63
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON BOTELHO ABE TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo (INICA: UM ENSAIO NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CURITIBA 2012

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

  • Upload
    vandat

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

JEFFERSON BOTELHO ABE

TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo (INICA: UM ENSAIO

NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO

PARANA

CURITIBA

2012

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA: UM ENSAIO

NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO

PARANA

CURITIBA

2012

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

JEFFERSON BOTELHO ABE

TRATAMENTO ENDODONTICO EM SESSAO UNICA: UM ENSAIO

NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO

PARANA

Trabalho de Conclusao de Curso apresentado ao

curso de Odontologia da Faculdade de Ciencias

Biologicas e de Saude da Universidade Tuiuti do

Parana, como requisito parcial para a obtenc;ao

do grau de Cirurgiao-Oentista

Orientadora: Professora. Camila Paiva Perin

CURITIBA

2012

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

TERMO DE APROVAI,;AO

JEFFERSON BOTELHO ABE

TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA: UM ENSAIONA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO

PARANA

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obten<;:ao do titulo deBacharel no Curso de Bacharelado em Odontologia da UniversidadeTuiuti do Parana.

Curitiba, 30 de maio de 2012

Bacharelado em OdontologiaUniversidade Tuiuti do Parana

C0.A-~"Lo.- 9~(?~Orientadora: Prof (a). Mestre Camila Paiva Perin

UTP

Prof. Mestre Andre Luiz da Costa MichelottoUTP

Prof. Doutor Luciano Loureiro de MeloUTP

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agrade90 a Deus, afinal foi 0 Senhor, mais do que

ninguem, que me fez acreditar que era passive1 sonhar e realizar esse sonho. Bern

como me ensinou que as conquistas par mais dificeis que sejam, elas acontecem

no momento certa, basta acreditar e lutar. Obrigada meu Deus par estar ao meu

lado sempre.

Aos meus pais, Haruiti Abe e Lucia Regina da C. Botelho, de voces recebi 0

que tenho de mais precioso, a vida. Nao existem palavras pra definir meu amor e

minha gratidao par voces. Jamais esquecerei de todas as vezes que abriram maDS

de seus sonhos quando as meus estavam em jogo. E fica a sentimento de que a

saudade imposta nos momentos de ausencia naD e maior que a felicidade sentida

neste dia. Arno voces incondicionalmente.

A minha Orientadora Professora Camila Paiva Perin, par toda ajuda,

paciencia e compreensao. Suas palavras sa bias contribuiram muito para meu

crescimento profissional e como pessoa. Dizer obrigado e muito pouco e nao

expressa em plenitude tuda aquila que gostaria. Tenho orgulho em dizer que sou

seu aluno.

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

RESUMO

o objetivo deste trabalho e estudar, par meio de reviseo da literatura, realizac;;ao decasas clinicos, proserva<;ao e analise dos dados obtidos, 0 tratamento endodonticoem sesseo lmica.Realizou-se endodontia em 10 canais em sessao (mica. lodes as canais foraminstrumentados com uma tecnica padronizada, utilizado NaGel a 2,5% comosubstancia quimica auxiliar.Entre 24 e 48 haras ap6s 0 tratamento, os pacientes responderam a urnquestionario sabre dar p6s- operatoria, no qual empregou-se escala anal6gica dadar. Ap6s realizou-se analise dos casas clinicos e discusseo.Concluiu-se que 0 tratamento endod6ntico em sessao (mica e uma alternativa viavelpara casos de biopulpectomia e necropulpectomia.

Palavras-chave: Endodontia; Tratamento endod6ntico; Dor pos-operatoria.

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

ABSTRACT

The objective of this work is study, via, of review literature, conducting cases clinical,preservation and analysis data obtained, the treatment endodontic in session single.Was carried out endodontics in 10 channels in session single all canals wereinstrumented with a standardized technique and utilized 2.5% NaOel used assubstance chemical auxiliary.Between 24 and 48 hours after treatment, patients responded a one survey on painpostoperative, in which we used scale analog of pain. Where we used analog scaleof pain. After analysis was performed of cases clinical and discussion.1t was concluded that endodontic treatment one session is an alternative for casesvital pulp and necrotic pulp.

Keywords: Endodontics; Treatment endodontics; pain postoperative.

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

LlSTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS

UTP Universidade Tuiuti do Parana

EDTA Acido etileno diamino tetraacetico

................................................................. Lima tipo Kerr

0/0 Porcentagem

EVA Escala anal6gica visual

Naoel .......................................... Hipoclorito de s6dio

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

SUMARIO

1 INTRODU<;:AO 10

2 REVISAO DE LlTERATURA 12

2.1 PROCESSO DE INSTALA<;:AO DA NECROSE 13

2.2 TRATAMENTO ENDODONTICO EM SESSAO UNICA 14

2.3 VANTAGENS DA SESSAO UNICO 15

2.4 CONTRA-INDICA<;:OES DA SESSAO UNICA . . ... 16

2.5 INDICE DE SUCESSO EM SESSAO UNICA 17

3 SUJEITOS E METODOS 18

3.1 SELE<;:AO DE CASOS.... ...............................• . 18

3.2 PROCEDIMENTOS CLiNICOS REALIZADOS 19

4 CASOS CLiNICOS 21

4.1 RELATO DE CASO CLiNICO 1............... . . 21

4.2 RELATO DE CASO CLiNICO II 22

4.3 RELATO DE CASO CLiNICO III ......................................• . 23

. 244.4 RELATO DE CASO CLiNICO IV .

4.5 RELATO DE CASO CLiNICO V 25

4.6 RELATO DE CASO CLiNICO VI 26

4.7 RELATO DE CASO CLiNICO VII . 27

4.8 RELATO DE CASO CLiNICO VIII . . 28

4.9 RELATO DE CASO CLiNICO IX ... . 29

4.10 RELATO DE CASO CLiNICO X 30

5 ANALISE DOS CASOS CLiNICOSI RESULTADOS 31

6 DISCUSSAO 32

6.1 DOR POS-OPERATORIA ..

6.2 TECNICA DE PREPARO COROA-ApICE ..

. 32

. 33

6.3 CONTAMINA<;:AO DO CANAL RADICULAR ENTRE SESSOES 36

6.4 LOCALIZADOR APICAL PARA ODONTOMETRIA ....................... 35

6.5 IRRIGA<;:AO COM HIPOCLORITO DE SODIO 2.5% ALTERNADO COMEDTA 17% NO PREPARO QUiMICO MECANICO DE CANAlS RADICULARES .38

6.6 PATENCIA DO FORAME 40

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

6.7 TECNICA DE OBTURA<;iio CONDENSA<;iio LATERAL. 41

6.8 IMPORTiiNCIA DO SELAMENTO PROVIS6RI0 . 43

6.9 PRESCRI<;iio DE MEDICAMENTOS.. . 44

7 CONSIDERAC;:OES FINAIS .................••.............................................................. 46

REFERENCIAS 47

ANEXO I. ESCALA VISUAL ANALOGICA 57

ANEXO II. TERMO DE CONSENTIMENTO ...............................•.......................... 58

ANEXO III. FICHA CLiNICA 59

ANEXO IV. RECEITUARIO 62

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

10

1 INTRODUI;:Ao

o principal motivo de tanta controversia, talvez seja a preVeny80 da dar

p6s-operat6ria, no que diz respeito ao profissional, e ao medo da mesma, no que S8

relaciona ao paciente. Como sempre existe uma intima relay80 com a dar, pre-

operat6ria, transoperat6ria ou p6s-operat6ria, sua preven9ao constitui fator de

importancia impar, quando urn dente necessita ter seu sistema de canais tratado

(FAVA,1999).

A evolu\=ao das tecnicas e dos materia is endod6nticos, associada a estudos

bern orientados, vern confirmando a tendencia universal de diminuir 0 numero de

sess6es do tratamento endod6ntico, tanto em dentes com polpa vital, quanta nos

caSDS de polpa mortificada. Nao S8 trata de urn conceito novo, todavia, na maioria

das faculdades de odontologia este tipo de tratamento e apenas citado e nao

indicado. Uma vez que 0 ensino da endodontia e baseado no tratamento em mais

de uma sessao, fica a impressao que 0 tratamento em sessao unica nao se constitui

em uma modalidade aceitavel do tratamento (FAVA & HIZATUGU, 2000).

o tratamento endod6ntico em uma sessao operatoria nao foi exce9ao aregra, devido a um numero cada vez maior de trabalhos de pesquisa clinica, onde

sao resultados bastante favoraveis, este procedimento e considerado, atualmente,

bem aceita. Desde que realizada dentro de indica96es precisas e especificas

(FAVA, et a/., 2001).

Por isso, muitos profissionais optam pelo tratamento em mais de uma

sessao principal mente quando a dor pre-operatoria esta presente. Afirmam eles que

o traumatismo causado pelo preparo e obtura9ao em uma unica sessao tem

probabilidade de induzir dor pos-operat6ria, a qual, somada aquela ja existente,

desencadeara rea9iio dolorosa severa e desconforto ao paciente (WEINE, 1997).

Nos casos de vitalidade pulpar 0 tratamento endod6ntico e realizado em

uma unica sessao, mais nos casos de necrose pulpar com ou sem lesao periapical

tem se preconizado 0 tratamento em sess6es multiplas. A necessidade de agilizar a

endodontia no sentido de acompanhar 0 ritmo da vida moderna tende a reduzir um

numero de sess6es sem prejudicar a quaJidade do tratamento, e sem causar

desconforto ao paciente (MILORI, 2003).

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

II

o objetivo deste trabalho e, por meio de revisao de literatura e

apresentayao de casas clinicos, verificar a efetividade do prepare do canal radicular

e a reduftao da dor em tratamento endod6ntico em uma (mica sessao, au seria

necessaria 0 usa medicamentoso entre as sess6es.

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

12

2 REVISAO DE LlTERATURA

A terapia Endod6ntica em uma unica sessao S8 popularizou durante a II

Guerra Mundial, devido a limita<;ao do tempo que as dentistas dispunham para

realizar tratamentos. Gradativamente fcram sofrendo altera<;oes tornando 0

tratamento em sessile (mica em urn assunto controverso. Alguns profissionais

contra- indicavam radicalmente a terapia endod6ntica em sessao unica, Qutros eram

adeptos e outros, ainda, aceitavam-na com ressalvas (SATO et a/., 1996).

Uns dos principais objetivos endod6nticos e a eliminac;:ao dos

microorganismos do canal radicular, particularmente, em casas de necrose pulpar e

periodontites apicais (PUMAROLA et a/.,1992). Para que a terapia endodontica

tenha sucesso e necessaria a eliminaC;8o da bacteria e tecidos necr6ticos dos

canais radiculares. No casa de polpa morta passa-se ser a neutraliza9ao, a redu9ao

ou elimina9ao da infec9ao de sistema de canais radiculares. Para obten9ao do

sucesso do tratamento endodontico, e necessario uma c~rreta execu9ao de todas

as etapas operat6rias em que 0 desprezo de um elo poderia significar 0 fracasso do

tratamento. Entao, 0 sucesso do tratamento endod6ntico esta diretamente

relacionado com 0 contrale da infecyao do sistema de canais radiculares

(RASQUIN,1997).

