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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA – MESTRADO LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO ESPORTE HELTON MAGALHÃES DIAS ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO CALLEGARI ZANETTI São Paulo 2018

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

FÍSICA – MESTRADO

LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO

REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO

ESPORTE

HELTON MAGALHÃES DIAS

ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO CALLEGARI ZANETTI

São Paulo

2018

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

FÍSICA – MESTRADO

LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO

REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO

ESPORTE

HELTON MAGALHÃES DIAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Educação Física

da Universidade São Judas Tadeu, para

obtenção do título de Mestre em Educação

Física, sob a orientação do Professor Dr.

Marcelo Callegari Zanetti.

São Paulo

2018

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Dias, Helton Magalhães D541r Revisão sistemática das estratégias de recuperação no esporte / Helton

Dias Magalhães. - São Paulo, 2019. f.: il.; 30 cm.

Orientador: Marcelo Callegari Zanetti. Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,

2019. 1. Esporte 2. Revisão. 3. Treinamento. I. Zanetti, Marcelo Callegari. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. III. Título

CDD 22 – 796

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Universidade São Judas Tadeu

Bibliotecária: Cláudia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

FÍSICA – MESTRADO

LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO

REVISÃO SSITEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO

ESPORTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da

Universidade São Judas Tadeu, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em

Educação Física, sob a orientação do Professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________________

Professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti

Orientador – Universidade São Judas Tadeu

______________________________________________________________________

Professora Dra. Maria Regina Ferreira Brandão

Universidade São Judas Tadeu

______________________________________________________________________

Professor Dr. Ricardo Luís Fernandes Guerra

Universidade Federal de São Paulo

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DEDICATÓRIA

A minha mãe Maria Helena,

Pois ela me ensinou o maior dos conhecimentos distante das leituras, Não depende de palavras ou letras;

O que ela me ensinou aponta diretamente para alma, Observando a natureza do amor.

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AGRADECIMENTOS

Eu nunca teria sido capaz de escrever essa dissertação se não fosse pelo trabalho do

professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti. Agradeço-o profundamente por ter contribuído na

minha formação não só no mestrado, mas também em diversos aspectos da vida, além de ter

me conduzido no conhecimento a respeito de ciência. Sou profundamente grato pela

permissão que me dá a o dizer sou seu aluno! Por tudo isso, eu nunca serei suficientemente

grato.

Meus agradecimentos especiais ao Professor Luís Felipe Tubagi Polito por ter me

aberto as portas do grupo de Estudos em Psicofisiologia e Treinamento Aplicado ao Esporte e

ao Exercício (GEPTAEE) e me iniciado na pesquisa científica.

Agradeço ao Marcelo Villas Boas Júnior pela enorme parceria e por todo trabalho que

temos desempenhado durante esses últimos dois anos! Grande parceiro de pesquisa e irmão

para todas as horas!

Agradeço a todo programa de stricto sensu da universidade São Judas, aos professores,

aos funcionários da secretaria e todos aqueles que contribuem para estrutura da universidade.

Agradeço aos meus amigos do GEPTAEE que durante esta trajetória participamos

com trabalhos em diverso eventos científicos, além de trabalharmos para a realização do

evento próprio do nosso grupo de estudos. São amigos de estudos e amigos para vida.

Gostaria de agradecer ao Caio Araújo, César, Paulo Inácio, Sérgio Ruben, Marcelo Dourado,

João Tunin, Marcelo Anastácio, Yago Carneiro e Fernando Fernandes pela parceria durante

esses anos! Que venham mais anos de parceria!

Gostaria de agradecer também aos amigos do Grupo de Estudos de Psicologia da

Universidade São Judas (GEPEE). Foram amigos que conheci durante minha trajetória no

mestrado e que também levo para a vida: Alexandre Carlos Falconi, Thiago Amorim, Antônio

de Souza Júnior, Mariana de Freitas Corrêa, Marcia Sermarini, Luiz Fernando Santos Tross e

Graziela Néspoli Feltran. Temos realizados grandes trabalhos juntos!

Às minhas amigas e companheiras de sala Mayra Trevisani e Luana Queiroga!

Obrigado por nossas manhãs e tardes descontraídas!

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RESUMO

Verifica-se que durante o processo de treinamento é necessário combinar estímulos e

condições de recuperação para possibilitar que o atleta se adapte aos estímulos e cargas de

treinamento. Dessa forma, o levantamento sistemático da literatura com procedimentos

adequados e que proporcionem uma síntese e compreensão das estratégias de recuperação

pode contribuir para com o entendimento do fenômeno recuperação. Nesse sentido, o objetivo

do presente estudo foi investigar as diferentes estratégias de recuperação e suas respectivas

respostas no contexto esportivo. Para tanto, foi adotada a revisão sistemática como método de

investigação, que foi precedida pelas buscas de escopo, delimitação da pergunta de pesquisa e

método de busca. Para a construção da pergunta de pesquisa, assim como a definição das

palavras-chave e critérios de inclusão foi utilizada a estratégia PICO. A busca de literatura foi

realizada entre 01/12/2018 e 12/12/2018 nas bases de dados: Embase, SPORTDiscus,

PubMed, Scielo e no Portal BVS. Foram utilizados os vocábulos próprios de cada base de

dados e os resultados das buscas foram armazenados no software gerenciador de referencias

EndNote®. O protocolo da presente revisão foi registrado na base de dados PROSPERO sob

o número CRD42018100815, com o objetivo de garantir a transparência no processo de

revisão e evitar o viés de relatório. As buscas resultaram em 9607 estudos levantados nas

bases de dados, dos quais 3032 estudos duplicados foram eliminados duplicados e

permaneceram 6575 para triagem. A triagem dos estudos foi por dois revisores de forma

independente e em duas etapas: 1) leitura de título e resumo e 2) leitura de texto completo.

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram incluídos 102 estudos. Os estudos

foram lidos na íntegra e extraídos dados relevantes para a presente revisão sistemática. Foram

identificados 18 tipos de métodos e 49 tipos de meios de recuperação. Os resultados da

presente revisão sistemática apontam que estratégias com imersão em água fria durante a

recuperação pós-exercício, redução do volume durante a fase de treinamento recuperativo e

estratégias psicológicas apresentam efeitos positivos no processo de recuperação. No entanto,

as respostas de perceptivas dos atletas exercem papel importante nesse processo e devem ser

combinada com índices fisiológicos e desempenho para possibilitar melhor recuperação do

treinamento.

Palavras-chave: Revisão Sistemática, Recuperação, Esportes, Treinamento.

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ABSTRACT

It is verified that during the training process it is necessary to combine stimuli and recovery

conditions to allow the athlete to adapt to the stimuli and training loads. Thus, a systematic

review of the literature with adequate procedures and that provide a synthesis and

understanding of recovery strategies can contribute to the understanding of recovery. In this

sense, the objective of the present study was to investigate the different recovery strategies

and their respective responses in the sport context. For this, a systematic review was adopted

as a research method, which was preceded by the scope searches, delimitation of the research

question and search method. For the construction of the research question, as well as the

definition of the keywords and inclusion criteria, the PICO strategy was used. The literature

search was performed between 12/01/2018 and 12/12/2018 in the databases: Embase,

SPORTDiscus, PubMed, Scielo and in the BVS Portal. The proper terms of each database

were used and the search results were stored in the EndNote® reference management

software. The protocol of this review was recorded in the PROSPERO database under the

number CRD42018100815, in order to guarantee transparency in the review process and

avoid reporting bias. The searches resulted in 9607 studies raised in the databases, of which

3032 duplicate studies were deleted duplicated and remained 6575 for screening. The study

was screened by two reviewers independently and in two stages: 1) title and abstract reading

and 2) full text reading. After the inclusion and exclusion criteria, 102 studies were included.

The studies were read in full and extracted data relevant to this systematic review. We

identified 18 types of methods and 49 types of recovery media. The results of this systematic

review indicate that strategies with cold water immersion during post-exercise recovery,

volume reduction during the recuperative training phase, and psychological strategies have

positive effects in the recovery process. However, the perceptual responses of athletes play an

important role in this process and should be combined with physiological indexes and

performance to enable a better recovery of training.

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................................... 7 LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... 10 LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... 11 LISTA DE APÊNDICES .................................................................................................................... 12 LISTA DE ANEXOS ........................................................................................................................... 13 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS .................................................................................... 14 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA............................................... 15 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 15 1.1. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 18 1.2. Bases teóricas do treinamento ................................................................................................ 18 1.3. Recuperação ............................................................................................................................. 25 1.3.1. Carga de treinamento ......................................................................................................... 35 1.3.2. Aspectos fisiológicos e psicológicos da recuperação e seu monitoramento .................... 39 1.4. Revisão Sistemática ................................................................................................................. 43 CAPÍTULO 2 - JUSTIFICATIVA, PERGUNTA DO ESTUDO, OBJETIVOS E HIPÓTESES.46 2. JUSTIFICATIVA E PERGUNTA DO ESTUDO .................................................................... 46 2.1. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 47 2.1.1. Objetivo geral ...................................................................................................................... 47 2.1.2. Objetivos específicos ........................................................................................................... 47 2.2. HIPÓTESE .............................................................................................................................. 47 2.2.1. Hipótese geral ...................................................................................................................... 47 2.2.2. Hipóteses específicas ........................................................................................................... 48 CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODO...................................................................................... 49 3. MÉTODO ..................................................................................................................................... 49 3.1. Materiais .................................................................................................................................. 49 3.2. Delineamento do Estudo ......................................................................................................... 50 3.3. Pesquisa de Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo ............................... 51 3.3.1. Definição das bases de dados e eleição das palavras-chave ............................................. 53 3.3.2. Definição dos Critérios de Inclusão e Exclusão ................................................................ 55 3.4. Buscas nas bases de dados ...................................................................................................... 58 3.1. Extração e análise dos dados .................................................................................................. 63 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO. ........................................................................... 64 4. RESULTADOS ............................................................................................................................ 64 5. DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 129 CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO. ...................................................................................................... 134 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 135 APÊNDICES ...................................................................................................................................... 152 ANEXOS ............................................................................................................................................ 155

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fases da supercompensação ................................................................................................... 20 Figura 2. Ciclos de supercompensação ................................................................................................. 21 Figura 3. Modelo de Condicionamento Fadiga ..................................................................................... 23 Figura 4. Marco Teórico dos estudos sobre Recuperação ..................................................................... 28 Figura 5. Tipos diferentes de redução de carga ..................................................................................... 39 Figura 6. Delineamento das etapas do estudo ....................................................................................... 51 Figura 7. Etapas da Revisão Sistemática ............................................................................................... 62 Figura 8. Fluxograma parcial da Revisão Sistemática .......................................................................... 65 Figura 9. Modalidades Investigadas ...................................................................................................... 74 Figura 10. Período das Publicações ....................................................................................................... 75

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Características de overreaching funcional, overreaching não funcional e overtraining ........ 34 Tabela 2. Classificação de microciclos ................................................................................................. 37 Tabela 3. Itens da Estratégia PICO ....................................................................................................... 52 Tabela 4. Classificação das palavras-chave em inglês, espanhol e português de acordo com a estratégia PICO para Mesh Terms, Thesaurus e DeCS ......................................................................................... 55 Tabela 5. Estratégias de buscas nas bases de dados .............................................................................. 59 Tabela 6. Dados Descritivos dos Participantes de cada estudo ............................................................. 66 Tabela 7. Métodos de Recuperação ....................................................................................................... 76 Tabela 8. Meios de Recuperação ........................................................................................................... 85 Tabela 9. Fases da recuperação observadas nos estudos ....................................................................... 97 Tabela 10. Tipos de métodos de recuperação observados nos estudos ................................................. 97 Tabela 11. Tipos de meios de recuperação observados nos estudos ..................................................... 97 Tabela 12. Tipos de Métodos observados nos estudos .......................................................................... 98 Tabela 13. Tipos de Meios de recuperação observados nos estudos. .................................................... 98 Tabela 14. Desfechos observados ....................................................................................................... 100 Tabela 15. Sumarização dos procedimentos, medidas e resultados .................................................... 102

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LISTA DE APÊNDICES

Apêndice I. Ficha de elegibilidade utilizada durante a 2ª etapa de triagem dos estudos..................... 152 Apêndice II. Ficha de extração de dados ............................................................................................. 153

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LISTA DE ANEXOS

Anexo II. Comunicado de registro do projeto de revisão sistemática no PROSPERO ....................... 155

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS

‘ = minutos “ = segundos < = menor que > = maior que ≈ = semelhante ↑= aumentou ↓= reduziu °C = graus célsius ♀ = Feminino ♂ = Masculino ATP= Adenosina Trifosfato CE = Critério de Exclusão CET= Carga externa de Treinamento CHO= Carboidrato CI = Critério de inclusão CIT= Carga interna de Treinamento DALDA = Daily Analyses of Life Demands DeCS = Descritores em ciências da Saúde ECRs = Ensaios Clínicos Randomizados h = horas IAC = imersão em água com contraste IAF = imersão em água fria Lac = Concentração de lactato m = metros Mesh terms = Medical Subject Headings MMII = Membros Inferiores N = Número da amostra NA = Não se aplica

NR = Não Relatado Nut = nutricional PEER = Percepção da eficácia da estratégia de Recuperação PICO = acrônimo para População, Intervenção, Comparação e Outcome (desfecho) POMS = Profile Mood States Portal BVS = Biblioteca Virtual em Saúde PósE = Pós exercício PSBE = Percepção subjetiva de bem estar PSD = Percepção subjetiva de dor PSE = Percepção Subjetiva de Esforço PSF= Percepção Subjetiva de Fadiga PSR = Percepção Subjetiva de Recuperação RecA =Recuperação Ativa RecComb = Recuperação Combinada RecP = Recuperação Passiva RESTQ-36-R-Sport = Reduced Recovery-Stress Questionnaire for Athletes RESTQ-76 = Recovery-Stress Questionnaire for Athletes RMP= relaxamento muscular progressivo SAG= Síndrome de adaptação geral T:C= Razão testosterona e cortisol TQR = Total Quality Recovery Scale VC = Vestuário de Compressão �̇�𝑉O2 máx= Consumo máximo de Oxigênio

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA

1. INTRODUÇÃO

O treinamento esportivo se configura como um processo sistematizado e organizado

em que o organismo é submetido constantemente a estímulos estressores de volume e

intensidade variados, com o objetivo de proporcionar determinadas adaptações associadas a

incrementos no desempenho esportivo (BISHOP; WOODS, 2008; BOMPA; HAFF, 2012). O

conceito multidimensional de desempenho está relacionado à influências recíprocas entre

aspectos fisiológicos e psicológicos e a padrões coletivos ou individuais de comportamento,

os quais são dependentes de habilidades e capacidades. O desempenho é determinado pelo

desenvolvimento de habilidades ou capacidades específicas para se adaptar às condições

contextuais do ambiente, assim como a realização contínua e reprodutível em situações de

competição (KELLMANN et al., 2018).

A adaptação é um termo chave para a teoria do treinamento esportivo e pode ser

definida como uma relação de dose-resposta do organismo frente a um determinado agente

estressor e consiste no processo em que o indivíduo se adequa às condições contextuais e

socioculturais, que o levam à melhora morfológica e funcional do organismo, assim como a

sua capacidade de resistir aos estímulos ambientais (VERKHOSHANSKY; SIFF, 2009).

Dessa forma, a no contexto esportivo, a adaptação pode ser entendida como alterações

fenotípicas, de caráter morfológico funcional, devido à exposição aos estímulos estressores do

ambiente. Por sua vez, o estresse é a desestabilização, alterações fisiológicas e/ou,

comportamentais, com repercussões no organismo frente a um desafio (agente estressor) de

natureza física ou psicossocial (positivo ou negativo), que rompe a estabilidade do organismo

e exige assim um esforço de ajuste (PEREIRA; SOUZA JUNIOR, 2011). Alterações no

equilíbrio psicofisiológico são caracterizadas por situações com altas e baixas demandas e

podem, como resultado, incorrer em fadiga, distúrbios do sono e influenciar negativamente o

estado psicológico (KELLMANN; KALLUS, 2001; KELLMANN et al., 2009).

Nesse sentido, durante o processo de treinamento, estes processos estressores e

adaptativos constituem a base dos princípios da adaptação e sobrecarga, os quais postulam

que para haver êxito no processo de treinamento é necessário aplicação de sobrecarga, ou

seja, estímulos constantes e progressivos (ISSURIN, 2018). No entanto, deve-se ter cuidado

para evitar a combinação de sobrecarga excessiva com recuperação inadequada, pois poderá

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incorrer em desequilíbrio entre o estresse e recuperação e desencadear consequências como a

ocorrência de decréscimo no desempenho atlético e fadiga (COUTTS; WALLACE;

SLATTERY, 2007). A fadiga pode ser pode ser entendida como a incapacidade de realizar

esforço muscular ocasionada por mecanismos metabólicos (periférica), neuromusculares

(central) ou de forma integrada (NOAKES, 2007). Na perspectiva psicológica, a avaliação

subjetiva do estresse é fundamental, pois o indivíduo não é passivamente exposto ao estresse,

sendo capaz de influenciar em qualidade e quantidade e consequentemente induzir ou evitar o

estresse. Dessa forma, o estresse pode ter efeitos positivos e negativos, pois a capacidade do

atleta lidar com algum agente estressor e sua recuperação determinará seu estado

psicofisiológico e suas reações subsequentes aos estressores (KELLMANN; KALLUS, 2001;

KELLMANN et al., 2009).

Visto que quanto maior o nível de estresse, maiores são as demandas de recuperação, o

ajuste entre estímulo e recuperação se constitui um recurso importante para gestão da fadiga e

estresse acumulados pelo treinamento (HEIDARI et al., 2018). Assim, verifica-se que durante

o processo de treinamento é necessário combinar estímulos e condições de recuperação como

aspectos de um único processo, ou seja, uma relação adequada entre períodos de sobrecarga e

recuperação para possibilitar que o atleta se adapte aos estímulos e cargas de treinamento

(BISHOP et al., 2008; PLATONOV, 2008). Levando estes fatores em consideração, a

recuperação é totalidade de processos fisiológicos e psicológicos que ocorrem no organismo

após uma carga de trabalho e pode ser definida como um processo dependente do tempo e

influenciado por aspectos psicológicos, fisiológicos e sociais, para que ocorra o

restabelecimento dos recursos pessoais e sua completa capacidade funcional (HEIDARI et al.,

2018; JEFFREYS, 2005).

Considerando esse cenário, observa-se que para o adequado planejamento do

treinamento, a compreensão dos efeitos da carga e integração entre aspectos psicológicos e

fisiológicos no processo de treinamento e recuperação são fundamentais (JÚLIO et al., 2017;

KELLMANN et al., 2018; LIBERATI et al., 2009). No contexto esportivo, circunstâncias

adequadas são fundamentais para maximizar processos de recuperação as quais determinam

os efeitos do treinamento, desempenho esportivo e condições de bem estar do atleta após os

treinamentos ou competições (JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018). Kellmann et al.

(2009) sugere que o intervalo entre os períodos de estresse (treinamento ou competição) inclui

as fases de avaliação, transição e preparação. Durante a fase de avaliação, o atleta processa os

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resultados obtidos na competição ou treinamento e lida com o estresse psicológico e físico

decorrentes deste momento. A fase de transição, por sua vez, leva mais tempo e é

fundamental, pois o objetivo é a recuperação, a qual inclui atividades de formas variadas

como, por exemplo, alimentação, hidratação, sono, atividades sociais ou realizar outras

estratégias individuais de recuperação. Essa fase deve considerar as estratégias individuais

dos atletas, pois em alguns casos, os atletas podem se sentir devidamente recuperados após

um breve cochilo, enquanto outros podem se sentir letárgicos. Por fim, a fase de preparação,

inclui a preparação para a próxima partida e inclui preparação física e mental (KELLMANN

et al., 2009).

No entanto, grande parte das pesquisas (BORIN; GOMES; LEITE, 2008; ROSCHEL;

TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2011; TURNER, 2011) têm avançado o conhecimento sobre

os estímulos de treinamento e pouca atenção tem sido dada às estratégias que possam

promover recuperação (BISHOP et al., 2008; NOGUEIRA et al., 2015). Estudos (BISHOP et

al., 2008; FAUDE, O et al., 2009; KELLMANN et al., 2018; MEYER, TIM et al., 2014;

MUJIKA, IÑIGO et al., 2018; ORTIZ JR et al., 2018) têm destacado que, embora a maioria

das adaptações induzidas pelo treinamento ocorram durante o período de recuperação, a

compreensão sobre este processo, estratégias e medidas ainda não estão totalmente

clarificadas e que os resultados de algumas pesquisas são imprecisos, dificultando a

elaboração de conclusões específicas. Dessa maneira, se faz necessário um levantamento

sistemático da literatura com procedimentos delimitados que proporcionem uma síntese e

compreensão das estratégias de recuperação no esporte.

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18

1.1. REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura constitui o apoio teórico a pesquisa e implica em detectar e

consultar a bibliografia relevante à temática de interesse, com o objetivo de proporcionar uma

perspectiva sobre o grau de desenvolvimento daquele campo de conhecimento (SAMPIERI;

COLLADO; LUCIO, 2013). Dessa forma, o processo realizado para compor essa perspectiva

(revisão) teórica será detalhado no capítulo 3 “Materiais e Métodos”, item 3.3 “Pesquisa de

Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo”, e sua contribuição para a presente

investigação foi de possibilitar a extração e compilação de informações relevantes para

delimitar a problemática pertinente à aérea de estudo (SAMPIERI et al., 2013), assim como

fornecer subsídios à formulação do problema (pergunta da revisão) e protocolo (palavras-

chave, critérios de inclusão e exclusão e planejamento da extração de dados) da revisão

sistemática (BRUNTON; THOMAS, 2017; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017). Destarte,

este processo de pesquisa de escopo, realizada para compor a perspectiva teórica deste estudo,

buscou verificar o grau de desenvolvimento do conhecimento sobre a recuperação no esporte

e aprofundar a compreensão a respeito da temática.

1.2. Bases teóricas do treinamento

A base teórica do treinamento esportivo preconiza que a aplicação de estímulos

constantes, sistematizados, progressivos e variados ao organismo provocam reações e

respostas de adaptação, as quais constituem os objetivos principais do treinamento (ISSURIN,

2018). Como mencionado, a adaptação pode ser definida como uma relação de dose-resposta

do organismo frente a um determinado agente estressor e é a soma de ajustes ocasionados por

episódios de exercício sistematicamente repetidos. Esses ajustes são decorrentes de demandas

específicas e proporcionais à magnitude do estímulo (volume, intensidade e frequência)

(ROSCHEL et al., 2011; TURNER, 2011). Tendo em vista que a recuperação faz parte do

processo de adaptação, se faz necessário entender as teorias que fundamentam a adaptação no

processo de treinamento.

Diversos autores (BOMPA; HAFF, 2012; LA ROSA, 2009; MATVEEV, 1997;

PLATONOV, 2008) têm utilizado a Síndrome de Adaptação Geral (SAG) proposta por Selye

(1950) para fundamentar o processo de treinamento. A SAG postula que os agentes

estressores proporcionam reações e respostas estereotipadas de adaptação e que são divididas

em três fases:

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19

I) Fase de Alarme,

II) Fase de Resistência e

III) Fase de Esgotamento ou exaustão.

Durante a fase de alarme, ocorre aumento das demandas energéticas e intensificação

do metabolismo como forma de compensação e reação ao agente estressor. No entanto, se a

ação do agente estressor se repete sistematicamente; dependendo da receptibilidade do

organismo e da intensidade dos fatores de estresse, há início da fase de resistência que

consiste na substituição dos mecanismos urgentes de adaptação do organismo, que consomem

muita energia, pelas mudanças estruturais e funcionais a longo prazo, que permitem ao

organismo responder ao estresse de maneira mais eficaz e econômica. Entre esses

mecanismos podem ser citados o desenvolvimento de elementos estruturais que asseguram o

aumento de reservas funcionais, como por exemplo, o aumento do volume muscular

(hipertrofia) e aumento do consumo de VO2máx. A fase de resistência constitui o objetivo

principal do processo de treinamento, contudo, se a ação dos agentes estressores for

prolongada ou suas exigências ultrapassarem as possibilidades de adaptação do organismo do

indivíduo, há a manifestação da terceira fase, chamada de esgotamento ou exaustão. A

essência desta fase reside na incapacidade do organismo atender as demandas de energia, pois

a degradação é maior que a velocidade de síntese (SELYE, 1950).

Baseada na SAG, a teoria da supercompensação estipula que a relação entre

treinamento e recuperação conduz a uma adaptação física superior e constitui a base do

princípio de sobrecarga progressiva, implicando que os estímulos de treinamento devem

alternar sistematicamente as cargas e métodos de treinamento, fornecendo períodos adequados

de recuperação (ISSURIN, 2018). Zatsiorsky e Kraemer (2008) também se referem a essa

teoria como “Teoria de um fator”, pois a disposição do atleta parece ser influenciada de

acordo com a variação e disponibilidade de substratos energéticos. Isso se deve ao fato de que

o efeito imediato da aplicação da sobrecarga de uma sessão de treinamento implica na

desestabilização da homeostase e é avaliada por meio da depleção de substâncias químicas

durante o exercício. Assim, como consequência dessa imposição de estresse ao organismo, a

reação de supercompensação de estruturas celulares e de substratos energéticos decompostos

durante o exercício se apresenta como principal fator de explicação para a elevação do

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rendimento físico pelo treinamento. A seguir, na figura 1, são apresentadas as fases do ciclo

de supercompensação.

