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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Mariana Petrechen Mryczka
ANSIEDADE DE TRAÇO E DE ESTADO EM ATLETAS
UNIVERSITÁRIAS DE VOLEIBOL
CURITIBA
2007
Mariana Pelrechen Mryczka
ANSIEDADE DE TRAÇO E DE ESTADO EM ATLETAS
UNIVERSITÁRIAS DE VOLEIBOL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoCurso de educação Física da Faculdade de CiênciasBiológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti doParaná, como requisito parcial para a obtenção doGrau de Licenciada em Educação física.Orientadora: Prof1: Beatriz Ulian Dorigo.
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVAÇÃO
Mariana Petrechen Mryczka
ANSIEDADE DE TRAÇO E DE ESTADO EM ATLETAS
UNIVERSITÁRIAS DE VOLEIBOL
Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Licenciada em Educação Fisica pelaUniversidade Tuiuli do Paraná
Curitiba, 23 de novembro de 2007.
Orientadora: _
Prata. Mestra Beatriz Lilian Dorigo
Curso de Educação Ffsica
Banca:Prata: Eliane Regina Wos
Curso de Educação Fisica
Prot. Especialista Rodrigo Rezende
Curso de Educação fisica
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e aos meus pais, que no início foram contra a
idéia de eu fazer o curso de Educação Física, mas que com o decorrer foram aceitando
e me apoiando nos momentos fáceis e dificeis dentro do Curso, e que sempre
batalharam para poder me oferecer um ensino de qualidade, além de estarem sempre
ao meu lado.
A minha irmã Fernanda, que me ajudou em muitos trabalhos.
A minha Tia Josiane, pela ajuda no inicio do curso, e é claro, pelas caronas em
todas as manhãs.
Ao meu ex-namorado Gabriel, que foi peça fundamental nesse fim. Quando eu
estava esgotada foi ele que me deu forças. Foi ele também que agüentou choros por
causa dos estágios e também o mau humor dos trabalhos nos fins de semana.
A todos os professores, que contribuíram para o meu conhecimento nas diversas
áreas da Educação Física, e àqueles que além de professores, foram amigos,
conselheiros e até emprestaram o ombro para os desabafos pessoais.
E agradeço principalmente ao "E pra que mais?" (Natália, Edy e Patricia) que
permaneceu firme e forte até o fim, que aguentou os choros, as brigas, as discussões,
os maus-humores. Tenho certeza de que ao longo desses 3 anos e meio fiz bons
amigos, e espero levá-los para a vida inteira.
RESUMO
o objeto desse trabalho é verificar o nível de ansiedade de traço e de ansiedade de
estado em atletas universitárias de voleibol, da equipe da Universidade Tuiuti do
Paraná que disputaram 05 Jogos Universitários Brasileiros. Discute questões
relacionadas ao perfil de treino das atletas, bem como o nível de ansiedade de traço
quando as atletas pensam em competições, e o nível de ansiedade de estado das
mesmas antes de entrar em quadra para a disputa de um jogo. Traia dos sintomas que
podem ou não interferir no desempenho delas, positiva ou negativamente.
Os resultados obtidos foram que as atletas quando pensam em uma competição têm
um nível médio de ansiedade (traço), porém quando elas estão entrando em quadra pra
competir, o nivel de ansiedade (estado) diminui, devido à segurança e confiança que
elas têm.
Palavras-chave: Ansiedade de traço; Ansiedade de estado; Voleibol.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PSICOLOGIA DO ESPORTE
2.2 ORIGEM DA ANSIEDADE
2.3 ANSIEDADE
2.3.1 Como medir a ansiedade
2.3.2 Causas e efeitos da ansiedade
2.3.3 Diagnóstico
2.3.4 Sintomas
2.3.5 Controle da ansiedade
2.3.6 Tralamenlo
2.3.7 Grupo de risco
2.4 ANSIEDADE-ESTADO
2.5 ANSIEDADE-TRAÇO
2.6 ANSIEDADE-TRAÇO COMPETITIVA
2.6.1 Relação entre Ansiedade-Traço e Ansiedade-Estado
2.7 RELAçAO COM O ESPORTE (ATLETAS)
2.8 VOLEIBOL: ANSIEDADE
2.8.1 Histórico do voleibol de quadra
2.8.2 A equipe de voleibol da Universidade Tuiuti do Paraná
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
11
11
12
13
14
17
18
1920
22
22
23
24
24
25
25
27
27
30
32
34
49
51
53
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
A Psicologia do Esporte aplica-se a uma ampla parcela da população. Embora
alguns profissionais a usem para ajudar atletas de elite a atingir o desempenho
máximo. muitos outros estão preocupados com crianças, com individuos física e
mentalmente incapacitados, com idosos e com praticantes normais. Nos últimos
tempos, cada vez mais psicólogos do esporte têm-se focalizado nos falores
psicológicos envolvidos no exercício. Um fator que pode afetar muito um atleta é a
ansiedade, que é um estado emocional negativo caracterizado por nervosismo,
preocupação e apreensão e associado com ativação ou agitação do corpo. Portanto, a
ansiedade tem um componente de pensamento, como por exemplo a preocupação e
apreensão, chamado de ansiedade cognitiva. Ela tem também um componente de
ansiedade somatica, que é o grau de ativação física percebida.
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como
taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções
(urinarias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça). Quando
recorrente e intensa também é chamada de Sindrome do Pânico (Crise ansiosa aguda).
Ansiedade de estado refere-se ao componente de humor em constante variação.
Ele é definido mais formalmente como um estado emocional "caracterizado por
sentimentos subjetivos de apreensão e tensão, conscientemente percebidos,
acompanhados ou associados a ativação ou a estimulação do sistema nervoso
autõnomo" (SPIELBERGER, 1966, p. 71). E a ansiedade de traço faz parte da
personalidade - uma tendência ou disposição comportamental adquirida que influencia
o comportamento. Em particular, a ansiedade-traço predispõe um indivíduo a perceber
como ameaçadoras uma ampla gama de circunstâncias que objetivamente nâo são
realmente perigosas física ou psicologicamente.
De acordo com Frischenecht (1990), todas as atividades musculares intensas
estabelecem relações com vivências emocionais e, com isso, pode-se dizer que a
tensão das reações emocionais atinge sua máxima intensidade em situações de
competição. Dessa forma, a preparação psicológica dos atletas ganha uma importância
cada vez maior no âmbito esportivo.
Para Ziegelmann, (1990, p. 79) os atletas de voleibol, sendo pessoas diferentes,
possuem valores diferentes e é de grande importância que em seu lar, em seu
ambiente desportivo, seus valores sejam respeitados, caso contrário, poderá atravessar
períOdOSde ansiedade que prejudicaram suas situações desportivas.
1.2 PROBLEMA
Qual o nivel de ansiedade de traço e de ansiedade de estado em atletas universitárias
de voleibol?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
• Verificar o nivel de ansiedade de traço e de estado em jogadoras universitárias
de voleibol.
1.3.2 Objetivos Especificas
• Traçar o perfil de treino das atletas.
• Traçar o nivel de ansiedade de traço das atletas.
