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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO
FÍSICA – MESTRADO
LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO
REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO
ESPORTE
HELTON MAGALHÃES DIAS
ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO CALLEGARI ZANETTI
São Paulo
2018
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO
FÍSICA – MESTRADO
LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO
REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO
ESPORTE
HELTON MAGALHÃES DIAS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Educação Física
da Universidade São Judas Tadeu, para
obtenção do título de Mestre em Educação
Física, sob a orientação do Professor Dr.
Marcelo Callegari Zanetti.
São Paulo
2018
Dias, Helton Magalhães D541r Revisão sistemática das estratégias de recuperação no esporte / Helton
Dias Magalhães. - São Paulo, 2019. f.: il.; 30 cm.
Orientador: Marcelo Callegari Zanetti. Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2019. 1. Esporte 2. Revisão. 3. Treinamento. I. Zanetti, Marcelo Callegari. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. III. Título
CDD 22 – 796
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Universidade São Judas Tadeu
Bibliotecária: Cláudia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO
FÍSICA – MESTRADO
LINHA DE PESQUISA 3 – FENÔMENO ESPORTIVO
REVISÃO SSITEMÁTICA DAS ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO NO
ESPORTE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da
Universidade São Judas Tadeu, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em
Educação Física, sob a orientação do Professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________________
Professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti
Orientador – Universidade São Judas Tadeu
______________________________________________________________________
Professora Dra. Maria Regina Ferreira Brandão
Universidade São Judas Tadeu
______________________________________________________________________
Professor Dr. Ricardo Luís Fernandes Guerra
Universidade Federal de São Paulo
DEDICATÓRIA
A minha mãe Maria Helena,
Pois ela me ensinou o maior dos conhecimentos distante das leituras, Não depende de palavras ou letras;
O que ela me ensinou aponta diretamente para alma, Observando a natureza do amor.
AGRADECIMENTOS
Eu nunca teria sido capaz de escrever essa dissertação se não fosse pelo trabalho do
professor Dr. Marcelo Callegari Zanetti. Agradeço-o profundamente por ter contribuído na
minha formação não só no mestrado, mas também em diversos aspectos da vida, além de ter
me conduzido no conhecimento a respeito de ciência. Sou profundamente grato pela
permissão que me dá a o dizer sou seu aluno! Por tudo isso, eu nunca serei suficientemente
grato.
Meus agradecimentos especiais ao Professor Luís Felipe Tubagi Polito por ter me
aberto as portas do grupo de Estudos em Psicofisiologia e Treinamento Aplicado ao Esporte e
ao Exercício (GEPTAEE) e me iniciado na pesquisa científica.
Agradeço ao Marcelo Villas Boas Júnior pela enorme parceria e por todo trabalho que
temos desempenhado durante esses últimos dois anos! Grande parceiro de pesquisa e irmão
para todas as horas!
Agradeço a todo programa de stricto sensu da universidade São Judas, aos professores,
aos funcionários da secretaria e todos aqueles que contribuem para estrutura da universidade.
Agradeço aos meus amigos do GEPTAEE que durante esta trajetória participamos
com trabalhos em diverso eventos científicos, além de trabalharmos para a realização do
evento próprio do nosso grupo de estudos. São amigos de estudos e amigos para vida.
Gostaria de agradecer ao Caio Araújo, César, Paulo Inácio, Sérgio Ruben, Marcelo Dourado,
João Tunin, Marcelo Anastácio, Yago Carneiro e Fernando Fernandes pela parceria durante
esses anos! Que venham mais anos de parceria!
Gostaria de agradecer também aos amigos do Grupo de Estudos de Psicologia da
Universidade São Judas (GEPEE). Foram amigos que conheci durante minha trajetória no
mestrado e que também levo para a vida: Alexandre Carlos Falconi, Thiago Amorim, Antônio
de Souza Júnior, Mariana de Freitas Corrêa, Marcia Sermarini, Luiz Fernando Santos Tross e
Graziela Néspoli Feltran. Temos realizados grandes trabalhos juntos!
Às minhas amigas e companheiras de sala Mayra Trevisani e Luana Queiroga!
Obrigado por nossas manhãs e tardes descontraídas!
RESUMO
Verifica-se que durante o processo de treinamento é necessário combinar estímulos e
condições de recuperação para possibilitar que o atleta se adapte aos estímulos e cargas de
treinamento. Dessa forma, o levantamento sistemático da literatura com procedimentos
adequados e que proporcionem uma síntese e compreensão das estratégias de recuperação
pode contribuir para com o entendimento do fenômeno recuperação. Nesse sentido, o objetivo
do presente estudo foi investigar as diferentes estratégias de recuperação e suas respectivas
respostas no contexto esportivo. Para tanto, foi adotada a revisão sistemática como método de
investigação, que foi precedida pelas buscas de escopo, delimitação da pergunta de pesquisa e
método de busca. Para a construção da pergunta de pesquisa, assim como a definição das
palavras-chave e critérios de inclusão foi utilizada a estratégia PICO. A busca de literatura foi
realizada entre 01/12/2018 e 12/12/2018 nas bases de dados: Embase, SPORTDiscus,
PubMed, Scielo e no Portal BVS. Foram utilizados os vocábulos próprios de cada base de
dados e os resultados das buscas foram armazenados no software gerenciador de referencias
EndNote®. O protocolo da presente revisão foi registrado na base de dados PROSPERO sob
o número CRD42018100815, com o objetivo de garantir a transparência no processo de
revisão e evitar o viés de relatório. As buscas resultaram em 9607 estudos levantados nas
bases de dados, dos quais 3032 estudos duplicados foram eliminados duplicados e
permaneceram 6575 para triagem. A triagem dos estudos foi por dois revisores de forma
independente e em duas etapas: 1) leitura de título e resumo e 2) leitura de texto completo.
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram incluídos 102 estudos. Os estudos
foram lidos na íntegra e extraídos dados relevantes para a presente revisão sistemática. Foram
identificados 18 tipos de métodos e 49 tipos de meios de recuperação. Os resultados da
presente revisão sistemática apontam que estratégias com imersão em água fria durante a
recuperação pós-exercício, redução do volume durante a fase de treinamento recuperativo e
estratégias psicológicas apresentam efeitos positivos no processo de recuperação. No entanto,
as respostas de perceptivas dos atletas exercem papel importante nesse processo e devem ser
combinada com índices fisiológicos e desempenho para possibilitar melhor recuperação do
treinamento.
Palavras-chave: Revisão Sistemática, Recuperação, Esportes, Treinamento.
ABSTRACT
It is verified that during the training process it is necessary to combine stimuli and recovery
conditions to allow the athlete to adapt to the stimuli and training loads. Thus, a systematic
review of the literature with adequate procedures and that provide a synthesis and
understanding of recovery strategies can contribute to the understanding of recovery. In this
sense, the objective of the present study was to investigate the different recovery strategies
and their respective responses in the sport context. For this, a systematic review was adopted
as a research method, which was preceded by the scope searches, delimitation of the research
question and search method. For the construction of the research question, as well as the
definition of the keywords and inclusion criteria, the PICO strategy was used. The literature
search was performed between 12/01/2018 and 12/12/2018 in the databases: Embase,
SPORTDiscus, PubMed, Scielo and in the BVS Portal. The proper terms of each database
were used and the search results were stored in the EndNote® reference management
software. The protocol of this review was recorded in the PROSPERO database under the
number CRD42018100815, in order to guarantee transparency in the review process and
avoid reporting bias. The searches resulted in 9607 studies raised in the databases, of which
3032 duplicate studies were deleted duplicated and remained 6575 for screening. The study
was screened by two reviewers independently and in two stages: 1) title and abstract reading
and 2) full text reading. After the inclusion and exclusion criteria, 102 studies were included.
The studies were read in full and extracted data relevant to this systematic review. We
identified 18 types of methods and 49 types of recovery media. The results of this systematic
review indicate that strategies with cold water immersion during post-exercise recovery,
volume reduction during the recuperative training phase, and psychological strategies have
positive effects in the recovery process. However, the perceptual responses of athletes play an
important role in this process and should be combined with physiological indexes and
performance to enable a better recovery of training.
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................................... 7 LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... 10 LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... 11 LISTA DE APÊNDICES .................................................................................................................... 12 LISTA DE ANEXOS ........................................................................................................................... 13 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS .................................................................................... 14 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA............................................... 15 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 15 1.1. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 18 1.2. Bases teóricas do treinamento ................................................................................................ 18 1.3. Recuperação ............................................................................................................................. 25 1.3.1. Carga de treinamento ......................................................................................................... 35 1.3.2. Aspectos fisiológicos e psicológicos da recuperação e seu monitoramento .................... 39 1.4. Revisão Sistemática ................................................................................................................. 43 CAPÍTULO 2 - JUSTIFICATIVA, PERGUNTA DO ESTUDO, OBJETIVOS E HIPÓTESES.46 2. JUSTIFICATIVA E PERGUNTA DO ESTUDO .................................................................... 46 2.1. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 47 2.1.1. Objetivo geral ...................................................................................................................... 47 2.1.2. Objetivos específicos ........................................................................................................... 47 2.2. HIPÓTESE .............................................................................................................................. 47 2.2.1. Hipótese geral ...................................................................................................................... 47 2.2.2. Hipóteses específicas ........................................................................................................... 48 CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODO...................................................................................... 49 3. MÉTODO ..................................................................................................................................... 49 3.1. Materiais .................................................................................................................................. 49 3.2. Delineamento do Estudo ......................................................................................................... 50 3.3. Pesquisa de Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo ............................... 51 3.3.1. Definição das bases de dados e eleição das palavras-chave ............................................. 53 3.3.2. Definição dos Critérios de Inclusão e Exclusão ................................................................ 55 3.4. Buscas nas bases de dados ...................................................................................................... 58 3.1. Extração e análise dos dados .................................................................................................. 63 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO. ........................................................................... 64 4. RESULTADOS ............................................................................................................................ 64 5. DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 129 CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO. ...................................................................................................... 134 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 135 APÊNDICES ...................................................................................................................................... 152 ANEXOS ............................................................................................................................................ 155
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Fases da supercompensação ................................................................................................... 20 Figura 2. Ciclos de supercompensação ................................................................................................. 21 Figura 3. Modelo de Condicionamento Fadiga ..................................................................................... 23 Figura 4. Marco Teórico dos estudos sobre Recuperação ..................................................................... 28 Figura 5. Tipos diferentes de redução de carga ..................................................................................... 39 Figura 6. Delineamento das etapas do estudo ....................................................................................... 51 Figura 7. Etapas da Revisão Sistemática ............................................................................................... 62 Figura 8. Fluxograma parcial da Revisão Sistemática .......................................................................... 65 Figura 9. Modalidades Investigadas ...................................................................................................... 74 Figura 10. Período das Publicações ....................................................................................................... 75
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Características de overreaching funcional, overreaching não funcional e overtraining ........ 34 Tabela 2. Classificação de microciclos ................................................................................................. 37 Tabela 3. Itens da Estratégia PICO ....................................................................................................... 52 Tabela 4. Classificação das palavras-chave em inglês, espanhol e português de acordo com a estratégia PICO para Mesh Terms, Thesaurus e DeCS ......................................................................................... 55 Tabela 5. Estratégias de buscas nas bases de dados .............................................................................. 59 Tabela 6. Dados Descritivos dos Participantes de cada estudo ............................................................. 66 Tabela 7. Métodos de Recuperação ....................................................................................................... 76 Tabela 8. Meios de Recuperação ........................................................................................................... 85 Tabela 9. Fases da recuperação observadas nos estudos ....................................................................... 97 Tabela 10. Tipos de métodos de recuperação observados nos estudos ................................................. 97 Tabela 11. Tipos de meios de recuperação observados nos estudos ..................................................... 97 Tabela 12. Tipos de Métodos observados nos estudos .......................................................................... 98 Tabela 13. Tipos de Meios de recuperação observados nos estudos. .................................................... 98 Tabela 14. Desfechos observados ....................................................................................................... 100 Tabela 15. Sumarização dos procedimentos, medidas e resultados .................................................... 102
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice I. Ficha de elegibilidade utilizada durante a 2ª etapa de triagem dos estudos..................... 152 Apêndice II. Ficha de extração de dados ............................................................................................. 153
LISTA DE ANEXOS
Anexo II. Comunicado de registro do projeto de revisão sistemática no PROSPERO ....................... 155
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS
‘ = minutos “ = segundos < = menor que > = maior que ≈ = semelhante ↑= aumentou ↓= reduziu °C = graus célsius ♀ = Feminino ♂ = Masculino ATP= Adenosina Trifosfato CE = Critério de Exclusão CET= Carga externa de Treinamento CHO= Carboidrato CI = Critério de inclusão CIT= Carga interna de Treinamento DALDA = Daily Analyses of Life Demands DeCS = Descritores em ciências da Saúde ECRs = Ensaios Clínicos Randomizados h = horas IAC = imersão em água com contraste IAF = imersão em água fria Lac = Concentração de lactato m = metros Mesh terms = Medical Subject Headings MMII = Membros Inferiores N = Número da amostra NA = Não se aplica
NR = Não Relatado Nut = nutricional PEER = Percepção da eficácia da estratégia de Recuperação PICO = acrônimo para População, Intervenção, Comparação e Outcome (desfecho) POMS = Profile Mood States Portal BVS = Biblioteca Virtual em Saúde PósE = Pós exercício PSBE = Percepção subjetiva de bem estar PSD = Percepção subjetiva de dor PSE = Percepção Subjetiva de Esforço PSF= Percepção Subjetiva de Fadiga PSR = Percepção Subjetiva de Recuperação RecA =Recuperação Ativa RecComb = Recuperação Combinada RecP = Recuperação Passiva RESTQ-36-R-Sport = Reduced Recovery-Stress Questionnaire for Athletes RESTQ-76 = Recovery-Stress Questionnaire for Athletes RMP= relaxamento muscular progressivo SAG= Síndrome de adaptação geral T:C= Razão testosterona e cortisol TQR = Total Quality Recovery Scale VC = Vestuário de Compressão �̇�𝑉O2 máx= Consumo máximo de Oxigênio
15
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA
1. INTRODUÇÃO
O treinamento esportivo se configura como um processo sistematizado e organizado
em que o organismo é submetido constantemente a estímulos estressores de volume e
intensidade variados, com o objetivo de proporcionar determinadas adaptações associadas a
incrementos no desempenho esportivo (BISHOP; WOODS, 2008; BOMPA; HAFF, 2012). O
conceito multidimensional de desempenho está relacionado à influências recíprocas entre
aspectos fisiológicos e psicológicos e a padrões coletivos ou individuais de comportamento,
os quais são dependentes de habilidades e capacidades. O desempenho é determinado pelo
desenvolvimento de habilidades ou capacidades específicas para se adaptar às condições
contextuais do ambiente, assim como a realização contínua e reprodutível em situações de
competição (KELLMANN et al., 2018).
A adaptação é um termo chave para a teoria do treinamento esportivo e pode ser
definida como uma relação de dose-resposta do organismo frente a um determinado agente
estressor e consiste no processo em que o indivíduo se adequa às condições contextuais e
socioculturais, que o levam à melhora morfológica e funcional do organismo, assim como a
sua capacidade de resistir aos estímulos ambientais (VERKHOSHANSKY; SIFF, 2009).
Dessa forma, a no contexto esportivo, a adaptação pode ser entendida como alterações
fenotípicas, de caráter morfológico funcional, devido à exposição aos estímulos estressores do
ambiente. Por sua vez, o estresse é a desestabilização, alterações fisiológicas e/ou,
comportamentais, com repercussões no organismo frente a um desafio (agente estressor) de
natureza física ou psicossocial (positivo ou negativo), que rompe a estabilidade do organismo
e exige assim um esforço de ajuste (PEREIRA; SOUZA JUNIOR, 2011). Alterações no
equilíbrio psicofisiológico são caracterizadas por situações com altas e baixas demandas e
podem, como resultado, incorrer em fadiga, distúrbios do sono e influenciar negativamente o
estado psicológico (KELLMANN; KALLUS, 2001; KELLMANN et al., 2009).
Nesse sentido, durante o processo de treinamento, estes processos estressores e
adaptativos constituem a base dos princípios da adaptação e sobrecarga, os quais postulam
que para haver êxito no processo de treinamento é necessário aplicação de sobrecarga, ou
seja, estímulos constantes e progressivos (ISSURIN, 2018). No entanto, deve-se ter cuidado
para evitar a combinação de sobrecarga excessiva com recuperação inadequada, pois poderá
16
incorrer em desequilíbrio entre o estresse e recuperação e desencadear consequências como a
ocorrência de decréscimo no desempenho atlético e fadiga (COUTTS; WALLACE;
SLATTERY, 2007). A fadiga pode ser pode ser entendida como a incapacidade de realizar
esforço muscular ocasionada por mecanismos metabólicos (periférica), neuromusculares
(central) ou de forma integrada (NOAKES, 2007). Na perspectiva psicológica, a avaliação
subjetiva do estresse é fundamental, pois o indivíduo não é passivamente exposto ao estresse,
sendo capaz de influenciar em qualidade e quantidade e consequentemente induzir ou evitar o
estresse. Dessa forma, o estresse pode ter efeitos positivos e negativos, pois a capacidade do
atleta lidar com algum agente estressor e sua recuperação determinará seu estado
psicofisiológico e suas reações subsequentes aos estressores (KELLMANN; KALLUS, 2001;
KELLMANN et al., 2009).
Visto que quanto maior o nível de estresse, maiores são as demandas de recuperação, o
ajuste entre estímulo e recuperação se constitui um recurso importante para gestão da fadiga e
estresse acumulados pelo treinamento (HEIDARI et al., 2018). Assim, verifica-se que durante
o processo de treinamento é necessário combinar estímulos e condições de recuperação como
aspectos de um único processo, ou seja, uma relação adequada entre períodos de sobrecarga e
recuperação para possibilitar que o atleta se adapte aos estímulos e cargas de treinamento
(BISHOP et al., 2008; PLATONOV, 2008). Levando estes fatores em consideração, a
recuperação é totalidade de processos fisiológicos e psicológicos que ocorrem no organismo
após uma carga de trabalho e pode ser definida como um processo dependente do tempo e
influenciado por aspectos psicológicos, fisiológicos e sociais, para que ocorra o
restabelecimento dos recursos pessoais e sua completa capacidade funcional (HEIDARI et al.,
2018; JEFFREYS, 2005).
Considerando esse cenário, observa-se que para o adequado planejamento do
treinamento, a compreensão dos efeitos da carga e integração entre aspectos psicológicos e
fisiológicos no processo de treinamento e recuperação são fundamentais (JÚLIO et al., 2017;
KELLMANN et al., 2018; LIBERATI et al., 2009). No contexto esportivo, circunstâncias
adequadas são fundamentais para maximizar processos de recuperação as quais determinam
os efeitos do treinamento, desempenho esportivo e condições de bem estar do atleta após os
treinamentos ou competições (JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018). Kellmann et al.
(2009) sugere que o intervalo entre os períodos de estresse (treinamento ou competição) inclui
as fases de avaliação, transição e preparação. Durante a fase de avaliação, o atleta processa os
17
resultados obtidos na competição ou treinamento e lida com o estresse psicológico e físico
decorrentes deste momento. A fase de transição, por sua vez, leva mais tempo e é
fundamental, pois o objetivo é a recuperação, a qual inclui atividades de formas variadas
como, por exemplo, alimentação, hidratação, sono, atividades sociais ou realizar outras
estratégias individuais de recuperação. Essa fase deve considerar as estratégias individuais
dos atletas, pois em alguns casos, os atletas podem se sentir devidamente recuperados após
um breve cochilo, enquanto outros podem se sentir letárgicos. Por fim, a fase de preparação,
inclui a preparação para a próxima partida e inclui preparação física e mental (KELLMANN
et al., 2009).
No entanto, grande parte das pesquisas (BORIN; GOMES; LEITE, 2008; ROSCHEL;
TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2011; TURNER, 2011) têm avançado o conhecimento sobre
os estímulos de treinamento e pouca atenção tem sido dada às estratégias que possam
promover recuperação (BISHOP et al., 2008; NOGUEIRA et al., 2015). Estudos (BISHOP et
al., 2008; FAUDE, O et al., 2009; KELLMANN et al., 2018; MEYER, TIM et al., 2014;
MUJIKA, IÑIGO et al., 2018; ORTIZ JR et al., 2018) têm destacado que, embora a maioria
das adaptações induzidas pelo treinamento ocorram durante o período de recuperação, a
compreensão sobre este processo, estratégias e medidas ainda não estão totalmente
clarificadas e que os resultados de algumas pesquisas são imprecisos, dificultando a
elaboração de conclusões específicas. Dessa maneira, se faz necessário um levantamento
sistemático da literatura com procedimentos delimitados que proporcionem uma síntese e
compreensão das estratégias de recuperação no esporte.
18
1.1. REVISÃO DE LITERATURA
A revisão de literatura constitui o apoio teórico a pesquisa e implica em detectar e
consultar a bibliografia relevante à temática de interesse, com o objetivo de proporcionar uma
perspectiva sobre o grau de desenvolvimento daquele campo de conhecimento (SAMPIERI;
COLLADO; LUCIO, 2013). Dessa forma, o processo realizado para compor essa perspectiva
(revisão) teórica será detalhado no capítulo 3 “Materiais e Métodos”, item 3.3 “Pesquisa de
Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo”, e sua contribuição para a presente
investigação foi de possibilitar a extração e compilação de informações relevantes para
delimitar a problemática pertinente à aérea de estudo (SAMPIERI et al., 2013), assim como
fornecer subsídios à formulação do problema (pergunta da revisão) e protocolo (palavras-
chave, critérios de inclusão e exclusão e planejamento da extração de dados) da revisão
sistemática (BRUNTON; THOMAS, 2017; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017). Destarte,
este processo de pesquisa de escopo, realizada para compor a perspectiva teórica deste estudo,
buscou verificar o grau de desenvolvimento do conhecimento sobre a recuperação no esporte
e aprofundar a compreensão a respeito da temática.
1.2. Bases teóricas do treinamento
A base teórica do treinamento esportivo preconiza que a aplicação de estímulos
constantes, sistematizados, progressivos e variados ao organismo provocam reações e
respostas de adaptação, as quais constituem os objetivos principais do treinamento (ISSURIN,
2018). Como mencionado, a adaptação pode ser definida como uma relação de dose-resposta
do organismo frente a um determinado agente estressor e é a soma de ajustes ocasionados por
episódios de exercício sistematicamente repetidos. Esses ajustes são decorrentes de demandas
específicas e proporcionais à magnitude do estímulo (volume, intensidade e frequência)
(ROSCHEL et al., 2011; TURNER, 2011). Tendo em vista que a recuperação faz parte do
processo de adaptação, se faz necessário entender as teorias que fundamentam a adaptação no
processo de treinamento.
Diversos autores (BOMPA; HAFF, 2012; LA ROSA, 2009; MATVEEV, 1997;
PLATONOV, 2008) têm utilizado a Síndrome de Adaptação Geral (SAG) proposta por Selye
(1950) para fundamentar o processo de treinamento. A SAG postula que os agentes
estressores proporcionam reações e respostas estereotipadas de adaptação e que são divididas
em três fases:
19
I) Fase de Alarme,
II) Fase de Resistência e
III) Fase de Esgotamento ou exaustão.
Durante a fase de alarme, ocorre aumento das demandas energéticas e intensificação
do metabolismo como forma de compensação e reação ao agente estressor. No entanto, se a
ação do agente estressor se repete sistematicamente; dependendo da receptibilidade do
organismo e da intensidade dos fatores de estresse, há início da fase de resistência que
consiste na substituição dos mecanismos urgentes de adaptação do organismo, que consomem
muita energia, pelas mudanças estruturais e funcionais a longo prazo, que permitem ao
organismo responder ao estresse de maneira mais eficaz e econômica. Entre esses
mecanismos podem ser citados o desenvolvimento de elementos estruturais que asseguram o
aumento de reservas funcionais, como por exemplo, o aumento do volume muscular
(hipertrofia) e aumento do consumo de VO2máx. A fase de resistência constitui o objetivo
principal do processo de treinamento, contudo, se a ação dos agentes estressores for
prolongada ou suas exigências ultrapassarem as possibilidades de adaptação do organismo do
indivíduo, há a manifestação da terceira fase, chamada de esgotamento ou exaustão. A
essência desta fase reside na incapacidade do organismo atender as demandas de energia, pois
a degradação é maior que a velocidade de síntese (SELYE, 1950).
Baseada na SAG, a teoria da supercompensação estipula que a relação entre
treinamento e recuperação conduz a uma adaptação física superior e constitui a base do
princípio de sobrecarga progressiva, implicando que os estímulos de treinamento devem
alternar sistematicamente as cargas e métodos de treinamento, fornecendo períodos adequados
de recuperação (ISSURIN, 2018). Zatsiorsky e Kraemer (2008) também se referem a essa
teoria como “Teoria de um fator”, pois a disposição do atleta parece ser influenciada de
acordo com a variação e disponibilidade de substratos energéticos. Isso se deve ao fato de que
o efeito imediato da aplicação da sobrecarga de uma sessão de treinamento implica na
desestabilização da homeostase e é avaliada por meio da depleção de substâncias químicas
durante o exercício. Assim, como consequência dessa imposição de estresse ao organismo, a
reação de supercompensação de estruturas celulares e de substratos energéticos decompostos
durante o exercício se apresenta como principal fator de explicação para a elevação do
20
rendimento físico pelo treinamento. A seguir, na figura 1, são apresentadas as fases do ciclo
de supercompensação.
