sinal deste tipo é conectado a um ponto de entrada. O diagrama de um

ponto de entrada típico é apresentado a seguir.

Figura 6 – Diagrama simplificado do bloco de entradas de um CLP

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• Saídas: São elementos responsáveis pela atuação do sistema no processo controlado.

Em geral são módulos simples, que entendem os sinais lógicos da CPU transformando-os em sinais

compatíveis com o campo (24 Vcc, 110 Vca, entre outros).

Nesta conversão de níveis, costuma-se encontrar também a isolação – geralmente óptica –

para preservar a CPU. Assim como os módulos de entrada, os módulos de saída costumam

apresentar uma eletrônica não muito inteligente, tratando somente de sinais digitais do tipo

ligado/desligado. O diagrama de um ponto de saída típico é apresentado a seguir.

Figura 7 – Diagrama simplificado do bloco de saídas de um CLP

• CPU: É o centro do sistema. Dentro da CPU está armazenado o programa aplicativo

e as configurações básicas, isto é, toda inteligência necessária ao sistema. A CPU é responsável pela

leitura das entradas, comparação com programa aplicativo, e escrita nas saídas. A grande maioria

dos sistemas executa este processo continuamente enquanto estiver no modo operação.

Atualmente as CPU’s são compostas por microprocessadores, mecanismos para

comunicação com os dispositivos de entrada e saída, além de todo o suporte para conexão com os

terminais de programação.

Os programas são armazenados na memória RAM da CPU que é mantida por bateria ou

capacitor no caso de queda de energia. Em muitos casos a CPU pode acondicionar chips de

memória EEPROM para back-up de memória RAM. É comum também encontrar indicadores de

diagnósticos (led´s) no painel frontal da CPU, informando o estado geral do equipamento.

A figura a seguir mostra o diagrama de uma CPU típica.

16

Figura 8 – Diagrama simplificado dos blocos de processamento da CPU

3.2.4. Porque usar um CLP

Atualmente, aceita-se como regra geral que os CLP´s se tornam economicamente viáveis

nos sistemas de controle que exigem mais de três relés. Considerando-se o baixo custo desses

equipamentos e o fato dos fabricantes colocarem grande ênfase na produtividade e qualidade, a

questão do custo deixa praticamente de existir.

Além das reduções nos custos, os CLP´s oferecem outros benefícios de valor agregado:

• Confiabilidade: Depois de escrito e depurado, um programa pode ser transferido e

armazenado facilmente em outros CLP´s. Isto reduz o tempo de programação, minimiza a

depuração e aumenta a confiabilidade. Com toda a lógica que existe na memória do CLP, não existe

qualquer possibilidade de cometer um erro lógico por conta de um erro de fiação. A única fiação

necessária é para o fornecimento de energia e para as entradas e saídas.

• Flexibilidade: as modificações do programa podem ser feitas com pouca digitação.

Os usuários finais podem modificar o seu programa no próprio campo.

• Funções avançadas: Os CLP´s podem realizar uma grande variedade de tarefas de

controle, desde ações simples e repetitivas até a manipulação de dados complexos. Com a adoção

dos CLP´s, abrem-se muitas alternativas para os projetistas e simplifica-se o trabalho do pessoal de

manutenção.

17

• Comunicação: A comunicação com interfaces de operação, outros CLP´s ou

computadores facilita a coleta de dados e o intercâmbio de informações.

• Velocidade: Como certas máquinas automatizadas processam milhares de itens por

minuto e como os objetos estão expostos aos sensores durante apenas uma fração de segundo,

muitas aplicações de automação necessitam da capacidade de resposta rápida dos CLP´s.

• Diagnóstico: A capacidade de localização de falhas dos dispositivos de programação

e o recurso de diagnóstico incorporado no CLP permitem que os usuários localizem e corrijam

rapidamente os problemas de software e hardware.