• Traçar o nível de ansiedade de estado das atletas.
• Comparar o nivel de ansiedade de traço com a ansiedade de estado.
10
Ii
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PSICOLOGIA DO ESPORTE
A Psicologia do Esporte representa uma das disciplinas da Ciência do Esporte e
constitui um campo da Psicologia Aplicada.
Segundo Nitsch,
-a Psicologia do Esporte analisa as bases e efeitos psíquicos das açõesesportivas, considerando por um lado à análise de processos psíquicos básicos(cognição. motivação, emoção) e, por oulro lado, a realização de tarefaspráticas do diagnóstico e da intervenção· (1989, p. 29)
WA função da Psicologia do Esporte consiste na descrição, explicação e no
prognóstico de ações esportivas, com o fim de desenvolver e aplicar programas,
cientificamente fundamentados, de intervenção. levando em consideração os princípios
éticos" (NITSCH, 1986, p. 189).
"A Psicologia do Esporte, segundo a Federação Européia deAssociações de Psicologia do Esporte - Fepsac (1996),refere-se aosfundamentos psicológicos, processos e conseqüências da regulaçãopsicológica das atividades relacionadas ao esporte, de uma ou mais pessoaspraticantes dos mesmos. O foco desse estudo está nas diferentes dimensõespsicológicas da conduta humana, ou seja, afetiva, cognitiva, motivadora ousensório-motora. Os sujeitos investigados são os envolvidos nos esportes ouexercícios, como atletas, treinadores, árbitros, professores, psicólogos,medicas, fisioterapeutas, espectadores, pais· (BECKER 2000, p. 19).
Para Weinberg e Gould (1990, p. 5), os PsiCÓlogos do Esporte precisam
entender e ajudar os atletas de elite, crianças, atletas jovens, atletas portadores de
limitações físicas e mentais, pessoas de terceira idade e pessoas que praticam
atividades esportivas no seu tempo livre, com a finalidade de desenvolver uma boa
performance, uma satisfação pessoal e um bom desenvolvimento da personalidade por
meio da participação.
12
Os mesmos autores destacam diferenças entre Psicologia do Esporte
Orientada, a Psicologia Clínica e a Psicologia Educacional. Os psicólogos com
orientação clínica são responsaveis pelo tratamento de atletas com sérios problemas
emocionais; os psicólogos com orientação educacional ajudam os atletas e técnicos a
desenvolver e treinar suas capacidades e habilidades psicológicas.
A Psicologia do Esporte aplica-se a uma ampla parcela da população. Embora
alguns profissionais a usem para ajudar atletas de elite a atingir o desempenho
máximo, muitos outros estão preocupados com crianças, com indivíduos física e
mentalmente incapacitados, com idosos e com praticantes normais. Nos últimos
tempos, cada vez mais psicólogos do esporte têm-se focalizado nos fatores
psicológicos envolvidos no exercício, desenvolvendo estratégias para encorajar
pessoas sedentárias a exercitarem-se ou avaliando a efetividade do exercício como
tratamento para depressão. Para refletir esse aumento de interesse, o campo é
chamado atualmente de psicologia do esporte e do exercício, e alguns indivíduos estão
começando a focalizar-se apenas nos aspectos relacionados ao exercício.
Conforme Weinberg e Gould, (2001, p. 28), a maioria das pessoas que estuda
psicologia do esporte e do exercício tem em mente dois objetivos: (a) entender como os
fatores psicológicos afetam o desempenho físico de um individuo e (b) entender como a
participação em esportes e exercícios afeta o desenvolvimento psicológico, a saúde e o
bem-estar de uma pessoa.
2.2 ORIGEM DA ANSIEDADE
J'ChaHt\A primeira hipótese é que a ansiedade poderia ter uma em genética, ou
13
seja, a pessoa herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas.
Nestes casos as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde
cedo uma criança agitada, às vezes hiperativa, que chora com facilidade e às vezes até
com dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da
avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A
segunda é uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas
principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão
fazendo com que ela vá se sentindo insegura e exposta e vá gravando e condicionando
um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer
momento.
A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou
desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle.
2.3 ANSIEDADE
Segundo Weinberg e Gould,
"a ansiedade é um estado emocional negativo caracterizado por nervosismo,preocupação e apreens~o e associado com ativação ou agitação do corpo.Portanto, a ansiedade tem um componente de pensamento como por exemploa preocupação e apreensão) chamado de ansiedade cognitiva. Ela tem tambemum componente de ansiedade somática, que é o grau de ativação fislcapercebida. "(2001, p. 96).
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas fisicos como
taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções
(urinárias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça). Quando
14
recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise ansiosa aguda).
Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor
chamada Noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus Cerúleas e Núcleo
Amigdalóide.
Para Ziegelmann, (1990, p. 79), "a ansiedade é a reação mais comum asameaças pessoais tais como: dúvida lançada sobre a sua inteligência, honestidade ou
sexualidade, um ataque aos seus valores morais e religiosos, um abalo na confiança
que depositava em seus amigos e entes queridos, ou um esmorecimento na crença que
depositava em si mesmo como um ser humano digno de apreço. As pessoas são
ameaçadas por diferentes coisas. mas, para cada um de nós, existem certas ameaças
que provocam ansiedade". O que pode se afirmar é que a ansiedade aparece frente às
incertezas o que gera insegurança e consequentemente a ansiedade se instala.
2.3.1 Como medir a ansiedade
Quando uma determinada escala for escolhida para medir a ansiedade, deve-se
ter em conta quais aspectos a escala em questão estará medindo. Existem escalas que
medem a ansiedade normal e escalas que medem a ansiedade patológica. Uma outra
distinção importante está entre escalas ou instrumentos com finalidade diagnóstica e
escalas de quantificação de intensidade ou gravidade em sujeitos já diagnosticados,
utilizados para avaliação de tratamentos. A interpretação dos resultados pode ser muito
diferente se uma escala ou outra for utilizada. É necessário dispor-se das informações
básicas a respeito dos valores normativos em diferentes grupos (idade, sexo, grupo
étnico, presença ou não de diagnóstico) e sensibilidade da escala a mudanças. Porém,
em muitos estudos a escolha das escalas é feita aleatoriamente, sem qualquer
15
referência ao que se pretende medir e às propriedades psicométricas das escalas
utilizadas.
Numerosos esforços têm sido feitos na tentativa de definir operacionalmente e
avaliar o construto ansiedade. Segunda Keedwell e Snaith (1996), as escalas de
ansiedade medem vários aspectos que podem ser agrupados de acordo com os
seguintes tópicos:
Humor - a experiência de uma sensação de medo não associado a nenhumasituação ou circunstãncia específICa; a apreensão em relaçao a algumacatástrofe passfvel ou não identificada.Cognição - preocupação com a possibilidade de ocorrência de algum eventoadverso a si próprio ou a outros; pensamentos persistentes de inadequação oude incapacidade de executar adequadamente suas tarefas.Comportamento - inquietação, ou seja. incapacidade de se manter quieto erelaxado mais do que alguns minutos. andando de um lado para o outro.apertando as mãos ou outros movimentos repetitivos sem finalidade.Estado de hiperalerta - aumento da vigilãncia, exploração do ambiente,resposta aumentada a estimulas (sustos), dificuldade de adormecer (não devidaa inquietação ou a preocupação).Sintomas somáticos - sensação de constrição respiratória, hiperventilação esuas conseqüências. lais como espasmo muscular e dor (sem outra causaconhecida), tremor; manifestações somálicas de. p.ex., hiperatividade dosistema nervoso autônomo (taquicardia. sudorese, aumento da freqOênciaurinaria).Outros - esta categoria residual pode incluir estados como despersonalização.baixa concentração e esquecimento, bem como sintomas que se referem a umdesconforto, não necessariamente especifico de ansiedade.