A desinfec9ao completa de sistema de canais radiculares contaminados

ocorre atraves do pre para quimico cirurgico, tendo como objetivo final 0 selamento

hermetico do meio interne com 0 meio externo recolocando 0 dente em fun9ao 0

mais breve possivel (SILVA & BRITTO 2008). Dai 0 objetivo de alguns profissionais

realizarem 0 tratamento endod6ntico em uma s6 sessao. Existe ainda uma grande

polamica quanto a terapia endod6ntica em sessao Llnica. Pois grande maioria dos

profissionais acredita que a manuten9ao dos canais radiculares entre as sess6es ede suma importancia, para que ocorra a eliminayao de micraorganismos nos casos

de polpa mortificada. Ocorrendo assim a reparayao dos tecidos lesados vivos ou

mortos a fim de manta-los sem presenya de inflama9ao ou infec9ao

respectivamente (SOARES, 2001).

Entretanto Hofheinz (1892) descreveu os criterios essancias para um born

tratamento endod6ntico. Sendo estes:

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

13

• Acesso direto aD canal radicular;

• AmpliaC;:80 mecanica ate 0 Maximo permitido;

• Medicac;:ao para manter assepsia do canal radicular;

• Preenchimento do canal radicular (obturac;:ao).

o principia fundamental no tratamento das doen98s segundo ele e a

remoc;:ao de sua causa.

Muitos profissionais nao aconselham tratamento em sessao uniea,

acreditando que a trauma causado pela remoC;:8o da polpa, prepare vigoroso e

completa obturac;:ao resultaria em bastante dar pos-operat6ria. Avaliando a dar p6s-

operatoria em 291 dentes tratados em sessao (mica Fox et a/., (1970) observaram

que, ap6s as primeiras 24 haras 90% apresentaram pouca au nenhuma dar

espontanea, e apenas 2% dar severa; 82% dos casos apresentaram pouca ou

nenhuma pericementite, e 5% pericementite severa porem, nao observou a

diferenc;:a estaticamente significa entre a idade do paciente, estado bacteriologico,

posic;:ao anat6mica do dente no arco dental, e tipo de material obturador. Porem

observou-se maior dor pos-operatoria nos dentes sem radiolucidez apical do que

daqueles com radiolucidez apical. Em revisilo de literatura Wolch (1975), considera

que 0 tratamento endod6ntico em (mica sessao deve ser indicado nos casos de

polpa vital e nao vital, no segundo caso quando for possivel realizar completamente

drenagem do exsudato inflamatorio agudo ou cr6nico. 0 mesmo contra-indica 0

tratamento em sessao unica no caso de:

• Abscesso dento-alveolar agudo (caso seja necessario previo alivio da dor

ou edema);

• Dentes multirradiculares (sao casos que exigem maior tempo operatorio).

21 PROCESSO DE INSTALAC;iiO DA NECROSE

o tempo e um fator que desempenha um papel importante na disseminac;:ao

de contaminac;:ao pelo sistema de canais radiculares. Em func;:ao dele passam ser

consideradas duas situac;:6es:

• Necroses com lesao periapical;

• Necroses sem lesao periapical

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

14

o processo de instala<;8o e disseminayao da necrose e infecyao nao ocorre

muito rapido. Necrose sem lesao periapical e urn reflexo do pouco tempo de

instalay<3o da infecy80 radicular, nao S8 manifestando atrav8S da rarefay80 6ssea

periapical, ale ocorre par segmentos de sistemas de canais, 0 que permite deduzir

em determinado momento que todo esse sistema pode estar recem infectado.

Assim, fica dificil interpretar a inexistencia da lesac periapical como a lesac do

sistema de canais ou do grau de infec<;Elo existente nels. Neste caso 0 tratamento

endod6ntico nao deve estar voltado somente a 8980 na luz principal do canal

(SOUZA, 2003). E consenso na literatura que a terapia endod6ntica encontra

menores indices de sucesso quando diante de casos com lesao periapical. A razao

reside no fato que, nessas situa90es, a dissemina9ao da infec9ao e definitivamente

ocorre pelo sistema de canais, trazendo maior dificuldade na sua eliminac;ao

(SIQUElRA,1997).

2.2 TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA

Uma das maiores raz6es, quem sabe a maior, da nao realiza9ao de

tratamento endod6ntico em sessao unica sempre foi a dor pos-operatoria. Haja visto

que para alguns profissionais a presenc;:a da dor significa um indicio do insucesso,

esse nao deveria ser um motivo de preocupac;:ao. Nao resta duvida que a dor

sempre representara um sinal de alerta, porem a sua presenc;:a no pos-operatorio

nao esta tao intimamente associado ao fracasso da terapia endod6ntica (FAVA,

1994).

Segundo Spang berg (2002), 0 sucesso do tratamento endod6ntico e muitas

vezes mal definido. Dor, pos e trans-operatoria, sao frequentemente usados na

mensura9ao do sucesso ou do fracasso do tratamento endod6ntico. Embora seja

comprovado que a dor que ocorreu durante 0 tratamento nao afeta 0 seu sucesso a

lango prazo. Outro assunto importante refere-se aD conhecimento das doenc;as de

origem endod6ntica. A grande parte dos casos conhecimento e baseado no

conceita de que, apenas duas entidades patologicas distintas existem no tratamento

endod6ntico:

• Os casos de polpa viva (esta inflamada, apenas superficialmente

infectada);

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

15

• Os cases de polpa necrosada (quando infectada envolve naD somente 0

espayo pulpar mais tambem proporc;oes substancias da dentina circunjacente).

Esta ultima condiy8o muitas vezes agrava-se par urn processo de

destrui980 6ssea peri-radicular. Estas duas condi<;oes distintas sao tratadas

freqOentemente pelos m8smos procedimentos e tern sido lamentavelmente com a

canal radicular. Se alguem e capaz de igualar 0 tratamento destas duas condic;oes

distintas referinda-as como "fazendo urn canal" entaD S8 torna facil entender porque

e tao confuso escolher entre tratar urna ou mais sess6es as doenC;8s de origem

endodontic8. Tern sido estabelecido, em estudos em animais e mesma em

humanos que les6es peri-radiculares S8 desenvolvem resposta a do canal radicular.

Muitos estudos clinicos tem revelado que microorganismos podem ser isolados de

casos de fracassos da terapia endodontica. Estudos prospectivos bem controlados

em humanos demonstram quem dentes com lesao peri-radicular associada

apresentam um indice de sucesso significativamente inferior do que dentes com

polpa viva. (KAKEHASHI et al., 1965).

Nos EUA, Landers Calhoum (1980), Observou que 91,4% dos

coordenadores de p6s-graduac,;:ao em endodontia, preconizava 0 tratamento em

sessao (mica nos casos selecionados, mais freqlientemente de vitalidade pulpar, os

entrevistados admitiram que a sessao unica resulta a maior incidencia de "flare-ups"

(epis6dio de dor espontanea severa associada a inflamac,;:ao) em dentes com les5es

periapicais, cuja resoluc,;:ao torna-se complicada, uma vez que 0 canal radicular esta

obturado.

2.3 VANTAGENS DA SEssAo UNICA

Segundo Imura (1998) as principais vantagens do ponto de vista biol6gico

sao:

• Impedir a contaminac,;:ao au recontamic,;:ao dos canais pel a micro -

infiltrac,;:ao coronaria;

• Permitir a restaurac,;:ao definitiva imediata, tanto coronaria com instalac,;:ao

de retentores intra-radiculares;

• Melhor controle das variaveis clinica pela familiarizac,;:ao como a

morfologia do canal e pela manutenc,;:ao correta do comprimento de trabalho;

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

16

• Evitar aCidentes, que pode ocorrer entre as sess6es como fratura de

cuspides ou paredes coronarias.

2.4 CONTRA-INDICA<;:OES DE SEssAo UNICA

Para Imura (1998) as principais contra-indicac;6es do ponto de vista

biol6gico sao:

• Casas de abscessos dento-alveolar agudo, onde apresenta da dar severaou edema, resultam na falta de colaboraC;8o do paciente;

• PresenC;8 de hemorragia ou exsudato persistente;

• Falta de treinamento adequado;

• Falta de tempo;

• Falta de pessoal auxiliar treinado;

• Fadiga do operador;

• Fadiga do paciente;

• Casas de retratamento au, complic8goes endodonticas;

• Acidentes durante 0 tratamento que podem elevar ao aumento da

incidencia de dar pos-operat6rio.

2.5 INDICE DE SUCESSO EM SEssAo UNICA

Urn dos fatores importantes para determinar 0 indiee de sucesso e a

periodo de tempo ap6s a finalizaC;;2Iodo tratamento endod6ntico. A reparac;;ao dos

tecidos peri-radiculares e um processo dinamico e e possivel que uma avaliac;;ao

prematura possa incluir dentes nos quais 0 processo de reparo ainda tenha ocorrido

totalmente (BYTSROM et a/., 1987).

Varios fatores podem influenciar no sucesso dos tratamentos endod6nticos,

tais como: as condic;;oes microbiol6gicas dos canais radiculares no momenta da

obturac;;ao; 0 nivel apical da obturac;;ao; 0 tamanho inicial da radiolucidez periapical;

o tempo de proservac;;ao; 0 grupo dentario e os numeros de sessoes requeridas

para 0 tratamento (SJOGREN et a/., 1990). Outros fatores influenciam

negativamente no percentual de sucesso da terapia endod6ntica, dentes eles, a

doenc;;a periodontal, qualidade da restauraC;;2Io coronaria, ausencia de material

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

17

restaurador, material restaurador, material seiad or tempon3rio e presen98 de nucleo

metalico (RICUCCi et al., 2000).

Nos estudos de Coutinho Filho, Gurgel Filho e Diblasi (1997) avaliaram

clinica e radiograficamente par 18 meses 0 tratamento endod6ntico em sessao

(mica de 80 dentes com necrose e reay80 periapical. Foi observada regressao total

ou parcial da lesao periapical em 72 dentes ( 90%), em urn periodo de 18 meses.

Concluiram ser uma conduta eficaz, desde que seguidos as passos e principios

descritos em seu trabalho.

Para Massone et al., (1989) afirma que nao he agente quimico que destrua

completamente os microorganismos presentes no conduto radicular, enfatizando

que uma tecnica endodontica cuidadosa e uma obtura9ao correta sejam a maior

garantia de resultados clinicos favoraveis. Ressaltam tambem que nao he urn

material restaurador provisorio ideal, e que todos apresentam falhas, havendo

contamina9ao por infiltra9ao marginal via coronaria.

No estudo de Silva & Britto (2008), realizou-se uma tabela com a

compara9ao do pos-operatorio entre pacientes com polpa viva e polpa morta. No

qual analisou 15 dentes para polpa viva, com dor 4 dentes (26,6%), sem dor 11

dentes (73,4%), polpa morta sem lesao, foram analisados 5 dentes, com dor

nenhum dente, sem dor 5 dentes (100%), polpa morta com lesao, foram analisados

3 dentes, com dor 2 dentes (66,67%), sem dor 1 dente (33,33%). Os resultados

obtidos apos realiza9ao deste trabalho foram importantes para despertar 0 interesse

dos novos cirurgi6es dentistas quanto a possibilidade da realiza9ao do tratamento

endodontico em unica sessao, uma vez que a grande maio ria nao faz uso desta

tecnica por falta de conhecimento au inseguran9a quanto ao sucesso deste

tratamento.