Figura 1. Fases da supercompensação

Adaptado de Zatsiorskye Kraemer (2008)

A primeira fase do ciclo (depleção) é representada pela queda abrupta na capacidade

funcional, correspondente à depleção dos estoques energéticos por conta da aplicação de

cargas de treinamento, resultando em fadiga periférica e incapacidade de realizar trabalho

físico (BOMPA; HAFF, 2012; NELSON et al., 2001). Na segunda fase do ciclo

(compensação), ocorre a dissipação da fadiga e a recuperação pronunciada da capacidade

fisiológica, marcada pela restauração dos níveis de glicogênio muscular, redução dos níveis

de cortisol circulantes e elevação da capacidade de trabalho até alcançar o nível anterior à

aplicação da carga de treinamento, ou seja, o retorno a homeostase. Esse processo é

progressivo e pode demandar maior ou menor tempo em função da magnitude das cargas

aplicadas, lastro de treinamento, estratégias de recuperação e estado nutricional (ISSURIN,

2018). Por fim, os processos recuperativos não apenas procuram retornar ao ponto de partida

anterior, mas também sobrepujar os níveis iniciais da capacidade anterior

(supercompensação), atingindo um pico na curva da capacidade funcional, o que parece ser

uma pré-disposição do organismo diante de uma nova situação de estresse, podendo ser

relacionada com a fase de resistência da síndrome de adaptação geral. Essa fase é conhecida

como supercompensação, que pode ser marcada por uma elevação na concentração de

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glicogênio (ISSURIN, 2018; MAMEDOVA et al., 2003; NELSON et al., 2001).

Adicionalmente, a cada supercompensação é estabelecido um novo parâmetro de referência, o

que implica em alterações das variáveis fisiológicas e metabólicas diante de uma nova

situação de estresse (BOMPA; HAFF, 2012; ISSURIN, 2018). A interpretação da teoria da

supercompensação consiste que um novo estímulo de treinamento deve ser aplicado durante o

pico da capacidade funcional de trabalho para que haja uma soma de adaptações positivas e

elevação constante da condição física do atleta (ISSURIN, 2018).

Adicionalmente, este modelo teórico prevê situações de treinamento que não

correspondem ao padrão da supercompensação, que podem ocorrer quando os estímulos de

treinamento são aplicados após a fase de supercompensação (estímulo inadequado) ou quando

não são concedidos períodos adequados de descanso durante a fase de compensação

(recuperação insuficiente). A primeira situação é caracterizada por intervalos muito longos

entre as sessões de treinamento, assim a aplicação do estímulo ocorre após a condição

funcional do atleta retornar ao nível de preparação anterior ao estímulo; na segunda situação,

a aplicação de cargas é dissonante aos intervalos de recuperação e consequentemente há

possibilidade de episódios de acúmulo de fadiga e queda da capacidade funcional (ISSURIN,

2018; LA ROSA, 2009). Esses padrões podem ser observados na figura 2.

Figura 2. Ciclos de supercompensação

Adaptado de Zatsiorsky e Kraemer (2008)

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Apesar de este modelo ter sido aceito por décadas como a teoria mais popular do

treinamento, é importante ressaltar que nem sempre é observado o resultado esperado dessa

estratégia de treinamento, ou seja, a supercompensação seguida de melhora do desempenho,

pois a interação entre o ambiente e os componentes e as variáveis do treinamento podem

proporcionar comportamentos e resultados irregulares e não previstos (PAKENAS; SOUZA

JUNIOR; PEREIRA, 2007; ROGERO; MENDES; TIRAPEGUI, 2005). Assim, é possível

que nem sempre ocorra melhora do rendimento esportivo, pois este não é dependente de

aspecto ou variável de forma isolada, como por exemplo, a supercompensação de glicogênio.

Adicionalmente, há indefinição de critérios que devem ser adotados para selecionar o

intervalo de tempo entre aplicações de sobrecarga, o que faz a teoria da supercompensação ser

simplista para explicar a complexidade do treinamento (ROGERO et al., 2005;

ZATSIORSKY; KRAEMER, 2008).

Em vista desta problemática, a teoria de Fadiga e Condicionamento (Dois Fatores)

proposta por Bannister (1991), sugere que diferentes estímulos estressores resultam em

respostas diferentes e que o efeito imediato após uma sessão de treinamento é uma

combinação de dois fatores que podem influenciar de forma positiva ou negativa o

desempenho: condicionamento e fadiga. Nessa perspectiva, o condicionamento físico seria

uma resposta positiva, enquanto o efeito fadiga uma resposta fisiológica negativa e a interação

entre esses efeitos resultaria no desempenho (CHIU; BARNES, 2003). Na figura 3 é ilustrado

o modelo de condicionamento e fadiga.

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Figura 3. Modelo de Condicionamento Fadiga

Adaptado de CHIU; BARNES (2003)

Em geral, o efeito da fadiga pós-estímulo é grande em magnitude, porém com menor

duração e impactando na redução parcial do desempenho, de maneira semelhante ao estágio

de alarme proposto pela SAG. Em contrapartida, com a devida recuperação para possibilitar a

dissipação dos efeitos adversos da fadiga, o efeito do condicionamento se evidencia. O efeito

de condicionamento pós-estímulo tem uma magnitude menor, mas maior duração e que se

manifesta como uma melhora no desempenho em longo prazo, de forma similar ao estágio de

resistência proposto pela SAG (CHIU; BARNES, 2003). Zatsiorsky e Kraemer (2008)

sugerem que a estimativa entre a duração do ganho de condicionamento e o efeito da fadiga

pode ser de até 3:1, ou seja, que o impacto da fadiga pode ser até três vezes menor em

duração. Destarte, o período de recuperação entre as sessões de treinamento deve ser

selecionado de forma que todos os traços negativos da sessão anterior sejam eliminados e os

ganhos positivos do condicionamento sejam conservados (ZATSIORSKY; KRAEMER,

2008).

Uma possível evidência deste modelo é o aumento da potência muscular após

contrações máximas voluntárias, fenômeno fisiológico conhecido como potenciação pós-

ativação (PPA) (CHIU; BARNES, 2003). Diversos estudos (EVETOVICH; CONLEY;

MCCAWLEY, 2015; SEITZ; HAFF, 2016; TURNER et al., 2015) têm destacado que a

ativação prévia de um grupo muscular pode aumentar a capacidade de gerar força nos minutos

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seguintes. Em um primeiro momento esse estímulo pode provocar redução do desempenho da

força muscular subsequente, o que está atrelado à redução parcial do desempenho e

manifestação do efeito básico da fadiga. Porém, após um determinado tempo de intervalo, o

qual permite a recuperação e dissipação da fadiga, ocorre melhora temporária na capacidade

de gerar força, ou seja, o efeito do condicionamento. Essa melhora temporária é referida como

potenciação e é explicada por diferentes mecanismos fisiológicos intramusculares e neurais

(BATISTA et al., 2010; SEITZ; HAFF, 2016).

É importante ressaltar que o efeito posterior do treinamento é uma consequência direta

deste modelo, pois após um período de treinamento estressante, a magnitude do

condicionamento específico e dos efeitos colaterais da fadiga é alta. Consequentemente, um

período subsequente de treinamento com cargas reduzidas é necessário para remover os

efeitos colaterais da fadiga. Complementarmente, esse período de recuperação para que as

adaptações e elevação do condicionamento se manifestem é dependente da natureza do

estímulo (CHIU; BARNES, 2003).

Por fim, observa-se que a SAG não foi uma teoria formulada para o contexto

esportivo, pois determina que o estresse sofrido pelo organismo tenha como resultado

respostas padronizadas, independente das particularidades do estímulo e que em longo prazo

que podem neutralizar o agente estressor ou promover mudanças patológicas. Dessa forma, a

teoria da Síndrome de Adaptação Geral não se propõe a compreender os ajustes estruturais e

funcionais ocorridos no organismo devido ao treinamento físico ou destreinamento. O

conceito de homeostase, o qual é a base SAG, tem sido questionada, pois postula o controle

de um estado normal caracterizado por um ponto fixo, o qual deve ser mantido pelo

organismo por meio de respostas ao agente estressor (SOUSA; SILVA; GALVÃO-COELHO,

2015). No entanto, estudos (MCEWEN; WINGFIELD, 2003; RECORDATI; BELLINI,

2004; STERLING, 2004) tem apontado o proposito da regulação fisiológica não é a

constância, mas a estabilidade de acordo com as variações externas. Adicionalmente, não se

aceita atualmente que o mesmo estresse produza a mesma resposta estereotipada, pois o eixo

hipotálamo-hipófise-glândula possui padrão de resposta que está relacionado ao tipo de agente

estressor (SOUZA JUNIOR; PEREIRA, 2008). Dessa forma, Sterling (2004) propõe a

alostase, como processo regulatório por meio de retroalimentação positiva, ou seja, ajustes

antecipatórios frente a variações do ambiente.

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O estado alostático refere-se à condição dinâmica da atividade dos mediadores

primários (glicorticóides), pois se a condição de desbalanço continuar pode incorrer em

sobrecarga alostática (SOUSA et al., 2015). Nesse sentido, se a demanda energética exceder a

capacidade do organismo, constata-se a sobrecarga do tipo I e se essa demanda continuar por

muito tempo, há o risco de desenvolvimento de doenças, ou seja, tipo II. A sobrecarga

alostática do tipo I pode ser exemplificada pelo exercício físico intenso que pode evoluir para

o tipo II caso a sobrecarga constante e sem adequada recuperação promova efeitos típicos da

síndrome de overtraining (SOUZA JUNIOR; PEREIRA, 2008).

1.3. Recuperação

Nos itens anteriores, foi observado que as teorias que fundamentam o treinamento

esportivo consideram a necessidade de recuperação para que transcorram os incrementos de

condicionamento e desempenho. De acordo com essas teorias, principalmente a teoria de dois

fatores, verifica-se que os processos recuperativos envolvem diferentes sistemas orgânicos,

como por exemplo, o sistema cardiorrespiratório, muscular e endócrino que atuam em funções

importantes durante e após a atividade física.

Nessa perspectiva, durante o exercício, os sistemas muscular e respiratório são os

principais sistemas estressados; durante o sono noturno, alguns parâmetros do sistema

endócrino atingem o pico enquanto a taxa metabólica, a respiração, a regulação de

temperatura e a frequência cardíaca estão em sua menor atividade. No entanto, se não houver

qualidade de sono adequada, pode haver prejuízos em relação aos processos regenerativos, o

que enfatiza a importância da qualidade e duração adequada de sono. Adicionalmente, os

processos de recuperação podem ser dissociados, ou seja, a quantidade de tempo necessária

para a recuperação do estresse do treinamento pode variar dentro e entre os diferentes

sistemas orgânicos do corpo humano (KELLMANN et al., 2018; KELLMANN; KALLUS,

2001; LEHMANN et al., 2010).

Portanto, a recuperação deve ser um processo controlado, planejado e intencional que

ocorre por meio da eliminação, mudança ou redução gradual do agente estressor, com o

objetivo de proporcionar condições para o indivíduo lidar com as demandas geradas por um

período de estresse (KELLMANN et al., 2009). Adicionalmente, é um processo de caráter

multifatorial, pois envolve aspectos psicológicos, fisiológicos e sociais, que garantem a

manutenção da saúde deste atleta, assim como a continuidade na prática esportiva e a

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manutenção do desempenho, evitando circunstâncias prejudiciais como burnout e

overtraining.

O Burnout no esporte é uma síndrome que possui componentes físicos, mentais e

comportamentais, podendo ser definida como uma reação ao estresse crônico e que apresenta

como característica mais marcante a saturação psicológica, emocional e, por vezes, física do

atleta em relação á sua modalidade (PIRES; BRANDÃO; MACHADO, 2006). É composta

por um conjunto de sintomas que compreende a exaustão emocional, despersonalização e

reduzido senso de realização esportiva. A exaustão emocional são os sentimentos de extrema

fadiga, os quais estão associados à tensão psicológica e fisiológica em decorrência das altas

demandas dos treinos e competições. Por sua vez, a despersonalização é uma atitude negativa

que se caracteriza pelo desinteresse, indiferença e despreocupação do atleta em relação com

seu desempenho esportivo ou envolvimento com a modalidade. Por fim, o reduzido senso de

realização esportiva trata-se de insatisfação do atleta em relação à sua habilidade esportiva

(PIRES et al., 2006; PIRES et al., 2012).

O overtraining também é definido como uma síndrome e está associado a aspectos

fisiológicos e psicológicos, caracterizado pela exaustão em função do excesso de treinamento

e que apresenta como consequência o decréscimo de desempenho (MEEUSEN et al., 2013).

A síndrome do overtraining é ocasionada por altas exigências físicas decorrentes de cargas de

treinamento intensificadas e fatores psicológicos, como por exemplo, as expectativas

excessivas do treinador, dirigentes ou membros da família, estresse competitivo, estrutura de

personalidade do atleta, ambiente social, relacionamentos com familiares e amigos e

problemas no ambiente escolar ou de trabalho. Em uma situação de overtraining o

desempenho inferior persiste apesar de um período de recuperação e pode se prolongar por

meses e até anos (MEEUSEN et al., 2013).

Nesse sentido, o processo de recuperação é dependente do tempo e está relacionado às

circunstâncias cotidianas como, por exemplo, sono, repouso, alimentação e contato social

(HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018; KELLMANN et al., 2009). Condições

adequadas de recuperação podem atuar como mecanismos reguladores e promover respostas

adaptativas positivas ao treinamento, assegurando a supercompensação e consequentemente

potencializando a capacidade de trabalho e desempenho (JEFFREYS, 2005; ORTIZ JR et al.,

2018). Por outro lado, em casos de treinamentos mal estruturados, poderão surgir níveis

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críticos de fadiga, exaustão ou mesmo overtraining e burnout (MEEUSEN et al., 2013;

MUJIKA, IÑIGO et al., 2018).

Quanto maior a demanda e estresse de um atleta, maior a necessidade de recuperação e

por isso, ao projetar qualquer programa de treinamento, deve-se lembrar de que os atletas

podem atingir o desempenho ideal apenas quando são capazes de "minimizar o estresse do

treinamento e otimizar a recuperação subsequente" (HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS,

2005). Adicionalmente, a exposição ao estresse não implica necessariamente um aspecto

negativo, desde que as demandas de recuperação sejam atendidas (HEIDARI et al., 2018;

KELLMANN et al., 2009). Dessa forma, a recuperação é considerada um processo

restaurador multifacetado (por exemplo, fisiológico, psicológico) em relação ao tempo. No

caso de o estado de recuperação de um indivíduo (isto é, a sua balança biopsicossocial) ser

perturbado por fatores externos ou internos, a fadiga como uma condição de cansaço

aumentado devido ao esforço físico e mental desenvolve-se (KELLMANN et al., 2018).

Ao realizar a pesquisa de escopo sobre a temática, verificou-se que existem

proposições e generalizações empíricas em diversos estudos a respeito da recuperação

(BISHOP et al., 2008; BOMPA; HAFF, 2012; HEIDARI et al., 2018; HOUMARD,

JOSEPH A, 1991; JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018; LIBERATI et al., 2009).

Nesse sentido, com base na proposta de Sampieri et al. (2013) foi desenvolvido um marco

teórico para apresentação lógica e organizada dos conceitos e aspectos relacionados à

recuperação no esporte, assim como as principais referências. Conforme observado na figura

4 a recuperação pode ser compreendida de acordo com suas fases, métodos e meios.

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Figura 4. Marco Teórico dos estudos sobre Recuperação

Bishop et al. (2008) e Bompa e Haff (2012) destacam quatro fases em que ocorre a

recuperação: recuperação imediata, recuperação de curto prazo, pós exercício e programa de

recuperação. A recuperação imediata ou interexercício ocorre durante o exercício e as

sucessões de gestos esportivos e em curtíssimos intervalos de tempo (BISHOP et al., 2008;

BOMPA; HAFF, 2012). Está relacionada à recuperação dos sistemas energéticos envolvidos

no decorrer de atividade esportiva, já que a disponibilidade de fosfagênios e ressíntese de

adenosina trifosfato (ATP) contribuem para a realização adequada da ação motora (BISHOP

et al., 2008; JEUKENDRUP, 2017).

A recuperação em curto prazo ou entre exercício é a recuperação que ocorre nos

intervalos entre as séries dos exercícios, sendo relacionada com a remoção de subprodutos

metabólicos produzidos durante o esforço físico e orientada para manutenção da qualidade do

treinamento (BISHOP et al., 2008). Diversos estudos (BROWN; RICHARDSON, 2017;

COMBES et al., 2017; FALGAIETTE et al., 2004; GARCÍA-RAMOS et al., 2016; OLEK

et al., 2018) têm sido propostos para investigar os efeitos de diferentes tempos de recuperação

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entre as séries de exercícios com o intuito de compreender os mecanismos de fadiga que

influenciam o desempenho motor e sugerir razões de esforço e recuperação adequados para

prescrição do treinamento.

Conforme mencionado anteriormente, em função das cargas de treinamento o

organismo é afetado negativamente pela fadiga e dessa forma, o sono, dieta balanceada,

reidratação e diferentes intervenções recuperação pós-exercício podem contribuir para

restaurar a capacidade dos atletas. A recuperação pós-exercício é o tipo de recuperação que

ocorre no mesmo dia após a sessão ou na primeira sessão do dia seguinte, com objetivo de

que diversos eventos fisiológicos, como por exemplo, a remoção de subprodutos metabólicos,

reconstituição dos estoques energéticos e reparo tecidual ocorram para facilitação da

recuperação do atleta entre as sessões de treinamento ou entre os eventos competitivos

(BOMPA; HAFF, 2012; REILLY; EKBLOM, 2005; TESSITORE et al., 2008). Em recente

trabalho Mujika et al. (2018) utiliza o termo “recuperação aguda” para se referir ao emprego

de estratégias de recuperação na tentativa de possibilitar participação eficaz do atleta em

sessões chave de treinamento ou minimizar a fadiga durante uma fase de competição.

No entanto, em seu estudo sobre intervenções de recuperação pós-exercício na

modalidade futebol, Meyer et al. (2014) sugerem cautela, pois o uso repetido ou sem critério

de estratégias de recuperação entre as sessões de treinamento pode levar a uma redução

significativa dos efeitos do estímulo proporcionado para que se efetuem as adaptações de

treinamento, ou seja, a utilização repetida e sem critérios pode incorrer em menor perturbação

da homeostase. Portanto, o uso adequado destas estratégias depende em grande parte da

organização e sequência de sessões, assim com deve-se considerar também a etapa de

treinamento.

Por fim, o “programa de recuperação” ou “recuperação como unidade de treinamento”

é parte de uma periodização, com objetivo de distribuir adequadamente a carga de

treinamento (que será discutida posteriormente) e garantir a maximização da adaptação e do

desempenho (BISHOP et al., 2008; MUJIKA, et al., 2018). Adicionalmente, a estruturação

de recuperação no planejamento esportivo pode resultar no controle da fadiga, minimização

da incidência de lesões e aprimoramento do condicionamento (BOMPA; HAFF, 2012). Nessa

perspectiva, Mujika, et al. (2018) destacam o termo “recuperação crônica”, que é utilizada

durante a fase preparatória e tem como objetivo minimizar a fadiga decorrente do treinamento

e maximizar as adaptações.

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Em relação às estratégias utilizadas durante a fase de recuperação, estes podem ser

divididos em métodos ativos, passivos e pró ativos (HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS,

2005). Essas estratégias podem ser distribuídas temporalmente como intervenções em longo

e/ou curto prazo de acordo com as fases de recuperação para promover uma recuperação

adequada. Dessa forma, as intervenções em curto prazo estão relacionadas à aplicação

sistemática de técnicas de relaxamento e técnicas de recuperação em estágios iniciais de um

episódio de fadiga. Em longo prazo, podem ser conferidos períodos de repouso (sessões ou

dias); períodos de menor intensidade de treinamento e atividades de recuperação

individualizadas e pró-ativas (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018;

KELLMANN et al., 2009).

A recuperação ativa é amplamente utilizada em diversos estudos (COUTTS et al.,

2007; KELLMANN et al., 2001; TIAN et al., 2015) e envolve exercícios moderados e

atividades com baixas cargas durante um programa de recuperação ou como recuperação pós

exercício no dia seguinte, imediatamente após uma sessão treinamento ou um evento

competitivo (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN, 2002). Geralmente são realizados

exercícios e atividade física de forma orientada, como por exemplo, relaxamento muscular,

alongamento e atividades aeróbias; com o objetivo de acelerar os processos recuperativos e

eliminar os resultados da fadiga (JEFFREYS, 2005; KELLMANN, 2002).

Uma abordagem de recuperação passiva poderia consistir em sauna, massagens, ou

apenas repouso. Desse modo, reações fisiológicas a estímulos fisiológicos como calor, frio ou

pressão são iniciadas para restaurar os estados de desempenho pré-tarefa, sendo também

acompanhadas por efeitos psicológicos (BOMPA; HAFF, 2012; HEIDARI et al., 2018;

KELLMANN et al., 2018). Um episódio planejado de recuperação de curto prazo, como por

exemplo, um dia de folga após uma sessão de treino extenuante pode estimular efeitos

restaurativos de longo prazo (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018). Nesse

sentido, no estudo realizado por García, et al. (2013) foi observado que intervenções de

recuperação ativas e passivas, após intensificação do treinamento possibilitaram resultados

semelhantes de redução de fadiga, sem diferença significativa entre os grupos avaliados.

Além dos aspectos relacionados ao contexto esportivo, a recuperação também se

aplica ao cotidiano da vida dos atletas, pois quando a recuperação inclui uma ação objetiva,

auto iniciada e auto orientada, com objetivo de restabelecer recursos psicológicos, esta pode

ser definida como recuperação proativa (KELLMANN, 2002). Nesse sentido, o indivíduo é

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responsável por suas próprias atividades e pode conduzir ativamente o seu processo de

recuperação de acordo com suas necessidades. O atleta pode participar de atividades sociais,

como por exemplo, ir ao cinema ou visitar amigos e familiares; ou realização de atividades

físicas orientadas, que geralmente incluem alongamentos, técnicas de respiração e atividades

aeróbias durante os intervalos entre os exercícios ou sessões (HEIDARI et al., 2018;

JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018). Geralmente a recuperação pró ativa é utilizada

durante as fases “pós exercício” e “programa de recuperação”.

Quanto aos meios de recuperação, verifica-se que são amplamente utilizados e

pesquisados no âmbito esportivo, podendo ser divididos em meios pedagógicos, psicológicos

e biomédicos (PLATONOV, 2008; WEINECK, 1999). Os meios pedagógicos contemplam o

trabalho físico como forma de recuperação, por meio de métodos ativos, durante as fases

“curto prazo”, “pós exercício” ou “programa de recuperação”, com objetivo de dissipar a

fadiga com maior velocidade. A principal variável a ser manipulada é a carga de treinamento,

ou seja, os exercícios são realizados com percentuais reduzidos de volume, intensidade ou os

ambos (PLATONOV, 2008). Nesse sentido, diversos estudos (FAUDE, O et al., 2009;

MEYER, TIM et al., 2004; ORTIZ JR et al., 2018) tem verificado a sua eficácia como meio

de recuperação após tarefas com magnitudes altas de cargas.

Os meios biomédicos possibilitam aceleração dos processos adaptativos e dissipação

da fadiga por meio de recursos higiênicos, físicos, nutricionais e farmacológicos

(PLATONOV, 2008; WEINECK, 1999). Os recursos higiênicos estão relacionados à

observação da organização de regimes de sono, alimentação e horários de treinamento,

trabalho e estudo, pois a estabilidade do horário dessas ações favorece o ritmo circadiano, que

garante o aumento da capacidade de trabalho e eficácia da recuperação (PLATONOV, 2008).

Os meios físicos parecem ser os mais popularizados e com ampla utilização, principalmente

por meio do método passivo e na fase pós exercício. Dentre os diversos meios biomédicos

físicos, podem ser citadas a massagem, imersão em água, sauna e eletroestimulação, porém a

imersão em água tem sido a mais investigada e utilizada no contexto prático (ARGUS et al.,

2017; MINETT, G. M. et al., 2014; POINTON et al., 2012a), entretanto há divergência

quanto à sua eficácia, provavelmente por conta dos diferentes protocolos utilizados nos

estudos (PASTRE et al., 2009). No entanto, no estudo de metanálise realizado por Leeder, et

al. (2012), foi observado entre os estudos levantados que a imersão em água fria foi efetiva

em melhorar a taxa de recuperação da força e potência muscular 24, 48 e 72 horas após o

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exercício. Nesse sentido, verifica-se na literatura (ARGUS et al., 2017; CLIFFORD et al.,

2018; ELIAS et al., 2010; ROWSELL et al., 2011) que a imersão em água, principalmente a

imersão em água fria, figura entre as estratégias e práticas mais populares e investigadas para

acelerar a recuperação do desempenho após exercícios intensos (MEYER et al., 2014;

MUJIKA et al., 2018). Entre os possíveis mecanismos envolvidos na recuperação por meio da

imersão em água fria teríamos uma redução da percepção subjetiva de dor muscular e fadiga,

da temperatura do tecido, processos inflamatórios, da perfusão muscular e permeabilidade dos

vasos linfáticos, celulares e capilares, assim como aumento da pressão hidrostática

(POINTON, M. et al., 2012; SCHIMPCHEN et al., 2017; TIPTON et al., 2017).

Os meios nutricionais correspondem ao balanceamento do potencial energético, com o

objetivo de atender as demandas das cargas de treinamento (PLATONOV, 2008; WEINECK,

1999). Nessa perspectiva, treinamento e alimentação estão relacionados, visto que para

aperfeiçoar as adaptações, deve-se ter em conta uma dieta que atenda as demandas do

organismo (BOMPA; HAFF, 2012). Tendo isso em vista, o campo que mais tem sido

investigado nessa perspectiva é a disponibilidade de carboidratos (CHO), pois, visto que as

orientações sobre nutrição esportiva recomendavam uma dieta com alto fornecimento de

carboidratos (CHO); as diretrizes contemporâneas reconhecem que a ingestão de CHO deve

ser orientada e planejada de acordo com o contexto. Assim, a “disponibilidade de CHO”, na

qual se refere à quantidade diária e o momento da ingestão de CHO, deve acontecer em

função da demanda energética do treinamento ou do cronograma de competição

(JEUKENDRUP, 2017; MUJIKA, IÑIGO et al., 2018). Por fim, os meios farmacológicos são

substâncias que permitem a recuperação e equilíbrio do organismo em situação de estresse.