Figura 1. Fases da supercompensação
Adaptado de Zatsiorskye Kraemer (2008)
A primeira fase do ciclo (depleção) é representada pela queda abrupta na capacidade
funcional, correspondente à depleção dos estoques energéticos por conta da aplicação de
cargas de treinamento, resultando em fadiga periférica e incapacidade de realizar trabalho
físico (BOMPA; HAFF, 2012; NELSON et al., 2001). Na segunda fase do ciclo
(compensação), ocorre a dissipação da fadiga e a recuperação pronunciada da capacidade
fisiológica, marcada pela restauração dos níveis de glicogênio muscular, redução dos níveis
de cortisol circulantes e elevação da capacidade de trabalho até alcançar o nível anterior à
aplicação da carga de treinamento, ou seja, o retorno a homeostase. Esse processo é
progressivo e pode demandar maior ou menor tempo em função da magnitude das cargas
aplicadas, lastro de treinamento, estratégias de recuperação e estado nutricional (ISSURIN,
2018). Por fim, os processos recuperativos não apenas procuram retornar ao ponto de partida
anterior, mas também sobrepujar os níveis iniciais da capacidade anterior
(supercompensação), atingindo um pico na curva da capacidade funcional, o que parece ser
uma pré-disposição do organismo diante de uma nova situação de estresse, podendo ser
relacionada com a fase de resistência da síndrome de adaptação geral. Essa fase é conhecida
como supercompensação, que pode ser marcada por uma elevação na concentração de
21
glicogênio (ISSURIN, 2018; MAMEDOVA et al., 2003; NELSON et al., 2001).
Adicionalmente, a cada supercompensação é estabelecido um novo parâmetro de referência, o
que implica em alterações das variáveis fisiológicas e metabólicas diante de uma nova
situação de estresse (BOMPA; HAFF, 2012; ISSURIN, 2018). A interpretação da teoria da
supercompensação consiste que um novo estímulo de treinamento deve ser aplicado durante o
pico da capacidade funcional de trabalho para que haja uma soma de adaptações positivas e
elevação constante da condição física do atleta (ISSURIN, 2018).
Adicionalmente, este modelo teórico prevê situações de treinamento que não
correspondem ao padrão da supercompensação, que podem ocorrer quando os estímulos de
treinamento são aplicados após a fase de supercompensação (estímulo inadequado) ou quando
não são concedidos períodos adequados de descanso durante a fase de compensação
(recuperação insuficiente). A primeira situação é caracterizada por intervalos muito longos
entre as sessões de treinamento, assim a aplicação do estímulo ocorre após a condição
funcional do atleta retornar ao nível de preparação anterior ao estímulo; na segunda situação,
a aplicação de cargas é dissonante aos intervalos de recuperação e consequentemente há
possibilidade de episódios de acúmulo de fadiga e queda da capacidade funcional (ISSURIN,
2018; LA ROSA, 2009). Esses padrões podem ser observados na figura 2.
Figura 2. Ciclos de supercompensação
Adaptado de Zatsiorsky e Kraemer (2008)
22
Apesar de este modelo ter sido aceito por décadas como a teoria mais popular do
treinamento, é importante ressaltar que nem sempre é observado o resultado esperado dessa
estratégia de treinamento, ou seja, a supercompensação seguida de melhora do desempenho,
pois a interação entre o ambiente e os componentes e as variáveis do treinamento podem
proporcionar comportamentos e resultados irregulares e não previstos (PAKENAS; SOUZA
JUNIOR; PEREIRA, 2007; ROGERO; MENDES; TIRAPEGUI, 2005). Assim, é possível
que nem sempre ocorra melhora do rendimento esportivo, pois este não é dependente de
aspecto ou variável de forma isolada, como por exemplo, a supercompensação de glicogênio.
Adicionalmente, há indefinição de critérios que devem ser adotados para selecionar o
intervalo de tempo entre aplicações de sobrecarga, o que faz a teoria da supercompensação ser
simplista para explicar a complexidade do treinamento (ROGERO et al., 2005;
ZATSIORSKY; KRAEMER, 2008).
Em vista desta problemática, a teoria de Fadiga e Condicionamento (Dois Fatores)
proposta por Bannister (1991), sugere que diferentes estímulos estressores resultam em
respostas diferentes e que o efeito imediato após uma sessão de treinamento é uma
combinação de dois fatores que podem influenciar de forma positiva ou negativa o
desempenho: condicionamento e fadiga. Nessa perspectiva, o condicionamento físico seria
uma resposta positiva, enquanto o efeito fadiga uma resposta fisiológica negativa e a interação
entre esses efeitos resultaria no desempenho (CHIU; BARNES, 2003). Na figura 3 é ilustrado
o modelo de condicionamento e fadiga.
23
Figura 3. Modelo de Condicionamento Fadiga
Adaptado de CHIU; BARNES (2003)
Em geral, o efeito da fadiga pós-estímulo é grande em magnitude, porém com menor
duração e impactando na redução parcial do desempenho, de maneira semelhante ao estágio
de alarme proposto pela SAG. Em contrapartida, com a devida recuperação para possibilitar a
dissipação dos efeitos adversos da fadiga, o efeito do condicionamento se evidencia. O efeito
de condicionamento pós-estímulo tem uma magnitude menor, mas maior duração e que se
manifesta como uma melhora no desempenho em longo prazo, de forma similar ao estágio de
resistência proposto pela SAG (CHIU; BARNES, 2003). Zatsiorsky e Kraemer (2008)
sugerem que a estimativa entre a duração do ganho de condicionamento e o efeito da fadiga
pode ser de até 3:1, ou seja, que o impacto da fadiga pode ser até três vezes menor em
duração. Destarte, o período de recuperação entre as sessões de treinamento deve ser
selecionado de forma que todos os traços negativos da sessão anterior sejam eliminados e os
ganhos positivos do condicionamento sejam conservados (ZATSIORSKY; KRAEMER,
2008).
Uma possível evidência deste modelo é o aumento da potência muscular após
contrações máximas voluntárias, fenômeno fisiológico conhecido como potenciação pós-
ativação (PPA) (CHIU; BARNES, 2003). Diversos estudos (EVETOVICH; CONLEY;
MCCAWLEY, 2015; SEITZ; HAFF, 2016; TURNER et al., 2015) têm destacado que a
ativação prévia de um grupo muscular pode aumentar a capacidade de gerar força nos minutos
24
seguintes. Em um primeiro momento esse estímulo pode provocar redução do desempenho da
força muscular subsequente, o que está atrelado à redução parcial do desempenho e
manifestação do efeito básico da fadiga. Porém, após um determinado tempo de intervalo, o
qual permite a recuperação e dissipação da fadiga, ocorre melhora temporária na capacidade
de gerar força, ou seja, o efeito do condicionamento. Essa melhora temporária é referida como
potenciação e é explicada por diferentes mecanismos fisiológicos intramusculares e neurais
(BATISTA et al., 2010; SEITZ; HAFF, 2016).
É importante ressaltar que o efeito posterior do treinamento é uma consequência direta
deste modelo, pois após um período de treinamento estressante, a magnitude do
condicionamento específico e dos efeitos colaterais da fadiga é alta. Consequentemente, um
período subsequente de treinamento com cargas reduzidas é necessário para remover os
efeitos colaterais da fadiga. Complementarmente, esse período de recuperação para que as
adaptações e elevação do condicionamento se manifestem é dependente da natureza do
estímulo (CHIU; BARNES, 2003).
Por fim, observa-se que a SAG não foi uma teoria formulada para o contexto
esportivo, pois determina que o estresse sofrido pelo organismo tenha como resultado
respostas padronizadas, independente das particularidades do estímulo e que em longo prazo
que podem neutralizar o agente estressor ou promover mudanças patológicas. Dessa forma, a
teoria da Síndrome de Adaptação Geral não se propõe a compreender os ajustes estruturais e
funcionais ocorridos no organismo devido ao treinamento físico ou destreinamento. O
conceito de homeostase, o qual é a base SAG, tem sido questionada, pois postula o controle
de um estado normal caracterizado por um ponto fixo, o qual deve ser mantido pelo
organismo por meio de respostas ao agente estressor (SOUSA; SILVA; GALVÃO-COELHO,
2015). No entanto, estudos (MCEWEN; WINGFIELD, 2003; RECORDATI; BELLINI,
2004; STERLING, 2004) tem apontado o proposito da regulação fisiológica não é a
constância, mas a estabilidade de acordo com as variações externas. Adicionalmente, não se
aceita atualmente que o mesmo estresse produza a mesma resposta estereotipada, pois o eixo
hipotálamo-hipófise-glândula possui padrão de resposta que está relacionado ao tipo de agente
estressor (SOUZA JUNIOR; PEREIRA, 2008). Dessa forma, Sterling (2004) propõe a
alostase, como processo regulatório por meio de retroalimentação positiva, ou seja, ajustes
antecipatórios frente a variações do ambiente.
25
O estado alostático refere-se à condição dinâmica da atividade dos mediadores
primários (glicorticóides), pois se a condição de desbalanço continuar pode incorrer em
sobrecarga alostática (SOUSA et al., 2015). Nesse sentido, se a demanda energética exceder a
capacidade do organismo, constata-se a sobrecarga do tipo I e se essa demanda continuar por
muito tempo, há o risco de desenvolvimento de doenças, ou seja, tipo II. A sobrecarga
alostática do tipo I pode ser exemplificada pelo exercício físico intenso que pode evoluir para
o tipo II caso a sobrecarga constante e sem adequada recuperação promova efeitos típicos da
síndrome de overtraining (SOUZA JUNIOR; PEREIRA, 2008).
1.3. Recuperação
Nos itens anteriores, foi observado que as teorias que fundamentam o treinamento
esportivo consideram a necessidade de recuperação para que transcorram os incrementos de
condicionamento e desempenho. De acordo com essas teorias, principalmente a teoria de dois
fatores, verifica-se que os processos recuperativos envolvem diferentes sistemas orgânicos,
como por exemplo, o sistema cardiorrespiratório, muscular e endócrino que atuam em funções
importantes durante e após a atividade física.
Nessa perspectiva, durante o exercício, os sistemas muscular e respiratório são os
principais sistemas estressados; durante o sono noturno, alguns parâmetros do sistema
endócrino atingem o pico enquanto a taxa metabólica, a respiração, a regulação de
temperatura e a frequência cardíaca estão em sua menor atividade. No entanto, se não houver
qualidade de sono adequada, pode haver prejuízos em relação aos processos regenerativos, o
que enfatiza a importância da qualidade e duração adequada de sono. Adicionalmente, os
processos de recuperação podem ser dissociados, ou seja, a quantidade de tempo necessária
para a recuperação do estresse do treinamento pode variar dentro e entre os diferentes
sistemas orgânicos do corpo humano (KELLMANN et al., 2018; KELLMANN; KALLUS,
2001; LEHMANN et al., 2010).
Portanto, a recuperação deve ser um processo controlado, planejado e intencional que
ocorre por meio da eliminação, mudança ou redução gradual do agente estressor, com o
objetivo de proporcionar condições para o indivíduo lidar com as demandas geradas por um
período de estresse (KELLMANN et al., 2009). Adicionalmente, é um processo de caráter
multifatorial, pois envolve aspectos psicológicos, fisiológicos e sociais, que garantem a
manutenção da saúde deste atleta, assim como a continuidade na prática esportiva e a
26
manutenção do desempenho, evitando circunstâncias prejudiciais como burnout e
overtraining.
O Burnout no esporte é uma síndrome que possui componentes físicos, mentais e
comportamentais, podendo ser definida como uma reação ao estresse crônico e que apresenta
como característica mais marcante a saturação psicológica, emocional e, por vezes, física do
atleta em relação á sua modalidade (PIRES; BRANDÃO; MACHADO, 2006). É composta
por um conjunto de sintomas que compreende a exaustão emocional, despersonalização e
reduzido senso de realização esportiva. A exaustão emocional são os sentimentos de extrema
fadiga, os quais estão associados à tensão psicológica e fisiológica em decorrência das altas
demandas dos treinos e competições. Por sua vez, a despersonalização é uma atitude negativa
que se caracteriza pelo desinteresse, indiferença e despreocupação do atleta em relação com
seu desempenho esportivo ou envolvimento com a modalidade. Por fim, o reduzido senso de
realização esportiva trata-se de insatisfação do atleta em relação à sua habilidade esportiva
(PIRES et al., 2006; PIRES et al., 2012).
O overtraining também é definido como uma síndrome e está associado a aspectos
fisiológicos e psicológicos, caracterizado pela exaustão em função do excesso de treinamento
e que apresenta como consequência o decréscimo de desempenho (MEEUSEN et al., 2013).
A síndrome do overtraining é ocasionada por altas exigências físicas decorrentes de cargas de
treinamento intensificadas e fatores psicológicos, como por exemplo, as expectativas
excessivas do treinador, dirigentes ou membros da família, estresse competitivo, estrutura de
personalidade do atleta, ambiente social, relacionamentos com familiares e amigos e
problemas no ambiente escolar ou de trabalho. Em uma situação de overtraining o
desempenho inferior persiste apesar de um período de recuperação e pode se prolongar por
meses e até anos (MEEUSEN et al., 2013).
Nesse sentido, o processo de recuperação é dependente do tempo e está relacionado às
circunstâncias cotidianas como, por exemplo, sono, repouso, alimentação e contato social
(HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018; KELLMANN et al., 2009). Condições
adequadas de recuperação podem atuar como mecanismos reguladores e promover respostas
adaptativas positivas ao treinamento, assegurando a supercompensação e consequentemente
potencializando a capacidade de trabalho e desempenho (JEFFREYS, 2005; ORTIZ JR et al.,
2018). Por outro lado, em casos de treinamentos mal estruturados, poderão surgir níveis
27
críticos de fadiga, exaustão ou mesmo overtraining e burnout (MEEUSEN et al., 2013;
MUJIKA, IÑIGO et al., 2018).
Quanto maior a demanda e estresse de um atleta, maior a necessidade de recuperação e
por isso, ao projetar qualquer programa de treinamento, deve-se lembrar de que os atletas
podem atingir o desempenho ideal apenas quando são capazes de "minimizar o estresse do
treinamento e otimizar a recuperação subsequente" (HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS,
2005). Adicionalmente, a exposição ao estresse não implica necessariamente um aspecto
negativo, desde que as demandas de recuperação sejam atendidas (HEIDARI et al., 2018;
KELLMANN et al., 2009). Dessa forma, a recuperação é considerada um processo
restaurador multifacetado (por exemplo, fisiológico, psicológico) em relação ao tempo. No
caso de o estado de recuperação de um indivíduo (isto é, a sua balança biopsicossocial) ser
perturbado por fatores externos ou internos, a fadiga como uma condição de cansaço
aumentado devido ao esforço físico e mental desenvolve-se (KELLMANN et al., 2018).
Ao realizar a pesquisa de escopo sobre a temática, verificou-se que existem
proposições e generalizações empíricas em diversos estudos a respeito da recuperação
(BISHOP et al., 2008; BOMPA; HAFF, 2012; HEIDARI et al., 2018; HOUMARD,
JOSEPH A, 1991; JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018; LIBERATI et al., 2009).
Nesse sentido, com base na proposta de Sampieri et al. (2013) foi desenvolvido um marco
teórico para apresentação lógica e organizada dos conceitos e aspectos relacionados à
recuperação no esporte, assim como as principais referências. Conforme observado na figura
4 a recuperação pode ser compreendida de acordo com suas fases, métodos e meios.
28
Figura 4. Marco Teórico dos estudos sobre Recuperação
Bishop et al. (2008) e Bompa e Haff (2012) destacam quatro fases em que ocorre a
recuperação: recuperação imediata, recuperação de curto prazo, pós exercício e programa de
recuperação. A recuperação imediata ou interexercício ocorre durante o exercício e as
sucessões de gestos esportivos e em curtíssimos intervalos de tempo (BISHOP et al., 2008;
BOMPA; HAFF, 2012). Está relacionada à recuperação dos sistemas energéticos envolvidos
no decorrer de atividade esportiva, já que a disponibilidade de fosfagênios e ressíntese de
adenosina trifosfato (ATP) contribuem para a realização adequada da ação motora (BISHOP
et al., 2008; JEUKENDRUP, 2017).
A recuperação em curto prazo ou entre exercício é a recuperação que ocorre nos
intervalos entre as séries dos exercícios, sendo relacionada com a remoção de subprodutos
metabólicos produzidos durante o esforço físico e orientada para manutenção da qualidade do
treinamento (BISHOP et al., 2008). Diversos estudos (BROWN; RICHARDSON, 2017;
COMBES et al., 2017; FALGAIETTE et al., 2004; GARCÍA-RAMOS et al., 2016; OLEK
et al., 2018) têm sido propostos para investigar os efeitos de diferentes tempos de recuperação
29
entre as séries de exercícios com o intuito de compreender os mecanismos de fadiga que
influenciam o desempenho motor e sugerir razões de esforço e recuperação adequados para
prescrição do treinamento.
Conforme mencionado anteriormente, em função das cargas de treinamento o
organismo é afetado negativamente pela fadiga e dessa forma, o sono, dieta balanceada,
reidratação e diferentes intervenções recuperação pós-exercício podem contribuir para
restaurar a capacidade dos atletas. A recuperação pós-exercício é o tipo de recuperação que
ocorre no mesmo dia após a sessão ou na primeira sessão do dia seguinte, com objetivo de
que diversos eventos fisiológicos, como por exemplo, a remoção de subprodutos metabólicos,
reconstituição dos estoques energéticos e reparo tecidual ocorram para facilitação da
recuperação do atleta entre as sessões de treinamento ou entre os eventos competitivos
(BOMPA; HAFF, 2012; REILLY; EKBLOM, 2005; TESSITORE et al., 2008). Em recente
trabalho Mujika et al. (2018) utiliza o termo “recuperação aguda” para se referir ao emprego
de estratégias de recuperação na tentativa de possibilitar participação eficaz do atleta em
sessões chave de treinamento ou minimizar a fadiga durante uma fase de competição.
No entanto, em seu estudo sobre intervenções de recuperação pós-exercício na
modalidade futebol, Meyer et al. (2014) sugerem cautela, pois o uso repetido ou sem critério
de estratégias de recuperação entre as sessões de treinamento pode levar a uma redução
significativa dos efeitos do estímulo proporcionado para que se efetuem as adaptações de
treinamento, ou seja, a utilização repetida e sem critérios pode incorrer em menor perturbação
da homeostase. Portanto, o uso adequado destas estratégias depende em grande parte da
organização e sequência de sessões, assim com deve-se considerar também a etapa de
treinamento.
Por fim, o “programa de recuperação” ou “recuperação como unidade de treinamento”
é parte de uma periodização, com objetivo de distribuir adequadamente a carga de
treinamento (que será discutida posteriormente) e garantir a maximização da adaptação e do
desempenho (BISHOP et al., 2008; MUJIKA, et al., 2018). Adicionalmente, a estruturação
de recuperação no planejamento esportivo pode resultar no controle da fadiga, minimização
da incidência de lesões e aprimoramento do condicionamento (BOMPA; HAFF, 2012). Nessa
perspectiva, Mujika, et al. (2018) destacam o termo “recuperação crônica”, que é utilizada
durante a fase preparatória e tem como objetivo minimizar a fadiga decorrente do treinamento
e maximizar as adaptações.
30
Em relação às estratégias utilizadas durante a fase de recuperação, estes podem ser
divididos em métodos ativos, passivos e pró ativos (HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS,
2005). Essas estratégias podem ser distribuídas temporalmente como intervenções em longo
e/ou curto prazo de acordo com as fases de recuperação para promover uma recuperação
adequada. Dessa forma, as intervenções em curto prazo estão relacionadas à aplicação
sistemática de técnicas de relaxamento e técnicas de recuperação em estágios iniciais de um
episódio de fadiga. Em longo prazo, podem ser conferidos períodos de repouso (sessões ou
dias); períodos de menor intensidade de treinamento e atividades de recuperação
individualizadas e pró-ativas (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018;
KELLMANN et al., 2009).
A recuperação ativa é amplamente utilizada em diversos estudos (COUTTS et al.,
2007; KELLMANN et al., 2001; TIAN et al., 2015) e envolve exercícios moderados e
atividades com baixas cargas durante um programa de recuperação ou como recuperação pós
exercício no dia seguinte, imediatamente após uma sessão treinamento ou um evento
competitivo (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN, 2002). Geralmente são realizados
exercícios e atividade física de forma orientada, como por exemplo, relaxamento muscular,
alongamento e atividades aeróbias; com o objetivo de acelerar os processos recuperativos e
eliminar os resultados da fadiga (JEFFREYS, 2005; KELLMANN, 2002).
Uma abordagem de recuperação passiva poderia consistir em sauna, massagens, ou
apenas repouso. Desse modo, reações fisiológicas a estímulos fisiológicos como calor, frio ou
pressão são iniciadas para restaurar os estados de desempenho pré-tarefa, sendo também
acompanhadas por efeitos psicológicos (BOMPA; HAFF, 2012; HEIDARI et al., 2018;
KELLMANN et al., 2018). Um episódio planejado de recuperação de curto prazo, como por
exemplo, um dia de folga após uma sessão de treino extenuante pode estimular efeitos
restaurativos de longo prazo (HEIDARI et al., 2018; KELLMANN et al., 2018). Nesse
sentido, no estudo realizado por García, et al. (2013) foi observado que intervenções de
recuperação ativas e passivas, após intensificação do treinamento possibilitaram resultados
semelhantes de redução de fadiga, sem diferença significativa entre os grupos avaliados.
Além dos aspectos relacionados ao contexto esportivo, a recuperação também se
aplica ao cotidiano da vida dos atletas, pois quando a recuperação inclui uma ação objetiva,
auto iniciada e auto orientada, com objetivo de restabelecer recursos psicológicos, esta pode
ser definida como recuperação proativa (KELLMANN, 2002). Nesse sentido, o indivíduo é
31
responsável por suas próprias atividades e pode conduzir ativamente o seu processo de
recuperação de acordo com suas necessidades. O atleta pode participar de atividades sociais,
como por exemplo, ir ao cinema ou visitar amigos e familiares; ou realização de atividades
físicas orientadas, que geralmente incluem alongamentos, técnicas de respiração e atividades
aeróbias durante os intervalos entre os exercícios ou sessões (HEIDARI et al., 2018;
JEFFREYS, 2005; KELLMANN et al., 2018). Geralmente a recuperação pró ativa é utilizada
durante as fases “pós exercício” e “programa de recuperação”.
Quanto aos meios de recuperação, verifica-se que são amplamente utilizados e
pesquisados no âmbito esportivo, podendo ser divididos em meios pedagógicos, psicológicos
e biomédicos (PLATONOV, 2008; WEINECK, 1999). Os meios pedagógicos contemplam o
trabalho físico como forma de recuperação, por meio de métodos ativos, durante as fases
“curto prazo”, “pós exercício” ou “programa de recuperação”, com objetivo de dissipar a
fadiga com maior velocidade. A principal variável a ser manipulada é a carga de treinamento,
ou seja, os exercícios são realizados com percentuais reduzidos de volume, intensidade ou os
ambos (PLATONOV, 2008). Nesse sentido, diversos estudos (FAUDE, O et al., 2009;
MEYER, TIM et al., 2004; ORTIZ JR et al., 2018) tem verificado a sua eficácia como meio
de recuperação após tarefas com magnitudes altas de cargas.
Os meios biomédicos possibilitam aceleração dos processos adaptativos e dissipação
da fadiga por meio de recursos higiênicos, físicos, nutricionais e farmacológicos
(PLATONOV, 2008; WEINECK, 1999). Os recursos higiênicos estão relacionados à
observação da organização de regimes de sono, alimentação e horários de treinamento,
trabalho e estudo, pois a estabilidade do horário dessas ações favorece o ritmo circadiano, que
garante o aumento da capacidade de trabalho e eficácia da recuperação (PLATONOV, 2008).
Os meios físicos parecem ser os mais popularizados e com ampla utilização, principalmente
por meio do método passivo e na fase pós exercício. Dentre os diversos meios biomédicos
físicos, podem ser citadas a massagem, imersão em água, sauna e eletroestimulação, porém a
imersão em água tem sido a mais investigada e utilizada no contexto prático (ARGUS et al.,
2017; MINETT, G. M. et al., 2014; POINTON et al., 2012a), entretanto há divergência
quanto à sua eficácia, provavelmente por conta dos diferentes protocolos utilizados nos
estudos (PASTRE et al., 2009). No entanto, no estudo de metanálise realizado por Leeder, et
al. (2012), foi observado entre os estudos levantados que a imersão em água fria foi efetiva
em melhorar a taxa de recuperação da força e potência muscular 24, 48 e 72 horas após o
32
exercício. Nesse sentido, verifica-se na literatura (ARGUS et al., 2017; CLIFFORD et al.,
2018; ELIAS et al., 2010; ROWSELL et al., 2011) que a imersão em água, principalmente a
imersão em água fria, figura entre as estratégias e práticas mais populares e investigadas para
acelerar a recuperação do desempenho após exercícios intensos (MEYER et al., 2014;
MUJIKA et al., 2018). Entre os possíveis mecanismos envolvidos na recuperação por meio da
imersão em água fria teríamos uma redução da percepção subjetiva de dor muscular e fadiga,
da temperatura do tecido, processos inflamatórios, da perfusão muscular e permeabilidade dos
vasos linfáticos, celulares e capilares, assim como aumento da pressão hidrostática
(POINTON, M. et al., 2012; SCHIMPCHEN et al., 2017; TIPTON et al., 2017).
Os meios nutricionais correspondem ao balanceamento do potencial energético, com o
objetivo de atender as demandas das cargas de treinamento (PLATONOV, 2008; WEINECK,
1999). Nessa perspectiva, treinamento e alimentação estão relacionados, visto que para
aperfeiçoar as adaptações, deve-se ter em conta uma dieta que atenda as demandas do
organismo (BOMPA; HAFF, 2012). Tendo isso em vista, o campo que mais tem sido
investigado nessa perspectiva é a disponibilidade de carboidratos (CHO), pois, visto que as
orientações sobre nutrição esportiva recomendavam uma dieta com alto fornecimento de
carboidratos (CHO); as diretrizes contemporâneas reconhecem que a ingestão de CHO deve
ser orientada e planejada de acordo com o contexto. Assim, a “disponibilidade de CHO”, na
qual se refere à quantidade diária e o momento da ingestão de CHO, deve acontecer em
função da demanda energética do treinamento ou do cronograma de competição
(JEUKENDRUP, 2017; MUJIKA, IÑIGO et al., 2018). Por fim, os meios farmacológicos são
substâncias que permitem a recuperação e equilíbrio do organismo em situação de estresse.
Entre os diversos fármacos utilizados no contexto esportivo, podem ser citadas as vitaminas,
minerais e substâncias que estimulam a hematopoese, analgésicos e drogas anti-inflamatórias
não esteroidais (BOMPA; HAFF, 2012; PLATONOV, 2008).