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

18

3 SUJEITOS E METODOS

3.1 SELE<;:iio DE CASOS

Este estudo envolveu pacientes encaminhados para a cHnica odontol6gica

da Universidade luiuti do Parana. Foram realizado 0 tratamento endod6ntico em

sessao unica em dez pacientes selecionados, com avalia9ao analise da dar nos

period os entre 24 e 48 haras ap6s 0 tratamento. A faixa etafia da amostra foi de 18

a 50 anos, de ambos as sexos, na amostra fcram incluidos os pacientes que S8

enquadraram: no questionario padrao da UTP (Universidade Tuiuti do Parana),

com necessidade de intervenyao endodontica em dentes anteriores de polpa vital e

mortificada. Para biopulpectomia (a vitalidade sera analisada com base a aspectos

clinicos e radiograficos, ap6s abertura coronaria, 0 dente com sangramento do

tecido pulpar foi considerado vital) dentes para confirmac;:ao de necrose pulpar, foi

realizado testes de sensibilidade termico (frio e calor). Os criterios de exclusao

foram: pacientes que possuem doenc;:as sistemicas descompensados, gestantes,

casos de abscessos dento-alveolar agudo, onde apresenta da dor severa ou

edema, resultam na falta de colaboravao do paciente. Dez dentes anteriores foram

selecionados, todos tratados em sessao (mica. 0 termo de consentimento livre e

esclarecido foi assinado pelos pacientes e pelos pesquisadores.

3.2 PROCEDIMENTOS CLiNICOS REALIZADOS

Os procedimentos clinicos foram realizados por urn unico operador, todos

os dentes tiveram seus canais instrumentados pela tecnica padronizada coroa-

apice. Iniciou-se com: anestesia, isolamento absoluto, anti-sepsia do campo

operat6rio e abertura coronaria, foram realizados a exploraC;:Bo e os esvaziamentos

dos canais, os dentes foram preparados pela tecnica coroa - apice, utilizando-se

brocas de Gates-Glidden (Dentsply - Mailleler Instruments SA, Ballaigues, Sui~a)

numeros 01, 02 e 03, para 0 preparo do terc;:o cervical. 0 prepare manual do canal

lai leita com limas tipa K (Dentsply - Mailleler Instruments SA, Ballaigues, Sui~a),

para a determinaC;:Bo do comprimento de trabalho fo; estabelecido uma medida de

1,5 mm aquem do apice radicular para todos os casos, por meio do aparelho

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

19

NovApex (Forum Engineering Technologies). Durante a instrumenta9iio dos canais

empregou-se hipoclorito de s6dio a 2,5% (HEW industria e distribui~ao de produtos

de biosseguran9a Ltda., Campo Magro PR, Brasil) com irriga9iio abundante. Apos a

instrumentayao, a smear layer foi removida com EDTA a 17% (Biodinamica Quimica

e Farmaceutica Ltda., Ibiporii, Brasil) por 5 minutos, seguido de hipoclorito de sodio

a 2,5% e secagem com ponta de papel absorvente. Na obtura<;ao foi realizada uma

tecnica padronizada a de condensa~o lateral, utilizando cone principal, de acordo

com a maxima lima apical e cones acessorios, juntamente com cimento a base de

oxido de zinco e eugenol (Endofill, Petropolis - RJ, Brasil) e seiad os

temporariamente com material restaurador provisorio (IRM, Dentsply, Petro polis -

RJ, Brasil). A palencia do fcrame foram realizado somente nos casas de necrose

pulpar.

Em lodos as casas, para a tecnica anestesica utilizou-se anestesia troncular

para dentes inferiores e infiltrativa para dentes superiores. Para isto, foi utilizado

mepivacaina a 2% com adrenal ina na concentraC;80 de 1:100.000.

o hipoclorito de sodio a 2,5% foi a substancia quimica utilizada como

auxiliar de instrumentaC;80 no prepare qu[mico-mecanico de todos os dentes

envolvidos.

Apos 0 termino do preparo quimico-medmico, os canais foram preenchidas

com soluC;8a de EDTA a 17% para remoC;3o da smear layer, a qual permaneceu no

canal durante 5 minutas.

Para a analise da dar, fai utilizada a escala visual anal6gica, no momenta

pos-operatorio (entre 24 e 48 horas). A escala de medida consiste em uma linha de

10 cm, na qual pode-se marcar: "nenhuma dor" (referencia zero), "dor moderada"

(referencia cinco) e na outra extremidade e indicada "a pior dar passivel" (referencia

dez). A magnitude da dar e indicada marcando a linha e uma regua e utilizada para

quantificar a mensurac;eo numa escala de 0-100 mm. De acordo com (SOUSA &

SILVA, 2005) este instrumento tern sid a cansiderado sensfvel, simples, reproduzfvel

e universal, ou seja, pade ser compreendido em distintas situa'toes onde ha

diferenc;as culturais ou de linguagem do avaliador, clinico ou examinador.

A incidencia da dor apos 0 tratamenta endodontico em sessea unica, foi

classificada a partir do relato subjetivo dos pacientes nos periados entre 24 e 48

haras, em quatro niveis:

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

20

1. Oar ausente: nenhuma SenS8yaO de dar au desconforto; dente

apresentando- S8 como os Qutros normais;

2. Dar leve: de intensidade discreta e quando nao houve necessidade de

uso de analgesico por parte do paciente para alivio da dor;

3. Dar moderada: quando 0 usa de analgesico par parte do paciente toi

necessaria, sendo 0 mesmo eficiente para 0 alivio dos sintomas, ( toi prescrito e

orientado a tamar analgesico, como a Paracetamol 750mg de 6 e 6 haras,

enquanto apresentava-se algum tipo de dor);

4. Dar Intensa: dar forte que nao cessou apenas com analgesico, levou 0

padente a entrar em oontato com 0 profissional para solicitar orienta90es e impediu

a func;ao mastigatoria.

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

4 CASOS CLiNICOS

21

No estudo presente foi apresentado dez casas cHnicos realizados na clinica

odontol6gica da UTP (Universidade Tuiuti do Parana) de dentes com polpa vital e

mortificada, todos realizados em sBssao Lmica.

Cad a caso clinico terao anexos aos resultados e repercuss6es p6s-

operat6rias ocorridas.

4.1 RELATO DE CASO CLiNICO I

PACIENTE N. F., 40 anos, sexo masculino, compareceu na clinica

odonto16gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era 0

escurecimento do elemento dental 12. a mesma relatou que havia sofrido urn

acidente de mato a cinco anos atras. Ap6s a relata fo; iniciado anamnese, exame

clinico e radiografica. Com base no diagnostico e planejamento protetico, houve a

necessidade da intervenc;:ao endodontica em sessao unica, para necrose pulpar.

Radiografia inicial Radiografia final

Ap6s a intervenc;:ao endodontica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum

tipo de dar ou desconforto nos period os entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica (EVA) teve classificayao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

4.2 RELATO DE GASO GLiNIGO II

22

Paciente L. G. S., sexo feminin~, 49 anos, esteve presente na clinica de

odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era dar

espontanea no elemento dentario (11). Apos 0 relato foi iniciado anamnese, exame

clinico e radiografico, alguns testes fcram realizados tais como: teste de vitalidade

(negativo), teste de percussao e palpa9ao (negativo), sem presen9a de fistula e

lesac periapical, sendo assintomatico por algumas semanas. Com base no

diagnostico houve a necessidade da intervenc;ao do tratamento endod6ntico em

sessao (mica, para necrose pulpar.

Radiografia inicial Radiografia final

Ap6s a intervenc;ao endod6ntica, a paciente relatau que nao houve nenhum

tipo de dar au desconforto nos periodos entre 24 e 48 haras. Na escala visual

analogica (EVA) leve classifica9ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

4.3 RELATO DE CASO CLiNICO III

23

PACIENTE R. A., 35 anos, sexo feminino, compareceu na clinica

odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era 0

escurecimento do elemento dental 21, assintomatico. A mesma relatau que havia

sofrido urn acidente a dais anos atras, ap6s anamnese, exame clinico e

radiografico, constatou-se uma lesao periapical, no qual houve urn planejamento

para 0 tratamento endodontico em sessao unica, para necrose pulpar.

Radiografia inicial Radiografia final

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

24

Ap6s a interven<;aoendod6ntica, a paciente relatou que nao houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica (EVA) teve classifica980 como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

4.4 RELATO DE CASO CLiNICO IV

PACIENTE C. A., 40 anos, sexo masculino, compareceu na ciinica

odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era em relayao

a estetica do dentes anteriores. Apes 0 relata foi iniciado anamnese, exame clinico

e radiognHico. Com base no diagnostico 0 tratamento endod6ntico e planejamento

protetico foi indicado, foi realizado endodontia dente 21 em sessao (mica, para

biopulpectomia.

Radiografia inicial Radiografia final

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

25

Ap6s a interveny80 endod6ntica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica (EVA) teve classifica9ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

4.5 RELATO DE CASO CLiNICO V

PACIENTE C. A., 40 anos, sexo masculino, compareceu na clinica

odontol6gica da universidade luiut; do Parana, sua principal queixa era em relar;aoa estatica do dentes anteriores. Ap6s 0 relata fo; iniciado anamnese, exame clinico

e radiogr8fico. Com base no diagnostico 0 tratamento endodontico e planejamentoprotetico foi indicado, fo; realizado endodontia do dente 13 em sessea unica, parabiopulpectomia.

Radiografia inicial Radiografia final

Ap6s a intervenc;ao endod6ntica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

analogica (EVA) teve classifica~o como zero. Nenhum medicamento fol prescrito.

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

4.6 RELATO DE CASO CLiNICO VI

26

PACIENTE G. L., 40 anos, sexo feminin~, compareceu na clinica

odontol6giea da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era a

escurecimento do elemento dental 21 e 22, sendo assintomatico. A mesma relatou

que havia sofrido urn trauma, apas anamnese, exame clinico e radiografico

constatou-se uma lesac no apice, no qual houve urn planejamento para a

tratamento endodontico em sessao unica, para necrose pulpar.

Radiografia inicial Radiografia final

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

27

Ap6s a intervenc;:ao endod6ntlca, a paciente ralatau que naD houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica (EVA) teve classifica,ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

4.7 RELATO DE CASO CLiNICO VII

PACIENTE C. A" 40 anos, saxe masculino, compareceu na clinica

odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era em rela,ao

a estetica do dentes anteriores. Ap6s 0 relato fol iniciado anarnnese, exame clinico

e radiografico. Com base no diagnostico 0 tratamento endod6ntico e planejamento

protetico fol indicado, fol realizado endodontia do dente 23 em sessao unica, para

biopulpectomia.

Radiografia inicial Radiografia final

Ap6s a intervenc;:ao endod6ntica, 0 paciante ralatau que naD houve nenhum

tipo de dar ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica teve classificac;:ao como zero. Nenhum medicamento fol prescrito.

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

28

4.8 RELATO DE CASO CLiNICO VIII

Paciente C. V., sexo feminin~, 21 anos, esteve presente na clinica de

odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, a mesma apresentou uma carta de

encaminhamento da unidade de sauds, para a solicita'1ao do tratamento

endod6ntico de dente 21. Apos a relata tal iniciacto anamnese, exame clinico e

radiografico. Com base no diagnostico e a pedido da mesma, fai realizado 0

tratamento endod6ntico em sessao unica, para biopulpectomia.

Radiografia inicial Radiografia final

Ap6s a intelVenyao enctod6ntica, a paciente relatou que houve urn tipo de

dar e desconforto nos periodos entre 24 e 48 haras. A mesma classificou na escala

visual anal6gica da dar (EVA), como: dar moderada, no qual foi prescrito

paracetamol de 6 em 6 haras, durante tres dias.