3.3. SISTEMAS SUPERVISÓRIOS

3.3.1. Introdução

Atualmente a grande quantidade de processos automatizados, existentes nos mais diversos

meios, motiva a utilização dos chamados sistemas SCADA (Supervisory Control & Data

Acquisition Systems), que permitem a monitoração do processo em tempo real.

O uso de sistemas SCADA de maneira interligada com ferramentas CASE (Computer Aided

Software Engineering) tende a facilitar o processo de desenvolvimento, uma vez que as informações

provenientes do modelo de análise podem ser reaproveitadas no sistema de supervisão. Os Sistemas

supervisórios podem ser vistos como sistemas que supervisionam ou monitoram processos

executados em uma planta industrial, através da visualização de variáveis da planta que está sendo

automatizada, bem como das ações tomadas pelo sistema de automação [3].

Sistemas supervisores são usualmente empregados com a finalidade de tornar possível o

reconhecimento de possíveis falhas em componentes da planta antes que essas falhas ocorram

efetivamente, partindo-se da premissa que a eminente ocorrência de uma falha geralmente pode ser

detectada através de maus funcionamentos e pequenas anomalias no comportamento do sistema

antes que a falha realmente ocorra.

3.3.2. Funcionamento

Os sistemas supervisórios permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações de um

processo produtivo ou instalação física. Tais informações são coletadas através de equipamentos de

18

aquisição de dados e, em seguida, manipuladas, analisadas, armazenadas e posteriormente,

apresentadas ao usuário. Estes sistemas também são chamados de SCADA.

Os primeiros sistemas SCADA, basicamente telemétricos, permitiam informar

periodicamente o estado corrente do processo industrial, monitorando sinais representativos de

medidas e estados de dispositivos, através de um painel de lâmpadas e indicadores, sem que

houvesse qualquer interface aplicacional ao operador.

Atualmente, os sistemas de automação industrial utilizam tecnologias de computação e

comunicação para automatizar a monitoração e controle dos processos industriais, efetuando coleta

de dados em ambientes complexos, eventualmente dispersos geograficamente, e a respectiva

apresentação de modo amigável para o operador, com recursos gráficos elaborados (interfaces

homem-máquina) e conteúdo multimídia.

Para permitir isso, os sistemas SCADA identificam os tags, que são todas as variáveis

numéricas ou alfanuméricas envolvidas na aplicação, podendo executar funções computacionais

(operações matemáticas, lógicas, com vetores ou strings, etc) ou representar pontos de entrada/saída

de dados do processo que está sendo controlado. Neste caso, correspondem às variáveis do processo

real (ex: temperatura, nível, vazão etc), se comportando como a ligação entre o controlador e o

sistema. É com base nos valores das tags que os dados coletados são apresentados ao usuário.

Os sistemas SCADA podem também verificar condições de alarmes, identificadas quando o

valor do tag ultrapassa uma faixa ou condição pré-estabelecida, sendo possível programar a

gravação de registros em Bancos de Dados, ativação de som, mensagem, mudança de cores, envio

de mensagens por pager, e-mail, celular, etc.

Os componentes físicos de um sistema de supervisão podem ser resumidos, de forma

simplificada, em: sensores e atuadores, rede de comunicação, estações remotas (aquisição/controle)

e de monitoração central (sistema computacional SCADA).

Os sensores são dispositivos conectados aos equipamentos controlados e monitorados pelos

sistemas SCADA, que convertem parâmetros físicos tais como velocidade, nível de água e

temperatura, para sinais analógicos e digitais legíveis pela estação remota. Os atuadores são

utilizados para atuar sobre o sistema, ligando e desligando determinados equipamentos.

19

O processo de controle e aquisição de dados se inicia nas estações remotas, PLCs

(Programmable Logic Controllers) e RTUs (Remote Terminal Units), com a leitura dos valores

atuais dos dispositivos que a ele estão associados e seu respectivo controle.

Os PLCs e RTUs são unidades computacionais específicas, utilizadas nas instalações fabris

(ou qualquer outro tipo de instalação que se deseje monitorar) para a funcionalidade de ler entradas,

realizar cálculos ou controles, e atualizar saídas.