Além disso, tanto em sujeitos normais, como em pacientes, é útil a distinção
entre ansiedade - traço e ansiedade - estado. A concepção dualística de ansiedade
como traço e estado foi proposta primeiramente por Cattell e Scheier (1961) e é à base
do Inventário de Ansiedade Traço-Estado de Spielberger el aI. (1970). A distinção entre
ansiedade traço e ansiedade estado pode ser feita tanto em normais como em
pacientes. É de particular importância que se determine se uma escala vai medir traço,
i.e., uma condição mais permanente, característica do indivíduo, ou se a avaliação do
estado ansioso serâ feita em um determinado instante, diante de determinada situação.
As instruções devem ser precisas a esse respeito.
16
Keedwell e Snaith (1996), fizeram um levantamento a respeito das escalas de
ansiedade mais utilizadas nos últimos anos. Dentre elas estão:
escalas de avaliação clínica:
a) escala de ansiedade de Hamilton (HAM-A; HAMILTON, 1959).
b) escala de ansiedade de Beck (BECK et aI., 1988).
c) escala clinica de ansiedade (Clinicai Anxiety Scale-CAS; SNAITH et aI.,
1982).
d) escala breve de ansiedade (BAS; TYRER et aI., 1984).
e) escala breve de avaliação psiquiatrica (BPRS; OVERALL et aI., 1962).
escalas de auto-avaliação:
a) o inventario de ansiedade traço-estado (IDATE; SPIELBERGER et aI., 1970,
STAI).
b) escala de ansiedade de Zung (ZUNG, 1971).
c) escala de ansiedade manifesta de Taylor (Taylor, 1953).
d) subescala de ansiedade do Symptom Checklist (SCL-90; DEROGATIS et
al.,1973).
e) POMS (Profile of Mood States-POMS; LORR e MCNAIR, 1984).
f) escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS; ZIGMOND e SNAITH,
1983).
De acordo com os estudos revisados por Keedwell e Snaith (1996), as escalas
de Hamilton e de Beck estão entre as escalas de avaliação clínica mais utilizada. O
IDATE e a sub-escala de ansiedade do "Symptom Checklist" (SCL-90) são os
instrumentos de auto-avaliação mais utilizados.
17
2.3.2 Causas e efeitos da ansiedade
Segundo Machado, (1997), é muito limitada a rápida detecção da ansiedade por
conta das várias possibilidades de sua origem. No entanto, é sabido que qualquer
situação onde haja alguma insegurança, a torcida, os familiares e o próprio professor ou
técnico colaboram para este desarranjo emocional.
O sucesso, a crítica, e a oportunidade esperada são algumas das tensões
vivenciadas pelos indivíduos, e, desta forma, podem ser falores ansiogênicos, pois
dependem da percepção e da interpretação que cada pessoa tem dos acontecimentos
(DAMÁZ10, 1997). Quanto ao aspecto de percepção da situação, Frischnecht (1990),
declara que a ansiedade é o resultado de uma maneira de encarar o mundo em geral
ou uma situação em particular, e da forma como se pensa a respeito dos mesmos.
Sendo assim, não é o contexto que torna o individuo ansioso (nervoso), mas sim a
maneira como este contexto é visto e encarado por ele.
Para Damázio, (1997), os indivíduos com índices altos de ansiedade tendem a
ter mau desempenho ao se defrontarem com alguma situação estressante, ao contrário
daqueles que apresentam níveis baixos de ansiedade. Os indivíduos que enfrentam
tensões diárias, crônicas, amor ou guerra, podem ter um aumento geral nos seus níveis
de ansiedade, tornando-se mais vulneráveis a um futuro problema causado pela
tensão.
Frischnecht (1990), afirma que a ansiedade é um dos impeditivos mais comuns
para uma boa performance. Em casos extremos, seus efeitos criam enormes
dificuldades que chegam a perturbar a concentração, pois níveis excessivos de
ansiedade tendem a restringir o "campo" de atenção, e o atleta poderá começar a
prestar atenção somente a um número de sinais limitados, diminuindo assim sua
18
performance. Os atletas mais ansiosos chegam até a esconder lesões de seus técnicos
com medo de não conseguirem manter seu lugar no time. (OAMÁZIO, 1997).
Segundo Frischnecht (1990), quando se está ansioso ocorre um aumento da
freqüência cardiaca, do consumo de oxigênio, da pressão arterial e da freqüência
respiratória. Além disso, podem ocorrer náuseas, delírios, secura de boca, sensação de
fadiga ou fraqueza, bocejo freqüente, tremores, ações nervosas (como roer as unhas,
mexer as pernas, enrolar os cabelos, etc.), sudorese profunda, micção freqüente, fezes
soltas, dificuldade em adormecer, aumento de tensão muscular - podendo ocorrer
dificuldade na respiração devido â tensão dos músculos do pescoço e garganta (pode
ocorrer estrangulamento no sentido literal e/ou figurado).
I SITUAÇÃO I AVALIAÇÃO MENTAL
ESTÍMULO IFISICO I
COMPORTAMENTO I_____ RESULTANTE
Figura 1 - Natureza da Ansiedade
Nola: (Adapt. Ronald E. Smilh, in: Sportcare & Fitness - 1188).
2.3.3 Diagnóslico
Uma das maneiras de diferenciar a ansiedade generalizada da ansiedade
normal é através do tempo de duração dos sintomas. A ansiedade normal se restringe a
uma determinada situação, e mesmo que uma situação problemática causadora de
19
ansiedade não mude. a pessoa tende a adaptar-se e tolerar melhor a tensão diminuindo
o grau de desconforto com o tempo, ainda que a situação permaneça desfavorável.
Assim uma pessoa que permaneça apreensiva. tensa, nervosa por um período superior
â seis meses, ainda que tenha um motivo para estar ansiosa, começa a ter critérios
para diagnóstico de ansiedade generalizada. Uma vez eliminada a ocorrência de outros
transtornos mentais assim como eliminada a possibilidade do estado estar sendo
causado por alguma substância ou doença física, podemos admitir o diagnóstico de
ansiedade generalizada. Respeitadas essas condições os sintomas que precisam estar
presentes são:
1. Dificuldade para relaxar ou a sensação de que está no limite do nervosismo.
2. Cansa-se com facilidade.
3. Dificuldade de concentração e freqüentes esquecimentos.
4. 1rritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório.
