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AMAURY REINERT TIZZOT
"TERMOTERAPIA NO IDOSO"
Monografia apresentada para 0 Titulode especiallzaryao em Gerontologia daUniversidade Tuiuti do Parana
Orientador: Or. Gilmar Calixto
CURITIBAMAIO 2002
RESUMO
NelO e justo, nao e humano somente prolongar a vida dos que jil
ultrapassaram a fase de homens adultos, quando se nao Ihes da condic6es
para uma sobrevivencia digna. Olhando sob este prisma, nao ha duvida ao
se afirmar que e melhor acrescentar vida aos anos a serem vividos do que
anos a vida precariamente vivida. E sabido que existe perda da capacidade
funcional com 0 avangar da idade, mas tambem e sabido que a
plasticidade, reversibilidade ou, melhor, a capacidade de modificacao
desse processo tern sido largamente comprovada. A fisioterapia e peca
fundamental no que se diz respeito a recursos terapeuticos utilizados com
finalidades de preservacao da funC;03o ao adiamento da instalacao de
incapacidades em sua forma preventiva. A fisioterapia nos mostra vasto
campo de estudos e trabalhos a serem realizados em beneficio da
populat;ao de uma epoca em que antes chama vamos de futuro mas que
representa, na verdade, 0 hoje e 0 agora.
5UMARI0
1. INTROOuC;;Ao ...............................................••........................... 01
032.CONCEIT05 DE 100505 ...................................••..........................
2.1 BIOFISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO ..
2.2 A ASSISTENCIA AO IOOSO - ASPECTOS REABILlTAT6RIOS ... 0410
03
3. FI510TERAPIA EM PACIENTE5 100505 .
4.4.1.3 Tecnicas ...
4.4.1.4. Contra·lndicac5es ..
4.4.2. Termoterapia por Adicao ..
4.4.2.1 Efeitos Fisiologicos ..
4.4.2.2. Classificacao ..
4.4.2.3. Termoterapia Par Adi<;ao Superficial .
4.4.2.4 Termoterapia Por Adicao Profunda ..
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4. A APLlCAC;;AO DE TERMOTERAPIA EM 100505 .
4.1 OOR INCAPACITANTE ..
4.2 INERVACAo ARTICULAR ..
4.3 ETIOPATOGENIA OA OOR ARTICULAR ..
4.4 TERAPIA FislCA NA OOR ARTICULAR ..
4.4.1 Termoterapia Por Subtracao - Crioterapia ...
4.4.1.1 Efeitos FisioI6gicos:.
4.4.1.2 Indicac5es:. . .
4.4.2.5 Contra-lndica<;6es da Termoterapia par Adi<;ao ....
CONCLUsAo .....................................................................•.............. 27
REFERENCIA5 BIBLIGRAFICA5 .........................•..••......................... 28
26
1. INTRODUCiio
Apesar da gerontologia S8r urn ramo da ciencia que S8 pro poe a
estudar 0 processo de envelhecimento e as multiplos problemas que
envolvem a pessoa idosa, ela Ii paradoxalmente jovem. 0 fato e que 0
envelhecimento, apesar de ser urn fen6meno universal e comum a
quase todos as seres anima is, teve 0 seu estudo negligenciado durante
muito tempo e os mecanismos envolvidos em sua genese permanecem
obscures, existindo urn longo caminho a 5er percorrido ate que novos
estudos sejam mais esclarecedores.
o final do seculo xx foi marcado pela explosao de medidas
protetoras que visam postergar a morte. Nas popula<;oes nas quais tai5
medidas inexistem au sao precarias, a possibilidade de morte estara
sempre presente em qualquer periodo da vida. Nas popula<;oes mais
protegidas, que habitam em comunidades em que a meio ambiente se
acha sob controle, a morte pode ser postergada ate 0 limite biol6gico de
existencia, que e 85 anos. 0 tempo media de sobrevivencia de uma
popula9ao pode ser representado graficamente pela curva de
sobrevivencia. Esta e expressa pela porcentagem da popula~ao que
permanece viva num determinado momenta.
As popula~6es dos paises desenvolvidos, que possuem expectativa
de vida de aproximadamente 77 anos, ja estao apresentando curvas
proximas do contorno retangular. Mesmo nos paises em desenvolvimento,
com expectativa media de 67 anos, esta ocorrendo uma certa tendencia aretangularizac;ao da curva, em bora ainda multo distante do n[vel atingido
pelo Primeiro Mundo.
Segundo Papaleo, em 1900, menos de 1% da popula9ao tinha rna is
de 65 anos de idade, enquanto hoje, ao se aproximar 0 tim do sEkulo, esta
citra ja atinge 6,2 % acreditando-se que no ano 2050 os idosos serao urn
quinto da popula9ao mundial. No Brasil, os idosos que representavam 4,2
% da popula9ao em 1950, hoje perfazem 10,5 milhoes, ou seja, 7,1 % do
total.
Este aumento acentuado do numero de idosos trouxe
conseqOencias dramaticas para a sociedade e, principal mente, para as
gerontes. Ha necessidade de S8 buscar as causas determinantes das
atuais condi~6es de saude e de vida dos idosos e de se conhecer as
multiplas facetas que envolvem 0 processo de envelhecimento, para que 0
desafio seja enfrentado par melo de planejamento adequado.
Ha que se ter visao global do envelhecimento enquanto processo, e
dos idosos enquanto indivfduos. Aceitar, como querem as
biogerontologistas, que "0 envelhecimento e caracterizado pela
incapacidade de manter 0 equilibria homeostcHico sob condi<;6es de
sobrecarga funcional, acarretando maior vulnerabilidade e maior incidemcia
de processos patol6gicos, que terminam par levar 0 idoso a morte", esatisfazer-se com apenas uma meia verdade.
A analise das principais causas determinantes do retardo dos
conhecimentos da gerontologia, a discussao das repercuss6es
biofisiol6gicas causadas pel a processo de envelhecimento sabre a
individuo, a impacto demogrcifico determinado pelo cresci menta acentuado
da popula9ao idosa e suas repercuss6es socia is sabre a velho, sobre a
sociedade e sobre a sistema de saude sao medidas basicas necessarias ao
melhor entendimento do processo de envelhecimento.
o presente trabalho tera como objetivo desenvolver urn estudo
sabre a utiliza9ao da terrnoterapia em idosos, analisar seus riscos e
contra-indica90es.
