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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
DANIEL AUGUSTO ORCHEL
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NO REGIME GERAL DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL E A SUA INCOMUNICABILIDADE COM
OUTROS RAMOS DA PREVIDÊNCIA.
CURITIBA
2012
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NO REGIME GERAL DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL E A SUA INCOMUNICABILIDADE COM
OUTROS RAMOS DA PREVIDÊNCIA.
CURITIBA
2012
DANIEL AUGUSTO ORCHEL
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NO REGIME GERAL DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL E A SUA INCOMUNICABILIDADE COM
OUTROS RAMOS DA PREVIDÊNCIA.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao
Curso de Direito da Faculdade de Ciências
Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como
requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Direito.
Orientador: Professor Dr. Oswaldo Pacheco Lacerda
Neto.
CURITIBA
2012
TERMO DE APROVAÇÃO
DANIEL AUGUSTO ORCHEL
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NO REGIME GERAL DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL E A SUA INCOMUNICABILIDADE COM
OUTROS RAMOS DA PREVIDÊNCIA.
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Bacharel em Direito no curso de
Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, de de 2012.
________________________________________________
Curso de Bacharelado em Direito
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador:
Prof. Dr. Oswaldo Pacheco Lacerda Neto.
UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Prof._______________________________
UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Prof._______________________________
UTP – Faculdade de Ciências Jurídicas
Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso à
minha família em especial minha mãe que sempre
me incentivou a estudar, a minha amada esposa que
estava ao meu lado nos momentos mais difíceis
dando-me forças para continuar sem que me
deixasse abater pelas dificuldades encontradas
neste longo caminho, mas apesar de todas as
dificuldades, juntos conseguimos vencer mais uma
etapa de muitas que virão.
Agradeço a todos que fizeram deste sonho uma
realidade, aos mestres que sempre estiveram ao
meu lado auxiliando e orientando, ao meu orientador
Professor e Doutor Oswaldo sem o qual não teria
conseguido finalizar este trabalho, agradeço também
a minha esposa Tatiane que sempre me apoiou e
não me deixou desistir nas horas mais difíceis, muito
obrigado a todos por acreditarem em mim nestes
cinco anos de lapidação do conhecimento.
“Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.”
Abraham Lincoln
RESUMO
Este tema trata da aposentadoria por invalidez no regime geral da previdência social e a sua incomunicabilidade com outros ramos da previdência, este estudo surgiu através de uma aula ministrada pelo Mestre e Professor orientador Oswaldo Pacheco Lacerda Neto o qual fez a menção de não haver possibilidade de uma pessoa possuir um benefício da aposentadoria por invalidez e este vir a acumular-se com outro benefício da previdência. Foram construídas duas etapas para demonstrar que estes acúmulos são irregulares e que na atualidade não existe um sistema uno eletrônico para comparação de dados entre os diversos ramos de previdência. Com o auxílio de um questionário o qual foi entregue a três institutos de grande respeito, tivemos a comprovação desta falha no cruzamento de dados e com isto demonstramos a fragilidade que se encontra as previdências do Brasil. Palavras-chave: Previdência, Incomunicabilidade, Fraude, Invalidez e Social.
ABSTRACT
This theme deals with the disability retirement in the general welfare and their inability to communicate with other branches of social security, this study arose through a taught by Master Teacher and coach Oswaldo Lacerda Pacheco Neto in which did not mention the possibility of a person having a benefit for disability retirement and other benefit to accrue from another branch of social security. It was built two steps to demonstrate that this benefit cannot be accumulated and that there is now a single electronic system for data comparison between different branches of social security. With the aid of a questionnaire which was given to three institutes of great respect, had failed to prove that the intersection of data and thus demonstrated the frailty that is the pensions of Brazil. Key words: Welfare, incommunicado, Fraud, Disability and Social.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 HISTÓRICO ........................................................................................................... 11
2.1 SURGIMENTO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ .................................. 11
2.2 LEIS .................................................................................................................... 11
3 PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA ........................................................................... 14
3.1 PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE ...................................................................... 14
3.2 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO .. 14
3.3 PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS ............... 14
3.4 PRINCÍPIO DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO E CUSTEIO ....... 14
3.5 PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DE CUSTEIO ................................... 14
3.6 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ......................................... 15
4 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ................................................................... 16
4.1 BENEFICIÁRIO ................................................................................................... 17
4.2 CARÊNCIA .......................................................................................................... 18
4.3 INÍCIO DO BENEFÍCIO ....................................................................................... 18
4.3.1 Renda do Benefício .......................................................................................... 19
4.3.2 Duração da aposentadoria por invalidez .......................................................... 19
5 CONTRATO DE TRABALHO ................................................................................ 21
6 CESSAÇÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ........................................ 23
7 QUANTO A CUMULAÇÃO DOS BENEFÍCIOS .................................................... 25
8 FALTA DE COMUNICABILIDADE ENTRE AS PREVIDÊNCIAS ......................... 29
8.1 RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO ...................................................................... 29
9 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 31
10 ANEXOS .............................................................................................................. 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
10
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso abordará o tema da aposentadoria por
invalidez, no sistema Previdenciário brasileiro, especialmente a sua admissibilidade
e a sua perda quando adquirida de forma ilícita.
Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em
1988, o poder constituinte originário previu vários direitos previdenciários ao
cidadão, afim de que o mesmo, atendido os pressupostos, possa solicitar sua
aposentadoria, e assim, obter o benefício de invalidez permanente. O artigo 40, § 1º,
inciso I, deixa bem claro essa garantia Constitucional. Todavia, a legislação
brasileira exige requisitos, os quais devem ser seguidos e cumpridos de forma
fidedigna, caso contrário, o segurado não obterá o benefício. A Lei 8.213/91, em
seus artigos 46 e 47, estabelecem várias formas em que o segurado pode deixar de
receber o referido benefício.
Para alcançar o objetivo específico dessa monografia, será necessária, a
realização de uma pesquisa contundente, profunda e dinâmica sobre o tema
abordado. Para isso, será buscado apoio em doutrinas, jurisprudências, consultas
legais, bem como pesquisas realizadas frentes aos órgãos públicos, a fim de
alcançar o objetivo proposto, sendo este, a demonstração de situações fraudulentas
perante à aposentadoria por invalidez, no sistema previdenciário brasileiro.