No entanto, considerando que o desempenho esportivo seja resultado de ações e
esforços conscientes, as alterações psicológicas também ocorrem, como por exemplo,
distúrbios do estado de humor, sono e aumento dos escores da percepção de esforço para a
mesma carga de treinamento (MARQUES; BRANDÃO, 2010; MUJIKA, 2012; ZANETTI;
MACHADO, 2016). Nessa perspectiva, a utilização de meios psicológicos tem como objetivo
fornecer aos atletas recursos para lidar com as altas demandas de treinamento e desempenho e
minimizar o risco de lesões e excesso de treinamento (BIRRER; MORGAN, 2010). Estudos
33
(BALAGUE, 2000; BIRRER; MORGAN, 2010; MUJIKA et al., 2018) sugerem que com o
propósito de aumentar a conscientização e facilitar a tolerância à dor / fadiga, diferentes meios
de relaxamento, como por exemplo, relaxamento muscular progressivo (RMP), treinamento
auto gênico e auto hipnose, são meios úteis para acelerar e melhorar a qualidade dos
processos de recuperação após um treinamento ou competição extenuantes.
No caso de as exigências e demandas, tanto durante o treinamento como fora do
ambiente esportivo forem intensificadas além da capacidade do atleta suportar e,
adicionalmente, não for proporcionada uma devida recuperação, poderá haver
comprometimento ao retorno da homeostase fisiológica e psicológica. Nesse sentido, surge o
conceito de underrecovery que é definido como um desequilíbrio dos períodos de recuperação
e das demandas de vida diária de um atleta e pode ser se tornar uma pré-condição para a
síndrome do excesso de treinamento ou overtraining. Os sintomas de underrecovery podem
ser fisiológicos relacionados às queixas físicas e aumento da dor muscular; e psicológicos,
como por exemplo, a capacidade reduzida de tolerância ao estresse, falta de energia e
distúrbios emocionais e de sono. As consequências do underrecovery em curto prazo estão
relacionadas ao cansaço, exaustão, letargia, motivação diminuída e prejuízos nos aspectos
cognitivos. Nesse sentido, enquanto o underrecovery parece delinear uma condição mais
ampla de recuperação insuficiente em reação ao estresse geral (por exemplo, família,
ambiente de treinamento ou mídia), em longo prazo, há decréscimo no desempenho,
problemas de saúde, síndrome de overtraining e burnout (HEIDARI et al., 2018;
KELLMANN et al., 2018; KELLMANN et al., 2009).
No estudo de revisão, feito por (MEEUSEN et al., 2013), os autores definem a
diferença entre Overtraining e Overreaching pela quantidade de tempo necessária para a
restauração do desempenho, e não pelo tipo ou pela duração do estresse ou grau de
comprometimento induzido pelo treinamento. A síndrome do overtraining é o acúmulo do
processo de exaustão, com decréscimo de desempenho, associado a sinais fisiológicos e
psicológicos. Observa-se que as exigências físicas da carga intensificada de treinamento
podem não ser os únicos elementos no desenvolvimento da overtraining. É possível que um
conjunto de fatores psicológicos tenha relevância nesse processo, incluindo monotonia do
treinamento, expectativas excessivas do treinador, dirigentes ou membros da família, estresse
competitivo, estrutura de personalidade do atleta, ambiente social, relacionamentos com
familiares e amigos e problemas no ambiente escolar ou de trabalho. Em uma situação de
34
overtraining o desempenho inferior persiste apesar de um período de recuperação e pode se
prolongar por meses (KELLMANN et al., 2001; KELLMANN et al., 2018; MEEUSEN et
al., 2013).
Se por um lado o Overtraining é uma situação a ser evitada, o Overreaching funcional
é uma condição inerente ao processo de treinamento, na qual ocorre intensificação deliberada
das cargas, proporcionando um desequilíbrio entre estresse e recuperação. Este processo é
definido como um acúmulo de estresse proveniente do treinamento que resulta em decréscimo
temporário do desempenho e que pode se estender por alguns dias ou semanas. Como
consequência ocorre o declínio temporário de desempenho por algumas semanas e após
recuperação adequada, com a dissipação da fadiga, espera-se que os efeitos
supercompensatórios e o seu desempenho melhorado (COUTTS et al., 2007; MEEUSEN et
al., 2013; MUJIKA, , 2012). Essa situação é utilizada e planejada durante um determinado
ciclo para potencializar o desempenho (COUTTS et al., 2007; MUJIKA, 2012).
Por outro lado, o overreaching não funcional ocorre quando o treinamento é
intensificado e não são oferecidas condições adequadas de recuperação relativas ao tempo, às
cargas de treinamento e até mesmo às condições nutricionais e psicológicas. Essa condição
promove queda de desempenho e que pode demorar algumas semanas para ser retomada
(KELLMANN et al., 2018; MEEUSEN et al., 2013). A distinção entre overreaching não
funcional e Overtraining é muito difícil, pois frequentemente são apresentados os mesmos
sinais e sintomas fisiológicos e psicológicos. Geralmente o diagnóstico só pode ser feito
excluindo todas as outras influências possíveis sobre mudanças no desempenho e estado de
humor (HEIDARI et al., 2018; MEEUSEN et al., 2013). A tabela 1 apresenta as
características que diferem overreaching funcional, overreaching não funcional e
overtraining.
Tabela 1. Características de overreaching funcional, overreaching não funcional e overtraining
Intensificação do treinamento
Desfecho Fadiga Aguda Overreaching funcional
Overreaching não funcional Overtraining
Recuperação Dias Dias - semanas Semanas - meses Meses
Desempenho Aumento Decréscimo temporário Estagnação Decréscimo por tempo
indeterminado Adaptado de Meeusen et al. (2013)
35
O planejamento do overreaching funcional é um desafio para treinadores e
preparadores físicos devido às dificuldades de monitoramento de seus indicadores iniciais,
pois em alguns casos é difícil discriminar os sintomas de fadiga próprios do treinamento e
aqueles que indicam que o atleta ultrapassou sua capacidade de adaptação (MARQUES;
BRANDÃO, 2010). Nesse sentido, (COUTTS et al., 2007), em seu estudo realizado com
triatletas, sugere que parâmetros fisiológicos ou bioquímicos não são capazes de indicar um
estado de overreaching. Para tanto, as medidas de desempenho, avaliadas por teste específico,
e parâmetros psicológicos, avaliados por instrumentos psicométricos, se mostraram sensíveis
para indicar o overreaching em seus estados iniciais. Verifica-se dessa forma que
perturbações no estado psicológico ocorrem simultaneamente com aumentos na carga de
treinamento (COUTTS et al., 2007; HEIDARI et al., 2018; MARQUES; BRANDÃO, 2010).
1.3.1. Carga de treinamento
Uma das ferramentas disponíveis para gerir a recuperação no esporte é a manipulação
da carga de treinamento, pois esta é responsável pela adaptação aguda, crônica, geral e
específica no organismo do atleta, podendo ser compreendida como uma relação de dose-
resposta (LAMBERT; BORRESEN, 2010). O termo carga de treinamento compreende a
medida quantitativa de trabalho de treinamento realizado e é composta pelas variáveis de
volume, intensidade, densidade e complexidade (BOMPA; HAFF, 2012). O volume refere-se
ao aspecto quantitativo e pode ser expresso pela soma de trabalho realizado durante uma
sessão ou fase do treinamento. A intensidade é o componente qualitativo do trabalho,
expresso pelo gasto de energia ou trabalho realizado em uma unidade de tempo. A densidade
é a distribuição da quantidade de trabalho realizado em um determinado tempo e expressa
pela relação entre as fases de trabalho e recuperação. Dessa forma, quanto mais curto o
intervalo de tempo entre um estímulo e outro, mais denso será o trabalho. Por fim, a
complexidade denota o grau de sofisticação e dificuldade biomecânica ou cognitiva de uma
habilidade motora (BOMPA; HAFF, 2012).
Complementarmente, a carga de treinamento é constituída pela relação entre a carga
externa de treinamento (CET) e interna de treinamento (CIT) (IMPELLIZZERI;
RAMPININI; MARCORA, 2005). Entende-se por CET a qualidade, quantidade e
periodização do treinamento. É expressa pela prescrição da sessão de treino, ou seja, a
36
duração, metragem, número de séries, repetições, velocidade, intensidade, peso a ser superado
e complexidade do exercício (IMPELLIZZERI et al., 2005; NAKAMURA; MOREIRA;
AOKI, 2010). Por outro lado, a CIT é a quantificação das respostas do organismo em
decorrência do estresse pela carga externa. Essas respostas não podem ser vistas de forma
isolada, mas como uma integração de aspectos fisiológicos e psicológicos e, adicionalmente, a
carga interna é utilizada como parâmetro para ajuste da carga externa.
Tendo em vista os conceitos de carga de treinamento, é relevante considerar também
seus efeitos, pois os resultados obtidos em função do treinamento são respostas do organismo
frente à carga (ISSURIN, 2016). Dessa forma, (ISSURIN, 2018) propõe cinco efeitos da carga
de treinamento: a) efeito agudo que concebe as alterações que ocorrem durante a execução do
exercício; b) efeito imediato que reflete as alterações que resultam de uma sessão ou um dia
de treinamento; c) efeito acumulado, ou seja, as alterações que ocorrem no organismo e nível
de capacidades físicas em função de uma série de treinamentos; d) o efeito retardado, o qual
se refere à soma de alterações no organismo, capacidades motoras e as técnicas aprendidas
após um intervalo de treinamento consistente e específico e por fim, e) o efeito acumulativo
que é a retenção das alterações conseguidas depois que cessa o treinamento.
A teoria do planejamento esportivo aponta a necessidade de manipular as cargas de
treinamento com o objetivo de obter incrementos no desempenho e alcançar os resultados
esportivos desejados. Para tanto, são necessárias estruturações e planificações do treinamento
em períodos ou etapas (BOMPA; HAFF, 2012; LA ROSA, 2009) e, deste modo, a
periodização pode ser conceituada como o plano e a estrutura do treinamento, que tem como
objetivo alcançar o máximo desempenho (pico) por meio da potencialização dos aspectos
funcionais, biomotores e psicológicos.
De maneira geral, a organização do treinamento é dividida em três períodos distintos
de treinamento, cada um com seus objetivos delineados: macrociclo, mesociclo e microciclo,
que representam, respectivamente, maior período de treinamento (12 a 52 semanas); período
médio de treinamento (30 a 60 dias) e menor período de treinamento (7 a 14 dias) (IDE;
LOPES; SARRAIPA, 2010; MONTEIRO; LOPES, 2009). Pode-se afirmar que o microciclo
é uma das estruturas mais importantes do planejamento do treinamento, pois organiza e
assegura a coerência das cargas ao longo de uma sequência determinada de sessões de treino
(IDE et al., 2010; MONTEIRO; LOPES, 2009). A estrutura e o conteúdo de cada microciclo
apresentam características diferentes de acordo com o objetivo do treinamento naquele
37
período (BOMPA, 2004; BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009; GOMES; ZAKHAROV,
2003; IDE et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009).
A literatura sobre o treinamento esportivo (BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009;
IDE et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009) apresenta a seguinte
classificação de microciclos, conforme descrito na tabela 2:
Tabela 2. Classificação de microciclos
Tipo de microciclo Cargas correspondentes Choque 80 - 100% da carga máxima Ordinário / Desenvolvimento 60 - 80% da carga máxima Estabilizador 40 - 60% da carga máxima Regenerativo / Recuperativo 10 - 30% da carga máxima Adaptado de BOMPA; HAFF (2012)
Entre as diversas classificações de microciclos, verificam-se os microciclos de choque
e recuperativo. Um microciclo de choque é caracterizado por predominância de cargas
máximas ou próximas das máximas, podendo ser considerado como um overreaching
planejado (funcional) ou carga concentrada (BOMPA; HAFF, 2012). Nessa estrutura são
aplicadas cargas de treinamento que variam entre 80%-100% das cargas máximas com o
objetivo de proporcionar um estímulo saturado que elevará o nível de preparação do atleta nos
blocos de treinamento subsequentes (BOMPA; HAFF, 2012; GOMES, 2009; LA ROSA,
2009). Este tipo de carga resulta em um alto nível de fadiga acumulada causada por alterações
fisiológicas e psicológicas (MUJIKA, 2012).
O microciclo recuperativo tem por objetivo principal a restauração dos aspectos
fisiológicos e psicológicos e assegurar os efeitos da supercompensação (GOMES, 2009; IDE
et al., 2010; LA ROSA, 2009; MONTEIRO; LOPES, 2009). A administração da fadiga é
fundamental no processo de treinamento, pois o incremento em preparação e desempenho
ocorre quando a fadiga é dissipada, reduzindo os impactos fisiológicos e psicológicos das
cargas anteriores (MUJIKA, 2012). Assim, preconiza-se que o microciclo recuperativo seja
incorporado durante o período preparatório, após cargas de choque, na proporção de 3:1 ou
4:1, ou seja, a cada três ou quatro microciclos de estímulo seja implementado um microciclo
recuperativo para garantir a homogeneização das cargas (BOMPA; HAFF, 2012). Assim,
durante a terceira ou quarta semana deve ser realizado o microciclo de regeneração, com
38
cargas entre 10% e 30% das cargas máximas. Durante o período competitivo, essas estruturas
podem ser utilizadas entre as etapas de competição para atenuar o estresse fisiológico e
psicológico. As variáveis a serem reduzidas durante essa fase do treinamento são a
intensidade, volume, frequência ou suas combinações (GOMES, 2009; TURNER, 2011).
Outra estrutura do macrociclo, em que há redução de cargas, é a fase de polimento ou
taper. O polimento é uma redução não linear progressiva da carga de treinamento durante um
período de tempo que ocorre antes de uma competição. Os objetivos são a redução da fadiga
fisiológica e psicológica acumuladas durante o treinamento, com o intuito de acentuar as
adaptações obtidas durante as fases preparatórias e a elevação do desempenho para uma
competição específica (MUJIKA, 2012).
Tendo em vista estas duas estruturas com objetivos semelhantes, verifica-se que o
polimento se diferencia do microciclo recuperativo em função da sua duração, manipulação
de carga e período do treinamento. O microciclo recuperativo apresenta redução brusca da
carga de treinamento, com distribuição constante, entre 30% e 10% da carga total, com
duração de 7 dias e durante o período preparatório (MUJIKA, 2012). Por sua vez, o
polimento apresenta possibilidade de redução progressiva e sistemática das cargas de
treinamento, podendo ser linear ou exponencial (lenta ou rápida) (HOUMARD, JOSEPH A,
1991; MUJIKA, IÑIGO, 2012). Adicionalmente, o polimento ocorre antes de uma
competição específica, compreendendo entre 6 a 21 dias (HOUMARD, JOSEPH A, 1991;
MUJIKA, 2012; MUJIKA; PADILLA, 2003). Em um estudo de metanálise, com 72 estudos
incluídos, Bosquet et al. (2007), sugerem que o tipo de redução de carga de pode influenciar o
resultado da estratégia de polimento, em função de ser uma única redução linear ou
exponencial. Os autores verificaram que o polimento, durante duas semanas e com redução
exponencial de volume em 41-60% parece ser a estratégia mais eficaz para maximizar os
ganhos de desempenho. As diferenças entre os tipos de treinamento reduzidos são
apresentadas na figura 5.
39
Figura 5. Tipos diferentes de redução de carga
Adaptado de Mujika e Padilla (2003)
Importante salientar que a redução da carga de treinamento é fundamental para que os
atletas se sintam recuperados antes de grandes eventos sem prejuízo no desempenho. Tendo
isso em vista, estudos (BOSQUET et al., 2007; MUJIKA, 2010; MUJIKA; PADILLA, 2003;
THOMAS; BUSSO, 2005) têm sugerido que para não ocorrer risco de destreinamento
durante o polimento, a redução da carga de treinamento deve ser somente realizada em
relação ao volume, ao contrário da intensidade, que deve ser mantida. De fato, o volume de
treinamento pode ser acentuadamente reduzido sem um impacto negativo no desempenho dos
atletas, enquanto que treinar em altas intensidades durante o polimento pode desempenhar um
papel fundamental para induzir adaptações e incrementos de desempenho (MUJIKA,
2010;2012; MUJIKA; PADILLA, 2003).
1.3.2. Aspectos fisiológicos e psicológicos da recuperação e seu monitoramento
O monitoramento do estresse e recuperação é a chave para proporcionar saúde e
aumento de desempenho aos atletas, pois, tanto o estresse psicológico, quanto físico
proporcionado por altas cargas (volume e intensidade) são acompanhadas por altos níveis de
catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que causam distúrbios e influenciam a modulação
do sistema imune. Atletas podem apresentar maior suscetibilidade ao desenvolvimento de
infecções leves, principalmente àquelas relacionadas ao trato respiratório superior
40
(ANTUNES et al., 2017; CÓRDOVA MARTÍNEZ; ALVAREZ-MON, 1999). Estudos
(LEANDRO et al., 2002; ROSA; BICUDO; VAISBERG, 2002) sugerem que períodos de
treinamento intensificados podem causar cenários de imunossupressão, evidenciados pela
redução no número de células imune (neutrófilos, células natural killer e linfócitos).
É possível que etapas adequadas de recuperação possam reverter o quadro de
imunossupressão por meio de reduções dos níveis de catecolaminas e cortisol após as cargas
intensas (MEYER, TIM et al., 2004). No entanto, os estudos são inconclusivos, ressaltando a
necessidade de mais estudos que avaliem imunossupressão em decorrência do treinamento,
assim como efeitos de cargas reduzidas de recuperação sobre o sistema imune (MUJIKA,
2012).
Coutts et al. (2007) apontam que após quatro semanas de treinamento intensificado, a
contagem de células imunes permaneceu inalterada em dezesseis atletas classificados com
overreaching funcional. Os autores sugerem outras medidas do sistema imunológico, como a
glutamina plasmática, razão glutamina e glutamato, imunoglobulina salivar A e as
concentrações de citoquinas podem ser marcadores mais sensíveis ao treinamento
intensificado. A concentração de glutamina plasmática tem sido sugerida como um possível
indicador de estresse devido ao treinamento excessivo, pois baixos níveis de concentração de
glutamina plasmática têm sido observados em atletas em situação de overreaching não
funcional (CUNHA; RIBEIRO; OLIVEIRA, 2006).
A razão testosterona e cortisol (T:C) têm sido apresentada como marcador de estresse
ao treinamento, representando o equilíbrio entre a atividade anabólica e catabólica (CUNHA
et al., 2006; LUCCIA et al., 2018). Os achados sobre este tema sugerem que a testosterona
(total e livre) é reduzida durante períodos de treinamento intenso, enquanto os níveis de
cortisol tendem a ser elevados (LEHMANN et al., 2010; LUCCIA et al., 2018). Essas
mudanças resultam em um declínio significativo na proporção circulante de testosterona e
cortisol (T:C). Por outro lado, quando os períodos de recuperação são incorporados no ciclo
de treinamento, a relação é elevada. Por consequência, a proporção de testosterona é maior
que o cortisol, evidenciado os ajustes realizados pelo organismo para um estado hormonal
mais anabólico (LEHMANN et al., 2010).
No entanto, verifica-se que não tem sido identificado um único marcador eficiente
para o monitoramento do estresse e recuperação, pois, aspectos fisiológicos demandam
elevado tempo para fornecer respostas e apresentam custos elevados para sua análise
41
(COUTTS et al., 2007; NICOLAS et al., 2016). Nesse sentido, Coutts et al. (2007) sugerem
que parâmetros bioquímicos e fisiológicos não são sensíveis aos estágios iniciais de
overreaching e para identificar estados de recuperação. Por outro lado, a utilização de
instrumentos psicométricos apresenta baixo custo e pode fornecer resultados em menor
tempo. A literatura (KELLMANN et al., 2009; KEMPTON; CROWCROFT; COUTTS,
2017; LEHMANN et al., 2010; NICOLAS et al., 2016) tem sugerido a utilização de
instrumentos psicométricos para mensurar as repostas psicofisiológicas e experiências
subjetivas de recuperação e estresse, contribuindo para o monitoramento contínuo do
treinamento e desempenho. Diversos estudos tem mensurado as percepções de estresse,
recuperação, sono e estados de humor (NOGUEIRA et al., 2015).
Nessa perspectiva, deve-se considerar que nos esportes, nos seus variados níveis de
rendimento, as altas demandas e fatores de estresse dentro e fora do ambiente esportivo
podem influenciar o processo de treinamento – recuperação. O estresse é considerado um dos
fatores preponderantes para o desempenho e pode ser definido como uma desestabilização no
sistema biológico e psicológico, proveniente de fontes internas e externas. É caracterizado
pela relação entre as demandas e a capacidade de resposta ou enfrentamento (KELLMANN et
al., 2009; RÉ; JUNIOR; BOHME, 2008).
Durante o treinamento o estresse é induzido pela soma de estímulos fisiológicos e
psicológicos. Apesar do alto volume de treinamento também se apresentar como um agente
estressor verifica-se que a intensidade é o contribuinte primário, de forma que, quanto maior a
intensidade, maior será a magnitude do nível de estresse (BOMPA; HAFF, 2012).
Paralelamente, os aspectos de estresse externos ao ambiente esportivo são causadas por vários
fatores não-fisiológicos resultantes da forte publicidade do esporte, da estrutura combinada
das competições (viagens frequentes, estada em hotéis, reivindicações dos patrocinadores,
eventos de imprensa), ambiente escolar, trabalho e relações entre os colegas de equipe,
comissão técnica e família (MEYER, T, 2010).
Diversos questionários têm sido propostos para monitorar o estresse com destaque
para o Daily Analyses of Life Demands for Athletes (DALDA) proposto por RUSHALL
(1990) e o Recovery-Stress Questionnaire for Athletes (RESTQ-76 Sport) proposto por
(KELLMANN et al., 2009). Nesse sentido, estudos (FREITAS et al., 2013; MOREIRA;
CAVAZZONI, 2009) têm sido realizados com o DALDA para estabelecer relações entre
estresse, respostas imunológicas, desempenho e saúde. No estudo realizado por MOREIRA et
42
al. (2010), os autores reforçam a importância do monitoramento para aperfeiçoar o processo
de treinamento, pois foi observado que a carga de treinamento pode afetar a tolerância ao
estresse. Outro instrumento, o RESTQ-76 Sport tem sido proposto para monitorar os eventos
potencialmente estressantes e de recuperação, assim como suas consequências subjetivas das
últimas três noites. Brink et al. (2012) sugerem que instrumentos psicométricos como o
RESTQ-76 Sport podem ser úteis para monitorar tanto a relação estresse-recuperação, quanto
identificar sinais de overreaching em seus estados iniciais.
No entanto, apesar da reconhecida efetividade no monitoramento, o questionário é
demasiadamente longo, o que dificulta a praticidade do instrumento durante a rotina de
treinamento e, além disso, alguns estudos tem sugerido que somente algumas escalas podem
refletir os níveis de estresse-recuperação (NICOLAS et al., 2016; NOGUEIRA et al., 2015).
Em vista dessa limitação, uma versão reduzida do instrumento (RESTQ-36-R-Sport), com 36
perguntas, foi desenvolvida e evidências de sua utilização têm sido providas em estudos
recentes (HITZSCHKE et al., 2017; NICOLAS et al., 2016)
O estresse pode ter efeitos positivos ou negativos dependendo da magnitude, a
capacidade de lidar com o agente estressor (coping) e a disponibilidade de recuperação
(KELLMANN et al., 2009). Este fato corrobora com os resultados do estudo de Moreno et al.,
2015 que indicaram diferenças individuais nos padrões de comportamento relacionados à
recuperação, utilizando o Total Quality Recovery Scale (TQR) e variabilidade de frequência
cardíaca em atletas de basquete ao longo de uma temporada. Os autores denotam que nem
todos os atletas exibem a mesma relação entre comportamentos de recuperação, sugerindo
diferenças individuais nas necessidades de recuperação e capacidade de respostas ao estresse.
Qualidade de sono e os estados de humor podem ser sensíveis às variações de carga de
treinamento (JÚLIO et al., 2017; ROHLFS et al., 2008; ZANETTI; MACHADO, 2016).
ESTEVES et al. (2015) analisaram a qualidade de sono em atletas paralímpicos, portadores de
deficiência visual e física, das modalidades de natação e atletismo. Os resultados apontaram
má qualidade de sono nessa população, com aumento da latência de sono. Os autores sugerem
que estes achados possam estar relacionados com períodos pobres de recuperação.
(MARQUES; BRANDÃO, 2010) analisaram vinte nadadores durante um macrociclo
de treinamento e encontraram associação entre o volume, percepção de fadiga e de percepção
subjetiva de esforço. Os autores concluíram que os incrementos de volume são acompanhados
por maior percepção de fadiga e percepção subjetiva do esforço. Em contrapartida, o estado
43
de vigor tende a aumentar quando há redução de volume. No entanto, embora o POMS
(Profile of Mood States) seja um instrumento frequentemente utilizado, Kellmann et al.
(2009) sugerem que o instrumento seja superficial para analisar o processo de recuperação,
por não refletir os aspectos multidimensionais e analisar apenas modificações no estado de
humor e fadiga.
1.4. Revisão Sistemática
Conforme mencionado anteriormente, o processo de revisão de literatura realizado
para compor a perspectiva teórica deste estudo, buscou verificar o grau de desenvolvimento
do conhecimento sobre o fenômeno recuperação e aprofundar a compreensão a respeito da
temática. Nesse sentido, a revisão de literatura faz parte de todos os tipos de investigação e
constitui, por si só, um trabalho de pesquisa que envolve a análise, avaliação, integração e
síntese da literatura publicada (SAMPIERI et al., 2013; THOMAS; NELSON;
SILVERMAN, 2012). No entanto, entre os diversos tipos de revisão de literatura, a revisão
sistemática se destaca por se tratar de um tipo lógico de pesquisa que resulta em
sumarizações, sínteses e conclusões válidas, configurando-se como uma investigação
criteriosa (OLIVEIRA et al., 2003; PACKER, ABEL LAERTE; TARDELLI; CASTRO,
2007; THOMAS, et al., 2012).
Assim como em uma investigação primária, a revisão sistemática requer rigor para
aplicação de métodos sistematizados que envolvem a coleta, análise e interpretação de dados.