2.CONCEITOS DE IOOSOS
2.1 BIOFISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
o organismo humano, desde sua concepcao ate a morte, passa por
diversas fases: desenvolvimento, puberdade, maturidade ou de
estabilizac;ao e envelhecimento. E passivel identificar entre as tres
primeiras fases marcadores f[sicos e fisio16gicos de transicao entre ela. 0
envelhecimento manifesta-se por declinio das func;6es dos diversos 6rga05
que, caracteristicamente, tende a ser linear em func;ao do tempo, nao S8
conseguindo definir um ponto exato de transic;ao, como nas demais fases.Tern inieio relativamente precoce, ao final da segunda decada da vida
perdurando por lon90 tempo pouco perceptivel, ate que surjam, no final da
terceira dtkada, as primeiras alteracoes funcionais e/ou estruturais
atribuidas ao envelhecimento. Admite-se como regra geral, que ocorre a
cada ano, a partir dos 30 anos de idade, perda de 1% da funC;ao.
o ritmo de declfnio das fun<;:6es organicas varia nao s6 de um 6rgao
a outro, como tambem entre idasos de mesma idade. Tal fata justifica a
impressao de que 0 envelhecimento produz efeitos diferentes de uma
pessoa a outra.
Com a passar dos anos vai ocorrendo aumento exponencial da
mortalidade e esta e precedida por eleva<;:ao tambem exponencial da
prevalencia de entidades patol6gicas.
o envelhecimento pode ser conceituado como um processo
dinamico e progressivQ, no qual ha alterac;6es morfol6gicas, funcionais e
bioquimicas, que vao alterando progress iva mente ° organismo, tornando-o
rna is suscetivel as agress6es intrinsecas e extrinsecas que terminam par
leva-Io a morte.
Atualmente se considera que a envelhecimento relaciona-se
fundamentalmente com alterac;6es das protefnas que comp6e a organismo.
Elas constituem cerca de 15 % dos componentes organicos e sao os
elementos responsaveis pela forma<;80 de estruturas nob res do organismo
como celulas, tecidos, 6rgaos, sendo tambem componentes dos sistemas
bioquimicos relacionados a produ<;80 de energia.
Existem diversas teorias que procuram explicar essa alterac;8.o
proteica no envelhecimento, sendo que duas delas sao mais aceitas pelos
pesquisadores e provavelmente se completam: a) teoria da deteriora<;80 da
sintese proteica; e b) teo ria do relogio biologico. Alem disso, existiriam
diversos fatores que teriam influencia sabre esse mecanismo de alteraC;8o
proteica, que sao classificados em intrinsecos e extrinsecos. Entre os
primeiros encontram-se a hereditariedade, as radicais livres, as alterac;oes
imunologicas e, entre os ultimos, a alimentac;ao, as varia<;6es climaticas e a
radioatividade. Tais altera<;6es da sintese proteica refletem-se nas celulas,
tecidos e 6rgaos, alterando-os morfologica e funcionalmente.
2.2 A ASSISTENCIA AO 100S0 - ASPECTOS REABILITATORIOS
Oesde a AntigOidade, a velhice tern sido associada a dependencia e
a perda do controle sobre a propria vida, mesmo para os atos corriqueiros e
banais de sobrevivencia. A teoria medica, biologica e psicologica, na
maioria das vezes, tende a confirmar 0 envelhecimento como tempo de
decHnio e decadencia.
Assim, a velhice tern sido pensada, quase sempre, como urn
processo degenerativo, oposto a qualquer progresso ou desenvolvimento.
Parece ate que nessa etapa da vida deixa de existir 0 potencial de
desenvolvimento human~.
A expectativa de vida esta aumentando em todo a mundo e esta
ocorrendo a envelhecimento populacional em quase todos os paises. Com
isso, urn numero cada vez maior de individuos passa a sobreviver ate 70 ou
80 anos. Qual a qualidade dessa sobrevivemcia? Como aumentar 0 vigorfisico, intelectual, emocional e social dessa popula<,::aoate os momentos
que precedem a morte?
A maioria dos individuos deseja viver cada vez mais, porem aexperiencia do envelhecimento (a propria e ados outros) esta trazendo
angustias e decepcoes, pelo menos em nosso pais. Como favorecer uma
sobrevida cada vez maior, com urna qualidade de vida cada vez melhor?
Quais as formas e os meios de ajudar as pessoas a conservarem-se sadiase independentes e a continuarem desempenhando uma vida ativa na
sociedade, mesmo com a chegada dos cabelos brancos?
o processo normal, fisiologico, do envelhecimento nao pode, per se,
ser considerado patol6gico ou incapacitante, porem parcela bastante
significativa da popula<,::aoidosa desenvolve disfun<;oes e/ou incapacidades.
Segundo estatisticas americanas de 1992 (no Brasil ha carencias de
estatisticas), as individuos com mais de 65 anos apresentam duas vezesmais incapacidade em rela<,::aoa popula<,::aogeral, quatro vezes mais
limita<,::aodas atividades, visitam 0 medico 45% mais freqOentemente eapresentam interna<,::oeshospitalares duas vezes mais amiude e 50% mais
demoradas que os individuos com idade inferior aos 65 anos.
Segundo Zimmerman, as tres condicoes mais freqOentes associadas
com incapacidade em pessoas com mais de 65 anos sao: artropatias,hipertensao arterial sistemica sistolica e/au diast6lica e cardiopatias, ouseja, apresentam, respectivamente prevalencia de 47,2% , 41,4 % e 30,4%
. Estes dados tornam-se ainda mais expressivos quando se sabe que, para
o conjunto de todos os grupos etarios, essas proporcoes sao,
respectivamente, de 2,8 % , 12,5% e 8,2%. Deve ser ressaltado tambemque a presenCa de multiplas afec<,::oesassoci adas em uma mesma pessoa
aumenta a probabilidade de incapacidade para uma ou mais atividades de
vida diiHia ( AVDs) em pessoas idosas de ambos os sexos. Segundo 0
National Health Interview Survey, de 1984, quando apenas uma condic;ao
pato16gica esta presente, somente cerca de 5% da popula9ao idosa
apresenta uma ou mais dificuldades nas AVOs. Este percentual cresce
rapidamente a medida que aumenta 0 numero de doenc;as associadas,
atingindo 55% entre homens e 65% entre mulheres.
A capacidade de mOdificac;ao deste processo tem sido largamente
comprovada. A literatura mostra, ainda, que 0 desempenho de um
individuo, em qualquer atividade, pode ser melhorado independentemente
da idade e com relativamente poucos recursos. Assim, por exemplo, e
sabido que 0 exercicio flsico pode diminuir os niveis de pressao arterial e
melhorar 0 debito cardlaco, bem como retardar, senao reverter, as
aUerac;oes relacionadas com a idade na func;ao sinaptica e na velocidade
de conduc;ao nervosa.
o clinico deve, portanto, estar atento as altera90es fisio16gicas do
envelhecimento para uma melhor compreensao dos processos pato16gicos
desse paciente. Alem de influenciarem de maneira significante em sua
manifestac;ao clinica, podem tambem interferir nas respostas ao tratamento
e no aparecimento de complica90es au ate de seqOelas. Da mesma forma,
tal percepcao, de um lado, permite a melhor avaliacao das perdas
funcionais, que por vezes se instalam em conseqOencia dessas afecc;oes,
e, de outr~, a formularyao de propostas de reabilitac;ao, seja com fins
preventivos ou terapeuticos.