Entre os diversos fármacos utilizados no contexto esportivo, podem ser citadas as vitaminas,

minerais e substâncias que estimulam a hematopoese, analgésicos e drogas anti-inflamatórias

não esteroidais (BOMPA; HAFF, 2012; PLATONOV, 2008).

No entanto, considerando que o desempenho esportivo seja resultado de ações e

esforços conscientes, as alterações psicológicas também ocorrem, como por exemplo,

distúrbios do estado de humor, sono e aumento dos escores da percepção de esforço para a

mesma carga de treinamento (MARQUES; BRANDÃO, 2010; MUJIKA, 2012; ZANETTI;

MACHADO, 2016). Nessa perspectiva, a utilização de meios psicológicos tem como objetivo

fornecer aos atletas recursos para lidar com as altas demandas de treinamento e desempenho e

minimizar o risco de lesões e excesso de treinamento (BIRRER; MORGAN, 2010). Estudos

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(BALAGUE, 2000; BIRRER; MORGAN, 2010; MUJIKA et al., 2018) sugerem que com o

propósito de aumentar a conscientização e facilitar a tolerância à dor / fadiga, diferentes meios

de relaxamento, como por exemplo, relaxamento muscular progressivo (RMP), treinamento

auto gênico e auto hipnose, são meios úteis para acelerar e melhorar a qualidade dos

processos de recuperação após um treinamento ou competição extenuantes.

No caso de as exigências e demandas, tanto durante o treinamento como fora do

ambiente esportivo forem intensificadas além da capacidade do atleta suportar e,

adicionalmente, não for proporcionada uma devida recuperação, poderá haver

comprometimento ao retorno da homeostase fisiológica e psicológica. Nesse sentido, surge o

conceito de underrecovery que é definido como um desequilíbrio dos períodos de recuperação

e das demandas de vida diária de um atleta e pode ser se tornar uma pré-condição para a

síndrome do excesso de treinamento ou overtraining. Os sintomas de underrecovery podem

ser fisiológicos relacionados às queixas físicas e aumento da dor muscular; e psicológicos,

como por exemplo, a capacidade reduzida de tolerância ao estresse, falta de energia e

distúrbios emocionais e de sono. As consequências do underrecovery em curto prazo estão

relacionadas ao cansaço, exaustão, letargia, motivação diminuída e prejuízos nos aspectos

cognitivos. Nesse sentido, enquanto o underrecovery parece delinear uma condição mais

ampla de recuperação insuficiente em reação ao estresse geral (por exemplo, família,

ambiente de treinamento ou mídia), em longo prazo, há decréscimo no desempenho,

problemas de saúde, síndrome de overtraining e burnout (HEIDARI et al., 2018;

KELLMANN et al., 2018; KELLMANN et al., 2009).

No estudo de revisão, feito por (MEEUSEN et al., 2013), os autores definem a

diferença entre Overtraining e Overreaching pela quantidade de tempo necessária para a

restauração do desempenho, e não pelo tipo ou pela duração do estresse ou grau de

comprometimento induzido pelo treinamento. A síndrome do overtraining é o acúmulo do

processo de exaustão, com decréscimo de desempenho, associado a sinais fisiológicos e

psicológicos. Observa-se que as exigências físicas da carga intensificada de treinamento

podem não ser os únicos elementos no desenvolvimento da overtraining. É possível que um

conjunto de fatores psicológicos tenha relevância nesse processo, incluindo monotonia do

treinamento, expectativas excessivas do treinador, dirigentes ou membros da família, estresse

competitivo, estrutura de personalidade do atleta, ambiente social, relacionamentos com

familiares e amigos e problemas no ambiente escolar ou de trabalho. Em uma situação de

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overtraining o desempenho inferior persiste apesar de um período de recuperação e pode se

prolongar por meses (KELLMANN et al., 2001; KELLMANN et al., 2018; MEEUSEN et

al., 2013).

Se por um lado o Overtraining é uma situação a ser evitada, o Overreaching funcional

é uma condição inerente ao processo de treinamento, na qual ocorre intensificação deliberada

das cargas, proporcionando um desequilíbrio entre estresse e recuperação. Este processo é

definido como um acúmulo de estresse proveniente do treinamento que resulta em decréscimo

temporário do desempenho e que pode se estender por alguns dias ou semanas. Como

consequência ocorre o declínio temporário de desempenho por algumas semanas e após

recuperação adequada, com a dissipação da fadiga, espera-se que os efeitos

supercompensatórios e o seu desempenho melhorado (COUTTS et al., 2007; MEEUSEN et

al., 2013; MUJIKA, , 2012). Essa situação é utilizada e planejada durante um determinado

ciclo para potencializar o desempenho (COUTTS et al., 2007; MUJIKA, 2012).

Por outro lado, o overreaching não funcional ocorre quando o treinamento é

intensificado e não são oferecidas condições adequadas de recuperação relativas ao tempo, às

cargas de treinamento e até mesmo às condições nutricionais e psicológicas. Essa condição

promove queda de desempenho e que pode demorar algumas semanas para ser retomada

(KELLMANN et al., 2018; MEEUSEN et al., 2013). A distinção entre overreaching não

funcional e Overtraining é muito difícil, pois frequentemente são apresentados os mesmos

sinais e sintomas fisiológicos e psicológicos. Geralmente o diagnóstico só pode ser feito

excluindo todas as outras influências possíveis sobre mudanças no desempenho e estado de

humor (HEIDARI et al., 2018; MEEUSEN et al., 2013). A tabela 1 apresenta as

características que diferem overreaching funcional, overreaching não funcional e

overtraining.

Tabela 1. Características de overreaching funcional, overreaching não funcional e overtraining

Intensificação do treinamento

Desfecho Fadiga Aguda Overreaching funcional

Overreaching não funcional Overtraining

Recuperação Dias Dias - semanas Semanas - meses Meses

Desempenho Aumento Decréscimo temporário Estagnação Decréscimo por tempo

indeterminado Adaptado de Meeusen et al. (2013)

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O planejamento do overreaching funcional é um desafio para treinadores e

preparadores físicos devido às dificuldades de monitoramento de seus indicadores iniciais,

pois em alguns casos é difícil discriminar os sintomas de fadiga próprios do treinamento e

aqueles que indicam que o atleta ultrapassou sua capacidade de adaptação (MARQUES;

BRANDÃO, 2010). Nesse sentido, (COUTTS et al., 2007), em seu estudo realizado com

triatletas, sugere que parâmetros fisiológicos ou bioquímicos não são capazes de indicar um

estado de overreaching. Para tanto, as medidas de desempenho, avaliadas por teste específico,

e parâmetros psicológicos, avaliados por instrumentos psicométricos, se mostraram sensíveis

para indicar o overreaching em seus estados iniciais. Verifica-se dessa forma que

perturbações no estado psicológico ocorrem simultaneamente com aumentos na carga de

treinamento (COUTTS et al., 2007; HEIDARI et al., 2018; MARQUES; BRANDÃO, 2010).

1.3.1. Carga de treinamento

Uma das ferramentas disponíveis para gerir a recuperação no esporte é a manipulação

da carga de treinamento, pois esta é responsável pela adaptação aguda, crônica, geral e

específica no organismo do atleta, podendo ser compreendida como uma relação de dose-

resposta (LAMBERT; BORRESEN, 2010). O termo carga de treinamento compreende a

medida quantitativa de trabalho de treinamento realizado e é composta pelas variáveis de

volume, intensidade, densidade e complexidade (BOMPA; HAFF, 2012). O volume refere-se

ao aspecto quantitativo e pode ser expresso pela soma de trabalho realizado durante uma

sessão ou fase do treinamento. A intensidade é o componente qualitativo do trabalho,

expresso pelo gasto de energia ou trabalho realizado em uma unidade de tempo. A densidade

é a distribuição da quantidade de trabalho realizado em um determinado tempo e expressa

pela relação entre as fases de trabalho e recuperação. Dessa forma, quanto mais curto o

intervalo de tempo entre um estímulo e outro, mais denso será o trabalho. Por fim, a

complexidade denota o grau de sofisticação e dificuldade biomecânica ou cognitiva de uma

habilidade motora (BOMPA; HAFF, 2012).

Complementarmente, a carga de treinamento é constituída pela relação entre a carga

externa de treinamento (CET) e interna de treinamento (CIT) (IMPELLIZZERI;

RAMPININI; MARCORA, 2005). Entende-se por CET a qualidade, quantidade e

periodização do treinamento. É expressa pela prescrição da sessão de treino, ou seja, a

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duração, metragem, número de séries, repetições, velocidade, intensidade, peso a ser superado

e complexidade do exercício (IMPELLIZZERI et al., 2005; NAKAMURA; MOREIRA;

AOKI, 2010). Por outro lado, a CIT é a quantificação das respostas do organismo em

decorrência do estresse pela carga externa. Essas respostas não podem ser vistas de forma

isolada, mas como uma integração de aspectos fisiológicos e psicológicos e, adicionalmente, a

carga interna é utilizada como parâmetro para ajuste da carga externa.

Tendo em vista os conceitos de carga de treinamento, é relevante considerar também

seus efeitos, pois os resultados obtidos em função do treinamento são respostas do organismo

frente à carga (ISSURIN, 2016). Dessa forma, (ISSURIN, 2018) propõe cinco efeitos da carga

de treinamento: a) efeito agudo que concebe as alterações que ocorrem durante a execução do

exercício; b) efeito imediato que reflete as alterações que resultam de uma sessão ou um dia

de treinamento; c) efeito acumulado, ou seja, as alterações que ocorrem no organismo e nível

de capacidades físicas em função de uma série de treinamentos; d) o efeito retardado, o qual

se refere à soma de alterações no organismo, capacidades motoras e as técnicas aprendidas

após um intervalo de treinamento consistente e específico e por fim, e) o efeito acumulativo

que é a retenção das alterações conseguidas depois que cessa o treinamento.

A teoria do planejamento esportivo aponta a necessidade de manipular as cargas de

treinamento com o objetivo de obter incrementos no desempenho e alcançar os resultados

esportivos desejados. Para tanto, são necessárias estruturações e planificações do treinamento

em períodos ou etapas (BOMPA; HAFF, 2012; LA ROSA, 2009) e, deste modo, a

periodização pode ser conceituada como o plano e a estrutura do treinamento, que tem como

objetivo alcançar o máximo desempenho (pico) por meio da potencialização dos aspectos

funcionais, biomotores e psicológicos.

De maneira geral, a organização do treinamento é dividida em três períodos distintos

de treinamento, cada um com seus objetivos delineados: macrociclo, mesociclo e microciclo,

que representam, respectivamente, maior período de treinamento (12 a 52 semanas); período

médio de treinamento (30 a 60 dias) e menor período de treinamento (7 a 14 dias) (IDE;

LOPES; SARRAIPA, 2010; MONTEIRO; LOPES, 2009). Pode-se afirmar que o microciclo

é uma das estruturas mais importantes do planejamento do treinamento, pois organiza e

assegura a coerência das cargas ao longo de uma sequência determinada de sessões de treino

(IDE et al., 2010; MONTEIRO; LOPES, 2009). A estrutura e o conteúdo de cada microciclo

apresentam características diferentes de acordo com o objetivo do treinamento naquele

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período (BOMPA, 2004; BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009; GOMES; ZAKHAROV,

2003; IDE et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009).

A literatura sobre o treinamento esportivo (BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009;

IDE et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009) apresenta a seguinte

classificação de microciclos, conforme descrito na tabela 2:

Tabela 2. Classificação de microciclos

Tipo de microciclo Cargas correspondentes Choque 80 - 100% da carga máxima Ordinário / Desenvolvimento 60 - 80% da carga máxima Estabilizador 40 - 60% da carga máxima Regenerativo / Recuperativo 10 - 30% da carga máxima Adaptado de BOMPA; HAFF (2012)

Entre as diversas classificações de microciclos, verificam-se os microciclos de choque

e recuperativo. Um microciclo de choque é caracterizado por predominância de cargas

máximas ou próximas das máximas, podendo ser considerado como um overreaching

planejado (funcional) ou carga concentrada (BOMPA; HAFF, 2012). Nessa estrutura são

aplicadas cargas de treinamento que variam entre 80%-100% das cargas máximas com o

objetivo de proporcionar um estímulo saturado que elevará o nível de preparação do atleta nos

blocos de treinamento subsequentes (BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009; LA ROSA,

2009). Este tipo de carga resulta em um alto nível de fadiga acumulada causada por alterações

fisiológicas e psicológicas (MUJIKA, 2012).

O microciclo recuperativo tem por objetivo principal a restauração dos aspectos

fisiológicos e psicológicos e assegurar os efeitos da supercompensação (GOMES, 2009; IDE

et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009). A administração da fadiga é

fundamental no processo de treinamento, pois o incremento em preparação e desempenho

ocorre quando a fadiga é dissipada, reduzindo os impactos fisiológicos e psicológicos das

cargas anteriores (MUJIKA, 2012). Assim, preconiza-se que o microciclo recuperativo seja

incorporado durante o período preparatório, após cargas de choque, na proporção de 3:1 ou

4:1, ou seja, a cada três ou quatro microciclos de estímulo seja implementado um microciclo

recuperativo para garantir a homogeneização das cargas (BOMPA; HAFF, 2012). Assim,

durante a terceira ou quarta semana deve ser realizado o microciclo de regeneração, com

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cargas entre 10% e 30% das cargas máximas. Durante o período competitivo, essas estruturas

podem ser utilizadas entre as etapas de competição para atenuar o estresse fisiológico e

psicológico. As variáveis a serem reduzidas durante essa fase do treinamento são a

intensidade, volume, frequência ou suas combinações (GOMES, 2009; TURNER, 2011).

Outra estrutura do macrociclo, em que há redução de cargas, é a fase de polimento ou

taper. O polimento é uma redução não linear progressiva da carga de treinamento durante um

período de tempo que ocorre antes de uma competição. Os objetivos são a redução da fadiga

fisiológica e psicológica acumuladas durante o treinamento, com o intuito de acentuar as

adaptações obtidas durante as fases preparatórias e a elevação do desempenho para uma

competição específica (MUJIKA, 2012).

Tendo em vista estas duas estruturas com objetivos semelhantes, verifica-se que o

polimento se diferencia do microciclo recuperativo em função da sua duração, manipulação

de carga e período do treinamento. O microciclo recuperativo apresenta redução brusca da

carga de treinamento, com distribuição constante, entre 30% e 10% da carga total, com

duração de 7 dias e durante o período preparatório (MUJIKA, 2012). Por sua vez, o

polimento apresenta possibilidade de redução progressiva e sistemática das cargas de

treinamento, podendo ser linear ou exponencial (lenta ou rápida) (HOUMARD, JOSEPH A,

1991; MUJIKA, IÑIGO, 2012). Adicionalmente, o polimento ocorre antes de uma

competição específica, compreendendo entre 6 a 21 dias (HOUMARD, JOSEPH A, 1991;

MUJIKA, 2012; MUJIKA; PADILLA, 2003). Em um estudo de metanálise, com 72 estudos

incluídos, Bosquet et al. (2007), sugerem que o tipo de redução de carga de pode influenciar o

resultado da estratégia de polimento, em função de ser uma única redução linear ou

exponencial. Os autores verificaram que o polimento, durante duas semanas e com redução

exponencial de volume em 41-60% parece ser a estratégia mais eficaz para maximizar os

ganhos de desempenho. As diferenças entre os tipos de treinamento reduzidos são

apresentadas na figura 5.

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Figura 5. Tipos diferentes de redução de carga

Adaptado de Mujika e Padilla (2003)

Importante salientar que a redução da carga de treinamento é fundamental para que os

atletas se sintam recuperados antes de grandes eventos sem prejuízo no desempenho. Tendo

isso em vista, estudos (BOSQUET et al., 2007; MUJIKA, 2010; MUJIKA; PADILLA, 2003;

THOMAS; BUSSO, 2005) têm sugerido que para não ocorrer risco de destreinamento

durante o polimento, a redução da carga de treinamento deve ser somente realizada em

relação ao volume, ao contrário da intensidade, que deve ser mantida. De fato, o volume de

treinamento pode ser acentuadamente reduzido sem um impacto negativo no desempenho dos

atletas, enquanto que treinar em altas intensidades durante o polimento pode desempenhar um

papel fundamental para induzir adaptações e incrementos de desempenho (MUJIKA,

2010;2012; MUJIKA; PADILLA, 2003).

1.3.2. Aspectos fisiológicos e psicológicos da recuperação e seu monitoramento

O monitoramento do estresse e recuperação é a chave para proporcionar saúde e

aumento de desempenho aos atletas, pois, tanto o estresse psicológico, quanto físico

proporcionado por altas cargas (volume e intensidade) são acompanhadas por altos níveis de

catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que causam distúrbios e influenciam a modulação

do sistema imune. Atletas podem apresentar maior suscetibilidade ao desenvolvimento de

infecções leves, principalmente àquelas relacionadas ao trato respiratório superior

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(ANTUNES et al., 2017; CÓRDOVA MARTÍNEZ; ALVAREZ-MON, 1999). Estudos

(LEANDRO et al., 2002; ROSA; BICUDO; VAISBERG, 2002) sugerem que períodos de

treinamento intensificados podem causar cenários de imunossupressão, evidenciados pela

redução no número de células imune (neutrófilos, células natural killer e linfócitos).

É possível que etapas adequadas de recuperação possam reverter o quadro de

imunossupressão por meio de reduções dos níveis de catecolaminas e cortisol após as cargas

intensas (MEYER, TIM et al., 2004). No entanto, os estudos são inconclusivos, ressaltando a

necessidade de mais estudos que avaliem imunossupressão em decorrência do treinamento,

assim como efeitos de cargas reduzidas de recuperação sobre o sistema imune (MUJIKA,

2012).

Coutts et al. (2007) apontam que após quatro semanas de treinamento intensificado, a

contagem de células imunes permaneceu inalterada em dezesseis atletas classificados com

overreaching funcional. Os autores sugerem outras medidas do sistema imunológico, como a

glutamina plasmática, razão glutamina e glutamato, imunoglobulina salivar A e as

concentrações de citoquinas podem ser marcadores mais sensíveis ao treinamento

intensificado. A concentração de glutamina plasmática tem sido sugerida como um possível

indicador de estresse devido ao treinamento excessivo, pois baixos níveis de concentração de

glutamina plasmática têm sido observados em atletas em situação de overreaching não

funcional (CUNHA; RIBEIRO; OLIVEIRA, 2006).

A razão testosterona e cortisol (T:C) têm sido apresentada como marcador de estresse

ao treinamento, representando o equilíbrio entre a atividade anabólica e catabólica (CUNHA

et al., 2006; LUCCIA et al., 2018). Os achados sobre este tema sugerem que a testosterona

(total e livre) é reduzida durante períodos de treinamento intenso, enquanto os níveis de

cortisol tendem a ser elevados (LEHMANN et al., 2010; LUCCIA et al., 2018). Essas

mudanças resultam em um declínio significativo na proporção circulante de testosterona e

cortisol (T:C). Por outro lado, quando os períodos de recuperação são incorporados no ciclo

de treinamento, a relação é elevada. Por consequência, a proporção de testosterona é maior

que o cortisol, evidenciado os ajustes realizados pelo organismo para um estado hormonal

mais anabólico (LEHMANN et al., 2010).

No entanto, verifica-se que não tem sido identificado um único marcador eficiente

para o monitoramento do estresse e recuperação, pois, aspectos fisiológicos demandam

elevado tempo para fornecer respostas e apresentam custos elevados para sua análise

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(COUTTS et al., 2007; NICOLAS et al., 2016). Nesse sentido, Coutts et al. (2007) sugerem

que parâmetros bioquímicos e fisiológicos não são sensíveis aos estágios iniciais de

overreaching e para identificar estados de recuperação. Por outro lado, a utilização de

instrumentos psicométricos apresenta baixo custo e pode fornecer resultados em menor

tempo. A literatura (KELLMANN et al., 2009; KEMPTON; CROWCROFT; COUTTS,

2017; LEHMANN et al., 2010; NICOLAS et al., 2016) tem sugerido a utilização de

instrumentos psicométricos para mensurar as repostas psicofisiológicas e experiências

subjetivas de recuperação e estresse, contribuindo para o monitoramento contínuo do

treinamento e desempenho. Diversos estudos tem mensurado as percepções de estresse,

recuperação, sono e estados de humor (NOGUEIRA et al., 2015).

Nessa perspectiva, deve-se considerar que nos esportes, nos seus variados níveis de

rendimento, as altas demandas e fatores de estresse dentro e fora do ambiente esportivo

podem influenciar o processo de treinamento – recuperação. O estresse é considerado um dos

fatores preponderantes para o desempenho e pode ser definido como uma desestabilização no

sistema biológico e psicológico, proveniente de fontes internas e externas. É caracterizado

pela relação entre as demandas e a capacidade de resposta ou enfrentamento (KELLMANN et

al., 2009; RÉ; JUNIOR; BOHME, 2008).

Durante o treinamento o estresse é induzido pela soma de estímulos fisiológicos e

psicológicos. Apesar do alto volume de treinamento também se apresentar como um agente

estressor verifica-se que a intensidade é o contribuinte primário, de forma que, quanto maior a

intensidade, maior será a magnitude do nível de estresse (BOMPA; HAFF, 2012).

Paralelamente, os aspectos de estresse externos ao ambiente esportivo são causadas por vários

fatores não-fisiológicos resultantes da forte publicidade do esporte, da estrutura combinada

das competições (viagens frequentes, estada em hotéis, reivindicações dos patrocinadores,

eventos de imprensa), ambiente escolar, trabalho e relações entre os colegas de equipe,

comissão técnica e família (MEYER, T, 2010).

Diversos questionários têm sido propostos para monitorar o estresse com destaque

para o Daily Analyses of Life Demands for Athletes (DALDA) proposto por RUSHALL

(1990) e o Recovery-Stress Questionnaire for Athletes (RESTQ-76 Sport) proposto por

(KELLMANN et al., 2009). Nesse sentido, estudos (FREITAS et al., 2013; MOREIRA;

CAVAZZONI, 2009) têm sido realizados com o DALDA para estabelecer relações entre

estresse, respostas imunológicas, desempenho e saúde. No estudo realizado por MOREIRA et

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al. (2010), os autores reforçam a importância do monitoramento para aperfeiçoar o processo

de treinamento, pois foi observado que a carga de treinamento pode afetar a tolerância ao

estresse. Outro instrumento, o RESTQ-76 Sport tem sido proposto para monitorar os eventos

potencialmente estressantes e de recuperação, assim como suas consequências subjetivas das

últimas três noites. Brink et al. (2012) sugerem que instrumentos psicométricos como o

RESTQ-76 Sport podem ser úteis para monitorar tanto a relação estresse-recuperação, quanto

identificar sinais de overreaching em seus estados iniciais.

No entanto, apesar da reconhecida efetividade no monitoramento, o questionário é

demasiadamente longo, o que dificulta a praticidade do instrumento durante a rotina de

treinamento e, além disso, alguns estudos tem sugerido que somente algumas escalas podem

refletir os níveis de estresse-recuperação (NICOLAS et al., 2016; NOGUEIRA et al., 2015).

Em vista dessa limitação, uma versão reduzida do instrumento (RESTQ-36-R-Sport), com 36

perguntas, foi desenvolvida e evidências de sua utilização têm sido providas em estudos

recentes (HITZSCHKE et al., 2017; NICOLAS et al., 2016)

O estresse pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo da magnitude, a

capacidade de lidar com o agente estressor (coping) e a disponibilidade de recuperação

(KELLMANN et al., 2009). Este fato corrobora com os resultados do estudo de Moreno et al.,

2015 que indicaram diferenças individuais nos padrões de comportamento relacionados à

recuperação, utilizando o Total Quality Recovery Scale (TQR) e variabilidade de frequência

cardíaca em atletas de basquete ao longo de uma temporada. Os autores denotam que nem

todos os atletas exibem a mesma relação entre comportamentos de recuperação, sugerindo

diferenças individuais nas necessidades de recuperação e capacidade de respostas ao estresse.

Qualidade de sono e os estados de humor podem ser sensíveis às variações de carga de

treinamento (JÚLIO et al., 2017; ROHLFS et al., 2008; ZANETTI; MACHADO, 2016).

ESTEVES et al. (2015) analisaram a qualidade de sono em atletas paralímpicos, portadores de

deficiência visual e física, das modalidades de natação e atletismo. Os resultados apontaram

má qualidade de sono nessa população, com aumento da latência de sono. Os autores sugerem

que estes achados possam estar relacionados com períodos pobres de recuperação.

(MARQUES; BRANDÃO, 2010) analisaram vinte nadadores durante um macrociclo

de treinamento e encontraram associação entre o volume, percepção de fadiga e de percepção

subjetiva de esforço. Os autores concluíram que os incrementos de volume são acompanhados

por maior percepção de fadiga e percepção subjetiva do esforço. Em contrapartida, o estado

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de vigor tende a aumentar quando há redução de volume. No entanto, embora o POMS

(Profile of Mood States) seja um instrumento frequentemente utilizado, Kellmann et al.

(2009) sugerem que o instrumento seja superficial para analisar o processo de recuperação,

por não refletir os aspectos multidimensionais e analisar apenas modificações no estado de

humor e fadiga.

1.4. Revisão Sistemática

Conforme mencionado anteriormente, o processo de revisão de literatura realizado

para compor a perspectiva teórica deste estudo, buscou verificar o grau de desenvolvimento

do conhecimento sobre o fenômeno recuperação e aprofundar a compreensão a respeito da

temática. Nesse sentido, a revisão de literatura faz parte de todos os tipos de investigação e

constitui, por si só, um trabalho de pesquisa que envolve a análise, avaliação, integração e

síntese da literatura publicada (SAMPIERI et al., 2013; THOMAS; NELSON;

SILVERMAN, 2012). No entanto, entre os diversos tipos de revisão de literatura, a revisão

sistemática se destaca por se tratar de um tipo lógico de pesquisa que resulta em

sumarizações, sínteses e conclusões válidas, configurando-se como uma investigação

criteriosa (OLIVEIRA et al., 2003; PACKER, ABEL LAERTE; TARDELLI; CASTRO,

2007; THOMAS, et al., 2012).