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

29

4.9 RELATO DE CASO CLiNICO IX

Paciente N. P., sexo feminino, 55 anos, esteve presente na clinica de

odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, a mesma apresentou uma carta de

encaminhamento da unidade de sauda para a solicita9ao do tratamento

endodontico de dente 43. Ap6s 0 relato foi iniciado anamneS8, exame c1inico e

radiogritfico. Com base no diagnostico e a pedido da mesma, foi realizado 0

tratamento endod6ntico em sessao unica, para necrose pulpar.

Radiografia inicial Radiografiafinal

Apos a intervenc;ao endod6ntica, a paciente relatau que nao houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica teve classific89BO como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

4.10 RELATO DE CASO CLiNICO X

30

Paciente D. R.t sexo masculino, 31 anos, esteve presente na clinica de

odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, 0 mesma apresentou uma carta de

encaminhamento da unidade de saude, para a solicita9iio do tratamento

endod6ntico de dente 11. Apos 0 relata foi iniciado anamnese, exame clinieD e

radiografico. Com base no diagnostico e a pedido do mesma, foi realizado 0

tratamento endod6ntico em sessao (mica, para necrose pulpar.

Radiografia inieial Radiografiafinal

Ap6s a intervenC(3.o endod6ntica, 0 paciente relatou que naQ houve nenhum

tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual

anal6gica (EVA) teve classifica<;ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

31

5 ANALISE DOS CASOS CLiNICOSI RESULTADOS

Levando-se em considera<;:Bo as resposta dos dez pacientes entrevistados

podemos observar os relatos pertecentes aos aspectos levantados no questionario

padrao utilizado (EVA).

Considerando a condic;ao p6s-operatoria dos entrevistados, expressaram nos

resultados que a incidencia em que advogam e consideram licito realizar 0

tratamento endod6ntico em sessao (mica.

Ap6s 0 prepare biomecanico, apenas urn paciente relatau dar pos-operat6ria

significativa, sendo no caso de polpa viva (Tabela 1). No qual foi prescrito e

orientado sabre 0 usa do paraeetamal (750mg) de 6 em 6 haras, durante 3 dias.

Tabela 1- Comparayao do pos-operat6rio entre pacientes com polpa viva e morta,

sem patencia do fcrame. Nos periodos entre 24 e 48 haras.

Condi~iio Pulpar Quantidade de Com dar pes- Sem dor pos-

dentes operatorio operatorio

10

POLPAVIVA 4 1 3

POLPAMORTA 6 0 0

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

32

6 DISCUSSAO

A discussao sera apresentada em nove tapicos distintos. Essa divisao visaa tarnar mais clara a leitura e compreensao dos temas abordados neste estudo.

6.1 DOR P6S-0PERAT6RIA

Massone (1989), Alraves de suas pesquisas, publicou resultados de um

estudo clinico sabre 600 cases de tratamendo endodontico realizados em sesseo

(mica, em que concluiu que nao houve direfenya significante nas manifesta<;oesdolorosas pos-operatorias de pol pas inflamadas ou neerolicas. Afirmou que

independentemente do estado pulpar, uma tecnica endodontica Guidadosa e uma

obturayao correta sao garantias de resultados clinicos favoraveis, pais nao existe

nenhum agente quimico que destrua completamente as microorganismos presentes

no canal radicular.

Estudos realizados avaliaram 0 p6s-operat6rio de dentes tratados em uma

ou em varias sessoes, concluiram que nao existia diferenc;:a estatisticamente

significante entre os dois casas, ou seja, a dar pos-aperatoria naa era maior parque

o tratamento era leito em uma sessiio apenas, (lMURA et al., 2004).

No estudo de Albashaireh & Alnegrish (1998) os autores concluiram que:

A maioria das dares pos-obturac;:ao, tanto em sessao (mica como em

varias visitas, acorreu nas primeiras 24 horas apos obturacaa e diminuiu

posteriormente;

A diferenc;:a estatistica na incidemcia da dar foi demonstrada entre duas

tecnicas onde 38% dos pacientes do grupo de multiplas visitas tiveram dor durante

as primeiras 24 horas em contraste de 27% do grupo de pacientes de sessao (mica.

Fox et al ., (1970) em pesquisas trataram 291 dentes em sessiio unica,

avaliando-os no dia seguinte ao tratamento, no segundo dia e sete dias ap6s. Dor

severa ocorreu em apenas 2% dos casas. Alem disso as autores abservaram que

dentes que foram sobre instrumentados tiveram dar pos-aperatoria maior I e

tambem naa hauve diferenc;:a significante na dar entre dentes vitais au nao vitais.

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

33

Roane e/ al., (1983), Em suas pesquisas, avaliaram a dar p6s-operatoria

de dentes tratados em sessao (mica e em sess6es multiplas. A decisao de tratar 0

case em uma ou mais sess6es era baseada apenas no tempo disponivel para 0

tratamento e nunca na vitalidade, sintomas clinicos au patologia apical. Foram

completados 250 casas em sessao (mica e 109 em multiplas sess6es. Oeste total

153 tinham vitalidade pulpar e 206 naD tinham. Em relaltao ao numero de visita,

nos casas de multiplas sessoes, as indices de dor pos-operatorias foram maiores.

Motta et a/., (1983) Afirma, no que diz respeito a dar p6s-operat6ria ap6s

tratamento em sessao unica, trataram 54 dentes em uma sessao e 35 dentes com

obturayao mediata, constatando nao existir diferenQ8s estatisticamente significante

nos dois casos (tanto nos dentes com polpa vital como nos dentes nao vita is). 0

autores dizem que "toda vez que os principios biol6gicos forem obedecidos,

teremos 0 sucesso endod6ntico independente do numero de consultas realizadas".

Soltanoff (1978), realizou um trabalho de pesquisa em que 0 tratamento

endod6ntico em uma sessao foi feito em 135 dentes e, em multiplas sessoes, em

outros 195 dentes. Obteve um resultado de 46% de ausencia de dar nos

tratamentos realizados em sessao unica, e de 62% em sess6es multiplas.

Posteriarmente, Bombana (2000), critica a conduta de realizar tratamento

endodontico em sessao unica, em casos de polpa morta e ate mesmo para alguns

casos de polpa viva, parque, para ele, 0 respeito ao fator biol6gico do paciente enecessario, e, para isto, deve-se colocar medicac;:ao intracanal, na maiaria dos

casos, para favorecer a reparac;:ao.

E interessante notar que mesmo a dor mais severa nao e fracasso ou

prenuncio de fracasso tratamento. Nao havendo intercorrencias, como por exemplo,

contaminac;:ao do canal, desaparecida a reac;ao infiamat6ria, havera raparo. Assim

cientificamente, nada contra-indica 0 tratamendo endodontico em sessao unica

(BENATTI,1982).

6.2 TECNICA DE PREPARO COROA-ApICE

E indiscutivel que a endodontia, nesses ultimos anos, apresentou grandes

avanc;:os no que diz respeito aos materias e tecnicas de prepare e obtura9ao dos

canais radiculares. A fase do prepare quimico-mecanico representa umas das

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

34

eta pas mais importantes da terapia endod6ntica, cnde e realizada a modelagem e

desinfecltao dos condutos. Durante a instrumenta~ao de canais curv~s, mudany8s

significativas podem ocorrem em sua anatomia interna dependendo da tecnica e

instrumentos utilizados em seu preparo. Por esta razac, tem-S8 lanc;ado no mercado

instrumentos cada vez mais flexfveis, capazes de acompanhar a curvatura dos

canais. Atualmente a instrumentac;ao automatizada faz parta da rotina do

especialista. Apresenta como algumas vantagens: reduc;ao acentuada do tempo de

trabalho e diminui9ao da fadiga, do operador e do paciente. E contra-indicado: em

canais radiculares portadores de curvaturas muito abruptas e acentuadas (L6PEZ,

2007).

A tecnica de instrumenta~ao coroa-apice, consiste no preparo previa do

ter~o cervical, com alargamento progressivo no sentido apical. Essa manobras traz

algumas vantagens; como reduc;ao na formac;ao de degraus e devies ou fraturas de

instrumentos, alem de favorecer 0 preparo e a limpeza do terc;o media e apical,

devido a uma maior facilidade de penetrac;ao da canula de irrigac;ao, auxiliando no

fluxo de irrigantes e atuayao de substancias quimicas nessas regi6es do canal

radicular (ESTRELA, 2004).

o prepare do canal radicular no sentido "coroa-apice" objetiva urn ato

operatorio rna is faGil e, aD mesmo tempo, rnais seguro principalmente em casas de

dentes com necrose, par possibilitar a realizac;ao da penetrac;ao desinfetante com

menor risco de extrusiio de restos necrosados (VANSAN, 1993).

Schafer & Lohmann (2002), avaliaram a capacidade de limpeza em canais

curvos de dentes extraidos atraves da instrumental(8o rotatoria com instrumentos

de NiTi pela tecnica escalonada coroa-apice, FlexMaster e instrumentay2lo manual

com limas Flexofile. Todo prepare biomecanico foi realizado com irriga9ao de

hipoclorito de s6dio. Os canais foram avaliados atraves da microscopia eletr6nica

de varredura. A limpeza total dos canais naD foi observada em nenhuma das

tacnicas. De urna maneira geral, a instrumentay80 manual resultou em menor

quantidade de detritos e camada residual no terlto apical, porem sem diferen98

estatistica significante.

Posteriormente, Gon9alves et al., (2001), relatou que a instrumenta9iio

manual, apesar de amplamente utilizada para esse fim, apresenta limita96es no que

S8 refere a limpeza dos canais radiculares, bem como possibilita a ocorrencia de

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

35

iatrogenias durante a preparo quimico-mecanico tais como: transporte do canal,

forma~ao de degraus, perfura,oes, compacta~ao de dentina e fratura de

instrumentos.Todas as tecnicas e instrumentos necessitam de grande percep9ao tactil e

aplica<;ao de principios sinestesicos per parte do operador, associadas aos

conhecimentos anat6micos basicos e aD treinamento adequado, com vistas a

integrar a 8980 dos instrumentos ao interior do canal radicular. Entretanto, a nao

observ8<;ao de tais caracteristicas pode comprometer a uso destes sistemas,

. fazendo-se imperio sa a necessidade de urn treinamento profissional, assim como

estudos na regiao apical, no sentido de observar seus resultados no tocante aqualidade do preparo (PEDRO, 2000).

6.3 CONTAMINA<;Ao DO CANAL RADICULAR ENTRE SESSOES

Segundo Trope (1991), "a preven~ao da contamina~ao do canal radicular,

durante 0 tratamento entre as sess6es e uma das maiores vantagens do tratamento

em sessao (mica", segundo estudos de 226 dentes tratados em sessao (lnica e

onde somente 4 apresentaram flare-up. Segundo 0 autor os retratarnentos nao

devem ser realizados em uma sessao.

Cohen & Burns (2000), citam como vantagens clinicas em se realizar 0

tratamento endod6ntico em sessao (lnica a elimina9ao da chance microbiana de

contaminayao.

Ramos & Bramante (1997), destacava a realizayao do tratamento

endod6ntico em sessao unica, visto que ao se remover 0 tecido pulpar, ocarre uma

reayao inflamat6ria no tecido periodontal apical, constituindo uma etapa inicial do

processo raparador, que ocorre 48 horas ap6s a intervenyao, nao havendo

atividade bacteriana. Os que advogam em favor do tratamento em unica sessao

justificam que, em uma segunda sessao, os procedimentos, par mais cuidadosos

que sejam, podem desencadear uma nova reayao inflamat6ria em res posta ao

traumatismo verificado nos tecidos reparados e em repouso.