Reabilitac;ao pode ser definida como 0 processo para 0
desenvolvimento da maxima capacidade fisica, psiquica, social, vocacional,
educacional de um individuo, considerando suas limitac;oes de qualquer
ordem, sejam elas fisiol6gicas, anatomicas, ambientais, etc.
Visando desde a preservaC;ao da func;ao ao adiamento da instalac;ao
de incapacidades atraves de medidas preventivas, a reabilitac;ao tern ainda
como objetivo diminuir 0 comprometimento imposto por incapacidade ou
disfum,;:ao, prornovendo urn modo de vida mais saudavel, e adaptando 0
individuo de forma a propiciar uma melhor qualidade de vida.
Segundo Papaleo, nos ultimos anos, a medicina de reabilitac,;:ao vem
tentando introduzir uma "atitude reabilitacional" nas estruturas de saude do
idoso. Esta consiste ern alguns principios peculiares e que compoem urn
processo interativo de saude, na qual:
valorizamMse ganhos funcionais tanto quanto a perspectiva de
melhora clinica ou de eliminac,;:80 da doenc,;:a;
adotam-se procedirnentos terapeuticos considerando
identidade biopsicossocial do paciente, objetivando seu maximo
grau de independencia e liberdade de escolha em seu estilo de
vida;
elaboramMse diagn6sticos funcionais que objetivam sempre
reintegrar;8o na comunidade:
trabalha-se em equipe interdisciplinar de forma a ampliar
recursos terapeuticos e adapta-Ios, caso necessario.
Estabelecem-se objetivos funcionais amplos e individualizados
procurando habilitar 0 individuo em suas atividades as possibilidades
funcionais deste. Existem alguns estere6tipos que podem dificultar tais
procedimentos, sendo 0 principal deles, a identificacao dos gerontes
portadores de incapacidades como um grupo homogeneo e clara mente
delineado. Torna-se necessario, portanto, a considerar;ao de alguns
aspectos essenciais, quais sejam:
a definir;ao de individuo idoso e extrema mente variavel em
rela9ao a epoca e a cultura de uma popula9ao;
os individuos considerados idosos apresentam muito mais
diferenc,;:as entre Sl que semelhancas.
Para correta indica<;:ao terapeutlca e sua condu<;:ao e indispensavel
aos componentes da equipe de reabilita<;:ao 0 conhecimento mais profundo
dos diversos recursos de que dispoe, de forma a nao subutiliza-los, ou
superestima-Ios, como freqOentemente ocorre. Alem disso, e muito
importante que se mostrem abertos a discussao e ao intercambio com os
outros profissionais com quem trabalha.
o tratamento medicamentoso, indicado pelo medico, deve ser
sempre encarado como somente uma parte da terapeutica, podendo ser
utilizado como coadjuvante. Alem disso, pelo fato de poder originar efeitos
colaterais, evidentemente indesejaveis, e que podem determinar 0
aparecimento de disturbios cHnicos e/ou funcionais secundarios,
particularmente na popula<;:Elo idosa devido a sua "polifarmacoterapia", deve
ser recomendado sempre de maneira cautelosa.
o terapeuta ocupacional, como parte integrante da equipe de
reabilitacao, tambem se utiliza de multiplas tecnicas de tratamento podendo
atuar em duas instancias, dependendo da necessidade de cada indivfduo:
na area terapeutica e na area ocupacional propriamente dita.
o profissional de nutri<;:ao pode participar aUvamente do processo
de reabilitacao elaborando programas de dietoterapia, adjuvantes ao
tratamento medicamentoso nos disturbios metab61icos e dieteticos de um
modo gera!. Conjuntamente com 0 fonoaudi61ogo, elabora dietas
especificas que facilitem a reabilita<;:8o de disfun<;:oes orovegetativas.
A terapia fonoaudiol6gica trabalha os aspectos das funcoes da
linguagem, comunica<;:ao, alimenta<;:ao, fun<;:oes
fonoarticulat6rios, fun<;:oes orovegetativas, entre outras.
dos 6rgaos
Sao utilizados, quando necessarios, 6rteses, palmilhas, cal<;:ados,
adapta<;:oes, meios auxiliares de marcha, pr6teses, etc., no sentido de
implementar fun<;:oes, promover analgesia, auxiliar a terapia fisica, seja ela
fisioterapica, de terapia ocupacional, etc.
A fisioterapia apresenta diversas indica90es, posto que multiplas
sao as tecnicas passlveis de utilizayao, tais como 0 emprego de meios
fisicos, terapia por exercicios, terapia proprioceptiva, de estimulac;aoglobaletc., motivo pelo qual e largamente utilizada, como veremos a seguir.
Alem das medidas referidas anteriormente podem ser utilizados
outros recursos, como educacionais, recreacionais e de lazer de um modogeral, pSicossociais, de enfermagem au quaisquer eutros que se fa9am
necessaries, que venham samar na propesta terapeutica elaborada pela
equipe interprafissional participante, do processo de recuperaC;8ada saudedo paciente.
\0
3. FISIOTERAPIA EM PACIENTES 100505
A diminui9ao da capacidade funcional dos diversos 6r98.05 e tecidos
e a principal caracterlstica do envelhecimento, e acarreta urn risco
aumentado de doen9as, na sua maiaria cr6nico-degenerativas, que estao
se tornando cada vez mais prevalentes em nossa pais. Sao afec90es que
nao tern diagnostico de resolutividade rapida e absorvem grandes
quantidades de recursos materiais e de profissionais especializados .
A promQ(;:ao e a atenc;ao a saude do idoso englobam medidas
preventivas, restauradoras e reabilitativas, visando preservar, manter,
restaurar au desenvolver funC;8o, quer seja par disturbios motores,
sensoriais, cognitivos, psiquicos, sociais ou par variaveis multiplas
associadas, com 0 intuito de proporcionar qualidade de vida.
Segundo Leavell e Clark (1978), a reabilita,ao pertence a terceira
fase de assistencia a saude, au seja, "a prevent;ao terciiuia. Isto sugere
que a reabilita9ao s6 deva come9ar ap6s 0 termino do tratamento
especifico, clinico au cirurgico, de uma doen<;a, fazendo com que medidas
de reabilitat;ao precoce sejam adiadas e que incapacidades VaG se
instalando, antes que seja feita alguma coisa para impedir e ate que surjam
as incapacidades secundarias. E consenso que os melhores resultados 56
podem ser atingidos se a reabilitat;fw for iniciada 0 mais precocemente
possivel. Oessa forma a fisioterapia reabilitativa deve, cada vez mais, fazer
parte integrante da atent;aO secundaria e primaria e, obviamente, que os
criteries devam ser reformulados, pais a fisioterapia preventiva, hoje em
dia, assume papel cada vez mais importante e deve ser administrada em
conjunto com os tratamentos clinicos e cirurgicos de doent;as que podem
resultar em deficiencias.