A condução de uma revisão sistemática consiste de planejamento prévio, na tentativa de
agrupar evidências empíricas (estudos) que se encaixem em critérios de elegibilidade pré-
especificados. Previamente ao início do processo de uma revisão sistemática, as pesquisas de
escopo emergem como uma necessidade para que se possa ter adequada compreensão do
fenômeno e a partir desta formular a pergunta de estudo, o que constitui uma das decisões
mais importantes. A definição da pergunta da revisão sistemática consiste em determinar seu
foco e definir claramente o que a investigação pretende responder (CHERRY; DICKSON,
2017; HIGGINS; GREEN, 2008; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017). Nesse sentido, a
literatura (CHERRY; DICKSON, 2017; GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015;
OLIVEIRA, E. F. B. D. et al., 2003) propõe que os problemas de pesquisa em uma revisão
sistemática, sejam decompostos e a seguir organizados utilizando-se a estratégia PICO que
representa um acrônimo para População, Intervenção, Comparação e “Outcomes” (desfecho).
44
Estes itens são fundamentais para a construção da pergunta de pesquisa e norteadora para o
protocolo de busca bibliográfica, pois questões bem formuladas evitam a realização de buscas
desnecessárias e orientam muitos aspectos do processo de revisão, incluindo a determinação
dos critérios de elegibilidade, a estratégia de busca de estudos, a coleta de dados dos estudos
incluídos e a apresentação dos resultados (HIGGINS; GREEN, 2008; PACKER, ABEL L et
al., 2014; PILKINGTON; HOUNSOME, 2017).
Em resumo, a revisão sistemática deve detalhar explicitamente todos os critérios e
procedimentos adotados para busca, inclusão, exclusão e extração dos dados (OLIVEIRA, et
al., 2003; THOMAS, et al., 2012). Sob essa perspectiva, Pilkington e Hounsome (2017)
sugerem as seguintes etapas para realizar uma revisão sistemática: 1) Planejamento da
revisão; 2) Pesquisas de escopo, formular a pergunta da revisão e delimitar o protocolo; 3)
Buscas de literatura; 4) Triagem de títulos e resumos; 5) Seleção de documentos completos;
6) Extração de dados; 7) Análises e sínteses e 8) Redação da comunicação dos resultados
encontrados.
Apesar de metodologias de revisões sistemáticas serem bem aceitas e consideradas
legítimas como processo de pesquisa desde a década de 1990 (DICKSON; CHERRY;
BOLAND, 2017), ainda há dúvidas relacionadas ao fato de que uma revisão sistemática possa
ser muito grande e complexa para constituir um mestrado; ou que talvez as revisões
sistemáticas não sejam apropriadas para estudos qualitativos; ou até mesmo se uma revisão
sistemática pode ser considerada uma forma legítima de pesquisa. No entanto, o que se
observa é justamente o quadro oposto, pois as revisões sistemáticas são consideradas um
componente crítico do desenvolvimento da prática baseada em evidências (DICKSON et al.,
2017; PULJAK; SAPUNAR, 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016) e,
adicionalmente, muitos programas de mestrado internacionais têm encorajado seus estudantes
a conduzir revisões sistemáticas, pois é amplamente reconhecido que esta abordagem à
pesquisa permite aquisição e compreensão de diferentes métodos de pesquisa e desenvolvam
habilidades para identificar, aprovar e sintetizar descobertas de pesquisas; além do fato de que
esse processo pode oferecer a oportunidade de aprendizado de habilidades, tanto como
revisor, quanto como pesquisador (DICKSON et al., 2017; OLSSON; RINGNÉR;
BORGLIN, 2014; PULJAK; SAPUNAR, 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016).
Ao investigar a aceitação dos programas de pós-graduação em biomedicina europeus
em relação às teses de doutorado baseadas em Revisão Sistemática, Puljak e Sapunar (2017)
45
observou que em 47% dos programas entrevistados, as Revisões Sistemáticas constituem um
desenho de estudo aceitável para a tese de doutorado. Nesse sentido, Christian e Palokas
(2018) destacam que esse desenho de estudo tem sido cada vez mais apoiado nos programas
de Mestrado e Doutorado em Enfermagem nos Estados Unidos (EUA), pois a realização de
uma revisão sistemática utiliza um método rigoroso e transparente para fornecer uma síntese
imparcial de múltiplos estudos para responder a uma questão prática e envolve todas as
competências práticas baseadas em evidências: tomada de decisões clínicas, o pensamento
crítico, a identificação de problemas e a mensuração de resultados. Dessa forma, os autores
sugerem que há vantagens, em relação à experiência e aprendizado de habilidades essenciais,
para alunos de pós-graduação que participam de procedimentos de revisões sistemáticas.
Quanto ao fato da necessidade de desenvolver protocolos com a coleta de ensaios clínicos
randomizados (ECRs), algo muito enfatizado pela Colaboração Cochrane, alguns estudos têm
sugerido a realização de revisões sistemáticas que sejam conduzidas de formas não
tradicionais que vão além do processo sistemático da Cochrane, com objetivo de encontrar
novas maneiras de fornecer uma avaliação mais rigorosa de outros tipos de desenhos de
estudos (DICKSON et al., 2017; TEN HAM-BALOYI; JORDAN, 2016).
46
CAPÍTULO 2 - JUSTIFICATIVA, PERGUNTA DO ESTUDO, OBJETIVOS E
HIPÓTESES.
2. JUSTIFICATIVA E PERGUNTA DO ESTUDO
A análise de literatura faz parte de todos os tipos de pesquisa e constitui a análise,
avaliação e integração da literatura publicada, ou seja, a síntese de pesquisa. No entanto, uma
síntese de pesquisa não deve ser vista como um resumo organizado de alguma temática, mas
sim como uma pesquisa estruturada, analítica e crítica que objetiva levar conclusões
específicas pautadas em evidências que permitam considerar as intervenções práticas mais
adequadas. Adicionalmente, Olsson et al. (2014) sugerem que realizar uma investigação
sistemática da literatura é um empreendimento acadêmico altamente qualificado que requer
conhecimento abrangente de metodologias de pesquisa e habilidades analíticas.
Esse levantamento sistemático da literatura se justifica pelo fato de que, atualmente,
verifica-se um enorme crescimento exponencial do volume de produções científicas
relevantes, sendo os resultados distribuídos por muitas publicações em relatórios e revistas
(big data). No entanto, os estudos usam uma variedade de métodos, com qualidade variável e
com possibilidades de apontarem achados contraditórios, o que dificulta a tomada de decisões
pautadas em evidências (FAGUNDES; MACEDO; FREUND, 2017; SCHROEDER, 2018).
Essas avaliações únicas e estudos isolados possibilitam a adição à base de conhecimento, mas
raramente são definitivos, pois frequentemente se encaixam em investigações em contextos
muito específicos (SUTTON et al., 2000).
Assim, a proposta de se realizar uma revisão sistemática da literatura como método de
investigação tem o intuito de permitir o agrupamento do resultado de vários estudos e facilitar
o processo de tomada de decisões acerca da recuperação no contexto esportivo, de modo que
possa contribuir também com a prática de treinadores, preparadores físicos e atletas durante o
processo de treinamento. Adicionalmente, Dickson et al. (2017) sugerem que executar uma
revisão sistemática como dissertação de mestrado pode configurar uma estratégia importante
no processo de formação por possibilitar o desenvolvimento de habilidades de pesquisas
como conhecimentos específicos para a realização de levantamento de literatura, síntese e
interpretação de dados de maneira sistemática.
Em vista disso, ao realizar o levantamento para a presente investigação, foi possível
observar que elevado número de pesquisas tem-se atentado aos estímulos de treinamento,
47
porém as estratégias que objetivam promover recuperação se constituem os itens menos
compreendidos do processo, apesar de a maioria das adaptações induzidas pelo exercício
ocorrerem durante esta etapa (BISHOP et al., 2008; MEYER, T, 2010). Nesse sentido,
atuando nessa lacuna da literatura, uma recente revisão sistemática realizada por Ortiz Jr et al.
(2018), teve como objetivo examinar a efetividade de estratégias de recuperação ativas,
conduzidas após o exercício, no desempenho de atletas. No entanto, o fenômeno
“recuperação” é mais complexo e envolve uma gama maior de fases, desfechos, métodos e
meios de recuperação (BISHOP et al., 2008; HEIDARI et al., 2018; JEFFREYS, 2005;
KELLMANN et al., 2018; MEYER, TIM et al., 2014) que não foram objeto de investigação
do estudo citado. Adicionalmente, foram observadas limitações no método do estudo, pois a
revisão foi conduzida com restrição de data e idioma, fato que pode impactar negativamente
na sensibilidade da busca e resultar em estudos relevantes que não foram incluídos. Dessa
forma, se faz necessário um levantamento sistemático da literatura com objetivo de
aprofundar a compreensão, sintetizar e analisar os estudos sobre as estratégias de recuperação
no contexto esportivo. Portanto, a pergunta da presente investigação é: Quais são as
estratégias de recuperação e suas respectivas respostas no esporte?
2.1. OBJETIVOS
2.1.1. Objetivo geral
O objetivo da presente investigação foi realizar o levantamento de literatura de forma
sistemática com o propósito de identificar as estratégias de recuperação e suas respectivas
respostas no contexto esportivo.
2.1.2. Objetivos específicos
1. Realizar o levantamento de dados referentes a protocolos de recuperação;
2. Verificar qual estratégia de recuperação os estudos apontam como eficaz
2.2. HIPÓTESE
2.2.1. Hipótese geral
A hipótese geral desta investigação foi que o levantamento da literatura resulte em
dados sobre as estratégias, meios e desfechos de recuperação no contexto esportivo.
48
2.2.2. Hipóteses específicas
1. Os valores de carga utilizados durante a fase de treinamento recuperativo são de
aproximadamente 10 e 40%.
2. Estratégias que utilizem a imersão em água sejam as mais reportadas;
49
CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODO.
3. MÉTODO
O presente estudo utilizou como método de investigação a síntese de pesquisa por
meio de revisão sistemática da literatura, adotando os procedimentos propostos por Boland,
Cherry e Dickson (2017) e tem como propósito localizar, avaliar e sintetizar as evidências
disponíveis relacionadas aos processos de recuperação e seus respectivos efeitos no
treinamento esportivo.
3.1. Materiais
Em frente ao amplo volume de dados disponíveis (big data), torna-se um desafio
gerenciar de forma eficaz a quantidade de informações e dessa forma, durante a realização de
uma revisão sistemática, o revisor pode recorrer a vários dispositivos, ferramentas ou
programas computacionais, como gerenciadores de referência bibliográfica que podem
auxiliar a armazenar e organizar informações coletadas nas bases de dados (BRUNTON;
THOMAS, 2017; DUONG, 2010). Por esse motivo, durante o planejamento da presente
investigação optou-se por utilizar o software EndNote X9® para realizar o armazenamento e
triagem das referências levantadas. Em seu estudo comparativo com outros gerenciadores
bibliográficos, Yamakawa et al. (2014) relatam que o EndNote® é o software com mais
recursos e praticidade, pois há opções específicas para detectar referências duplicadas, realizar
buscas internas de dados bibliográficos e gerenciamento do dados bibliográficos.
Adicionalmente para a mesma etapa de triagem, foi adaptado o formulário de triagem
com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão para identificação de estudos relevantes à
questão da presente revisão e potencialmente elegíveis para inclusão, proposto por Dundar e
Fleeman (2017a). Para a etapa de extração dos dados também foi criado um formulário
adaptado do modelo Data Extraction Template for Included Studies, versão 1.8, dividido em
sete partes com intuito de capturar informações relevantes sobre os estudos incluídos e seus
resultados. Este template foi desenvolvido pela Cochrane Consumers & Communication
Review Group e disponibilizado para pesquisadores e autores de revisões sistemáticas
(COLLABORATION, 2016). Para adequada utilização e possíveis ajustes dos formulários de
50
triagem e de extração de dados foi realizado um procedimento piloto com 30 estudos,
conforme referido por Dundar e Fleeman (2017a).
3.2. Delineamento do Estudo
No presente estudo, durante o planejamento das etapas, foi realizada a identificação de
possíveis colaboradores (revisores) e softwares para executar as tarefas da revisão. Foram
realizadas pesquisas de escopo sobre a temática com o intuito de aprofundar a reflexão em
relação à área de interesse, ou seja, a recuperação no esporte. A busca de escopo permitiu a
formulação da pergunta da revisão e delimitações no protocolo, como as bases de dados,
eleição das palavras-chave e determinar os critérios de inclusão e exclusão. Em seguida,
foram realizadas as coleta dos estudos e a buscas nas bases de dados e o armazenamento das
referências por meio de um software gerenciador de referências. A triagem foi realizada por
dois revisores de forma independente, com o intuito de examinar e selecionar estudos por
meio dos critérios de inclusão e exclusão. Durante esta etapa, o protocolo da presente
pesquisa foi registrado na base de dados PROSPERO (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/)
sob o número CRD42018100815 (ANEXO II), com o objetivo de garantir a transparência no
processo de revisão e evitar o viés de relatório, que implica em diferenças entre os métodos
planejados no protocolo registrado e os que seriam relatados em uma possível publicação.
Com os estudos incluídos, foi realizada a extração de dados com o auxílio de um
formulário previamente confeccionado que auxiliará a identificação e extração dos dados
relevantes com propósito de sumarizar os resultados dos estudos. Foram extraídos dados das
amostras avaliadas, protocolos de fadiga, protocolos de recuperação, medidas avaliadas e
desfechos relacionados às estratégias de recuperação no esporte. Devido à heterogeneidade
dos desenhos dos estudos e protocolos utilizados, não foi possível realizar síntese quantitativa
dos dados (metanálise) e portanto, foi realizada uma análise qualitativa das intervenções e
desfechos observados. O desenho do estudo é detalhado na figura 6:
51
Figura 6. Delineamento das etapas do estudo
3.3. Pesquisa de Escopo, Pergunta do Estudo e Delimitação do Protocolo
Pilkington e Hounsome (2017) sugerem que a realização de buscas de escopo é
adequada para verificar a possibilidade de uma revisão sobre a temática e possibilitar uma
visão sobre o volume e tipo de evidências disponíveis na literatura. Uma vez que foi
determinada a temática do estudo, o próximo passo consistiu realizar uma busca de escopo
preliminar da literatura. A busca de escopo foi realizada nas bases de dados PubMed,
SportDiscus, MedLine e Sicelo, entre 26/10/2017 e 05/4/2018, utilizando a opção de busca
avançada, com os operadores booleanos “AND” e “OR” e as palavras-chave em inglês:
(Sports OR Athletes OR sport OR Athlete OR Athletics OR Athletic) AND (regenerative
training OR Regeneration Regimens OR Regeneration Period) AND (fatigue OR muscle
fatigue OR Exhaustion OR Supercompensation OR Recovery).
Na busca de escopo foram encontradas 121 evidências. Em seguida foi realizada a
aplicação dos critérios de inclusão previamente definidos: a) Estudos que abordassem
modalidades esportivas; b) Estudos que analisassem períodos de recuperação dentro das
unidades de treinamento; c) Estudos que abordassem os efeitos das estratégias de recuperação.
Foram excluídas as evidências que atenderam aos seguintes critérios de exclusão: a) Estudos
que avaliassem somente a aplicação de suplementação; b) Estudos que abordassem lesões e
52
patologias; c) Estudos que abordassem reabilitação; d) Estudos que abordassem condições de
recuperação entre as séries de exercícios; e) Estudos de revisão.
Após a aplicação dos critérios, foram incluídos 20 estudos que foram submetidos à
análise do conteúdo. Complementarmente aos estudos encontrados foram consultadas as listas
de referências dos artigos incluídos, assim como também outros artigos e livros (literatura
cinzenta) sobre a temática, que foram utilizados para aprofundar o conhecimento, delimitar o
tema e refinar os procedimentos e estratégias da revisão. Essas fontes de dados são
enquadradas dentro da “grey literature” (literatura cinzenta), ou seja, evidências não
controladas por publicações comerciais (DUNDAR; FLEEMAN, 2017b) mas se constituem
importantes e cabíveis de serem consultadas. Importante salientar que durante as buscas de
escopo foram realizadas consultas na base de dados da PROSPERO com o intuito de garantir
a inexistência de uma revisão concluída ou em andamento com a mesma temática.
Para auxiliar a construção da questão norteadora do estudo foi utilizada a estratégia
PICO, que representa o acrônimo para População, Intervenção, Comparação e Outcomes
(desfecho) (HIGGINS; GREEN, 2008; THOMAS et al., 2012). Dessa forma, a busca de
escopo auxiliou para que houvesse melhor compreensão do assunto e, em seguida, foram
definidos a população (atletas e praticantes de modalidades esportivas), intervenção (meios e
métodos de recuperação no processo de treinamento) e desfecho (melhora das capacidades
relacionadas ao desempenho). Não foi utilizado o Item “Comparação”, pois na presente
revisão, pois não foi definida uma intervenção padrão ou mais recorrente para que fosse
realizada a comparação entre os estudos. Adicionalmente, devido ao objetivo de contemplar o
levantamento das estratégias de recuperação no processo de treinamento, as diversas
intervenções e delineamentos inviabilizariam a comparação. As descrições dos itens da
estratégia PICO são apresentadas na tabela 3.
Tabela 3. Itens da Estratégia PICO Itens PICO DESCRIÇÃO POPULAÇÃO Atletas ou praticantes de modalidades esportivas
INTERVENÇÃO Estratégias e métodos de recuperação pós-exercício; a recuperação como unidade de treinamento; redução da carga de treinamento.
COMPARAÇÃO --
OUTCOMES Efeitos da recuperação em parâmetros fisiológicos, psicológicos e no desempenho
53
A pergunta do estudo “Quais são as estratégias de recuperação e suas respostas no
esporte?” é justificada pelo fato de que o alvo da revisão foi a fase de recuperação após as
sessões ou durantes os dias ou semanas de treinamento, que permitam ao atleta a dissipação
de fadiga para ocorrência de recuperação, incremento de desempenho ou supercompensação.
A pergunta buscou um levantamento de diversos tipos de delineamentos direcionados a
recuperação no processo de treinamento esportivo, assim como a compreensão sobre os
efeitos dessas intervenções.
3.3.1. Definição das bases de dados e eleição das palavras-chave
A definição das bases de dados foi realizada em função da relevância do escopo destas
à temática e pergunta de estudo. Foram definidas as bases de dados:
a) Embase: base de dados da Elsevier, a maior editora de literatura médica no
mundo. A Embase é a maior base de dados de informações biomédicas e farmacologia
disponível atualmente que incluí todo conteúdo da Medline e mais 2000 revistas não
indexadas na Medline (EMBASE, 2018)
b) Portal BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), coordenada pelo Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, também conhecido pelo seu
nome original Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e composta por diversas bases de
dados (entre elas LILACS e MEDLINE, IBECS, CUMED, etc.) bibliográficas em ciências da
saúde dos países latino americanos e caribe (SANTOS; PIMENTA; NOBRE, 2007);
c) PubMed/Medline: por se tratar de uma base de dados que contempla ampla
literatura relacionada à área biomédica e ciências da saúde (DUNDAR; FLEEMAN, 2017b);
d) Scielo, uma base de dados coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP), em parceria com a BIREME e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e que abrange uma coleção selecionada
de periódicos científicos brasileiros (EBSCOHOST, 2018).
e) SPORTDiscus (EBSCO): por ser a maior fonte abrangente de estudos nas
ciências do esporte (BVS, 2018);
Quanto à eleição das palavras-chave, Brandau, Monteiro e Braile (2005) sugerem que
vocábulos estruturados são necessários para descrever, organizar e prover acesso à
54
informação e, dessa forma, permitem a recuperação dos documentos científicos identificados
com o termo exato utilizado para descrever seu conteúdo.
Em vista disso, as palavras-chave foram eleitas nos idiomas inglês, espanhol e
português de acordo com os vocábulos próprios de cada base de dados e classificados de
acordo com a estratégia PICO. Os idiomas inglês e espanhol foram escolhidos devido ao fato
de serem amplamente utilizados na publicação científica (PACKER, ABEL LAERTE et al.,
2007) e o idioma português por ser a língua nativa dos autores. Para eleição dos vocábulos
ingleses, nas bases de dados PubMed/Medline, Scielo e Portal BVS foi utilizado os Mesh
(Medical Subject Headings), que são terminologias hierarquicamente organizadas para
indexação e catalogação de informações biomédicas nessa base de dados e outros bancos de
dados da National Library of Medicine (NLM) (BOLAND et al., 2017). Para as buscas em
idioma inglês na Embase e SPORTDiscus foram utilizados respectivamente o Emtree o
Thesaurus. Para as buscas em espanhol e português no portal BVS e Scielo foram utilizados
os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), o qual se trata de um vocabulário estruturado e
trilíngue criado pela BIREME e desenvolvido a partir dos MeSH com o objetivo de permitir o
uso de uma terminologia comum para pesquisa em três idiomas (PETTICREW; ROBERTS,
2006).
As palavras-chave relacionadas à População e Outcome foram definidas de acordo
com os vocabulários indexados nas bases de dados (Mesh Terms, Thesaurus e Decs) nos
idiomas inglês, português e espanhol. Por conta da ausência de termos específicos ao item
Intervenção, ou seja, a recuperação no processo de treinamento; foi realizado levantamento
dos termos mais recorrentes nos estudos relacionados à temática e identificados na busca de
escopo. Esse fato é apontado por OLIVEIRA, et al. (2003) que em seu estudo, sugerem que
novos termos de buscas devem ser acrescentados para acompanhar o desenvolvimento de
diversas especialidades. Conforme mencionado anteriormente, não foi realizada a comparação
entre os estudos, portanto, não foram eleitas palavras-chave para esse item. Na tabela 4 são
apresentadas as palavras-chave para os vocábulos DeCs, Emtree, Mesh e Thesaurus, nos três
idiomas e de acordo com a estratégia PICO.
55
Tabela 4. Classificação das palavras-chave em inglês, espanhol e português de acordo com a estratégia PICO para Mesh Terms, Thesaurus e DeCS
ITENS PICO PALAVRAS-CHAVE EM ESPANHOL (DeCS) População Deportes, Atletas Intervenção Regenerative, Recuperación, Taper, Tapering Comparação -- Outcomes Estrés Psicológico, Fatiga, Fatiga Muscular
PALAVRAS-CHAVE EM PORTUGUÊS (DeCS) População Esportes, Atletas Intervenção Regenerativo, Recuperação, Polimento, Taper Comparação -- Outcomes Estresse Psicológico, Fadiga, Fadiga Muscular
PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (EMTREE)
População Sport, Competitive Sport, Sports, Athletic Performance, Sport Performance, Sports Performance, Athlete, Athletes, Sportsman, Sportsperson, Sportspersons
Intervenção Recovery, regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação --
Outcomes
Physiological Stress, Biologic Stress, Biological Stress, Organismal Stress, Physiologic Stress, Physiological Stress, Physiological Stresses, Stress,
Physiological, Mental Stress, mental stresses, psychic stress, psycho-social stress, psycho-social stresses, psychologic stress, psychological stress,
psychosocial stress, psychosocial stresses, stress, mental, stress, psychologic, stress, psychological, Fatigue, Tiredness, Muscle Fatigue, Muscular Fatigue,
Fatigue, Muscle PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (MESH)
População Sports, Sport, Athletics, Athletic, Athletes, Athlete Intervenção Recovery, regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação --
Outcomes
Psychological Stresses, Stresses, Psychological, Life Stress, Life Stresses, Stress, Life, Stresses, Life, Stress, Psychologic, Psychologic Stress, Psychological
Stress, fatigue, Lassitude, Muscle Fatigue, Muscular Fatigue, Fatigue, Muscular, Fatigue, Muscle
PALAVRAS-CHAVE EM INGLÊS (THESAURUS) População Sports, Athletics, Athletes Intervenção Recovery, Regeneration, Regenerative, Taper, Tapering Comparação Outcomes Stress (Psychology), Physiological stress, Exhaustion, Tiredness, Fatigue
3.3.2. Definição dos Critérios de Inclusão e Exclusão
Os critérios de inclusão e exclusão foram definidos a partir da pesquisa de escopo em
função da relevância e a adequação à temática de pesquisa e relacionados com a estratégia
PICO (CHERRY; DICKSON, 2017; HIGGINS; GREEN, 2008). Nesse sentido, relacionando
ao item “População”, para inclusão na presente revisão os estudos deveriam contemplar em
sua amostra indivíduos atletas ou modalidades esportivas, pois nesse contexto é característica
56
e necessária a progressão gradual da carga de treinamento (BORIN et al., 2008).
Consequentemente, os incrementos de cargas de treinamento levam a estados de exaustão
física e psicológica, sendo necessários períodos adequados de recuperação e regeneração para
garantir as adaptações necessárias ao desempenho atlético (BISHOP et al., 2008).
Adicionalmente, os resultados de estudos de recuperação com participantes não treinados
podem ser limitados por fatores não relacionados à recuperação, como por exemplo, o alto
potencial de adaptação e baixa capacidade destes indivíduos em sustentar altas cargas de
treinamento que proporcionem exaustão física e psicológica, necessários para justificar a
recuperação.
Em relação às intervenções, verificam-se diversidade de fases, estratégias e meios de
recuperação nos esportes (BISHOP et al., 2008; MEYER, et al., 2014; PLATONOV, 2008).