No estudo de Coutinho Filho, Gurgel Filho e Diblasi (1997), avaliaram

clinica e radiograficamente par 18 meses 0 tratamento endod6ntico em sessao

unica de 80 dentes com necrose e reayao periapical. Foi observada regressao total

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

36

au parcial da Iesilo periapical em 72 dentes ( 90%), em um perioda de 18 meses.

Concluiram ser uma conduta eficaz, desde que seguidos os passos e principios

descritos em seu trabalho.

Posteriormente, Leonardo et a/., (1994) afirmou que houve maior sucesso

nos casos em que S8 usa medica<;ao intracanal do que nos casos sem a coloca((ao

desta. Citam que 0 curativo de hidr6xido de calcio foi bem melhor tanto no sucesso

radiografico, como no microbiol6gica, comparado com 0 tratamento em sessao

(mica.

Spangberg (2001) em seu trabalho, relatou que 0 tratamento em sessilo

unica em dentes com polpa necrosada e associada a uma lesao periradicular eincapaz de desinfectar 0 sistema de canais radiculares, necessitando de uma

medical(ao intracanal para uma desinfec«ao completa do sistema.

Para Fava (1992), ha necessidade da medica,ilo intracanal em

pulpectomia, podem ser contemplados nos criterios apontados;

Preservar a vitalidade do coto;

Controlar 0 processo inflamat6rio que se segue ao trauma cirurgico e

mecanico da extirpayao da polpa e do preparo biomecanico;

Controlar uma possivel infecyao;

Induzir 0 reparo apical pel a deposiyao de tecido duro.

Leonardo & Holland (1974), afirmam que para os casas de pulpectomia,

uma vez combatida a infecyao superficial da polpa e obtendo-se uma penetrayao as

septica do canal radicular, pode-se utilizar 0 hidr6xido de calcio como medicamento

t6pico entre sessoes. As pastas a base de hidr6xido de calcio, em biopulpectomias

em humanos, preservaram a vitalidade do coto pulpar, mantendo a reayao

inflamat6ria dentro de condiyoes normais. Dessa forma, os tecidos constituirao a

matriz de uma possivel e futura mineralizayao.

6.4 LOCALIZADOR APICAL PARA ODONTOMETRIA

Os metodos radiograficos de odontometria ainda sao os mais difundidos.

Portanto, inumeros trabalhos demonstram que e praticamente impossivel obter

radiografias sem diston;:ao. Abbot et al. (1987) destacam ainda que as radiografias

pod em ser imprecisas devido as varia90es morfol6gicas do sistema de canais

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

37

radiculares: ao farame apical quase sempre nac corresponder ao apice radiografico,

a erras durante a interpretay8.o radiografica pelo observador, ao tempo 9asto para

tamada e processamento radiografico e aD potencial de risco para a saude do

paciente e profissional pel a 8xposiyao dos mesmos a radiayao.

o metodo eletr6nico tern side estudado desde 0 inicio do seculo passado,

com 0 objetivo de adicionar aos procedimentos endod6nticos precisao, rapidez de

tecnica e confiabilidade na mensura980 a tim de S8 determinar 0 local exato do

comprimento de trabalho,substituindo ou complementando a utiliz8c;;:8.0 do metoda

radiogratico (MAACHAR et al., 2008).

Na pesquisa de Brito-Junior et a/., (2007), na qual se empregaram 20

molares inferiores para analisar a eficacia de precis80 do localizador Novapex,

comparado com 0 grupo controle de medili80 visual, encontrou-se como resultado 0

valor de 90% de confiabilidade considerando diferen9a de ate 1mm em rela9ao ao

comprimento de trabalho real. Tambem com 0 localizador Novapex, Renner et al.,

(2007) verificaram valor de confiabilidade de 96,2% para as dentes em polpa viva e

86% para dentes com polpa necrosada.

Na pesquisa de Renner et al., (2003) 0 metodo eletr6nico (NovApex) obteve

resultado satisfat6rio em 75% e 80,9% para polpa vital e mortificada, teve como

amostra 37 dentes monorradiculares e a medida eletr6nica foi considerada confiavel

em medidas compreendidas entre 0,5 e 1,5 aquem do vertice radiografico.

o uso dos localizadores apicais eletronicos esta indicado em: situa90es

rotineiras do tratamento endodontico; para detec9Bo de perfuralioes, fraturas e

reabsor90es radiculares; para acompanhamento do comprimento de trabalho

durante 0 processo de limpeza e modelagem de canais curvos; pacientes

gestantes; pacientes que apresentam ansia de vomito durante as tomadas

radiograficas; superposi9ao de canais radiculares localizados no plano de incidemcia

do feixe de raios x (RUIZ, 2007).

Machado (2007), contra-indica 0 uso dos localizadores apicais eletr6nicos

em: dentes com forma9ao apical incompleta ou com processo de reabsor98o apical

avan9ado; em pacientes postadores de marcapasso cardiaco e dentes portadores

de protese ou restaura90es metalicas.

Teixeira (2003), cita como vantagens 0 uso dos localizadores apicais

eletr6nicos: menor tempo para a obten9ao do comprimento de trabalho; facil

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

38

manipulayao; precisao quando corretamente operado; poder ser usado associado aQutros metodos; naD apresentar risGos a saude do pessoal envolvido no ambienteodontol6gico.

De acordo com Kobayashi (1995), as desvantagens do localizador apical

sao: a tecnica requer uma aparatologia especial; a execuc;ao da tecnica e suaexatidao dependerem das condic6es eletricas do canal; maior dificuldade com

dentes com apice ample au aberto.

Figura lIustrativa: Localizador Apical NovApex

6.5 IRRIGA<;iio COM HIPOCLORITO DE S6DIO 2,5% ALTERNADO COM EDTA

17% NO PREPARO QUiMICO MECiiNICO DE CANAlS RADICULARES

Sabe-s8 que dentre as principals requisitos para 0 sucesso do tratamento

endod6ntico esta a completa elimina<;8o de todos as detritos do sistema de canals

radiculares anterior a sua obturaC(ao. Ressalta-se, entaD, a fase do prepare quimico-

mecanico, cnde S8 busca 0 esv8ziamento e 0 alargamento do canal, atrav8S da

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

39

intera<;:ao substancia qufmicaiinstrumento endod6ntico. A 8<;:80 dos instrumentos, no

entanto, ocorre somente na luz do canal principal naG atingido 0 complexo sistema

de canais radiculares. Sendo assim, a utiliz8980 de uma substancia quimica auxiliar

durante 0 ato de instrumenta<;:ao e de suma importancia e visa facilitar a 8r;:c30 dos

instrumentos, penetrando em todD 0 sistema de canais, a fim de promover auxilio

indispensavel a sanilicagao do complexo endod6ntico (BORIN, 2005).

Hipoclorito de s6dio alternado com 0 EDTA, al6m de remover smear layer e

seus produtos, tern apresentado uma 89aO mais efetiva do que somente a

hipoclorito de s6dio na elimina<;:ao das bacterias contidas na smear layer. Ainda, a

eficiencia dessas substancias depende da capacidade delas em alcanc;:ar cada

porgao do sistema de canais radiculares (ZANATO, 2001).

Em trabalho de pesquisa de quantificagao de endotoxinas e cultivo de

microrganismos de bacterias de canais radiculares infectados, antes e ap6s 0

prepar~ biomecElnico com hipoclorito de s6dio 2,5%, observou-se uma reduc;:ao

efetiva sobre 0 crescimento bacteriano, porem pouco efetiva sobre as endotoxinas

dos canais radiculares. (MARTINHO & GOMES, 2008).

Cohen (1994), aconselhou a utilizac;:ao da concentrac;:ao de 2,5% como a de

primeira escolha. Estrela (2004), indica para canais amplos com polpa vital solugoes

de menor concentrac;:ao como a 1%. Para Leonardo (2005) indicou soluc;:6es de

hipoclorito de s6dio a 5,25% (preparagao olicial da USP) para tratamento de dentes

com reac;:ao periapical cr6nica evidenciavel radiograficamente, e para 0

desbridamento foraminal dos mesmos aconselham soluc;:ao a 2,5%. A soluc;:ao de

Milton e indicada para casos de dentes despulpados sem lesao periapical

evidenciavel radiograficamente enos casos de biopulpectomias.

Walker (1936), indicou a utilizagao do hipoclorito de s6dio a 5% (soda

clorada) para 0 preparo de canais radiculares de dentes com polpas necrosadas,

uma vez que auxilia na descontaminac;:ao dos instrumentos, manipulac;:ao dos

canais radiculares e protec;:ao do paciente e do operador, devido aos

microrganismos que urn canal radicular pode abrigar.

Grossmann (1943), propos 0 emprego de uma tecnica de irrigagao de canal

radicular alternando 0 hipoclorito de s6dio a 5,0% com 0 per6xido de hidrogemio 3%,

uma vez que a reac;:ao entre as duas substancias promoveria efervescemcia com

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

40

libera9ao de oxigenio nascente, favorecendo a eliminayao de microrganismos e

residuos do canal radicular.

6.6 PATENCIA DO FORAME

Urn dos temas mais importantes e polemicos em endodontia, sem duvida, e

o limite apical de trabalho. A maior razao de ser disso e a grande preocupa98o que

sempre existiu com 0$ tecidos apicais e periapicais. Oiante do risco de traumas

indesejaveis e desnecessarios a esses tecidos, a postura classica tern sido a de se

preconizar que 0 tratamento endod6ntico deve S9r realizado no canal dentinario, a

que significa dizer que 0 campo de a980 do endodontista e 0 canal dentinario. Por

essa razao, algumas medidas de comprimento de trabalho tern sido preconizadas,

parecendo, porem, S8r a mais ace ita a de 1 mm aquem do apice radiografico

radicular. Portanto, geralmente, algo em torno de 1 mm do canal permanece sem

ser trabalhado (SOUZA, 2000).

Precaniza-se a patencia do farame, adatando 0 forame radiografico como

limite de instrumentayao, evitando dessa maneira, que haja acumulo de detritos nos

milfmetros finais do canal radicular. Adotando-se 0 forame radiografico como limite

de instrumenta((ao, provavelmente a lima estara invadindo a regiao periapical,

havendo, porem, a garantia de que toda a extensao do canal estara instrumentada.

Acreditam haver carta recaio em se avan((ar a instrumenta((ao ate regiao periapical,

mas as vantagens obtidas realizando-se as manobras de patencia justificam a

pequena injuria causada aos tecidos periapicais. E recomendada a amplia((ao do

forame para casas de lesao periapical muita extensa au casos de abscesso

periapical para auxilixar a drenagem. Quando se esta trabalhando no farame

radiografico ou alem dele, a lima deve ser manipulada de maneira sutil e apas

previa desinfec((ao dos ter((os cervicais a medio. Sugere- se que a solu((ao de

hipoclorito de sadia seja utilizada nas cancentra((5es entre 2,5% e 5,25%, tendo em

vista que a potencializa((20 do mesmo esta influenciado principal mente na atividade

antimicrobiana (HIZATUGU et a/., 2002).