A fisioterapia , cujo objeto de estudo e principalmente a movimento
humane , vem colaborar , lant;ando mao de conhecimentos e recursos
fisioterapicos , com 0 intuito de melher compreender os fatores que possam
II
acarretar perda ou diminuic;ao da qualidade de vida e bem~estar nos
idosas.
As praticas preventivas ocupam, em qualquer especialidade, um
lugar de destaque, sobretudo naqueles idosos cuja condicao patol6gica
geral tenha diminuido de forma significante suas possibilidades de
mobilizac;ao e independencia.
No envelhecimento, urna fapida deteriorac;ao, aliada a um baixo
anabolismo, resulta em atrefias, advindo dai a necessidade da realizac;aode exercicios, de forma regular e progressiva, exercicios estes que
retardam as atrofias e degenerac;6es.
Os exercicios, sempre dentro de urna programac;ao, poderao ser
desenvolvidos atraves de varias tecnicas cinesioterapicas ou de diferentes
formas de atividades ffsicas.
A indicac;ao desta ou de outra modalidade se prende as condir.;oes
fisicas do proprio indivlduo e do seu grau de resistencia a fadiga. Sempre
havera uma atividade fisica capaz de beneficiar 0 paciente idoso.
A preVent;80 de complicar.;oes secundarias e mais imperiasa
naqueles casas de idosos acamadas em conseqOencia de uma intervenr.;ao
cirurgica ou de enfermidades, os quais chegarao prontamente a perder
grande parte de seus movimentos se nao forem submetidos a tratamentos
postural e profililtico adequados.
A manutenC;:8o e a preserVat;8a da capacidade para desempenhar as
AVOs sao pontos basicos para prolongar 0 maior tempo passivel a sua
independencia. A capacidade de desempenho e 0 foco central na avaliat;80
dos idosos. Um estado incapacitante e sempre referente a impossibilidade
de realizat;80 de determinado ato. A capacidade significaria a
potencialidade para a realiza<;:ao de urn ato. Este ato, por sua vez, pode ser
necessaria para viabilizar a sabrevivencia do individuo, bern cama
proporcionar qualidade de vida ou bem-estar. A sobrevivencia estaria
relacionada a concretizaC;:80 de atas basicos que garantam condir.;oes
12
mfnimas para a persistencia da vida em seu sentido biologico. Par fim 0
bem-estar refere-s8 a uma autopercepc;:ao da realidade de vida, sendo
dependente da postura flIos6fico-existencial do individuD, da sua auto-
estima e da sua capacidade intima de adaptac;:ao as situac;6es vivenciadas.
o funcionamento fisico pede ser medida ao longo de urn espectro .
Para pessoas incapacitadas, pade-se focalizar a capacidade de
desempenhar cuidados pessoais, geralmente referidos como atividades
basicas de vida diaria. 0 paciente e avaliado pela sua capacidade de
conduzir cada uma das series basicas de atividades. Os dados sao obtidos
geralmente do paciente ou de seu cuidador, que e quem tern oportunidade
para observe-Ia.
o protocolo para avaliacao funcional usado no servico de Papaleo e
uma variacao das escalas de Katz e Lawton. A avaliacao de Katz abrange
somente as atividades basicas de vida diaria refletindo apenas a
capacidade ou nao para ° autocuidado basico, sendo utilizada mais para
pacientes acamados em hospitais, em casas de repouso, ou mesmo em
sua propria moradia, porem com certo grau de dependencia. Ja a escala de
Lawton reflete 0 nivel de capacidade de utilizacao dos recursos disponiveis
no meio ambiente habitual para execucao de atividades rotineiras do dia-a-
dia, sendo utilizada para pacientes independentes em acompanhamento
ambulatorial.
Este protocolo apresenta como objetivo a identificacao do grau de
disfuncao, verificando 0 estado funcional atual, 0 planejamento de recursos
de suporte e a acompanhamento evo1utivo do grau de disfuncao. ( Fig. 2 )
Com a utilizacao de questionarios simples, pode-se obter uma
avaliacao imediata quanto a capacidade funcional do individuo. Pode-se a
partir dai, aumentar a efetividade das terapias propestas, atraves de uma
prescricao complementar quanto aos cuidados especiais necessaries para
suprir as deficiencias funcionais e prevenir possiveis complicacoes que
13
advenham de uma depenctencia existente OU naD satisfeita
adequadamente.
Inleia-se a avalia980 fisioterapica do idoso, com as dados pessoais
do paciente, entre as quais S8 destaca a ocupay8o anterior, jii que existematividades que podem levar a condi90es m6rbidas cranicas, e a
identific8C;c30 do acompanhante ou cuidador, para obter maiores
esclarecimentos a respeito do paciente. No que diz respeito ao hist6rica, a
partir do diagnostico cHnico estabelece-se 0 nexo entre a doenC;8apresentada e a incapacidade existente, alE~mde se investigar a queixa e a
durac;ao da incapacidade. Questiona-se a respeito de quedas - se ja caiu,
par que caiu e em que situ8c;oes e quantas vezes cafram. E interessante
observar a apresenta9ao do paciente, se ele deambula sozinho, com auxiliode bengala ou muleta, au em cadeira de rodas. No exame ffsico, se avalia
a for,a muscular, 0 trofismo, as amplitudes de movimento articular (ADM),
a padrao respiratorio, presen9a ou nao de deformidades, alteraC;ao de
sensibilidade (tatil, termica e dolorosa), a postura, tanto estatica como
dinamica. Na marcha verificam-se todas as fases ( toque do calcanea,
apoio do pe e impulso), 0 equilibria e a caordenac;ao, as atividades basicasde vida diaria e as atividades instrumentais de Conclusao.
A terce ira idade e urn perfodo que todes aqueles que nao morreremprematuramente terao de vivencia-Ia. Par quanta tempo, nao sabemos. E
todos os que convivem com idoses, sejam crian9as, jovens au adultos,podem ganhar aD usufruir de sua presenc;a. Pais ele completa a arco da
existencia humana, e revela aDs demais uma faceta especifica do sentidoda vida.
"0 velho nos fala da vida e da morte, do tempo e da eternidade, dovigor e da fraqueza, do plantar e da colher, da grandeza e da limita,ao do
ser humano. E a nos cabe estar ao seu lado para que se sintam amparadosno processo de viver e rnorrer com urn minima de dignidade" ( PapaleoNeto)
14
4. A APLlCA<;:AO DE TERMOTERAPIA EM 100505
A doenC8s e traumas do sistema 6steo~articular sao grandes
causadores de incapacidades motoras primarias e secundiHias limitando de
mane ira significativa as atividades funcionais da vida diaria e a medicina de
reabilitaCc30 cumpre papel fundamental na terapeutica destes pacientes.