2.3.4 Sintomas
A preocupação com a possibilidade de vir a adoecer com algo grave ou sofrer
um acidente embora não existam indicativos de que essas coisas possam vir a
acontecer é o foco mais comum das preocupações das pessoas com ansiedade
generalizada. Algumas pessoas temem mais que os entes queridos sofram algum
desses males, como os pais, ou filhos. Estes pacientes estão sempre imaginando
situações como essas e freqüentemente se consideram incapazes de lidar com elas
caso realmente venham a acontecer.
20
As variedades dos sintomas de ansiedade são enormes e muitas vezes
pessoais. Ganho de peso, por exemplo, tanto pode não ter nenhuma relação com
ansiedade como pode, para determinadas pessoas, ser a manifestação mais freqüente.
Os sintomas mais comuns então são: boca seca, mãos ou pés úmidos, enjôos ou
diarréia, aumento da freqOência urinária, sudorese excessiva, dificuldade de engolir ou
sensação de um bolo na garganta, assustar-se com facilidade e de forma mais intensa,
sintomas depressivos são comuns desde que não sejam mais exuberantes que os de
ansiedade, pois isso mudaria o diagnóstico. O falo desses sintomas citados se
parecerem com os sintomas do transtorno do pânico exigem um procedimento para
distinção deste porque no pânico, o surgimento de agorafobia é mais comum e requer a
indicação de terapia cognitiva. Na ansiedade generalizada não há crises mas estados
permanentes e prolongada de desconforto ansioso. Os pacientes com pânico podem
experimentar estados de ansiedade prolongada entre uma crise e outra mas as crises
de pânico diferenciam um transtorno do outro.
2.3.5 Controle da ansiedade
Frischnecht (1990), traz que a parte principal do controle da ansiedade consiste
na modificação da maneira de pensar. No entanto, algumas vezes, um atleta pode
apresentar um quadro de ansiedade pelo simples fato de não estar bem treinado para a
competição e, neste caso, seria insensato preocupar-se com isto. Por meio de uma
melhor preparação e de um treino mais eficiente, a ansiedade seria, provavelmente,
remediada.
21
É de grande importância os fatores sociais, o contexto no qual o atleta e sua
equipe estão envolvidos, à vontade de vencer, a motivação, a maturidade pessoal e
esportiva, a união e coesão do grupo, os desafios já enfrentados, a história passada da
equipe, as perspectivas futuras e, em especial, saber o que cada um, cada equipe está
apostando em determinada partida, pois esta expectativa irá comandar o que poderá
acontecer posteriormente.
Para Viana,
para o controle da ansiedade no esporte, a literatura tem apontado diversasestratégias, como por exemplo, relaxamento, visualização no caso de excessoe exercícios de ativação de metas, no caso de baixa ansiedade. Porém, nãobasta um treinador saber as estratégias de preparo físico e técnico de seusatletas. Ele deve possuir também capacidades de ensinar-lhes a lidar com seusestimulos de estresse. Existem competências psicológicas que o atleta deveaprender a dominar, para responder efetivamente às exigências da competição.(199B).
Conforme Damázio, (1997),
outra forma de controle da ansiedade se dá através de jogos, pois, se o Ego é aexpressão do princípio da realidade que se desenvolve a partir do "real", o jogoseria um meio de descarregar impulsos agressivos, pouco aceitáveis pelasociedade. A visão psicana!itica freudiana enfoca o jogo como uma forma demecanismo de defesa do ego contra a ansiedade frente ás situações da vidacotidiana. Tal mecanismo de defesa pode vir através de fantasias, cujo aspectosimbólico carrega a tentativa com a angústia associada aos aspectos racionais.
A ansiedade não deve ser totalmente eliminada, mas simplesmente ser objetivo
de controle, de maneira a não ser aspecto negativo no seu desempenho. A incerteza,
causa da ansiedade, é impossível de ser totalmente anulada dada a natureza da
situação. Desta maneira, os atletas precisam desenvolver competências psicológicas
adequadas. Além do mais, o fato da situação causar estresse pode ser também
positivo, uma vez que a mobilização de energias ou a ativação física e mental que
prepara o atleta para entrar em ação depende deste tipo de mecanismo.
22
2.3.6 Tratamento
As medicações como os tranquillzantes benzodiazepinicos ou a buspirona são
eficazes assim como os antidepressivos. E curioso que os antidepressivos sejam
eficazes, porém empiricamente observa-se esse fato: alguns antidepressivos com mais
eficácia do que outros. Além das medicações, terapias também proporcionam bons
resultados sendo muitas vezes recomendada a combinação de ambas as técnicas. A
terapia cognitivo-comportamental é a que mais vêm sendo estudada e apresentando
bons resultados.
Alguns tipos de medicamentos não podem ser ministrados aos atletas por
serem considerados doping, por isso se faz necessários a utilização das técnicas
somáticas e ou das técnicas cognitivas.
2.3.7 Grupo de Risco
As mulheres são duas vezes mais acometidas pela ansiedade generalizada do
que os homens. A prevalência desse transtorno na população é relativamente alta, em
torno de 3% da população geral sendo também o tipo de transtorno de ansiedade mais
freqüente do grupo dos transtornos de ansiedade. Nos períodos naturais de estresse os
sintomas tendem a piorar, ainda que o estresse seja bom, como o próprio casamento
ou um novo emprego. As mulheres abaixo de 20 anos são as mais acometidas,
podendo, contudo, começar antes disso, desde a infância, ou pelo contrário, em idades
mais avançadas, apesar da idade avançada diminuir as chances do surgimento de
transtornos de ansiedade.
23
2.4 ANSIEDADE-ESTADO
Ansiedade-estado refere-se ao componente de humor em constante variação.
Ele é definido mais formalmente como um estado emocional "caracterizado por
sentimentos subjetivos de apreensão e tensão, conscientemente percebidos,
acompanhados ou associados à ativação ou à estimulação do sistema nervoso
autônomo" (SPIELBERGER, 1966, p. 71). Por exemplo, o nivel de estado de ansiedade
de uma jogadora muda de um momento para outro durante um jogo de basquetebol.
Ela pode ter um nível levemente elevado de estado de ansiedade (sentindo-se um
pouco nervosa e percebendo as batidas do coração) antes da saída de bola, um nível
mais baixo depois de entrar no ritmo do jogo e, então, um nível extremamente alto
(sentindo-se muito nervosa, com o coração acelerado) nos minutos finais de uma
disputa acirrada.
Ansiedade-estado cognitiva diz respeito ao grau em que a pessoa se preocupa
ou tem pensamentos negativos, enquanto a ansiedade-estado somática refere-se às
mudanças de momento a momento na ativação fisiológica percebida. O estado da
ansiedade somàtica não é necessariamente uma mudança na ativação física da
pessoa, mas sua percepção dessa mudança.
Ansiedade-estado é um estado emocional temporário, em constante variação,
com sentimentos de apreensão e tensão conscientemente percebidas, associadas com
a ativação do sistema nervoso autônomo.