Pasteriormente, parecem ser duas as principais raz5es para que a limpeza

do forame nao seja um procedimeneto adotado roteiramente: a esperan((a que as

substancias quimicas auxiliares do preparo e a medica((ao intracanal exer((am as

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

41

suas aeDes dobre seu conteudo e 0 reeeio do trauma induzido aos tecidos

periapicais. Como qualquer ato cirurgico, a limpeza do fcrame tambem deve gerar

trauma com reposta inflmataria e a formaC;8o de edema. Entretante, S8 bern

realizada, resulta de desobstruy8o desta paryao do canal, fazendo com que a

edema migre para seu interior. Em Qutras palavras a canal passa a representar urn

area de desague para anda drena 0 edema, 0 que significa dizer que,

diferentemente do que S8 acredita, a limpeza do farame nao provoca der e 8im

alivio de uma pressao tecidual (SOUZA, 2000).

6.7 UTllIZAC;:AO DA TECNICA DE OBTURAC;:AO CONDENSAC;:AO LATERAL

o tratamento endod6ntico objetiva a sanificagBo dos canals radiculares e

seu vedamento hermetico atraves da obturaQ8o, que corresponde ao correto

preenchimento em toda a extensao do canal radicular, par materiais que sejam

biologicamente compativeis, atraves de uma tecnica de obturaQ8o. Para se

prevenir a ocorrencia de falhas, todos os passos do tratamento endod6ntico devem

ser cuidadosamente realizados: adequada e correta abertura coronaria; um bom

prepare quimico-mecanico; e uma correta obturaQ8o dos canais radiculares

(TARTAROTTI etal., 2005).

A tecnica de condesaQ8o lateral para obturaQ8o de canais radiculares e a

mais conhecida devido a simplacidade e 0 baixo custo (MORAES & HOLLAND,

1985).

No esludo de Pesce (1995), a tecnica de condensa~ao laleral e a mais

utilizada, pel a simplicidade e pelos bons resultados que tem oferecido ao Ion go do

tempo e comprovados cientificamente.

Entre as tecnicas de obturaQ80 existentes a CondensaC;8o Lateral, tern sido

o metoda de obturac;ao dos canais radiculares rna is utilizados atraves dos anos.

Entretanto esta tern encontrado muitos criticos que se ap6iam no fato de a mesma

nao oferecer uma obturaC;8o tridimensional, acarretar estresse excessivo com risco

de fratura radicular, consumir guta-percha em demasia, e ser muito demarada.

Objetivando minimizar esses efeitos adversos foram introduzidas as tecnicas de

obtura~iio termo plastificadas (PEREIRA & SIQUEIRA, 1999).

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

42

Embora varias tecnicas tanham sido propostas para a obturac;ao do sistema

de canais radiculares, a lecnica da condensaC;8o lateral continua sendo a mais

difundida e empregada na atualidade. Seu uso nao requer equipamento

especializado, e de baixo custo e de simples execuc;ao. Entretanto, muitos autores

recomendam as lecnicas termoplastificadas, justificando seu usa por considerarem

haver melhor a adapta<;:8o da guta percha a parede dentinaria, maior

homogeneidade da massa obturadora, e born selamento apical (FREITAS, 1996).

Segundo Beer ef al., (1987) pastas e eimentos ulilizados durante a

obtura980 podem causar irritag80 aos tecidos e por isso a quantidade de guta-

percha, biologicamente inerte, deveria constituir mais de 90% do volume da

obtura<;ao. Para isso realizaram urn estudo para avaliar a quantidade da guta-

perch a em rela<;:ao a quantidade de cimento obturador, em duas tecnicas de

obtura~ao radicular; condensa~ao lateral e condensa~ao termomecanica. Vinte

dentes foram obturados pela tecnica da condensac;ao lateral e vinte pel a

condensa~ao termomecanica. Realizaram radiografias no sentido vestibulo-lingual e

os dentes foram seccionados e analisados em estereoscopio com aumento de 90X.

A quantidade de guta-percha na tecnica de condensac;ao lateral fol de 92,7% e na

condensa~ao termomecanica a gutapercha ocupou 89,1% do espa~o da obtura~ao.

Com isso os autores observaram que a tecnica de condensa~ao lateral mostrou-se

superior em rela~ao a termomecanica e, demonstraram que na condensa~ao lateral

ha maior quantidade de guta-percha e menor de cimento.

Posteriormente Bramante (1989), a teeniea de Condensa9ao Lateral, nao

oferece estrutura tridimensional em decorremcia de espa~os vazios observados,

principalmente, nos ter~os cervical e medio que podem tomar-se nichos de

desenvolvimento bacteriano levando 0 tratamento ao insucesso. Com 0 advento de

tecnicas de instrumentayao que preconizam maior alargamento do conduto nos

ter~as cervical e media, maior quantidade de material obturador e necessaria,

portanto a utiliza~ao de tecnicas de termoplastifica~ao da guta - percha proporciona

uma obtura9ao clinieamente efieiente, rapida e faeil (MORAES ef al., 1989).

Entre as teenieas de termoplastifiea9ao da gutapereha, a Hibrida de Tagger

se beneficia das vantagens do selamento apical da Condensac;ao Lateral 0 que

tende a reduzir os riscas de sobreobtura~ao. Alem disso, promove uma obtura~ao

mais coesa e compacta, consumindo menos tempo e material, constituindo um

Page 44: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

43

metoda segura e rapido desde que as procedimentos pertinentes a tecnica sejam

respeitados (TAGGER, 1994).

6.8 IMPORTANCIA DO SELAMENTO PROVISORIO

Segundo Ray & Trope (1995), a importancia de um adequado selamento

cervical para a prevenc;:ao da contaminac;:ao do sistema de canais radiculares tern

side salientada por inumeros pesquisadores. Estes afirmam que a qualidade da

restaurac;:ao e urn fator importantissimo para 0 sucesso do tratamento endod6ntico;

na medida em que observaram les6es inflamatorias perirradiculares quando as

superficies coroniuias nao foram adequadamente obturadas. Qutros auto res

afirmaram categoricamente que microorganismos provenientes da cavidade oral

podem lesar as tecidos perirradiculares, sendo estes as respons;3veis pelo

insucesso endod6ntico (SIQUEIRA, 2001).

Segundo Orstavik (1977), para minimizar 0 risco de contaminac;:ao, afirmou

que 0 tratamento endodontico em sessao unica eliminaria a necessidade de

medica9ao intracanal e coloca9ao de material provisorio, evitando a ocorrencia da

infiltra9ao marginal.

Em contrapartida, Marques et a/., (2005) afirmam que a utilizac;ilo de

materias restauradores temporarios entre as sess6es e urn dos fatores

determinantes ao sucesso do tratamendo endodontico. Esses materias selam 0

elemento dentario, temporariamente entre as sessoes, previnindo a entrada de

fluidos bucais, microorganismos e autros produtas para 0 interior do canal radicular.

Por este motiv~ 0 material a ser empregado deve possuir uma caracteristica

fundamental para que a terapia obtenha sucesso, tal como uma b,oa resist€mcia;

sabre este aspecto alguns autores afirmam sobre a resistencia de alguns materia is

restauradores temporarios, no entanto e dificil encontrar trabalhos objetivando

comprovar sua resistencia propria mente dita, a grande maioria avalia 0 selamento

periferico frente it infiltra9ao marginal.

Zaia (2002), avaliou a capacidade de selamento do IRM, Coltosol, Vidrion

R e Scotch Bond. concluiram que nenhum dos materiais restauradores testados foi

capaz de prevenir a microinfiltra9ao de todas as especies bacterianas testadas; 0

Page 45: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

44

Vidrion Reo Scotch Bond demonstraram resultados deficientes; ja a IRM e 0

Coltosol toram significantemente melhores na infiltrayao coronaria.

o material IRM apresenta como caracteristica uma excelente resistencia acompressao Vale et al., (2003). No entanto na literatura os autores afirmam que ele

e urn dos cimentos que mais causa infiltraltao fato que poderia ser explicado devido

a maior contraltao que ele sofre, diferente dos Qutros cimentos que sofrem

expansao, resultando em melhor adapta9ao marginal (P6LO et a/., 1996)

6.9 PRESCRI~Ao DE MEDICAMENTOS

A prescri'tao nada mais e do que a materializa<;ao por escrito do tratamento

medicamentoso a que 0 paciente 8Sta submetido, com as devidas orientaC(oes

sabre a sua administra\fao; orienta'1oes estas que tern, entre Qutras, a finalidade de

limitar a automedicayao e direcionar os cuidados pos-operatorios. Alem disso, e um

doeumento que pode servir de prova do uso indevido de alguns medicamentos pelo

paciente em eventual demanda legal (GARBIN et al., 2007).

Os analgesicos e antiinflamat6rios sao indicados principal mente nos casos

de urgencia de origem endod6ntica como as peri cementites agudas. E interessante

medicar 0 paciente com analgesico para com bater a dor p6s-procedimento de

instrumenta9ao do canal, pois se trata de uma intervenc;:ao invasiva, que tem

grandes chances de produzir sintomatologia dolorosa (ANDRADE, 1999).

Rocha (2003), selecionou 0 paracetamol como analgesico de elei9ao, pois e

o medicamento de primeira escolha no contrale da dor leve e moderada pode ter

perfil de efeitos ad versos mais favoraveis, e seguro e eficaz.

Segundo Leonardo (2005), 0 paracetamol, praticamente desprovido de

atividade antiinflamatoria ( 0 que limita seu usa em endodontia), e 0 analgesico a

ser considerado quando de contra-indicac;:oes formais aos salicilatos. Suas

vantagens sao:

- Praticamente ausencia de efeito irritante gastrieo;

- Nao interferencia sobre a coagulac;:ao;

- AUSElncia de efeito sobre equilibrio acido-basico e sobre a elimina9aO de

uratos.

Page 46: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

45

Suas desvantagens estao relacionadas os tres importantes efeitos

adversos:

- A tendencia de provocar habito ( depend en cia psiquica );

- A possibilidade de hepatite colestatica por uso agudo de grandes doses

(potencialmente lata is);

- Possibilidade de comprometimento renal serio por usa cronico de doses

usuais ( a evoluc;8.o pode ser a seguinte: nefrite intersticial cronica - necrose papilar

insuficiemcia renal ).

Page 47: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

46

7 CONSIDERAC;:OES FINAlS

o tratamendo endod6ntico em sessao unica, vern demostrando uma forma

de tratamento altarnente efetiva e vantajasa, quando procedido de urn correto

diagnostica.

Atualmente, as tecnicas tern demonstrado que nao existem diferen98s

significativas no que diz respeito a qualldade do tratamenta, a incidencia da dor pas-operatorias au ao indice de sucesso, quando tal tratamento e realizado em uma ou

multiplas sess6es.

Sera dado continuidade ao presente trabalho, com enfase em

monitoramento radiografico de les6es periapicais e acompanhamento cHnico de

longo prazo.

Pode-s8 concluir, por meio da revisao de literatura e dos casas cliniGos

executados, que 0 tratamendo endod6ntico em sessao (mica e uma alternativa

viavel, apresentando bons resultados cHnicos pos-operatorio.

Page 48: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

47

REFERENCIAS

1. FAVA, l. R. G. Tralamento Endod6ntico em Sessilo Unica: Vantagens e

desvantagens. RBO. 1999, v. 56, n. 6, p. 273-277.

2. FAVA, L. R. G.; Hizatugu, R. Tratamento endodontico em sessao unica:

dentes portadores de polpa viva. RBO. 2000, v. 57, n 5, p. 288-292.

3. FAVA, L. R. R.; CRUZ A.; GIORGI, M. R. tratamento endod6ntico em sessilo

unica. Dentes portadores de polpa mortificada. RBO. 2001, v. 58, n. 5.