Alguns aspectos funcionais merecem reparo especial na reabilitaC80
das afeccoes do aparelho locomotor: dar incapacitante, imobilismo,
utiliz8C80 dos meies flsicos e tratamento das lesoes mais freqCJentes.
4.1 DOR INCAPACITANTE
As dares articulares e periarticulares sao possivelmente a causa
mais frequente de incapacidade funcional em pacientes adultos, com
conseqOente afastamento das atividades taborativas. Dentre as causas
destaca-se as alterar;oes degenerativas e inflamatorias das articular;oes,
tend6es, capsula articular, bursas, sinovias, etc. Nos Estados Unidos e
Suecia a maior causa de afastamento do trabalho sao as dares vertebra is
relacionadas com as atividades prafissianais e acidentes de trabalho. A
osteoartrite au osteoartrose e a doenr;a mais comum no ambito
reumatologica e pode ser definida como uma condic;ao degenerativa que
afeta articulac;6es sinoviais. A preval€mcia aumenta com a idade.
principalmente na sexta ou setima decada da vida. (Bader 1983, Bonica
1990, Delisa et al. 1988) 0 quadro doloroso e as alteral'oes secundarias
musculares sao os maio res responsaveis pela incapacidade funcional do
paciente e cabe a medicina de reabilita.yao, a manuten.yao e restaura.yao da
fun.y03o, atraves do usa de tecnicas especificas de analgesia, exercicias,
6rteses e adaptal'oes. (Delisa et al 1988, Kottke et al. 1984)
IS
4.2 INERVACAo ARTICULAR
Wyke (1981) refere que as articulac;oes sinoviais sao inervadas par
dois tipos de nervos: primaries e acess6rios. Os primeiros sao ramifica90es
dos nervos perifericos, que passam atraves da capsula articular em
associac;8.o com vaSDS sanguineos. Alguns destes nervos terminam no
periostea adjacente as ins8n;:6es da capsula articular. Os nervos
acess6rios provem principalmente dos nerv~s intramusculares e chegam aarticulagiio atraves das bainhas musculo-tendineas. Wyke (1981) relere
que sao as receptores nao corpusculares de termina90es livres, as
responsaveis pela sensac;ao dolorosa na articulac;ao. Estes receptores naomielinicos 5e distribuem em arranjos plexiformes intersticiais
perivasculares ou em termina.yaes nervosas livres na capsula fibrosa,
coxins gardurasas articulares e na bainha adventicia das arterias e
arteriolas que suprem os tecidos articulares. Estes receptores sao
estimuladas par altas pressoes na capsula articular e Ilgamentas au par
irritantes quimicas como acido lactico, histamina, cininas e prostaglandinas
advindas de celulas de tecidos isquemicas, traumatizadas au inflamados. 0
autor conclui que a dor articular pode ser causada par fatores mecanicas,
quimicos au pela associa9aa de ambos.
4.3 ETIOPATOGENIA DA DOR ARTICULAR
Dieppe et al. (1980) relaciona as possiveis causas de dor intra ou
peri articular na asteaartrite em dois grupas: as mecanicas par aumenta de
pressao e por destrui98:0 tecidual e as quimicas com produ9ao de cininas e
prostaglandin as.
As estruturas envolvidas sao: a osso por aumenta da pressao
intramedular destruindo a tecido subcondral; 0 periostea par eleva.yao
16
causada pelos oste6fitos; a sinevia1 par pressao ou irritar;ao qufmica
vascular enos coxins gordurosos; as capsulares par estiramento e trac;ao
do tecida espessado e fibr6tico; as estruturas peri-articulares associadas
com as instabilidades articulares criando uma situac;ao de sobrecarga nos
Hgamentos, tendoes e bursas. A ruptura dos vasos subcondrais e a
hemorragia dentro da cavidade articular (Dieppe et al. 1980), os fragmentos
teciduais (George et al. 1968, Lloyd-Roberts 1953), a deposil'ao de cristais
(Ali et al. 1975, Dieppe et al. 1976, ,MCcarty 1976, Schumacher et aI1977)
favorecem 0 desenvolvimento das reac;6es inflamatorias e
conseqOentemente causam dar. A correlac;ao entre dar e sinais
inflamatorios como: rubor, calor, edema, diminuic;ao da func;ao e rigidez for
evidenciada anatomica e clinicamente. (Erlich 1975 ,Goldenberg et al.
1982, Lemperg et al. 1978, Peter et al. 1966 38) Esta e, provavelmente,
uma das causas mais comuns de dor na osteoartrose. A dor 6ssea
imputada ao processo de microfraturas subcondrais e remodelac;ao e
formac;:ao de osteofitos nem sempre e observada; nao e muito claro 0 papel
destes fen6menos na geral'iio de dor (Dieppe et al 1980). A dor 6ssea pode
ser causada por aumento da pressao intra-ossea, causado por estase
venosa local. (Arnoldi et al. 1972, Lehmann et al. 1958) A dor periarticular
pode ser relacionada com a instabilidade, principalmente nas articulac;:6es
de carga, por excessive estiramento das estruturas ligamenta res,
tendinosas e bursas, principalmente na suas inserc;:6es osseas. As
alterac;:oes da mecanica normal do movimento articular relacionada com as
instabilidades pela perda da capacidade estabilizadora dos tend6es e
ligamentos tambem podem causar dor. Este tipo de dor se caracteriza pelo
aparecimento durante a realizac;:ao do movimento articular associado com
diminuic;:ao de potencia muscular e amplitude de movimento. As alterac;6es
inflamatorias intrinsecas das estruturas periarticulares, principalmente
tend6es, bursas e ligamentos tambem pode ser 0 fator causal da dor
(Dieppe et al. 1980, Dixon 1965). As articulal'oes de carga (quadril, joelho,
tornozelo e pe) sao mais susceptiveis a processos de osteoartrose
17
comprometendo a cartilagem articular e as articulac;oes de movimento
direcional (ombro, cotovelo, punho) sao mais acometidas nas estruturas
periarticulares. As pequenas articulac;6es do carpo e maos tambem sao
freqOentemente acometidas par alterac;oes articulares do tipo osteoartrose.
A maiaria dos estudiosos concorda que a dar articular e multi·fatorial e par
este motiv~ a abordagem terapeutica deve tambem ser diferenciada. 1983,
Bonica 1990, Delisa 1988, Melzack & Wall 1989)
4.4 TERAPIA FislCA NA DOR ARTICULAR
As vanta gens dos diversos procedimentos terapeuticos da Medicina
Fisica sao a reduc;ao da farmacoterapia, 0 tratamento localizado e a
ausencia de efeitos colaterais. Os principais objetivQs da utilizaC;8o dos
agentes ffsicos na prcHica medica incluem a aHvio sintomatico da dor e 0
relaxamento muscular, passibilitando, assim, a reabilita.;ao global dos
doentes portadares de alguma sindrome incapacitante.