Portanto, o presente trabalho de conclusão de curso, tem como foco a
aposentadoria por invalidez, através do qual se buscará, com respaldo nos institutos
supracitados, as formas de evitar as condutas fraudulentas diante da aposentaria
por invalidez, demonstrando também, as situações em que o beneficiário poderá
perder tal benefício.
11
2 HISTÓRICO
2.1 SURGIMENTOS DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Nas palavras do ilustríssimo Charles I. Schottland1, o trabalho mesmo que
mais primitivo que fosse, esse sempre acarretou grandes riscos às pessoas que
assim o realizavam, sendo que por muitas vezes, essas pessoas tinham partes de
seus corpos deformadas, ou seja, braços amputados, pernas amputadas, olhos
perfurados, coluna esmagada, entre tantos acidentes que retiravam do trabalhador a
capacidade de auto suprir as suas necessidades básicas, necessidades que não
eram vistas pelo estado, assim, com as grandes tragédias e o grande número de
pessoas vitimadas por suas ocupações, ficou claro que era preciso fazer algo para
tentar minimizar essa situação e assim foi feito, o risco no trabalho foi o primeiro
grande alvo para o programa de seguro social, com isto, era possível que o
trabalhador tivesse compensações quando sofresse algum tipo de acidente
relacionado ao trabalho, como podemos observar a legislação inglesa, onde o
empregador era obrigado a tomar precauções razoáveis para escapar da
responsabilidade, e o Código Napoleônico, o qual dava o direito ao trabalhador de
acionar o seu empregador para que este o indenizasse, porém o mesmo teria que
provar a culpa do patrão para receber tal benefício.
No Brasil, podemos dizer que a Previdência surge em 1923 com o Decreto
4.682/23 que ficou conhecido como Lei Eloy Chaves que estabelece a criação da
primeira Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP) para os Ferroviários de todo país,
estas CAPS eram organizadas pelas empresas ferroviárias, sendo esta, considerada
então como o surgimento da previdência social no Brasil, pois esta lei estabelecia a
aposentadoria por invalidez (grifo nosso), por tempo de serviço, pensão por morte e
assistência médica.
2.2 LEIS
1SCHOTTLAND, Charles I. ; Tradução: REIS Maria Heloisa de Souza; TAVARES Heloisa de
Carvalho, Previdência Social e Democracia – Rio de Janeiro: Edições GDR, 1967, pg. 140.
12
No Brasil, o foco principal deste trabalho, encontramos vários artigos e leis
que falam sobre a aposentadoria por invalidez, e assim fazem a distinção de
quando, como e quem deve usufruir de tal benefício. Como marco inicial, segundo
(MARTINS, 2007. p. 324) 2, tem uma lei que inovou esse pensamento de proteção
ao trabalhador, que é a Lei Eloy Chaves no decreto Nº 4.682 - de 24 de janeiro de
1923, essa lei traz estipulada em um dos seus artigos a aposentadoria por invalidez,
assim esta na lei, “Art. 10. A aposentadoria será ordinária ou, por invalidez”, no que
pese no passado o homem vinha observando que era preciso fazer algo para
proteger seus trabalhadores e de forma genial e humana, deu-se sim uma grande
guinada para o futuro destes empregados brasileiros. Nesta mesma lei, encontramos
outros artigos que remetem ao funcionário o recebimento do benefício em caso de
acidente no trabalho, sendo este o artigo15 desta lei. “Nos casos de acidente de que
resultar para o empregado a incapacidade total ou permanente terá este direito à
aposentadoria, qualquer que seja o seu tempo de serviço”, e o artigo 19 “As
aposentadorias por invalidez serão concedidas em caráter provisório e ficarão
sujeitas à revisão”. Desde os primórdios, o homem já imaginava ou previa que
fraudes pudessem ocorrer no sistema previdenciário brasileiro, pois se assim não
fosse, por que haveria a necessidade de impor ao beneficiário o dever de realizar
uma avaliação de revisão de benefício. Porém, não devemos nos ater somente a Lei
Eloy Chaves, a própria Constituição de 1934 em seu artigo 121 alínea h, previa que
a previdência deveria cobrir eventos de invalidez “artigo 121 - A lei promoverá o
amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos
campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses
econômicos do País”, alínea “h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à
gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do
salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da
União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da
maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte”.
Mas em 1937 houve uma mudança ao entendimento da Constituição
anterior, onde a antiga previa a instituição da previdência para cobrir eventos que
causa-se a invalidez, assim, ficando assegurado a instituição de seguros para a
invalidez, conforme artigo 137, alínea m da constituição de 37, “Art. 137 - A
² MARTINS, Sergio Pinto. Direito da Seguridade Social. 24. ed., atualizada em 31-12-06. São Paulo: Editora Atlas S/A, 2007, p. 324.
13
legislação do trabalho observará, além de outros, os seguintes preceitos: m) a
instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidentes
do trabalho”.
Como o Brasil estava se adaptando aos conceitos de dignidade e segurança
aos trabalhadores, em 1946 tivemos mais um novo entendimento a respeito da
invalidez, onde desta vez a previdência previa as consequências da invalidez, assim
como em 1988 tivemos o nosso divisor de águas, e através desta a determinação de
que os planos da previdência social atenderão eventos de invalidez, artigo 201,
inciso I da Carta Magma “Art. 201 - A previdência social será organizada sob a forma
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I -
cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada”. Passando
com isso, a previdência fiscalizar e organizar esse benefício.
14
3 PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA
Para a previdência social, vários são os princípios que devem ser levados
em consideração na hora de verificar se um beneficiário pode ou não usufruir da
previdência, por isso, demonstraremos os mais importantes.
3.1 PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
Este princípio mostra que todos os contribuintes devem dispor de uma parte
de seus ganhos para o sustento da previdência, mesmo que nunca tenham
usufruído deste benefício.
3.2 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO
ATENDIMENTO
Este princípio prega que todos devem estar cobertos pela previdência social,
protegendo de todos os riscos sociais.