24
2.5 ANSIEDADE-TRAÇO
A ansiedade·traço faz parte da personalidade uma tendência ou disposição
comportamental adquirida que influencia o comportamento. Em particular. a ansiedade-
traço predispõe um individuo a perceber como ameaçadoras uma ampla gama de
circunstâncias que objetivamente não são realmente perigosas física ou
psicologicamente. A pessoa responde a essas circunstâncias com reações ou níveis de
estado de ansiedade que são desproporcionais em intensidade e magnitude ao perigo
objetivo (SPIELBERGER, 1966, p. 71).
Ansiedade-traço é uma tendência comporta mental de perceber como
ameaçadoras circunstâncias que objetivamente não são perigosas e de responder a
elas com ansiedade-estado desproporcional. As pessoas com um elevado traço de
ansiedade geralmente têm mais estados de ansiedade em situações altamente
competitivas do que as pessoas com um traço de ansiedade mais baixo.
2.6 ANSIEDADE-TRAÇO COMPETITIVA
Para Martens (1977), seria a predisposição de perceber eventos esportivos
como ameaçadores e a eles responder com níveis variados de ansiedade-estado
competitiva.
A ansiedade-traço competitiva é uma característica relativamente estável e
pode produzir variações predizíveis no desempenho. A ansiedade-estado competitiva é
um estado emocional imediato e transitório expresso por respostas do indivíduo, que
percebe certas situações como ameaçadoras, estando ou não presente o perigo real.
25
Portanto, a ansiedade-traço competitiva pode ser um indicativo de como um atleta
reagiria ao interpretar certas situações competitivas ameaçadoras ao seu bem estar
físico, psicológico e social.
2.6.1 Relação entre Ansiedade-Traço e Ansiedade-Estado
Existe uma relação direta entre os níveis de traço de ansiedade e o estado de
ansiedade de uma pessoa. As pesquisas têm mostrado consistentemente que aqueles
que obtêm escores altos nas medidas de ansiedade-traço também experimentam mais
ansiedade-estado em situações de avaliação e altamente competitivas. Um atleta com
um elevada ansiedade-traço pode ter uma extraordinária quantidade de experiência em
uma determinada situação e, por essa razão, pode não perceber uma ameaça e a
elevada ansiedade-estado correspondente. Da mesma forma, algumas pessoas com
elevado traço de ansiedade aprendem habilidades de controle para reduzir a ansiedade
que experimentam em situações de avaliação. Contudo, falando de modo genérico,
conhecer o nivel de traço de ansiedade de uma pessoa é geralmente útil para prever
como ela reagirá à competição, à avaliação e às condições ameaçadoras.
2.7 RELAÇÃO COM O ESPORTE (ATLETAS)
De acordo com Frischnecht (1990),
todas as atividades musculares intensas estabelecem relações com vivênciasemocionais e, com isso, pode-se dizer que a tensão das reações emocionaisatinge sua máxima intensidade em situações de competição. Dessa forma, apreparação psicológica dos atletas ganha uma importância cada vez maior noâmbito esportivo,
26
Segundo Machado (1997), as emoções podem tanto inspirar quanto inibir a
prestação desportiva. Quando as emoções são positivas, o indivíduo pode, facilmente,
atingir o sucesso. No entanto, quando toda a excitação se transforma em ansiedade, o
atleta, provavelmente. começa a cometer erros.
Frischnecht (1990). ressalta que quanto mais nos preocuparmos, mais a tensão
nervosa cresce. Infelizmente, a excessiva preocupação a respeito da preparação para
os treinos, dos comportamentos durante o confronto com os adversários, não auxilia na
obtenção de melhor preparação, mas apenas provoca ansiedade em elevado grau.
Sendo assim, até mesmo o fato de nos preocuparmos com as preocupações ou com os
sintomas que a ansiedade está nos causando, pode se tornar uma fonte adicional desta
mesma ansiedade.
~,.Conforme Oamázio (1997), jovens atletas demonstram smals de grande
ansiedade e se descontrolam com facilidade. Tais descontroles e sinais de ansiedade
são evidências de que algumas etapas não se desenvolveram em suas respectivas
épocas, ou melhor dizendo: nos momentos oportunos, adéQuadamente. Muitos s~o os
casos de jovens atletas que mesmo em fase inicial de aprendizagem, ainda que
apresentam um crescimento acelerado, são incluídos entre os que estão a disputar um
campeonato de alto nível, sem que, efetivamente, atingiram uma fase maturacional
ideal para tanto; e muitas vezes nem mesmo atingiram um nivel adequado de
aprendizado da modalidade para comporem quadros competitivos. Tais desníveis,
evidentemente, causam inquietações em todos os componentes da equipe, a começar
pelo principal interessado: o próprio atleta; seguem-se a ele seus companheiros de
equipe, que cobram pelo seu desenvolvimento físico; e seu técnico, que apostou muito
27
em seu desempenho (esquecendo-se de que o desempenho atlético é um conjunto de
fatores que perpassa do desenvolvimento físico ao cognitivo e emocionai).
2.8 VOLEIBOL: A ANSIEDADE
Para Ziegelmann, (1990, p. 79), os atletas de voleibol, sendo pessoas
diferentes, possuem valores diferentes e é de grande importância que em seu lar, em
seu ambiente desportivo, seus valores sejam respeitados, caso contrário, poderâ
atravessar períodos de ansiedade que prejudicaram suas situações desportivas.
2.8.1 Histórico do Voleibol de Quadra
Segundo o site da Confederação Brasileira de Voleibol, a modalidade foi criada
no ano de 1895, por Wi!liam G. Morgan, Diretor de Educação Física da Associação
Cristã de Moços (Y.M.C.A) de Holyoke. O voleibol nasceu da necessidade de variar as
atividades lúdicas destinadas à recreação na vida e no clube.
Observando que seus alunos não haviam se adaptado bem à prática do recém
criado Basketball (1891) devido aos choques que provocavam muitas lesões que os
afastavam da prática da atividade física, Morgam levantou uma rede semelhante à de
tênis, a uma altura de seis pés (1,83 m), onde criou um esporte cujo objetivo era evitar a
bola de encontro à quadra adversária por cima da mesma.
A primeira bola utilizada foi a de basquetebol que foi rejeitada por se mostrar
muito pesada e sua câmara muito leve. Morgam encomendou uma bola de couro, com
uma câmara de borracha com uma circunferência de 67,5 cm com o peso que variava
de 255 a 340 g. A primeira quadra media 15,75 m de comprimento, 7,625 m de largura,
28
a rede tinha 0,61 m de largura, o comprimento de 8,235 m e sua altura era de 1,98 m
(do solo ao bordo superior).
A Associação Cristã de Moços rapidamente adotou o voleibol em todas as suas
unidades dos E.U.A. e Canadá e a expansão dessa organização contribuiu
decisivamente para a difusão desse esporte pelo mundo. Em 1897, publicou-se as
primeiras regras do voleibol. O numero de 6 participantes por equipe foi fixado somente
em 1918. Até então ele era livre, assim como a quantidade de toques na bola por parte
de cada equipe que só foi limitado ao máximo de 3 em 1922.