4.4.1 Termoterapia Por Subtracao - Crioterapia
4.4.1 1 Efeitos Fisiol6gicos:
E a aplicacao de frio local para efeitos terapeuticos, baseada na
utilizaCao racional de algumas respostas fisiol6gicas obtidas (Leek et al).
Os autores referem que 0 frio esta indicado nas seguintes condic6es: dor,
inflamac;ao, espasmos musculares secundarios e traumas menores agudos.
o frio age como agente analgesico par atuar diretamente nas terminac6es
nervosas, diminuindo a velocidade de conducao nervosa e por estimulacao
competitiva nas fibras amielinicas, agindo nos mecanismos de comporta de
Melzack e Wall (Melzack & Wall 1989, Leek et al. 1986). Leek et al.(1986)
refere que nos processo inflamatorias articulares, 0 frio par sua ac;ao
vasoconstrictora, pode reduzir a hiperemia e 0 edema.
18
Harris e McCroskery (1974) referem que, nas articula~6es, 0 frio
atua como urn fatar inibidor da atividade da colagenase, porem as
implica96es clinicas naD estao definidas. Nos musculos a frio atua
reduzindo a velocidade de disparo das fibras la do fusa muscular,
diminuindo assim a espasmo, que pade ser urn importante fatar algogenico
(Leek et al. 1986) A velocidade de disparo diminui 1,86m/seg/C (Jong et al.
1966). A grande vantagem da crioterapia e a de prom over significante alivio
da dar devido a sua ac;ao contra-irritante. Varios autores afirmam que a
sensaC;~10 de queimor nas fases iniciais da aplicac;ao da crioterapia atua
como agente contra·irritante ativando 0 sistema supressor da dar.
Diferentes fibras respondem de forma diferente. As fibras sensitivas sofrem
bloqueio primeiro que as motoras. Observa-se maior reduc;ao nas fibras
aferentes sensitivas do tipo A quando comparadas as fibras lentas tipo C.
Ocorre redUl;ao da dor, espasticidade, espasmos musculares, fluxo
sanguineo, edema, inflamac;ao articular, atividade metabolica e a
velocidade de conduc;ao nervosa e retardo na transmissao neuromuscular.
A aplical'ao de gelo reduz a atividade do fuso muscular por elevar seu
limiar de disparo diminuindo a estimulac;ao aferente. Estes efeitos
representam as bases fisiologicas para 0 tratamento da espasticidade e
espasmo muscular. A analgesia tambem e responsavel pela reduc;ao da
atividade muscular reflexa (cicio dor, espasmo muscular, dor) .
4.4.1.2Indicacoes:
Fase aguda de afecc;5es traumaticas, principal mente do sistema
musculo-esquell~tico, dor cr5nica de origem musculo-esqueletica,
espasticidade, reduc;ao de espasmos museu lares e tratamento da sindrome
dolorosa miofascial alrav;,s da inatival'ao de pontos gatilho. Rusk (1977),
Lehmann (1990) recomendam a aplical'ao de gelo durante 10-15 minutos,
seguidos de intervalo de 10-15 minutos, podendo-se repetir a aplicac;ao 3 a
4 vezes nos casos de les6es ligamenta res. Na pratica clinica reeomenda-se
19
a utilizaC;8o durante 15 minutos seguido de intervalo de 45 minutos,
podendo-se repetir a aplica.y8o quantas vezes (orem necessarias e
toleradas pelo doente. Buschbaker preconiza a aplicaC;8o nos primeiros
dais dias ap6s lesao traumatica aguda durante periodo de 20 a 30 minutos
a eada 1 ou 2 horas desde que bern tolerado pelo doente.
4.4.1.3 Teenieas
As tecnicas de aplicac;ao variam de acordo com a regiao acometida:
compressas ou balsas de gelo, banhos de imersao em agua e gelo. A
aplicac;ao de gelo deve ser realizada de 4 a 6 vezes par dia e 0 tempo
depende da regiao, porem apenas em pacientes muito magros, as efeitos
sao obtidos com menos de 10 minutos de aplicac;ao. Os aeross6is
refrescantes - tambern denominado resfriamento evaporativ~, consiste na
aplicac;ao de substancias quimicas com propriedades volateis. As mais
empregadas sao 0 cloreto de etila e 0 clorofluorometano. Os primeiros
apresentam alto potencial inflamavel e atualmente podem ser substituidos
pelos ultimos. Estes aeross6is refrescantes promovem 0 resfriamento
abrupto da superficie cutanea permitindo a inativac;ao de pontos gatilho
miofaseiais. Travell e Simon preeonizam 0 uso com uma inclinac;ao de 35°
em area de 4 cm por segundo, a uma distaneia de 20 a 30 em.
4.4.1.4. Contra-lndiea90es
Areas anestesicas, pacientes obnubilados ou ineonscientes pelos
riseos de queimaduras eutaneas pelo frio; alergia ou intolerancia ao frio,
com a aparecimento de reac;6es urticariformes e purpuras; fenomeno ou
doenc;a de Raynaud, crioglobulinemia, hemoglobinuria paroxistica ao frio,
uso prolong ado sobre estruturas nervosas superficiais, paramiotonia
congenita, insuficiencia vascular com transporte inadequado de
metab6litos. Esta contra-indicado na presenc;a de rigidez matinal acentuada
e em pacientes portadores de sind rome de hipersensibilidade ao frio
20
(histamina, hemolisinas, aglutininas e crioglobulinas dependentes) que
podem ter manifestac;6es vasculares graves. (Leek et al. 1986).
4.4.2. Termoterapia por Adicao
4.4.2.1 Efeitos Fisiol6gicos
E urna das mais antigas modalidades terapeuticas existentes. Sua
utiliz8C;80 S8 baseia nos efeitos fisiol6gicos obtidos e depende da regiao
acometida e do tipo de agente terapeutico empregado (Delisa et al 1988,
Kottke et ai, 1984, Lemperg et al. 1978). Os principais efeitos fisiol6gicos
do calor sao:
1. aumento da extensibilidade do tecido colageno, par fazer
predominar as propriedades viscosas sobre as propriedades elasticas,
modificando 0 comportamento mecanico do tecido (Warren et al 1971). 0
estiramento tecidual sob aquecimento e realizado com menor fon;a e danos
mecanicos, que a temperatura normal (Lehmann et al 1958). Vanharanta et
al. (1982) referem que doses de 1,0 watttcm2 de ultra-som, durante 5 dias
produzem aumento na concentrac;ao de proteoglicanos em joelhos de ratos.