3.3 PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS
Este princípio mostra que o beneficiário não pode ter os valores dos seus
benefícios reduzidos, garantindo com isto o poder aquisitivo que este possuía na
época da contemplação do benefício cabível ao mesmo.
3.4 PRINCÍPIO DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DO
CUSTEIO
Para uma simples explicação do princípio, basta compreender que ele irá
buscar uma maior contribuição de quem pode contribuir com mais e vai pegar uma
parte menor daqueles que recebem menos, usando porcentagens para
determinadas classes salariais.
3.5 PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DE CUSTEIO
15
Neste princípio, visa-se diminuir os riscos financeiros do sistema
previdenciário, sendo feita várias formas de captações em diversos ramos de
atividades.
Aqui fica uma pequena amostra dos diversos princípios que regem o sistema
da previdência, porém um dos princípios que mais chama a atenção é o princípio da
dignidade da pessoa humana.
3.6 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade pessoal e distintiva
que será reconhecida em cada ser humano desde que seja merecedor deste
respeito, respeito esse realizado pelo Estado e pela comunidade, implicando em
direitos e deveres fundamentais que assegurem as pessoas de atos de cunho
degradante e desumano, e que venham a lhe garantir as condições existenciais
mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação
ativa e corresponsável nos destinos da própria existência da vida em comunhão com
os demais seres humanos deste planeta.
Vale dizer que é através deste benefício, aposentadoria por invalidez, que o
assegurado terá restituída mesmo que de forma simples a sua dignidade, ou seja, é
através do benefício que este colaborador poderá voltar a gerir o seu próprio
sustento dando a ele a esperança e o mínimo de dignidade para continuar a sua
vida como bem assim o entender.
16
4 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
A aposentadoria por invalidez sempre será devida para aquele trabalhador
que por motivo laboral ou acidentária retirou do mesmo a capacidade de gerir a sua
própria subsistência, (PAULO VAZ e JOSÉ SAVARIS) 3, demonstram em uma frase
simples a lógica esse benefício, “Assim, tem-se que a lógica levaria à conclusão de
que a aposentadoria por invalidez, por todas essas características, deve
consistir numa proteção social maior que qualquer outra modalidade de
aposentadoria”, (Grifo dos autores).
Neste seguimento e sem fugir muito do assunto, (IBRAHIM) 4, mostra que:
“Evento determinante – incapacidade permanente para o trabalho e insuscetível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência”.
Ou seja, essa aposentadoria poderá ser definitiva ou temporária, tudo vai
depender da avaliação realizada por Médicos peritos tanto do INSS como os
Médicos peritos das previdências privadas, exemplo dos Estados, Municípios,
Distrito Federal, etc.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) considera a existência de
três conceitos de invalidez, sendo eles: a) a invalidez física, que envolve a perda
parcial ou total de qualquer parte do corpo, incluindo a mental; b) a invalidez
profissional, que é a perda da capacidade de exercer a atividade laboral na função e
c) invalidez geral, que é a perda de ganho devido ao não aproveitamento das
oportunidades de trabalho que possam surgir.
Para (TAVARES) 5, todo o benefício que for concedido dependerá de uma
verificação Médica, sendo esta realizada através de laudos e exames, toda perícia
quando realizada pela previdência social, será feita por um Médico da instituição e
este pode ser acompanhado por um Médico da confiança do beneficiário. Mesmo
após ser considerado inapto para suas funções laborais aquele cidadão que estiver
recebendo o benefício da aposentadoria por invalidez terá que comparecer a
exames médico bienal, ao processo de reabilitação e a tratamento, exceto se for
intervenção cirúrgica e transfusão de sangue.
³VAZ, Paulo Afonso Brum; SAVARIS, José Antonio. Direito da previdência e assistência social: elementos para uma compreensão interdisciplinar. Florianópolis, SC: Conceito Editorial, 2009, p. 443. 4IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. Rio de Janeiro: Impetus Editorial, 2002, p.
391. 5TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito Previdenciário. 11. ed., revisada, ampliada e atualizada. Rio
de Janeiro: Lúmen Júris, 2009, p. 130.
17
Porém, não é um simples acidente que vai dar o direito ao beneficiário de
usufruir do benefício da aposentadoria por invalidez, assim, o mesmo deve
comprovar que realmente possui uma incapacidade para a atividade e não somente
um pouco de dificuldade, para estes casos já tivemos decisões nesse sentido, como
mostra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
3. Número: 70048580989. Tribunal: Tribunal de Justiça do RS, Seção:
CIVEL. Tipo de Processo: Apelação Cível. Órgão Julgador: Nona Câmara Cível. Decisão: Acórdão. Relator: Marilene Bonzanini Bernardi. Comarca de Origem: Comarca de Canoas. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. ACIDENTE DE TRABALHO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-ACIDENTE. SEQUELAS DE QUEIMADURA. REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL. 1. Não restando demonstrada a incapacidade permanente para o trabalho, mormente à vista das conclusões emanadas do laudo pericial, não faz jus a parte autora ao benefício de aposentadoria por invalidez. 2. Do art. 86 da Lei 8.213/91 se depreende que são exigidas duas condições para que se conceda o benefício de auxílio-acidente. A primeira, que haja uma relação de causalidade entre o trabalho e a moléstia. A segunda, que a doença tenha gerado redução ou perda da capacidade para o trabalho que se exercia anteriormente. Pressupostos configurados. Benefício concedido. 3. O marco inicial do benefício deve ser o dia da cessação do auxílio-doença, na forma do art. 86, § 2º, da Lei nº 8.213/91. 4. Com o advento da Lei nº 11.960, de 2009, a partir de 29-06-2009, a correção monetária e os juros moratórios deverão corresponder aos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança (art. 5º). 5. Em relação às custas processuais, em face da nova redação do art. 11 do Regimento de Custas (Lei 8.121/85), dada pela Lei 13.471/10, está isento o INSS de seu pagamento. 6. Honorários advocatícios no percentual de 10% sobre o valor da condenação (Súmula 111 do STJ), incidindo sobre as parcelas vencidas até a data do acórdão que reformou a sentença de improcedência. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70048580989, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 18/07/2012) Data de Julgamento: 18/07/2012 Publicação: Diário da Justiça do dia 01/08/2012.