Não se têm dados sobre o ano exato da chegada do voleibol ao Brasil. Para
alguns, isso ocorreu em 1915 no Colégio Marista em Pernambuco; para outros, por
volta de 1916/1917 pela Associação Cristã de Moços de São Paulo. No dia 12 de
janeiro de 1946 foi fundada a Confederação Sul-Americana de Volley-ball que
organizou, em 1951, no ginásio do Fluminense F.C. do Rio de Janeiro, o primeiro
campeonato de voleibol da América do Sul. O Brasil venceu no masculino e no
feminino.
A Federação Internacional de Volley-ball foi criada a 20 de abril de 1947 em
Paris, França, sendo seu primeiro presidente o francês, Paul Ubaud. O Brasil foi um dos
treze paises a participar do congresso de fundação no masculino em Praga,
Tchecoslováquia.
A presença do Voleibol na olimpiada foi aprovada em junho de 1961 e efetivou-
se em Tóquio, em 1964. Nesta olimpíada, a U.R.S.S. foi â campeã no masculino,
seguida da Tchecoslováquia. O Brasil terminou em 70 lugar. Até a década de setenta o
Brasil, apesar de possuir a hegemonia masculina e dividir com o Peru a feminina, na
29
América do Sul não passava das posiÇÕes intermediárias nas competições de maior
abrangência.
A partir da segunda metade dos anos setenta, inicia-se a grande escalada do
nosso voleibol. A Confederação Brasileira de Voleibol, em colaboração com algumas
federações estaduais, passou a investir mais na formação de técnicos e atletas
brasileiros, organizando muitos cursos, ministrados por técnicos estrangeiros de
renome. Clubes e seleções de outros países, constantemente passaram a competir no
Brasil. Vários campeonatos internacionais, aqui foram sediados.
O inicio da afirmação do voleibol brasileiro se deu com a medalha de prata na
Olimpíada de Los Angeles, onde a equipe de William, Amauri, Fernando. Renan,
Xandó, 8ernard e Montanaro, entre outros, dirigida pelo técnico Bebeto de Freitas, deu
a arrancada para a popularização definitiva do esporte. Se, em 1984, a medalha de
ouro nos escapou: em 1992, ela consagrou definitivamente o voleibol como uma paixão
dos brasileiros. ao ser conquistada em Barcelona pela equipe do técnico José Roberto
Guimarães. Os titulares comandados por ele foram Maurício. Marcelo Negrão, Paulão,
Carlão, Tande e Giovani.
O voleibol feminino, num trabalho de renovação muito forte, começou a
conquistar titulos mundiais nas categorias preparatórias (infanto-juvenil e juvenil).
Desse trabalho, resultou a formação de uma equipe nacional muito forte que jâ
conquistou a medalha de bronze em Atlanta (1996).
Nenhum país do mundo possui ambos os selecionados (masculino e feminino)
com posicionamento tão bom em nível internacional, como o Brasil. O nosso voleibol é,
hoje, o melhor do mundo, graças ao empenho e capacitação de técnicos, atletas e
dirigentes.
30
2.8.2 A EQUIPE DE VOLEIBOL DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
A equipe de voleibol feminino da Universidade Tuiuti do Paraná é formada
apenas por acadêmicas da instituição. O projeto começou em 2003 com o Professor
André Mattos, com a iniciativa de montar uma equipe e treiná-Ia para os Jogos
Universitários Paranaenses, sem fins lucrativos. Desde o começo, a equipe obteve
excelentes participações em todos os campeonatos que participou. No ano de 2005, a
equipe ganhou reforços, foi Campeã dos Jogos Universitários Paranaenses e garantiu
uma vaga para o Campeonato Universitário Brasileiro (Jub's). Nesse ano, ficou em
quinto lugar no Jub's. Em 2006 estabeleceu um convênio com a Prefeitura Municipal de
Araucária, e a equipe, já fortalecida foi Bicampeã dos Jogos Universitários Paranaense
e obteve o melhor resultado, pela Universidade Tuiuti do Paraná, de uma modalidade
coletiva nas Olimpíadas Universitárias Brasileira, ficando com o vice-campeonato.
Em 2007, a equipe de voleibol feminino da UTP, foi Tricampeã e conquistou a
vaga para a disputa dos Jogos Universitários Brasileiros. O Jub's aconteceu em junho
na cidade de Blumenau, e a equipe da Universidade não obteve um bom resultado,
ficando com o 7" lugar, rebaixando.
As Olimpíadas Universitárias reúnem atletas entre 18 e 28 anos de idade, e são
realizadas anualmente com etapas estaduais e nacionais. A organização nacional do
evento é de responsabilidade do COB, da Confederação Brasileira de Desportos
Universitários e do Ministério do Esporte. As etapas estaduais são organizadas pelas
Federações Universitárias de cada estado, com apoio do coa e da CBDU. Nas
seletivas estaduais, são definidas quais universidades representarão seu estado em
cada uma das modalidades. Para a realização da etapa nacional, o Comitê Olímpico
Brasileiro utiliza os recursos da Lei Agnelo/Piva, com base no percentual destinado ao
31
desporto universitário. Participou do Jub's 2007, os 27 estados brasileiros mais o
Distrito Federal.
32
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
Neste trabalho, o método de pesquisa utilizado é a descritiva, utilizando -se
para isso questionário, contendo inventários de ansiedade de traço e de ansiedade de
estado. Segundo Thamas e Nelson (2002), pesquisa descritiva, adquiriu status de
pesquisa científica e é amplamente utilizada na educação e nas ciências
comportamentais que trabalham por meio da observação, análise e descrição objetivas
e completas, onde se incluem técnicas de coletas de dados como questionários,
entrevistas, observação sistêmica e outras formas.
3.2 DESCRiÇÃO DO UNIVERSO
A população dessa pesquisa foram 12 atletas universitárias jogadoras de
voleibol da equipe feminina da Universidade Tuiuti do Paraná.
3.3 MATERIAL E INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
Os instrumentos dessa pesquisa foram: 1 questionário contendo um inventário
de ansiedade de traço (Anexo 1), composto de 5 questões abertas e 13 fechadas e, 1
inventário de ansiedade de estado composto por 13 questões fechadas (Anexo 2),
ambos os inventários criados por Spielberger em 1970. Essa coleta de dados ocorreu
no mês de junho, nas cidades de Curitiba, no último treino da equipe antes da viagem
pros jogos, e em Blumenau, antes do jogo de estréia.
3.4 ANÁLISE DOS DADOS
34
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A análise dos dados será apresentada por meio de gráficos que possibilitarão
demonstrar os resultados encontrados no campo de pesquisa.
As perguntas respondidas e analisadas primeiramente foram feitas aqui em
Curitiba no último dia de treino delas antes delas viajarem pra Blumenau pros jogos.
Esses dados foram respondidos com as atletas pensando nas competições.
GRÁFICO 1 - Treina há quanto tempo no time da Tuiuti?
06 meses.1 anoO 1 ano e sois meses
02 anos
.2 anos e 6meses
03 anos
EJ 3 anos o 6 meses
Dnão troina1
Nesse gráfico nota-se que 4 atletas treinam há apenas 6 meses, 2 há 1 ano e 6 meses,
apenas 1 treina há 2 anos, 3 há 3 anos, 2 estão há 3 anos e meio na equipe e apenas 1
não treina na equipe.