4. WEINE, F. S. Controversies in clinical endodontic. Single-appointment

treatment vs. multiple-appointment treatment. 1997, v.18, n. 2, p.140-146.

5. MILORI, F. P. Tratamento Endod6ntico em Sessao Unica. Monografia

apresentada aD Curso de Especializa\=ao em Endodontia, Curso de

Odontologia, Universidade Federal do Parana; 2003.

6. SATO, E. F. L.; SAMPAIO, J. M. P.; MAGALHAES, J. Dor Pos - Operatoria

nos Tratamentos Endod6ntico Realizados em Sessao (Jnica. Revista da

APCD. 1996, v. 50, n. 6, p. 479-483.

7. PUMAROLA, J.; BERASTEGUI, E.; BRAU E.; CANALDA, C.; ANTA, T. J.

Antimicrobial activity of seven root canal sealers. Oral Surg. 1992, v. 74, p.

216-220.

8. RASQUIN, L. C. Avalial;ao histopatologica da reparal;ao apical e

periapical em dentes de caes portadores de lesaD periapical croniea,

experimental mente induzida, ap6s tratamento de canais radiculares e

obtura9ao com tres cimentos it base de hidr6xido de calcio. Disserta<;ao

de mestrado em endodontia, Universidade Estadual Paulista.1997.

Page 49: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

48

9. SilVA, E. C. S.; BRITTO, M. l. B. Analise do pos-operatorio do

Tratamento Endod6ntico em Sessao Unica: 2008. Disponivel em:

www.endoline.com.br. Acesso em 21 out de 2011.

10.S0ARES, J. A.; CESAR, C. A. s. Avalia~ao clinica e radiografica do

tratamento endod6ntico em sessao (mica de dentes com les6es periapicais

cr6nicas. Pesquisa Odontologica Brasileira. 2001, v.15, n. 2, p.138-144.

11. HOFHEINZ, R. H. Immediate root filling. Dental cosmos. 1892, v. 34,

p.182-186.

12.FOX, J. et a/., Incidence of pain followize one - visit endodontics treatment

Oral Surg. 1970, v. 30, p. 123-130.

13.WOlCH, I. One-appointment endodontic treatment. J. Can. Dent. Assoc.

1975, v. 41, p. 613 -615.

14.S0UZA, R. A, Tratamento Endod6ntico em Sessao Unica - Uma Analise

Critica; Jornal Brasileiro de Endodontia. 2003, v. 4, n.15, p. 345-350.

15. SIQUEIRA, J.R J.F. Tratamento das infecg6es endod6nticas. Rio de

Janeiro: Medsi: 1997, p.196.

16. FAVA, L. R G. A clinical evaluation of one and two appoentment root canal

therapy using calcium hydroxide. Int Endod J. 1994, v.27, p. 47-51.

17.SpANGBERG, L. S. W. Endodontia Baseada em evid,mcias: a ideia do

tratamento em sessao "nica, RBO. 2002, v. 59, n. 1, p. 65-66.

18.KAKEHASHI, S., STANLEY, H. R.; FITZGERALD, R. J. The effects of

surgical exposures of dental pulps in germ-free and conventional laboratory

rats. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology an

Endodontics. 1965, n. 20, p. 340-349.

Page 50: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

49

19. LANDERS, R. R; CALHOUM, R L. One-appointment endodontic therapy: an

opinion survey. J Endod. 1980, v. 6, n. 10.

20.IMURA, N.; ZUOLO, M. L. Endodontia para 0 clinico geral. Sao Paulo:

Artes Medicas, 1998, cap. 6.

21. BYSTROM, A,; HAPPONEN, R P.; SJOGREN, U.; SUNDQVIST, G. Healing

of periapical lesions of pulpless teeth after endodontic treatment with

controlled asepsis. Endod Dent Traumatol. 1987, v. 3, p.58-63.

22. SJOGREN U.; HAGGLUND 8.; SUNDDQVIST G.; WING K. Factors affecting

the long-term results of endodontic treatment. J Endod. 1990, v. 16, p. 498-

504.

23.RICUCCI, D.; GRANDOHL, K.; BERGENHOLTZ G. Periapical status of root-

filled teeth exposed to the oral environment by loss of restoration or caries.

Oral Surg. Oral Med. Oral_Pathol. 2000, v. 90, n. 3, p. 354-59.

24.COUTINHO FILHO, 1.; GURGEL FILHO, E. D.; DIBLASI, F. Filosofia de

trabalho nas obtura90es imediatas em dentes necrosados e com lesacapical. Revista Brasileira de Odontologia. 1997, v. 54, n. 5, p. 281-284.

25. MASSONE, E. J. Razones para EI tratamiento endod6ntico em uma sesi6n

operat6ria. Rev de La Plata. 1989, v.2, nA, p.19-24.

26.S0USA, F. F.; SILVA, J. A. A metrica da dor (dormetria): problemas te6ricos

e metodol6gicos. Revista DOR. 2005, v. 6, n.1, p. 469-513.

27.IMURA, N.; ZAIA, A. A.; GOMES, B. P. F. A.; FERRAZ, C. C. R; TEIXEIRA

F. 8.; SOUZA F. J. Fatores de sucesso em endodontia: analise retrospectiva

de 2000 casos clinicos. Rev. Assoc Paul Ci, Dent. 2004, v. 58, n. 1, p. 29-

34.

Page 51: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

50

28.ALBASHAIREH, Z. S. M.; ALNEGRISH, A. S. Post obturation Pain After

Single - And Multiple- Visil Endodontic Therapy. 1998, vol.26, n. 3, p. 221-

232.

29. FOX, J, JITKINSON, J. S., DININ, AP., GREENFIELD, E., HECHTMAN, E.,

TODARO, C. 1. Incidence of pain following one-visit endodontic treatment.

Oral Surgery, 1970. v.30, n.1, p. 123-130.

30. ROANE, J. B., DRYDEN, J. A, GRIMES, E. W Incidence of postoperative

pain after single and multiple procedures. Oral Surgery, 1983, p. 68-72.

31. MOTTA, A G.; BANOS, M. B. L. G.; CUNHA, M. M. Avaliayao do

posoperat6rio no tratamento endod6ntico em uma e duas consultas. Revista

Brasileira de Odontologia. 1986, v. 43, n. OS, p. 31-34.

32.S0LTANOFF, W. A comparative study of the single visit and the multiple-visit

endodontic procedure. J Endod.1978, v. 4, n.9, p. 278-281.

33. BOMBANA, A. C. O. Momento oportuno para obtura9ao endodontica in;

atualiza~ao na clinica odontologica. Sao Paulo: Artes Medicas , 2000, p.

148-164.

34. BENATTI, O. Efeitos da amplia~ao do ter~o apical do canal na reparac;ao

pos-tratamento endodontico (Tese de Mestrado). Piracicaba: Faculdade de

Odontologia da UNICAMP, 1982.

35.LOPEZ, F. U. Desvio apical: Comparac;ao in vitro de tres tecnicas de

prepar~ dos canais radiculares. Monografia apresentada ao Curso demestrado em Endodontia, Curso de Odontologia, Universidade Federal do

Rio Grande Do Sui; 2007.

36. ESTRELA, C. Hipoclorito de sodio. In: Ciencia Endodontica. Sao Paulo:

Artes Medicas, 2004, vol. I, cap. 11, p 415-455.

Page 52: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

51

37. VANSAN, L. P. Efeito de varias solu~oes irrigantes na limpeza do canal

radicular, com auxilio da instrumenta~ao ultra-s6nica: analise

histologica. Disserta9ao (Mestrado) em Faculdade de Odontologia de

Ribeirao Preto, Universidade de Sao Paulo, Ribeirao Preto.1993, p.82.

38.SCHAFER, E.; LOHMANN, D. Efficiency of rotary nickel-titanium FlexMaster

instruments compared with stainless steel hand K-Flexofile Part 2. Cleaning

effectiveness and instrumentation results in severely curved root canals of

extracted teeth. International Endodontic Journal. 2002, v. 35, p. 514-21.

39. GON<;:ALVES, S.B.; BROSCO, V.H.; BRAMANTE, C.v. Analise comparativa

entre instrumentac;ao rotatoria (GT), manual e associa98o de ambas no

praparo de canais achatados. Journal of Applied Oral Science. 2001, v. 11,

n. 1, p. 35-39.

40. PEDRO, F.L.M. Analise morfometrica entre tecnicas rotat6rias de preparo de

canais radiculares com emprego de instrumentos de niqueltitanio. ECLER

Endodontics. vol.2, n.2, Sao Paulo, 2000.

41.COHEN, SC., BURNS R. C. Caminhos da Polpa. 7' ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2000.

42. RAMOS S. C. A., BRAMANTE, C. M. Endodontia: Londrina, Editora da UEL.

1997, p. 237-257.

43.LEONARDO, M. R.; ALMEIDA, W. A.; ITO, I. Y. Radiographic and

microbilogic evolution of posttreament apical and periapical repair of root

canals of dogs teeth with experimentally induced chronic lesion, Oral Surg

Oral Med Oral pathol. 1994, v.78, n. 2, p. 232-238.

44.SPANGBERG, l. S. W. Evidence-based Endodontics: the one-visit treatment

Idea. Oral Surg. Oral Med Oral Pathol Oral Radiol and Endod. Chicago,

2001, v.91, n.6, p.617-618.

Page 53: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

52

45. FAVA, L. R. G. A clinical evaluation of one and two apPointment endodontic

root canal therapy using calcium hydroxide. In Endod J. 1992, v.27, n.1, p.

47-51.

46. LEONARDO, M. R.; HOLLAND, R. Healing process after vital pulp extirpation

and, in mediate root canal filling with calcium hydroxide. Histological study in

human teeth. Rev. Fae, Odonto. Ara<;atuba. 1974, v.3, p. 159-169.

47.ABBOT, P. V. Clinical Evaluation of electronic root canal measuring device.

Austral. Dent. J. 1987, v.32, n.1, p.17-21.

48.MAACHAR, D. F, SILVA, P G, BARROS, R. M. G, PEREIRA, K. F. S.

Avalia(fao da precisao do localizador apical Novapex: Estudo in vitro. Revista

de Odontologia da Unesp. 2008, v.37, n.1, p.41-46.

49.BRITO, J. M.; CAMILO, C. C.; OLIVEIRA, A. M.; SOARES, J. A. Preeisao e

confiabilidade de urn localizador apical na odontometria de molares

inferiores. Estudo in vitro, Rev Odonto Ciene. 2007, v. 22, n.58, p. 293-298.

50. RENNER, D. Avalia9ao clfnica do localizador apical eletr6nico Novapex em

dentes anteriores. Rev Odonto Ciene. 2007, v. 22, n. 55, p. 3-9.

51. RENNER, D. Analise comparativa in vitro entre a metoda eletronico Novapex

e 0 metoda radiogratico na determina9ao da odontometria. Pesq Odontol

Bras. 2003, v. 17, n. 2, p. 164.

52.RUIZ, P. A. ODONTOMETRIA. Disponivel em: ENDODONTIA.ORGI

ODONTOMETRIA. HTM. 2007. Acesso em: 07 Abril de 2012.

53. MACHADO, M. E. L.; SOUZA, C., PALOTTA, A. Anatomia apical e

odontometria. In: endodontia da biologia a tecnica. 1 ed. ED. Santos: SaoPaulo, 2007, cap.14, p.213-228.