No entanto, a adequada compreensão da eficácia dessas intervenções somente é possível com
uma análise deste contexto, ou seja, a análise da combinação dos resultados de outros estudos,
sobre esta temática e com intervenções semelhantes. Por fim, o último critério foi relacionado
ao item Outcomes (desfecho), pois a investigação acerca da eficácia destas intervenções
compreende também o entendimento dos aspectos fisiológicos, psicológicos e performáticos
subjacentes e decorrentes ao processo de recuperação de atletas submetidos a treinamentos de
alta intensidade. Dessa forma, os critérios para inclusão foram definidos da seguinte forma:
I. Estudos que contemplem modalidades esportivas ou atletas em sua amostra;
II. Estudos que analisem a recuperação no processo de treinamento;
III. Estudos que abordem os efeitos das estratégias de recuperação
Em relação aos critérios de exclusão, foram excluídos os estudos com apenas
desfechos relacionados à dor, pois esse único desfecho não reflete a complexidade do
contexto esportivo, composto pela interação de outras variáveis. Dessa forma, optou-se pela
exclusão destes estudos, pois essas abordagens têm como propósito somente de minimizar
dores e fogem do escopo da presente revisão, que contempla a recuperação como recurso do
treinamento para incrementar o desempenho esportivo. Da mesma forma que o item anterior,
foram observados diversos estudos que investigaram e analisaram diferentes intervalos e
estratégias de recuperação entre as séries de exercícios. Essas intervenções fogem ao escopo
da revisão, pois embora todas as quatro fases de recuperação estejam relacionadas, o principal
interesse deste estudo reside na “recuperação pós-exercício” e no “programa de recuperação”,
57
pois o incremento de condicionamento depende a recuperação adequada após aplicações de
cargas de treinamento que rompam a homeostase e causem estresse físico e psicológico
(BISHOP et al., 2008; BORIN et al., 2008; LA ROSA, 2009; RAVÉ, 2007; ROSCHEL et
al., 2011). Nesse sentido, recuperações de curto prazo estão relacionados à aspectos
metabólicos durante o exercício, com o objetivo de compreender os mecanismos de fadiga
que influenciam o desempenho motor e sugerir razões de esforço e recuperação adequados
para prescrição do treinamento. Dessa forma, a recuperação entre as séries não contempla a
recuperação em uma perspectiva de atenuação da fadiga de um processo de treinamento
(BISHOP et al., 2008).
Estudos que contemplassem apenas intervenções nutricionais e/ou farmacológicas,
foram excluídos, poiso escopo da presente revisão sãos as estratégias de recuperação
utilizadas na sessão de treinamento e com o objetivo de aumentar a especificidade do
levantamento dos estudos e abordar a interação das estratégias nutricionais com as estratégias
pedagógicas, psicológicas e biomédicas (higiênicas e físicas) utilizadas no processo de
treinamento. Foram excluídos estudos que investigaram os parâmetros de recuperação em um
período menor que 24 horas. O critério se justifica pelo fato de que a recuperação é a
totalidade processos que garantem a regulação e restauração do equilíbrio bio rítmico do
organismo em resposta à carga de treinamento. Adicionalmente, a recuperação é considerada
como um processo restaurador multifacetado em relação ao tempo (HEIDARI et al., 2018;
KELLMANN et al., 2018). Portanto, para essa revisão se torna interessante analisar os
estudos que observam os parâmetros de recuperação em um período maior de tempo
considerando um período mínimo de 24 horas (ciclo circadiano). Por fim, também foram
excluídos estudos de revisão também serão excluídos por apresentarem informações que
possivelmente estarão disponíveis em outros estudos originais.
Dessa maneira, foram estabelecidos os seguintes critérios de exclusão:
I. Estudos que abordem lesões, dor, reabilitação ou patologias;
II. Estudos que abordem condições de recuperação entre as séries de exercícios;
III. Estudos de revisão
IV. Estudos que investigaram somente intervenções nutricionais ou farmacológicas
V. Estudos que investigaram os parâmetros de recuperação em um período menor
que 24 horas
58
3.4. Buscas nas bases de dados
As buscas foram realizadas no período entre 01/12/2018 e 12/12/2018 e executadas
nos idiomas inglês, português e espanhol de acordo com as características e possibilidades de
idioma dos vocábulos próprios de cada base de dados. Não foram considerados limites de data
e nenhum filtro para restrição das buscas. Dessa forma, as buscas em inglês foram realizadas
em todas as bases de dados (Embase, Portal BVS, PubMed/Medline, Scielo, e SPORTDiscus)
e por conta da característica da BVS e Scielo, por indexarem periódicos latino americanos,
nestas bases também foram realizadas buscas em Espanhol e Português.
Durante as buscas, houve ajustes para verificar aderência das palavras-chave e
equilibrar a sensibilidade e especificidade da pesquisa. Por essa razão, para as buscas nas
bases de dados LILACS (espanhol) e Scielo (Inglês, Português e Espanhol) optou-se pela
utilização apenas das palavras-chave relacionadas aos itens P e I da estratégia PICO, com
objetivo de aumentar a sensibilidade da pesquisa. Para as demais bases de dados, foram
utilizados os itens P, I e O, com o objetivo de aumentar a especificidade da pesquisa. Optou-
se pela busca avançada e utilizaram-se os operadores booleanos “AND” e “OR” para a
combinação dos descritores e formulação da frase da busca. Não foi utilizado o operador
“AND NOT”, pois não foi definido nenhum termo que poderia ser excluído da pesquisa. A
seguir, na tabela 5, são listadas as estratégias utilizadas para cada base de dados, assim como
o total de estudos levantados:
59
Tabela 5. Estratégias de buscas nas bases de dados EMBASE
Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Emtree Total de estudos levantados: 2605 ('sport'/exp OR 'competitive gymnastics' OR 'competitive sport' OR 'sport' OR 'sports' OR 'athletic performance'/exp OR 'athletic performance' OR 'sport
performance' OR 'sports performance' OR 'athlete'/exp OR 'athlete' OR 'athletes' OR 'sportsman' OR 'sportsperson' OR 'sportspersons') AND ('recovery'/exp OR 'regeneration'/exp OR 'regeneration' OR regenerative OR taper OR tapering) AND ('physiological stress'/exp OR 'biologic stress' OR 'biological stress' OR
'organismal stress' OR 'physiologic stress' OR 'physiological stress' OR 'physiological stresses' OR 'stress, physiological' OR 'mental stress'/exp OR 'mental stress' OR 'mental stresses' OR 'psychic stress' OR 'psycho-social stress' OR 'psycho-social stresses' OR 'psychologic stress' OR 'psychological stress' OR
'psychosocial stress' OR 'psychosocial stresses' OR 'stress, mental' OR 'stress, psychologic' OR 'stress, psychological' OR 'fatigue'/exp OR 'fatigue' OR 'tiredness' OR 'muscle fatigue'/exp OR 'fatigue, muscle' OR 'muscle fatigue' OR 'muscular fatigue')
PORTAL BVS Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 100
(tw:(Sports OR Sport OR Athletics OR Athletic OR Athletes OR Athlete)) AND (tw:(Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering)) AND (tw:(Psychological Stresses OR Stresses OR Psychological OR Stress, Psychologic OR Psychologic Stress OR Psychological Stress OR fatigue OR
Lassitude OR Muscle Fatigue OR Muscular Fatigue OR Fatigue, Muscular OR Fatigue, Muscle)) Resultados por Base MEDLINE (91), IBECS (8), LILACS (1)
Itens PICO: P,I Idioma: Espanhol Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 1468 (tw:(Deportes OR Atletas )) AND (tw:(Regenerative OR Recuperación OR Taper OR Tapering))
Resultados por Base MEDLINE (1261), IBECS (103), LILACS (75), BINACIS (21), CUMED (7), LIS (1) Itens PICO: P,I,O Idioma: Português Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 36
(tw:(Esportes OR Atletas OR Atividades Esportivas OR Desportes OR Desportos)) AND (tw:(Regenerativo OR Recuperação OR Polimento OR Tapering)) AND (tw:(Estresse Psicológico OR Fadiga OR Fadiga Muscular))
Resultados por Base MEDLINE (26), LILACS (8), IBECS (2) PUBMED/MEDLINE
Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Mesh Terms Total de estudos levantados: 2497 ((((((((Sports) OR Sport) OR Athletics) OR Athletic) OR Athletes) OR Athlete)) AND (((((Recovery) OR Regeneration) OR Regenerative) OR Taper) OR
Tapering)) AND ((((((((((((Psychological Stresses) OR Stresses) OR Psychological) OR Stress, Psychologic) OR Psychologic Stress) OR Psychological Stress) OR Fatigue) OR Lassitude) OR Muscle Fatigue) OR Muscular Fatigue) OR Fatigue, Muscular) OR Fatigue, Muscle)
60
SCIELO Itens PICO: P,I Idioma: Inglês Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 193
(Sports OR Sport OR Athletics OR Athletic OR Athletes OR Athlete ) AND (Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering) Itens PICO: P,I Idioma: Espanhol Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 46
(Deportes OR Atletas) AND (Regenerative OR Recuperación OR Taper OR Tapering) Itens PICO: P,I Idioma: Português Vocábulo: DeCS Total de estudos levantados: 298
(Esportes OR Atletas OR Atividades Esportivas OR Desportes OR Desportos ) AND (Regenerativo OR Recuperação OR Polimento OR Tapering) SPORTDISCUS
Itens PICO: P,I,O Idioma: Inglês Vocábulo: Thesaurus Total de estudos levantados: 2364 (Sports OR Athletics OR Athletes) AND (Recovery OR Regeneration OR Regenerative OR Taper OR Tapering ) AND (Stress (Psychology) OR
Physiological stress OR Exhaustion OR Tiredness OR fatigue) Nota: P: População; I: Intervenção; O: Outcomes
61
A triagem dos estudos foi realizada por dois revisores de forma independente,
utilizando o EndNote® e o formulário de triagem (Apêndice I) para identificação do
cumprimento dos critérios de inclusão e exclusão. Conforme proposto por Dundar e Fleeman
(2017a) e Oliveira, et al. (2003), a triagem foi realizada em duas etapas: a) análise dos títulos
e resumos e b) leitura completa do documento. As etapas de busca e triagem estão
representadas na figura 8.
Durante a primeira etapa de triagem, dois revisores, de maneira independente
realizaram a análise dos títulos e resumos. Esta primeira etapa consistiu em uma filtragem
para eliminar estudos que não atenderam ao escopo da revisão. Foram aplicados os critérios
de inclusão previamente estabelecidos, considerando pelo menos um dos três itens da
estratégia PICO. O estudo que atendeu parcialmente a estes critérios, foi submetido à leitura
do resumo. Identificado que o estudo não atendeu aos critérios de inclusão, o mesmo não foi
incluído na revisão. Em caso de dúvida, o resumo do estudo foi lido com o objetivo de
verificar se o mesmo atendeu aos critérios de inclusão. Durante a leitura do resumo, os
estudos deveriam atender a todos os critérios de inclusão. No caso de estudos que, durante a
leitura do resumo, não atenderam a todos os critérios de inclusão, o estudo não foi incluído;
porém, se ainda no caso de dúvidas, o estudo foi parcialmente incluído, para posterior leitura
do texto completo na segunda etapa de triagem.
Na segunda etapa, as listas de estudos parcialmente incluídos pelos dois revisores
foram confrontadas de acordo com os critérios de inclusão e consenso dos dois revisores.
Após a unificação da lista de estudos parcialmente incluídos, os documentos foram obtidos
para leitura do texto completo. Em seguida os mesmos revisores, de forma independente
realizaram a leitura do texto completo na íntegra e aplicaram os critérios de inclusão e
exclusão previamente estabelecidos. No primeiro momento o estudo foi submetido aos
critérios de inclusão. No caso de estudos que não atenderam os critérios de inclusão, estes não
foram incluído, em definitivo, na presente revisão. No caso de estudos que atendaram aos
critérios de inclusão, os mesmos foram submetidos aos critérios de exclusão. O estudo que
atendeu à pelo menos um dos critérios foi excluído. Os estudos que não atendaram aos
critérios de exclusão foram definitivamente incluídos na revisão.
62
Figura 7. Etapas da Revisão Sistemática
Nota: PC = palavras chaves; CI = Critérios de Inclusão; CE = Critérios de Exclusão; RS = Revisão Sistemática
63
3.1. Extração e análise dos dados
A extração de dados constituiu no processo em que dados relevantes, previamente
determinados foram extraídos dos estudos incluídos e armazenados em um único formato, por
meio da utilização do formulário de extração de dados. O processo de extração de dados foi
realizado por dois revisores de forma independente, com o objetivo de minimizar erros e
reduzir possíveis vieses introduzidos pelos autores da revisão, conforme sugerido por
HIGGINS, J.; GREEN (2008). Adicionalmente, a extração de dados foi realizada de forma
manual, por meio da leitura do texto completo, conforme sugerido por Fleeman e Dundar
(2017).
Foram dados extraídos dados descritivos e dados analíticos. Os dados descritivos são
aqueles pertinentes às características do estudo como informações da publicação e
características do desenho e participantes do estudo. Os dados analíticos foram relacionados
às intervenções e desfechos reportados pelos estudos e devido à impossibilidade da metanálise
foram realizados de forma qualitativa. Os dados qualitativos constituíram o principal objeto
de interesse da presente investigação e se referiram às estratégias, intervenções e
procedimentos utilizados nos estudos para promover recuperação no processo de treinamento.
Estes dados foram categorizados em sete itens para cada estudo avaliado, conforme proposto
por Fleeman e Dundar (2017): 1) fases de recuperação; 2) métodos de recuperação; 3) meios
de recuperação; 4) protocolos; 5) desfechos investigados; e 6) resultados.
O processo de extração dos dados dos estudos levou em média 3 ± 1,58 horas para
cada estudo. Adicionalmente, para os estudos duplicados, ou seja, aqueles foram relatados em
mais de uma publicação, foi mantida a extração de dados em relatório separados, pois como
objetivo da Revisão sistemática é agrupar e sintetizar as informações de vários estudos, não
seria apropriado descartá-los pela possibilidade deste conter informações valiosas (HIGGINS;
GREEN, 2008).
64
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO.
4. RESULTADOS
As buscas resultaram em 9607 estudos levantados nas bases de dados. O levantamento
de cada base de dados foi exportado, armazenado em formato de referências (arquivo com a
extensão “ris”) e importados para o software gerenciador de referências EndNote®.
Previamente à aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foi realizada uma triagem com a
finalidade de eliminar arquivos duplicados, ou seja, referências que estivessem presentes em
duas ou mais bases de dados. Dessa maneira, foram eliminadas 3032 (31%) referências
duplicadas e permaneceram 6575 referências que seriam submetidas às etapas de triagem. A
identificação de 31% de estudos duplicados permitiu observar saturação do levantamento e,
portanto, optou-se por não realizar buscas em outras bases de dados. Abaixo é apresentado o
fluxograma parcial (figura 7) da Revisão sistemática baseado na proposta PRISMA
(LIBERATI et al., 2009).
65
Figura 8. Fluxograma parcial da Revisão Sistemática
Nota: Critérios de exclusão a) Dor; b) Recuperação entre as séries; c) Revisão; d) Intervenções Nutricionais / Farmacológicas; e) Avaliação em curto Prazo
Na Tabela 6, são apresentados os dados descritivos dos participantes dos 102 estudos
incluídos na revisão. Os valores são apresentados em média (�̅�𝑥) e desvio padrão (±). Estão
descritos autoria e ano da publicação; número de participantes, número de participantes por
sexo, idade, massa corporal total, estatura e modalidade estudada. Juntos, os estudos
totalizaram 2482 participantes com tamanho médio de amostra por estudo de 24,33 ± 34,90,
com idade de 23,02 ±6,19 anos, massa corporal total de 78,07 ± 9,98 kg e estatura de 177,13
±20,30 cm. O sexo masculino correspondeu a 85% da amostra e o sexo feminino
correspondeu a 15%.
66
Tabela 6. Dados Descritivos dos Participantes de cada estudo
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa
Corporal Estatura Modalidade
Andersson et al. (2008) 17 -- 17 22,1 ± 0,7 65,15 ± 1,2 167,15 ± 0,07 Futebol
Armstrong et al. (2015) 33 23 10 38,5 ± 7,2 NR 174,4 ± 9,7 Corrida (maratona)
Arroyo garcía et al. (2013) 15 15 -- 33,8 ± 2,13 72,9 ± 5,62 174,33 ± 4,84 Ciclismo
Bahnert; norton; lock (2013) 44 44 -- 23,3 ± 4,2 NR NR Futebol australiano
Balk et al. (2017) 68 36 32 21,31 ± 5,4 NR NR
polo aquático, voleibol, vôlei de praia, futebol, basquetebol, tiro com arco, paraciclismo e
paratletismo
Beaven et al. (2013) 16 16 -- 25 ± 3 104 ± 12,3 188,1 ± 7,1 Rugby
Behringer et al. (2016) 30 21 9 25,7 ± 2,8 75,1 ± 11,4 178,9 ± 8,8 Esportes diversos
Bieuzen et al. (2012) 26 26 -- 25,6 ± 5,7 75 ± 12,2 177 ± 0,8 Futebol
Buchheit et al. (2011) 28 28 -- 14,35 ± 2,19 52,1 ± 9,75 164,5 ± 9,19 Futebol
Clifford et al. (2018) 11 11 -- 19 ± 1 75,9 ± 7,2 180 ± 0,57 Futebol
Cook; beaven (2013) 12 12 -- 23,13 ± 1,4 96,7 ± 10,8 185 ± 0,04 Rugby
67
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Crewther; cook (2012) 12 12 -- 20 ± 0,7 95,7 ± 9,5 185 ± 0,06 Rugby
Crowther et al. (2017) 331 235 96 25 ± 7 NR NR Diversas Modalidades
De nardi et al. (2011) 18 18 -- 15,5 ± 1 61,8 ± 3 175,5 ± 4 Futebol
Delextrat et al. (2013) 16 8 8 22,75 ± 0,77 83,95 ± 8,98 184,75 ± 8,13 Basquete
Delextrat et al. (2014) 17 9 8 21,5 ± 0,7 82,4 ± 12,02 183,8 ± 10,46 Basquete
Duffield et al. (2008) 14 14 -- 19 ± 1 86 ± 5 14,14 ± 0,5 Rugby
Duffield et al. (2014) 8 8 -- 20,9 ± 3,6 77,6 ± 9,3 183,5 ± 10,2 Tênis
Duffield, Cannon e King (2010) 10 10 -- 22,1 ± 1,1 84,65 ± 5,9 185,2 ± 6,5 Cricket
Duffield e Portus (2007) 11 11 -- 20,9 ± 2,7 75,4 ± 6,3 176,3 ± 5,8 Rugby
Edge et al. (2009) 10 10 -- 45 ± 6 75 ± 7 NR Corrida
Elias, et al. (2010) 24 24 -- NR NR NR Futebol australiano
Elias, et al. (2012) 14 14 -- 20,9 ± 3,3 79,6 ± 6,7 186 ± 7,2 Futebol australiano
Elias, et al. (2013) 24 24 -- 19,9 ± 2,8 80,8 ± 8,1 186,4 ± 6,4 Futebol australiano
Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)
24 24 -- 25,45 ± 0,91 66,9 ± 1,69 174,5 ± 2,12 Ciclismo
Faude, et al. (2009) 11 11 -- 24,8 ± 3,8 74,7 ± 6,3 180 ± 5 Ciclismo
68
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Finberg et al. (2013) 10 10 -- 20 ± 3 81,4 ± 10,3 180,1 ± 10,1 Futebol
Fortes et al. (2016) 78 78 -- 14,58 ± 0,27 62,29 ± 0,15 174 ± 0 Futsal
Fortes et al. (2017) 31 31 -- 23,6 ± 1,5 NR NR Taekwondo
Furrer; Moen e Firing (2015) 29 NR NR 18 ± 5 NR NR Biatlo, Esqui Cross-
Country e Tiro ao Alvo
Gallaher et al. (2010) 23 23 -- NR NR NR Futebol australiano
García-pallarés et al. (2009) 14 14 -- 25,2 ± 2,5 84 ± 5,5 181 ± 0,04 Caiaque
Gatterer et al. (2013) 10 10 -- 27,4 ± 4,5 76,5 ± 7,4 180,4 ± 7 Futebol
Gill; beaven; cook (2006) 33 33 -- 25 ± 3 99,2 ± 10,1 184,5 ± 9 Rugby
Hamlin et al. (2012) 22 22 -- 20,1 ± 2,1 88,4 ± 8,8 182,1 ± 5,5 Rugby
Hausswirth et al. (2011) 9 NR NR 31,8 ± 6,5 70,6 ± 6,5 179 ± 0,06 Corrida
Heapy et al. (2018) 56 38 18 42 ± 1 NR NR Ultramaratona
Higgins, Climstein e Cameron (2013) 24 24 -- 19,5 ± 0,8 82,38 ± 11,12 179 ± 6 Rugby
Hinzpeter et al. (2014) 21 NR NR 17 ± 2 NR NR Natação
Hoffman et al. (2016) 73 55 17 44,67 ± 1,53 NR NR Ultramaratona
Hooper, Mackinnon e Ginn (1998) 27 12 15 15 ± 1,6 NR NR Natação
69
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Houmard, et al. (1989) 5 NR NR 20,6 ± 0,36 67,3 ± 1,5 183,2 ± 0,71 Corrida
Ingram et al. (2009) 11 11 -- 27,5 ± 6 76 ± 6,1 178,3 ± 6,1 NR
Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018) 19 19 -- 16,95 ± 0,8 NR NR Ciclismo
Jansen Van Rensburg et al. (2017) 22 22 -- 20 ± 1 79,6 ± 8,2 180 ± 1 Cricket
Jones, Lander e Brubaker, 2013) 12 12 -- 20 ± 2 87,03 ± 10,1 179,9 ± 8,2 Rugby
Juliff et al. (2014) 10 -- 10 20 ± 1 77 ± 9,3 182 ± 0,5 Netball
Kennedy, Patil e Trilk (2018) 9 7 2 39,14 ± 9,23 NR NR Paraciclismo
Lacey et al. (2014) 7 7 -- 24 ± 3,6 99 ± 12,2 183 ± 6,1 Rugby
Lee et al. (2002) 23 23 -- 21,57 ± 1,5 70,99 ± 9,13 173,04 ± 6,41 Wrestling e Judô
Leeder, et al. (2015) 24 24 -- 21 ± 3 81,4 ± 8,7 NR Futebol, Rugby, Hockey
Lindsay, et al. (2016) 14 14 -- 26 ± 8,3 84 ± 12,9 178 ± 0,08 MMA
Lindsay, et al., (2017) 15 NR NR 28,3 ± 5,7 88,8 ± 14,5 180 ± 0,09 MMA
Lindsay, et al. (2015) 37 37 -- 26 ± 3,5 104,5 ± 9,3 186 ± 0,07 Rugby
Lira et al. (2017) 47 47 -- 16,98 ± 1,79 NR NR Basquete
Lum, Landers e Peeling (2010) 9 NR NR 23 ± 4 70,2 ± 11,9 176,1 ± 7,6 Triatlo
70
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Marques-Jimenez et al. (2017) 18 18 -- 24 ± 4,07 71,8 ± 6,28 177 ± 5 Futebol
Marques-Jimenez et al. (2018) 18 18 -- 24 ± 4,07 71,8 ± 6,28 177 ± 5 Futebol
Marquet et al. (2015) 11 7 4 20,9 ± 2,1 74,1 ± 9,5 174 ± 8,4 Ciclismo BMX
Meyer, et al. (2004) 11 11 -- 24,8 ± 3,8 74,7 ± 6,3 180 ± 5 Ciclismo
Minett,et al. (2014) 9 9 -- 21 ± 2 78,7 ± 8,1 183,3 ± 7 Esportes coletivos
Minett, et al. (2012) 8 8 -- 23,3 ± 4,9 83,3 ± 7,3 187,8 ± 5,9 Cricket
Mizuno et al. (2016) 18 18 -- 21,9 ± 0,6 65,1 ± 2,1 170,8 ± 1,1 Corrida
Montgomery et al. (2008) 29 29 -- 19,1 ± 2,1 88,5 ± 14,7 184 ± 0,34 Basquete
Moore, Thompson e Mcguigan (2012) 11 11 -- NR NR NR NR
Moreira et al. (2015) 10 10 -- 24 ± 3 73 ± 9 174 ± 5 Futsal
Nair; Mondal e Tiwari (2010) 30 30 -- 20,5 ± 1,87 NR NR Futebol
Nakagawa, Obu e kanosue (2014) 45 21 24 21 ± 0 NR NR Corrida
Oliveira, et al. (2017) 28 28 -- 18,6 ± 0,73 65,73 ± 3,96 173,48 ± 4,1 Futebol
Papoti et al. (2007) 14 11 3 16 ± 1,3 NR NR Natação
Pointon et al. (2011) 10 10 -- 21 ± 1,6 87 ± 3 182,2 ± 3,6 Rugby
71
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Pointon et al. (2012b) 10 10 -- 19,9 ± 1,1 78,9 ± 6,3 179,6 ± 3,8 Rugby
Pointon; Duffield (2012) 10 10 -- 21 ± 1,7 87,2 ± 7,7 182,9 ± 6,1 Rugby
Pournot et al. (2011) 41 41 -- 21,5 ± 4,6 73,1 ± 9,7 176,7 ± 9,7 Futebol, Rugby e
Voleibol
Pruscino, Halson e Hargreaves (2013) 8 8 -- 21,9 ± 2,3 77,9 ± 13,9 180,1 ± 8 Hockey
Rey et al. (2012) 31 NR NR 23,5 ± 3,4 75,7 ± 4,2 179,9 ± 5,1 Futebol
Rhibi et al. (2016) 28 28 -- 17,7 ± 0,8 76,7 ± 6,6 187,1 ± 3,9 Vôlei
Rijken et al. (2016) 21 19 2 20 ± 2,82 NR NR Futebol e Atletismo
Robey et al. (2009) 20 12 8 19,96 ± 1,26 73,86 ± 9,14 178,83 ± 4,55 Remo
Rowsell et al. (2009) 20 20 -- 15,9 ± 0,6 71,3 ± 5,4 NR Futebol
Rowsell et al. (2011) 13 13 -- 15,9 ± 0,6 71,3 ± 5,4 NR Futebol
Rupp et al. (2012) 22 13 9 19,8 ± 1,1 72,1 ± 9,1 174 ± 9 Futebol
Russell et al. (2017) 14 14 -- 18 ± 2 74,5 ± 5,5 178 ± 0,05 Futebol
Sánchez–Ureña et al. (2017) 10 10 -- 14 ± 0,4 65,4 ± 9,1 175 ± 7,3 Basquete
Schaal et al. (2015) 10 -- 10 20,4 ± 0,4 NR NR Nado sincronizado
Schimpchen et al. (2017) 7 7 -- 25 ± 4 NR NR Levantamento de peso
72
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Olímpico
She, Fan e Mo (2006) 20 20 -- NR NR NR Judô
Shepley et al. (1992) 9 NR NR 22,5 ± 1,29 NR NR Corrida Cross-country
Sherman et al. (1984) 10 10 -- 25,8 ± 3,45 66 ± 3,75 NR Corrida (Maratona)
Skovgaard et al. (2018) 8 5 3 29,2 ± 4,5 72,4 ± 9,8 176,6 ± 10,1 Corrida
Stanley, Peake e Buchheit (2013) 11 11 -- 27 ± 6 73,4 ± 8,2 176 ± 0,06 Ciclismo
Suzuki et al. (2004) 15 15 -- NR NR NR Rugby
Tabben, et al. (2018) 20 20 -- 26,5 ± 5 86,2 ± 10,9 182 ± 7,4 MMA
Vaile et al. (2008) 12 12 -- 32,2 ± 4,3 68,8 ± 7,2 176,6 ± 4,5 Ciclismo
Viitasalo et al. (1995) 14 8 6 17,5 ± 1,29 70 ± 15 177 ± 9,9 Atletismo
Von stengel et al. (2018) 8 8 -- 22 ± 3,3 77,4 ± 5,4 180,9 ± 7,4 Futebol
Webb et al. (2013) 21 21 -- 23,5 ± 2,6 97,3 ± 8,7 183,8 ± 8,8 Rugby
Wiewelhove et al. (2016) 8 8 -- 15,1 ± 1,4 69 ± 7,5 NR Tênis
Wikman et al. (2016) 98 64 34 17 ± 2 NR NR Modalidades diversas
Wilson et al. (2018) 31 31 -- 39,87 ± 1,9 77,63 ± 1,65 177 ± 2 Corrida
73
Autor e ano de publicação N ♂ ♀ Idade Massa Corporal Estatura Modalidade
Zebrowska et al. (2017) 80 -- NR 27,5 ± 6,4 81,77 ± 1,78 179,5 ± 0,63 MMA
Zinner et al. (2017) 14 14 NR 22 ± 4 89,7 ± 12,7 187 ± 7 Handebol
Nota: N = Número da amostra; NR = Não relatado; ♂ = masculino; ♀= feminino
74
As estratégias de recuperação foram investigadas em 33 diferentes amostras
esportivas, com maior frequência para os esportes coletivos (56%), sendo o futebol, a
modalidade mais frequente. Na figura 9 são apresentadas as modalidades investigadas e suas
respectivas frequências nos estudos incluídos.