35
GRÁFICO 2 - Treina em oulro lime?
Nesse gráfico pode-se perceber que a grande maioria têm convênio com a equipe de
Araucária, e 7 dentre as 12 treinam lá, sendo que as outras 5 treinam juntas na equipe
do Circulo Militar do Paraná
GRÁFICO 3 - No geral, treina quantas vezes na semana?
Nesse gráfico notou-se que 10 atletas têm uma carga horária de treino grande.
treinando 5 vezes na semana, e apenas 2 atletas treinam apenas 3 vezes.
O que se pode concluir desses dados em relação ao treinamento delas, é que mesmo
tendo meninas treinando há apenas 6 meses na Tuiuli, encontra-se também meninas
36
que têm uma experiência bem maior na equipe. E que além de treinarem na equipe da
Tuiut], essas atletas treinam em outras duas equipes, a de Araucária, que têm convênio
com a Tuiuli e no Círculo Militar do Paraná, sendo assim a grande maioria têm urna boa
carga horaria de treinamento.
GRÁFICO 4 - No seu dia a dia. como você se define?
o nervosa
.anciosaOcalma
Dtranqüila
• ponderada
Dagitada
Nesse gráfico, pode-se perceber que a metade (6) dizem ser pessoas ansiosas em
suas rotinas diárias independente de estarem em competições ou não, 4 se
classificaram como pessoas calmas e 2 se dizem tranqüilas.
GRÁFICO 5 - Antes de competir sinto-me inquieta?
37
A grande maioria das atletas (8) disse que fica inquieta antes das competições, isso
provavelmente devido à ansiedade pré-competitiva, apenas 2 atletas sentem-se
inquietas com freqüência e 2 dizem não sentir inquietação quase nunca.
GRÁFICO 6- Antes de competir me preocupo se vou me sair bem?
No geral as atletas se preocupam sim, 6 responderam que se preocupam apenas as
vezes, 5 disseram que se preocupam freqüentemente e apenas 1 diz não se importar
antes de competir.
GRÁFICO 7 - Quando vou competir penso que vou cometer erros?
38
Oito meninas disseram que quase nunca pensam nos erros e não ficam preocupadas
com isso, 3 dizem se preocupar apenas às vezes e uma única atleta diz estar
freqüentemente preocupada com o desempenho em relação aos erros que possa vir a
cometer. Pode-se perceber que mesmo as atletas se preocupando se vão se sair bem,
elas não ficam pensando nos erros, e isso é sinal de uma equipe confiante de certa
forma.
GRÁFICO 8 - Anles de compelir fico calma?
Seis atletas responderam que às vezes ficam calmas, 5 ficam sempre calmas e apenas
1 diz não ficar calma antes de competir. O que se pode perceber é que mesmo a
maioria se classificando como ansiosas no seu dia a dia, muitas ficam calmas antes das
competições.
39
GRÁFICO 9 - Antes de competir sinto-me enjoada?
Nesse gráfico percebe-se que oito meninas disseram que quase nunca sentem-se
enjoadas, 3 responderam que às vezes têm enjôos e apenas 1 diz que enjoa-se
freqüentemente antes de uma competição. Portanto o enjôo que é um dos sintomas da
ansiedade não pesa quando se pensa em jogos e competições.
GRÁFICO 10 - Antes de competir sinto que meus batimentos cardíacos ficam mais
rápidos do que o habitual?
40
Já nesse gráfico o que se pode notar é que quatro atletas responderam que
freqüentemente sentem os batimentos mais rápidos, quatro delas disseram que apenas
às vezes sentem e quatro disseram quase nunca sentir esse sintoma.
As perguntas aqui analisadas foram respondidas pelas atletas já na cidade de
Blumenau, onde ocorreu os Jub's, minutos antes de entrarem em quadra para a
estréia.
GRÁFICO 11 - Estou preocupada com a competição?
Aqui, cinco atletas disse estar um pouco preocupada com a competição, 4 delas
disseram estar muito preocupadas, 3 disseram estar preocupadas mas de maneira
moderada e nenhum disse não sentir preocupação nenhuma, o que já era previsto
afinal, elas estavam entrando em quadra pra competir, e isso gera sim um pouco de
preocupação.
41
GRÁFICO 12 - Sinto insegurança?
Nesse gráfico analisa-se a insegurança delas antes de entrar em quadra. Metade delas
disse não estar nem um pouco inseguras, 4 disseram estarem um pouco e apenas 2
atletas disseram estar inseguras mas de maneira moderada e controlável. O que se
pode concluir aqui é que a maioria das atletas sabe do seu potencial, das suas
capacidades, e isso faz com que elas sintam segurança quando entram em quadra.
GRÁFICO 13 - Meu corpo está tenso?
Aqui pode-se notar que a tensão corporal não é um fator que possa vir a prejudicar as
atletas durante o jogo, afinal metade disse não sentir tensão nenhuma e a outra meia de
42
disse sentir seu corpo apenas um pouco tenso, o que também é normal antes de um
jogo.
GRAFICO 14 - Sinto-me inquieta?
Nesse gráfico conclui-se que cinco entre as 12 atletas disseram se sentir um pouco
inquietas. 3 disseram estar inquietas mas de maneira moderada, 2 disseram estar muito
inquietas e apenas 2 disseram não estar nem um pouco inquietas. Provavelmente essa
inquietação eu as atletas estavam sentindo têm relação direta com a adrenalina que
elas estavam sentindo antes de entrar em quadra.
GRAFICO 15 - Sinto-me nervosa?
43
No gráfico 15, oito atletas responderam sentir-se um pouco nervosas, três disseram não
sentir nervosismo algum e apenas uma atleta disse estar nervosa, porém de maneira
moderada. Com isso pode~se concluir que o nervosismo que é um sintoma da
ansiedade, não afetou o desempenho delas dentro da quadra, pelo menos no início da
partida.
GRÁFICO 16 - Sinto-me confiante?
Oito das 12 atletas disseram sentir-se confiantes antes de entrar em quadra, 3 delas
disseram se sentir moderadamente confiantes e apenas 1 disse se sentir um pouco
confiante. Essa confiança provavelmente vem de muitas horas de treino, e das meninas
saberem das suas capacidades e do potencial da equipe. Mas essa super confiança
pode vir a interferir tanto de maneira positiva quanto negativamente no desempenho
delas durante o jogo.
44
GRAFICO 17 - Sinto-me agitada?
No gráfico 17 analisou-se que cinco atletas responderam se sentir um pouco agitadas,
3 disseram não se sentir nem um pouco agitadas, 2 disseram estar agitadas mas de
maneira moderada e 2 responderam estar muito agitadas. Comparando com a
inquietação delas antes de entrar em quadra, podemos perceber que há uma relação
direta da agitação com a inquietação das mesmas.
GRAFICO 18 - Sinto-me confortável?
Nesse gráfico foi analisado se elas se sentiam confortáveis antes da partida, e a
resposta obtida foi que 5 se sentem confortáveis de maneira moderada, 3 se sentem
45
um pouco confortáveis, duas disseram sentir-se muito confortáveis e duas disseram não
se sentir nem um pouco confortáveis.