2. rigidez articular - 0 calor diminui a rigidez das articula<;;6es e
melhora a sintomatologia de rigidez matinal. 0 exato mecanismo deste
fenomeno ainda nao e conhecido (Backlund 1967, Wright 1961).
3. dor - 0 alivio da dor obtido com 0 usa de calor ainda nao esta
bem elucidado, porem algumas explica<;;6es podem ser dadas:
vasodilata<;;ao promove a remo<;;ao de catab61itos da regiao acometida e
modifica as condi<;;6es locais (Kottke et al 1984); mecanismo contra-
irritativ~ agindo nos fechamentos das comportas da dor (Melzack & Wall
1989); aumenta a acao das endorfinas (Leek et al. 1986); diminui disparo
dos receptores dolorosos (Lehmann 1958); reduz espasmos musculares
pela diminuicao da isquemia relativa do local. Mense (1978) relata que no
musculo pre-estirado (100 libras de tensao) a media de disparos das fibras
21
aferentes
frio. 0 mesma autor refere porem, que nas fibras aferentes secundarias de
baixa atividade de disparo, 0 efeita e contrario: os disparos aumentam com
o frio e diminuem com a calor, 0 que poderia ser uma das explica<;6es da
melhora do espasmo muscular. Fischer (1965) refere que a estirnular;ao
dos exteroceptores da pele diminuem a atividade 9ama de rnusculos
pr6ximos, explicando a ac;:ao do calor superficial sabre 0 espasmo
muscular.
4. inflamar;20 - nos processos inflamat6rios articulares existe uma
dualidade entre a indicar;ao e contraindicac;ao do calor. E sabido que 0
calor exacerba a inflamacao aguda (lloyd-Roberts 1953) e pode ser
catalizador de algumas enzimas proteoliticas, como a colagenase
(Goldenberg et al. 1982, Harris et ai, 1973). Castor e Yaron (1976) referem
porem, que alguns sistemas enzimaticos podem ser inativados por doses
terapeuticas de calor local (41 a 45 graus Celsius). As exatas implicac6es
clinicas destes efeitos paradoxais ainda nao estao bern elucidadas.
4.4.2.2. Classificacao
A termoterapia por adic;ao pode ser subdividida em: superficial e
profunda, dependendo da profundidade corporea atingida pelo
aquecimento. Admite-se que as modalidades de termoterapia superficial
atinjam de 1 a 3 mm de profundidade, enquanto que atraves das formas
profundas seja possivel alcancar de 1 a 3 cm de penetra~ao utii.
Outra classificac;ao inclui a forma de produc;:ao e transferencia de
calor, denominadas, conduc;ao, convecc;ao e conversao. De modo geral a
transmissaa par canduc;ao e convecc;aa necessitam de urn meio de contato
e produzem aquecimenta basicamente superficiais, com penetrac;ao util de
1 a 3 mm da pele.
A termoterapia par adic;aa par meia de conversao pode ser abtida
atraves da conversao de andas mecanicas que necessitam de meios de
22
condUC;80 ou atraves de andas eletromagneticas que naD necessitam de
meies de condu<;:ao ou cantata, ern calor. Estas modalidades sao capazes
de promover urn aquecimento mais profunda (1 a 3 em).
Tabela 1: Termoterapia de Adi~ao. Classificac;ao.
Compressas quentesParafinaCompressas
Superficial I aelatinosas ConducaoTanaue de turbilhiioTanque de HubbardHidrotermoterapiaForno de BierRadiacao Infra- Irradiacaovermelhaultra-som
Profunda Ondas curtas ConversaoMicroondas
4.4.2.3. Termoterapia Por Adicao Superficial
o calor superficial pade aquecer as tecidos na superficie au
profundamente. 0 aquecimento mais profunda e produzido par atividade
reflexa e vasodilatacao.(Leek et al. 1986)
As tecnicas de aplicacao sao: bolsas quentes de gel de silica,
parafina, hidroterapia, infravermelho. Todas as aplica<;:6es devem ser
usadas par 20 a 30 minutos e as indica<;:6es sao semelhantes ao do calor
profunda, tambem dependentes da regiao acametida. Sao excelentes meias
analgesicos, em dares naa inflamat6rias, previas a cinesioterapia. Nas
asteartrases de maos, pelas caracteristicas das articulacyoes
camprometidas, a parafina e um bom agente de aquecimento. Nas
sindromes miofasciais secundarias a artrose da col una, com dores
generalizadas a associacyaa da hidroterapia e exercicios pode ser muito util
Kottke et al. 1984, Lehmann et al. 1958). As principais indicac5es sao a
analgesia, 0 relaxamento muscular par mecanismos reflexas e a ganho do
23
movimento articular. Nao he":! contra-indic890es absolutas. As contra-
indica90es relativas incluem aplica980 sabre superficies cutaneas
anestesicas ou hipoestesicas, arteriopatias, doenc;:as termo
fotossensiveis.
4.4.2.4 Termolerapia Por Adi9ao Profunda
Ultra - Sam
o ultra-som consiste na aplicac;:ao terapeutica de andas senoras
acima do audivel pelo ouvido humano, geralmenle acima de 17.000Hz. 0
aparelho de ultra-som tern urn circuito gerador de corrente eletrica
alternada de alta frequencia e urn transdutor de cristal que converte esta
corrente eletrica em vibrac;:6es mecanicas na faixa de som acima do
espectro audivel. Este fen6meno e denominado de efeito piezeletrico
invertido. 0 efeita piezehHrico propriamente dito, caracteriza-se pela
genese de cargas eletricas quando urn cristal e subrnetido a deforrnac;ao
mecanica. As frequencias utilizadas pelo ultrasom terapeutico variam entre
0,8 a 1,0 MHz. A faixa de intensidade terapeutica na aplicac;ao com
movimentac;ao constante e de 0,5 a 3,0 W/cm2. Geralmente prescreve-se
doses de 1 a 2 W/cm2.
Dosimetria inferior pode ser prescrita sobre pequenas articulac;6es
superficiais ou com tecnica estacionaria. 0 tempo de aplicac;ao varia de 5 a
10 minutos, uma ou duas aplicac;:;6es diarias, realizadas diariamente, ou no
minimo 2 vezes por semana, por 10 sess6es. 0 ultra-som penetra nos
tecidos e atraves da vibrac;:;ao mecanica, transforma a energia cinetica em
calor, aquecendo preferenciaimente tecidos proteicos com baixo teor
aquoso e interfaces teciduais.