Figura 9. Modalidades Investigadas
Em relação à análise da produção científica sobre esta temática, observa-se
crescimento de publicações sobre as estratégias de recuperação, pois 57% dos estudos
levantados foram publicados nos últimos 5 anos (figura 9). Adicionalmente, foi possível
observar que a maior parte (48%) dos estudos incluídos (CROWTHER et al., 2017; FAUDE,
O. et al., 2009; MEYER, et al., 2004; VAILE et al., 2008) na presente revisão e com a
75
temática de recuperação no esporte, foram realizadas em instituições de pesquisa australianas
e alemãs.
Figura 10. Período das Publicações
Na tabela 7 são apresentados os métodos, classificados em ativo, passivo e pró-ativo,
assim como as respectivas fases de recuperação investigadas. Na tabela 8 são apresentados os
meios de recuperação, de acordo com sua classificação em meios pedagógicos, psicológicos e
biomédicos.
76
Tabela 7. Métodos de Recuperação
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Andersson et al. (2008) Redução de carga de treinamento Repouso Pós Exercício
Armstrong et al. (2015) Vestuário de Recuperação Treinamento Recuperativo
Arroyo garcía et al. (2013) Redução de carga de treinamento
Intervenção Nutricional / Repouso Pós Exercício
Bahnert; norton; lock (2013) Exercícios de baixa intensidade
Imersão em água / Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Balk et al. (2017) Técnica Psicológica Pós Exercício
Beaven et al. (2013) Vestuário de Recuperação / Recuperação combinada Pós Exercício
Behringer et al. (2016) Crioterapia / Massagem Pós Exercício
Bieuzen et al. (2012) Eletroestimulação Pós Exercício
Buchheit et al. (2011) Calor / Massagem / Imersão em água Pós Exercício
Clifford et al. (2018) Crioterapia Pós Exercício
Cook; beaven (2013) Imersão em água Pós Exercício
77
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Crewther; cook (2012) Intervenção Psicológica Pós Exercício
Crowther et al. (2017)
Exercícios de baixa intensidade / Imersão em água Pós Exercício
De nardi et al. (2011) Imersão em água Pós Exercício
Delextrat et al. (2013) Imersão em água / Massagem Pós Exercício
Delextrat et al. (2014) Massagem / Recuperação combinada Pós Exercício
Duffield et al. (2008) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Duffield et al. (2014) Sono / Imersão em água / Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Duffield, Cannon e King (2010) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Duffield e Portus (2007) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Edge et al. (2009) Tratamento com vibração Pós Exercício
Elias, et al. (2010) Imersão em água Pós Exercício
Elias, et al. (2012) Imersão em água Pós Exercício
78
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Elias, et al. (2013) Imersão em água / Repouso Treinamento Recuperativo
Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)
Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo
Faude, et al. (2009) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Finberg et al. (2013) Eletroestimulação / Imersão em água Treinamento Recuperativo
Fortes et al. (2016) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo
Fortes et al. (2017) Redução de carga de treinamento Treinamento recuperativo
Furrer; Moen e Firing (2015) Treinamento Mental Pós Exercício
Gallaher et al. (2010) Vestuário de Recuperação Treinamento Recuperativo
García-pallarés et al. (2009) Redução de carga de treinamento Repouso Pós Exercício
Gatterer et al. (2013) Hipóxia / Massagem Pós Exercício
Gill; beaven; cook (2006) Exercícios de baixa intensidade
Imersão em água, Vestuário de Recuperação e repouso Pós Exercício
79
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Hamlin et al. (2012) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Hausswirth et al. (2011) Crioterapia / Fototerapia Treinamento Recuperativo
Heapy et al. (2018) Massagem Pós Exercício
Higgins, Climstein e Cameron (2013)
Imersão em água Pós Exercício
Hinzpeter et al. (2014) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício
Hoffman et al. (2016) Massagem Treinamento Recuperativo
Hooper, Mackinnon e Ginn (1998) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo
Houmard, et al. (1989) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Ingram et al. (2009) Imersão em água Treinamento Recuperativo
Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)
Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Jansen Van Rensburg et al. (2017) Terapia com vácuo intermitente Pós Exercício
Jones, Lander e Brubaker, 2013) Exercícios de baixa Imersão em água / Repouso Pós Exercício
80
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
intensidade
Juliff et al. (2014) Imersão em água Pós Exercício
Kennedy, Patil e Trilk (2018) Massagem Treinamento Recuperativo
Lacey et al. (2014) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Lee et al. (2002) Recuperação Combinada Pós Exercício
Leeder, et al. (2015) Imersão em água Pós Exercício
Lindsay, et al. (2016) Imersão em água Pós Exercício
Lindsay, et al., (2017) Imersão em água Pós Exercício
Lindsay, et al. (2015) Exercícios de baixa intensidade
Imersão de água / Vestuário de Recuperação / Sono Treinamento Recuperativo
Lira et al. (2017) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo
Lum, Landers e Peeling (2010) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício
Marques-Jimenez et al. (2017) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
81
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Marques-Jimenez et al. (2018) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Marquet et al. (2015) Exercícios de baixa intensidade
Repouso / Imersão em água / Intervenção nutricional Treinamento Recuperativo
Meyer, et al. (2004) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Minett,et al. (2014) Imersão em água / Crioterapia Pós Exercício
Minett, et al. (2012) Crioterapia Pós Exercício
Mizuno et al. (2016) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Montgomery et al. (2008) Exercícios de baixa intensidade
Imersão em água / Vestuário de Recuperação / Intervenção nutricional Pós Exercício
Moore, Thompson e Mcguigan (2012)
Imersão em água Pós Exercício
Moreira et al. (2015) Imersão em água Treinamento Recuperativo
Nair; Mondal e Tiwari (2010) Exercícios de baixa intensidade Pós Exercício
Nakagawa, Obu e kanosue (2014) Vestuários de Recuperação Pós Exercício
82
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Oliveira, et al. (2017) Fototerapia Treinamento Recuperativo
Papoti et al. (2007) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Pointon et al. (2011) Crioterapia Pós Exercício
Pointon et al. (2012b) Imersão em água Pós Exercício
Pointon; Duffield (2012) Imersão em água Pós Exercício
Pournot et al. (2011) Imersão em água Pós Exercício
Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)
Vestuário de Recuperação Pós Exercício
Rey et al. (2012) Exercícios de baixa intensidade Repouso Treinamento Recuperativo
Rhibi et al. (2016) Redução de carga de treinamento Treinamento recuperativo
Rijken et al. (2016) Treinamento Mental Pós Exercício
Robey et al. (2009) Exercícios de baixa intensidade Imersão em água Pós Exercício
Rowsell et al. (2009) Imersão em água Pós Exercício
83
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Rowsell et al. (2011) Imersão de água Pós Exercício
Rupp et al. (2012) Imersão em água Pós Exercício
Russell et al. (2017) Crioterapia Pós Exercício
Sánchez–Ureña et al. (2017) Imersão em água Pós Exercício
Schaal et al. (2015) Crioterapia Pós Exercício
Schimpchen et al. (2017) Imersão em água Treinamento Recuperativo
She, Fan e Mo (2006) Redução de carga de treinamento Intervenção nutricional Treinamento Recuperativo
Shepley et al. (1992) Redução de carga de treinamento Treinamento Recuperativo
Sherman et al. (1984) Redução de carga de treinamento Repouso Treinamento Recuperativo
Skovgaard et al. (2018) Redução de carga de treinamento Pós Exercício
Stanley, Peake e Buchheit (2013) Imersão em água / Repouso Pós Exercício
Suzuki et al. (2004) Exercícios de baixa intensidade Pós Exercício
84
Estudo Ativo Passivo Pró Ativo Fase da Recuperação
Tabben, et al. (2018) Imersão em água Pós Exercício
Vaile et al. (2008) Imersão em água Pós Exercício
Viitasalo et al. (1995) Imersão em água Pós Exercício
Von stengel et al. (2018) Massagem Pós Exercício
Webb et al. (2013) Exercícios de baixa intensidade Imersão em água Pós Exercício
Wiewelhove et al. (2016) Exercícios de baixa intensidade Repouso Pós Exercício
Wikman et al. (2016) Técnica Psicológica Pós Exercício
Wilson et al. (2018) Crioterapia Pós Exercício
Zebrowska et al. (2017) Massagem Pós Exercício
Zinner et al. (2017) Vestuário de Recuperação Pós Exercício
85
Tabela 8. Meios de Recuperação
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Andersson et al. (2008) Ciclismo /
Treinamento de força Repouso
Armstrong et al. (2015) Vestuário de compressão
Arroyo garcía et al. (2013)
Redução da carga de treinamento
Repouso passivo
Suplementação com vitaminas antioxidantes
Bahnert; norton; lock (2013)
Alongamento / Ciclismo / Exercícios
no meio aquático
Imersão em água fria / Imersão em água contraste / Vestuário de compressão
Balk et al. (2017) Distanciamento
físico, cognitivo e emocional
Beaven et al. (2013)
Vestuário de Compressão / Recuperação combinada
(eletroestimulação + vestuário de compressão)
Behringer et al. (2016) Crioterapia / drenagem
linfática manual repouso
Bieuzen et al. (2012) Estimulação Elétrica
86
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Buchheit et al. (2011) Sauna / Hidromassagem /
Imersão em água fria
Clifford et al. (2018) Resfriamento
Cook; beaven (2013) Imersão em água fria /
Imersão em água quente Repouso
Crewther; cook (2012) Exibição de vídeo / Feedback positivo
Crowther et al. (2017)
Caminhada / Corrida / Ciclismo / Natação / Exercícios no meio
aquático / Alongamento
Relaxamento muscular
progressivo / assistir TV /
música
Imersão em água / banho frio, imersão em água /
banho contraste / massagem / resfriamento /
calor / reflexologia / acupuntura
sono medicamentos
lanches / reposição de
fluídos / suplementos
De nardi et al. (2011) Imersão em água fria /
Imersão em água contraste Repouso
Delextrat et al. (2013) Imersão em água fria /
massagem
Delextrat et al. (2014) Massagem / Recuperação combinada (massagem +
alongamento) Repouso
Duffield et al. (2008) Vestuário de compressão
87
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Duffield et al. (2014) Imersão em agua fria /
Vestuário de Compressão Sono
Duffield, Cannon e King (2010)
Vestuário de compressão
de corpo inteiro
Duffield e Portus (2007)
Vestuário de compressão
Edge et al. (2009) Vibração
Elias, et al. (2010) Imersão em água fria /
Imersão em água contraste
Elias, et al. (2012) Imersão em água fria /
Imersão em água contraste Repouso
Elias, et al. (2013) Imersão em água fria /
imersão em água contraste Repouso
Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)
Polimento Linear
Faude, et al. (2009) Redução da carga de
treinamento
Finberg et al. (2013) Eletroestimulação /
Imersão em água contraste repouso
Fortes et al. (2016) Polimento linear
88
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Fortes et al. (2017) Polimento Linear
Furrer; Moen e Firing (2015)
Treinamento
mental
Recuperação combinada (Quiropraxia + Massagem
+ Infravermelho)
Gallaher et al. (2010) Vestuário de compressão
García-pallarés et al. (2009)
Redução da carga de treinamento
Repouso
Gatterer et al. (2013) Hipóxia / Recuperação combinada (Hipóxia +
Massagem)
Gill; beaven; cook (2006)
Ciclismo Imersão em água contraste / Vestuário de compressão
Repouso
Hamlin et al. (2012) Vestuário de compressão
Hausswirth et al. (2011)
Crioterapia / Terapia com
infravermelho Repouso
Heapy et al. (2018)
Massagem manual / Massagem com
Compressão pneumática intermitente
Higgins, Climstein e Cameron (2013)
Imersão em água fria / Repouso
89
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Imersão em água contraste passivo
Hinzpeter et al. (2014) Natação Repouso
Hoffman et al. (2016)
Massagem manual / Massagem com
Compressão pneumática intermitente
Hooper, Mackinnon e Ginn (1998)
Polimento individualizado /
Redução de volume / Redução de volume e
intensidade
Houmard, et al. (1989) Redução da carga de
treinamento
Ingram et al. (2009) Imersão em água fria / Imersão em água com
contraste
Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)
Polimento exponencial /
Polimento Exponencial modificado
90
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Jansen Van Rensburg et al. (2017)
Terapia com vácuo
intermitente Repouso
Jones, Lander e Brubaker, 2013)
Caminha / corrida / alongamento
Imersão em água fria / Recuperação combinada (imersão em água fria +
recuperação ativa)
repouso
Juliff et al. (2014) Banho contraste / Imersão
em água contraste
Kennedy, Patil e Trilk (2018)
Massagem
Lacey et al. (2014) Polimento linear
Lee et al. (2002)
Leeder, et al. (2015) Imersão em água fria na
posição sentada ou em pé
Lindsay, et al. (2016) Imersão em agua fria
Lindsay, et al., (2017) Imersão em água fria Repouso
Lindsay, et al. (2015)
Ciclismo / Caminhada / Alongamentos /
Exercícios no meio aquático
Imersão em água fria /
Vestuários de compressão
91
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Lira et al. (2017) Polimento Linear /
Etapas
Lum, Landers e Peeling (2010)
Natação Repouso
Marques-Jimenez et al. (2017)
Meias curtas de compressão / Meias longas de compressão / shorts de
compressão
Marques-Jimenez et al. (2018)
Meias curtas de compressão / Meias longas de compressão / shorts de
compressão
Marquet et al. (2015) Ciclismo Imersão em água fria Repouso Bebida
carboidratada
Meyer, et al. (2004) Redução da carga de
treinamento
Minett,et al. (2014) Imersão em água fria /
Resfriamento
Minett, et al. (2012) Resfriamento
Mizuno et al. (2016) Vestuário de Compressão
Montgomery et al. (2008)
Alongamento Imersão em água fria / Lanche / bebida
92
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Vestuários de compressão carboidratada
Moore, Thompson e Mcguigan (2012)
Imersão em água fria /
Imersão em água quente
Moreira et al. (2015) Imersão em água fria
Nair; Mondal e Tiwari (2010)
Exercícios no meio aquático
Nakagawa, Obu e kanosue (2014)
Calçados Instáveis
Oliveira, et al. (2017) Fotobiomodulação
Papoti et al. (2007) Polimento não linear
Pointon et al. (2011) Resfriamento
Pointon et al. (2012b) Imersão em água fria
Pointon; Duffield (2012)
Imersão em água Fria /
Repouso
Pournot et al. (2011) Imersão em água fria /
Imersão em água quente / Imersão em água contraste
Repouso
Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)
Vestuário de Compressão
Rey et al. (2012) Corrida / alongamento Repouso
93
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
estático
Rhibi et al. (2016)
Polimento exponencial /
Polimento exponencial com Eletroestimulação
Rijken et al. (2016) Treinamento
mental e biofeedback
Robey et al. (2009) Alongamento Imersão em água contraste
Rowsell et al. (2009) Imersão em água fria /
Normoneutra
Rowsell et al. (2011) Imersão em água fria /
Normoneutra
Rupp et al. (2012) Imersão em Água Fria
Russell et al. (2017) Crioterapia de corpo
inteiro
Sánchez–Ureña et al. (2017)
Imersão em água fria
continua / intermitente Repouso
Schaal et al. (2015) Crioterapia
94
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Schimpchen et al. (2017)
Imersão em água fria
She, Fan e Mo (2006) Redução da carga de
treinamento
suplementação com proteínas,
vitaminas e minerais
Shepley et al. (1992)
Polimento com redução de volume /
Polimento com redução de volume e
intensidade
Repouso
Sherman et al. (1984)
Corrida com redução do volume e
intensidade auto selecionada
Repouso
Skovgaard et al. (2018) Polimento
exponencial
Stanley, Peake e Buchheit (2013)
Imersão em água fria
Suzuki et al. (2004) Exercícios no meio
aquático Repouso
Tabben, et al. (2018) Imersão em água fria
95
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Vaile et al. (2008) Imersão em água fria /
Imersão em água quente / Imersão em água contraste
Repouso
Viitasalo et al. (1995) Hidromassagem
Von stengel et al. (2018)
Massagem / drenagem
linfática
Webb et al. (2013) ciclismo Imersão em água fria /
Imersão em água contraste
Wiewelhove et al. (2016)
Corrida Repouso
Wikman et al. (2016)
Relaxamento / Relaxamento
muscular progressivo /
Técnicas respiratórias
Wilson et al. (2018) Crioterapia de corpo
inteiro / Imersão em água fria
Zebrowska et al. (2017) Drenagem linfática manual
/ Oscilação profunda / Eletroestimulação
96
Estudo Pedagógico Psicológico Físico Higiênico Farmacológico Nutricional
Zinner et al. (2017) Vestuário de Compressão
97
A sumarização das fases de recuperação investigadas nos estudos é apresentado na
tabela 9.
Tabela 9. Fases da recuperação observadas nos estudos
Fases N. Estudos % Recuperação pós-exercício 79 77% Treinamento Recuperativo 23 23%
O levantamento dos estudos sobre as estratégias de recuperação no esporte permitiu a
identificação de 18 tipos de métodos (tabela 9) e 48 tipos de meios de recuperação (tabela 10).
Tabela 10. Tipos de métodos de recuperação observados nos estudos
Métodos N % Ativo 2 11% Passivo 15 83% Pró Ativo 1 6% Total 18
Tabela 11. Tipos de meios de recuperação observados nos estudos
Meios N % Pedagógico 8 17% Psicológico 9 19% Biomédico Físico 24 50% Biomédico Higiênico 2 4% Biomédico Nutricional 4 8% Biomédico Farmacológico 1 2% Total 48
Os meios e métodos foram quantificados em relação à quantidade de vezes que foram
utilizados nos estudos. Dessa forma, foram observados o total de 144 métodos e 227 meios de
recuperação, os quais foram agrupados por categorias e apresentados respectivamente nas
tabelas 12 e 13.
98
Tabela 12. Tipos de Métodos observados nos estudos
Tipo Classificação N Porcentagem Imersão em água Passivo 39 27% Redução de carga de treinamento Ativo 19 13% Vestuário de Recuperação Passivo 18 13% Exercícios de baixa intensidade Ativo 15 10% Repouso Passivo 13 9% Massagem Passivo 10 7% Resfriamento Passivo 9 6% Intervenção nutricional Passivo 4 3% Intervenção Psicológica Passivo 3 2% Recuperação Combinada Ativo / Passivo / Pró Ativo 3 2% Eletroestimulação Passivo 2 1% Sono Passivo 2 1% Treinamento Mental Pró ativo 2 1% Calor Passivo 1 1% Fototerapia Passivo 1 1% Hipóxia Passivo 1 1% Terapia com vácuo intermitente Passivo 1 1% Tratamento com vibração Passivo 1 1%
Tabela 13. Tipos de Meios de recuperação observados nos estudos.
Tipos de meio Classificação N Porcentagem Imersão em água fria Biomédico Físico 36 15,8% Repouso Biomédico Higiênico 28 12,3% Redução da carga de treinamento Pedagógico 22 9,6% Vestuário de compressão Biomédico Físico 21 9,2% Imersão em água contraste Biomédico Físico 14 6,1% Massagem Biomédico Físico 10 4,4% Alongamento Pedagógico 7 3,1% Ciclismo Pedagógico 7 3,1% Corrida Pedagógico 5 2,2% Crioterapia Biomédico Físico 5 2,2% Exercícios no meio aquático Pedagógico 5 2,2% Recuperação combinada Combinado 5 2,2% Resfriamento Biomédico Físico 5 2,2% Imersão em água quente Biomédico Físico 4 1,8% Caminhada Pedagógico 3 1,3% Drenagem linfática Biomédico Físico 3 1,3% Eletroestimulação Biomédico Físico 3 1,3% Natação Pedagógico 3 1,3% Suplementação Biomédico Nutricional 3 1,3%
99
Tipos de meio Classificação N Porcentagem Banho contraste Biomédico Físico 2 0,9% Bebida carboidratada Biomédico Nutricional 2 0,9% Hidromassagem Biomédico Físico 2 0,9% Lanche Biomédico Nutricional 2 0,9% Normoneutra Biomédico Físico 2 0,9% Relaxamento muscular progressivo Psicológico 2 0,9% Sono Biomédico Higiênico 2 0,9% Treinamento mental Psicológico 2 0,9% Acupuntura Biomédico Físico 1 0,4% Assistir TV Psicológico 1 0,4% Banho frio Biomédico Físico 1 0,4% biofeedback Biomédico Físico 1 0,4% Calçados Instáveis Biomédico Físico 1 0,4% Calor Biomédico Físico 1 0,4% Exibição de vídeo Psicológico 1 0,4% Feedack positivo Psicológico 1 0,4% Fotobiomodulação Biomédico Físico 1 0,4% Hipóxia Biomédico Físico 1 0,4% Medicamentos Biomédico Farmacológico 1 0,4% música Psicológico 1 0,4% Reflexologia Biomédico Físico 1 0,4% Relaxamento Psicológico 1 0,4% Reposição de fluídos Biomédico Nutricional 1 0,4% Sauna Biomédico Físico 1 0,4% Técnicas respiratórias Psicológico 1 0,4% Terapia com infravermelho Biomédico Físico 1 0,4% Terapia com vácuo intermitente Biomédico Físico 1 0,4% Treinamento de força Pedagógico 1 0,4% Treinamento mental Psicológico 1 0,4% Vibração Biomédico Físico 1 0,4%
Da mesma forma que os meios e métodos de recuperação, os desfechos foram
quantificados em relação à quantidade de vezes que apareceram nos estudos, de forma que foi
observado o total de 373 desfechos, os quais foram agrupados por categorias e apresentados
na tabela 14. Destacam-se medidas de desempenho motor e bioenergético (força, potência,
capacidade anaeróbia, potência aeróbia) (ROWSELL et al., 2011; TABBEN, et al., 2018);
marcadores bioquímicos de dano muscular (creatina quinase e proteína c reativa) (DUFFIELD
et al., 2010; EDGE et al., 2009), perfil hormonal (relação testosterona: cortisol)
(CREWTHER; COOK, 2012; FAUDE, et al., 2009), medidas psicológicas e subjetivas
100
(percepção subjetiva de dor, fadiga, recuperação, esforço e fadiga) (HEAPY et al., 2018;
NAKAGAWA et al., 2014).
Tabela 14. Desfechos observados
Descrição % Desempenho físico e esportivo 36,5% Dano muscular 13,7% Percepção subjetiva de dor 12,1% Percepção subjetiva de recuperação 6,7% Percepção subjetiva de fadiga 4,8% Variáveis hormonais 4,8% Percepção subjetiva de esforço 3,2% Concentração de Lactato 2,9% Temperatura corporal 2,7% Atividade cardíaca 2,4% Variáveis hematológicas 1,9% Estados de humor 1,6% Estresse oxidativo 1,3% Percepção de Bem Estar 1,3% Percepção subjetiva da Eficácia do tratamento 1,3% Qualidade de Sono 0,8% Sistema imune 0,5% Atividade encefálica 0,3%
Na tabela 15 são apresentados os protocolos, medidas avaliadas e desfechos das
estratégias de recuperação. Foi possível observar que 75% das investigações foram realizadas
durante a fase de recuperação pós-exercício, com predominância de utilização de estratégias
de imersão em água e, em específico, a imersão em água fria (ELIAS, et al., 2010;
LINDSAY, et al., 2017; MOREIRA et al., 2015), observada em 15,8% dos estudos. Destaca-
se que a maioria dos estudos com a imersão em água fria (POINTON; DUFFIELD, 2012;
POINTON et al., 2011; TABBEN, et al., 2018; WEBB et al., 2013) observaram efeitos
positivos (69%) na recuperação das variáveis de desempenho, fisiológicas e perceptivas.
Adicionalmente, outros estudos (ELIAS, et al., 2010; ELIAS, et al., 2013; MINETT, et al.,
2014) apontaram para resultados superiores desta estratégia em comparação a outros tipos de
imersão em água, crioterapia (WILSON et al., 2018) e recuperação ativa (MARQUET et al.,
2015). Resultados positivos também foram reportados por estudos que investigaram
estratégias psicológicas (CREWTHER; COOK, 2012; RIJKEN et al., 2016), redução de
101
carga (ARROYO GARCÍA et al., 2013; FAUDE, et al., 2009; LACEY et al., 2014), durante
a fase de treinamento recuperativo e vestuários de compressão pós-exercício (MIZUNO et al.,
2016).