Assim como em uma investigação primária, a revisão sistemática requer rigor para

aplicação de métodos sistematizados que envolvem a coleta, análise e interpretação de dados.

A condução de uma revisão sistemática consiste de planejamento prévio, na tentativa de

agrupar evidências empíricas (estudos) que se encaixem em critérios de elegibilidade pré-

especificados. Previamente ao início do processo de uma revisão sistemática, as pesquisas de

escopo emergem como uma necessidade para que se possa ter adequada compreensão do

fenômeno e a partir desta formular a pergunta de estudo, o que constitui uma das decisões

mais importantes. A definição da pergunta da revisão sistemática consiste em determinar seu

foco e definir claramente o que a investigação pretende responder (CHERRY; DICKSON,

2017; HIGGINS; GREEN, 2008; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017). Nesse sentido, a

literatura (CHERRY; DICKSON, 2017; GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015;

OLIVEIRA, E. F. B. D. et al., 2003) propõe que os problemas de pesquisa em uma revisão

sistemática, sejam decompostos e a seguir organizados utilizando-se a estratégia PICO que

representa um acrônimo para População, Intervenção, Comparação e “Outcomes” (desfecho).

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Estes itens são fundamentais para a construção da pergunta de pesquisa e norteadora para o

protocolo de busca bibliográfica, pois questões bem formuladas evitam a realização de buscas

desnecessárias e orientam muitos aspectos do processo de revisão, incluindo a determinação

dos critérios de elegibilidade, a estratégia de busca de estudos, a coleta de dados dos estudos

incluídos e a apresentação dos resultados (HIGGINS; GREEN, 2008; PACKER, ABEL L et

al., 2014; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017).

Em resumo, a revisão sistemática deve detalhar explicitamente todos os critérios e

procedimentos adotados para busca, inclusão, exclusão e extração dos dados (OLIVEIRA, et

al., 2003; THOMAS, et al., 2012). Sob essa perspectiva, Pilkington e Hounsome (2017)

sugerem as seguintes etapas para realizar uma revisão sistemática: 1) Planejamento da

revisão; 2) Pesquisas de escopo, formular a pergunta da revisão e delimitar o protocolo; 3)

Buscas de literatura; 4) Triagem de títulos e resumos; 5) Seleção de documentos completos;

6) Extração de dados; 7) Análises e sínteses e 8) Redação da comunicação dos resultados

encontrados.

Apesar de metodologias de revisões sistemáticas serem bem aceitas e consideradas

legítimas como processo de pesquisa desde a década de 1990 (DICKSON; CHERRY;

BOLAND, 2017), ainda há dúvidas relacionadas ao fato de que uma revisão sistemática possa

ser muito grande e complexa para constituir um mestrado; ou que talvez as revisões

sistemáticas não sejam apropriadas para estudos qualitativos; ou até mesmo se uma revisão

sistemática pode ser considerada uma forma legítima de pesquisa. No entanto, o que se

observa é justamente o quadro oposto, pois as revisões sistemáticas são consideradas um

componente crítico do desenvolvimento da prática baseada em evidências (DICKSON et al.,

2017; PULJAK; SAPUNAR, 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016) e,

adicionalmente, muitos programas de mestrado internacionais têm encorajado seus estudantes

a conduzir revisões sistemáticas, pois é amplamente reconhecido que esta abordagem à

pesquisa permite aquisição e compreensão de diferentes métodos de pesquisa e desenvolvam

habilidades para identificar, aprovar e sintetizar descobertas de pesquisas; além do fato de que

esse processo pode oferecer a oportunidade de aprendizado de habilidades, tanto como

revisor, quanto como pesquisador (DICKSON et al., 2017; OLSSON; RINGNÉR;

BORGLIN, 2014; PULJAK; SAPUNAR, 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016).

Ao investigar a aceitação dos programas de pós-graduação em biomedicina europeus

em relação às teses de doutorado baseadas em Revisão Sistemática, Puljak e Sapunar (2017)

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observou que em 47% dos programas entrevistados, as Revisões Sistemáticas constituem um

desenho de estudo aceitável para a tese de doutorado. Nesse sentido, Christian e Palokas

(2018) destacam que esse desenho de estudo tem sido cada vez mais apoiado nos programas

de Mestrado e Doutorado em Enfermagem nos Estados Unidos (EUA), pois a realização de

uma revisão sistemática utiliza um método rigoroso e transparente para fornecer uma síntese

imparcial de múltiplos estudos para responder a uma questão prática e envolve todas as

competências práticas baseadas em evidências: tomada de decisões clínicas, o pensamento

crítico, a identificação de problemas e a mensuração de resultados. Dessa forma, os autores

sugerem que há vantagens, em relação à experiência e aprendizado de habilidades essenciais,

para alunos de pós-graduação que participam de procedimentos de revisões sistemáticas.

Quanto ao fato da necessidade de desenvolver protocolos com a coleta de ensaios clínicos

randomizados (ECRs), algo muito enfatizado pela Colaboração Cochrane, alguns estudos têm

sugerido a realização de revisões sistemáticas que sejam conduzidas de formas não

tradicionais que vão além do processo sistemático da Cochrane, com objetivo de encontrar

novas maneiras de fornecer uma avaliação mais rigorosa de outros tipos de desenhos de

estudos (DICKSON et al., 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016).

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CAPÍTULO 2 - JUSTIFICATIVA, PERGUNTA DO ESTUDO, OBJETIVOS E

HIPÓTESES.

2. JUSTIFICATIVA E PERGUNTA DO ESTUDO

A análise de literatura faz parte de todos os tipos de pesquisa e constitui a análise,

avaliação e integração da literatura publicada, ou seja, a síntese de pesquisa. No entanto, uma

síntese de pesquisa não deve ser vista como um resumo organizado de alguma temática, mas

sim como uma pesquisa estruturada, analítica e crítica que objetiva levar conclusões

específicas pautadas em evidências que permitam considerar as intervenções práticas mais

adequadas. Adicionalmente, Olsson et al. (2014) sugerem que realizar uma investigação

sistemática da literatura é um empreendimento acadêmico altamente qualificado que requer

conhecimento abrangente de metodologias de pesquisa e habilidades analíticas.

Esse levantamento sistemático da literatura se justifica pelo fato de que, atualmente,

verifica-se um enorme crescimento exponencial do volume de produções científicas

relevantes, sendo os resultados distribuídos por muitas publicações em relatórios e revistas

(big data). No entanto, os estudos usam uma variedade de métodos, com qualidade variável e

com possibilidades de apontarem achados contraditórios, o que dificulta a tomada de decisões

pautadas em evidências (FAGUNDES; MACEDO; FREUND, 2017; SCHROEDER, 2018).

Essas avaliações únicas e estudos isolados possibilitam a adição à base de conhecimento, mas

raramente são definitivos, pois frequentemente se encaixam em investigações em contextos

muito específicos (SUTTON et al., 2000).

Assim, a proposta de se realizar uma revisão sistemática da literatura como método de

investigação tem o intuito de permitir o agrupamento do resultado de vários estudos e facilitar

o processo de tomada de decisões acerca da recuperação no contexto esportivo, de modo que

possa contribuir também com a prática de treinadores, preparadores físicos e atletas durante o

processo de treinamento. Adicionalmente, Dickson et al. (2017) sugerem que executar uma

revisão sistemática como dissertação de mestrado pode configurar uma estratégia importante

no processo de formação por possibilitar o desenvolvimento de habilidades de pesquisas

como conhecimentos específicos para a realização de levantamento de literatura, síntese e

interpretação de dados de maneira sistemática.

Em vista disso, ao realizar o levantamento para a presente investigação, foi possível

observar que elevado número de pesquisas tem-se atentado aos estímulos de treinamento,

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porém as estratégias que objetivam promover recuperação se constituem os itens menos

compreendidos do processo, apesar de a maioria das adaptações induzidas pelo exercício

ocorrerem durante esta etapa (BISHOP et al., 2008; MEYER, T, 2010). Nesse sentido,

atuando nessa lacuna da literatura, uma recente revisão sistemática realizada por Ortiz Jr et al.

(2018), teve como objetivo examinar a efetividade de estratégias de recuperação ativas,

conduzidas após o exercício, no desempenho de atletas. No entanto, o fenômeno

“recuperação” é mais complexo e envolve uma gama maior de fases, desfechos, métodos e

meios de recuperação (BISHOP et al., 2008; HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS, 2005;

KELLMANN et al., 2018; MEYER, TIM et al., 2014) que não foram objeto de investigação

do estudo citado. Adicionalmente, foram observadas limitações no método do estudo, pois a

revisão foi conduzida com restrição de data e idioma, fato que pode impactar negativamente

na sensibilidade da busca e resultar em estudos relevantes que não foram incluídos. Dessa

forma, se faz necessário um levantamento sistemático da literatura com objetivo de

aprofundar a compreensão, sintetizar e analisar os estudos sobre as estratégias de recuperação

no contexto esportivo. Portanto, a pergunta da presente investigação é: Quais são as

estratégias de recuperação e suas respectivas respostas no esporte?

2.1. OBJETIVOS

2.1.1. Objetivo geral

O objetivo da presente investigação foi realizar o levantamento de literatura de forma

sistemática com o propósito de identificar as estratégias de recuperação e suas respectivas

respostas no contexto esportivo.

2.1.2. Objetivos específicos

1. Realizar o levantamento de dados referentes a protocolos de recuperação;

2. Verificar qual estratégia de recuperação os estudos apontam como eficaz

2.2. HIPÓTESE

2.2.1. Hipótese geral

A hipótese geral desta investigação foi que o levantamento da literatura resulte em

dados sobre as estratégias, meios e desfechos de recuperação no contexto esportivo.

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2.2.2. Hipóteses específicas

1. Os valores de carga utilizados durante a fase de treinamento recuperativo são de

aproximadamente 10 e 40%.

2. Estratégias que utilizem a imersão em água sejam as mais reportadas;

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CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODO.

3. MÉTODO

O presente estudo utilizou como método de investigação a síntese de pesquisa por

meio de revisão sistemática da literatura, adotando os procedimentos propostos por Boland,

Cherry e Dickson (2017) e tem como propósito localizar, avaliar e sintetizar as evidências

disponíveis relacionadas aos processos de recuperação e seus respectivos efeitos no

treinamento esportivo.

3.1. Materiais

Em frente ao amplo volume de dados disponíveis (big data), torna-se um desafio

gerenciar de forma eficaz a quantidade de informações e dessa forma, durante a realização de

uma revisão sistemática, o revisor pode recorrer a vários dispositivos, ferramentas ou

programas computacionais, como gerenciadores de referência bibliográfica que podem

auxiliar a armazenar e organizar informações coletadas nas bases de dados (BRUNTON;

THOMAS, 2017; DUONG, 2010). Por esse motivo, durante o planejamento da presente

investigação optou-se por utilizar o software EndNote X9® para realizar o armazenamento e

triagem das referências levantadas. Em seu estudo comparativo com outros gerenciadores

bibliográficos, Yamakawa et al. (2014) relatam que o EndNote® é o software com mais

recursos e praticidade, pois há opções específicas para detectar referências duplicadas, realizar

buscas internas de dados bibliográficos e gerenciamento do dados bibliográficos.

Adicionalmente para a mesma etapa de triagem, foi adaptado o formulário de triagem

com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão para identificação de estudos relevantes à

questão da presente revisão e potencialmente elegíveis para inclusão, proposto por Dundar e

Fleeman (2017a). Para a etapa de extração dos dados também foi criado um formulário

adaptado do modelo Data Extraction Template for Included Studies, versão 1.8, dividido em

sete partes com intuito de capturar informações relevantes sobre os estudos incluídos e seus

resultados. Este template foi desenvolvido pela Cochrane Consumers & Communication

Review Group e disponibilizado para pesquisadores e autores de revisões sistemáticas

(COLLABORATION, 2016). Para adequada utilização e possíveis ajustes dos formulários de

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triagem e de extração de dados foi realizado um procedimento piloto com 30 estudos,

conforme referido por Dundar e Fleeman (2017a).

3.2. Delineamento do Estudo

No presente estudo, durante o planejamento das etapas, foi realizada a identificação de

possíveis colaboradores (revisores) e softwares para executar as tarefas da revisão. Foram

realizadas pesquisas de escopo sobre a temática com o intuito de aprofundar a reflexão em

relação à área de interesse, ou seja, a recuperação no esporte. A busca de escopo permitiu a

formulação da pergunta da revisão e delimitações no protocolo, como as bases de dados,

eleição das palavras-chave e determinar os critérios de inclusão e exclusão. Em seguida,

foram realizadas as coleta dos estudos e a buscas nas bases de dados e o armazenamento das

referências por meio de um software gerenciador de referências. A triagem foi realizada por

dois revisores de forma independente, com o intuito de examinar e selecionar estudos por

meio dos critérios de inclusão e exclusão. Durante esta etapa, o protocolo da presente

pesquisa foi registrado na base de dados PROSPERO (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/)

sob o número CRD42018100815 (ANEXO II), com o objetivo de garantir a transparência no

processo de revisão e evitar o viés de relatório, que implica em diferenças entre os métodos

planejados no protocolo registrado e os que seriam relatados em uma possível publicação.

Com os estudos incluídos, foi realizada a extração de dados com o auxílio de um

formulário previamente confeccionado que auxiliará a identificação e extração dos dados

relevantes com propósito de sumarizar os resultados dos estudos. Foram extraídos dados das

amostras avaliadas, protocolos de fadiga, protocolos de recuperação, medidas avaliadas e

desfechos relacionados às estratégias de recuperação no esporte. Devido à heterogeneidade

dos desenhos dos estudos e protocolos utilizados, não foi possível realizar síntese quantitativa

dos dados (metanálise) e portanto, foi realizada uma análise qualitativa das intervenções e

desfechos observados. O desenho do estudo é detalhado na figura 6:

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Figura 6. Delineamento das etapas do estudo

3.3. Pesquisa de Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo

Pilkington e Hounsome (2017) sugerem que a realização de buscas de escopo é

adequada para verificar a possibilidade de uma revisão sobre a temática e possibilitar uma

visão sobre o volume e tipo de evidências disponíveis na literatura. Uma vez que foi

determinada a temática do estudo, o próximo passo consistiu realizar uma busca de escopo

preliminar da literatura. A busca de escopo foi realizada nas bases de dados PubMed,

SportDiscus, MedLine e Sicelo, entre 26/10/2017 e 05/4/2018, utilizando a opção de busca

avançada, com os operadores booleanos “AND” e “OR” e as palavras-chave em inglês:

(Sports OR Athletes OR sport OR Athlete OR Athletics OR Athletic) AND (regenerative

training OR Regeneration Regimens OR Regeneration Period) AND (fatigue OR muscle

fatigue OR Exhaustion OR Supercompensation OR Recovery).

Na busca de escopo foram encontradas 121 evidências. Em seguida foi realizada a

aplicação dos critérios de inclusão previamente definidos: a) Estudos que abordassem

modalidades esportivas; b) Estudos que analisassem períodos de recuperação dentro das

unidades de treinamento; c) Estudos que abordassem os efeitos das estratégias de recuperação.

Foram excluídas as evidências que atenderam aos seguintes critérios de exclusão: a) Estudos

que avaliassem somente a aplicação de suplementação; b) Estudos que abordassem lesões e

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patologias; c) Estudos que abordassem reabilitação; d) Estudos que abordassem condições de

recuperação entre as séries de exercícios; e) Estudos de revisão.

Após a aplicação dos critérios, foram incluídos 20 estudos que foram submetidos à

análise do conteúdo. Complementarmente aos estudos encontrados foram consultadas as listas

de referências dos artigos incluídos, assim como também outros artigos e livros (literatura

cinzenta) sobre a temática, que foram utilizados para aprofundar o conhecimento, delimitar o

tema e refinar os procedimentos e estratégias da revisão. Essas fontes de dados são

enquadradas dentro da “grey literature” (literatura cinzenta), ou seja, evidências não

controladas por publicações comerciais (DUNDAR; FLEEMAN, 2017b) mas se constituem

importantes e cabíveis de serem consultadas. Importante salientar que durante as buscas de

escopo foram realizadas consultas na base de dados da PROSPERO com o intuito de garantir

a inexistência de uma revisão concluída ou em andamento com a mesma temática.

Para auxiliar a construção da questão norteadora do estudo foi utilizada a estratégia

PICO, que representa o acrônimo para População, Intervenção, Comparação e Outcomes

(desfecho) (HIGGINS; GREEN, 2008; THOMAS et al., 2012). Dessa forma, a busca de

escopo auxiliou para que houvesse melhor compreensão do assunto e, em seguida, foram

definidos a população (atletas e praticantes de modalidades esportivas), intervenção (meios e

métodos de recuperação no processo de treinamento) e desfecho (melhora das capacidades

relacionadas ao desempenho). Não foi utilizado o Item “Comparação”, pois na presente

revisão, pois não foi definida uma intervenção padrão ou mais recorrente para que fosse

realizada a comparação entre os estudos. Adicionalmente, devido ao objetivo de contemplar o

levantamento das estratégias de recuperação no processo de treinamento, as diversas

intervenções e delineamentos inviabilizariam a comparação. As descrições dos itens da

estratégia PICO são apresentadas na tabela 3.

Tabela 3. Itens da Estratégia PICO Itens PICO DESCRIÇÃO POPULAÇÃO Atletas ou praticantes de modalidades esportivas

INTERVENÇÃO Estratégias e métodos de recuperação pós-exercício; a recuperação como unidade de treinamento; redução da carga de treinamento.

COMPARAÇÃO --

OUTCOMES Efeitos da recuperação em parâmetros fisiológicos, psicológicos e no desempenho

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A pergunta do estudo “Quais são as estratégias de recuperação e suas respostas no

esporte?” é justificada pelo fato de que o alvo da revisão foi a fase de recuperação após as

sessões ou durantes os dias ou semanas de treinamento, que permitam ao atleta a dissipação

de fadiga para ocorrência de recuperação, incremento de desempenho ou supercompensação.

A pergunta buscou um levantamento de diversos tipos de delineamentos direcionados a

recuperação no processo de treinamento esportivo, assim como a compreensão sobre os

efeitos dessas intervenções.

3.3.1. Definição das bases de dados e eleição das palavras-chave

A definição das bases de dados foi realizada em função da relevância do escopo destas

à temática e pergunta de estudo. Foram definidas as bases de dados:

a) Embase: base de dados da Elsevier, a maior editora de literatura médica no

mundo. A Embase é a maior base de dados de informações biomédicas e farmacologia

disponível atualmente que incluí todo conteúdo da Medline e mais 2000 revistas não

indexadas na Medline (EMBASE, 2018)

b) Portal BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), coordenada pelo Centro Latino-

Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, também conhecido pelo seu

nome original Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e composta por diversas bases de

dados (entre elas LILACS e MEDLINE, IBECS, CUMED, etc.) bibliográficas em ciências da

saúde dos países latino americanos e caribe (SANTOS; PIMENTA; NOBRE, 2007);

c) PubMed/Medline: por se tratar de uma base de dados que contempla ampla

literatura relacionada à área biomédica e ciências da saúde (DUNDAR; FLEEMAN, 2017b);

d) Scielo, uma base de dados coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de São Paulo (FAPESP), em parceria com a BIREME e o Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e que abrange uma coleção selecionada

de periódicos científicos brasileiros (EBSCOHOST, 2018).

e) SPORTDiscus (EBSCO): por ser a maior fonte abrangente de estudos nas

ciências do esporte (BVS, 2018);

Quanto à eleição das palavras-chave, Brandau, Monteiro e Braile (2005) sugerem que

vocábulos estruturados são necessários para descrever, organizar e prover acesso à

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informação e, dessa forma, permitem a recuperação dos documentos científicos identificados

com o termo exato utilizado para descrever seu conteúdo.

Em vista disso, as palavras-chave foram eleitas nos idiomas inglês, espanhol e

português de acordo com os vocábulos próprios de cada base de dados e classificados de

acordo com a estratégia PICO. Os idiomas inglês e espanhol foram escolhidos devido ao fato

de serem amplamente utilizados na publicação científica (PACKER, ABEL LAERTE et al.,

2007) e o idioma português por ser a língua nativa dos autores. Para eleição dos vocábulos

ingleses, nas bases de dados PubMed/Medline, Scielo e Portal BVS foi utilizado os Mesh

(Medical Subject Headings), que são terminologias hierarquicamente organizadas para

indexação e catalogação de informações biomédicas nessa base de dados e outros bancos de

dados da National Library of Medicine (NLM) (BOLAND et al., 2017). Para as buscas em

idioma inglês na Embase e SPORTDiscus foram utilizados respectivamente o Emtree o

Thesaurus. Para as buscas em espanhol e português no portal BVS e Scielo foram utilizados

os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), o qual se trata de um vocabulário estruturado e

trilíngue criado pela BIREME e desenvolvido a partir dos MeSH com o objetivo de permitir o

uso de uma terminologia comum para pesquisa em três idiomas (PETTICREW; ROBERTS,

2006).

As palavras-chave relacionadas à População e Outcome foram definidas de acordo

com os vocabulários indexados nas bases de dados (Mesh Terms, Thesaurus e Decs) nos

idiomas inglês, português e espanhol. Por conta da ausência de termos específicos ao item

Intervenção, ou seja, a recuperação no processo de treinamento; foi realizado levantamento

dos termos mais recorrentes nos estudos relacionados à temática e identificados na busca de

escopo. Esse fato é apontado por OLIVEIRA, et al. (2003) que em seu estudo, sugerem que

novos termos de buscas devem ser acrescentados para acompanhar o desenvolvimento de

diversas especialidades. Conforme mencionado anteriormente, não foi realizada a comparação

entre os estudos, portanto, não foram eleitas palavras-chave para esse item. Na tabela 4 são

apresentadas as palavras-chave para os vocábulos DeCs, Emtree, Mesh e Thesaurus, nos três

idiomas e de acordo com a estratégia PICO.

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Tabela 4. Classificação das palavras-chave em inglês, espanhol e português de acordo com a estratégia PICO para Mesh Terms, Thesaurus e DeCS

ITENS PICO PALAVRAS-CHAVE EM ESPANHOL (DeCS) População Deportes, Atletas Intervenção Regenerative, Recuperación, Taper, Tapering Comparação -- Outcomes Estrés Psicológico, Fatiga, Fatiga Muscular

PALAVRAS-CHAVE EM PORTUGUÊS (DeCS) População Esportes, Atletas Intervenção Regenerativo, Recuperação, Polimento, Taper Comparação -- Outcomes Estresse Psicológico, Fadiga, Fadiga Muscular

PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (EMTREE)

População Sport, Competitive Sport, Sports, Athletic Performance, Sport Performance, Sports Performance, Athlete, Athletes, Sportsman, Sportsperson, Sportspersons

Intervenção Recovery, regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação --

Outcomes

Physiological Stress, Biologic Stress, Biological Stress, Organismal Stress, Physiologic Stress, Physiological Stress, Physiological Stresses, Stress,

Physiological, Mental Stress, mental stresses, psychic stress, psycho-social stress, psycho-social stresses, psychologic stress, psychological stress,

psychosocial stress, psychosocial stresses, stress, mental, stress, psychologic, stress, psychological, Fatigue, Tiredness, Muscle Fatigue, Muscular Fatigue,

Fatigue, Muscle PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (MESH)

População Sports, Sport, Athletics, Athletic, Athletes, Athlete Intervenção Recovery, regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação --

Outcomes

Psychological Stresses, Stresses, Psychological, Life Stress, Life Stresses, Stress, Life, Stresses, Life, Stress, Psychologic, Psychologic Stress, Psychological

Stress, fatigue, Lassitude, Muscle Fatigue, Muscular Fatigue, Fatigue, Muscular, Fatigue, Muscle

PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (THESAURUS) População Sports, Athletics, Athletes Intervenção Recovery, Regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação Outcomes Stress (Psychology), Physiological stress, Exhaustion, Tiredness, Fatigue

3.3.2. Definição dos Critérios de Inclusão e Exclusão

Os critérios de inclusão e exclusão foram definidos a partir da pesquisa de escopo em

função da relevância e a adequação à temática de pesquisa e relacionados com a estratégia

PICO (CHERRY; DICKSON, 2017; HIGGINS; GREEN, 2008). Nesse sentido, relacionando

ao item “População”, para inclusão na presente revisão os estudos deveriam contemplar em

sua amostra indivíduos atletas ou modalidades esportivas, pois nesse contexto é característica

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e necessária a progressão gradual da carga de treinamento (BORIN et al., 2008).

Consequentemente, os incrementos de cargas de treinamento levam a estados de exaustão

física e psicológica, sendo necessários períodos adequados de recuperação e regeneração para

garantir as adaptações necessárias ao desempenho atlético (BISHOP et al., 2008).

Adicionalmente, os resultados de estudos de recuperação com participantes não treinados

podem ser limitados por fatores não relacionados à recuperação, como por exemplo, o alto

potencial de adaptação e baixa capacidade destes indivíduos em sustentar altas cargas de

treinamento que proporcionem exaustão física e psicológica, necessários para justificar a

recuperação.

Em relação às intervenções, verificam-se diversidade de fases, estratégias e meios de

recuperação nos esportes (BISHOP et al., 2008; MEYER, et al., 2014; PLATONOV, 2008).