4.1 BENEFICIÁRIO
Todos os segurados que fazem parte deste sistema de previdência fazem
jus a esta forma de benefício, ficando de fora deste os dependentes do segurado
visto que é o próprio beneficiário que fará jus ao benefício. Sendo que estes
beneficiários estão amparados pelo critério espacial (JÚNIOR) 6, explica que este
critério deve amparar todo o território Nacional, e sempre que for possível utilizar
junto a este critério o princípio da extraterritorialidade.
6 JUNIOR, Miguel Horvath. Direito Previdenciário. 3ª. ed., São Paulo: Quartier Latin Editorial, 2003,
pag. 163.
18
4.2 CARÊNCIA
Conforme entendimento de (GONÇALEZ)7, a aposentadoria por invalidez
emana da Lei 8.213/91 em seu artigo 25 inciso I “A concessão das prestações
pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos
de carência, ressalvado o disposto no art. 26: auxílio-doença e aposentadoria por
invalidez: 12 (doze) contribuições mensais”, o que isto vem a ser no cotidiano, quer
dizer que para uma pessoa poder usufruir da aposentadoria por invalidez é preciso
que esta tenha pelo menos contribuído com a previdência pelo prazo de um ano,
porém cabe ressaltarmos aqueles seres o qual a sorte nem sempre os acompanha e
por ironia do destino após longa data de busca por uma vaga no mercado de
trabalho sofre um acidente no seu segundo dia de expediente.
Como fora dito acima este cidadão menos afortunado não teria o direito de
pleitear uma aposentadoria por invalidez, sendo este o caso, engano nosso, o artigo
26, inciso II da Lei 8.213/91, “Art. 26. Independe de carência a concessão das
seguintes prestações: II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho”,
mostra outro entendimento, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao
Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde do Trabalho e
da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação,
mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que
mereçam tratamento particularizado, neste contesto vemos que fica dispensada a
carência nos casos de acidentes de qualquer natureza ou causa, doença profissional
ou do trabalho e de doenças correlacionadas em uma lista elaborada pelo Ministério
da Saúde e da Previdência Social, sendo esta elaborada a cada três anos.
4.3 INÍCIO DO BENEFÍCIO
Uma vez acometido de um acidente ou doença que venha a incapacitar o
trabalhador, este deverá passar por um exame pericial para verificar a existência ou
não de uma moléstia que possa resultar num afastamento da atividade laboral.
7GONÇALES, Odonel Urbano. Manual de direito previdenciário. 11ª. ed., São Paulo: Atlas Editorial,
2005, p. 113.
19
Depois de constatado que o trabalhador não possui mais condições de gerir o seu
próprio sustento, este será afastado de suas atividades normais e passará a receber
o benefício da aposentadoria por invalidez. Porém, quando se tratar da iniciativa
privada, este colaborador afastado fica recebendo de sua empresa normalmente, ou
seja, esse afastamento quando perdurar por mais de quinze dias, os primeiros
quinze dias de afastamento do trabalho serão computados em sua folha de
pagamento, sendo que após essa data, já no décimo sexto dia, esse mesmo
trabalhador deixará de receber do seu contratante e ficará aos cuidados da
Previdência, podendo também ser considerado como data de início do pagamento, a
data em que se deu início a incapacidade ou a partir da data da entrada do
requerimento, quando este requerimento for feito, o benefício terá seu início, após o
trigésimo dia do afastamento da atividade laboral.
4.3.1 Renda do Benefício
A renda mensal aferida para este benefício é de cem por cento8, percentual
este do último salário recebido, contudo, uma vez diagnosticado que este
beneficiário venha a necessitar de um auxílio ou assistência permanente de uma
terceira pessoa, o seu benefício poderá sofrer um acréscimo de vinte e cinco por
cento9, mesmo que o seu auxílio já esteja no limite máximo, será este recalculado,
uma vez recebendo esse acréscimo, o beneficiário só deixará de receber esta
quantia, caso o mesmo venha a falecer ou não precise mais dos acompanhamentos
especiais que antes o favorecia. Agora surge uma pergunta importante, por que
deste percentual? Suponhamos que ao sofrer um acidente laboral, o empregado
tenha uma fratura de coluna e nunca mais volte a se movimentar, ficando
tetraplégico, esse beneficiário precisará de um atendimento especial, de uma
pessoa olhando por ele vinte e quatro horas por dia, por isso desta ajuda a mais, é
uma forma de proporcionar uma melhor condição ao enfermo e a sua família.
4.3.2 Duração da aposentadoria por invalidez
8Artigo 44 da Lei 8.312/91, com redação dada pela Lei nº 9.032/95
9Artigo 45 da Lei 8.312/91, com redação dada pela Lei nº 9.032/95
20
No contexto passado, para que um beneficiário pudesse usufruir de sua
aposentadoria por invalidez definitivamente, este deveria esperar um período de
cinco anos de vigência, para com isto, ter reconhecido definitivamente a sua
aposentadoria por invalidez conforme previa a Lei 3.332/57 em seu artigo 4º, § 3º,
conforme cita (SETTE)10.
Com o advento da Lei 3.087/60 em seu artigo 27, § 6º, o segurado que
tivesse mais de cinquenta e cinco anos não estava sujeito mais a realização de
exames periciais para verificação de incapacidade laborativa, ficando a
entendimento que uma vez atingindo a idade de cinquenta e cinco anos, o
beneficiário da aposentadoria por invalidez teria o seu benefício definitivo, e com
isso, este não era mais obrigado a retornar nas perícias médicas, pois nesta época,
consideravam que o trabalhador não poderia mais se reabilitar11.
Em 1973 com a promulgação da Lei 5.890/73 em seu artigo 7º, esta
prescrevia que enquanto existisse a moléstia do segurado, este teria o direito a tal
benefício, desde que o mesmo cumprisse alguns requisitos impostos na época,
como avaliações em qualquer data ou tempo para a verificação da incapacidade.