A diferença entre os PLCs e as RTUs é que os primeiros possuem mais flexibilidade na

linguagem de programação e controle de entradas e saídas, enquanto as RTUs possuem uma

arquitetura mais distribuída entre sua unidade de processamento central e os cartões de entradas e

saídas, com maior precisão e seqüenciamento de eventos.

A rede de comunicação é a plataforma por onde as informação fluem dos PLCs/RTUs para o

sistema SCADA e, levando em consideração os requisitos do sistema e a distância a cobrir, pode ser

implementada através de cabos ethernet, fibras ópticas, linhas dial-up, linhas dedicadas, rádio

modems, etc.

As estações de monitoração central são as unidades principais dos sistemas SCADA, sendo

responsáveis por recolher a informação gerada pelas estações remotas e agir em conformidade com

os eventos detectados, podendo ser centralizadas num único computador ou distribuídas por uma

rede de computadores, de modo a permitir o compartilhamento das informações coletadas.

Figura 9 – Sistema simplificado de supervisão e controle

20

3.4. CNC

3.4.1. Introdução

Um sistema de controle numérico comanda as ações de uma ou mais máquinas por

interpretação automática de instruções expressas em números. A palavra "interpretação" refere-se a

conversão de alguns ou todos os dados numéricos, como distancias, ângulos, temperaturas,

concentrações, etc. Estas são quantidades mensuráveis cujas magnitudes podem ser expressa

numericamente, assim como numero de pessoas ou quantia em dinheiro. Uma máquina

numericamente controlada, recebe informações em forma digital. Números em códigos indicando

dimensões de peças que podiam ser produzidos em cartões perfurados na década de 60 (sistemas de

transmissões de dados deste tipo era possível ser encontrado até na década de 80), eletronicamente

gravados em fita magnética, como é mais comum atualmente em disquetes ou até mesmo num

banco de dados centralizado. Operações de manufatura têm sido usadas com auxilio do controle

numérico com muito sucesso, e cada dia mais percebemos possibilidade mais generalizadas de

sistemas alimentados com informações CNC (desde as máquinas de usinagem CNC até maquinas

de costura ou de bordar).

Nos meios industriais e nos fabricantes, o termo CNC é dito como comando numérico

computadorizado, um termo que na verdade diz muito pouco por si só e necessita de uma melhor

definição.

Um CLP combinado com um acionamento e um servomotor, é capaz de controlar em

velocidade e posição um eixo de movimento; mas como fazer para gerar uma interpolação de dois

ou mais eixos em uma função linear do tipo Y=aX, onde “a” é uma variável real qualquer ou outros

sincronismos?

Com certeza, o software de CLP deveria ter em sua estrutura todo um algoritmo de

interpolação, que certamente consumiria mais do processador e memória. Após essa constatação, a

indústria passou a trabalhar em um produto derivado do CLP, que já possuía muitos algoritmos de

interpolação, e denominou-o de CNC, que era capaz de executar o movimento de um único eixo

para uma determinada posição e com uma determinada velocidade.

21

No começo, o CNC se resumia a isso, fazer um movimento de um único eixo ou até dois

eixos simultâneos, ou até mesmo dois eixos sincronizados, que mesmo com distâncias diferentes a

percorrer, eles iniciavam e terminavam juntos os movimentos.

Hoje, os CNC’s são mais utilizados em máquinas de usinagem (centros de usinagem).

Podem ter n eixos, dependendo da aplicação. As posições dos eixos são transmitidas de diversas

formas, sendo que a mais usual delas é o uso de encoders. Também são utilizados resolvers e alguns

tipos de transdutores.