No entanto, a adequada compreensão da eficácia dessas intervenções somente é possível com

uma análise deste contexto, ou seja, a análise da combinação dos resultados de outros estudos,

sobre esta temática e com intervenções semelhantes. Por fim, o último critério foi relacionado

ao item Outcomes (desfecho), pois a investigação acerca da eficácia destas intervenções

compreende também o entendimento dos aspectos fisiológicos, psicológicos e performáticos

subjacentes e decorrentes ao processo de recuperação de atletas submetidos a treinamentos de

alta intensidade. Dessa forma, os critérios para inclusão foram definidos da seguinte forma:

I. Estudos que contemplem modalidades esportivas ou atletas em sua amostra;

II. Estudos que analisem a recuperação no processo de treinamento;

III. Estudos que abordem os efeitos das estratégias de recuperação

Em relação aos critérios de exclusão, foram excluídos os estudos com apenas

desfechos relacionados à dor, pois esse único desfecho não reflete a complexidade do

contexto esportivo, composto pela interação de outras variáveis. Dessa forma, optou-se pela

exclusão destes estudos, pois essas abordagens têm como propósito somente de minimizar

dores e fogem do escopo da presente revisão, que contempla a recuperação como recurso do

treinamento para incrementar o desempenho esportivo. Da mesma forma que o item anterior,

foram observados diversos estudos que investigaram e analisaram diferentes intervalos e

estratégias de recuperação entre as séries de exercícios. Essas intervenções fogem ao escopo

da revisão, pois embora todas as quatro fases de recuperação estejam relacionadas, o principal

interesse deste estudo reside na “recuperação pós-exercício” e no “programa de recuperação”,

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pois o incremento de condicionamento depende a recuperação adequada após aplicações de

cargas de treinamento que rompam a homeostase e causem estresse físico e psicológico

(BISHOP et al., 2008; BORIN et al., 2008; LA ROSA, 2009; RAVÉ, 2007; ROSCHEL et

al., 2011). Nesse sentido, recuperações de curto prazo estão relacionados à aspectos

metabólicos durante o exercício, com o objetivo de compreender os mecanismos de fadiga

que influenciam o desempenho motor e sugerir razões de esforço e recuperação adequados

para prescrição do treinamento. Dessa forma, a recuperação entre as séries não contempla a

recuperação em uma perspectiva de atenuação da fadiga de um processo de treinamento

(BISHOP et al., 2008).

Estudos que contemplassem apenas intervenções nutricionais e/ou farmacológicas,

foram excluídos, poiso escopo da presente revisão sãos as estratégias de recuperação

utilizadas na sessão de treinamento e com o objetivo de aumentar a especificidade do

levantamento dos estudos e abordar a interação das estratégias nutricionais com as estratégias

pedagógicas, psicológicas e biomédicas (higiênicas e físicas) utilizadas no processo de

treinamento. Foram excluídos estudos que investigaram os parâmetros de recuperação em um

período menor que 24 horas. O critério se justifica pelo fato de que a recuperação é a

totalidade processos que garantem a regulação e restauração do equilíbrio bio rítmico do

organismo em resposta à carga de treinamento. Adicionalmente, a recuperação é considerada

como um processo restaurador multifacetado em relação ao tempo (HEIDARI et al., 2018;

KELLMANN et al., 2018). Portanto, para essa revisão se torna interessante analisar os

estudos que observam os parâmetros de recuperação em um período maior de tempo

considerando um período mínimo de 24 horas (ciclo circadiano). Por fim, também foram

excluídos estudos de revisão também serão excluídos por apresentarem informações que

possivelmente estarão disponíveis em outros estudos originais.

Dessa maneira, foram estabelecidos os seguintes critérios de exclusão:

I. Estudos que abordem lesões, dor, reabilitação ou patologias;

II. Estudos que abordem condições de recuperação entre as séries de exercícios;

III. Estudos de revisão

IV. Estudos que investigaram somente intervenções nutricionais ou farmacológicas

V. Estudos que investigaram os parâmetros de recuperação em um período menor

que 24 horas

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3.4. Buscas nas bases de dados

As buscas foram realizadas no período entre 01/12/2018 e 12/12/2018 e executadas

nos idiomas inglês, português e espanhol de acordo com as características e possibilidades de

idioma dos vocábulos próprios de cada base de dados. Não foram considerados limites de data

e nenhum filtro para restrição das buscas. Dessa forma, as buscas em inglês foram realizadas

em todas as bases de dados (Embase, Portal BVS, PubMed/Medline, Scielo, e SPORTDiscus)

e por conta da característica da BVS e Scielo, por indexarem periódicos latino americanos,

nestas bases também foram realizadas buscas em Espanhol e Português.

Durante as buscas, houve ajustes para verificar aderência das palavras-chave e

equilibrar a sensibilidade e especificidade da pesquisa. Por essa razão, para as buscas nas

bases de dados LILACS (espanhol) e Scielo (Inglês, Português e Espanhol) optou-se pela

utilização apenas das palavras-chave relacionadas aos itens P e I da estratégia PICO, com

objetivo de aumentar a sensibilidade da pesquisa. Para as demais bases de dados, foram

utilizados os itens P, I e O, com o objetivo de aumentar a especificidade da pesquisa. Optou-

se pela busca avançada e utilizaram-se os operadores booleanos “AND” e “OR” para a

combinação dos descritores e formulação da frase da busca. Não foi utilizado o operador

“AND NOT”, pois não foi definido nenhum termo que poderia ser excluído da pesquisa. A

seguir, na tabela 5, são listadas as estratégias utilizadas para cada base de dados, assim como

o total de estudos levantados:

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Tabela 5. Estratégias de buscas nas bases de dados EMBASE

Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Emtree Total de estudos levantados: 2605 ('sport'/exp OR 'competitive gymnastics' OR 'competitive sport' OR 'sport' OR 'sports' OR 'athletic performance'/exp OR 'athletic performance' OR 'sport

performance' OR 'sports performance' OR 'athlete'/exp OR 'athlete' OR 'athletes' OR 'sportsman' OR 'sportsperson' OR 'sportspersons') AND ('recovery'/exp OR 'regeneration'/exp OR 'regeneration' OR regenerative OR taper OR tapering) AND ('physiological stress'/exp OR 'biologic stress' OR 'biological stress' OR

'organismal stress' OR 'physiologic stress' OR 'physiological stress' OR 'physiological stresses' OR 'stress, physiological' OR 'mental stress'/exp OR 'mental stress' OR 'mental stresses' OR 'psychic stress' OR 'psycho-social stress' OR 'psycho-social stresses' OR 'psychologic stress' OR 'psychological stress' OR

'psychosocial stress' OR 'psychosocial stresses' OR 'stress, mental' OR 'stress, psychologic' OR 'stress, psychological' OR 'fatigue'/exp OR 'fatigue' OR 'tiredness' OR 'muscle fatigue'/exp OR 'fatigue, muscle' OR 'muscle fatigue' OR 'muscular fatigue')

PORTAL BVS Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 100

(tw:(Sports OR Sport OR Athletics OR Athletic OR Athletes OR Athlete)) AND (tw:(Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering)) AND (tw:(Psychological Stresses OR Stresses OR Psychological OR Stress, Psychologic OR Psychologic Stress OR Psychological Stress OR fatigue OR

Lassitude OR Muscle Fatigue OR Muscular Fatigue OR Fatigue, Muscular OR Fatigue, Muscle)) Resultados por Base MEDLINE (91), IBECS (8), LILACS (1)

Itens PICO: P,I Idioma: Espanhol Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 1468 (tw:(Deportes OR Atletas )) AND (tw:(Regenerative OR Recuperación OR Taper OR Tapering))

Resultados por Base MEDLINE (1261), IBECS (103), LILACS (75), BINACIS (21), CUMED (7), LIS (1) Itens PICO: P,I,O Idioma: Português Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 36

(tw:(Esportes OR Atletas OR Atividades Esportivas OR Desportes OR Desportos)) AND (tw:(Regenerativo OR Recuperação OR Polimento OR Tapering)) AND (tw:(Estresse Psicológico OR Fadiga OR Fadiga Muscular))

Resultados por Base MEDLINE (26), LILACS (8), IBECS (2) PUBMED/MEDLINE

Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Mesh Terms Total de estudos levantados: 2497 ((((((((Sports) OR Sport) OR Athletics) OR Athletic) OR Athletes) OR Athlete)) AND (((((Recovery) OR Regeneration) OR Regenerative) OR Taper) OR

Tapering)) AND ((((((((((((Psychological Stresses) OR Stresses) OR Psychological) OR Stress, Psychologic) OR Psychologic Stress) OR Psychological Stress) OR Fatigue) OR Lassitude) OR Muscle Fatigue) OR Muscular Fatigue) OR Fatigue, Muscular) OR Fatigue, Muscle)

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SCIELO Itens PICO: P,I Idioma: Inglês Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 193

(Sports OR Sport OR Athletics OR Athletic OR Athletes OR Athlete ) AND (Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering) Itens PICO: P,I Idioma: Espanhol Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 46

(Deportes OR Atletas) AND (Regenerative OR Recuperación OR Taper OR Tapering) Itens PICO: P,I Idioma: Português Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 298

(Esportes OR Atletas OR Atividades Esportivas OR Desportes OR Desportos ) AND (Regenerativo OR Recuperação OR Polimento OR Tapering) SPORTDISCUS

Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Thesaurus Total de estudos levantados: 2364 (Sports OR Athletics OR Athletes) AND (Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering ) AND (Stress (Psychology) OR

Physiological stress OR Exhaustion OR Tiredness OR fatigue) Nota: P: População; I: Intervenção; O: Outcomes

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A triagem dos estudos foi realizada por dois revisores de forma independente,

utilizando o EndNote® e o formulário de triagem (Apêndice I) para identificação do

cumprimento dos critérios de inclusão e exclusão. Conforme proposto por Dundar e Fleeman

(2017a) e Oliveira, et al. (2003), a triagem foi realizada em duas etapas: a) análise dos títulos

e resumos e b) leitura completa do documento. As etapas de busca e triagem estão

representadas na figura 8.

Durante a primeira etapa de triagem, dois revisores, de maneira independente

realizaram a análise dos títulos e resumos. Esta primeira etapa consistiu em uma filtragem

para eliminar estudos que não atenderam ao escopo da revisão. Foram aplicados os critérios

de inclusão previamente estabelecidos, considerando pelo menos um dos três itens da

estratégia PICO. O estudo que atendeu parcialmente a estes critérios, foi submetido à leitura

do resumo. Identificado que o estudo não atendeu aos critérios de inclusão, o mesmo não foi

incluído na revisão. Em caso de dúvida, o resumo do estudo foi lido com o objetivo de

verificar se o mesmo atendeu aos critérios de inclusão. Durante a leitura do resumo, os

estudos deveriam atender a todos os critérios de inclusão. No caso de estudos que, durante a

leitura do resumo, não atenderam a todos os critérios de inclusão, o estudo não foi incluído;

porém, se ainda no caso de dúvidas, o estudo foi parcialmente incluído, para posterior leitura

do texto completo na segunda etapa de triagem.

Na segunda etapa, as listas de estudos parcialmente incluídos pelos dois revisores

foram confrontadas de acordo com os critérios de inclusão e consenso dos dois revisores.

Após a unificação da lista de estudos parcialmente incluídos, os documentos foram obtidos

para leitura do texto completo. Em seguida os mesmos revisores, de forma independente

realizaram a leitura do texto completo na íntegra e aplicaram os critérios de inclusão e

exclusão previamente estabelecidos. No primeiro momento o estudo foi submetido aos

critérios de inclusão. No caso de estudos que não atenderam os critérios de inclusão, estes não

foram incluído, em definitivo, na presente revisão. No caso de estudos que atendaram aos

critérios de inclusão, os mesmos foram submetidos aos critérios de exclusão. O estudo que

atendeu à pelo menos um dos critérios foi excluído. Os estudos que não atendaram aos

critérios de exclusão foram definitivamente incluídos na revisão.

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Figura 7. Etapas da Revisão Sistemática

Nota: PC = palavras chaves; CI = Critérios de Inclusão; CE = Critérios de Exclusão; RS = Revisão Sistemática

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3.1. Extração e análise dos dados

A extração de dados constituiu no processo em que dados relevantes, previamente

determinados foram extraídos dos estudos incluídos e armazenados em um único formato, por

meio da utilização do formulário de extração de dados. O processo de extração de dados foi

realizado por dois revisores de forma independente, com o objetivo de minimizar erros e

reduzir possíveis vieses introduzidos pelos autores da revisão, conforme sugerido por

HIGGINS, J.; GREEN (2008). Adicionalmente, a extração de dados foi realizada de forma

manual, por meio da leitura do texto completo, conforme sugerido por Fleeman e Dundar

(2017).

Foram dados extraídos dados descritivos e dados analíticos. Os dados descritivos são

aqueles pertinentes às características do estudo como informações da publicação e

características do desenho e participantes do estudo. Os dados analíticos foram relacionados

às intervenções e desfechos reportados pelos estudos e devido à impossibilidade da metanálise

foram realizados de forma qualitativa. Os dados qualitativos constituíram o principal objeto

de interesse da presente investigação e se referiram às estratégias, intervenções e

procedimentos utilizados nos estudos para promover recuperação no processo de treinamento.

Estes dados foram categorizados em sete itens para cada estudo avaliado, conforme proposto

por Fleeman e Dundar (2017): 1) fases de recuperação; 2) métodos de recuperação; 3) meios

de recuperação; 4) protocolos; 5) desfechos investigados; e 6) resultados.

O processo de extração dos dados dos estudos levou em média 3 ± 1,58 horas para

cada estudo. Adicionalmente, para os estudos duplicados, ou seja, aqueles foram relatados em

mais de uma publicação, foi mantida a extração de dados em relatório separados, pois como

objetivo da Revisão sistemática é agrupar e sintetizar as informações de vários estudos, não

seria apropriado descartá-los pela possibilidade deste conter informações valiosas (HIGGINS;

GREEN, 2008).

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CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO.

4. RESULTADOS

As buscas resultaram em 9607 estudos levantados nas bases de dados. O levantamento

de cada base de dados foi exportado, armazenado em formato de referências (arquivo com a

extensão “ris”) e importados para o software gerenciador de referências EndNote®.

Previamente à aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foi realizada uma triagem com a

finalidade de eliminar arquivos duplicados, ou seja, referências que estivessem presentes em

duas ou mais bases de dados. Dessa maneira, foram eliminadas 3032 (31%) referências

duplicadas e permaneceram 6575 referências que seriam submetidas às etapas de triagem. A

identificação de 31% de estudos duplicados permitiu observar saturação do levantamento e,

portanto, optou-se por não realizar buscas em outras bases de dados. Abaixo é apresentado o

fluxograma parcial (figura 7) da Revisão sistemática baseado na proposta PRISMA

(LIBERATI et al., 2009).

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Figura 8. Fluxograma parcial da Revisão Sistemática

Nota: Critérios de exclusão a) Dor; b) Recuperação entre as séries; c) Revisão; d) Intervenções Nutricionais / Farmacológicas; e) Avaliação em curto Prazo

Na Tabela 6, são apresentados os dados descritivos dos participantes dos 102 estudos

incluídos na revisão. Os valores são apresentados em média (�̅�𝑥) e desvio padrão (±). Estão

descritos autoria e ano da publicação; número de participantes, número de participantes por

sexo, idade, massa corporal total, estatura e modalidade estudada. Juntos, os estudos

totalizaram 2482 participantes com tamanho médio de amostra por estudo de 24,33 ± 34,90,

com idade de 23,02 ±6,19 anos, massa corporal total de 78,07 ± 9,98 kg e estatura de 177,13

±20,30 cm. O sexo masculino correspondeu a 85% da amostra e o sexo feminino

correspondeu a 15%.

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Tabela 6. Dados Descritivos dos Participantes de cada estudo

Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa

Corporal Estatura Modalidade

Andersson et al. (2008) 17 -- 17 22,1 ± 0,7 65,15 ± 1,2 167,15 ± 0,07 Futebol

Armstrong et al. (2015) 33 23 10 38,5 ± 7,2 NR 174,4 ± 9,7 Corrida (maratona)

Arroyo garcía et al. (2013) 15 15 -- 33,8 ± 2,13 72,9 ± 5,62 174,33 ± 4,84 Ciclismo

Bahnert; norton; lock (2013) 44 44 -- 23,3 ± 4,2 NR NR Futebol australiano

Balk et al. (2017) 68 36 32 21,31 ± 5,4 NR NR

polo aquático, voleibol, vôlei de praia, futebol, basquetebol, tiro com arco, paraciclismo e

paratletismo

Beaven et al. (2013) 16 16 -- 25 ± 3 104 ± 12,3 188,1 ± 7,1 Rugby

Behringer et al. (2016) 30 21 9 25,7 ± 2,8 75,1 ± 11,4 178,9 ± 8,8 Esportes diversos

Bieuzen et al. (2012) 26 26 -- 25,6 ± 5,7 75 ± 12,2 177 ± 0,8 Futebol

Buchheit et al. (2011) 28 28 -- 14,35 ± 2,19 52,1 ± 9,75 164,5 ± 9,19 Futebol

Clifford et al. (2018) 11 11 -- 19 ± 1 75,9 ± 7,2 180 ± 0,57 Futebol

Cook; beaven (2013) 12 12 -- 23,13 ± 1,4 96,7 ± 10,8 185 ± 0,04 Rugby

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Crewther; cook (2012) 12 12 -- 20 ± 0,7 95,7 ± 9,5 185 ± 0,06 Rugby

Crowther et al. (2017) 331 235 96 25 ± 7 NR NR Diversas Modalidades

De nardi et al. (2011) 18 18 -- 15,5 ± 1 61,8 ± 3 175,5 ± 4 Futebol

Delextrat et al. (2013) 16 8 8 22,75 ± 0,77 83,95 ± 8,98 184,75 ± 8,13 Basquete

Delextrat et al. (2014) 17 9 8 21,5 ± 0,7 82,4 ± 12,02 183,8 ± 10,46 Basquete

Duffield et al. (2008) 14 14 -- 19 ± 1 86 ± 5 14,14 ± 0,5 Rugby

Duffield et al. (2014) 8 8 -- 20,9 ± 3,6 77,6 ± 9,3 183,5 ± 10,2 Tênis

Duffield, Cannon e King (2010) 10 10 -- 22,1 ± 1,1 84,65 ± 5,9 185,2 ± 6,5 Cricket

Duffield e Portus (2007) 11 11 -- 20,9 ± 2,7 75,4 ± 6,3 176,3 ± 5,8 Rugby

Edge et al. (2009) 10 10 -- 45 ± 6 75 ± 7 NR Corrida

Elias, et al. (2010) 24 24 -- NR NR NR Futebol australiano

Elias, et al. (2012) 14 14 -- 20,9 ± 3,3 79,6 ± 6,7 186 ± 7,2 Futebol australiano

Elias, et al. (2013) 24 24 -- 19,9 ± 2,8 80,8 ± 8,1 186,4 ± 6,4 Futebol australiano

Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)

24 24 -- 25,45 ± 0,91 66,9 ± 1,69 174,5 ± 2,12 Ciclismo

Faude, et al. (2009) 11 11 -- 24,8 ± 3,8 74,7 ± 6,3 180 ± 5 Ciclismo

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Finberg et al. (2013) 10 10 -- 20 ± 3 81,4 ± 10,3 180,1 ± 10,1 Futebol

Fortes et al. (2016) 78 78 -- 14,58 ± 0,27 62,29 ± 0,15 174 ± 0 Futsal

Fortes et al. (2017) 31 31 -- 23,6 ± 1,5 NR NR Taekwondo

Furrer; Moen e Firing (2015) 29 NR NR 18 ± 5 NR NR Biatlo, Esqui Cross-

Country e Tiro ao Alvo

Gallaher et al. (2010) 23 23 -- NR NR NR Futebol australiano

García-pallarés et al. (2009) 14 14 -- 25,2 ± 2,5 84 ± 5,5 181 ± 0,04 Caiaque

Gatterer et al. (2013) 10 10 -- 27,4 ± 4,5 76,5 ± 7,4 180,4 ± 7 Futebol

Gill; beaven; cook (2006) 33 33 -- 25 ± 3 99,2 ± 10,1 184,5 ± 9 Rugby

Hamlin et al. (2012) 22 22 -- 20,1 ± 2,1 88,4 ± 8,8 182,1 ± 5,5 Rugby

Hausswirth et al. (2011) 9 NR NR 31,8 ± 6,5 70,6 ± 6,5 179 ± 0,06 Corrida

Heapy et al. (2018) 56 38 18 42 ± 1 NR NR Ultramaratona

Higgins, Climstein e Cameron (2013) 24 24 -- 19,5 ± 0,8 82,38 ± 11,12 179 ± 6 Rugby

Hinzpeter et al. (2014) 21 NR NR 17 ± 2 NR NR Natação

Hoffman et al. (2016) 73 55 17 44,67 ± 1,53 NR NR Ultramaratona

Hooper, Mackinnon e Ginn (1998) 27 12 15 15 ± 1,6 NR NR Natação

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Houmard, et al. (1989) 5 NR NR 20,6 ± 0,36 67,3 ± 1,5 183,2 ± 0,71 Corrida

Ingram et al. (2009) 11 11 -- 27,5 ± 6 76 ± 6,1 178,3 ± 6,1 NR

Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018) 19 19 -- 16,95 ± 0,8 NR NR Ciclismo

Jansen Van Rensburg et al. (2017) 22 22 -- 20 ± 1 79,6 ± 8,2 180 ± 1 Cricket

Jones, Lander e Brubaker, 2013) 12 12 -- 20 ± 2 87,03 ± 10,1 179,9 ± 8,2 Rugby

Juliff et al. (2014) 10 -- 10 20 ± 1 77 ± 9,3 182 ± 0,5 Netball

Kennedy, Patil e Trilk (2018) 9 7 2 39,14 ± 9,23 NR NR Paraciclismo

Lacey et al. (2014) 7 7 -- 24 ± 3,6 99 ± 12,2 183 ± 6,1 Rugby

Lee et al. (2002) 23 23 -- 21,57 ± 1,5 70,99 ± 9,13 173,04 ± 6,41 Wrestling e Judô

Leeder, et al. (2015) 24 24 -- 21 ± 3 81,4 ± 8,7 NR Futebol, Rugby, Hockey

Lindsay, et al. (2016) 14 14 -- 26 ± 8,3 84 ± 12,9 178 ± 0,08 MMA

Lindsay, et al., (2017) 15 NR NR 28,3 ± 5,7 88,8 ± 14,5 180 ± 0,09 MMA

Lindsay, et al. (2015) 37 37 -- 26 ± 3,5 104,5 ± 9,3 186 ± 0,07 Rugby

Lira et al. (2017) 47 47 -- 16,98 ± 1,79 NR NR Basquete

Lum, Landers e Peeling (2010) 9 NR NR 23 ± 4 70,2 ± 11,9 176,1 ± 7,6 Triatlo

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Marques-Jimenez et al. (2017) 18 18 -- 24 ± 4,07 71,8 ± 6,28 177 ± 5 Futebol

Marques-Jimenez et al. (2018) 18 18 -- 24 ± 4,07 71,8 ± 6,28 177 ± 5 Futebol

Marquet et al. (2015) 11 7 4 20,9 ± 2,1 74,1 ± 9,5 174 ± 8,4 Ciclismo BMX

Meyer, et al. (2004) 11 11 -- 24,8 ± 3,8 74,7 ± 6,3 180 ± 5 Ciclismo

Minett,et al. (2014) 9 9 -- 21 ± 2 78,7 ± 8,1 183,3 ± 7 Esportes coletivos

Minett, et al. (2012) 8 8 -- 23,3 ± 4,9 83,3 ± 7,3 187,8 ± 5,9 Cricket

Mizuno et al. (2016) 18 18 -- 21,9 ± 0,6 65,1 ± 2,1 170,8 ± 1,1 Corrida

Montgomery et al. (2008) 29 29 -- 19,1 ± 2,1 88,5 ± 14,7 184 ± 0,34 Basquete

Moore, Thompson e Mcguigan (2012) 11 11 -- NR NR NR NR

Moreira et al. (2015) 10 10 -- 24 ± 3 73 ± 9 174 ± 5 Futsal

Nair; Mondal e Tiwari (2010) 30 30 -- 20,5 ± 1,87 NR NR Futebol

Nakagawa, Obu e kanosue (2014) 45 21 24 21 ± 0 NR NR Corrida

Oliveira, et al. (2017) 28 28 -- 18,6 ± 0,73 65,73 ± 3,96 173,48 ± 4,1 Futebol

Papoti et al. (2007) 14 11 3 16 ± 1,3 NR NR Natação

Pointon et al. (2011) 10 10 -- 21 ± 1,6 87 ± 3 182,2 ± 3,6 Rugby

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Pointon et al. (2012b) 10 10 -- 19,9 ± 1,1 78,9 ± 6,3 179,6 ± 3,8 Rugby

Pointon; Duffield (2012) 10 10 -- 21 ± 1,7 87,2 ± 7,7 182,9 ± 6,1 Rugby

Pournot et al. (2011) 41 41 -- 21,5 ± 4,6 73,1 ± 9,7 176,7 ± 9,7 Futebol, Rugby e

Voleibol

Pruscino, Halson e Hargreaves (2013) 8 8 -- 21,9 ± 2,3 77,9 ± 13,9 180,1 ± 8 Hockey

Rey et al. (2012) 31 NR NR 23,5 ± 3,4 75,7 ± 4,2 179,9 ± 5,1 Futebol

Rhibi et al. (2016) 28 28 -- 17,7 ± 0,8 76,7 ± 6,6 187,1 ± 3,9 Vôlei

Rijken et al. (2016) 21 19 2 20 ± 2,82 NR NR Futebol e Atletismo

Robey et al. (2009) 20 12 8 19,96 ± 1,26 73,86 ± 9,14 178,83 ± 4,55 Remo

Rowsell et al. (2009) 20 20 -- 15,9 ± 0,6 71,3 ± 5,4 NR Futebol

Rowsell et al. (2011) 13 13 -- 15,9 ± 0,6 71,3 ± 5,4 NR Futebol

Rupp et al. (2012) 22 13 9 19,8 ± 1,1 72,1 ± 9,1 174 ± 9 Futebol

Russell et al. (2017) 14 14 -- 18 ± 2 74,5 ± 5,5 178 ± 0,05 Futebol

Sánchez–Ureña et al. (2017) 10 10 -- 14 ± 0,4 65,4 ± 9,1 175 ± 7,3 Basquete

Schaal et al. (2015) 10 -- 10 20,4 ± 0,4 NR NR Nado sincronizado

Schimpchen et al. (2017) 7 7 -- 25 ± 4 NR NR Levantamento de peso

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Olímpico

She, Fan e Mo (2006) 20 20 -- NR NR NR Judô

Shepley et al. (1992) 9 NR NR 22,5 ± 1,29 NR NR Corrida Cross-country

Sherman et al. (1984) 10 10 -- 25,8 ± 3,45 66 ± 3,75 NR Corrida (Maratona)

Skovgaard et al. (2018) 8 5 3 29,2 ± 4,5 72,4 ± 9,8 176,6 ± 10,1 Corrida

Stanley, Peake e Buchheit (2013) 11 11 -- 27 ± 6 73,4 ± 8,2 176 ± 0,06 Ciclismo

Suzuki et al. (2004) 15 15 -- NR NR NR Rugby

Tabben, et al. (2018) 20 20 -- 26,5 ± 5 86,2 ± 10,9 182 ± 7,4 MMA

Vaile et al. (2008) 12 12 -- 32,2 ± 4,3 68,8 ± 7,2 176,6 ± 4,5 Ciclismo

Viitasalo et al. (1995) 14 8 6 17,5 ± 1,29 70 ± 15 177 ± 9,9 Atletismo

Von stengel et al. (2018) 8 8 -- 22 ± 3,3 77,4 ± 5,4 180,9 ± 7,4 Futebol

Webb et al. (2013) 21 21 -- 23,5 ± 2,6 97,3 ± 8,7 183,8 ± 8,8 Rugby

Wiewelhove et al. (2016) 8 8 -- 15,1 ± 1,4 69 ± 7,5 NR Tênis

Wikman et al. (2016) 98 64 34 17 ± 2 NR NR Modalidades diversas

Wilson et al. (2018) 31 31 -- 39,87 ± 1,9 77,63 ± 1,65 177 ± 2 Corrida

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Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade

Zebrowska et al. (2017) 80 -- NR 27,5 ± 6,4 81,77 ± 1,78 179,5 ± 0,63 MMA

Zinner et al. (2017) 14 14 NR 22 ± 4 89,7 ± 12,7 187 ± 7 Handebol

Nota: N = Número da amostra; NR = Não relatado; ♂ = masculino; ♀= feminino

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74

As estratégias de recuperação foram investigadas em 33 diferentes amostras

esportivas, com maior frequência para os esportes coletivos (56%), sendo o futebol, a

modalidade mais frequente. Na figura 9 são apresentadas as modalidades investigadas e suas

respectivas frequências nos estudos incluídos.