Ao contrário do que muitos pensam a aposentadoria por invalidez não tem
um prazo definitivo para que esta se torne definitiva, assim, o beneficiário também
não é obrigado a realizar exames até os cinquenta e cinco anos como previa
legislações passadas, e atingindo essa idade não quer dizer que o mesmo não
precisa mais realizar tal exame, o que se tem entendido, e que não existe um prazo
correto para que uma pessoa possa vir a se recuperar de uma doença que causou a
sua invalidez, o que esta pessoa tem que ter em mente e para isso deve ela ser bem
informada pelos órgão competente e que ela esta sujeita a exames médicos periciais
para a confirmação de seu estado de invalidez, e que esses exames podem ser
periódicos, tudo vai depender da situação clínica em que se encontre cada sujeito.
Por isso, o não comparecimento aos exames pré-agendados podem levar o
beneficiário a deixar de receber esta aposentadoria, mas esse é um tema que
trataremos mais a frente.
10
SETTE, André Luiz Menezes Azevedo. Direito Previdenciário Avançado,3ª ed. Belo Horizonte: Mandamentos, 2007, p. 326. 11
Artigo 27, § 6º da LOPS - Leis Orgânica da Previdência Social.
21
5 CONTRATO DE TRABALHO
Como o próprio tema discorre sobre o assunto, uma pessoa quando começa
uma atividade laboral em determinada empresa, essa pessoa realiza com a sua
contratante um contrato de trabalho, e a partir do momento em que foi estabelecido
o vínculo, o trabalhador que sofrer uma moléstia que venha a incapacitá-lo para o
serviço, ficará com o seu contrato suspenso e assim que este melhore poderá
retornar a sua antiga função, se o assim desejar.
Já para os casos em que o trabalhador não puder retornar a seu antigo
cargo devido a sequelas que impossibilitem tal função, havendo a possibilidade e a
aceitação deste, ele poderá ser recolocado em outro setor da empresa. Contudo a
empresa não está obrigada a manter este funcionário no seu quadro pelo resto da
vida deste, ou seja, digamos que o beneficiário trabalha para a empresa X, mas com
o decorrer do trabalho venha a sofrer um mal que retirou do mesmo a capacidade de
se auto sustentar, este, após todos os trâmites legais é considerado inapto ao
serviço e passa a configurar o quadro dos aposentados por invalidez da previdência.
A legislação mostra que havendo melhora este pode ser reintegrado em sua
função, mas digamos que durante este afastamento do mesmo a empresa venha a
passar por dificuldades financeiras e que essas dificuldades a levem a pedir falência,
não seriam justas para com a empresa ficar ela em funcionamento, tendo somente
prejuízos, devido ao fato da mesma possuir um funcionário que está recebendo o
auxilio da aposentadoria por invalidez.
Para tanto, podemos verificar que já existem casos sobre o tema em
questão e esses casos demonstrarão que fica inviável manter um funcionário em
seu quadro somente por ele estar gozando de um benefício previdenciário, para
tanto temos que entender que uma vez rompida essa ligação a contratante deve
arcar com todas as verbas trabalhistas que este servidor possui, conforme julgado
do Tribunal Superior do Trabalho podemos confirmar esse pensamento de que não
é impossível interromper um contrato de trabalho quando o funcionário ainda esta
recebendo a aposentadoria por invalidez:
RECURSO DE REVISTA - CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSO - INVALIDEZ - FECHAMENTO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL - RUPTURA CONTRATUAL. O aresto regional não viola a literalidade do art. 475 da CLT, na medida em que centra seu fundamento para a possibilidade de ruptura contratual
22
lícita(Grifo nosso) na cessação da atividade empresarial no local do contrato de trabalho. Esse entendimento regional, "mutatis mutandis", vai ao encontro das diretrizes expostas no item II da Súmula 339/TST e no IV da Súmula 369/TST. Também não há violação direta do § 2º do art. 469 da CLT, pois o aresto regional, no particular, invoca a suspensão do contrato de trabalho, sendo certo, também, que tal preceito dirige-se ao empregador, não lhe impondo essa obrigação de transferência compulsória, mas reputando-a lícita, em caso de extinção do estabelecimento.(Grifo nosso) Recurso não conhecido. Processo: RR - 977600-17.2002.5.03.0900 Data de Julgamento: 14/02/2007, Relator Juiz Convocado: José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, 5ª Turma, Data de Publicação: DJ 02/03/2007.
Assim, uma vez demonstrada à boa-fé do empregador e o efetivo motivo da
ruptura do contrato de trabalho, essa ruptura poderá ser realizada mesmo sem o
consentimento do trabalhador, sem que haja com isto uma violação de seus direitos
e garantias como presa a Constituição Federal.
23
6 CESSAÇÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Cada benefício prestado pelo regime geral da previdência possui a sua
peculiaridade, e não seria diferente na aposentadoria por invalidez, como visto
anteriormente, na aposentadoria por invalidez o beneficiário não está com este
benefício garantido para toda a sua vida, mas sim enquanto durar a invalidez, assim
existe a possibilidade deste retornar ao trabalho a qualquer tempo.
Uma delas é quando o aposentado retorna a sua vida laborativa
voluntariamente e com isso a sua aposentadoria é automaticamente cancelada.
Não podemos deixar de citar que uma vez não comparecendo a perícia
previamente agendada ou a tratamento e a processo de reabilitação, esta falta
poderá ocasionar na perca ou suspensão do benefício.
Outra forma do aposentado ter o seu benefício cancelado é através dos
exames realizados periodicamente pelos peritos da previdência social ou das
previdências privadas, assim, uma vez que este aposentado vai ao médico perito e
este constata que a doença ou trauma que acometia o aposentado cessou. Para
tanto é preciso seguir alguns procedimentos que estão no artigo 47 da Lei 8.312/91.
Esses requisitos são:
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: a) De imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social ou; b) Após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) No seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) Com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; c) Com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Este artigo em questão deixa claro que uma vez verificada a melhora do
aposentado por invalidez após ter cumprido um prazo superior a de cinco anos, este
24
aposentado quando retornar ao seu trabalho terá garantido por dezoito meses uma
mensalidade voltada para a sua recuperação.
Toda via, caso este aposentado venha a retornar ao seu antigo trabalho e
por ironia do destino tenha que solicitar novamente este benefício, assim o fará, pois
na lei não existe nenhum impedimento para novo benefício.