Figura 10 – CNC’s das marcas FAGOR e Siemens respectivamente

A introdução do CNC na indústria mudou radicalmente os processos industriais. Curvas são

facilmente cortadas, complexas estruturas com 3 dimensões tornam-se relativamente fáceis de

produzir e o número de passos no processo com intervenção de operadores humanos é

drasticamente reduzido. O CNC reduziu também o número de erros humanos (o que aumenta a

qualidade dos produtos e diminui o retrabalho e o desperdício), agilizou as linhas de montagens e

tornou-as mais flexíveis, pois a mesma linha de montagens pode agora ser adaptada para produzir

outro produto num tempo muito mais curto do que com os processos tradicionais de produção.

Acompanhando o desenvolvimento tecnológico da informática e a tendência por uma interatividade

cada vez maior com o usuário, o código e linguagem de máquina também evoluíram.

3.5. ROBÔ INDUSTRIAL

3.5.1. Introdução

O termo robô tem origem na palavra checa robota, que significa "trabalho forçado". O robô

presente no imaginário mundial teve origem numa peça do dramaturgo Karel Čapek, na qual existia

um autômato com forma humana, capaz de fazer tudo em lugar do homem.

22

Os robôs industriais são, de todos os equipamentos usados na automação industrial, aqueles

que apresentam melhor índice de custo de produção por unidade de produto, em função do volume

de produção, para pequenos/médios volumes de produção. Ora esse é o caso da esmagadora maioria

das pequenas e médias empresas, existentes nos países desenvolvidos ou em vias de

desenvolvimento. Na verdade, dadas às características de mercado (elevada concorrência, produtos

definidos em parte pelos clientes, produtos com tempos de vida curtos, exigência crescente de mais

qualidade e mais baixo preço, etc.), as empresas produzem essencialmente por encomenda e não

arriscam estoques (para além dos indispensáveis estoques de segurança), pelo que as produções são

de pequena e média escala. Essa é talvez a razão da utilização crescente de robôs em ambiente

industrial.

Figura 11 – Robô industrial da marca KUKA

Um robô industrial é oficialmente definido pela ISO como um "manipulador multipropósito

controlado automaticamente, reprogramável, programável em três ou mais eixos". O campo da

robótica industrial pode ser definido como o estudo, desenvolvimento e uso de sistemas robóticos

para a manufatura (uma definição de alto-nível baseada na definição anterior de robô).

23

Figura 12 – Robôs industriais realizando a montagem da porção inferior de veículos.

3.5.2. Histórico

George Devol recebeu as primeiras patentes sobre robótica em 1954. A primeira companhia

a produzir um robô industrial foi a Unimation, fundada por George Devol e Joseph F. Engelberger

em 1956, sendo baseada nas patentes originais de Devel. Os robôs da Unimation também eram

chamados de "máquinas de transferência programadas", visto que sua principal função era a

transferência de objetos de um ponto a outro. Elas utilizavam atuadores hidráulicos e eram

programados com "conjuntos de coordenadas", podemos considerar como exemplo um robô em que

os ângulos de todas as juntas são armazenados durante uma fase de aprendizagem, e então repetidos

durante a operação normal. Por muito tempo o único concorrente da Unimation foi a Cincinnati

Milacron, de Ohio. Isto mudou radicalmente durante os anos 70, quando um grande número de

conglomerados japoneses começou a produzir robôs industriais similares. A Unimation havia obtido

patentes nos Estados Unidos, porém não as obteve no Japão, que se recusou a seguir as leis de

patentes internacionais, de modo que os projetos foram copiados.

Em 1969 Victor Scheinman inventou o braço de Stanford na Universidade de Stanford, um

robô articulado de 6 eixos, totalmente elétrico, projetado de modo a permitir uma solução utilizando

a anatomia de um braço. Isto permitiu que o robô fosse capaz de seguir precisamente caminhos

arbitrários no espaço e aumentou as possibilidades de utilizar robôs em aplicações mais sofisticadas

tais como montagem e soldagem. Scheinman em seguida projetou um segundo braço para o MIT AI

Lab, chamado de "braço do MIT". Sheinman vendeu seus projetos para a Unimation, a qual o

24

desenvolveu com o auxílio da General Motors e posteriormente o comercializou como a Máquina

Programável Universal para Montagem (PUMA). Em 1973, a KUKA construiu seu primeiro robô

industrial, conhecido como FAMULUS, sendo este o primeiro robô industrial articulado a possuir

seis eixos controlados eletronicamente.