Figura 9. Modalidades Investigadas

Em relação à análise da produção científica sobre esta temática, observa-se

crescimento de publicações sobre as estratégias de recuperação, pois 57% dos estudos

levantados foram publicados nos últimos 5 anos (figura 9). Adicionalmente, foi possível

observar que a maior parte (48%) dos estudos incluídos (CROWTHER et al., 2017; FAUDE,

O. et al., 2009; MEYER, et al., 2004; VAILE et al., 2008) na presente revisão e com a

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75

temática de recuperação no esporte, foram realizadas em instituições de pesquisa australianas

e alemãs.

Figura 10. Período das Publicações

Na tabela 7 são apresentados os métodos, classificados em ativo, passivo e pró-ativo,

assim como as respectivas fases de recuperação investigadas. Na tabela 8 são apresentados os

meios de recuperação, de acordo com sua classificação em meios pedagógicos, psicológicos e

biomédicos.

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Tabela 7. Métodos de Recuperação

Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Andersson et al. (2008) Redução de carga de treinamento Repouso Pós Exercício

Armstrong et al. (2015) Vestuário de Recuperação Treinamento Recuperativo

Arroyo garcía et al. (2013) Redução de carga de treinamento

Intervenção Nutricional / Repouso Pós Exercício

Bahnert; norton; lock (2013) Exercícios de baixa intensidade

Imersão em água / Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Balk et al. (2017) Técnica Psicológica Pós Exercício

Beaven et al. (2013) Vestuário de Recuperação / Recuperação combinada Pós Exercício

Behringer et al. (2016) Crioterapia / Massagem Pós Exercício

Bieuzen et al. (2012) Eletroestimulação Pós Exercício

Buchheit et al. (2011) Calor / Massagem / Imersão em água Pós Exercício

Clifford et al. (2018) Crioterapia Pós Exercício

Cook; beaven (2013) Imersão em água Pós Exercício

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77

Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Crewther; cook (2012) Intervenção Psicológica Pós Exercício

Crowther et al. (2017)

Exercícios de baixa intensidade / Imersão em água Pós Exercício

De nardi et al. (2011) Imersão em água Pós Exercício

Delextrat et al. (2013) Imersão em água / Massagem Pós Exercício

Delextrat et al. (2014) Massagem / Recuperação combinada Pós Exercício

Duffield et al. (2008) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Duffield et al. (2014) Sono / Imersão em água / Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Duffield, Cannon e King (2010) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Duffield e Portus (2007) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Edge et al. (2009) Tratamento com vibração Pós Exercício

Elias, et al. (2010) Imersão em água Pós Exercício

Elias, et al. (2012) Imersão em água Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Elias, et al. (2013) Imersão em água / Repouso Treinamento Recuperativo

Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)

Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo

Faude, et al. (2009) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Finberg et al. (2013) Eletroestimulação / Imersão em água Treinamento Recuperativo

Fortes et al. (2016) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo

Fortes et al. (2017) Redução de carga de treinamento Treinamento recuperativo

Furrer; Moen e Firing (2015) Treinamento Mental Pós Exercício

Gallaher et al. (2010) Vestuário de Recuperação Treinamento Recuperativo

García-pallarés et al. (2009) Redução de carga de treinamento Repouso Pós Exercício

Gatterer et al. (2013) Hipóxia / Massagem Pós Exercício

Gill; beaven; cook (2006) Exercícios de baixa intensidade

Imersão em água, Vestuário de Recuperação e repouso Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Hamlin et al. (2012) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Hausswirth et al. (2011) Crioterapia / Fototerapia Treinamento Recuperativo

Heapy et al. (2018) Massagem Pós Exercício

Higgins, Climstein e Cameron (2013)

Imersão em água Pós Exercício

Hinzpeter et al. (2014) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício

Hoffman et al. (2016) Massagem Treinamento Recuperativo

Hooper, Mackinnon e Ginn (1998) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo

Houmard, et al. (1989) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Ingram et al. (2009) Imersão em água Treinamento Recuperativo

Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)

Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Jansen Van Rensburg et al. (2017) Terapia com vácuo intermitente Pós Exercício

Jones, Lander e Brubaker, 2013) Exercícios de baixa Imersão em água / Repouso Pós Exercício

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80

Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

intensidade

Juliff et al. (2014) Imersão em água Pós Exercício

Kennedy, Patil e Trilk (2018) Massagem Treinamento Recuperativo

Lacey et al. (2014) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Lee et al. (2002) Recuperação Combinada Pós Exercício

Leeder, et al. (2015) Imersão em água Pós Exercício

Lindsay, et al. (2016) Imersão em água Pós Exercício

Lindsay, et al., (2017) Imersão em água Pós Exercício

Lindsay, et al. (2015) Exercícios de baixa intensidade

Imersão de água / Vestuário de Recuperação / Sono Treinamento Recuperativo

Lira et al. (2017) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo

Lum, Landers e Peeling (2010) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício

Marques-Jimenez et al. (2017) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Marques-Jimenez et al. (2018) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Marquet et al. (2015) Exercícios de baixa intensidade

Repouso / Imersão em água / Intervenção nutricional Treinamento Recuperativo

Meyer, et al. (2004) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Minett,et al. (2014) Imersão em água / Crioterapia Pós Exercício

Minett, et al. (2012) Crioterapia Pós Exercício

Mizuno et al. (2016) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Montgomery et al. (2008) Exercícios de baixa intensidade

Imersão em água / Vestuário de Recuperação / Intervenção nutricional Pós Exercício

Moore, Thompson e Mcguigan (2012)

Imersão em água Pós Exercício

Moreira et al. (2015) Imersão em água Treinamento Recuperativo

Nair; Mondal e Tiwari (2010) Exercícios de baixa intensidade Pós Exercício

Nakagawa, Obu e kanosue (2014) Vestuários de Recuperação Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Oliveira, et al. (2017) Fototerapia Treinamento Recuperativo

Papoti et al. (2007) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Pointon et al. (2011) Crioterapia Pós Exercício

Pointon et al. (2012b) Imersão em água Pós Exercício

Pointon; Duffield (2012) Imersão em água Pós Exercício

Pournot et al. (2011) Imersão em água Pós Exercício

Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)

Vestuário de Recuperação Pós Exercício

Rey et al. (2012) Exercícios de baixa intensidade Repouso Treinamento Recuperativo

Rhibi et al. (2016) Redução de carga de treinamento Treinamento recuperativo

Rijken et al. (2016) Treinamento Mental Pós Exercício

Robey et al. (2009) Exercícios de baixa intensidade Imersão em água Pós Exercício

Rowsell et al. (2009) Imersão em água Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Rowsell et al. (2011) Imersão de água Pós Exercício

Rupp et al. (2012) Imersão em água Pós Exercício

Russell et al. (2017) Crioterapia Pós Exercício

Sánchez–Ureña et al. (2017) Imersão em água Pós Exercício

Schaal et al. (2015) Crioterapia Pós Exercício

Schimpchen et al. (2017) Imersão em água Treinamento Recuperativo

She, Fan e Mo (2006) Redução de carga de treinamento Intervenção nutricional Treinamento Recuperativo

Shepley et al. (1992) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo

Sherman et al. (1984) Redução de carga de treinamento Repouso Treinamento Recuperativo

Skovgaard et al. (2018) Redução de carga de treinamento Pós Exercício

Stanley, Peake e Buchheit (2013) Imersão em água / Repouso Pós Exercício

Suzuki et al. (2004) Exercícios de baixa intensidade Pós Exercício

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Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação

Tabben, et al. (2018) Imersão em água Pós Exercício

Vaile et al. (2008) Imersão em água Pós Exercício

Viitasalo et al. (1995) Imersão em água Pós Exercício

Von stengel et al. (2018) Massagem Pós Exercício

Webb et al. (2013) Exercícios de baixa intensidade Imersão em água Pós Exercício

Wiewelhove et al. (2016) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício

Wikman et al. (2016) Técnica Psicológica Pós Exercício

Wilson et al. (2018) Crioterapia Pós Exercício

Zebrowska et al. (2017) Massagem Pós Exercício

Zinner et al. (2017) Vestuário de Recuperação Pós Exercício

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Tabela 8. Meios de Recuperação

Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Andersson et al. (2008) Ciclismo /

Treinamento de força Repouso

Armstrong et al. (2015) Vestuário de compressão

Arroyo garcía et al. (2013)

Redução da carga de treinamento

Repouso passivo

Suplementação com vitaminas antioxidantes

Bahnert; norton; lock (2013)

Alongamento / Ciclismo / Exercícios

no meio aquático

Imersão em água fria / Imersão em água contraste / Vestuário de compressão

Balk et al. (2017) Distanciamento

físico, cognitivo e emocional

Beaven et al. (2013)

Vestuário de Compressão / Recuperação combinada

(eletroestimulação + vestuário de compressão)

Behringer et al. (2016) Crioterapia / drenagem

linfática manual repouso

Bieuzen et al. (2012) Estimulação Elétrica

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Buchheit et al. (2011) Sauna / Hidromassagem /

Imersão em água fria

Clifford et al. (2018) Resfriamento

Cook; beaven (2013) Imersão em água fria /

Imersão em água quente Repouso

Crewther; cook (2012) Exibição de vídeo / Feedback positivo

Crowther et al. (2017)

Caminhada / Corrida / Ciclismo / Natação / Exercícios no meio

aquático / Alongamento

Relaxamento muscular

progressivo / assistir TV /

música

Imersão em água / banho frio, imersão em água /

banho contraste / massagem / resfriamento /

calor / reflexologia / acupuntura

sono medicamentos

lanches / reposição de

fluídos / suplementos

De nardi et al. (2011) Imersão em água fria /

Imersão em água contraste Repouso

Delextrat et al. (2013) Imersão em água fria /

massagem

Delextrat et al. (2014) Massagem / Recuperação combinada (massagem +

alongamento) Repouso

Duffield et al. (2008) Vestuário de compressão

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Duffield et al. (2014) Imersão em agua fria /

Vestuário de Compressão Sono

Duffield, Cannon e King (2010)

Vestuário de compressão

de corpo inteiro

Duffield e Portus (2007)

Vestuário de compressão

Edge et al. (2009) Vibração

Elias, et al. (2010) Imersão em água fria /

Imersão em água contraste

Elias, et al. (2012) Imersão em água fria /

Imersão em água contraste Repouso

Elias, et al. (2013) Imersão em água fria /

imersão em água contraste Repouso

Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)

Polimento Linear

Faude, et al. (2009) Redução da carga de

treinamento

Finberg et al. (2013) Eletroestimulação /

Imersão em água contraste repouso

Fortes et al. (2016) Polimento linear

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Fortes et al. (2017) Polimento Linear

Furrer; Moen e Firing (2015)

Treinamento

mental

Recuperação combinada (Quiropraxia + Massagem

+ Infravermelho)

Gallaher et al. (2010) Vestuário de compressão

García-pallarés et al. (2009)

Redução da carga de treinamento

Repouso

Gatterer et al. (2013) Hipóxia / Recuperação combinada (Hipóxia +

Massagem)

Gill; beaven; cook (2006)

Ciclismo Imersão em água contraste / Vestuário de compressão

Repouso

Hamlin et al. (2012) Vestuário de compressão

Hausswirth et al. (2011)

Crioterapia / Terapia com

infravermelho Repouso

Heapy et al. (2018)

Massagem manual / Massagem com

Compressão pneumática intermitente

Higgins, Climstein e Cameron (2013)

Imersão em água fria / Repouso

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Imersão em água contraste passivo

Hinzpeter et al. (2014) Natação Repouso

Hoffman et al. (2016)

Massagem manual / Massagem com

Compressão pneumática intermitente

Hooper, Mackinnon e Ginn (1998)

Polimento individualizado /

Redução de volume / Redução de volume e

intensidade

Houmard, et al. (1989) Redução da carga de

treinamento

Ingram et al. (2009) Imersão em água fria / Imersão em água com

contraste

Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)

Polimento exponencial /

Polimento Exponencial modificado

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Jansen Van Rensburg et al. (2017)

Terapia com vácuo

intermitente Repouso

Jones, Lander e Brubaker, 2013)

Caminha / corrida / alongamento

Imersão em água fria / Recuperação combinada (imersão em água fria +

recuperação ativa)

repouso

Juliff et al. (2014) Banho contraste / Imersão

em água contraste

Kennedy, Patil e Trilk (2018)

Massagem

Lacey et al. (2014) Polimento linear

Lee et al. (2002)

Leeder, et al. (2015) Imersão em água fria na

posição sentada ou em pé

Lindsay, et al. (2016) Imersão em agua fria

Lindsay, et al., (2017) Imersão em água fria Repouso

Lindsay, et al. (2015)

Ciclismo / Caminhada / Alongamentos /

Exercícios no meio aquático

Imersão em água fria /

Vestuários de compressão

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Lira et al. (2017) Polimento Linear /

Etapas

Lum, Landers e Peeling (2010)

Natação Repouso

Marques-Jimenez et al. (2017)

Meias curtas de compressão / Meias longas de compressão / shorts de

compressão

Marques-Jimenez et al. (2018)

Meias curtas de compressão / Meias longas de compressão / shorts de

compressão

Marquet et al. (2015) Ciclismo Imersão em água fria Repouso Bebida

carboidratada

Meyer, et al. (2004) Redução da carga de

treinamento

Minett,et al. (2014) Imersão em água fria /

Resfriamento

Minett, et al. (2012) Resfriamento

Mizuno et al. (2016) Vestuário de Compressão

Montgomery et al. (2008)

Alongamento Imersão em água fria / Lanche / bebida

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Vestuários de compressão carboidratada

Moore, Thompson e Mcguigan (2012)

Imersão em água fria /

Imersão em água quente

Moreira et al. (2015) Imersão em água fria

Nair; Mondal e Tiwari (2010)

Exercícios no meio aquático

Nakagawa, Obu e kanosue (2014)

Calçados Instáveis

Oliveira, et al. (2017) Fotobiomodulação

Papoti et al. (2007) Polimento não linear

Pointon et al. (2011) Resfriamento

Pointon et al. (2012b) Imersão em água fria

Pointon; Duffield (2012)

Imersão em água Fria /

Repouso

Pournot et al. (2011) Imersão em água fria /

Imersão em água quente / Imersão em água contraste

Repouso

Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)

Vestuário de Compressão

Rey et al. (2012) Corrida / alongamento Repouso

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

estático

Rhibi et al. (2016)

Polimento exponencial /

Polimento exponencial com Eletroestimulação

Rijken et al. (2016) Treinamento

mental e biofeedback

Robey et al. (2009) Alongamento Imersão em água contraste

Rowsell et al. (2009) Imersão em água fria /

Normoneutra

Rowsell et al. (2011) Imersão em água fria /

Normoneutra

Rupp et al. (2012) Imersão em Água Fria

Russell et al. (2017) Crioterapia de corpo

inteiro

Sánchez–Ureña et al. (2017)

Imersão em água fria

continua / intermitente Repouso

Schaal et al. (2015) Crioterapia

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Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Schimpchen et al. (2017)

Imersão em água fria

She, Fan e Mo (2006) Redução da carga de

treinamento

suplementação com proteínas,

vitaminas e minerais

Shepley et al. (1992)

Polimento com redução de volume /

Polimento com redução de volume e

intensidade

Repouso

Sherman et al. (1984)

Corrida com redução do volume e

intensidade auto selecionada

Repouso

Skovgaard et al. (2018) Polimento

exponencial

Stanley, Peake e Buchheit (2013)

Imersão em água fria

Suzuki et al. (2004) Exercícios no meio

aquático Repouso

Tabben, et al. (2018) Imersão em água fria

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95

Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Vaile et al. (2008) Imersão em água fria /

Imersão em água quente / Imersão em água contraste

Repouso

Viitasalo et al. (1995) Hidromassagem

Von stengel et al. (2018)

Massagem / drenagem

linfática

Webb et al. (2013) ciclismo Imersão em água fria /

Imersão em água contraste

Wiewelhove et al. (2016)

Corrida Repouso

Wikman et al. (2016)

Relaxamento / Relaxamento

muscular progressivo /

Técnicas respiratórias

Wilson et al. (2018) Crioterapia de corpo

inteiro / Imersão em água fria

Zebrowska et al. (2017) Drenagem linfática manual

/ Oscilação profunda / Eletroestimulação

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96

Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional

Zinner et al. (2017) Vestuário de Compressão

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A sumarização das fases de recuperação investigadas nos estudos é apresentado na

tabela 9.

Tabela 9. Fases da recuperação observadas nos estudos

Fases N. Estudos % Recuperação pós-exercício 79 77% Treinamento Recuperativo 23 23%

O levantamento dos estudos sobre as estratégias de recuperação no esporte permitiu a

identificação de 18 tipos de métodos (tabela 9) e 48 tipos de meios de recuperação (tabela 10).

Tabela 10. Tipos de métodos de recuperação observados nos estudos

Métodos N % Ativo 2 11% Passivo 15 83% Pró Ativo 1 6% Total 18

Tabela 11. Tipos de meios de recuperação observados nos estudos

Meios N % Pedagógico 8 17% Psicológico 9 19% Biomédico Físico 24 50% Biomédico Higiênico 2 4% Biomédico Nutricional 4 8% Biomédico Farmacológico 1 2% Total 48

Os meios e métodos foram quantificados em relação à quantidade de vezes que foram

utilizados nos estudos. Dessa forma, foram observados o total de 144 métodos e 227 meios de

recuperação, os quais foram agrupados por categorias e apresentados respectivamente nas

tabelas 12 e 13.

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Tabela 12. Tipos de Métodos observados nos estudos

Tipo Classificação N Porcentagem Imersão em água Passivo 39 27% Redução de carga de treinamento Ativo 19 13% Vestuário de Recuperação Passivo 18 13% Exercícios de baixa intensidade Ativo 15 10% Repouso Passivo 13 9% Massagem Passivo 10 7% Resfriamento Passivo 9 6% Intervenção nutricional Passivo 4 3% Intervenção Psicológica Passivo 3 2% Recuperação Combinada Ativo / Passivo / Pró Ativo 3 2% Eletroestimulação Passivo 2 1% Sono Passivo 2 1% Treinamento Mental Pró ativo 2 1% Calor Passivo 1 1% Fototerapia Passivo 1 1% Hipóxia Passivo 1 1% Terapia com vácuo intermitente Passivo 1 1% Tratamento com vibração Passivo 1 1%

Tabela 13. Tipos de Meios de recuperação observados nos estudos.

Tipos de meio Classificação N Porcentagem Imersão em água fria Biomédico Físico 36 15,8% Repouso Biomédico Higiênico 28 12,3% Redução da carga de treinamento Pedagógico 22 9,6% Vestuário de compressão Biomédico Físico 21 9,2% Imersão em água contraste Biomédico Físico 14 6,1% Massagem Biomédico Físico 10 4,4% Alongamento Pedagógico 7 3,1% Ciclismo Pedagógico 7 3,1% Corrida Pedagógico 5 2,2% Crioterapia Biomédico Físico 5 2,2% Exercícios no meio aquático Pedagógico 5 2,2% Recuperação combinada Combinado 5 2,2% Resfriamento Biomédico Físico 5 2,2% Imersão em água quente Biomédico Físico 4 1,8% Caminhada Pedagógico 3 1,3% Drenagem linfática Biomédico Físico 3 1,3% Eletroestimulação Biomédico Físico 3 1,3% Natação Pedagógico 3 1,3% Suplementação Biomédico Nutricional 3 1,3%

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Tipos de meio Classificação N Porcentagem Banho contraste Biomédico Físico 2 0,9% Bebida carboidratada Biomédico Nutricional 2 0,9% Hidromassagem Biomédico Físico 2 0,9% Lanche Biomédico Nutricional 2 0,9% Normoneutra Biomédico Físico 2 0,9% Relaxamento muscular progressivo Psicológico 2 0,9% Sono Biomédico Higiênico 2 0,9% Treinamento mental Psicológico 2 0,9% Acupuntura Biomédico Físico 1 0,4% Assistir TV Psicológico 1 0,4% Banho frio Biomédico Físico 1 0,4% biofeedback Biomédico Físico 1 0,4% Calçados Instáveis Biomédico Físico 1 0,4% Calor Biomédico Físico 1 0,4% Exibição de vídeo Psicológico 1 0,4% Feedack positivo Psicológico 1 0,4% Fotobiomodulação Biomédico Físico 1 0,4% Hipóxia Biomédico Físico 1 0,4% Medicamentos Biomédico Farmacológico 1 0,4% música Psicológico 1 0,4% Reflexologia Biomédico Físico 1 0,4% Relaxamento Psicológico 1 0,4% Reposição de fluídos Biomédico Nutricional 1 0,4% Sauna Biomédico Físico 1 0,4% Técnicas respiratórias Psicológico 1 0,4% Terapia com infravermelho Biomédico Físico 1 0,4% Terapia com vácuo intermitente Biomédico Físico 1 0,4% Treinamento de força Pedagógico 1 0,4% Treinamento mental Psicológico 1 0,4% Vibração Biomédico Físico 1 0,4%

Da mesma forma que os meios e métodos de recuperação, os desfechos foram

quantificados em relação à quantidade de vezes que apareceram nos estudos, de forma que foi

observado o total de 373 desfechos, os quais foram agrupados por categorias e apresentados

na tabela 14. Destacam-se medidas de desempenho motor e bioenergético (força, potência,

capacidade anaeróbia, potência aeróbia) (ROWSELL et al., 2011; TABBEN, et al., 2018);

marcadores bioquímicos de dano muscular (creatina quinase e proteína c reativa) (DUFFIELD

et al., 2010; EDGE et al., 2009), perfil hormonal (relação testosterona: cortisol)

(CREWTHER; COOK, 2012; FAUDE, et al., 2009), medidas psicológicas e subjetivas

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(percepção subjetiva de dor, fadiga, recuperação, esforço e fadiga) (HEAPY et al., 2018;

NAKAGAWA et al., 2014).

Tabela 14. Desfechos observados

Descrição % Desempenho físico e esportivo 36,5% Dano muscular 13,7% Percepção subjetiva de dor 12,1% Percepção subjetiva de recuperação 6,7% Percepção subjetiva de fadiga 4,8% Variáveis hormonais 4,8% Percepção subjetiva de esforço 3,2% Concentração de Lactato 2,9% Temperatura corporal 2,7% Atividade cardíaca 2,4% Variáveis hematológicas 1,9% Estados de humor 1,6% Estresse oxidativo 1,3% Percepção de Bem Estar 1,3% Percepção subjetiva da Eficácia do tratamento 1,3% Qualidade de Sono 0,8% Sistema imune 0,5% Atividade encefálica 0,3%

Na tabela 15 são apresentados os protocolos, medidas avaliadas e desfechos das

estratégias de recuperação. Foi possível observar que 75% das investigações foram realizadas

durante a fase de recuperação pós-exercício, com predominância de utilização de estratégias

de imersão em água e, em específico, a imersão em água fria (ELIAS, et al., 2010;

LINDSAY, et al., 2017; MOREIRA et al., 2015), observada em 15,8% dos estudos. Destaca-

se que a maioria dos estudos com a imersão em água fria (POINTON; DUFFIELD, 2012;

POINTON et al., 2011; TABBEN, et al., 2018; WEBB et al., 2013) observaram efeitos

positivos (69%) na recuperação das variáveis de desempenho, fisiológicas e perceptivas.

Adicionalmente, outros estudos (ELIAS, et al., 2010; ELIAS, et al., 2013; MINETT, et al.,

2014) apontaram para resultados superiores desta estratégia em comparação a outros tipos de

imersão em água, crioterapia (WILSON et al., 2018) e recuperação ativa (MARQUET et al.,

2015). Resultados positivos também foram reportados por estudos que investigaram

estratégias psicológicas (CREWTHER; COOK, 2012; RIJKEN et al., 2016), redução de

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carga (ARROYO GARCÍA et al., 2013; FAUDE, et al., 2009; LACEY et al., 2014), durante

a fase de treinamento recuperativo e vestuários de compressão pós-exercício (MIZUNO et al.,

2016).