102
Tabela 15. Sumarização dos procedimentos, medidas e resultados
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
Andersson et al. (2008) 2 partidas de futebol com intervalo de 2 dias
Exercícios aeróbios e de força submáximos 22h e 46h após a primeira partida / RecP por 2 dias
Potência; desempenho anaeróbio; força; dano muscular; PSD
RecA e RecP não influenciaram a recuperação de parâmetros neuromusculares e bioquímicos (RecA ≈ RecP)
Armstrong et al. (2015) Os participantes completaram uma maratona
VC com pressão de 30-40 mmHg por 48h PósE
Desempenho aeróbio VC ↑ recuperação do desempenho aeróbio
Arroyo garcía et al. (2013) 13 dias de treinamento de ciclismo e intensidade entre 55-90% do VO2máx
RecA com carga reduzida (50%VO2max e 60' por sessão) / RecP por 4 dias / RecComb (RecA + Suplementação diária com vitamina C [500mg][ e E [400mg])
Estresse oxidativo; desempenho aeróbio
Todos protocolos influenciaram a recuperação. RecComb influenciou positivamente o estresse oxidativo (RecComb > RecA ≈ RecP)
Bahnert; norton; lock (2013)
Partida de futebol Australiano
Alongamentos (9 exercícios x 60") / Ciclismo (8' x intensidade auto selecionada) / 8'
Desempenho físico e esportivo; PSR
Preferência por estratégias com ↓ gasto energético, porém sem influência no desempenho físico e
103
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
recuperação ativa na piscina / IAF (8' a 6-11°C) / IAC (4s x [8' a 6-11C°] x [2' de sauna a 32°.C]) / VC utilizadas ad libitum
esportivo
Balk et al. (2017) Os atletas seguiram sua rotina normal de treinamento
Dinâmica do distanciamento dos domínios físicos, cognitivos e emocionais utilizados pelos atletas
Distanciamento e recuperação físicas, cognitivas e emocionais
Distanciamento físico e emocional são estratégias de recuperação eficazes e influenciaram a PSR
Beaven et al. (2013) Treinamento de Rugby por 6 semanas e 2 jogos.
VC durante 1 semana / RecComb (VC + eletroestimulação)
Testosterona; cortisol ; dano muscular; PSBE
RecComb ↓ marcadores de dano muscular e ↑ PSBE (RecComb > VC)
Behringer et al. (2016) Contração excêntrica máxima (4 séries x 20 repetições x 1' de descanso)
Drenagem linfática manual por 30' / Resfriamento com pacotes de gel frio a -20°C por 30' / RecP por 30'
Força; medidas neuromusculares
Nenhuma estratégia influenciou a recuperação
Bieuzen et al. (2012) Teste de exaustão com 30" de saltos verticais e 30" de remo ciclo ergômetro
Eletroestimulação de fluxo sanguíneo na região da tríceps sural durante 20'
Desempenho anaeróbio; potência; força; PSD; dano muscular; estresse
Recuperação do desempenho anaeróbico e variáveis hematológicas
104
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
(total de 1600 contrações.) oxidativo
Buchheit et al. (2011) Jogos internacionais de futebol e sessões rotineiras treinamento
RecComb (sauna [por 2' a 85-90°C] + hidromassagem [2' a 36°C] + IAF (2' a 12°C])
desempenho esportivo em função do estado de maturação biológica
RecCom foi necessária e efetiva para atletas pós púberes, mas não foi necessária para atletas pré púberes
Clifford et al. (2018) Partida oficial de futebol Resfriamento a 15°C por 3h
Estado de humor; PSD ; Percepção de eficácia paras modalidades de recuperação; Potência e força muscular
Resfriamento recuperou os níveis de força e apontado com maior percepção de eficácia (Resfriamento > RecP)
Cook; beaven (2013) 60' de treinamento coletivo com alta intensidade.
IAF (15' a 14°C) / IAQ (15' a 30°C) / RecP por 15'
Temperatura; PSER; desempenho anaeróbio
Percepção de eficácia da intervenção combinada com redução da temperatura foram associados a maior recuperação (IAF > IAQ > RecP)
Crewther; cook (2012) Jogos de rugby realizados 1 vez por semana, durante 4
Após os jogos atletas assistiram imagens de
Cortisol; Testosterona; desempenho esportivo
A intervenção psicológica influenciou a recuperação
105
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
semanas vídeos com seus acertos e receberam feedback positivos do técnico
hormonal e de desempenho
Crowther et al. (2017) NA Percepção de eficácia das estratégias de recuperação ativa, recuperação ativa no meio aquático, alongamentos, imersão em água fria, terapia contraste.
PSER Alongamento e IAF foram percebidos como mais eficazes pelos atletas.
De nardi et al. (2011) 30' de treinamento técnico e tático, seguido por jogos reduzidos (4x4 min).
RecP por 8' / IAF (8'a 15°C) / IAC (8x[2' a 15°C] x [2' a 28°C]
Temperatura; PSE; PSF; desempenho anaeróbio; potência; dano muscular
IAF não influenciou recuperação fisiológica e de desempenho, porém ↓PSF e PSE
Delextrat et al. (2013) Os atletas participaram de uma partida de basquete oficial
30'de massagem / IAF (5 x 2' a 11°C x 2') / RecP por 30'
PSD; PSF; potência; desempenho anaeróbio
IAF e massagem influenciaram a recuperação (IAF > massagem)
Delextrat et al. (2014) Os atletas participaram de um jogo oficial de basquete.
A massagem por 30' / RecComb (massagem + alongamento) / RecP por
Potência, desempenho anaeróbio; PSF; PSR
RecComb foi mais eficaz que a massagem e RecP (RecComb > Massagem >
106
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
30' RecP)
Duffield et al. (2008) Treinamento coletivo com duração 80'
Vestuários de compressão nos MMII por 15h
FC; Lac; temperatura; dano muscular; PSD; desempenho de velocidade; potência; força
VC ↓ PSD, mas não influenciou o desempenho
Duffield et al. (2014) 2 sessões de treino e 1 jogo de tênis simulado
RecComb (IAF [11°C ± 2°C] + VC + Sono por 8h30') / RecP
Potência; FC, Lac; PSR; sono; estado de humor
RecComb↑ desempenho aeróbio e potência; ↓ PSD (RecComb > RecP)
Duffield, Cannon e King (2010)
Protocolo específico de Cricket com duração de 30' (sprints e arremessos)
VC de corpo inteiro durante a sessão de teste e durante 24h PósE
Marcadores Dano Muscular; Saturação de oxigênio da hemoglobina; Desempenho anaeróbio; PDS (DOMS); Temperatura corporal
VC ↓ dano muscular e PSD. Sem efeito no desempenho
Duffield e Portus (2007) sprints de 20m, e 10 saltos a cada minuto durante 10'
Vestuários de compressão nos MMII por 24h PósE
PSD; dano muscular; força VC ↓ PSD, mas não influenciou parâmetros bioquímicos e de desempenho
Edge et al. (2009) Corrida com 60-80% da velocidade VO2pico em
Vibração intermitente na posição em pé e sentada
Desempenho anaeróbio; marcadores de dano
vibração de corpo inteiro não teve benefícios na
107
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
esteira, seguido por um Teste de tempo de 3 km e um protocolo de HIIT com 8x400 m
por 2x15' com intervalo de 15'
muscular recuperação
Elias, et al. (2010) Partida de futebol Australiano
IAF (14' a 12-14°C) / IAC (7s x [1' a 37-38°C] x [1' a 12-14°C]) / 14' de RP
Anaeróbio e PSD IAC ↑ recuperação (IAF > IAC> RecP).
Elias, et al. (2012) O treinamento em circuito e jogo reduzido com duração de 60'
IAF (14' a 12°C) / IAC (7 x [1' a 38°C] x [1'a 12°C]) / RecP por 14'
PSD; potência; desempenho anaeróbio
IAF e IAC influenciaram a recuperação (IAF > IAC > RecP)
Elias, et al. (2013) Jogo Treino de Futebol Australiano com duração de 75'
IAF (14' a 12°C) / IAC (7 x [1' a 38°C] x [1' a 12°C]) / RecP por 14'
PSD; PSF; potência muscular desempenho anaeróbio
Recuperação das variáveis testadas (IAF>IAC>RecP)
Farhangimaleki, Zehsaz e Tiidus (2009)
Programa de treinamento aeróbio com alta intensidade por 8 semanas.
2 semanas de Polimento com redução do volume habitual para 50% na 1ª semana e para 26% na 2ª e 3ª semana
Desempenho aeróbio e anaeróbio; estresse oxidativo
↑ desempenho aeróbio e anaeróbio; ↓ estresse oxidativo
Faude, et al. (2009) 13 dias de treinamento com incremento de 40% da
Treinamento recuperativo com redução da intensidade
Dano muscular; parâmetros hormonais; desempenho
Menor volume promoveu recuperação em todas as
108
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
carga habitual. e duração da sessão reduzido para 1h ou 3h por dia.
aeróbio e anaeróbio; Lac; escores do estado de humor
variáveis testadas (1h > 3h)
Finberg et al. (2013) 90' de treinamento em circuito de exercícios com sprints (6 séries x 15')
30' de Eletroestimulação / IAC (6 x [2' a 12°C±1°C] x [2' a 30°C±1°C]) / RecP por 30'
Velocidade; desempenho aeróbio; dano muscular; PSE; PSR
Eletroestimulação e IAC proporcionaram recuperação, sendo a eletroestimulação > IAC
Fortes et al. (2016) 12 semanas de treinamento periodizado
3 semanas de polimento linear. A redução de volume a cada semana foi respectivamente de 80%, 60% e 40%
Desempenho aeróbio Melhora do desempenho aeróbio
Fortes et al. (2017) O período de treinamento composto por fase preparatória geral e especial
2 semanas de Polimento com redução da carga para 60% na 1ª semana e na 40% na 2ª semana
Desempenho aeróbio e anaeróbio
Melhora do desempenho anaeróbio
Furrer; Moen e Firing (2015)
Rotina normal de treinamento durante 12 semanas
Treinamento Mental Relatos de percepção de estresse, percepção de desempenho e burnout
↓ do estresse e ↑ relaxamento; qualidade de sono e PSR
109
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
Gallaher et al. (2010) Partida de futebol australiano com e sem contato
VC por 24h PósE Concentração de mioglobina; PSD e PSF; Potência muscular
VC ↓ PSD. Sem efeito no desempenho
García-pallarés et al. (2009)
Periodização de 47 semanas com 10-15 sessões por semana e volume de 60-130km.
Cessação de treinamento por 5 semanas / Treinamento reduzido 20% do volume
Desempenho esportivo; desempenho aeróbio; testosterona; cortisol
O treinamento reduzido foi mais eficaz para promover recuperação e atenuar os efeitos adversos de destreinamento.
Gatterer et al. (2013) Os atletas participaram de dois jogos de futebol
RecComb (30' de exposição passiva em uma câmara hipóxia normobárica + 30' de massagem)
Saturação de oxigênio; dano muscular
Não foi observado efeito da massagem em combinação com hipóxia
Gill; beaven; cook (2006) 4 semanas de jogos ao longo da temporada do Campeonato Nacional da Nova Zelândia
RecA em ciclo ergômetro por 7' / RecComb (Lanche e RecP por 9') / IAC (4 x [1' a 8-10°C] x [2' a 40-42°C]) / VC nos MMII durante 12h
Dano muscular RecA, IAF e VC foram eficazes na ↓ do dano muscular (RecA ≈ IAF ≈ VC > RecComb)
Hamlin et al. (2012) Circuito específico com VC utilizado por 24h PE Desempenho anaeróbio, Vestuários de compressão ↑
110
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
exercícios que simulam uma partida de rugby (12 séries x 14 estações x 10' de intervalo a cada 6 séries)
Marcador de dano muscular e PSD
recuperação de desempenho e ↓ PSD
Hausswirth et al. (2011) 48' de corrida em esteira mecânica com 15' de downhill
Cada modalidade de recuperação foi realizadas 3 vezes (imediatamente após, 24h e 48h após o exercício): 3' de crioterapia de corpo inteiro -110°C / 30' de Infravermelho a 45°C / RecP por 30'
dano muscular; Força; PSD; PBE
Crioterapia promoveu recuperação em menor tempo que o infravermelho. RecP não influenciou a recuperação (Crioterapia > Infravermelho)
Heapy et al. (2018) Ultramaratona de Tarawera na Nova Zelândia
Sessões diárias por 4 dias de 25' de massagem manual / Sessões diárias por 4 dias de 20' compressão pneumática sequencial intermitente
PSD; PSF; Desempenho anaeróbio
Houve benefícios subjetivos, porém sem benefícios de desempenho (Massagem ≈ Compressão Pneumática > GC)
Higgins, Climstein e Cameron (2013)
Jogo simulado de rugby IAF (2 x 5' a 10-12°C x 2'30") / IAC (5 x [1' a 10-12°C] x [1' a 38-40°C]) /
Potência; desempenho anaeróbio; PSE;
IAF ↓ PSD, mas ambas não influenciaram a recuperação do
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
RecP por 10' flexibilidade; PSD desempenho (IAF > IAC)
Hinzpeter et al. (2014) 3 séries de sprints nado estilo livre (4×200 m) com intensidade progressiva
Exercícios submáximos por 20' / RecP por 20'
Desempenho anaeróbio; Lac
RecA ↓ concentração do Lac e influenciou a recuperação do desempenho anaeróbio (RecA > RecP)
Hoffman et al. (2016) Ultramaratona da Western States Endurance Run com 161 km
massagem manual por 20' / compressão pneumática sequencial intermitente por 20'
PSD; PSF; Desempenho anaeróbio
Houve benefícios subjetivos, porém sem benefícios de desempenho (Massagem ≈ Compressão Pneumática > GC)
Hooper, Mackinnon e Ginn (1998)
4 semanas de treinamento de natação com 40 km por semana e 150 min de treinos de força e flexibilidade
Polimento individualizado com ajuste de carga de acordo com as percepções individuais de recuperação / Polimento com redução progressiva de volume em 10% por dia / Polimento com redução de 10% volume e intensidade por
Estados do Humor; desempenho anaeróbio e de força
Melhorou estados de humor e ↑ força, porém sem influência no desempenho anaeróbio. Sem diferença entre as estratégias.
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
dia.
Houmard, et al. (1989) 3 meses de treinamento intenso, com volume de 110 km/semana.
Polimento com redução para 72% do volume do período preparatório. Após a competição, a carga foi novamente reduzida durante 5 dias e concedido 5 dias de descanso.
Desempenho aeróbio Não houve redução do estresse do treinamento e nem recuperação da capacidade aeróbia
Ingram et al. (2009) Treinamento coletivo com duração 80' seguidos por um teste de corrida de 20 metros até a exaustão.
Ambas intervenções foram realizadas imediatamente e 24h PósE IAC (3 x [2' a 10°C] x (2' a 40°C]) / IAF (2 x 5' a 10°C x 2'30") / RecP por 15'.
Marcadores de dano muscular; PSD; e desempenho anaeróbio; força
Recuperação mais efetiva para IAF (IAF>IAC>RecP)
Ishak, Hashim e Krasilshchikov (2018)
12 semanas de treinamento aeróbio
Polimento linear com redução de volume para 70% na 1ª semana e para 40% na 2ª semana / No polimento modificado foi acrescentada redução no 3
Cortisol; desempenho anaeróbio e escores de estados de humor.
Recuperação do desempenho e níveis de cortisol. Sem diferença entre as estratégias.
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
dias finais do período
Jansen Van Rensburg et al. (2017)
Sessão de 60' com exercícios pliométricos para MMII e MMSS
Terapia de vácuo intermitente em uma câmara MMII com a alternância de pressão atmosférica e pressão negativa de 9 e 6" respectivamente. O tratamento teve duração de 30' e foi repetido após 24h e 48h
FC; pressão arterial; saturação de oxigênio; Lac; dano muscular
Efeito benéfico ↓ lactato e PSD; sem efeito para creatina quinase
Jones, Lander e Brubaker, 2013)
England Anaerobic Endurance Test que simula as demandas durante o jogo de Rugby
RecP por 15' / 7' de caminhada, 3' de corrida submáxima, 3' deitado com os membros inferiores para cima e 5' de alongamento / IAF (10' a 10ºC) / RecComb consistiu na IAF seguido pela recuperação ativa
Desempenho anaeróbio; potência PSR; PSD
Nenhuma estratégia influenciou a recuperação. RecP reportou menores escores de PSR
Juliff et al. (2014) O circuito específico de IAC (7 x [1' a 38°C] x [1'a Agilidade, FC, Não houve benefícios
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
netball com sprints e saltos 15°C]) / Banho com contraste (7 x [1' a 38°C] x [1'a 18°C]) / RecP por 14'
temperatura; PSE; percepções de esforço; PSER
fisiológicos, porém ↓PDS e ↑ PSR
Kennedy, Patil e Trilk (2018)
Os atletas continuaram suas rotinas de treinamento
Massagem por 1h, 1 vez por semana durante 4 semanas (fase de altas cargas) e 1 vez a cada 2 semanas (fase de manutenção)
PBE; PSD massagem foi associada a melhor qualidade de sono, bem estar e recuperação
Lacey et al. (2014) Pré temporada de 4 meses com 3-4 sessões de treinamento de força por semana
Durante o polimento, o volume do treinamento de força foi reduzido para 12% e consistiu em 1 sessão por semana, com duração de 45 minutos, enquanto as sessões de campo permaneceram em níveis de pré-teste.
Desempenho anaeróbio, força e potência
Melhora do desempenho de potência. Sem diferença para força e desempenho anaeróbio
Lee et al. (2002) Rotinas normal de treinamento de judô ou
RecComb com máquina (quiropraxia, massagem e infravermelho) por 40', 2
Foram obtidas medidas de capacidade anaeróbia, potência aeróbia,
RecComb ↑ flexibilidade e ↓ PSD
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
wrestling vezes por dia concentração de lactato, flexibilidade e glóbulos vermelhos
Leeder, et al. (2015) Loughborough Intermittent Shuttle Test que reproduz demandas de esportes coletivos
IAF (14' a 14°C) sentado, com pressão hidrostática no tornozelo de 40 mmHg / IAF (14' a 14°C) em pé com com pressão hidrostática no tornozelo de 111 mmHg / RecP por 14'
Função neuromuscular; potência; dano muscular; PSD
RecP e IAF sentada ou em pé não influenciaram a recuperação (IAF ≈ RecP)
Lindsay, et al. (2016) 6 semanas de treinamento de força, potência e combates de MMA,
3 sessões consecutivas de IAF (15' a 10°C) / RecP por 15'
Dano muscular; PSE, PSF; potência; força;
IAF ↓ processo inflamatório promoveu recuperação do desempenho físico
Lindsay, et al., (2017) Combate simulado com 3 rounds x 5' x 1' de intervalo
IAF (15' a 1°C) / RecP por 14'
PSD; potência; temperatura; dano muscular; inflamação
IAF associada ↓ níveis de marcadores inflamatórios, cortisol, PSD, PSF e temperatura (IAF >RecP)
Lindsay, et al. (2015) Foram realizados 5 jogos de rugby
Após o jogo RecComb (Exercício submáximo no
Dano muscular As intervenções ↓ dano muscular, porém a
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
meio aquático + IAF [10' à 8-12°C]) + VC + 8 horas de sono). No dia seguinte: IAF [10' à 8-12°C]) / Exercício submáximo no meio aquático / Exercício submáximo de ciclismo, caminhada ou alongamento
intervenção pós-jogo é mais eficaz que a intervenção no dia seguinte, independente do protocolo
Lira et al. (2017) 9 semanas de treinamento de basquete
Polimento com redução do volume durante 3 semanas: Redução linear do volume em 80% (semana 1), 60% (semana 2) e 40% (semana 3) / Redução do volume para 50% no decorrer das 3 semanas
Desempenho aeróbio e anaeróbio
Recuperação do desempenho anaeróbio (redução linear > redução com etapas)
Lum, Landers e Peeling (2010)
High Intensity Interval Session (HIIS), com 8 repetições de corrida de 3' a 90% da velocidade do VO 2pico, com 1' de descanso.
Natação com 4s x 5 rep de 100m de estilo livre a 85-90% da velocidade de 1 km dos participantes com 2' de descanso / RecP por 45 -
Marcador de dano muscular; desempenho aeróbio e anaeróbio; PSR
Recuperação do Desempenho aeróbio e ↓ dano muscular (RecA > RecP)
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
60'
Marques-Jimenez et al. (2017)
Partida de futebol utilizando roupas de compressão
Meias curtas de compressão (20-25 mmHg no tornozelo, 15-20 mmHg na panturrilha) / meias longas de compressão (25-30 mmHg na panturrilha, 15-20 mmHg na coxa) / shorts de compressão (15 a 20 mmHg na coxa) durante os jogos e por 3 dias após os jogos por 7h.
PSR; desempenho anaeróbio e aeróbio, Lac; Saturação oxigênio
Não houve benefícios fisiológicos e desempenho, porém houve ↑ PSR
Marques-Jimenez et al. (2018)
Partida de futebol utilizando roupas de compressão
Meias curtas de compressão (20-25 mmHg no tornozelo, 15-20 mmHg na panturrilha) / meias longas de compressão (25-30 mmHg na panturrilha, 15-20 mmHg na coxa) / shorts de compressão (15 a 20 mmHg na coxa) durante os jogos e por 3 dias após
Dano Muscular; PSD Não houve benefícios fisiológicos, porém ↓PDS
118
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
os jogos por 7h.
Marquet et al. (2015) 3 dias de treinamento intervalado de alta intensidade
RecP por 15' / RecA com bicicleta (70% PAM) / IAF (2s x 5' a 10°C x 2'30") / 500ml de isotônico
Potência Anaeróbia Máxima; PSD e PSF
Intervenção nutricional ou IAF são eficazes para ↓ fadiga (IAF e Nut > RecP e RecA)
Meyer, et al. (2004) 13 dias de treinamento com incremento de 40% da carga habitual.
Treinamento recuperativo com redução da intensidade e duração da sessão reduzido para 1h ou 3h por dia.
Parâmetros imunológicos; Cortisol; Estresse Oxidativo; desempenho aeróbio
Menor volume (1h) foi eficaz para recuperação e restabelecer parâmetros imunológicos.
Minett,et al. (2014) 5 séries x 6 sprints de 15 m a cada 30" (total de (2 séries x 35' x 15' de intervalo)
IAF (20' a 10 ± 0,4°C) / Resfriamento com colete de gelo (-20°C), bolsas de gelo e toalha úmida a 5 ± 0,5°C) / RecP por 20'
Função neuromuscular; concentrações de hemoglobina cerebral; dano muscular; testosterona; cortisol; Temperatura, PSE; PSD
Efeito positivo das estratégias na recuperação neuromuscular e fisiológicas (IAF > Resfriamento)
Minett, et al. (2012) Fast-bowling skills test que simula demandas de um jogo de cricket
Resfriamento método misto (toalha umedecida, colete de gelo e bolsas de gelo) a 5,0±0,5°C / RecP por 20'
Desempenho esportivo; FC; temperatura; Dano Muscular; PSD
Resfriamento ↓ tensão térmica, dano muscular e PSD
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
Mizuno et al. (2016) 30' de corrida downhill (10% de inclinação) e corridas com solo nivelado a 70% Vo2máx
VC para MMII por 24h Desempenho aeróbio; potência; inflamação muscular; PSD; PSF; dano muscular
Efeito positivo na potência; Sem efeito em parâmetros fisiológicos, desempenho aeróbio e perceptivos
Montgomery et al. (2008) O minitorneio com jogos durante 3 dias
RecComb (Lanche pós-jogo (1g/Kg corporal) e 600 ml isotônico + Alongamento com 10 exercícios 2 vezes por dia) / IAF (5 x 1' a 11°C x 2') / VC MMII com pressão de 18 mmHg após jogo e durante a noite (18h).
Desempenho anaeróbio e aeróbio; potência; agilidade; PSF
IAF e VC influenciaram a recuperação do desempenho aeróbio e ↓ PSF (IAF > compressão > RecComb)
Moore, Thompson e Mcguigan (2012)
Protocolo de sprints com intensidades variadas e intermitentes
RecP por 5' / IAF (5' a 9 ± 0,30°C) / IAQ (5' a 35 ± 20°C)
Parâmetros imunológicos; marcadores de dano muscular; Força; Potência; Percepção de recuperação; Preferência das intervenções.
Não foi observada recuperação das variáveis testadas. Preferência pela imersão em água, sendo IAQ > IAF
Moreira et al. (2015) 2 partidas de futsal IAF (12' a 15±1°C) Potência; Desempenho IAF não atenuou PSD e
120
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
anaeróbio; PSD não recuperou desempenho
Nair; Mondal e Tiwari (2010)
16 semanas de treinamento de futebol
Exercícios submáximos no meio aquático durante 16 semanas
PSR RecA no meio aquático influenciou a PSR
Nakagawa, Obu e kanosue (2014)
Os atletas participaram de uma maratona
Calçado de instabilidade PSF O calçado instável ↓ PSF
Oliveira, et al. (2017) Treinamento técnico e intervalado de alta intensidade
Terapia de fotobiomodulação foi aplicada com um cluster com cinco diodos e dose de 10 J
Dano muscular; Força; PSD
↓ PDS e Inflamação; recuperação dos níveis de força
Papoti et al. (2007) 8,5 semanas de treinamento com um volume médio 34,8km por semana.
Polimento com redução progressiva do volume para 48% sem alteração da frequência e intensidade semanais
Desempenho aeróbio e anaeróbio
Recuperação do desempenho de potência e força
Pointon et al. (2011) Contrações voluntárias máximas (6 séries x 25 repetições)
Resfriamento com gelo (20'a 0,5°C)
Neuromuscular; Marcador de dano muscular; PSE e PSD
Resfriamento ↓ PSD; sem influência no dano muscular ou força.