O interesse na robótica industrial aumentou no final dos anos 70 e muitas companhias

entraram no campo, incluindo grandes empresas como a General Eletric e a General Motors (que

formaram o empreendimento FANUC Robotics junto com a FANUC do Japão). Dentre as empresas

norte-americanas temos a Automatix e a Adept Technology. No momento mais intenso do

crescimento da robótica em 1984, a Unimation foi comprada pela Westinghouse por 107 milhões de

dólares. A Westinghouse vendeu a Unimation para a Stäubli Faverges SCA, da França, em 1988. A

Stäubli ainda fabricava robôs articulados para a indústria em geral e aplicações de limpeza até o ano

de 2004 e havia inclusive comprado a divisão de robótica da Bosch no mesmo ano.

Eventualmente a visão limitada da indústria americana foi substituída pelos recursos

financeiros e grande mercado interno usufruído pelas indústrias japonesas. Apenas um pequeno

número de companhias não-japonesas foi capaz de se manter nesta área, incluindo a Adept

Technology, a Stäubli-Unimation, a companhia Sueca-Suíça ABB (ASEA Brown-Boveri), a

construtora da Áustria igm Robotersysteme AG e a companhia Alemã KUKA Robotics.

3.5.3. Tipos de Robôs

As configurações de robôs utilizadas mais comumente na automação industrial incluem os

robôs articulados (o tipo mais comum), os robôs SCARA, e os robôs cartesianos (também

conhecidos como robôs x-y-z). No contexto da robótica geral, a maior parte dos robôs industriais

seria categorizada como braços robóticos (inerente no uso da palavra “manipulador” mencionado na

definição da ISO).

Os robôs industriais possuem diferentes níveis de autonomia. Alguns robôs são programados

para realizarem ações repetidamente sem nenhuma variação, com um nível elevado de precisão.

Estas ações são determinadas por rotinas pré-programadas que especificam a direção, aceleração,

velocidade e distância de uma série de movimentos coordenados. Outros são mais flexíveis com

relação à orientação do objeto em que trabalham ou com o trabalho que realizam sobre o objeto, o

qual pode eventualmente ser identificado pelo robô. Por exemplo, para uma orientação mais precisa,

25

os robôs geralmente contém câmeras, ligadas a computadores ou controladores. A inteligência

artificial, e suas variações, possui uma importância crescente nos robôs industriais modernos.

3.5.4. Aplicações

As aplicações típicas dos robôs industriais incluem fundição, pintura, soldagem, montagem,

movimentação de cargas, inspeção de produtos, e realização de teste, tudo realizado com uma

precisão, velocidade, e robustez relativamente elevadas.

3.5.5. Fabricantes de Robôs

Nos dias atuais, existem muitos fabricantes de robôs usados nas mais diversas indústrias. A

Seguir, o nome dos principais fabricantes em todo o mundo: ABB, Adept, Janome, Cloos GmbH,

Comau, DENSO Robotics, Epson Robots, FANUC Robotics, HYUNDAI Robotics, Kawasaki,

KUKA, Nachi, Nidec Sankyo, OTC, Stäubli Robotics, Yaskawa-Motoman, entre outros.

26

4. RETROFITTING INDUSTRIAL

4.1. O QUE É RETROFITTING INDUSTRIAL?

O retrofitting, ou simplesmente retrofit de máquinas e equipamentos industriais, também

conhecidos como reforma ou modernização, pode ser a solução para empresas que pretendem dar

uma “sobrevida” para máquinas antigas, ou seja, fazer com que essas máquinas tenham um tempo

maior de funcionamento, desde que mantenham um bom estado de conservação mecânica.