Uma forma dinâmica e de fácil compreensão de tudo o que foi relatado até
agora sobre a aposentadoria por invalidez, e uma tabela confeccionada por
Kertzman12.
Requisitos
Incapacidade permanente para trabalho ou para a atividade
habitual, com pequena possibilidade de recuperação.
Beneficiários Todos os segurados.
Carência Doze contribuições mensais ou nenhuma para acidente e
algumas doenças (ver lista).
Renda mensal
(valor)
100% do salário de benefício.
Início do
pagamento
Empregados:
a) A contar do 16° dia de afastamento da atividade, quando
requerida até o 30° dia.
b) A partir da data de entrada do requerimento, se entre o
afastamento e o requerimento decorrerem mais de 30 dias.
Demais segurados:
a) A contar da data de início da incapacidade, quando requerer
até o 30° dia.
b) Da data da entrada do requerimento, se entre a data da
incapacidade e a do requerimento passarem mais de 30 dias.
Suspensão do
pagamento
Quando o segurado não comparecer a perícia médica, ou a
convocação do INSS.
Cessação do
pagamento
Quando ocorrer a recuperação da capacidade para o trabalho
ou a morte do segurado.
Quando o segurado aposentado por invalidez retornar
voluntariamente à atividade o seu benefício é cancelado, desde a data
do retorno ao trabalho.
12
KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário, 9ª ed. revisada, Ampliada e atualizada. Salvador - Bahia: JusPODIVM, 2012, p. 387.
25
7 QUANTO A CUMULAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
Durante toda a pesquisa realizada tanto em buscas por julgados ou por
tópicos em obras de diversos autores, foi verificada a falta de estudos referentes a
este tema, pois nas obras citadas não foi possível encontrar nenhum fundamento
jurídico para o problema, contudo, a doutrina majoritária faz comentários referentes
à possibilidade de acumular a aposentadoria por invalidez com o auxílio doença,
mas até uma determinada época, como veremos a seguir:
Em se tratando da aposentadoria por invalidez, notamos que o artigo 40
caput, parágrafo 6º da CF faz menção aos servidores públicos incluindo as suas
autarquias e fundações que ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma
aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
Seguindo esta linha de pensamento a Inspetoria Geral de Controle Diretoria
de Assuntos Técnicos e Jurídicos, Instrução Técnica nº 43/2005-IGC/DATJ fala em
seu artigo 3º que: “o processo de admissão na modalidade de concursos públicos
por prazo indeterminado (estatutário) conterá: (...) inciso XII - Declaração do servidor
de que não ocupa cargo ou emprego público em qualquer das esferas de governo,
excetuadas as hipóteses previstas no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal,
nem perceber outro benefício proveniente de regime próprio de previdência social ou
do regime geral de previdência social relativo a emprego público”. Deste modo
demonstramos que existe uma dupla interpretação a esta matéria, como veremos no
item 8.1 letra c, assim, o julgado do Tribunal de Contas do Paraná deixa claro que
existe o impedimento no recebimento de aposentadoria por invalidez no regime do
RGPS com o exercício de função pública estadual.
Resolução 3644/1997 do Tribunal Pleno Decisão proferida em 10/04/1997, publicada na Revista do TCE-PR nº 122, sobre o processo 499553/1996, a respeito de CONTRATAÇÃO DE PESSOAL; Origem: Município de Cruzeiro do Iguaçu; Interessado: Presidente da Câmara; Relator: Conselheiro João Cândido F. da Cunha Pereira. Verbetes: - ADMISSÃO DE PESSOAL - INSS - APOSENTADORIA - INVALIDEZ - CARÁTER PERMANENTE. Consulta. Inadmissibilidade da contratação de pessoa aposentada por invalidez, para o exercício de função no serviço público, se não cessada a causa de invalidez perante o INSS. O Tribunal de Contas, nos termos do voto do Relator, Conselheiro João Cândido F. da Cunha Pereira, responde à Consulta, de acordo com os Pareceres nºs 48/96 e 6.752/97, da Diretoria de
26
Contas Municipais e Procuradoria do Estado junto a esta Corte, respectivamente. Participaram do julgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO, JOÃO CÂNDIDO F. DA CUNHA PEREIRA, QUIÉLSE CRISÓSTOMO DA SILVA, HENRIQUE NAIGEBOREN e o Auditor FRANCISCO BORSARI NETTO. Foi presente o Procurador-Geral junto a este Tribunal, LAURI CAETANO DA SILVA. Sala das Sessões, em 10 de abril de 1997. JOÃO FÉDER Vice-Presidente no exercício da Presidência
Contudo, vemos ser quase, se não impossível obter mais de um benefício da
previdência, neste sentido, (LAMARTINO) 13, comenta que: “A aposentadoria por
invalidez é inacumulável com outro benefício. Logo, recebendo esta, nenhum outro
será pago pela previdência social.”, no artigo 124. Inciso II da lei 8.213/91
“Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto
dos seguintes benefícios da Previdência Social: II - mais de uma aposentadoria”,
este artigo vem a confirmar tal impossibilidade.
O que tem se visto em muitos julgados é que, quando o beneficiário sofreu
uma moléstia anterior a Lei 9.528/97, esse beneficiário tem o direito de acumular o
benefício do auxílio doença com a aposentadoria por invalidez, porém, a partir desta
publicação, este entendimento foi suprido, e para as moléstias acontecidas depois
de noventa e sete, o beneficiário pode vir a receber o auxílio doença, mas quando
for comprovada a sua incapacidade permanente este deixa de receber este
benefício e passa ai a receber a aposentadoria por invalidez sem haver cumulação
entre os benefícios. Para melhor compreendermos a possibilidade desta cumulação
antes da lei 9.528/97 podemos verificar um julgado a baixo:
6. Número: 70049213374,Tribunal: Tribunal de Justiça do RS Seção:
CIVELTipo de Processo: Apelação e Reexame Necessário Órgão Julgador: Nona Câmara Cível Decisão: Acórdão Relator: Leonel Pires Ohlweiler ,Comarca de Origem: Comarca de Caxias do Sul Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. REEXAME NECESSÁRIO. ACIDENTE DE TRABALHO. LESÕES AUDITIVAS. PAIR. REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL COMPROVADA. AUXÍLIO-ACIDENTE DEVIDO. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ADEQUAÇÃO DO PERCENTUAL DO BENEFÍCIO DE ACORDO COM A LEI VIGENTE À ÉPOCA DA ECLOSÃO DA MOLÉSTIA OCUPACIONAL. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. CUSTAS PROCESSUAIS. - AUXÍLIO-ACIDENTE - O auxílio-acidente está inserido no sistema constitucional de proteção ao trabalhador, constituindo-se em direito social fundamental. Compreensão do princípio constitucional da dignidade humana (art. 1º, III, CF) e do artigo 6º
13
OLIVEIRA, Lamartino França de. Direito previdenciário. 4ª. vol., São Paulo: RT Editorial, 2005, p. 255.