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
Pointon et al. (2012b) Sprints máximos de 15m realizadas a cada 1' (2s x 30' x 10' intervalo)
20' de IAF (2s x 9' a 8,9 ± 0,9°C x 1') / RecP por 20'
Parâmetros Neuromusculares; Temperatura; PSD; Lac; Marcadores de dano muscular
A IAF promoveu ↑ recuperação neuromuscular, ↓ PSD e carga térmica
Pointon; Duffield (2012) Sprints e Tackles (colisões típicas no Rugby)
20' de IAF (2s x 9' a 9,2 ± 0,2°C x 1') / RecP por 20'
Parâmetros Neuromusculares; PSD; Lac e Marcadores de dano muscular
IAF ↑ recuperação neuromuscular e perceptiva
Pournot et al. (2011) 2 séries de 10' em um circuito de 30" de saltos e 30" de remo em ciclo ergômetro
IAF (15' a 10°C) / IAQ (15' a 36°C) / IAC (5 x [1'30" a 42°C] x [1'30" a 10°C]) / RecP por 15'
Força; potência; desempenho anaeróbio; dano muscular; PSD
IAF e IAC influenciaram a recuperação (IAF ≈ IAC > RecP)
Pruscino, Halson e Hargreaves (2013)
Loughborough Intermittent Shuttle Test que simula demandas físicas impostas durante uma partida com duração de 75'
Vestuários de compressão nos MMII por 24h PósE
Potência; PSD; PSR; dano muscular
Não houve benefícios fisiológicos, porém ↓PDS e ↑ PSR
Rey et al. (2012) Sessão de treinamento de futebol com duração de 45'
20' de exercícios submáximos (12' de corrida
Desempenho anaeróbio; potência; velocidade;
RecA auxiliou recuperação da potência, mas não teve
122
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
a 65% da velocidade máxima e 8' de alongamento estático / RecP por 20'
flexibilidade. efeito nas demais variáveis testadas (RecA > RecP)
Rhibi et al. (2016) 5 semanas de Treinamento de força com 2 sessões por semana (3 x 10RM's x 2' de descanso)
Polimento com redução de volume para 29% da carga habitual / Polimento com a mesma redução de carga e eletroestimulação durante as repetições.
Potência e força máxima Recuperação dos níveis de força e potência. Sem diferença entre as estratégias.
Rijken et al. (2016) Rotina normal de treinamento durante 6 semanas
Treinamento mental com duração de 2h30' / RecComb (treinamento mental + biofeedback)
Atividade encefálica; atividade cardíaca; percepção do desempenho esportivo, sono, PSR; PSBE
Ambas intervenções influenciaram a VFC e desempenho (Treinamento mental ≈ RecComb)
Robey et al. (2009) 3 - 9 séries de corrida em escadas
As intervenções foram realizadas imediatamente, 24h e 48h PósE: Alongamento estático por 15' com 2 séries x 8 exercícios x 30" / IAC (5x
Parâmetros neuromuscular; Desempenho anaeróbio; marcador de dano muscular; PSD
RecA e IAC não proporcionou recuperação após esforço extenuante.
123
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
[2' de banho quente a 40ºC] x [2' a 12ºC])
Rowsell et al. (2009) 4 partidas de futebol com duração de 90' durante 4 dias.
IAF (5 x 1' a 10±0.5°C x 1') / IAN (5 x 1' a 34±0,5°C x 1')
Potência; desempenho anaeróbio; Lac; inflamação muscular; PSE; PSD; PSR
IAF não influenciou recuperação fisiológica e de desempenho, porém ↓PDS e PSE e ↑ PSR
Rowsell et al. (2011) Torneio simulado com duração de 5 dias, com jogos em dias consecutivos
IAF (5x1' a 10°C) / IAN (5x1' a 34°C).
Desempenho aeróbio; PSE; PSD; PSF
IAF influenciou a recuperação do desempenho aeróbio e medidas perceptivas (IAF > IAN)
Rupp et al. (2012) Yo-Yo teste como meio de proporcionar fadiga.
IAF (15' a 12°C) / RecP por 15'
Foram obtidas medidas de desempenho aeróbio; potência muscular; PSF
IAF não recuperou os níveis de desempenho.
Russell et al. (2017) 15 sprints de 30m com intervalos de 60" de descanso
Crioterapia a -60°C durante 30" e a -135°C durante 120"
Dano muscular; testosterona; cortisol; potência; PSR; PSD
Crioterapia ↑ níveis de testosterona, mas não influenciou as demais variaveis
Sánchez–Ureña et al. (2017)
1 sessão de 90' com IAF (12' a 12±0,4°C) / IAF (4x 2' a 12±0,4°C x 1') /
Potência, inflamação IAF e IAC influenciaram a recuperação do
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
treinamento técnico e tático RecP por 12' muscular; PSD desempenho e ↓ PSD (IAF ≈ IAC > RecP)
Schaal et al. (2015) 2 semanas de treinamento com intensificação de 25% da carga habitual
Crioterapia de corpo inteiro com exposição a -10°C, -60°C e -110°C por 3'
Desempenho anaeróbio e aeróbio; sono; PSF; cortisol
Crioterapia diária foi associada a melhor qualidade de sono e ↓percepção de fadiga
Schimpchen et al. (2017) 5 sessões de treinamento de força (18-25 séries x 3-5 repetições)
IAF (10' a 12-15°C) Marcadores bioquímicos e hormonais; velocidade de deslocamento da barra; PSR; PSF
IAF não foi eficaz para promover melhoria de desempenho
She, Fan e Mo (2006) Treinamento de judô Suplementação de proteínas e minerais / Redução da carga de treinamento
Marcador de dano muscular; concentração de testosterona
Estratégias nutricionais ou redução da carga parecem ter efeitos semelhantes
Shepley et al. (1992) 8 semanas de treinamento com volume de 80km/semana
Polimento de alta intensidade e baixo volume com redução progressiva das séries a cada sessão durante os 5 dias / Polimento de baixa
Desempenho força; Potência e variáveis sanguíneas
O polimento com baixo volume e alta intensidade mantém foi associado com melhor desempenho.
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
intensidade e volume com redução progressiva de 20% da distância percorrida a cada sessão durante 5 dias /Polimento de repouso, os atletas não realizaram atividades durante o período de 6 dias.
Sherman et al. (1984) Participantes completaram a maratona de Ohio
Exercícios de corridas com intensidades auto selecionadas e com duração progressiva diária (20, 25, 30, 35, 40 e 45'). / RecP por 5 dias
PSD; força RecP influenciou a recuperação de força após 3d; PSD não foi influenciada (RecP > RecA)
Skovgaard et al. (2018) Treinamento de 40 dias com alto volume de sprints intermitentes de alta intensidade
18 dias de Polimento com redução progressiva até 26% do volume habitual
Desempenho aeróbio e marcadores de dano muscular
Melhora do desempenho aeróbio
Stanley, Peake e Buchheit (2013)
3 dias com sessões diárias de 120' de ciclismo (66 sprints máximos e 3 time
A IAF (5' a 10,1±0,8°C) / RecP por 5'.
Variabilidade da FC, PSF; PSR; PSD; desempenho
IAF manteve o desempenho durante os 3 dias, mas não influenciou
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Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
trials) anaeróbio qualidade de sono (IAF > RecP)
Suzuki et al. (2004) Partida ofical de rugby com duração de 80'
2 dias de RecA no meio aquático com duração de 1h / RecP por 1h
Dano muscular; estresse oxidativo
RecA influenciou estado de humor, mas não teve impacto na recuperação fisiológica (RecA > RecP)
Tabben, et al. (2018) Combate simulado de MMA (3 rounds x 5' x1' descanso)
IAF (15'a 10°C) PBE; Marcador de dano muscular, Cortisol; Testosterona; Potência; Desempenho anaeróbio
IAF ↑ recuperação anaeróbia e PSBE somente após 24h
Vaile et al. (2008) 66 sprints máximos de 5-15" e duração total de 105'
IAF (14' a 15ºC) / IAQ (14' a 38ºC) / IAC (7 x [1' a 15°C] x [1' a 38ºC]) / RecP por 14'.
Potência; FC, PSE; temperatura
IAF e IAC tiveram efeito positivo na recuperação do desempenho anaeróbio (IAF≈IAC>RecP)
Viitasalo et al. (1995) 5 sessões de treinamento de força e potência durante 3 dias.
Hidromassagem com temperatura entre 36,7 e 37,2°C, por 20'
Potência; força; dano muscular; PSD
↓ PSD e atenuação dos declínios de força e potência; Não influenciou
Von stengel et al. (2018) Sessão de treinamento de futebol com atividades
Drenagem linfática com dispositivo pessoal para auto tratamento de manhã e
Força; PSE; dano muscular; PSD
Drenagem linfática teve efeitos significativos nas variáveis de desempenho,
127
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
físicas, técnicas e táticas. à noite, durante 15' bioquímicas e perceptivas.
Webb et al. (2013) 3 jogos consecutivos durante a Liga Neozelandesa de Rugby.
IAF (5' a 10-12ºC) / IAC (3 x [1' a 8-10°C] x [2' a 40-42°C]) / Exercício submáximo ciclo ergômetro durante 7'.
potência; dano muscular; PSD; PSF
IAF e IAC ↓ PSD, PSF e inflamação; recuperação do desempenho de potência (IAC > IAF> RecA)
Wiewelhove et al. (2016) HIIT (3 séries x 8 repetições x 20" de intervalo a 90% da velocidade máxima)
15' de corrida com 40% da velocidade máxima / RecP por 15'
Potência; Marcador de dano muscular; PSD; PSR
RecA e RecP não proporcionaram recuperação após esforço extenuante.
Wikman et al. (2016) Rotina normal de treinamento
Foram realizadas aulas e palestras sobre recuperação e técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios, exercícios de relaxamento muscular progressivo.
PSR ↑ PSR e relatos de uso de métodos pró ativos de recuperação nas suas rotinas de treinamentos.
Wilson et al. (2018) Os participantes completaram uma maratona
Crioterapia com exposição de 3' a -85±5°C e 4' a -85°C±5°C com intervalo de 15' entre cada exposição /
Força; Potência; PSD, percepção de estresse; dano muscular
IAF e Crioterapia ↑ PSR e ↓ PSD, porém sem influência nos parâmetros fisiológicos e desempenho
128
Estudo Protocolo de fadiga Procedimento de recuperação
intervenção 1 / intervenção 2/ intervenção 3
Medidas Resultados
IAF (10' a 8±0,5°C) (IAF > Crioterapia > Placebo)
Zebrowska et al. (2017) Força isométrica de preensão palmar (4 séries x repetições de 5" até a falha)
30' de drenagem linfática manual e realizada novamente em 24 e 48h PósE / 30' de eletroestimulação realizada novamente em 24 e 48h PósE
Parâmetros neuromuscular; concentração de lactato marcador de dano muscular
Os métodos proporcionaram recuperação pós-exercício (drenagem > eletroestimulação)
Zinner et al. (2017) 3 sessões de sprints repetidos (3x30m) e 2 saltos com contra movimento para cada Sprint
Vestuários de compressão para MMII com pressão de 0, 10 ou 25 mmHg
Dano muscular; PSR Compressão de 10mmHg foi mais eficaz que 25mmHg e 0mmHg durante 48h de recuperação
Nota: ↑= aumentou; ↓= reduziu; > = maior que; < = menor que; ≈ = semelhante; °C = graus célsius; h = horas; ‘ = minutos; “ = segundos; IAF = imersão em água fria ; IAC = imersão em água com contraste; Lac = Concentração de lactato; m = metros; MMII = Membros Inferiores; Nut = nutricional; PósE = Pós exercício; PEER = Percepção da eficácia da estratégia de Recuperação; PSD = Percepção subjetiva de dor; PSE = Percepção Subjetiva de Esforço; PSF= Percepção Subjetiva de Fadiga; PSR = Percepção Subjetiva de Recuperação; PSBE = Percepção subjetiva de bem estar; RecP = Recuperação Passiva; RecA =Recuperação Ativa; RecComb = Recuperação Combinada
129
5. DISCUSSÃO
O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento de literatura de forma sistemática
com o propósito de identificar as estratégias de recuperação e suas respectivas respostas no
contexto esportivo. Visto que quanto maior o nível de estresse, maiores são as demandas de
recuperação, estratégias que facilitem a recuperação podem contribuir para gestão da fadiga e
estresse acumulados pelo treinamento (HEIDARI et al., 2018). Portanto, a combinação
adequada de sobrecargas e estratégias de recuperação como aspectos de um único processo,
ou seja, uma relação adequada entre períodos de sobrecarga e recuperação para possibilitar ao
atleta treinar e/ou competir com maior qualidade (BISHOP et al., 2008; MUJIKA, et al.,
2018).
Foi observado crescimento do número de publicações científicas nos últimos cinco
anos sobre a temática, resultado que não reflete somente a necessidade da área acadêmica em
compreender a efetividade dessas estratégias para promover recuperação no esporte, mas que
também tem sido ressaltada na atuação prática, pois treinadores, preparadores físicos e atletas
têm direcionado atenção ao processo de recuperação em diversas modalidades esportivas,
(FERREIRA, 2019; GLOBO, 2019; ZUCCHI, 2016). De fato, é durante esse período que
ocorrem os processos adaptativos e uma recuperação adequada pode permitir treinamentos
com maior qualidade e contribuir para melhorar o desempenho (JEFFREYS, 2005;
KELLMANN et al., 2018).
Entre os estudos incluídos, os resultados apontam maior volume de investigações com
modalidades esportivas coletivas, o que pode refletir a dificuldade que as equipes esportivas
enfrentam para manter condições adequadas de recuperação de seus atletas (NAESSENS et
al., 2000). É característico para estas modalidades, ciclos de treinamento com alta intensidade
e volume combinados com calendários que apresentam altas demandas de jogos e
competições durante toda temporada (COUTTS; REABURN, 2008). Dessa forma, as
investigações a respeito das estratégias de recuperação neste contexto tem importante papel
para auxiliar a compreensão da dinâmica entre treinamento e recuperação. Adicionalmente,
entre as modalidades coletivas, houve maior interesse sobre a aplicação de estratégias de
recuperação no futebol, fato que também pode ser observado na atuação prática, pois os
clubes e treinadores têm investido na recuperação física de seus atletas (BRAGA, 2018;
GUIMARÃES, 2018; KAMPF, 2017) com o objetivo de melhorar a eficácia do treinamento
130
no futebol e minimizar os riscos de lesões, decréscimos no desempenho e excesso de
treinamento (MEYER, et al., 2014). Esse resultado pode ser justificado, além da maior
popularidade, investimento e estrutura, pelo cronograma de jogos no futebol profissional, no
qual há alta demanda de competições e pouco tempo para recuperação, o que apoia que a
utilização de estratégias de recuperação entre as sessões de treinamento e/ou competição (pós-
exercício) são consideradas efetivas quando o tempo de recuperação é encurtado. Essa
estratégia é muito utilizada por treinadores e preparadores físicos da modalidade, pois
contribui para aplicação do próximo estímulo de treinamento com menor tempo de intervalo
ou com maior intensidade (MEYER, et al., 2014).
Dessa forma, justifica-se a necessidade dessa investigação acerca das estratégias de
recuperação e como podem ser aplicados de acordo com as rotinas e práticas de treinamento
nos esportes. Ao realizar a busca sistemática na literatura sobre recuperação no contexto
esportivo, foram identificados 18 tipos de métodos e 49 tipos de meios de recuperação
investigados nos estudos incluídos. Como resultado, nossa hipótese inicial de que a imersão
em água fosse a estratégia mais frequente foi confirmada pelo levantamento estudos incluídos
(LINDSAY, et al., 2017; MOORE et al., 2012; POINTON; DUFFIELD, 2012; POINTON
et al., 2012b; WEBB et al., 2013). O levantamento também permitiu a identificação de
estratégias ativas (exercício submáximos) e passivas (vestuário de compressão, massagem,
crioterapia e terapias alternativas) como efetivas no processo de recuperação, assim como as a
relação destas com as fases de recuperação (pós-exercício ou treinamento recuperativo).
Foi observado que 77% das estratégias de recuperação investigadas nos estudos
incluídos foram realizadas durante a fase de recuperação pós-exercício e que houve
predominância de utilização de estratégias de imersão em água, especificamente a imersão em
água fria, observada em 15,8% dos estudos. Destaca-se que a maioria dos estudos com a
imersão em água fria (POINTON; DUFFIELD, 2012; POINTON et al., 2011; TABBEN, et
al., 2018; WEBB et al., 2013) observaram efeitos positivos (69%) na recuperação das
variáveis de desempenho, fisiológicas e perceptivas foram reportados com resultados
superiores aos outros tipos de imersão ou crioterapia (ELIAS, et al., 2010; ELIAS, et al.,
2013; JULIFF et al., 2014; WILSON et al., 2018). Nesse sentido, os estudos incluídos
sugerem protocolos com 5 a 15 minutos de imersão contínua ou 20 minutos de forma
intervalada, com temperatura entre 8°C e 15°C (ELIAS, et al., 2010; LINDSAY, et al., 2017;
POINTON et al., 2011; POINTON et al., 2012b; TABBEN, M. et al., 2018).
131
Entre os possíveis mecanismos envolvidos na recuperação por meio da imersão em
água fria incluem uma redução percepção subjetiva de dor muscular e fadiga, da temperatura
do tecido, processos inflamatórios, da perfusão muscular e permeabilidade dos vasos
linfáticos, celulares e capilares, assim como aumento da pressão hidrostática (POINTON;
DUFFIELD, 2012; POINTON et al., 2012a; 2012b; SCHIMPCHEN et al., 2017; TIPTON
et al., 2017). Com o objetivo de verificar os efeitos da imersão em água fria na recuperação da
função neuromuscular após o exercício realizado em condição de alta temperatura, POINTON
et al. (2012b) observou que a imersão em água fria resultou em reduções da carga térmica e
dos escores perceptuais de dor muscular, além de promover recuperação da contração
máxima. Na metanálise realizada por Leeder, et al. (2012), foi observado entre os estudos
levantados que a imersão em água fria foi efetiva em melhorar a taxa de recuperação da força
e potência muscular 24, 48 e 72 horas após o exercício.
Apesar de estudos apontarem para efeito positivo da imersão em água fria, outros
estudos contrapõe estes resultados e ressaltam que os efeitos recuperativos da imersão em
água fria são divergentes e inconclusivos, o que em muitos casos dificulta a elaboração de
conclusões sobre a eficácia do método. No estudo realizado por Argus et al. (2017), os autores
apontam menores valores de potência e pico de torque em até quatro horas após a recuperação
realizada com a imersão em água fria. Nessa perspectiva, Moreira et al. (2015) observaram
que a imersão em água fria resultou em efeito benéfico na percepção de dor muscular e
desempenho anaeróbico durante um período de recuperação de curto prazo, o que corrobora
com os resultados encontrados por Tabben et al. (2018), que em estudo realizado com atletas
de artes marciais mistas (MMA), observaram que a recuperação nas variáveis de desempenho
e perceptivas de dor e fadiga muscular ocorreu somente vinte e quatro horas após a imersão
em água fria. Entre os possíveis mecanismos envolvidos na queda do desempenho, Moreira et
al. (2015) destacam a alteração das propriedades viscoelásticas do músculo, aumento da taxa
de transmissão dos impulsos nervosos, alteração da relação força-velocidade e aumento da
degradação de fosfato de alta energia. Em resumo, estes estudos sugerem que o desempenho
do exercício realizado imediatamente após a imersão em água fria pode ser comprometido
pela menor temperatura muscular, o que consequentemente pode comprometer a capacidade
contrátil muscular.
No entanto, estudos com imersão em água fria (HIGGINS, et al., 2013; JULIFF et al.,
2014; WILSON et al., 2018) que não observaram efeitos positivos no desempenho físico e
132
parâmetros fisiológicos, reportaram que os participantes relataram menor percepção subjetiva
de dor ou maior percepção de recuperação. Esse resultado também é apontado pela maioria
dos estudos que investigaram massagem (HEAPY et al., 2018; HOFFMAN et al., 2016;
ZEBROWSKA et al., 2017), vestuário de compressão (ARMSTRONG et al., 2015;
MARQUES-JIMENEZ et al., 2018; MARQUES-JIMENEZ et al., 2017) e estratégias com
dispositivos terapêuticos (EDGE et al., 2009; RHIBI et al., 2016; VON STENGEL et al.,
2018). Nesse sentido, WILSON et al. (2018) destaca que crença ou percepção de eficácia no
tratamento podem ser amplamente responsáveis pelos efeitos benéficos da estratégia utilizada
na recuperação. Corroborando com esse apontamento, COOK; BEAVEN (2013) destaca que
a combinação de índices fisiológicos e psicológicos fornece uma indicação melhorada do
desempenho e sugere-se um papel importante da percepção da eficácia no processo de
recuperação do treinamento. De fato, em recente estudo realizado por CROWTHER et al.
(2017) os autores entrevistaram 331 atletas de nível regional, nacional e internacional acerca
de suas práticas e preferências para utilização das estratégias de recuperação. Foi observado
que a atividades de recupera ativa e imersão em agua fria foram estratégias mais adotadas e
percebidas como eficazes pelos atletas entrevistados. No entanto, também foi observado que
parte dos atletas podem não estar cientes dos efeitos específicos que as diversas estratégias
podem apresentar em sua recuperação.
Em relação estratégias psicológicas, foram observados, por meio de métodos passivos
e pró-ativos, efeitos positivos, principalmente na percepção de recuperação (BALK et al.,
2017; FURRER et al., 2015; RIJKEN et al., 2016; WIKMAN et al., 2016). As estratégias
psicológicas foram realizadas por meio de programas de educação para compreensão da
importância de gerir a própria recuperação (WIKMAN et al., 2016) treinamento mental,
técnicas de respiração e relaxamento, aplicadas pelos pesquisadores (RIJKEN et al., 2016) ou
realizadas deforma pró ativa pelos participantes (BALK et al., 2017; WIKMAN et al., 2016).
HEIDARI et al. (2018) e KELLMANN et al. (2018) destacam que a recuperação está
relacionada a condições ambientais dentro e fora do contexto esportivo, de forma que fatores
de estresse social podem causar perturbações na recuperação. Nessa perspectiva, Crewther e
Cook (2012) investigaram as respostas hormonais e de desempenho em função feedback
positivos (elogios) e negativos (críticas) feitas pelo treinador aos atletas no dia seguinte de
uma partida. Os autores observaram que as intervenções com feedback positivo foram
associadas a maiores concentrações de testosterona, menores concentrações de cortisol e
133
melhores escores de desempenhos durante os jogos subsequentes quando comparada a
abordagem com feedback negativo. Portanto, observa-se que o clima motivacional pode
influenciar o desempenho dos atletas e que simples estratégias psicológicas podem ser
eficazes no contexto esportivo.
Métodos ativos, associados aos meios pedagógicos realizados na fase pós-exercício e
treinamento recuperativo com estratégias de redução de carga de treinamento
corresponderam respectivamente a 10% e 13% dos estudos. Métodos ativos, realizados
durante a fase pós-exercício, foram evidenciados nos estudos incluídos por meio de
alongamentos e exercícios submáximos (corridas, ciclo ergômetros e exercícios aquáticos)
com intensidades entre 40% e 70%. Métodos ativos com a utilização de exercícios
submáximos têm como propósito elevar o metabolismo aeróbio para acelerar a remoção de
substratos metabólicos decorrentes da atividade prévia (GRECO et al., 2012). As realizações
de exercícios baseados em alongamentos como uma recuperação pós-exercício podem ser
atribuídas a uma combinação de fatores, incluindo a popularidade, execução auto orientada,
acessibilidade e facilidade na execução. Nesse sentido, Crowther et al. (2017) sugerem que a
utilização de alongamentos está relacionada a relaxamento e redução da tensão muscular,
embora o alongamento não pareça ser eficaz para reduzir ou prevenir dor muscular de início
tardio. Porém, resultados divergentes foram encontrados para os exercícios submáximos com
efeito positivo (HINZPETER et al., 2014; LUM et al., 2010) ou sem efeito (BAHNERT et
al., 2013; MARQUET et al., 2015; WIEWELHOVE et al., 2016) na recuperação.
Por outro lado, a estratégia de redução de carga foi apontada como eficaz pela maioria
dos estudos incluídos (87%) (FAUDE, et al., 2009; FORTES et al., 2017; ISHAK et al.,
2018; MEYER, et al., 2004; SKOVGAARD et al., 2018) com redução entre 10 a 40% da
carga de treinamento. Foram observadas estratégias de treinamento recuperativo
(microciclos)(ARROYO GARCÍA et al., 2013; FAUDE, et al., 2009; MEYER, et al., 2004)
e estratégias de polimento (FARHANGIMALEKI et al., 2009; LACEY et al., 2014;
PAPOTI et al., 2007). Um aspecto semelhante nos estudo é a redução do volume, um dos
parâmetros da carga de treinamento. SHEPLEY et al. (1992) destaca que redução de volume
com manutenção da intensidade foi associado com melhor desempenho. Corroborando com
esse resultado Meyer, et al. (2004) e Faude, et al. (2009) apontam que treinamento com baixo
volume e intensidade de treinamento proporcionam melhores resultados de recuperação em
relação aos aspectos fisiológicos e psicológicos.
134
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO.
Na busca realizada pela presente revisão sistemática foi possível observar que as fases
de recuperação pós-exercício e treinamento recuperativo são interessantes do ponto de vista
do planejamento do treinamento, pois tem o objetivo de distribuir adequadamente o estresse
de treinamento e garantir a qualidade do treinamento nas sessões seguintes e maximização do
desempenho nos eventos competitivos.
Foi possível observar que não tem sido identificado um único marcador eficiente para
o monitoramento da recuperação, pois, aspectos fisiológicos demandam elevado tempo para
fornecer respostas e apresentam custos elevados para sua análise. Nesse sentido, a utilização
de instrumentos psicométricos podem apresentar menor custo e fornecer resultados em menor
tempo com maior precisão.
Os resultados da presente revisão sistemática apontam que estratégias com imersão em
água fria durante a recuperação pós-exercício, redução do volume durante a fase de
treinamento recuperativo e estratégias psicológicas para promover relaxamento, redução de
estresse e percepção de recuperação parecem ser eficazes para promover a recuperação de
aspectos fisiológicos, psicológicos e de desempenho. No entanto, devem-se considerar
preferências às respostas de perceptivas dos atletas exercem papel importante nesse processo
e devem ser combinada com índices fisiológicos e desempenho para possibilitar melhor
recuperação do treinamento.
135
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APÊNDICES
Apêndice I. Ficha de elegibilidade utilizada durante a 2ª etapa de triagem dos estudos
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Apêndice II. Ficha de extração de dados
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ANEXOS
Anexo I. Comunicado de registro do projeto de revisão sistemática no PROSPERO