GRÁFICO 19 - Sinto-me enjoada?
No gráfico 19, notou-se que oito disseram não sentir enjôo nenhum e apenas 4
disseram sentir um pouquinho de enjôo.
GRÁFICO 20 - Sinto os meus batimentos cardiacos mais rápidos que o normal?
No gráfico 20, foi analisado se elas estavam sentindo os batimentos cardíacos mais
rápidos que o normal, e a resposta obtida foi que metade das atletas sentiram os
46
batimentos um pouco mais acelerados, 3 sentiram os batimentos moderadamente mais
rápidos e 3 disseram não estarem sentindo esse sintoma.
GRÁFICO 21 - Estou apresentando sudorese nas mãos?
Nesse gráfico foi analisado se as atletas apresentavam sudorese nas mãos antes de
entrar em quadra. E o que pode ser constatado é que a grande maioria (8) das atletas
disse não sentirem esse sintoma, e apenas 3 disseram sentir as mãos suando um
pouco. O que fica evidente que a sudorese não é um fator que interferiu no
desempenho delas dentro de quadra.
GRÁFICO 22 - Estou preocupada com a possibilidade de não me sair tão bem nesta
competição quanto poderia?
47
Aqui o que foi analisado foi se as atletas estavam preocupadas com a possibilidade de
não se saírem tão bem nesta competição quanto poderiam, e pode-se perceber que 9
atletas não estavam nem um pouco preocupadas com o fato de de repente não se
saírem bem, apenas 2 atletas estavam um pouco preocupadas com isso, 1 disse estar
preocupada de maneira moderada e 1 disse estar muito preocupada. Essa não
preocupação da maioria delas se deve ao fato de estarem confiantes antes do jogo. E
comparando com o grâfico 7 que analisou se elas pensavam que iam cometer erros
durante os jogos, pode-se notar que há uma grande proximidade de repostas, afinal se
elas não pensam nos erros elas não têm porque ficar preocupadas se não vão se sair
bem.
GRÁFICO 23 - Sinto insegurança em relação à pressão externa, como por exemplo, a
cobrança da torcida?
48
Em relação â pressão externa, como por exemplo, a cobrança da torcida, metade delas
disse não sentir insegurança, 5 disseram que o fator torcida pode afetar um pouco a
segurança delas e apenas uma atleta disse se importar, mas também de maneira
moderada, com as cobranças externas. O que se conclui aqui é que tanto com a torcida
a favor quanto com a torcida contra, essa pressão externa não vêm a afetar as atletas
de maneira que possa vir a comprometer o desempenho delas dentro de quadra.
49
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através de amplo estudo sobre ansiedade de traço e de estado, observou-se que
a ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, urna vez que tem claros sintomas físicos como
taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, etc. Sendo a ansiedade de traço
aquela que faz parte da personalidade da pessoa, ela predispõe um indivíduo a
perceber como ameaçadoras uma ampla gama de circunstâncias que objetivamente
não são realmente perigosas física ou psicologicamente. E a de estado refere-se ao
componente de humor em constante variação, podendo esta ser classificada como
cognitiva, que diz respeito ao grau em que a pessoa se preocupa ou tem pensamentos
negativos, e somática, que refere-se às mudanças de momento a momento na ativação
fisiológica percebida.
Todas as pessoas podem vir a sofrer com os sintomas da ansiedade, mas no
caso desse estudo, conclui-se através dos resultados obtidos que apesar da maioria
das atletas se considerarem pessoas ansiosas no seu dia a dia, e de terem um nível
médio de ansiedade de traço quando pensam em jogos ou competições, quando elas
estão prontas para entrar em quadra essa ansiedade, que é a de estado, diminui
provavelmente devido à confiança que elas têm tanto individualmente como na equipe,
no conhecimento do seu potencial físico, técnico e tático, e as cargas altas de
treinamentos ajudam para que essas atletas estejam seguras quando entram em
quadra. A maioria delas relatou não sentir ou sentir muito pouco os sintomas da
ansiedade.
50
E mesmo esse nível de ansiedade sendo baixo entre as atletas dessa equipe, um
acompanhamento psicológico profissional seria interessante, para de repente estar
resolvendo ou ajudando às atletas em outros aspectos psicológicos, já que se trata de
uma equipe profissional, que têm bons resultados e pode alcançar resultados ainda
melhores.
51
REFERÊNCIAS
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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL. Histórico do Voleibol CBV.www.cbv.com.br. acesso: 30/08/2007.
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52
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ZIGMOND, A. & SNAITH, R.P. - The Hospital Anxiety and Depression Scale - Ac!aPsychia!rica Scandinavica 67:361-370,1983.
ANEXO 1
54
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE DE TRAÇO, POR SPIELBERGER -1970
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
PERFIL
1) Qual o seu nome?
2) Qual sua idade?
3) Faz qual curso?
4) Em que periodo está?
( )l' ( )2' ( )3' ( )4' ( )5' ( )6' ( )7'
6) Treina quantas vezes na semana? 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) S( ) 6( ) 7( )
7) Treina em outro time? SIM( ) NÃO( ) Qual? _
8) Quantas vezes na semana? 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) S( ) 6( ) 7( )
9) Normalmente joga como? TITULAR ( ) RESERVA ( )
10) Tem bolsa de estudo na universidade?SIM ( ) NÃO (
11) Qual a porcentagem dela? %
12) No seu dia a dia, como você se define? NERVOSA ( ) ANSIOSA {
CALMA ( ) TRANQÜiLA ( ) PONDERADA ( ) AGITADA ( )
INVENTÁRIO: ANSIEDADE DE TRAÇO EM COMPETiÇÕES ESPORTIVAS
"Pe~r=gu~n~ta~s~---------------r-Q~u=as~e~-----rÀ~s~---~Fr=.q=ü"-".=n----,temente
1) Antes de competir sinto-me inquieta?
2) Antes de competir me preocupo se vou me sair bem?
3) Quando vou competir penso que vou cometer erros?
4) Antes de competir fico calma?
5) Antes de competir sinto-me enjoada?
3) Antes de competir sinto que meus batimentos cardlacos
'icam mais rápidos do que o habitual?
ANEXO 2
55
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE DE ESTADO, POR SPIELBERGER -1970
UNIVERSIDADE TUIUn DO PARANÁ
Iniciais do nome: _
aUESTIONÂRIO: ANSIEDADE DE ESTADO
Nem
Um Modera- Muito
pouco pouco damente
IPerguntas1) Estou preocupada com a competição?
2) Sinto insegurança?
3) Meu corpo está tenso?
5) Sinlo-me nervosa?
4) Sinto-me inquieta?
6) Sinlo-me confiante?
7) Sinto-me agitada?
8) Sinto-me confortável?
9) Sinto-me enjoada?
10) Sinto os meus batimentos cardiacos mais rápidos que
o normal?
11) Estou apresentando sudorese nas mãos?
12) Estou preocupada com a possibilidade de não
me sair tão bem nesta competição quanto poderia?
13) Sinto insegurança em relação à pressão extema, como
por exemplo, a cobrança da torcida?