Essa necessidade é crescente, uma vez que a eletrônica das máquinas, equipamentos e

sistemas evoluiu muito nos últimos anos e continua em rápida evolução.

Basicamente, no retrofit, há a troca dos comandos eletrônicos por outros de última geração,

troca de peças antigas por novas e também de componentes e acionamentos antigos por modernos e

mais confiáveis.

Nas figuras 2 e 3, são mostrados painéis elétricos de diferentes épocas, o primeiro

comandado por contatores e relés antigos, produtos dos quais não existem mais no mercado, o outro

possui módulos de potência de CNC que controlam a potência do motor em máquinas CNC.

Figura 13 – Painel elétrico comandado por contatores antigos

27

Figura 14 – Módulos de potência de uma máquina comandada por um CNC

A seguir, na figura 4, são apresentadas fotos de um painel elétrico com tecnologias

diferentes, um ainda original, com equipamentos utilizados desde a fabricação e outro já com a

técnica do retrofitting implementado.

Figura 15 – Painél elétrico antes e depois do retrofitting

28

O retrofitting é, geralmente, uma prática interessante para quem deseja eliminar ou

minimizar algum problema gerado pelo processo ou equipamento utilizado anteriormente [4].

O retrofitting de um equipamento ou processo produtivo visa também a sua otimização,

obtendo produtos com um custo unitário reduzido em um tempo menor e com uma maior

uniformidade. Isto é conseguido indiretamente quando alcançados os seguintes objetivos:

• Aumentar e controlar a qualidade do produto;

• Incrementar a produtividade;

• Aumentar a confiabilidade do processo;

• Disponibilizar os dados referentes ao processo para análise;

• Aumentar a segurança em relação às pessoas e ao ambiente.

A implantação do retrofitting proporciona também, a melhora estética e em muitos casos é

utilizado em empresas que necessitam minimizar as perdas por manutenção, com recursos mais

simples de programação e uma maior disponibilidade de peças de reposição por um maior tempo.

Hoje em dia, também está sendo muito utilizado no controle de processos, onde se exige

muito em termos de precisão e uma resposta mais rápida.

O preço das reformas é baseado no projeto e na tecnologia incorporada, por exemplo:

sistemas de controle, CLPs, softwares etc. O preço final do Retrofit busca sempre ser inferior ao de

uma máquina, equipamento ou sistema novo [5].

4.2. EXEMPLO DE RETROFITTING

Foi utilizada uma máquina empregada no processo de fabricação de pistões para motores de

carros.

4.2.1. Funcionamento

Essa máquina funciona da seguinte maneira: o operador da máquina pressiona os botões de

controle bi-manual, fazendo com que uma parte da máquina (chamada coquilha, que se parece com

uma panela) se feche. Com as coquilhas fechadas, o operador coloca o alumínio derretido dentro

29

dessa coquilha e pressiona um botão para abaixar a tampa e iniciar a solidificação. Após um sensor

indicar que a tampa está em baixo, inicia-se a solidificação, resfriando por um tempo ajustado pelo

operador. Depois da contagem desse tempo, a máquina volta ao seu estado inicial e é acionado um

jato de ar comprimido para limpeza das coquilhas, enquanto um outro sistema faz a retirada da peça

solidificada. Após a retirada da peça e da limpeza das coquilhas, a máquina está apta iniciar o

processo de outra peça.

4.2.2. Painel Elétrico

O painel elétrico responsável pelo comando das operações da máquina foi trocado ao invés

de simplesmente instalar alguns equipamentos de melhoria.

Nesse caso, no painel existente na máquina, havia uma série de contatores, relés e

temporizadores que faziam o sincronismo da máquina e, com isso, os devidos movimentos para a

execução do processo.

No novo painel elétrico, todos os contatores, relés e temporizadores foram substituídos por

um CLP e uma IHM. Através desta IHM obteve-se a possibilidade do ajuste do tempo através de

um teclado e um display, no qual o operador pôde inserir o tempo preciso para os devidos fins.