27
da Constituição Federal. Os requisitos legais do auxílio-acidente estão previstos no artigo 86 da Lei nº 8.213/91. A presença da incapacidade para o trabalho é requisito fundamental, a ser constatada mediante a realização de prova pericial. Comprovação dos pressupostos do artigo 86, § 4°, da Lei 8.213/91 para a concessão do benefício de auxílio-acidente por lesão auditiva, isto é, a relação de causalidade entre o trabalho e a moléstia, bem como que a doença tenha gerado redução ou perda da capacidade para o trabalho que se exercia anteriormente. Direito ao benefício. Precedentes. - POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - Laudo pericial conclusivo no sentido de estabelecer o nexo causal entre a redução da capacidade sofrida pelo o autor a atividade laborativa que desempenhava, bem como no sentido de evidenciar que a perda auditiva constatada é anterior a dezembro de 1997. Logo, cabível a cumulação do benefício acidentário com a aposentadoria por tempo de contribuição concedida ao autor em 23.11.1995. - REEXAME NECESSÁRIO - Cabível a concessão do auxílio-acidente com base na Lei nº 6.367/76, pela qual o autor tem direito ao benefício no percentual de 40% do salário-de-benefício. A Lei n° 6.367/76, em seu artigo 6° previa a concessão de auxílio-acidente ao segurado que, após a consolidação das lesões resultantes do acidente, permanecesse incapacitado para o exercício de atividade que exercia habitualmente, na época do acidente, mas não para o exercício de outra. Pelo §1º do dispositivo referido, o auxílio-acidente, mensal, vitalício e independente de qualquer remuneração ou outro benefício não relacionado ao mesmo acidente, será concedido, mantido e reajustado na forma do regime de previdência social do INSS (à época, INPS) e corresponderá a 40% (quarenta por cento) do valor de que trata o inciso II do Art. 5º da Lei nº 6.367/76. Logo, o autor faz jus ao auxílio-acidente vitalício no valor correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor de que trata o inciso II do Art. 5º da Lei n° 6.367/76, o qual previa para a aposentadoria por invalidez, valor mensal igual ao valor do salário-de-contribuição vigente no dia do acidente, de acordo com a legislação em vigor na época da constatação da moléstia. Princípio Tempus RegitActum. As Pessoas Jurídicas de Direito Público estão isentas do pagamento de custas processuais e emolumentos, conforme o previsto no art. 1º da Lei nº 13.471/2010, que deu nova redação ao art. 11 do Regimento de Custas (Lei nº 8.121/85), mantidas as despesas. APELO DESPROVIDO. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE EM REEXAME NECESSÁRIO. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70049213374, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 27/06/2012)Data de Julgamento: 27/06/2012 Publicação: Diário da Justiça do dia 05/07/2012.
De tal maneira, fica demonstrada a dificuldade em se obter mais de um
benefício, se não impossível. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o
recebimento conjunto dos benefícios da Previdência Social: artigo 124. Inciso II da
lei 8.213/91 – “mais de uma aposentadoria”, este artigo deixa claro esta
impossibilidade. Porém, muitos julgados demonstram a possibilidade dos referidos
benefícios, quando este sofreu uma moléstia antes da Lei 9.528/97, assim, esse
beneficiário tem o direito de acumular tais benéficos, toda via, com a publicação da
nova lei, este entendimento foi acudido, e para as moléstias acometidas depois de
noventa e sete, o beneficiário pode vir a receber o auxílio doença, mas quando ficar
comprovada a sua incapacidade permanente, este deixa de receber tal benefício e
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passará a receber a aposentadoria por invalidez, sem que haja cumulação entre os
benefícios. Para melhor compreendermos a impossibilidade desta cumulação,
podemos verificar um julgado a baixo:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SENTENÇA PROCEDENTE. CONCESSÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE. TUTELA ANTECIPADA. ACÓRDÃO. REFORMA DA SENTENÇA. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 1. OMISSÃO. DEDUÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO DO MONTANTE PAGO PELO RÉU A TÍTULO DE AUXÍLIO ACIDENTE. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS (Grifo nosso). ART. 86, § 2º DA LEI Nº 8.213/91. 2. ERRO MATERIAL. PARTE DA FUNDAMENTAÇÃO ALUSIVA À DATA ERRÔNEA PARA O TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. CONSTATAÇÃO DE CESSAÇÃO DO AUXÍLIO DOENÇA EM 31/08/2006. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ DEVIDA A PARTIR DE 01/09/2006. 1. Considerando a impossibilidade de cumulação dos benefícios de aposentadoria por invalidez e de auxílio acidente (Grifo nosso), deve ser sanada a omissão do acórdão, passando a constar deste que os valores pagos pelo réu a título de auxílio acidente sejam deduzidos do valor da condenação. 2. Levando em conta a ocorrência de erro material na sentença, quanto ao termo inicial do benefício de aposentadoria por invalidez, bem como a constatação de que o auxílio doença perdurou até a data de 31/08/2006, impõem-se a alteração de parte da fundamentação do acórdão, para que passe a constar que a aposentadoria por invalidez é devida desde 01/09/2006. EMBARGOS ACOLHIDOS COM EFEITOS INFRINGENTES. (TJPR - 6ª C.Cível - EDC 726293-9/01 - Maringá - Rel.: Jurandyr Reis Junior - Unânime - J. 03.07.2012)
Assim, entendemos que a lei pôs um ponto final nas especulações e tantas
controvérsias sobre o tema, deixando clara a impossibilidade de cumulação de
benefícios aos segurados que sofreram moléstias após a lei de noventa e sete.