Page 54: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

53

54. TEIXEIRA, L. L.; FIQUEREIDO, J. A. P. ODONTOMETRIA. IN: Lopes, H.P .;

SIQUEIRA JR., J.F. Endodontia: Biologia e tecnica. RIO DE JANEIRO;

MEDSI, 2003.

55. KOBAYASHI, C. Eletronic Canal Length Measurement. Oral Surg Oral Med

Oral Path. 1995, v. 79, n. 2, p.226- 231.

56. BORIN, G.; BECKER, A. N.; OLIVEIRA, E. P. A historia do hipoclorito de

s6dio e a sua importancia como substancia auxiliar. Revista de Endodontia

Pesquisa e Ensino On Line. 2005, v. 3, n. 5, p. 1-5.

57.ZANATO, A. Remo,ao da camada de esfrega,o:influencia do tempo de

agita,ao do agente quelante (EDTA). Rev Odont UNICID. 2001, v.13, n. 2,

p.103-11.

58. MARTINHO, F. C.; GOMES, B. P. Quantification of endotoxins and cultivable

bacteria in root canal infection before and after chemomechanical preparationwith 2,5% sodium hypochlorite. J Endod. 2008, v. 34, n. 3, p.268-72.

59. COHEN, S.; BURN. R. C. Carninhos da polpa. 6ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan. 1994, p.390.

60. WALKER, A. A definitive and dependable theraphy for pulpless teeth. J Amer

Dent Assoc. 1936, v. 23, n. 2, p. 1418-1425.

61 GROSSMAN, L. I. Irrigation of root canals. J Arner Dent Assoc. 1943, v. 30,

n. 12, p. 1915-1917.

62. SOUZA, R. A. Limpeza de forame e sua relay30 com a dar pes-

operatoria. 2000, v. 1, n.3, p. 1-4.

63.HIZATUGU, R et al., Endodontia em sessao unica: mito ou realidade?

Associay3o Brasileira de Endodontia. Sao Paulo, 2002, v.2.

Page 55: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

54

64.TARTAROTTI, E.; DOLVITCH, D. J.; COMASSETO, S. L, OLIVEIRA, E. P.;

PEREIRA, C. C.; KOPPER, P. M.; FILIPPINI, H. F. Avaliayiio radiografica da

qualidade de obturat;:6es endod6nticas. Revista de Endodontia Pesquisa e

Ensino On Line. 2005, v. 1, Numero 1, p. 1-8.

65.MORAES, SH.;HOLLANDA, E. M. Condensayiio lateral em endodontia. Rev

Gaucha Odontol. 1985, v. 33, n. 3, p. 206-208.

66. PESCE, H. F. Estudo comparativo do selamento marginal apical promovido

pelas tecnicas de McSpadden original e modificada e pela tecnica de

condensayiio lateral. Revista ABO Nacional, 1995, v. 3, p. 33-35.

67. PEREIRA, L., SIQUEIRA J. R. Endodontia Biol09ia e Tecnica. Medsi: Rio

de Janeiro, 1999, p. 126.

68. FREITAS, R. M. Analise in vitro do J'elamento apical proporcionado pela

tecnica hfbrida de Tagger: original e modificada. R. Bras. Odantol., Rio de

Janeiro. 1996, v.53, n.5, p.2-5.

69. BEER, R.; GANGLER, P; RUPPRECHT, B. Investigation of the canal space

occupied by guttapercha following lateral condensation and

thermomechanical condendation. International Endodontic Journal.1g8?,

v. 20, p. 271-275.

70.BRAMANTE, C. M.; BERBET, A.; TANOMARU, F. Estudo comparativo de

algumas tecnicas de obturayiio de canais radiculares. RBO, 1989, v. 46, n. 5,

p.26-35.

71. MORAES, I. G.; BERBERT, A.; BRAMANTE, C. M.; BERNARDINELI N.;

GARCIA, R. B.; KUGA, M. C. Tecnicas hibridas de obturayiio de canais

radiculares. Rev Gaucha Odontol. 1989, v. 37, n. 4, p. 266-268.

72.TAGGER, M.; SANTA CEciLIA M.; MORAES, I. G. Tecnica hibrida de

Tagger. Rev Gaucha Odontol. 1994, v. 42, n. 4, p. 207-8.

Page 56: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

55

73. RAY, H. A.; TROPE, M. Periapical status of endodontic cally treated teeth in

relation to the tecnhical quality of the root filling and the coranol restoration.

Int endod J, oxford. 1995, v. 28, n. 7, p. 12-18.

74.SIQUEIRA, J. F J. R. Inflama9ao aguda: resposta vascular e celular. In:

SIQUEIRA JF JR, DANTAS C. J. S. Mecanismo celulares e moleculares

da infiamagiio. Medsi, Rio de Janeiro. 2001, p. 73-82.

75.0RSTAVIK, D. Intra-canal medication. In: PITT FORD, T. R. Harty's

endodontics in clinical practice. 4. ed. London: Oxford,1977, p. 113-124.

76.MARQUES, M. C.; PAIVA, T. P.; SOARES, S.; AGUIAR, C. M. Avalia9ao da

infiltral;ao marginal em materia is restauradores temporarios - Urn estudo in

vitro. Pesq Bras Odontoped clin integr. 2005, v. 5, n.1, p. 47-52.

77. ZAIA A. A. An in vitro evaluation of four materials as barriers to coronal

microleakage in root-filled teeth. tnt Endod J, Oxford. 2002, v. 35, p. 729-

734.

78.VALE, I. S.; PEIXOTO, A. D.; SANTOS, H. M. G.; SANTOS, H. P. G. D.

Avalia9ao da capacidade seladora de tres materia is seladores provisoriosprontos para 0 usa utilizados em endodontia. Pesq Odanlol Bras , Sao

Paulo. 2003, v. 17, n. 2, p. 165.

79. POLO, I.; LAGE MARQUES, J. L. S.; CARDOSO, R. J. A.; ANTONIAZZI, J.

H. Selamento marginal cervical simples e duple em endodontia. Rev Assoc

Paul Cirur Dent, Sao Paulo. 1996, v. 50, n. 5, p. 435-439.

80.GARBIN, A. J. I.; ROVIDA, T. A. S.; MOROSO, T. T.; DOSSI, A. P.

Conhecimento sabre prescri9ao medicamenlosa entre alunos de odontologia:

o que sabem as futuros profissionais? Revista de odontologia da UN ESP.

2007; v.36, n.4, p. 323-329.

Page 57: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

56

81.ANDRADE, E. O. Terapeutica medicamentoso em odontologia-

Procedimentos clinicos e usa de medicamentos nas principais

situa~oes na pratica odontologica, Sao Paulo: Artes medicas, 1999.

82. ROCHA, R. G. Anais do 15" Conclave Odontologico Internacional de

Campinas ISSN. 2003, n.14, p. 1678-1899.

83. LEONARDO, M. R. Preparo biomecanico dos canais radiculares In:

Endodontia: tratamento de canais radiculares: principios tecnicos e

biologicos. Sao Paulo: Artes Medicas. 2005, vol. I, cap.13, p. 450-487.

Page 58: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

57

ANEXOI

ESCALA VISUAL ANALOG1CA - EVA

@

ESCALA VISUAL ANALOGICA . EVA

Fonte disponivel em : wwvv.eletroterapia.com.br

QUESTIONAMENTO:

a) Se nao tiver daf, a classifica9ao e zero.

b) Se a dar for leve, seu nivel de refer€mcia e dais

c) Se a dar for moderada, seu nivel de referencia e cinco.

d) Se for intensa, seu nivel de referencia e dez.

Analise da dor:

Periodo pos-operatorio (24-48 horas), ap6s tratamento endodontico:

NOME DO PACIENTE:

NOME DO RESPONSAvEL:

DATA:

ASSINATURA DO PACIENTE

ASSINATURA DO RESPONSAvEL

Page 59: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

58

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ,abaixo assinado, concordo em

participar do estudo ,como

sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador

sabre a pesquisa, os procedimentos nala

envolvidos, assim como os possiveis riscos e beneficios decorrentes de minha

participa<;ao. Foi·me garantido 0 si9i1o das informay6es e que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que islo leve a qualquer penalidade ou

interruP9ao de meu acompanhamento/ assistencia/tratamento.

Local: Universidade Tuiuti do Parana

Curitiba, ..... de fevereiro de 2012

Responsavel Jefferson Botelho Abe

(41) 96766200

Prof (a) Camila Paiva Perin

Eu aceilc participar do projeto citado aeirna, voluntariamente, apes ter sido

devidamente esclarecido.

Participante da pesquisa

RG:

Page 60: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

59

ANEXO III

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

FACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

FICHA CLiNICA DE ENDODONTIA (CLINICA ODONTOLOGICA)

NOME DO ALUNO: _

NOME DO PACIENTE: TEl.: _

ENDERE<;:O: _

SEXO" ESTADO CIVIL PROFISsAo: _

INICIO DO TRATAMENTO:_I_I_ TERMINO:~_I_

ANAMNESE

QUEIXA PRINCIPAL: _

HISTORIA PREGRESSA _

DORATUAL:

) ESPONTANEA

( ) LOCALIZADA

( ) LEVE ( ) MODERADA

)PROVOCADA

) DIFUSA

) INTENSA

) QUENTE

)NAO

)NAO

SENSIBILIDADE TERMICA : ( ) FRIO

DENTE EXTRUiDO : () SIM

ALiMENTOS A<;:UCARADOS: ( ) SIM

NAo HA DOR : _

EXAME CLiNICO

ASPECTO GERAL DO PACIENTE _

ASSIMETRIA DA FACE: ( ) SIM ) NAo

FEBRE OU MAL ESTAR GERAL? ( ) SIM ) NAo

Page 61: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

60

PRESEN<;A DE FisTULA :( )SIM ) EXTRA-ORAL

)NAo ) INTRA-ORAL

PRESEN<;A DE EDEMA )SIM )NAO

PALPA<;AO: )SIM )NAO

PERCUSSAO: )SIM )NAO

DENTE: )CARIADO ) REST AURADO

FRATURA CORONARIA: )SIM )NAO

EXAMES COMPLEMENTARES

VITALI DADE: - 20 ( ) + ( ) ++ ) +++ ()-

TEMPO DE RETORNO ( ) LONGO () CURTO () IMEDIATO

EXAME RADIOGRAFICO

APICE ( ) COMPLETO ( ) INCOMPLETO

REABSOR<;AO RADICULAR: ( ) PRESENTE

( )AUSENTE

) INTERNA

) EXTERNA

LESAO PERIAPICAL

)PRESENTE

) AUSENTE

) PEQUENA

) MEDIA

) GRANDE

Page 62: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

61

DIAGNOSTICO

DIAGN6STlCO CLiNICO PROVAVEL: _

PLANO DE TRATAMENTO: _

TRABALHO EXECUTADO

DATA VISTO

TIPO DE INSTRUMENTO UTILIZADO:

TECNICA DE PREPARO:

CIMENTO OBTURADOR:

TECNICA DE OBTURAC;Ao:

DOR p6s OPERAT6RIA:

MEDICAC;Ao OBTURAC;AO:

Page 63: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA JEFFERSON …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/03/TRATAMENTO-ENDODON… · para casos de biopulpectomia e necropulpectomia. Palavras-chave: Endodontia;

ANEXO IV

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

RECEITUARIO DO ALUNO

Nome do Paciente

Curiliba, Dala _

Assinalura _

Conselho Regional, Carimbo _

62