Esse sistema também auxiliou no processo de setup – processo no qual há a troca de produto

que uma determinada máquina irá produzir –, pois o usuário pôde selecionar qual das partes ele iria

ajustar através da IHM.

Nesse painel, foram inseridos vários relés responsáveis por acionar as válvulas. Foi feito isso

para que não houvesse uma sobrecarga de corrente no bloco de saídas do CLP, uma vez que este

possui um limite baixo de corrente nas suas saídas.

A seguir, são apresentadas fotografias de duas máquinas onde foi empregado o retrofitting,

podendo fazer a comparação entre o antes e depois, baseados em organização do painel, estética do

painel e espaço livre para futuras melhorias. As máquinas apresentadas são as máquinas MG9 e

MG20.

30

Figura 16 – Painel elétrico da máquina MG9 antes da reforma

Figura 17 – Painel elétrico da máquina MG9 depois da reforma

31

Figura 18 – Painel da máquina MG20 antes da reforma

Figura 19 – Painel da máquina MG20 antes da reforma

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Figura 20 – Painel da máquina MG20 depois da reforma

Figura 21 – Painel da máquina MG20 depois da reforma

33

Figura 22 – Painel da máquina MG20 depois da reforma

4.2.3. Resultados

A máquina MG20 obteve resultados expressivos de melhora após a implantação do

retrofitting. Com o painel elétrico antigo, e conseqüentemente, toda a parte de controle do processo

antigo, a máquina produzia 58 peças por hora em média, com um tempo total de ciclo de 62

segundos. O setup desta máquina durava em média 43 minutos, entre troca de ferramental e ajuste

de tempo e de sensores de posicionamento.

Já com o painel comandado pelo CLP, o tempo de setup reduziu-se para 32 minutos em

média, também entre o ferramental e os ajustes de tempo e sensores. A quantidade de peças

produzidas por hora também melhorou, passando a produzir 60 peças por hora, com um tempo de

ciclo de 1 minuto.

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Em termos de economia, também houve melhora, pois com a máquina atuando com os

comandos antigos, repletos de contatores e relés, consumia cerca 2,3kW/h, e com o comando a CLP

passaram a consumir aproximadamente 1,35kW/h.

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

35

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o avanço da tecnologia utilizada nos sistemas de manufaturas, entre eles a automação,

existe hoje a necessidade de equipamentos com alto desempenho capazes de suprir a demanda de

produção e variabilidade dos processos.

Entre os equipamentos apresentados, o CLP e o Inversor de freqüência são os produtos mais

utilizados no uso desta técnica, uma vez que proporciona benefícios de programação e controle com

um custo relativamente baixo.

O CLP foi o equipamento escolhido na implantação da reforma da máquina de fundir,

atendendo perfeitamente às expectativas de programação, o que facilitou e reduziu o tempo de setup

e manutenção, criando possibilidades econômicas para melhorias futuras, como a implantação de

sistemas de retirada de peças automáticos.

Outros equipamentos, como o Robô Industrial e o CNC, possuem aplicações mais

especificas de um determinado processo, como o torneamento de materiais, soldagens industrias,

entre outros, fato que faz com que esses equipamentos possuam um custo elevado em relação a

outras tecnologias.

[FIM DE SEÇÃO. Não remova esta quebra de seção]

36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] RASHID, Muhammad Harunur. Power Electronics – Circuits, devices and applications. 2ª ed. Prentice Hall, New Jersey: 1993

[2] VARELLA, Ricardo. Apostila Automação Industrial. Campinas, 1998.

[3] Gourgand, Michel e Tanguy, Alain. A Simula Object-Oriented Modelling Enviroment. Object Oriented Simulation, SCS, 1993

[4] PANSIERA, Paulo Eduardo. Retrofitting – Atualização. Mecatrônica Atual, nº 4, Junho 2002

[5] www.siemens.com.br/retrofit - último acesso 20/10/2007