29
8 FALTA DE COMUNICABILIDADE ENTRE AS PREVIDÊNCIAS
Como vimos em relatos passados, é inadmissível uma pessoa querer
receber um benefício da aposentadoria por invalidez do Regime Geral da
Previdência Social, e por capricho próprio, querer entrar em uma instituição pública,
fazendo assim o acúmulo de soldos.
Nesta fase do trabalho, tentamos demonstrar que por mais avançadas às
tecnologias hoje existentes no mercado, as previdências não estão preocupadas em
utilizá-las para evitar possíveis fraudes em seus cofres. A respeito deste tema não
tivemos a sorte de achar doutrinas que falassem sobre o assunto e por conta desta
falta de informação, e com o intuito de trazer este problema à tona, foi realizado um
documento, um questionário (anexo), aprovado pelo orientador, o qual contém 10
(dez) perguntas a respeito do tema.
Este questionário foi entregue para 3 (três) instituições de grande respeito,
sendo elas:
O INSS que responde pelo Regime Geral da Previdência Social; ao IPMC
(Instituto de Previdência dos Servidores de Curitiba) o qual cuida da previdência dos
funcionários públicos da prefeitura de Curitiba e para o PARANÁ PREVIDÊNCIA
responsável pelos funcionários do governo do Estado do Paraná.
8.1 RESPOSTAS AOS QUESTIONÁRIOS
Com a entrega dos questionários, tivemos uma confirmação de que o
sistema é falho e frágil, pois as três instituições pesquisadas alegam que a
investidura em uma função pública, pode ser feita através do simples preenchimento
de uma guia de declaração, firmada no ato de sua admissão e através de exames
médicos, vimos também que existe uma divergência de informações quanto ao
assunto, incomunicabilidade mencionada, ou uma falta de conhecimento sobre o
tema.
A) Para o INSS, a comunicação existente entre o seu sistema e os demais
relacionados na pesquisa, esta é feita por meio de ofício, ou seja, eles não
conseguem usar um meio eletrônico que possa buscar as informações desejadas via
informática.
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B) Porém o IPMC relata que esta comunicação é realizada por um canal
aberto de comunicação entre as associações estaduais ou municipais de
previdência, tal instituição faz referimento a um cadastro nacional de informações o
CNIS ( Cadastro Nacional de Informações Sociais), que esta passando por
adaptações, ou seja, ou não é utilizado por todas as previdências ou este cadastro
não cumpre com a sua finalidade. Porém quando indagado sobre a criação de um
sistema único onde comportasse todos os beneficiários da aposentadoria por
invalidez, o mesmo respondeu que este sistema já esta sendo “pensado” pelo
Ministério da Previdência Social.
C) Através do último relato referente ao questionário, a colaboradora da
Paraná Previdência informou não haver obstáculos no ato da contratação de um
novo servidor, mesmo que este, já recebe o benefício da aposentadoria por
invalidez, frisando que para tal, basta não ser aposentado pelo mesmo regime, vindo
a contradizer o julgado do Tribunal de Contas do Paraná, “acima citado”, referente à
indagação sobre os meios de verificação de seus futuros colaboradores, a resposta
não fugiu das outras anteriores, este é realizado através de ofícios com outras
instituições, e no ato de sua investidura no futuro cargo, o funcionário assina um
documento informando se está ou não recebendo algum benefício.
Assim, com tudo o que foi relatado e com os questionários em anexo, fica
demonstrado à fragilidade em que se encontram as nossas previdências, e é através
desta fragilidade que pessoas mal intencionadas podem vir a lesar toda a população
do país.
Por diversos dias foram realizadas pesquisas em diversos tribunais de nosso
país e nada foi encontrado referente à incomunicabilidade dos regimes de
previdências, o que pudemos avaliar é que existe sim um julgado do Tribunal de
Contas do Estado do Paraná o qual relata a impossibilidade de uma pessoa
aposentada por invalidez assumir função pública a não ser que esta abra mão de
sua pensão, o que é mais do que justo.
31
9 CONCLUSÃO
A aposentadoria por invalidez é um instrumento de grande valia ao
trabalhador brasileiro, pois é ela quem vai fornecer meios de um trabalhador gerir
um sustento próprio e familiar quando este não mais o puder fazer de forma
laborativa. Este benefício deve ser visto como forma de garantir a mínima dignidade
do cidadão brasileiro, seja este funcionário da iniciativa privada ou dos órgãos
estatais, contudo, este trabalho de conclusão de curso tentou demonstrar a
fragilidade em que se encontram as previdências no Brasil e que é possível frauda-
las com um simples preenchimento de papel, sendo assim, uma vez aposentado por
invalidez do Regime Geral de Previdência Social, o cidadão que queira agir de má-fé
pode realizar um concurso público e simplesmente assinar um documento alegando
estar apto para nova função e este assumirá o seu cargo normalmente. Vale
ressaltar que uma vez descoberta à fraude este sofrerá processo administrativo
podendo chegar a uma exoneração.
Mais uma vez a pergunta que não cala, por que esperar tanto, desprender
tantos recursos para resolver um problema que poderia ser evitado no ato da
admissão, qual o interesse em não criar esse banco de dados e por que toda essa
morosidade, o Brasil deve acabar com essa fama de país onde a corrupção é livre,
onde o jeitinho arruma tudo, e passarmos a ser uma nação respeitada e confiável
para seus entes. Lembrando que aquele que assume uma função e já esta
recebendo o benefício, esta tirando a chance de outra pessoa conseguir um
emprego.
Ninguém está imune aos riscos relativos a acidentes ou doenças
ocupacionais, riscos estes, que possam vir a motivar o beneficiário a receber o
auxílio da aposentadoria por invalidez, por isso, é função de todos fiscalizarmos e
denunciarmos as possíveis irregularidades, para que em uma eventual necessidade
de utilização deste, o beneficiário não tenha uma surpresa, na qual não fará jus ao
benefício por que as fraudes são tantas que vieram a quebrar as previdências
sociais.
33
REFERÊNCIAS
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