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Tabela 15. Sumarização dos procedimentos, medidas e resultados

Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

Andersson et al. (2008) 2 partidas de futebol com intervalo de 2 dias

Exercícios aeróbios e de força submáximos 22h e 46h após a primeira partida / RecP por 2 dias

Potência; desempenho anaeróbio; força; dano muscular; PSD

RecA e RecP não influenciaram a recuperação de parâmetros neuromusculares e bioquímicos (RecA ≈ RecP)

Armstrong et al. (2015) Os participantes completaram uma maratona

VC com pressão de 30-40 mmHg por 48h PósE

Desempenho aeróbio VC ↑ recuperação do desempenho aeróbio

Arroyo garcía et al. (2013) 13 dias de treinamento de ciclismo e intensidade entre 55-90% do VO2máx

RecA com carga reduzida (50%VO2max e 60' por sessão) / RecP por 4 dias / RecComb (RecA + Suplementação diária com vitamina C [500mg][ e E [400mg])

Estresse oxidativo; desempenho aeróbio

Todos protocolos influenciaram a recuperação. RecComb influenciou positivamente o estresse oxidativo (RecComb > RecA ≈ RecP)

Bahnert; norton; lock (2013)

Partida de futebol Australiano

Alongamentos (9 exercícios x 60") / Ciclismo (8' x intensidade auto selecionada) / 8'

Desempenho físico e esportivo; PSR

Preferência por estratégias com ↓ gasto energético, porém sem influência no desempenho físico e

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

recuperação ativa na piscina / IAF (8' a 6-11°C) / IAC (4s x [8' a 6-11C°] x [2' de sauna a 32°.C]) / VC utilizadas ad libitum

esportivo

Balk et al. (2017) Os atletas seguiram sua rotina normal de treinamento

Dinâmica do distanciamento dos domínios físicos, cognitivos e emocionais utilizados pelos atletas

Distanciamento e recuperação físicas, cognitivas e emocionais

Distanciamento físico e emocional são estratégias de recuperação eficazes e influenciaram a PSR

Beaven et al. (2013) Treinamento de Rugby por 6 semanas e 2 jogos.

VC durante 1 semana / RecComb (VC + eletroestimulação)

Testosterona; cortisol ; dano muscular; PSBE

RecComb ↓ marcadores de dano muscular e ↑ PSBE (RecComb > VC)

Behringer et al. (2016) Contração excêntrica máxima (4 séries x 20 repetições x 1' de descanso)

Drenagem linfática manual por 30' / Resfriamento com pacotes de gel frio a -20°C por 30' / RecP por 30'

Força; medidas neuromusculares

Nenhuma estratégia influenciou a recuperação

Bieuzen et al. (2012) Teste de exaustão com 30" de saltos verticais e 30" de remo ciclo ergômetro

Eletroestimulação de fluxo sanguíneo na região da tríceps sural durante 20'

Desempenho anaeróbio; potência; força; PSD; dano muscular; estresse

Recuperação do desempenho anaeróbico e variáveis hematológicas

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

(total de 1600 contrações.) oxidativo

Buchheit et al. (2011) Jogos internacionais de futebol e sessões rotineiras treinamento

RecComb (sauna [por 2' a 85-90°C] + hidromassagem [2' a 36°C] + IAF (2' a 12°C])

desempenho esportivo em função do estado de maturação biológica

RecCom foi necessária e efetiva para atletas pós púberes, mas não foi necessária para atletas pré púberes

Clifford et al. (2018) Partida oficial de futebol Resfriamento a 15°C por 3h

Estado de humor; PSD ; Percepção de eficácia paras modalidades de recuperação; Potência e força muscular

Resfriamento recuperou os níveis de força e apontado com maior percepção de eficácia (Resfriamento > RecP)

Cook; beaven (2013) 60' de treinamento coletivo com alta intensidade.

IAF (15' a 14°C) / IAQ (15' a 30°C) / RecP por 15'

Temperatura; PSER; desempenho anaeróbio

Percepção de eficácia da intervenção combinada com redução da temperatura foram associados a maior recuperação (IAF > IAQ > RecP)

Crewther; cook (2012) Jogos de rugby realizados 1 vez por semana, durante 4

Após os jogos atletas assistiram imagens de

Cortisol; Testosterona; desempenho esportivo

A intervenção psicológica influenciou a recuperação

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

semanas vídeos com seus acertos e receberam feedback positivos do técnico

hormonal e de desempenho

Crowther et al. (2017) NA Percepção de eficácia das estratégias de recuperação ativa, recuperação ativa no meio aquático, alongamentos, imersão em água fria, terapia contraste.

PSER Alongamento e IAF foram percebidos como mais eficazes pelos atletas.

De nardi et al. (2011) 30' de treinamento técnico e tático, seguido por jogos reduzidos (4x4 min).

RecP por 8' / IAF (8'a 15°C) / IAC (8x[2' a 15°C] x [2' a 28°C]

Temperatura; PSE; PSF; desempenho anaeróbio; potência; dano muscular

IAF não influenciou recuperação fisiológica e de desempenho, porém ↓PSF e PSE

Delextrat et al. (2013) Os atletas participaram de uma partida de basquete oficial

30'de massagem / IAF (5 x 2' a 11°C x 2') / RecP por 30'

PSD; PSF; potência; desempenho anaeróbio

IAF e massagem influenciaram a recuperação (IAF > massagem)

Delextrat et al. (2014) Os atletas participaram de um jogo oficial de basquete.

A massagem por 30' / RecComb (massagem + alongamento) / RecP por

Potência, desempenho anaeróbio; PSF; PSR

RecComb foi mais eficaz que a massagem e RecP (RecComb > Massagem >

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

30' RecP)

Duffield et al. (2008) Treinamento coletivo com duração 80'

Vestuários de compressão nos MMII por 15h

FC; Lac; temperatura; dano muscular; PSD; desempenho de velocidade; potência; força

VC ↓ PSD, mas não influenciou o desempenho

Duffield et al. (2014) 2 sessões de treino e 1 jogo de tênis simulado

RecComb (IAF [11°C ± 2°C] + VC + Sono por 8h30') / RecP

Potência; FC, Lac; PSR; sono; estado de humor

RecComb↑ desempenho aeróbio e potência; ↓ PSD (RecComb > RecP)

Duffield, Cannon e King (2010)

Protocolo específico de Cricket com duração de 30' (sprints e arremessos)

VC de corpo inteiro durante a sessão de teste e durante 24h PósE

Marcadores Dano Muscular; Saturação de oxigênio da hemoglobina; Desempenho anaeróbio; PDS (DOMS); Temperatura corporal

VC ↓ dano muscular e PSD. Sem efeito no desempenho

Duffield e Portus (2007) sprints de 20m, e 10 saltos a cada minuto durante 10'

Vestuários de compressão nos MMII por 24h PósE

PSD; dano muscular; força VC ↓ PSD, mas não influenciou parâmetros bioquímicos e de desempenho

Edge et al. (2009) Corrida com 60-80% da velocidade VO2pico em

Vibração intermitente na posição em pé e sentada

Desempenho anaeróbio; marcadores de dano

vibração de corpo inteiro não teve benefícios na

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

esteira, seguido por um Teste de tempo de 3 km e um protocolo de HIIT com 8x400 m

por 2x15' com intervalo de 15'

muscular recuperação

Elias, et al. (2010) Partida de futebol Australiano

IAF (14' a 12-14°C) / IAC (7s x [1' a 37-38°C] x [1' a 12-14°C]) / 14' de RP

Anaeróbio e PSD IAC ↑ recuperação (IAF > IAC> RecP).

Elias, et al. (2012) O treinamento em circuito e jogo reduzido com duração de 60'

IAF (14' a 12°C) / IAC (7 x [1' a 38°C] x [1'a 12°C]) / RecP por 14'

PSD; potência; desempenho anaeróbio

IAF e IAC influenciaram a recuperação (IAF > IAC > RecP)

Elias, et al. (2013) Jogo Treino de Futebol Australiano com duração de 75'

IAF (14' a 12°C) / IAC (7 x [1' a 38°C] x [1' a 12°C]) / RecP por 14'

PSD; PSF; potência muscular desempenho anaeróbio

Recuperação das variáveis testadas (IAF>IAC>RecP)

Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)

Programa de treinamento aeróbio com alta intensidade por 8 semanas.

2 semanas de Polimento com redução do volume habitual para 50% na 1ª semana e para 26% na 2ª e 3ª semana

Desempenho aeróbio e anaeróbio; estresse oxidativo

↑ desempenho aeróbio e anaeróbio; ↓ estresse oxidativo

Faude, et al. (2009) 13 dias de treinamento com incremento de 40% da

Treinamento recuperativo com redução da intensidade

Dano muscular; parâmetros hormonais; desempenho

Menor volume promoveu recuperação em todas as

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

carga habitual. e duração da sessão reduzido para 1h ou 3h por dia.

aeróbio e anaeróbio; Lac; escores do estado de humor

variáveis testadas (1h > 3h)

Finberg et al. (2013) 90' de treinamento em circuito de exercícios com sprints (6 séries x 15')

30' de Eletroestimulação / IAC (6 x [2' a 12°C±1°C] x [2' a 30°C±1°C]) / RecP por 30'

Velocidade; desempenho aeróbio; dano muscular; PSE; PSR

Eletroestimulação e IAC proporcionaram recuperação, sendo a eletroestimulação > IAC

Fortes et al. (2016) 12 semanas de treinamento periodizado

3 semanas de polimento linear. A redução de volume a cada semana foi respectivamente de 80%, 60% e 40%

Desempenho aeróbio Melhora do desempenho aeróbio

Fortes et al. (2017) O período de treinamento composto por fase preparatória geral e especial

2 semanas de Polimento com redução da carga para 60% na 1ª semana e na 40% na 2ª semana

Desempenho aeróbio e anaeróbio

Melhora do desempenho anaeróbio

Furrer; Moen e Firing (2015)

Rotina normal de treinamento durante 12 semanas

Treinamento Mental Relatos de percepção de estresse, percepção de desempenho e burnout

↓ do estresse e ↑ relaxamento; qualidade de sono e PSR

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

Gallaher et al. (2010) Partida de futebol australiano com e sem contato

VC por 24h PósE Concentração de mioglobina; PSD e PSF; Potência muscular

VC ↓ PSD. Sem efeito no desempenho

García-pallarés et al. (2009)

Periodização de 47 semanas com 10-15 sessões por semana e volume de 60-130km.

Cessação de treinamento por 5 semanas / Treinamento reduzido 20% do volume

Desempenho esportivo; desempenho aeróbio; testosterona; cortisol

O treinamento reduzido foi mais eficaz para promover recuperação e atenuar os efeitos adversos de destreinamento.

Gatterer et al. (2013) Os atletas participaram de dois jogos de futebol

RecComb (30' de exposição passiva em uma câmara hipóxia normobárica + 30' de massagem)

Saturação de oxigênio; dano muscular

Não foi observado efeito da massagem em combinação com hipóxia

Gill; beaven; cook (2006) 4 semanas de jogos ao longo da temporada do Campeonato Nacional da Nova Zelândia

RecA em ciclo ergômetro por 7' / RecComb (Lanche e RecP por 9') / IAC (4 x [1' a 8-10°C] x [2' a 40-42°C]) / VC nos MMII durante 12h

Dano muscular RecA, IAF e VC foram eficazes na ↓ do dano muscular (RecA ≈ IAF ≈ VC > RecComb)

Hamlin et al. (2012) Circuito específico com VC utilizado por 24h PE Desempenho anaeróbio, Vestuários de compressão ↑

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

exercícios que simulam uma partida de rugby (12 séries x 14 estações x 10' de intervalo a cada 6 séries)

Marcador de dano muscular e PSD

recuperação de desempenho e ↓ PSD

Hausswirth et al. (2011) 48' de corrida em esteira mecânica com 15' de downhill

Cada modalidade de recuperação foi realizadas 3 vezes (imediatamente após, 24h e 48h após o exercício): 3' de crioterapia de corpo inteiro -110°C / 30' de Infravermelho a 45°C / RecP por 30'

dano muscular; Força; PSD; PBE

Crioterapia promoveu recuperação em menor tempo que o infravermelho. RecP não influenciou a recuperação (Crioterapia > Infravermelho)

Heapy et al. (2018) Ultramaratona de Tarawera na Nova Zelândia

Sessões diárias por 4 dias de 25' de massagem manual / Sessões diárias por 4 dias de 20' compressão pneumática sequencial intermitente

PSD; PSF; Desempenho anaeróbio

Houve benefícios subjetivos, porém sem benefícios de desempenho (Massagem ≈ Compressão Pneumática > GC)

Higgins, Climstein e Cameron (2013)

Jogo simulado de rugby IAF (2 x 5' a 10-12°C x 2'30") / IAC (5 x [1' a 10-12°C] x [1' a 38-40°C]) /

Potência; desempenho anaeróbio; PSE;

IAF ↓ PSD, mas ambas não influenciaram a recuperação do

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111

Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

RecP por 10' flexibilidade; PSD desempenho (IAF > IAC)

Hinzpeter et al. (2014) 3 séries de sprints nado estilo livre (4×200 m) com intensidade progressiva

Exercícios submáximos por 20' / RecP por 20'

Desempenho anaeróbio; Lac

RecA ↓ concentração do Lac e influenciou a recuperação do desempenho anaeróbio (RecA > RecP)

Hoffman et al. (2016) Ultramaratona da Western States Endurance Run com 161 km

massagem manual por 20' / compressão pneumática sequencial intermitente por 20'

PSD; PSF; Desempenho anaeróbio

Houve benefícios subjetivos, porém sem benefícios de desempenho (Massagem ≈ Compressão Pneumática > GC)

Hooper, Mackinnon e Ginn (1998)

4 semanas de treinamento de natação com 40 km por semana e 150 min de treinos de força e flexibilidade

Polimento individualizado com ajuste de carga de acordo com as percepções individuais de recuperação / Polimento com redução progressiva de volume em 10% por dia / Polimento com redução de 10% volume e intensidade por

Estados do Humor; desempenho anaeróbio e de força

Melhorou estados de humor e ↑ força, porém sem influência no desempenho anaeróbio. Sem diferença entre as estratégias.

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112

Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

dia.

Houmard, et al. (1989) 3 meses de treinamento intenso, com volume de 110 km/semana.

Polimento com redução para 72% do volume do período preparatório. Após a competição, a carga foi novamente reduzida durante 5 dias e concedido 5 dias de descanso.

Desempenho aeróbio Não houve redução do estresse do treinamento e nem recuperação da capacidade aeróbia

Ingram et al. (2009) Treinamento coletivo com duração 80' seguidos por um teste de corrida de 20 metros até a exaustão.

Ambas intervenções foram realizadas imediatamente e 24h PósE IAC (3 x [2' a 10°C] x (2' a 40°C]) / IAF (2 x 5' a 10°C x 2'30") / RecP por 15'.

Marcadores de dano muscular; PSD; e desempenho anaeróbio; força

Recuperação mais efetiva para IAF (IAF>IAC>RecP)

Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)

12 semanas de treinamento aeróbio

Polimento linear com redução de volume para 70% na 1ª semana e para 40% na 2ª semana / No polimento modificado foi acrescentada redução no 3

Cortisol; desempenho anaeróbio e escores de estados de humor.

Recuperação do desempenho e níveis de cortisol. Sem diferença entre as estratégias.

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113

Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

dias finais do período

Jansen Van Rensburg et al. (2017)

Sessão de 60' com exercícios pliométricos para MMII e MMSS

Terapia de vácuo intermitente em uma câmara MMII com a alternância de pressão atmosférica e pressão negativa de 9 e 6" respectivamente. O tratamento teve duração de 30' e foi repetido após 24h e 48h

FC; pressão arterial; saturação de oxigênio; Lac; dano muscular

Efeito benéfico ↓ lactato e PSD; sem efeito para creatina quinase

Jones, Lander e Brubaker, 2013)

England Anaerobic Endurance Test que simula as demandas durante o jogo de Rugby

RecP por 15' / 7' de caminhada, 3' de corrida submáxima, 3' deitado com os membros inferiores para cima e 5' de alongamento / IAF (10' a 10ºC) / RecComb consistiu na IAF seguido pela recuperação ativa

Desempenho anaeróbio; potência PSR; PSD

Nenhuma estratégia influenciou a recuperação. RecP reportou menores escores de PSR

Juliff et al. (2014) O circuito específico de IAC (7 x [1' a 38°C] x [1'a Agilidade, FC, Não houve benefícios

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

netball com sprints e saltos 15°C]) / Banho com contraste (7 x [1' a 38°C] x [1'a 18°C]) / RecP por 14'

temperatura; PSE; percepções de esforço; PSER

fisiológicos, porém ↓PDS e ↑ PSR

Kennedy, Patil e Trilk (2018)

Os atletas continuaram suas rotinas de treinamento

Massagem por 1h, 1 vez por semana durante 4 semanas (fase de altas cargas) e 1 vez a cada 2 semanas (fase de manutenção)

PBE; PSD massagem foi associada a melhor qualidade de sono, bem estar e recuperação

Lacey et al. (2014) Pré temporada de 4 meses com 3-4 sessões de treinamento de força por semana

Durante o polimento, o volume do treinamento de força foi reduzido para 12% e consistiu em 1 sessão por semana, com duração de 45 minutos, enquanto as sessões de campo permaneceram em níveis de pré-teste.

Desempenho anaeróbio, força e potência

Melhora do desempenho de potência. Sem diferença para força e desempenho anaeróbio

Lee et al. (2002) Rotinas normal de treinamento de judô ou

RecComb com máquina (quiropraxia, massagem e infravermelho) por 40', 2

Foram obtidas medidas de capacidade anaeróbia, potência aeróbia,

RecComb ↑ flexibilidade e ↓ PSD

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

wrestling vezes por dia concentração de lactato, flexibilidade e glóbulos vermelhos

Leeder, et al. (2015) Loughborough Intermittent Shuttle Test que reproduz demandas de esportes coletivos

IAF (14' a 14°C) sentado, com pressão hidrostática no tornozelo de 40 mmHg / IAF (14' a 14°C) em pé com com pressão hidrostática no tornozelo de 111 mmHg / RecP por 14'

Função neuromuscular; potência; dano muscular; PSD

RecP e IAF sentada ou em pé não influenciaram a recuperação (IAF ≈ RecP)

Lindsay, et al. (2016) 6 semanas de treinamento de força, potência e combates de MMA,

3 sessões consecutivas de IAF (15' a 10°C) / RecP por 15'

Dano muscular; PSE, PSF; potência; força;

IAF ↓ processo inflamatório promoveu recuperação do desempenho físico

Lindsay, et al., (2017) Combate simulado com 3 rounds x 5' x 1' de intervalo

IAF (15' a 1°C) / RecP por 14'

PSD; potência; temperatura; dano muscular; inflamação

IAF associada ↓ níveis de marcadores inflamatórios, cortisol, PSD, PSF e temperatura (IAF >RecP)

Lindsay, et al. (2015) Foram realizados 5 jogos de rugby

Após o jogo RecComb (Exercício submáximo no

Dano muscular As intervenções ↓ dano muscular, porém a

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

meio aquático + IAF [10' à 8-12°C]) + VC + 8 horas de sono). No dia seguinte: IAF [10' à 8-12°C]) / Exercício submáximo no meio aquático / Exercício submáximo de ciclismo, caminhada ou alongamento

intervenção pós-jogo é mais eficaz que a intervenção no dia seguinte, independente do protocolo

Lira et al. (2017) 9 semanas de treinamento de basquete

Polimento com redução do volume durante 3 semanas: Redução linear do volume em 80% (semana 1), 60% (semana 2) e 40% (semana 3) / Redução do volume para 50% no decorrer das 3 semanas

Desempenho aeróbio e anaeróbio

Recuperação do desempenho anaeróbio (redução linear > redução com etapas)

Lum, Landers e Peeling (2010)

High Intensity Interval Session (HIIS), com 8 repetições de corrida de 3' a 90% da velocidade do VO 2pico, com 1' de descanso.

Natação com 4s x 5 rep de 100m de estilo livre a 85-90% da velocidade de 1 km dos participantes com 2' de descanso / RecP por 45 -

Marcador de dano muscular; desempenho aeróbio e anaeróbio; PSR

Recuperação do Desempenho aeróbio e ↓ dano muscular (RecA > RecP)

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

60'

Marques-Jimenez et al. (2017)

Partida de futebol utilizando roupas de compressão

Meias curtas de compressão (20-25 mmHg no tornozelo, 15-20 mmHg na panturrilha) / meias longas de compressão (25-30 mmHg na panturrilha, 15-20 mmHg na coxa) / shorts de compressão (15 a 20 mmHg na coxa) durante os jogos e por 3 dias após os jogos por 7h.

PSR; desempenho anaeróbio e aeróbio, Lac; Saturação oxigênio

Não houve benefícios fisiológicos e desempenho, porém houve ↑ PSR

Marques-Jimenez et al. (2018)

Partida de futebol utilizando roupas de compressão

Meias curtas de compressão (20-25 mmHg no tornozelo, 15-20 mmHg na panturrilha) / meias longas de compressão (25-30 mmHg na panturrilha, 15-20 mmHg na coxa) / shorts de compressão (15 a 20 mmHg na coxa) durante os jogos e por 3 dias após

Dano Muscular; PSD Não houve benefícios fisiológicos, porém ↓PDS

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

os jogos por 7h.

Marquet et al. (2015) 3 dias de treinamento intervalado de alta intensidade

RecP por 15' / RecA com bicicleta (70% PAM) / IAF (2s x 5' a 10°C x 2'30") / 500ml de isotônico

Potência Anaeróbia Máxima; PSD e PSF

Intervenção nutricional ou IAF são eficazes para ↓ fadiga (IAF e Nut > RecP e RecA)

Meyer, et al. (2004) 13 dias de treinamento com incremento de 40% da carga habitual.

Treinamento recuperativo com redução da intensidade e duração da sessão reduzido para 1h ou 3h por dia.

Parâmetros imunológicos; Cortisol; Estresse Oxidativo; desempenho aeróbio

Menor volume (1h) foi eficaz para recuperação e restabelecer parâmetros imunológicos.

Minett,et al. (2014) 5 séries x 6 sprints de 15 m a cada 30" (total de (2 séries x 35' x 15' de intervalo)

IAF (20' a 10 ± 0,4°C) / Resfriamento com colete de gelo (-20°C), bolsas de gelo e toalha úmida a 5 ± 0,5°C) / RecP por 20'

Função neuromuscular; concentrações de hemoglobina cerebral; dano muscular; testosterona; cortisol; Temperatura, PSE; PSD

Efeito positivo das estratégias na recuperação neuromuscular e fisiológicas (IAF > Resfriamento)

Minett, et al. (2012) Fast-bowling skills test que simula demandas de um jogo de cricket

Resfriamento método misto (toalha umedecida, colete de gelo e bolsas de gelo) a 5,0±0,5°C / RecP por 20'

Desempenho esportivo; FC; temperatura; Dano Muscular; PSD

Resfriamento ↓ tensão térmica, dano muscular e PSD

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

Mizuno et al. (2016) 30' de corrida downhill (10% de inclinação) e corridas com solo nivelado a 70% Vo2máx

VC para MMII por 24h Desempenho aeróbio; potência; inflamação muscular; PSD; PSF; dano muscular

Efeito positivo na potência; Sem efeito em parâmetros fisiológicos, desempenho aeróbio e perceptivos

Montgomery et al. (2008) O minitorneio com jogos durante 3 dias

RecComb (Lanche pós-jogo (1g/Kg corporal) e 600 ml isotônico + Alongamento com 10 exercícios 2 vezes por dia) / IAF (5 x 1' a 11°C x 2') / VC MMII com pressão de 18 mmHg após jogo e durante a noite (18h).

Desempenho anaeróbio e aeróbio; potência; agilidade; PSF

IAF e VC influenciaram a recuperação do desempenho aeróbio e ↓ PSF (IAF > compressão > RecComb)

Moore, Thompson e Mcguigan (2012)

Protocolo de sprints com intensidades variadas e intermitentes

RecP por 5' / IAF (5' a 9 ± 0,30°C) / IAQ (5' a 35 ± 20°C)

Parâmetros imunológicos; marcadores de dano muscular; Força; Potência; Percepção de recuperação; Preferência das intervenções.

Não foi observada recuperação das variáveis testadas. Preferência pela imersão em água, sendo IAQ > IAF

Moreira et al. (2015) 2 partidas de futsal IAF (12' a 15±1°C) Potência; Desempenho IAF não atenuou PSD e

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

anaeróbio; PSD não recuperou desempenho

Nair; Mondal e Tiwari (2010)

16 semanas de treinamento de futebol

Exercícios submáximos no meio aquático durante 16 semanas

PSR RecA no meio aquático influenciou a PSR

Nakagawa, Obu e kanosue (2014)

Os atletas participaram de uma maratona

Calçado de instabilidade PSF O calçado instável ↓ PSF

Oliveira, et al. (2017) Treinamento técnico e intervalado de alta intensidade

Terapia de fotobiomodulação foi aplicada com um cluster com cinco diodos e dose de 10 J

Dano muscular; Força; PSD

↓ PDS e Inflamação; recuperação dos níveis de força

Papoti et al. (2007) 8,5 semanas de treinamento com um volume médio 34,8km por semana.

Polimento com redução progressiva do volume para 48% sem alteração da frequência e intensidade semanais

Desempenho aeróbio e anaeróbio

Recuperação do desempenho de potência e força

Pointon et al. (2011) Contrações voluntárias máximas (6 séries x 25 repetições)

Resfriamento com gelo (20'a 0,5°C)

Neuromuscular; Marcador de dano muscular; PSE e PSD

Resfriamento ↓ PSD; sem influência no dano muscular ou força.