o ultra-sam deve ser prescrito nos processos dolorosos
periarticulares, ligamentares, tendinosos, musculares localizados, nos
espessamentos capsulares. 0 ultra-sam penetra de 2,5 a 3 cm na
profundidade, porem seu efeito e perpendicular a area aplicada e e diffcil
24
sua utilizac;ao em areas maiores que 15 em de extensao (Delisa et al. 1988,
Kottke et al. 1984, Leek et al. 1986). As prineipais indieayoes do ultra-som
incluem a analgesia, 0 relaxamento muscular, 0 aumento da extensibilidade
do eol;;geno. 0 ultra-sam e bem indieado no tratamento de tendinites e
tenossinovites cronicas ou par desuso, bursites, entesites, periastites e
quadros dolorosos miofasciais. Deve-s8 evitar 0 usa do US em locais mais
sensiveis como 0 globo ocular, 0 utero gravidico, a medula espinhal em
area de laminectomia e a area cardiaca. Tambem nao deve ser prescrito
para doentes portadores de pr6teses que utilizem meti! metacrilato e
polietileno de alta densidade. 0 ultra-sam pode ser empregado eom
seguranc;a na presenc;a de implantes metalicos cirurgicos, apesar da
pronunciada reflexao e desenvolvimento de pad roes de ondas
estacionarias, porque a condutividade termica dos implantes metalicos e
muito alta, nao havendo eleva.yao excessiva de temperatura e nem lesao
tecidual. Estes achados Foram confirm ados experimentalmente em animais
vivos com implantes rnetalicos, nos quais nao se observou retardo de
cicatriza~ao tecidual ou de forma.y80 de calo 6sseo.
Diatermia par Ondas Curtas
A diatermia de ondas curtas consiste na aplica~8o terapeutica de
correntes alternadas de alta Frequencia, nas faixas de 13,66; 27,33 e 40,98
MHz, com comprimentos de onda de 22, 11 e 7,5 metros, respectivamente.
Nao e possivel dosar a fluxo de corrente de alta frequencia atraves do
corpo do doente. A dosimetria depende de fatores biol6gicos, como a
sensa~ao de calor referida pelo mesmo, que deve ser de calor agradavel na
area de aplica~ao. A experiencia clinica tern demon strada que quando urn
tecido vascularizado normal e exposto a uma Fonte diatermica, a dor sera
notada pelo doente antes que oeorra qualquer dano teeidual. 0 tempo de
ap1ica~ao media e de 20 a 30 minutos. Deve-se evitar a concentra~ao de
gotas de suor sobre a pele, devido ao risco de se provocar queimaduras
por aquecimento seletivo da regiao. Lentes de contato tambem podem ser
aquecidas seletivamente, devendo ser retiradas. Todos os objetos
25
metalicos devem ser removidos, e 0 paciente deve ser posicionado sobre
urn diva ou cadeira de plastico ou madeira, devido ao risco de aquecimento
seletivo do metal.
Deve-S8 evitar 0 usa da O.C. em portadores de implantes metalicos
incluindo material de osteossintese pelo risco de queimaduras profundas;
dispositivos eletronicos implantados, estimuladores eletricos para
analgesia, bombas de infusao de medicamentos implantadas no
subcutaneo dos doentes, devido a estimula~ao au mal funcionamento do
equipamento. Os marca-passos cardlacos representam contraindica<;ao
absoluta ao usc de diatermia par ondas-curtas devido aos passiveis efeitos
sabre 0 gerador de pulsos e no 5itio de implanta<;ao, pelo seu potencial de
inibi<;ao. 0 posicionamento das placas proximo ao gerador de pulsos pode
danificar seus circuitos pela at;:ao do calor, ocasionando perda das funt;:6es
do marca-passo. Tambem nao deve ser utilizado em doentes portadores de
osteoporose.
Diatermia par Microondas
Sao urn tipo de radiat;:ao eletromagnetica com frequencias
terap,!Uticas entre 915 e 2456 MHz (mais conhecidas) e respectivos
comprimentos de onda de 33 e 12 cm. As microondas aquecem
seletivamente os liquidos, podendo produzir grande aumento de
temperatura no tecido muscular. Atualmente, a utilizat;:8o das M.O. epreconizada para 0 aquecimento de musculos e de articulac6es
superficiais. De acordo com as recomendat;:6es do American Nacional
Standards Institute, uma exposi9ao de 3 mWfcm2, utilizando-se 915 MHz e
urn tempo medio de exposit;:ao e considerado adequado. Caso se deseje
urn aquecimento suave, deve-se reduzir a intensidade ou afastar 0
aplicadar da pele do doente. A dura9ao da aplica9ao e normalmente 05 a
10 minutos, suficiente para aquecer adequadamente os tecidos mais
profundos. De modo geral, as precaw;6es e contra-indicat;:oes para a
termoterapia profunda sao validas para as M.O., acrescentando area de
26
crescimento osseo (nao e bern conhecido 0 efeito da M.D. sabre 0
crescimento), regiao periorbicular (pede provocar cataratas), 6r9a05
reprodutores (possibilidade de esterilidade), presen9a de implantes
metalicos, marca-passos cardiacos.
4.4.2.5 Contra-lndica90es da Termoterapia por Adi9ao
As principais contra-indic890es quanta a utilizac8.o de qualquer
modalidade de termoterapia par adicao incluem a fase aguda de processos
inflamatorios, traumaticos, au na vigen cia de quadros hemorragicos;
discrasias sanguineas e a perda da sensibilidade termica.
As principais contra-indic890es do usa do calor sao: anestesia,
isquemia, coagulopatias hemorragicas, ge5ta980, neoplasias e processos
infecciosos agudo. (Delisa et al 1988, Kottke et al 1984, Lehmann, 1958).
As contra-indicacoes do usa das radiac;oes eletromagneticas ondas-curtas
e micro-ondas sao semelhantes: nao devem ser utilizadas em paciente com
implantes metalicos e marca-passo e sobre os orgaos gonadais; processos
infecciosos supurativas e tumares. Tambem deve se evitar 0 usa em
pacientes com sinais clinicas de processo inflamat6ria pais 0 calor pode
ativar os sistemas enzimaticos das metaloproteases e piorar
sintomatologia dolorosa do paciente (Delisa et al. 1988, Kottke et al. 1984,
Lehmann et al. 1958).
CONCLusAo
27
A terceira idade e um periodo que todos aqueles que nao morrerem
prematuramente terao de vivencia~la. Por quanta tempo, naD sabemos. E todos as
que convivem com idosas, sejam crianc;as, jovens OU adultos, podem ganhar ao
usufruir de sua presenya. Pois ele completa 0 areo da existencia humana, e fevela
aos demais uma faceta especifica do sentido da vida.
A termoterapia esta sendo uma das tecnicas rnais utilizadas pelos
fisioterapeutas hoje em dia, principalmente pelo pacientes de terceira idade.
Os profissionais da area da saude escolhem essa tecnica para diversos
fins, tais como: reduzir edema, dar, inflama<;:a,o, etc. 0 usa da crioterapia ou da
termoterapia por adivao podera variar entre as profissionais.
Atraves de uma boa avaliac;;ao e respeitado os fundamentos basicos da
utilizac;;ao da termoterapia poderemos almejar um aumento na qualidade de vida.
28
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