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

Pointon et al. (2012b) Sprints máximos de 15m realizadas a cada 1' (2s x 30' x 10' intervalo)

20' de IAF (2s x 9' a 8,9 ± 0,9°C x 1') / RecP por 20'

Parâmetros Neuromusculares; Temperatura; PSD; Lac; Marcadores de dano muscular

A IAF promoveu ↑ recuperação neuromuscular, ↓ PSD e carga térmica

Pointon; Duffield (2012) Sprints e Tackles (colisões típicas no Rugby)

20' de IAF (2s x 9' a 9,2 ± 0,2°C x 1') / RecP por 20'

Parâmetros Neuromusculares; PSD; Lac e Marcadores de dano muscular

IAF ↑ recuperação neuromuscular e perceptiva

Pournot et al. (2011) 2 séries de 10' em um circuito de 30" de saltos e 30" de remo em ciclo ergômetro

IAF (15' a 10°C) / IAQ (15' a 36°C) / IAC (5 x [1'30" a 42°C] x [1'30" a 10°C]) / RecP por 15'

Força; potência; desempenho anaeróbio; dano muscular; PSD

IAF e IAC influenciaram a recuperação (IAF ≈ IAC > RecP)

Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)

Loughborough Intermittent Shuttle Test que simula demandas físicas impostas durante uma partida com duração de 75'

Vestuários de compressão nos MMII por 24h PósE

Potência; PSD; PSR; dano muscular

Não houve benefícios fisiológicos, porém ↓PDS e ↑ PSR

Rey et al. (2012) Sessão de treinamento de futebol com duração de 45'

20' de exercícios submáximos (12' de corrida

Desempenho anaeróbio; potência; velocidade;

RecA auxiliou recuperação da potência, mas não teve

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

a 65% da velocidade máxima e 8' de alongamento estático / RecP por 20'

flexibilidade. efeito nas demais variáveis testadas (RecA > RecP)

Rhibi et al. (2016) 5 semanas de Treinamento de força com 2 sessões por semana (3 x 10RM's x 2' de descanso)

Polimento com redução de volume para 29% da carga habitual / Polimento com a mesma redução de carga e eletroestimulação durante as repetições.

Potência e força máxima Recuperação dos níveis de força e potência. Sem diferença entre as estratégias.

Rijken et al. (2016) Rotina normal de treinamento durante 6 semanas

Treinamento mental com duração de 2h30' / RecComb (treinamento mental + biofeedback)

Atividade encefálica; atividade cardíaca; percepção do desempenho esportivo, sono, PSR; PSBE

Ambas intervenções influenciaram a VFC e desempenho (Treinamento mental ≈ RecComb)

Robey et al. (2009) 3 - 9 séries de corrida em escadas

As intervenções foram realizadas imediatamente, 24h e 48h PósE: Alongamento estático por 15' com 2 séries x 8 exercícios x 30" / IAC (5x

Parâmetros neuromuscular; Desempenho anaeróbio; marcador de dano muscular; PSD

RecA e IAC não proporcionou recuperação após esforço extenuante.

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

[2' de banho quente a 40ºC] x [2' a 12ºC])

Rowsell et al. (2009) 4 partidas de futebol com duração de 90' durante 4 dias.

IAF (5 x 1' a 10±0.5°C x 1') / IAN (5 x 1' a 34±0,5°C x 1')

Potência; desempenho anaeróbio; Lac; inflamação muscular; PSE; PSD; PSR

IAF não influenciou recuperação fisiológica e de desempenho, porém ↓PDS e PSE e ↑ PSR

Rowsell et al. (2011) Torneio simulado com duração de 5 dias, com jogos em dias consecutivos

IAF (5x1' a 10°C) / IAN (5x1' a 34°C).

Desempenho aeróbio; PSE; PSD; PSF

IAF influenciou a recuperação do desempenho aeróbio e medidas perceptivas (IAF > IAN)

Rupp et al. (2012) Yo-Yo teste como meio de proporcionar fadiga.

IAF (15' a 12°C) / RecP por 15'

Foram obtidas medidas de desempenho aeróbio; potência muscular; PSF

IAF não recuperou os níveis de desempenho.

Russell et al. (2017) 15 sprints de 30m com intervalos de 60" de descanso

Crioterapia a -60°C durante 30" e a -135°C durante 120"

Dano muscular; testosterona; cortisol; potência; PSR; PSD

Crioterapia ↑ níveis de testosterona, mas não influenciou as demais variaveis

Sánchez–Ureña et al. (2017)

1 sessão de 90' com IAF (12' a 12±0,4°C) / IAF (4x 2' a 12±0,4°C x 1') /

Potência, inflamação IAF e IAC influenciaram a recuperação do

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

treinamento técnico e tático RecP por 12' muscular; PSD desempenho e ↓ PSD (IAF ≈ IAC > RecP)

Schaal et al. (2015) 2 semanas de treinamento com intensificação de 25% da carga habitual

Crioterapia de corpo inteiro com exposição a -10°C, -60°C e -110°C por 3'

Desempenho anaeróbio e aeróbio; sono; PSF; cortisol

Crioterapia diária foi associada a melhor qualidade de sono e ↓percepção de fadiga

Schimpchen et al. (2017) 5 sessões de treinamento de força (18-25 séries x 3-5 repetições)

IAF (10' a 12-15°C) Marcadores bioquímicos e hormonais; velocidade de deslocamento da barra; PSR; PSF

IAF não foi eficaz para promover melhoria de desempenho

She, Fan e Mo (2006) Treinamento de judô Suplementação de proteínas e minerais / Redução da carga de treinamento

Marcador de dano muscular; concentração de testosterona

Estratégias nutricionais ou redução da carga parecem ter efeitos semelhantes

Shepley et al. (1992) 8 semanas de treinamento com volume de 80km/semana

Polimento de alta intensidade e baixo volume com redução progressiva das séries a cada sessão durante os 5 dias / Polimento de baixa

Desempenho força; Potência e variáveis sanguíneas

O polimento com baixo volume e alta intensidade mantém foi associado com melhor desempenho.

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

intensidade e volume com redução progressiva de 20% da distância percorrida a cada sessão durante 5 dias /Polimento de repouso, os atletas não realizaram atividades durante o período de 6 dias.

Sherman et al. (1984) Participantes completaram a maratona de Ohio

Exercícios de corridas com intensidades auto selecionadas e com duração progressiva diária (20, 25, 30, 35, 40 e 45'). / RecP por 5 dias

PSD; força RecP influenciou a recuperação de força após 3d; PSD não foi influenciada (RecP > RecA)

Skovgaard et al. (2018) Treinamento de 40 dias com alto volume de sprints intermitentes de alta intensidade

18 dias de Polimento com redução progressiva até 26% do volume habitual

Desempenho aeróbio e marcadores de dano muscular

Melhora do desempenho aeróbio

Stanley, Peake e Buchheit (2013)

3 dias com sessões diárias de 120' de ciclismo (66 sprints máximos e 3 time

A IAF (5' a 10,1±0,8°C) / RecP por 5'.

Variabilidade da FC, PSF; PSR; PSD; desempenho

IAF manteve o desempenho durante os 3 dias, mas não influenciou

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

trials) anaeróbio qualidade de sono (IAF > RecP)

Suzuki et al. (2004) Partida ofical de rugby com duração de 80'

2 dias de RecA no meio aquático com duração de 1h / RecP por 1h

Dano muscular; estresse oxidativo

RecA influenciou estado de humor, mas não teve impacto na recuperação fisiológica (RecA > RecP)

Tabben, et al. (2018) Combate simulado de MMA (3 rounds x 5' x1' descanso)

IAF (15'a 10°C) PBE; Marcador de dano muscular, Cortisol; Testosterona; Potência; Desempenho anaeróbio

IAF ↑ recuperação anaeróbia e PSBE somente após 24h

Vaile et al. (2008) 66 sprints máximos de 5-15" e duração total de 105'

IAF (14' a 15ºC) / IAQ (14' a 38ºC) / IAC (7 x [1' a 15°C] x [1' a 38ºC]) / RecP por 14'.

Potência; FC, PSE; temperatura

IAF e IAC tiveram efeito positivo na recuperação do desempenho anaeróbio (IAF≈IAC>RecP)

Viitasalo et al. (1995) 5 sessões de treinamento de força e potência durante 3 dias.

Hidromassagem com temperatura entre 36,7 e 37,2°C, por 20'

Potência; força; dano muscular; PSD

↓ PSD e atenuação dos declínios de força e potência; Não influenciou

Von stengel et al. (2018) Sessão de treinamento de futebol com atividades

Drenagem linfática com dispositivo pessoal para auto tratamento de manhã e

Força; PSE; dano muscular; PSD

Drenagem linfática teve efeitos significativos nas variáveis de desempenho,

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

físicas, técnicas e táticas. à noite, durante 15' bioquímicas e perceptivas.

Webb et al. (2013) 3 jogos consecutivos durante a Liga Neozelandesa de Rugby.

IAF (5' a 10-12ºC) / IAC (3 x [1' a 8-10°C] x [2' a 40-42°C]) / Exercício submáximo ciclo ergômetro durante 7'.

potência; dano muscular; PSD; PSF

IAF e IAC ↓ PSD, PSF e inflamação; recuperação do desempenho de potência (IAC > IAF> RecA)

Wiewelhove et al. (2016) HIIT (3 séries x 8 repetições x 20" de intervalo a 90% da velocidade máxima)

15' de corrida com 40% da velocidade máxima / RecP por 15'

Potência; Marcador de dano muscular; PSD; PSR

RecA e RecP não proporcionaram recuperação após esforço extenuante.

Wikman et al. (2016) Rotina normal de treinamento

Foram realizadas aulas e palestras sobre recuperação e técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios, exercícios de relaxamento muscular progressivo.

PSR ↑ PSR e relatos de uso de métodos pró ativos de recuperação nas suas rotinas de treinamentos.

Wilson et al. (2018) Os participantes completaram uma maratona

Crioterapia com exposição de 3' a -85±5°C e 4' a -85°C±5°C com intervalo de 15' entre cada exposição /

Força; Potência; PSD, percepção de estresse; dano muscular

IAF e Crioterapia ↑ PSR e ↓ PSD, porém sem influência nos parâmetros fisiológicos e desempenho

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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação

intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3

Medidas Resultados

IAF (10' a 8±0,5°C) (IAF > Crioterapia > Placebo)

Zebrowska et al. (2017) Força isométrica de preensão palmar (4 séries x repetições de 5" até a falha)

30' de drenagem linfática manual e realizada novamente em 24 e 48h PósE / 30' de eletroestimulação realizada novamente em 24 e 48h PósE

Parâmetros neuromuscular; concentração de lactato marcador de dano muscular

Os métodos proporcionaram recuperação pós-exercício (drenagem > eletroestimulação)

Zinner et al. (2017) 3 sessões de sprints repetidos (3x30m) e 2 saltos com contra movimento para cada Sprint

Vestuários de compressão para MMII com pressão de 0, 10 ou 25 mmHg

Dano muscular; PSR Compressão de 10mmHg foi mais eficaz que 25mmHg e 0mmHg durante 48h de recuperação

Nota: ↑= aumentou; ↓= reduziu; > = maior que; < = menor que; ≈ = semelhante; °C = graus célsius; h = horas; ‘ = minutos; “ = segundos; IAF = imersão em água fria ; IAC = imersão em água com contraste; Lac = Concentração de lactato; m = metros; MMII = Membros Inferiores; Nut = nutricional; PósE = Pós exercício; PEER = Percepção da eficácia da estratégia de Recuperação; PSD = Percepção subjetiva de dor; PSE = Percepção Subjetiva de Esforço; PSF= Percepção Subjetiva de Fadiga; PSR = Percepção Subjetiva de Recuperação; PSBE = Percepção subjetiva de bem estar; RecP = Recuperação Passiva; RecA =Recuperação Ativa; RecComb = Recuperação Combinada

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129

5. DISCUSSÃO

O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento de literatura de forma sistemática

com o propósito de identificar as estratégias de recuperação e suas respectivas respostas no

contexto esportivo. Visto que quanto maior o nível de estresse, maiores são as demandas de

recuperação, estratégias que facilitem a recuperação podem contribuir para gestão da fadiga e

estresse acumulados pelo treinamento (HEIDARI et al., 2018). Portanto, a combinação

adequada de sobrecargas e estratégias de recuperação como aspectos de um único processo,

ou seja, uma relação adequada entre períodos de sobrecarga e recuperação para possibilitar ao

atleta treinar e/ou competir com maior qualidade (BISHOP et al., 2008; MUJIKA, et al.,

2018).

Foi observado crescimento do número de publicações científicas nos últimos cinco

anos sobre a temática, resultado que não reflete somente a necessidade da área acadêmica em

compreender a efetividade dessas estratégias para promover recuperação no esporte, mas que

também tem sido ressaltada na atuação prática, pois treinadores, preparadores físicos e atletas

têm direcionado atenção ao processo de recuperação em diversas modalidades esportivas,

(FERREIRA, 2019; GLOBO, 2019; ZUCCHI, 2016). De fato, é durante esse período que

ocorrem os processos adaptativos e uma recuperação adequada pode permitir treinamentos

com maior qualidade e contribuir para melhorar o desempenho (JEFFREYS, 2005;

KELLMANN et al., 2018).

Entre os estudos incluídos, os resultados apontam maior volume de investigações com

modalidades esportivas coletivas, o que pode refletir a dificuldade que as equipes esportivas

enfrentam para manter condições adequadas de recuperação de seus atletas (NAESSENS et

al., 2000). É característico para estas modalidades, ciclos de treinamento com alta intensidade

e volume combinados com calendários que apresentam altas demandas de jogos e

competições durante toda temporada (COUTTS; REABURN, 2008). Dessa forma, as

investigações a respeito das estratégias de recuperação neste contexto tem importante papel

para auxiliar a compreensão da dinâmica entre treinamento e recuperação. Adicionalmente,

entre as modalidades coletivas, houve maior interesse sobre a aplicação de estratégias de

recuperação no futebol, fato que também pode ser observado na atuação prática, pois os

clubes e treinadores têm investido na recuperação física de seus atletas (BRAGA, 2018;

GUIMARÃES, 2018; KAMPF, 2017) com o objetivo de melhorar a eficácia do treinamento

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no futebol e minimizar os riscos de lesões, decréscimos no desempenho e excesso de

treinamento (MEYER, et al., 2014). Esse resultado pode ser justificado, além da maior

popularidade, investimento e estrutura, pelo cronograma de jogos no futebol profissional, no

qual há alta demanda de competições e pouco tempo para recuperação, o que apoia que a

utilização de estratégias de recuperação entre as sessões de treinamento e/ou competição (pós-

exercício) são consideradas efetivas quando o tempo de recuperação é encurtado. Essa

estratégia é muito utilizada por treinadores e preparadores físicos da modalidade, pois

contribui para aplicação do próximo estímulo de treinamento com menor tempo de intervalo

ou com maior intensidade (MEYER, et al., 2014).

Dessa forma, justifica-se a necessidade dessa investigação acerca das estratégias de

recuperação e como podem ser aplicados de acordo com as rotinas e práticas de treinamento

nos esportes. Ao realizar a busca sistemática na literatura sobre recuperação no contexto

esportivo, foram identificados 18 tipos de métodos e 49 tipos de meios de recuperação

investigados nos estudos incluídos. Como resultado, nossa hipótese inicial de que a imersão

em água fosse a estratégia mais frequente foi confirmada pelo levantamento estudos incluídos

(LINDSAY, et al., 2017; MOORE et al., 2012; POINTON; DUFFIELD, 2012; POINTON

et al., 2012b; WEBB et al., 2013). O levantamento também permitiu a identificação de

estratégias ativas (exercício submáximos) e passivas (vestuário de compressão, massagem,

crioterapia e terapias alternativas) como efetivas no processo de recuperação, assim como as a

relação destas com as fases de recuperação (pós-exercício ou treinamento recuperativo).

Foi observado que 77% das estratégias de recuperação investigadas nos estudos

incluídos foram realizadas durante a fase de recuperação pós-exercício e que houve

predominância de utilização de estratégias de imersão em água, especificamente a imersão em

água fria, observada em 15,8% dos estudos. Destaca-se que a maioria dos estudos com a

imersão em água fria (POINTON; DUFFIELD, 2012; POINTON et al., 2011; TABBEN, et

al., 2018; WEBB et al., 2013) observaram efeitos positivos (69%) na recuperação das

variáveis de desempenho, fisiológicas e perceptivas foram reportados com resultados

superiores aos outros tipos de imersão ou crioterapia (ELIAS, et al., 2010; ELIAS, et al.,

2013; JULIFF et al., 2014; WILSON et al., 2018). Nesse sentido, os estudos incluídos

sugerem protocolos com 5 a 15 minutos de imersão contínua ou 20 minutos de forma

intervalada, com temperatura entre 8°C e 15°C (ELIAS, et al., 2010; LINDSAY, et al., 2017;

POINTON et al., 2011; POINTON et al., 2012b; TABBEN, M. et al., 2018).

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Entre os possíveis mecanismos envolvidos na recuperação por meio da imersão em

água fria incluem uma redução percepção subjetiva de dor muscular e fadiga, da temperatura

do tecido, processos inflamatórios, da perfusão muscular e permeabilidade dos vasos

linfáticos, celulares e capilares, assim como aumento da pressão hidrostática (POINTON;

DUFFIELD, 2012; POINTON et al., 2012a; 2012b; SCHIMPCHEN et al., 2017; TIPTON

et al., 2017). Com o objetivo de verificar os efeitos da imersão em água fria na recuperação da

função neuromuscular após o exercício realizado em condição de alta temperatura, POINTON

et al. (2012b) observou que a imersão em água fria resultou em reduções da carga térmica e

dos escores perceptuais de dor muscular, além de promover recuperação da contração

máxima. Na metanálise realizada por Leeder, et al. (2012), foi observado entre os estudos

levantados que a imersão em água fria foi efetiva em melhorar a taxa de recuperação da força

e potência muscular 24, 48 e 72 horas após o exercício.

Apesar de estudos apontarem para efeito positivo da imersão em água fria, outros

estudos contrapõe estes resultados e ressaltam que os efeitos recuperativos da imersão em

água fria são divergentes e inconclusivos, o que em muitos casos dificulta a elaboração de

conclusões sobre a eficácia do método. No estudo realizado por Argus et al. (2017), os autores

apontam menores valores de potência e pico de torque em até quatro horas após a recuperação

realizada com a imersão em água fria. Nessa perspectiva, Moreira et al. (2015) observaram

que a imersão em água fria resultou em efeito benéfico na percepção de dor muscular e

desempenho anaeróbico durante um período de recuperação de curto prazo, o que corrobora

com os resultados encontrados por Tabben et al. (2018), que em estudo realizado com atletas

de artes marciais mistas (MMA), observaram que a recuperação nas variáveis de desempenho

e perceptivas de dor e fadiga muscular ocorreu somente vinte e quatro horas após a imersão

em água fria. Entre os possíveis mecanismos envolvidos na queda do desempenho, Moreira et

al. (2015) destacam a alteração das propriedades viscoelásticas do músculo, aumento da taxa

de transmissão dos impulsos nervosos, alteração da relação força-velocidade e aumento da

degradação de fosfato de alta energia. Em resumo, estes estudos sugerem que o desempenho

do exercício realizado imediatamente após a imersão em água fria pode ser comprometido

pela menor temperatura muscular, o que consequentemente pode comprometer a capacidade

contrátil muscular.

No entanto, estudos com imersão em água fria (HIGGINS, et al., 2013; JULIFF et al.,

2014; WILSON et al., 2018) que não observaram efeitos positivos no desempenho físico e

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parâmetros fisiológicos, reportaram que os participantes relataram menor percepção subjetiva

de dor ou maior percepção de recuperação. Esse resultado também é apontado pela maioria

dos estudos que investigaram massagem (HEAPY et al., 2018; HOFFMAN et al., 2016;

ZEBROWSKA et al., 2017), vestuário de compressão (ARMSTRONG et al., 2015;

MARQUES-JIMENEZ et al., 2018; MARQUES-JIMENEZ et al., 2017) e estratégias com

dispositivos terapêuticos (EDGE et al., 2009; RHIBI et al., 2016; VON STENGEL et al.,

2018). Nesse sentido, WILSON et al. (2018) destaca que crença ou percepção de eficácia no

tratamento podem ser amplamente responsáveis pelos efeitos benéficos da estratégia utilizada

na recuperação. Corroborando com esse apontamento, COOK; BEAVEN (2013) destaca que

a combinação de índices fisiológicos e psicológicos fornece uma indicação melhorada do

desempenho e sugere-se um papel importante da percepção da eficácia no processo de

recuperação do treinamento. De fato, em recente estudo realizado por CROWTHER et al.

(2017) os autores entrevistaram 331 atletas de nível regional, nacional e internacional acerca

de suas práticas e preferências para utilização das estratégias de recuperação. Foi observado

que a atividades de recupera ativa e imersão em agua fria foram estratégias mais adotadas e

percebidas como eficazes pelos atletas entrevistados. No entanto, também foi observado que

parte dos atletas podem não estar cientes dos efeitos específicos que as diversas estratégias

podem apresentar em sua recuperação.

Em relação estratégias psicológicas, foram observados, por meio de métodos passivos

e pró-ativos, efeitos positivos, principalmente na percepção de recuperação (BALK et al.,

2017; FURRER et al., 2015; RIJKEN et al., 2016; WIKMAN et al., 2016). As estratégias

psicológicas foram realizadas por meio de programas de educação para compreensão da

importância de gerir a própria recuperação (WIKMAN et al., 2016) treinamento mental,

técnicas de respiração e relaxamento, aplicadas pelos pesquisadores (RIJKEN et al., 2016) ou

realizadas deforma pró ativa pelos participantes (BALK et al., 2017; WIKMAN et al., 2016).

HEIDARI et al. (2018) e KELLMANN et al. (2018) destacam que a recuperação está

relacionada a condições ambientais dentro e fora do contexto esportivo, de forma que fatores

de estresse social podem causar perturbações na recuperação. Nessa perspectiva, Crewther e

Cook (2012) investigaram as respostas hormonais e de desempenho em função feedback

positivos (elogios) e negativos (críticas) feitas pelo treinador aos atletas no dia seguinte de

uma partida. Os autores observaram que as intervenções com feedback positivo foram

associadas a maiores concentrações de testosterona, menores concentrações de cortisol e

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melhores escores de desempenhos durante os jogos subsequentes quando comparada a

abordagem com feedback negativo. Portanto, observa-se que o clima motivacional pode

influenciar o desempenho dos atletas e que simples estratégias psicológicas podem ser

eficazes no contexto esportivo.

Métodos ativos, associados aos meios pedagógicos realizados na fase pós-exercício e

treinamento recuperativo com estratégias de redução de carga de treinamento

corresponderam respectivamente a 10% e 13% dos estudos. Métodos ativos, realizados

durante a fase pós-exercício, foram evidenciados nos estudos incluídos por meio de

alongamentos e exercícios submáximos (corridas, ciclo ergômetros e exercícios aquáticos)

com intensidades entre 40% e 70%. Métodos ativos com a utilização de exercícios

submáximos têm como propósito elevar o metabolismo aeróbio para acelerar a remoção de

substratos metabólicos decorrentes da atividade prévia (GRECO et al., 2012). As realizações

de exercícios baseados em alongamentos como uma recuperação pós-exercício podem ser

atribuídas a uma combinação de fatores, incluindo a popularidade, execução auto orientada,

acessibilidade e facilidade na execução. Nesse sentido, Crowther et al. (2017) sugerem que a

utilização de alongamentos está relacionada a relaxamento e redução da tensão muscular,

embora o alongamento não pareça ser eficaz para reduzir ou prevenir dor muscular de início

tardio. Porém, resultados divergentes foram encontrados para os exercícios submáximos com

efeito positivo (HINZPETER et al., 2014; LUM et al., 2010) ou sem efeito (BAHNERT et

al., 2013; MARQUET et al., 2015; WIEWELHOVE et al., 2016) na recuperação.

Por outro lado, a estratégia de redução de carga foi apontada como eficaz pela maioria

dos estudos incluídos (87%) (FAUDE, et al., 2009; FORTES et al., 2017; ISHAK et al.,

2018; MEYER, et al., 2004; SKOVGAARD et al., 2018) com redução entre 10 a 40% da

carga de treinamento. Foram observadas estratégias de treinamento recuperativo

(microciclos)(ARROYO GARCÍA et al., 2013; FAUDE, et al., 2009; MEYER, et al., 2004)

e estratégias de polimento (FARHANGIMALEKI et al., 2009; LACEY et al., 2014;

PAPOTI et al., 2007). Um aspecto semelhante nos estudo é a redução do volume, um dos

parâmetros da carga de treinamento. SHEPLEY et al. (1992) destaca que redução de volume

com manutenção da intensidade foi associado com melhor desempenho. Corroborando com

esse resultado Meyer, et al. (2004) e Faude, et al. (2009) apontam que treinamento com baixo

volume e intensidade de treinamento proporcionam melhores resultados de recuperação em

relação aos aspectos fisiológicos e psicológicos.

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CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO.

Na busca realizada pela presente revisão sistemática foi possível observar que as fases

de recuperação pós-exercício e treinamento recuperativo são interessantes do ponto de vista

do planejamento do treinamento, pois tem o objetivo de distribuir adequadamente o estresse

de treinamento e garantir a qualidade do treinamento nas sessões seguintes e maximização do

desempenho nos eventos competitivos.

Foi possível observar que não tem sido identificado um único marcador eficiente para

o monitoramento da recuperação, pois, aspectos fisiológicos demandam elevado tempo para

fornecer respostas e apresentam custos elevados para sua análise. Nesse sentido, a utilização

de instrumentos psicométricos podem apresentar menor custo e fornecer resultados em menor

tempo com maior precisão.

Os resultados da presente revisão sistemática apontam que estratégias com imersão em

água fria durante a recuperação pós-exercício, redução do volume durante a fase de

treinamento recuperativo e estratégias psicológicas para promover relaxamento, redução de

estresse e percepção de recuperação parecem ser eficazes para promover a recuperação de

aspectos fisiológicos, psicológicos e de desempenho. No entanto, devem-se considerar

preferências às respostas de perceptivas dos atletas exercem papel importante nesse processo

e devem ser combinada com índices fisiológicos e desempenho para possibilitar melhor

recuperação do treinamento.

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APÊNDICES

Apêndice I. Ficha de elegibilidade utilizada durante a 2ª etapa de triagem dos estudos

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Apêndice II. Ficha de extração de dados

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ANEXOS

Anexo I. Comunicado de registro do projeto de revisão sistemática no PROSPERO